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|35BiocomBustíveisnoBrasil:comercializaçãoelogística
os“combustíveisverdes”jáchegaram.E,comeles,todaumanovadinâmicadecomercializaçãoelogísticapreci-
souserestabelecidaecolocadaàdisposiçãodeconsumidoresinteressadosemcombustíveismais limposemenosdepen-dentesdopetróleo.
A recente divulgação do Painel Intergovernamental dasNaçõesUnidascontendoinformaçõesarespeitodasmudan-ças climáticas no planeta e as permanentes alterações depreçodopetróleo configuramumacerteza:omundo, cadavezmais,precisadebiocombustíveis.
APetrobras,empresaintegradadeenergia,atuaeinvestenaáreadebiocombustíveisdesdeadécadade70.Nocon-textoatual,acompanhiaestabeleceu,emseuPlanejamentoEstratégico,ametadeexpandiraparticipaçãonomercadodebiocombustíveis,liderandoaproduçãonacionaldebiodieseleampliandoaparticipaçãononegóciodoetanol.
BiocomBustíveisnoBrasil
comercialização e logística
ildosauer1
1DoutoremEnergiaNuclear.ProfessordauniversidadedeSãoPaulo.DiretordeGáseEnergiadaPetrobras.
3�| BiocomBustíveisnoBrasil:realidadeseperspectivas
Biocombustíveléadenominaçãogenéricadadaaos combustíveis derivados de biomassa, comocana-de-açúcar, oleaginosas, biomassa florestal(lenha,carvãovegetal, resíduosflorestaisetc.)eoutrasfontesdematériaorgânica.Osmaisconhe-cidos e utilizados são o etanol (álcool) e o bio-diesel, que podem ser aproveitados puros ou emadição a combustível convencional. Comparadosaos combustíveis fósseis, como o diesel e a ga-solina, os biocombustíveis sãomais limpos, poiscontribuemparaareduçãodasemissõesdegasesdeefeitoestufa.
OBrasiléopaíscomamaiorexperiênciamun-dial no setor de biocombustíveis, devido ao seuprogramadeetanol,quefoiimplantadoemescalanacional e conta commais de 30 anos de expe-riência. Impulsionado pelo Governo Federal, pelaPetrobras e pela indústria sucroalcooleira, o Pro-gramaNacionaldoÁlcool(Proálcool)transformouoBrasilemumdosmaioresprodutores,consumido-reseexportadoresdeetanoldomundo.
A participação da Petrobras foi fundamentalparao sucessodoProálcool.Agora,noProgramaBrasileirodeBiodiesel,aempresatambémestáto-mandoparte,deformadecisiva,naconsolidaçãodoprograma.Nestetexto,serãoapresentadas,demodocontextualizado,asaçõesdesenvolvidaspelaPetrobras,comfoconaexperiênciaemcomerciali-zaçãoelogísticadebiocombustíveis.
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|3�BiocomBustíveisnoBrasil:comercializaçãoelogística
Comercialização
Ainserçãodosbiocombustíveisnamatrizenergéticavei-cular brasileira temorigemem1925, de quandodatamostestespioneirosparautilizaçãodoálcoolanidrocomocom-bustível no Brasil. Em 2005, o álcool representava 16,9%damatrizenergéticaveiculardoPaís(videFigura1).Comaintroduçãodobiodieseleoaumentodoconsumodeálcoolpelavendadoscarrosflex-fuel2,essaparticipaçãoseráaindamaior. É interessantenotar que a produção, distribuição ecomercialização dos biocombustíveis ocorre através da ca-deiadoscombustíveisfósseis,enãoemoposiçãoaela.Paraosprodutoresdebiocombustíveis,essefatorassumeimpor-tância fundamental, pois são os combustíveis fósseis quegarantemaescalaeomercadoparaqueosbiocombustíveispossamserproduzidoscompetitivamente.
Figura1–matrizenergéticaveiculardoBrasil(2005)
2 VeículosautomotivoslançadosnoBrasilem2003quepermitemoabasteci-mentodeálcoolegasolina,juntosouseparadamente,comqualquerpercen-tualdemistura.
Fonte:ministério
deminaseEnergia.
BalançoEnergético
Nacional200�.
Fonte:ministério
deminaseEnergia.
BalançoEnergético
Nacional200�.
GasolinaA25,6%
26,5% (2004)
ÁlcoolAnidro8,5%
8,8% (2004)
ÁlcoolHidratado
8,4%6,6% (2004)
GNV2,9%
2,4% (2004)
54,5%55,7% (2004)
GasolinaC25,6+8,5=34,1%
35,3% (2004)
ÁlcoolTotal8,5+8,4=16,9%
15,4% (2004)
GNV
Participação doÁlcool em
Veículos Otto
Álc. Gas.
6%6%
37%
56%
Óleodiesel
3�| BiocomBustíveisnoBrasil:realidadeseperspectivas
álcool
AsraízesdosetorsucroalcooleironoBrasilremontamaoséculo XVI, quando foi implantado o primeiro engenho deaçúcarnoBrasil,em1532,nacidadedeSãoVicente.Oem-preendimentotevetantosucesso,que,trêsanosmaistarde,jáerainstaladooutroengenho,nacidadedeOlinda.Hoje,osetorcontacommaisde300usinas,queproduzemálcooleaçúcarparaosmercadosinternoeexterno,energiaelétricaparaconsumopróprio,alémdecomercializaremosexceden-tes com as companhias de distribuição. De forma geral, acadeiadeproduçãoedistribuiçãodoálcoolorganiza-secon-formemostradonatabelaabaixo:
Oscustosdeproduçãodoálcoolsãodiretamenteligadosàprodutividadedalavouradacana-de-açúcareaorendimentoindustrial do processo de produção do etanol. Nas últimasduasdécadas,odesenvolvimentoeaimplantaçãodenovastécnicasetecnologiasnosetorsucroalcooleiroforamosgran-desresponsáveispelareduçãonosseuscustosdeprodução.De1976a1996,oscustosdeproduçãodoálcoolcarburantecaíramde,aproximadamente,US$90/bepparacercadeUS$
Tabela 1 – Cadeia produtiva do álcool combustível e seus agentes
Matéria-prima Produção Distribuição Varejo Consumidor
maisde70.000fornecedores
agrícolas
386usinasdeálcool
261distribuidoras 35.000postosrevendedores
618TRR1
Grandesconsumidores
Consumidoresrurais
Pequenasempresas
Caminhoneiros
Automobilistas
Tabela 1 – Cadeia produtiva do álcool combustível e seus agentes
Matéria-prima Produção Distribuição Varejo Consumidor
maisde70.000fornecedores
agrícolas
386usinasdeálcool
261distribuidoras 35.000postosrevendedores
618TRR1
Grandesconsumidores
Consumidoresrurais
Pequenasempresas
Caminhoneiros
Automobilistas
Fontes:uNiCA,ANP.Fontes:uNiCA,ANP.
|3�BiocomBustíveisnoBrasil:comercializaçãoelogística
45/bep,oquecorrespondeaumataxamédiadereduçãodecustosnafaixade2%a3%a.a.
OspreçosdoscombustíveisnoBrasilsãodeter-minadospelolivremercado.Dadaaimportânciadosetoreasuapróprianatureza,quemuitasvezesseafastadospadrõesdeconcorrênciaperfeita,asatividadesdeprodução,distribuiçãoecomerciali-zaçãodecombustíveissãoreguladaspelaAgênciaNacionaldePetróleo-ANP.Emrelaçãoaopreçodoálcool,éimportantelembrarque,umavezquetemaproxima-damente70%dopodercaloríficodagasolina,aarbitragemde preços entre os dois combustíveis deve considerar essadiferença.Ditodeoutraforma,évantajosoparaoconsumi-doroabastecimentodoseucarrocomálcoolapenasquandoesse tem um preço na bomba inferior a 70% do preço dagasolina.
O etanol é comercializado no mercado de combustíveisnoBrasilemduasformas:anidroehidratado.Entreasdife-renças de especificação existentes entre as duas formas, amaisimportanteéopercentualmínimodeálcool,medidoemvolume,de99,3%paraoanidroe92,6%paraohidratado.OálcoolanidroéutilizadonoBrasiladicionadoàgasolina3,empercentuaisquepodemvariarde20%a25%,conformelegislaçãofederal.Jáoálcoolhidratadoéusado,demododireito,nosmotoresdoscarrosaálcool(cicloOtto)e,maisrecentemente,noscarrosflex-fuel.
Assimcomoaprodução,oconsumodeálcooldistribui-sedesigualmenteentreasregiõesdoPaís,comforteconcentra-çãonoSudesteenoSul.Astabelas2e3mostramaprodução
3 AgasolinapuranãoécomercializadaparausofinalnoBrasil.
os preços Dos combustíveis no brasil são DeterminaDos pelo livre mercaDo.
40| BiocomBustíveisnoBrasil:realidadeseperspectivas
eoconsumodosdoistiposdeálcool,alémdeexportaçõeseimportações,noperíodode2000a20054.
Omercadodeálcoolanidrocresceu,noperíodo,aumataxamédiade5,56%a.a., reflexodoaumentoda frotadeveículosàgasolina.Pequenasvariaçõesdeconsumopodemocorreremfunçãodaflexibilidadedataxademisturanaga-solina, entre20%e25%.Essemecanismo tem sidousadoparaestabilizarospreçosinternosemfunçãodadisponibili-dadedoproduto.
4 Asdiferençasentreproduçãoeconsumo,quandonãocompensadascomim-portação/exportação,foramcompensadaspelosestoquesdepassagem.
Tabela 2 – Produção, consumo, exportação e importação de álcool anidro (2000-2005, em mil m3)
ANO 2000 2001 2002 2003 2004 2005
PRODUÇÃO 5.644 6.481 7.040 8.832 7.859 8.208
CONSUMOTOTAL 5.933 6.139 7.336 7.392 7.591 7.775
IMPORTAÇÃO 0 0 2 6 6 0
EXPORTAÇÃO 0 0 14 61 84 571
Tabela 2 – Produção, consumo, exportação e importação de álcool anidro (2000-2005, em mil m3)
ANO 2000 2001 2002 2003 2004 2005
PRODUÇÃO 5.644 6.481 7.040 8.832 7.859 8.208
CONSUMOTOTAL 5.933 6.139 7.336 7.392 7.591 7.775
IMPORTAÇÃO 0 0 2 6 6 0
EXPORTAÇÃO 0 0 14 61 84 571
Fonte:ministério
deminaseEnergia.
BalançoEnergético
Nacional200�.
Fonte:ministério
deminaseEnergia.
BalançoEnergético
Nacional200�.
Tabela 3 – Produção, consumo, exportação e importação de álcool hidratado (2000-2005, em mil m3)
ANO 2000 2001 2002 2003 2004 2005
PRODUÇÃO 5.056 4.985 5.547 5.638 6.789 7.832
CONSUMOTOTAL 6.453 5.444 5.179 4.520 5.700 6.214
IMPORTAÇÃO 64 118 0 0 0 0
EXPORTAÇÃO 227 320 753 706 2.176 1.923
Tabela 3 – Produção, consumo, exportação e importação de álcool hidratado (2000-2005, em mil m3)
ANO 2000 2001 2002 2003 2004 2005
PRODUÇÃO 5.056 4.985 5.547 5.638 6.789 7.832
CONSUMOTOTAL 6.453 5.444 5.179 4.520 5.700 6.214
IMPORTAÇÃO 64 118 0 0 0 0
EXPORTAÇÃO 227 320 753 706 2.176 1.923
Fonte:ministério
deminaseEnergia.
BalançoEnergético
Nacional200�.
Fonte:ministério
deminaseEnergia.
BalançoEnergético
Nacional200�.
|41BiocomBustíveisnoBrasil:comercializaçãoelogística
Porsuavez,omercadodeálcoolhidratado,emfunçãodosucateamentoda frotadecarrosaálcooleda inexistênciadenovosveículosdessetipo,decresceu,aproximadamente,11,2%a.a.,entre2000e2003.Olançamentodosveículosflex-fuel, contudo, deu novo fôlego ao consumo de álcoolhidratado,revertendoatendênciadomercadoefazendoque,entre2003e2005,ademandadessecombustívelcrescesseaumataxamédiade17,25%a.a.
Noperíodoconsiderado,tambémhouveumaumentosig-nificativodasexportações,emfunçãodoaquecimentodade-mandainternacional.Em2006,olucrocomasvendasexter-nasdeetanolpelaPetrobrasfoisuperioraUS$14milhões.Ovolumecomercializado,acimade80milhõesdelitros,conso-lidouocorredorlogísticodeexportaçãodeetanoldaRegiãoCentro-SulpeloTerminalMarítimodaIlhaD´Água,noRiodeJaneiro,viaRefinariadePaulínia,noEstadodeSãoPaulo.
Em2007,aPetrobrasiniciouaexportaçãodeetanolcom-bustívelparaosEstadosUnidos,comumaprimeiracargade
Div
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ca
42| BiocomBustíveisnoBrasil:realidadeseperspectivas
12milm3,ampliandoasnegociaçõesparaviabilizaraentradacompetitivadoálcooldecana-de-açúcar,muitomaisbaratoeeficientequeoálcoolproduzidonaquelepaís,apartirdomilho.Embreve,seráenviadaaprimeiracargade20milm3paraaNigéria,dandoinícioaoprogramadeadiçãodeetanolàgasolinadaquelepaís, contando comsuporte técnicodacompanhiaeseguindooexemplodasiniciativasjáemanda-mentonaVenezuela,paísquejárecebeu150milm3deálcoolexportadospelaPetrobras.
Todasasindicaçõeslevamacrerqueomercadointernacionaldeálcoolirácrescersubstancialmen-tenospróximosanos,àmedidaqueoutrospaísesseinteressampelamisturadoálcoolanidroàga-solinacomoformadereduzirasemissõesdegasesdeefeitoestufaeatenderàsmetasratificadasnoProtocolo de Quioto. Projeções do Ministério daAgricultura e da UNICA apontam para um exce-denteexportáveldeálcooldemaisde11bilhõesde litrosnasafra2012-2013.Comoaumentoda
produçãodeálcoolemoutrospaíses,emesmoaentradadenovosprodutores,oálcooliráconsolidar-secomoumacom-modity, facilitando a sua comercialização internacional embasestransparenteseseguras.
OBrasildominatecnologicamentetodaacadeiaprodutivadoetanol,tantonoaspectoindustrialcomonoagrícola,eproduzálcoolaomenorcustomundial,masserãonecessáriasiniciativaspolíticasporpartedogovernobrasileirojuntoaosgovernosdosEstadosUnidos,UniãoEuropéia,Japãoeoutrospaíses para promover um mercado internacional de etanolcombustível.Seráimprescindívellutarpeladispensatempo-ráriaoudefinitivadoimpostodeimportação.
toDas as inDicações levam a crer
que o mercaDo internacional De
álcool irá crescer substancialmente nos
próximos anos.
|43BiocomBustíveisnoBrasil:comercializaçãoelogística
Biodiesel
A introdução do biodiesel no mercado de combustíveisbrasileiro é recente, tendo sido regulamentado pela Lei11.097/2005.Essaleicriouaobrigatoriedadedamisturadobiodieselaodiesel,definindoperíodosdetransiçãoentreocaráterdeautorizaçãoedeobrigaçãodamisturaeoaumen-todeseupercentual,conformeaFigura2.
Figura2–Cronogramadeadoçãodobiodieselaodiesel
2005a2007(2%autorizado)
2008a2012(2%obrigatório)(5%autorizado)
2013emdiante(5%obrigatório)
Em2004,ademandatotaldedieselnoBrasilfoide39,2milhõesdemetroscúbicos,dosquais76%foramconsumidosem transportes. O País importou 16,3% dessa demanda, oequivalente a US$ 1,2 bilhão. Como exemplo, a utilizaçãodebiodieselemumamisturade5%nodieselconsumidonoPaís demandaria um total de 2milhões demetros cúbicosdebiodiesel.Éimportantedestacarqueessaprojeçãorefle-teapenasamisturade5%.Contudo,emcasosespecíficos,como geração de energia elétrica, transporte hidroviário eferroviárioeabastecimentodefrotascativas,épermitidaamisturadebiodieselempercentuaismaiores,desdequeau-torizadapelaANP.Essaflexibilizaçãopode,evidentemente,aumentarademandaporbiodieselalémdoesperado.
Assimcomoacadeiaprodutivadoálcool,adobiodieselintegra produtores agrícolas, indústria, logística de distri-buição de combustíveis e mercado final. Entretanto, essas
44| BiocomBustíveisnoBrasil:realidadeseperspectivas
relaçõessãomuitomaisdiversificadasdoquenacadeiadoálcool,sejapelavariedadedematérias-primas,sejapelasdi-ferentestecnologiasquepermitemaintegraçãodomercadodeóleosvegetaiscomodediesel.AFigura3mostra,esque-maticamente,essasrelações.
Figura3–Cadeiaprodutivadobiodiesel
Quantoaosagentesenvolvidosnessacadeia,adiferença,emrelaçãoàdoálcool,residenasfasesagrícolaeindustrial.Se,naquelacadeia,maisde70.000fornecedoresdematéria-primaestãoenvolvidos,nesta,todoprodutordegrãospode,potencialmente,participar,incluindopequenosproprietáriosruraiseagricultoresfamiliares.Poroutrolado,comoéumaindústriaaindaemformação,existempoucasunidadespro-dutorasinstaladas(videTabela4),comparadascomonúmerodeusinas,maséumsetorquecrescerapidamente,àmedidaqueaobrigatoriedadedamisturaseaproxima.
CampoGrão
Óleo
Esmagamento
ProcessoPETROBRAS
Etanolou
Metanol
ouProcesso
ConvencionalÓleoDegomado
ou
ÓleoRefinado
TransesterificaçãoBiodiesel
Diesel
ou
Glicerina +ÁlcoolHidratado
+Outros Posto
Refinaria
Fraçõesdodiesel
Hidrogênio
H-BIOProcesso
PETROBRAS
Distribuidora
misturaB2ouB5
|45BiocomBustíveisnoBrasil:comercializaçãoelogística
Oscustosdeproduçãodebiodieselsãoconstituídosprin-cipalmentepelosinsumos(80%),representadospelasolea-ginosas.Portanto,aremuneraçãodoagricultordevesercon-sideradacomopontofundamentaldoprojeto,paragarantirasustentabilidadedacadeiaprodutiva.ParaaPetrobras,cons-tituigrandedesafioatenderarequisitosdecompetitividadedepreços,associadosaoobjetivodeinclusãosocialpelage-raçãodeempregoerenda,principalmentenomeiorural.
Tambémemrelaçãoaoscustosdeprodução,emboraaindatenhaumalongacurvadeaprendizagemeeficiênciaaper-correr,obiodieselécompetitivoemcomparaçãocomoutrosmercados.SegundodadosdemercadolevantadospeloPólo
Tabela 4 – Unidades de Biodiesel no Brasil
UNIDADES UNIDADESTOTAL
CAPACIDADEMILm³/ano
CAPACIDADETOTALMilm³/ano
Usinaspiloto 22 22 20,9 20,9
Unidadesproduzindo 19 41 708,0 728,9
Unidadesconstruídassemprodução
14 55 566,0 1.294,9
Unidadesemconstrução 28 83 1.408,7 2.703,6
TOTAL 201 4.949,3
Tabela 4 – Unidades de Biodiesel no Brasil
UNIDADES UNIDADESTOTAL
CAPACIDADEMILm³/ano
CAPACIDADETOTALMilm³/ano
Usinaspiloto 22 22 20,9 20,9
Unidadesproduzindo 19 41 708,0 728,9
Unidadesconstruídassemprodução
14 55 566,0 1.294,9
Unidadesemconstrução 28 83 1.408,7 2.703,6
TOTAL 201 4.949,3
Fonte:Biodiesel
Br.Atualizadoem
25/04/200�.
Fonte:Biodiesel
Br.Atualizadoem
25/04/200�.
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|4�BiocomBustíveisnoBrasil:comercializaçãoelogística
NacionaldeBiocombustíveis,ocustodeproduçãonoBrasilpodevariardeR$0,80/laR$2,10/l,dependendodamatéria-prima.Atítulodecomparação,naUniãoEuropéia,essecustopodevariarentreR$0,94/leR$1,97/l.
Efetivamente, a comercialização de biodiesel no Brasiliniciou com compras diretas de pequena distribuidora decombustíveis,emvolumesreduzidos,paraomercadonacio-nal.Paraalavancar aproduçãodebiodiesel e consolidaroprograma,oMinistériodeMinaseEnergiaeaAgênciaNa-cionaldePetróleoestabeleceramarealizaçãodeleilõesdocombustível,quaseintegralmenteadquiridospelaPetrobras.Foramrealizadoscincodeles,comercializando-seumtotalde890milhõesdelitros,compreçosmédiosdefechamentova-riandoentreR$1,905/l5(1ºleilão)eR$1,747/l(4ºleilão).Essebiodieseljáestásendocomercializadoemmaisde4.000postosdaPetrobrasDistribuidora.
Porfim,oGovernoFederalgarantiuimportanteincentivotributárioparaaconsolidaçãoeexpan-sãodesse setor.ATabela5 relacionaos tributosfederaisincidentesnaproduçãodebiodiesel.Como objetivo de fomentar a inclusão da produçãoagrícolaporpequenosprodutorese,emespecial,deáreasmaiscarentesdoPaís,omecanismoesta-beleceumasériedeincentivosquepodechegara100%deisençãofiscaldostributosfederais,res-tandoapenasoICMS,umtributoestadualsobreacirculaçãodemercadoriaseserviços.Éessemecanismoqueviabilizaa produção em condições que são socialmente desejáveis,disponibilizandooprodutoparacomercializaçãoe,aomes-motempo,promovendoainclusãosocial,odesenvolvimentoeconômicoeasustentabilidadeambiental.
5 Preçoscomtributosfederaisinclusos(PIS/COFINS).ICMSnãoincluso.
o governo feDeral garantiu importante incentivo tributário para a consoliDação e expansão Do setor De proDução De bioDiesel.
4�| BiocomBustíveisnoBrasil:realidadeseperspectivas
Logística
A logística de distribuição de biocombustíveis insere-sedentrodoquadrogeraldadistribuiçãodecombustíveis,comoépossívelobservarnaFigura4.Ofluxodeetanolparaosprodutoresdebiodieseldestina-seàproduçãodebiodie-sel,enquantoofluxoparadistribuidorasdestina-seaousocombustível.Alegislaçãobrasileiranãoautorizaavendadeetanol diretamente para consumidores finais. Os fluxos debiodiesel,porsuavez,destinam-seaousocombustível,sejaatravésdasdistribuidorasou,emcasosespecíficos,detalha-dosadiante,davendadiretaaoconsumidorfinal.Hátam-bém,naturalmente,ofluxoparaomercadoexterno,quepode
Tabela 5 – Estrutura tributária federal da produção de biodiesel
Biodiesel
Diesel de Petróleo
Agriculturafamiliarno
Norte,NordesteeSemi-áridocommamona
oupalma
Agriculturafamiliargeral
Agriculturaintensivano
Norte,NordesteeSemi-áridocommamona
oupalma
RegraGeral
CIDE inexistente inexistente inexistente inexistente 0,07
PIS/CONFINS
100%dereduçãoemrelaçãoàregra
geral(R$0,00)
69%dereduçãoemrelaçãoàregra
geral(R$0,07)
32%dereduçãoemrelaçãoàregra
geral(R$0,151)
0,222 0,148
Somatóriodostributos
federais
100%dereduçãoemrelaçãoàregra
geral(R$0,00)
69%dereduçãoemrelaçãoàregra
geral(R$0,07)
32%dereduçãoemrelaçãoàregra
geral(R$0,151)
0,222 0,218
Tabela 5 – Estrutura tributária federal da produção de biodiesel
Biodiesel
Diesel de Petróleo
Agriculturafamiliarno
Norte,NordesteeSemi-áridocommamona
oupalma
Agriculturafamiliargeral
Agriculturaintensivano
Norte,NordesteeSemi-áridocommamona
oupalma
RegraGeral
CIDE inexistente inexistente inexistente inexistente 0,07
PIS/CONFINS
100%dereduçãoemrelaçãoàregra
geral(R$0,00)
69%dereduçãoemrelaçãoàregra
geral(R$0,07)
32%dereduçãoemrelaçãoàregra
geral(R$0,151)
0,222 0,148
Somatóriodostributos
federais
100%dereduçãoemrelaçãoàregra
geral(R$0,00)
69%dereduçãoemrelaçãoàregra
geral(R$0,07)
32%dereduçãoemrelaçãoàregra
geral(R$0,151)
0,222 0,218
|4�BiocomBustíveisnoBrasil:comercializaçãoelogística
serfeitodemododireto,tantopelosprodutoresdeetanolquantopelosdebiodiesel.
Figura4-FluxosdeabastecimentodecombustíveisnoBrasil
Alogísticaparadistribuiçãodoálcooledobiodieselten-dem a ser similares à jusante da base de distribuição. Asprincipais diferenças recaem nas rotas entre o campo e aunidade industrial. Em seguida, a operação dessas cadeiaslogísticassãomostradascommaisdetalhe.
Fonte:ANP.Fonte:ANP.
Importadores
VeículosAutomotores
EmpresasdeTransportede
CargaedePassageiros
EmpresasdeAviação
Indústrias
Fazendas
Residências
Etc...
Exceto gasolina
Consumidores Finais
Produtor deBiodiesel
DerivadosdePetróleo
RefinariasPetroquímicas
Álcool
Distribuidorcomb;solv;GLP
DieselÁlcool
GasolinaC
PostoRevendedor
TRR
RevendadeGLP
AtacadistasDistribuidoresde
Lubrificantes
RevendadeComb.Aviação
Destilarias/Usinas
QAVÓleosComb.Lubrificantes
GLPSolventes
50| BiocomBustíveisnoBrasil:realidadeseperspectivas
álcool
NoBrasil,aproduçãodeálcooldistribui-sedesigualmenteentreasregiões.ComosepodeobservarnaTabela6,aprodu-çãoconcentra-senaRegiãoSudeste,notadamentenoestadodeSãoPaulo,comcercade60%daproduçãonacional.Umadas conseqüências dessa concentração para a logística doálcooléanecessidadedecomercializarocombustívelentreas regiões.Resumidamente,aRegiãoSudesteexportaparatodasasregiõesdoPaís,enquantoaRegiãoCentro-OesteofazparaasRegiõesNorte,NordesteeSul.Otransportedoál-cooléfeitoatravésdeintrincadaeextensaredederodovias,ferroviasealgumashidrovias,alémdegrandeinfra-estruturadeestocagem.
Poroutrolado,alogísticaparaexportaçãotambémcon-centra-seemalgunsportosdoPaíscommelhorinfra-estru-turaecapacidadedearmazenamento,alémdeestaremmaispróximosdasáreasprodutoras.Oprincipalportodeexpor-taçãoéodeSantos(SP),responsávelporcercade66%dasexportaçõesdeálcooldoBrasil,seguidopelodeParanaguá(PR),com,aproximadamente,18%.
Tabela 6 – Produção de álcool por região (%)
RegiãoSudeste 72
RegiãoCentro-Oeste 12,9
RegiãoSul 7,7
RegiãoNordeste 7,1
RegiãoNorte 0,3
Total 100
Tabela 6 – Produção de álcool por região (%)
RegiãoSudeste 72
RegiãoCentro-Oeste 12,9
RegiãoSul 7,7
RegiãoNordeste 7,1
RegiãoNorte 0,3
Total 100Fonte:mAPA.Fonte:mAPA.
|51BiocomBustíveisnoBrasil:comercializaçãoelogística
A infra-estrutura logística operada pela Petrobras tempapelfundamentalparaadistribuiçãointernadoálcoolemtodooterritórionacional.Comadisponibilidadedesistemasmultimodais, a Petrobras transporta, armazena e distribuicombustíveis em todo o território nacional. Essa infra-es-truturapodeservistanaFigura5e,commaiordetalhe,naTabela7.
Figura5–infra-estruturalogísticadaPetrobras
Centroscoletores
BasesdeDistribuição
MalhaFerroviária
TerminaisPortuários
PrincipaisMercadosdeÁlcool
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Desdeo iníciodoProálcool,aPetrobrasfoi responsávelpela distribuiçãoprimária do álcool, comprandoo produtodas usinas e armazenando-o em suas instalações (centroscoletoreserefinarias).Adesregulamentaçãodosetor,nofi-naldosanos90,reduziuumpoucoopapeldaPetrobrasnomercadodoálcool, levandocadadistribuidoraa fazer suasprópriasaquisiçõesjuntoàsusinasprodutoras.
Atualmente,quasetodasasbasesdedistribuiçãodoPaís,daPetrobrasedeoutrascompanhias,contamcominstala-çõesparaorecebimentodeálcoolpelomodalrodoviárioe,diretamente,dasusinasprodutoras.Ofreterodoviáriopodesercontratadopelausinaoumesmopeladistribuidorajun-toaos transportadorescadastradosnaAgênciaNacionaldeTransportesTerrestres.Esseéomodelomaiscomumusadoparaotransportedeálcool.
Existem,também,algunscentroscoletoresdeálcool(CCA)próximosàsregiõesprodutoras.Essasunidadesestãointer-ligadas ao modal ferroviário. Assim, recebem o álcool das
Tabela 7 – Infra-estrutura logística da Petrobras
Transporte Distribuição
•20terminaisterrestres;
•24terminaismarítimoseemrios;
•10.000kmdedutos;e
•10milhõesm3decapacidadedeestocagem.
•34basesdedistribuiçãopróprias;
•22terminaisdedistribuição;
•11basesdedistribuiçãoemPool;
•10armazenagensembasesdeterceiros;
•8centroscoletoresdeálcool;e
•TerminalFerroviáriodePaulínia
Tabela 7 – Infra-estrutura logística da Petrobras
Transporte Distribuição
•20terminaisterrestres;
•24terminaismarítimoseemrios;
•10.000kmdedutos;e
•10milhõesm3decapacidadedeestocagem.
•34basesdedistribuiçãopróprias;
•22terminaisdedistribuição;
•11basesdedistribuiçãoemPool;
•10armazenagensembasesdeterceiros;
•8centroscoletoresdeálcool;e
•TerminalFerroviáriodePaulínia
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usinasprodutoraspormodalrodoviário,consolidamacargae carregamos vagões que são, então, transportados pelasferroviasregularesatéoutrasbasesdedistribuição,aprovei-tandoasvantagensdestemodaldemaiorescala.
Há,ademais,basesdedistribuiçãodederivadosquetam-bém funcionam como centros coletores. Com recebimentorodoviário, consolidama cargaemvolumesmaiores edes-pachamoálcool (transferência)paraoutrasbasespormo-dalferroviário,dutoviário(viaTranspetro)oufluvial(RegiãoNorte).Existeoutraopção,queéacabotagementreregiões,quando,porproblemasdesafra/produção(ououtros),asdis-tribuidoras ou as usinas se reúnempara consolidar grandevolumeecabotarprodutoentreoCentro-SuleoNordeste,ouvice-versa.Éumaoperaçãodegrandeescalaerazoávelcomplexidade, tambémgerenciada pela Petrobras. Essa ca-deialogísticapodeservistanaFigura6.
Figura�–Cadeialogísticadoálcool
Rodoviário
RodoviárioDiretoparaaBase
USINA
>300unidadesnopaís
48.051postoscadastradosnopaís(ANP)
REVENDEDOR(postos)
BASEDEDISTRIBUIÇÃO
CENTROCOLETORouBasedeDistribuição
Aprox.10
Rodoviário
Ferroviário
Dutoviário
Fluvial
54| BiocomBustíveisnoBrasil:realidadeseperspectivas
ParaaexportaçãodeálcoolapartirdaregiãoCentro-Sul,háaopçãodalogísticaintegradadaPetrobrasDistribuido-ra,Petrobrase Transpetro.Dos centros coletores,oprodu-tosegue,porferrovia,atéPaulínia,ondeédescarregadonoTerminalFerroviário(Tefer)ebombeadoparaostanquesdaRefinaria de Paulínia (Replan). Posteriormente, através dedutosoperadospelaTranspetro,oálcoolébombeadoparaaRefinariadeDuquedeCaxias(Reduc),noestadodoRiodeJaneiro,podendoserexportadoatravésdoTerminaldeIlhaD’Água.ParaarealizaçãodaexportaçãoatravésdoPortodeParanaguá,oprodutopoderáserescoadoatravésdosCentrosColetoresdeOurinhoseLondrina(PR),porferrovia,atéPa-ranaguá(PR).
A Petrobras está investindo na construção denova infra-estrutura para escoamento de álcool,comvistasàexportação.ComomostradonaFigura7,procura-seaumentaracapacidadedeescoamen-todalinhaexistenteatéoTerminaldeIlhaD´Água(RJ)e implantaruma linhaparaexportaçãopeloTerminaldeSãoSebastião (SP).Aconstruçãodeumalcooldutopermitirácaptarálcooldegrandesregiõesprodutoras,hojesóacessíveispelomodalrodoviário,reduzindooscustoslogísticos.Oalco-
olduto também estará interligado à Hidrovia Tietê-Paraná,aumentandoacapilaridadedosistema.Espera-seque,comanovaestrutura,acapacidadedeexportaçãodoSistemaPe-trobras,em2012,sejade8milhõesdem3/ano.Essesinves-timentossãofundamentaisparaareduçãodoscustosdeex-portação,aumentandoacompetitividadedoálcoolbrasileironomercadointernacional.
a petrobras está investinDo na
construção De nova infra-estrutura
para escoamento De álcool, com vistas à
exportação.
|55BiocomBustíveisnoBrasil:comercializaçãoelogística
Figura�–Logísticaparaexportaçãodoálcool
Biodiesel
Doispontos fundamentaisdevemserobservadosemre-laçãoà logísticade suprimentodebiodiesel:a localizaçãodasáreasdeproduçãoecentrosdeconsumo,eadeondesedaráamisturacomodieseldepetróleo.Adefiniçãodequalagenteseráoresponsávelpelarealizaçãodamisturadobio-dieselaodieselédeterminanteparaobtençãodaqualidaderequeridadocombustível.Éconsensoque,quantomaisre-duzidoonúmerodeagentesautorizadosarealizaramistura,menoresserãoaspossibilidadesdefalhasnosprocedimentosoperacionais.Poroutrolado,nessascircunstâncias,maioressãooscustosdetransportesdasunidadesfabrisparaoscen-trosdemistura.
5�| BiocomBustíveisnoBrasil:realidadeseperspectivas
A coleta dobiodiesel nas unidades de produçãopara otransporteaoscentrosdemisturarepresentaumademandaadicionalparaotransportedecargasinflamáveis.Emprin-cípio,érecomendávelqueamisturadobiodieselaodieselsejarealizadapelasdistribuidorasdecombustíveis,comonocasodaadiçãodeálcoolanidroàgasolina.Defato,nocasodoálcool,esseprocedimentosóocorrenomomentodocar-regamento do caminhão, com equipamentos de controle emedição.Omesmotendeaocorrernobiodiesel.
Apartirdejulho,todooóleodieselcomercializadopelaPetrobrasDistribuidora(BR)subsidiáriadaPetrobras,trará,emsuacomposição,aadiçãode2%debiodiesel.Cincomilpostosdeserviçodebandeiradacompanhiaeoutros3.350grandesclientesdaempresa,emtodososestadosdoPaís,jáestarãorecebendoobiodieselB2,ouseja,amisturade2%dobiodieselaodieselconvencional,derivadodopetróleo.
Paraqueametapudesseseralcançada,aPetrobrasDistri-buidora(BR)investiuR$35milhõesnainfra-estruturaope-
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|5�BiocomBustíveisnoBrasil:comercializaçãoelogística
racionalelogística,deformaaadequarsuarededebaseseterminais.Aobrigatoriedadedaadiçãoestavaprevistaparajaneirode2008.Jáexistem4.550postosrevendedoresco-mercializando o diesel com a adição do diesel vegetal, e,logo,serão5.000postoscomercializandooB2.Obiodieseljáestádisponívelem55dos64terminaisebasesdedistri-buiçãodacompanhia,emtodososestadosbrasileiros.Emjulho,todasas64basesestarãodistribuindoóleodieselcomaadiçãode2%debiodiesel.
Naparteoperacional,aPetrobrasDistribuidoratraçouumplanodeadequaçãodasuarededebaseseterminais.Aem-presatevequemontarumaestruturalogísticacompletaparao biodiesel, a partir da coleta junto às usinas produtoraslocalizadasnosquatrocantosdoPaís(hoje,sãoseteusinasemoperação,eatéofimdoanoserãomais15),passandopelaarmazenagemepelosequipamentosdemistura,atéaexpediçãoparaosclientesfinais.
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5�| BiocomBustíveisnoBrasil:realidadeseperspectivas
Emabrilde2006,apenasduasbasesdaempresa(BelémeFortaleza)operavamcomobiodiesel,movimentando90millitrospormêsdebiodieselB2,deumtotalde915milhõesdelitros/mêsdetodosostiposdediesel(interior,metropo-litano,marítimo)comercializadospelacompanhia.Hoje,são680milhõesde litros/mêsdebiodieselB2comercializadospor86%dasinstalaçõesoperacionais,oquesignificaaex-pediçãode40milcaminhões-tanquepormês.OpercentualdeB2nasvendastotaisdedieseldaBRsaltou,noperíodo,demenosde1%paracercade57%.OsterminaislocalizadosnascidadesdeSãoPaulo,Brasília,DuquedeCaxias,Betim,Mataripe,Fortaleza,Belém,SãoLuís,Oriximiná,RioBranco,Caracaraí, Macapá, Belo Monte e Marabá passam a venderexclusivamenteobiodieselB2.
Porfim,alogísticadobiodieseldeveráenfrentaralgunsdesafiosparaasuaconsolidação,comoaintegraçãodasuni-dadesprodutorasaosmodaisdetransporteealgumacompe-tiçãocomoutrosprodutos,comooálcool,porcaminhões.
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|5�BiocomBustíveisnoBrasil:comercializaçãoelogística
Contudo,omaiordesafiocomercialelogísticodosetor,nota-damenteparaasdistribuidoras,seráacompanharadisponi-bilidadedoproduto(B100)eseurelacionamentocomama-téria-primaagrícola,sujeitaàscondiçõesdesafraemercado.Essacoordenaçãodeduascadeiasserá fundamentalparaamanutençãodosestoquesdepassagemapreçoscompetiti-vos.Vale lembrar, também,queadiversidadedematérias-primaséumcomplicadoradicionalparaessacoordenação.
Consideraçõesfinais
A atuação da Petrobras para atenuar a dependência doPaísemrelaçãoaopetróleoimportadoiniciou-semuitoan-tesdaatualpreocupaçãomundialdereduçãodepoluentesepreservaçãodasfontesdeenergia.OapoioaoProálcoolfoiaprimeiragrandeaçãodaempresanessesentido.Apartirdadécadade90,odestaquemundialparaaquestãodomeioambienteedesuasustentabilidadedespertouointeressedeoutros países pela tecnologia desenvolvida noBrasil, con-quistandonovosinvestimentosparaoPaís.
Diante desse cenário, o Programa Brasileiro de Biodieseltranscendeasquestõesdeutilizaçãodeenergiasrenováveiseavançanageraçãodeempregos.Emconseqüência,trazmelhoriasocialeestímuloaváriossetoresdeprodução,desdepequenosprodutoresdaagriculturafamiliaratéinvestidoresinteressadosnodesenvolvimentodaproduçãodebiocombustíveis.
Os investimentos realizados demonstramo comprometi-mentodacompanhiacomodesenvolvimentosustentáveldoBrasil,ecomprovamqueoPaístem,reconhecidamente,ca-pacidadedesubstituir,deformarenovável,grandeparceladoconsumodepetróleo.