16
Edição de agosto de 2007 / ano 1 / nº 2 Um jornal a serviço do agronegócio brasileiro BIOCOMBUSTíVEIS – CANA-DE-AçúCAR é UM DOS PRINCIPAIS DESTAQUES DE CONFERêNCIA INTERNACIONAL Pesquisadores e produtores debatem o futuro do Álcool A união dos produtores de gado da região para competir no mercado in- terno está consolidada e será formali- zada com o lançamento da logomarca da Aliança Mercadológica de Carne Bovina de Londrina, durante a reali- zação do 2º Rural Tecnoshow, no início de outubro, no Parque Governador Ney Braga. Pág. 8. Aliança Mercadológica apresenta logomarca no Rural Tecnoshow O secretário de agricultura do Es- tado, Valter Bianchini, concedeu en- trevista exclusiva ao Agrojornal Brasil e mencionou quais serão os próximos investimentos do Governo para a agro- pecuária paranaense. Pág.9. Bianchini anuncia novos investimentos no setor agropecuário A agroenergia será um dos princi- pais temas da Conferência Interna- cional dos Biocombustíveis, agenda- da para o mês de outubro em Brasília. Quatorze dos mais renomados técni- cos do Brasil e do mundo vão deba- ter o assunto, que inclui a discussão dos cenários e das novas tecnologias da cana-de-açúcar, as opções e van- tagens de cada uma das fontes de matérias-primas para a produção de biodiesel. Pág. 10. Pinhão-manso garante renda ao pequeno produtor Lavoura pode ser uma boa alternativa de geração de renda para a agricultura familiar. Índices de rentabilidade do óleo da planta estão entre os mais elevados em comparação com ou- tras culturas. Pág. 11. Exportações brasileiras de carnes crescem nos primeiros sete meses Nos primeiros sete meses de 2007, as expor- tações de carnes pratica- mente se equipararam aos embarques do com- plexo soja. De janeiro a julho de 2007, as vendas externas do complexo carnes somaram US$ 6,1 bilhões, enquanto as di- visas obtidas pelo com- plexo soja totalizaram US$ 6,7 bilhões. Pág. 12. Prazo final para o ITR é 28 de setembro Os proprietários rurais de todo o Brasil devem entregar até o dia 28 de setembro, o Imposto sobre a Pro- priedade Territorial (ITR) de 2007 à Se- cretaria da Receita Federal, conforme a Instrução Normativa 745, e o formulário Ato Declaratório Ambien- tal (ADA) ao Instituto Brasileiro do Meio Am- biente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Pág. 16. Setor leiteiro aposta em expansão Com uma produção estimada em 2,6 bilhões de litros produzidos em 2006, o Paraná já dispu- ta com Goiás a segunda colocação no ranking nacional de produção de leite. O estado responde por 10,3% da produção nacional e Goiás respon- de por 10,8%. Pág. 6. Projeto inclui carne suína na política de preços mínimos O projeto de lei que inclui a carne suína na pauta de produtos am- parados pela Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM), tra- mita na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) do Se- nado. De acordo com a proposta, serão bene- ficiados os pequenos e médios produtores ru- rais e as cooperativas. Pág 7. A Cooperativa Integrada inaugurou em julho sua maior unidade de recebimento, localizada em Marin- gá, Noroeste do Estado. A cidade de Ribeirão Claro, na região Norte, conta também com uma unidade da Integrada. A estrutura, localizada no centro da cidade, vai receber café e ser um posto avançado para comer- cialização e suporte aos produtores da região. Pág.4. Integrada investe nas regiões Norte e Noroeste do Paraná Brasil lidera recolhimento de latas de alumínio A Associação Brasi- leira do Alumínio - ABAL e a Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alta Reciclabilidade - ABRALATAS informa- ram que o país reciclou 94,4% do total de latas de alumínio para bebidas comercializadas no mer- cado interno, em 2006. Segundo dados, foram recicladas no ano passa- do 139,1 mil toneladas de sucata de latas. Pág. 14. MAPA faz auditoria no setor de sanidade de aves do PR O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento concluiu no final de julho a audi- tagem no setor de sani- dade de aves do Paraná. Quatro auditores fiscais federais estiveram no Estado para verificar as condições do sistema de defesa sanitária das aves para prevenir enfermida- des, em especial a da In- fluenza Aviária e Doença de Newcastle. Pág. 13. PhotoView Imagens Divulgação AEN/PR Divulgação Venezuelanos visitam o Instituto Agronômico Cerca de 20 produ- tores rurais e técnicos venezuelanos estiveram no início de agosto no Ins- tituto Agronômico do Pa- raná (IAPAR) - autarquia vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento. Eles tiveram palestras sobre comercialização de café, metodologias de difusão de tecnologia e receberam certificados de encerra- mento do curso. Pág. 15. Programa de Turismo Rural é lançado no Paraná Os agricultores in- teressados em explorar o turismo rural poderão recorrer às linhas de cré- dito previstas no Progra- ma Nacional de Fortale- cimento da Agricultura Familiar (Pronaf Investi- mentos) para financiar as benfeitorias necessá- rias nas propriedades. No Paraná, o Pronaf de- verá destinar cerca R$ 1,2 bilhão para o custeio da safra 2007/08. Pág. 8.

BiocomBustíveis – Cana-de-açúCar é um dos prinCipais destaques de … › files › pdf › 296.pdf · 2018-02-14 · Um jornal a serviço do agronegócio brasileiro Edição

  • Upload
    others

  • View
    0

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: BiocomBustíveis – Cana-de-açúCar é um dos prinCipais destaques de … › files › pdf › 296.pdf · 2018-02-14 · Um jornal a serviço do agronegócio brasileiro Edição

Edição de agosto de 2007 / ano 1 / nº 2Um jornal a serviço do agronegócio brasileiro

BiocomBustíveis – Cana-de-açúCar é um dos prinCipais destaques de ConferênCia internaCional

Pesquisadores e produtores debatem o futuro do Álcool

A união dos produtores de gado da região para competir no mercado in-terno está consolidada e será formali-zada com o lançamento da logomarca da Aliança Mercadológica de Carne Bovina de Londrina, durante a reali-zação do 2º Rural Tecnoshow, no início de outubro, no Parque Governador Ney Braga. Pág. 8.

Aliança Mercadológica apresenta logomarca no Rural Tecnoshow

O secretário de agricultura do Es-tado, Valter Bianchini, concedeu en-trevista exclusiva ao Agrojornal Brasil e mencionou quais serão os próximos investimentos do Governo para a agro-pecuária paranaense. Pág.9.

Bianchini anuncia novos investimentos no setor agropecuário

A agroenergia será um dos princi-pais temas da Conferência Interna-cional dos Biocombustíveis, agenda-da para o mês de outubro em Brasília. Quatorze dos mais renomados técni-cos do Brasil e do mundo vão deba-ter o assunto, que inclui a discussão dos cenários e das novas tecnologias da cana-de-açúcar, as opções e van-tagens de cada uma das fontes de matérias-primas para a produção de biodiesel. Pág. 10.

Pinhão-manso garante renda ao

pequeno produtor

Lavoura pode ser uma boa alternativa de geração de renda para a agricultura familiar. Índices de rentabilidade do óleo da planta estão entre os mais elevados em comparação com ou-tras culturas. Pág. 11.

Exportações brasileiras de

carnes crescem nos primeiros sete meses

Nos primeiros sete meses de 2007, as expor-tações de carnes pratica-mente se equipararam aos embarques do com-plexo soja. De janeiro a julho de 2007, as vendas externas do complexo carnes somaram US$ 6,1 bilhões, enquanto as di-visas obtidas pelo com-plexo soja totalizaram US$ 6,7 bilhões. Pág. 12.

Prazo final para o ITR é 28 de

setembro

Os proprietários rurais de todo o Brasil devem entregar até o dia 28 de setembro, o Imposto sobre a Pro-priedade Territorial (ITR) de 2007 à Se-cretaria da Receita Federal, conforme a Instrução Normativa 745, e o formulário Ato Declaratório Ambien-tal (ADA) ao Instituto Brasileiro do Meio Am-biente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Pág. 16.

Setor leiteiro aposta em expansão

Com uma produção estimada em 2,6 bilhões de litros produzidos em 2006, o Paraná já dispu-ta com Goiás a segunda colocação no ranking nacional de produção de leite. O estado responde por 10,3% da produção nacional e Goiás respon-de por 10,8%. Pág. 6.

Projeto inclui carne suína na política de

preços mínimos

O projeto de lei que inclui a carne suína na pauta de produtos am-parados pela Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM), tra-mita na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) do Se-nado. De acordo com a proposta, serão bene-ficiados os pequenos e médios produtores ru-rais e as cooperativas. Pág 7.

A Cooperativa Integrada inaugurou em julho sua maior unidade de recebimento, localizada em Marin-gá, Noroeste do Estado. A cidade de Ribeirão Claro, na região Norte, conta também com uma unidade da Integrada. A estrutura, localizada no centro da cidade, vai receber café e ser um posto avançado para comer-cialização e suporte aos produtores da região. Pág.4.

Integrada investe nas regiões Norte e Noroeste do Paraná

Brasil lidera recolhimento de latas de alumínio

A Associação Brasi-leira do Alumínio - ABAL e a Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alta Reciclabilidade - ABRALATAS informa-ram que o país reciclou 94,4% do total de latas de alumínio para bebidas comercializadas no mer-cado interno, em 2006. Segundo dados, foram recicladas no ano passa-do 139,1 mil toneladas de sucata de latas. Pág. 14.

MAPA faz auditoria no setor de sanidade

de aves do PR

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento concluiu no final de julho a audi-tagem no setor de sani-dade de aves do Paraná. Quatro auditores fiscais federais estiveram no Estado para verificar as condições do sistema de defesa sanitária das aves para prevenir enfermida-des, em especial a da In-fluenza Aviária e Doença de Newcastle. Pág. 13.

Ph

otoV

iew

Im

agen

s

Div

ulg

ação

AE

N/P

RD

ivu

lgaç

ão

Venezuelanos visitam o Instituto

Agronômico

Cerca de 20 produ-tores rurais e técnicos venezuelanos estiveram no início de agosto no Ins-tituto Agronômico do Pa-raná (IAPAR) - autarquia vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento. Eles tiveram palestras sobre comercialização de café, metodologias de difusão de tecnologia e receberam certificados de encerra-mento do curso. Pág. 15.

Programa de Turismo Rural é

lançado no Paraná

Os agricultores in-teressados em explorar o turismo rural poderão recorrer às linhas de cré-dito previstas no Progra-ma Nacional de Fortale-cimento da Agricultura Familiar (Pronaf Investi-mentos) para financiar as benfeitorias necessá-rias nas propriedades. No Paraná, o Pronaf de-verá destinar cerca R$ 1,2 bilhão para o custeio da safra 2007/08. Pág. 8.

Page 2: BiocomBustíveis – Cana-de-açúCar é um dos prinCipais destaques de … › files › pdf › 296.pdf · 2018-02-14 · Um jornal a serviço do agronegócio brasileiro Edição

Agrojornal Brasil2 agosto de 2007

EdIToRIAl oPINIão

ExPEdIENTE

Edição de agosto de 2007 / ano 1 / nº 2Um jornal a serviço do agronegócio brasileiro

Um jornal a serviço do agronegócio brasileiro

Edição 2 – Ano I - Circulação Nacional

Agosto de 2007

O Agrojornal Brasil é uma publicação mensal da

Cedilha Comunicação e Design S/S Ltda.

Conselho Editorial

Leonardo Mari

Olavo Alves

Sérgio Mari Jr.

Editor Chefe

Olavo Alves

Mtb 4285/17

Editoria de Arte

Cedilha Comunicação e Design

Colaboradores

Mie Francine Chiba, Mariana Dib Fabre, Flávio

Augusto de Almeida, Paulo Rogério Nozi e Marcus

Vinicius Rodrigues da Silva

Departamento Comercial

Cedilha Comunicação e Design

Rua Foz do Iguaçu, 90 – sala 7

CEP 86061-000 Londrina - PR

Telefone: (43) 3025 3230

E-mail: [email protected]

Impressão

Gráfica Gazeta do Povo - Londrina

Textos de articulistas e colaboradores não repre-

sentam necessariamente a opinião dos editores. O

Agrojornal Brasil não se responsabiliza por produ-

tos e serviços divulgados.

O agronegócio tem-se mostra-

do extremamente compe-tente ao produzir dentro da porteira, mas vulnerá-vel às decisões que o país adota para os produtos agrícolas. Enquanto os produtores respondem com aumento de safra e de produtividade, o gover-no federal busca soluções definitivas para antigas pendências, como o endi-vidamento agrícola e a sa-nidade animal e vegetal. Esses são dois dos princi-pais pontos de uma agen-da de trabalho, posta em prática pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Na defesa sanitária animal, é inaceitável per-der bilhões de reais por falta de um bom controle sanitário, seja na febre af-tosa, na brucelose ou na tuberculose dos animais. Na área vegetal, a ferru-gem asiática trouxe um prejuízo de R$ 2,19 bi-lhões, na última safra.

Outro ponto da agen-da se refere ao seguro ru-ral contra efeitos adversos do clima. A solução suge-rida por especialistas é a formação de um Fundo de Catástrofe, cujo proje-to de lei, elaborado pelos ministérios da Fazenda e da Agricultura, ouvindo os segmentos seguradores

A vulnerabilidade do campoe a área rural, encontra-se pronto para ser enviado ao Congresso Nacional.

A infra-estrutura e a logística são também, duas preocupações da agenda. Sem esquecer as rodovias, será preciso, ainda, intensificar os in-vestimentos em hidrovias e ferrovias. O mesmo ní-vel de preocupação são os investimentos nos por-tos, visando a tarifas mais competitivas. Por outro lado, é necessária a refor-ma do sistema de serviços de cabotagem.

Por exemplo, o custo de transporte do Sul para o Nordeste é superior ao do Brasil para a China. Sobre esses itens, ou seja, infra-estrutura, logística e cabotagem, há estudos prontos, e o processo de decisão está sendo enca-minhado.

As negociações inter-nacionais, também, fazem parte das prioridades do Ministério. A Organização Mundial de Comércio pre-cisa ser mais favorável aos nossos produtos para re-duzir tarifas de proteção, estimadas de 15% a 65% na China; de 30% a 270% na União Européia; de 12% a 350% nos Estados Unidos; e de 40% a 182% na Índia, entre outras.

A bioenergia é outro ponto da agenda de prio-

ridades. Em 2007, a pro-dução já cresceu 11,2 por cento. As estimativas de expansão indicam a uti-lização de uma área adi-cional de até 10 milhões de hectares, na próxima década - um percentual pequeno, no conjunto dos 300 milhões de hectares utilizados pela agricultu-ra e pecuária.

De qualquer forma, devemos acompanhar a expansão da cana-de-açú-car e das oleaginosas utili-zadas para o biodiesel.

Para isso, são neces-sários o zoneamento e o estabelecimento de cri-térios socioambientais. Entre as prioridades está, ainda, o nível da taxa de juros ao crédito rural e sua importância para o uso de tecnologia no campo. Há quase dez anos, o governo fixou os juros para o setor em 8,75 por cento. Como a inflação caiu e o mesmo ocorreu com a taxa Selic, é natural esperar que os juros rurais sejam redu-zidos também, como está acontecendo agora.

O último ponto da agenda de prioridades trata dos insumos agrí-colas. Na área dos de-fensivos, um grupo de trabalho coordenado pela Casa Civil revisou o decreto que tratava do uso dos produtos. Como

resultado, observouse, já na safra 2006/2007, a re-dução de, em média, 15% nos preços em relação à safra anterior. Progrediu-se muito, graças às novas regras e à aceitação dos genéricos. E, embora es-forços ainda precisem ser feitos, o assunto está bem conduzido.

Dentre os insumos, os fertilizantes têm um papel estratégico. Hoje, a demanda nacional é de 22 milhões de tonela-das, e, desse total, pro-duzimos somente 9 mi-lhões de toneladas. Em 2015, a demanda será de 30 milhões, e, mantida a capacidade instalada da indústria, teremos que importar mais de 20 mi-lhões de toneladas. Um grupo de trabalho foi incumbido de encontrar uma saída para romper essa dependência.

Essa agenda de prioridades não per-tence ao Ministério da Agricultura, tampouco ao ministro. E, sim, a todos que, de alguma forma, são responsáveis pelo nosso desenvolvi-mento.

Isto inclui governos, a classe política, sindi-catos, associações, coo-perativas e produtores.

Autor: Reinhold Stephanes Ministro da Agricultura, Pecuária e

Abastecimento

Nós do Instituto Estadual de Exten-são Rural Paranaen-se - Emater - parabe-nizamos a equipe do Agrojornal Brasil pela iniciativa de colocar no mercado editorial esse importante e oportuno veículo de comunicação social, que mostra também o espírito empreen-dedor londrinense ao ocupar espaço dentro da imprensa nacional, com foco na realidade rural brasileira. Nosso

CARTA do lEIToR

desejo é de sucesso e que a pauta contem-ple, sempre, temas que promovam a inclusão social para redução das desigualdades re-gionais e o resgate do passivo ambiental. Queremos, nessa rela-ção de parceiros, como fonte de informação jornalística, contribuir para o desenvolvimen-to sustentável da agri-cultura familiar do Pa-raná. Conte conosco!

Arnaldo Bandeiradiretor-Presidente da Emater

A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) estima que serão construídas 86 plantas industriais até 2012, com investimentos da ordem de US$ 17 bi-lhões. Entendo que há três pilares centrais de ação, igualmente prioritários, que se colocam para o Bra-sil firmar a sua liderança global neste setor: deman-da, competitividade e sustentabilidade.

O primeiro desafio é o de gerar demanda para toda a oferta canavieira que vem por aí. É preciso lutar con-tra a ciclotimia que mantém o humor dos empresários, variando entre o desespero e a euforia em decorrên-cia da volatilidade dos preços das commodities. Parte do problema decorre da desarmonia tributária e das enormes flutuações na taxa de câmbio real.

Uma área fundamental de ação no mercado inter-no é a bioeletricidade. O governo acaba de anunciar a retomada da construção da usina nuclear de Angra 3, que custará R$ 7,2 bilhões para gerar cerca de 1.350 Megawatts. A biomassa da cana já vai exportar cerca de 2 mil MW para a rede elétrica, podendo chegar a mais de 20 mil MW em 2020, o que representaria 20% das necessidades do País ou duas Itaipus. Trata-se de ener-gia elétrica renovável, limpa, de baixo impacto ambien-tal, plenamente disponível no coração dos centros de consumo e complementar à sazonalidade hidrelétrica. Para tanto é fundamental definir preços que remune-rem adequadamente essa nova modalidade de energia, além de melhorar o acesso e a conexão das centrais de co-geração ao sistema elétrico e simplificar o processo de outorga e licenciamento ambiental dos projetos.

Outro desafio é consolidar o mercado mundial de biocombustíveis, que ainda está engatinhando. O eta-nol tem todas as qualidades para se firmar como uma commodity energética global, produzida de forma am-bientalmente correta e socialmente justa. É necessário lutar incessantemente contra o elevado protecionismo nos mercados de açúcar e de etanol.

Na área da competitividade, o problema mais imediato é a necessidade de unificar a alíquota do ICMS em todo o território nacional, estabelecendo um tratamento para os combustíveis renováveis se-melhante ao hoje conferido ao óleo diesel e ao gás natural veicular. A expansão da produção, nos pró-ximos anos, exige esforços redobrados para melho-rar a infra-estrutura do País por meio da constru-ção de alcooldutos e da integração dos diferentes modais logísticos.

Na pesquisa agrícola, a meta é incentivar a biotec-nologia, permitindo o desenvolvimento de variedades adaptadas às novas áreas de produção de cana, ao cres-

Metas do açúcar, etanol e bioeletricidadecente uso do corte mecanizado e resistente a pragas e doenças. Na pesquisa industrial, é preciso apoiar o de-senvolvimento de etanol a partir de biorrefinarias e a hidrólise do bagaço e das palhadas da cana-de-açúcar.

Na área da sustentabilidade ambiental, as aten-ções se voltam para a antecipação da redução da quei-ma de cana em São Paulo. O Protocolo Verde que a Unica assinou com o governo do Estado propõe o esta-belecimento de um “selo de conformidade ambiental” para as empresas que eliminarem a queima da cana em áreas mecanizáveis até 2014 e em áreas não meca-nizáveis até 2017. Na área social, a agenda passa pelo cumprimento rigoroso da legislação trabalhista vigen-te, pela requalificação de trabalhadores por conta do crescimento do corte mecanizado e pela capacitação de fornecedores e profissionais de nível médio e superior.

O Brasil precisa adotar uma ação protagônica nas discussões com governos, empresários e ONGs sobre os problemas de aquecimento global, mudança climática, uso de créditos de carbono, economia de recursos na-turais, biotecnologia e outras pautas globais, incluindo o debate sobre mecanismos apropriados de certifica-ção socioambiental.

Comunicação é um item transversal que cruza os três pilares citados e merece ser trabalhado com enor-me atenção, buscando combater mitos e exageros que cercam o setor sucroalcooleiro, como, por exemplo: convencer a sociedade de que é possível produzir ali-mentos, bebidas, fibras, combustíveis e energia elétrica a partir de matérias-primas agropecuárias, de forma sustentável. É preciso insistir nas vantagens compara-tivas de produtividade, custo e balanços energético e ambiental do etanol de cana, ante o milho, o trigo e a beterraba, que os países ricos insistem em patrocinar, baseados no falso paradigma da obtenção da auto-sufi-ciência agroenergética. Mostrar que, graças à incorpo-ração tecnológica, o uso da terra no Brasil se tem carac-terizado por uma crescente diversificação de culturas e integração das cadeias produtivas. Pressupostos sem base empírica, como um suposto renascimento da mo-nocultura da cana-de-açúcar, seguindo o velho modelo das capitanias hereditárias, e o impossível cultivo dessa planta na Amazônia, precisam ser combatidos e desmis-tificados.

O Brasil vai certamente ocupar um papel de li-derança no crescimento da agroenergia no século 21. As sábias palavras de Keynes nos incentivam a lutar pelas ações aqui propostas, com muita objetividade e coordenação. Autor: Marcos Sawaya Jank - Presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar

Estamos bem próximo do início do plantio da safra de verão 2007/2008. Com um pequeno crescimento nos preços dos produtos agrícolas, o setor se mantém otimista com um provável avan-ço da produção nacional de grãos, principalmen-te do milho e da soja.

O setor canavieiro vive a expectativa de au-mento, graças aos investimentos que estão em andamento no Centro-Sul do país.

Na atividade pecuária, o agropecuarista tam-bém está animado com a valorização do preço do leite. E a constante procura pelo rebanho comercial em várias praças do Brasil, como por exemplo, nos remates da Expointer, em Esteio, representam um bom termômetro deste aquecimento do mercado.

Em Londrina, no início de outubro, teremos o 2º Rural Tecnoshow, que servirá de parâmetro para os criadores do estado do Paraná e de regi-ões vizinhas. Leilões, palestras técnicas e fóruns de debate integram a sua agenda, e o evento pro-mete reunir milhares de produtores rurais.

É certo que a distribuição de renda no cam-po, essencialmente da porteira para dentro, ain-da deixa muito a desejar. Mas, quem sobrevive da atividade agropecuária há anos sabe que sempre atrás da tempestade vem a bonança. Se o homem do campo, nos últimos anos, enfrentou crises de-vastadoras para o seu bolso, chegou o momento de recuperar o tempo perdido. Que esta nova sa-fra seja farta!

otimismo no campo

Page 3: BiocomBustíveis – Cana-de-açúCar é um dos prinCipais destaques de … › files › pdf › 296.pdf · 2018-02-14 · Um jornal a serviço do agronegócio brasileiro Edição

Agrojornal Brasil 3agosto de 2007

A produtivida-de agrícola

da safra de cana 2007/08 da região Centro-Sul do Brasil registrou quebra de 3% em relação ao mesmo período da sa-fra anterior, de acordo com levantamento da União da Indústria de cana-de-açúcar (Unica). Os dados referem-se ao volume processado até primeiro de julho de 2007. A queda da quali-dade da matéria-prima fez com que o rendi-mento industrial caísse 3,04% no mesmo perío-do, em comparação com igual período da safra anterior, de acordo com a entidade. Essa quebra deveu-se a condições cli-máticas desfavoráveis ao desenvolvimento da planta, principalmente nas regiões de Ribeirão Preto e Araçatuba.

A Única informa que, com um terço da sa-fra colhida até o dia pri-meiro de julho, o Centro-Sul contava com 131,3

cana-de-açúcar – queda da qualidade da matéria-prima fez Com que o rendimento na atividade industrial Caísse 3,04%

Clima prejudica produtividade no Centro-Sul, aponta Unicamilhões de toneladas de cana-de-açúcar moídas, volume 4,42% acima do mesmo período do ano passado, representando 6 milhões de toneladas a mais. A produção de açú-car ficou em 7,34 milhões de toneladas, 700 mil to-neladas abaixo do mesmo período do ano passado. Já a produção de álcool total foi de 5,56 bilhões de litros, 560 milhões de litros acima do mesmo período do ano passado.

Álcool

Até o momento, tra-ta-se de uma safra mais alcooleira que açucarei-ra, com a produção final de açúcar devendo ser semelhante à da safra 06/07, e todo o acrésci-mo de oferta será pre-dominantemente para a produção de álcool.

Sobre a comerciali-zação de álcool, a Unica informou que, apesar das vendas de álcool não terem atingido o poten-cial de demanda, uma

vez que os preços ao con-sumidor não refletiram a queda do preço ao pro-dutor, a média mensal

de venda no acumulado de três meses foi de 1,15 bilhão de litros, atingin-do 1,18 bilhão de litros

no mês de junho. Já as vendas de álcool para o mercado externo atingi-ram em três meses 760

milhões de litros, dos quais 385 milhões de li-tros no mês de junho.

Agência Estado

A exportação da ca-chaça em 2006 registrou um crescimento de 15% em relação a 2005. De acordo com levantamen-to realizado pelo Minis-tério da Agricultura, Pe-cuária e Abastecimento (Mapa), a exportação do produto vem crescendo a cada ano. A cachaça, que começou a ser produzida em 1600 no município de Parati, no Rio de Janeiro, é a bebida brasileira mais exportada, principalmen-te para os países europeus e Estados Unidos. Porém, a falta de regulamentação no mercado internacional faz com que a valorização do produto não sobres-saia, pois toda a produção exportada é realizada na forma a granel.

No Brasil, por meio do Decreto nº 4062, de 2002, a cachaça é reco-nhecida como um produto típico exclusivo brasileiro. Apenas a edição dessa le-gislação não foi suficiente para resolver a comer-cialização do produto no mercado internacional.

Segundo a coorde-nadora-geral de Vinhos e

Exportação de cachaça cresce 15%Bebidas do Mapa, Gracia-ne Gonçalves, as negocia-ções junto ao Ministério das Relações Exteriores já estão sendo feitas com os órgãos internacionais para o reconhecimento da cachaça como produ-to genuinamente brasi-leiro. “O reconhecimen-to dessa tipicidade, além de valorizar o produto vai aumentar as exporta-ções, que só o ano passa-do gerou mais de 14 mi-lhões de dólares. É o que acontece com a tequila, que é mundialmente re-conhecida como bebida mexicana”.

Na avaliação de Gra-ciane Gonçalves, a cacha-ça deixou de ser conside-rada a bebida de segunda classe, tornando-se privi-legiada em muitos mer-cados, principalmente o europeu. “Na Europa muitos apreciadores con-sideram a cachaça mais saborosa do que a vodca. A exportação já atingiu a 11,7 milhões de litros anualmente. Com o reco-nhecimento o número de exportação pode crescer mais”, garantiu.

A Corol tem feito im-portantes investimentos na região da Associação dos Municípios do Norte do Paraná (Amunop), des-de que passou a atuar na área que pertencia a Co-procafé. Somente em Cor-nélio Procópio, a Corol investiu mais de R$ 7 mi-lhões, incluindo aquisição de graneleiro, barracões, construções, benfeitorias, terrenos e máquinas.

Um outro grande in-vestimento da cooperati-va será feito em Sertane-ja na implantação de uma nova usina para a produ-ção de açúcar e álcool. Os investimentos totais deverão chegar a R$ 200 milhões quando, a partir do quinto ano de instala-ção, a usina irá produzir 3,5 milhões de sacas de açúcar e 62,3 milhões de litros de álcool.

Corol faz investimentos na

região Norte

A diretoria do Banco Nacional de Desenvolvi-mento Econômico e Social (BNDES) aprovou, recen-temente, financiamento à Cooperativa Agropecuária dos Cafeicultores de Porecatu (Cofercatu), no valor de R$ 18,3 milhões. Os recursos serão utilizados para ampliar a capacidade de moagem de cana da desti-laria da cooperativa, de 693 mil toneladas para 1,209 milhão de toneladas/ano.

Cofercatu ampliará moagem de cana

A multinacional Abengoa Bioenergia, maior produtora de álco-ol da Europa, com sede em Sevilha, na Espanha, informou que adquiriu o controle total da De-dini Agro. No primeiro investimento espanhol na produção de açúcar e álcool no Brasil, o grupo gastou 497 milhões de euros, cerca de R$ 1,3 bilhão. O valor do negó-cio é a soma da aquisi-ção da empresa, por 216 milhões de euros, ou R$ 568 milhões, e ainda a dívida assumida de mais 281 milhões de euros, cerca de R$ 739 milhões. A Dedini Agro possui três unidades sucroal-cooleiras no estado de São Paulo, nas cidades de São João da Boa Vis-ta, Pirassununga e Santo Antonio de Posse.

Em um comuni-cado, a Abengoa Bio-energia informou que

Grupo espanhol compra usinas em SP

as unidades adquiridas operam com um cus-to de produção entre os mais competitivos do Brasil e do mundo “graças à excelente lo-calização das plantas, a experiência da equipe” e ainda ao fato de gran-de parte das terras das usinas serem próprias,

bem como os contratos de longo prazo. Segun-do a companhia espa-nhola, com o acordo a Abengoa Bioenergia passa a ser a única em-presa do mundo pre-sentes nos três grandes mercados globais de bioetanol: Brasil, Esta-dos Unidos e Europa.

A indústria brasilei-ra vai esmagar 86,47% (473,16 milhões t) da cana-de-açúcar que será colhida na safra 2007/08. Desse total, 46,9% vão para fabricação de 30 milhões de toneladas de açúcar e 53,1% para ex-tração de 21,3 bilhões de litros de álcool, sendo 8,6 bilhões do tipo ani-dro (que é misturado à gasolina) e 12,7 bilhões

Conab: Maior parte da produção de cana vai para a indústriado hidratado (usado nas bombas dos postos).

O resultado é da segunda pesquisa da safra atual anuncia-do pelo presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Wagner Rossi. Segundo ele, a produção nacional destinada ao setor su-croalcooleiro e a outros fins (cachaça, rapadu-ra, alimentação animal,

semente) será de 547,2 milhões de toneladas, número recorde e 15,2% superior à colheita do ci-clo passado.

Comparando-se ao período anterior, o açúcar diminuiu 0,61% (185,9 mil t), resultado do preço pouco remunerador do produto no mercado, que encolheu cerca de 40% no último ano. Já o álcool cresceu 21,9% (3,8 bilhões

l), motivado principalmen-te pela grande demanda do etanol nos mercados interno e externo.

Área – A área cul-tivada também aumen-tou 12,3%, saindo de 6,2 milhões de hectares na última safra para 6,9 milhões ha. A expansão ocorreu em todo país, com destaque para os estados de MG, SP, MS, GO, MT e PR.

SOJA • TRIGO • AVEIA BRANCASOJA • TRIGO • AVEIA BRANCA

Multiplicando TecnologiasMultiplicando Tecnologias

Vendas: (43) 2101-2500 • UBS: (43) 3464-1232Mauá da Serra - PR

Vendas: (43) 2101-2500 • UBS: (43) 3464-1232Mauá da Serra - PR

Div

ulg

ação

Div

ulg

ação

A quebra na produção canavieira no Centro-Sul ocorreu devido ao mau desenvolvimento da planta

Investimentos já ultrapassam a marca de R$ 1 bilhão

Page 4: BiocomBustíveis – Cana-de-açúCar é um dos prinCipais destaques de … › files › pdf › 296.pdf · 2018-02-14 · Um jornal a serviço do agronegócio brasileiro Edição

Agrojornal Brasil4 agosto de 2007

A Integrada inau-gurou no co-

meço de julho sua maior unidade de recebimento, localizada no município de Maringá. Construída para ser um centro logís-tico, ela tem capacidade estática de armazenagem para 50 mil toneladas.

A cooperativa es-pera, com essa obra, agilizar o recebimento e reduzir custos opera-cionais. “Esta é nossa maior unidade armaze-nadora e foi construída seguindo os planos es-tratégicos da coopera-tiva de levar agilidade e economia aos nossos associados”, comenta o presidente da Integra-da, Carlos Murate.

Para o presidente da Integrada, “esse inves-timento estratégico em unidades de recebimen-to representa para os as-sociados maior agilidade na hora de entregar a pro-dução”, comenta. “Com unidades mais próximas da propriedade, o asso-ciado gasta menos tempo

integrada – nova unidade funCionará Como Centro logístiCo e Centralizará o reCebimento de grãos de toda região

Cooperativa investe R$ 10 milhões em Maringána colheita e ainda eco-nomiza no transporte,”, completa Murate.

Apesar da crise que assolou o agronegócio em 2006, a cooperativa inves-tiu mais de R$ 24 milhões na ampliação e constru-ção de nove unidades de recebimento no Estado. A estrutura de Maringá é a última a ser entregue e seu tamanho é proposi-tal, já que vai centralizar o recebimento de toda a região. “Maringá foi esco-lhida por ser uma região com alto potencial produ-tivo e a unidade servirá como suporte estratégico para as unidades mais próximas nos momentos de pico de safra. Além de servir como um centro logístico para transbordo e transporte ferroviário ao porto de Paranaguá”, explica o superintenden-te da Integrada, Jorge Hashimoto.

Logística

Preocupada com essa importância logís-tica, a estrutura inau-

gurada em Maringá priorizou o setor de ex-pedição, que conta com tombadores hidráulicos que suportam inclusive caminhões “rodo-trem”, além de um desvio fer-roviário com capacidade

para escoar 1.200 tone-ladas de produtos.

O cooperado Edíl-son Komagome entrega sua produção na unidade de Floresta, vizinha de Maringá, e será um dos beneficiados com a nova

estrutura da Integrada. “Mesmo não entregando minha produção na nova unidade, vou ser bene-ficiado indiretamente, pois esse investimento vai desafogar as unida-des menores da região

nos picos de safra, agili-zando o processo de re-cebimento. Com as jane-las de colheita cada vez menores, para nós isso representa economia de tempo e dinheiro”, co-memora.

A região de Ribeirão Claro conta, agora, com uma unidade da Integra-da. A estrutura, localiza-da no centro da cidade, vai receber café e ser um posto avançado para co-mercialização e suporte aos produtores da região.

A região é compos-ta, em sua maioria, de pequenos produtores e o café é a principal atividade agrícola da região. Para o produtor José Avilar Rissa Filho, a entrada da Integrada na região vai ser impor-tante para os produto-res. “O café é a princi-pal cultura da região e a entrada da Integrada vai ajudar em todas as fases da cultura, como assistência técnica e co-mercialização. Quando preciso, é só ligar que

Integrada apóia cafeicultura em Ribeirão Claro

rapidinho eles me aten-de”, conta o produtor.

Para João Nonato, que também planta café na região, “hoje, na ca-

feicultura, se não tiver qualidade não adiantar nem tocar a cultura”, co-menta. “A vinda da Inte-grada para nossa região

vai ajudar bastante. É um bom negócio vender café para a Integrada’, completa o produtor Au-gusto Serafim.

O novo gerente de Agronegócios da Superinten-dência do Banco do Brasil no Paraná, Cezar de Cól, esteve na Ocepar no mês de julho, acompanhado do gerente atual, Sergio Roberto Mantovani, onde foi recebido pelo presidente João Paulo Koslovski, pelo superintendente adjunto, Nelson Costa, e pelo asses-sor da diretoria e ex-presidente Guntolf van Kaick. Cezar, que tomou posse recentemente, nasceu em Pato Branco e tem larga experiência em assuntos de agronegócio e cooperativismo, adquirida enquanto gerente do Banco do Brasil em Cascavel. Na reunião com a Ocepar os dois executivos trocaram informa-ções sobre as perspectivas da agricultura e do coo-perativismo em função das negociações das dívidas agrícolas. Mantovani está deixando a superinten-dência do Agronegócio para assumir a gerência da agência em Cornélio Procópio.

Novo gerente de Agronegócios do BB visita a ocepar

As cooperativas pa-ranaenses Cocamar (Ma-ringá), Lar (Medianeira) e Coagru (Ubiratã) rece-beram no início de agosto, em Brasília (DF), o Prê-mio Cooperativa do Ano 2007. O presidente do Sis-tema Ocepar, João Paulo Koslovski, acompanhou a cerimônia de entrega da premiação. Para Koslovski esse resultado espelha o alto nível de profissionali-zação que as cooperativas do Estado estão imprimin-do. “Isso se reflete não só em premiações, mas na melhoria de gestão e re-sultados”, afirma.

Das sete premia-ções previstas no regu-lamento para o setor do agronegócio, seis fica-ram para cooperativas do Paraná. A Cocamar foi contemplada em três

Cocamar, lar e Coagru recebem premiaçãocooperativa do ano:

categorias: Qualidade e Produtividade com o projeto “programa apoio aos cooperados”. Gestão Profissional, com o pro-jeto “Planejamento es-tratégico participativo” e Meio Ambiente com o “projeto cultivar”. A Lar venceu na categoria Educação Cooperativista com o projeto “Comitês por Atividades Lar” e na categoria Inovação Tec-nológica com o projeto “produtividade por de-palhamento e desgrana-mento do milho verde”. A vencedora da catego-ria Intercooperação foi a Coagru com o projeto Cooperação entre Coo-perativas.

Outros vencedores

Também foram ven-cedores os projetos das se-

guintes cooperativas – Ce-mil (Patos de Minas-MG), Certel (Teutônia-RS), Consul (Ipatinga-MG), Co-opercarga (Concórdia-SC), Copasul (Navirai-MS), Co-tripal (Panambi-RS), Cre-dicoonai (Ribeirão Preto-SP) e Unimed Erechim (Erechim-RS).

O Prêmio Coope-rativa do ano de 2007 teve 91 trabalhos ins-critos e contemplou as cooperativas que apre-sentaram soluções viá-veis e inteligentes para os problemas vividos pelo setor. A premiação é concedida pela Orga-nização das Cooperati-vas Brasileiras (OCB) e o Serviço Nacional de Aprendizagem do Coo-perativismo (Sescoop) em pareceria com a re-vista Globo Rural.

No dia 14 de julho, filhos e filhas de associados da Cocari tiveram um dia inteiro repleto de diversão e aprendizado. Foi a 5ª edição do Jovemcoop, que acon-teceu na Associação Atlética Cocari, em Mandaguari, e contou com a presença de aproximadamente 750 jovens, de mais de 20 municípios do Estado do Paraná. Com o apoio do Sescoop/PR, a cooperativa organizou uma pro-gramação para o evento com diversas dinâmicas e brin-cadeiras com o objetivo de integrar os participantes.

O presidente da Cocari, Dorival Malacario, partici-pou do Jovemcoop e considera muito importante a in-serção de jovens no sistema cooperativista. “Acho que a solução do nosso País é o sistema de cooperativas, o qual repassa os verdadeiros valores que foram se per-dendo com o tempo e que agora essa juventude tem a oportunidade de resgatar”, diz o presidente. Ao tér-mino do Jovemcoop, houve sorteio de vários brindes e distribuição de mudas nativas, doadas pelo IAP e pelo viveiro de mudas da Destilaria Cocari.

Aquecimento global

A Cocari inseriu na programação do Jovemcoop palestras sobre o aquecimento global, ministradas pelo professor Jerry Nunes, que leciona Geografia no Co-légio Nobel e Sociologia nas Faculdades Nobel, e pelo professor Fabiano Bracht, que dá aulas de História, tam-bém no Colégio Nobel. “Devemos consumir de forma ra-cional e consciente, principalmente cobrando daquelas empresas que produzem o que iremos consumir. Temos sempre de questionar se o que estamos consumindo são produtos biodegradáveis ou não, se têm certificados de garantia ou não, se preservam o meio ambiente ou não; se a empresa está engajada em um projeto ambiental ou não”, argumenta Nunes, que aponta o consumismo desenfreado do homem como o maior culpado pelo aquecimento global.

5ª edição do Jovemcoop na Cocari reúne mais de 700 jovens

Executivo do Sicredi é eleito no conselho mundial

de cooperativas de crédito

O diretor-presiden-te da Confederação Sicredi, Alcenor Pag-nussatt, foi eleito, re-presentando o Brasil, conselheiro do Conse-lho Mundial de Coo-perativas de Crédito (WOCCU), principal associação internacio-nal para o desenvolvi-mento das cooperativas de crédito do mundo. A eleição do novo con-selho ocorreu durante a Assembléia Geral e Conferência Anual do WOCCU, entre 29 de julho e 01º de agosto, em Calgary, no Canadá. O evento contou com a presença de 2.405 parti-cipantes de 62 países.

Centro logístico tem capacidade estática de armazenagem para 50 mil toneladas

Div

ulg

ação

Div

ulg

ação

Page 5: BiocomBustíveis – Cana-de-açúCar é um dos prinCipais destaques de … › files › pdf › 296.pdf · 2018-02-14 · Um jornal a serviço do agronegócio brasileiro Edição

Agrojornal Brasil 5agosto de 2007

A soja é rica em proteínas e

excelente fonte de mine-rais, sendo uma grande alternativa para a me-lhoria da saúde e da qua-lidade de vida no nosso dia-a-dia. Esse e outros conhecimentos estão sendo repassados a cen-tenas de famílias coope-radas da Coamo (Campo Mourão), por meio dos cursos “Soja na Alimen-tação”, promovidos pela cooperativa em parceria com o Sescoop-PR, em dezenas de comunidades da sua área de ação.

O programa Educa-cional e Social da Coa-mo promove anualmen-te centenas de cursos realizados com a parti-cipação de mais de 2,5 mil mulheres, 20% deles são de soja na alimenta-ção. Sérgio Kazuo Kawi-

coamo – Cooperativa em parCeria Com o sesCoop-pr promove Cursos em dezenas de Comunidades da sua área de atuação

Cooperativa incentiva o uso de soja na alimentaçãokami, instrutor do curso, comenta as vantagens da inclusão da soja na alimentação. “As mu-lheres estão utilizando cada vez mais a soja na alimentação e sentindo os benefícios que essa leguminosa traz para a nossa saúde e qualida-de de vida. Com uma maior conscientização e conhecimento, o núme-ro de usuários da soja na alimentação tende a ser maior, já que é possível ver o sucesso das receitas salgadas e doces, com a utilização do leite e da farinha de soja”, explica.

Alimento funcional

Cristina Tibério, par-ticipante dos treinamen-tos, garante que é possí-vel melhorar a saúde e também o rendimento

p r é - m e n s t r u a l , menopausa como auxiliar no alívio dos sintomas indesejá-veis e na prevenção da osteoporose. Nos EUA recomenda-se a inges-tão diária de 25g de proteína de soja (60g de grãos de soja), para o controle dos níveis de colesterol e triglicérides.

da Redação

Durante solenidade realizada no início de agosto, em Curitiba, com a presença do ministro da Educação Fernando Haddad e dos chefes dos três Poderes do Estado - governador em exercício Orlando Pessuti; o pre-sidente da Assembléia Legislativa, deputado Nelson Justus; e o pre-sidente do Tribunal de Justiça, desembargador José Antônio Vidal Co-elho - o presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski assinou a “Carta-Compromisso pela Superação do Anal-fabetismo no Paraná”, uma proposta da Secre-taria de Educação que tem por meta alfabeti-zar cerca de 100 mil jo-vens e adultos neste ano de 2007. O programa pretende inscrever ou-tros 330 mil alunos entre 2008 e 2010, o que pos-sibilitará ao Paraná aca-bar com o analfabetismo ao final desta década.

ocepar assina “Carta-Compromisso” contra o analfabetismo no PR

Em julho o próprio secretário da Educação, Maurício Requião esteve na sede do Sistema Oce-par, para convidar a en-tidade e as cooperativas paranaenses para que apoiassem tal iniciati-va. Na ocasião Koslovski assumiu o compromisso de não só apoiar como desenvolver através do Sescoop Paraná em par-ceria com a secretaria um programa voltado para a alfabetização de pessoas ligadas ao sis-tema cooperativista pa-

ranaense e assim con-tribuir de forma direta com o programa. “Levar o conhecimento às pesso-as é uma das missões do cooperativismo e, se isto pode acontecer através da alfabetização, melhor ainda. Uma excelente iniciativa que apoiamos com certeza”, frisou. Kos-lovski também lembrou que diversas cooperati-vas já realizam trabalhos voluntários de alfabeti-zação no interior do esta-do e que podem se somar a mais esta iniciativa.

O Copagril inaugu-rou no dia 9 de agosto, em Entre Rios do Oeste, a sua Unidade Industrial de Rações. Com investi-mentos na ordem de R$ 15 milhões, a indústria integra o Projeto Avíco-la da Copagril iniciado em 2002, que contem-pla a criação de frangos de corte no campo, o abate, industrialização e comercialização dos produtos da cooperati-va para o mercado in-terno e externo, através da Unidade Industrial de Aves. A indústria de rações está localizada numa área de 45.296 m2, sendo 20% desti-nada à implantação de Reserva Legal e obra construída de aproxi-madamente 3.600 m2. A produção inicial será de 50 toneladas de ração por hora, ou, 400 tonela-das por turno de traba-lho, com possibilidade de aumento para 100 ton/hora. Num primeiro momento, a Unidade irá gerar 40 empregos dire-

Copagril investe R$ 15 milhões em Unidade de Rações

tos e, pelo menos, mais 50 empregos indiretos.

Capacidade

A capacidade de ar-mazenagem de milho é de 7 mil toneladas. Além disso, a indústria conta com silos de armazena-gem de farelo de soja com capacidade para 285 toneladas e mais 800 toneladas de matéria-prima em 24 silos de do-sagem, o que irá permitir a separação da matéria-prima em lotes e facilita-rá o processo de rastrea-bilidade das rações.

Já a expedição tem capacidade de armaze-nagem de 800 toneladas de rações em 20 silos e um conjunto de duas balanças para carrega-mento automatizado dos caminhões, capaz de expedir, no mínimo, 100 ton/hora de rações.

Segurança

A Unidade Indus-trial de Rações foi pro-jetada dentro das mais rigorosas normas de se-

A Agrária vem se destacando no cenário do agronegócio. Em ju-lho, a Associação Co-mercial e Industrial de Guarapuava (ACIG) re-alizou, no Pahy Centro de Eventos, o Jantar do Empresário, home-nageando as empresas de maior destaque no município. Pela segun-da vez consecutiva, a Cooperativa recebeu o diploma e o troféu de “Mérito Empresarial”. O Anuário do Agrone-gócio 2007/2008, de Exame, considerou a Cooperativa a melhor empresa no segmento “Algodão e Grãos”. Já no Anuário do Agrone-

Agrária: Cooperativa se destaca nos segmentos de Algodão e Grãos

gócio de Globo Rural 2007, a Agrária obte-ve pelo segundo ano consecutivo o 1º lugar, também na categoria “Algodão e Grãos”.

Referência

Para o diretor pre-sidente da Agrária, Jor-ge Karl, o reconheci-mento recebido mostra que se está atingindo o objetivo descrito na visão da Cooperativa: ser uma referência em cooperativismo. “Para nós, é uma satisfação muito grande. Isto é re-sultado do trabalho di-ferenciado da equipe. Ou seja: estamos conse-guindo atender àquilo

a que nós nos propuse-mos dentro da nossa vi-são”, comentou. Jorge Karl ressaltou que não se pode esquecer que a Cooperativa ainda tem “um caminho mui-to grande” pela frente. “Os desafios são diá-rios, o aprimoramento de todos os planos in-ternos de gestão é ne-cessário e temos que cada vez mais nos de-dicar ao foco do nosso negócio”, declarou. Em sua opinião, a coloca-ção de destaque da Co-operativa não é ainda uma vitória, mas “um reconhecimento de que a Agrária escolheu o ca-minho certo”.

gurança e higiene atual-mente vigentes no mun-do, com o objetivo de oferecer produtos de alta qualidade. Todo o pro-cesso será automatizado com equipamentos mais modernos existentes no mercado, o que possibi-litará a rastreabilidade em todas as etapas do processo, oferecendo desta forma, rações com qualidade garantida aos produtores.

Todos os equipa-mentos da indústria são auto-limpantes, seguin-do modelo europeu, reduzindo o risco de contaminações de ali-mentos às aves. Os ve-ículos ao entrarem no pátio da indústria pas-sarão por desinfecção, eliminando riscos de contaminações exter-nas. Este novo empre-endimento da Copagril contou com o incentivo do município de En-tre Rios do Oeste que repassou a quantia de aproximadamente R$ 2,3 milhões.

mensal da família acres-centando a soja a diver-sas receitas, como almôn-dega, saladas e bolinhos, que são comercializadas para os vizinhos e o co-mércio local e regional. “A gente aprende muito com os cursos da Coamo. No caso da soja tudo fica mais fácil, pois temos a matéria-prima de quali-dade que é produzida na nossa própria lavoura, e ainda por cima, ela serve como alternativa para au-mentar a renda da ativi-dade”, diz.

O uso da soja con-tribui para a redução dos riscos de doenças crônicas e degenerati-vas, como alguns tipos de câncer (mama, colo do útero e próstata). Recomenda-se a utiliza-ção do grão a mulheres em período de tensão

Div

ulg

ação

Div

ulg

ação

Page 6: BiocomBustíveis – Cana-de-açúCar é um dos prinCipais destaques de … › files › pdf › 296.pdf · 2018-02-14 · Um jornal a serviço do agronegócio brasileiro Edição

Agrojornal Brasil6 agosto de 2007

A edição deste ano do Agro-

leite, evento realizado de 14 a 18 de agosto pela Cooperativa Castrolan-da e que atraiu produto-res do Brasil inteiro para Castro, região central do Paraná, aconteceu num bom momento para o setor leiteiro do estado. Estimativas apontam para um crescimento de toda a cadeia produtiva. Com uma produção es-timada em 2,6 bilhões de litros produzidos em 2006, o Paraná já dispu-ta com Goiás a segunda colocação no ranking nacional de produção de leite. O estado responde por 10,3% da produção nacional e Goiás respon-de por 10,8%.

Na opinião do secre-tário da Agricultura e do Abastecimento, Val-ter Bianchini, a entrada de novos produtores na atividade irá contribuir para o crescimento do setor. “Nossos laticí-

pecuária de Leite - produção de 2,6 bilhões de litros garante ao paraná a disputa Com goiás pela segunda ColoCação no ranking

Setor leiteiro paranaense aposta em expansãonios recebem em torno de 5 milhões de litros por dia. E hoje estamos prevendo novos inves-timentos para mais de um milhão de litros/dia, 20% a mais que a capa-cidade do Estado. Tere-mos aqui no Paraná 70 milhões dos 400 milhões de investimento para a pecuária leiteira previs-to para o país”, conta o secretário.

Segundo Bianchi-ni, a entrada de novos produtores será apoia-da pelo governo esta-dual com a concessão de linhas de crédito em equivalência-milho para financiar a compra de resfriadores de leite, en-siladeiras e animais de raças mais produtivas.

Consumo

De acordo com estu-do do Departamento de Economia Rural (Deral), atualmente o Paraná conta aproximadamente com 100 mil produtores

de leite e 377 laticínios com Inspeção Federal, Inspeção Estadual e Mu-nicipal. No total, eles re-ceberam, em média, 150 milhões de litros men-sais em 2006.

Os planos de ex-pansão estão sendo preparados em função do aumento no consu-mo de leite e derivados no País, que no ano pas-sado foi de 70,8 quilos por pessoa/ano, segun-do levantamento do USDA (Departamento de Agricultura dos Es-tados Unidos). E tam-bém em decorrência das exportações, que vêm aumentando nos últimos anos.

No ano passado o Brasil exportou 89.052 toneladas de leite para o mercado externo, uma elevação de 13,6% em relação ao ano anterior. Em 2005, já havia ocor-rido um aumento de 6,5% nas exportações de leite em relação a

2004. No primeiro se-mestre de 2007, a co-mercialização de leite no mercado externo ge-rou uma receita de US$ 93.710, um aumento de 9% sobre o mesmo pe-ríodo do ano passado, quando a receita com as exportações de leite atingiu US$ 85.935.

Dividendos

Em função dessa valorização, as expor-tações de leite do Pa-raná estão aceleradas. No primeiro semestre desse ano foram expor-tadas 2.079 toneladas de leite que gerou uma receita de US$ 6,04 mi-lhões, um aumento de 28% sobre o mesmo pe-ríodo de 2006, onde o valor exportado foi de US$ 4,72 milhões.

O aumento da de-manda pelo leite no mercado externo está refletindo no mercado interno. Os produto-res já estão recebendo

mais pela entrega do produto. Houve um au-mento de 38% no preço pago ao produtor no úl-timo ano, passando de

Mais de 50 mil pessoas passaram pelo Parque de Expo-sições Dario Macedo, em Castro, durante os cinco dias do Agrolei-te 2007. O volume de negócios foi de R$ 9 milhões. Na avaliação de José Hilton Prata Ribeiro, coordenador geral, o Agroleite su-perou as expectativas. “Fechamos os números e o resultado foi muito positivo, tanto para as empresas quanto para os criadores com a ven-da de diversos animais e também a visita de muitos criadores de todo Brasil e também de outros países como do Canadá, Uruguai, Estados Unidos que vie-ram a Castro para co-nhecer o que temos aqui em termos de tecnologia e qualidade da cadeia produtiva do leite”.

A campeã supre-ma do Agroleite 2007 foi da raça holandesa,

Agroleite reúne o melhor da tecnologia e supera expectativas

de Claudio Humberto Brenner, de Imbituva. O prêmio foi uma via-gem ao Canadá, ofere-cida pela Semex, onde o criador irá conhecer uma das maiores feiras de leite do mundo em novembro. A média ge-ral do Leilão Elite foi de R$ 8.700,00 com um total de 31 animais co-mercializados.

No Torneio Leitei-ro, o animal vencedor foi Fini Mathie Storm Nette 2917, de José Hé-lio de Souza, de Minas Gerais, com uma produ-

ção de 93,06 kg. Parti-ciparam, neste ano, 110 empresas expositoras e 700 animais das raças holandesa, jersey, par-do-suíça e simental.

Segundo Prata Ri-beiro, as palestras rea-lizadas, entre os dias 14 e 18 de agosto, também foram um sucesso de pú-blico. “Todos os fóruns tratados no Agroleite atraíram a atenção dos produtores, tanto dos agricultores, suinocul-tores e pecuaristas. Es-tamos satisfeitos com o resultado”, finaliza.

No dia 9 de julho, foi repassado mais um lote com 22 novilhas aos produtores assis-tidos pelo trabalho de Assistência Técnica ao Produtor da Confepar (ASTEC). O lote foi di-vidido entre cinco pro-dutores assistidos nas regiões de Manoel Ri-bas, Campina da Lagoa e Nova Cantú.

A venda destes ani-mais é feita pelo critério de necessidade técnica

Centro de Recria da Confepar repassa novilhas para criadores

do produtor. O técnico responsável pelo traba-lho na propriedade, no momento em que identi-ficar que o produtor tem condições de receber es-tes animais, solicita ao responsável pelo Centro de Recria que coloque o produtor na lista de es-pera pelos animais.

À medida que os animais estão aptos a deixar o centro - o que ocorre quando o animal atingir o quarto ou quin-

to mês de prenhez - os produtores são avisados. No momento da entrega, os produtores são reuni-dos no Centro de Recria e é apresentado a todos, o lote que será sorteado. O preço de venda dos animais é composto pelo valor de aquisição da be-zerra mais o valor do cus-to de recria do animal.

Hoje, o Centro de Recria de Jandaia do Sul-PR conta com mais de 370 animais em recria.

A organização da Feira Internacional da Cadeia Produtiva do Leite (Feileite), evento que será realizado en-tre 30 de outubro e 03 de novembro, no Centro de Exposições Imigran-tes, em São Paulo, quer atrair cooperativas e produtores independen-tes, além de intensificar ainda mais sua atuação em todos os elos da ca-deia produtiva. Para essa finalidade, a Feileite con-tará com o apoio da Asso-ciação Brasileira dos Pro-dutores de Leite (Leite Brasil), uma das entida-des mais respeitados do setor lácteo do País.

“Nosso grande ob-jetivo é aproximar o produtor da realidade em que ele atua. Quere-mos garantir que todos os elos da cadeia produ-

leite Brasil firma parceria com Agrocentro para promoção da Feileite

tiva estejam presentes, desde genética até a industrialização. A ade-são do produtor é fun-damental”, explica Jor-ge Rubez, presidente da Leite Brasil.

A Feileite trará no-vidades em produtos, informações e serviços. De acordo com Rubez, além de um centro para atualização e negócios, a feira será um espaço para atrair investimen-tos à produção brasi-leira, que apresenta grande potencial de crescimento e vanta-gens sobre os compe-tidores internacionais, cada vez mais saturados em termos de capacida-de de produção.

Vitrine

“O evento acon-tece em um momento

fundamental para o produtor, agora mais capitalizado, inves-tir em produtividade. Com as altas consecu-tivas do leite – mais de 33% entre janeiro e julho de 2007 – e o aumento dos ganhos na propriedade, torna-se imprescindível investir na qualidade e na efi-ciência da produção. A Feileite será a vitri-ne da cadeia produtiva nacional e, com a Lei-te Brasil, conseguire-mos trazer o produtor para este ambiente”, ressalta Décio Ribeiro dos Santos, diretor do Agrocentro.

Mais informações so-bre leilões na Feileite pelo site www.feileite.com.br, e-mail [email protected] ou pelo telefo-ne (11) 5067-6767.

• Reprodução Animal• Sêmen• Inseminação Artificial• I. A. T. F• Laboratório Veterinário

• Análises Clínicas• Nitrogênio• Rastreabilidade• Medicamentos

(43) 3324-7831

R$ 0,45 o litro em julho de 2006, para R$ 0,62 o litro em julho deste ano.

da RedaçãoD

ivu

lgaç

ão

AE

N/P

R

Page 7: BiocomBustíveis – Cana-de-açúCar é um dos prinCipais destaques de … › files › pdf › 296.pdf · 2018-02-14 · Um jornal a serviço do agronegócio brasileiro Edição

Agrojornal Brasil 7agosto de 2007

O Festival Gas-tronômico Suí-

no realizado pelo Senac, SENAR-PR e FAEP, en-tre 30 de julho e 4 de agosto, foi considerado um sucesso pela equipe que trabalhou em sua or-ganização. Perto de 1.500 refeições e mais de uma tonelada de carne suína foram servidas duran-te a semana do evento em mais de 30 pratos da culinária tradicional à contemporânea.

“É uma idéia para ser seguida e imitada como exemplo de ação que pode derrubar pre-conceitos e demonstrar que a carne suína é um alimento saudável. Além disso, conseguindo atin-gir um público formador de opinião e multiplica-dor, podemos pensar em termos de alavancar o consumo interno dessa

suinocuLtura – evento promovido pelo senaC e senar-pr, em Curitiba, Com o apoio da faep, serviu CerCa de 1.500 refeições

Festival Gastronômico serviu mais de uma tonelada de carnecarne”, avalia Livaldo Ge-min, diretor secretário da Federação da Agricultura do Estado do Paraná.

Caprinos

O próximo festival gastronômico promovi-do pela parceria Senac, SENAR-PR e FAEP está marcado para o mês de outubro, e terá como atração principal a car-ne de caprinos. Como cadeia produtiva, a ca-prinocultura é relativa-mente recente no Pa-raná e vem ganhando força nas regiões sudo-este, oeste e leste.

De acordo com dados repassados pela Capripar, existem no Paraná atualmente cer-ca de 60 mil matrizes da raça Boer (caprino de corte), são registra-dos 90 mil nascimentos por ano e 3.750 abates

por mês. “Nossa meta é tornar o Paraná uma referência nacional em caprinocultura de corte dentro de cinco anos”, afirma Aryzone Mendes de Araújo, presidente da Capripar que destaca pontos a favor do estado para atingir tal objeti-vo: “Temos clima, solo, abundância de alimen-tos, estrutura fundiária e o principal, tecnolo-gia”. No que diz respeito à formação profissional, nos últimos dois anos e meio, perto de 2 mil pro-dutores já passaram por cursos do SENAR-PR na área de caprinocultura.

Sabores do Paraná

Uma amostra da culi-nária a base de caprinos foi dada na Feira Sabores do Paraná, realizada no pavilhão de exposição do Parque Barigüi, em Curi-

tiba , na primeira quinze-na de julho.

O evento realizado pela Secretaria da Agri-cultura, por meio do Pro-grama da Agroindústria

Familiar “Fábrica do Agricultor” contou com o apoio do Sistema FAEP.

Segundo os organi-zadores da Feira, foi a carne com maior saída

no restaurante instalado no evento - o que aumen-ta ainda mais a expecta-tiva para o festival agen-dado para outubro.

da Redação

O projeto de lei de autoria do senador Valdir Raupp (PMDB-RO), que inclui a carne suína na pauta de produtos ampa-rados pela Política de Ga-rantia de Preços Mínimos (PGPM), tramita na Co-missão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) do Senado. De acordo com a proposta, serão be-neficiados os pequenos e médios produtores rurais e as cooperativas.

A matéria estabe-lece que a PGPM com-preenda o apoio à co-mercialização da carne suína nos termos do De-creto-Lei 79/66 e da Lei 8.427/92. O Decreto-Lei 79/66 institui normas

Projeto inclui carne suína na política de preços mínimos do governo

para a fixação de preços mínimos e execução das operações de financia-mento e aquisição de produtos agropecuários, enquanto a Lei 8.427/92 dispõe sobre a conces-são de subvenção eco-nômica nas operações de crédito rural.

Na justificação do projeto, Valdir Raupp citou como o exemplo o embargo econômico es-tabelecido pela Rússia em 2005 à carne brasi-leira, que aprofundou a crise que já atingia a suinocultura catarinen-se no período, e agravou, sobretudo, a situação dos produtores não in-tegrados. Atualmente,

informou o senador, são empregados mais de dez mil trabalhadores ape-nas na suinocultura em Santa Catarina.

Na avaliação do par-lamentar, a garantia do preço mínimo é neces-sária ao suinocultor e às cooperativas para per-mitir o pagamento da di-ferença entre aquele e o preço de mercado. Esse instrumento, segundo Raupp, também poderá complementar o abaste-cimento do produto em regiões deficitárias, a partir dos estoques pri-vados das regiões pro-dutoras, desonerando o Estado dos custos da ma-nutenção de estoques.

A Comissão de Agri-cultura, Pecuária, Abaste-cimento e Desenvolvimen-to Rural (Capadr) aprovou no início de agosto, reque-rimento da deputada Jus-mari Olveira (PR-BA) para a realização de uma audi-ência pública sobre a situação da cadeia da caprino-vinocultura no Brasil. Ainda sem data definida, o ob-jetivo do debate é discutir os rumos dessa cadeia que, apesar do potencial na geração de empregos e renda, experimenta uma estagnação da produção nacional.

Para Jusmari, o problema é que o setor produtivo primário não está conseguindo ser um grande agente de transformação da realidade sócio-econômica nas zonas de produção. “É necessário identificar as prin-cipais limitações e estabelecer políticas públicas espe-cíficas, que viabilizem o fortalecimento, a reestrutura-ção e a integração da produção”, defende a deputada.

O rebanho nacional de ovinos é de aproximada-mente 14 milhões e o de caprinos de 10 milhões. A de-putada informa que o consumo nacional de carnes das espécies caprinas e ovinas no Brasil está abaixo de 1Kg/hab/ano, sendo limitado pela oferta interna irregular ao longo do ano. O país importa 17% da carne consumida.

“No Brasil existe uma grande expectativa de crescimento e expansão da atividade, com potencial de se alcançar em poucos anos um dos maiores re-banhos comerciais do mundo. A demanda mundial é crescente e isso significa uma grande oportunidade de produzir e ofertar produtos de qualidade, ecologi-camente corretos”, justifica a ruralista.

deputados vão debater potencial produtivo

caprinos

A Embrapa Suínos e Aves, unidade descen-tralizada da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vincu-lada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, e a Co-operativa de Produção e Consumo Concórdia (Copérdia) iniciarar no mês de agosto, o Curso Suinocultura Profissio-nal. Dividido em 17 mó-dulos e com um total de 136 horas, o curso vai repassar a 26 produtores associados da Copérdia conhecimentos sobre to-dos os aspectos que en-volvem a suinocultura.

De acordo com o che-fe geral da Embrapa Su-ínos e Aves, Elsio Figuei-redo, a Copérdia é uma das principais parceiras da Unidade, condição que propiciou a oferta do curso. Além disso, é in-tenção cada vez maior da Embrapa Suínos e Aves fazer com que os conhe-cimentos gerados pelos pesquisadores da Unida-de cheguem rapidamente aos produtores. “O Curso

Embrapa e Copérdia levam formação a produtores de suínos

Suinocultura Profissional é uma forma de acelerar essa transferência”, acre-dita Elsio Figueiredo.

Profissional

As aulas do curso serão realizadas sempre às sextas-feiras, com in-tervalo de três semanas entre uma e outra. Cada uma delas terá oito ho-ras de duração. Todo a programação será desen-volvida na sala de cursos da Embrapa.

Entre os assuntos a serem abordados estão: Planejamento e Fluxo de Produção da Suinocultu-ra, Gestão da Proprieda-

de Suinícola, Biossegu-rança na Suinocultora, Manejo Reprodutivo, Produção de Leitões, Manejo Sanitário, Ma-nejo Pré-Abate e Gestão Ambiental da Proprie-dade. A expectativa é de que o produtor saia das aulas em condições de atuar como um “suino-cultor profissional”.

O curso será oferta-do dentro do programa Unicooper, da Copérdia, e poderá ter mais tur-mas de associados da cooperativa de acordo com as necessidades ob-servadas pela Copérdia e Embrapa.

A Câmara de Comér-cio Exterior (Camex) de-cidiu incluir a importação das peles de caprinos na lista de exceção à Tarifa Externa Comum (TEC), atendendo ao pleito dos curtumes brasileiros, re-presentados pelo Centro das Indústrias de Cur-tumes do Brasil (CICB), e com o apoio da Frente Parlamentar do Couro.

A demanda por pe-les tem crescido de forma consistente no mercado brasileiro e internacional, em ritmo superior à evo-lução dos rebanhos, con-centrados principalmente na região Nordeste. Desta forma, os curtumes brasi-leiros vinham trabalhando com ociosidade, perdendo competitividade e deixan-do de gerar empregos.

Para reverter este quadro, o CICB promo-veu encontros e reuniões técnicas com autoridades dos ministérios e órgãos públicos diretamente re-lacionados com o tema.

Camex derruba imposto sobre importação de

peles de caprinos

Div

ulg

ação

Div

ulg

ação

Cle

vers

on B

eje/

FA

EP

Cerca de 30 pratos da culinária tradicional e contemporânea foram servidos no evento

Page 8: BiocomBustíveis – Cana-de-açúCar é um dos prinCipais destaques de … › files › pdf › 296.pdf · 2018-02-14 · Um jornal a serviço do agronegócio brasileiro Edição

Agrojornal Brasil8 agosto de 2007

C om apenas dois dias de

programação – 2 e 3 de agosto, a realização da 14ª Expotécnica no mu-nicípio de Sabáudia, na região Norte, reuniu mi-lhares de produtores ru-rais e principalmente, o que há de melhor em tec-nologia de ponta para o homem do campo. Além de orientações técnicas aos produtores rurais, o evento proporcionou a realização de dinâmicas com máquinas e equipa-mentos agrícolas.

“A Expotécnica foi coroada de êxito de pú-blico, registrando mais de 3,5 mil participantes, e também de objetivo, porque os agricultores visitaram de forma mo-nitorada as 40 unidades de produtos e serviços de 72 parceiros, instala-das na vitrine tecnológi-

evento – mostra Contou Com dezenas de Caravanas de produtores rurais de diversas regiões do estado do paraná

14ª Expotécnica reúne o melhor da tecnologia do campo ca, na exposição de ino-vações industriais para a agropecuária e na di-nâmica de máquinas e equipamentos”, assegu-ra a médica veterinária Gayza Iácono, gerente da Emater-Londrina, que promoveu o evento juntamente com o Go-verno do Paraná, SEAB, Iapar, Embrapa, Corol e Prefeitura Municipal de Sabáudia. Para Iácono, que fez o lançamento da 15ª edição, marcada para a primeira sema-na de agosto de 2008, a Expotécnica evoluiu e para melhor.

O secretário de agricultura Valter Bian-chini, que esteve na mostra técnica acompa-nhado por autoridades e lideranças da agrope-cuária paranaense, ga-rantiu que o trabalho desenvolvido na Expo-

técnica mostra o po-tencial de crescimento da agricultura familiar. “São tecnologias inte-ressantes, capazes de criar renda e emprego no campo, reduzir e até eliminar o uso de con-taminantes ambientais e de aumentar as opor-tunidades na diversifi-cação agrícola”, desta-cou Bianchini.

Pesquisa

Para dar um direcio-namento temático mais equilibrado ao público de agricultores familia-res e preparar a edição comemorativa dos 15 anos da mostra, a co-missão organizadora de-mandou a realização de avaliação da Expotéc-nica a um grupo de 14 acadêmicos do Curso de Turismo da Faculdade de Apucarana, sob a co-

ordenação da professo-ra Rosislene de Fátima Fontana. “Foram entre-vistas estruturadas de quantificação e qualifi-cação para avaliarmos

as opiniões do público visitante, dos parceiros expositores e dos ex-tensionistas. Com esta amostragem represen-tativa, queremos saber

o que agradou e o que deve ser corrigido para garantir a continuidade de sucesso de público”, concluiu a docente.

da Redação

A união de produto-res de gado da região para competir no mercado in-terno está consolidada e será formalizada com o lançamento da logomarca da Aliança Mercadológica de Carne Bovina de Lon-drina, durante a realização do 2º Rural Tecnoshow, de 1º a 7 de outubro, no Par-que de Exposições Gover-nador Ney Braga. Tam-bém será promovida uma mostra da produção, com oportunidade de degusta-ção de carne.

A meta do grupo, que é formado por 30 criado-res de gado, é iniciar a co-mercialização com os pos-tos de venda de Londrina e região em novembro. Para isso, os contatos com os empresários do ramo varejista estão sendo in-tensificados.

A aliança foi dividi-da nas seguintes comis-sões: jurídica, mercado, abate e transporte, ma-rketing e planejamento. A coordenação geral fi-cou por conta do produ-tor José Soares Cardoso Neto. Para ele, o nível de qualidade da carne pro-duzida pelos integrantes da aliança é o diferen-cial para garantir o su-cesso da iniciativa.

Exigências

Entre as exigências, estão a obrigatorieda-

Aliança Mercadológica vai apresentar logomarca no 2ª Rural Tecnoshow

de de abate de novilhos precoces – abaixo de 24 meses – com quatro mi-límetros de gordura por carcaça e seguindo a tabela nacional de pe-sos mínimos (180 quilos para novilhas e 225 para animais adultos).

A tendência, de acor-do com Cardoso Neto, é que, após a consolidação, a aliança transforme-se em cooperativa, seguindo os passos de outros grupos que já existem no Paraná. “Dessa forma, a aliança mercadológica consegue se enquadrar, como coo-perativa, num nível mais baixo de impostos e se unir a outras cooperati-vas para produzir volume suficiente para exporta-ção”, destaca o coordena-dor Cardoso Neto.

Parceiros

A equipe responsá-vel pela coordenação é

formada ainda por Igor A. de Souza, Dagoberto Sachetin, Eduardo Pran-dini, Fernando Hum-berto Barros e Celso Scaburi. A equipe de marketing também foi escolhida e será inte-grada por Márcia Mayu-mi Tomonaga, Elaine Sachetim e Gerda Hell-bruge.

A Aliança Merca-dológica de Londrina conta com apoio de ins-tituições como a Seab e Emater, responsáveis pelo acompanhamento técnico, e a Sociedade Rural do Paraná, que oferece auxílio logístico e institucional. Os re-presentantes são o agrô-nomo Gervásio Vieira e os zootecnistas Geraldo Moreli e Antonio Carlos Ulbrich, da Emater, e o veterinário Luigi Carrer Filho, integrante do Con-selho Técnico da SRP.

Os agricultores fa-miliares interessados em explorar o turismo rural poderão recorrer às linhas de crédito previstas no Pro-grama Nacional de Forta-lecimento da Agricultura Familiar - Pronaf Investi-mentos - para financiar as benfeitorias necessárias nas propriedades. No Para-ná, o Pronaf deverá desti-nar cerca R$ 1,2 bilhão para o custeio e investimentos para a safra 2007/2008.

Para organizar e aten-der melhor essa parcela de agricultores familiares que exploram o turismo rural, foi lançado o Pro-grama Estadual de Turis-mo Rural, que será geren-ciado pelas Secretarias da Agricultura e do Abaste-cimento e do Turismo. O programa foi apresentado oficialmente na abertura da VIII Feira Sabores, rea-lizada em Curitiba, entre os dias 11 e 15 de agosto.

Renda

O programa vai en-fatizar o Turismo Rural

Programa de Turismo Rural é lançado na Feira Sabores do Paraná, em Curitiba

na Agricultura Familiar (Traf), já que no Paraná a agricultura familiar repre-senta quase a totalidade dos produtores rurais. De acordo com o coordena-dor do programa Turismo Rural, Ednei Bueno do Nascimento, o desenvolvi-mento de atividades turís-ticas nestas comunidades tem se apresentado com uma eficiente estratégia de promoção do desenvol-vimento local para a gera-ção de emprego e renda.

Segundo Nascimen-to, cerca de 10 projetos de turismo rural no Estado já foram estruturados de acordo com a legislação estadual do Traf. “Em um ano queremos pelo menos dobrar o número desses projetos, especialmente no Norte do Paraná”, afir-mou. Para Nascimento, outras regiões prioritá-rias para a exploração do Turismo Rural no Estado são a Região Metropoli-tana de Curitiba, Litoral, Rota dos Tropeiros, Costa Oeste e o Paraná Centro.

Crédito

O crédito do Pro-naf poderá financiar os investimentos dentro da propriedade. Para os investimentos de in-fra-estrutura de apoio ao turismo rural, como adequação de estradas rurais, sinalização e central de atendimento aos turistas, as prefei-turas poderão recorrer aos financiamentos do Programa Nacional de Apoio aos Territórios (Pronat), que substituiu o antigo Pronaf Infra-Estrutura.

No Paraná, o progra-ma estadual vai fomentar a realização de ações que estimulem a estruturação das propriedades, promo-ção de produtos, serviços e destinos de Turismo Rural, através da sensi-bilização, capacitação e qualificação de técnicos, empresários, agricultores familiares e demais en-volvidos com a produção agropecuária e com a ati-vidade turística.

As inscrições para a 8ª Prova do Cavalo de Trabalho da Socie-dade Rural do Paraná (SRP), que será reali-zada nos dias 29 e 30 de setembro, dentro da programação do 2º Ru-

Inscrições abertas para provas de Cavalo de Trabalho da SRPral Tecnoshow, já estão abertas.

A competição vai distribuir R$ 22 mil em prêmios, incluindo duas motos zero quilômetro. Os interessados em parti-cipar das provas de Laço

em Dupla, Três Tambores e Seis Balizas podem fazer a reserva das baias até 27 de setembro. As inscrições serão aceitas até o dia de cada prova.

Mais informações pelo fone: (43) 3378-2000.

A Agro Brasil – ope-radora pioneira na cria-ção de seguros agríco-las para fruticultura no Brasil – e a Corretora Verde Rural firmaram há poucos dias uma par-ceria para a oferta de planos de seguros em fruticultura e hortali-ças, que buscam suprir as dificuldades dos pro-dutores rurais da região Norte do Paraná.

londrina: Verde Rural e Agro Brasil lançam seguro para fruticultura e hortaliças“A princípio, nós

vamos atender os pro-dutores de maçã, frutas de caroço e uva, além de culturas como o to-mate, pimentão, cebola e alho. Posteriormente, vamos avançar para a cobertura de cereais”, informa Daniel Yuri, gerente comercial da regional Norte do Para-ná da Agro Brasil Segu-ro Agrícola.

A empresa está expandindo suas ope-rações no Paraná, e já atua há anos em outros estados, como Rio Gran-de do Sul, Santa Catari-na e São Paulo.

Diferencial

“A Verde Rural Seguros já possui ex-periência com o mer-cado de grãos, bovinos e equinos. Certamen-

te, este novo produto é mais um diferencial para o produtor rural que é atendido pela nossa corretora. Esta-mos atentos ao zonea-mento agrícola destas culturas, e por serem lavouras perenes, os danos aos frutos é que serão garantidos”, afir-ma Arnaldo Coelho do Amaral Filho, diretor geral da Verde Rural.

Segundo Ama-ral Filho a divulgação desta modalidade está em pleno êxito. “Já estamos promovendo palestras e reuniões técnicas com os agri-cultores sobre a nova modalidade, lembran-do que hortaliças e fru-tas também participam do programa federal de subsídio ao prêmio do seguro, ou seja, entre

30 a 50%, dependendo da lavoura”.

Produtores rurais interessados em obter mais informações sobre o novo seguro agrícola podem entrar em con-tato com a equipe da Verde Rural pelo tele-fone: (43) 3344 0888 , pelo e-mail: [email protected] ou na pagina www.ver-derural.com.br.

EM

AT

ER

/ P

R

Div

ulg

ação

Produtores rurais puderam consiliar a teoria com a prática

Page 9: BiocomBustíveis – Cana-de-açúCar é um dos prinCipais destaques de … › files › pdf › 296.pdf · 2018-02-14 · Um jornal a serviço do agronegócio brasileiro Edição

Agrojornal Brasil 9agosto de 2007

O secretário de agricultura do estado, Valter Bianchini, esteve em Saubádia – no Norte do

estado, durante a Expotécnica. Na oportunidade, Bian-chini concedeu uma entrevista exclusiva ao Agrojornal Brasil e falou sobre os próximos investimentos que vão ser feitos pelo Governo do Estado para incentivar a pro-dução de qualidade, dando ênfase à política sanitária:

Agrojornal – A agricultura familiar tem sido a principal pauta desta administração. Recentemen-te, o Governo do Estado divulgou que vai investir R$ 600 milhões no setor. Quais são os projetos que vão ser beneficiados com este investimento?

Bianchini – De 375 mil estabelecimentos agrope-cuários existentes no Paraná, aproximadamente 320 mil são de agricultores familiares, com mais de um milhão de trabalhadores em regime de economia fa-miliar. Em relação ao programa de investimentos nos próximos três anos e meio, uma questão importante é o da sanidade. Nós vamos ter um reforço da nossa equipe de técnicos, do sistema de defesa agropecuá-ria; investimentos em laboratórios; parcerias com as universidades – em ciência e tecnologia; investimen-tos em todas as unidades de barreiras sanitárias nas fronteiras do estado; e avançar no ciclo de informati-zação, de rastreabilidade, nos sistemas de brincamen-to. É todo um trabalho, que seja em relação à pecuária bovina, avicultura, suinocultura, fruticultura – quali-dade das mudas e dos produtos - há um avanço grande nosso nos aspectos de sanidade e qualidade. Desses R$ 600 milhões, mais de 50% vão estar direcionados para a política de sanidade. Recursos esses que vão receber uma contrapartida importante do Governo Federal. É uma parceria também com o Ministério da Agricultura, nesta questão da sanidade, da qualifica-ção dos nossos produtos e da rastreabilidade.

Agrojornal – O Sr. esteve no início do mês de agosto participando de uma reunião com os técni-cos de Santa Catarina sobre sanidade animal. Nesta reunião, foi cogitado algum trabalho de parceria de Santa Catarina para colaborar na retomada do sta-tus sanitário pelo Paraná?

agricuLtura – bianChini: “dos r$ 600 milhões que o governo vai apliCar, mais de 50% vão estar direCionados para a polítiCa sanitária”

“A questão mais importante é a sanidade”Bianchini – Este é um debate importante. Santa

Catarina fez um trabalho já anterior a nós, preparando o estado para ficar livre de vacinação. No caso da pecu-ária e da suinocultura, livre da aftosa sem vacinação, e adquiriram pela Organização Internacional de Epizoo-tias (OIE) este status. Nós fomos conhecer como é que eles fizeram esta trajetória. Santa Catarina tem um projeto interessante que é uma maior participação do setor privado na política de sanidade. Eles criaram um instituto com fundos privados e colocaram um conjun-to de técnicos, veículos e de outros recursos a serviço do estado para contribuir com o programa de sanida-de. Então, nós fomos conhecer como é esta parceria pú-blico-privada. Porque o Paraná pretende em um ciclo de médio prazo para avançar, agora em setembro pelo reconhecimento internacional de livre de febre aftosa com vacinação e, até 2010, preparar o estado para ser também reconhecido pela OIE, de livre de aftosa sem vacinação. Foi muito importante conhecer esta experi-ência de SC, para posteriormente avaliarmos no Con-selho Estadual de Sanidade Agropecuária quais são os pontos interessantes deste modelo catarinense para o nosso estado. E nos pontos que estamos mais avança-dos do que eles, mantermos um intercâmbio.

Agrojornal – Há outro programa que vai rece-ber uma atenção maior na sua pasta?

Bianchini – O segundo ponto importante é a par-tir do próximo ano, a retomada da parceria do estado com o Banco Mundial para um projeto importante de agregação de valor, de diversificação produtiva, de ge-ração de renda, junto aos 128 municípios mais pobres do estado, como a área da ribeira. Nós devemos ter um projeto que vai centralizar recursos da agricultura e de outras secretarias para que a atividade rural destas regiões possam avançar, se diversificar e agregar ren-da. Então, haverá um investimento muito importante neste programa de desenvolvimento rural sustentável e que seja solidário a estas regiões desprovidas, como também em outras localidades. Nós temos também um programa de fundos, que ajuda os agricultores mais pobres a terem investimentos. Nós faremos agora um fundo de equivalência-produto, para que mecanização,

reciliadores, vários implementos para a diversificação, possam contar com a equivalência em sacas de milho. Se o preço cair, cai também a prestação deste fundo. Vamos lançar também o fundo de equalização de taxas de juros. Vamos começar com a irrigação noturna, o projeto de uso racional da água e de energia com juros a 1% ao ano. Estes fundos vão ampliar a capacidade da agricultura familiar em acessar mais investimen-tos. Serão R$ 400 milhões por ano do Pronaf no Banco do Brasil, no BNDE e no Sicredi, para investimentos na diversificação e na agregação de valor da agricultura. Outro projeto forte de diversificação é o café. Quere-mos avançar mais na tecnologia do café - como a que se vê no modelo adensado, aqui na região - com inves-timentos em cursos técnicos, recursos e subsídios ao plantio de mudas. Assim também na fruticultura, com a laranja e nos projetos de incentivo a viticultura para a produção de vinhos, sucos e doces. da Redação

EM

AT

ER

/ P

R

Bianchini: “outro ponto é a parceria com o Banco Mundial”

os melhores derivados de leite estão aqui!

www.confepar.com.br

Novos sistemas de produção, novas

embalagens, forte posicionamento de

marca e uma visão de crescimento atra-

vés da competitividade e da qualidade

de seus produtos.

A Confepar está somando estes aspectos

para ampliar seus espaços no mercado e

para ter uma presença viva e marcante no

dia a dia dos consumidores.

Ao mesmo tempo, a Confepar se mantém

fiel aos princípios do cooperativismo para

ser agente do desenvolvimento na cadeia

produtiva do leite.

O propósito maior é construir uma Confe-

par ainda mais forte e atuante, integrando e

valorizando os 6.000 produtores que

formam a base de sua solidez.

Page 10: BiocomBustíveis – Cana-de-açúCar é um dos prinCipais destaques de … › files › pdf › 296.pdf · 2018-02-14 · Um jornal a serviço do agronegócio brasileiro Edição

Agrojornal Brasil10 agosto de 2007

A agroenergia, fonte agríco-

la e de resíduos inclu-sive animais, é um dos temas da Conferência Internacional dos Bio-combustíveis, que será promovida em Brasília, de 9 a 11 de outubro e que integra o conjunto de eventos que formam a Feira Internacional de Agroenergia, Biocom-bustíveis e Energias Re-nováveis – Enerbio.

Quatorze dos mais renomados técnicos do Brasil e do mundo dis-correrão sobre o tema, que inclui a discussão dos cenários e das novas tecnologias da cana-de-açúcar, as opções e van-tagens de cada uma das fontes de matérias pri-mas para a produção de biodiesel e até mesmo as florestas energéticas (biomassa florestal).

Indiscutivelmente, pelo menos até agora, tra-balhos técnicos indicam que a cana-de-açúcar é a melhor fonte de matéria prima para a produção de

BiocomBustíveL – feira vai disCutir as opções e vantagens de Cada uma das fontes de matérias-primas para a produção

Agroenergia brasileira é destaque em evento internacionaletanol. Estudos adianta-dos, no entanto, apontam também para o etanol proveniente da celulose. Para a produção de bio-diesel, o leque se abre, pois há fontes de origem vegetal e também animal, incluindo as microalgas e os dejetos agropecuários (gorduras e sebos ani-mais) e agroindustriais.

As pesquisas em andamento, o resultado prático, as melhores op-ções para cada uma das regiões do país, a rela-ção custo/benefício, os cenários, as tendências, as perspectivas e as tec-nologias já disponíveis. Estas e outras questões serão apresentadas e discutidas na Enerbio, que será promovida no Blue Tree Park Brasília.

Proálcool

Além da agroener-gia, a Conferência Inter-nacional dos Biocombus-tíveis também focará os mercados e as tendên-cias do etanol, do biodie-sel e do bioquerosene.

Um balanço do Proálco-ol - programa de governo lançado há 30 para criar a plataforma agrícola e industrial de produção do etanol -, vai reunir em um painel seus prin-cipais atores.

Também um balan-ço e uma avaliação dos benefícios e dos riscos do vultoso ingresso de capital estrangeiro para a produção de biocom-bustíveis e a discussão da alcoolquímica, o mais novo mercado do etanol, fazem parte da Confe-rência Internacional dos Biocombustíveis.

O desafio continen-tal dos biocombustí-veis e sua inserção no mercado internacional; os desafios nos merca-do interno e externo; a nova e última fronteira agrícola e industrial, que começa no Triângu-lo Mineiro e passa pelos estados de Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Tocantins, Pará e Maranhão, tendo Bra-sília como capital, inte-

gram os temas que serão discutidos na Enerbio.

Matriz Energética

Outro evento da maior importância es-tratégica que será pro-movido simultaneamen-te será a Conferência Internacional de Ener-gia, que discutirá temas como as energias reno-

váveis, a nova matriz energética, os impactos ambientais, a integra-ção sul-americana e a visão global.

O governador da Califórnia (EUA), Ar-nold Schwarzenegger, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente José Alencar e nove ministros foram

convidados para partici-par da Enerbio. A eles se somam dezenas de pes-quisadores, empresários, investidores, lideranças setoriais e formadores de opinião que reunirão platéias estimadas em mais de 2 mil pessoas. Mais informações: www.enerbio.com.br

da Redação

Design moderno e arrojado, cabines mais confortáveis e funcionais, novo hidráulico eletrôni-co HiLift e motores tur-boalimentado com Inter-cooler e tecnologia Sisu Diesel são algumas das vantagens que compõem o pacote de tecnologias da Geração II, a nova linha de tratores para as catego-rias média e pesada.

Sinônimo de tra-tor robusto e durável, a Valtra se apresentou, na Expointer, com um novo estilo, marcado por li-nhas inclinadas e leve-mente arredondadas.

Mais fôlego, menos consumo. O sistema In-tercooler é um dos prin-cipais destaques da Ge-ração II. Suas principais vantagens são a de per-mitir maior desempenho e eficiência dos motores, a redução de até 5% no consumo de combustível, a diminuição da emissão de gases poluentes, além de ampliar a vida útil dos tratores e dotá-los de mais potência, força e torque. Esta tecnologia está disponível em dois modelos: O BM 125i (li-nha média) e o BH 185i (linha pesada).

A Valtra se instalou no Brasil em 1960 e foi a primeira fábrica de tra-tores do País. Em 2005, a Valtra foi adquirida pela AGCO Corporation, ga-nhando um novo perfil, bem mais competitivo. Com a AGCO, a Valtra passou a contar com um banco próprio (AGCO Finance), que começou a operar no ano passado. Também criou um consór-cio, que deu mais agressi-vidade à companhia.

Valtra mostra na Expointer toda a evolução de seus

tratoresA Bunge vai melhorar sua estrutura logística no Brasil para elevar a rentabilidade e ampliar o esma-gamento de soja. Sergio Roberto Waldrich, presiden-te da Bunge Alimentos, informou que a empresa in-vestirá na construção de uma nova unidade no Mato Grosso, que substituirá as operações da unidade de Rondonópolis, hoje com capacidade estática para esmagamento de 5 mil toneladas por dia.

A nova unidade terá capacidade para processar 4 mil toneladas de soja por dia e a produção será destinada, principalmente, à produção de óleo para biodiesel. A expectativa é que a unidade comece a operar no fim de 2008.

Segundo Waldrich, também serão promovidas mudanças na estrutura de outras unidades, localiza-das em Luís Eduardo Magalhães (BA), Luziânia (GO), Uruçuí (PI), Ponta Grossa (PR) e Passo Fundo (RS).

Neste ano, a Bunge investirá no Brasil US$ 500 mi-lhões, mesmo montante aplicado em 2006. A empresa realizou investimentos de R$ 220 milhões no Terminal de Grãos de Guarujá (TGG), inaugurado em março - projeto realizado em parceria com a América Latina Logística (ALL) e Amaggi (braço exportador do Gru-po Maggi). O terminal tem capacidade para 4 milhões de toneladas de produtos que, até 2010, será ampliada para 6 milhões de toneladas. A empresa investe no Ter-minal Marítimo do Guarujá (Termag), da Fertimport, ALL e Bunge, para ampliar a capacidade de 1,4 milhão de toneladas para 3 milhões até 2010.

No primeiro semestre, a Bunge também iniciou a construção de um moinho de trigo em Ipojuca (PE), com capacidade para produzir 825 mil de toneladas de fari-nha de trigo por ano. A unidade terá recursos de R$ 126 milhões e entrará em operação dentro de três anos.

Bunge investe em logística para elevar o esmagamento de soja A companhia britâ-

nica de investimentos Trading Emissions Plc (TEP), uma das maiores no segmento de crédito de carbono, associou-se à goiana Bionasa Com-bustível Natural para a produção de biodiesel no país. Pelo acordo, a britânica fez uma in-jeção de capital de R$ 125 milhões na empre-sa, tornando-se sócia. Com novos recursos, a Bionasa planeja fazer

Britânicos fazem parceria no biodieselinvestimentos de R$ 256 milhões até 2010 para implantar uma usina de biodiesel com capaci-dade para produzir 400 milhões de litros do bio-combustível por ano.

De acordo com o projeto, a Bionasa fará um investimento de R$ 131 milhões neste ano para implantar a unidade de biodiesel, que será instalada em Porangatu, na região norte de Goiás. Na pri-

Maior produtora de biodiesel do país, a Brasil Ecodiesel oficia-lizou, recentemente, em Brasília, a assina-tura de acordos de coo-peração com as federa-ções dos Trabalhadores na Agricultura (Feta-gri) do Distrito Fede-ral, São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás.

A parceria mobi-lizará cerca de 33 mil agricultores familiares

Brasil Ecodiesel mobiliza agricultores para produção de matéria-prima do biodiesel

até meados de 2008, que plantarão mamona e girassol numa área de mais 200 mil hectares. A iniciativa faz parte da estratégia da Brasil Ecodiesel de ampliar a sua Rede de Agricul-tura Familiar, que hoje conta com cerca de 60 mil trabalhadores ru-rais em todo o país. Eles produzem maté-rias-primas utilizadas pela companhia na pro-dução de biodiesel.

meira fase, a usina terá capacidade para produ-zir 200 milhões de litros de biodiesel por ano. A previsão é que a fábri-ca inicie as operações em julho de 2008. En-tre as matérias-primas eleitas para a produ-ção do biocombustível estão soja, girassol e sebo bovino, em função da oferta disponível no Estado. A empresa tam-bém avalia a utilização do pinhão-manso.

A retomada do meio-ambiente como assunto prioritário na agenda política rende inúmeros desdobramen-tos. Um deles refere-se ao consumo de combus-tíveis fósseis, tão em-pregados pelo homem contemporâneo apesar de suas implicações am-bientais já conhecidas. A comunidade cientí-fica e empresarial do mundo já se deu conta que é hora de pensar em outras formas de energia – e é nesse pon-to que os biocombustí-veis ganham força.

Mas pensar na pro-dução e consumo de biodiesel e álcool, en-tre outros, é algo que vai bem além da esfera ambiental. A economia é diretamente afetada – temos, por um lado, países cuja atividade econômica é pratica-mente inteira voltada ao petróleo, e cujos padrões rotineiros se-riam seriamente abala-dos caso haja a opção mundial por outro com-bustível; há também a agricultura, que vê muitos de seus empre-

Conferência da USP discute biocombustíveis

endedores motivados a investir em uma produ-ção radicalmente dife-rente do habitual.

Pioneirismo

No caso do Brasil, es-sas últimas implicações somam-se ao fato de uma “responsabilidade positi-va” que o país carrega no tocante aos biocombustí-veis. O Brasil é pioneiro e líder mundial na pro-dução de etanol – há exa-tos 30 anos foi instituído o Proálcool, que deu uma nova dimensão à produ-ção de combustíveis de matriz natural, e mesmo em escala global.

Enfim, há muitas variantes que englo-

bam a produção dos biocombustíveis. O de-bate vai muito além da possibilidade do álcool ser produzido em es-cala mundial ou não. E todos esses desdo-bramentos serão abor-dados na Conferência Nacional de Bioenergia (Bioconfe), que a USP promove entre os dias 26 e 28 de setembro no Hotel Maksoud Plaza, em São Paulo.

As inscrições já es-tão abertas e podem ser feitas pelo site www.usp.br/bioconfe , que contém outras infor-mações sobre o evento, como a programação completa.

EM

AT

ER

/ P

R

Div

ulg

ação

o cultivo de girassol é uma das boas alternativas para a produção de biodiesel

Page 11: BiocomBustíveis – Cana-de-açúCar é um dos prinCipais destaques de … › files › pdf › 296.pdf · 2018-02-14 · Um jornal a serviço do agronegócio brasileiro Edição

Agrojornal Brasil 11agosto de 2007

Boa parte dos espe-cialistas no setor, inte-ressados e governantes enche os pulmões para falar do biodiesel, da potência mundial que o Brasil é neste setor e do quanto esta “onda” está crescendo no mundo. En-quanto isso, seu consu-mo na Alemanha (maior produtora e consumidora deste tipo de combustí-vel) está caindo e muitas unidades de produção no Brasil estão paradas, pois não há compradores neste ano de 2007.

Qual é a razão de tudo isso? O fato é que a euforia do setor está muitos passos à frente da viabilidade econômica da produção do combus-tível e de sua sustentabi-lidade no longo prazo.

Antes de analisar o funcionamento deste mer-cado, há premissas que de-vem ser entendidas. Atu-almente, 80% do custo de produção de biodiesel no Brasil e no mundo advêm de sua principal matéria-prima: o óleo vegetal. De todo óleo vegetal produzi-do no mundo, 72% é feito a partir de soja, girassol, palma (dendê) e canola; ou seja, óleos considera-dos nobres para a alimen-tação humana. Se toda a produção mundial de óleo vegetal deixasse de ser usada para alimentação e fosse redirecionada para a produção de combustível, o biodiesel substituiria o diesel em apenas 20%. Hoje, com somente 5% dos óleos direcionados para a produção de biocombus-tível, o preço dos quatro óleos mais consumidos e mais comercializados no mundo (soja, girassol, ca-nola e palma) dispararam e não dão sinais de queda. Uma pesquisa realizada pelo “Eurobarometer”, um dos órgãos de pesqui-sa da União Européia,

Ponto de vista: Biodiesel na U.T.I.concluiu que mais de 90% dos cidadãos da União Eu-ropéia não estão dispostos a pagar mais do que 10% a mais por fontes de ener-gias renováveis, por exem-plo, o biodiesel.

Portanto, a realida-de do setor hoje é que as únicas matérias-primas disponíveis em grande es-cala no mundo sofreram um choque nos preços em função da concorrência direta com o mercado de alimentos. Conseqüente-mente, o custo de produ-ção do biodiesel não per-mite competitividade com o preço do diesel na bom-ba. Pela mesma situação está passando o álcool de milho americano que dis-puta espaço com o milho destinado à alimentação humana e animal. Além disso, há um componen-te adicional de risco. Por se tratarem de commo-dities (mercadorias com precificação baseada nas cotações das bolsas inter-nacionais), os produtores de biodiesel ficam muito vulneráveis à grande vo-latilidade de preços des-tes produtos, sem alterna-tivas de fixação a médio e longo prazo.

Dentro deste cená-rio, o consumo atual-mente depende de polí-ticas governamentais de mistura obrigatória no diesel ou de subsídios na produção e comercia-lização. Há também al-guns casos de consumos pontuais de empresas que buscam uma postu-ra ambientalmente cor-reta, ainda que de ma-neira antieconômica.

O pinhão-manso, além de ge-

rar renda, é ótimo para arborizar“. É assim que o produtor rural Walter Ville define uma das op-ções existentes no mer-cado para a produção de biodiesel. Proprietário de um viveiro de mudas - na Chácara Boa Esperança, próximo ao Centro de Eventos de Londrina, Vil-le utiliza o pinhão-manso no Sítio Santa Fátima, de 10 alqueires, em Nova Fátima – região Norte do estado, e com entusiasmo aponta outras vantagens da espécie. “O pinhão-manso consorcia muito bem com outras lavouras como a soja, o milho e o trigo, principalmente se utilizado no sistema de curvas de nível”, diz.

Ville comercializa a muda por R$ 2,50 e, se-gundo as suas contas, já tem pedidos feitos até o final do ano que totalizam

BiocomBustíveL – lavoura pode ser Considerada uma boa alternativa de baixo Custo para a agriCultura familiar

Pinhão-manso garante renda ao pequeno produtor“ a venda de um milhão de

plantas. “Eu aconselho que o pequeno produtor comece com um alqueire. Logo, ele vai ser auto-su-ficiente na produção de suas sementes”, afirma Ville. E acrescenta. “Em um hectare o ideal é o plantio de 1.000 mudas, que já no primeiro ano vão produzir cerca de 300 a 500 gramas de semen-tes por espécie. A pro-dutividade cresce 30% a cada ano, sendo que o pinhão-manso pode durar 45 anos ou mais”.

Óleo

Segundo Ville, o diferencial do pinhão-manso está nos índices de produtividade de óleo por alqueire em compa-ração com outras lavou-ras. “Para produzir 1.000 litros de óleo ao dia com a soja é necessário uma área de 400 alqueires; com a mamona, de 200

alqueires; com o giras-sol, de 120; e com o pi-nhão-manso, de apenas 80 alqueires. E esta área reduz ainda mais com o aumento da produtivi-dade do pinhão-manso, ano a ano”, diz Ville.

“A porcentagem de rentabilidade do óleo do pinhão-manso é de 38%, e ele é muito utilizado pelas indústrias de tin-tas e vernizes. Sem con-tar também que a torta do pinhão-manso é con-siderado um excelente fertilizante orgânico”, afirma o produtor. E ad-verte. “O pinhão-manso não é alimento. Seu uso é extremamente comer-cial”, observa Ville.

Maturação

Para o diretor de de-senvolvimento de produ-tos da indústria Austen Bio, Maurício Lopes Jú-nior, que possui uma área com duas mil árvores de

pinhão-manso no Sítio Acácia, em Nova América da Colina/PR, a matura-ção das sementes é um pe-queno empecilho para o agricultor. “Se de um lado atrapalha porque temos que fazer colheitas cons-tantes, do outro lado, é vantajoso porque sempre sabemos que vamos ter o produto para a comercia-lização”, afirma Júnior.

Na opinião do empre-sário rural, o pinhão-man-so é uma alternativa bas-tante interessante para a agricultura familiar. “É uma lavoura que, além de garantir um dinheiri-nho extra para o pequeno produtor, vai colaborar para fortalecer a fixação do homem no campo”, co-menta Júnior.

Mais informações so-bre o pinhão-manso: (43) 9106-9995 com Walter Vil-le ou [email protected]

da Redação

A expansão sus-tentável da produção e consumo de biodiesel no mundo depende de uma radical mudança na ma-triz agrícola

Isto significa que o biodiesel está fadado a ser um aditivo e não um substituto do diesel, in-viável economicamente e de produção limitada pela disponibilidade de matéria-prima no mun-do? Definitivamente não. O atual cenário do setor mostra de maneira cla-ra que a expansão sus-tentável da produção e consumo de biodiesel no mundo depende de uma radical mudança na ma-triz agrícola. Ou seja, de grandes investimentos e foco no desenvolvimento e expansão de matérias-primas alternativas.

Por matérias-primas alternativas entendam-se óleos vegetais não-ali-mentares, ou não utiliza-dos como alimento, e com alta produção por hectare plantado. Além disso, de-vem ser fontes com baixo custo de plantio e sem ou-tras utilidades com maior valor agregado que a pro-dução de biocombustíveis. Como exemplo, existe o óleo de tungue, pinhão manso, crambe, nabo for-rageiro, algodão, óleos re-siduais entre outros. Vale também incluir aqui o sebo animal e novas tec-nologias em estudo como o biodiesel a partir de al-gas marinhas. A mamona, largamente defendida e incentivada pelo Gover-no, contudo, não faz parte desta lista. Como seu óleo é usado pela indústria de tintas, vernizes, cosmé-ticos e sabões (Coelho, 1979, p. 46), mercados de maior valor agregado, seu preço de mercado é maior que o preço de venda do biodiesel.

Por mais arriscado que possa ser investir em fontes pouco pesquisadas e sem histórico de cultivo em grande escala, essa é a única maneira de pro-duzir biodiesel de forma

competitiva. A diferença de custo em questão não é pouca: enquanto o óleo de soja custa hoje R$ 1,40 por litro, o de pinhão man-so custaria entre R$ 0,15 e R$ 0,30, dependendo da fonte da informação.

Adicionalmente, o investimento em maté-rias-primas alternativas colabora de maneira sig-nificativa na expansão da produção mundial de óleo e no melhor aprovei-tamento da terra. Dessa maneira, possibilitando que o biodiesel seja no futuro um importante substituto do diesel, sem a dependência de políti-cas governamentais.

Uma mudança radi-cal na matriz agrícola não acontece de um dia para o outro. Mas, se a fórmula é conhecida, não há por que insistir no erro. A Alema-nha não estaria reduzindo seu consumo de biodiesel se as indústrias pudessem ter acesso a matérias-pri-mas mais baratas e, assim sendo, repassar um com-bustível para os postos a preços abaixo do diesel. Da mesma forma, se a in-dústria brasileira pudesse produzir com um custo mais baixo, as distribuido-ras se mobilizariam para comprar o biocombustível imediatamente. Sendo que, na prática, muitos têm esperado com suas fábricas paradas até a en-trada em vigor da mistura obrigatória de 2% de bio-diesel no diesel, em janei-ro de 2008.

Portanto, caso o go-verno e a iniciativa priva-da continuem insistindo em investir e produzir biodiesel a partir das ma-térias-primas convencio-nais, dificilmente ele sai-rá da U.T.I. e seu futuro estará comprometido.

Eduardo Tobias

Analista de Biodiesel da Infinity Bio-Energy

A crescente conscien-tização sobre questões só-cio-ambientais, demons-trada não só pelo rigor na atuação dos orgãos fis-calizadores, mas, sobretu-do pela preocupação das empresas e cidadãos em preservar os recursos na-turais, imprime especial relevância às soluções dos problemas ambientais.

Análises detalhadas da qualidade da água para consumo humano ou produção, da água de-volvida como efluentes, de resíduos industriais ou domésticos, bem como do solo e do ar , além do monitoramento de resíduos industriaiss e agrícolas são impres-cindíveis para se veri-ficar tanto a presença de elementos químicos quanto de microorganis-mos prejudiciais à saúde do homem, dos animais e da vegetação.

Na Laborsolo Di-visão Ambiental são oferecidas análises am-bientais que possibili-

laborsolo realiza projetos de análises ambientais

tam ações preventivas e corretivas às indus-trias dos mais diversos ramos, como alimentos, petroquímica, metalur-gia, siderurgia , destila-rias e outros, bem como ao setor residencial, através de ensaios de potabilidade de águas de poços artesianos, e às empresas de gestão ambiental.

A Laborsolo Divisão Ambiental pode atender as seguintes legislações: Portaria 518/2004 - MI-NISTÉRIO da SAÚDE (Potabilidade de águas); Resolução n. 357/2005 - CONAMA - (Classifica-ção de corpos de águas); Resolução n. 273/2000 - CONAMA - (Controle em postos de combustíveis); Norma ABNT NBR 10004 à 10007/2004 (Ca-racterização de resídu-os); Norma ABNT 10818 (Qualidade de águas de piscinas) e Norma ABNT NBR 9800/1987 (Lança-mento de efluentes em esgoto sanitário).

Div

ulg

ação

EM

AT

ER

/ P

R

Walter e Arilena: pioneiros da produção no norte do Paraná

www.agroredenoticias.com.br

Um celeiro de informaçõespara o homem do campo!

Page 12: BiocomBustíveis – Cana-de-açúCar é um dos prinCipais destaques de … › files › pdf › 296.pdf · 2018-02-14 · Um jornal a serviço do agronegócio brasileiro Edição

Agrojornal Brasil12 agosto de 2007

N os primeiros sete meses

de 2007, as exportações de carnes praticamen-te se equipararam aos embarques do comple-xo soja. De janeiro a ju-lho de 2007, as vendas externas do complexo carnes somaram US$ 6,1 bilhões, enquanto as divisas obtidas pelo complexo soja totaliza-ram US$ 6,7 bilhões. A soja (farelo, óleo e grão) tem sido o principal pro-duto da pauta de expor-tações brasileiras desde 1989, quando se iniciou a série histórica. Mas com o crescimento cons-tante dos embarques de carnes nos últimos seis anos, o item ameaça to-mar o primeiro lugar no ranking das exportações do agronegócio.

pecuária de corte – de janeiro a julho deste ano, as vendas externas do Complexo Carnes somaram us$ 6,1 bilhões

Crescem as exportações de carnes brasileirasOs números constam

da balança comercial do agronegócio do mês de ju-lho, divulgada pela Secre-taria de Relações Interna-cionais do Agronegócio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimen-to (SRI/Mapa). Em julho, o total de exportações de produtos do agronegócio brasileiro alcançou US$ 5,272 bilhões, recorde mensal da série histórica. As importações cresce-ram 27,7%, alcançando US$ 727 milhões, e a ba-lança registrou superá-vit de US$ 4,545 bilhões. No acumulado do ano, as exportações brasileiras somaram US$ 32 bilhões, valor 20,5% superior ao registrado no período de janeiro a julho de 2006.

Os embarques de carnes cresceram US$

242 milhões, e passaram de US$ 683 em julho de 2006 para US$ 925 mi-lhões no mês passado. A carne de frango in na-tura foi o produto que mais contribui para a alta no complexo carnes, registrando crescimento de 89,7% em relação ao mesmo período do ano passado, com quantida-de exportada 45% su-perior e valorização de 30,7% no mercado inter-nacional. No período, as exportações de frango industrializado aumen-taram 62,7% e os de car-ne de peru, 77,4%.

Além da carne bo-vina, os itens produtos florestais (9,7%), fumo e seus produtos (15,9%), café (22%), e cereais, farinhas e preparações (108,6%) estão entre

O frigorífico Friboi e a Associação de Pro-dutores do Vale do Ara-guaia (APROVA) firmam parceria que prevê o fornecimento de 26 mil cabeças para abate até fevereiro de 2008, certi-ficados pelo EurepGap e com pagamento da ar-roba regida pelo índice Esalq Goiás + plus. Pela primeira vez, segundo as partes, o boi de capim é comercializado por meio de uma associação, o que beneficia diretamente os produtores.

Friboi faz parceria com produtores do Vale do Araguaia

os que mais influencia-ram positivamente os resultados do mês de julho. Enquanto isso, o

complexo soja (-7,9%), complexo sucroalcoo-leiro (-38,8%) e couros, produtos de couro e

peleteria (-11%) regis-traram decréscimo nos valores exportados.

da Redação

Perto de 90 pessoas participaram na semana passada da reunião de criação de uma repre-sentação da Associação Nacional dos Criado-res de Bovinos de Corte (ANPBC) em Eldorado, no Mato Grosso do Sul (MS). Imediatamente, 60 sócios produtores se asso-ciaram à entidade, ape-nas no dia do encontro.

O objetivo imediato da representação é atuar no intuito de reverter a interdição decretada na região por conta do surgi-mento de focos da febre aftosa em 2005. A atuação da entidade no MS, de acordo com dos diretores, será técnica e política.

Para a presidên-cia da representação sul-mato-grossense foi eleito, por aclamação, o pecuarista José Moacir “Tito” Turquino. Tam-

ANPBC cria representação no Mato Grosso do Sul

bém estiveram no en-contro em Eldorado o presidente da ANPBC, André Carioba, o se-cretário Ricardo Jorge Rocha Pereira e os dire-tores Alexandre Turqui-no, Clayton de Paula e Raimundo Tostes.

Criada em junho de 2006, a ANPBC tem seu escritório central no Parque Governador Ney Braga, sede da So-ciedade Rural, em Lon-drina. A entidade conta hoje com cerca de 200 associados espalhados pelos estados do Para-ná, Mato Grosso do Sul, Goiás, Mato Grosso, São Paulo e Santa Catari-na. A maior parte dos produtores associados é de pequeno porte. E a Associação Nacional dos Confinadores (As-socon) também é asso-ciada da ANPBC.

As exportações bra-sileiras de couro cres-ceram 26,5% até julho de 2007, em relação ao mesmo período de 2006, alcançando US$ 1,28 bilhão, segundo cálcu-los do Centro das In-dústrias de Curtumes do Brasil (CIB). Os em-barques de couro supe-ram em 15% as vendas externas de calçados do Brasil (US$ 1,11 bilhão) e representam 50% das exportações brasileiras de carne bovina (US$ 2,5 bilhões), no acumu-lado dos sete primeiros meses deste ano.

Houve um ligeiro aumento de 12% nas importações de couro, que alcançou US$ 89 milhões, e resultou em um saldo da balança comercial do couro de US$ 1,19 bilhão. As ven-das externas de couro

Exportações de couros crescem 26,5% até julho

de maior valor agrega-do (semi-acabado e aca-bado) responderam por 64% das receitas das ex-portações brasileiras. Já o preço médio do couro bovino brasileiro expor-tado foi de US$ 63,28 – o que representou um aumento de 29% em relação ao preço médio obtido no mesmo perío-do de 2006.

Os tradicionais es-tados exportadores de couro expandiram seus embarques, e apre-sentaram as seguintes participações: São Pau-lo (35%), Rio Grande do Sul (24%), Paraná (6,55%) e Mato Grosso do Sul (6,3%). Os princi-pais países importadores do couro brasileiro ain-da são China (incluindo Hong Kong), com parti-cipação de 35%; Itália (27%); e EUA (10%).

O Marfrig, uma das principais empresas do setor de carne bovina do Brasil, anunciou em agos-to, um acordo para adqui-rir o Frigorífico Patagô-nia, localizado na Terra do Fogo, no Chile.

“A finalização do ne-gócio está sujeita à reali-zação de auditorias legal e contábil a serem con-cluídas até 18 de setem-bro de 2007”, informou a empresa em um comuni-cado ao mercado.

O Frigorífico Patagô-nia tem como principais atividades o abate e pro-dução de cortes de cordei-ro no Chile.

Marfrig anuncia a compra do

Frigorífico Patagônia

Os resultados da campanha de combate à febre aftosa realizada no Paraná em maio deste ano foram apresentados no dia 20 de agosto, pela equipe técnica do Depar-tamento de Fiscalização e Sanidade Agropecu-ária da Secretaria da Agricultura e do Abaste-cimento, durante reunião do Conselho Estadual da Sanidade Agropecuária (Conesa).

O índice de vacina-ção contra aftosa atingiu 98,62% em todo o Esta-do e 99,55% na região de fronteira do Paraná com a Argentina, Paraguai e

Paraná confirma índice de 98,62% na vacinação contra a febre aftosa

Pela terceira vez o médico e pecuarista José Olavo Borges Men-des assume a direção de uma das mais respeita-das entidades pecuárias brasileiras, a ABCZ (As-sociação Brasileira dos Criadores de Zebu). Vo-taram 1614 associados. Desses, um total de 1468 votaram na chapa única, ABCZ Unida, que tinha como presidente o pecu-arista José Olavo. Os vo-tos brancos somaram 36 e os nulos 6. Das corres-pondências encaminha-

Criadores de zebu elegem nova diretoriadas pelos associados via correio, continham irre-gularidades 104. Essas, nem foram computadas.

O pecuarista entra com grandes perspec-tivas relacionadas à re-presentatividade. Du-rante a ExpoZebu 2007, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a esboçar seu apoio à can-didatura de José Olavo publicamente. Para o pecuarista, é importan-te que a entidade utilize com maior ênfase sua força política. “Temos

que trabalhar para nos posicionarmos, junta-mente com outras enti-dades que representam o produtor, em prol dos interesses da classe”, ressalta ao lembrar que o bom relacionamento com o governo federal, senado e câmara dos de-putados precisa ser ain-da mais estreito.

José Olavo ainda destaca a importância de impulsionar o Pró-Genética, programa de melhoramento genéti-co do rebanho nacional.

o Estado do Mato Grosso do Sul. Esses resultados foram considerados bons pelos técnicos e foram apresentados oficialmen-te ao secretário nacional da Defesa Sanitária Agro-pecuária do Ministério da Agricultura e do Abas-tecimento, Inácio Afonso Kroetz, que participou da reunião.

A reunião do Cone-sa foi coordenada pelo secretário da Agricultu-ra e do Abastecimento e presidente da entidade, Valter Bianchini. Esta-vam presentes o dire-tor do departamento de Fiscalização da Secreta-

ria da Agricultura e do Abastecimento, Silmar Bürer, e secretário-exe-cutivo do Conesa, Eliel de Freitas.

Segundo Marcelo Marcondes, presidente da APROVA, a importân-cia do contrato “está na chance de entrar no mer-cado com um produto de qualidade diferenciada por ser trabalhado com melhoramento genético e recebendo um valor justo por ele”, diz. O pecuarista ainda lembra que a união da cadeia produtiva é úni-co modo de se encontrar soluções para a crise que se instaurou no setor.

A APROVA conta com 70 associados do Vale

do Araguaia (com sede em Britânia - GO) e foi fundada há dois anos com o intuito de agregar pecu-aristas, conquistar merca-do e melhorar a renda. A entidade é definida como “união faz a força” e vo-cação para o boi de safra. “A demanda é totalmente coerente com a nossa ca-pacidade. Este é o primei-ro passo para aumentar o leque de possibilidades de negócios entre nós e o mercado. Estamos agre-gando a nós sindicatos e outras associações”, co-

menta Marcondes. Um segundo grupo de asso-ciados já se organiza para futuras negociações.

Para o Friboi, de acordo com João Sérgio, diretor da casa em Goiás, a relação ganha-ganha é o grande diferencial. “Nós teremos a certeza do produto que vamos re-ceber e os pecuaristas do quanto vão ganhar crian-do uma relação comer-cial estável e confiável. Ressalto que a parceria é uma experiência que tem tudo para crescer”.

“Esse é um projeto que daremos prioridade. É a maneira mais demo-crática de se dar, aos pe-quenos e médios produ-tores, acesso à genética de qualidade”, afirma.

Outra medida que o pecuarista deverá apoiar é a apresentada pelo seu 2º vice-presidente, Edu-ardo Biagi. A ABCZ de-verá trabalhar em prol da criação do Consecar-ne, um conselho que se-guirá as premissas que nortearam o já edificado sucesso do Consecana.

Div

ulg

ação

Div

ulg

ação

Carne bovina foi um dos destaques das vendas brasileiras para o exterior

Page 13: BiocomBustíveis – Cana-de-açúCar é um dos prinCipais destaques de … › files › pdf › 296.pdf · 2018-02-14 · Um jornal a serviço do agronegócio brasileiro Edição

Agrojornal Brasil 13agosto de 2007

O Ministério da Agricultura,

Pecuária e Abastecimen-to concluiu no final de ju-lho a auditagem no setor de sanidade de aves do Paraná. Quatro auditores fiscais federais estiveram no Estado para verificar as condições do sistema de defesa sanitária das aves para prevenir en-fermidades, em especial a da Influenza Aviária e Doença de Newcastle.

O resultado da audi-toria será divulgado de uma só vez para todos os Estados que solicita-ram a adesão ao plano de regionalização da avi-cultura, que estabelece as normas de prevenção sanitária na avicultura. Portanto, a posição que o Paraná alcançou só será conhecida após a auditagem em todos os Estados solicitantes.

A adesão ao plano indica que o Paraná está

avicuLtura – auditores fisCais federais visitaram unidades veterinárias e postos de fisCalização em todo o estado

MAPA conclui auditoria na sanidade avícola do PR fortemente comprometi-do com a sanidade agro-pecuária, que é uma das prioridades da Secre-taria da Agricultura e do Abastecimento, pela importância que o setor representa para a Agri-cultura Familiar, afir-mou o secretário Valter Bianchini.

A auditagem é um procedimento do Minis-tério da Agricultura, Pe-cuária e Abastecimento realizado nos Estados que solicitam a adesão à regionalização por meio do Plano Nacional de Prevenção da Influen-za Aviária e Doença de Newcastle. Ao aderir ao plano, o Paraná sinaliza que está em condições de ser auditado também por órgãos internacio-nais que poderão consta-tar a estrutura de sanida-de para a avicultura de acordo com as exigências do mercado mundial.

O mesmo procedi-mento já foi feito nos Es-tados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Per-nambuco. A estimativa é que 11 Estados solici-taram adesão conforme prevê a Instrução Nor-mativa 17, do ministério da Agricultura.

Prevenção

No Paraná, os audi-tores visitaram unida-des veterinárias locais dos núcleos regionais da Secretaria da Agri-cultura em Ponta Gros-sa, Jaguariaíva, Casca-vel, Palotina e os postos de fiscalização do trân-sito de animais na divi-sa entre Paraná e San-ta Catarina. Foi feita a checagem do conjunto de ações que são execu-tadas pelo setor oficial e privado em relação à prevenção das enfermi-dades do setor avícola, disse o diretor do De-

partamento de Fiscali-zação e Sanidade Agro-pecuária, Silmar Bürer.

Segundo Bürer, as exigências da auditagem foram cumpridas como o georreferenciamento de cerca de 10,5 mil proprie-

dades avícolas comerciais e industriais em todo o Estado, adoção de normas de restrição à entrada de pessoas nos aviários, telamento dos galpões para evitar a entrada de pássaros, adequação dos

postos de fiscalização e também procedimentos de biossegurança como pedilúvios e rodolúvios nas entradas dos aviários para minimizar os riscos de enfermidades.

da Redação

Para suprir a deman-da de produção de ovos do Incubatório localizado em Nova Aurora, a Copa-col já iniciou as obras de mais um matrizeiro no município de Iracema do Oeste. Serão quatro nú-cleos de três galpões para aves fêmeas e um bar-racão para machos, com uma área total de 22,5 mil m² de estrutura para a recria dos frangos.

Nesse novo investi-mento serão alojadas ma-trizes com apenas um dia de vida e que permanece-rão no local de 22 a 23 se-manas, até estarem pron-tas para serem levadas aos matrizeiros de produ-ção de ovos da Copacol e de produtores integrados.

Copacol investe em novo núcleo de matrizes

Apesar da estrutu-ra em Iracema do Oes-te e de já contar com matrizeiros em Nova Aurora e Cafelândia, a Cooperativa ainda não é auto-suficiente na produção ovos para o incubatório e preci-sa comprar 30% da sua necessidade de ovos e pintainhos de empre-sas que atuam no setor, para manter sua média de abate que hoje é de 270 mil aves ao dia.

A conclusão da obra está prevista para o final deste ano e prevê um investimento de mais de 7 milhões de reais. A Copacol contribui para a geração de mais 40 no-vos empregos diretos.

A Avícola Carmi-natti, associada à Uni-frango Agroindustrial de Alimentos, anunciou no início de agosto, em Curi-tiba, que vai investir R$ 10 milhões destinados à construção de um abate-douro em Santo Antonio do Sudoeste. O diretor da Avícola, Joel Carminatti, comunicou, juntamente com um grupo de empre-sários do setor, a decisão da empresa ao governa-dor em exercício Orlando Pessuti, em audiência no Palácio das Araucárias.

“Este abatedouro, em sua primeira etapa, vai se dedicar ao aba-te de galinhas matrizes (poedeiras), que atual-mente são levadas para serem abatidas fora do

Grupo vai aplicar R$ 10 milhões em abatedouro no Sudoeste

Paraná, porque não te-mos um frigorífico espe-cifico para isso. Assim, este investimento é de fundamental importân-cia para o nosso Estado, principalmente do pon-to de vista sanitário”, ressaltou Pessuti.

Segundo ele, com o zoneamento da sanida-de avícola que se discu-te no país, por causa da gripe aviária e outras doenças, os empresários paranaenses do setor são obrigados a levar esses animais para serem aba-tidos em outros estados, seguindo todo um pro-tocolo de procedimento sanitário. “Acredito que, em breve, a Secretaria da Agricultura estará impedindo o trânsito

dessas matrizes, justa-mente para proteger o plantel paranaense. Por isso, a iniciativa da Avícola Carminatti em construir um abatedouro de matrizes no Sudoeste terá toda atenção do Go-verno do Estado”.

Joel Carminatti contou ao governador em exercício que o aba-tedouro terá capacidade para abater 30 mil uni-dades/dia, destinada ao abastecimento dos mer-cados interno e externo. Vai gerar 350 empregos diretos. “A carne dessas matrizes tem mercado certo na Europa, onde é usada em pratos prontos, e custa em média 35% a menos que a carne de frango”, frisou.

O diretor executi-vo da Unifrango, Pedro Henrique Oliveira, rela-tou ao Governo do Para-ná que os investimentos anunciados pela empre-sa de R$ 40 milhões para a construção de sua nova unidade industrial segue em ritmo acelerado. A previsão é que a primei-ra etapa seja concluída antes do prazo previsto.

A expectativa é que no primeiro trimestre de 2008, o complexo esteja com a câmara de esto-cagem e o terminal de contêineres finalizados, viabilizando 200 postos de trabalho. Outros 1,8 mil postos de trabalho serão preenchidos com a conclusão das obras do frigorífico de aves, que será construído simulta-neamente. Com a ante-cipação do investimen-to, que conta com apoio do Governo do Estado e da Prefeitura de Apuca-rana, a empresa anun-ciou que vai começar a cadastrar os produtores avícolas e proprietários rurais interessados em se tornar produtores in-tegrados. A meta da em-presa é abater 150 mil frangos/dia.

“A Unifrango tem, entre seus associados, só empresas paranaen-ses. Os investimentos têm acontecido somen-te no Paraná, por causa da demanda de grãos que temos e pelo apoio recebido por parte do Governo do Estado. Va-mos continuar investido aqui. E, mais uma vez, o procedimento do Gover-no do Estado para com a iniciativa privada é ex-celente. Encontramos o respaldo necessário e es-tamos confiantes na reu-nião que será realizada no dia 14, com represen-tantes dos órgãos gover-namentais”, finalizou.

Unifrango aposta em Apucarana

O terreno de 150 mil metros quadrados em frente à fábrica de aba-te já está à disposição em Rolândia. Falta agora acertar os últimos deta-lhes do projeto para ini-ciar a nova construção da Fábrica de Ração da Big Frango. Quem antecipa a informação é o vice-pre-sidente, Evaldo Ulinski Junior. Ele aponta que atualmente a fábrica tem sede em Arapongas, cida-de vizinha a Rolândia, e capacidade para produ-zir 1,5 mil tonelada do produto por dia. A nova estrutura vai aumentar essa produção para 2,4 mil toneladas/dia.

“Vamos comprar tudo novo. A fábrica será construída e os equipa-mentos principais serão adquiridos de uma em-presa holandesa. Máqui-nas como dosagem, mo-agem e misturador virão desse país”, revela Evaldo

Big Frango vai instalar fábrica de rações em Rolândia

Ulinski Junior, vice-presi-dente da Big Frango.

O crescimento é ne-cessário para acompa-nhar os projetos da em-presa, que quer atingir a casa de 500 mil frangos abatidos diariamente até 2009. Para isso é ne-cessário mais pintainho, para gerar mais frango, que conseqüentemente consumirão mais ração. “Essa nova fábrica vai dar suporte para crescer-mos em produção”, apon-ta o vice-presidente.

A Big Frango traba-lha com granjas parceiras espalhadas em 42 municí-pios do Paraná. Todas elas recebem a ração prepara-da com um mix especial que contém todos os nu-trientes necessários para a boa saúde e desenvolvi-mento do frango. Padrão de qualidade que vai ser mantido na nova estrutura que deve entrar em opera-ção em fevereiro de 2008.

O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) vai financiar R$ 10 mi-lhões para a Frangobras Indústria e Comércio de Carnes e Derivados, em Campo Mourão, no No-roeste do Paraná. O di-nheiro garante a cons-trução dos 50 primeiros aviários de integração da empresa. É o apoio à expectativa de gerar 800 empregos diretos no primeiro ano de ope-ração, além de abater 40 mil aves por dia. A produção será voltada ao mercado externo.

O abatedouro será inaugurado em feverei-ro do ano que vem. A empresa pretende cons-truir mais 100 aviários em 2008. O objetivo é ter 260 em três anos. Para o final de 2008, a meta é abater 80 mil aves/dia. Para dezembro de 2009, o dobro: 160 mil aves/dia. Somados aviários, fábri-

ca de ração e frigorífico, o investimento total é de R$ 60 milhões. Além do BRDE, BNDES, Banco do Brasil e Globoaves, entre outros parceiros, apóiam o negócio.

A Frangobras fez a seleção prévia dos 50 criadores beneficiados com a liberação do di-nheiro - R$ 200 mil cada um. Todos têm projetos de financiamento en-caminhados ao Sicre-di, parceiro do BRDE e agente financeiro re-passador dos recursos. A linha de crédito para financiamento de avi-ários é o Moderagro II. Os juros são de 6,75% ao ano, com até 18 me-ses de carência e oito anos para quitar.

“A instalação da in-dústria com o apoio do BRDE vai possibilitar que esses produtores ru-rais melhorem sua ren-da, aliás, eles agora vão ter uma renda regular”,

diz a gerente adjunta de operações do banco, Carmem Truite. “A nos-sa intenção é dar condi-ções para que o agricul-tor deixe a monocultura e passe a ter uma renda quase que mensal e sufi-ciente para as despesas fixas”, reforça o vice-presidente da Frango-bras, Reinaldo Morais.

BRdE libera R$ 10 milhões para a Frangobras

AE

N /

PR

AE

N /

PR

Page 14: BiocomBustíveis – Cana-de-açúCar é um dos prinCipais destaques de … › files › pdf › 296.pdf · 2018-02-14 · Um jornal a serviço do agronegócio brasileiro Edição

Agrojornal Brasil14 agosto de 2007

A A s s o c i a ç ã o Brasileira do

Alumínio - ABAL e a As-sociação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alta Reciclabilidade - ABRALATAS informa-ram que o País reciclou 94,4% do total de latas de alumínio para bebi-das comercializadas no mercado interno, em 2006. Segundo dados das duas entidades, foram recicladas no ano passa-do 139,1 mil toneladas de sucata de latas, o que corresponde a 10,3 bi-lhões de unidades - 28,2 milhões por dia ou 1,1 milhão por hora.

Mesmo ligeiramente inferior ao índice regis-trado em 2005, o volu-me coletado em 2006 foi 9,0% maior que o do ano anterior, acompanhando as vendas de latas, que cresceram 11,2% no mes-mo período. Essa maior

recicLagem – índiCe de 94,4% mantém o país na primeira posição, pelo sexto ano ConseCutivo, Com um total de 139,1 mil t

Brasil lidera recolhimento de latas de alumíniodisponibilidade permi-tiu que outros segmentos de mercado passassem a consumir sucata de lata, o que levou ao aumento do universo de consulta para cálculo do índice.

Essa marca ainda mantém o Brasil na li-derança mundial em reciclagem de latas de alumínio tanto entre países onde a atividade não é obrigatória por lei, como no Japão, que em 2006 reciclou 90,9% de latas, ou entre aque-les cuja legislação sobre reciclagem de materiais é bastante rígida, como Dinamarca, Finlândia, Noruega e Suíça, que em 2005 apresentaram um índice médio de 88%.

Vantagens Ambientais

Trata-se de um mercado já estabeleci-do - o País vem lideran-do o ranking mundial

de índice de recicla-gem de latas de alu-mínio desde 2001 - e que, no ano passado, movimentou cerca de R$ 1,7 bilhão. Ao gerar renda e emprego para quase 170 mil pessoas, a atividade de recicla-gem de latas comprova sua importância socio-econômica. Em 2006, somente a etapa de co-leta (compra de latas usadas) injetou cerca de R$ 540 milhões na economia nacional.

Além dos benefí-cios sociais e econô-micos, a reciclagem de latas de alumínio tam-bém favorece o meio ambiente. O processo de reciclagem de lati-nhas libera somente 5% das emissões de gás de efeito estufa quan-do comparado com a produção de alumínio primário. Ao substituir

um volume equivalen-te de alumínio primá-rio, a reciclagem de 139,1 mil toneladas de latinhas proporcionou uma economia de 1.976 GWh/ano de energia

elétrica ao País, o su-ficiente para abaste-cer, por um ano inteiro, uma cidade com mais de um milhão de habi-tantes, como Campinas (SP). Além disso, pou-

pou 700 mil toneladas de bauxita (minério do qual se obtém o alumí-nio), que seriam extra-ídas das reservas natu-rais brasileiras.

da Redação

A difusão dos proce-dimentos adequados de destinação final de emba-lagens vazias de defensi-vos agrícolas e as informa-ções sobre o uso correto e seguro de produtos fi-tossanitários entre os pe-quenos agricultores foi o objetivo principal da par-ticipação do Instituto Na-cional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV) em parceria com a Andef (Associação Na-cional de Defesa Vegetal) e suas empresas associa-das Arysta LifeScience, Basf, Bayer CropScience, Dow Agroquímica, FMC, Monsanto e Syngenta na Agrifam 2007. O evento foi realizado de 2 a 5 de agosto, em Agudos/SP.

O espaço “Segu-rança e Meio Ambien-te” funcionou como um estande de serviços ao produtor rural, que pode assistir a demonstrações de como é realizada a trí-plice lavagem das emba-lagens vazias de defensi-

INpev e ANdEF orientam produtor na Agrifam

vos agrícolas e também a forma adequada de uti-lizar os Equipamentos de Proteção Individual (EPI), fundamentais du-rante o manuseio dos produtos fitossanitários. A 5ª edição da Agrifam foi realizada na sede do Instituto Técnico Educa-cional dos Trabalhadores Rurais do Estado de São Paulo (ITETRESP).

Mais informações sobre o sistema de des-tinação final de emba-lagens vazias de defen-sivos agrícolas estão disponíveis no site www.inpev.org.br .

Sobre o inpEV

O inpEV – Instituto Nacional de Processa-mento de Embalagens Vazias – foi fundado em 14 de dezembro de 2001 e entrou em funcionamento em março de 2002. Atual-mente, possui 64 empre-sas e sete entidades de classe do setor agrícola como associadas.

Em comemoração ao Dia Nacional do Campo Limpo, a CAMDA (Coo-perativa Agrícola Mista de Adamantina) parti-cipou das atividades re-alizadas na Central de Recebimento de Emba-lagens Vazias na cidade de Bilac (SP). Os alunos das escolas em que a cooperativa desenvolve projetos de educação ambiental (Adamanti-na, Mariápolis, Dracena, Pacaembu e Araçatuba) participaram do evento.

Na ocasião, a CA-MDA recebeu o certifi-cado de mérito ambien-tal em reconhecimento ao compromisso com a preservação do meio am-biente e o desenvolvi-mento sustentável da agricultura brasileira, demonstrado por meio da participação ativa no sistema de destinação final de embalagens va-zias de agrotóxicos. O certificado foi emitido pelo Inpev.

CAMdA recebe certificado de

mérito ambiental

O período de se-tembro a março é con-siderado um dos mais críticos para o combate à deriva nas pulveriza-ções de agrotóxicos. Na região de Londrina, o Programa Acerte o Alvo – criado em agosto de 2004 – tem colaborado nas últimas safras para evitar que os aplicado-res sejam envenenados e contribuído na defe-sa do meio ambiente. Além disso, o programa garante ganhos econô-micos com o manuseio correto dos agrotóxicos em grandes lavouras, sem que estas causem danos às propriedades da agricultura familiar.

“Para se ter idéia da importância deste projeto, em apenas um ano de trabalho a cam-po, a região reduziu em 70% o volume de re-clamações e denúncias voltadas aos problemas de deriva”, afirma Gil Abelin, chefe do Nú-cleo Regional da SE-AB-Londrina e coorde-nador do projeto.

“Estamos aguar-dando uma confirmação do secretário Bianchini para que possamos lhe apresentar os últimos resultados com o pro-grama na nossa região. É bem provável que o projeto seja utilizado em outras regiões do es-tado”, informa Abelin.

O chefe do Núcleo da SEAB-Londrina considera que as con-quistas obtidas pelo programa servem de argumento na expan-são do projeto para as 15 regiões produtoras de grãos, que abrange mais de 300 municípios paranaenses. “Inclusi-ve, já fomos consulta-dos para levar o progra-ma aos demais estados vizinhos”, diz.

Programa Acerte o Alvo pode ser utilizado em outras regiões do PR

Desvio

A deriva é o desvio da trajetória das gotas produzidas na pulveri-zação para fora do alvo que se pretende atingir. A área atingida pode ser outra lavoura, cur-sos d`água ou qualquer vegetação próxima do local de aplicação.

“Os maiores proble-mas acontecem quando este movimento afeta uma lavoura sensível ao produto aplicado”, apon-ta Abelin.

Entre os fatores que interferem no apa-recimento da deriva estão: as condições dos equipamentos de pul-verização; as técnicas de aplicação utilizadas; os cuidados na opera-ção e a habilidade do operador; e as condi-ções climáticas no mo-mento da aplicação.

Premiações

Em pouco tempo, o programa Acerte o Alvo já teve o reconhe-cimento nacional em duas oportunidades. O projeto ficou em 7º lu-gar entre 86 trabalhos técnicos selecionados para a grande final do 4º Benchmarking Am-biental Brasileiro, rea-lizado em setembro de 2006. E em maio deste ano, recebeu o prêmio

“Mérito Fotossanitário: Educação e Treinamen-to do Homem do Cam-po” - promovido pela Fundação de Estudos Agrários Luiz de Quei-roz (FEALQ), ao obter o 3º lugar entre os pro-jetos selecionados.

Fazem parte do Projeto Acerte o Alvo no Grupo Gestor a S E A B / D E F I S - D S V /DFI, Emater, Anpara, Sema/IAP, Crea-PR e força-tarefa composta pela Dow AgroScience, Agripec e Milênia. No Grupo Consultivo estão a AEA-PR/Londrina, sindicatos, prefeituras com suas secretarias municipais de agricul-tura e meio ambiente, Promotoria do Meio Ambiente, Sociedade Rural do Paraná, co-operativas Cofercatu, Cresol, Integrada, Sul Brasil e Corol, Embra-pa-Soja, Abimac, In-metro, Faep, Fetaep, Senar, Ceasa, Iapar, Su-derhsa, Unopar e UEL, além de novas parce-rias como Andef e Mi-nistério do Desenvolvi-mento Agrário.

Outras informa-ções sobre o programa Acerte o Alvo podem ser obtidas no Núcleo da SEAB em Londri-na pelo telefone: (43) 3325-7911

A linha de fios eco-lógicos da Cocamar vai chegar ao mercado têxtil com o “Selo Co-camar Ecológica”. Este tipo de fio é produzido a partir da mistura de 50% de fibra de algo-dão e 50% de fibra de poliéster, obtida da re-ciclagem de garrafas pet. “O que era um pro-blema para o ambiente virou matéria-prima para novos produtos”, comemora Elaine Lo-pes Xavier Leite, ge-rente comercial de fi-bras da cooperativa.

Segundo a gerente comercial de fibras da Cocamar, o selo com-prova que a roupa con-feccionada com esse fio é ecológica e social-mente correta, o que

Cocamar produz fios de garrafas petatende a uma demanda crescente por parte do mercado, interessado cada vez mais em tra-balhar com o conceito de sustentabilidade. “Cada camiseta, por exemplo, produzida a partir do fio ecológico, significa uma garrafa pet a menos na natu-reza”, lembra Elaine Leite. Ela acrescenta que além de preservar o meio ambiente, esse tipo de fio contribui com a inclusão social, uma vez que as garra-fas são coletadas nas ruas por cooperativas de recicladores.

Lançado no merca-do há cinco anos, o fio ecológico da Cocamar já representa cerca de 10% das 850 toneladas

produzidas mensalmen-te pela fiação da coope-rativa, onde são fabrica-dos fios 100% algodão e mistos com fibras artifi-ciais e sintéticas de vá-rias espessuras.

A gerente comenta que, devido à qualida-de e maciez do produto final, o fio ecológico já é largamente utilizado na confecção de uni-formes profissionais e conquista espaço até mesmo no chamado segmento “fashion”, onde predominam as grandes grifes. Só para se ter idéia, as cami-setas usadas por toda a equipe de apoio dos recentes Jogos Pan-americanos, no Rio de Janeiro, foram feitas a partir desse material.

Div

ulg

ação

SE

AB

/ L

ond

rin

a

Volume de material para a reciclagem cresceu aproximadamente 9%

Projeto paranaense já foi premiado diversas vezes

Page 15: BiocomBustíveis – Cana-de-açúCar é um dos prinCipais destaques de … › files › pdf › 296.pdf · 2018-02-14 · Um jornal a serviço do agronegócio brasileiro Edição

Agrojornal Brasil 15agosto de 2007

C erca de 20 pro-dutores rurais

e técnicos venezuela-nos estiveram no início de agosto no Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR) - autarquia vin-culada à Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento. Eles tiveram palestras sobre comercialização de café, metodologias de difusão de tecnologia e recebe-ram certificados de en-cerramento do curso. .

O pesquisador do Iapar, Armando Andro-ciolli Filho, explicou que atualmente a colheita no Paraná é feita prin-cipalmente no pano por-que o custo é menor. “A colheita seletiva, sepa-rando os grãos maduros dos verdes e secos, seria o ideal, mas ela precisa de muita mão-de-obra, o que aumenta os custos do produtor”, diz o pes-quisador. Ele lembrou que mesmo o pequeno

encontro – produtores rurais e téCniCos fiCam impressionados Com a integração agriCultor-pesquisa-extensão

Venezuelanos visitam o Instituto Agronômicoagricultor, com uma pe-quena área, precisa con-tratar pessoas para fazer o trabalho.

O agrônomo da Ema-ter, Nelson Menoli, suge-riu aos venezuelanos que usem variedades com épocas de maturação di-ferentes para que a co-lheita seja escalonada e, assim, a necessidade de mão-de-obra e de equipa-mentos seja menor.

No Campo

Depois de uma bre-ve explanação teórica foi hora de irem para o campo. Todo o grupo foi para uma área do Iapar colher café. A agricultora Maria He-lena Medina afirmou que na Venezuela eles não usam a técnica do pano porque o terreno é muito acidentado. A solução, segundo ela, é fazer a colheita com o que eles chamam de “canastra”, uma espé-

cie de cesto, amarrado ao corpo, onde são co-locados os grãos.

Medina é produtora de café há apenas dois anos, mas vem de uma família de cafeicultores. Ela diz que gostou muito do curso no Iapar porque pode trocar experiên-cias com pesquisadores, técnicos e produtores e aprender técnicas, como a colheita mecanizada e a poda. A produtora ficou impressionada com o ele-vado grau de integração entre assistência técnica, pesquisa e agricultores no estado. “Isso é importan-tíssimo para o desenvolvi-mento local”, diz ela.

O agricultor Miguel Espinoza concorda com a colega venezuelana. Espinoza acredita que a ligação entre o poder público, os produtores e demais segmentos da comunidade, envolven-do órgãos públicos de pesquisa e extensão ru-

ral é importantíssima porque se contrapõe à hegemonia dos grupos econômicos dominan-tes. “Hoje semelhante integração está cres-cendo em nosso país, principalmente por in-termédio de convênios, como esse realizado entre o Governo do Pa-

raná e da Venezuela”, diz o agricultor.

Ele também salien-tou a importância da técnica da poda e da produção de mudas de café em tubetes para aumentar a produção e reduzir custos. “Se o agricultor fizer o es-queletamento correta-

mente o rendimento no ano seguinte aumenta muito, e o sistema de fa-bricação de mudas em tubetes é mais fácil e ainda permite um me-lhor enraizamento da planta, trazendo melhor qualidade”, argumenta Espinoza.

da Redação

A I Reunião da Co-missão Brasileira de Pes-quisa de Trigo e Triticale e o VII Seminário Técni-co de Trigo foram realiza-dos no final de julho em Londrina. O economista da Companhia Nacional de Abastecimento (Co-nab), Paulo Moceli, fez a última palestra do en-contro técnico, traçando um panorama da produ-ção brasileira e mundial de grãos, com destaque para o trigo.

Segundo Moceli, “existe uma tendência mundial na redução dos estoques de produtos agrícolas por conta dos elevados custos, o que deve manter uma peque-na elevação nos preços das commodities”.

Reunião técnica do trigo avalia auto-suficiência na produção e a pesquisa

IAPA

R /

PR

Mer

idio

nal

Venezuelanos ficaram impressionados com o desempenho da pesquisa na agropecuária paranaense

Ralf dengler fez as boas vindas aos participantes do evento

Ele alertou, no en-tanto, que não deve haver mudanças radicais no va-lor da saca. A expectati-va do economista é que a saca de 60 quilos de trigo chegue a, no máximo, R$ 40,00 a curto prazo.

Além da diminui-ção dos estoques, Moceli afirmou que os preços do trigo devem permanecer em elevação por conta da redução da produção da Argentina, principal ex-portador do cereal para o Brasil, e da produção brasileira ainda estar lon-ge da auto-suficiência – o pais importa em torno de 60% do que consome.

O economista da Co-nab lembrou ainda que a pesquisa teve um papel fundamental no aumento

da produtividade nacio-nal, mas as condições cli-máticas e a instabilidade do mercado são um empe-cilho para o aumento da produção.

Papel da pesquisa

O presidente da Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Sul (Fepagro), Benami Ba-caltchuk, que também proferiu uma palestra durante o evento, salien-tou a importância da pesquisa agrícola. Ele afirmou que graças à pesquisa foi possível au-mentar a produtividade, apesar da redução na área plantada.

No entanto, Bacal-tchuk fez um alerta: “se

quisermos ser auto-su-ficientes, teremos que ser exportadores. Não existe auto-suficiência para comer”.

Para o presidente da Fepagro, “será a base tecnológica que vai per-mitir a auto-suficiência e a exportação”.

O agrônomo da Coo-perativa C-Vale, Ronaldo Vendrame, discutiu o as-sunto com o presidente da Fepagro. Vendrame defendeu o desenvol-vimento de variedades tolerantes a seca e a ge-ada como o grande desa-fio da pesquisa para os próximos anos. Para ele, os problemas climáticos estão entre os principais limitadores da produção brasileira, o que pode ser

minimizado com varieda-des mais resistentes.

A Reunião da Co-missão Brasileira de Pesquisa de Trigo e Tri-ticale a o VII Seminário Técnico do Trigo foram

uma promoção da Fun-dação Meridional com a organização do Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR) e da Embrapa, e com o apoio da Socie-dade Rural do Paraná.

Page 16: BiocomBustíveis – Cana-de-açúCar é um dos prinCipais destaques de … › files › pdf › 296.pdf · 2018-02-14 · Um jornal a serviço do agronegócio brasileiro Edição

Agrojornal Brasil16 agosto de 2007

AGRoEVENToS

Quatro novos mo-delos de tratores são as principais novidades apresentadas pela John Deere na última edição da Expointer. Os mode-los 7715, com motor de 182 cv, e 7815, de 202 cv, são os primeiros produ-zidos na mais moderna fábrica de tratores do mundo, a nova unidade da John Deere no muni-cípio gaúcho de Monte-negro. Os modelos 5303, de 57 cv, e 5403, de 65 cv, com motores de três cilindros, reforçam a presença da John Deere na faixa de tratores de baixa potência.

Os modelos 7715 e

O s proprietários rurais de todo

o Brasil devem entregar até o dia 28 de setembro, o Imposto sobre a Proprie-dade Territorial (ITR) de 2007 à Secretaria da Re-ceita Federal, conforme a Instrução Normativa RFB N.º 745, de 11/6/007, e o formulário Ato Decla-ratório Ambiental (ADA)

prazo para itr – quem não entregar dentro do prazo exigido, fiCa impedido de obter a Certidão negativa de débitos (Cnd)

Produtores devem declarar ITR e AdA até 28 de setembroao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Re-cursos Naturais Renová-veis (Ibama).

O ITR 2007 deve ser entregue por pessoa físi-ca ou jurídica, que seja proprietária ou possuido-ra de imóvel rural a qual-quer título. O documento deve se referir ao que foi produzido em 2006.

O proprietário que não entregar o ITR, dentro do prazo exigido, fica impedido de obter a Certidão Negativa de Débitos (CND) da Se-cretaria da Receita Fe-deral (SRF). O CND é indispensável nas tran-sações imobiliárias. O atraso na entrega do ITR também impedido

o proprietário de obter financiamentos ou cré-dito junto a instituições financeiras oficiais.

ADA - Os produtores rurais que, no ITR, decla-raram que possuem áreas de preservação perma-nente (mata ciliar), reser-va legal averbada e outras áreas de preservação am-biental são obrigados a

preencher o ADA e entre-gá-lo ao Ibama, de acordo com a IN nº 76 de 2005 do Ibama e Lei nº 10165/00. O prazo para entrega do ADA é o mesmo do ITR.

Caso o produtor ru-ral não entrega o ADA no prazo exigido, ocorre per-da da isenção do ITR da área declarada como de preservação ambiental.

As áreas serão descon-sideradas como isentas. Ou seja, passam a ser en-quadradas como inexplo-radas pela Secretaria da Receita Federal. O que pode levar a uma altera-ção do Grau de Utiliza-ção (GU) do imóvel rural e provocar um aumento do imposto pelo aumen-to da alíquota.

Quando for com-prar madeiras exija sempre produtos de re-florestamento. Com as tecnologias disponíveis no mercado de secagem e tratamento em auto-clave, o Eucalipto e o Pinus podem substituir com requinte e durabili-dade qualquer madeira de nossas florestas na-tivas e ainda vai gerar grande economia.

O tratamento quími-co em autoclave vácuo-pressão, já é efetuado há mais de 40 anos em todo o mundo. Nele a madei-ra com baixa umidade é submetida ao vácuo para retirada da seiva de seus poros e, em seguida, é colocada em contato com o produto químico arseniato de cobre cro-matado (CCA), diluído em água, sobre muita

Agroambiental: Preservação de florestas com grande economia

pressão para que o pro-duto penetre nos poros da madeira onde ocorre-rá uma reação química e o produto irá endurecer e permanecerá dentro da madeira para sem-pre. Com isso, a madei-ra ganha proteção con-tra umidade e também contra fungos e cupins, ampliando sua vida útil para 20 anos, mesmo quando submetida a si-tuações extremas como contato com a terra, in-setos, sol e umidade.

O Eucalipto e o Pi-nus preservados têm ampliados as suas pos-sibilidades de uso de-vido ao crescimento da consciência ecológica da população, e hoje já são aplicados com suces-so na pecuária (cercas e currais), fruticultura (parreirais, escoras),

construção civil e paisa-gismo (telhados, portas e batentes, decks, pergo-lados, quiosques, gaze-bos, entre outros).

Devido à sua robus-tez e economia, os mou-rões de eucalipto estão sendo bastante utiliza-dos na construção de galpões de frango, bar-racões de maquinas, pés direito e para outdoors.

Assim, pouco a pouco, as madeiras de reflorestamento estão ganhando espaço no con-sumo diário da população brasileira, a exemplo do que já ocorre na Europa e EUA onde móveis, ca-sas, decks e embalagens de madeiras são feitos com essa matéria-prima.

Mais informações: Agroambiental Econe-gócios, pelo telefone: (43) 3251-3306.

John deere apresenta primeiros tratores produzidos na fábrica de Montenegro

7815 já estão sendo pro-duzidos em escala piloto na nova fábrica da John Deere. No início do pró-ximo ano toda a linha de produção de tratores da fábrica de Horizontina, também no Rio Grande do Sul, será transferida para Montenegro. Com a nova fábrica, resultado de um investimento de 250 milhões de dólares, a John Deere aumenta sua ca-pacidade de produção de tratores, podendo atender ainda melhor às necessi-dades dos agricultores.

Com os modelos 5303 e 5403, a tecnologia avançada da John Dee-re pode ser aplicada nas

variadas atividades das pequenas propriedades, como a horticultura e fruticultura. Outra novi-dade da linha de tratores John Deere é o modelo 5605, que conta agora com a TDPE - Tomada de Potência Econômica. A TDPE permite trabalhar com rotação mais baixa do motor e, ao mesmo tempo, manter a rotação necessária para a opera-ção de equipamentos na tomada de potência. Com isso, proporciona a redu-ção do consumo de com-bustível no trabalho com pulverização e em outras aplicações que utilizam a tomada de potência.

Durante o Abra-veq 2007, considerado o maior evento de Eqüide-os, o Grupo Guabi apre-sentou sua nova linha de rações, reformulada para atender as necessidades dos eqüinos das mais di-versas categorias. Inti-tulado “Criar Cavalos é uma Arte”, o programa é estruturado com base nas mais recentes pesquisas nutricionais e atende a todas as categorias: po-tros de 1 a 3 meses, de 4 a 6 meses, de 12 a 18 meses e acima de 18 meses; ani-mais adultos em manu-tenção; éguas gestantes e lactantes; garanhões e cavalos atletas.

Guabi é destaque na Abraveq

A Tortuga Cia. Zoo-técnica Agrária lança no mercado brasileiro o novo suplemento mineral Bo-vigold Pré-parto, produto criado para evitar trans-tornos metabólicos rela-cionados ao cálcio nas va-cas em final de gestação. O produto ajuda a combater um problema bastante co-mum que atinge vacas em período final de gestação: a hipocalcemia pós-parto, também conhecida como “febre do leite”.

O lançamento oficial do Bovigold Pré-parto foi realizado no mês de agosto, durante a Agroleite 2007.

Tortuga divulga Bovigold Pré-parto

Novo Diretor

João Hilário da Silva Jr. é o novo diretor de ma-rketing da Tortuga. Pós-graduado em Economia Social e formação em Co-municação Social, João Hilário tem longa traje-tória profissional ligada ao marketing, incluindo passagens por Springer Carrier, ICI/Zeneca e Dia-geo. Nos últimos cinco anos, ele foi o diretor da unidade de agronegócios do grupo Fischer Améri-ca, atendendo Monsanto, Produquímica, Citrovita e a própria Tortuga.

A Unipac acaba de ingressar num novo mer-cado dentro da sua Divi-são de Agropecuária. A empresa comercializará o sistema de identifica-ção animal, composto por brinco, botton, dois machos fixadores com ponta metálica e uma planilha personalizada.

São dois tipos de conjunto, que atenderão mercados distintos: um

Unipac lança série de conjuntos para identificação de bovinos

XXXII ExpoFeira2/9 a 9/9Local: Feira de Santana/BAMais informações:Fone: (75) 3614-1299E-mail: [email protected]: www.feiradesantana.ba.gov.br

XXV EXPOMAM Mamborê 5/9 a 10/9Local: Mamborê/PRMais informações:Fones: (44) 3568-1483

XXIV Feira do Produtor Ru-ral - Feport 6/9 a 9/9Local: Parque de Exposições de Teresópolis, em Albuquer-que/RJMais informações:Fone: (16) 3623-8861E-mail: [email protected]: http://www.feport.com.br XV MARINGADO 6/9 a 16/9Local: Maringá/PRMais informações:Fone: (44) 3228-7656

FRUTAL 200710/9 a 13/9Local: Centro de Convenções de Fortaleza/CEMais informações:Fone : (85) 3246-8126E-mail : [email protected]

CONBRAVET - Congresso Brasileiro de Veterinária9/9 a 12/9Local: Mendes Convetion Center – Santos/SPMais informações:Fone : (11) 3129-4486E-mail : [email protected] III ERGOFLOR12/9 a 14/9Local: Universidade Federal de Viçosa/MGMais informações:Fone : (31) 3899-2476E-mail : [email protected]

XIV Leilão de Reprodutores Primavera15/9Local: Pato Branco/PR Mais informações:Fone: (46) 3225-2510

XXXI Exp. Agrop. Indus-trial de Clevelândia17/9 a 22/9Local: Clevelândia/PR Mais informações:Fone: (46) 3252-1344 AGROCANA 200718/9 a 21/9Local: Centro de Exposições Zanini – Sertãozinho/SPMais informações:Fone : (16) 2132-8936E-mail : [email protected]

V Congresso Brasileiro de Biossegurança 18/9 a 21/9Local: Centro de Convenções da UFOP – Ouro Preto/MGMais informações:Fone : (21) 2220-8678E-mail: [email protected]

AGROBODE 200720/9 a 23/9Local: Petrolina/PEMais informações:E-mail : [email protected] : 087 3862-2728

Congresso Franco-Brasileiro da Cadeia Pecuária 21/9Local: Hotel Sofitel - São Paulo/SPMais informações:Fone: (11) 3063-3622E-mail: [email protected]

36ª EXPOINEL22/9 a 30/9Local: Parque Fernando Cos-ta – Uberaba/MGMais informações:Fone : (11) 3293-8900E-mail: [email protected]

XVII Leilão 5 Marcas 23/9Local: Palmas/PR Mais informações:Fones: (46) 3263-1122 ou 3262-5839

VIII Congresso de Ecologia do Brasil23/9 a 28/9Local: Hotel Glória – Caxam-bu/MGMais informações:Fone: (11) 3091-7600

E-mail: [email protected]

XX Congresso Latinoameri-cano de Avicultura25/9 a 28/9Local: Centro de Eventos da FIERGS – Porto Alegre/RSMais informações:Fone: (51) 3347-8636Site: www.uba.org.br

Pet South America 200726/9 a 28/9Local: Transamérica Expo Center – São Paulo/SPMais informações:Telefone : (11) 4613-2000

E-mail: [email protected] X FENATRIGO - Feira Na-cional do Trigo29/9 a 7/10Local: Cruz Alta/RS Mais informações:Fone: (55) 3324-8033E-mail: [email protected]

2ª Rural Tecnoshow Londri-na 20071/10 a 7/10Local: Parque Gov. Ney Bra-ga – Londrina/PRMais informações:Fone: (43) 3378-2000

destinado a manejo de animais; e outro certifi-cado de acordo o Serviço de Rastreabilidade da Cadeia Produtiva de Bo-vinos e Bubalinos, o SIS-BOV, implantado através da Instrução Normativa nº 17, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), com o objetivo de esta-belecer normas para a produção de carne com

garantia de origem e qualidade.

Empresa integrante do Grupo Jacto, a Unipac é reconhecida nacional e internacionalmente pela seriedade e solidez em seus negócios, e pela capacidade de prover so-luções inovadoras, que agregam valor à cadeia. Mais informações pelo telefone: (11) 4166.4260 ou www.unipac.com.br

AGRoNEWS

São mais de 15.000 consumidores doagronegócio que podem ver a sua MARCA.

ANUNCIE CONOSCO (43) 3025-3230

[email protected]

Agrojornal Brasil