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BIODIESEL: 10 , ANOS DE PESQUISA DESENVOLVIMENTO E INOVAÇÃO NO BRASIL 6º Congresso da Rede Brasileira de Tecnologia de Biodiesel 9º Congresso Brasileiro de Plantas Oleaginosas, Óleos, Gorduras e Biodiesel ANAIS - ARTIGOS CIENTÍFICOS 2016 VOLUME 1 ISBN 978-85-65615-02-0

BIODIESEL: 10 ANOSDEPESQUISA, DESENVOLVIMENTO E ... · Gustavo de Almeida Adolpho Hamilton Olinto Pimenta Lima Junior ... distribuição das sementes. ... lote de sementes de algodão

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BIODIESEL: 10 , ANOS DE PESQUISA

DESENVOLVIMENTO E INOVAÇÃO NO BRASIL

6º Congresso da Rede Brasileira de Tecnologia de Biodiesel

9º Congresso Brasileiro de Plantas Oleaginosas, Óleos, Gorduras e Biodiesel

ANAIS - ARTIGOS CIENTÍFICOS2016

VOLUME 1

ISBN 978-85-65615-02-0

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BIODIESEL: 10 , E ANOS DE PESQUISA DESENVOLVIMENTO INOVAÇÃO NO BRASIL

6º Congresso da Rede Brasileira de Tecnologia de Biodiesel9º Congresso Brasileiro de Plantas Oleaginosas, Óleos, Gorduras e Biodiesel

Editores:

Pedro Castro Neto

Antônio Carlos Fraga

Rafael Silva Menezes

Gustavo de Lima Ramos

Anais - Trabalhos Científicos

Natal, 22 a 25 de Novembro de 2016

Rio Grande do Norte - Brasil

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Congresso da Rede Brasileira   de Tecnologia de Biodiesel (6. : 2016 : Natal, RN).  Anais do 6. Congresso da Rede Brasileira de Tecnologia de Biodiesel, 9. Congresso Brasile  iro de Plantas Oleaginosas, Óleos, Gorduras e Biodiesel, Natal, RN, 22 a 25 de novembro de 2016 / Editores: Pedro Castr o Neto ... [et al.]. – Lavras : UFLA, 2016.

1432 p.

Bibliografias ISBN 978-85-65615-02-0

1. Biodiesel. 2. Plantas oleaginosas. 3. óle 

os vegetais. I

Castro Neto, Pedro et al. II. C  ongresso Brasileiro de Plantas Oleaginosas, óleos, Gorduras e Biodiesel.

 

CDD – 633.85

Ficha Catalográfica Elaborada pela D ivisão de Processos Técnicos da Biblioteca da UFLA

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O Ministér io da Ciência , Tecnologia , Inovações e

Comunicações (MCTIC) possui papel fundamental no processo de

aprimoramento tecnológico do biodiesel brasileiro. No âmbito do

Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB), o

módulo de Desenvolvimento Tecnológico é coordenado pelo MCTIC

e objetiva organizar e fomentar a base tecnológica existente no País e

norteá-la a gerar resultados que atendam às demandas do PNPB.

Nesse sentido, foi implantada a Rede Brasileira de Tecnologia

de Biodiesel (RBTB), que articula os diversos atores envolvidos,

permitindo a convergência de esforços e a otimização de

investimentos públicos na busca por soluções para os desafios

tecnológicos da cadeia produtiva, levando em consideração

aspectos de sustentabi l idade, geração de empregos e

desenvolvimento regional.

Como ferramenta de avaliação e divulgação dos resultados

dos projetos fomentados, o MCTIC promove, desde 2006, o Congresso

da Rede Brasileira de Tecnologia de Biodiesel e a Universidade

Federal de Lavras promove, desde 2004, o Congresso Brasileiro de

Plantas Oleaginosas, Óleos, Gorduras e Biodiesel. Eventos que em

suas edições anteriores foram um sucesso, tanto em termos de

público, como na divulgação do conhecimento gerado por

pesquisadores de inúmeras universidades e institutos de pesquisa de

todo o país. A partir de 2010 esses dois eventos foram realizados

simultaneamente constituindo o maior evento técnico científico em

biodiesel do mundo. Este evento é referência para as áreas de

produção de plantas oleaginosas, óleos, gorduras e biodiesel.

APRESENTAÇÃO

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É estratégico para o setor de biodiesel possuir fóruns de

d i s c u s s ã o p a ra s e d e b a te r te m a s l i g a d o s à p e s q u i s a ,

desenvolvimento e inovação em Biodiesel, como também promover

encontros entre especialistas, estudantes, empresários e a sociedade

civil para discutir meios para o desenvolvimento desse novo

combustível.

Para o evento deste ano os organizadores receberam 884

trabalhos, dos quais 715 foram aprovados e serão expostos nas

sessões de apresentação de pôster. Foram destacados trabalhos que

também serão apresentados oralmente nas sessões temáticas.

Busca-se atingir com a divulgação dos Anais do evento a difusão do

conhecimento gerado, servindo como base para a continuidade das

ações e como motivação para que a inovação tecnológica contribua

de forma efetiva para os objetivos do PNPB.

Cordialmente,

Professor Pedro Castro NetoPresidente do Congresso

Rafael Silva Menezes Coordenador de ações de

desenvolvimento energético RBTB-MCTICProfessor Antônio Carlos Fraga

Presidente da Comissão Técnico-Científica

APRESENTAÇÃO

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Pedro Castro NetoPresidente do Congresso Brasileiro de Plantas Oleaginosas, Óleos, Gorduras e Biodiesel

Rafael Silva MenezesPresidente do Congresso da Rede Brasileira de Tecnologia de Biodiesel

Gustavo de Lima RamosSecretário-Geral

Antônio Carlos FragaPresidente da Comissão Técnico-Científica

Juliana Espada LichstonPresidente da Comissão Local da UFRN

Rafael Peron Castro Anderson Lopes FontesSecretários Comissão Local da UFRN

COMISSÃO ORGANIZADORA

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Antônio Carlos Fraga (UFLA) - Presidente

Pedro Castro Neto (UFLA) – Vice-Presidente

Lucas Ambrosano (UEM) – Secretário

Geovani Marques Laurindo (G-Óleo/UFLA) – Secretário

Douglas Pelegrini Vaz-Tostes (G-Óleo/UFLA) – Secretário

MEMBROS DAS ÁREAS TEMÁTICAS

Aristeu Gomes Tininis (IFSP)

Bill Jorge Costa (TECPAR)

Bruno Galvêas Laviola (EMBRAPA)

Cláudio José de Araujo Mota (UFRJ)

Danilo Luiz Flumignan (IFSP)

Donato Alexandre Gomes Aranda (UFRJ)

Eduardo Homem de Siqueira Cavalcanti (INT)

Fátima Menezes Bento (UFRGS)

Gustavo Lima Ramos (SETEC/MCTIC)

Iêda Maria Garcia dos Santos (UFPB)

Luiz Pereira Ramos (UFPR)

Maria Aparecida Ferreira César-Oliveira (UFPR)

Nelson Roberto Antoniosi Filho (UFG)

Paulo Anselmo Ziani Suarez (UnB)

Rafael Silva Menezes (SETEC/MCTIC)

Roberto Bianchini Derner (UFSC)

Rosenira Serpa da Cruz (UESC)

Sérgio Peres Ramos da Silva (UPE)

Simoni Margaretti Plentz Meneghetti (UFAL)

COMISSÃO TÉCNICO-CIENTÍFICA

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Associação dos Pesquisadores em Plantas Oleaginosas,

Óleos, Gorduras e Biodiesel

Rede Brasileira de Tecnologia de Biodiesel

Rede Brasileira de Tecnologia de

SECRETARIA DEDESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO

E INOVAÇÃO

REVISÃO E EDITORAÇÃO

Pedro Castro Neto (UFLA)Antônio Carlos Fraga (UFLA)Lucas Ambrosano (UEM)Douglas Pelegrini Vaz-Tostes (G-Óleo/UFLA)Geovani Marques Laurindo (G-Óleo/UFLA)

AGRADECIMENTOS

COMISSÃO DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

Pedro Castro Neto (UFLA) – Presidente

Antônio Carlos Fraga (UFLA)

Gilson Miranda Júnior (BCC/UFLA)

Jaime Daniel Corrêa Mendes (BCC/UFLA)

João Paulo de Araújo (BCC / G-Óleo/UFLA)

Fergunson Antônio Gomes Peres de Souza (G-Óleo/UFLA)

Henrique Fidencio (G-Óleo/UFLA)

Arnon de Castro Oliveira (G-Óleo/UFLA)

Saulo Kirchmaier Teixeira (G-Óleo/UFLA)

COMISSÃO EXECUTORA

Apoiadores, Autores, Congressistas, Expositores e Palestrantes.

MINISTÉRIO DACIÊNCIA, TECNOLOGIA,INOVAÇÕES E COMUNICAÇÕES

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MEMBROS DA G-ÓLEOAssociação dos Pesquisadores em Plantas Oleaginosas, Óleos, Gorduras e Biodiesel

Pedro Castro Neto (Presidente)Lucas Ambrosano (Vice-Presidente)Douglas Pelegrini Vaz-Tostes (Tesoureiro)Vinícius Reis Bastos Martins (Secretário)Antônio Carlos FragaArnon de Castro oliveiraBárbara LemesCamilla Freitas MaiaCamilo José Rodrigues Dal BóCarlos Henrique Santos FonsecaCarlúcio Queiroz SantosClara de Almeida FilippoDaniel Augusto de Souza BorgesDanilo da Silva SouzaDiego Flausino BrasileiroErika TokudaFergunson Antonio Gomes Peres de SouzaGabriel Dlouhy AlconGabriele de Faria CastroGeovani Marques LaurindoGilson Miranda JúniorGuilherme de Oliveira MartinsGustavo de Almeida AdolphoHamilton Olinto Pimenta Lima JuniorHenrique FidencioJaime Daniel Corrêa MendesJanice Alvarenga Santos FragaJoão Paulo de AraújoJulia Andrade de ÁvilaJuliana de Xisto SilvaMaraiza Assis Mattar SilvaMarcela Santos MoreiraMatheus Sterzo NilssonPaulo Rogério Ribeiro PereiraPedro Henrique Barcelos MotaPedro Rodolfo Bianchim de OliveiraRafael Peron CastroRodrigo Martins SantosSandra Regina Peron CastroSandro Freire de AraújoSaulo Kirchmaier TeixeiraStênio CarvalhoThalita Caroline Azevedo GonçalvesThiago MatiolliVitor Favareto Silva

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O Núcleo de Estudos em Plantas Oleaginosas, Óleos, Gorduras e Biocombustíveis (G-Óleo) idealizado

pelos professores Antônio Carlos Fraga do Departamento de Agricultura

e P e d r o C a s t r o N e t o d o Departamento de Engenharia da Universidade Federal de

Lavras, desde 2006 promove a produção científica e realiza eventos acadêmicos voltados a estudantes, pesquisadores e empreendedores que atuam nas diversas etapas da cadeia produtiva do biodiesel, transferindo ao produtor rural por meio de eventos de extensão, onde inovações da pesquisa e indústria são levadas e apresentadas à comunidade.

A diversidade das áreas de atuação do grupo torna os projetos amplamente diversificados, englobando atividades em fitotecnia, química, projetos e manutenção de máquinas agrícolas e industriais, gerência e tecnologia de informação, administração, extração e purificação de óleos e gorduras, gestão de coprodutos e resíduos, todas associadas à produção científica visando inovação para a indústria e melhoria na produção rural.

REALIZAÇÃO

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REALIZAÇÃO

Com o objetivo de impulsionar o desenvolvimento tecnológico e a inovação do biodiesel no Brasil, o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações ( M C T I C ) p r o m o v e d i v e r s a s a ç õ e s , p r i n c i p a l m e n t e p o r meio da Rede Brasileira d e T e c n o l o g i a d e Biodiesel (RBTB), que envolve diversos atores da cadeia produtiva. Isso permite a convergência de esforços e a otimização de investimentos públicos, buscando soluções para os desafios tecnológicos do setor. Desde 2006, a Secretaria de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (SETEC/MCTIC) promove o Congresso da RBTB com objetivo de disseminar os conhecimentos tecnológicos gerados, a divulgação das potencialidades da Rede, as competências e os trabalhos em andamento. A realização do evento envolve a comunidade científica e empresarial e abrange sete diferentes áreas temáticas: Matéria Prima; Armazenamento, Estabilidade e Problemas Associados; Caracterização e Controle da Qualidade; Co-Produtos; Produção do Biocombustível; Uso de Biodiesel; e Políticas Públicas e Desenvolvimento Sustentável.

Rede Brasileira de Tecnologia de

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SECRETARIA DEDESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO

E INOVAÇÃO

MINISTÉRIO DACIÊNCIA, TECNOLOGIA,

INOVAÇÕES E COMUNICAÇÕES

REALIZAÇÃO

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CNPq

FAPERN

ABIOVE

APOIO

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A Comissão Organizadora do 6° Congresso da Rede Brasileira de

Tecnologia de Biodiesel e 9º Congresso Brasileiro de Plantas

Oleaginosas, Óleos, Gorduras e Biodiesel, responsável pela

realização deste evento, se isenta de toda e qualquer

responsabilidade sobre os resultados, opiniões, discussões,

pareceres, indicações e conclusões contidas nos 715 trabalhos

científicos aqui apresentados, sendo esta responsabilidade

inerente exclusivamente aos autores de cada um dos artigos.

Natal, RN, 22 de Novembro de 2016.

Comissão Organizadora

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6º Congresso da Rede Brasileira de Tecnologia de Biodiesel9º Congresso Brasileiro de Plantas Oleaginosas, Óleos, Gorduras e Biodiesel

TRABALHOS

CIENTÍFICOS

APROVADOS

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6° Congresso da Rede Brasileira de Tecnologia de Biodiesel

9º Congresso Brasileiro de Plantas Oleaginosas, Óleos, Gorduras e Biodiesel

NATAL – RIO GRANDE DO NORTE

22 a 25 DE NOVEMBRO DE 2016

Deslintamento químico de sementes de algodão

Douglas Pelegrini Vaz-Tostes (Mestrando Fitotecnia/UFLA, [email protected]), Renato Mendes

Guimarães (DAG/UFLA, [email protected]) Geovani Marques Laurindo (Mestrando Eng. Agrícola/UFLA,

[email protected]), Lucas Ambrosano (DAG/UEM, [email protected]), Antônio Carlos

Fraga (DAG/UFLA, [email protected]), Pedro Castro Neto (DEG/UFLA, [email protected]).

Palavras Chave: Ácido sulfúrico, beneficiamento, línter, pós-colheita.

1 - Introdução

Dentre várias espécies exploradas economicamente no Brasil, a cultura do algodoeiro representa uma das atividades mais importantes do país, não somente no âmbito da produção de matéria prima para a indústria têxtil, como também pela utilização de seus subprodutos, que possuem outras importantes finalidades.

No beneficiamento do algodão, conhecido como descaroçamento, no qual as fibras são separadas das sementes (caroço), não se consegue remover a porção de fibras curtas aderidas nas sementes, denominada línter. O línter pode prejudicar a qualidade fisiológica das sementes (germinação), e também pode dificultar o manuseio das sementes no momento de semeadura, onde nas semeadoras mais modernas é usado o sistema pneumático para a distribuição das sementes.

Devido à importância da cultura do algodão para o mundo e principalmente para o Brasil, e a ligação direta entre a qualidade da semente e a produtividade esperada no campo pelo produtor, objetivou-se com este trabalho avaliar diferentes proporções de ácido sulfúrico no processo de deslintamento químico voltado à agricultura familiar, ou seja, em pequena escala.

2 - Material e Métodos

O presente estudo foi desenvolvido na Universidade Federal de Lavras, no Laboratório de Plantas Oleaginosas, Óleos Vegetais, Gorduras e Biodiesel, no período de janeiro a junho de 2016. Para a realização do trabalho foi utilizado um lote de sementes de algodão com a presença de línter, produzidas na safra 2013/2014, na cidade de Catuti, localizada na região norte do estado de Minas Gerais, sendo a cultura conduzida seguindo as recomendações técnicas normalmente recomendadas para a cultura do algodão.

Os tratamentos foram compostos das seguintes condições:

Tratamento 1: 33g de ácido sulfúrico (98%) para 100g de sementes com línter, proporção 1/3;

Tratamento 2: 20g de ácido sulfúrico (98%) para 100g de sementes com línter, proporção 1/5;

Tratamento 3: 14,3g de ácido sulfúrico (98%) para 100g de sementes com línter, proporção 1/7.

Para a realização do deslintamento químico foram utilizadas 4 repetições de 100g de sementes com línter, que foram colocadas em um becker de vidro, e logo, foi adicionada a quantidade pertinente de cada tratamento de ácido sulfúrico (98%). Essa mistura foi agitada com o auxílio de um bastão de vidro durante o tempo de três minutos. Passados os três minutos, a mistura de sementes com ácido sulfúrico foi colocada em uma peneira, tipo coador, e lavada em água corrente durante um minuto. Para a neutralização do ácido remanescente na semente, logo após terem sido lavadas na pia com água corrente, as mesmas foram mergulhadas em uma solução de hidróxido de cálcio {Ca(OH)2}.

No final as sementes foram separadas e espaçadas em camadas finas, sobre folhas de jornal em uma mesa, para a secagem a sombra.

Os resultados dos deslintamentos foram expressos

visualmente, em uma escala diagramática, desenvolvida especialmente para esta pesquisa. A nota média foi composta pela avaliação de quatro analistas, que deram suas notas em locais e datas diferentes, onde:

Nota 5: acima de 90% das sementes deslintadas;

Nota 4: 70-90% das sementes deslintadas;

Nota 3: 40-70% das sementes deslintadas;

Nota 2: 10-40% das sementes deslintadas;

Nota 1: até 10% das sementes deslintadas.

3 - Resultados e Discussão

No processo de deslintamento químico com a utilização do ácido sulfúrico 98% (H2SO4), os resultados obtidos foram expressos em notas, onde a maior nota representa o maior percentual de sementes deslintadas. Na Figura 1 está apresentada a escala de notas utilizadas para a avaliação do deslintamento, no qual permitiu uma avaliação eficaz do processo.

No tratamento 1, na proporção de 1/3, o processo de deslintamento recebeu uma nota média de 5,00, isto representa que mais de 90% das sementes foram deslintadas.

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NATAL – RIO GRANDE DO NORTE

22 a 25 DE NOVEMBRO DE 2016

Figura 1 - Escala de notas utilizada para avaliação do processo de deslintamento químico. Para o tratamento 2, na proporção de 1/5, o processo de deslintamento obteve nota média de 3,25, ou seja, de 40 a 70% das sementes foram deslintadas. Já no tratamento 3, na proporção de 1/7, o processo de deslintamento recebeu uma nota média de 2,00, indicando que de 10 a 40% das sementes foram deslintadas.

Na consulta bibliográfica realizada, não há relatos científicos de métodos e resultados de avaliações do processo de deslintamento químico por ácido sulfúrico 98% (H2SO4), conforme realizado neste trabalho.

4 – Conclusões

A maior eficiência no processo de deslintamento foi observada no tratamento 1, na proporção de 1/3, com mais de 90% das sementes deslintadas. O tratamento 2, na proporção de 1/5, obteve um resultado intermediário no processo de deslintamento, com o percentual de sementes deslintadas entre 40 e 70%. Já o tratamento 3, na proporção 1/7, foi observado o pior resultado comparado aos demais tratamentos no processo de deslintamento, com o percentual de sementes deslintadas entre 10 e 40%.

5 – Agradecimentos

A CAPES, CNPq, FINEP, FAPEMIG, G-ÓLEO, OLEA, IBA, AMIPA, ABC/MRE, COOPERCAT e UFLA.

6 - Bibliografia

BELTRÃO, N. E. de M.; AZEVEDO, D. M. P. O

Agronegócio do Algodão no Brasil. 2. ed. Brasília: Embrapa, 2008. 309 p.

CHITARRA, L. G. Aspectos bioquímicos, fisiológicos e

sanitários de sementes de algodoeiro (Gossypium

hirsutum L.) deslintadas quimicamente. 1996. 113 p. Dissertação (Mestrado) - Curso de Agronomia, Universidade Federal de Lavras, Lavras, 1996

COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO.

Acompanhamento da safra brasileira de grãos. v. 1, n.3. Brasília: Conab, 2013. MCDONALD, D; FIELDING, W. L.; RUSTON, D. F.

Experimental methods with cotton. Sulphuric acid

treatment of cottonseed and its effects on germination,

development and yield. v.37. Cambridge: Agricultural Science, 1947. 291-296 p.

MEDEIROS FILHO, S. Avaliação da qualidade de

sementes de algodão submetidas ao deslintamento

químico, beneficiamento e armazenamento. 1995. 115 p. Tese (Doutorado) - Curso de Agronomia, Universidade Federal de Lavras, Lavras, 1995.

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