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Compartimentalização: estabelecimento de 2 regiões no espaço, separadas fisicamente por uma barreira, e funcionalmente pelo trânsito seletivo
Trocas de Energia e Matéria
Tempo X Evolução
• 4.600.000.000 anos – Terra
• 3.500.000.000 anos – procariontes
• 2.000.000.000 anos – eucariontes
• 700.000.000 anos – multicelulares
• 70.000.000 anos – mamíferos
• 12.000 anos – Homem
• 80 anos – vida média
• 40 anos – membranas
• 33 anos – eletrodos celulares
eNOS L-Arg
NO
GCs
+ GMPc
PKA
PKG
-
PDE1/3
GMPc AMPc
+
-
iNOS
nNOS
Carioteca
Biofísica das membranas biológicas
EVOLUÇÃO DOS MODELOS DE MEMBRANA
1- GORTER & GRENDEL (1925) - bicamada lipídica
2- DANIELLI & DAVSON (1935)
eritrócitos
3- STEIN & DANIELLI (1956)
4- LUCY & GLAUERT (1964)
Micelas revestidas por proteínas
5- BENSON (1966)
6- LENARD & SINGER (1966)
Matriz protéica Dispersão de lipídeos
Proteínas fixadas
7- SINGER & NICOLSON (1972) - Mosaico Fluido
Membrana Plasmática
ESTRUTURA DA MEMBRANA CELULAR
É uma “faixa” muito fina de lipídeos e de proteínas mantidas juntas principalmente por interações não covalentes
• Componente lipídico (bicamada de lipídeos) – Fosfolipídeos – Glicolipídeos – esteróides
• Componente protéico (proteínas inseridas
na bicamada) – Proteínas Periféricas – Proteínas Integrais
• Componente glicídico (carboidratos) – Porção de carboidratos dos glicolipídeos e
glicoproteínas, constituindo o glicocálix
COMPOSIÇÃO DAS MEMBRANAS
GLICOCÁLIX
• As proteínas de membrana estão geralmente associadas a carboidratos, que podem ser:
–Glicoproteínas (cadeias de oligossacarídeos às proteínas) e a lipídeos
–Glicolipídeos (cadeias de oligossacarídeos à lipídios)
–Cadeias de polissacarídeos de moléculas de proteoglicanas.
GLICOCÁLIX
• O glicocálix é uma zona onde se encontra vários desses carboidratos na superfície da membrana.
COMPOSIÇÃO DAS MEMBRANAS
Fonte Proteína (%) Lipídio (%) Carboidrato (%)
Mielina 18 79 3
Eritrócito 49 43 8
Cloroplasto 70 30 0
Mitocôndria 76 24 0
-Tipos de lipídios
1-Fosfolípídios • Fosfatidilcolina • Fosfatidilserina • Fosfatidiletanolamina • Fosfatidilinositol • Esfingomielina 2- Glicolipídeos 3- Esteróides • Colesterol
Fosfolipídio
FOSFOLIPÍDIOS
Possuem uma cabeça polar e duas caudas de hidrocarboneto hidrofóbicas (característica que confere a dupla camada lipídica).
As caudas são normalmente ácidos graxos com diferenças no comprimento, o que influi na fluidez da membrana.
GLICOLIPÍDIOS
• Auxiliam na proteção da membrana plasmática em condições adversas, como pH baixo.
• Acredita-se que essas moléculas participem dos processos de reconhecimento celular, e alguns glicolipídeos propiciam pontos de entrada para algumas toxinas bacterianas.
COLESTEROL Alteram as propriedades de permeabilidade das duplas camadas lipídicas.
Ela torna a bicamada lipídica menos sujeita a deformações, e assim, diminui a permeabilidade da membrana.
ASSIMETRIA DA BICAMADA LIPÍDICA
• Flip-flop • Difusão lateral (D = 10-8 cm2/s) = 2 m–1 seg • Rotação • Flexão
A BICAMADA LIPÍDICA É UM FLUIDO BIDIMENSIONAL
Fig 10-13 Seis modos pelos quais as proteínas da membrana associam-se com a bicamada lipídica . (1) única -hélice- unipasso, (2) múltiplas -hélice-multipasso, (3) lipídeo covalentemente lidado à proteína, (4) ligado a um fosfatidilinositol, (5 e 6) ligação não-covalente com outras proteínas.
PROTEÍNAS DE MEMBRANA
Unipasso multipasso
Unipasso Multipasso
Unipasso -hélice Multipasso
-hélices Multipasso
-pregueada
Periférica
FLUIDEZ DA MEMBRANA
• A membrana plasmática não é uma estrutura estática, Os lipídios movem-se proporcionando uma fluidez à membrana.
FLUIDEZ DA MEMBRANA
• A membrana plasmática não é uma estrutura estática, Os lipídios movem-se proporcionando uma fluidez à membrana.
FLUIDEZ DA MEMBRANA
• Os lipídios podem:
– girar em torno de seu próprio eixo,
–podem difundir-se lateralmente na monocamada,
–migrar de uma monocamada para outra (flip-flop) - raramente,
–e realizar movimentos de flexão por causa das cadeias e hidrocarbonetos
FLUIDEZ DA MEMBRANA
• Depende também da temperatura e da quantidade de colesterol, pois quanto maior a temperatura e maior quantidade de colesterol menos fluida será a membrana.
PROTEÍNAS DA MEMBRANA
• Desempenham a maioria das funções específicas das membranas.
• São elas que conferem as propriedades funcionais características de cada tipo de membrana.
PROTEÍNAS DA MEMBRANA
• Proteínas transmembrana: atravessam a bicamada lipídica e são anfipáticas.
• Elas podem atravessar a membrana uma única vez (proteína transmembrana de passagem única) ou então atravessando várias vezes a membrana (proteína transmembrana multipassagem).
• Podem ter a função de transportar íons, funcionar como receptores ou como enzimas.
PROTEÍNAS TRANSMEMBRANAS
PROTEÍNAS DAS MEMBRANAS
• Proteínas periféricas: se prende a superfície interna e externa da membrana plasmática através de vários mecanismos.
Bicamada lipídica
Proteína integral
multipasso
Membrana Plasmática
delimitação do volume celular
antigenicidade (induz uma resposta imune)
reconhecimento, adesão e topo inibição
serve como ponto de fixação para enzimas e estruturas de sustentação
trocas entre a célula e o meio (permeabilidade seletiva)
manutenção de um potencial elétrico através da membrana
Organelas Membranosas
• As Mitocôndrias
• A Carioteca
• O Sistema de Endomembranas –Retículo Endoplasmático
–Complexo de Golgi
–Lisossomos, Peroxissomos e Endossomos
Membranas Biológicas
estrutura da Membrana Plasmática é a similar para todas as organelas membranosas.
estrutura traz implicações para as funções desta organela, ênfase para os transportes através da membrana.
Carioteca
Funções das Proteínas na Membrana
• determina quais substâncias irão entrar ou sair das células, e em quais
quantidade e velocidades isso vai acontecer.
transportadores de íons
Transporte passivo
Transporte ativo
Difusão simples
Difusão facilitada
Mediado por canal
Mediado por carreador
Transporte transmembrana
Transporte transmembrana
Transporte passivo – transporte de soluto do meio de
maior concentração para o de menor concentração sem gasto de ATP
Difusão
Difusão simples
DIFUSÃO FACILITADA
Trocador Na+/Ca++
Bomba de Ca++ do retículo sarcoplasmático
10 -hélices
Sarcoplasmic/Endoplasmic Reticulum Calcium ATPase
TRANSPORTE ATIVO Bomba de Na+/K+
• 2 subunidades ( e )
• (112.000 daltons) – 10 -hélices
• ( 35.000 daltons) – 1 -hélice - glicoproteína
147.000 daltons – 11 -hélices
Transporte passivo
Transporte ativo
Difusão simples
Difusão facilitada
Mediado por canal
Mediado por carreador
Transporte transmembrana
Transporte transmembrana
Porquê as células precisam ter canais?
• Natureza da membrana
Espessura:6 à 8 nm
Porquê as células precisam ter canais?
• Natureza da membrana
• Físico-química dos íons em solução
Hidratação: os íons são hidrofílicos
Mobilidade dos íons em solução
Raio X Mobilidade: Na e K
Menor raio – carga mais localizada – maior campo elétrico
Canais Iônicos
Propriedades
• Conduzem íons
• Selecionam íons
• Abrem e fecham em resposta a
sinais elétricos, mecânicos ou
químicos específicos
Canais Iônicos
Velocidade de condução
• 100 milhões (108/seg/canal) = I
Causa alterações rápidas do potencial de membrana (Vm) sinalização
Canais Iônicos
Velocidade do fluxo iônico X Concentração
Dependência Saturação
CANAIS IÔNICOS X SELETIVIDADE
Canais iônicos são seletivos
Canal de Na+:
• Diâmetro do poro - estreitamento
• Tamanho do íon
• Carga do canal
• Carga do íon
Bertil Hille ampliou a teoria do poro
Filtro - peneira
Perde maior parte da água
CANAIS IÔNICOS X SELETIVIDADE
Diâmetro do poro suficiente// gde
Não perde totalmente camada de hidratação
As águas em torno
do íons são
continuamente
substituídas (106/s).
O íon troca
facilmente sua
interação com água
pela interação com
um grupo químico
similar no filtro de
seletividade do canal.
100ns para a
travessia
CANAIS IÔNICOS X SELETIVIDADE
Se deve à interações químicas específicas e à peneira molecular resultante do diâmetro do poro
Regulação
Canal de Na+ dependente de acetilcolina
Regulação
• Canais não modulados:
Abertos ou Fechados durante o repouso
• Todos os canais têm um estado fechado e um aberto, e alguns têm também um estado inativo (Na e Ca), no qual o poro, mesmo aberto, encontra-se ocluído por uma região própria do canal.
• A transição entre as formas fechada e aberta é alostericamente regulada por voltagem – movimento de gating - por regulação de uma molécula ou por modificação covalente.
ESTADO CONFORMACIONAL
Tempo X Evolução
• 4.600.000.000 anos – Terra
• 3.500.000.000 anos – procariontes
• 2.000.000.000 anos – eucariontes
• 700.000.000 anos – multicelulares
• 70.000.000 anos – mamíferos
• 12.000 anos – Homem
• 80 anos – vida média
• 40 anos – membranas
• 33 anos – eletrodos celulares
Canais iônicos
Tempo X Evolução
• 4.600.000.000 anos – Terra
• 3.500.000.000 anos – procariontes
• 2.000.000.000 anos – eucariontes
• 700.000.000 anos – multicelulares
• 70.000.000 anos – mamíferos
• 12.000 anos – Homem
• 80 anos – vida média
• 40 anos – membranas
• 33 anos – eletrodos celulares
Canais iônicos
canais para o potássio
• são os mais simples e os mais antigos
evolutivamente, surgiram, entre os procariontes,
há mais de 2,4 bilhões de anos atrás.
• Diversidade
• Figura 4: Esquema geral de duas subunidades principais α de um canal para o potássio dependente de voltagem. Neste estão mostrados a região que constitui o filtro de seletividade, o poro e o “sensor de voltagem” (segmento S4)
• Adaptado de Koch et al., 1987.
Sensor de
voltagem Poro
Filtro de seletividade
Subunidade
Canais para Potássio
• 3 diferentes tipos de canais:
1) K1 (“inward rectifier channel”) • Repouso – corrente de saída de K+ através desses
canais • Fase 0 – condutância diminui (contribuir para o platô) 2) Kto (“transiente outward channel”) • Fase 0 – abre-se rapidamente mas logo se inativa 3) K (“delayed rectifier channel”) • Progressivo aumento da condutância (Fase 2) • Canal Ks (insensível ao sotalol), Kr (sensível ao sotalol) e
Kur.
Canais para o potássio dependentes de voltagem
• Contribuem para manter o volume celular, o
potencial de membrana, a excitabilidade neural, a secreção de neurotransmissores, de hormônios e sais.
• Em neurônios, sua diversidade influencia a forma e a frequência de disparo dos potenciais de ação.
• Em células não-excitáveis (linfócitos e células da glia) a atividade parece estar relacionada com um estágio funcional específico no desenvolvimento celular.
• Os canais iônicos para o potássio abertos impulsionam o potencial de membrana da célula na direção do potencial de equilíbrio do K+.
• Eles ajudam a restaurar o estado de
repouso após a despolarização, promovendo a hiperpolarização das membranas no estágio seguinte ao disparo do potencial de ação.
• As funções de estabilização e restauração do potencial de membrana são feitas por um repertório extenso de canais para o potássio que diferem em cinética, sensibilidade à voltagem e modulação pelo íon cálcio e por vários mensageiros intracelulares, tais como o ATP.
Canais para Sódio
• Evoluíram a partir dos canais para K, via canais para Ca, nos primeiros metazoários, há aproximadamente 800 milhões de anos atrás.
• Responde a fase 0 dos potenciais de ação
• É bloqueado pela TTX ou lidocaína
• A acidose diminui a condutância desses canais
Canais para cálcio
• Descobertos 50 – distinguidos pelo potencial de ativação
• Corrente dependente da voltagem
– Imax=
–Classificação: HVA e LVA
Canais para Ca2+
Canais para Cálcio ativados por voltagem
Subunidade formadora do poro (1) Subunidade auxiliares ( 2, d, , g, )
CÁLCIO
segundo mensageiro
[Ca]i = 100nM repouso [Ca]e = 1 a 2mM
pequeno influxo – sensibilidade
IMPORTÂNCIA
CANAIS DE CÁLCIO: CONTRAÇÃO
SECREÇÃO
NEUROTRANSMISSÃO
EXPRESSÃO GÊNICA
CASCATA DE FOSFORILAÇÃO DE PROTEÍNAS
Canais para cálcio tem 2 papéis principais:
• Eletrogênico
• Regulatório
Múltiplos tipos de canais
para Ca
• sensíveis à dihidropiridinas
• 1963 – investigação eletrofisiológica
CLASSIFICAÇÃO – CANAIS DE CÁLCIO DEPENDENTES DE VOLTAGEM
20 40 60 80 100
Ca v 1.1
Ca v 1.2
Ca v 1.3
Ca v 1.4
Porcentagem de similaridade por aminoácidos
Ca v 2.1
Ca v 2.2
Ca v 2.3
Ca v 3.1
Ca v 3.2
Ca v 3.3
L
T
HVA
LVA
N
P/Q
R
S
C
D
F
A
B
E
G
H
I
nome classe
L
T
N
P/Q
R
Ertel, 2000 Birnbaumer,1994
N – neurônio P – Purkinje R – resistente a tox L – large condutance T – tiny condutance
Canais para Cálcio
• Responde a fase de platô • Canais identificados: 1- Canal tipo L (“large condutance”) • condutância de 25pS • é ativado em voltagens próximas a 0 mV • pode ser bloqueado pelas diidropiridinas (nifedipina, nitrendipina)
verapamil, D600 e cádmio • HVA (High Voltage) ativados em potenciais mais positivos 2- Canal tipo T (“tiny condutance”) • condutância de 8pS • é pouco sensível ao verapamil e ao D600 • pode ser bloqueado pelo Ni++ e tetrametrim • LVA (Low Voltage) ativados em potenciais menos positivos 3- Canais do tipo N, P, Q e R • condutância de 13pS HVA (High Voltage) ativados em potenciais mais positivos
February 1, 2001 THE AMERICAN JOURNAL OF MEDICINE Volume 110
I II III + +
+
P
II + +
+ V
+ +
+ IV + +
+ +
VI
P
III V V IV
+ +
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IV
+ +
+ +
533
VI I VI I II III
+
IV
+ +
+ +
I VI II III V
P PKG
PKA
PKC
NH2
COOH
27/31
1928
d
1
NH2
NH2
P 478/479
PKA
COOH
COOH
1: 190-250kDa
4 unidades homólogas – Domínios
S4 - Arg e Lys
alças P – filtro seletivo (4 resíduos de glutamato)
Ca2+ Ba2+ e Sr2+
Domínio I – inativação do canal
I II III IV
S4
alça P
Permeabilidade
Ca2+ Ba2+ e Sr2+
inativação do canal K
Bloqueadores:
La3+ > Co2+ >Mn2+ > Ni2+ > Mg2+
Ion Channels – David J. Aidley and Peter R. Stanfield
(MODIFICADO)
F A
I