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AL220207 CONTROLE HORMÔNAL Frente: 02 Aula: 03 Fale conosco www.portalimpacto.com.br Prof: RINALDO Controle hormonal do Ciclo Menstrual: Uma vez por mês, em média, o ovário lança um cito II na tuba (ovulação) e o útero prepara-se para receber um embrião. Se houver fecundação, o embrião se implantará e crescerá no útero. Caso não haja, a parte interna do útero desmancha-se e é eliminada pela vagina (menstruação). Essa série de acontecimentos no ovário e no útero é controlada pelo FSH e pelo LH e constitui o ciclo menstrual, dividido em três fases: proliferativa ou folicular - o folículo cresce estimulado pelo FSH e produz estrogênios (estrógenos), hormônios que provocam o crescimento do endométrio, membrana que forra o útero e na qual o embrião se fixará e crescerá. Em geral, apenas um folículo termina seu crescimento e transforma-se em folículo maduro ou de Graaf. O ovócito primário termina a primeira divisão da meiose ao mesmo tempo que o folículo crescido se rompe, lançando o ovócito secundário na tuba uterina; secretória ou lútea - sob ação do LH, o folículo rompido transforma-se no corpo amarelo ou lúteo, glândula que secreta estrogênios e progesterona. Esta torna o endométrio espesso, vascularizado e cheio de secreções nutritivas. menstrual - o útero "espera" pelo embrião até cerca de catorze dias depois da ovulação; se não ocorrer fecundação e não chegar nenhum embrião até esse dia, o corpo lúteo degenera ao longo da segunda fase do ciclo, transforma-se em uma "cicatriz" (corpo branco ou albicans) e deixa de produzir os hormônios. A queda de progesterona provoca a degeneração e a eliminação de parte do endométrio (menstruação, que dura de três a sete dias). Por convenção, considera-se o primeiro dia de menstruação o início do ciclo menstrual. Na primeira metade um novo folículo é estimulado pelo FSH e começa a crescer, produzindo estrogênios, cuja concentração aumenta gradativamente e inibe (controle por feedback) a produção de FSH e LH. No meio do ciclo, a alta taxa de estrogênios passa a ter efeito contrário, estimulando a produção de LH e, em menor grau, de FSH por meio de um feedback positivo, que, logo após o pico de estrogênios, há um pico de LH e de FSH. Com o LH alto (perto do décimo quarto dia), ocorre a ovulação. Assim, é o LH que provoca a ovulação e a formação do corpo lúteo. Após o pico de LH e da ovulação, a taxa de estrogênio cai. O corpo lúteo começa a secretar progesterona e a taxa desse hormônio aumenta. A concentração elevada de progesterona, associada a um pouco de estrogênio, inibe a produção de FSH e LH. Com a queda da concentração de LH, o corpo amarelo tende a regredir e a concentração de estrogênio e a de progesterona diminuem, o que provoca a menstruação e o desbloqueio da hipófise, e um novo ciclo inicia-se. A primeira menstruação é chamada de menarca. Por volta dos cinquenta anos, ocorre a menopausa: a ovulação e a menstruação tornam-se irregulares e interrompem-se, por causa da queda na taxa de estrogênio e progesterona. O óvulo pode ser fecundado em um período de 24 a 36 horas após ter sido eliminado do ovário. Alguns espermatozóides podem permanecer vivos no sistema genital feminino por 72 horas (ou mais). Assim, uma mulher pode engravidar se tiver uma relação 72 horas antes da ovulação e até 36 horas depois. Como a ovulação ocorre de treze a quinze dias antes da próxima menstruação, o período fértil está perto do meio do ciclo. O período estéril está próximo ao início e ao fim do ciclo. Mas a duração do ciclo é variável; ela pode oscilar entre 21 e 35 dias, o que torna difícil prever o período fértil.

Biologia - Controle Hormonal

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AL220207

CONTROLE HORMÔNAL

Frente: 02 Aula: 03

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Prof: RINALDO

Controle hormonal do Ciclo Menstrual:

Uma vez por mês, em média, o ovário lança um cito II na tuba (ovulação) e o útero prepara-se para receber um embrião. Se houver fecundação, o embrião se implantará e crescerá no útero. Caso não haja, a parte interna do útero desmancha-se e é eliminada pela vagina (menstruação). Essa série de acontecimentos no ovário e no útero é controlada pelo FSH e pelo LH e constitui o ciclo menstrual, dividido em três fases:

proliferativa ou folicular - o folículo cresce estimulado pelo FSH e produz estrogênios (estrógenos), hormônios que provocam o crescimento do endométrio, membrana que forra o útero e na qual o embrião se fixará e crescerá. Em geral, apenas um folículo termina seu crescimento e transforma-se em folículo maduro ou de Graaf. O ovócito primário termina a primeira divisão da meiose ao mesmo tempo que o folículo crescido se rompe, lançando o ovócito secundário na tuba uterina;

secretória ou lútea - sob ação do LH, o folículo rompido transforma-se no corpo amarelo ou lúteo, glândula que secreta estrogênios e progesterona. Esta torna o endométrio espesso, vascularizado e cheio de secreções nutritivas. menstrual - o útero "espera" pelo embrião até cerca de catorze dias depois da ovulação; se não ocorrer fecundação e não chegar

nenhum embrião até esse dia, o corpo lúteo degenera ao longo da segunda fase do ciclo, transforma-se em uma "cicatriz" (corpo branco ou albicans) e deixa de produzir os hormônios. A queda de progesterona provoca a degeneração e a eliminação de parte do endométrio (menstruação, que dura de três a sete dias).

Por convenção, considera-se o primeiro dia de menstruação o início do ciclo menstrual. Na primeira metade um novo folículo é estimulado pelo FSH e começa a crescer, produzindo estrogênios, cuja concentração aumenta gradativamente e inibe (controle por feedback) a produção de FSH e LH. No meio do ciclo, a alta taxa de estrogênios passa a ter efeito contrário, estimulando a produção de LH e, em menor grau, de FSH por meio de um feedback positivo, que, logo após o pico de estrogênios, há um pico de LH e de FSH. Com o LH alto (perto do décimo quarto dia), ocorre a ovulação. Assim, é o LH que provoca a ovulação e a formação do corpo lúteo.

Após o pico de LH e da ovulação, a taxa de estrogênio cai. O corpo lúteo começa a secretar progesterona e a taxa desse hormônio aumenta. A concentração elevada de progesterona, associada a um pouco de estrogênio, inibe a produção de FSH e LH. Com a queda da concentração de LH, o corpo amarelo tende a regredir e a concentração de estrogênio e a de progesterona diminuem, o que provoca a menstruação e o desbloqueio da hipófise, e um novo ciclo inicia-se.

A primeira menstruação é chamada de menarca. Por volta dos cinquenta anos, ocorre a menopausa: a ovulação e a menstruação tornam-se irregulares e interrompem-se, por causa da queda na taxa de estrogênio e progesterona.

O óvulo pode ser fecundado em um período de 24 a 36 horas após ter sido eliminado do ovário. Alguns espermatozóides podem permanecer vivos no sistema genital feminino por 72 horas (ou mais). Assim, uma mulher pode engravidar se tiver uma relação 72 horas antes da ovulação e até 36 horas depois. Como a ovulação ocorre de treze a quinze dias antes da próxima menstruação, o período fértil está perto do meio do ciclo. O período estéril está próximo ao início e ao fim do ciclo. Mas a duração do ciclo é variável; ela pode oscilar entre 21 e 35 dias, o que torna difícil prever o período fértil.

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Em caso de gravidez, a placenta produz HCG, que mantém o corpo lúteo ativo e impede que haja menstruação e ovulação. O nível de HCG no sangue é alto e pode ser eliminado na urina. A detecção desse hormônio na urina ou no sangue cerca de nove dias depois da ovulação serve de método para identificar a gravidez. A partir do terceiro mês, com a produção de progesterona e estrógenos pela placenta, o corpo lúteo degenera, e o processo torna-se independente do ovário.

Métodos anticoncepcionais:

Vamos ver quais são os métodos para evitar a gravidez, mas deve-se ter em mente que a escolha do método tem de ser feita com auxílio médico; só ele pode indicar a melhor opção para cada caso:

Método de abstinência, comportamental ou da tabela - consiste em evitar relações sexuais durante o período fértil. Para isso a mulher precisa saber quando ele ocorre, em geral próximo à metade do ciclo menstrual. Como este pode variar, é preciso determinar o dia da ovulação pelo acompanhamento diário da temperatura corporal ao acordar e do aspecto da secreção vaginal. Na época da ovulação, a temperatura aumenta cerca de 0,5 °C, e a secreção vaginal ficapegajosa, parecida com clara de ovo. Para não engravidar, a mulher deve ter relação sexual 48 horas depois do dia da ovulação. Apesar de não ter efeitos colaterais para a saúde, em geral esse método apresenta baixa eficácia e é necessária uma orientação detalhada do médico.

Métodos hormonais - o principal é a pílula anticoncepcional, geralmente com uma mistura de derivados sintéticos de estrogênios e progesterona, que inibem o aumento de LH (responsável pela ovulação). Algumas pílulas contêm apenas derivados da progesterona. É um método muito eficiente, mas deve ser sempre indicado por um médico. Outra opção ião injeções desses hormônios a cada dois ou três meses ou o uso de pequenos tubos de plástico implantados sob a pele, que liberam hormônios.

Dispositivo intra-uterino (DIU) - trata-se de uma pequena peça de plástico recoberta de cobre, colocala no útero pelo médico. Este deve ser consultado periodicamente para verificar se ela está bem adaptada. Sua remoção também deve ser feita pelo médico. O cobre destrói parte dos espermatozóides e impede que outros cheguem ao óvulo e o fecundem. Caso haja fecundação, o DIU impedirá que o embrião se fixe no útero. É um método seguro, mas podem ocorrer cólicas, dores e sangramento.

Camisinha - a masculina é uma membrana de boracha fina, que deve ser colocada no pênis ereto antes a penetração. A feminina, mais cara, é um tubo de oliuretano (plástico macio e flexível), que se encaixa a vagina. Ambas protegem também contra doenças sexualmente transmissíveis. Diafragma - trata-se de um disco de borracha flexível, que a mulher deve colocar na

entrada do útero ntes da relação sexual, bloqueando a passagem dos espermatozóides. O tamanho do diafragma correto para cada mulher é determinado pelo médico. Para aumentar sua eficiência, deve-se lubrificar as bordas com geléia espermicida e só retirá-lo no mínimo oito haras depois do ato sexual. Sua eficácia é menor que a da pílula, do DIU e da camisinha.

Técnicas de esterilização - na esterilização feminina (ligadura de trompa ou laqueadura tubária), a tuba uterina é cortada e seus cotos são amarrados. Com isso, embora continue a ser produzido, o óvulo não é fecundado, uma vez que foi interrompida a ligação entre o ovário e o útero. A, esterilização masculina (vasectomia) é relativamente simples e consiste na secção dos duetos deferentes através de pequeno corte na pele da bolsa escrotal. Essa operação não modifica o comportamento sexual (a testosterona continua a ser lançada no sangue), e o sémen continua a ser produzido, embora não contenha espermatozóides. Nem sempre é possível reverter a esterilização por meio de

nova cirurgia. Se o homem ou a mulher quiserem ter filhos novamente, serão necessárias técnicas caras que removam espermatozóides ou óvulos para serem fecundados em laboratório.

A pílula do dia seguinte não pode ser usada como método regular de anticoncepção. Ela funciona como anticoncepcional de emergência, utilizado até 72 horas depois de uma relação sexual sem proteção ou quando, durante a relação sexual, ocorrer algum problema com o método utilizado (ruptura da camisinha, por exemplo). Os comprimidos contêm doses altas de um hormônio semelhante à progesterona, que impede a implantação do embrião no útero. Pode haver efeitos colaterais e não deve ser usado se o embrião já estiver implantado no útero. Outro problema é que, para a Igreja católica, por exemplo, essa pílula provocaria aborto, visto que ela considera o óvulo fecundado uma vida (para a Medicina, o aborto só ocorre a partir do momento em que o embrião se fixa no útero, quando, então, começa a gravidez).

testículo

próstata