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Biossegurança em Organismos
Geneticamente Modificados
Pelotas, 2009
Priscila M. M. de Leon Médica Veterinária, Dra. em Biotecnologia
PNPD Biotecnologia/UFPel
Maio 2012
Pelotas, 2009
Parte I. Introdução a Biossegurança e Organismos
Geneticamente Modificados
Parte II. Forma de Manejo e Abordagem Legal
Animais Geneticamente Modificados
Plantas Geneticamente Modificadas
Microrganismos Geneticamente Modificados
Métodos de Controle de Agentes de Risco
LIVRO DE BIOSSEGURANÇA EM ORGANISMOS
GENETICAMENTE MODIFICADOS
na fronteira da manipulação genética
OGMs x Biossegurança
• Conceito de OGMs:
Organismos geneticamente modificados são os que
sofreram modificações do seu material genético
(DNA/RNA), em forma de adição ou subtração de
informação genética, com o objetivo de fazê-lo capaz de
produzir novas substâncias ou realizar novas funções;
Transgênicos: Plantas, Animais e Microrganismos
Químicos, Radiotivos e Ergonômicos
RISCO Agentes Biológicos Homem
Engenharia Genética Sociedade
Meio Ambiente
Biossegurança: Conjunto de ações voltadas para a prevenção,
minimização ou eliminação de riscos inerentes ás atividades de
pesquisa, ensino, desenvolvimento tecnológico, visando a saúde do
homem, dos animais e preservação do meio ambiente.
Biossegurança x OGMs
O conceito de Biossegurança envolve as seguintes relações:
Biossegurança x OGMs
• Histórico:
– Em 1999, Protocolo de Cartagena:
• Conferência sobre Diversidade Biológica em
Cartagena/Colômbia,
O Protocolo de Cartagena sobre Biossegurança é um
tratado ambiental que faz parte da Convenção sobre
Diversidade Biológica (CDB);
Documento foi aprovado em janeiro de 2000, em vigor em
setembro de 2001;
Brasil aderiu em novembro de 2003, vigorar em fevereiro de
2004;
Atualmente 188 países fazem parte;
Biossegurança x OGMs
Protocolo de Cartagena
Objetivo: assegurar o nível adequado de proteção
envolvendo a transferência, manipulação e uso de OGMs;
Preocupação: com os efeitos adversos na conservação e no
uso sustentável da diversidade biológica, levando em
consideração os riscos para a saúde humana e na
movimentação transfronteiriça;
• http://bch.cbd.int/protocol/
Biossegurança x OGMs
• Malásia, em 2004: ONGs de 160 países; aspectos operacionais
e institucionais da implantação do Protocolo e à identificação
de OVM;
• Canadá em 2005: identificação de OVMs destinados à
alimentação humana, animal e ao processamento; criação de
regime de responsabilidade e compensação pelo danos
causados.
• Curitiba/Brasil em 2006: discussão de formas de identificação
de OVMs e a responsabilização sobre prejuízos ao ser humano
ou ao meio ambiente em razão da manipulação de OVMs;
FORMA DE MANEJO PARA CADA TÓPICO
Pelotas, 2009
Principais práticas de manejo de OGMs
Animais Geneticamente Modificados
Plantas Geneticamente Modificadas
Microrganismos Geneticamente Modificados
Animais Geneticamente Modificados
ANGM
• Conceito:
Animais Geneticamente Modificados são considerados
todos aqueles animais cujas sequências em seu DNA
sofreram modificações induzidas;
camundongos até animais domésticos de grande porte
podem ser classificados como AnGM;
Histórico AnGM
• Geração de animais transgênicos:
realizada no final dos anos 70, através da transferência de um
retrovírus em embrião de camundongo, levando a geração de
camundongos transgênicos com genes exógenos inseridos de
forma estável em seus genomas;
Transgênese tornou-se uma das técnicas essenciais para a
biologia e biotecnologia.
Modelos animais para o estudo: na regulação gênica, de
oncogenes, doenças genéticas, na produção de proteínas
recombinantes, xenotransplantes e entendimento de interações
celulares.
Eficiência da Microinjeção de DNA:
• 2% camundongo
• 0,1 a 0,5% suíno;
• 0,01 a 0,1% cabras;
• Menor em bovino e ovino;
• Nível de Biossegurança (NB):
– Nível de segurança biológica recomendável para
um dado setor que desenvolve atividade de risco
para o profissional e comunidade;
– permite o trabalho em laboratórios/biotérios de forma
segura, com risco mínimo para o operador e meio
ambiente.
Classificação dos AnGMS quanto ao
Nível de Biossegurança:
Classificação dos AnGMS
quanto ao NB:
Nível de Biossegurança 1:
• Neste nível são classificados os AnGM:
– que após as manipulações genéticas sofridas, não tiverem
alteradas suas características de transmissibilidade de
doenças para outras espécies vegetais ou animais, incluindo
seres humanos;
– que não apresentarem vantagens seletivas quando liberados
no meio ambiente;
– AnGM que a contenham o genoma de vírus e não levam à
doenças infecciosas transmissíveis.
* Exemplo: modelo animais para estudo de obesidade e diabetes,
hipertensão e doenças cardíacas.
Classificação dos AnGMS
quanto ao NB:
Nível de Biossegurança 2:
• Neste nível são classificados os AnGM:
– que passam a expressar substâncias sabidamente tóxicas
para animais, incluindo o homem, ou vegetais e que, para tais
toxinas, existam formas efetivas de prevenção ou tratamento;
– que contenham mais de 75% do genoma de vírus NB-1
(doenças infecciosa transmissível);
– que possam ser susceptíveis à infecções que normalmente
não ocorram na espécie equivalente.
* Exemplo: modelo animais suscetíveis ao Trypanosoma cruzi e
Leishmaniose.
Classificação dos AnGMS
quanto ao NB:
Nível de Biossegurança 3:
• Neste nível são classificados os AnGM:
– que contenham mais de 75% do genoma de vírus manipulados
em NB-2 ou 3;
– que são considerados mais aptos à sobrevivência no meio
ambiente que os equivalentes não geneticamente modificados.
* Exemplo: camundongos resistente a influenza e resistente a
salmonelose;
Classificação dos AnGMS
quanto NB:
Nível de Biossegurança 4:
• Neste nível são classificados os AnGM:
– que contenham mais de 75% do genoma de vírus manipulados
em NB-4;
– que após a manipulação genética passem a expressar
substâncias sabidamente tóxicas, incluindo seres humanos e
vegetais, e que para tais toxinas não existam formas efetivas de
prevenção ou tratamento;
* Exemplo: modelo animais para estudo de AIDS (contenham o
genoma do vírus)
Classificação dos AnGMS quanto
ao Grupo de Risco:
AnGM do Grupo I:
• Nível de Biossegurança 1;
• CIBio autoriza, e envia a planta do biotério e normas de
funcionamento a CTNBio;
AnGM do Grupo II:
• Níveis de Biossegurança 2, 3 ou 4;
• CTNBio faz visita técnica para a aprovação;
Nível de Biossegurança dos
Biotérios para AnGM (NB-A):
Características mínimas de Biossegurança para Biotérios:
– porta principal deverá estar sempre trancada;
– acesso restrito às pessoas credenciadas;
– animais de diferentes espécies e não envolvidos em um mesmo
experimento deverão estar alojados em áreas fisicamente separadas;
– todas as áreas que permitam ventilação deverão conter barreiras
físicas para impedir a passagem de insetos e outros animais.
Nível de Biossegurança dos
Biotérios para AnGM (NB-An):
NB-An1:
* Comitê de Ética em Experimentação Animal Institucional
• As instalações separadas da área de livre circulação do prédio;
• Pesquisador Principal: estabelece normas, procedimentos e
protocolos para situações de emergência.
• Toda manipulação deverá ser realizada de forma a evitar a
liberação acidental do AnGM no meio ambiente.
• Todo material deverá ser descartado (CIBio/CTNBio)
Nível de Biossegurança dos
Biotérios para AnGM (NB-An):
NB-An2:
• apenas as pessoas autorizadas e qualificadas podem ter acesso
ao biotério (vacinadas contra os agentes infecciosos);
• Ante Sala;
• O material deve ser acondicionado e a desinfecção poderá ocorrer
fora do biotério;
• É obrigatório o uso de EPIs apropriados como: máscara, gorro,
luva, protetores para os pés, óculos e protetores faciais.
(descontaminação após o uso);
NB-An3:
• 4 áreas: Ante Sala, Sala de Materiais, Sala de Animais e Sala de Experimentação;
• sistema de pressão de ar negativo (controle automático) e purificação do ar;
• Sistema de Microisoladores;
• todo o líquido efluente deverá ser descontaminado antes de liberado;
• autoclave de duas portas;
• incinerador na Sala de Animais ou na Sala de Experimentação;
• A CIBio estipula procedimentos de emergência em caso de acidentes ( em cada
Sala deverá haver sistema de alarme);
• amostras de soro dos usuários (CIBio propõe sistema de monitoramento);
Nível de Biossegurança dos
Biotérios para AnGM (NB-An):
NB-An4:
• Construção deve ser isolada e vigiada 24h;
• 6 áreas: Ante Sala; Sala de Troca de Vestimenta - três divisões; Sala de
Materiais; Sala de Animais; Sala de Experimentação; Sala de
Necropsia;
• Sistema de acesso por cartão magnético ou códigos digitais;
• Sistema de filtração utilizado para exaustão de ar deverá possuir dupla
barreira de filtragem;
• A entrada de qualquer material para as Salas de Animais deverá ser
realizada, via autoclave de duas portas;
Nível de Biossegurança dos
Biotérios para AnGM (NB-An):
Liberação Acidental de AnGM no
meio ambiente:
AnGM deverá possuir marcador genético;
Marca permanente para identificação
macroscópica;
Imediata comunicação a CIBio e CTNBio;
Plantas Geneticamente Modificados
PGM
• Conceito:
Plantas Geneticamente Modificados apresentam gene
ou genes que foram artificialmente inseridos,
apresentando características desejáveis oriundas de outra
variedade da planta, ou mesmo de outra espécie;
PGM
• Aplicações:
incremento de compostos de interesse nutricional e funcional;
melhoras no aproveitamento de micronutrientes do solo;
aumento de produtividade;
resistência a pragas e a herbicidas;
tolerância a estresses abióticos;
diminuição de impactos ambientais;
produção de compostos químicos, farmacêuticos, vacinas;
aumento de biomassa servindo como fonte de combustíveis;
• década de 1980 – foram obtidas e liberadas as primeiras
PGM;
• 1990 – comercialização de PGM:
tabaco resistente a vírus, produzido na China;
tomate de maturação lenta, produzido pela empresa
Calgene;
soja Roundup Ready produzida pela Monsanto
(tolerante ao glifosato);
• 1996 – grande aumento na produção e na comercialização
Histórico PGM
Nível de risco para PGM:
• Determinação do Nível de Risco:
Fonte e natureza do DNA/RNA introduzido (agente infeccioso
exótico/patogênico; fragmento do DNA/genoma completo);
Organismo destinatário: modalidade/facilidade de disseminação;
capacidade de invasão;
Natureza da proteína expressada: toxina/alérgeno;
Ambiente local: espécie selvagem compatível (permite cruzamento);
Procedimentos experimentais: impedir a disseminação do material
genético inserido;
Classificação de PGM:
Nível de Biossegurança 1:
• Neste nível são classificadas PGM:
– cujos organismos parentais não causam doenças ao homem,
animais ou plantas, não se comportem como ervas daninhas;
– não exóticos sem potencial para disseminação rápida;
– não possui riscos de causar impacto negativo no ecossistema
natural ou manejado;
* Exemplo: tomate de amadurecimento tardio;
Nível de Biossegurança 2:
• Neste nível são classificadas PGM:
– se disseminados fora da casa de vegetação seriam viáveis no meio
ambiente, mas possui controle;
– Microrganismos associados a plantas que são nativos na área e
potencialmente perigosos ao ambiente, mas manejáveis;
– estudos com insetos associados a plantas que não prejudiquem
ecossistemas naturais ou manejados;
– consideradas ervas daninhas ou se reproduzam com elas;
– com genoma completo de agente infeccioso não exótico;
* Exemplo: banana e batata com agentes de doença infeciosa
gastrointestinal (vacinas)
Classificação de PGM:
Nível de Biossegurança 3:
• Neste nível são classificadas PGM:
– associada a organismo que apresenta potencial impacto ao meio
ambiente;
– contendo genes que codifiquem para toxinas de vertebrados;
– contendo o genoma completo de agente infeccioso exótico
transmissível, ou onde haja a possibilidade de reconstituição
completa e funcional;
– contendo microrganismos patogênicos a insetos ou outros
pequenos animais associados com plantas;
– potencial para produzir efeitos negativos em ecossistemas
naturais ou manejados;
* Exemplo: plantas resistentes a insetos.
Classificação de PGM:
Nível de Biossegurança 4:
• Neste nível são classificadas PGM:
– pequena escala de agente infeccioso exótico
transmissível na presença de seu vetor, poderá ser
potencial patógeno para outras plantas cultivadas
– É vedado este tipo de experimento em grande escala.
Classificação de PGM:
Princípios de Contenção
para PGM
• evitar transmissão de genomas de plantas ou organismos
associados às plantas, contendo DNA recombinante;
• minimizar a possibilidade de efeitos deletérios nos
organismos e ecossistema;
• evitar a disseminação de patógenos da casa de
vegetação para a agricultura;
• evitar a introdução e estabelecimento não-intencional de um
organismo no ecossistema;
Casa de Vegetação
• Estrutura com paredes, teto e piso, projetada e usada, principalmente,
para o crescimento de plantas em ambiente controlado e protegido;
• As paredes e o teto são geralmente construídos de material transparente
ou translúcido para permitir a passagem de luz solar;
Medidas Preventivas para PGM
na casa de vegetação
• A partir do NB-2 a casa de vegetação deve ser de concreto;
• cobrir ou remover flores e sementes;
• colher o material de estudo antes da maturidade sexual ou usar plantas
macho-estéreis;
• controlar o tempo de floração evitando reprodução com outras plantas
compatíveis;
• utilizar técnicas de modificação genética que localize transgene em partes não
propagativas da planta.
• evitar a geração de aerossóis ao inocular as plantas com microrganismos;
• manter distâncias adequadas entre a planta infectada e hospedeiros
suscetíveis;
• realizar experimentos em época do ano onde as plantas suscetíveis não
cresçam;
• eliminar vetores insetos;
Medidas Preventivas para PGM
na casa de vegetação
• modificar geneticamente o microrganismos minimizando sua sobrevivência e
reprodução fora da planta hospedeira;
• tratar a água que escoa das plantas após irrigação;
• Insetos geneticamente modificados associados a plantas:
– Utilizar cepas estéreis ou que não sejam capazes de voar;
– conduzir experimentos em época do ano quando a sobrevivência dos
insetos que vierem a escapar é impossível;
– escolher organismos que tem uma associação obrigatória com a planta;
– evitar o uso de insetos pequenos devido a difícil eliminação;
– destruir insetos polinizadores após transferência do pólen para eliminar
qualquer potencial de disseminação de pólen transgênico no ambiente.
Microrganismos Geneticamente Modificados
MGM Microrganismos Geneticamente Modificados
• Aplicações:
• produção de vacinas;
• teste imunodiagnósticos;
• Biorreatores para produção de compostos de interesse;
• redução do uso de agrotóxicos e aumento da produção agrícola;
MGM
Microrganismos Geneticamente Modificados
• Critérios de segurança ambiental:
• Sobrevivência, dispersão e possibilidade de interações com outras
espécies;
• transferência de genes para outras populações microbianas do
ambiente;
• rearranjos genéticos;
• potencial patogênico do microrganismo ao homem, a outros
animais e/ou às plantas;
• vantagem ocasionando uma pressão seletiva ou a um prejuízo
metabólico na competição com outros microrganismos;
Grupos de risco de MGM:
Grupo de Risco I: (apenas NB-1)
Riscos: individual e comunitário baixos (não patogênico);
Microorganismos que têm probabilidade nula ou baixa de provocar
doenças para o homem e que não constituem risco para o meio
ambiente. Ex. Lactobacillus
Grupo de Risco II: (NB-2, NB-3 e NB-4)
Riscos: individual e comunitário
Organismos patogênicos, porém geralmente não apresentam um
perigo sério para os indivíduos. Pode provocar infecções graves, porém
já se conhecem medidas profiláticas adequadas com risco de propagação
limitado ou reduzido. Ex. Leptospira, M.tuberculosis, vírus Ebola
Classificação de MGM:
Grupo de Risco I:
A. Organismos receptor ou parental:
• Não patogênico;
• Isento de agentes adventício (associados);
• Multiplicação limitada;
• Sem efeitos negativos no meio ambiente;
B. Vetor/Inserto:
• adequadamente caracterizado quanto a todos os aspectos, e
desprovido de sequências nocivas conhecidas;
• tamanho limitado quanto à sequência genética;
• não deve incrementar a estabilidade do organismo modificado no
meio ambiente;
• não deve transmitir nenhum marcador de resistência a organismos;
Classificação de MGM:
Grupo de Risco I:
C. Microrganismo Geneticamente Modificado:
• não-patogênicos;
• que ofereçam a mesma segurança que o organismo receptor
ou parental;
• sobrevivência e/ou multiplicação limitadas;
• sem efeitos negativos para o meio ambiente;
Grupo de Risco II: todos não incluídos em I
A.Organismos receptor ou parental:
• patogênico;
• agentes adventícios (associados);
• multiplicação facilitada;
• efeitos negativos no meio ambiente;
B.Vetor/Inserto:
• poderá possuir sequencias nocivas conhecidas;
• maior tamanho da sequência genética;
• poderá incrementar a estabilidade do organismo modificado no
meio ambiente;
• poderá transmitir marcador de resistência a organismos;
Classificação de MGM:
Grupo de Risco II: todos não incluídos em I
C.Microrganismo Geneticamente Modificado:
• patogênicos;
• sobrevivência e/ou multiplicação avançada;
• efeitos negativos no meio ambiente;
Classificação de MGM:
VACINAS E TESTES
IMUNODIAGNÓSTICOS
O nível de risco e o nível de biossegurança adotado
para laboratórios que realizam experimentos envolvendo
desenvolvimento de vacinas e testes imunodiagnósticos
está diretamente relacionado ao risco biológico
apresentado pelo microrganismo manipulado.
VACINAS E TESTES
IMUNODIAGNÓSTICOS
Classe de Risco I: NB-1
• Baixo risco individual e para a coletividade: incluem os agentes que não
possuem capacidade comprovada de causar doença em pessoas ou animais
sadios;
Classe de Risco II:NB-2
• Moderado risco individual e limitado risco para a comunidade;
• incluem os agentes que podem causar doença no homem ou animais, porém
não apresentam riscos sérios para os profissionais do laboratório, para a
comunidade, para animais e para o meio ambiente.
• importação restrita
VACINAS E TESTES
IMUNODIAGNÓSTICOS
Classe de Risco III: NB-3
• Alto risco individual e risco moderado para a comunidade;
• causam doenças graves em humanos ou animais, as quais podem ser tratadas
por medicamentos ou medidas terapêuticas gerais;
• importação restrita;
Classe de Risco IV: NB-4
• Alto risco individual e alto risco para a comunidade;
• alto risco biológico que causam doenças humanas e animais de alta gravidade,
capazes de se disseminar na comunidade e no meio ambiente;
• inclui principalmente agentes virais;
• importação proibida;
VACINAS E TESTES
IMUNODIAGNÓSTICOS
EXPERIMENTAÇÃO ANIMAL:
• Riscos físicos, biológicos e ao meio ambiente: espécies envolvidas;
• Biotérios adequados: instalações, equipe e práticas;
* Os próprios animais podem apresentar riscos: aerossóis, morder e arranhar,
zoonoses
* Comitê de Ética em Experimentação Animal Institucional
• Práticas padrões
• Equipamentos de Segurança (Barreiras Primárias)
• Instalações (Barreiras Secundárias)
• Práticas Especiais para o nível 4
* imunizações e a avaliação sorológica dos profissionais
Métodos de Controle de Agentes de Risco
Boas Práticas de Laboratório: conjunto de normas e procedimentos de
segurança que visam minimizar os acidentes em laboratório;
prevenção e/ou redução do risco de desenvolver doença profissional por
exposição a diversos agentes, presentes no ambiente de laboratório, podem
ser alcançadas pelo uso de práticas seguras nas atividades laboratoriais;
1. Práticas e técnicas microbiológicas padronizadas
2. Conhecimento prévio dos riscos
3. Treinamento de segurança apropriado
4. Manual de biossegurança (identificação dos riscos, especificação das
práticas, procedimentos para eliminação de riscos)
Equipamento de proteção individual – EPI
Os EPIs são empregados nas medidas de proteção individual, protegendo a saúde
e integridade física do manipulador. A roupa e o equipamento utilizado servem
também para evitar a contaminação do material em experimento ou em
produção.
Métodos de Controle de Agentes de Risco
Equipamento de proteção coletiva- EPC
Os EPCs são equipamentos de uso no laboratório que permitem executar
operações em ótimas condições de salubridade para o operador e demais pessoas
no laboratório, bem como do meio ambiente, minimizando a exposição a riscos de
contaminação e reduzindo as conseqüências em caso de acidentes
• Cabine de Segurança Biológica
• Capela de exaustão
• Chuveiro de Emergência / Lava Olhos
• Extintores de Incêndio
• Balde de areia
• Kits de tratamento para acidentes com químicos ácidos, cáusticos,
solvente
Métodos de Controle de Agentes de Risco
• Procedimentos de Descarte
– Descarte de animais de Laboratório
– Descarte de Materiais contaminados
• Manipulação de Reagentes Químico
• Manipulação de Material Biológico
• Manipulação de equipamento de uso comum
• Boas Práticas em Biotério
Risco Biológico
Métodos de Controle de Agentes de Risco
Saúde das Espécies Convencionais de Laboratório
Fatores Condições
Alojamento densidade populacional por gaiola, tipo de gaiola, freqüência de
trocas, qualidade da limpeza
Higiene Pessoal uniformes, banhos, limpeza das mãos
Higiene Ambiental remoção de poeiras e detritos, controle de trânsitos das
pessoas, isolamento de áreas de manutenção dos animais
Equipamentos desinfecção, esterilização, conservação
Rações Qualidade, quantidade, prazo de validade, estocagem em
ambiente apropriado
Animais Quarentena, controle sanitário, seleção das matrizes,
isolamentos das espécies diferentes
Equipe técnica
Postura profissional, movimentação, manipulação, contensão,
conhecimento das principais características das espécies
animais
Tabela 1 - Fatores que podem interferir no comportamento normal dos
animais de laboratório
Condição Normal Distúrbios/Sintomas Causas
Pele e Anexos Pêlos
Pele elástica, úmida, lisa Pêlos homogêneos, brilhantes e sedosos com inserção firme
Perda de pêlos Fungos, ácaros, sarna, bactérias e deficiência alimentar
Ferimentos Brigas, cama com resíduos grosseiros
Formação de cicatrizes ou calos Bactérias
Irritação da pele Alergias, intoxicação
Pêlos sem brilho e perda de pêlos Anemia, hepatite, distúrbios metabólicos
Mucosas Aparentes
Úmidas, brilhantes e róseas
Secas, sem brilho, branca, amarelada Corrimento purulento nasal e ocular
Desidratação, anemia, deficiência nutricional, hepatite, infecções, verminoses
Olhos
Brilhantes, úmidos e vivazes
Secos, sem brilho, com corrimento purulento
Desidratação, infecções, conjuntivites, alergias
Aparelho genital
Fêmeas com ciclo estral regular
Aborto, infertilidade, canibalismo Anestro (fase de repouso sexual)
Disfunções hormonais, deficiência nutricional, alta densidade de animais por gaiola Fêmeas roedoras mantidas em gaiola com outras fêmeas por períodos prolongados
Aparelho digestivo
Dentes íntegros, Crescimento normal
Emagrecimento acentuado, crescimento anormal e quebras de dentes, dificuldade de apreensão dos alimentos
Brigas, farpas de alimentos ou outros resíduos
Apatia, diarréia Ingestão de alimentos ou água contaminados por bactérias ou vírus, alimentos deteriorados
Constipações intestinais Desidratação
Tabela 2 - Correlação entre as condições normais de saúde, os distúrbios do organismo e suas principais causas.
Obrigada pela atenção!