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boletim ABNT, v. 14, n. 160, Nov/Dez 2017 COM AVENTURA E SEGURANÇA

boletim ABNT, v. 14, n. 160, Nov/Dez 2017 · um choque na rotina em meio à natureza, praticando arvorismo, espeleoturismo, cachoeiris- mo ou qualquer outra atividade que imponha

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EDITORIAL

www.abnt.org.br Nov/Dez 2017 | boletim ABNT • 3

Pelas melhores lembranças

Na hora de programar um passeio, tem gente que projeta locais de total calmaria e confor-to, que permitam a contemplação como um máximo esforço. Mas tem quem vá em busca de um choque na rotina em meio à natureza, praticando arvorismo, espeleoturismo, cachoeiris-mo ou qualquer outra atividade que imponha desafios. Esse é o turismo de aventura, modali-dade que tem crescido muito entre os brasileiros.

Belíssimos destinos turísticos o País sempre teve. Entretanto, por muito tempo a seguran-ça foi uma grande preocupação. Mas hoje não faltam orientações para operadoras, condutores e demais envolvidos em turismo de aventura e ecoturismo, estimulando a adoção das me-lhores práticas e a prestação de serviços de qualidade. Este é o objetivo das normas técnicas elaboradas no âmbito do Comitê Brasileiro de Turismo (ABNT/CB-054).

Em total sintonia com novas tendências e demandas desse segmento, tanto no País como no exterior, os membros do comitê vêm há anos compondo um acervo robusto de normas técnicas. Não é por acaso que especialistas brasileiros integram Grupos de Trabalho da Interna-tional Organization for Standardization (ISO), ocupam postos de coordenação e compartilham suas experiências em nível internacional.

As normas técnicas de turismo de aventura, em especial a ABNT NBR ISO 21101:2014, que trata de Sistemas de Gestão da Segurança, promovem operações sem risco aos praticantes e proporcionam visibilidade e confiabilidade às empresas, entre outros benefícios que agre-gam competitividade ao Brasil frente a outros mercados.

Por enquanto, são 32 documentos que ajudam a colocar o turismo de aventura em patamar elevado e conferem prestígio ao setor. Para 2018, o Subcomitê de Turismo de Aventura, com suas 14 Comissões de Estudo, planeja concluir novas normas para atividades como rafting, cicloturismo, quadriciclo, cachoeirismo e canionismo, bungee jump e mergulho.

Cada vez mais, entretanto, faz-se necessário que essas normas sejam intensamente disse-minadas, que seus requisitos sejam atendidos, ao mesmo tempo em que se cultive a responsa-bilidade pelos recursos naturais nos quais é praticada a maioria das modalidades de turismo de aventura. Só assim a experiência terá sentido e, certamente, será inesquecível.

Ricardo FragosoDiretor Geral

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SUMÁRIO

CONSELHO DELIBERATIVOPresidente: Pedro Buzatto CostaVice-Presidente: Mário William EsperSão Membros Natos: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Ministério da Indústria, Comércio e Serviços, Ministério da Defesa – Secretaria de Produtos de Defesa – Departamento de Ciência e Tecnologia Industrial. Sócios Mantenedores: Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq), Confederação Nacional da Indústria (CNI), Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Siemens Ltda., Sindicato da Indústria de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares do Estado de São Pau-lo (Sinaees), Sindicato da Indústria de Máquinas (Sindimaq), Tigre S.A Tubos e Conexões, WEG Equipamentos Elétricos S/A. Sócio Contribuinte Microempre-sa: DB Laboratório de Engenharia Acústica Ltda. Sócio Contribuinte: Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria Estrutural (Abece), Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Associação Brasileira da Indústria de Ma-

teriais de Construção (Abramat), Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroes-pacial (DCTA), Instituto Brasileiro de Qualificação e Certificação (IQB), Schneider Electric Brasil, Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon). Sócio Cola-borador: Catia Mac Cord Simões Coelho. Comitês Brasileiros: Comitê Brasileiro de Eletricidade (ABNT/CB-03), Comitê Brasileiro de Máquinas e Equipamentos Mecânicos (ABNT/CB-04), Comitê Brasileiro de Cimento, Concreto e Agregados (ABNT/CB-18), Comitê Brasileiro Odonto-Médico-Hospitalar (ABNT/CB-26).

CONSELHO FISCALPresidente: Nelson CarneiroSão membros eleitos pela Assembleia Geral – Sócio Mantenedor: Asso-ciação Brasileira da Indústria Óptica (Abióptica), Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas (Abrafati). Sócio Coletivo Contribuinte: Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit). Sócio Individual Colabo-rador: Marcello Lettière Pilar.

CONSELHO TÉCNICOPresidente: Haroldo Mattos de Lemos (ABNT/CB-038)

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COM EMOÇÃO E SEGURANÇAO Turismo de Aventura, que vem projetando o Brasil no exterior, ganha cada vez mais adeptos e tem nas normas técnicas o principal aliado para assegu-rar qualidade e evitar riscos.

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Nov/Dez 2017

International Organization Standardization

International Electrotechnical Commission

Comisión Panamericana de Normas Técnicas

Asociación Mercosur de Normatización

DIRETORIA EXECUTIVA:Diretor Geral – Ricardo Rodrigues Fragoso/ Diretor de Relações Externas – Carlos Santos Amorim Júnior/ Diretor Técnico – Eugenio Guilherme Tolstoy De Simone/ Diretor Adjunto de Certificação - Antonio Carlos Barros de Oliveira/ Diretor Adjunto de Negócios – Odilão Baptista Teixeira

ESCRITÓRIOSRio de Janeiro: Av. Treze de Maio, 13 – 28º andar – Centro – 20031-901 – Rio de Janeiro/ RJ – Telefone: PABX (21) 3974-2300 – Fax (21) 3974-2346 ([email protected]) – São Paulo: Rua Conselheiro Nebias, 1131 – Campos Elíseos – 01203-002 – São Paulo/SP – Telefone: (11) 3017-3600 – Fax (11) 3017.3633 ([email protected]) / Av. Paulista, 726, 10º andar – 01203-002 – São Paulo/SP – Minas Gerais: Rua Bahia, 1148, grupo 1007 – 30160-906 – Belo Horizonte/MG – Telefone: (31) 3226-4396 – Fax: (31) 3273-4344 ([email protected]) – Rio Grande do Sul: Rua Siqueira Campos, 1184 – conj. 906 – 90010-001 – Porto Alegre/RS – Telefone: (51) 3227-4155 / 3224-2601 – Fax (51) 3227-4155 ([email protected])

EXPEDIENTE – BOLETIM ABNTProdução Editorial: Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) / Ti-ragem: 5.000 exemplares/ Publicidade: [email protected] / Jornalista responsável: Monalisa Zia (MTB 50.448) / Coordenação, Revisão e Redação: Monalisa Zia e Laila Pieroni / Colaboração: Oficina da Palavra / Boletim ABNT: Nov/Dez 2017 – Volume 14 – Nº160 / Periodicidade: Bimestral / Projeto Gráfi-co, Diagramação e Capa: Dídio Art & Design ([email protected]) / Impressão: 57 Gráfica e Editora.

PARA SE COMUNICAR COM A REVISTA:www.abnt.org.br – Telefone: (11) 3017-3660 – Fax: (11) 3017-3633

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EQUIPAMENTOS “EX” COM O SELO ABNT

SEMANA ISO EM BERLIMELEVAÇÃO SEGURA

14 Evento na Fiesp celebra o Dia Mundial da Normalização

17 A marca ABNT em evidência

18 O desafio da energia para todos

25 MDIC recebe ABNT em audiência

29 Para seu conhecimento

30 Pergunte à ABNT

32 ABNT recebe secretário-geral da ISO

35 Curtas da Normalização

37 Demandas de normalização

38 Novos Sócios

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Equipamentos “Ex” com o Selo ABNT

A Marca de Confor-midade da Asso-ciação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) chegou ao outro lado do plane-

ta. Recentemente, a ABNT Certifi-cadora emitiu o primeiro certificado em seu programa de Equipamentos Elétricos para Atmosferas Potencial-mente Explosivas, atendendo às soli-citação da Yokogawa Electric Corpo-ration, uma empresa multinacional com sede em Tóquio, no Japão.

Fundada em 1915, a Yokogawa atua, principalmente, no ramo de automação industrial. Mantém 80 afiliadas operando em 33 países. No Brasil, iniciou as atividades em 1973, estabelecendo 22 anos depois a sua Matriz Regional para a Amé-rica do Sul, onde concentra a fabri-cação de produtos de medidas elé-tricas, integração de instrumentos e sistemas de controle de processos, engenharia e desenvolvimento de softwares, entre outras atividades.

A certificação dos equipamen-tos, destinados a atmosferas ex-plosivas nas condições de gases e vapores inflamáveis, é resultado do convênio firmado em 2015 entre a ABNT e a empresa norte-ameri-cana Factory Mutual Approvals, a qual já havia certificado alguns

produtos da Yokogawa dentro do Sistema IECEx (IEC System for Certification to Standards relating to Equipment for use in Explosive Atmos-pheres), definido pela International Electrotechnical Commission.

“Os equipamentos certificados são transmissores de temperatura e de pressão, utilizados em monito-ramento e controle de processos”, informa Dênis Carvalho, técnico da Gerência de Certificação de Produ-tos da ABNT. A Matriz Regional da Yokogawa, instalada em São Paulo (SP), utilizará os certificados para fazer a importação desses produtos.

O processo de certificação foi conduzido conforme requisitos da Portaria Inmetro nº 179, de 20 de maio de 2010. Essa legislação não só instituiu, no âmbito do Sistema Brasileiro de Avaliação da Con-formidade (SBAC), a certificação compulsória para Equipamentos Elétricos para Atmosferas Explo-sivas, nas Condições de Poeiras Combustíveis, como manteve a certificação compulsória de Equi-pamentos Elétricos para Atmosfe-ras Explosivas, nas Condições de Gases e Vapores Inflamáveis.

A obrigatoriedade da certificação de conformidade para esses equipa-mentos, referenciados como “Ex”, iniciou-se com a emissão da Portaria

O primeiro certificado de produtos para atmosferas explosivas foi concedido à Yokogawa Electric, empresa com sede no Japão.

Inmetro nº 164/1991, que entrou em vigor em fevereiro de 1992.

Questão de segurança

Atmosferas explosivas são for-madas por misturas com o ar de substâncias inflamáveis ou combus-tíveis na forma de gás, vapor, poeira ou fibras, as quais, após a ignição, permitem a propagação autossus-tentada de toda a mistura, ou seja, resultam em explosão. Por exemplo, quando há liberação de gases infla-máveis no ambiente de uma unidade industrial, ocorre a mistura com o ar em concentração acima do chamado “limite inferior de inflamabilidade” e, se houver uma fonte de ignição – como a centelha de um equipamen-to elétrico – haverá uma explosão.

“Desta forma, os equipamentos elétricos e eletrônicos para uso se-guro em atmosferas explosivas são aqueles que não oferecem risco de explosão em tais ambientes, o que é comprovado por meio de ensaios definidos em normas técnicas, no caso, as da série ABNT NBR IEC 60079 – Atmosferas explosivas”, ex-plica o engenheiro eletricista Es-tellito Rangel Junior.

Primeiro representante brasilei-ro no Technical Committee 31 da

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IEC (que elabora as normas inter-nacionais sobre atmosferas explo-sivas) e consultor em segurança contra explosões em ambientes industriais, Rangel Junior justifi-ca que a certificação é importante para comprovar ao consumidor que o produto adquirido é seguro.

Essa comprovação ocorre após a conclusão de duas etapas: uma é constituída pela aprovação do pro-tótipo do equipamento nos ensaios definidos em normas; a outra é a avaliação positiva do sistema de qualidade do fabricante, o que ates-ta que ele tem capacidade de pro-duzir todas as demais peças de for-ma idêntica ao protótipo aprovado.

As duas etapas são conduzidas em laboratórios acreditados pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), que atuam com independência, pois não estão vinculados nem ao consumidor nem ao fabricante. A aprovação dos equipamentos nos ensaios, juntamente com a avalia-ção positiva do sistema de qualida-de do fabricante, permite a emissão do Certificado de Conformidade.

“Devido à Portaria Inmetro, que tem força de lei, apenas equipamen-tos com os respectivos certificados de conformidade em vigor, ou seja, dentro do prazo de validade, pode-rão ser colocados no mercado para venda”, explica o engenheiro.

Rangel Junior ressalta que a cer-tificação garante que o equipamen-to adquirido é seguro, mas cabe ao usuário instalá-lo de forma correta e na área classificada designada no certificado de conformidade. “Desta forma, a adequada capacitação dos instaladores e mantenedores é indis-pensável para a efetiva segurança da

planta industrial contra explosões”, ele declara. E complementa que esta é também uma exigência da norma Regulamentadora 10 do Ministério do Trabalho e Emprego.

Onde mora o perigoSão chamadas “áreas classifica-

das” aquelas nas quais uma atmosfe-ra explosiva de gás inflamável ou de poeira combustível está presente ou nas quais é provável sua ocorrência, a ponto de exigir requisitos especiais para as atividades de fabricação, ins-talação, utilização, inspeção, manu-tenção, reparo e auditorias de equipa-mentos elétricos, de instrumentação, de telecomunicações ou mecânicos “Ex”, ao longo do ciclo total de vida das respectivas instalações.

Roberval Bulgarelli, consultor técnico e engenheiro sênior da Pe-trobras – Refinaria Presidente Ber-nardes de Cubatão (RPBC), aponta exemplos de instalações industriais que apresentam áreas classificadas: plataformas offshore para prospec-ção, perfuração e produção de petró-leo; refinarias de petróleo; terminais de armazenamento de petróleo e de-rivados; indústrias químicas e petro-químicas que atuam na fabricação de tintas, vernizes, plásticos e resi-nas; indústrias alcooleiras, alimen-tícias e de biocombustíveis; tanques de armazenamento de combustíveis de navios e aviões; caminhões de transporte de produtos químicos inflamáveis ou gases liquefeitos; e silos para armazenamento de grãos, farelos, fibras combustíveis (algo-dão, juta, linho, serragem) e poeiras não condutivas (açúcar, soja, trigo, milho, cevada, aveia, cacau, fertili-zantes, carvão), entre outros.

“O que define que uma área seja considerada classificada é a probabilidade da presença da at-mosfera explosiva, seja devido a gases inflamáveis ou a poeiras com-bustíveis, como grãos ou farelos de trigo, milho, soja, açúcar, carvão e alimentos”, explica Bulgarelli, que é coordenador do Subcomitê SC 31 do Comitê Brasileiro de Eletricida-de (ABNT/CB-003) e representan-te do Brasil no TC 31 da IEC e no IECEx (Explosive Atmospheres).

Sob o ponto de vista de seguran-ça industrial, portanto, as instalações “Ex” caracterizam-se basicamente pelo elevado risco potencial de ocorrência de explosões, com consequências ca-tastróficas para as instalações, ao meio ambiente e para as pessoas. Por este motivo, Bulgarelli destaca a importân-cia da certificação tanto para os equi-pamentos e instalações “Ex”, como para os profissionais responsáveis pela montagem, inspeção e manutenção.

São exemplos de equipamentos certificados para atmosferas explo-sivas: instrumentos eletrônicos ou digitais (sensores, transmissores, atuadores, posicionadores), câ-meras de circuito fechado de TV, sistemas de intercomunicação in-dustrial, switches ópticos para redes Ethernet, redes de comunicação de campo (Fieldbus), lanternas manu-ais e portáteis, instrumentos de tes-tes, luminárias, motores, bombas centrífugas, compressores, esteiras rolantes e elevadores de transporte de pessoas ou de carga.

Normas técnicas e marco legal

Devido ao elevado risco das at-mosferas explosivas para as pesso-

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as, para as instalações e para o meio ambiente, devem ser atendidos os requisitos estabelecidos nas normas técnicas da série ABNT NBR IEC 60079 – Atmosferas explosivas, com mais de 30 partes, começando pela ABNT NBR IEC 60079-0:2013 Ver-são Corrigida 2:2016 – Equipamen-tos – Requisitos Gerais. É relevante também a ABNT NBR ISO/IEC 80079-34-2011 - Atmosferas explosi-vas. Parte 34: Aplicação de sistemas da qualidade para a fabricação de equi-pamentos. Mais quatro partes desta norma estão em elaboração.

Roberval Bulgarelli aponta ain-da entre as principais normas para o setor “Ex”: • ABNT NBR IE

2013 – Máquinas elétricas girantes. Parte 7: Classificação dos tipos de construção, arranjos de montagem e posição da caixa de terminais (Código IM).

• ABNT NBR IE – Graus de proteção providos por invólucros (Códigos IP), que é aplicada para a classificação dos graus de proteção providos aos invólucros dos equipamen-tos elétricos com tensão nomi-nal não superior a 72,5 kV.

• ABNT NBR IE 2017 – Unidades marítimas fi-xas e móveis - Instalações elétri-cas – Parte 7: Áreas classificadas.

Bulgarelli informa que a Organi-zação das Nações Unidas (ONU) tem trabalhado em estreita cooperação com a IEC e com o IECEx, de forma a desenvolver um modelo de legis-lação comum para equipamentos e instalações em ambientes com áreas classificadas. Os programas de certifi-cação “Ex” do IECEx, de acordo com a ONU, devem ser utilizados para o

alinhamento de regulamentos exis-tentes em diversos países-membros e também podem servir como base para legislação onde o assunto não está regulamentado.

“Para a ONU, a simples existên-cia de diferentes regulamentos sobre atmosferas explosivas em diferentes países já se constitui uma situação de risco a ser equacionada”, obser-va. Por isso foi elaborado, em 2011, o “Marco Regulatório Comum para Equipamentos Utilizados em Am-bientes de Atmosferas Explosivas”, documento embasado na abordagem do ciclo total de vida das instalações, o que requer a execução correta das diversas atividades envolvidas.

O Brasil vai bem, nesse aspec-to. “Do ponto de vista normativo e legal, o País, por meio do Inme-tro, da ABNT e de outros segmen-tos da sociedade, está devidamente alinhado e atuante na aplicação das recomendações da ONU e do IE-CEx sobre certificação em atmosfe-ras explosivas”, conclui Bulgarelli.

Cursos e coletânea

A norma ABNT NBR IEC 60079-14:2016 – Atmosferas explosivas. Parte 14: Projeto, seleção e montagem de insta-lações elétricas é tema de dois cursos que estão sendo oferecidos pela área de Capacitação da ABNT, em São Paulo, tendo como público-alvo en-genheiros e técnicos com formação em eletricidade ou instrumentação, que exercem atividades relacionadas a atmosferas explosivas. São eles:

Instalações elétricas em at-mosferas explosivas – Análise detalhada dos novos requisitos. Parte 1: Ambientes com gases e

vapores inflamáveis. O objetivo é fornecer uma comparação entre os novos requisitos da norma pu-blicada em 2016 e os da edição an-terior. Com duração de 16 horas, o curso será realizado nos dias 21 e 22 de novembro, das 8h30 às 17h30.

Instalações elétricas em at-mosferas explosivas – Análise detalhada dos novos requisi-tos. Parte 2: Ambientes com pós combustíveis. Destina-se a fornecer informações sobre os riscos de explo-sões dos pós e uma análise comparati-va entre os novos requisitos da norma publicada em 2016 e os da edição an-terior. A duração é de 8 horas, no dia 23 de novembro, das 8h30 às 17h30.

Os dois cursos serão minis-trados pelo engenheiro eletricista Estellito Rangel Junior. Para saber mais, contate: [email protected]

Organizada pela ABNT Editora, também está disponível a Coletâ-nea Eletrônica de Normas Téc-nicas – Atmosferas Explosivas – Proteção de Equipamentos, que pode ser adquirida pelo link: http://www.abntcatalogo.com.br/pub.aspx?ID=2956.

A publicação em formato digital reúne 13 normas para oferecer orien-tações na seleção de equipamentos elétricos apropriados, protegidos por invólucro à prova de explosão ou projetados para ser intrinseca-mente seguros. Fornece diretrizes para sistemas de traceamento elétri-co resistivos para aplicação em áreas onde atmosferas potencialmente explosivas podem estar presentes e especifica os requisitos gerais para construção, ensaios e marcação de equipamentos elétricos e compo-nentes “Ex” destinados à utilização em atmosferas explosivas.

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Elevação segura

Por H é l io Dom ingos R . Car va l ho

Em dezembro de 2011 o MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) publicou, por meio da Portaria nº 293, o Anexo XII da Norma

Regulamentadora Nº 12 que trou-xe uma série de exigências aplicá-veis à construção e manutenção de cestas aéreas e guindastes com cesto acoplado. Além das exigên-

cias de projeto e de fabricação este mesmo corpo normativo tornou mandatória a realização de ensaios e inspeções regulares em cestas aé-reas. Revisão posterior neste mes-mo anexo, publicada em setembro de 2016, ampliou a obrigação de se realizarem ensaios e inspeções de mesma natureza também em guin-dastes com cestos acoplados.

O principal objetivo do gover-no com a publicação do Anexo XII foi reduzir o número de acidentes

Ensaios e inspeções em cestas aéreas e guindastes com cesto acoplado são essenciais.

com equipamentos de guindar para elevação de pessoas e realização de trabalhos em altura, acidentes esses que podem ter, e geralmente têm, consequências gravíssimas.

Apesar de passados quase seis anos desde a publicação deste ane-xo, os fatos fazem parecer que os objetivos ainda não foram alcan-çados. O número de acidentes gra-ves gerados por falhas estruturais em equipamentos não parece ter reduzido. Somente neste primei-ro semestre de 2017 já há diversas notícias sobre graves acidentes desta natureza com cestas aéreas. Acidentes estes que poderiam ter sido evitados se boas práticas de manutenção, aliadas à realização de ensaios estruturais não destrutivos já fossem adotadas pelas empresas.

Conforme definido no item 2.15 do Anexo XII da NR 12 e na seção 10 da ABNT NBR 16092, as cestas aéreas devem ser submetidas a três tipos de ensaios e periodici-dades conforme detalhado a seguir.

Cestas aéreasInspeções e ensaios frequentes

O item 10.2.3 da Norma ABNT NBR 16092:2012 elenca uma série de inspeções que devem ser reali-zadas pelos próprios usuários das cestas aéreas em periodicidade que pode variar, a critério de cada em-presa, de 1 a 30 dias. O propósito desta inspeção é identificar quais-quer defeitos aparentes como a falta de componentes, falta de ade-sivos de instruções e advertências, a existência de danos causados por algum tipo de acidente ou mesmo pelo uso, dentre outros defeitos

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que possam colocar em risco a inte-gridade do equipamento e a integri-dade dos usuários ou de terceiros. Esse tipo de inspeção não preci-sa, por Norma, de registros ou da emissão de qualquer relatório.

Inspeções e ensaios periódicosO item 10.2.4 da Norma ABNT

NBR 16092:2012 elenca um núme-ro considerável de itens que devem ser inspecionados em intervalos não superiores a 12 meses. A de-finição da periodicidade cabe ao proprietário da cesta aérea e deve ser definida levando-se em conta aspectos como a intensidade e a se-veridade do uso, a “idade” da cesta aérea, a qualidade da manutenção e o próprio histórico de ocorrências de incidentes com o equipamento.

Em linhas gerais, as inspeções e ensaios periódicos contemplam a realização de inspeções visuais e fun-cionais, aplicação de carga (para con-firmar o bom funcionamento de vál-vulas, comandos e cilindros), tensão aplicada (para cestas isoladas) e sem-pre que for identificado algum item ou componente suspeito devem ser realizados ensaios complementares, tais como ultrassom, partículas mag-néticas, líquido penetrante, dentre outros, de modo a confirmar a exis-tência ou não de um defeito funcio-nal ou estrutural que possa colocar em risco a segurança dos usuários, de terceiros ou do próprio equipamento.

As inspeções e ensaios perió-dicos devem ser realizados por pessoas qualificadas e certificadas e relatórios devem ser emitidos e assinados por esses profissionais, devendo ser mantidos em arquivos físicos ou eletrônicos por um perío-do não inferior a cinco anos.

Inspeções e ensaios eventuaisO item 10.2.5 da Norma ABNT

NBR 16092:2012 define como ins-peção e ensaio eventual a realização do ensaio de emissão acústica nas cestas aéreas. A classificação deste ensaio como “eventual” talvez não seja a mais correta. Na verdade, tra-ta-se de um ensaio periódico para o qual a Norma em questão determi-nou um intervalo mais amplo para que o proprietário ou usuário da cesta aérea defina a periodicidade de realização do ensaio, qual seja, de 1 a 48 meses, no máximo.

Trata-se de um ensaio extrema-mente importante, pois permite identificar a existência de descon-tinuidades ativas na estrutura de uma cesta aérea. Esse ensaio, aliado a ensaios complementares (ultras-som, partícula magnética ou líqui-do penetrante) permite identificar áreas frágeis ou em processo de de-gradação mecânica.

Guindastes com cestos

Tal como ocorre com as cestas aéreas, os guindastes que utilizam cestos acoplados também devem ser submetidos a inspeções e en-saios periódicos. Esta exigência consta na revisão do Anexo XII da NR 12, publicada pela Portaria nº 1.110, de 21 de setembro de 2016.

Conforme definido no item 3.16 do Anexo XII da NR 12, os equipa-mentos de guindar que receberem cestos acoplados para elevação de pessoas devem ser submetidos a ensaios e inspeções periódicas de forma a garantir seu bom funcio-namento e sua integridade estru-tural. Devem ser realizados ensaios

que comprovem a integridade es-trutural, tais como ultrassom e/ou emissão acústica, conforme norma ABNT NBR 14768.

Portanto devem ser realizadas e comprovadas, através de registros, todas as inspeções e ensaios rela-cionados na ABNT NBR 14768, a qual possui uma estrutura de perio-dicidade e de itens (check list) seme-lhante à norma de cestas aéreas na seção que trata das responsabilida-des dos proprietários e usuários.

ImportânciaÉ certo que um acidente estru-

tural de um equipamento sem-pre terá algumas causas possíveis, dentre elas: falta de manutenção adequada, fadiga do material, mau uso da máquina ou mesmo outros acidentes menores, muitas vezes, não relatados pelos usuários, que debilitam a estrutura do equi-pamento. É também certo que a identificação prévia da debilidade estrutural de um equipamento irá minimizar ou eliminar o risco da ocorrência de um acidente grave e, consequentemente, irá reduzir consideravelmente a ocorrência de prejuízos humanos e patrimoniais devido a um acidente gerado pelo colapso estrutural do equipamento e, em casos mais extremos, irá evi-tar a perda de vidas.

Os danos e prejuízos gerados a partir de um acidente com uma cesta aérea ou guindaste, espe-cialmente quando há vítimas, já seriam, por si só, suficientes para justificar a inclusão da realização dos ensaios e inspeções regulares no planejamento de manutenção preventiva das empresas.

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Não bastasse isto, o Anexo XII da NR 12 foi categórico ao incluir em seus itens 2.15 e 3.16 que as cestas aéreas e os guindas-tes com cesto acoplado devem ser submetidos a inspeções e ensaios previstos nas normas ABNT NBR 16092 e ABNT NBR 14768, respec-tivamente. Isto torna obrigatória a realização periódica dos ensaios e inspeções previstos nos itens das normas, dentre eles: inspeções vi-suais, funcionais, aplicação de car-ga, tensão aplicada e ensaios não destrutivos e, em destaque, o en-saio de emissão acústica.

Emissão acústicaEspecificamente sobre o ensaio

de emissão acústica vale ressaltar que o Brasil já dispõe de normaliza-ção própria recentemente elabora-da no âmbito da ABNT, sendo elas:• ABNT NBR 16601:2017

– Ensaio não destrutivo – Emissão acústica – Proce-dimento para ensaios em guindastes articulados hi-dráulicos com ou sem cesto acoplado, que estabelece procedimento para ensaio de emissão acústica (EA) em guindastes articulados hidráulicos instalados em veículos, incluindo àqueles com cesto acoplado.

• ABNT NBR 16593:2017– Ensaio não destrutivo – Emissão acústica – Pro-cedimento para ensaio em cestas aéreas isoladas e não isoladas, que descreve um procedimento para ensaio de emissão acústica (EA) em cestas aéreas.

A não realização dos ensaios e inspeções regulares e a falta do seu devido registro em relatório elabo-rado e assinado por pessoa quali-ficada e certificada poderá resultar na autuação e, em casos mais extre-mos, na interdição dos equipamen-tos pela fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego.

A questão se torna mais deli-cada ainda no caso da ocorrência de um acidente com equipamento que não tenha sido submetido aos ensaios e inspeções regulares. As consequências de um acidente com vítimas em equipamentos nesta si-tuação serão certamente terríveis, seja no campo humano, adminis-trativo e ainda diante do Ministé-rio Público.

PeriodicidadeUm dos pontos que também

gera discussão quando se trata da realização dos ensaios e inspeções regulares diz respeito à periodici-dade de realização desses ensaios. Um pensamento simplista, focado apenas em custos de curto prazo, levaria à definição de uma perio-dicidade baseada nos prazos máxi-mos definidos nas Normas, quais sejam, 48 meses para o ensaio de emissão acústica, 12 meses para os demais ensaios (visual, funcional, aplicação de carga e ensaios com-plementares, na medida da necessi-dade, além do ensaio elétrico) e um mês para as vistorias dos usuários.

A visão simplista não parece ser a mais correta, pois não se trata somente de cumprir um requisito normativo/legal e de estar quites com tais exigências. A preocupação deve ser com a conservação e a ma-nutenção do patrimônio material e imaterial da empresa e, principal-mente, com a segurança dos usuá-rios dos equipamentos e de tercei-ros, vítimas potenciais diretas ou indiretas de um acidente.

A definição da periodicidade deve ser essencialmente técnica e os intervalos entre os ensaios precisam ser inversamente proporcionais ao aumento do risco gerado pelo con-sumo da vida útil do equipamento causado pelo passar do tempo cro-nológico como também (e princi-palmente) pela intensidade e seve-ridade do uso e porque não, pela qualidade estrutural original do equipamento. As normas definem o prazo máximo, porém as empresas podem e devem ter periodicidades mais curtas. Afinal, o custo com a segurança sempre é mais barato do que o custo de um acidente.

HélioDomingosR.Carvalhoé Engenheiro mecânico, coordenador da CE Cestas Aéreas/ABNT – CE 519.06; coordenador do GT 12 da Funcoge; coordenador do GT de Emissão Acústica para Cestas Aé-reas e Guindastes; membro do GT – Anexo XII da NR 12; Membro do GTT da NR 35. [email protected].

ACIDENTES FREQUENTESNão são poucos os acidentes envolvendo ces-tas aéreas. Nas imagens abaixo alguns exem-plos ocorridos neste ano em diferentes estados.

E m su b e staçã o d e e ne r gia e l é tr i-ca e m S ã o P au l o

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Evento na Fiesp celebra o Dia Mundial da Normalização

Em tempo de dupla co-memoração, um even-to no auditório da Fe-deração das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) marcou, em ou-

tubro, o Dia Mundial da Normali-zação e o 77º aniversário da Associa-ção Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). A abertura esteve a cargo do diretor-geral da ABNT, Ricardo

Fragoso, que representou o presi-dente do Conselho Deliberativo, Pe-dro Buzatto Costa. Coube ao vice--presidente Mario William Esper dar as boas vindas aos convidados.

O Dia Mundial da Normaliza-ção, celebrado em 14 de outubro, é uma forma de agradecer aos espe-cialistas que se dedicam à elabora-ção de normas técnicas. Neste ano, teve o tema “Normas técnicas tor-

nam as cidades mais inteligentes”. No evento não faltaram home-

nagens, começando pela entrega de uma placa ao presidente da Asso-ciação Brasileira de Cimento Por-tland (ABCP), Renato Giusti, em reconhecimento aos trabalhos pres-tados em prol da normalização.

A programação teve sequência com três apresentações: Ricardo Fragoso, sobre “A normalização bra-

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sileira e seus desafios”; Manoel J. Pereira dos Santos, doutor e mestre em Direito, sobre o tema “Normas técnicas e sua proteção”; e o diretor adjunto de Negócios, Odilão Bap-tista Teixeira, sobre “ABNTColeção – Acesso a coleções e normas técni-cas mundiais”.

Retomando as homenagens, houve a entrega do Prêmio ABNT de Excelência em Normalização, nas seguintes categorias:

Destaque Comitê Técnico - Ma-ria Cristina Werle Reguly, gestora do Comitê Brasileiro de Tratores,

Máquinas Agrícolas e Florestais (ABNT/CB-203). Prêmio entregue por Denis Perez Martins, conselhei-ro da ABNT e representante do pre-sidente da Fiesp, Paulo Skaf.

Destaque em Normalização Pessoa Jurídica - Dionyzio Antonio Martins Klavdianos, presidente da Comissão de Materiais, Tecnolo-gia, Qualidade e Produtividade da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Comat/CBIC). Prê-mio entregue por Carlos Santos Amorim Jr., diretor de Relações Ex-ternas da ABNT.

Destaque em Normalização Pe-quenos Negócios - José Augusto Pin-to de Abreu, diretor da Sextante Con-sultoria. Prêmio entregue por Ricardo Fragoso, diretor-geral da ABNT.

Numa homenagem especial, em agradecimento pelos serviços pres-tados à normalização brasileira, o diretor técnico da ABNT, Eugenio Tolstoy De Simone, entregou o Prêmio a Vitor Jardim, assessor da Diretoria Técnica.

Todas as apresentações estão dis-poníveis no Portal da ABNT: (www.abnt.org.br/eventos/apresentacoes).

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Depoimentos

Maria Cristina Werle RegulyGestora do Comitê Brasileiro de Tratores, Máquinas Agrícolas e Florestais (ABNT/CB-203).

É com imensa satisfação que o Comitê Brasileiro de Tratores, Máquinas Agrícolas e Florestais recebe o prêmio ABNT de Excelência em Normalização, na categoria Destaque Comitê Técnico.

Somos um Comitê jovem, que está atuando des-de 2013 e este reconhecimento demonstra que es-tamos no caminho certo e nos motiva a trabalhar ainda mais na promoção e no fortalecimento da nor-malização.

Nossos cumprimentos e agradecimentos a to-dos os membros, Abimaq (entidade mantenedora), Anfavea (entidade apoiadora) e também aos nossos patrocinadores (AGCO, CNHi, Husqvarna, JACTO, John Deere, STIHL, Baldan, Stara e Volvo).

Aproveitamos a oportunidade para parabenizar a ABNT pelos seus 77 anos de intenso trabalho e dedi-cação na promoção das normas técnicas.

Dionyzio Antonio Martins KlavdianosPresidente da Comissão de Materiais, Tecnologia, Qualidade e Produtividade da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Comat/CBIC).

Produzir qualquer bem e em qualquer área de acordo com as normas técnicas vigentes é o maior presente que alguém que cria pode dar à sociedade, pois as chances de insegurança, não conformidade, defeito, baixo rendimento ou desempenho serão bas-tante reduzidas.

Embora no seu estatuto esteja claro que o projeto de formulação de uma norma técnica deve contar com a participação efetiva dos representantes dos diversos segmentos que orbitam em torno do tema tratado , eram recorrentes as críticas de que, por uma série de razões, apenas um grupo restrito se envolvia na redação de seu conteúdo.

Desde sua atuação na aprovação da ABNT NBR 15575, a CBIC vem centrando forças no estímulo tanto da participação do setor que representa nos comitês de normas técnicas, quanto na difusão do conteúdo daquilo que é disponibilizado para a socie-dade. Neste sentido, encontrou na ABNT uma en-tidade interessada e engajada por si só, mas que viu nossa entidade como parceira compromissada no trabalho conjunto. Este clima de união engrandece as duas entidades.

Muito nos honra o prêmio recebido pela Comat/CBIC, que dispõe de um grupo técnico específico para tratar das normas técnicas. Tal reconhecimento servirá como mais estímulo para que continuemos o trabalho de valorização das normas técnicas e, con-sequentemente, da construção civil de qualidade .

José Augusto Pinto de AbreuDiretor da Sextante Consultoria.

Para nós, da Sextante Consultoria, foi motivo de muito orgulho e satisfação termos sido reconhecidos com o Prêmio ABNT. Desde a nossa criação, em 2000, temos nos dedicado e envolvido com as atividades de normalização, que faz parte do nosso negócio desde a raiz, junto com os temas da regulamentação, ava-liação da conformidade, riscos e sustentabilidade. Nós, os sócios da Sextante Consultoria, trabalhamos com normalização desde antes de criarmos a empre-sa e acreditamos que é uma ferramenta fundamental para o desenvolvimento sustentável do País e chave para a competitividade das empresas brasileiras.

O nosso envolvimento com a normalização abrange o seu emprego como usuários, nos traba-lhos que fazemos, bem como a participação ativa no desenvolvimento de normas, como parte da nossa contribuição para a sociedade, ou como atividade profissional para apoio aos nossos clientes. No mo-mento particular que vive o nosso País, a normaliza-ção tem um papel crucial para o desenvolvimento das empresas e da sociedade. Sermos reconhecidos profissionalmente pela contribuição que damos só nos encoraja a prosseguir e intensificar os nossos es-forços e dedicação.

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A marca ABNT em evidência

Durante todo o ano de 2017, a Associação Bra-sileira de Normas Téc-nicas (ABNT) levou sua marca a feiras de negó-cios e outros eventos

setoriais, sempre firme em sua missão de disseminar a importância da normaliza-ção técnica aos mais diversos segmentos da sociedade. Milhares de boletins, gibis e folders da área de Capacitação foram distri-buídos aos visitantes, que também tiveram a oportunidade de conhecer os serviços ABNTColeção, destinado a assinantes, e ABNTCatálogo, no qual pessoas cadastra-das encontram informações sobre normas técnicas, cursos e publicações.

Confira quais foram os últimos even-tos do ano que tiveram a participação da ABNT:

CONGRESSO ABES/FENASAN, considerado o maior encontro de Saneamento Ambien-tal das Américas, que aconteceu nos dias 2 a 6 de outubro, no São Paulo Expo Exhi-bition Center. Realização conjunta da As-sociação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes) e a Associação dos En-

genheiros da Sabesp (AESabesp), o even-to teve como tema central “Saneamento Ambiental: Desenvolvimento e Qualidade de Vida na Retomada do Crescimento”, reunindo o 29º Congresso Brasileiro de En-genharia Sanitária e Ambiental, da Abes, o 28º Encontro Técnico AESabesp e a 28ª Feira Nacional de Saneamento e Meio Am-biente (Fenasan). Em seu estande, a ABNT fez 560 atendimentos.

ABRAFATI 2017, realizado pela Associa-ção Brasileira dos Fabricantes de Tintas nos dias 3 a 5 de outubro, no São Paulo Expo Exhibition Center. Anunciado como o mais importante evento do setor de tin-tas na América Latina e um dos principais no mundo, o Abrafati chegou à 15ª edição, em 2017, reunindo o Congresso Interna-cional de Tintas e a Exposição Internacio-nal de Fornecedores para Tintas. Houve ainda um seminário sobre cura por radia-ção promovido em conjunto com a RadTe-ch South America e um evento especial sobre solventes em parceria com a Asso-ciação Brasileira da Indústria Química (Abiquim). A ABNT recebeu 320 visitan-tes em seu estande.

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O desafio da energia para todos

Gestão de energia: “Assegurar o acesso confiável, sustentável, moderno e a preço acessível à energia para todos”. Este é o

sétimo entre os 17 Objetivos de De-senvolvimento Sustentável (ODS) que norteiam ações ao redor do mun-do desde 2015, juntamente com 169 metas definidas durante a Cúpula das Nações Unidas para o Desenvol-vimento Sustentável. O tema, rela-cionado à maioria dos demais ODS, tem mobilizado organismos inter-nacionais de Normalização, que po-dem oferecer subsídios para políticas públicas e contribuir para um novo cenário global até 2030.

De um lado, a International Electrotechnical Commission (IEC) fornece a base técnica para pesqui-sa e tecnologias envolvendo todas as formas de geração de energia. Suas normas oferecem requisitos para eletrificação rural, microrre-des, aplicações de baixa tensão de corrente contínua (LVDC) e dis-positivos mais seguros, confiáveis e eficientes. A International Tele-communication Union (ITU), por seu

lado, desenvolveu uma série de nor-mas relativas ao acompanhamento e avaliação da eficiência energética, incluindo métricas, medição e valo-res informativos para redes e equi-pamentos de telecomunicações, entre outras iniciativas.

Na International Organization for Standardization (ISO), os trabalhos focados na promoção da eficiência energética e consolidação dos con-ceitos de gestão de energia. evo-luem com forte protagonismo do Brasil, por meio do Comitê Brasilei-ro de Gestão e Economia de Energia (ABNT/CB-116), cuja Secretaria Técnica é exercida pela Associação Brasileira pela Conformidade e Efi-ciência das Instalações (Abrinstal).

Destaca-se a ISO 50001, norma para Sistema de Gestão de Energia, porém têm sido publicados vários outros documentos relacionados com energia sobre tópicos que in-cluem, por exemplo, avaliação de eficiência energética e gerenciamen-to de dados energéticos para edifí-cios e tecnologias emergentes, como a energia solar e de biocombustíveis.

Agora, aprovado o plano estratégi-co do ISO/TC-301 – Energy management

and energy savings para 2018, o ABNT/CB-116 se mobiliza para acompa-nhar o cenário internacional e de-senvolver a agenda nacional, como informa o gestor Alberto Fossa. “A formalização de um plano de tra-balho oficial do ISO-TC-301 cria condições para otimização e priori-zação do desenvolvimento dos pró-ximos textos normativos no campo da gestão e economia de energia”, ele comenta.

O novo programa de trabalho considera quatro principais catego-rias para desenvolvimento da nor-malização:• Requisitos de sistemas de

gestão de energia, imple-mentação e avaliação;

• Indicadores, dados, medi-ções e cálculos;

• Verificação,avaliaçãoerelatos• OportunidadesparamelhoriaDe acordo com Alberto Fossa,

um conjunto expressivo de temas associados a estas quatro categorias já se encontra listado como priori-dade e deve conduzir o desenvol-vimento dos trabalhos do TC nos próximos anos.

O ISO TC-301 é resultado da fu-são do antigo ISO TC-242 – o comitê técnico responsável pela elaboração da ISO 50001 e que tratava priori-tariamente da questão de gestão de energia – e do ISO TC-257, que es-tava desenvolvendo normas vincu-ladas ao tema de economia de ener-gia. “A junção dos dois Comitês da ISO representa um avanço na im-portância desses temas no cenário global, principalmente em função de sua conexão com os movimentos de combate às mudanças climáticas e promoção da eficiência energéti-ca”, afirma Fossa, assegurando ainda

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que são temas globais nos quais o Brasil tem muito a contribuir.

No BrasilDesde 2009 o ABNT/CB-116,

que atua como espelho do Comitê da ISO, acompanha as iniciativas internacionais focadas em gestão e economia de energia. Mesmo quan-do os temas eram divididos entre dois Comitês da ISO, no âmbito da ABNT havia um único fórum de debate, numa estratégia que acabou se mostrando adequada. “Temos acompanhado toda a pro-dução de normas internacionais e temos trabalhado na adoção desses textos aqui no Brasil”, destaca o gestor. Fazem parte deste trabalho:• ABNTNBRISO

– Sistemas de gestão da ener-gia – Requisitos com orienta-ções para uso

• ABNTNBRISO – Diagnósticos energéticos – Re-quisitos com orientação para uso

• ABNTNBRISO – Sistemas de gestão de energia – Requisitos para organismos de auditoria e certificação de sistemas de gestão de energia

• ABNTNBRISO – Sistemas de gestão da energia – Guia para implementação, manutenção e melhoria de um sistema de gestão da energia

• ABNTNBR ISO – Sistemas de gestão de energia – Medição do desempenho ener-gético utilizando linhas de base energética (LBE) e indicadores de desempenho energético (IDE) – Princípios gerais e orientações

Novas normas vêm sendo dis-cutidas pelas Comissões de Estudo

do ABNT/CB-116. A propósito da ABNT NBR ISO , Al-berto Fossa argumenta que, na me-dida em que avança o conhecimen-to sobre gestão de energia no Brasil, setores começam a vislumbrar a im-portância do fomento da eficiência energética e da gestão de energia em seus campos de atuação.

“Além da participação interna-cional, o país precisa tratar mais profundamente das suas demandas locais, focalizando a difusão maciça dos conceitos de eficiência energéti-ca e melhoria do desempenho ener-gético das organizações”, adverte.

CertificaçõesExistem aproximadamente 20

mil certificações da ISO 50001 no mundo, conforme dados publica-dos pelo ISO survey. Mais de 80% encontram-se na Europa, sendo cerca de 50% na Alemanha, devido ao grande incentivo governamen-tal. Alberto Fossa observa que o nú-mero de certificação tem avançado significativamente. A evolução de 2015 para 2016 foi de quase 70%, representando o maior crescimento individual de certificações entre os diversos tipos de sistemas de gestão baseados em normas ISO.

No Brasil, segundo o gestor, ainda estamos contando as certificações em dezenas. “Há de se promover esforço concentrado de convencimento das organizações com relação aos bene-fícios da implantação de sistemas de gestão”, ressalta Alberto Fossa.

O desenvolvimento mais robus-to do ISO TC-301, como afirma o gestor,abre nova oportunidade para organização global dos temas priori-tários a serem tratados com relação

à gestão e economia da energia. No Brasil também se consolida o novo Plano de Trabalho do ABNT/CB-116 para o ano de 2018. “É uma oportuni-dade para definirmos as prioridades no campo de normalização e para iniciarmos uma participação mais efetiva, tanto na esfera internacional quanto na nacional”, ele conclui.

Para conhecer mais

Um curso sobre Gestão de Ener-gia,combasenaABNTNBRISO50001:2011, é disponibilizado pela área de Capacitação da ABNT para empresários, consultores, gerentes, engenheiros, técnicos e demais co-laboradores ligados ao desenvolvi-mento, implementação e operação de organizações que estejam im-plantando ou que desejem implan-tar Sistemas da Gestão de Energia e/ou Sistemas de Gestão Integrada.

Com duração de um dia, o trei-namento apresenta os requisitos da ABNT NBR ISO relacionando-os com os aspectos e possibilidades de implantação nas organizações, além de análise de termos e definições, política ener-gética, implementação e operação, verificação e orientações de uso, entre outras abordagens.

A ABNT também oferece a Co-letânea Eletrônica de Normas Téc-nicas – Gestão de Energia, uma pu-blicação com 202 páginas reunindo documentos normativos para Sis-temas de Gestão de Energia: ABNT NBRISO ABNTNBRISO ABNTNBRISO

ABNT NBR ISO e ABNT NBR ISO

50006:2016.

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Com emoção e segurança

O Turismo de Aventura, que vem projetando o Brasil no exterior, ganha cada vez mais adeptos e tem nas normas técnicas o principal aliado para assegurar qualidade e evitar riscos.

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Contato com a na-tureza, adrenali-na liberada a cada desafio fazendo o coração bater mais forte, sensação de

liberdade e, ao final da experiência, a alegria da superação. O turismo de aventura possibilita tudo isso e, quando atendidos os requisitos de normas técnicas, garante um elemento fundamental: a seguran-ça, tanto para os praticantes como para os condutores.

Na Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), esses documentos são elaborados no âm-bito do Comitê Brasileiro de Turis-mo (ABNT/CB-054), no qual atua o Subcomitê de Turismo de Aven-tura, que mantém 14 Comissões de Estudo. Seus membros trazem o que há de mais atual no mercado brasileiro e internacional, para que sejam definidos os requisitos míni-mos de boas práticas com foco em segurança e qualidade.

“O turismo de aventura no Brasil ganhou projeção internacional jus-tamente pela segurança de suas nor-mas técnicas publicadas pela ABNT e acordadas em reuniões da Inter-national Organization for Standardi-zation (ISO), que atrelam as nossas belezas naturais em locais paradisí-acos, onde as atividades acontecem, à certeza de que os usuários terão uma prática sem riscos”, afirma Ale-xandre Sampaio, gestor do ABNT/CB-054 e presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimen-tação (FBHA) .

Das cerca de 70 normas técnicas do Comitê, 32 referem-se à modali-dade de aventura. As principais, de acordo com Leonardo Persi, coorde-nador do Subcomitê de Turismo de Aventura, são as transversais, que se aplicam a quaisquer atividades nesse segmento. São elas:• ABNTNBRISO21101:2014

– Turismo de aventura – Siste-mas de gestão da segurança – Requisitos, que orienta a avaliação da conformidade em processo de certificação;

• ABNTNBRISO21103:2014– Turismo de aventura – Infor-mações para participantes;

• ABNT NBR 15285:2015 –Turismo de aventura – Líderes – Competência de pessoal.

Alexandre Sampaio, gestor do ABNT/CB-054 e presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA).

Leonardo Persi, coordenador do Subcomitê de Turismo de Aventura

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O Brasil responde pela Secreta-ria Técnica do Grupo de Trabalho de Turismo de Aventura na ISO (ISO/TC-228 –WG7 –Adventure Tourism), desde a sua criação, em 2010. A coordenação está a cargo de um brasileiro, Daniel Spinelli, que, com outro representante do Brasil, Alexandre Garrido, coordenador do Grupo de Trabalho de Turismo Sustentável (ISO/TC-228 – WG13– Sustainable Tourism), lidera a ela-boração de uma nova norma.

“É uma proposta feita por Por-tugal, focada em boas práticas de sustentabilidade em turismo de aventura”, informa Garrido, obser-vando ainda o bom momento para tratar do assunto, já que 2017 é o Ano do Turismo Sustentável, ins-tituído pela Organização das Na-ções Unidas (ONU) e Organização Mundial do Turismo (OMT).

O documento esteve em vota-ção pelos países membros até 30 de outubro e foi aprovado com co-mentários, que serão ajustados na próxima reunião do grupo, prevista para acontecer em Buenos Aires, na Argentina,emmaiode2018.

O coordenador do ISO/TC-228 – WG 7, Daniel Spinelli, lembra que

o projeto foi aprovado em 2014, sendo discutido a partir de 2015 em reuniões na África do Sul e na Ma-lásia. “O trabalho se estenderá até maio, depois haverá o processo in-terno de publicação pela ISO e a nor-ma estará disponível para aquisição atéofinalde2018”,eleinforma.

Para Spinelli, a futura norma ISO terá importância fundamental, porque grande parte das atividades de turismo de aventura acontece em ambiente natural e as operado-ras poderão atuar com referências internacionais de boas práticas.

”Inicialmente a norma ofere-ceria apenas recomendações indi-cando o que pode ser feito, depois decidimos separar os requisitos mínimos, ou seja, o que deve ser feito e alguns são transversais de forma que sejam atendidos na Amazônia ou na savana, ou em qualquer destino em que o turis-mo de aventura seja praticado”, explica Spinelli.

ReconhecimentoDesde2008,aAssociação Brasi-

leira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura (Abeta) exerce a Secretaria Técnica do Subcomitê de Turismo de Aventura, que iniciou seus trabalhos em 2005 e dois anos depois já tinha grande visibilidade.

“Em 2009, o Brasil solicitou à ISO a coordenação dos trabalhos das futuras normas internacionais de tu-rismo de aventura, o que foi aceito, assumindo a liderança juntamente comoReinoUnido”,relataLeonar-do Persi. Já em 2014, normas inter-nacionais foram publicadas com base em documentos brasileiros.

Muitas outras conquistas vie-ram na sequência. Em fevereiro de 2015, por exemplo, a categoria pro-fissional do condutor de turismo de aventura foi reconhecida e inserida na Classificação Brasileira de Ocu-pações (CBO), cadastro gerenciado pelo Ministério do Trabalho e Em-prego (MTE), demonstrando a rele-vância do profissional que atua na área. “Este reconhecimento certa-mente foi fortalecido pela existên-cia de normas técnicas da ABNT em diversas atividades de turismo de aventura, que tratam das com-petências mínimas que este profis-sional deve ter“, comenta Persi.

Os trabalhos de normalização são apoiados pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Em-presas (Sebrae), uma vez que a maio-ria das operadoras tem esse perfil nos diversos destinos turísticos do País. E há um alinhamento com o Minis-tério do Turismo, que também reali-zou importantes projetos, entre eles o Programa Aventura Segura, com a implementação de normas técnicas

Alexandre Garrido, coordenador do Grupo de Trabalho de Turismo Sustentável (ISO/TC-228 – WG 13 – Sustainable Tourism)

Daniel Spinelli, coordenador do Grupo de Trabalho de Turismo de Aventura na ISO (ISO/TC-228 – WG 7 – Adventure Tourism).

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em diversos destinos de ecoturismo e turismo de aventura no Brasil.

De importância indiscutível, as normas técnicas para turismo de aventura só têm trazido benefícios para todas as partes envolvidas, como aponta Persi:• Operação segura das ativi-

dades;• Posicionamento de mercado,

trazendo maior visibilidade da empresa, uma vez que ao im-plementar o Sistema de Gestão da Segurança (SGS) em turis-mo de aventura, poderá captar mais clientes, assim como fe-char novas parcerias com ope-radores do Brasil e do exterior;

• Atuaçãodevidamentelegali-zada, do ponto de vista que a implementação do SGS é uma obrigatoriedade, desde dezembro de 2010, quando foi sancionado o Decreto nº 7.381,quecolocouemvigora Lei Geral do Turismo (Lei nº11.771/08).TodasasNor-mas da ABNT de turismo de aventura tornaram-se de aplicação obrigatória;

• Equipeorientadaparaatuarna prevenção de incidentes e, caso ocorram, que esteja qualificada para por em prá-tica o plano de atendimento a emergências;

• Redução de custos para asempresas, já que realizam controles e registros da opera-ção turística, diminuindo, por exemplo, perdas com uso in-correto de equipamentos ou na sua própria manutenção;

• Clientesmaisbemorientadosantes, durante e após as ativi-dades de turismo de aventura.

O que está por virAtualmente, o Subcomitê está na

expectativa da aprovação da certifi-cação com base na norma internacio-nal do turismo de aventura, junto ao Instituto Nacional de Normalização, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).

“A principal norma utilizada para a avaliação da conformidade, aABNTNBRISO21101,foirevi-sada em 2014 e, portanto, para que a certificação já existente desde 2005 tenha validade internacional, em breve o Inmetro deve atualizar este sistema, trazendo maior com-petitividade do País junto a outros mercados internacionais e, princi-palmente, ao mercado regional da América Latina, como por exem-plo, Argentina, Peru, Chile, Equa-dor e México”, argumenta Persi. Ele observa que o Brasil já chegou a ter 96 empresas com Sistemas de Ges-tão de Segurança certificados.

O coordenador ainda revela que desde 2015 há um trabalho forte visando à atualização das normas de turismo de aventura, visto que a ABNT recomenda que pelo menos a cada cinco anos esses documentos sejam revisados. Da mesma forma, o Subcomitê dedica-se à elaboração de novas normas para atividades, como rafting, cicloturismo, quadri-ciclo, cachoeirismo e canionismo, bungee jump e mergulho, com publi-caçãoprevistapara2018.

O Subcomitê se mantém aten-to às tendências internacionais que apontam para boas práticas de sustentabilidade, por isso contribui para o desenvolvimento de futuras normas ISO, uma voltada para o segmento de turismo de aventura e outra para mergulho recreativo.

“Obviamente, o setor precisa re-forçar cada vez mais o tema da ma-nutenção e conservação dos recur-sos naturais, uma vez que o turismo responsável baseia-se na oferta de atividades de aventura que estejam alinhadas à percepção do destino como parte fundamental da econo-mia impactada”, ressalta Persi.

Assim, o coordenador avalia que tanto do ponto de vista ambiental, como do econômico e social, o tu-rismo de aventura e o ecoturismo, que têm em sua base a questão da sustentabilidade, devem planejar, implementar e realizar uma ges-tão responsável de suas atividades, a fim de que se tornem perenes os destinos, com controle de visitação para permitir o menor impacto ne-gativo nos ecossistemas visitados.

Persi defende que é preciso conscientizar o turista de que um destino protegido, que se preocupa com as comunidades e seu entorno e também com o ambiente natural visitado, terá a chance de se manter atrativo por muito tempo.

“Outro tema que se destaca é a acessibilidade no turismo, com alguns destinos se preparando para atender pessoas com deficiência ou mobilida-de reduzida, entre eles, a estância de Socorro (SP), referência internacional no assunto”, ele complementa..

Um desafioUm aspecto levantado por Leo-

nardo Persi é que a ABNT, por meio das Comissões de Estudo do Comi-tê Brasileiro de Turismo, tem atu-ado em diversos destinos do país, com participação tanto de empre-sários e condutores de turismo de aventura, como com gestores de

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parques nacionais, buscando maior aproximação das chamadas Uni-dades de Conservação, que têm a gestão realizada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), órgão do Ministério do Meio Ambiente.

“Esta iniciativa demonstra a re-levância de se pensar a operação de turismo de aventura como um im-portante fator de desenvolvimento do território, assim como o envol-vimento das comunidades locais, tendo interface também com a cadeia produtiva do turismo como, por exemplo, o artesanato, a cultu-ra, a gastronomia e outras áreas do lazer”, ele afirma.

Mas há um desafio, que é aumen-tar a divulgação das normas técnicas, tanto para os empresários e profissio-nais do setor de ecoturismo e turis-mo de aventura, como – e principal-mente – aos consumidores. Dessa forma, como acredita o coordenador, esse público perceberá ofertas de pas-seios muito mais organizadas, profis-sionais e seguras quando observadas as referências das normas da ABNT, trazendo mais diversão e alegria nas atividades ao ar livre.

“O ecoturismo e o turismo de aventura, realizados de forma se-gura, podem trazer importantes benefícios, e o Brasil já dispõe de diversos destinos com empresas que implementam as normas téc-nicas da ABNT e conseguem am-pliar a visitação, trazendo renda e desenvolvimento ordenado para as regiões”, conclui Persi.

CursoA área de Capacitação da ABNT

oferece um curso destinado à for-

mação de auditores em Sistema de Gestão da Segurança para empre-sas de turismo de aventura, com base na norma ABNT NBR ISO21101:2014.

O curso é destinado a empresas de turismo de aventura para qual-quer atividade, operadoras de turis-mo, agências de viagem, meios de hospedagem, associações de classe setoriais, professores de curso de Turismo e auditores em outros ti-pos de Sistema de Gestão.

O conteúdo compreende: com-petências do auditor; conceitos, fundamentos e princípios de audi-toria; conceitos e fundamentos de Sistemas de Gestão da Segurança; diretrizes e requisitos da norma ABNT NBR ISO 21101:2014; oprocesso de auditoria e seus princi-pais aspectos; técnicas de auditoria. Durante o treinamento será con-duzido processo de auditoria para avaliar uma operação de turismo de aventura.

Os participantes recebem apos-tila com conteúdo teórico e exem-plar das normas ABNTNBR ISO21101:2014 e ABNT NBR ISO19011:2012. Para saber mais, con-tate: [email protected]

Segurança certificada

PublicaçõesA ABNT também disponibiliza

quatro publicações sobre turismo de aventura, que podem ser obtidas por meio do serviço ABNTCatálo-go. Uma delas é o Guia de imple-mentação: Turismo de aventura – Sistema de gestão da segurança (ABNTNBRISO21101),queapre-senta um roteiro com interpreta-ções do texto e ações para o atendi-mento aos requisitos de segurança, além de descrever um método de implementação e oferecer exemplos de ações para aplicação da norma.

Há duas coletâneas eletrôni-cas de normas técnicas: Mergulho Recreativo,com161páginas,con-tendo 10 documentos em formato digital; e Turismo de Aventura, que reúne 22 normas, em 493 páginas.

Outra publicação é o Manual de aplicação: Turismo de Aventura: Sistema de gestão da segurança, que em 121 páginas reúne o conteúdo prático do Guia de uso e aplicação daABNTNBRISO21101:2014-Tu-rismo de Aventura – Sistema de Gestão da Segurança, bem como a própria norma, no conteúdo técnico, que serviu de base para este trabalho.

A ABNT Certificadora tem acreditação do Inmetro para realizar a avaliação da conformidade de Sistema de Gestão da Segurança em Tu-rismo de Aventura. O atendimento aos requisitos mínimos da norma técnica possibilita que uma empresa ofereça aos clientes serviços de qua-lidade, responsáveis e seguros, além de aprimorar a gestão, melhorar seus resultados e obter maior competitividade.

O Procedimento Específico (PE-074) estabelece o processo para con-cessão, manutenção e renovação da certificação para todas as empresas, independentemente do tamanho, que comercializem serviços de Turis-mo de Aventura.

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MDIC recebe ABNT em audiência

A diretoria executiva da ABNT, junta-mente com repre-sentantes do Con-selho Deliberativo e o deputado fede-

ral Sr. Julio Lopes, foram recebidos, em Brasília, para uma audiência com o Ministro da Indústria, Co-mércio Exterior e Serviços (MDIC), Sr. Marcos Antônio Pereira.

O encontro teve como objetivo discutir a importância da partici-pação do Brasil na Normalização internacional, pois nas últimas dé-cadas, houve expressivo aumento do intercâmbio de produtos e ser-viços entre países, o que estimulou o estabelecimento de normas que possam atender às necessidades globais, enaltecendo a importância das normas técnicas internacio-nais, em particular da International Organization for Standardization (ISO) e International Electrotechinal Commission (IEC).

Através da participação na nor-malização internacional e regional, importantes contribuições estão sendo prestadas à economia nacio-nal e à eliminação de barreiras não--tarifárias ao comércio mundial. Para o Brasil ser competitivo no ce-nário internacional, é essencial que algumas normas e práticas brasilei-ras sejam aceitas e incorporadas às normas internacionais e regionais. Estas normas estão, com frequên-cia crescente, sendo integralmente adotadas como normas nacionais pelos países ou estão sendo utili-zadas como base para normas na-cionais e sistemas de certificação e inspeção.

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Semana ISO em Berlim

A Alemanha, por al-guns dias, tornou--se o centro das atenções da nor-malização interna-cional, em um ano

de comemorações importantes: o 70º aniversário da ISO, que realizou

naquele país a sua 40ª Assembleia Geral, e o centenário do anfitrião, o Instituto Alemão de Normalização (Deutsches Institut für Normung – DIN). Foi a Semana ISO em Berlim, que aconteceu no período de 18 a 22 de outubro, tendo como tema “Open minded. Open for change”.

Em todas as atividades os par-ticipantes fizeram valer a proposta de “Mente aberta para mudanças”. O tema, afinal, era um apelo à re-flexão de que é possível apoiar um sistema de normalização mais fle-xível, que responda às necessidades em evolução dos consumidores e demais partes interessadas. Era pre-ciso pensar em novas ferramentas, novos produtos e novos processos.

“Nossa semana de reuniões foi uma oportunidade única para compartilhar ideias e melhores práticas e buscar soluções para al-guns de nossos desafios comuns”, afirmou Zhang Xiaogang, presi-dente da ISO.

A programação foi movimen-tada tanto pela Assembleia Geral, como pelas reuniões do Conselho da ISO (ISO Council), do Comitê de Política para Países em Desenvol-vimento (Committee on Developing Country Matters (DEVCO) e do Co-mitê de Política da ISO (Technical Management Board – TMB) e uma Open Session, além de outras ati-vidades.

O diretor geral da ABNT, Ri-cardo Fragoso, que também atua

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Semana ISO em Berlim

como presidente da Comissão Pan--americana de Normas Técnicas (Copant), fez um discurso de boas--vindas em um dos encontros. A delegação brasileira foi composta

“Nossa semana de reuniões foi

uma oportunidade única para

compartilhar ideias e melhores

práticas e nos reunir para

encontrar soluções para alguns de nossos desafios

comuns”

também pelo vice-presidente do Conselho Deliberativo da ABNT, Mário Willian Esper, e pelo diretor de Relações Externas, Carlos San-tos Amorim Jr.

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Estreitando relacionamento

Com o objetivo de estreitar o re-lacionamento e trocar experiências, a delegação brasileira participou de um jantar com a Saudi Standards, Metrology and Quality Organization (Saso). A entidade foi representada por seu governador (CEO), Saad Othman Al-kasabi, e pelo vice-go-vernador, Abdullah A Al Gahtani.

Acordo internacional

A ABNT e o Instituto Angola-no de Normalização e Qualidade (Ianorq) firmaram um Protocolo de Cooperação em 2016, focado em apoio técnico ao desenvolvimento das infraestruturas de normaliza-ção, troca de informações, capaci-tação e disponibilização de Normas Brasileiras para o desenvolvimento de normas em Angola.

Durante a Assembleia Geral, foi dado mais um grande passo

facilita e agiliza o processo de nor-malização do país.

O Brasil, assim como Angola, faz parte da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), compos-ta por nove membros. É importante que as Normas Brasileiras sejam uti-lizadas como texto-base por outros países de língua portuguesa, pois mostra o reconhecimento do tra-balho desenvolvido pela ABNT, por meio de suas Comissões de Estudo.

E há mais uma novidade, como incentivo para que os países em desenvolvimento a disponibilizem suas normas nacionais online. A ABNT implementará sua platafor-ma digital de venda de normas para que a Ianorq possa oferecer normas angolanas e brasileiras para as em-presas de seu país, levando mais de-senvolvimento e competitividade para a sua economia, além de segu-rança e qualidade para a sociedade.

para a consolidação do compromis-so. Agora, o organismo angolano não só pode acessar as normas da ABNT, como também pode recebê--las no formato editável para uso em seus Comitês Técnicos, o que

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Para seu conhecimentoA ABNT possui em seu acervo

diversas normas técnicas que po-dem apoiar as empresas em práticas sustentáveis. Seja qual for o tipo e tamanho da organização, as normas técnicas são indispensáveis para va-lorização dos negócios e aumento da credibilidade perante os clientes.

Vantagens das práticas sus-tentáveis:• Melhoriadaimagemdaorga-

nização junto aos consumi-dores e comunidade em geral;

• Aumentar a satisfação doscolaboradores. Em função da consciência ambiental, muitas pessoas tem satisfa-ção em trabalhar em organi-zações que apoiam o desen-volvimento sustentável;

• Economia,comreduçãodoscustos de produção. Poden-do ser obtido por exemplo, através da reciclagem, reu-tilização da água, reapro-veitamento de sobras de matéria-prima e medidas de economia de energia elétrica;

• Valorização econômica dasempresas. Cada vez mais, investidores tem procura-do dar mais atenção para a compra de ações de empre-sas sustentáveis socialmente e ambientalmente;

• Melhoria nas condições am-bientais da comunidade que está no entorno da organização;

• Redução de efeitos nega-tivos, tais como: multas contratuais e legais; lucros cessantes; retrabalho e a des-continuidade de projetos.

Normalização e sustentabi-lidade são conceitos que cami-nham juntos. Exemplos de nor-mas:

ABNT NBR ISO 10987:2015 –Máquinas rodoviárias – Susten-tabilidade – Terminologia, fatores de sustentabilidade e relatório;

ISO 13065:2015 (Norma tra-duzida) – Critérios de sustentabili-dade em bioenergia;

ABNT NBR ISO 14001:2015 –Sistemasdegestãoambiental–Re-quisitos com orientações para uso;

ABNT NBR ISO 14046:2017 – Gestão ambiental – Pegada hídrica – Princípios, requisitos e diretrizes;

ABNT ISO/TR 14047:2016 – Gestão ambiental – Avaliação do ci-clo de vida – Exemplos ilustrativos decomoaplicaraABNTNBRISO14044 a situações de avaliação de impacto;

ABNT NBR ISO 14031:2015 – Gestão ambiental – Avaliação de de-sempenho ambiental – Diretrizes;

ABNT NBR ISO 14045:2014 –

Gestão ambiental – Avaliação da ecoeficiência de sistemas de produ-to – Princípios, requisitos e orienta-ções;

ABNT NBR 14789:2012 – Manejo florestal sustentável –Princípios, critérios e indicadores para plantações florestais;

ABNT NBR 15401:2014 – Meiosdehospedagem–Sistemadegestãodasustentabilidade–Requi-sitos;

ABNT NBR 16189:2013 – Di-retrizes para a implantação de um sistema de gestão integrado em or-ganizações do setor aeroespacial;

ABNT NBR 16296:2014 – Couro – Princípios, critérios e indicadores para produção sus-tentável;

ABNT NBR 16534:2016 – Meiosdehospedagem– Indicado-res para o sistema de gestão da sus-tentabilidade;

ABNT NBR ISO 20121:2012 – Sistemas de gestão para sustentabi-lidadedeeventos–Requisitoscomorientações de uso;

ABNT NBR ISO 26000:2010 – Diretrizes sobre responsabilidade social;

ABNT NBR ISO 37120:2017 – Desenvolvimento sustentável de comunidades–Indicadoresparaser-viços urbanos e qualidade de vida.

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Pergunte à ABNT

escalada, playgrounds, platafor-mas multifuncionais, “brinquedão” (kid play) e redes espaciais.

Iremos implementar piso tátil para orientação de deficientes vi-suais na empresa e gostaríamos de saber qual norma técnica apli-cada para esse tipo de piso.

Cristiane Shinohara Moriguchi De Castro – Electrolux do Brasil SA – Curitiba – PR

A ABNT responde: Para piso tátil temos a seguinte norma:

ABNT NBR 16537:2016 Ver-são Corrigida: 2016 – Acessibi-lidade – Sinalização tátil no piso – Diretrizes para elaboração de projetos e instalação.

Esta Norma estabelece crité-rios e parâmetros técnicos obser-vados para a elaboração do proje-to e instalação de sinalização tátil no piso, seja para construção ou adaptação de edificações, espa-ços e equipamentos urbanos às condições de acessibilidade para a pessoa com deficiência visual ou surdo-cegueira.

Preciso saber se há algu-ma norma onde informa a distância mínima da cons-trução de um prédio em relação a um tanque de combustível e os equipa-mentos ligados ao mesmo.

Vinicyus Silva – Wiz Soluções e Cor-retagem de Seguros SA – Brasília – DF

A ABNT responde: Para ar-mazenamento de líquidos infla-máveis e combustíveis temos a seguinte norma:

ABNT NBR 17505-2:2015 – Armazenamento de líquidos inflamáveis e combustíveis – Parte 2: Armazenamento em tanques, em vasos e em reci-pientes portáteis com capaci-dade superior a 3 000 L.

Esta Parte da ABNT NBR 17505 especifica os requisitos exigíveis para: armazenamento de líquidos combustíveis e infla-máveis, como definidos na ABNT NBR 17505-1:2013, 3.62 e 3.65 e na Seção 4, em tanques estacio-nários com capacidade superior a 230 L e em tanques subterrâneos

Gostaria de saber qual a norma da ABNT que trata sobre a manutenção em playgrounds.

Renata Silva – Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial – Senac –

Campos do Jordão – SP

A ABNT responde: Para ma-

nutenção em playgrounds temos

a seguinte norma:

ABNT NBR 16071-7:2012 Versão Corrigida:2012 – Play-grounds – Parte 7: Inspeção, manutenção e utilização.

Esta Parte da ABNT NBR

16071 contém os requisitos para

inspeção, manutenção e utiliza-

ção dos equipamentos de play-

ground. Aplica-se aos equipamentos

para uso em escolas, creches,

áreas de lazer públicas (praças,

parques e áreas verdes), restau-

rantes, buffets infantis, shopping

centers, condomínios, hotéis e

outros espaços coletivos simila-

res: balanços, escorregadores,

gangorras, carrosséis, paredes de

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fixos; armazenamento de líquidos inflamáveis e combustíveis em tan-ques portáteis, cujas capacidades sejam superiores a 2 500 L; arma-zenamento de líquidos inflamáveis e combustíveis em recipientes intermediários para granel (IBC), cujas capacidades sejam superio-res a 3 000 L; o projeto, a instala-ção, os ensaios, a operação e a manutenção dos tanques de su-perfície, subterrâneos, instalados no interior de edificações, portáteis e dos recipientes para granéis.

Irei iniciar um pequeno negócio na área de turis-mo de aventura e gostaria de saber qual é a norma da ABNT que trata sobre gestão de segurança para essa atividade.

Shantala Cordeiro Torres – Blue-birdsbr Turismo Sustentável e Solu-

ções Ambientais Ltda. – ME – Saqua-rema – RJ

A ABNT responde: Para ges-tão da segurança em turismo de aventura temos a seguinte norma:

ABNT NBR ISO 21101:2014 – Turismo de aventura – Siste-mas de gestão da segurança – Requisitos.

Esta Norma estabelece os re-quisitos de um sistema de gestão da segurança para prestadores de serviços de atividades de turis-mo de aventura.

Um prestador pode utilizar esta Norma para o seguinte: melhorar o desempenho de segurança; aten-der às expectativas de segurança para o participante e a equipe de

trabalho; demonstrar a prática se-gura; apoiar a conformidade com os requisitos legais aplicáveis.

Esta Norma pode ser utilizada por todos os tipos e tamanhos de prestadores que operam em di-ferentes ambientes geográficos, culturais e sociais.

Gostaria de saber qual é a norma da ABNT que especi-fica sobre os cones utiliza-dos na sinalização viária.

Thuane Mendes – Alfamec Com. de Equipamentos para Saneamento Ambiental Ltda. – Santo André – SP

A ABNT responde: Para co-nes de sinalização viária temos a seguinte norma:

ABNT NBR 15071:2015 Ver-são Corrigida:2015 – Seguran-ça no tráfego – Cones para si-nalização viária.

Esta Norma especifica os re-quisitos mínimos exigíveis para o recebimento de cones para sinali-zação viária, dispositivo de contro-le de tráfego auxiliar a sinalização, de uso temporário, utilizado para canalizar e direcionar o tráfego e delimitar áreas de manutenção de curta duração.

Estamos iniciando o tra-balho de fabricação de so-fás e gostaríamos de sa-ber qual a norma técnica para este produto.

Carlos Santos – 2000 Indústria e Comércio de Móveis e Estofados Ltda.

– Ipupiara – BA

A ABNT responde: Para sofá temos a seguinte norma:

ABNT NBR 15164:2004 – Mó-veis estofados – Sofás.

Esta Norma especifica as ca-raterísticas físico-mecânicas de materiais para sofás, bem como estabelece os métodos para deter-minação de estabilidade, resistên-cia e durabilidade, independente-mente de seu desenho, materiais utilizados e processo de fabricação.

Não se aplica a sofás-cama, divãs, chaiselongues, pufes, reca-miers, cadeiras de aproximação e cadeiras estofadas reclináveis.

Informamos ainda que para ig-nitabilidade (medida da facilidade com que o elemento ou compo-nente pode queimar com ou sem chama) em sofá temos a norma ABNT NBR 16405:2015 – Sofás, poltronas e assentos estofados – Avaliação das características de ignitabilidade – Classifica-ção e métodos de ensaio.

O objetivo desta Norma é avaliar a ignitabilidade de sofás, poltronas e assentos estofados, considerando peças completas e protótipos com montagem pa-dronizada que incluam os com-ponentes de estofamento e re-vestimento. Esta Norma descreve os procedimentos e o método de avaliação da ignitabilidade do mo-biliário estofado quando exposto, de maneira intencional ou aciden-tal, à brasa de cigarro sem chama ou a fontes de ignição com chama, que representam desde um fósfo-ro aceso até a chama, equivalente a quatro folhas dobradas de jornal.

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ABNT recebe secretário-geral da ISO

A Diretoria Execu-tiva e o Conselho Deliberativo da ABNT receberam no final de outu-bro, em São Paulo,

o secretário-geral da International Organization for Standardization (ISO), Sergio Mujica. Em sua pri-meira visita oficial ao Brasil, o secretário-geral participou de reu-niões em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, com a finalidade de dis-cutir atividades de Normalização e estreitar relacionamento com ou-tras entidades.

Durante os últimos sete anos, Sergio Mujica foi secretário-geral ad-junto da Organização Mundial das Alfândegas (OMA). Antes, por 15 anos, trabalhou para o Governo do Chile, junto do Ministério da Agri-cultura, do Ministério da Economia

e também como diretor-geral da Au-toridade Nacional das Alfândegas.

Em breve apresentação sobre a ISO, Mujica relatou que atualmen-te 162 membros compõem a Orga-nização e influenciam o desenvol-vimento e a estratégia das normas internacionais, participando e vo-tando nas reuniões técnicas e polí-

ticas. A participação de um repre-sentante da América Latina na alta direção da ISO, segundo Mujica, mostra a importância da região e sua grande atuação na normaliza-ção internacional. Ele acredita que esse reconhecimento facilitará o entendimento das necessidades dos países em desenvolvimento.

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b t o b Nov/Dez 2017 | boletim ABNT • 33

Fiesp

Aproveitando a oportunidade da visita do secretário-geral da ISO no Brasil, o vice-presidente, Sr. José Ricardo Roriz Coelho e o gerente do Departamento da Indústria da Construção (De-concic), Filemon Lima, da Fiesp, receberam a ABNT e o secretário--geral para uma reunião. O ob-jetivo do encontro foi discutir a importância da participação da Indústria no processo de elabo-ração das normas, pedindo apoio à Fiesp para essa mobilização, e a participação brasileira na Norma-lização Internacional.

O vice-presidente da Fiesp é um grande parceiro e apoia a ABNT e sua diretoria nessa grande missão da disseminação da Normalização.

Inmetro O presidente do Inmetro, Sr.

Carlos Augusto de Azevedo, rece-beu a diretoria executiva da ABNT e o secretário-geral da ISO, para

uma reunião, realizada no Rio de Janeiro, cujo obejtivo foi discutir sobre a importância da normaliza-ção em todos os setores e as ativi-dades em andamento.

O Inmetro é responsável pelo Comitê Brasileiro de Norma-lização (CBN), órgão assessor do Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Indus-trial (Conmetro), que tem como funções a proposição, orientação e sistematização de diretrizes e po-líticas referentes à normalização brasileira, mediante um processo institucionalizado e participativo, envolvendo os vários segmentos públicos e privados da sociedade brasileira.

Secretário-geral da ISO visita Brasília

Em seu último dia no Brasil, o secretário-geral da ISO, Sergio Mu-jica, acompanhado pelo vice-presi-

dente da ABNT, Sr. Mário William Esper e a diretoria executiva da ABNT, representada por Ricardo Fragoso, diretor geral e Carlos San-tos Amorim Jr., diretor de relações externas foram recepcionados em Brasília, pelos deputados Sr. Júlio Lopes e Sr. Lelo Coimbra para um café da manhã.

Sebrae

Em reunião realizada com o Serviço Brasileiro de Apoio às Mi-cro e Pequenas Empresas (Sebrae), as discussões foram a respeito de como envolver cada vez mais os Pequenos Negócios na normaliza-ção, mostrando os benefícios que as normas técnicas trazem a cada um deles. Os Pequenos Negócios precisam seguir estas normas tan-to para estar amparadas legalmen-te quanto para se tornarem mais competitivas no mercado.

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Itamaraty

Na visita ao Itamaraty, foram recepcionados pelo Embaixador Carlos Márcio Cozendey, subsecre-tário-geral de Assuntos Econômicos e Financeiros e pela Conselheira, chefe de gabinete do Embaixador, Ivana Gurgel. Em reunião, a im-portância da participação do Brasil nos Organismos de Normalização internacionais foi discutida, uma vez que essa participação contribui significativamente na economia na-cional e na eliminação de barreiras não-tarifárias ao comércio mundial.

Discurso no Plenário

Em Sessão Plenária realizada na tarde do dia 25 de outubro, na Câmara dos Deputados, o deputa-do Sr. Julio Lopes, mencionou em seu discurso que teve a honra de tomar um café da manhã com o se-cretário-geral da ISO, que é a maior organização mundial de qualidade.

“Sr. Presidente, Sras. e Srs. Depu-tados, venho à tribuna, uma vez que hoje os companheiros da Oposição, tão loquazes e tão permanentes aqui, dão uma folga à tribuna, de forma que vou utilizá-la para dar algumas boas notí-cias, dizer que nós estamos avançando.

Há pouco, eu estava dizendo que nós estamos avançando com a política

de identificação civil nacional, e isso é um ganho enorme para a República sob o ponto de vista de gestão, porque nos permitirá saber exatamente quan-tos nós somos no Brasil, onde estamos, e passarmos a dar às políticas públi-cas qualificação.

Hoje, pela manhã, tive a honra de tomar um café da manhã com o chileno que é hoje o Secretário-Geral do ISO, que é a maior organização mundial de qualidades.

O Brasil precisa implementar a qualidade no discurso da coisa públi-ca, precisa colocar a qualidade como uma prioridade nacional. E a presen-ça no Brasil dessa autoridade, que é a maior autoridade de qualidade do mundo, é uma satisfação e uma ale-gria. E, tenho certeza, daqui adiante nós poderemos tratar desse tema da qualidade com maior profundidade

Tenho sempre feito um trabalho no sentido de que o controle brasileiro de produtividade e de qualidade, hoje no Ministério das Cidades, passe defi-nitivamente ao INMETRO, que é a instituição brasileira mais qualificada para tratar dos temas de certificação, normatização e qualificação da produ-tividade no Brasil.

Acho importante que nós tratemos desse tema com profundidade, trans-formando aquela instituição numa agência e dando celeridade às trans-formações que o Brasil precisa».

É válido ressaltar que a ABNT é a ISO no Brasil, único Foro Nacio-nal de Normalização responsável pela elaboração, compilação e orga-nização das Normas Técnicas bra-sileiras. As Normas técnicas são ne-cessárias para melhorar a qualidade e segurança de produtos e serviços oferecidos à sociedade, tornando--os assim confiáveis.

“O Brasil precisa implementar a qualidade

no discurso da coisa pública,

precisa colocar a qualidade como uma prioridade

nacional”

Page 35: boletim ABNT, v. 14, n. 160, Nov/Dez 2017 · um choque na rotina em meio à natureza, praticando arvorismo, espeleoturismo, cachoeiris- mo ou qualquer outra atividade que imponha

www.abnt.org.br Nov/Dez 2017 | boletim ABNT • 35

Curtas da Normalização

ABNT/DE PUBLICAÇÕESFoi publicada a norma traduzida IEC 60364-8-1 - Instalações elétricas de baixa tensão – Parte 8-1: Eficiência energética.Esta Parte da IEC 60364-8-1 fornece requisitos adicionais, medidas e recomendações para o projeto, execução e ve-rificação de todos os tipos de instalações elétricas de bai-xa tensão, incluindo a geração local e armazenamento de energia para otimizar o uso global eficiente de eletricidade.ABNT/CB-015 - Comitê Brasileiro do Mobiliário.

O PROJETO ABNT NBR 16671Móveis Escolares – Cadeiras escolares com superfície de trabalho acoplada – Dimensões, requisitos e métodos de ensaio foi aprovado pela Comissão de Estudo para circular em Consulta Nacional.

ABNT/CB-024 COMITÊ BRASILEIRO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIOFoi publicada em novembro, a ABNT NBR 16626:2017 - Classificação da reação ao fogo de produtos de construção.

G7 RECONHECE QUE AS NORMAS SÃO FERRAMENTAS PARA O PROGRESSONa última reunião do G7, realizada em Turim, em setembro, os Ministros das Ciência, Tecnologia, Inovação e da Indústria destacaram que as normas são um meio para promover o crescimento econô-mico, inovação, produtividade e competitividade, in-teroperabilidade, confiança e segurança no uso das Tecnologias de Informação e Comunicação. Além disso, disseram que os governos devem promover um ambiente inclusivo para o desenvolvimento de normas, para que as soluções técnicas reflitam as prioridades de todas as partes interessadas, in-cluindo os Pequenos Negócios e os consumidores.Sergio Mujica, secretário geral da ISO, congratu-lou-se com a declaração, dizendo que as normas são essenciais para acompanhar o nosso mundo que está em constante mudança. “As normas são orientadas pelas necessidades do mercado e for-necem uma linguagem comum pela qual as pes-soas em todos os lugares podem se entender. Isso cria uma forte plataforma de inovação, conectivida-de e crescimento econômico.”Confira a matéria completa no site da ISSO (www.iso.org).

ABNT/CB-039 COMITÊ BRASILEIRO DE IMPLEMENTOS RODOVIÁRIOSFoi publicada em novembro, a ABNT NBR 13334:2017 - Contentores metálicos 0,8 m3 a 1,6 m3 para coleta de resí-duos sólidos por coletores-compactadores de carregamen-to traseiro - Requisitos para fabricação e utilização.

ABNT/CB-040 - COMITÊ BRASILEIRO DE ACESSIBILIDADE A Emenda da ABNT NBR 9050 - Acessibilidade a edifica-ções, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos está em Consulta Nacional até 20.12.2017.

DIRETORA DO INSTITUTO DE NORMALIZAÇÃO DO PARAGUAI VISITA A ABNT

A diretoria executiva da ABNT recebeu, em São Paulo, a diretora da Unidade Técnica de Cooperação e Relações Interinstitucionais (UTCO), do Instituto Nacional de Tecno-logia y Normalización (INTN) do Paraguai, Lira Giménez, juntamente com Adriana Rigat, secretária executiva da As-sociação Mercosul de Normalização (AMN). O objetivo da visita foi avaliar possibilidades de cooperação para o desen-volvimento da normalização no Paraguai e outras linhas de intercâmbio entre ambas as Organizações.Participaram desta reunião (da esquerda para a direita): a analista de relações internacionais da ABNT, Thalita Albu-querque; Adriana Rigat, secretária executiva da Associação Mercosul de Normalização (AMN); o diretor-geral da ABNT, Ricardo Fragoso; a diretora da UTCO (INTN), Lira Giménez; o diretor de relações externas da ABNT, Carlos Amorim e a gerente de Comunicação e Eventos da ABNT, Laila Pieroni.

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Curtas da Normalização

ABNT/CEE-236 - COMISSÃO DE ESTUDO ESPECIAL DE TUBOS E MANGUEIRAS PARA SISTEMAS DE ARMAZENAMENTO DE LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS E COMBUSTÍVEISRealizada, em outubro, a instalação da Comis-são de Estudo Especial de Tubos e Mangueiras para sistemas de armazenamento de líquidos inflamáveis e combustíveis. (ABNT/CEE-236).

PODA

A arborização é um dos itens mais impor-tantes dentro da urbanização das cidades. As árvores contribuem para um meio am-biente com melhor qualidade do ar e um

ABNT/CB-177 - COMITÊ BRASILEIRO DE SANEAMENTO BÁSICOPublicada em novembro, a ABNT NBR 12215-1:2017 - Pro-jeto de adutora de água - Parte 1: Conduto forçado.

ABNT/CB-179 - COMITÊ BRASILEIRO DE CERÂMICA VERMELHAA ABNT NBR 15270 (Partes 1 e 2) - Componentes cerâmi-cos - Blocos e tijolos para alvenaria está em processo de publicação.

ABNT/CB-189 - PLACAS CERÂMICAS PARA REVESTIMENTOPublicada em novembro, a ABNT NBR 13755 - Revestimen-tos cerâmicos de fachadas e paredes externas com utiliza-ção de argamassa colante – Projeto, execução, inspeção e aceitação – Procedimento.

ABNT/CEE-220 - ELABORAÇÃO DE PROJETOS PARA DISPOSIÇÃO DE REJEITOS E ESTÉREIS EM MINERAÇÃOPublicada em novembro, a ABNT NBR 13028 - Mineração – Elaboração e apresentação de projeto de barragens para disposição de rejeitos, contenção de sedimentos e reserva-ção de água – Requisitos.

ABNT RECEBE VISITA DA CÔNSUL COMERCIAL DOS EUAA diretoria executiva da ABNT recebeu, no escritório de São Paulo, a visita da cônsul comercial dos Estados Uni-dos no Brasil, Sarah Cook.O objetivo da visita foi para estreitar relacionamento e dis-cutir sobre os trabalhos em andamento feitos em conjun-to, convergência regulatória e como facilitar o comércio entre os países.

solo com maior permeabilidade, entre ou-tras vantagens. Mas os cuidados com as árvores, arbustos e plantas lenhosas são essenciais para garantir que tenham um desenvolvimento saudável. Há uma norma técnica sobre o assunto: é a ABNT NBR 16246-1:2013 – Florestas urbanas – Ma-nejo de árvores, arbustos e outras plan-tas lenhosas – Parte 1: Poda.Esta parte da ABNT NBR 16246 estabe-lece os procedimentos para a poda de ár-vores, arbustos e outras plantas lenhosas em áreas urbanas, em conformidade com a legislação aplicável. Pode ser utilizada como orientação para que profissionais da administração públi-

ca municipal, estadual e federal, assim como presta-dores de serviço particulares, proprietários de imóveis, concessionárias de serviços públicos e outros, elabo-rem suas especificações de trabalho.

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www.abnt.org.br Nov/Dez 2017 | boletim ABNT • 37

Demandas de normalização

A Gerência de Planejamento e Projetos (GPP), da Diretoria Técnica da ABNT, responsável pela gestão das demandas de normalização, recebeu da sociedade brasileira, em se-tembro e outubro de 2017, diversas demandas por novas

normas e atualizações de normas existentes, e também os pedidos de criação da ABNT/CEE-307 – Comissão de Es-tudo Especial de Blockchain e tecnologias de registro distribuídas e da ABNT/CEE-237 – Desenho Técnico.

DESTAQUESTEMA ESTRUTURA

Desenho TécnicoCriação

ABNT/CEE-237

Blockchain e tecnologias de registro distribuídas ABNT/CEE-307

Comissão de Estudo de Seringas e Agulhas

Reativação

CE-026:04.001

Comissão de Estudo de Painéis de Fibra de Madeira CE-031:000.007

Comissão de Estudo de Painéis de Partículas de Madeira CE-031:000.018

Comissão de Estudo Especial de Cimento Matérias Primas e Adições CE-018:100.001

NOVO ITEM DE TRABALHO (NIT)

NOVO ITEM DE TRABALHO CÓDIGO

Ferramentas manuais – Chave-canhão – Dimensões e ensaio de torçãoTEXTO-BASE 060:000.001-060 (BASEADO DIN3125:2008)

Ferramentas para montagem de porcas e parafusos – Chaves fixas, chaves estrela e chaves combinadas – Largura máxima das cabeças

TEXTO-BASE 060:000.001-064 (ISO 3318)

Buchas de redução com acionamento com cones de fixação 7/24 externo e interno – Dimensões

TEXTO-BASE 060:000.002-114 (ISO 3936)

Máquinas agrícolas – Segurança – Parte 10: Espalhadores e ancinhos enleiradores rotativos

TEXTO-BASE 203:007.001-001 (ISO 4254-10)

Máquinas agrícolas e florestais – Requisitos de segurança e ensaios para roçadeiras e aparadores de grama motorizados portáteis, manuais – Parte 1: Máquinas equipadas com motor de combustão interna integrado

TEXTO-BASE 203:017.001-014/1 (ISO 11806)

Sistemas de tubulações de plástico – Tubos de polietileno (PE) para irrigação – Es-pecificações

TEXTO-BASE 203:018.001-009 (ISO 8779)

Interface modular cônica com sistema de travamento por esfera – Parte 1: Dimensões e designação das hastes

TEXTO-BASE 060:000.002-115/1 (ISO 26622-1)

Interface modular cônica com sistema de travamento por esfera – Parte 2: Dimensões e designação dos receptores

TEXTO-BASE 060:000.002-115/2 (ISO 26622-2)

Máquinas agrícolas e florestais – Requisitos de segurança e ensaios para roçadeiras e aparadores de grama motorizados portáteis, manuais – Parte 2: Máquinas para uso com unidade motorizada costal (mochila)

TEXTO-BASE 203:017.001-014/2 (ISO 11806-2)

Recipientes para resíduos de serviços de saúde perfurantes ou cortantes – Requisi-tos e métodos de ensaio – Parte 2: coletores reutilizáveis

TEXTO-BASE 129:000.000-002/2

Telhas fibroasfálticas corrugadas - Parte 1: Requisitos de desempenho TEXTO-BASE 235:000.000-001

Máquinas florestais e de jardinagem – Código de ensaio de vibração para máquinas manuais portáteis com motor de combustão interna – Vibração nas alças

TEXTO-BASE 203:017.001-010

Equipamentos para colheita – Lâminas para roçadeiras rotativas agrícolas – Requisitos TEXTO-BASE 203:007.001-011

Foram divulgadas à sociedade, pelo sistema NIT, propostas para início de estudo de 13 Novos Itens de trabalho. Dez

pessoas manifestaram interesse em participar de Comissões de Estudo para elaboração das propostas, conforme a seguir:

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Nome Categoria/Associado

FACULDADES CATOLICAS (PUC-RIO) COLETIVO MANTENEDOR

DAOMING BRASIL TECIDOS E FILMES REFLETIVOS LTDA. COLETIVO CONTR. - B

A. R. DE B. GUERREIRO – ME COL. CONTR.M.EMP.

ARBIO MERCANTIL SERVIÇOS E LOGÍSTICA EIRELI COL. CONTR.M.EMP.

BLEAO INFORMATICA EM SAÚDE COL. CONTR.M.EMP.

C. DELL’ARMELINA – SOCIEDADE INDIVIDUAL DE ADVOCACIA COL. CONTR.M.EMP.

CAÇA VAZAMENTOS SERVIÇOS E COMÉRCIO DE PRODUTOS HIDRÁULICOS LTDA.

COL. CONTR.M.EMP.

D. PIMENTA FERREIRA CONSULTORIA E ASSESSORIA EM SAUDE EIRELI COL. CONTR.M.EMP.

JOÃO RODRIGUES NETO 39364608844 COL. CONTR.M.EMP.

L. M. DE O. BARROS INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE EQUIPAMENTOS – ME COL. CONTR.M.EMP.

RAPS TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO LTDA. COL. CONTR.M.EMP.

REEFERTECH LOCAÇÃO E MANUTENÇÃO LTDA. COL. CONTR.M.EMP.

SOUZA FILHO IMPERMEABILIZANTES LTDA. – ME COL. CONTR.M.EMP.

TECNOSUD INSTALACAO DE MAQUINAS E EQUIPAMENTOS INDUSTRIAIS LTDA. COL. CONTR.M.EMP.

ADLER GOMES MOURA INDIVIDUAL

CASSIANO DA SILVA SIMPLICIO INDIVIDUAL

HELIO GUEDES DE OLIVEIRA INDIVIDUAL

KATIUSKA PRISCILA GALINDO LOPES INDIVIDUAL

LUIZ CARLOS DO NASCIMENTO INDIVIDUAL

RENATO PEREIRA DE ANDRADE INDIVIDUAL

RINALDO DE AZEVEDO LIMA INDIVIDUAL

CAIO HENRIQUE ALBERCONI INDIVIDUAL ESTUDANTE

Novos Sócios ....................................................................

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