6
ANO 3 | Nº 3 | ABRIL 2011 Notas & Informações TRIBUTÁRIO | CARF sinaliza conceito de insumos para fins de tomada de créditos de PIS e COFINS [ ] + Os créditos de PIS e COFINS a que as empresas possuem direito sempre geraram controvér- sias entre governo e contribuinte. De fato, desde 2003, há disputa em torno de saber o que pode ser considerado "insumo" para fins de apropriação do crédito das contribuições. SOCIETÁRIO | Revisão e atualização de Enunciados da Junta Comercial do Estado de São Paulo (JUCESP) [ ] + No dia 16 de fevereiro de 2011 foi publicada a Portaria Jucesp n° 05/2011, que institui uma Comissão composta de membros de unidades da JUCESP para identificar e propor medidas necessárias à revisão e eventual atualização dos Enunciados da JUCESP. TRIBUTÁRIO | Alteração da alíquota de IOF em operações de empréstimo externo No dia 29 de março de 2011, foi publicado o Decreto nº 7.456/2011, que modifica o regime de tributação do Imposto sobre Operações Financeiras - IOF - incidente na liquidação de operações de câmbio contratadas a partir de 29 de março de 2011 para ingresso de recursos no país decorrentes de empréstimos externos, inclusive as denominadas operações simultâneas. [ ] + Se preferir, acesse a versão digital com a íntegra dos conteúdos deste boletim Colaboraram neste número: Camila Araújo, José Antônio Salvador Martho, Lira Renardini Padovan, Enrico Estefan Mannino, Carolina Jakobowicz Gora, Juliana Tiemi Hashimoto e Gabriel de Ulhôa Canto Gebara. IMOBILIÁRIO/SOCIETÁRIO | Últimas providências da AGU – Restrições à aquisição de imóveis rurais por estrangeiros no Brasil [ ] + Conforme informado em nosso Boletim Ano 2, nº 5, de agosto de 2010, naquele mês fora publicado o parecer da Advocacia Geral da União (AGU) nº LA-01 com nova interpretação a cerca da recepção pela Constituição Federal de 1988 do parágrafo 1º do artigo 1º da Lei nº 5.709/1971.

Boletim Araújo e Policastro Advogados | Ano 3 - nº3 - abril/2011

Embed Size (px)

DESCRIPTION

TRIBUTÁRIO | CARF sinaliza conceito de insumos para fins de tomada de créditos de PIS e COFINS IMOBILIÁRIO/SOCIETÁRIO | Últimas providências da AGU – Restrições à aquisição de imóveis rurais por estrangeiros no Brasil SOCIETÁRIO | Revisão e atualização de Enunciados da Junta Comercial do Estado de São Paulo (JUCESP) TRIBUTÁRIO | Alteração da alíquota de IOF em operações de empréstimo externo

Citation preview

Page 1: Boletim Araújo e Policastro Advogados | Ano 3 - nº3 - abril/2011

ANO 3 | Nº 3 | ABRIL 2011

Notas & Informações

TRIBUTÁRIO | CARF sinaliza conceito de insumos para fins de tomada de créditos de PIS e COFINS

[ ]+

Os créditos de PIS e COFINS a que as empresas possuem direito sempre geraram controvér-sias entre governo e contribuinte. De fato, desde 2003, há disputa em torno de saber o que pode ser considerado "insumo" para fins de apropriação do crédito das contribuições.

SOCIETÁRIO | Revisão e atualização de Enunciados da Junta Comercial do Estado de São Paulo (JUCESP)

[ ]+

No dia 16 de fevereiro de 2011 foi publicada a Portaria Jucesp n° 05/2011, que institui uma Comissão composta de membros de unidades da JUCESP para identificar e propor medidas necessárias à revisão e eventual atualização dos Enunciados da JUCESP.

TRIBUTÁRIO | Alteração da alíquota de IOF em operações de empréstimo externo

No dia 29 de março de 2011, foi publicado o Decreto nº 7.456/2011, que modifica o regime de tributação do Imposto sobre Operações Financeiras - IOF - incidente na liquidação de operações de câmbio contratadas a partir de 29 de março de 2011 para ingresso de recursos no país decorrentes de empréstimos externos, inclusive as denominadas operações simultâneas.

[ ]+

Se preferir, acesse a versão digital com a íntegra dos conteúdos deste boletim

Colaboraram neste número: Camila Araújo, José Antônio Salvador Martho, Lira Renardini Padovan, Enrico Estefan Mannino, Carolina Jakobowicz Gora, Juliana Tiemi Hashimoto e Gabriel de Ulhôa Canto Gebara.

IMOBILIÁRIO/SOCIETÁRIO | Últimas providências da AGU – Restrições à aquisição de imóveis rurais por estrangeiros no Brasil

[ ]+

Conforme informado em nosso Boletim Ano 2, nº 5, de agosto de 2010, naquele mês fora publicado o parecer da Advocacia Geral da União (AGU) nº LA-01 com nova interpretação a cerca da recepção pela Constituição Federal de 1988 do parágrafo 1º do artigo 1º da Lei nº 5.709/1971.

Page 2: Boletim Araújo e Policastro Advogados | Ano 3 - nº3 - abril/2011

ANO 3 | Nº 3 | ABRIL 2011

Nota

CARF sinaliza conceito de insumos para fins de tomada de créditos de PIS e COFINS

Os créditos de PIS e COFINS a que as empresas (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais), possuem direito sempre geraram controvérsi- decidiu-se que o conceito de insumos para PIS as entre governo e contribuinte. e COFINS não pode ser idêntico ao do IPI,

alargando-se, assim, a abrangência do termo De fato, desde 2003, há disputa em torno de "insumos" de modo a contemplar todos os saber o que pode ser considerado "insumo" dispêndios necessários ao processo produtivo para fins de apropriação do crédito das do contribuinte. contribuições.

Portanto, as empresas que, resignadas, A Receita Federal, por meio das Instruções vinham conservadoramente apurando seus Normativas nº 358/03 e 404/04, entende até créditos segundo a Receita, poderão repensar hoje que, para a aquisição de créditos de PIS e essa postura, a partir da nova jurisprudência COFINS, o conceito de insumo deve ser o que parece se construir no CARFmesmo adotado para o IPI, de modo a admitir como geradoras de crédito apenas as despesas com matérias-primas, materiais de embala-gem e produtos intermediários que se incorpo-rem ao produto final ou, pelo menos, desgas-tem-se pelo contato físico com o produto em fabricação.

Ou seja, as empresas só abatiam PIS e COFINS daquelas matérias-primas que tinham contato direto com o produto final. Outros gastos que também são importantes no processo produti-vo, como treinamento dos funcionários da fábrica ou a remoção de resíduos, por exem-plo, não eram considerados despesas que poderiam receber créditos desses tributos.

No entanto, em recente julgamento do CARF

Este conteúdo está disponível em nosso website:

www.araujopolicastro.com.br

As informações prestadas por este boletim não se confundem nem

podem ser interpretadas como consultoria, serviços legais ou

profissionais. Os conteúdos deste informativo não consideram futuras

alterações na Legislação ou Jurisprudência dos Tribunais. É proibida a

reprodução, distribuição, publicação ou divulgação das informações e

artigos deste boletim sem a autorização prévia, por escrito, de Araújo

e Policastro.Advogados.

Elaborador por:

Enrico Estefan [email protected]

Page 3: Boletim Araújo e Policastro Advogados | Ano 3 - nº3 - abril/2011

ANO 3 | Nº 3 | ABRIL 2011

Nota

Últimas providências da AGU – Restrições à aquisição de imóveis rurais por estrangeiros no Brasil

Conforme informado em nosso Boletim Ano para aquisição de imóveis rurais por pessoas

2 , n º 5 , d e a g o s t o d e 2 0 1 0 físicas ou jurídicas estrangeiras às pessoas

[http://www.araujopolicastro.com.br/boleti jurídicas brasileiras cuja maioria do capital

maep/News_Ano2_N5_Ago2010.html], social pertença a pessoas físicas ou jurídicas

naquele mês fora publicado o parecer da estrangeiras.

Advocacia Geral da União (AGU) nº LA-01 A primeira providência para garantir o com nova interpretação acerca da recepção cumprimento da lei, à época, foi determinar pela Constituição Federal de 1988 do que os Cartórios de Registros de Imóveis parágrafo 1º do artigo 1º da Lei n.º estavam obrigados a registrar a aquisição 5.709/1971. desses imóveis, após autorização prévia dos

O artigo 1º da Lei nº 5.709/1971 restringe a órgãos competentes, em livros especiais e

aquisição de imóveis rurais no Brasil por comunicar trimestralmente à Corregedoria

pessoas físicas ou jurídicas estrangeiras. O de Justiça dos Estados e ao Ministério do

parágrafo primeiro do referido artigo Desenvolvimento Agrário as aquisições

equipara as empresas brasileiras cuja maioria ocorridas.

do capital social pertença, a qualquer título, Passados alguns meses, em 15 de março de a pessoa física ou jurídica estrangeira às 2011, preocupada com possíveis "manobras pessoas jurídicas estrangeiras, trazendo para comerciais" para a aquisição indireta de estas empresas as mesmas restrições impos-propriedade rural em descumprimento da tas à aquisição de imóveis rurais no Brasil por Lei nº 5.709/1971, novas providências estrangeiros. foram tomadas pela AGU. Esta encaminhou

Ao longo dos anos questionou-se a recepção avisos ao Ministério de Estado Fazenda e ao

do parágrafo 1º do artigo 1º da Lei nº Ministério do Desenvolvimento, Indústria e

5.709/1971 pela Constituição Federal de Comércio Exterior, solicitando que estudem

1 9 8 8 e p o s t e r i o r e s E m e n d a s e adotem providências para que seja dado

Constitucionais. fiel cumprimento à Lei nº 5.709/1971,

conforme segue:Embora tenha se manifestado contrariamen- te em 1994 e em 1998, em agosto do ano i) aviso nº 110/AGU, enviado ao Ministério

passado a AGU confirmou a recepção do do Desenvolvimento, Indústria e Comércio

referido parágrafo, estendendo as restrições Exterior, solicita que sejam estudadas e

Page 4: Boletim Araújo e Policastro Advogados | Ano 3 - nº3 - abril/2011

BOLETIM ARAÚJO E POLICASTRO ADVOGADOS Ano 3 | Nº 3 | Abril 2011

Este conteúdo está disponível em nosso website:

www.araujopolicastro.com.br

As informações prestadas por este boletim não se confundem nem

podem ser interpretadas como consultoria, serviços legais ou

profissionais. Os conteúdos deste informativo não consideram futuras

alterações na Legislação ou Jurisprudência dos Tribunais. É proibida a

reprodução, distribuição, publicação ou divulgação das informações e

artigos deste boletim sem a autorização prévia, por escrito, de Araújo

e Policastro.Advogados.

Elaborador por:

Camila Araújo

Carolina Jakobowicz Gora

[email protected]

[email protected]

Últimas providências da AGU – Restrições à aquisição de imóveis rurais por estrangeiros no

Brasil (continuação)

adotadas providências pelo Departamento o10.html] para ver as restrições impostas à

Nacional de Registro do Comércio (DNRC), aquisição de terras por pessoas físicas ou

particularmente quanto à expedição de jurídicas estrangeiras bem como às pessoas

orientação às Juntas Comerciais para que jurídicas brasileiras cuja maioria do capital

não sejam arquivadas as alterações dos social pertença a estrangeiros

Estatutos Sociais das Empresas proprietárias

de área rural que promovam a transferência

do controle para pessoas estrangeiras, sejam

elas físicas ou jurídicas. ii) aviso nº 121/ AGU, enviado ao Ministério

da Fazenda, solicita que sejam estudadas e

adotadas providências pela Comissão de

Valores Mobiliários (CVM), entre elas a

possibilidade de expedição de norma para

estabelecer padrões de cláusulas e condições

que devam ser adotadas nos títulos ou

contratos de investimentos destinados à

negociação em bolsa ou balcão, organizado

ou não, e recusar a admissão ao mercado de

emissão de valores que não satisfaça aos

padrões da referida lei. Ainda não se sabe como isso será implemen-

tado, mas certamente o DNRC e a CVM

tomarão providências em breve a respeito

do assunto.

Clique aqui [http://www.araujopolicast

ro.com.br/boletimaep/News_Ano2_N5_Ag

Page 5: Boletim Araújo e Policastro Advogados | Ano 3 - nº3 - abril/2011

ANO 3 | Nº 3 | ABRIL 2011

Nota

Revisão e atualização de Enunciados da Junta Comercial do Estado de São Paulo (JUCESP)

No dia 16 de fevereiro de 2011 foi em 60 dias a contar da data de sua

publicada a Portaria Jucesp n° 05/2011, publicação, prazo que poderá ser

que institui uma Comissão composta de prorrogado pelo Presidente da JUCESP

membros de unidades da JUCESP para

identificar e propor medidas necessárias

à revisão e eventual atualização dos

Enunciados da JUCESP.

Tais Enunciados, disponibilizados na

página da Internet da JUCESP no link

http://www.jucesp.fazenda.sp.gov.br/

empresas_legislacao_enunciados.php,

constituem orientações elaboradas com

base em critérios reiterados de julga-

mentos sobre temas relacionados aos

registros efetuados pela JUCESP.

Dirigidos aos cidadãos e às empresas, os

Enunciados foram criados com o intuito

de agilizar a análise dos processos na

instituição.

A Portaria determina que a conclusão

dos trabalhos deverá ser apresentada

Este conteúdo está disponível em nosso website:

www.araujopolicastro.com.br

As informações prestadas por este boletim não se confundem nem

podem ser interpretadas como consultoria, serviços legais ou

profissionais. Os conteúdos deste informativo não consideram futuras

alterações na Legislação ou Jurisprudência dos Tribunais. É proibida a

reprodução, distribuição, publicação ou divulgação das informações e

artigos deste boletim sem a autorização prévia, por escrito, de Araújo

e Policastro.Advogados.

Elaborador por:

Juliana Tiemi [email protected]

Page 6: Boletim Araújo e Policastro Advogados | Ano 3 - nº3 - abril/2011

ANO 3 | Nº 3 | ABRIL 2011

Nota

Alteração da alíquota de IOF em operações de empréstimo externo

No dia 29 de março de 2011, foi contratados com prazo superior a 90

publicado o Decreto nº 7.456/2011, dias foi substituída pela regra acima

que modifica o regime de tributação do

Imposto sobre Operações Financeiras -

IOF - incidente na liquidação de

operações de câmbio contratadas a

partir de 29 de março de 2011 para

ingresso de recursos no país decorrentes

de empréstimos externos, inclusive as

denominadas operações simultâneas.

De acordo com a nova sistemática, o IOF

será de 6,00% sobre as operações de

câmbio decorrentes da entrada de

recursos por empréstimo externo sujeito

a Registro no Banco Central do Brasil,

contratados de forma direta ou

mediante emissão de título no mercado

internacional com prazo mínimo de até

360 dias.

Portanto, a regra que estipulava alíquota

zero para a liquidação de câmbio em

caso de emprést imos externos

Este conteúdo está disponível em nosso website:

www.araujopolicastro.com.br

As informações prestadas por este boletim não se confundem nem

podem ser interpretadas como consultoria, serviços legais ou

profissionais. Os conteúdos deste informativo não consideram futuras

alterações na Legislação ou Jurisprudência dos Tribunais. É proibida a

reprodução, distribuição, publicação ou divulgação das informações e

artigos deste boletim sem a autorização prévia, por escrito, de Araújo

e Policastro.Advogados.

Elaborador por:

José Antônio Salvador Martho

Gabriel de Ulhôa Canto Gebara

[email protected]

[email protected]