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BOLETIM DA ABTPé ABTPé Entrevista Nesta edição, a ABTPé entrevista um de seus fundadores, Dr. Sérgio Bruschini. página 7 Steps2Walk Em Goiânia, professor Mark Myerson ministra curso humanitário. página 8 Clube do Pé São Paulo foi sede de três encontros promovidos pela ABTPé. Confira os destaques. página 10 Publicação da Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé. Filiada à International Federation of Foot and Ankle Societies - IFFAS e à Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia - SBOT. ANO 24 EDIÇÃO N o 91 • 2019 janeiro • fevereiro • março siga a ABTPé nas redes sociais: A ilha da magia se prepara para receber o Congresso da ABTPé Falta pouco para a realização do 19 o Congresso da ABTPé. O evento ocorre entre os dias 15 e 18 de maio de 2019.

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BOLETIM DA ABTPé

ABTPé EntrevistaNesta edição, a ABTPé entrevista um de seus fundadores, Dr. Sérgio Bruschini.

página 7

Steps2WalkEm Goiânia, professor Mark Myerson ministra curso humanitário.

página 8

Clube do PéSão Paulo foi sede de três encontros promovidos pela ABTPé. Confira os destaques.

página 10

Publicação da Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé. Filiada à International Federation of Foot and Ankle Societies - IFFAS e à Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia - SBOT.

ANO 24EDIÇÃO No 91 • 2019janeiro • fevereiro • março

siga a ABTPé nas redes sociais:

A ilha da magia se prepara para receber o Congresso da ABTPéFalta pouco para a realização do 19o Congresso da ABTPé. O evento ocorre entre os dias 15 e 18 de maio de 2019.

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EXPEDIENTE: Gestão 2018/2019 Presidente: Marco Túlio Costa Vice-Presidente: José Antônio Veiga Sanhudo 1o Secretário: Roberto Zambelli de Almeida Pinto 2o Secretário: Nacime Salomão Barbachan Mansur 1o Tesoureiro: Eduardo Melo de Castro Moreira 2o Tesoureiro: Felipe Oliveira Delocco Diretor Educação Continuada e Pesquisa (CEC): Marcus Vinicius Mota Garcia Moreno Comissão de

Educação Continuada e Pesquisa: Marcelo Pires Prado, Paulo César de César e Rafael Trevisan Ortiz Diretor Ensino e Treinamento (CET): Rui dos Santos Barroco Comissão Ensino e Treinamento: Ricardo Cardenuto Ferreira, José Felipe Marion Alloza e Alexandre Leme Godoy dos Santos Diretor Ética e Defesa Profissional: Yugo William Sakamoto Comissão Ética e Defesa Profissional: Wilel Almeida Benevides, Carlos Alfredo Lobo Jasmim e Luis Alberto Rubin Conselho Fiscal Titular: Edegmar Nunes Costa, Henrique César Temóteo Ribeiro e José Vicente Pansini Conselho Fiscal Suplente: Fernando Araújo Silva Lopes, Marcos Hideyo Sakaki e Noé De Marchi Neto. Comissão Social: Júlio César Falashi Costa, Marcelo André Rocha Ostrowski e Alfonso Apostólico Netto Comissão de Informática: Rodrigo Alvarenga Nunes e Rafael Barban Sposeto Comissão Especial de Assuntos Internacionais: Jordanna Maria Pereira Bergamasco, Francisco Arturo Cejas Rodriguez e Augusto César Monteiro Comissão Especial de Apoio: Formada pelos ex-presidentes Comissão Cirurgia Percutânea: Luiz Carlos Ribeiro Lara Boletim da ABTPé: José Antônio Veiga Sanhudo Editor-Chefe da Scientific Journal of the Foot&Ankle: Jorge Mitsuo Mizusaki. Produção: Predicado Comunicação Jornalista Responsável: Carolina Fagnani Redação: Flávia Costa e Isadora Fernandes Projeto Gráfico e Diagramação: Danilo Fattori Fajani Periodicidade: Trimestral Os artigos assinados podem não refletir a opinião da ABTPé e são de responsabilidade exclusiva de seus autores.

PALAVRA DO PRESIDENTE

Marco Túlio Costa São Paulo - SP [email protected]

"(...) todo este ambiente de atualização científica,

compartilhamento de ideias e apresentação de novos tratamentos

será exposto aos participantes do

Congresso anual (...)".

A poucos dias do 19o Congresso Brasileiro de Medicina e Cirurgia em Tornozelo e Pé, relembro como estes encontros foram importantes para a minha carreira. Todo conhecimento absorvido em salas de aula e no dia a dia da profissão são fundamentais para a formação de um especialista, principalmente em nossa área, que lida com o imprevisto a todo momento. No entanto, há um fator ainda mais extraordinário na formação de qualquer profissional: a troca de experiências.

O filósofo ateniense Sócrates, desde a antiguidade, já havia descoberto a importância desta partilha “O grande segredo para a plenitude é muito simples: compartilhar”. Ouvir outras opiniões, expor suas técnicas de tratamento e se permitir a quebrar seus próprios paradigmas são os principais caminhos para se alcançar a excelência em suas atividades.

E todo este ambiente de atualização científica, compartilhamento de ideias e apresentação de novos tratamentos, será exposto aos participantes do Congresso anual da ABTPé. Os congressistas terão a oportunidade ímpar de conversar com especialistas internacionais, participar de cursos de técnicas e debates sobre as principais doenças e anomalias dos membros inferiores, além de simpósios e apresentação de trabalhos.

Programe-se para participar deste evento. Os nossos dias são tão corridos que, por muitas vezes, não nos sobra tempo para investirmos em nós mesmos e na nossa carreira. Por isso, não perca esta oportunidade!

NOS VEMOS EM FLORIANÓPOLIS!

Fale com a ABTPé 11 3082-2518 / 3082-6919

[email protected]

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/ ABTPé

CONHECIMENTO DEVE SER COMPARTILHADO

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PALAVRA DO EDITOR

A presença brasileira foi marcante no 5th International Congress of Foot & Ankle Minimally Invasive Surgery - Marrakesh - 2019. A comitiva brasileira foi constituída por onze cirurgiões do pé de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraná. A participação no programa científico

A ABTPé vem crescendo muito e com qualidade. Nos últimos 15 meses, 93 colegas preencheram os critérios de ingresso e se tornaram membros titulares da nossa associação. Um número impressionante que representa os últimos membros a ingressar com as exigências atuais. Em poucos dias

José Antônio Veiga Sanhudo Porto Alegre - RS [email protected]

Luiz Carlos Ribeiro Lara Taubaté/SP [email protected]

Marrocos - 5o Congresso Internacional de Cirurgia Minimamente Invasiva

Crescendo com Qualidade

envolveu comunicações orais, cabendo a mim a apresentação de três temas livres retratando o tratamento percutâneo do hálux valgo e o Dr. Gustavo Nunes com um tema livre de artroscopia. O congresso foi de altíssima qualidade, com participantes de todo o mundo, num país maravilhoso, com o encanto da esplendorosa cidade de Marrakesh. No evento, foi lançada pela direção do GRECMIP a possibilidade do próximo congresso mundial, que ocorrerá em quatro anos, ser realizado no Brasil, o que muito nos honrará.

Vamos lá Brasil!

teremos o 19o Congresso da ABTPé, o maior evento científico da nossa entidade, e lá será realizada a primeira prova para candidatos a membro titular através deste novo critério. Prova esta que foi fruto de um trabalho criterioso da Comissão de Ensino e Treinamento-CET, exclusivamente para viabilizar uma seleção justa para os nossos candidatos.

O 19o Congresso da ABTPé, através do esforço da comissão organizadora, está encaminhado para ser mais um sucesso e o grande número de estrangeiros confirmados demonstra o prestígio do nosso evento. Além das notícias do congresso que está chegando, este boletim traz, entre outros assuntos, excelentes dicas de leitura, uma entrevista com o Prof. Sérgio Bruschini, um dos pilares da cirurgia do pé no nosso meio. Também descreve o sucesso que foi a primeira edição do programa Steps2Walk no Brasil.

Nos vemos em breve na ilha da magia.

CONGRESSOS

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CONGRESSOS

19o Congresso Brasileiro de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé/ 2o Congresso Brasileiro de Fisioterapia do Tornozelo e Pé

Mario Kuhn Adames Florianópolis - SC [email protected]

Convidamos a todos para participar do maior evento científico da ABTPé, em Florianópolis: a famosa ilha da magia!

A Comissão Organizadora e Científica está trabalhando intensamente, procurando desenvolver uma programação científica e social de alto nível para contentar a todos os colegas apaixonados pela arte que representa a cirurgia do pé e tornozelo.

O evento, como sempre, será um grande momento de troca de conhecimento e confraternização entre colegas das mais diversas regiões do Brasil. Não fique de fora!

Estamos muito contentes pelo elevado número enviado de temas livres, mais precisamente 170 trabalhos. É uma demonstração da rápida evolução e elevada maturidade científica alcançada pela nossa classe.

Temos uma equipe de convidados internacionais com reconhecida experiência, abrangendo todas as áreas da cirurgia do pé e tornozelo que, somados aos convidados nacionais, principalmente os formadores de opinião, proporcionaram uma grade científica extremamente atraente, com palestras e temas livres de alto nível.

Agradecemos a cada um dos participantes pelo empenho e dedicação em prol da cirurgia do pé e tornozelo no nosso país.

A Comissão Organizadora local e a ABTPé negociaram, junto ao Hotel Costão do Santinho, um desconto especial para os sócios quites em 2018. Aproveitem e economizem!! Envie um e-mail para [email protected] e receba o link para a sua reserva.

Venha se aperfeiçoar e confraternizar com os membros da nossa associação, a família ABTPé. Maio está logo ali!

E não esqueça, o sucesso do congresso depende da sua participação. Não fique de fora!

Estamos à disposição, sempre. A ilha da magia te espera!

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CONGRESSOS

Paulo César de César Porto Alegre/RS [email protected]

AAOS - 2019 Speciality Day

O dia da especialidade do Congresso Anual da AAOS deste ano foi de alto nível, como de costume, e este texto tem por objetivo ressaltar alguns destaques do evento:

• Discussão sobre fatores de risco na recidiva do hálux valgo. A literatura descreve que o índice de recidiva após a cirurgia do hálux valgo varia de 2,6 a 16% e há vários fatores de risco envolvidos: ângulo de valgismo do hálux pré-operatório maior do que 40o, posição do sesamoide pós-operatório igual ou maior do que 4, ângulo de valgismo do hálux no pós-operatório imediato maior do que 8o, metatarso aduto pré-operatório maior do que 23o, ângulo articular metatarsiano distal (DMAA) acima do valor considerado normal, hálux valgo juvenil, hipermobilidade da primeira articulação metatarsocuneiforme e instabilidade intercuneiformes. Foi discutida a confiabilidade da medida do DMAA, e comentada que esta medida é influenciada pela rotação do 1o metatarsiano. Estudo utilizando tomografia com carga demonstrou que apenas 12,5% dos háluces valgos não têm pronação do primeiro metatarsiano.

• Mesa de discussão sobre pé plano com os professores Jonathan Deland, Caio Nery e Jeffrey Johnson. O alongamento da coluna lateral deve ser em média de 6 mm, devendo preservar a eversão normal e não se deve tentar construir um

arco. Foi comentada a importância da osteotomia medializante do calcâneo, pois já foi demonstrado que ela é o único fator que influencia na correção do valgo do retropé. Outro estudo demonstrou que os melhores resultados na correção do pé plano ocorrem quando o alinhamento do calcâneo no plano axial (hindfoot moment arm) fica entre 0 mm a 5 mm de varo, quando comparado com calcâneos com mais de 5 mm de varo ou calcâneos em valgo.

• Há uma crescente preocupação entre os médicos norte-americanos com o abuso de opioides entre os pacientes. Há, na minha opinião, um exagero por parte dos colegas norte-americanos na prescrição desta medicação. Para citar um exemplo, um estudo demonstrou que 13,2% dos pacientes que consultaram na emergência por entorse de tornozelo receberam prescrição de opioide e destes, 8,4% mantêm o uso de opioide por mais de 9 dias, sendo que quanto maior o número de pílulas na prescrição inicial, maior o tempo que o paciente ficará fazendo uso desta medicação.

• Foi apresentada revisão da literatura mostrando que nas infiltrações para osteoartrite de tornozelo os resultados foram superiores com ácido hialurônico e com plasma rico em plaquetas comparados com os resultados da infiltração com corticoide ou com células tronco mesenquimais. Entretanto, estas conclusões são feitas a partir de pequenos ensaios e não são, desta forma, completamente confiáveis.

• Foi apresentado um estudo sobre a sobrevida da prótese de tornozelo modelos STAR e HINTEGRA demonstrando que a sobrevida em 5 anos é de 85% a 96% e em 10 anos de 71% a 94%. Outra revisão da literatura avaliando 58 estudos (7942 artroplastias totais do tornozelo) demostrou que a sobrevida em 10 anos da prótese de tornozelo é de 89%, o índice de falha anual é de 1,2%, e 23% das próteses de tornozelo irão apresentar radiolucência após 4,4 anos.

• Discussão sobre um assunto muito relevante, a necessidade ou não de sutura do ligamento deltoide. O apresentador que não indica de

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rotina a sutura do deltoide, Prof. Michael Gardner, justificou sua conduta citando um estudo clínico randomizado publicado no Journal of Bone and Joint Surgery em 1995, no qual foram comparados 25 casos com sutura e 25 casos sem sutura do ligamento deltoide em pacientes com fratura de tornozelo, e que não mostrou diferença nos resultados entre os grupos. Este autor mostrou também uma revisão sistemática da literatura que demonstrou ausência de diferença entre suturar ou não o deltoide. Já o autor que defende a sutura de rotina do ligamento deltoide, Prof. Eric Bluman, mostrou estudos biomecânicos mostrando que a sutura agrega estabilidade ao tornozelo e à sindesmose. O autor citou também estudo que demonstrou uma diminuição do espaço claro medial nos pacientes que tiveram o ligamento deltóide suturado, comparado aos pacientes que não o tiveram, e que esta diferença no espaço claro medial influenciou os resultados clínicos. Um argumento usado para indicar a sutura do deltoide é que os estudos publicados não avaliam instabilidade residual no tornozelo, que pode ser

um problema nos pacientes nos quais a sutura não é realizada. De qualquer forma, não houve consenso entre os colegas. Ainda neste módulo de fratura do tornozelo, foi apresentado um estudo sobre a importância da fixação do maléolo posterior. Nos casos em que a fixação foi realizada, houve necessidade de fixar a sindesmose em somente 5% dos casos e nos casos em que a fixação do maléolo posterior não foi realizada a sindesmose foi fixada em 81% das vezes. Em outras palavras, a fixação do maléolo posterior estabilizou a sindesmose e diminuiu a necessidade de fixação tíbio-fibular.

• Por fim uma discussão sobre fratura-luxação da Lisfranc: artrodese primária ou redução e fixação interna. Nesta mesa, chegaram a alguns consensos: nas lesões de baixa energia, estabilização com placa e/ou dispositivos flexíveis; nas lesões com cominuição articular, artrodese primária para o primeiro, segundo e terceiro raios; e nas lesões de alta energia, mas sem cominuição articular, houve uma tendência entre os debatedores para artrodese primária nos raios mediais.

CONGRESSOS

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ENTREVISTA

Desde pequeno, o Dr. Sérgio Bruschini tinha a certeza de que seria médico. Influenciado por um vizinho, fez vestibular somente na Escola Paulista de Medicina e ainda influencia-do pelo marido de sua irmã mais velha, que era ortopedista, decidiu que seguiria esta especialidade. Dentro da ortope-dia, acabou entrando para a história da cirurgia do tornozelo e pé e se tornaria um dos fundadores da ABTPé.

A sua carreira teve início em 1960, quando entrou na Es-cola Paulista de Medicina. A partir do segundo ano de facul-dade começou a trabalhar com seu cunhado principalmente na área da traumatologia. Terminado o curso em 1965, fez residência em cirurgia geral e ortopedia, culminando com uma pós-graduação na Itália.

“Quando voltei da Itália, aos 28 anos, jovem, achava que sabia tudo, cheguei para o meu chefe e disse: Professor, estou sabendo tudo, aprendi tudo na Itália sobre quadril e sobre coluna. Ele virou-se para mim e disse: coluna é coisa de neurocirurgião e quadril eu faço; tome conta do pé. E foi assim que eu me apaixonei pelo pé”.

Por influência do Prof. Napoli, que ele havia conhecido em um Cruzeiro que ganhou dos pais em 1965 ao se formar médico, Bruschini passou a frequentar os encontros onde se debatiam os problemas e tratamentos das doenças do pé – o atual Clube do Pé.

No Clube do Pé surgiu a ideia de se fazer uma Associação Brasileira que unisse todos os ortopedistas do Brasil que se interessassem pela Cirurgia do Pé. Em 1972 um grupo de in-teressados foi para um Congresso na Argentina sobre o pé, e lá fundamentou-se a ideia de se fazer a Sociedade Brasileira de Podologia, que no futuro se tornaria a ABTPé. Bruschini

A história da ABTPé e do Dr. Sérgio Bruschini Dr. Sérgio Bruschini,

um dos fundadores da ABTPé

foi o secretário e fez a ata dessa reunião histórica que criou a sociedade.

Com o passar dos anos, um dos desafios era internac-ionalizar mais a Sociedade, que na época tinha contato so-mente com europeus e sul-americanos. Para isso, o Prof. Na-poli, em 1981, resolveu organizar um congresso internacional no Brasil. A ideia era trazer os norte-americanos. “O Dr. Osny e eu fomos aos EUA convidar os ortopedistas americanos in-teressados nas patologias do pé para participarem do Con-gresso. Conseguimos e o evento foi um sucesso. Com isso a Sociedade Brasileira de Podologia tornou-se mundialmente reconhecida”.

Para o Dr. Bruschini, a ABTPé se tornou uma das mais sól-idas associações dentro da ortopedia. “Conseguimos reunir com harmonia diversas escolas e vertentes de todo o Brasil”.

Aos 78 de idade, Dr. Sérgio Bruschini teve a oportunidade de acompanhar a evolução de medicina no País e no mun-do e para o especialista, o avanço tecnológico foi brutal. “Houve evolução no instrumental e na escolha do material. Antes usávamos as mesmas ferramentas que marceneiros e carpinteiros usavam. Hoje os materiais têm uma qualidade infinitamente superior”, afirma. “Na minha época não existia artroscopia, hoje em dia você opera olhando para uma tela. As técnicas mudam diariamente. Isso requer um treinamen-to e uma atualização incessante”.

Com toda esta evolução, Bruschini afirma que os jovens médicos têm alta capacidade para acompanhar a tecnolo-gia, que requer agilidade manual e de pensamento, mas al-guns pecam na questão da humanização. “Não se pode ver apenas um pé, mas um paciente portador de um sofrimento no seu pé. É importante lidar com o paciente de uma forma humana.

A especialização assim como o domínio da técnica é es-sencial, mas faz-se necessário uma formação médica mais ampla e um contato mais humano com o paciente”, conclui Dr. Sérgio Bruschini.

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Confira a entrevista completa no site e youtube da ABTPé.

Por Comunicação ABTPé

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CURSOS

Rodrigo Alvarenga Nunes Goiânia / GO [email protected]

O Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (CRER), foi sede do evento internacional de treinamento médico Steps2Walk. O evento foi realizado entre os dias 28 de janeiro e 1o de fevereiro, das 8h às 17h, no Auditório Valéria Perillo.

Durante o treinamento, o médico norte-americano e fundador da Steps2Walk, Dr. Mark Myerson, operou 13 pacientes do CRER com deformidades graves de tornozelo e pé.

O treinamento, em regime de imersão, contou com a participação de 25 médicos de várias partes do Brasil. Eles acompanharam as cirurgias no anfiteatro ao vivo, assistiram a palestras dos convidados internacionais e nacionais, discutiram e puderam examinar pacientes com casos graves de deformidades de tornozelo e pé e trocaram experiências, durante discussões em mesas-redondas. O Steps2Walk é realizado em várias partes do mundo – antes do Brasil, o último país a recebê-lo foi a China.

Curso Humanitário do Professor Mark Myerson Steps2Walk em Goiânia

O chefe do Serviço de Cirurgia de Tornozelo e Pé do CRER, Dr. Edegmar Nunes Costa, foi o responsável por viabilizar a realização do evento. “O CRER foi escolhido pela Steps2Walk por ser o único hospital no Brasil com estrutura física e técnica necessária para a realização do evento”, afirmou.

“Um treinamento como esse representa um avanço muito grande para a equipe técnica do CRER”, avaliou. “Vamos aprender como fazer e depois repassar os conhecimentos ao corpo clínico do hospital. Esse é o objetivo do curso: Espalhar o conhecimento!”

Atualmente, o CRER realiza cerca de 600 cirurgias de tornozelo e pé durante o ano e, a partir do curso, as novas técnicas serão colocadas em prática no nosso hospital”, acrescentou Edegmar. Os médicos Rodrigo Nunes e Renata Nunes também representaram o CRER no evento e fizeram a tradução simultânea das aulas, das discussões e das opiniões dos cirurgiões durante as cirurgias, já que o curso foi totalmente em inglês.

Um agradecimento especial à empresa Wright Medical, que doou todo o material de síntese utilizado nas cirurgias e patrocinou integralmente o curso.

Confira como foi a programação:

28 de janeiro

Abertura e palestras sobre deformidades graves do tornozelo e pé, com o médico norte-americano Mark Myerson e seus convidados internacionais: Drs. Todd Gothelf (Austrália), Hector Masaragian (Argentina) e Tom San Giovanni (Estados Unidos) e convidados locais: Drs. Marco Tulio Costa, Alexandre Leme Godoy-Santos e Caio Augusto de Souza Nery.

29 de janeiro

No anfiteatro: exame físico, avaliação de exames e definição do plano de tratamento para os 13 pacientes que estavam com programação cirúrgica.

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GALERIA DE FOTOS

30 de janeiro

Centro Cirúrgico: realização de quatro cirurgias pela manhã e quatro à tarde, com transmissão ao vivo para os participantes.

31 de janeiro

Centro Cirúrgico: realização de três cirurgias pela manhã e duas à tarde, com transmissão ao vivo para os participantes.

1o de fevereiro

Discussão de casos e mesas-redondas com os convidados internacionais, convidados nacionais

e com os participantes do curso, que puderam apresentar e discutir casos pessoais interessantes e complexos.

2 de fevereiro

Reunião dos participantes do curso no sítio do Dr Edegmar Nunes Costa para confraternização.

Novas etapas do Curso Steps2Walk já estão sendo organizadas no Brasil para o ano de 2019 e 2020.

Conheça o projeto humanitário do Dr. Myerson em: https://steps2walk.org/

Carta de agradecimento do Dr. Mark Myerson enviada ao

presidente da ABTPé, Dr. Marco Túlio Costa,

após o término do curso

Hello Marco,

I want to thank you personally, as well as the leadership of ABTPé for your support for our

Steps2Walk received this past week in Goiânia. The mission of our organization is to help

crippled patients and simultaneously to educate orthopedic surgeons with an interest in foot

and ankle deformity. Our organization is currently working in 15 countries and holding 26

humanitarian programs this year. I can tell you that the program which we held in Goiânia

last week was without a doubt the best organized and most rewarding that I have

experienced since we began our global humanitarian work.

The idea for working in Brazil began with the encouragement of Caio Nery who is a member

of our international advisory board, and he introduced me to the Nunes family, and after a lot

of work led to this tremendous program. The meeting was attended by 25 foot and ankle

surgeons from around the country. The knowledge and the level of foot and ankle practiced in

Brazil is one of the highest standards in the world today, and you as leaders should be very

proud of what you have accomplished.

I also want to thank all of the Brazilian surgeon volunteers who have contributed their time

and effort to working with Steps2Walk as faculty on our international humanitarian programs

over the past few years. It is not a coincidence that we have the highest representation of

volunteer surgeons in the world coming from Brazil on our programs.

Based on the recent success, we have scheduled future programs in São Paulo November 18-

22 2019, and in Porto Alegre, March 9-13 2020. I am sure that following the experience of

many of the Brazilian surgeons who participated in this program we will continue to have

tremendous success in your country.

I thank you, Alex Godoy, Caio Nery and the Nunes family for your support and consideration

during this very successful program.

Mark Myerson, MD

Executive Director and Founder

m: +1 443 6290748

a: 1209 Harbor Island Walk

Baltimore, MD 21230

w: Steps2Walk.org e: [email protected]

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CLUBE DO PÉ

Nos últimos meses, foram realizados diversos encontros do Clube do Pé pelo Brasil. Confira os principais destaques de cada um deles:

No dia 17 de junho de 1977, por iniciativa do ci-rurgião do tornozelo e pé Manlio Napoli da Uni-versidade de São Paulo, nasceu o Clube do Pé de São Paulo, com o objetivo de discutir casos da especialidade, incentivando o conhecimento e aperfeiçoamento da prática da cirurgia do torno-zelo e pé em nosso país.

Por iniciativa de Dr. Nelson Astur FIlho, durante suas gestões como Presidente da ABTPé, (2006-2007/2008-2009) difundiu-se o Clube do Pé no Brasil.

Quarenta e dois anos após sua iniciativa, a ideia do Professor foi aperfeiçoada, ganhou enorme di-mensão e se mostra como uma das ferramentas mais importantes para integração da nossa as-sociação e para o compartilhamento do conheci-mento em nossa área de atuação.

No dia 21 de fevereiro de 2019, com a presença de 46 participantes dos diversos serviços forma-dores e muitos egressos do IOTHCFMUSP como o Prof. Osny Salomão, Marcelo Prado, Wellington Molina e André Donato, o Grupo de Tornozelo e Pé

da Universidade de São Paulo, liderado por mim, realizou-se o Clube do Pé São Paulo.

No evento, os estagiários do IOTHCFMUSP apre-sentaram casos didáticos e muito bem documen-tados relacionados ao tratamento artroscópico das lesões esportivas, tratamento estagiado do trauma de alta energia com lesão dos tecidos mo-les, tratamento da osteoartrite do tornozelo após falha da artroplastia total do tornozelo e trata-mento de pé pediátrico com grande perda de te-cido ósseo e de revestimento cutâneo.

A discussão e troca de experiências de forma bem-humorada e produtiva se alongou até às 23:00, e representou uma oportunidade de confraternização e ganho de conhecimento para todos os presentes, participantes e apresentadores.

IOTHCFMUSP no Clube do Pé em São PauloAlexandre Leme Godoy dos Santos São Paulo / SP [email protected]

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O Clube do Pé, mantendo suas características de abrir as portas a todos os serviços do Brasil, recebeu pela primeira vez o Serviço de Cirurgia do Tornozelo e Pé do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) em 31 de janeiro passado.

Começamos a trabalhar como Grupo do Tornozelo e Pé desde o início do Programa de Residência em Ortopedia em 2012 e, após submetermos o programa seguindo as rígidas regras de treinamento e formação de residentes, fomos credenciados pela ABTPé no ano de 2017.

O grupo é dotado de todas as características necessárias para um serviço de residência: atendimento ambulatorial assistido, quantidade necessária de cirurgias ao ano (200), mostra diferentes níveis de complexidade cirúrgica (artrodeses, reconstruções, traumatologia, ortopedia de tornozelo e pé, pés diabéticos e algum grau de integração com outras especialidades - vascular / neuro / cirurgia geral). As atividades cirúrgicas são divididas entre cada um de nós e o residente ainda passa todas as quartas-feiras no Hospital Moise Deutsch (M'Boi Mirim).

O grupo realiza também reuniões de revista e apresentação de casos em reuniões às quintas-feiras, seminários e discussões às sextas-feiras, ambulatórios com atendimento supervisionado e também atendimento observacional.

Chefiado por Caio Augusto de Souza Nery é composto pelos especialistas Alexandre Leme Godoy dos Santos, José Felipe Marion Alloza, Marcelo Pires Prado, Sergio Bruschini, contando também com o auxílio dos Drs. Daniel Koyti e Renato Mazagão, que além de participarem ativamente das reuniões, supervisionam as cirurgias no M'Boi Mirim.

O Programa de Residência em Ortopedia do HIAE aprovado pela SBOT em 2013 e o Grupo do Tornozelo e Pé aprovado pela ABTPé em 2017 já formou dois especialistas em nossa especialidade: o Dr. Adilson

Sanches de Oliveira Jr em 2017-2018 e a Dra. Glenda Brauer Bonjardim de Souza em 2018-2019.

Em 31/01/2019, pela primeira vez no Clube do Pé, através de uma apresentação impecável da Dra. Glenda foram mostrados pelo HIAE cinco casos que provocaram uma proveitosa discussão.

O primeiro caso, uma entorse de tornozelo num atleta amador que num primeiro atendimento fora negligenciado. Após um exame clínico acurado que mostrou a necessidade de exame de imagem mais sofisticado (Ressonância Magnética) revelou-se uma luxação dos tendões fibulares. O ato cirúrgico mostrado gerou controvérsias entre as diversas técnicas para o tratamento dessa patologia, mas a discussão mais acalorada e saudável foi acerca do protocolo de atendimento da entorse do tornozelo, lesão muito frequente em pronto atendimento.

A apresentação da Dra. Glenda continuou muito bem documentada. Uma fratura do tornozelo gerou, mais uma vez, a discussão acerca do protocolo de atendimento. A tomografia computadorizada mostrou que a fratura era complexa, envolvendo o maléolo posterior e a sindesmose tibiofibular, lesões que nas radiografias convencionais (frente, perfil e oblíqua) não estavam evidentes. O tratamento cirúrgico, portanto, exigiu a correção dessas lesões.

Após apresentação de mais dois pacientes com lesões traumáticas, Dra. Glenda finalizou com a apresentação de uma senhora de 60 anos, que adorava dançar, portadora de uma artrose pós-traumática (fratura tri-maleolar do tornozelo com lesão sindesmoidal) que foi malconduzida. Uma prótese de tornozelo modelo INBONE II da Wright Medical que é uma prótese de revisão em falhas das próteses primárias, que também pode ser usada como primária quando a correção angular exige cortes mais amplos e que foi executada pelo Dr. Caio com excelente resultado. Foi mostrado um vídeo com a paciente dançando alegremente e com desenvoltura, mas gerou a eterna discussão entre prótese e artrodese de tornozelo, bem como qual o melhor tipo de prótese, quais as ideais no mercado mundial e quais as mais adequadas para o mercado brasileiro.

Esse é o Clube do Pé, que todas as quartas quintas-feiras do mês recebe democraticamente em sua sede em São Paulo, todos os serviços que se interessam pelas lesões do tornozelo e pé. A reunião é animada e acalorada, mas as divergências cientificas terminam sempre de uma forma alegre e cordial.

O Serviço de Cirurgia do Tornozelo e Pé do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) foi muito bem recebido em sua estreia no Clube, mostrou sua organização e espera que a reunião de 31.01.2019 tenha sido proveitosa.

Einstein no Clube do Pé em São PauloSergio Bruschini São Paulo - SP [email protected]

CLUBE DO PÉ

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No último dia 29 de novembro, em nome da As-sociação Beneficente Nossa Senhora do Pari, tive o prazer de comandar a última reunião do Clube do Pé SP em 2018. Os encontros acontecem mensal-mente na sede da ABTPé, sob a batuta dos diferen-tes serviços credenciados da capital e ABC paulista.

Na ocasião, tivemos o privilégio de compartilhar a noite com o evento da sessão de autógrafos do

Professor Manlio Napoli, no lançamento do livro “Histórias, Estórias e outros Contos”.

Sempre em tom informal, como já é característi-ca de nossas reuniões, pudemos discutir temas de relevância para o aperfeiçoamento dos residentes, sempre presentes nas reuniões, e trocar informa-ções com os mais experientes. Foram discutidos casos de pé reumatoide, hálux valgo, reconstrução articular para o tratamento da artrose do tornozelo e correções cirúrgicas pela técnica percutânea, que tem se tornado o carro chefe do nosso serviço nos últimos anos.

Além da disponibilidade e dedicação dos chefes de serviço ao trazerem casos clínicos de interesse para todos aqueles que amam a cirurgia do pé, vale a pena louvar também o trabalho e esforço dos meus amigos Dr. Marcos Corsato e Dra. Kelly Stéfa-ni para manterem vivas e interessantes as reuniões mensais do Clube do Pé SP.

Àqueles que ainda não conhecem ou que não costumam comparecer, fica aqui o convite para que participem deste evento que ocorre na quar-ta quinta-feira do mês, propiciando assim a troca ainda maior de informações. Estudar, atualizar-se e compartilhar conhecimento é o caminho que cer-tamente nos faz melhores médicos, ortopedistas e cirurgiões do pé e tornozelo.

Nossa Senhora do Pari no Clube do Pé em São Paulo André Donato Baptista São Paulo - SP [email protected]

CLUBE DO PÉ

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INFORME-SE

José Felipe Marion Alloza São Paulo - SP [email protected]

Primeira Prova de Qualificação para Membro Titular da ABTPé

Em pregressa Assembleia Geral com presença significativa de representantes de nossa Associação e respondendo a anseio e ponderações de associados, foi colocada em votação a possibilidade de realização de prova oficial de avaliação de candidatos a membro titular da ABTPé.

Após votação aberta que foi precedida de ponderações e explanações tivemos como resultado a confirmação do desejo da maior parte presente e votante para realização da prova. Após cuidadoso período de estudos e reflexões aclarou-se como, quando e onde realizar a Primeira Prova de Qualificação para Membro da ABTPé.

O Processo de Avaliação será realizado no dia 15 de maio de 2019 das 07:00 às 11:00, nas dependências do Centro de Convenções Açores, Rodovia Vereador Onildo Lemos, 2505 – Santinho – Florianópolis / Santa Catarina, precedendo nosso Congresso.

• Prova Teórica - 60 questões de múltipla escolha com quatro alternativas

• Análise e avaliação de casos clínicos - cinco situações • Interpretação e avaliação de artigo científico na língua

Inglesa

Em edital oficial acessível publicado em nosso site há um bom tempo, todos podem revisitar calmamente e com atenção o passo a passo de critérios, determinações, orientações e instruções gerais e específicas deste processo.

O processo será conduzido pela Comissão de Ensino e Treinamento da ABTPé em parceria com a empresa Primeira Escolha.

Com responsabilidade assumida para desenvolver o melhor processo de avaliação possível para nossa associação, a Equipe de Ensino e Treinamento entendeu que a companhia e expertise de pessoal preparado para esta atividade não poderia ser dispensada.

Após análise de alternativas no mercado e avaliadas nossas possibilidades firmamos parceria com a bem destacada empresa Primeira Escolha, que vive 10 anos de experiência em produção de instrumentos de avaliação, coleta de dados e processamento de resultados de avaliações.

Esta empresa nos mostrou comprovações de adequado acompanhamento com inovações tecnológicas, que investe em recursos que permitem extrair mais e melhores resultados com comprovado potencial de segurança no monitoramento e desenvolvimento de eficientes processos seletivos.

Focados então no desenvolvimento do processo de avaliação e cientes da importância de realizar uma avaliação segura, abrangente, coerente e representativa, buscamos envolver um razoável número de especialistas de nossa associação. Convocamos e convidamos cada um dos centros formadores para indicação formal de um elaborador de itens que possibilitou a criação de um banco de questões, do qual foram selecionadas as perguntas da nossa primeira prova.

A cada profissional indicado pelos responsáveis nos centros formadores foi entregue um roteiro de orientações para preparação e encaminhamento de:

Cinco questões escritas objetivas de múltipla-escolha;Quatro alternativas de resposta (a.b.c.d) possíveis com indicação

de uma e somente uma alternativa correta (assinalada com x e em negrito) e três alternativas chamadas de distratores que não são totalmente corretas.

As questões tiveram seu conteúdo elaborado a partir dos 40 capítulos do livro texto base que foram randomizados entre os serviços. Cada questão deveria vir acompanhada da respectiva referência do capítulo, página e parágrafo no conhecido e consagrado livro texto indicado como fonte das questões:

Coughlin, Michael C.; Mann, Roger A.; Saltzman, Charles L. - Surgery of the Foot and Ankle, 2-Volume Set: Expert Consult: Online and Print (Inglês) - 9ª edição

As questões, respostas e conteúdo informativo foram levadas a plataforma (Gerenciador de itens) da empresa Primeira Escolha seguindo normas de segurança e sigilo.

Cada serviço e professor que realizou seu trabalho foi orientado a não trocar informações.

Os profissionais não foram e tampouco serão informados sobre os outros colegas que estavam participando da elaboração do mesmo exame em outro serviço, nem tampouco terão acesso ao conteúdo completo da prova.

Foi indicada e solicitada que a seleção do profissional colaborador em cada um dos serviços deveria levar em conta idoneidade, competência pedagógica, domínio dos assuntos abordados nas provas e na metodologia para elaboração das questões, capacidade de manter sigilo e não ter parentesco com candidatos.

Seguimos então ao processo de coleta de itens, revisão por parte da equipe de revisores da Comissão de Ensino e Treinamento (distintos dos elaboradores) e de professores da empresa para montagem final da Prova Teórica.

Com a participação ativa da Comissão de Ensino e Treinamento elaboraram-se e foram preparados casos clínicos e o artigo científico para serem analisados e finalizados.

Após bom tempo de dedicação valorosa desta equipe e com reconhecida gratidão pela especial participação dos centros formadores e seus representantes, estamos chegando ao final desta fase de preparo para a nossa primeira prova.

Buscando realizar o melhor para a prosperidade desta associação, que vem se caracterizando por crescimento com profissionais estudiosos e comprometidos na área de atuação, esperamos colaborar para mais um importante passo na direção do objetivo final de nossa missão profissional:

Melhor atender nossos pacientes necessitados a partir do incentivo, promoção de estudo e educação continuada com excelência de nossos atuais e futuros membros.

Convidamos a todos para acompanharem esse processo e receberem com boas-vindas aos novos associados que fortes chegarão!

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DICAS DE LEITURA

Danilo Ryuko Cândido NishikawaSão Paulo - SP [email protected]

Long-term Follow-up of Capsular Interpositionw Arthroplasty for Halux Rigidus. Vulcano, E; Chang, AL; Solomon, D; Myerson, M. Foot Ankle Int. 2018 Jan;39(1): 1-5. doi: 10.1177/1071100717732124.

Nos últimos anos tem se discutido muito sobre as alterações biomecânicas no hálux rígido, bem como suas formas de tratamento cirúrgico. Assim como para a artrose de outras articu-lações, tem se buscado opções de cirurgia que não só aliviem a dor, mas também preservem um certo grau de mobilidade articular. A artroplastia interposicional é um procedimento que preserva a mobilidade articular com pouca ressecção óssea. A literatura de forma geral de-fende o uso deste procedimento, mas as publicações prévias são restritas a descrições de técnica cirúrgica e pequenas séries de casos.

O interessante deste estudo é o fato de ser a maior série de casos com maior tempo de seguimento pós-operatório descrita até o momento. Nele, foi avaliada retrospectivamente uma série 42 pacientes com halux rígido graus 3 e 4 operados entre 1998 e 2011. O pro-cedimento foi realizado por uma via de acesso longitudinal dorsal e o tecido utilizado para a interposição foi um flap dorsal composto por periósteo, cápsula dorsal e extensor curto dos dedos. Para a avaliação pós-operatória os autores utilizaram a escala visual analógica (EVA) para dor, o questionário SF-12, o foot function index (FFI) e o escore de satisfação do paciente. Após um seguimento médio de 11,6 anos, houve melhora significativa de todos os parâmetros avaliados. Quatro dos 42 pacientes (9,5%) necessitaram conversão a artrodese em media 6,1 anos após ter realizado a artroplastia de interposição.

Biomechanical Cadaveric Evaluation of Partial Acute Peroneal Tendon tears. Wagner, E; Wagner, P; Ortiz, C; Radkievich, R; Palma, F; Guzmán-Venegas, R. Foot Ankle Int. 2018 Jun;39(6): 741-745. doi: 10.1177/1071100718760256.

Nesse estudo, os autores demonstraram em peças de cadáveres que mesmo com a ressecção de 66% da área transversa dos tendões fibular curto e longo, os 33% remanescentes foram capazes de resistir a tensões acima da fisiológica. Foram utilizados 8 cadáveres de indivíduos com menos de 65 anos, sem cirurgia prévia e com tendões fibulares aparentemente sadios. O comprimento da porção ressecada foi de 3cm no sentido longitudinal centrada na porção do tendão que é localizada posterior à ponta do maléolo lateral. A escolha dessa área e da dimensão ressecada foi baseada na descrição de outros estudos, que demonstraram que esse é o local mais comum da lesão e que 3cm é a média da extensão das fissuras intratendíneas. Os tendões foram então

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submetidos a dois testes: primeiro, um teste de ciclo (carga repetitiva); segundo, um teste com carga progressiva até a ruptura completa. No primeiro teste, foram utilizadas cargas entre 50-100N em 100 ciclos. Essa carga é muito acima da fisiológica a qual o tendão é submetido (18N para o fibular longo e 28N para o fibular curto). Como resultado, nenhum dos tendões rompeu ou apresentou aumento do comprimento da área ressecada após o teste de ciclo. No teste de submissão de carga até a ruptura, o tendão fibular curto rompeu após uma carga de 416±25N e o fibular longo após uma carga de 723±173N. Todos os tendões cederam na área da falha.

Esse estudo apresenta algumas limitações como a utilização de tendões sadios e a realização de ressecções longitudinais diferentes das fissuras normalmente encontradas in vivo. No entanto, a sua importância foi demonstrar que ressecções maiores do que 50% da área transversa não foram associadas a perda significativa de resistência dos tendões fibulares, contrariando uma regra utilizada há muito tempo e baseada em um estudo de 1933 com tendão calcâneo de ratos in vitro e subsequentemente difundida a partir de 1998 em um artigo de Krause e Brodsky.

Com base em seus resultados, este trabalho sugere que outros estudos devem ser realizados para avaliar o quanto da área transversa é possível ressecar dos tendões fibulares sem elevar o risco de ruptura espontânea, pois podemos estar indicando cirurgias tecnicamente mais tra-balhosas, como a tenodese ou as reconstruções com enxerto, desnecessariamente.

The Ruptured Achilles Tendon Elongates for 6 Months After Surgical Repair Regardless of Early or Late Weightbearing in Combination With Ankle Mobilization: A Randomized Clinical Trial. Eliasson, P; Agergaad, AS; Couppé, C; Svensson, R; Hoeffner, R; Warming, S; Warming, N,; Holm, C; Jensen, MH; Krogsgaard, M; Kjaer, M; Magnusson, P. Am J Sports Med. 2018;46(10): 2492-2502. doi: 10.1177/0363546518781826.

Os tratamentos e protocolos de reabilitação pós-operatória da ruptura aguda do tendão calcâneo ainda são temas de discussões. Na literatura, não há consenso qual é o melhor pro-tocolo de reabilitação e há diversas descrições no que diz respeito ao tipo de imobilização, ao tempo de início da mobilização articular e da liberação de carga. Apesar disso, todos eles têm como objetivo comum evitar que haja o alongamento secundário do tendão no período pós-operatório, e restaurar a força muscular para que os pacientes sejam capazes de retor-nar às suas atividades diárias e à prática de atividades físicas.

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DICAS DE LEITURA

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Esse estudo é um ensaio clínico randomizado e teve como objetivo principal quantificar o alongamento pós-operatório do tendão calcâneo em repouso. Como objetivos secundários avaliou-se a tensão muscular na flexão plantar isométrica, a amplitude de movimento do tornozelo, a força máxima à flexão plantar, a área transversa do tendão e dos músculos da panturrilha, o teste da ponta do pé e avaliaram-se os resultados clínicos com os questionári-os referentes ao patient-reported outcomes (Achilles Tendon Total Rupture SCORE [ATRS] e o Sport-Assessment-Achilles Questionnaire [VISA-A]). Os autores partiram da hipótese que protocolos com maior restrição à carga e à mobilização do tendão produziriam tecidos cic-atriciais de melhor qualidade, consequentemente com menor alongamento secundário do tendão. Foram incluídos no estudo 75 pacientes, divididos em 3 grupos: o grupo 1 ficou com restrição total de carga por 7 semanas; o grupo 2 ficou com restrição total de carga, mas foi liberado mobilização do tornozelo e o grupo 3 foi liberado carga parcial por 5 semanas, seguida de carga total. O primeiro e segundo grupos foram liberados para carga total após 8 semanas. Todos os pacientes foram submetidos ao mesmo procedimento cirúrgico para rup-tura aguda do tendão calcâneo – tenorrafia aberta por via longitudinal medial com sutura de Kessler. Nenhuma diferença significativa foi observada entre os grupos em relação ao gêne-ro, idade, IMC e dias de ruptura antes da cirurgia. Diferentemente do que os autores pensa-vam, os resultados de todos os parâmetros avaliados foram semelhantes nos três grupos. Houve um alongamento secundário no tendão até os 6 meses de pós-operatório, em torno de 5,5 a 8,2mm, sendo que 50% ocorreu nos primeiros três meses e os outros 50% nos três meses subsequentes. Esses resultados foram semelhantes aos descritos por outros autores.

Portanto, esse artigo nos demonstra que independente do protocolo de reabilitação pós-op-eratória nas primeiras 8 semanas, com ou sem restrições de carga ou da mobilização, um certo grau de alongamento do tendão invariavelmente ocorrerá e o resultado clínico final será semelhante.

Intra-articular Injections in the Treatment of Symptoms from Ankle Arthritis: A Sistematic Review. Vannabouathong, C; Frabbro, GD; Sales, B; Smith, C; Li, CS; Yardley, D; Bandhari, M, Petrisor BA. Foot Ankle Int. 2018 Oct;39(10): 1141-1150. doi: 10.1177/1071100718779375.

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Sempre houve a preocupação em entender não só as alterações biomecânicas, mas também as alterações biológicas na fisiopatologia da osteoartrose (OA). A partir desse entendimento é possível obter formas mais seguras e eficazes de tratamento, conservador ou cirúrgico. Existem muitas formas de tratamento não cirúrgico para a OA do tornozelo, porém ainda não há um consenso ou guidelines estabelecidos que orientem algoritmos de tratamento. Pensando no aspecto biológico, a opção que tem se mostrado promissora no controle da dor são as infiltrações intra-articulares, com substâncias que agem em sítios diferentes na fisiopatologia da OA.

Esse estudo é uma revisão sistemática atual dos trabalhos com melhores níveis de evidência para o tratamento da OA do tornozelo com infiltrações intra-articulares. As opções de infil-tração escolhidas foram: corticosteróides (CS), viscossuplementação com ácido hialurônico (AH), plasma rico em plaquetas (PRP) e células mesenquimais pluripotentes (CMP). Foram incluídos trabalhos de séries de casos, coorte e ensaios controlados randomizados publi-cados entre 1974 e 2017. De um total de 1994 referências encontradas, 27 trabalhos foram considerados elegíveis e incluídos no estudo. Desses, 19 estudos avaliaram o AH, 4 avaliar-am o CS, 3 examinaram o PRP e apenas 1 estudou o CMP. Não só a maior parte dos estudos, mas também aqueles com melhor nível de evidência (ensaios comparativos randomizados) demonstraram resultados clínicos satisfatórios com a aplicação do AH. Para as outras sub-stâncias, os resultados foram menos favoráveis. Em todas as séries de casos que avaliaram a aplicação com CS, as indicações do uso foram baseadas na preferência do autor, no cus-to e foram aplicadas em grupos heterogêneos (pós-trauma, artrite reumatoide e artropatia hemofílica). O uso do PRP foi avaliado em 3 pequenas séries e o uso das CMP em apenas 1 estudo de coorte. A média de idade dos pacientes nos trabalhos foi de 29,3 a 61,9 anos e de acordo com alguns deles, 70% das OA eram pós-traumáticas. Isso demonstra que a maior parte dos pacientes era jovem e ativa, e a opção de controlar a dor com medidas não cirúrgi-cas podem postergar a necessidade da realização da artrodese tibiotalar ou da artroplastia. Porém, como as publicações existentes ainda são de baixa relevância, não há como definir de fato a eficácia de cada uma dessas substâncias de forma isolada ou comparativa.

Como conclusão, os autores referem que até o momento as evidências clínicas são favoráveis ao uso do AH, porém a real eficácia dessa substância está longe de ser definida e exige estudos com desenhos metodológicos de melhor qualidade.

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Abril de 2019 FOOTINNOVATE BRASIL Palestra: Exame Físico do Pé e Tornozelo Data: 2 de abril de 2019 Palestrante: Dr. Rodrigo Simões

FOOTINNOVATE BRASIL Palestra: Fixação da fratura do tornozelo com haste intramedular na fibula Data: 11 de abril de 2019 Palestrante: Dr. João Murilo Brandão

FOOTINNOVATE BRASIL Palestra: Técnica e indicação para correção do hálux valgo com Lapidus Data: 25 de abril de 2019 Palestrante: Dr. Marcelo Pires Prado

10o EFAS Basic Specimen Lab Course Data: 25 e 26 de abril de 2019 Local: Verona/Itália Informações: https://efas.co/events/EventDetails.aspx?id=1179384

Maio de 2019

Surgical Complications of the Foot and Ankle Course Data: 2 a 5 de maio de 2019 Local: Nashville, Tennessee / EUA Informações: http://www.aofas.org/education/

19o Congresso Brasileiro de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé Data: 15 a 18 de maio de 2019 Local: Espaço de Eventos Açores – Florianópolis / SC Informações: http://congressoabtpe.com.br/

11th EFAS Advanced Ankle Arthritis Specimen Lab Course Data: 30 e 31 de maio de 2019 Local: Copenhagen / Dinamarca Informações: http://efas.co/events

Setembro de 2019

50th AOFAS Annual Meeting Data: 12 a 15 de setembro/2019 Local: Chicago, Illinois / EUA Informações: http://www.aofas.org/education/ annual-meeting

6o Simposio Internacional de Pie y Tobillo Data: 20 e 21 de setembro de 2019 Local: Cartagena / Colômbia Informações: http://www.sccot.org.co

Outubro de 2019

Reunión Científica FLAMeCIPP Data: 25 e 26 de outubro de 2019 Local: Aruba Marriott Resorts & Stellaris / Aruba Informações: www.ajpyventos.com

Novembro de 2019

51oCONGRESSO ANUAL DA SBOT Data: 14 a 16 de novembro de 2019 Local: Fortaleza / Ceará Informações: www.ajpyventos.com

Steps2walk Program Data: 18 a 22 de novembro de 2019 Local: São Paulo / SP Informações: http://steps2walk.org/programs/

AGENDA

Congressos e cursos 2019

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21st EFAS Instructional Course & Basic Specimen Lab Workshops Data: 21 e 22 de novembro de 2019 Local: Krakow / Polônia Informações: http://efas.co/events

Dezembro de 2019

Curso de Atualização – O Pé Plano Data: 6 e 7 de dezembro/2019 Local: Centro de Convenções Frei Caneca – São Paulo / SP Informações: http://www.abtpe.org.br

EFAS Advanced Symposium Data: 6 e 7 de dezembro de 2019 Local: Helsinki / Finlândia Informações: http://efas.co/events

Março de 2020

Steps2walk Program Data: 9 a 13 de março de 2020 Local: Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre / RS Informações: http://steps2walk.org/programs/

AAOS Annual Meeting Data: 24 a 28 de março de 2020 Local: Orlando, Florida / EUA Informações: http://www.aaos.org/annualmeeting

Abril de 2020

7th Triennial Meeting IFFAS 2020 Pre-course IX FLaMeCiPP Meting Data: 23 a 25 de abril de 2020 Local: Vina del Mar / Chile Informações: http://www.scho.cl Contato: [email protected] (com Lissette Araneda)

Confira também a agenda completa dos encontros

do Clube do Pé pelo Brasil, acesse:

https://www.abtpe.org.br/clube-pe/agenda/

Para mais informações, acesse:

www.abtpe.org.brCongressos e cursos 2020

Diretoria 2020/2021

Este ano teremos eleições de Diretoria para o biênio 2020/2021. A data limite para inscrição de chapas é dia 7 de agosto de 2019, e poderá ser feita pelo e-mail ([email protected]) ou carta endereçada para Rua São Benedito, 1050, São Paulo/SP, CEP: 04735-002. A eleição ocorrerá no dia 20 de setembro de 2019.

NOTA ABTPé

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