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38ª Edição do Boletim Mensal da Associação Ambiental e de Lazer de Esmoriz
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Edição: Associação Ambiental e de Lazer de EsmorizDezembro de 2013
http://www.aalesmoriz.blogspot.comhttp://www.facebook.com/aalesmoriz
e-mail: [email protected]
A Barrinha Morreu…
Olho, languidamente, várias e longas horas,
Admirando a paisagem das quiméricas auroras.Revoadas de gaivotas, voavam como folhas caindo,
E as pétalas das rosas, à luz do sol, iam sorrindo!
Caem, caem, assim, uma e mais uma,O tufão da distância não poupou nenhuma.
Barrinha ficou estéril, de cabelos desgrenhada,Assim como a pia donzela, ela foi desflorada!
Agora o vento gélido, dispersa a flor da aurora,Outro vento levou-as, abraçadinhas, em feixes,Ficaram tuas águas impiamente sem peixes!...
Toda a humanidade é culpada, não só de agora,Deixaram que o vento levasse a flor, o coração meu,
Emigram os pássaros, não voltam, a Barrinha Morreu!...
Francisco Pinho
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Visite a Barrinha de Esmoriz e a
Lagoa de Paramos
ESMORIZ (BARRINHA) EM FOCO
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BARRINHA PERDIDA
Perdida a sonharEm mil fantasias
Sonhando acordadaVai passando os dias.
Vai passando os dias Perdida a sonhar
Vendo com saudadesO tempo a passar.
O tempo a passarA vida a correrE ela ansiosa
Porque quer viver.
Porque quer viver Em felicidade
O sonho de agoraNuma eternidade.
Numa eternidade Vai passando os dias
Perdida a sonharEm mil fantasias
Francisco Pinho
OLHANDO A BARRINHA
Venham amores novosQue os velhos já esqueceram
Foram papéis que voaramFolhas de papel que arderam
Disse adeus à minha terraMas esquecê-la não consigo
Só não perdi o coraçãoPorque ainda o tenho comigo
Ao ver-te mais uma vezEu não sei o que senti
Tal impressão me causasteNessa noite não dormi.
Gosto de ti meu amorAcredita que é verdade
Nunca eu pensei na vidaGanhar-te tanta amizade.
Francisco Pinho
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A DESTRUIÇÃO DO AMBIENTE FICA (SEMPRE) IMPUNE!
A maior catástrofe ecológica da Península Ibérica aconteceu há 11 anos. Na Galiza. Foram derramados 67 mil toneladas de fuel, pelo navio petroleiro Prestige.
Só agora decorreu o julgamento daquele inqualificável crime ambiental. O veredicto do tribunal da Corunha absolveu os criminosos, excepto o capitão do navio, condenado a 9 meses de prisão com pena suspensa(!).
O chefe das máquinas do barco e o director-geral da Marinha Mercante foram absolvidos do crime. Quem também devia ter sido réu seria o actual primeiro-ministro espanhol Mariano Rajoy, à época ministro do Interior e chefe de gabinete de coordenação da crise.
Quando todos os sinais e informações de alarme se faziam ouvir sobre a maré negra, Rajoy dizia que «eram pequenos fios de plasticina»(!).
Desinformou e minimizou o impacto da catástrofe... A criminosa impunidade ganha à justiça. A tragédia fez-se sentir ao longo de mais de 1700 quilómetros de litoral, desde o Norte de Portugal ao Sudoeste de França. €4328 milhões de prejuízos e somente €22 milhões disponibilizados pela seguradora inglesa do navio, que ainda assim, não pagou quaisquer indemnizações.
A decisão judicial ao ilibar os três acusados do crime ecológico representa em toda a linha uma derrota para a defesa do meio ambiente.
O direito ambiental (lá como cá) não está protegido pela justiça. Onze anos depois ainda há marcas daquela ter-rível tragédia. A poderosíssima indústria do petróleo é responsável pelas marés negras, assim como por alterações climáticas.
Vítor Colaço Santos
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A SUPREMA IMPORTÂNCIA DA FLORESTA
Decorre em Varsóvia (Polónia), a 19ª Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas. A perda de florestas no nosso Planeta vai adiantada...
Estima-se que 45% já desapareceram e continuam a desaparecer a um ritmo assustador e infernal – de 13 milhões de hectares por ano!
A floresta com suas árvores e plantas, através do processo de fotossíntese destas capturam o dióxido de carbono (CO2), restituindo oxigénio à atmosfera, sendo de primordial importância no equilíbrio ecológico.
A viabilidade do ecossistema reclama maciça reflorestação e correspondente preservação, também para que a fúria da natureza e o impensável que advém das alterações climáticas possam ser significativamente atenuadas.
O dióxido de carbono continuará a infestar o ambiente, desequilibrando-o, caso a gestão florestal não impeça o corte cerce das árvores e estimule práticas de conservação da biodiversidade.
Quando Portugal apostar num sério ordenamento florestal, na diversidade das espécies, na diminuição – de facto! - da expansão eucaliptal, em políticas efectivas de repovoamento – nomeadamente no interior do País, nas boas práticas de acções preventivas que impeçam ou travem incêndios florestais, contribuir-se-à decisiva-mente para a perpetuação das florestas e melhor equilíbrio ambiental.
A Serra de Sintra, através dum notável modelo de segurança e vigilância constantes, tem conseguido ser um gigantesco pulmão continuado, a par de propiciar um ambiente limpo e saudável para a sua ampla periferia per-petuando a existência daquela poderosa e utilíssima floresta.
Este Monte da Lua é Património Mundial.
Vítor Colaço Santos