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BOLETIM INFORMATIVO SECRETARIA EXECUTIVA DA MESA NACIONAL DE NEGOCIAÇÃO PERMANENTE DO SUS Edição n°7 Março de 2016 COMEÇANDO O ANO A TODO VAPOR: A 72ª REUNIÃO ORDINÁRIA DA MNNP-SUS INICIA SUAS ATIVIDADES EM 2016 FORTALECENDO SEU PROJETO ÉTICO-POLÍTICO Nos dias 03 e 04 de março, a Mesa Nacional iniciou as atividades do ano com sua 72ª reunião ordinária da MNNP-SUS. Com o intuito de planejar as atividades para o ano de 2016, o encontro teve início com uma oficina de planejamento elaborada em conjunto com a equipe do apoio institucional da política nacional de humanização da SAS/MS. A dinâmica da atividade foi orientada por uma metodologia ativa e participativa, que objetivou provocar reflexões sobre o papel ético-político da MNNP-SUS, a atuação de seus membros e o seu processo de trabalho. As potencialidades e desafios da MNNP-SUS diante do atual cenário político institucional também foram analisados por ambas as bancadas. SECRETÁRIO HEIDER MARCANDO PRESENÇA NA REUNIÃO!

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BOLETIM INFORMATIVO

SECRETARIA EXECUTIVA DA MESA NACIONAL DE NEGOCIAÇÃO PERMANENTE DO SUS

Edição n°7 – Março de 2016

COMEÇANDO O ANO A TODO VAPOR: A 72ª REUNIÃO ORDINÁRIA DA MNNP-SUS INICIA SUAS

ATIVIDADES EM 2016 FORTALECENDO SEU PROJETO ÉTICO-POLÍTICO

Nos dias 03 e 04 de março, a Mesa Nacional iniciou as atividades do ano com sua 72ª reunião

ordinária da MNNP-SUS. Com o intuito de planejar as atividades para o ano de 2016, o encontro teve início

com uma oficina de planejamento elaborada em conjunto com a equipe do apoio institucional da política

nacional de humanização da SAS/MS. A dinâmica da atividade foi orientada por uma metodologia ativa e

participativa, que objetivou provocar reflexões sobre o papel ético-político da MNNP-SUS, a atuação de

seus membros e o seu processo de trabalho. As potencialidades e desafios da MNNP-SUS diante do atual

cenário político – institucional também foram analisados por ambas as bancadas.

SECRETÁRIO HEIDER

MARCANDO PRESENÇA NA

REUNIÃO!

A iniciativa foi elogiada por Welington Moreira Mello, coordenador da bancada dos trabalhadores, o qual

afirmou que a Mesa precisava desse movimento para propiciar um realinhamento interno. Angelo D’Agostini, diretor

do DEGERTS/SGTES/MS e coordenador da bancada dos gestores, assim como Tatiana Santos, secretaria executiva da

MNNP-SUS, também fizeram uma avaliação positiva da atividade reafirmando a importância do planejamento

para o fortalecimento do projeto ético-político da Mesa Nacional, bem como para a organização das ações

estratégicas da MNNP-SUS para o ano de 2016.

Para ver mais fotos, acesse https://www.flickr.com/photos/mnnpsus/

BANCADA DOS

GESTORES!

BANCADA DOS

TRABALHADORES!

O segundo dia de reunião começou com a apresentação da proposta do Guia de Implementação da

Agenda Nacional de Trabalho Decente para Trabalhadores e Trabalhadoras do Sistema Único de Saúde

(ANTD-SUS), considerado como primeiro passo para utilização do protocolo 009/2015, o qual aponta as diretrizes

dessa agenda. Esse momento contou com presença do Secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde,

Hêider Pinto, que reafirmou a ANTD-SUS como ação prioritária da SGTES por trazer elementos que promovem

melhorias nas condições de trabalho e a valorização dos trabalhadores e trabalhadoras do SUS, salientando para a

importância dos protocolos da MNNP-SUS no desenvolvimento de boas práticas da gestão do trabalho.

Outro ponto de pauta foi a apresentação da página virtual do SiNNP-SUS, que oferta espaço on-line para

integração das mesas de negociação permanente do SUS, a fim de aprimorar a comunicação entre elas, a troca de

experiências e metodologias de negociação, fortalecendo o Sistema Nacional de Negociação Permanente do SUS e a

negociação coletiva nos territórios.

No decorrer da reunião, foram retomados os desafios a serem enfrentados elencados no dia anterior.

Merecendo destaque para os seguintes pontos: Necessidade de institucionalização das Mesa; Ampliação das

estratégias de comunicação dando maior visibilidade às ações desenvolvidas pela Mesa; Maior articulação da pauta da

Mesa com as pautas da gestão do Trabalho e do Ministério da Saúde e Maior aproximação da Mesa Nacional com as

mesas estaduais e municipais. Ao final da reunião, foram definidas as pautas prioritárias para 2016, dentre elas a

elaboração de um novo protocolo que articula educação permanente e preceptoria no SUS, além do cronograma

prévio das próximas.

A INTEGRAÇÃO QUE DEU CERTO: O TRABALHO EM CONJUNTO ENTRE A EQUIPE DO APOIO INSTITUCIONAL DA

POLÍTICA NACIONAL DE HUMANIZAÇÃO DA SAS/MS E A SECRETARIA EXECUTIVA DA

MNNP-SUS

VEM DAR UMA ESPIADINHA!

Próxima reunião da mesa nos dias 03 e 04 de maio de 2016.

Assista as reuniões da mesa em tempo real! Para isso, nos dias e horários das reuniões, acesse o link:

http://datasus.saude.gov.br/emtemporeal e fique por dentro de tudo!

Visando construir um processo horizontal e compartilhado de apoio institucional, repensando

formas e caminhos para fortalecer a negociação coletiva no âmbito do SUS, a Secretaria Executiva da Mesa

Nacional de Negociação Permanente do SUS (MNNP-SUS) firmou parceria com a área técnica responsável

pela Política Nacional de Humanização (PNH) ligada à Secretaria de Atenção à Saúde (SAS) do Ministério da

Saúde (MS).

Um dos desdobramentos dessa iniciativa foi a participação das apoiadoras da PNH – composta

pelas técnicas Carine Nied, Etiane Araldi, Simone Eineck e Vanessa Bastos - no processo de organização e

facilitação da oficina de planejamento da MNNP-SUS. Em continuidade à parceria, está prevista uma oficina

de matriciamento para os apoiadores institucionais da PNH sobre a Gestão e Negociação do Trabalho no

SUS, tendo em vista dar maior capilaridade às ações do DEGERTS e da Mesa Nacional nos territórios.

A integração das diversas políticas que constituem o SUS é um caminho necessário para consolidação

dos princípios e diretrizes que norteiam o sistema. E neste contexto, utilizar a PNH como potencializadora

da negociação coletiva, nada mais é do que, reconhecer as mesas de negociação como dispositivos da

própria política de humanização, e uma alternativa propositiva para democratizar e humanizar as práticas de

gestão no SUS.

A EQUIPE DA PNH FOI CRUCIAL

PARA A ATIVIDADE DE

PLANEJAMENTO! PARABÉNS A

TODAS E TODOS!

Durante os dias 21 a 24 de março, aconteceu o 12º

Congresso Internacional da Rede Unida em Campo Grande -

Mato Grosso do Sul. Com a proposta de promover o debate

sobre a pluralidade da construção dos processos críticos-

reflexivos no agir, no ensinar, no aprender e no produzir a

saúde, o Congresso da Rede Unida acolheu a temática de

negociação do trabalho no SUS, inserindo atividades

relacionadas ao tema em sua programação. A MNNP-SUS

esteve representada no evento pela Secretária Executiva e

pelo representante da Bancada dos Trabalhadores, Wellington

Moreira Mello.

Tais atividades tinham por objetivo incitar a discussão

a respeito do que é a Negociação Coletiva e como essa pode

auxiliar na construção de uma gestão do trabalho mais

democrática e equânime nos territórios, ampliando o

debate e a divulgação das atividades relacionadas a MNNP-

SUS para além dos espaços sindicais e da negociação coletiva.

Damos destaque a Oficina sobre “A Negociação

Coletiva como uma importante ferramenta para a gestão do

trabalho no SUS: a luz da experiência da Mesa Nacional de

Negociação Permanente do SUS”, realizada no dia 21 de

março, pela manhã.

RETOMADA DAS ATIVIDADES:

OFICINA PARA REINSTALAÇÃO DA MESA ESTADUAL

DE NEGOCIAÇÃO PERMANENTE DO SUS EM PARAÍBA

No dia 08/03, a Mesa Nacional de Negociação Permanente do

SUS, representada pela Secretária Executiva, participou da oficina para

construção das estratégias dos gestores e trabalhadores para

reinstalação da Mesa Estadual de Negociação Permanente do SUS da

Paraíba.

A iniciativa organizada pela Subgerência de Recursos

Humanos da Secretaria Estadual de Saúde - coordenada pelo senhor

Roberto Vaz de Medeiros Filho surgiu durante o módulo sobre

negociação Coletiva do Curso de Especialização em Gestão do Trabalho

em Saúde realizado pelo DEGERTS/SGETS/MS em parceria com a

ENSP/FIOCRUZ, e foi discutida, avaliada e acordada com a presença do

DEGERTS/SGETS/MS; Secretaria Estadual de Saúde da Paraíba; Conselho

Estadual de Saúde da Paraíba; Conselho Municipal de Saúde de João

Pessoas; Escola Estadual de Saúde da Paraíba; Núcleo Regional do

Ministério da Saúde na Paraíba e representantes sindicais.

Durante a atividade foi recuperado o histórico da resolução

que instituiu a Mesa em 2012, pontos que precisarão ser revisitados no

documento, além dos principais fatores que contribuíram para a

descontinuidade da Mesa estadual. Estiveram presentes representantes

do Gabinete da Secretaria Estadual de Saúde, Conselho de Estadual

de Saúde, Conselhos das Secretarias Municipais de Saúde do estado

da Paraíba; Coordenação do Curso de Gestão do Trabalho em Saúde

da FIOCRUZ, Sindicato dos Médicos, Sindicato de Odontologia;

SindSaúde e trabalhadores do CEREST.

Como encaminhamento, foi constituído um grupo de trabalho

- formado por representantes dos trabalhadores e da gestão - que será

acompanhado pelo Conselho Estadual, com o objetivo de conduzir o

processo de reinstalação da Mesa Estadual, com o apoio técnico da

MNNP-SUS.

A CONSTRUÇÃO EM

CONJUNTO SÓ GERA

GANHOS PARA TODOS

OS LADOS!

OLHA A MESA NA REDE UNIDA AÍ!

A MESA NACIONAL DE NEGOCIAÇÃO PERMANENTE DO

SUS NO 12ª CONGRESSO DA REDE UNIDA.

A NEGOCIAÇÃO DO

TRABALHO TAMBÉM

FOI DISCUTIDA NO

CONGRESSO!

... nos desafios das trabalhadoras do SUS

No mês de comemoração do dia internacional da mulher que tal refletir um pouco sobre as mulheres e o mercado de trabalho na

Saúde?

A instituição do dia 8 de março como dia Internacional da Mulher serviu de instrumento para evidenciar e fortalecer a

luta feminina por melhores condições de trabalho no mundo. Alguns autores atribuem a data às 129 tecelãs americanas que

morreram carbonizadas durante uma greve protagonizada pelas mulheres, em busca de redução da jornada de trabalho. Esta

data traz à tona o longo caminho de mulheres que lutaram e até hoje lutam por condições dignas de trabalho, igualdade de

oportunidades, pelo fim da violência contra a mulher, contra o machismo e por justiça social.

Nas últimas décadas houve uma acelerada e crescente incorporação das mulheres no mercado de trabalho. Na América

Latina esse número mais que triplicou de 1960 a 1990, passando de 18 milhões para 57 milhões, marcando um aumento na

ordem de 18% para 27%. No Brasil, país onde o quantitativo de mulheres ultrapassou o de homens, 50,64% da população total

estimada em mais de 205 milhões de pessoas (IBGE, 2016), houve o aumento significativo da presença feminina no mercado de

trabalho, passou de 13,6% em 1950 para 47,2% no final dos anos 90. As mulheres representam quase 70% da força de trabalho

em saúde no Brasil, sendo 62% no nível superior e até 74% nos níveis técnico e elementar (WERMELINGER et al, 2010).

É importante refletir que a entrada das mulheres no mercado de trabalho, incluindo aqui o setor saúde, não garantiu o

extermínio das desigualdades, já que ainda temos mulheres exercendo os mesmos cargos que os homens, porém com ganhos

inferiores. Isso se intensifica quando incluímos o quesito raça/cor na análise, ressaltando que mulheres negras e indígenas sofrem

mais iniquidades e discriminações no trabalho, por conta do racismo que permeia as relações entre as pessoas e as instituições.

Além disto, as mulheres se submetem à dupla jornada de trabalho, considerando o trabalho doméstico, que abrange cuidado do

lar e dos filhos, e o trabalho no mercado de trabalho. Se incluirmos outra jornada dedicada aos estudos, as mulheres teriam tripla

jornada de trabalho e consequente sobrecarga de trabalho. Santana (2006), diz que o trabalho doméstico é considerado como

t a alho o p odutivo, o iado de valo , to a do este t a alho o o des o he ido e as ulhe es o o sujeitas de u a

aç o i visível .

Batista (2016) chama atenção para a trajetória peculiar que as mulheres possuem no mercado de trabalho e no campo

das desigualdades que surgem da divisão sexual do trabalho, que promove jornada de trabalho superior às mulheres quando

comparado aos homens. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (IBGE, 2014), por enquanto que os homens

fazem 51,3 horas de trabalho semanais, incluindo o trabalho principal e os afazeres domésticos, as mulheres fazem 56,3 horas,

demonstrando claramente a maior carga de trabalho das mulheres.

Sendo assim, torna-se imprescindível considerar as situações que geram sobrecarga da mulher e que aumentam o risco

de adoecimento da trabalhadora, bem como o contexto histórico de opressão em que as mulheres estavam e que, respeitadas as

proporções, ainda continuam inseridas, destacando as violências diversas por conta do gênero e da raça. Eleonora Oliveira

1999 , diz ue o eal o eal, ua do o estive ela io ado o as i e tezas histó i as, so iais, políti as, de g ero e

aça , isto i di a a i po t ia de o side a todos estes fato es o o pa o de fu do da te ti a.

Protocolo 008/2011 e as Diretrizes da agenda Nacional do Trabalho Decente para Trabalhadores e Trabalhadoras do SUS

no Protocolo 009/2015 da Mesa Nacional de Negociação Permanente do SUS (MNNP-SUS), podem ser utilizadas como

instrumentos de promoção da Saúde integral da mulher trabalhadora do SUS e como forma de combater todas as formas de

discriminação no local de trabalho.

Esses protocolos visam ser instrumentos úteis ao processo de luta pela melhoria das condições de saúde do trabalhador

e da trabalhadora do SUS, além de buscar reverter uma realidade discriminatória, mediante o estímulo à adoção de ações que

garantam a efetiva incorporação da promoção da igualdade de gênero, raça e etnias nas iniciativas de melhoria das condições

das relações de trabalho, de aprimoramento da gestão do trabalho em saúde e nos processos de diálogo e negociação sobre as

condições de trabalho no SUS.

Então, que tal levar os protocolos 08 e 09 da Mesa Nacional para a discussão com sua equipe de trabalho? Vamos tentar

utilizá-los para impulsionar os debates sobre o trabalho feminino na saúde? Todas nós ganharemos!

Texto elaborado por Juli Oliveira – Trabalhadora da Assessoria Técnica da MNNP-SUS

Não conhece os protocolos da Mesa Nacional de Negociação Permanente do SUS?

Acesse www.saude.gov.br/mesa e conheça mais!

REFERÊNCIAS:

IBGE. Projeção da população do Brasil e das Unidades da Federação. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/apps/populacao/projecao/. Acesso em: 21. Mar. 2016.

BATISTA, Junéia Martins. A reforma da Previdência e a vida das mulheres. Teoria e debate. [on-line] Disponível em: http://www.teoriaedebate.org.br/index.php?q=materias%2Fmundo-do-

trabalho%2Freforma-da-previdencia-e-vida-das-mulheres-0. Acesso em: 22. Mar. 2016.

OLIVEIRA, Eleonora Menicucci. A mulher, a sexualidade e o trabalho. São Paulo: CUT, 1999.

SANTANA, Mônica Cristina Silva. Muito Trabalho, Pouco Poder: Participação Feminina Mitigada Nos Assentamentos Rurais do Estado de Sergipe. In: GROSSI, Miriam Pilar. ;

SCHWADE, Elisete. (Org.) Política e Cotidiano: estudos antropológicos sobre gênero, família e sexualidade. Blumenau: Nova Letra. p. 47 – 68, 2006.

WERMELINGER, Mônica et al. A Força de Trabalho do Setor de Saúde no Brasil: Focalizando a Feminização. Revista Divulgação em Saúde para Debate. N 45. Mai, 2010, Rio de

Janeiro, pp54-70. Disponível em: http://www.ensp.fiocruz.br/observarh/arquivos/A%20Forca%20de%20Trabalho%20do%20Setor%20de%20Saude%20no%20Brasil%20.pdf.

Acesso em: 21. Mar. 2016.

ANOTE AÍ:

A MNNP-SUS estará presente 13º Encontro Paulista dos Administradores e Técnicos do Serviço

Público Odontológico (EPATESPO), representada por Irene Rodrigues dos Santos, membro da bancada

dos trabalhadores pela CONFETAM. O evento acontecerá no período de 11 a 14 de Abril, em Araraquara-SP

e atividade coordenada pela representante da Mesa acontecerá no dia 12/04.

Um abraço afetuoso e fraterno à todas as mulheres desse

Brasil! Em especial, para as militantes por um SUS equânime

e de qualidade!

AH! FALTAM 30 DIAS PARA A REUNIÃO DA MESA! DIAS 03/05 E 04/05/2016