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Boletim FE 01 Entre os dias 14 e 21 de julho aconteceu, em Belo Horizonte, o Encontro Nacional dos Estudantes de Pedagogia (ENEPe) 2012, que tem como objetivo discutir questões relacionadas à educação, o curso de pedagogia, e reorganizar o Movimento Estudantil de Pedagogia, além de promover a integração entre os estudantes de pedagogia de todo país. As discussões passaram por conjuntura política nacional e internacional, precarização do ensino superior, condição docente e realidades da educação básica. O Encontro teve um bom nível de politização, embora houvesse certa monopolização dos espaços de discussão por parte da corrente que compõe a vanguarda do movimento, o Movimento Estudantil Popular Revolucionário (MEPR) que, por ser parte majoritária da organização do encontro deste ano, fez com que a composição das mesas de debates fossem compostas por militantes ligados ou simpatizantes a esta corrente, o que se mostra uma prática anti-democrática dentro da própria esquerda, pois não permite a expressão da visão de outras organizações e correntes nas mesas. Este movimento, que é a juventude da Liga Operária, organização maoísta (que segue a ideologia política de Mao Tsé Tung, líder da Revolução Chinesa de 1949, e defendem que a revolução virá do campo para a cidade), fazendo jus à sua tradição stalinista, usou de manobras a manipulações ao longo de todo encontro, limitando desde o início as inscrições para falas nas mesas, e fazendo as inscrições de todos os seus militantes de uma só vez, dificultando que militantes de outras organizações e estudantes independentes conseguissem colocar sua opinião para todo o plenário. Mas acima dessas questões, neste momento está colocada a importante pergunta: qual a necessidade de reorganizar o Movimento Estudantil de Pedagogia? ENCONTRO NACIONAL DOS ESTUDANTES DE PEDAGOGIA e a reorganização de fato do MOVIMENTO ESTUDANTIL Muito além disso, qual a necessidade de reorganizar nacionalmente o Movimento Estudantil como um todo? Esta tarefa o ENEPe não pareceu nem um pouco disposto a cumprir, tendo em vista que se propõe a organizar um plano de lutas para os cursos de Pedagogia em todo Brasil, mas não possui nenhuma pretensão de unir o Movimento Estudantil de Pedagogia ao Movimento Estudantil como um todo, se colocando apenas contra a UNE (que corretamente denunciam a traição dessa entidade governista) mas sem nenhuma perspectiva de atuação conjunta com o Movimento Estudantil anti-governista nacionalmente. Nos últimos meses o país vem atravessando uma extensa greve na educação questionando a política de precarização e privatização do governo Lula e Dilma, questão que foi bastante discutida durante o ENEPe. Quase todas as Universidades Federais estão em greve de professores e, dessas, a ampla maioria conta com o apoio e greve estudantil. Essa importante greve nacional que questiona um dos pilares de sustentação do governo PT nos últimos 10 anos, a precarização, é o exemplo mais concreto que temos no Brasil hoje da necessidade da reorganização nacional do Movimento Estudantil. Frente a esse processo de mobilização, só existe possibilidade de vitória a partir da unificação do Movimento Estudantil, criando uma pauta nacional unificada, e que se coloque na defesa dos setores em luta. O curso de pedagogia e as licenciaturas não estão por fora deste projeto. Além de ser afetada pela precarização do ensino superior como um todo, a nova Deliberação 111/2012 ataca diretamente o curso, minando a autonomia universitária para a formulação das grades curriculares de cada universidade, e sucateando a educação desde seu princípio, tirando do

Boletim Juventude às Ruas - FE/Unicamp

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Primeiro boletim da Juventude às Ruas para a Faculdade de Educação da Unicamp. Sobre o Encontro Nacional de Estudantes de Pedagogia e a extensa greve das universidades federais.

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Boletim FE 01

Entre os dias 14 e 21 de julho aconteceu, em Belo Horizonte, o Encontro Nacional dos Estudantes de Pedagogia (ENEPe) 2012, que tem como objetivo discutir questões relacionadas à educação, o curso de pedagogia, e reorganizar o Movimento Estudantil de Pedagogia, além de promover a integração entre os estudantes de pedagogia de todo país. As discussões passaram por conjuntura política nacional e internacional, precarização do ensino superior, condição docente e realidades da educação básica. O Encontro teve um bom nível de politização, embora houvesse certa monopolização dos espaços de discussão por parte da corrente que compõe a vanguarda do movimento, o Movimento Estudantil Popular Revolucionário (MEPR) que, por ser parte majoritária da organização do encontro deste ano, fez com que a composição das mesas de debates fossem compostas por militantes ligados ou simpatizantes a esta corrente, o que se mostra uma prática anti-democrática dentro da própria esquerda, pois não permite a expressão da visão de outras organizações e correntes nas mesas. Este movimento, que é a juventude da Liga Operária, organização maoísta (que segue a ideologia política de Mao Tsé Tung, líder da Revolução Chinesa de 1949, e defendem que a revolução virá do campo para a cidade), fazendo jus à sua tradição stalinista, usou de manobras a manipulações ao longo de todo encontro, limitando desde o início as inscrições para falas nas mesas, e fazendo as inscrições de todos os seus militantes de uma só vez, dificultando que militantes de outras organizações e estudantes independentes conseguissem colocar sua opinião para todo o plenário. Mas acima dessas questões, neste momento está colocada a importante pergunta: qual a necessidade de reorganizar o Movimento Estudantil de Pedagogia?

Encontro nacional dos EstudantEs dE PEdagogia

e a reorganização de fato do MoviMEnto Estudantil

Muito além disso, qual a necessidade de reorganizar nacionalmente o Movimento Estudantil como um todo? Esta tarefa o ENEPe não pareceu nem um pouco disposto a cumprir, tendo em vista que se propõe a organizar um plano de lutas para os cursos de Pedagogia em todo Brasil, mas não possui nenhuma pretensão de unir o Movimento Estudantil de Pedagogia ao Movimento Estudantil como um todo, se colocando apenas contra a UNE (que corretamente denunciam a traição dessa entidade governista) mas sem nenhuma perspectiva de atuação conjunta com o Movimento Estudantil anti-governista nacionalmente. Nos últimos meses o país vem atravessando uma extensa greve na educação questionando a política de precarização e privatização do governo Lula e Dilma, questão que foi bastante discutida durante o ENEPe. Quase todas as Universidades Federais estão em greve de professores e, dessas, a ampla maioria conta com o apoio e greve estudantil. Essa importante greve nacional que questiona um dos pilares de sustentação do governo PT nos últimos 10 anos, a precarização, é o exemplo mais concreto que temos no Brasil hoje da necessidade da reorganização nacional do Movimento Estudantil. Frente a esse processo de mobilização, só existe possibilidade de vitória a partir da unificação do Movimento Estudantil, criando uma pauta nacional unificada, e que se coloque na defesa dos setores em luta. O curso de pedagogia e as licenciaturas não estão por fora deste projeto. Além de ser afetada pela precarização do ensino superior como um todo, a nova Deliberação 111/2012 ataca diretamente o curso, minando a autonomia universitária para a formulação das grades curriculares de cada universidade, e sucateando a educação desde seu princípio, tirando do

papel do pedagogo a função de educar as crianças de 0 a 6 anos, como se a creche e pré-escola não fizessem parte da educação básica. Esse ataque à educação não é uma particularidade do curso de Pedagogia, faz parte também de todo o projeto educacional voltado para o mercado e o capital, que sucateia a formação não só do pedagogo, mas de todas as licenciaturas, e precariza a educação desde o ensino básico até o ensino superior. É nessa perspectiva que se dá a necessidade da reorganização do Movimento Estudantil de Pedagogia junto ao Movimento Estudantil nacional e anti-governista, para que a resposta à precarização da educação seja uma só, pois o ataque é um só.

Nesse sentido, o ENEPe traz um avanço nas discussões estudantis quando se propõe a discutir as questões da precarização da educação através da análise da conjuntura nacional e internacional, ligando a crise econômica e os processos de mobilização nos países da Europa, Oriente Médio e norte da África aos ataques que vem surgindo no Brasil. Em vários pontos do mundo os estudantes e a juventude saíram às ruas para reivindicar melhorias e até mesmo transformações radicais na educação pública. Desde 2011 os estudantes chilenos estão lutando por uma educação pública, gratuita e de qualidade, contra o governo Piñera, herdeiro da ditadura de Pinochet. No Canadá, no começo desse ano, estudantes também saíram às ruas para reivindicar a diminuição das mensalidades das Universidades. É também um enorme avanço deste Encontro que

os estudantes lá reunidos, em quase sua totalidade, reivindicassem um outro projeto educacional para a universidade como um todo, acompanhado do fim do vestibular/enem/SiSu e a estatização das universidades privadas, colocando a discussão da democratização radical do acesso ao ensino superior, gratuito e de qualidade para todos. Porém, esse encontro possui a grande e decisiva debilidade quando tenta travar uma luta tão importante como essa se limitando a um projeto corporativista de luta, que não dialoga com os demais estudantes e servidores públicos, que nesse momento se encontram em luta contra a precarização da educação.

Um Movimento Estudantil anti-governista como se mostrou ser aquele que constrói o ENEPe não pode atuar isoladamente! O projeto educacional governista que ataca o curso de pedagogia é o mesmo projeto que ataca todas as licenciaturas, sucateia a educação e precariza as universidades federais através do REUNI. Que o Movimento Estudantil de Pedagogia se coloque contra esse projeto de Universidade precária, que na Unicamp se expressa em um projeto de Universidade de excelência, com privatizações e parcerias com grandes empresas gerando pesquisas totalmente voltadas para o setor privado, além da precarização de cursos para a geração de mão de obra qualificada e barata; e se unifique com o Movimento Estudantil e os servidores públicos em luta nacionalmente para barrar os ataques do governo e travar uma luta por outro projeto de educação!

Há aproximadamente 3 meses o Brasil vem passando por uma greve de professores, funcionários e estudantes de quase todas Universidades Federais, que vem para questionar a política de precarização e privatização da educação do governo Dilma que, em continuidade do governo Lula, teve como base de sustentação de seu governo a precarização da vida. Mas não é ao acaso que o ensino superior vem sendo sucateado no Brasil, mas sim como reflexo de uma política educacional mundial, expressa no Projeto Bolonha. O projeto Bolonha, desenvolvido a partir de orientações para educação do Banco Mundial, no final dos anos 90 e início de 2000, tem como objetivo uma reestruturação das universidades públicas e privadas, aprofundando o projeto burguês de universidade. Este projeto tem como principais objetivos o atrelamento do conhecimento produzido na universidade com os inter-esses da iniciativa privada e redução de gastos públicos com a educação pública. Estas diretrizes têm levado a cortes de verbas para educação, criação de cursos pagos em universidades públicas, expansões sem estrutura, in-stalação de grandes empresas dentro das universidades para a geração de inovação tecnológica, investimento público nos setores privados da educação, incentivo a produtividade acadêmica nos ritmos da competição mercadológica e adequação curricular restrita ao mer-cado de trabalho. Isso explica também porque existe a grande contraposição no Brasil entre universidades públicas que estão totalmente precarizadas, sem inves-timento, e universidades públicas que são centros de ex-celência e tecnologia, produzindo para os grandes capi-talistas. Nas universidades estaduais paulistas, USP, UNESP e UNICAMP o projeto de Bolonha tem sido implementado acompanhado de uma política de re-pressão a todos aqueles que o questionam. Cursos com baixa produtividade para o mercado passam a ser corta-dos, e os repasses de recursos para as faculdades e insti-tutos passam a ser proporcionais a produtividade, iso-lando e precarizando cursos que não tem atrelamento com a iniciativa privada. Abrem-se cursos à distância, como é o caso do curso de Pedagogia, o primeiro curso à distância da UNIVESP (Universidade pública virtual do estado de São Paulo), além de cursos pagos dentro da universidade pública. Campi inteiros são construí-dos para atender o mercado de trabalho, sem a mínima estrutura para o ensino, com cursos precários que visam à formação técnica. Enquanto isto a elitização aprofun-

da-se sem investimento em políticas de permanência estudantil, como bolsas, moradia e creches. Ao mesmo tempo, apoiada em um estatuto criado na ditadura mili-tar, as reitorias e o governo estadual aplicam uma políti-ca dura de repressão e perseguição ao movimento estu-dantil, de trabalhadores e todos aqueles que se opõem a este projeto, utilizando de processos judiciais, força policial, prisões e espionagem. Nas universidades federais a implementação do projeto Bolonha é mais profunda, sendo talvez onde ele se expresse de maneira mais completa. Além dos campi experimentais, do atrelamento com os grandes monopólios privados, das estruturas extremamente precárias, ainda sofrem com o corte de verbas do gov-erno federal e a criação do REUNI. O REUNI é, con-juntamente com todas as políticas anteriormente cit-adas, um plano de grande expansão de vagas para os estudantes, entretanto, sem nenhum aumento de recur-sos, investimento, permanência estudantil, contratação de professores, etc. Este programa do governo Lula e Dilma, propagandeado por estes como uma política de democratização do ensino (contando com o apoio da UNE) é, na verdade, uma política de atrelamento aos interesses dos grandes monopólios privados combinada com uma política de brutal precarização do ensino. O objetivo do governo brasileiro na implementação do projeto de Bolonha, tal qual tem sido aplicado nas uni-versidades federais, é de gerar uma grande quantidade de trabalhadores com “qualificação científica” nacional-mente, formados em cursos universitários precários, para sanar a demanda das empresas multinacionais que vem ao Brasil atrás de recursos naturais e de mão de obra barata. Enquanto isso, os grandes monopólios da edu-cação privada se beneficiam da extrema elitização da universidade pública, alastrando suas filiais por todo o país, lucrando rios de dinheiro com jovens que trabal-ham e se endividam para pagarem seus cursos. O gov-erno de Lula e Dilma incentiva e garante os lucros para essas empresas que, frente à crise, tem aumentado suas mensalidades deixando milhares de inadimplentes sem estudos. O PROUNI surge como uma política especial para sustentar o grande boom de universidades privadas, que passam a ter um grande número de cadeiras vazias, com o governo garantindo seus lucros. Este programa do governo, ao invés de aumentar o número de vagas na universidade pública, financia o estudo de jovens nas universidades privadas, que ganham bolsas através do

grEvE nas univErsidadEs FEdErais E o ProjEto Burguês Mundial dE univErsidadE!

Frente aos tempos que se abrem marcados pela crise capitalista e o desenvolvimento da luta de classes internacionalmente, mais as mobilizações de trabalhadores e estudantes nacionalmente, coloca-se o desafio de forjar uma alternativa revolucionária que prepare a juventude a essa etapa histórica que se desenvolve. Em aliança com os trabalhadores contra a precarização do trabalho, contra a repressão ao povo negro, contra opressão às mulheres e homossexuais, e contra a manutenção de uma universidade para atender os interesses dos monopólios e grandes capitalistas, surge a Juventude às Ruas, um grupo de jovens impulsionado pela Liga Estratégia Revolucionária (LER-QI) junto à independentes, e que

atua nos estados de SP, RJ e MG.

Mais informações: http://juventudeasruas.blogspot.com.br/

QuEM soMos?

ENEM, sendo que cada vaga no setor privado é três vezes o custo de uma vaga no setor público. Tendo em vista as implicações do projeto Bo-lonha no ensino superior brasileiro, que precarizou até mesmo o trabalho dos docentes, fica nítido os motivos dessa greve, que vem se mostrando a mais forte desde 2001. Porém, há ainda uma série de debilidades a serem superadas pelo Movimento Estudantil para que esta luta triunfe. É necessário superar a direção burocrática da maioria dos CA’s e DCE’s das Universidades feder-ais (que são controlados pela direção da UNE, compos-ta em sua maioria pela juventude do PCdoB e pelo PT), para que essa luta se transforme numa luta consequente por outro um projeto de Universidade, uma universi-dade a serviço da classe trabalhadora. Ou seja, a direção do movimento estudantil nacional está nas mãos de um setor governista, que na época da implantação do REU-NI, foi a favor desse projeto. Outro desafio a ser super-ado é a consigna de “10% do PIB para educação JÁ!”. Nós, da Juventude às Ruas, somos a favor de mais inves-timento para a educação, mas essa bandeira por si só não é suficiente, pois ela não questiona os pilares do projeto de universidade burguês que está sendo implementado, e discutir mais investimento por fora desta discussão de para qual projeto de educação e universidade quere-mos esse investimento se mostrou uma consigna falida, pois o próprio Congresso aprovou o investimento de 10% do PIB para a educação no novo Plano Nacional de Educação (PNE), que define os panos e mudanças educacionais no país para os próximos 10 anos. Ou seja, os 10% do pib para a educação deverão vir até 2020! Se não demarcarmos esses pontos na reivindicação, os investimentos para a educação poderão ser destinados aos monopólios da educação privada, aos grandes cen-tros de excelência, e não para as Universidades que estão precarizadas. Que o investimento seja para a educação pública, gratuita, de qualidade e para todos, para acabar com o vestibular, esse filtro social elitista e racista que exclui a juventude trabalhadora e negra das universi-dades, e para a estatização das universidades privadas, sem indenização aos capitalistas, abrindo assim as por-

tas para todos aqueles que queiram estudar e colocar seu conhecimento a serviço da população. Que seja feita a denuncia da estrutura de poder anti-democrática da universidade, onde uma reitoria ditatorial toma todas as decisões, inclusive persegue e pune estudantes e trabal-hadores que se colocam em luta. Na USP, onde o REI-tor Rodas atua conjuntamente com o governo PSDB, há dezenas de estudantes respondendo processos e que podem ser expulsos, tudo por lutarem pela democra-tização da Universidade; além de trabalhadores que podem ser demitidos por também fazerem parte desta luta. Aqui na Unicamp, a realidade não é diferente. Es-tudantes e trabalhadores são punidos por lutarem, como os estudantes que foram suspensos no começo do ano por lutar por moradia, e os trabalhadores que foram processados por fazer greves. Mas para além dessas debilidades do Movi-mento Estudantil, é necessário que essa greve nacional da educação se solidarize e unifique com as greves do funcionalismo público que vem explodindo em vários pontos do país, mostrando que o governo está pre-parando ataques para descarregar sobre os ombros dos trabalhadores os custos da crise mundial que chega ao Brasil. É imprescindível uma solidariedade ativa e no dia-a-dia, em defesa desses trabalhadores que estão ten-do seu direito de greve ameaçado pelo governo Dilma. É tarefa fundamental da juventude e do movimento es-tudantil colocar todo seu ativismo a serviço de defender essa greve da educação e as dos servidores públicos, de-fendendo seu direito de greve e que suas reivindicações sejam atendidas. Os estudantes brasileiros devem se inspirar na juventude chilena que desde o início de 2011 sai às ruas para reivindicar uma educação pública, gratuita, de qualidade, e com acesso para todos; na juventude espanhola que sai às ruas ao lado dos mineiros contra os ataques do governo; na juventude árabe que se en-frentou com governos para derrubar ditaduras, e as-sim travar uma luta coerente para derrubar esse projeto burguês de universidade e construir uma universidade à serviço da classe trabalhadora!