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BOLETIM INFORMATIVO Ano 1 Nº 7 Maio de 2014 www.defensoria.pa.gov.br defensoriapublicapa A maior e mais completa movimentação da história da Defensoria Pública foi deagrada nesta primeira semana de abril. (pág. 3) CONSELHO SUPERIOR DEFLAGRA AÇÕES DE PROMOÇÃO E REMOÇÃO COMISSÃO ORGANIZA CONCURSO PARA NOVOS DEFENSORES PÚBLICOS Esta será a primeira vez que a instituição realizará um concurso após o reconhecimento de sua autonomia administrativa em lei. (pág. 4)

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BOLETIM INFORMATIVO

Ano 1Nº 7

Maio de 2014

www.defensoria.pa.gov.br defensoriapublicapa

A maior e mais completa

movimentação da história da

Defensoria Pública foi deagrada nesta primeira

semana de abril.

(pág. 3)

CONSELHO SUPERIOR DEFLAGRA AÇÕES DE PROMOÇÃO E REMOÇÃO

COMISSÃO ORGANIZA CONCURSO PARA NOVOS DEFENSORES PÚBLICOS

Esta será a primeira vez que a

instituição realizará um concurso após o reconhecimento de sua autonomia administrativa em

lei.

(pág. 4)

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Palavras do Defensor Público Geral

NESTA EDIÇÃO

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CONSELHO SUPERIOR DEFLAGRA AÇÕES DE PROMOÇÃO E REMOÇÃO ........................................................................................................................................................................................................ 3COMISSÃO ORGANIZA CONCURSO PARA NOVOS DEFENSORES PÚBLICOS ................................................................................................................................................................................................... 4DEFENSORIA TEM NOVOS DEFENSORES DE ENTRÂNCIA ESPECIAL ............................................................................................................................................................................................................... 4D E F E N S O R I A P Ú B L I C A PA R T I C I PA D E AU D I Ê N C I A P Ú B L I C A D A L D O 2015 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5PROPOSTA FINAL DO PCCR DOS SERVIDORES JÁ ESTÁ DISPONÍVEL ............................................................................................................................................................................................................... 5PORTARIA OFICIALIZA ESTABILIDADE DE 12 NOVOS DEFENSORES ................................................................................................................................................................................................................ 5DEFENSOR GERAL CUMPRE AGENDA NO SUL E SUDESTE DO PARÁ ................................................................................................................................................................................................................ 6PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO APONTA BALANÇO POSITIVO DE GESTÃO .................................................................................................................................................................................................... 6CONDEGE SOLICITA ISONOMIA JUNTO AO TSE ................................................................................................................................................................................................................................................ 7DEFENSORIA E SEPOF DÃO ANDAMENTO A FINANCIAMENTO DO BNDES ..................................................................................................................................................................................................... 7DEFENSOR GERAL PARTICIPA DA ENTREGA DO HOSPITAL GALILEU ............................................................................................................................................................................................................... 8DEFENSORIA E MARTINICA REFORÇAM LAÇOS E COOPERAÇÃO INTERNACIONAL ....................................................................................................................................................................................... 8CONSELHO APROVA CALENDÁRIO ELEITORAL E RESOLUÇÃO DO CONCURSO .............................................................................................................................................................................................. 9“PAI LEGAL NAS ESCOLAS” VAI À PRAÇA ........................................................................................................................................................................................................................................................... 9PAI LEGAL NAS ESCOLAS REALIZA PALESTRA EM ESCOLAS MUNICIPAIS ........................................................................................................................................................................................................ 9PAI LEGAL REALIZA ATENDIMENTOS EM SANTARÉM .................................................................................................................................................................................................................................... 10BALCÃO DOBRA EMISSÃO DE CTPS EM 2014 .................................................................................................................................................................................................................................................. 10BALCÃO REALIZA AÇÕES NO TAPANÃ E CONJUNTO MAGUARY .................................................................................................................................................................................................................... 11MUTIRÃO ATENDE CACHOEIRA E SÃO DOMINGOS DO CAPIM ..................................................................................................................................................................................................................... 11DEFENSORIA REQUISITA RELAÇÃO DE PRESOS MORTOS E FERIDOS NO INCÊNDIO NO CDP DE ICOARACI ................................................................................................................................................ 11DEFENSORIA DE ICOARACI PROPÕE AÇÃO COLETIVA E ACORDO EXTRAJUDICIAL ...................................................................................................................................................................................... 12COMISSÃO QUER MELHORAR EDUCAÇÃO NO CÁRCERE .............................................................................................................................................................................................................................. 12DEFENSORIA MOSTRA SITUAÇÃO DO SISTEMA PENAL E PROPÕE MELHORIAS .......................................................................................................................................................................................... 13AUDIÊNCIA PÚBLICA TEM PARTICIPAÇÃO DA DEFENSORIA ......................................................................................................................................................................................................................... 13LEI GARANTE MAIOR CONVIVÊNCIA ENTRE PRESOS E FILHOS ..................................................................................................................................................................................................................... 13REUNIÃO VAI TRATAR SOBRE OCUPAÇÃO DO NOVO NARE ........................................................................................................................................................................................................................... 14CLIPPING “AMOR ARREBENTA GRADES, QUEBRA ALGEMAS” ...................................................................................................................................................................................................................... 14REVISTA JURÍDICA É MARCO PARA DEFENSORIA ........................................................................................................................................................................................................................................... 16PARCERIAS COM NPJS AUMENTAM A PRESENÇA DA DEFENSORIA .............................................................................................................................................................................................................. 17DEFENSORIA E FESAR FIRMAM PARCERIA EM REDENÇÃO ............................................................................................................................................................................................................................ 18COOPERAÇÃO UNE DEFENSORIA E CESUPA ................................................................................................................................................................................................................................................... 18DEFENSORIA E CODEM RETOMAM PARCERIA ............................................................................................................................................................................................................................................... 19DEFENSORIAS COORDENAM REVISÃO DO PLANO ESTADUAL DE ENFRENTAMENTO AO TRÁFICO DE PESSOAS ....................................................................................................................................... 20DEFENSORIA DO PARÁ RECEBE COMISSÃO NACIONAL DE DEFENSORES DE DIREITOS HUMANOS DO CONDEGE .................................................................................................................................... 20REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA CHEGARÁ AO JARDIM UBERABA ................................................................................................................................................................................................................... 21DEFENSORIA E UFPA FARÃO LEVANTAMENTO GEOREFERENCIAL DO PARQUE BETEL ................................................................................................................................................................................ 22NDDH PROMOVE TREINAMENTO PARA MORADORES DO PARQUE BETEL .................................................................................................................................................................................................. 22MAIORIA DAS FAMÍLIAS DO PARQUE BETEL DESEJA INDENIZAÇÃO FINANCEIRA ....................................................................................................................................................................................... 23PROJETO “NDDH E VOCÊ” CHEGA A BREVES ................................................................................................................................................................................................................................................... 23TRABALHO DO NDDH É DESTAQUE NO LIBERAL COMUNIDADE ................................................................................................................................................................................................................... 24CURSO E ENCONTRO INSTITUCIONAL EM ALTAMIRA .................................................................................................................................................................................................................................... 24NAECA SE DESTACA EM EVENTOS NACIONAIS ............................................................................................................................................................................................................................................... 25ALTERNATIVAS PODEM REDUZIR TRAUMAS DA SEPARAÇÃO DE PRESAS E FILHOS ..................................................................................................................................................................................... 25DEFENSORIA DE ANANINDEUA PARTICIPA DE ENTREGA DE UNIDADES ...................................................................................................................................................................................................... 26NAECA DE ANANINDEUA PROMOVE VÁRIAS AÇÕES ..................................................................................................................................................................................................................................... 26NAEM FARÁ PALESTRA SOBRE ASSÉDIO MORAL E SEXUAL ........................................................................................................................................................................................................................... 27DEFENSORIA REGISTRA PRIMEIRO CASO DE FILHA QUE ALEGA ABANDONO AFETIVO .............................................................................................................................................................................. 27NÚCLEO DO CONSUMIDOR PARTICIPA DE NOVA REUNIÃO DA CPI DA TELEFONIA ..................................................................................................................................................................................... 27COMISSÃO NACIONAL DE EXECUÇÃO PENAL DEFINE METAS ....................................................................................................................................................................................................................... 28DEFENSORIA OBTÉM REDUÇÃO DE 60 ANOS NA PENA DO “MANÍACO DA CEASA” JUNTO AO STJ .............................................................................................................................................................. 28CONSULTAS, REMÉDIOS E TRATAMENTO VIRAM AÇÕES JUDICIAIS .............................................................................................................................................................................................................. 29DEFENSORIA OBTÉM LIMINAR QUE OBRIGA NOMEAÇÃO DE AGENTES DE TRÂNSITO ............................................................................................................................................................................... 30

Caros Defensores, Servidores e Assis�dos,

No mês de Abril deste ano �vemos muito trabalho, e finalizamos diversas ações que foram planejadas com muitos meses de antecedência.

No Plano Nacional, no exercício da Presidência do Condege, �vemos a honra de par�cipar de reunião na CCJ do Senado, na qual foi pactuado parecer favorável do relator Romero Jucá, sobre a PEC Defensoria para Todos.

No Plano Estadual, foi dada a largada na maior Movimentação da Carreira da História da Defensoria Pública. Um estudo minucioso da Diretoria do Interior, após reunião com coordenadores regionais, com a colaboração da Diretoria Metropolitana e do Gabinete, redundou em proposta de reorganização dos 350 cargos da carreira apenas 3 meses após a sanção da Lei Complementar Estadual091/2014. Como consequência, foram criadas mais 12 Defensorias

Públicas de Entrância Especial, reduzindo o déficit histórico de membros atuando perante os Tribunais, bem como 33 novas defensorias na capital, visando dar mais pujança à atuação especializada em Belém, de acordo com a maior demanda processual e o menor Índice de Desenvolvimento Humano.

Por fim, foi dada a largada à preparação de mais um concurso público para Defensor Público do Estado. Desta feita, o concurso será feito exclusivamente pela ins�tuição, em respeito à sua autonomia administra�va. Assim, já foi designada a comissão que está preparando todos os detalhes administra�vos precedentes ao edital do concurso, inclusive para contratação da empresa especializada para elaboração e organização do certame via licitação.

No mais, desejo a todos excelente leitura a todos e a todas.

Luis Carlos de Aguiar PortelaDefensor Público Geral

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A maior e mais completa movimentação da história da Defensoria Pública foi deflagrada nesta primeira semana de abril. Apenas três meses depois da aprovação da Lei Complementar Estadual 091/2014, as mudanças mais esperadas para melhoria e rac ional ização do trabalho r e a l i z a d o p e l a i n s � t u i ç ã o começam a ser efe�vadas.

O Conselho Superior da D e f e n s o r i a , e m r e u n i õ e s realizadas na úl�ma segunda‐feira, 31 de março, quarta‐feira, 2 de abril, e quinta‐feira, 3, votou e aprovou os recursos para formação da lista de an�guidade defini�va da Defensoria. Esta relação, publicada na edição do dia 3 de abril do Diário Oficial do Estado (DOE), é a base para toda a movimentação que passa a ser processada na ins�tuição.

Na quarta‐feira, 2, o Conselho aprovou a redistribuição de cargos, com pequenas adaptações de ordem formal, feitas no estudo produzido pela Diretoria do Interior, e que contou com as contribuições da Diretoria Metropolitano, Coordenação de Entrância Especial e Gabinete.

Um dos pontos mais importantes da decisão do Conselho foi a ex�nção de 12 cargos de 1ª Entrância já vagos na Defensoria e a criação concomitante de 12 Defensorias Públicas de Entrância Especial. Antes da mudança, apenas oito Defensores Públicos atuavam na Entrância Especial, que é o topo da carreira, e que cuida de todos os processos movimentados pelos 30 desembargadores do Tribunal de Jus�ça do Estado e 31 procuradores de Jus�ça, do Ministério Público Estadual.

A criação dos 12 novos cargos proporciona uma redução nesse déficit histórico entre o número de Defensores da Entrância Especial e o de procuradores e desembargadores. A resolução com estas modificações também foi publicada, juntamente com o edital de convocação dos atuais defensores de Entrância Especial, para que possam se �tularizar nas Defensorias de suas respec�vas opções.

Momento de destaque na sessão foi os debates envolvendo a criação de novas Defensorias nos Núcleos Cível, da Fazenda Pública e Criança e Adolescente. Após manifestações de conselheiros e de Defensores Públicos presentes (que �veram gen�lmente cedida a palavra), os coordenadores José Anijar Rei, da Área Cível e Fazenda, e Emilgrie�y Santos, do NAECA, manifestaram‐se por meio de videoconferência, expondo a situação dos respec�vos núcleos, o diagnós�co dos estudos realizados pela gestão e a ocorrência de fatos supervenientes, o que levou o Conselho a criar mais vagas em ambas as áreas.

Na reunião do Conselho Superior que aconteceu nesta quinta‐feira, 3, a Defensora Ká�a Gomes, lotada na 1ª Entrância, foi �tularizada na Defensoria Pública de Santa Maria do Pará. Ato con�nuo do Conselho editou a resolução disponibilizando os 12 cargos que estão vagos na Entrância Especial para o processo de

promoção dos atuais membros da 3ª Entrância.

A sessão de promoção de membros da 3ª Entrância para Entrância Especial está marcada para acontecer no próximo dia 15 de abril, às 14 horas, no auditório da Escola Superior da Defensoria.

O estudo realizado pela Diretoria de Interior conseguiu atender a todas as necessidades de atuação da Defensoria Pública. O Defensor Público Anderson Serrão, Coordenador de Polí�cas Criminais do Interior, destaca que

a movimentação na carreira implica avanço e garan�a de maior atuação da ins�tuição nos municípios, sobretudo os de 2ª Entrância, que são aqueles de portes médio e grande, considerados pólos. “Nessas cidades temos um maior volume processual e de demandas”, disse. “Trata‐se de um avanço para o jurisdicionado”, completou o Diretor de Interior, Alexandre Bastos.

Para Bastos, o estudo se pautou na busca de soluções minuciosamente planejadas, com foco no planejamento estratégico da Defensoria. Nada foi feito às cegas. O estudo revelou, por exemplo, a necessidade de ampliar a atuação da Defensoria Pública na Região Metropolitana de Belém (RMB) e nos municípios de 2ª Entrância.

Outro ponto destacado como importante é a legalização de situações funcionais. Alguns defensores atuavam em determinada comarca sem legi�midade para tal. O estudo norma�za essas atuações. Alexandre Bastos ressaltou ainda que a atuação dos defensores no interior passará a ser especializada. “Isso facilita o trabalho do Defensor, porque nosso foco é o assis�do”, observou.

O Diretor do Interior realçou também que será feita uma racionalização dos 108 Defensores Públicos que estão nos municípios paraenses. “Esse estudo indica para a sociedade que a Defensoria evoluiu bastante. Os efeitos da lei começam a aparecer. Nós estamos num processo de organização. Não vamos conseguir resolver todos os nossos problemas, porque o concurso público é a única solução”, pontuou.

O Defensor Público Geral, Luis Carlos de Aguiar Portela, comenta ainda que o estudo contribui decisivamente para o fortalecimento de núcleos especializados, como o da Criança e Adolescente, que passa a ser prioridade absoluta; ó da Fazenda Pública, que terá ação mais robusta na área de saúde; o de Direito do Consumidor, que deve ser ampliado para efe�var um serviço mais abrangente; e o de Execução Penal, pois é decisão da gestão que a Defensoria Pública assuma todas as casas penais do Estado, cumprindo determinação prevista na Lei de Execução Penal e a própria demanda social crescente.

Texto: Micheline FerreiraFotos: Isabelle Fecury

CONSELHO SUPERIOR DEFLAGRA AÇÕES DE PROMOÇÃO E REMOÇÃO

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A comissão organizadora do concurso para Defensor Público realizou a primeira reunião de trabalho na úl�ma sexta‐feira, 25. Na oportunidade, foi explanado pela coordenadora do Setor de L i c i t a ç õ e s , C o n t r a t o s e Convênios, Luciana Reggiardo os detalhes do processo licitatório que vai subsidiar a contratação da empresa responsável por toda elaboração do certame, que deve agregar ao quadro da Defensoria Pública do Pará 18 defensores públicos subs�tutos, além de cadastro de reserva.

A comissão foi criada por determinação do Defensor Público Geral, Luis Carlos Portela, e aprovada pelo Conselho Superior da Defensoria Pública, por meio da Resolução 127/2014 CSDP. Esta será a primeira vez que a ins�tuição realizará um concurso sem o auxílio da Secretaria de Estado de Administração (SEAD), de acordo com o reconhecimento da autonomia administra�va da Defensoria Pública do Estado inserida pela Lei Complementar Estadual 091/2014.

Segundo o Defensor Bruno Braga, e presidente da comissão

do concurso, apesar da novidade ser um desafio, a realização de concursos deverá ser uma ação constante, pois a ins�tuição precisa ampliar o número de defensores. “A intenção é que a realização de concursos públicos seja uma a�vidade constante da Defensoria Pública do Pará, tendo em vista a constante necessidade de ampliação de atuação em todo o Estado”, afirmou.

Outra novidade é que uma vez lançado o edital do concurso, além da par�cipação de um

membro da OAB Pará, será convidado a par�cipar de todos os atos o Ministério Público Estadual, em nome da lisura e da transparência de todo o processo.

A comissão responsável pela organização, além do seu presidente, é composta pelas Defensoras Públicas Ana Marina Valente do Couto e Emilgrie�y Santos e pela consultora jurídica Lorena Dahás Jorge de Souza.

Texto e Fotos: Isabelle Fecury

COMISSÃO ORGANIZA CONCURSO PARA NOVOS DEFENSORES PÚBLICOS

Momento é histórico e amplia vagas estagnadas há 20 anos

Depois de 20 anos, a Defensoria Pública do Estado do Pará mais que dobrou o número de Defensores Públicos na chamada Entrância Especial. Passou de oito para 20, aumentando em mais 12 e diminuindo o déficit de defensores atuantes junto ao Tribunal de Jus�ça do Estado e Tribunais Superiores. O acontecimento, marco histórico na ins�tuição, ajuda a reduzir a diferença numérica entre defensores, procuradores de Jus�ça, que são 31, e desembargadores, que totalizam 30, atualmente.

O Defensor Público Geral, Luis Carlos de Aguiar Portela, realçou que o crescimento em 150% no quadro de defensores da Entrância Especial vai beneficiar diretamente a população do Estado, que passa a ter um número maior de defensores públicos atuando na área recursal dos processos até a úl�ma instância. “É um ganho sem igual para a carreira, para a ins�tuição mas, sobretudo, para nossos assis�dos, porque teremos como dar vazão ao número sempre crescente de processos”, pontuou.

Todos os defensores promovidos atuam, no momento, na 3ª Entrância, em vários núcleos da ins�tuição na capital. A decisão, inédita, aconteceu durante reunião extraordinária do Conselho Superior da Defensoria realizada nesta terça‐feira, 15 de abril. Todos os 12 que ascenderam à Entrância Especial subiram ao mais alto grau da carreira pelo critério de an�guidade, de acordo com proposição da relatora, a Corregedora Geral da Defensoria, Florisbela Cantal, aprovada de forma unânime. “Este momento é mesmo um marco porque desde 1994 somente oito defensores compunham a Entrância Especial, que é o órgão superior, que precisa ser diligente na mantença dos ganhos e nos recursos em

caso de perdas, nos processos de nossos assis�dos”, declarou ela.Os novos defensores da Entrância Especial passarão a atuar,

efe�vamente na área, a par�r de julho deste ano, de acordo com decisão já acordada no Conselho Superior. Tudo porque esse período de pouco mais de dois meses será necessário para a finalização do processo de movimentação em todas as áreas da carreira de defensor público, que vem ocorrendo, a par�r de um amplo e minucioso estudo realizado pela Diretoria do Interior, acatado na íntegra pelo Conselho.

A decisão de atuação efe�va em julho também foi tomada para que não ocorra nenhum prejuízo no andamento dos processos nesse intervalo, fazendo valer o princípio da con�nuidade do serviço público.

O processo de promoção para Entrância Especial mobilizou 53 candidatos da 3ª Entrância, que concorreram aos novos cargos criados em reunião do Conselho do úl�mo dia 3 de abril deste ano. Foram ofertadas sete vagas de Defensoria de Entrância Especial Cível e cinco Criminais.

Na próxima terça‐feira, 22 de abril, às 14 horas, o Conselho Superior da Defensoria retoma a pauta de movimentação da carreira, para analisar a proposta de remoção de defensores para a 3ª Entrância.

Os promovidos para a Entrância Especial são: Marilena Carmona dos Santos Silva, que optou pela 2ª Defensoria Pública Cível de Entrância Especial; Rosa Ângela Ramos Wenner, que vai para a 8ª Defensoria Pública Criminal de Entrância Especial; Regina Lúcia Barata, 3ª Defensoria Pública Cível de Entrância Especial; Laura Maria Fragoso Pires, 4ª Defensoria Pública Cível de Entrância Especial; José do Carmo Sampaio Martha, 5ª

DEFENSOR IA TEM NOVOS DEFENSORES DE ENTRÂNCIA ESPECIAL

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Defensoria Pública Cível de Entrância Especial; Antonio Carlos de Andrade Monteiro, 6ª Defensoria Pública Cível de entrância Especial; Regina Maria da Silva Fernandes, 7ª Defensoria Pública Cível de Entrância Especial; Manoel Figueiredo Neto, 9ª Defensoria Pública Criminal de Entrância Especial; Luiz Antônio Nascimento Ramos, 10ª Defensoria Pública Criminal de Entrância

Especial; Maria de Nazaré Russo Ramos, 8ª Cível de Entrância Especial; Léa Cris�na de Siqueira Serra, 11ª Criminal e Maria Cândida Costa Feitosa, que ascende para a 12ª Criminal de Entrância Especial.

Texto: Micheline Ferreira

A Defensoria Pública do Estado do Pará corre atrás de incluir na Lei de Diretrizes Orçamentárias do Estado mais recursos para as ações da ins�tuição no próximo exercício financeiro de 2015. Para tanto, par�cipou na manhã desta quarta‐feira, 16 de abril, de audiência pública promovida pela S e c r e t a r i a d e E s t a d o d e Orçamento, Planejamento e F inanças pela ( S E P O F ) , no auditório do Centro Cultural Tancredo Neves (Centur).

A Defensora Pública Anelyse Freitas representou o Defensor Público Geral do Estado, Luis Carlos de Aguiar Portela, na reunião de trabalho. Anelyse destacou o avanço e crescimento da Defensoria do Pará e ressaltou a importância do aumento e incremento orçamentário no novo contexto da ins�tuição.

Anelyse Freitas realçou que é preciso discu�r na sociedade a respeito de qual polí�ca pública a nossa sociedade deseja para implementar a diminuição da pobreza e das desigualdades no Estado, que é a grande diretriz do Governo e da própria Defensoria Pública. “Portanto, neste momento queremos sensibilizar a sociedade para que essa luta não seja da Defensoria, do Governo e nem dos outros poderes, mas de todos nós, enquanto cidadãos” pontuou.

A discussão da LDO ocorre em audiência pública, inclusive aceitando sugestões online no www.pa.gov.br. Será formatada e entregue na Assembleia Legisla�va do Estado do Pará para

apreciação e discussão. Pela Defensoria Pública também par�ciparam da audiência a Coordenadora do Núcleo de Planejamento (Nuplan), Norma Suely Valente, e a administradora Mariana Stel.

Novo comitê va i atuar na captação de recursos

O comitê vai atuar no sen�do de fazer estudos, elaborar e sistema�zar atos que busquem “o�mizar a captação de créditos orçamentários e de recursos

financeiros junto aos poderes públicos e ins�tuições nacionais e internacionais”.

O grupo será presidido pelo Defensor Público Geral do Estado, Luis Carlos de Aguiar Portela, que terá o apoio e trabalho dos Defensores Públicos Antônio Cardoso e Anelyse Freitas. Também fazem parte do novo comitê os servidores Luciana Cunha Reggiardo, Norma Suely Ribeiro, Silvio Darley Fernandes e Maria Sthel Francisqueto. Todos atuarão sem prejuízo de suas atribuições e não receberão qualquer espécie de gra�ficação pelo desempenho da nova função.

A captação de recursos é hoje prioridade na Defensoria Pública, que busca a modernização e ampliação de serviços prestados para a população reconhecidamente carente e em situação de vulnerabilidade.

Texto: Micheline Ferreira

DEFENSORIA PÚBLICA PARTICIPA DE AUDIÊNCIA PÚBLICA DA LDO 2015

PROPOSTA FINAL DO PCCR DOS SERVIDORES JÁ ESTÁ DISPONÍVEL

O Gabinete da Defensoria Pública do Estado está disponibilizando no site ins�tucional a proposta final do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração dos Servidores da Defensoria Pública do Estado do Pará (PCCR), que foi entregue, no úl�mo dia 31 de março, à Secretaria de Estado de Administração (SEAD).

O PCCR descreve regulamentações sobre o provimento no órgão perante concurso público; o estágio probatório; a avaliação

de desempenho; a organização do quadro de pessoal e das carreiras; a jornada de trabalho; as remunerações; as vantagens pecuniárias; a movimentação dos servidores na carreira por promoção e progressão; remoção; além de norma�zações sobre os cargos exercidos.

Texto: Gilla Aguiar

A Defensoria Pública do Estado do Pará, por meio do seu Defensor Público Geral, Luis Carlos de Aguiar Portela, publicou na edição de 23 de abril do Diário Oficial do Estado (DOE), a portaria 0024/14, que confirma 12 membros aptos ao cargo de

Defensores Públicos, bem como estáveis no serviço público, retroagindo os efeitos à data de 22 de dezembro de 2013.

A portaria especificada homologa o relatório final da Corregedoria Geral, contendo a avaliação de desempenho dos

PORTARIA OFICIALIZA ESTABILIDADE DE 12 NOVOS DEFENSORES

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PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO APONTA BALANÇO POSITIVO DE GESTÃO

Em reunião do Comitê Gestor de Planejamento Estratégico da Defensoria Pública do Estado do Pará, a principal discussão foi a viabilidade do monitoramento e a análise dos avanços, das fragilidades e do cumprimento do plano estratégico e do tá�co‐operacional da ins�tuição.

A reunião ressaltou algumas das úl�mas conquistas alcançadas pela Defensoria Pública do Pará, como a aprovação da Lei Complementar Estadual Nº 91/2014; o Plano de Cargos, Carreiras e Salários dos Servidores encaminhado à Secretaria de Estado de Administração (SEAD); e a inclusão do cartão de �cket alimentação para todos os defensores e servidores.

De acordo com o Defensor Público Geral, Luis Carlos de Aguiar Portela, o planejamento estratégico ins�tucional é fundamental para que as grandes corporações possam dar passos muito mais largos e firmes na expansão, crescimento e o fortalecimento do órgão. “A Defensoria Pública não poderia ser diferente, porque nós, a cada dia, procuramos nos aprimorar e melhorar, reconhecendo e vislumbrando de uma forma mais holís�ca e mais sistemá�ca as dificuldades e as soluções, sejam elas complexas ou simples. A ideia é viabilizarmos a condensação de todos esses dados, sejam eles posi�vos ou nega�vos”, explicou.

Portela disse ainda que “com o planejamento estratégico ins�tucional nós teremos um norte muito mais palpável”. “Eu diria mesmo que podemos empreender uma dinâmica muito

maior, porque sabemos onde estão as dificuldades e descobrimos como vamos resolvê‐las. Enfim, o planejamento estratégico da Defensoria Pública é uma grande ferramenta de gestão, que jamais poderá ser deixada de lado se quisermos ver a nossa ins�tuição crescendo e sendo reconhecida por todos", concluiu o Defensor Geral.

A Consultora de Planejamento Estratégico, Nylma Maneschy, também observou que por meio dessas ações na Defensoria Pública foi possível evidenciar todos os resultados posi�vos da atual gestão. “Na próxima reunião vamos mostrar o fechamento desse ciclo, que já pode ser considerado vitorioso, mesmo faltando ainda dois meses para o encerramento desta gestão", analisou.

O encontro aconteceu nesta terça‐feira, 15 de abril e contou com a par�cipação da consultora de Planejamento Estratégico, Nylma Maneschy; o coordenador do Planejamento Estratégico da Defensoria, Daniel Lobo; o Defensor Público Geral, Luis Carlos de Aguiar Portela; o Chefe de Gabinete, Bruno Braga; o diretor da Escola Superior da Defensoria, Antônio Roberto Cardoso; o Diretor Administra�vo, Silvio Darley; representando a Diretoria Metropolitana, o Coordenador de Polí�cas Cíveis da capital, Rodrigo Ayan; o coordenador do Núcleo de Tecnologia da Informá�ca, Fábio Rangel; a coordenadora do Núcleo de Planejamento (Nuplan), Norma Suely Valente; a administradora, Mariana Stel; representando a Gerência do Psicossocial, a

Uma agenda cheia de compromissos com os Defensores Públicos das regiões Sul e Sudeste do Estado. Assim começam nesta quarta‐feira, 9 de abril, as a�vidades do Defensor Público Geral do Estado do Pará, Luis Carlos de Aguiar Portela, que estará até o dia 10 de abril em Redenção e, no dia 11, no município de Marabá.

Em Redenção, no sul do Pará, além da cerimônia de assinatura de convênio de Cooperação Técnica com a Faculdade de Ensino Superior da Amazônia Reunida (FESAR), para implantação de parceria com o Núcleo de Prá�cas Jurídicas da ins�tuição, o Defensor Geral vai assinar e entregar à Defensora Pública Emília Benigno o contrato de locação do prédio onde funcionará a nova sede do Núcleo de Conceição do Araguaia.

A nova sede está situada na avenida Frei Pedro Secundi, lote 2, quadra 122, no centro da cidade. A reforma e adaptação já foram solicitadas ao setor de Engenharia da Defensoria pelo Diretor de Interior, Alexandre Bastos. Também será realizada reunião de trabalho com todos os defensores da região, para levantamento de necess idades e apresentação da reestruturação da carreira, que vem acontecendo, inclusive com detalhamento de cronogramas de reuniões do Conselho Superior da Defensoria.

Luis Carlos de Aguiar Portela estará acompanhado do

Defensor Público Antônio Cardoso, diretor da Escola Superior da Defensoria, que também par�cipará da assinatura do convênio com a FESAR.

Tanto em Redenção quanto em Marabá, no sudeste paraense, será feita a captação de dados para confecção de carteiras funcionais já no padrão de alta segurança e an�fraude da Casa da Moeda.

Em Marabá, onde funciona o Núcleo Regional de Carajás, o Defensor Público Geral vai visitar o posto avançado da Defensoria Pública na Estação Cidadania, do Governo do Estado, que será inaugurada no próximo dia 25 de abril, no shopping Marabá.

Também está prevista visita técnica ao terreno afetado pela Superintendência do Patrimônio da União (SPU) em favor da ins�tuição em janeiro deste ano, onde será construída a futura sede própria da Defensoria Pública.

Luis Carlos Portela e Antônio Cardoso ainda terão reunião com o reitor da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), Maurílio Monteiro, para definir assinatura de cooperação que promova a parceria com o Núcleo de Prá�cas Jurídicas, ampliando o trabalho da Defensoria em todo o município.

Texto: Micheline Ferreira

DEFENSOR GERAL CUMPRE AGENDA NO SUL E SUDESTE DO PARÁ

novos defensores públicos que tomaram posse no dia 22 de dezembro de 2010, e declara aptos na carreira de Defensores Públicos os seguintes membros: José Erickson Ferreira Rodrigues; Hélio Paulo Santos Furtado; Corina Pissato; Jaqueline Kurita; Luciana Souza dos Anjos Mesquita; Caio Faveiro Ferreira;

Matuzalém Carneiro Bernardo; Fernando Eurico Lopes Arruda Filho; Larissa de Almeida Beltrão Rosas; Joaquim Azevedo Lima Filho; Luis Carlos Lima da Cruz Filho e Gheisa Andrade de Brito.

Texto: Gilla Aguiar

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Brasília (DF) ‐ O Colégio Nacional de Defensores Públicos‐Gerais (Condege) solicitou, durante visita ao Presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Marco Aurélio Mello, o acesso às informações constantes no Cadastro Nacional dos Eleitores. O acesso às informações será ú�l para a assistência jurídica aos assis�dos que procuram a Defensoria Pública.

Na fundamentação do pedido, o Condege relata que “na seara criminal este Colendo Tribunal conferiu oportunidade ao Ministério Público enquanto patrono da ação penal de ter acesso ao cadastro eleitoral, a fim de propiciar o andamento ao respec�vo processo. Assim, ao se disponibilizar ao Ministério Público o acesso a amplas informações pessoais dos cidadãos, a paridade de direitos e garan�as na tramitação do procedimento resta desequilibrada, uma vez que à defesa pública não se está possibilitando igual direito”.

Curadoria especialO pedido entregue ao TSE destaca ainda que ”de outro lado,

no exercício da curadoria especial, função ins�tucional da Defensoria Pública, nos termos do art. 3º, inciso XVI, da LC 80/94, compete também à Ins�tuição à tenta�va de contato com

pessoas, que por lei é incumbida de representar, para que bem possa exercer seu papel. Para tanto, o acesso a cadastros públicos é de extrema valia à Defensoria Pública a fim de que se possa exercer todos os direitos processuais colocados à disposição do cidadão, principalmente nesses casos cuja defesa é apresentada na forma de nega�va geral ante a ausência de contato do Defensor Público com o réu/assis�do”.

Segundo o Presidente do Condege, Nilton Leonel Arnecke Maria, “ao promover a defesa criminal, não possui meios que permitam a localização dos réus para contato pessoal ou mesmo de testemunhas imprescindíveis para fazer prova de suas alegações, ainda mais quando se defende pessoas em situação de vulnerabilidade, que não possuem meios e condições materiais de obter os dados ora pleiteados”.

Além do Presidente do Condege, par�ciparam da visita o Defensor Público‐Geral do Estado do Rio de Janeiro, Nilson Bruno Filho, e o Defensor Público do Estado do Rio Grande do Sul Junto aos Tribunais Superiores, Rafael Raphaelli.

Texto: CONDEGE

CONDEGE SOLICITA ISONOMIA JUNTO AO TSE

servidora Inês Barbosa; a servidora Ana Clara Souza, pelo Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos; e a psicóloga da Escola Superior, Paula Castro.

Matéria: ASCOMFotos: Paulo Almeida

O Defensor Público Geral, Luis Carlos de Aguiar Portela, par�cipou logo cedo, nesta quinta‐feira, 24 de abril, de reunião técnica com a secretária de Estado de Planejamento, Orçamento e Finanças, Maria do Céu Guimarães de Alencar, para tratar de ajustes e pendências do processo de financiamento que a Defensoria Pública do Estado pleiteia junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

P o r t e l a a p r o v e i t o u o encontro para solicitar “análise com sensibilidade e celeridade” do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) dos servidores da Defensoria Pública. “Queremos atenção especial na avaliação técnica desse projeto”, ressaltou o Defensor Geral.

A linha de crédito do BNDES vai ser direcionada para modernizar o funcionamento da ins�tuição, ampliando, assim, o acesso da população à Jus�ça. Os repasses serão feitos por meio do Programa de Modernização da Administração das Receitas e da Gestão Fiscal, Financeira e Patrimonial das Administrações Estaduais (PMAE). O Conselho Monetário Nacional (CMN) autorizou o acesso das Defensorias Públicas aos recursos em

s e t e m b r o d e 2 0 1 1 , a p ó s apresentação de um diagnós�co da Defensoria Pública no Brasil, elaborado pela Secretaria da Reforma do Judiciário.

U m a v e z l i b e r a d o s o s recursos, a Defensoria do Estado d o P a r á v a i u � l i z á ‐ l o s n a informa�zação, desenvolvimento e aperfeiçoamento dos sistemas d e i n fo r m a çã o, s e r v i ço s e virtualização dos processos, integração de s i stemas de acompanhamento de processos judiciais, reforma e melhoria de

instalações operacionais e de atendimento ao público, capacitação e aperfeiçoamento de servidores, produção de estudos e diagnós�cos e a execução de polí�cas públicas voltadas para a democra�zação do acesso à jus�ça.

A reunião de trabalho contou com a par�cipação da coordenadora do NURE da SEPOF, Ana Regina Moreira Bastos, e da técnica em Gestão, Liete Tavares Venturieri, além da equipe da Diretoria Financeira da Defensoria.

Texto: Micheline Ferreira

DEFENSORIA E SEPOF DÃO ANDAMENTO A FINANCIAMENTO DO BNDES

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O Defensor Público Geral, Luis Carlos de Aguiar Portela, par�cipou na manhã desta quarta‐feira, 2, da inauguração do Hospital Galileu, em Ananindeua, ao lado do governador Simão Jatene, do vice‐governador, Helenilson Pontes, do Procurador Geral de Jus�ça, Marcos Antônio Neves, e dos prefeitos de Belém, Zenaldo Cou�nho, e Ananindeua, Manoel Pioneiro.

Para o Defensor Geral, a obra v a i a j u d a r a d e s a f o g a r a necessidade por leitos na Região Metropolitana de Belém, cuja demanda é sempre muito maior que a oferta. Ele destacou que o hospital é “bem moderno, com instalações de úl�ma geração”. “Vai ser um ganho para a população e também vai contribuir para que não existam tantas demandas judicializadas. Parabenizo o governo do Estado pelo cuidado com a saúde pública”, comentou.

O novo hospital tem 120 leitos e servirá de retaguarda a três

h o s p i t a i s d a r e g i ã o metropolitana, entre eles o Regional Abelardo Santos, no distrito de Icoaraci, que passa por uma reforma completa. Cerca de R$ 10 milhões foram aplicados pelo governo do Estado no Hospital Galileu, dos quais R$ 7 milhões nas obras �sicas e R$ 3 milhões em equipamentos.

O p r é d i o , c o n s t r u í d o originalmente pela Assembleia de Deus, está localizado na Rodovia Mario Covas, ao lado da sede da Comieapa. Alugado e readaptado

pelo Estado, de acordo com as normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o Hospital Galileu também servirá para dar rota�vidade aos leitos dos hospitais Metropolitano e de Clínicas Gaspar Vianna.

Texto: Micheline Ferreira

DEFENSOR GERAL PARTICIPA DA ENTREGA DO HOSPITAL GALILEU

Os laços que unem a Defensoria Pública do Estado do Pará e a Mar�nica estão cada vez mais fortalecidos. E foram renovados durante visita de cortesia do adido do país, o empresário Lucien Azile, que esteve em reunião com o Defensor Público Geral, Luis Carlos de Aguiar Portela, que recebeu a comi�va ao lado dos Defensores Públicos Márcio Cruz e Anelyse Freitas, do Núcleo de Defesa de Direitos Humanos (NDDH), no dia, 25 de abril, na sede da ins�tuição.

A parceria entre Defensoria e o governo da Mar�nica começou em 2005. Através da cooperação com o território francês no Caribe, a ins�tuição conseguiu inves�mentos para o Laboratório de Gené�ca Humana da Universidade Federal do Pará (UFPA), que é um dos apoiadores do programa Pai Legal.

Neste novo encontro, a retomada da parceria tem direção certa. De acordo com os Defensores Márcio Cruz e Anelyse Freitas, a expecta�va é de que o programa de Regularização Fundiária da Defensoria Públ ica também receba os

inves�mentos indiretos da Mar�nica, através da aquisição de equipamentos para georeferenciamento ao Laboratório de Engenharia Civil da UFPA. O Defensor Público Geral, Luis Carlos de Aguiar Portela, declarou que não medirá esforços para ampliar ainda mais o vínculo com o país.

Durante a visita, Portela disse que a Defensoria Pública está de portas abertas para cooperação, porque entende que os representantes da Mar�nica valorizam ações que beneficiam a população carente e em situação de vulnerabilidade, o mesmo foco e público‐alvo da ins�tuição.

Estado do Pará e Mar�nica assinam convênio de Cooperação

O Defensor Público Geral, Luis Carlos de Aguiar Portela, par�cipou da assinatura de convênio de cooperação entre o Governo do Estado e o Departamento Francês Ultramarino da Ilha da Mar�nica.

O representante do país caribenho, Serge Letchimy, veio ao

DEFENSORIA E MARTINICA REFORÇAM LAÇOS E COOPERAÇÃO INTERNACIONAL

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O projeto Pai Legal nas Escolas realizou no dia 27 de abril, atendimento a população em um estande e também circularam na praça para informar e esclarecer como funciona o reconhecimento voluntário de paternidade, além de orientar como é feita a coleta para o exame de DNA, se for o caso.

A assistente social Roselene Barros, ressaltou que os atendimentos gerados pela ação de divulgação do projeto foram encaminhados para a Defensoria Pública. “Nosso obje�vo na praça foi se concentrar em esclarecimentos e orientações. Uma de nossas metas, é levar informação e divulgar o projeto”,

destacou.A decisão de levar o “Pai Legal nas Escolas” até as praças se

deu em função da necessidade de aproveitar o grande fluxo de pessoas, sobretudo pais e filhos, que muitas vezes não têm a situação de paternidade regular.

Também par�ciparão da divulgação na praça da República, as técnicas Inês Barbosa e Ana Cláudia Cardoso.

Texto: Micheline Ferreira

“PAI LEGAL NAS ESCOLAS” VAI À PRAÇA

Pará fortalecer as relações para o desenvolvimento de energias renováveis, biodiversidade e nutrição animal.

A assinatura do termo de cooperação aconteceu no Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia. Entre os principais pontos descritos no acordo estão o desenvolvimento do setor industrial dos dois territórios, a conservação das condições ambientais, a promoção de intercâmbio entre estudantes e professores que atuam em centros de capacitação e o incen�vo à produção do setor turís�co.

A Mar�nica é um Departamento Ultramarino Insular

Francês, localizado no Caribe. A economia do local é baseada no comércio e agricultura, que é responsável por cerca de 6% do Produto Interno Bruto (PIB). Nos úl�mos anos, o setor de turismo tem crescido muito, e se tornado mais importante que as exportações agrícolas como fonte de intercâmbio internacional. A capital do país, Fort‐de‐France, é considerada a cidade mais francesa fora da França. A maior parte da força de trabalho está empregada nos setores de serviços e administra�vo.

Texto: Micheline Ferreira

O Conselho Superior da Defensoria Pública aprovou as proposições da pauta da reunião o r d i n á r i a r e a l i z a d a n e s t a segunda‐feira, 14. A principal delas foi a confirmação do calendário de eleições Para Defensor Públ ico Gera l no próximo dia 23 de maio e, uma semana antes, dia 16, será feita a escolha democrá�ca dos novos membros do Conselho Superior.

Foi decidido à unanimidade a vedação de u�lização de carros‐som e ingestão de bebida alcólica no local de votação. Tanto os prazos quanto os membros que comporão a comissão eleitoral foram aprovados também por decisão unânime, seguindo o voto da Defensora Pública e Corregedora Geral da Defensoria, Florisbela Cantal.

As mesmas regras propostas e aprovadas para a eleição do Defensor Público Geral também valerão para a escolha dos novos conselheiros do CSDP. Foi acrescentada regra de transição que prevê em caso de não exis�r dois membros estáveis inscritos para cada categoria nas eleições do Conselho Superior, será admi�da a inscrição de Defensores não estáveis da mesma entrância, para concorrer ao cargo.

O longo debate pontou aspectos importantes do pleito, tais

como a conduta de Defensores Públicos, o que gerou ampla discussão sobre regras específicas que estavam sendo pleiteadas para que �vessem validade, mas não prosperaram, e que seriam aplicada tanto a Defensores quanto aos candidatos no dia da eleição. Material de campanha, trajes compa�veis e adequados para o momento, a forma de e nv e l o p a m e n t o d o s v o t o s postais, prazo de recepção de cédulas de votação quando o eleitor es�ver em trânsito, foram

alguns temas que levantaram polêmica.A reunião ordinária foi concluída com a aprovação unânime

da resolução que define a realização de concurso público e até a comissão que conduzirá a feitura do certame, em mais uma matéria relatada pela Corregedora, Florisbela Cantal.

Nesta terça‐feira, 15, acontece, a par�r das 14 horas, nova reunião do Conselho Superior da Defensoria Pública, para uma extensa pauta de assuntos importantes para a ins�tuição, como as remoções.

Texto: Micheline Ferreira

CONSELHO APROVA CALENDÁRIO ELEITORAL E RESOLUÇÃO DO CONCURSO

PAI LEGAL NAS ESCOLAS REALIZA PALESTRA EM ESCOLAS MUNICIPAIS

Cerca de 30 famíl ias manifestaram interesse no reconhecimento voluntário de paternidade durante visita da equipe do Projeto Pai Legal nas Escolas, da Defensoria Pública, na

Escola Municipal Benvinda de França Messias, no bairro de São Brás.

O projeto visitou a quarta ins�tuição de ensino primário em

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busca de famílias que desejam conceder à criança seus direitos legais através do reconhecimento paterno extrajudicial. A quarta edição do evento de conscien�zação aconteceu no dia 28 de abril.

A equipe do projeto, acompanhada da técnica jurídica do Núcleo de Atendimento Especializado à Família (NAEFA) da Defensoria, Lacy Simões, levou a mais de 60 pais de alunos as orientações, destacando e avaliando os casos que se encaixariam no projeto e �rando dúvidas alusivas aos direitos da criança e do adolescente, sobre como lidar com rejeição dos próprios filhos em ter o nome dos pais e como contatar o pai da criança para iniciar o procedimento legal.

A escola também vem sendo beneficiada com o Projeto de Defesa da Filiação nas Escolas Públicas de Belém do Ministério Público, no qual já executou 17 reconhecimentos paternos. A promotora Nazaré Abbade Pereira, da 10ª Promotoria de Jus�ça de Família, parabenizou o trabalho da Defensoria através do Pai Legal e enfa�zou a importância da a�vidade de ambas as ins�tuições no atendimento ao público necessitado. Para ela, os projetos são complementares e deveriam chegar a todas as 288 escolas da capital.

A visita à escola Benvinda de França Messias aconteceu por conta da grande expecta�va dos pais em receber o projeto. De acordo com a diretora Andréia Mendes, 30 mães, e até mesmo pais, de alunos querem inserir o sobrenome paterno no registro de nascimento de seus filhos, contudo, não é apenas a re�ficação na cer�dão que move o interesse das famílias. “Muitas mães entram em contato com a escola alegando que os filhos necessitam da presença do pai”, contou. A diretora disse ainda que “em busca de oferecer o amparo ins�tucional a essas mães, a escola procura promover o encontro entre estas famílias e o Pai Legal”.

Por acreditar na eficiência do serviço prestado pela Defensoria, a empregada domés�ca Maria Nazaré Chaves par�cipou do encontro. Depois de morar oito anos em Gramado, no Rio Grande do Sul, cidade natal do pai de sua filha, ela se mudou para Belém trazendo a criança, que �nha apenas um ano.

Segundo ela, após a viagem, perdeu total comunicação com Oli Silva Coelho, que não chegou a registrar a criança e hoje, após dez anos, busca auxílio para poder entrar em contato e requerer o reconhecimento paterno desejado não só por ela, mas também por Ashley, de 11 anos.

Nos casos semelhantes ao de Nazaré, no qual se perdeu o contato com o pai biológico da criança, ou quando as mães, por mo�vos par�culares, preferem não se dirigir aos ex‐companheiros, a Defensoria age de duas maneiras: Primeiramente, é enviado um convite para que o pai compareça à ins�tuição a fim de realizar todo o procedimento legal, seja por reconhecimento voluntário ou coleta do raspado bucal para o exame de DNA. Se a solicitação não for atendida, a pessoa será no�ficada judicialmente. A coordenadora do projeto, Roselene Barros, ressaltou que é de suma importância a disponibilização do endereço exato do indivíduo para a garan�a de contato.

Apesar de representar a grande maioria entre os presentes, não foram apenas as mães que par�ciparam do encontro do “Pai Legal nas Escolas”. Homens também compareceram para entender melhor sobre o bene�cio de fazer parte do projeto. O servidor público Afonso Viana contou que já havia reconhecido sua filha de 9 anos, mas resolveu par�cipar do evento para conseguir maiores informações sobre os processos extrajudiciais e repassar aos amigos que necessitam da mesma ajuda da jus�ça.

O Projeto

O “Pai Legal nas Escolas” é fruto do Programa Pai Legal, idealizado pelo Gabinete da Defensoria e que existe desde 2005. Os parceiros são a Universidade Federal do Pará (UFPA) e a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa).

Só neste ano, o Projeto já visitou três escolas, dentre elas a Creche Casa Lar Cordeirinho de Deus, o Preventório Santa Terezinha e a Escola Municipal de Ensino Fundamental Ernes�na Rodrigues.

Texto: Isabelle FecuryFotos: Ricardo Mendes

O Programa Pai Legal da Defensoria Pública do Pará realiza a primeira visita anual ao município de Santarém, ao total, foram mais de 300 atendimentos durante os cinco dias de atuação no município.

O primeiro dia do Programa no município foi marcado pela realização de 28 atendimentos à população local. No total foram 15 orientações jurídicas, 11 coletas para o exame de DNA, um reconhecimento voluntário e uma pe�ção de registro de nascimento.

Segundo a coordenadora do Programa, assistente social, Roselene Barros, a grande busca pelos serviços prestados foi o principal mo�vador para a elaboração da visita. Além de suprir a demanda local, o Pai Legal chegou a atender pessoas de outras cidades, como Alter do Chão, Belterra e Mojuí dos Campos.

A primeira visita anual do Programa rendeu 36 reconhecimentos voluntários de paternidade e 79 coletas para a

realização do exame de DNA, fora as assistências jurídicas prestadas à população.

A coordenadora do Programa, Roselene Barros, afirmou ter se surpreendido com a grande busca pelo Pai Legal na região. “Esperávamos e estávamos capacitados para receber a todos que nos procurassem”, disse, “O grande número de pessoas assis�das deixa todos que par�ciparam da ação com a sensação de dever cumprido”, comemorou.

O Pai Legal é um programa idealizado pelo Gabinete da Defensoria Pública e contou com apoio da equipe técnica do Núcleo de Atendimento Especializado à Criança e ao Adolescente (NAECA) de Santarém, da coordenadora Giane Bubola e do coordenador geral da unidade, Defensor Público Elton Ribeiro.

Texto: Micheline Ferreira e Isabelle Fecury

PAI LEGAL REALIZA ATENDIMENTOS EM SANTARÉM

O Balcão de Direitos da Defensoria Pública do Pará registrou, de janeiro a março deste ano, seis mil atendimentos somente para a re�rada da Carteira Profissional de Trabalho e Previdência

Social (CTPS).O número cresceu em quase 100%, se comparado ao mesmo

período de 2013. No ano passado, o programa contabilizou 3,3

BALCÃO DOBRA EMISSÃO DE CTPS EM 2014

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mil emissões do documento. Segundo o coordenador do Balcão, Jucemir Siqueira, esse incremento aconteceu em função da paralisação do atendimento da Superintendência Regional do Trabalho (SRT).

Outros serviços de emissão de documentação básica disponibilizados pelo Balcão também ob�veram um crescimento na procura nesse primeiro trimestre de 2014, como o Cadastro de Pessoa Física (CPF), com 1.450 emissões; 1ª e 2ª vias de Cer�dão de Nascimento, respec�vamente com 215 e 2.835 documentos;

900 fotografia 3x4; 150 Carteiras de Trabalho Digital; 540 cer�dões de Óbito e Casamento e 35 Ações Ajuizadas ou Sentenciadas encaminhadas a cartório.

O Programa Balcão de Direitos tem a missão de garan�r os direitos cons�tucionais e o resgate da cidadania para a população carente, oferecendo ainda atendimentos jurídicos extrajudicial e judicial.

Texto: ASCOM

BALCÃO REALIZA AÇÕES NO TAPANÃ E CONJUNTO MAGUARY

O programa Balcão de Direitos, da Defensoria Pública do Pará, programou duas ações para o bairro do Tapanã e conjunto Maguari, no próximo sábado, dia 3 de maio, de 8 às 14 horas.

A ação consiste em levar atendimentos para a população desprovida de condições de garan�r a documentação básica, como por exemplo, Carteira de Iden�dade e o Cadastro de Pessoa Física (CPF) e até documentações como cer�dão de nascimento e divórcio. A ação tem como meta atender, em média, 1.500 pessoas em cada área.

Segundo o coordenador do programa, Jucemir Siqueira, um

dos mo�vos que levaram a definir as ações no Tapanã e Maguary foram as demandas solicitadas pela própria população. A meta, com isso, é também desafogar o atendimento no prédio onde funciona o programa, tornando o atendimento mais acessível e próximo à população.

O Balcão de Direitos também atua nas cidades de Primavera e Tailândia para a grande ação de combate ao subregistro de nascimento.

Texto: Ricardo Mendes

A Diretoria de Interior da Defensoria Pública está realizando um grande mu�rão de processos cíveis e penais dos municípios de Cachoeira do Arari e São Domingos do Capim.

O diretor, Defensor Alexandre Bastos, informou que os dois municípios não possuem defensores públicos, e para atender as necessidades dos assis�dos dessas cidades, a Diretoria do Interior têm realizado o atendimento especial para casos como esses.

O trabalho está sendo feito pelo próprio diretor do Interior, Alexandre Bastos, e pelo Defensor Anderson Serrão, Coordenador de Polí�cas Criminais do Interior. Mas a força‐tarefa

conta com o reforço de quatro estagiários e um servidor para secretariar a ação.

No total, 217 processos serão analisados para diversas manifestações, tais como alegações finais, prazos para contestação, defesa preliminar e outras. A expecta�va é de que o volume de processos seja finalizado no próximo dia 10 de abril. “O que queremos é atender os assis�dos do interior do Estado, mesmo onde não temos a presença da Defensoria”, declarou.

Texto: Micheline Ferreira

MUTIRÃO ATENDE CACHOEIRA E SÃO DOMINGOS DO CAPIM

DEFENSORIA REQUISITA RELAÇÃO DE PRESOS MORTOS E FERIDOS NO INCÊNDIO NO CDP DE ICOARACI

A Defensoria Pública do Estado informa que realizou visita nesta quarta‐feira, 9 de abril, no Centro de Detenção Provisório de Icoaraci (CDPI), em Belém. Em razão de perícia e outras medidas tomadas pela direção da unidade, não foi possível conversar com os detentos no local.

Mas a Defensoria Pública em Icoaraci já solicitou à casa penal a relação dos presos mortos e dos que ficaram feridos no incêndio ocorrido na noite da úl�ma terça‐feira, 8. De acordo com o diretor Metropolitano da ins�tuição, José Adaumir Arruda, o obje�vo é garan�r assistência à saúde dos feridos e acionar o Estado em possível ação de indenização às famílias dos que morreram.

A Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe) confirmou a morte de cinco internos do CDPI. Também foi informado pela superintendência o início de um mo�m envolvendo 32 detentos, que queimaram colchões na cela 25. Outros 27 presos sofreram queimaduras e foram atendidos por paramédicos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência e Emergência (Samu). Seis deles sofreram ferimentos de maior gravidade e foram levados para o Hospital Metropolitano, em

Ananindeua.

Defensores de Icoaraci solicitam laudosEm visita realizada no dia 11 de abril, no Centro de Detenção

Provisório de Icoaraci (CDPI), os Defensores Públicos Bruno Moraes e Reginaldo Taveira, solicitaram uma cópia do laudo da perícia que foi realizada pelo Corpo de Bombeiros Militar do Pará e Centro de Perícias Cien�ficas Renato Chaves. O laudo vai informar oficialmente quais as causas do incêndio ocorrido na noite do dia 8 do mês de abril.

Segundo os defensores, já foi realizada a limpeza da cela 25, onde aconteceu a tragédia. O quadro clínico dos presos envolvidos no incêndio e internados no Hospital Metropolitano não mudou. Há 11 em estado gravíssimo.

A Defensoria Pública de Icoaraci concentrou no dia , 14 de abril, todos os atendimentos às famílias dos seis detentos que morreram no incêndio ocorrido no Centro de Detenção Provisório de Icoaraci (CDPI).

A coordenadora da Defensoria em Icoaraci confirmou que a ins�tuição vai entrar com ação de indenização contra o Estado,

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para reparação dos danos morais causados às famílias, além de garan�r assistência aos familiares dos presos mortos e feridos no episódio do CDPI.

Os Defensores Públicos Reginaldo Taveira e Bruno Moraes con�nuarão realizando as visitas carcerárias semanais a unidade prisional. Embora saibam que não será possível efetuar o

atendimento relacionado aos processos dos detentos, os defensores vão aproveitar para levantar mais informações sobre o incêndio e a situação dos presos feridos.

Texto: Micheline Ferreira e Joyce Wanzeller

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DEFENSORIA DE ICOARACI PROPÕE AÇÃO COLETIVA E ACORDO EXTRAJUDICIAL

D u r a n t e r e u n i ã o c o m familiares de presos mortos e feridos no incêndio ocorrido há uma semana no Centro de Detenção Provisório de Icoaraci (CDPI), a Defensoria Pública do Estado do Pará revelou que um dos sobreviventes ficou preso indevidamente por seis meses. O detento Márcio Kleiton deveria estar em liberdade desde outubro do ano passado e nem teve a prisão preven�va decretada pelo juiz do caso. Ele estava sob a tutela da casa penal e, por falha na interpretação do úl�mo alvará de soltura expedido, ele permaneceu na unidade.

Segundo o Defensor Público Bruno Moraes, Márcio estava entre os feridos e, quando a Defensoria verificou a situação dele e tratou de fazer valer o alvará de soltura que estava desde outubro em poder da Superintendência do Sistema Penal (Susipe). Ele sofreu queimaduras, recebeu alta e já foi posto em liberdade. Márcio Kleiton respondia a três processos, sendo o úl�mo por furto. “O caso dele era ainda mais grave porque o juiz não decretou a preven�va e ainda relaxou o flagrante”, informou.

A Defensora Pública Franciara Lemos, coordenadora da Defensoria de Icoaraci, informou aos parentes de presos que par�ciparam da reunião que a ins�tuição vai entrar com uma Ação Civil Pública cole�va requerendo indenização do Estado às famílias dos detentos mortos e feridos no incêndio ocorrido há uma semana no CDPI. E no caso de Márcio Kleiton, será feita uma ação de indenização especificamente para ele, à parte das

demais.

Acordo com Estado começa a ser alinhavado

A Procuradoria Geral do Estado acenou posi�vamente com a proposição da Defensoria Públ ica do Pará de acordo extrajudicial para as famílias dos presos vi�mados pelo incêndio ocorrido no Centro de Detenção Provisória de Icoaraci (CDPI).

Durante encontro realizado no dia 22 de abril, na sede da

Procuradoria Geral do Estado, a Defensora Pública Franciara Lemos destacou que resolver a questão sem ajuizar a Ação Civil Pública seria sa�sfatório para todas as partes envolvidas. “O Estado mostrou total interesse de resolver o problema em questão sem precisar ajuizar uma possível ação”, reiterou.

A Defensora Pública informou ainda que agora está reunindo toda a documentação necessária para a tramitação do processo na PGE. Os documentos que restam pendentes são o laudo final do Ins�tuto Médico Legal (IML) e o do Corpo de Bombeiros. “Após a chegada desses laudos, vamos marcar uma nova reunião para definir os valores indenizatórios para as famílias”, explicou.

A reunião contou com a par�cipação do Procurador Geral do Estado do Pará, Caio Trindade; do Superintendente do Sistema Penal do Pará, André Cunha; Defensor Público, João Paulo Ledo e familiares dos presos que morreram no incêndio.

Texto: ASCOM

Membros da Comissão de Educação no Cárcere do Conselho Estadual de Polí�ca Criminal e Penitenciária do Pará se reuniram na úl�ma quarta‐feira, 16 de abril, para debater diretrizes que podem aprimorar o sistema educacional oferecido aos detentos no Estado. O encontro resultou na proposta de realização de um seminário para discu�r de forma mais ampla o tema e qualificar mais os profissionais de educação que trabalham diretamente com o detento nas casas penais.

O encontro foi de inicia�va do Conselho Estadual de Polí�ca Criminal e Penitenciária do Pará (CEPCP/PA), por intermédio de sua Comissão de Educação no Cárcere, que obje�va definir metas para a melhoria da educação nos presídios do Estado. O Defensor Público Arthur Corrêa destacou que o ensino é fundamental para o processo de reintegração do apenado, o que tem efeito direto na redução dos níveis de reincidência, além de contribuir para a remição das penas.

O Defensor Público José Arruda, enfa�zou que a educação no cárcere deve par�r de uma ação ar�culada entre Secretaria de Estado de Educação (Seduc) e SUSIPE, observando as normas federais e resoluções do Conselho Nacional de Polí�ca Criminal e Penitenciária (CNPCP).

Além da realização do seminário, a comissão pretende expor suas propostas para a Secretaria de Estado de Educação (SEDUC) e Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado do Pará (Susipe). “A ideia é promover a integração entre os órgãos ligados direta e indiretamente à educação, que possa favorecer a melhoria do ensino nos estabelecimentos prisionais do Estado”, enfa�zou o presidente da Comissão de Educação no Cárcere do CEPCP/PA, Alfredo Barros, que avaliou o encontro como bastante produ�vo.

Texto: ASCOM

COMISSÃO QUER MELHORAR EDUCAÇÃO NO CÁRCERE

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DEFENSORIA MOSTRA SITUAÇÃO DO SISTEMA PENAL E PROPÕE MELHORIAS

A Defensoria Pública do Estado do Pará par�cipou na úl�ma quinta feira, 3 de abril, de Audiência Pública na Assembleia Legisla�va, com a coordenação do deputado estadual Edmilson Rodrigues, coordenador do monitoramento do sistema carcerário, em âmbito da Comissão de Direitos Humanos e Defesa do Consumidor da Casa.

Na ocasião, o deputado estadual, Edmilson Rodrigues, falou da importância de se tentar resolver a realidade concreta da superlotação do sistema carcerário e mencionou o aumento da violência como um dos pontos crí�cos. “Estamos vivendo uma situação drás�ca no Pará. Hoje, a maior parte dos encarcerados, é de jovens entre 18 e 29 anos. Esses dados são considerados alarmantes e, de acordo com o parlamentar, a situação em que eles se encontram é de total abandono e insalubridade. “Essa realidade precisa mudar”, enfa�zou.

Os Defensores Públicos Jonny Giffoni e Anna Izabel Santos apresentaram vídeos que mostram a dura realidade do sistema penal. Ambos apresentaram dados e destacaram a crise social proveniente da globalização, que trouxe muitas desigualdades para a sociedade e também os inúmeros problemas dentro do sistema penitenciário, como, a falta de segurança tanto para os detentos quanto, para os servidores.

O D e f e n s o r P ú b l i c o e D i r e t o r Metropolitano, José Adaumir Arruda, compôs a mesa dirigente dos trabalhos e par�cipou a�vamente da discussão, representando o Defensor Público Geral, Luis Carlos de Aguiar Portela. Em seu discurso, parabenizou a inicia�va da Assembleia Legisla�va e o autor do requerimento da audiência, aproveitando o momento para apresentar uma proposta de melhoria da situação carcerária no Pará. “A Defensoria Pública, nos úl�mos anos, tem se dedicado incansavelmente a esta causa. Até o final do ano pretendemos atender todas as casas penais, pois já temos um projeto em andamento. A minha proposta seria formar uma comissão de Execução Penal composta por todos os órgãos aqui presentes, a fim de elaborar um anteprojeto para criação da Lei Estadual de Execução Penal”, ressaltou.

A sessão especial contou com a par�cipação de vários órgãos, entre eles Ministério Público, Tribunal de Jus�ça,

Câmara Municipal, Ministério Público do Trabalho, a Ordem dos Advogados do Brasil seção Pará (OAB‐PA) e a Superintendência do Sistema Penal (Susipe).

Texto: Roberta Gelak

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O Diretor Metropolitano, José Adaumir Arruda, par�cipa nesta quinta‐feira, 3 de abril, às 15 horas, de audiência pública sobre o sistema carcerário do Estado, na Assembleia Legisla�va do Pará.

A Defensoria Pública foi convidada para par�cipar da reunião e vai contribuir com informações sobre a atuação da Execução Penal da ins�tuição.

Só no úl�mo ano, a Defensoria chegou a dar entrada em 512 pedidos de Perdão Judicial de Pena, dos quais 373 foram deferidos pela Jus�ça do Estado. Para o Defensor José Arruda, a ação é uma polí�ca importante para garan�r a desobstrução do fluxo carcerário. “Ao contrário do que muitos pensam, as medidas que possibilitam o Perdão Judicial ou Liberdade Provisória podem ser posi�vas para o sistema penitenciário, haja vista o baixo nível de reincidência”, afirmou.

A Diretoria Metropolitana da Defensoria possui projetos

inéditos e pioneiros na área. O Canal Direto é um deles. Trata‐se do atendimento através de videoconferência, na qual o defensor conversa com o preso em tempo real, direto do prédio da ins�tuição, para informar sobre processo, re�rar dúvidas e orientações sobre audiências, se for o caso.

Um estudo que está em fase adiantada promoverá a criação de totens com um sistema que forneça ao detento todas as informações relevantes de sua situação prisional, inclusive fornecendo o extrato de pena ainda a ser cumprida.

A Defensoria do Pará atua em oito presídios com atendimento presencial e desde 2010 a ins�tuição trabalha nos processos fazendo os pedidos de direito dos apenados, mais os mu�rões, em todo o Complexo Penitenciário de Americano.

Texto: Micheline Ferreira

AUDIÊNCIA PÚBLICA TEM PARTICIPAÇÃO DA DEFENSORIA

No úl�mo dia 08 de abril foi sancionada a Lei 12.962/2014, que altera disposi�vos do Estatuto da Criança e do Adolescente e garante a maior convivência dos filhos com a mãe ou o pai privado de liberdade, por meio de visitas periódicas promovidas pelo responsável ou, nas hipóteses de acolhimento ins�tucional, pela en�dade responsável, independentemente de autorização judicial, permi�ndo a manutenção dos laços familiares e favorecendo a ressocialização.

De acordo com a Lei 12.962/2014, os filhos dos presos p o d e r ã o f a z e r v i s i t a s p e r i ó d i c a s a o s s e u s p a i s , independentemente de autorização judicial, além da permanência do menor em sua família de origem, que deverá ser incluída em programas oficiais de auxílio.

A nova lei também determina que a condenação criminal não terá como consequência automá�ca a perda do poder familiar, exceto no caso de crime doloso pra�cado contra o

LEI GARANTE MAIOR CONVIVÊNCIA ENTRE PRESOS E FILHOS

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próprio filho ou filha. Não exis�ndo outro mo�vo que autorize a decretação da medida, a criança ou o adolescente será man�do em sua família de origem, a qual deverá obrigatoriamente ser incluída em programas oficiais de auxílio. A legislação também estabelece procedimentos para assegurar ao preso o direito de defesa em caso de abertura de processo para perda ou suspensão desse poder.

Para o Coordenador em exercício da Central de Execução Penal da Defensoria Pública do Pará, Francisco Nunes, esta legislação está plenamente correta e facilita o trabalho dos

defensores públicos. “Se o discurso oficial do Estado impõe que o obje�vo da pena é a ressocialização, então é mais do que dever garan�r os meios para esta ressocialização dos detentos. Um destes meios seria justamente a garan�a da proximidade do apenado com sua família. De outro lado, se é garan�a cons�tucional a manutenção da unidade familiar, tudo leva a comprovar que esta nova lei só vem a contribuir com o fortalecimento democrá�co”, observou.

Texto: Gilla Aguiar

Na próxima segunda‐feira, 7 de abril, às 14 horas, a Diretoria Metropolitana comandará reunião com coordenadores de núcleos que ocuparão o novo prédio do Núcleo Referencial de Atendimento (NARE), a maior Central de Atendimento do Norte do Brasil.

O obje�vo do encontro é fazer o levantamento completo do espaço e o mapeamento de necessidades para organização dos núcleos, a par�r da definição de critérios de atendimento, de necessidade de proximidade com o Fórum, economia de aluguel, além de outros aspectos de atuação que serão deba�dos na

reunião técnica, que deve acontecer no auditório do 4º andar do edi�cio‐sede.

O novo NARE da Defensoria Pública do Estado será inaugurado em maio e terá 11 andares. O edi�cio terá gabinetes para defensores de vários núcleos, gabinetes de conciliação, área para o Programa Disque Defensoria 129, salas para o setor Psicossocial, salas de reunião, uma área de triagem, protocolo e informações no térreo.

Texto: Micheline Ferreira

REUNIÃO VAI TRATAR SOBRE OCUPAÇÃO DO NOVO NARE

Na cadeia ‐ Ela casou‐se com um homem condenado a 123 anos de prisão e vai formalizar relação

Uma vez por semana, Ta�ana Leal encontra seu marido. Ela sai de casa na véspera, às nove da noite. Acorda às 4h30 da manhã do dia seguinte, toma banho e se arruma para a visita. O marido de Ta�ana está preso, há quase cinco anos, no Presídio Estadual Metropolitano 1 (PEM 1), em Marituba, na Região Metropolitana de Belém. A Jus�ça o condenou a 123 anos de prisão.

Jacob Soriano dos Santos Filho, d e 2 9 a n o s , re s p o n d e a s e i s processos, um deles por um triplo h o m i c í d i o M a s d r i b l a n d o o preconceito e as dificuldades diárias, Ta�ana e Jacob vão realizar um sonho em maio, o mês das noivas.

E l a e s t á e n t r e a s n o i v a s h a b i l i t a d a s a o c a s a m e n t o c o m u n i t á r i o , r e a l i z a d o p e l a Defensoria Pública do Estado. Mas diferentemente dos demais 104 casais, a cerimônia civil de Ta�ana vai acontecer no cartório, já que Jacob está preso (além de estar há quatro anos e sete meses naquele presídio, ele passou mais cinco meses em outra unidade prisional).

“Eu já o conhecia. Com o passar do tempo, encontrei com a mãe dele, no supermercado, conversamos sobre o Jacob e eu enviei uma carta para ele. Isso há dois anos. Ele já estava encarcerado”, conta ela, que tem 41 anos.

E l e s c o n � n u a r a m s e comunicando por cartas. Ela então foi até a casa pena l para �rar a carteirinha de visitas. Um mês depois, uma cerimônia religiosa dentro do presídio sacramentou a relação. Autorizados pela direção da unidade prisional, os pais do noivo assis�ram ao casamento, em 4 de novembro de 2012. Gostar de alguém e não ter essa pessoa ao lado o tempo todo já é algo complicado para quem está em liberdade. Imagine, então, para quem está encarcerado.

“É muito di�cil. Só pode ir um dia na semana. Vou um dia antes. Saio nove da noite e chego lá uma hora depois. Ficamos em uma lanchonete (ao lado do presídio), que tem uma puxada, a gente dorme embaixo, na calçada mesmo”, conta. As visitas vão para a fila às 7 horas, quando começam a ser chamadas para entrar na casa penal.

A visita ocorre na cela de Jacob, de 8 às 15 horas. Como ele é o mais an�go do xadrez, os outros dois internos saem do local para deixar o casal a sós.

“Eles têm um respeito enorme com a gente (pelas mulheres dos internos). Não falam, não olham, principalmente em dia de visita”, diz. Essa, aliás, é uma regra sagrada na cadeia. Desrespeitar a mulher de um preso pode resultar em agressão e até mesmo em morte.

Ta�ana conta que é “humilhante” a revista a que as mulheres são subme�das – para evitar que levem celulares, drogas e outros

CLIPPING “AMOR ARREBENTA GRADES, QUEBRA ALGEMAS”

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objetos para os internos. “A gente �ra toda a roupa, tem que se agachar, abaixa de frente e de costas, abre a boca. E ainda passa por um detector de metal”, conta.

Ta�ana diz ser di�cil estar casada com alguém que não se sabe quando estará em liberdade novamente. “Quando eu casei com ele, já sabia da sentença. É di�cil, até porque a presença constante da pessoa ao lado da gente, é muito importante. Eu fiz uma escolha. Tem que gostar muito. A base do nosso relacionamento é a nossa religião. A gente tem respeito um pelo outro, sen�mos segurança um no outro. Apesar de ele estar preso, é um homem comum, normal. Ele não é mais como era antes. Isso contou muito”, afirma.

Religião compar�lhada é um dos fundamentos para manter a relação

Ta�ana explica como fazem para manter o amor à distância: “O segredo? Somos evangélicos. Quando a gente casa, a Palavra diz que a gente vira uma só carne. Não tem essa dificuldade. Ele não desconfia de nada, eu não desconfio de nada”. E completa: “A gente passa sete dias sem se ver e con�nua firme. A distância não muda nada. Minha intenção lá dentro é mostrar que eles estão presos, mas têm vontade de cons�tuir família, mas tudo legalmente”.

Assim como ocorre com os familiares dos internos, a tensão é grande quando ocorre uma rebelião. No mês passado, por exemplo, um interno foi morto por outros detentos, no PEM 1. “A gente entra em desespero, porque a polícia invade sem pena”, diz. O que a tranquiliza mais é que Jacob realiza um trabalho de evangelização, responsável, segundo ela, por �rar muitos presos do mundo das drogas.

“Ele solicitou à casa penal que �vesse um bloco só para os internos evangélicos, no qual ele fica. Lá não tem celular, não tem comunicação com nada aqui fora. Só tem comunicação com o mundo quando a gente chega lá”, afirma.

Uma das lutas do casal é para tentar reduzir a pena de um dos processos de Jacob, aquele em que foi condenado a mais de 80 anos, por uma chacina ocorrida no bairro da Terra Firme, em abril de 2008 ‐ cinco pessoas foram baleadas, das quais três morreram). Para isso, contam com o apoio da Defensoria Pública do Estado.

“A gente está nessa luta para tentar regredir um pouco (a pena)”. Sobre o andamento dos processos, e a possibilidade de sair da cadeia, Ta�ana diz que ela e Jacob têm o pé no chão. “Não dou esperança e ele não cria esperança. Não posso dizer: 'você va sair'. Isso é coisa de Deus. A gente não pode criar essa expecta�va”, observa.

A discriminação, nesse caso, vale para quem está encarcerado e, também, para os que mantém laços com os internos. “O preconceito é muito grande. Perdi meu emprego”, conta. Havia cinco meses ela era recepcionista em uma clínica, em Belém. Assim que o patrão dela soube que Ta�ana era casada, a dispensou do trabalho. “Ele não conversou comigo e, no outro dia, me deu aviso. Isso foi há um mês. Estou desempregada, espalhando currículos. Eu preciso de trabalho”, diz. E completa: “Independente de visitar uma casa penal, somos seres humanos. Quando �ramos a carteirinha, verificam nossos antecedentes criminais. Não respondo nada na Jus�ça. Minha vida pessoal não tem nada a ver com a minha responsabilidade no trabalho”.

Demissão do emprego faz com que ela adote reservas contra preconceito

A demissão causou um impacto em Ta�ana. “Quando fiquei desempregada, foi um choque. Conversei com o Jacob. Ele me acalmou. Ele me dá uma força que muitos aqui fora não dão. Ele sempre está ali, me fortalecendo”. Por causa do preconceito, Ta�ana evita falar sobre seu companheiro. “Algumas pessoas perguntam: 'cadê teu marido? Eu respondo que está viajando. Só conto a verdade para quem não tem preconceito”, diz. Outras pessoas, que sabem, se afastam dela. “Já perdi amizades por isso”. Manter esse relacionamento, portanto, é algo muito di�cil. “É um preço alto que se paga. Mas quando a gente sente que a recíproca é a mesma.

Tudo o que ele pensa, tudo o que ele faz, os projetos dele (seja dentro ou fora da unidade) são voltados para mim e vice‐versa”, afirma. Jacob conta que, desde o começo, eles perceberam que a distância não seria um obstáculo para o relacionamento de ambos.

“Aí, entrou a confiança um no outro, de que tudo daria certo. Os momentos em que estão juntos fisicamente são breves. Mas, in�mamente, estamos juntos”, diz. “Parece que estamos em comunicação 24 horas por dia, mesmo não nos comunicando todo dia e só nos vendo uma vez por semana”, completa Ta�ana.

Jacob lembra que, muitas vezes, um casal vive sob o mesmo teto e, no entanto, está distante um do outro. “A distância �sica não é o impedimento para se viver feliz”, conta. Para ele, a parte mais constrangedora é a revista a que as mulheres são subme�das.

“Me aflige saber que a pessoa que a gente ama e respeita tem que passar por isso”, conta. Jacob diz que já se arrependeu dos crimes que pra�cou, porque fez sofrer seus familiares e outras pessoas. “Errei e me arrependo”, afirma. Ele não faz planos futuros, os quais diz colocar nas mãos de Deus.

“Acredito que, assim como perdi a liberdade, a liberdade pode ser devolvida pra mim novamente”, conta ele, que no cárcere já fez curso de panificação e já trabalhou na biblioteca e fazendo faxina do presídio.

Ta�ana soube do casamento comunitário da Defensoria Pública pela internet. Pesquisou, telefonou e contou pelo telefone seu problema. “O custo para um casamento civil é alto. São quase 500 reais e não temos condições. Aí eu vim tentar na Defensoria e o que eu achava impossível foi rápido e fácil”, conta, completando que há um ano esperava resolver a situação. A Defensoria esclarece que o casamento não será propriamente uma cerimônia completa.

Como Jacob é preso do Sistema Penal, vai ter que ir ao cartório sob escolta de agentes prisionais, entrará algemado, permanecerá na cerimônia com as algemas e só vai ser liberado rapidamente para assinar a documentação.

Em seguida, retornará para a casa penal. Ta�ana acredita que o casamento vai servir de exemplo para outros presos que vivem em união estável e poderiam oficializar relações de muito tempo e, assim, cons�tuir família. E ainda fazer com que outros que têm mais de uma relação possam refle�r sobre o real sen�mento de família e matrimônio.

Aos casais, Jacob manda uma mensagem: “Que cada uma lute pela pessoa que acredite ser o amor de sua vida”. A Defensoria Pública do Estado informa que já encaminhou à Superintendência do Sistema Penitenciário (Susipe) o o�cio para a liberação do detento no dia do casamento, que, segundo Ta�ana, está marcado para as 10 horas do dia 17 de maio.

Fonte: Jornal O Liberal

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Um clima de confraternização, emoção e alegria marcou o lançamento pela Escola Superior da Defensoria do primeiro volume da Revista Jurídica da Defensoria Pública do Estado do Pará, no dia, 2 de abril, no edi�cio‐sede da ins�tuição. O evento, pres�giado por autoridades, Defensores Públicos e servidores, também abriu espaço para a assinatura de convênio de Cooperação Acadêmica e Cien�fica entre a ins�tuição e o Centro de Estudos Superiores do Estado do Pará (Cesupa).

O Defensor Público e diretor da Escola Superior, Antonio Cardoso, disse que a missão foi cumprida em parte, pois ainda em junho próximo será lançada uma edição extraordinária da Revista Jurídica, com conteúdo exclusivo sobre o tema Direito Agrário. Ele informou ainda que em breve será lançado o edital para o segundo volume, cuja publicação ocorrerá no segundo semestre.

Em seu discurso, Antonio Cardoso prestou várias homenagens. Uma delas foi para a ex‐diretora da Escola, Defensora Pública Jeniffer Araújo. “A revista é importante porque revela os trabalhos dos colegas para a comunidade jurídica e proporciona que a nossa atuação ins�tucional possa refle�r no meio acadêmico, criando até novos entendimentos e uma nova consciência para o Direito, porque antes os doutrinadores eram de outras carreiras”, realçou a Defensora.

Ela também pontuou que a experiência é enriquecedora e mostra a pluralidade do trabalho. “Demonstra, principalmente, que nos úl�mos 30 anos nós nos organizamos, organizamos a carreira, conquistamos a autonomia e essa revista é um reflexo de tudo isso”, observou.

Para o Defensor Geral, Luis Carlos de Aguiar Portela, a revista será uma semente para a difusão do trabalho realizado na ins�tuição. “O nosso trabalho não pode se limitar às paredes deste prédio, nem dos núcleos, nem das salas dos fóruns. Cuidaremos para que esses trabalhos sejam divulgados amplamente”, garan�u, ra�ficando que “o conhecimento é o maior patrimônio que se pode deixar para a história da Defensoria Pública”.

Em nome dos autores que publicaram ar�gos na Revista Jurídica da Defensoria Pública, o Defensor Público José Anijar Rei fez questão de realçar que o momento de lançamento da publicação era “singular”. “Representa a concre�zação de um sonho. Por isso o meu sen�mento neste momento é muito par�cular”, disse, completando ainda que a revista é “plural”, dada a variedade de temas.

O vice‐reitor do Cesupa, professor Sérgio Mendes, declarou que a cooperação acadêmica e cien�fica com a Defensoria se reveste de grande importância “à medida em que todo o trabalho feito pela ins�tuição tem um caráter pedagógico e contribui com a formação dos futuros bacharéis em Direito da universidade”.

“Parabenizo pelo lançamento da Revista Jurídica que consagra a socialização do conhecimento produzido pela prá�ca e com o meio cien�fico. É extremamente relevante ver que a Defensoria está contribuindo para a formação de um pensamento jurídico da Amazônia”, finalizou.

A Defensora Pública Ana Marina Valente, uma das autoras, ressaltou a “grande honra em par�cipar da primeira revista da Defensoria”. “Estou na casa há 20 anos. É muito gra�ficante ver essa ins�tuição crescer e me sinto parte desta história”.

Pres�giaram o lançamento o desembargador Leonam Cruz Filho, da Escola Superior da Magistratura; a promotora de Jus�ça Fábia Fournier, coordenadora do Centro de Apoio Operacional do Ministério Público; a presidente da Associação de Defensores Públicos do Estado do Pará (ADPEP), Marialva Santos; o Diretor de Interior, Alexandre Bastos; o coordenador de Polí�cas Cíveis, Rodrigo Ayan; o coordenador de Pol í�cas Cr iminais Metropolitano, Alessandro Oliveira; o coordenador de Polí�cas Criminais do Interior, Anderson Serrão; a Corregedora Geral da Defensoria, Florisbela Cantal.

Inicia�va é elogiada por defensores e autoridades

A Defensora Norma Borges destacou que é uma das primeiras defensoras da ins�tuição e via o momento como muito importante. “Especialmente porque está sendo lançada a primeira revista com ar�gos cien�ficos que levará o nome da ins�tuição. Parabenizo a equipe e o diretor da Escola pelo empenho e trabalho dedicado”, disse.

A promotora de Jus�ça e coordenadora do Centro de Apoio Operacional do Ministério Público, Fábia Fournier, parabenizou a Defensoria pelo importante trabalho. “A revista conseguiu manifestar novas ideias e uma nova Defensoria”, pontuou.

O desembargador e diretor da Escola Superior da Magistratura, Leonam Cruz Junior, ressaltou que com o lançamento da primeira revista, a Defensoria conseguiu o resgate da sua autonomia e da defesa do cidadão desamparado. “Isso demonstra que a Defensoria é uma ins�tuição forte e materializou esse sonho”, reiterou.

A presidente da Associação de Defensores Públicos do Estado, Marialva Santos, considerou o lançamento como “um avanço para a Defensoria”. “Essa belíssima inicia�va incen�va a cultura e a qualificação tanto para os membros da carreira de defensor, quanto para servidores e estagiários. Desta maneira, os conhecimentos técnicos e cien�ficos serão compar�lhados com outros profissionais”, destacou.

Texto: ASCOM

REVISTA JURÍDICA É MARCO PARA DEFENSORIA

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PARCERIAS COM NPJS AUMENTAM A PRESENÇA DA DEFENSORIA

A Defensoria Pública do Pará e a Faculdade de Castanhal (FCATcomeçaram desde o dia 8 de abril, a executar o Termo de Cooperação Acadêmica e Técnica que inaugura a presença da Defensoria no Núcleo de Prá�ca Jurídica da ins�tuição.

Pelo menos 250 estudantes do curso de Direito estarão engajados no atendimento da população do município, sob a supervisão de um tutor e com a coordenação da Defensora Flávia Maranhão, que atua como coordenadora do núcleo da Defensoria em Castanhal.

Os atendimentos são realizados às terças, quintas e sábados pela manhã e às quartas e sextas, no turno da tarde. Segundo a Defensora Paula Denadai, o projeto piloto prevê atendimentos nas áreas Cível e de Família, sempre priorizando a conciliação e acordos extrajudiciais.

Parcerias

A parceria em Castanhal é a terceira envolvendo Núcleos de Prá�ca Jurídica. Além da FCAT, o convênio foi firmado com a Faculdade Ideal (FACI) e o Centro Universitário do Estado do Pará (Cesupa). O projeto começou quando a Defensora Paula Denadai estava à frente da Diretoria Metropolitana. A cooperação começou a ser desenhada para que a ins�tuição pudesse ofertar atendimentos em uma escala maior, para um número maior de assis�dos e com a mesma responsabilidade de prestação da assistência jurídica gratuita, plena e ampla.

Para Paula Denadai, a cooperação atende a todos os interesses e beneficia cada um dos lados envolvidos. Ela destaca, por exemplo, que os Núcleos de Prá�ca Jurídica oferecem qualificação concreta para os estudantes do curso de Direito; que as faculdades se aproximam de ins�tuições e da própria sociedade; que a população passa a ser atendida mais efe�vamente e rapidamente, e que a Defensoria conta com uma mão de obra importante e que muitas vezes estava ociosa, sem um fluxo grande de demanda.

Modelo

O modelo implantado pela Defensoria do Pará é resultado de um estudo realizado com os projetos estruturados em Fortaleza e São Paulo. Paula Denadai informou que se extraiu o melhor dos dois modelos para aumentar as chances de sucesso da parceria, minimizar riscos desse �po de cooperação e, por este mo�vo, os atendimentos começarão apenas com casos das áreas da Família e Cível. “Vamos trabalhar apenas com as iniciais, para que não ocorra perda de prazo nesses núcleos”, completou.

O cuidado da Defensoria é tão grande com a cooperação técnica, que desde o primeiro contato com o cidadão será feito pela ins�tuição. A triagem inicial será de responsabilidade do serviço Disque Defensoria – 129, que vai encaminhar os assis�dos para o NPJ.

Ela ressaltou também que os núcleos vão tentar a conciliação, a mediação e o acordo e atuarão até o pe�cionando inicial, se for o caso. É exigência prevista no acordo que todas as iniciais serão assinadas por um defensor público, uma vez que o acompanhamento do processo se dará pela Defensoria, assim como garante as prerroga�vas do cargo, tais como in�mação pessoal, prazos em dobro, e outros.

Cidadão

O principal impacto dessas parcerias terá reflexo direito no atendimento ao cidadão. O trabalho dos Núcleos de Prá�ca Jurídica diminuirá o fluxo em outros núcleos da Defensoria e desafoga o atendimento. A pauta de Castanhal, por exemplo, para as áreas da Família e Cível, estava para outubro. Com a entrada desse braço de assistência, hoje já está para junho, de acordo com Denadai. “As ações mais simples poderão e serão feitas pelo NPJ. Vamos deixar o defensor mais livre para atuar nas mais complexas e nas audiências. Com isso conseguiremos humanizar ainda mais nosso atendimento, que é obje�vo do planejamento estratégico da ins�tuição”, ponderou a Defensora. A longo prazo, a expecta�va é de que o atendimento seja ainda muito rápido.

A atuação da Defensoria através do meio acadêmico também promove a divulgação dos serviços da ins�tuição, segundo ela, e possibilita que o aluno tenha uma prá�ca real e não só simulada, com os chamados cases. “É uma via de mão dupla”, reiterou, revelando também que a Defensoria disponibilizará todo o acervo técnico para os estudantes do curso de Direito.

Conselho

Este acervo poderá ser acessado pelo braço do sistema da ins�tuição que passa a ser instalado nas faculdades. Além disso, é feita a cessão de modelos de pe�ções, que precisam ter certos requisitos, para que todos os atendimentos estejam alinhados e padronizados.

Hoje a Defensoria Pública do Estado já está regulamentando a atuação do Defensor vinculado aos Núcleos de Prá�ca Jurídica (NPJ). Essa regulamentação acontece por meio do Conselho

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Superior da Defensoria, que deve apreciar e votar na próxima reunião ordinária, marcada para o dia 15 de abril, essa atuação. A relatoria é da Defensora Pública Ká�a Gomes.

O Conselho vai conceder o aval para que essa mesma parceria se estenda a outros municípios do Pará. Paula Denadai

informou que a Escola Superior da Defensoria quer fazer parceria com todas as faculdades de Direito no Estado.

Texto: ASCOM

O Defensor Público Geral, Luis Carlos de Aguiar Portela, e o diretor da Escola Superior da Defensoria, Antônio Cardoso, assinaram no dia, 10 de abril, convênio de Cooperação Técnica e Acadêmica com diretor presidente da Faculdade de Ensino Superior da Amazônia Reunida (FESAR), Celso Silveira Mello Filho, para implantação de parceria com o Núcleo de Prá�cas Jurídicas da ins�tuição, em Redenção, região Sul do Estado.

A cooperação vai possibilitar que a Defensoria amplie o atendimento à população reconhecidamente carente e em situação de vulnerabilidade naquela cidade. Segundo a Defensora Paula Denadai, que coordena as ações de parceria com as ins�tuições de ensino superior, o obje�vo é contribuir na formação de estudantes, aproximar as universidades do cidadão e, como consequência, desafogar em 30% o atendimento que é realizado nos núcleos da Defensoria, ampliando a abrangência. “As parcerias vêm ao encontro da proposição de reestruturação da carreira na Defensoria, que prevê a vinculação de um defensor por vara”, comentou.

Este será o quarto acordo de cooperação firmado em 2014. Além da FESAR, a Defensoria Pública oficializou parcerias com o Centro Universitário do Estado do Pará (Cesupa), a Faculdade de Castanhal (FCAT) e a Faculdade Ideal (FACI). A expecta�va é promover mais de 800 atendimentos por mês, a par�r do

funcionamento de todos os Núcleos de Prá�ca Jurídica. A média será de 10 atendimentos por dia em cada NPJ.

Paula Denadai informou que atualmente 658 estudantes dos cursos de Direito dessas ins�tuições estarão mobilizados para atuar no atendimento ao público‐alvo da Defensoria Pública. “O obje�vo do nosso trabalho é melhorar o atendimento ao assis�do, criar mecanismos de acesso à Jus�ça, humanizar ainda mais nosso atendimento”, completou.

A exemplo do que ocorre nas demais parcerias, com os alunos da FESAR a prioridade será o acordo extrajudicial. E os estudantes vão atender casos que poderão ser resolvidos em uma única audiência, em geral a audiência de conciliação.

O Diretor da Escola Superior, Defensor Público Antônio Cardoso, declarou que pretende expandir ainda mais o alcance deste trabalho de parceria que é proposto pela Defensoria, com o suporte indispensável das universidades. Além de Redenção, ele e o Defensor Geral Luis Carlos de Aguiar Portela deverão formalizar convênios em Marabá, com a Universidade Federal do Sul do Pará (Unifesspa), e já há uma reunião marcada na próxima semana com a direção da Escola Superior Madre Celeste (ESMAC), de Ananindeua, com a mesma finalidade.

Texto: Micheline Ferreira

DEFENSORIA E FESAR FIRMAM PARCERIA EM REDENÇÃO

A Defensoria Pública do Estado e o Centro Universitário do Pará (Cesupa) assinaram no dia, 23 de abril, Termo de Cooperação Técnica‐Profissional, que prevê atendimento aos assis�dos da ins�tuição no Núcleo de Prá�ca Jurídica (NPJ) da faculdade, ampliando ainda mais o alcance da assistência jurídica gratuita prestada pela Defensoria.

A parceria foi assinada pelo Subdefensor Geral, Adalberto da Mota Souto, o diretor da Escola Superior da Defensoria Pública, Defensor Antônio Cardoso, e o vice‐reitor do Cesupa, Professor Sérgio Mendes. Além da extensão do atendimento da Defensoria, o convênio favorece a formação de estudantes do curso de Direito, que passam a ter contato direto com a realidade de milhares de famílias.

O polo de atendimento criado no Núcleo de Prá�ca Jurídica do Cesupa terá a coordenação dos professores da faculdade, com a supervisão e apoio da Defensoria. A medida vai possibilitar mais celeridade e humanização dos atendimentos realizados pela ins�tuição. Todos os atendimentos serão agendados pelo Disk Defensoria, o Telefone 129, que possui até um totem instalado no local. “O assis�do vai ter a potencialização do seu atendimento, agilidade e humanização. Além disso, a Defensoria tem o ganho ins�tucional de atender as pessoas que necessitam e, por fim, o Cesupa, que além do ganho pedagógico, no qual seus alunos terão a prá�ca dos conhecimentos adquiridos na academia, ganha no caráter social, exercendo sua reponsabilidade com a sociedade, colocando os alunos em contato com a comunidade”,

COOPERAÇÃO UNE DEFENSORIA E CESUPA

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O coordenador do Núcleo de Defesa de Direitos Humanos da Defensoria Pública do Estado do Pará, Defensor Márcio Cruz, recebeu na manhã desta segunda‐feira, 28, os mapas das duas léguas patrimoniais que formam o município de Belém e o da área conhecida como Jardim Uberaba, localizada no Tapanã 2, e que está sendo alvo de regularização fundiária através da usocapião pela ins�tuição.

Os mapas foram entregues pela diretora de Gestão Fundiária da Companhia de Desenvolvimento da Área Metropolitana de Belém (Codem), Cláudia Macedo, e coordenadora de Regularização Fundiária do órgão, Maria de Fá�ma Campos Silva.

Durante reunião, a diretora da Codem destacou que a presidente da companhia, Rosa Cunha, solicitou que fosse

retomada a parceria com a Defensoria Pública para regularização fundiária de áreas par�culares da capital. A par�r de agora, segundo Márcio Cruz, a Codem vai indicar quais são os imóveis par�culares existentes em Belém, e que as pessoas já pediram para a Codem fazer a regularização, mas que não pode fazê‐lo por se tratar de área privada. “A Codem vai dar suporte técnico à Defensoria, fazer os mapas e elaborar os croquis. A parceria foi retomada”, comemorou o coordenador do NDDH.

Márcio Cruz aguarda um terceiro mapa, que é o segundo do Jardim Uberaba, no qual há o detalhamento quadra por quadra. Este novo material deve ser entregue em nova reunião, marcada para o dia 26 de maio, às 9h, na sede da companhia. A Codem também vai acompanhar a reunião com os moradores do Jardim

avaliou a Defensora Paula Denadai, coordenadora do projeto com os NPJs.

O Subdefensor Público Geral destacou que “é importante realizar as buscas dos termos de cooperação com ins�tuições como o Cesupa, pois são nelas que brotam a vontade de se fazer jus�ça”. Disse ainda que o Cesupa está entre as melhores ins�tuições superiores no ensino do Direito no Brasil.

Já o vice‐reitor, Sérgio Mendes, fez um longo discurso destacando que os estudantes do Cesupa “precisam pensar diferente, para agir diferente”. ”O que estamos fazendo hoje é fornecer instrumentos e ferramentas que possibilitem �rá‐los da mesmice e proporcionar melhorias na sua formação”, ra�ficou. Pontou, ainda, a importância da parceria com a Defensoria Pública e da relevância de formar novos bacharéis em Direito com a prá�ca da responsabilidade social.

A Defensoria Pública pres�giou a assinatura da cooperação

técnica‐profissional com a par�cipação dos Diretores Metropolitano, José Arruda; do Interior, Alexandre Bastos; Coordenador de Polí�cas Criminais, Alessandro Oliveira, e o Coordenador do Núcleo de Tecnologia da Informação, Fábio Rangel.

A Defensoria Pública do Estado do Pará começará as a�vidades de prestação de assistência jurídica gratuita no Núcleo de Prá�ca Jurídica (NPJ) do Centro Universitário do Pará (Cesupa).

Atuarão no NPJ do Cesupa 250 estudantes do curso de Direito, o que vai proporcionar aos discentes o ensino e aprendizado de prá�cas jurídicas, conforme previsão no projeto pedagógico do curso.

Texto: ASCOM

DEFENSORIA E CODEM RETOMAM PARCERIA

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DEFENSORIAS COORDENAM REVISÃO DO PLANO ESTADUAL DE ENFRENTAMENTO AO TRÁFICO DE PESSOAS

O Pará já registrou nos primeiros três meses deste ano oito novos casos de tráfico de pessoa. Os dados foram divulgados nesta quinta‐feira, 10, durante reunião técnica de trabalho em que as Defensorias Públicas do Pará e da União coordenaram a revisão do Eixo de Atendimento do Plano Estadual de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, em parceria com a Secretaria de Estado de Jus�ça e Direitos Humanos (SEJUDH) e par�cipação de representantes da Fundação Papa João XXIII (Funpapa), Companhia de Habitação do Estado (Cohab), Pro Paz, Secretarias Trabalho, Emprego e Renda (SETER) e Assistência Social (SEAS), e outros. O encontro aconteceu no auditório da Defensoria Pública do Estado.

Dos oito casos já registrados, três foram encaminhados pelo Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos da Defensoria Pública. Segundo a Defensora Pública Anelyse Freitas, entre as ví�mas, uma é oriunda de Portel e outras duas de Belém, atraídas por falsas propostas de trabalho.

A revisão e atualização do Plano Estadual de Combate ao Tráfico de Pessoas permi�rá a ampliação do atendimento realizado por todos os órgãos e ins�tuições envolvidos na rede de assistência às ví�mas. De acordo com Anelyse Freitas, todo o esforço se dá no sen�do de se encontrar melhorias que venham a ser incorporadas ao plano vigente. A revisão contempla a integração e fortalecimento das polí�cas públicas, redes de atendimento, organização para prestação de serviços necessários ao enfrentamento ao tráfico de pessoas.

A principal deliberação da reunião foi a criação de dois fluxos de atendimento, o emergencial e o de retaguarda. O emergencial vai atender demandas que chegam diretamente nos órgãos,

como encaminhamentos de saúde ou emprego, por exemplo, enquanto que o de retaguarda está relacionado ao acompanhamento do caso, com a garan�a de direitos.

A Secretaria de Estado de Jus�ça e Direitos Humanos informou que foram registrados 24 casos de tráfico de pessoas em 2013 no Pará, além de mais seis outros casos referenciados, que foram parar direto na Polícia Civil.

Na agenda do grupo, já está marcada uma nova reunião de trabalho para o dia 25 de abril. Nesse encontro de núcleos e postos, o tema será o abrigo a essas ví�mas de tráfico humano. Novas discussões, plenárias e audiência pública serão agendadas para definir e colocar em prá�ca as proposições da revisão. “É muito importante o atendimento integrado a essas pessoas. Reuniões assim fazem com que se amplie a visão para se ter base e efe�var um trabalho mais bem elaborado”, disse a Defensora Pública do Estado.

Já o Defensor Público da União, Cláudio Luiz dos Santos, ressaltou que essas pessoas vivem em situação de extrema violência dos direitos humanos e que precisam de atendimento e atenção específicos. “Fiquei sa�sfeito com as deliberações”, disse.

A Defensoria Pública do Pará presta assistência jurídica às ví�mas de tráfico de pessoas. O atendimento é bem abrangente. Vai desde a razão que levou as ví�mas a aceitarem as falsas propostas de trabalho, como os conflitos em casa, até mesmo ações de garan�a de direitos fundamentais.

Texto: Micheline Ferreira e Joyce Wanzeller

DEFENSORIA DO PARÁ RECEBE COMISSÃO NACIONAL DE DEFENSORES DE DIREITOS HUMANOS DO CONDEGE

P e l a p r i m e i r a v e z , a Defensoria Pública do Estado do Pará sedia a reunião da Comissão de Direitos Humanos do Conselho Nacional de Defensores Públicos Gerais (Condege), que aconteceu no dia, 28, no auditório do edi�cio‐sede da ins�tuição.

Criada em 2011, a Comissão de Direitos Humanos do Conselho Nacional de Defensores Públicos Gerais é formada por dois membros de cada Estado, sendo um �tular e outro suplente, além da Defensoria Pública da União, totalizando 54 membros que trimestralmente se congregam para discu�r diversas questões da área.

A Comissão de Direitos Humanos do Condege tem, dentre suas funções, a promoção de debates rela�vos à regulamentação

de procedimentos da equipe, que visa subsidiar o Conselho nos assuntos de Direitos Humanos, e m b u s ca d e u m a p o l í � ca ins�tucional comum e uma atuação conjunta com a en�dade, não só na comissão, mas também em cada unidade das Defensorias Públicas estaduais.

Par�cipam do encontro o Presidente da Comissão de Direitos Humanos do Conselho Nacional, Defensor Público de Tocan�ns, Igor Castelo Branco de S a m p a i o ; a S e c r e t á r i a d a

Comissão, Defensora Pública da Bahia, Alexandra da Silva; os Defensores Públicos do Pará, Anelyse Freitas, Márcio Cruz e Carlos Eduardo Silva; além da delegação representada pelos Defensores Públicos Carlos Weis (São Paulo); Alessandra Cruz

Uberaba, no Tapanã 2, no dia 31 de maio.O Defensor Márcio Cruz informou também que a Defensoria

e a Codem farão dois projetos pilotos de regularização fundiária de área par�cular. Um será o Jardim Uberaba e o outro, em área ainda a ser definida. “Vamos fazer esses dois pilotos para que a

cooperação técnica se efe�ve de fato”, observou.

Texto: Micheline FerreiraFotos: NDDH

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(Rio Grande do Sul); Renata Maia (Rio Grande do Norte); Roberto Curvo (Mato Grosso); Clarice Binda (Maranhão); Elydia Monteiro (Tocan�ns); Camile da Costa (Paraná); Flávia Morais (Minas Gerais) e Régis Pinheiro (Ceará).

De acordo com o presidente da Comissão, Defensor Igor Sampaio, estas reuniões são essenciais para promover a troca de experiências e atuação conjunta dos defensores públicos que atuam na área de Direitos Humanos. “Estamos coletando as ações concretas de cada defensor público, visando a adoção de uma polí�ca geral e uniforme de conduta na defesa dos direitos humanos, haja vista que esta Comissão é um órgão colegiado de assessoramento do Condege, formado por representantes designados por cada defensor geral e que tem por obje�vo discu�r e deliberar pautas na temá�ca, possibilitando o aperfeiçoamento da promoção e da defesa dos direitos humanos, a par�r do diálogo construído e dos entendimentos firmados”, disse.

Dentre as pautas discu�das destacaram‐se os informes sobre a atuação da Comissão e das Defensorias; a apreciação de inicia�va de protocolo de atuação das Defensorias Públicas nas mobilizações; e a aprovação de relatorias da Comissão em diversas áreas dos Direitos Humanos.

Ao longo do encontro, os Defensores Públicos do Pará e Ceará levantaram ques�onamentos sobre a atuação das Defensorias Públicas junto às populações de rua e informaram como está ocorrendo a interlocução com o Ministério Público e as Secretarias de Defesa nos Estados. O assunto foi proposto pela Defensoria Pública do Ceará, que sugeriu a possibilidade dos Centros de Referência de população de rua serem ex�ntos, em razão da criação de Centros de Referência Geral da Secretaria Nacional de Direitos Humanos.

Foi discu�da a possibilidade de adesão de todos os Estados à campanha “Sou morador de rua, tenho direito de ter direitos”. Foi consenso a necessidade de buscar parcerias entre os Centros de Referência e as Defensorias Públicas.

A Defensora Pública do Rio Grande do Sul, Alessandra Cruz, narrou suas experiências sobre as ar�culações para a criação do Centro de Referência em Direitos Humanos naquele Estado. “No Rio Grande do Sul, nós assinamos um convênio de inves�mentos no valor de R$ 220.00,00 para o Centro de Direitos Humanos. Neste Centro atuamos em dois grandes eixos: o da violência contra mulheres e o da violência estatal. Nós fazemos atendimentos jurídicos promovidos pelos defensores públicos e atendimentos psicológicos e assistenciais realizados por equipes da Defensoria. Também temos uma ONG, com voluntários que fazem o acompanhamento dos assis�dos em casa ou na sua região”, explicou.

Na ocasião, também foi elogiada a atuação da Defensoria Pública do Rio Grande do Sul na tragédia da Boate Kiss. “Nós ajudamos a criar a Associação dos familiares das Ví�mas da Boate Kiss, inclusive elaboramos o estatuto próprio e, pelo excelente

trabalho desenvolvido, conseguimos aumentar ainda mais a credibilidade da nossa atuação na região”, revelou a Defensora Alessandra Cruz.

A Defensora Pública Camile Costa observou que a Defensoria do Paraná já desenvolve um grande trabalho junto à população de rua. “Nós recebemos muitas reclamações dos assis�dos no tocante aos atendimentos nos abrigos. Então, estamos cogitando inspeções no período noturno e estamos promovendo um seminár io para capacitar os membros que atuarão especificamente com a população de rua”, revelou.

Dentre os encaminhamentos do encontro destacaram‐se a expedição de o�cio ao Condege solicitando o apoio à proposta de con�nuidade dos Centros Nacionais de Atendimento à População de Rua, independentemente dos demais Centros de Direitos Humanos, e a retomada da polí�ca de criação e fortalecimento dos Núcleos de Direitos Humanos em todos os Estados da federação, com aporte através de convênios com a Secretaria de Direitos Humanos (SDH).

Também foi recomendada a solicitação para que o Condege r e a � v e a p o l í � c a e s t a b e l e c i d a c o m o c o m i t ê d e acompanhamento da população de rua, formado pelas Secretarias de Direitos Humanos e Defensorias Públicas. Por fim, foi proposto um encaminhamento, de forma subsidiária, para que o Condege solicite agenda com a SDH e viabilize a experiência exitosa dos Centros de Referência do Rio Grande do Sul para estender aos outros Estados. Após o fim do convênio, a estrutura seria aproveitada para a criação dos Núcleos de Direitos Humanos.

O Defensor Igor Sampaio lembrou que outra preocupação dos defensores de Direitos Humanos é definir a atuação das Defensorias Públicas no período da Copa do Mundo no Brasil e as relatorias de atuação de temá�cas de Direitos Humanos, além de analisar os casos de torturas, letalidade policial e outros afins.

Para a Defensora Pública Anelyse Freitas, estas reuniões nacionais são fundamentais para proporcionar o próprio fortalecimento das Comissões especializadas do Condege. “Poder receber a Comissão de Direitos Humanos do Conselho Nacional de Defensores Públicos Gerais aqui em Belém é muito importante, não só para discu�r temas relacionados à área e divulgar os serviços e projetos realizados no Pará, mas também por se tratar de uma reunião aberta, na qual os outros colegas defensores públicos aqui da região podem par�cipar das discussões e emi�r sugestões, contribuindo com o nosso trabalho”, pontuou.

Os integrantes do encontro também destacaram a importância de sempre buscar alterna�vas que possam fortalecer cada vez mais a atuação das Defensorias Públicas na área de Direitos Humanos.

Texto: Gilla Aguiar

REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA CHEGARÁ AO JARDIM UBERABA

No dia 31 de maio, o Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos da Defensoria Pública do Estado do Pará voltará a reunir com moradores do Jardim Uberaba, no Tapanã 2, desta vez para fazer treinamento com as famílias da área. O encontro será no sí�o Daniele, a par�r das 8h30, na Rua Haroldo Veloso, s/nº.

O treinamento foi definido para que todos os moradores

possam eles próprios elaborar os croquis de seus terrenos. Também será apresentado o modelo de declaração para os vizinhos confinantes, os da direita, esquerda e fundos, a fim de que esse �po de documento já seja incorporado ao processo, evitando que o juiz peça diligência e demore na análise da ação de usucapião.

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DEFENSORIA E UFPA FARÃO LEVANTAMENTO GEOREFERENCIAL DO PARQUE BETEL

A par�r de agora, a Defensoria Pública do Estado do Pará poderá contar com o auxílio da Faculdade de Engenheira da Universidade Federal (UFPA) na realização do levantamento técnico de área de ocupação conhecida como Parque Betel, em Ananindeua, Região Metropolitana de Belém. A a�vidade piloto da parceria aconteceu no dia, 16 de abril, no qual os universitários produziram um estudo para delimitação da área.

O levantamento consiste na elaboração de croquis, plantas e outros dados que possam facilitar o trabalho da Defensoria na produção do conteúdo que será encaminhado para a construtora Servpred, proprietária da área e que deve construir no local empreendimento do programa Minha Casa, Minha Vida. O documento servirá de base para a análise da Defensoria e da construtora, que vai decidir a situação das famílias da área.

O acordo surgiu da necessidade de possuir informações mais específicas e detalhadas sobre o terreno. Segundo o coordenador do Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos da Defensoria, Defensor Público Márcio Cruz, o trabalho feito pela universidade será complementar ao estudo socioeconômico que vem sendo realizado pela ins�tuição e que será concluído até o final deste mês. “O intuito deste levantamento georeferencial é conhecer melhor as limitações �sicas do local”, afirmou.

O diálogo com a UFPA acontece desde o ano passado, mas só

agora terá sua a�vidade inaugural. Apesar da parceria ainda não ter sido formalizada, o Defensor Márcio Cruz garan�u o interesse da ins�tuição em contar com o auxílio da UFPA não só para o caso do Parque Betel, mas também para outras a�vidades que necessitem de mão de obra específica em prol da população carente assis�da. Para isto, a Escola Superior da Defensoria estuda a possibilidade de viabilizar a concessão de quatro bolsas para estudantes do curso de Engenharia Civil.

Levantamento socioeconômico

O Parque Betel abriga 40 famílias e hoje é alvo de um empreendimento do programa Minha Casa, Minha Vida, que pretende construir uma série de novos prédios no local. A construtora responsável sugeriu duas propostas aos moradores: receber o valor das benfeitorias em dinheiro ou adquirir uma residência no novo conjunto habitacional.

Para ter acesso ao quan�ta�vo que indicará o interesse de cada família, a Defensoria Pública iniciou o levantamento socioeconômico dos moradores, que está sendo replicado por dez pessoas da própria comunidade, devidamente treinadas pelo NDDH.

Texto: Micheline Ferreira

O Jardim Uberaba é uma das áreas em que a Defensoria Pública tem atuado com fins de regularização fundiária. No local, segundo dados da Companhia de Desenvolvimento da Área Metropolitana de Belém (Codem), residem cerca de 23 mil famílias. No úl�mo sábado, 26, o coordenador do NDDH coordenou reunião com os moradores no sí�o Daniele, para orientar e esclarecer a comunidade sobre a modalidade de regularização fundiária usucapião, além de prestar informação sobre documentos necessários para ingressar com as ações.

A regularização fundiária da área conhecida como Jardim Uberaba, no Tapanã 2, vai beneficiar diretamente pelo menos 23 mil famílias e cerca de 100 mil pessoas que vivem há mais de 30 anos na área. Na pesquisa de dominialidade da área do Jardim

Uberara feita pela Defensoria Pública, a área foi confirmada como par�cular. A consulta foi feita junto ao Município de Belém, Estado e União, que não manifestaram interesse na área.

Márcio Cruz informou que a Defensoria pretende inovar nas ações. Ele informou que para o Jardim Uberaba, todos os vizinhos envolvidos, da esquerda, direita e fundos, já farão também uma declaração como confinante, de que não se opõem ao direito do beneficiado. “Vamos fazer essas declarações para ver se isso reduz em dois anos a tramitação do processo. A ação da usucapião vai chegar ao juiz apenas para sentenciar. Esse tempo é precioso no processo”, comentou.

Texto: Micheline Ferreira

NDDH PROMOVE TREINAMENTO PARA MORADORES DO PARQUE BETEL

Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos (NDDH) da Defensoria Pública do Estado promoveu no dia, 2 de abril, um

treinamento para dez moradores que representam as famílias do Parque Betel, no bairro de Águas Lindas, em Ananindeua.

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O resultado do levantamento socioeconômico realizado no Parque Betel, no bairro de Águas Lindas, em Ananindeua, mostra que a grande maioria das famílias moradoras da área, que será alvo d e e m p r e e n d i m e n t o d o programa governamental Minha Casa, Minha Vida, prefere a indenização financeira. Cerca de 75% das pessoas que estão no local quer a compensação em dinheiro, referente ao valor do próprio terreno, do que receber a m o r a d i a o f e r e c i d a p e l o programa.

Esse resultado foi divulgado em audiência de conciliação realizada no dia, 30 de abril, pelo Núcleo de Defesa dos Diretos Humanos (NDDH) da Defensoria e os moradores do Parque Betel. O trabalho que já vem sendo realizado em prol desta comunidade contou com a presença do coordenador do Núcleo, Defensor Público Márcio Cruz, e da Defensora Pública Anelyse Freitas. Segundo ela, as propostas discu�das com os moradores serão enviadas à construtora responsável pela obra, que terá o prazo de uma semana para responder.

Durante o encontro, também f o i f e i t a a e x p o s i ç ã o d o q u a n � t a � v o c o l e t a d o n o levantamento georeferencial feito pela Universidade Federal do Pará (UFPA), após análise minuciosa dos terrenos. Itens como benfeitorias realizadas, tais como cercas e baldames, área construída, dimensões e �po de imóvel, no caso de madeira ou alvenaria, e quan�dade de cômodos, tudo foi avaliado.

Os 35 terrenos que possuem casas de madeira de dois a quatro

cômodos têm valores que variam entre R$ 2 mil a R$ 3 mil. Nos casos das poucas casas de alvenaria, que são apenas seis, os valores chegam a R$ 7 mil (dois cômodos), R$ 9,5 mil (três cômodos) e R$ 12 mil (quatro cômodos).

As áreas vazias, ou seja, sem imóvel construído, foram avaliadas de acordo com o tamanho. São 15 terrenos de 300 m² ao valor de R$ 700; 116 terrenos de um mil m² por R$ 1.500 e 20 de 10.000 m² por R$ 750 reais, cada.

Texto: Isabelle Fecury

MAIORIA DAS FAMÍLIAS DO PARQUE BETEL DESEJA INDENIZAÇÃO FINANCEIRA

O treinamento aconteceu para orientar os representantes p a r a q u e p o s s a m f a z e r o l e v a n t a m e n t o d o p e r fi l socioeconômico da comunidade.

A situação da comunidade tem sido acompanhada pela Defensora Anelyse Freitas e o coordenador do Núcleo, Defensor Marcio Cruz. Segundo ela, os moradores pediram ajuda à Defensoria quando se sen�ram ameaçados pela empresa que adquiriu a área para a construção d e e m p r e e n d i m e n t o d o programa Minha Casa Minha Vida.

O NDDH já realizou várias audiências públicas para orientar as famílias da área, que têm posicionamentos diferentes. Algumas desejam uma unidade habitacional no novo empreendimento, outras querem indenização pecuniária pelas benfeitorias do imóvel existente, outras desejam permanecer no local. O levantamento vai definir essas posições para que a Defensoria atue na mediação desse conflito. “Estamos fazendo uma ação cole�va com a par�cipação da própria comunidade. A Defensoria está prestando assistência jurídica para acelerar o

processo de mediação no conflito de moradia que havia nesta comunidade”, explicou Anelyse.

O treinamento foi realizado pela equipe técnica do NDDH, composta pela pedagoga Marília Sertão e a psicóloga Cláudia Leão. O treinamento aos moradores do Parque Betel vai permi�r que não ocorram erros no preenchimento do levantamento social e também proporcionou uma aproximação entre a ins�tuição e os assis�dos.

A dona de casa Darlente Pinheiro, 33 anos, declarou que “a Defensoria deu força para a

comunidade esclarecendo tudo que eles não estavam entendendo no processo”. “Foi muito importante contar com a ajuda da Defensoria, a orientação da defensora está sendo muito necessária para a nossa causa”, declarou.

Todos os 10 representantes receberam uma pasta com um kit de cadastramento, um crachá com iden�ficação contendo foto, além de formulário.

Texto: Micheline Ferreira e Michele LoboFotos: Renan Lobato

O Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos (NDDH) da Defensoria Pública do Estado promoverá nos dias 6 e 7 de maio mais uma edição do projeto “NDDH e você”, desta feita na cidade

de Breves, na região do Marajó. Este é o terceiro município visitado em 2014 pelo núcleo, que já estendeu o atendimento a Santarém e Altamira.

PROJETO “NDDH E VOCÊ” CHEGA A BREVES

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TRABALHO DO NDDH É DESTAQUE NO LIBERAL COMUNIDADE

O programa Liberal Comunidade do úl�mo domingo, 27 de abril, traz o trabalho que vem sendo realizado pelo Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos, da Defensoria Pública do Estado do Pará, em favor da população em situação de rua. A Defensora Pública Anelyse Furtado foi entrevistada sobre a rede criada para

oferecer apoiamento a essas pessoas esquecidas pela sociedade. O NDDH tem feito atendimentos no Centro Pop, oportunizado a emissão de primeira e segunda vias de documentos como cer�dão de nascimento, carteira de iden�dade e outros.

O obje�vo do projeto é levar para os municípios uma caravana dos direitos fundamentais. A ação em Breves será coordenada pela defensora Felícia Fiuza, que estará com a psicóloga Cláudia Leão e a assistente de gestão pública Ana Clara Souza.

A cada edição do projeto, um defensor do NDDH é destacado para informar sobre o acesso à assistência jurídica gratuita prestada pela Defensoria e as linhas de atuação do próprio núcleo.

O processo de educação dos Direitos Fundamentais começará pela visita nas casas penais, onde a Defensora Felícia Fiuza fará um acompanhamento das condições da unidade prisional local, com ênfase na verificação do cumprimento de Direitos Humanos, como assistência à saúde e educação, por exemplo.

O NDDH também promoverá uma palestra para os assis�dos

da Defensoria Pública no Núcleo Regional do Marajó. Uma escola pública de Ensino Médio também receberá uma oficina para envolver os alunos sobre a temá�ca Direitos Humanos. “A ideia é que eles possam ter a consciência do que são direitos fundamentais, direitos humanos, pois essa noção é muito deturpada, muitas vezes até mesmo por seus professores”, disse Felícia Fiuza.

Em resumo, a defensora ressaltou que “o projeto é um pacote de conhecimento para os municípios, onde há uma necessidade de aprendizado sobre o tema”. “A meta da Defensoria é levar para essas regionais do interior as noções de Direito e contribuir na divulgação desses direitos para a sociedade”, concluiu.

Texto: ASCOM

Os Núcleos Regional do Xingu e de Defesa dos Direitos Humanos (NDDH) da Defensoria Pública estreitaram os laços com a Prefeitura de Altamira, na região da Transamazônica, em um encontro ins�tucional em que foram realizadas exposições dos serviços prestados pela ins�tuição e, do outro lado, os que são feitos pelas secretarias de Assistência Social e Saúde.

Para o coordenador do NDDH, Defensor Márcio Cruz, o encontro foi uma “oportunidade de discu�r polí�cas públicas com foco nos direitos das pessoas”. “A secretária de Assistência Social, Rute Barros, informou que o curso foi tão proveitoso para os conselheiros tutelares que a Prefeitura de Altamira quer repe�r a dose em agosto”, informou.

Os dois momentos aconteceram nos dias 11 e 12 de abril, em Altamira. O curso de formação de conselheiros tutelares foi o ponto alto do sábado de a�vidades. O treinamento foi realizado pelo coordenador do núcleo, Defensor Público Márcio Cruz.

O curso de formação de conselheiros tutelares debateu e discu�u todos os papéis na rede de proteção à criança e

adolescente no município. Segundo o Defensor Márcio Cruz, a qualificação abordou a doutrina menorista e a doutrina da proteção integral, assim como os princípios e direitos fundamentais da criança e adolescente.

Também esteve na grade de temas do curso as atribuições e competências do Conselho Tutelar e o Programa Estadual de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados.

A composição e as atribuições do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e Adolescente �veram, ainda, enfoque especial, ao lado da temá�ca Fundo Municipal dos Direitos da Criança e Adolescente e a própria atuação da Defensoria Pública, do Ministério Público e do Poder Judiciário na área da Infância e Adolescência.

Por fim, o treinamento pontuou as responsabilidades penal, civil e administra�va do conselheiro tutelar, abrindo no final espaço para os debates.

Texto: Micheline Ferreira

CURSO E ENCONTRO INSTITUCIONAL EM ALTAMIRA

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O mês de abril começou com muitas a�vidades para o Núcleo de Atendimento Especializado à Criança e Adolescente (NAECA). Reunião ordinária da Comissão Especializada de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente e o IX Fórum Nacional de Defensores Públicos Coordenadores da Defesa da Criança e do Adolescente foram os eventos que aconteceram em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, e que contaram com a par�cipação de representantes do núcleo.

Entre os temas deba�dos, encaminhamentos para o IV Congresso Nacional de Defensores Públicos da Infância e Juventude, a discussão das metas da Carta Estratégica do Conselho Nacional de Jus�ça (CNJ), Conselho Nacional de Defensores Gerais (CONDEGE), Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e demais parceiros, além da avaliação do XXV Congresso da AABMP, recomendações do IX Fórum Nacional de Defensores Públicos Coordenadores da Defesa da Criança e do Adolescente, entre as quais o atendimento Integral às mães em cárcere e a garan�a do direito à convivência familiar e comunitária, a garan�a de acesso à Educação Infan�l, o protocolo de Crises no Universo Socioeduca�vo, provimento 32 do CNJ e aplicação do Art. 93.

Segundo a coordenadora do NAECA, Defensora Pública Emilgrie�y Santos, a reunião foi muito produ�va. Todos os pontos de pauta foram bastante discu�dos entre os defensores, representantes das Defensorias de todo o Brasil, a fim de fortalecer a atuação ins�tucional na área infanto‐juvenil.

Na agenda também houve espaço para que a Escola Superior da Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul recebesse

defensores públicos de diversos Estados para apresentação de 10 teses e cinco prá�cas exitosas relacionadas aos direitos das crianças e adolescentes, do IV Congresso Nacional. A Defensoria do Pará apresentou duas prá�cas exitosas na área cível, uma apresentada pelas Defensoras Regina Fernandes e Emilgrie�y Santos, e mais uma tese na área infracional proposta pela coordenadora do NAECA. Ambas ob�veram êxito nas apresentações, inclusive com a aprovação da tese.

As propostas de teses foram deba�das por defensores de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Bahia, Ceará, Rio Grande do Norte, Pará, Tocan�ns, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e outros. As teses poderão ser u�lizadas na atuação funcional de área do defensor público.

Emilgrie�y Santos ressaltou a par�cipação da Defensoria Pública do Pará nas reuniões e congresso brasileiro da área, que conseguiu se destacar pelas prá�cas exitosas e teses apresentadas. “Mostramos que podemos ter destaque na área de atuação infanto juvenil em nível nacional, graças ao apoio recebido do Dr. Luis Carlos Portela e conjunto de defensores aguerridos e equipe interdisciplinar que compõem o NAECA, os quais juntos ultrapassam dificuldades e prestam com afinco a defesa dos seus assis�dos. Assim, considero estarmos de parabéns e almejo que nosso próximo ano, nossa DPPA esteja representada por mais colegas no evento”, finalizou a coordenadora

Texto: ASCOM

NAECA SE DESTACA EM EVENTOS NACIONAIS

ALTERNATIVAS PODEM REDUZIR TRAUMAS DA SEPARAÇÃO DE PRESAS E FILHOS

Com o intuito de diminuir o trauma do afastamento dos bebês de mães detentas que cumprem pena no Centro de Reeducação Feminino (CRF), a Defensoria Pública do Estado do Pará, por meio da Defensora Pública e Coordenadora do Núcleo de Atendimento da Criança e do Adolescente (NAECA), Emilgrie�y Santos, e do Defensor Público atuante na casa penal, Carlos Eduardo Barros da Silva, além da assistente social Maria do Socorro Fialho, promoveu uma reunião na unidade prisional, no úl�mo dia 9 de abril, com a par�cipação da professora especialista em Psicologia do Desenvolvimento Humano , Celina Maria Colino Magalhães, da Universidade Federal do Pará, e da Diretora do CRF, Carmem Botelho.

A inicia�va da reunião se deu diante da constatação de que

após completar um ano de inauguração do berçário da Unidade Materno Infan�l do CRF, as detentas que �nham seus bebês na prisão estavam enfrentando sérios problemas com o processo de desligamento. Ou seja, após serem obrigadas a entregar seus filhos para famílias ou para ins�tuições de acolhimento.

A ideia é promover um curso de capacitação para lidar com a situação, e que se torne uma prá�ca ins�tucional, que poderá até ser estendida a outras unidades prisionais. Por sua vez, o próprio Núcleo Especializado da Criança e do Adolescente da Defensoria irá atuar auxiliando na questão jurídica, como na realização da ação de guarda, e no contato com a rede de proteção da criança e do adolescente.

Carlos Eduardo Barros da Silva explicou que o encontro da

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DEFENSORIA DE ANANINDEUA PARTICIPA DE ENTREGA DE UNIDADES

A Defensoria Pública em Ananindeua par�cipa nesta sexta feira, 11 de abril, da inauguração e reinauguração dos Serviços de Acolhimento Ins�tucional do município.

Os três espaços que serão entregues, segundo ele, são de grande importância para o trabalho do Núcleo de Atendimento Especializado da Criança e do Adolescente (NAECA) em Ananindeua.

O primeiro a ser inaugurado será o Serviço de Acolhimento Ins�tucional, para menores na faixa etária de 12 a 17 anos. O

segundo, o Serviço de Acolhimento Ins�tucional para crianças de 0 a 6 anos. O terceiro é o Serviço de Acolhimento Ins�tucional, que vai atender crianças e adolescente de 7 a 11 anos, em situação de risco e vulnerabilidade. Todas as unidades estão sob a coordenação da Secretaria Municipal de Cidadania, Assistência Social e Trabalho (SEMCAT), da Prefeitura de Ananindeua.

Texto: Roberta Gelak

O Núcleo Especializado da Criança e Adolescente (Naeca) da Defensoria Pública em Ananindeua realizou nos dias 25 e 28 de abril, atendimentos aos jovens da Unidade de Atendimento Socioeduca�vo (Uase) naquela cidade.

O obje�vo da visita foi verificar as condições da Uase e o andamento dos processos de execução, sobretudo observar se os direitos dos jovens que se envolveram em conflito com a lei estão sendo assegurados.

CREASNo começo deste ano, os Defensores Públicos do Naeca

também visitaram o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) para o acompanhamento de jovens que cumprem medida sócio‐educa�vas, em meio aberto. O grupo viu de perto a estrutura do espaço e o cumprimento das normas do Sistema Nacional de Atendimento Sócio‐educa�vo (Sinase).

EscolaA atuação do núcleo não parou por aí. Foi realizada no mês

de março uma ação do Naeca, na escola Regina Coeli de Souza, com a equipe mul�disciplinar, sob coordenação da assistente social Solange Brito, além de pedagogos e psicólogos.

A ação foi programada para inibir a violência crescente na escola. Durante a palestra foram feitos esclarecimentos aos jovens sobre temas como legislação, atendimento individual, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), e também foi feita a distribuição de car�lha do ECA.

CIEE

O Projeto filho Pródigo, idealizado pelo Naeca de Ananindeua, visitou o Centro de Integração Empresa Escola (Ciee) para iniciar as negociações, a fim de criar um canal direto para inscrições de jovens em situação de risco em vagas de

NAECA DE ANANINDEUA PROMOVE VÁRIAS AÇÕES

Defensoria Pública com representantes da Susipe e do setor de Psicologia da UFPA vai trazer grandes bene�cios na diminuição do trauma causado nos bebês. “Com o apoio da Professora Celina Magalhães, pertencente ao quadro da UFPA e especialista em Psicologia do Desenvolvimento Humano, nós da Defensoria Pública esperamos encontrar várias soluções para diminuir os problemas neste processo de desligamento dos bebês das internas acolhidas na Unidade Materno Infan�l. Uma delas é inclusive a realização de cursos de capacitação des�nados aos agentes técnicos que atuam no sistema prisional, com o fim de proporcionar a troca de experiência e a criação de um espaço para a es�mulação precoce”, jus�ficou.

A coordenadora do NAECA, Emilgrie�y Santos, enfa�zou a preocupação da Defensoria Pública com a adaptação e o

desenvolvimento comportamental dos filhos das internas. “Esta atuação em conjunto entre os dois núcleos é uma recomendação acordada no úl�mo Congresso Nacional dos Defensores Públicos da Infância e Juventude e que já está sendo aplicada pela Defensoria do Pará, sem contar que já estamos também buscando colocar em prá�ca a Lei 12.962/2014, que garante a maior convivência dos filhos com a mãe ou o pai privado de liberdade, por meio de visitas periódicas promovidas pelo responsável ou, nas hipóteses de acolhimento ins�tucional, pela en�dade responsável, independentemente de autorização judicial, permi�ndo a manutenção dos laços familiares e favorecendo a ressocialização”, finalizou.

Texto: Gilla Aguiar

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aprendizagem. A ideia é ampliar o número de vagas do projeto, que pretende oportunizar oportunidades de aprendizagem aos

jovens que já es�veram em conflito com a lei.Texto: ASCOM

NAEM FARÁ PALESTRA SOBRE ASSÉDIO MORAL E SEXUAL

A coordenadora do Núcleo de Atendimento Especializado à Mulher (NAEM), da Defensoria Pública do Pará, Arleth Rose Guimarães, será a palestrante do tema “Assédio Moral e Sexual”, que está programada para acontecer na primeira semana de maio, na Companhia de Pesquisa e Recursos Minerais (CPRM).

A palestra sobre Assédio Moral e Sexual terá como público‐alvo o quadro de colaboradores da empresa, composto por servidores, estagiários, terceirizados e aprendizes. A maioria é de geólogos e engenheiros, além de técnicos administra�vos e da área fim.

Empresa pública vinculada ao Ministério de Minas e Energia, a CPRM aderiu ao programa Pro‐Equidade de Gênero e Raça, que busca o desenvolvimento de novas concepções e procedimentos na gestão de pessoas e na cultura organizacional, com o obje�vo de alcançar a igualdade de gênero e raça.

O Pro‐Equidade de Gênero e Raça é uma inicia�va da Secretaria Especial de Polí�cas para as Mulheres, da Presidência da República e do Plano Nacional de Polí�cas para as Mulheres.

Texto: ASCOM

DEFENSORIA REGISTRA PRIMEIRO CASO DE FILHA QUE ALEGA ABANDONO AFETIVO

Apesar de ser a situação de milhares de crianças brasileiras, crescer sem o auxílio e presença paterna não é fácil. A estudante Dayane de Oliveira, 18 anos, foi adotada com apenas três horas de vida e rejeitada pelo então pai antes de completar um ano de idade. Em busca de reverter esta situação, configurada como abandono afe�vo, a estudante procurou na úl�ma sexta‐feira, 25 de abril, auxílio do Serviço 129, da Defensoria Pública do Estado do Pará. O atendimento foi agendado para o Núcleo da Família na Defensoria de Ananindeua, que de forma inédita vai atender o primeiro caso de ação por abandono afe�vo na história da ins�tuição.

A ideia da ação surgiu logo após Dayane assis�r a uma reportagem na TV sobre tema. Segundo a mãe da jovem, dona Dorian Vasconcelos, 46 anos, a filha sempre se sen�u desamparada pelo pai. Assim que ficou sabendo dos serviços de assistência jurídica gratuita da Defensoria, conversou com a mãe e as duas resolveram optar pela medida.

Dorian contou que nunca imaginou ter filhos, em função de problemas de saúde, mas acatou a proposta do marido, que trouxe a bebê Dayane imediatamente para casa. O que a dona de casa não esperava era que o lojista, Marcos Oliveira, 43 anos, abandonasse a família recém‐formada, dez meses depois de ter tomado a decisão pela adoção da criança.

Após o abandono, Dorian se viu sozinha e sem perspec�va nenhuma para arcar com a criação e sustento da filha. “Ele nos deixou. Mas eu não poderia deixá‐la”, garan�u a dona de casa, que se viu em uma situação financeira di�cil. “Marcos pediu para que eu largasse os estudos e o trabalho e me dedicasse inteiramente ao desenvolvimento da criança, enquanto ele bancaria com todas as necessidades da família”, recordou. Mas o

que aconteceu foi exatamente o contrário. Ele não cumpriu a própria promessa. Dorian e Dayane passaram fome e diversos momentos di�ceis, o que desencadeou um quadro depressivo na mãe e, por consequência, dificuldades para conseguir um emprego que ajudasse nas finanças da casa.

Foi quando Dorian resolveu acionar a Jus�ça para obter pensão alimen�cia. A primeira audiência judicial proporcionou algum subsídio à mãe e filha, mas Marcos não se mostrou presente e nem cumpriu o que foi acordado na Jus�ça. Contudo, a situação não era favorável ao “pai”, que indevidamente registrou a criança como se fosse filha biológica do casal e, posteriormente, foi adver�do pela jus�ça para não re�rar o sobrenome no registro de nascimento da filha, como ele desejava. Ele teve que oferecer assistência financeira e disponibilizar 60% do salário. Também se comprometendo a pagar três anos de pensão em atraso.

Além de nunca ter contado com o apoio do pai ado�vo nos momentos que mais precisou, Dayane também sofreu humilhações e represálias da família paterna por não ser filha biológica de Marcos, segundo a mãe. A estudante alegou que o tratamento que recebe dos avós, por exemplo, é completamente diferente do recebido por outros netos.

Mãe e filha acreditam em Jus�ça. E acreditam que através da Defensoria vão conseguir uma indenização por todos os danos morais causados pelo abandono paterno. A mãe reconhece, no entanto, que a ação por abandono afe�vo não vai reparar a maior lacuna na vida da jovem: a presença do pai.

Texto: Isabelle Fecury

NÚCLEO DO CONSUMIDOR PARTICIPA DE NOVA REUNIÃO DA CPI DA TELEFONIA

Nesta quarta feira, 30 de abril, o Núcleo do Consumidor da Defensoria Pública do Estado vai par�cipar, na Assembleia Legisla�va, da segunda oi�va da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Telefonia, que visa inves�gar a situação da telefonia móvel e internet no Estado.

Instalada em 5 de novembro do ano passado, a Comissão é

presidida pelo deputado Eduardo Costa. Também par�cipam desta CPI, além da Defensoria Pública, Procon, Ministério Público e OAB‐PA. A primeira oi�va aconteceu com a presença da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

Nesta segunda etapa, a empresa convidada será a VIVO. A reunião tem como obje�vo ouvir, esclarecer e debater sobre as

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Agenda Brasíl ia e Notas Técnicas para subsidiar o trabalho dos Defensores da área de E x e c u ç ã o P e n a l e m s e u s respec�vos Estados. Este foi o saldo da primeira reunião de 2014 da Comissão de Execução Penal d o C o n s e l h o N a c i o n a l d e Defensores Públicos Gerais (Condege), realizada em Curi�ba nos dias 27 e 28 de março.

O Defensor Público Arthur C o r r ê a d a S i l v a N e t o , c o o r d e n a d o r a d j u n t o d a comissão, in formou que o encontro foi produ�vo e definiu que para a Agenda Brasília serão feitas visitas de trabalho ao Conselho Nacional de Jus�ça (CNJ), Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), Conselho Nacional de Polí�ca Criminal e Penitenciária (CNPCP), além de Senado e Câmara Federal.

A intenção, de acordo com Arthur Corrêa, é estreitar laços com as ins�tuições e en�dades, além de estabelecer pauta proposi�va de temas macro da Polí�ca Carcerária no Brasil.

Para criar unidade tanto nos posicionamentos quanto na atuação, também foi definido no encontro que serão geradas Notas Técnicas para assuntos polêmicos do dia a dia da Execução Penal, tais como a Revista Ín�ma Vexatória e as Parcerias Público‐Privada (PPPs).

Também obteve aprovação proposição de autoria do Defensor Arthur Corrêa que sugere e recomenda ao Condege a inclusão nos editais de concurso público para a carreira de Defensor Público, a disciplina Direito de Execução Penal. Segundo ele, a importância da proposta consiste em levantar o debate do sistema carcerário dentro da sociedade.

A próxima reunião da comissão de Execução Penal será nos

dias 28 e 29 de maio, em São Luís. Para o segundo semestre, os encontros ocorrerão nos dias 29 e 30 de agosto, em Florianópolis, e 28 e 29 de novembro, em Rondônia.

Par�ciparam do evento os seguintes defensores: Aline Lima de Paula Miranda (coordenadora da Comissão da Defensoria Pública do Ceará); Arthur Corrêa da Silva Neto (coordenador a d j u n t o d a C o m i s s ã o d a Defensoria Pública do Pará); Rodrigo Duque Estrada Roig (da

Defensoria Pública do Rio de Janeiro); Carmem Silvia de Morais Barros (da Defensoria Pública de São Paulo); Marcello Paiva de Mello (da Defensoria Pública do Espírito Santo); Marcelo Scherer da Silva (da Defensoria Pública de Santa Catarina); Maurina Joéane Santana (da Defensoria Pública do Tocan�ns); Cláudio Piansky M.G. da Costa e Juarez Angelin Mar�ns (da Defensoria Pública da Bahia); Ana Paula Pozzan (da Defensoria Pública do Rio Grande do Sul); Vera Lúcia Pereira Silva (da Defensoria Pública de Roraima); Anderson Amorim Mimas (da Defensoria Pública de Sergipe); Fernanda Esmeraldo Cavalcante e Clarice Marques Weyne (da Defensoria Pública de Pernambuco); e Gustavo Ba�sta e Silva (da Defensoria Pública do Maranhão).

Representando a Defensoria Pública do Paraná par�ciparam os defensores públicos André Ribeiro Giamberardino (Subdefensor Público‐Geral da DPPR), Eduardo Pião Or�z Abraão, Alexandre Gonçalves Kassama, Henrique Camargo Cardoso, Mônia Regina Damião Serafim e Carlos Augusto Silva Moreira Lima.

Texto: Micheline Ferreira

COMISSÃO NACIONAL DE EXECUÇÃO PENAL DEFINE METAS

questões referentes à qualidade de sinal de internet e ligações, tanto na capital como no interior do Pará.

Segundo o Defensor Público e coordenador do Núcleo do Consumidor, Arnoldo Peres, “serão verificadas todas as questões per�nentes à telefonia. Ao que parece, para as operadoras que prestam serviços de telefonia móvel não vale um inves�mento maior em nossa região. Em alguns municípios há pouca ou

nenhuma prestação de serviço de qualidade”, ressaltou.As outras operadoras também serão ouvidas, em momento

posterior, de acordo com o calendário da CPI. Após este procedimento, serão repassados os encaminhamentos e medidas a serem tomadas pelas operadoras.

Texto: Joyce Wanzeller

DEFENSORIA OBTÉM REDUÇÃO DE 60 ANOS NA PENA DO “MANÍACO DA CEASA” JUNTO AO STJ

O Defensor Público Edgar Moreira Alamar, da Entrância Especial da Defensoria Pública do Estado, conseguiu reduzir a pena do detento André Barboza, que ficou conhecido como “Maníaco da Ceasa”. Condenado inicialmente a cumprir 104 anos, a atuação da ins�tuição possibilitou a redução para 42 anos de reclusão.

A diminuição da pena foi possível após apreciação de Agravo em Recurso Especial Nº 224.948 ‐ PA, que teve provimento parcial, na qual a relatoria acolheu em parte a tese da Defensoria Pública do Estado.

O “Maníaco da Ceasa” ganhou destaque em todo o Estado em 2008 por se tratar de suposto serial killer que teria violentado

e matado os menores J. R. O., A. A . M. e R. V. S., entre os meses de dezembro de 2006 e março de 2007, nas matas que ficam às proximidades da Companhia Estadual de Abastecimento (Ceasa).

André Barboza foi condenado pela 1ª Vara do Tribunal do Júri da capital à pena de 104 anos de reclusão, em regime fechado, pela suposta prá�ca de três homicídios qualificados; de vilipêndio e de ocultação de cadáver, e de atentado violento ao pudor contra uma das três ví�mas.

A Defensoria Pública, por meio do Defensor Hedy Carlos Soares, apelou da sentença e o Tribunal de Jus�ça do Estado do Pará deu parcial provimento ao apelo reduzindo a pena para 86 anos de reclusão.

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CONSULTAS, REMÉDIOS E TRATAMENTO VIRAM AÇÕES JUDICIAIS

Remédios com custo al�ssimo, tratamento fora de domicílio, vaga para quimioterapia e radioterapia, além de leitos e consultas especializadas são alvos de ações na área de saúde, impetradas pela Defensoria Pública e que ob�veram 100% de sucesso na Jus�ça, com o deferimento de liminar, nos úl�mos seis meses.

O saldo é mais que posi�vo. Mais de 80 pessoas foram beneficiadas pela atuação dos defensores do Núcleo da Fazenda Pública, cujas ações judiciais e procedimentos extrajudiciais estão garan�ndo o direito fundamental de acesso à saúde no Estado.

A maioria das ações está relacionada a pedido de medicamentos de média e alta complexidades. Esses remédios quase sempre não estão disponíveis nas unidades de saúde. Sem a intervenção da Defensoria Pública, os pacientes que precisam de cuidados intensivos teriam de esperar de seis meses a um ano por remédios com valor que ultrapassam os R$ 8 mil.

Dependendo do grau ou estágio da doença, apenas esses medicamentos ajudariam os pacientes a se manterem vivos, sobretudo quando o tratamento ou é a quimioterapia ou a radioterapia, segundo o Defensor Público José Anijar Rei, coordenador do Núcleo da Fazenda Pública.

José Anijar Rei ressalta que todos os casos que chegam ao conhecimento do núcleo têm ob�do sucesso porque existe um grande empenho entre os servidores para a formalização imediata dos pedidos. “Todos trabalham para que o processo chegue logo a conhecimento do juiz”, reforçou.

Os problemas não se resumem apenas à dificuldade em obter os remédios. Muitos pacientes encontram dificuldades extremas para conseguir leitos para internações e até mesmo a falta de materiais cirúrgicos.

O aposentado Silvestre Sacramento, de 58 anos, morador do bairro da Pra�nha, teve de recorrer à Defensoria para ver assegurado o direito de uma consulta com pneumologista. Há 20 anos ele é portador de espondilite, uma doença que causa infecção nas ar�culações, mas recentemente descobriu a tuberculose. Silvestre, no entanto, não conseguia realizar nem consulta e menos ainda radiografia do pulmão.

Graças à ação com pedido de liminar, o paciente realizou a consulta, avaliação e exames necessários com médicos pneumologista no hospital Barros Barreto “para o diagnós�co do tratamento adequado das doenças e tratamento subsequentes

até quando for necessário”. Em caso de descumprimento da ordem judicial, o hospital teria de pagar multa diária de 5 mil reais.

Quem também solicitou a chamada “Ação de Obrigação de fazer com Pedido de Tutela Inaudita Altera Pars” foi o assis�do Ivan Luis da Conceição Jaster, que apresentava síndrome do quadril direito, uma inflamação do nervo que lhe causava muitas dores. Por conta disso, necessitava de cirurgia de artroscopia.

O sofrimento de Ivan começou quando o médico constatou a necessidade imediata de se realizar a cirurgia e o material cirúrgico teria que ser autorizado pelo convênio do Ins�tuto de Assistência dos Servidores do Estado do Pará (IASEP), onde inúmeros atos de omissão e negligência para a autorização do procedimento foram constatados.

O IASEP informou prazo de 30 dias para a aprovação da autorização. O prazo expirou e a atendente havia esquecido de anexar a lista de materiais cirúrgicos junto com o guia de internação para cotação. Depois da ação, a cirurgia de artroscopia com fornecimento de materiais necessários foi autorizada e o plano também poderia ter sido penalizado com multa diária, em caso de descumprir a decisão.

Moradora do bairro da Marambaia, Marília da Cunha Rodrigues, usuária do Sistema Único de Saúde (SUS) há mais de 16 anos, viu agravar um caso de artropa�a psoriásica, um �po de artrite inflamatória crônica com vários graus de inflamação ar�culares. Ela já fazia tratamento com medicamentos, mas a doença piorou e ela precisava com urgência de medicamento durante três meses para uso con�nuo.

Marília recorreu ao Núcleo da Fazenda Pública, que entrou com pedido de medicamento junto à Secretária de Estado de Saúde Pública (SESPA), que não forneceu o medicamento, argumentando um preço muito alto e que não fazia parte da lista da Relação Nacional de Medicamentos (RENAME). Após a ação judicial, o Estado foi obrigado a fornecer o medicamento.

A Defensoria também tem conseguido garan�r que pacientes de outros municípios possam realizar o Tratamento Fora de Domicílio (TFD) com apoio para alimentação e moradia. Sem isso, disse o coordenador, muitos tratamentos acabam sendo interrompidos.

Texto: Micheline Ferreira, Renan Lobato e Le�cia Sarges

Após analisar o Acórdão do TJE/PA, o Defensor Público Edgar Alamar verificou afronta à lei federal e alegou violação dos ar�gos 59; 65, inciso III, alínea d e 68 todos do Código Penal, por meio de Recurso Especial ao qual foi negado seguimento pela Presidência do Tribunal de Jus�ça do Estado do Pará, tendo, então, o Defensor Público agravado a decisão.

Nos autos do Agravo em Recurso Especial, a Ministra Laurita Vaz, da 5ª Turma do Superior Tribunal de Jus�ça, acolhendo parcialmente as teses apresentadas pela Entrância Especial da Defensoria Pública do Pará, sustentou em seu voto que “o julgador deve, ao individualizar a pena, examinar com acuidade

os elementos que dizem respeito ao fato, obedecidos e sopesados todos os critérios estabelecidos no art. 59, do Código Penal, para aplicar, de forma justa e fundamentada, a reprimenda que seja, proporcionalmente, necessária e suficiente para reprovação do crime”. E jus�ficou: “especialmente, quando considerar desfavoráveis as circunstâncias judiciais, deve o magistrado declinar, mo�vadamente, as suas razões, pois a inobservância dessa regra ofende o preceito con�do no art. 93, inciso IX, da Cons�tuição Federal”.

Texto: ASCOM

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DEFENSORIA OBTÉM L IMINAR QUE OBRIGA NOMEAÇÃO DE AGENTES DE TRÂNSITO

A Superintendência de Mobilidade Urbana de Belém (SEMOB) tem 45 dias para nomear agentes de trânsito aprovados no concurso público 01/2011, para cadastro de reserva, atendendo a decisão liminar do juiz de Direito Francisco Alcântara, que responde pela 1ª Vara da Fazenda Pública da capital, com base em Ação Civil Pública impetrada pelo Núcleo da Fazenda Pública da Defensoria Pública do Estado do Pará.

A Defensoria ingressou com a Ação Civil Pública em 27 de fevereiro deste ano, requerendo a nomeação imediata dos agentes de trânsito aprovados no certame alegando o aumento no número de cargos por lei posterior ao edital do concurso e, ainda, a existência de guardas municipais executando a função de agentes de trânsito em Belém, com evidente desvio de função.

O coordenador do Núcleo da Fazenda Pública da Defensoria, Defensor José Rei, ressaltou que, além do desvio de função, a Prefeitura de Belém também está contraindo novos gastos com a contratação de agentes de segurança para cuidar do patrimônio público, onerando os cofres públicos, pois a função ins�tucional é da Guarda Municipal.

Por conta da contratação de empresas de segurança privada, a Defensoria também apelou na ação ao princípio da economicidade, pois os aprovados no concurso da Semob, uma vez nomeados, evitariam não apenas o novo concurso, mas também os novos gastos como o contrato desses vigilantes.

Além da decisão favorável, José Rei destaca como importante no despacho do magistrado a confirmação de que “a Defensoria Pública do Estado possui legi�midade para ajuizar ação civil pública na defesa de interesses transindividuais de hipossuficientes”. Essa confirmação fez cair por terra o principal argumento da defesa da Prefeitura de Belém, que a quando de suas informações, frisou que a ins�tuição não teria legi�midade para ingressar com a medida. “Para nosso papel ins�tucional, é muito importante que o juiz tenha reafirmado a legi�midade a�va da Defensoria”, reforçou José Rei.

Na liminar, o juiz Francisco Alcântara realçou que a própria Prefeitura de Belém reconheceu que há agentes públicos que “de forma precária estariam ocupando os cargos de agentes de trânsito, demonstrando que a necessidade de suprimento de vagas não é nova”. Também pontuou que a própria administração “não demonstrou a inexistência das vagas, já que a Lei nº 9.049

teria ampliado o número de cargos de agentes de trânsito para 318”.

A Prefeitura de Belém promoveu concurso público para o cargo de agente de trânsito, ofertando inicialmente 95 vagas, número de cargos então previstos pela Lei nº 8.227/02. Havendo, posteriormente, convocado o candidato classificado até a posição de nº 104. Recentemente, a Lei 9.049/2013, ampliou o número de cargos para 318, e somente 95 concursados ocuparam efe�vamente os cargos.

LIMINAR

A liminar ques�ona ainda que, apesar de não nomear os aprovados no certame, a Semob remanejou guardas municipais, cuja função é de proteção de bens, serviços e instalações do município, para atuarem como agentes de trânsito, o que seria proibido por lei.

O núcleo alega que a a�tude da prefeitura provocou déficit no quadro de guardas, o que levou a Semob a terceirizar o serviço. “Estamos diante de um caso explícito de desvio de função. Além disso, a prefeitura não observou o princípio da economicidade da administração pública, que seria a contratação de pessoas já aprovadas no concurso”, alega.

A Semob tem entendimento contrário à decisão do juiz. A Prefeitura de Belém, por meio da Semob, informa que o órgão criou 95 vagas para o cargo de agente de trânsito, 12 para agente administra�vo e seis para o cargo de fiscal, sendo todas elas devidamente preenchidas conforme as exigências do Edital do Concurso Público nº 001/2012.

Até o momento, diz a Semob, doze pessoas a mais foram chamadas para o cargo administra�vo e outras oito para o cargo de agente de trânsito, seguindo a ordem de pontuação alcançada no certame.

Sendo assim, a Semob informa que já nomeou todos os aprovados no concurso e não houve cadastro de reserva. A Semob publicou no Diário Oficial do Município o decreto de encerramento do concurso, informando que não há intenção de prorrogar a validade do concurso, que expirou no dia 2 de abril, diz a nota.

Texto: Micheline Ferreira

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Luis Carlos de Aguiar PortelaDefensor Público Geral

Adalberto da Mota SoutoSubdefensor Público Geral

Florisbela Maria Cantal MachadoCorregedoria Geral

José Adaumir Arruda da SilvaDiretoria Metropolitana

Alexandre Mar�ns BastosDiretoria do Interior

Antonio Roberto Figueiredo CardosoDiretoria da Escola Superior

Silvio Darley Pereira FernandesDiretoria Administra�va

EDITORIAL

Textos e FotosAssessoria de Comunicação, Diretoria do

Interior, Jornal O Liberal, G1 Pará

Arte e DiagramaçãoIgor luís Gonçalves e Silva

Defensoria Pública do Estado do Pará ‐ Prédio Sede

End.: Trav. Padre Prudêncio, 154 ‐ Centro ‐ Belém ‐ Pará

CEP: 66019‐000Telefone: 3201‐2684

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