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Círculos Gonzaga, Loyola, Vieira e Xavier Informação aos amigos Boletim . nº 348 maio/julho 2013 “A Colaboração no Centro da Missão” JESUÍTAS

Boletim maiojulho 2013 final 16082013

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Boletim jesuíta informação aos amigos

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Page 1: Boletim maiojulho 2013 final 16082013

Círculos Gonzaga, Loyola, Vieira e Xavier

Informação aos amigosBoletim . nº 348 maio/julho 2013

“A Colaboração no Centro da Missão”

JESUÍTAS

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Ficha Técnica

Jesuítas – Informação aos Amigos – Boletim; Nº 348; Maio/Julho 2013Diretor: Domingos de Freitas, SJ • Coordenação: Ana Guimarães • Redação: Ana Guimarães; António Amaral, SJ; Avelino Ribeiro, SJ •Propriedade: Província Portuguesa da Companhia de Jesus • Sede, Redação e Administração: Estrada da Torre, 26, 1750-296 LISBOA(Portugal) • Telef.: 217 543 060; Fax: 217 543 071 • Impressão: Grafilinha – Trabalhos Gráficos e Publicitários; Rua Abel Santos, 83Caparide - 2775-031 PAREDE • Depósito Legal: Nº 7378/84 • Endereço Internet: www.jesuitas.pt • E-mail: [email protected] • Foto:Peregrinação a Finisterra 2011 Círculo Xavier

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BREVES DA PROVÍNCIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3

DA COMPANHIA EM RESUMO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8

CÍRCULOS GONZAGA, LOYOLA, VIEIRA E XAVIER. . . . . . 9

PROJETO “SOU COMO TU” . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14

MEIOS QUE UNEM OINSTRUMENTO COM DEUS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15

LISBOABoletim | nº 348maio/julho 2013

JESUÍTAS

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DestinosA partir de setembro, vários são os novos

destinos e missões.O P. Miguel Gonçalves Ferreira fará formação

para Mestre de Noviços, cargo que assumirá a partir deMaio de 2014. O P. António Santana será Sócio doMestre de Noviços e colaborador no CUMN.

Os PP. Miguel Almeida e José Eduardo Limaintegrarão a Comunidade do Porto e serão, respetivamen-te, Diretor e colaborador do CREU. O P. Nuno Tovar deLemos será o Diretor do CUPAV e o P. Nuno Branco oDiretor-Adjunto.

O P. Sérgio Diz Nunes passará a fazer parte daComunidade Pedro Arrupe, em Braga, sendo Espiritualdos “filósofos” e colaborador no AO.

O P. Rui Nunes irá para a Terceira Provação, emSalamanca, em Setembro.

Iniciam o 2º ciclo de Teologia, em Setembro:- o P. Marco Cunha, em Teologia Fundamental,

na Gregoriana, residindo na comunidade do Centro Aletti;- os EE. Frederico Cardoso de Lemos e GonçaloMachado, em Teologia Bíblica e em Dogmática eSacramentos, respetivamente, vivendo no CollegioBellarmino; - os EE. Carlos Carvalho e Paulo Duarte,em Teologia Fundamental, no Centro Sèvres, em Paris; -o Esc. Pedro Cameira em Moral da Pessoa, no BostonCollege, vivendo na Isaac Jogues House.

O Esc. Francisco Martins estudará línguas anti-gas (2 anos) na “École des Langues et Civilisations del’Orient Ancien” (do Institut Catholique), em Paris. OEsc. João Goulão vai fazer o “Master Inaciano”, emComillas, Madrid;

O Esc. Alberto Fernández del Palacio (CAS)regressa à sua Província, depois de três anos a viver naComunidade Pedro Arrupe e a estudar Filosofia na UCP deBraga.. Integrará a comunidade do juniorado espanhol, emSalamanca, para completar a formação especialem"Antropología aplicada: Salud y desarrollo comunitario”.

Após a Terceira Provação no Sri Lanka, o P.Luís Ferreira do Amaral esteve na Tailândia a imple-mentar e a desenvolver um projeto de educação à distân-cia, Jesuit Commons, à semelhança do que fez, durantedois anos, no campo de Kakuma, no Quénia. EmSetembro próximo, o JRS-Internacional destinou o P. Luíspara trabalhar na República do Chade, em África, onde irádesenvolver o mesmo tipo de projeto.

Últimos votosFarão a Profissão Solene os Padres Filipe

Martins e Francisco Rodrigues (Comunidades do Portoe do CIL - Lisboa), em Soutelo, no dia 29 de Agosto, e osPadres José Eduardo Lima e Lourenço Eiró(Comunidades do Noviciado e do Colégio - Cernache) nodia 3 de novembro, em Coimbra.

Processo de escolha de novo ProvincialEm meados do mês de setembro, vai ser aberto o

processo para a nomeação de um novo Provincial. O P.Alberto Brito pediu ao P. Geral para não fazer o segundotriénio do seu provincialato. De acordo com o calendárioestabelecido, em meados de Janeiro de 2014, o novoProvincial poderá já ser nomeado pelo P. Geral, e tomaráposse em data a anunciar posteriormente.

OraçõesPedem-se orações:- pelo P. José Fernando Pereira Borges

(Comunidade da FacFil/AO-Braga);- por uma irmã do Ir. João Rodrigues

(Comunidade do Porto) e por uma irmã do Ir.Bernardino Fernandes (Residência da Póvoa deVarzim), recentemente falecidos.

Ordenação e missa nova P. Marco CunhaNo passado dia 29 de junho, solenidade de S.

Pedro e S. Paulo, o Marco Cunha foi ordenado presbíteropelo Senhor D. Jorge Ortiga, Arcebispo de Braga, na igre-ja do Colégio das Caldinhas. Concelebraram muitos jesuí-tas (mais de 40) e alguns padres amigos do Marco. Alémdo coro «oficial» que muito contribuiu para a beleza dacelebração, houve também lugar para dois cantos ao estilodo oriente cristão (bizantino), cantados por amigos doMarco - uma forma simples e bela de fazer referência a umgosto do Marco, mas também à sua comunidade em Roma,ligada ao Centro Aletti, que tem por missão o diálogo entreo ocidente e o oriente cristãos. Sinal da ligação ao CentroAletti foi também a presença de uma comitiva da comuni-dade a que o Marco pertenceu no último ano e onde conti-nuará. Durante a homilia, o Senhor Bispo citou as palavrasque o Papa Francisco disse no mesmo dia, por ocasião daimposição do pálio aos novos arcebispos metropolitas, naqual exortou a que nos deixássemos instruir por Deus paraconfessar Jesus Cristo. A festa da ordenação continuou nopátio do Colégio, com um excelente buffet.

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No dia seguinte, na igreja paroquial de S.Martinho de Bougado (Trofa), o Marco celebrou a suaMissa Nova. Esta foi a sua paróquia até entrar no novicia-do, aí despertou e cresceu na fé. Toda a comunidade paro-quial, muito bem organizada nos seus muitos grupos, seenvolveu e empenhou na preparação da festa. Desde ocoro durante a Missa (para a qual até foi escrito um cantoinspirado pela segunda leitura - Cristo libertou-nos para aliberdade (Gal 5,1) - que foi o tema central da homilia doMarco), aos muitos acólitos, até à preparação e organiza-ção das comidas e bebidas. Foi uma grande festa, coisaque se podia intuir logo à chegada à igreja, pois eraimpossível não reparar no magnífico tapete de flores pre-parado por dezenas de pessoas durante toda a noite, até àmadrugada desse dia. Estamos gratos a todos por tantagenerosidade e disponibilidade. Nomeio apenas três pes-soas, os pais do Marco e o pároco, P. Luciano Lagoa,como representantes da família e amigos do Marco e daparóquia de S. Martinho de Bougado.

Frederico Lemos, SI

Novos noviços MoçambiqueNo dia 24 de maio, entraram no noviciado da

Beira os EE. Adelino Eugénio Dawacar, Alves EduardoLourenço, Lucas Paulo Estevão, Manuel EusébioAntónio, Meu Jorge da Silva e o Ir. Manuel MárioChingole.

Proferiu os primeiros votos, no dia 24 de maio, oEsc. Alcídio Vitorino Tembe.

Ordenação e missa nova P. Carlos SivanoO Esc. Carlos Sivano recebeu a ordenação pres-

biteral no dia 28 de julho, na Eucaristia presidida peloBispo Emérito D. Luís Ferreira da Silva, na Paróquia deSão Francisco Xavier, na Missão de Lifidzi.

A missa nova realiza-se no dia 4 de agosto, emMitande, Província do Niassa.

Memória - P. Augusto Vila-ChãO Padre Augusto Gonçalves Vila-Chã nasceu em

Fragoso, Barcelos, a 22 de Outubro de 1934. Fez o então7º Ano dos Liceus em Viana do Castelo e em Braga, de1946 a 1954.

Entrou na Companhia de Jesus no Noviciado deSoutelo, Vila Verde (Braga), no dia 6 de Outubro de 1954,onde também viria a fazer a etapa do Juniorado (1956-1958). Estudou Filosofia, em Braga, e fez o Magistério noInstituto Nun’Alvres, nas Caldas da Saúde (Santo Tirso) eno Colégio São João de Brito. Partiu para Granada(Espanha), onde fez a Teologia entre 1963 e 1967, tendorecebido a Ordenação Sacerdotal a 03 de Julho de 1966.A última etapa da formação, a Terceira Provação, fê-la em

Salamanca (Espanha) durante o ano letivo 1967-1968.Em 1968, iniciou a sua atividade apostólica na

Província, no Colégio de S. João de Brito, em Lisboa,como Prefeito da Escola Infantil e Adjunto do Assistentedo Centro Social da Musgueira.

Entre 1969 e 1976, residiu em Braga onde foiPrefeito Espiritual do Centro Académico, Visitador daCadeia, Diretor da Escola Elementar, Espiritual da EscolaPré-Apostólica, Diretor Espiritual no SeminárioDiocesano e Diretor do Centro Académico de Braga,durante algum tempo. Desde 1976, começou a trabalharna Fraternidade Cristã dos Doentes, movimento francês,do qual o P. Augusto seria o introdutor em Portugal.

Entre 1976 e 1980 foi destinado a Soutelo, ondefoi Ecónomo e Consultor da Casa, continuando a dar o seuapoio à Fraternidade Cristã dos Doentes, em Braga.

A partir de 1980, regressou a Braga, iniciandonovas funções como Assistente Nacional da FraternidadeCristã dos Doentes. Em 1984 é nomeado Capelão doHospital de São Marcos, em Braga, cargo que exerceudurante mais de duas décadas; a partir de 1993 passa apertencer à Comissão de Ética do Hospital, assumindo aassistência do Secretariado Diocesano dos Doentes e deRedator e Administrador do boletim dos Doentes, «Cartado Amigo».

No dia 29 de Abril de 2013, o Senhor chamá-lo-ia para Si, depois de uma vida intensa e dedicada à lutapor uma assistência mais humana do doente. O P. Augustofoi um verdadeiro profeta da consolação, da paz e da espe-rança junto de tantas pessoas doentes e limitadas fisica-mente, no segredo e no silêncio de tantas horas passadasjunto de quem sofria. E Deus, “que vê o segredo”, há-dedar-lhe a recompensa eterna de quem Se serviu nestemundo para continuar a Sua obra de redenção e de salva-ção de todos, especialmente dos doentes, os mais pobresdos pobres.

Um grande bem-haja ao P. Augusto pelo seutestemunho fiel e sereno como pessoa e jesuíta. Paz à suaalma.

Encontro Comissão Apostolado SocialDecorreu entre os dias 11 e 14 e de Abril no

Seminário de Almada, o encontro de Delegados deApostolado Social da Europa. Compareceram aoEncontro 13 delegados de Apostolado Social e contámos

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Boletim “Jesuítas”O boletim “Jesuítas” é enviado gratuitamente a

familiares, amigos e colaboradores. Se desejar contribuir para as despesas de publi-

cação e envio, pode fazê-lo por transferência bancáriapara o NIB 0033 0000 000000 700 41 84, MillenniumBCP, ou mediante envio de cheque em nome de ProvínciaPortuguesa da Companhia de Jesus, para Estrada da Torre,nº 26 - 1750-296 LISBOA. Em ambos os casos, solicita-sereferência ao Boletim Jesuítas.

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ainda com a presença de Patxi Alvarez, Secretário para oApostolado Social da Companhia, e de Michael Schöpf,Diretor do JRS Europa. O Encontro foi organizado eliderado por José Ignacio García, Coordenador dosDelegados de Apostolado Social da Europa. Ao longodestes dias, tivemos oportunidade de dividir os nossostrabalhos entre as instalações do Seminário de Almada eas instalações do Centro Juvenil Padre Amadeu Pinto, nobairro vizinho do Pragal. Na noite de sexta-feira, dedica-da a um melhor conhecimento da realidade do nossopaís, contámos com o valioso contributo do André CostaJorge do JRS e do nosso Hermínio Rico, SJ, que nosmostraram os contornos da nossa atual crise e o horizon-te para onde podemos caminhar. O ambiente doEncontro foi muito positivo e fraterno; sentimo-nos em“casa” e entre companheiros. A profundidade dos temastratados e a partilha das dificuldades e dos êxitos levou-nos a dar um passo mais na construção deste espaço deentrega e proximidade aos mais excluídos da nossasociedade a partir da Companhia. No sábado ainda tive-mos a visita do nosso Provincial, Padre Alberto Brito,que almoçou connosco no Centro Juvenil. Transcrevo,por último, um e-mail recebido do José Ignacio Garcíaalguns dias depois do nosso Encontro e que expressatoda a riqueza da nossa vivência neste encontro.

“Queridos amigos: há uma semana atrás estive-mos em Lisboa por ocasião do nosso Encontro Anual deCoordenadores de Apostolado Social da Europa. Foi umtempo maravilhoso. Tivemos oportunidade de partilharcom sinceridade e abertura os diversos desafios que nossão colocados enquanto Delegados de Apostolado Social.Houve oportunidade de discutir diversos assuntos rela-cionados com o apostolado social com resultados muitopositivos. Mas não há duvida que a maior contribuiçãopara o sucesso deste encontro foi a dedicação e o contri-buto do P. Paulo Teia. A liturgia de Sexta-feira foi ines-quecível; escutámos o Evangelho de Jesus diante doestuário do Tejo, que nos convidava a alimentar a multi-dão e, no final, tivemos a maravilhosa exibição de dançade duas crianças de ginástica rítmica do Centro Juvenilque trouxeram à celebração o sabor do nosso compromis-so em transformar a vida daqueles que mais precisam. Nosábado passamos o dia no Centro Juvenil Padre AmadeuPinto. Talvez tenha sido o facto de termos trabalhado nassecretárias das crianças que ali estudam durante a sema-na, que tornou o nosso dia tão efetivo e produtivo.Conseguimos terminar, assim, com consolação, umaagenda tão preenchida. A liturgia na Paróquia foi igual-mente familiar e muito vivida; todos a apreciámos pro-fundamente. O jantar partilhado com os voluntários doCentro e amigos deu-nos uma ideia mais precisa dasmaravilhosas pessoas que estão envolvidas neste projeto.Portugal, como outros países da Europa, está a viver umperíodo difícil. O bairro onde os nossos companheirosvivem está cheio de sofrimento e de marginalização, maso forte sentido de agradecimento que sentimos só pôde

ter sido sentido graças ao compromisso e à energia dosnossos companheiros jesuítas e seus amigos. ObrigadoPaulo! Obrigado à comunidade, Padre José Pires eDuarte!”

O próximo encontro de Delegados deApostolado Social será em Palermo, Itália, dos dias 25 a26 de Abril de 2014. Um bem-haja!

Paulo Teia, SJ

Encontro de jesuítas em formaçãoPrometo entrar na Companhia de Jesus para

nela perpetuamente viver. Eis a promessa que todos nós,jesuítas, ousamos fazer no dia dos votos e que, este ano,serviu de tema para o nosso EJEF. Uma promessa que nãose realiza a partir das próprias forças nem depende só davontade e dos desejos de quem promete. A fórmula dosvotos que professámos, realmente, explicita clara e ine-quivocamente que o cumprimento da promessa dependeda nossa entrega à graça que possibilita a sua realização.Termina, de facto, com palavras de confiança, não nasnossas forças e talentos pessoais, mas na graça que gratui-tamente sentimos ir recebendo: e assim como me destes

graça para o desejar e oferecer, dai-ma também abundan-

te para até ao fim o cumprir.

Além disso, viver na Companhia de Jesus é con-viver com pessoas concretas: partilhar a vida com compa-nheiros escolhidos pela graça em que confiamos. Por isso,ainda que ninguém se mantenha jesuíta apenas alimenta-do por amizades que faz dentro da Companhia, também éverdade que a promessa de nela perpetuamente viver serealiza com os outros e não sozinho. Estamos aqui porquecremos ter sido chamados por Aquele que é o caminho, a

verdade e a vida, mas aqui permanecemos enquanto par-tilharmos a vida e a missão. Nesse sentido, estes dias pas-sados no Loreto foram mesmo importantes. A Casa do

Loreto, onde muitos de nós que agora estamos (literal-mente) dispersos pelo mundo fizemos o noviciado, tor-nou-se tempo de encontro, para nos conhecermos, apro-fundar a vida de jesuíta e alimentar a vocação. Alguns dosjesuítas que não puderam estar estes dias connosco fize-ram-se presentes pelos pontos de oração que nos deixarampara rezarmos e partilharmos.

No Sábado, com os padres Carlos Carneiro eZeca Lima e também com o nosso Provincial, P. AlbertoBrito, fizemos um passeio pela Coimbra inaciana e visi-támos o Museu Nacional Machado de Castro que nosmarcou pelo legado da Companhia na cidade e no país.Por fim, ainda houve tempo para uma conversa informalcom o P. Alberto que, perante dezenas de escolásticos emformação que pertencem à nossa Província, sonhou umpouco e com realismo o futuro connosco. Parti com a con-fiança reforçada e animado pelas possibilidades que seoferecem ao futuro da nossa vida de jesuítas.

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Frente e Verso: nova editorial jesuítaA Editorial Frente e Verso é um projeto da

Companhia de Jesus em Portugal, que se concretiza atravésdo Secretariado Nacional do Apostolado da Oração.

O objetivo desta nova marca editorial é ter umapresença significativa nos debates culturais que atravessama sociedade atual, portuguesa e europeia, tornando aí pre-sente a perspetiva cristã, na diversidade das suas expres-sões; na formação teológica dos cristãos e de outros inte-ressados, permitindo-lhes o acesso a publicações que con-tinuam a pensar os grandes temas do património cristão;nos diálogos que permitam fazer ponte entre as váriasexpressões culturais e a fé cristã.

Na concretização deste objetivo, a EditorialFrente e Verso prestará atenção particular à publicação deobras que ajudem a enriquecer o debate no espaço públicoe a entender o papel do Cristianismo na configuração cul-tural do Ocidente, bem como de obras que favoreçam ainteligência da fé cristã.

Este objetivo será prosseguido tendo semprecomo referência o Magistério da Igreja Católica.

Foram já publicadas três obras, a saber: - Porque devemos chamar-nos cristãos– As raízes religio-

sas das sociedades livres, da autoria de Marcello Pera, eprefaciada pelo Papa Bento XVI; - Dois dedos de conver-

sa sobre o dentro das coisas – Um crente, um ateu e a ver-

dade como provocação, da autoria de Bruno Nobre, SJ ePedro Lind, prefaciada pelos Professores João LoboAntunes e Carlos Fiolhais; e de A ideia da fé – Tratado de

Teologia Fundamental, da autoria de Pierangelo Sequeri.

Noites no ClaustroEm quatro noites dos meses de junho, julho e

agosto, durante quatro noites, os claustros da Casa da Torresão um palco ao ar livre de espetáculos variados, da músi-ca ao teatro, do clássico ao contemporâneo, num ambienteem que a beleza e a simplicidade, a grandeza e a familiari-dade convivem de forma harmoniosa.

No dia 5 de junho, o Estúdio 34 encheu as pare-des da casa com o ritmo do gospel. Numa noite de prima-vera, o calor do ritmo e da dança fez esquecer o frio que sesentia.

No dia 13 de julho, as cordas e os sopros daOrquestra da ARTAVE fizeram ecoar no claustro, respeti-vamente, peças de G. Finzi, Beethoven e B. Britten e deBeethoven, G. Jacob e M. Arnold

As próximas noites no Claustro serão no dia 14 deagosto, com a representação de O Lugar, com DanielaVieitas, e no dia 28 de agosto, com o Sermão do Bom

Ladrão, de P. António Vieira, declamado por Luís MiguelCintra.

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Peregrinação Pais e Filhos É que podia estar o típico dia de nevoeiro em

São Martinho do Porto... mas não estava. A Capela deSant' Ana mesmo em frente mas o caminho ainda tinhamuitas curvas à nossa espera. Logo ali p'ra começar, umasubida acentuada e tórrida!

"- Mãe, p'ró ano podemos não vir?- No fim falamos. Eu levo essa mochila..."De facto, deixar os joguinhos e os programas

costumados, já de si não é uma coisa muito apelativa,agora caminhar assim ao sol, não dava mesmo p'ra enten-der! Mas pronto, lá chegámos à prometida sombra para asapresentações. Os filhos falam sobre os pais e estes sobreos filhos. Está-se mesmo a ver a risota que foi! E mais ani-mados, partiram os filhos com o P. Carlos Azevedo Mendes.

E seguros de que em breve se faria o clik nos filhos,ficaram os pais com o P. Nuno Tovar Lemos. Bem “briefa-dos”, avançámos então, entre as arribas e o mar, onde paracada um estava agendado um encontro com Deus. Quem láesteve sabe de si e quem não esteve, pode imaginar.

Em todo o caso, mais fortes no espírito e comforça a faltar nas pernas, alcançámos a clareira que nosesperava para almoçar, descansar e celebrar missa, consa-grando pão, no dia do Corpo de Deus.

Assim fortalecidos, retomámos os carreiros numcenário campestre e marítimo, que nos acompanhou atéao destino: a Capela de Sant' Ana.

E foi aí que os filhos rezaram as orações da suaautoria. E foi aí que os pais ofereceram as pedrinhas dassuas vidas. E foi daí que regressámos com aquela sensa-ção de alma viva, dunas abaixo em jeito de corrida.

"- Mãe, amanhã podemos cá voltar?- P'ró ano voltamos, filho!"

Inês Costa Macedo

Nota: a Peregrinação Pais e Filhos é organizada pelo Círculo Vieira

À noite na cidadeA segunda edição de “À Noite na Cidade” teve

lugar em pleno Monsanto, no passado sábado, 22 de Junho.A espontaneidade da natureza, a claridade do

luar e a presença do Cristo Rei, do outro lado do Tejo, a“abraçar” as 900 pessoas que ali se encontravam, propor-

cionaram, com a ajuda da excelente organização doCírculo Vieira (a que já estamos habituados) uma noite deestreita proximidade com Deus.

A missa, concelebrada pelo Padre Nuno Tovarde Lemos, o Padre Miguel Almeida e o Padre FranciscoRodrigues; o jantar, de convívio com a natureza e com osoutros; e a proposta de oração, foram meticulosamentepreparados para o convite a não crentes e crentes.

A Fé, como pano de fundo, foi a proposta de ora-ção, dividida em três partes, para a “volta ao quarteirão”,segundo um dos Jesuítas.

1. Quem é Deus para mim? Um amigo? Um des-

conhecido? Que saudades…. Alguém que não vejo há

imenso tempo? O que tem Ele para me dizer? Escuto-o…

E que resposta Lhe dou?

Sob estes primeiros pontos, a multidão iniciou,em silêncio, a caminhada pelo trilho. A meio foi agracia-da por Salmos declamados ao som da arpa, por Anjos queconversavam e baloiçavam e, à chegada, pelo encanto docanto do coro Magis.

2. Quem são as pessoas, na minha vida, que me

acompanham na Fé? Que fazem parte da minha vivência

de Fé?

Aqui foi proposto continuar caminho, fazendonós num pequeno cordel, que pretendiam simbolizar todasas pessoas que são ou foram importantes, para a vivênciade Fé de cada um.

3. Porque a Fé só faz sentido se for vivida em

Missão, se for orientada para os outros, então, qual a

minha Missão? A que me proponho, de concreto, fazer

nos próximos dias?

Com Fé e confiança num Deus que está sempreà espera, de braços abertos, e chama cada um de nós à par-ticipação na construção do Seu Reino, fomos todos convi-dados, na última volta, a agir!

Antes do final, fomos surpreendidos para ummomento de arte, onde dois protagonistas foram convida-dos a “pintar a Fé”. Foi um momento de chegada e aomesmo tempo de partida para a espontaneidade da Fé. Ocoro Magis fez as honras da despedida e, a pouco e pouco,a multidão começou a dispersar, cheia de ânimo e libera-lidade, com confiança reforçada num Deus do dia e danoite, cada vez mais perto.

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Visita do Padre Geral a MoçambiqueO Superior Geral da Companhia de Jesus, P.

Adolfo Nicolás, SJ, visitou a Região de Moçambique, de18 a 21 de abril, acompanhado do seu Assistente Regional,P. Fratern Masawe, SJ.

A visita teve início na Missão de Lifidzi. Apesarde ser um dia de semana, a Igreja esteve praticamente cheiadurante a Eucaristia a que o Padre Geral presidiu, comgrande número de pessoas do Apostolado da Oração e vin-das de Lifidzi, Domwe, Chabwalo e até Vila Ulongwe, aparóquia que foi entregue em Dezembro do ano passado. Agenerosidade, a criatividade e a espontaneidade das pes-soas da Vila Ulongwe foram notórias. A caminho da FonteBoa, acompanhados por pessoas da Vila Ulongwe, reali-zou-se uma paragem no seu Cemitério para uma pequenaoração, coordenada pelo Sr. Hamilton, do Apostolado daOração, lembrando os companheiros jesuítas que deram asua vida, na missão de Cristo, nas terras de Moçambique.

Na Fonte Boa, o Padre Geral foi calorosamenterecebido pelo Coro da Missão. Houve uma oração na cape-la da comunidade e de seguida, na sala da comunidade, oP. Geral e o seu Assistente foram fotografados frente à ima-gem do P. Waldir dos Santos e da Idalina Gomes, dois mis-sionários que derramaram o seu sangue trabalhando paraCristo, no meio deste povo. Seguidamente, o Padre Geralvisitou uma das seis casas do Projeto “Sementes deAmanhã”. Este projeto começou com a iniciativa do P.Emílio Moreira e hoje é uma das ações da Região (Missão)no alívio de alguns dos efeitos da pandemia do HIV/SIDAna sociedade moçambicana. O projeto conta atualmentecom 70 crianças que são acompanhadas por 12 “mamãs”,duas em cada casa, que desempenham o papel de figuramaterna. Atualmente, está em andamento o processo deconstrução de um aviário com capacidade para criação dedois mil frangos, financiado pela Manos Unidas, que visagarantir a sustentabilidade destas casas.

No dia 19, o P. Adolfo Nicolás visitou a carpinta-ria da Região, na Vila Ulongwe, e de seguida visitou asobras de construção da ESIL - Escola Secundária Inácio deLoiola, em Msaladzi, que começaram em Maio de 2012. OP. Geral escutou interessadamente as explicações sobre oprocesso da construção da obra, a angariação de fundos e oscritérios colocados pelos financiadores, assim como sobre oesperado impacto da obra na vida do distrito, da província eaté do País, a começar pelas populações em redor da escola.

A caminho de Tete, realizou-se uma paragem eum momento de oração em Mawira, onde, em novembrode 2001, um acidente vitimou o P. Cirilo Moisés Mateus,então Superior Regional. Alguns fiéis da Catedral de Teteaguardavam aí a visita. Em Tete, o Padre Geral e o seuAssistente foram recebidos pelo Senhor Dom Inácio, Bispodaquela Diocese. Seguiu-se a passagem pela Catedral parauma breve visita onde a receção foi de novo calorosa, pro-movida pelo grupo do Apostolado da Oração da Catedral.

Em Maputo, o Padre Geral encontrou-se com

membros das três comunidades existentes naquela cidade:Sto Inácio, Juniorado/Filosofado e Fomento. Foi celebradaa Eucaristia na Paróquia de São João Baptista, no Fomento,Matola, uma das três paróquias urbanas sob a responsabi-lidade da Companhia de Jesus, a cerca de 15 km deMaputo. O coro da Paróquia, as dançarinas, os leitores etoda a equipa da Liturgia animaram a celebração.

A visita do Padre Geral à Região de Moçambiquefoi um tempo de graça e uma oportunidade de melhor dar aconhecer a realidade dos jesuítas e das populações. A Regiãode Moçambique agradece ao Padre Geral a sua disponibili-dade e a forma como participou em todos os momentosdesta visita que foi intensamente preparada e vivida.

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Nomeações do Papa Francisco O Papa Franciscou nomeou: - o P. Milan Lach, SJ Bispo Auxiliar do

Arcebispado de Prešov para os Católicos de Rito Bizantino(Eslováquia); - o P. Michael C. Barber, SJ, Bispo deOakland (EUA); - o P. Lionginas Virbalas, SJ, Bispo dePanevézys (Lituânia).

Nomeações do Padre Geral:O Padre Geral nomeou o P. Timothy P. Kesicki,

Provincial de Chicago-Detroit, Presidente da ConferênciaJesuíta dos EUA e o P. Gonzalo Silva Merino (CHL),Superior da Residência de S. Pedro Canísio em Roma.

Estatísticas da Companhia de Jesus Foram recentemente publicadas as últimas estatís-

ticas da Companhia de Jesus, com data de 1 de janeiro de2013. Indicam que o número total de jesuítas é de 17 287,sendo 12 298 padres, 1 400 irmãos, 2 878 escolásticos, e711 noviços, havendo uma diferença de 337 elementos rela-tivamente a 1 de janeiro de 2012. A Companhia de Jesus estáorganizada em 83 Províncias, 6 Regiões Independentes e 10Regiões Dependentes.bo

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Da Companhia EM RESUMO

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Os “Círculos” nos centros universitários

Quem olha hoje para o programa de um dos nos-sos quatro Centros Universitários encontra, ao lado deactividades para estudantes, actividades com uns caracte-res estranhos à frente: “CL”, “CV”, etc. São os“Círculos”: o “Círculo Loyola” de Coimbra, ligado aoCUMN, o “Círculo Xavier” do Porto, ligado ao CREU, o“Círculo Vieira” de Lisboa, ligado ao CUPAV, e o“Círculo Gonzaga” de Braga, ligado ao CAB.

Que actividades desenvolvem os Círculos?Peregrinações a pé (a Fátima e a Santiago deCompostela), dias de retiro, noites de oração, fins-de-semana, conferências, ciclos de catequese para adultos,ceias pascais, caminhadas em família, descidas do rio emcanoa, viagens dentro de Portugal e ao estrangeiro, etc. Éimpressionante o número de pessoas que, ao longo de umano, frequentam as actividades dos vários Círculos.

Os Círculos não estavam no plano original dosCentros. Surgiram depois, da necessidade, que em todosos Centros se foi sentindo, de acompanhar aqueles que jánão eram estudantes universitários. Afinal não se podiadizer a um estudante que terminava o seu curso e quetinha ficado ligado a nós :“Agora vai à tua vida, já nãotens lugar aqui”. De início, quando ainda não haviaCírculos, ainda se admitiam nas actividades dos estudan-tes pessoas que já não eram estudantes. Lembro-me, porexemplo, da famosa peregrinação a pé a Fátima organiza-da pelo CUMN. Durante uns anos – embora fosse umaactividade para universitários - admitiam-se pós universi-tários e o número destes, às tantas, já era maior que onúmero de estudantes. Foi-se percebendo que não podiaser, que os estudantes precisavam de algumas actvidadesespecíficas e os “mais velhos” também. As linguagens, asquestões e a maneira de fazer tinham de ser diferentes.

Nasceu assim em Coimbra o primeiro “Círculo”,o “Círculo Loyola”. Foi no ano 2000, sendo o P. SérgioDiz Nunes director do CUMN. Muito devem os Círculosa este arranque inicial da equipa de Coimbra. Durantealguns anos só existia o Círculo Loyola mas com tantosucesso que vinham pessoas de fora de Coimbra partici-

par nas suas actividades. Entre estas, um grupo do Porto.Quando, em Setembro de 2006, o P. Vasco e eu chegámosao Porto para trabalhar no CREU, um dos sonhos quetínhamos na mala era fundar aí um Círculo. Até já tínha-mos pensado que se podia chamar “Círculo Xavier”. Masestávamos a chegar, era preciso ir com calma; seria umaideia para ir amadurecendo ao longo desse nosso primei-ro ano no CREU. Só que, para surpresa nossa, os aconte-cimentos precipitaram-se. Logo numa das primeiras acti-vidades do ano (uma Missa e um pic-nic no Jardim daCidade) um grupo de adultos (alguns dos quais, ex-anima-dores do CREU nos seus tempos de estudantes) vieram terconnosco a oferecer-se para fundar ali um Círculo. Até játinham pensado no nome. Imagine-se qual?! “CírculoXavier”. O negócio ficou logo ali fechado, debaixo deuma árvore!

Em Lisboa, a história foi diferente. Já desde háanos que existia um grupo chamado de “COTAS”(“Cupavistas de Outrora, Trabalhadores de Agora”). O“Circulo Vieira” nasceu já com base nesta experiência.Em Braga existem, desde há muito, os “aCABados” (ex-estudantes do CAB), com uma extraordinária vitalidademinhota e um enorme sentido de ligação ao CAB. O“Círculo Gonzaga” é um re-baptismo dos “aCABados”.

Os “Círculos”, hoje em dia, estão em velocidadede cruzeiro. Já se passou a fase experimental, embora seestejam sempre a experimentar actividades novas. Dãorespostas pastorais e – ao mesmo tempo – ajudam a cus-tear as actividades com estudantes, que normalmente sãodeficitárias. Têm equipas dinâmicas de leigos à sua fren-te, em modelos diferentes conforme as cidades. Encarnamo espírito que se vive nos Centros mas com as necessáriasadaptações para pessoas “mais velhas”. Embora, com fre-quência, as pessoas que estão à frente dos Círculostenham sido – enquanto universitários – frequentadotesdos mesmos, o “público” dos Círculos tem hoje muitagente que nunca conheceu os Centros quando era estudan-te. Acontece até, por vezes, um fenómeno curioso: estu-dantes universitários levarem os seus pais aos Círculospara os encaminharem na Fé!

Nuno Tovar de Lemos, SJ

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Loyolita(o)s, Graças a Deus!

Olhamos à nossa volta e vemos gente ‘maisvelha’, gente animada, disposta a “pôr a render o muito querecebeu”, disposta a dar, a acolher, a receber e a partilhar,disposta a tornar alguns serões em noites especiais, dispos-ta a transformar fins de semana em peregrinações exteriorese interiores, disposta a rezar o terço e a estar com Deus emdias de oração ou em dias santos e outras festas, disposta adescer o rio de canoa e a mascarar-se no Carnaval para umBaile em que se dança a vida.

Pois é esta a gente do Circulo Loyola.Um Círculo de gente ‘mais velha’, que no meio de

‘gente mais nova’ caminha também com Sto Inácio, procu-rando Viver, com a Alegria e o sentido de Missão que nosindica Mateus: “Recebeste de graça, dá de graça”.

O Circulo Loyola começou, conta-nos a ManelUrbano, a ‘nossa Patroa’, como lhe chamamos com cari-nho, com o propósito de reativar um grupo anteriormentecriado pela Irmã Bourbon, ‘Os Amigos do CUMN’. A ideiaera chamar à Casa da Couraça muitos dos que tinham jápor lá passado, enquanto universitários, e ao mesmo tempoabrir as portas a todos os que quisessem vir juntar-se àcomunidade Inaciana, participando, organizando ativida-des, colaborando na angariação de fundos e vivendo o diaa dia do Centro.

O caminho tem sido percorrido ao longo de maisde 10 anos, e o Circulo vai-se alargando, multiplicando,crescendo, dando frutos e recebendo graças, nas tantas etantas atividades e iniciativas espirituais, artísticas, cultu-rais que vem preparando.

São as famosas Peregrinações a Fátima com 150participantes, os retiros de um dia como o ‘Parar paraarrancar’, ‘Atravessar o deserto’ ou ‘A Terra Prometida’,são as noites temáticas com histórias maravilhosas de artis-tas plásticos, de escritores da vida, de fotógrafos domundo, de músicos dos tempos, de viajantes da terra e docéu, de políticos da verdade, de missionários na entrega,gente de Deus. E são também fins de semana de ExercíciosEspirituais ou de descoberta do Eneagrama, descidas doRio Mondego em família, ‘Viagens Inacianas’ a Loiola, aXavier, a Roma, a Barcelona, a Goa….

Modelo inspirador de outros Círculos, o CírculoLoyola viu nascer e estreita agora laços de comunhão epartilha com o Circulo Xavier no Porto e com o CírculoVieira em Lisboa.

Em nome do Pai, Loyolita(o)s com o desejoimenso de fazer “coisas belas” e de “tornar as vidas luga-res de beleza”, continuarão a escrever e a sonhar a históriado CUMN, Graças a Deus!

Cristina Carrington

“aCABados” ou Círculo Gonzaga

Quando, a 12 de janeiro do ano de 2004, foi for-malizada, no cartório Notarial de Braga, a Associação“aCABados”, o tempo era de sonho.

Sonhos muito difusos mas verdadeiramente gran-des, que assim não havia outra forma de pintar aquilo quese alinhavava numa dança entre coisas a criar com oshomens mas a alavancar com Deus, como se diria agoramas como se não sabia ainda explicar bem na altura.

Com a direção que abriu estava o P. Vaz Pato,ainda grande referência da instituição que, por ter, em boaparte, consolidado a estaleca humana e espiritual de cadaum dos que nesse dia assinaram, orgulhosos, o ato funda-cional, e por ter estado na génese daquilo que foi a ideiabase do naipe de dinâmicas que passámos a desenvolver,assente na herança organizativa, digamos assim, do CentroAcadémico de Braga, continua ainda agora a ser uma espé-cie, sei lá… de barómetro do orgulho que eventualmentemereçamos ter em nós próprios segundo o orgulho queacreditamos terá ele no que vamos continuando a fazer.

Desde essa altura, imensa coisa mudou. Nomundo à nossa volta e, claro, na maneira de a Associaçãoestar nele. Simbolicamente, passamos a denominar-nos“aCABados/Circulo Gonzaga”, na busca de uma afinaçãomais óbvia com os círculos irmãos a fermentar cada um dosCentros Universitários e na honra emprestada com a eleva-ção do santo, já de tradição onomástica no CAB, a patrononosso, sendo ele o maior exemplo de santidade na juventu-de... A assentar na perfeição para nós, portanto.

No que toca a realizações, temos, desde o início,desenvolvido todos os meses pelo menos uma atividadediversa nos contornos e na base de abrangência.Concretamente, e sempre em setembro, tem havido a apre-sentação pública do programa anual, no CAB e embrulha-da numa celebração. Em outubro, é tempo da caminhadade outono, em novembro, de um evento na área da solida-riedade e em dezembro e janeiro de uma passagem d’ano,forte no cunho espiritual. Em Fevereiro, um dia de forma-ção em Soutelo, atividade tradicionalmente de participaçãomuito alargada e sempre com um jesuíta diferente, emmarço uma iniciativa no âmbito cultural, em abril a cami-nhada de primavera, em maio uma viagem e uma iniciati-va de caráter solidário, em junho uma atividade radical, emjulho o aCABing - acampamento anual - e em agosto, umtempo de férias, diríamos que com suporte espiritual (o

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“aCABamos no Ferragudo”) e uma viagem, neste ano, porexemplo, a Roma.

Ao fim de todo este par de anos, além do cresci-mento que eventualmente tenhamos ajudado a acontecer emcada um dos incontáveis participantes das imensas realiza-ções, temos, óbvio é, crescido também em dimensão. Quenem sempre tem sido fácil ir equilibrando esta necessidadede não perder um cariz próprio, num ambiente cremos deinigualável familiaridade, com a crescente necessidade dealargarmos a base participativa a um universo cada vezmaior de pessoas que nos procuram. De um grupo restritoque lançou o projeto, são já várias as centenas de associa-dos que levam a que, no final de cada ano, tenhamos envol-vido um todo considerável de participantes, diferentes emcada atividade, numa panóplia de base de missão cada vezmais variada nas idades, interesses, formação cristã etc.Mas o barco tem avançado. Numa crença cada vez maisforte de que o caminho far-se-á na direção que temos já des-bravada. Hoje, num mundo tão mais movediço e difícil deprever, talvez a grande lição extraível seja a de que Deusnão se divide em proporções diferentes numa atividade namontanha ou na capela, com a malta dos aCABados numautocarro ou de joelhos. Olhando para trás e para nós, per-cebemos que todos os registos que temos explorado sãotempo e templo de Deus, que nos traz mais seguros, maisamados e mais gratos.

Desde logo pela sorte de, ao longo de cada ano,contarmos com um sem número de jesuítas que nos dão

mimo e nos franqueiam a agenda, tornando especialíssimacada uma das propostas. Generosidade essa que temos ten-tado retribuir também, nomeadamente aumentando a cadaano o nosso contributo para com o CAB e os Gambozinos,destinatários por excelência da nossa ajuda em váriasdimensões.

Sem sabermos pois se temos sido ou não de tododignos da confiança que vimos merecendo, sentimos que,com todos os diretores com quem, no CAB, temos traba-lhado, a relação tem sido de absoluta confiança e colabora-ção no que os termos têm de mais elevado.

Assim, mesmo sem percecionarmos muito bemdos desafios que os tempos vindouros nos irão lançar,experimentamos, com a mesmíssima força herdada do pri-meiro dia de associação, a fé de que Deus, através da viamuito concreta da espiritualidade inaciana, nos apoiará naaltura das apostas e na vontade de as tornar mais altas. Demodo que o sentimento que mais nitidamente emerge, aofim destes quase 10 anos de trabalho, é de que o tempo é…de sonho…

Constantino Gonçalves

Círculo Xavier

O Círculo Xavier (CX) nasceu em 2006, parasuprir a necessidade de um calendário de actividades decariz espiritual sentida por muitas pessoas que nos seustempos da universidade passaram pelo CREU (Centro deReflexão e Encontro Universitário, no Porto). Portanto, oCírculo Xavier é a porta aberta do CREU para quem não éou já não é universitário e promove e oferece atividades deformação e desenvolvimento, espiritual e cultural, segundoas linhas e os desafios da espiritualidade inaciana. Estáaberto a todos os que já terminaram a sua formação, (queestejam a trabalhar ou à procura de emprego, jovens casais,trabalhadores no ativo, reformados, etc.) e queiram partici-par em actividades desta espiritualidade. O CX tem umatripla missão: 1- Proporcionar a experiência de vivênciaCristã em Comunidade. 2- Contribuir para o enriqueci-mento espiritual e cultural de cada um, através de açõesorientadas para essa finalidade. 3- Ajudar financeiramenteo CREU. De facto, um dos grandes objectivos do CX écontribuir para sustentar o CREU, para que os estudantesque o frequentam possam usufruir de um vasto programaanual de atividades praticamente gratuitas. Assim, todo odinheiro que o CX angaria é entregue ao CREU, ajudandoao seu funcionamento logístico e à concretização do seuprograma.

Ao longo destes sete anos de existência, muitasforam as atividades que se organizaram, que podemos divi-dir em permanentes e episódicas.

Das atividades permanentes destacamos: a Noitede S. Francisco Xavier, em que celebramos o dia do nossopadroeiro e o aniversário do próprio Círculo Xavier, comuma missa à noite, no CREU, seguida de convívio. ACatequese de Adultos, que tem sido orientada pelo Pe.

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Vasco Pinto de Magalhães e dura cerca de 6 meses, comencontros quinzenais. Foram já “estudados” vários temas,como os Mandamentos, os Quatro Evangelhos e a Bíblia.Anualmente, o CX propõe um “Dia de Retiro” (na praia, nojardim, no aeroporto…). Uma oportunidade para descansarda azáfama do dia-a-dia e parar, procurando, no silêncio e naoração, um encontro privilegiado com Jesus. A Peregrinaçãoa Santiago de Compostela é organizada em Junho. Fizemosjá por quatro vezes o Caminho Português (de Pontevedra aSantiago) e por três vezes o Caminho do Norte (de Santiagoa Finisterra). São três e/ou quatro dias em que, percorrendoa pé os Caminhos de Santiago, se procura fazer em grupo eindividualmente um caminho interior e espiritual ao encon-tro com Deus e com a essência do nosso ser. A CelebraçãoPenitencial, de preparação para a Páscoa, tem lugar na igre-ja de Nossa Senhora de Fátima, com a presença de todos ospadres da Comunidade do Porto, de modo a proporcionar oSacramento da Reconciliação a quem o desejar. É uma noitecalma, de ambiente Taizé e que coincide com o último dia dacatequese de adultos, mas é aberta a toda a comunidade. Anosim, ano não, com a intenção de levar Jesus à Cidade, oCírculo Xavier organiza uma “Via Sacra da Alegria” (ou ViaLucem) e “Da Ribeira até à Foz”. A Via Sacra da Alegriacelebra a Ressurreição de Jesus, a Sua presença viva nomeio de todos. É uma celebração noturna composta porvárias estações, animadas por uma breve performance (umamúsica, uma dança, uma declamação ou outro tipo de per-

formance artística) com pistas de reflexão e que termina comuma missa na Sé do Porto. “Da Ribeira até à Foz” é umacaminhada noturna ao longo da marginal do Porto (daspraias da Foz à Serra do Pilar, do outro lado do rio Douro),dividida em paragens de oração/reflexão animadas por atua-ções. Ambas são organizadas com as Equipas de NossaSenhora, de modo a chegarem ao maior número possível depessoas. Têm tido muita aceitação, com mais de 350 partici-pantes. Sem esquecer as famílias, todos os anos propomosum “Dia em Família” para pais, filhos, avós, e demais fami-liares. Costumam ser passeios de um dia (ao Gerês, aMondim de Basto, etc.) mas este ano será um dia no Parque

da Cidade, que termina com uma missa campal.As atividades episódicas, que compõem o resto

do calendário do CX, são de natureza diversa: entrevistas apersonalidades conhecidas (Prof. Sobrinho Simões; Dr.ªIsabel Jonet; Maestrina Joana Carneiro, etc); passeios cul-turais e visitas guiadas a museus e igrejas; fins-de-semanade balanço para casais; encontros ecuménicos e uma“Vindima Espiritual” (um dia de vindima a sério, comcomponente espiritual) numa quinta do Douro.

Torna-se membro do CX quem se comprometercom um donativo anual, o que dá direito a um desconto nasnossas atividades e prioridade de inscrição nas que são denúmero limitado. Obviamente que questões monetáriasnunca impedirão ninguém de frequentar os eventos doCírculo Xavier.

Joana Barbedo

Círculo VieiraO Centro Universitário P. António Vieira –

CUPAV, como o nome indica, é um centro universitário.Mas, ao desdobrar-se o programa do CUPAV, repara-se quealgumas actividades são seguidas da sigla CV. Não, estasigla não quer dizer que para participar na dita actividadetem que apresentar o Curriculum Vitae. “CV” significa“Círculo Vieira”. O Círculo Vieira é o irmão alfacinha dosoutros Círculos ligados aos Centros Universitários daCompanhia de Jesus: Círculo Loyola (Coimbra), CírculoXavier (Porto) e Círculo Gonzaga (Braga).

Tal como se lê no programa, o Círculo Vieira é aporta aberta do CUPAV para quem já não é estudante. Defacto, a maior parte das atividades do CUPAV destina-se aestudantes universitários. No entanto, e sem deixar de tercomo principal objetivo servir este “público-alvo”, oCUPAV não podia ignorar uma quantidade enorme de pes-soas que já não são universitárias e que fazem parte daComunidade à qual tentamos servir. Assim, desde háalguns anos, vimos a estruturar o programa, tendo tambémem conta o “público” pós-universitário.

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Quando o Pe. Nuno Tovar de Lemos veio para oCUPAV, dados os seus cabelos brancos juntamente com asua jovialidade, pedi-lhe que ficasse mais directamenteresponsável pelo Círculo Vieira, enquanto eu, sem cabelosbrancos praticamente nenhuns, ficava mais diretamenteresponsável pelos estudantes universitários. Claro que o“mais diretamente” aqui é muito importante porque ambosfazemos um pouco de tudo, como se requer num centrouniversitário.

Do programa do CUPAV para o Círculo Vieirafazem parte inúmeras actividades de vários tipos. Vejamosalguns exemplos olhando para este ano lectivo:

Os dias de retiro: o “Parar para Arrancar” emOutubro, o Retiro de Advento e o Retiro de Quaresma. Sejapara ajudar a arrancar bem o ano lectivo, seja para ajudar aviver bem os tempos litúrgicos fortes, estes dias serviamcomo o ganhar fôlego de quem se prepara para uma subidaíngreme ou para um mergulho em profundidade. Todossabemos como é impossível viver a vida com alguma pro-fundidade se não paramos. Ouvir a Voz de Deus no meiode tantas outras vozes e de tantos ruídos que nos habitam éuma arte a praticar no meio da rotina e da azáfama profis-sional em que vivemos.

Em janeiro tivemos o “Fim-de-semanaMonástico”. Se a espiritualidade inaciana nos convida a umadisponibilidade para a mobilidade, a espiritualidade monás-tica pede a estabilidade. Se para Sto Inácio, Deus é para serencontrado no meio do mundo e em todas as coisas, para S.Bento é no mosteiro, no trabalho e na oração marcada pelaliturgia das horas do dia, retirado do rebuliço da cidade, quea relação com Deus se aprofunda. Este Fim-de-semanaMonástico ofereceu um cheirinho desta espiritualidade doora et labora (reza e trabalha).

Acontecimento que mobiliza uma grande quanti-dade de gente é o “À Noite na Cidade”. Entre nós que opensamos e idealizamos, já ficou ironicamente conhecidocomo o “evento simples”. É que ao organizarmos esta acti-

vidade, com os organizadores habitués (especialmente oAlexandre Pitta Livério e o Tiago Vieira Machado), come-çamos sempre por decidir fazer “uma coisa simples”. Esteano é que é! Mas, claro, o desejo de chegar a mais gente, acriatividade e o gozo por ir vendo os frutos que o “À Noitena Cidade” tem dado, vão falando mais alto e, às tantas,estamos metidos numa mega-produção envolvendo empre-sas, Câmara Municipal, dezenas de pessoas... Esta é umaactividade que tenciona levar Deus às pessoas no meio dacidade de Lisboa, aproveitando a sua beleza e a sua situa-ção geográfica tão privilegiada. Junta, assim, cultura, esté-tica e espiritualidade numa noite. É para nós também ummomento para levar a Igreja para fora de si mesma, aoencontro das pessoas que estão mais afastadas da fé ou queandam em busca do sentido da vida e que nem sempre ofariam dentro das paredes de uma igreja. Tentamos ir àsfronteiras da fé com fidelidade criativa.

Claro que tudo isto seria de realização impossí-vel se não fosse a colaboração ativíssima de tanta genteque leva o Círculo Vieira para a frente. Desde a PatríciaBello de Carvalho que se dedica a fazer o secretariado cor-rente, até aos diferentes staffs que se organizam para cadaatividade, há imensa gente a quem estamos mesmo muitoagradecidos.

Last but not least, o Círculo Vieira, tal como osoutros Círculos nos respectivos Centros Universitários, éde uma importância crucial para a sobrevivência doCUPAV. De facto, como centro para estudantes, o CUPAVnão seria auto-sustentável se não fosse a colaboração detantas pessoas que generosamente contribuem com donati-vos. Mas também não o seria sem a contribuição que nosvem das quotas anuais dos membros do Círculo Vieira.Assim, ao proporcionarmos um conjunto de actividadesaos membros do Círculo Vieira, também eles possibilitamque o CUPAV mantenha as portas abertas e continue adinamizar as acividades que organiza para os estudantes.

Miguel Almeida, SJ

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“Projeto Sou como tu”30 escolas, 907 alunos, dos quais 184 eram

estrangeiros ou de origem estrangeira, 72 sessões, 700máquinas fotográficas descartáveis, 8700 fotografias, umcampo de férias, um encontro para professores… enfim,são os números do Projeto Sou como Tu, promovido peloJRS-Portugal e financiado pelo ACIDI (Alto Comissariadopara a Imigração e Diálogo Intercultural) e pelo FEINPT(Fundo Europeu para a Integração de Nacionais de PaísesTerceiros), que durante o ano letivo 2012/13 procurou edu-car para a interculturalidade. Mas muito mais do que osnúmeros e as metas alcançadas fica a certeza de que osobjetivos a que o projecto se propôs foram alcançados:promover atitudes de abertura a outras culturas e ao Outroque é diferente; fomentar atitudes de respeito, de tolerân-cia, de compreensão e de amizade. Dito de uma forma sim-ples: aproximar pessoas, construir pontes.

Podemos dividir o projeto em três fases: as ses-sões nas escolas, as exposições e o catálogo de fotografiase, por fim, o campo de férias e o encontro para professores.

Em cada uma das 30 escolas foram realizadasduas sessões de 90 minutos. A primeira sessão contou coma colaboração da Natasha, uma atriz imigrante. A sessãocomeçava normalmente, como se fosse apenas mais umaaula, mas já com a sessão a decorrer a Natasha entrava nasala sob o pretexto de ser de uma associação e que viriafazer uma reportagem. A sua presença começava por serincómoda, interrompendo, discordando e provocando osalunos. Tanto interrompia que acabava por contar a sua his-tória verdadeira. Só no final é que nos “desmascarávamos”.

A segunda sessão era um jogo jogado na sala deaula. Dividiram-se as turmas em oito grupos e cada umdeles assumiu uma personagem: quatro migrantes em dife-rentes situações e quatros entidades que ajudavam ou nãoos migrantes. Cada personagem tinha uma caracterização eum objetivo a cumprir. Colocados na pele de migrantes emsituações de fragilidade, os alunos eram obrigados a tomardecisões. Necessariamente, o jogo encaminhava-se parasituações de injustiça e de justiça, de mentira e de verdade,de solidariedade e de procura do proveito próprio.

No final da primeira sessão, foi entregue a cadaaluno uma máquina fotográfica descartável. O desafio era

tirarem fotografias à “diferença que não é sinónimo de dis-tância”. Na segunda sessão, as máquinas foram recolhidase foram selecionadas as melhores fotografias de cada esco-la onde era feita uma exposição .

Houve quem cruzasse a cidade em busca de novosrostos, e quem não precisasse de sair da escola para comporalgumas das melhores fotografias; houve quem retratassevizinhos de bairro e quem passasse também para o outrolado da lente. O resultado é surpreendente e muito bonito.

Depois de todas as fotografias tiradas, foi publi-cado um catálogo com algumas das melhores fotografiaspara ser distribuído gratuitamente.

A última fase do projecto incluiu duas activida-des. A primeira foi um campo de férias intercultural. Aideia do campo de férias era de juntar mundos que, à parti-da, nunca se tocariam e ver como é possível que um grupode pessoas tão diferentes entre si possa viver durante setedias no mesmo espaço, partilhando o dormitório, a mesa,os desafios e a vida.

O grupo era realmente improvável: 54 participan-tes, de 22 das 30 escolas que participaram no projeto e 16animadores. Destes 54 alunos, 22 eram estrangeiros ou deorigem estrangeira. Para além desta diversidade de origense cores, também os mundos dos outros alunos eram muitodistintos entre si pois participaram alunos desde o ColégioSão João de Brito à Escola Básica do Bairro Padre Cruz, doColégio de Santa Maria à Escola Básica das Olaias.

O resultado foi, tal como o grupo… improvável! Foisurpreendente a forma como tudo funcionou e como passadoum dia de campo, havia, de facto, um grupo. Os participantesaperceberam-se disto e trabalharam para que assim fosse.

Por fim, foi também realizado um Encontro deProfessores com o tema “O papel da Escola na integraçãode imigrantes”. Contribuíram para a reflexão a AltaComissária para a Imigração e Diálogo Intercultural,Rosário Farmhouse, o Subdirector-Geral da DGE, LuísFilipe Santos e a Directora Municipal para oDesenvolvimento Social, Susana Ramos. Foram tambémapresentados os resultados do Projecto Sou como Tu.

Terminamos o Projeto, por um lado, muito satis-feitos com o entusiasmo dos alunos e dos professores ecom os objectivos alcançados, por outro lado, queremosinvestir na Educação Intercultural que, num mundo cadavez mais plural é, cada vez mais, necessária.

Duarte Rosado, SJ

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Sentir e SABOREAR

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Meios que unem O INSTRUMENTO COM DEUS

3 DIAS05 a 08 | em Soutelo, com o P. António Valério12 a 16 | em Soutelo, com o P. Álvaro Balsas26 a 29 | em Soutelo, com a Drª Teresa Olazabal

8 DIAS02 a 10 | no Rodízio, com o P. Domingos de Freitas02 a 10 | no Rodízio, com o P. António Santana04 a 12 | em Soutelo, com o P. Francisco Rodrigues 10 a 18 | em Fátima, com o P. Mário Garcia 19 a 27 | em Soutelo, com o P. Francisco Correia 30 a 08 out | em Fátima, com o P. Luís da Providência

8 DIAS03 a 11 | em Soutelo, com o P. António Santana06 a 14 | em Soutelo, com o P. Mário Garcia16 a 24 | em Soutelo, com o P. João Santos 16 a 24 | em Soutelo, com o P. Manuel Morujão

Exercícios Espirituais

Consulte o programa anual em www.jesuitas.pt

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Exercícios Espirituais

Agosto

Exercícios Espirituais

Setembro

20 a 22 | em Soutelo, Iniciação ao Eneagrama, com a Drª Margaret Flor

21 | Peregrinação à Senhora do Círculo

Atividades

Setembro

09 a 11 | Rezar com a dança, com Maria Luisa Carles e Paulo Duarte, SJ

Atividades

Agosto

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