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BOLETIM MENSAL DA AUTORIDADE NACIONAL DE PROTECÇÃO CIVIL / Nº25 / ABRIL 2010 / ISSN 1646–9542 NOTÍCIAS — PÁG.2/3 > Chile: Perito português integrou missão da UE > ANPC na Futurália > Debate: Haiti - Uma história para contar. Da notícia à intervenção > Novos órgãos sociais da ENB tomam posse NOTÍCIAS DOS DISTRITOS —PÁG. 4 > Alcácer do Sal: assinado protocolo para construção do novo quartel > Comemorações do Dia da Protecção Civil no Porto TEMA— PÁG. 5 > Prevenção e controlo de acidentes em estabelecimentos SEVESO DESTAQUE — PÁGS. 6 /7 > O Planeta, as catástrofes e os riscos INTERNACIONAL — PÁGS.8/9 > Acordo parcial aberto sobre riscos maiores «EUR–OPA» LEGISLAÇÃO — PÁG. 10 > Implementação do Plano Tecnoló- gico do Ministério da Administração Interna (PTMAI) QUEM É QUEM — PÁG.11 > Agência Europeia de Segurança Marítima AGENDA — PÁG.12 25 ÍNDICE Pela liberdade, pelo futuro Coincidência feliz este nosso n.º 25 em Abril. Foi há 36 anos também a 25 de Abril que aos portugueses foi presente o caminho da Democra- tização e o Desenvolvimento, objectivos que persistem. Mesmo desiludindo alguns que, sem outros argumentos, prenun- ciam sintomas “ditatoriais”, estamos confiantes! Aqueles “D” são uma tarefa de todos, todos os dias. Temos mesmo esperança de que o regime democrático se não deixe vencer pelos poderosos sistemas financeiro–económicos, antes os subordine e oriente em favor da nossa Terra e das suas gentes. É sob os auspícios deste mês de Abril que sublinho que os objec- tivos da Protecção Civil passam pela consolidação de um sistema de protecção e socorro cada vez mais integrado, com elevada capacidade técnica e operacional. Quando as mudanças climáticas tendem a fazer-nos chegar cada vez mais desastres, confrontados com o crescimento da desertifica- ção, da desflorestação, da poluição do ar, da água dos oceanos, do mau uso dos solos, urge que estejamos disponíveis para pôr fim à guerra contra a natureza.É fundamental uma participação activa na preven- ção destas calamidades, designadamente reduzindo as emissões com efeito de estufa, não construindo em zonas de risco e protegendo acti- vamente a floresta. Neste último caso a sociedade civil deu um sinal po- sitivo da sua vivacidade no passado dia 20 de Março, através da iniciati- va «Limpar Portugal», mobilizando-se para uma causa tão nobre como é a limpeza da floresta. Arnaldo Cruz ................................................................. EDITORIAL Distribuição gratuita Para receber o boletim PROCIV em formato digital inscreva-se em: Abril de 2010 www.prociv.pt ....................... ................................................................ ............................................

BOLETIM MENSAL DA AUTORIDADE NACIONAL DE … · número elevado de infra-estruturas colapsadas, designadamente estradas e viadutos.Esta equipa europeia permaneceu no Chile até dia

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Page 1: BOLETIM MENSAL DA AUTORIDADE NACIONAL DE … · número elevado de infra-estruturas colapsadas, designadamente estradas e viadutos.Esta equipa europeia permaneceu no Chile até dia

B O L E T I M M E N S A L DA AU T O R I DA D E N AC I O N A L D E P R O T E CÇ ÃO C I V I L / N º 2 5 / A B R I L 2 010 / I S S N 16 4 6 – 95 42

N O T Í C I A S — PÁG . 2 /3

> Chile: Perito português integrou missão da UE> ANP C na Futurália> Debate: Haiti - Uma história para contar. Da notícia à intervenção> Novos órgãos sociais da ENB tomam posseN O T Í C I A S D O S D I S T R I T O S — PÁG . 4 > Alcácer do Sal: assinado protocolo para construção do novo quartel

> Comemorações do Dia da Protecção Civil no PortoT E M A — PÁG . 5

> Prevenção e controlo de acidentes em estabelecimentos SE VE SOD E S TAQ U E — PÁG S . 6 /7

> O Planeta, as catástrofes e os riscos I N T E R N AC I O N A L — PÁG S . 8/ 9

> Acordo parcial aberto sobre riscos maiores «EUR–OPA »

L E G I S L AÇ ÃO — PÁG . 10

> Implementação do Plano Tecnoló-gico do Ministério da Administração Interna (P TMAI)Q U E M É Q U E M — PÁG .11

> Agência Europeia de Segurança MarítimaAG E N DA — PÁG .12

25

ÍND

ICE

Pela liberdade, pelo futuro

Coincidência feliz este nosso n.º 25 em Abril. Foi há 36 anos também a 25 de Abril que aos portugueses foi presente o caminho da Democra-tização e o Desenvolvimento, objectivos que persistem.

Mesmo desiludindo alguns que, sem outros argumentos, prenun-ciam sintomas “ditatoriais”, estamos confiantes! Aqueles “D” são uma tarefa de todos, todos os dias.

Temos mesmo esperança de que o regime democrático se não deixe vencer pelos poderosos sistemas financeiro–económicos, antes os subordine e oriente em favor da nossa Terra e das suas gentes.

É sob os auspícios deste mês de Abril que sublinho que os objec-tivos da Protecção Civil passam pela consolidação de um sistema de protecção e socorro cada vez mais integrado, com elevada capacidade técnica e operacional.

Quando as mudanças climáticas tendem a fazer-nos chegar cada vez mais desastres, confrontados com o crescimento da desertifica-ção, da desflorestação, da poluição do ar, da água dos oceanos, do mau uso dos solos, urge que estejamos disponíveis para pôr fim à guerra contra a natureza.É fundamental uma participação activa na preven-ção destas calamidades, designadamente reduzindo as emissões com efeito de estufa, não construindo em zonas de risco e protegendo acti-vamente a floresta. Neste último caso a sociedade civil deu um sinal po-sitivo da sua vivacidade no passado dia 20 de Março, através da iniciati-va «Limpar Portugal», mobilizando-se para uma causa tão nobre como é a limpeza da floresta.

Arnaldo Cruz

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .E D I T O R I A L

Distribuição gratuitaPara receber o boletim

P RO C I V em formato digital inscreva-se em:

Abril de 2010

www.prociv.pt

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N O T Í C I A S

P. 2 . P R O C I V

Stand da A N P C

na Futurália

Vasco Franco (SEP C)

e Fernando Curto

(A N B P) durante

o debate sobre o Haiti

1.

1.

2.

Número 25, Abril de 2010

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

2. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

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Debate: Haiti – uma história para contar. Da notícia à intervenção

O Comandante Operacional Distrital de Lisboa, Elísio Oliveira, que chefiou a Força Operacional Conjunta enviada ao Haiti, participou, no dia 12 de Março, no debate «Haiti – Uma História para Contar. Da Notícia à Intervenção», promovido pela Associação Nacional de Bombeiros Profissionais, que se realizou no Salão Nobre da Reitoria da Universidade de Lisboa.

O debate contou com a participação dos jornalistas da RT P, Rosário Salgueiro, da T V I, Cristina Reyna, e da SIC, Luís Costa Ribas, enviados ao Haiti, e ainda do Provedor do Telespectador da RT P, Paquete de Oliveira. O Secretário de Estado da Protecção Civil, Vasco Franco, presidiu à sessão de abertura deste encontro.

A N P C na Futurália

A Autoridade Nacional de Protecção Civil participou na 3.ª edição da Futurália – Salão de Oferta Educativa, Formação e Emprego, que decorreu de 10 a 13 de Março de 2010 na Feira Internacional de Lisboa, no Parque das Nações.

A participação da Autoridade Nacional de Protecção Civil teve como objectivo principal a divulgação de conteúdos de sensibilização e informação da população em geral e da população escolar em particular, dando relevo à problemática dos diferentes riscos e às medidas de prevenção e autoprotecção, promovendo desta forma uma cultura de segurança.

Exercício de Planeamento Civil de Emergência

Decorreu entre 4 e 10 de Março, simultaneamente em Lisboa e em outras capitais europeias, o exercício CM X09, que pretendeu exercitar os procedimentos de gestão de crises aprovados no âmbito das actividades de Planeamento Civil de Emergência da NATO.

O exercício, organizado em Portugal pelo Conselho Nacional de Planeamento Civil de Emergência (CN PCE), envolveu todas as entidades integrantes do Sistema Nacional de Planeamento Civil de Emergência, incluindo a Autoridade Nacional de Protecção Civil, cuja missão esteve relacionada com a resposta a um cenário fictício de ruptura de um gasoduto na zona de Campo Maior, distrito de Portalegre.

«Limpar Portugal» contou com apoio da A N P C

A iniciativa ‘Limpar Portugal’, que decorreu no dia 20 de Março e que contou com uma participação estimada em mais de 100.000 voluntários, teve como objectivo principal alertar as populações para a problemática das lixeiras ilegais existentes na nossa floresta.

Entre os apoiantes deste movimento estiveram vários organismos e serviços públicos, como foi o caso da A N PC, que desde o primeiro momento apadrinhou a iniciativa, tendo promovido a sua adequada divulgação junto das Associações Humanitárias e Corpos de Bombeiros de todo o país.

Envolveram-se no apoio ao projecto um total de 1278 operacionais e 371 veículos nas diversas iniciativas realizadas nos 18 distritos do Continente.

Comunidade Islâmica distingue A N P C

A A N PC foi agraciada com o Diploma de Honra e Reconhe-cimento da Comunidade Islâmica de Lisboa, por ocasião da celebração dos XXV anos da Mesquita, «pela forma exemplar de planear, coordenar e executar a política de Protecção Civil, designadamente na prevenção e reacção a acidentes graves e catástrofes, na protecção e socorro das populações».

Com a atribuição deste diploma, a Comunidade Islâmica destacou ainda a participação da A N PC na execução da política de cooperação internacional do Estado português, no domínio da protecção civil e em missões de auxílio externo.

Como lembra o seu Presidente, «a presente distinção pública é naturalmente estendida a todos os Agentes de Protecção Civil».. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

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N O T Í C I A S

P R O C I V . P.3Número 25, Abril de 2010

Chile: perito português em

missão da UE

A Autoridade Nacional de Protecção Civil, em resposta a uma solicitação do Centro de Informação e Vigilância da Comissão Europeia, enviou um perito para o Chile, para uma missão de avaliação e coordenação, no quadro do Mecanismo Comunitário de Protecção Civil.

O Comandante Operacional Distrital de Leiria, José Manuel Moura, integrado na equipa da U E, esteve nas zonas mais afectadas do Chile, nomeadamente na provínica de Concepción, a Oeste do país, nas vilas e aldeias vizinhas de Tome, Lirquel, Penco e ainda na comuna de Talcahuano, severamente afectada pelo tsunami que se seguiu ao sismo.

3.

Equipa de peritos

enviada pelo M IC

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

3.

A equipa chegou a Santiago do Chile no dia 6 de Março e, no trajecto até Concepción, deparou- -se com vários problemas de mobilidade devido ao número elevado de infra-estruturas colapsadas, designadamente estradas e viadutos.Esta equipa europeia permaneceu no Chile até dia 18 de Março.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

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Especialistas debatem sismos

«Sismos: podem ou não prever-se?» foi o tema de um colóquio que se realizou no dia 17 de Março, no Museu Nacional de História Natural da Universidade de Lisboa e que juntou à mesma mesa diversos especialistas.

Moderado por Fernando Barriga, director do Museu Nacional de História Natural, e César Andrade, presidente do departamento de Geologia da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, este colóquio teve como públicos-alvo cidadãos interessados na matéria e jornalistas.

Entre os diversos intervenientes encontravam- -se Luís Matias, que abordou a temática da geração de sismos e tectónica de Placas; João Cabral, cuja apresentação recaiu sobre a sismotectónica de Portugal continental; Pedro Terrinha, que se deteve sobre a sismicidade da área imersa; Carlos Oliveira, que destacou a questão do risco sísmico e construção e, por último, Luís Mendes Victor, que abordou a problemática da previsão e prevenção.

Novos Órgãos Sociais da E N B tomaram posse

Os novos Órgãos Sociais da Escola Nacional de Bombeiros (EN B) tomaram posse no dia 30 de Março e exercerão funções até 2012. A direcção da EN B será, assim, presidida por José Augusto Carvalho, licenciado em Ciências Sociais e Humanas e ex–presidente da Câmara Municipal de Torres Vedras entre 1983 e 1995. Da direcção fazem ainda parte, como vogais, Domingos Quintas, licenciado em Economia e pós–graduado em Gestão Autárquica Avançada, e Joaquim Marinho, licenciado em Ensino, ex–presidente do Serviço Nacional de Bombeiros entre 1999 e 2002, assumindo, desde 2003, a presidência da Federação de Bombeiros do Distrito de Viseu.

A Assembleia–Geral continua a ser presidida pelo Padre Vítor Melícias, tendo sido igualmente reconduzidos como secretários, Abel Ramos e Agostinho Teixeira.

O Conselho Fiscal passa a ser presidido por José Pereira, Director da Unidade Administrativa e Financeira da A N PC, sendo vogais Paulo Hortênsio, vice–presidente do Conselho Executivo da LBP e Rui Santos, o Comandante da A H B de Santa Comba Dão.

A N P C associa-se à Semana da Floresta – Dia Mundial da Floresta

A propósito das comemorações do Dia Mundial da Floresta, a Autoridade Florestal Nacional (A F N) promoveu, durante o mês de Março, um conjunto de iniciativas com o objectivo de sensibilizar as populações para a importância da floresta portuguesa, quer em termos de conservação da biodiversidade, quer em termos de desenvolvimento económico.

A A N PC, através do CDOS de Coimbra, participou numa exposição alusiva à defesa da Floresta e especialmente vocacionada para a população escolar, que decorreu no Pavilhão de Exposições da Lousã.

O stand da A N PC estava composto com material diverso com medidas de prevenção e autoprotecção.

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N O T Í C I A S

P. 4 . P R O C I VNúmero 25, Abril de 2010

Comemorações Dia da Protecção Civil no Porto

Para assinalar as comemorações do Dia da Protecção Civil, o Governo Civil do Porto, em colaboração com o Comando Distrital de Operações de Socorro, realizou, de 6 a 7 de Março, na Avenida dos Aliados, uma exposição / apresentação de meios operacionais de todos os agentes de protecção civil do distrito. Além desta exposição, houve também a exibição de diversas actividades de palco, dinamizadas pelas escolas, sobre as várias temáticas de Protecção Civil.

Houve ainda lugar para uma apresentação pública dos trabalhos gráficos elaborados pelos alunos dos Clubes da Protecção Civil, que envolveu as escolas dos 18 concelhos do distrito e que se manterá em exposição itinerante pelos referidos concelhos.

O evento foi inaugurado pelo Secretário de Estado da Protecção Civil, Dr. Vasco Franco, que destacou a importância deste tipo de iniciativas na sensibilização dos cidadãos para as questões de segurança, sublinhando o papel que os agentes de protecção civil têm na sociedade.

4.

Entidades presentes nas

comemorações do Dia da

Protecção Civil no Porto4.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

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Simulacro testou meios de socorro Vários meios de socorro do distrito do Porto estiveram envolvidos num simulacro de um acidente de aviação, no dia 14 de Março. No exercício, um Airbus 320 com destino a Londres despenhou-se na descolagem numa área não urbana, nas imediações do aeroporto Francisco Sá Carneiro, provocando 40 mortos e dezenas de feridos.

Foi o primeiro exercício do género realizado em Portugal para treinar e preparar as entidades envolvidas para uma situação real.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

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C D OS Lisboa: Acções de Formação

A Direcção Nacional de Bombeiros realizou, a 11 e 12 de Março, no CDOS de Lisboa, acções de formação para dar a conhecer as novas funcionalidades da aplicação do Recenseamento Nacional de Bombeiros Portugueses. Estas acções de formação destinaram-se aos utilizadores das Associações e Corpos de Bombeiros que lidam diariamente com a aplicação.

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Alcácer do Sal: Assinado protocolo para construção do novo quartel dos Bombeiros

O Secretário de Estado da Protecção Civil, Vasco Franco, presidiu no dia 13 de Março à cerimónia de assinatura do protocolo de co–financiamento municipal para a construção do Quartel dos Bombeiros Voluntários de Alcácer do Sal.

A construção desta nova infra-estrutura corresponde a uma candidatura aprovada no âmbito do Eixo III do Programa Operacional Temático Valorização do Território do QR EN, no montante global de 829.254,96€, dos quais 70% correspondem a comparticipação europeia.

Através deste protocolo celebrado com a A H BV de Alcácer do Sal, o município assume os restantes 30%, não financiados no âmbito desta candidatura. Recorde-se que este projecto integrou um dos 26 contratos homologados pelo Ministro da Administração Interna a 18 de Dezembro do ano passado, para a área da protecção civil e bombeiros, traduzindo-se num investimento total de cerca de 22,3 milhões de euros. Estarreja: III Semana

da Protecção Civil

A Câmara Municipal de Estarreja promoveu a 3ª edição da Semana da Protecção Civil, de 23 a 26 de Março, no âmbito do Clube de Protecção Civil local. As actividades destinaram-se à comunidade escolar e à população em geral.

No decorrer desta iniciativa foram apresentadas palestras sobre primeiros socorros para a população, circulação em segurança, intervenção em cenários de catástrofes e informação sobre os domínios de actuação do I N E M, cujos equipamentos estiveram em exposição, juntamente com trabalhos do Clube de Protecção Civil de Estarreja.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

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T E M A

P R O C I V . P.5Número 25, Abril de 2010

Ponto de situação

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Sabemos que a proximidade dos estabelecimentos perigosos às zonas urbanas ou, por vezes, o crescimento das comunidades numa espécie de abraço ao perigo, são situações que expõem as populações de forma calculável ao desastre. Ninguém, populações ou responsáveis, podem alegar a imprevisibilidade do acidente.

A rápida evolução da ocupação urbana junto a estes complexos industriais tornou ainda mais importante o mecanismo de prevenção de acidentes graves e de gestão do risco nas instalações industriais classificadas perigosas, que resultou da transposição da Directiva SEV ESO I I para o direito nacional (Decreto–Lei n.º 254/2007 de 12 de Julho).

Este diploma obriga todos, desde os responsáveis na área da protecção civil aos responsáveis na área do ambiente, operadores dos estabelecimentos, responsáveis pelo ordenamento do território, a trabalhar em conjunto para a prevenção do risco de ocorrência de acidentes graves.

Para os estabelecimentos do nível superior de perigosidade, o Relatório de Segurança (artigo 10.º), que aqueles são obrigados a ter, inclui a descrição do Sistema de Gestão de Segurança para a Prevenção de Acidentes Graves (SGSPAG), a Identificação dos Perigos e Análise dos Riscos e a avaliação das consequências, bem como a definição de medidas de protecção e intervenção para a sua limitação. O operador é ainda obrigado a realizar uma auditoria anual ao SGSPAG e a elaborar o Plano de Emergência Interno (PEI) (artigo 16.º), bem como a fornecer toda a informação necessária para a elaboração dos Planos de Emergência Externos (PEE) (artigo 19.º), medidas que estão a ser desenvolvidas pelas Câmaras Municipais.

Falta ainda, para o cumprimento integral deste diploma, a publicação de uma portaria conjunta que fixará as distâncias de segurança entre os estabelecimentos abrangidos pelo presente Decreto–Lei e as zonas residenciais, vias de comunicação, locais frequentados pelo público, zonas ambientalmente sensíveis, etc. (artigo 5.º). Estas distâncias irão constar dos processos de elaboração / revisão / alteração dos Planos Municipais de Ordenamento do Território.

A A N PC considerou para a definição dos objectivos operacionais para 2010, finalizar este importante instrumento de prevenção e ordenamento territorial. Dada a importância deste objectivo, a A N PC, com a DG O T DU, faz parte de um grupo de trabalho coordenado pela A PA, cuja missão é a concretização da referida portaria.

Enquanto a portaria não existe, a A N PC, na análise dos PDM e dos PEE, recomenda já que a permissão de uso de solo respeite uma determinada distância mínima de segurança avaliada caso a caso e de acordo com os cenários de acidente grave constantes dos estudos de risco.

E a prova de que todos estamos envolvidos nesta corrida é feita com o que observamos junto dos Municípios: são estes que, no acto de revisão dos seus planos querem regularizar desde já uma zona de interdição.

Prevenção e controlo de acidentes em estabelecimentos SEVESO

A ANPC recomenda já

que a permissão de uso de

solo respeite uma distância

mínima de segurança,

avaliada caso a caso

Indústrias SEV ES O em

Portugal (2007)1.

1.

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D E S T A Q U E

Número 25, Abril de 2010

P. 6 . P R O C I V

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O planeta, as catástrofes e os riscos

Para respondermos à pergunta e podermos entender melhor as ameaças que sobre nós pendem e os riscos que corremos, daremos início, neste Boletim, a uma série de artigos com informações sobre o nosso planeta, local em que nascemos e o único em que podemos viver.

Desde a Antiguidade, a busca por metais preciosos tem levado as pessoas a escavarem o Planeta. A incan-sável procura de ouro, cobre, urânio, pedras preciosas e outros, acabou por revelar a própria história e a idade da Terra.

Com a Revolução Industrial, (a partir do século XVIII), o uso de máquinas tornou mais fácil a remoção dos solos. Abriram-se estradas, túneis, minas e canais e as rochas abaixo da superfície ficaram cada vez mais expostas, revelando estratos diferentes e sobrepostos uns aos outros, muitos deles com fósseis.

É considerado na comunidade científica que a Terra nasceu conjuntamente com o sistema solar, há cerca de 4,4 a 4,6 mil milhões de anos. Apesar de ser um dos que melhor conhecemos, continuam a ser de enorme complexidade os mecanismos que fizeram dela um lugar propício à vida,

Sendo um planeta em constante mutação, a sua superfície está continuamente a ser criada, modificada e destruída. Este é de facto, um planeta “vivo”, com actividade vulcânica, um campo magnético global (indicador de um interior líquido), uma superfície dividida em placas onde estão assentes os continentes e os oceanos, e uma atmosfera envolvente em constante movimentação.

A ESTRUTURA DA TERRA

A Atmosfera é a camada de ar que envolve a Terra, constituída por uma mistura de gases (com espessura variável entre 500 a 1000 k m s.) e que acompanha os seus movimentos de rotação e translação; embora se considere uma camada bastante fina possui, no entanto, um papel fundamental na vida na Terra, nomeadamente para a função respiratória comum a todos os seres vivos, para o equilíbrio dos intervalos de temperatura aceitáveis pelos organismos, para a

existência de água no estado líquido (ciclo da água) e também como protecção de agentes e radiações vindas do exterior.

A atmosfera do Planeta é constituída por diversos componentes, dos quais os mais representativos e indispensáveis são o azoto (78%) e o oxigénio (21%). Outros, como o vapor de água e o dióxido de carbono, participam em quantidades variáveis e diminutas.

Durante séculos, alguns destes gases foram produzidos e consumidos ciclicamente na Terra, mantendo-se equilibrado o ciclo emissão/utilização. A composição da atmosfera tem no entanto vindo a sofrer alterações. O dióxido de carbono lançado para a atmosfera pelas combustões (na sequência, por exemplo, dos incêndios florestais) e pela respiração dos seres vivos, era depois absorvido pelas plantas, através da fotossíntese, e pelos oceanos onde se dissolvia na água, vindo mais tarde a formar rochas e carbonatos. Contudo, a velocidade com que alguns destes gases começaram a ser lançados para a atmosfera superou a rapidez com que dela eram retirados e a sua concentração aumentou, provocando desequilíbrios com todas as consequências adversas inerentes.

A Hidrosfera corresponde a toda a parte líquida que existe no planeta: compreende os oceanos, rios,

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

No estádio actual do conhecimento, o Planeta Azul é o único com condições de abrigar vida. No entanto, perante as sucessivas catástrofes naturais a que se tem assistido nos úl-timos tempos, levando, inclusivamente, alguns autores a afirmarem que «o planeta está a ‘revoltar-se’», surge a questão: É a Terra uma entidade viva?. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

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D E S T A Q U E

Destr uição na sequên-

cia de um tsunami

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1.

P R O C I V . P.7Número 25, Abril de 2010

1.

lagos, calotas de gelo, água do subsolo e da atmosfera, e outros. Aproximadamente 70,8% da superfície da Terra é coberta de água, 97% dos quais é água salgada e apenas 3% água doce (incluída a água no estado sólido). A reserva actual de água doce para consumo dos seres que dela necessitam e para usos industriais constitui apenas 0,007%.

A Terra é, provavelmente, o único planeta do sistema solar onde existe água na forma líquida. Esse facto deve-se ao efeito de estufa; há um equilíbrio entre os raios solares que chegam à superficie do Planeta e os que são reflectidos. Sem este efeito, a Terra teria temperaturas muito abaixo do ponto de congelação, e seria apenas uma “bola de gelo”. Se não existir o equilíbrio, isto é, se se incrementar o efeito de estufa, correremos o risco da ver água que se encontra no estado sólido derreter, evaporar e aumentar ainda mais este fenómeno com todas as suas consequências; por outro lado, se este fenómeno for diminuído ou anulado, teremos no horizonte nova glaciação.

A Litosfera da Terra está estruturada em camadas. A parte mais interna do planeta é denominada Núcleo. Pelo comportamento mecânico que assume, subdivide-se em núcleo interno, que se crê formado por um único cristal de ferro no estado sólido, com uma espessura aproximada de 1.200 k m, e um núcleo externo, constituído por ferro e níquel no estado líquido de 2.270 k m. Supõe-se que os movimentos criados pelo desfasamento entre o núcleo mais interno e o núcleo exterior líquido criam um campo eléctrico que, associados ao movimento de rotação da Terra, seriam os responsáveis pelo campo magnético. Este campo magnético, semelhante ao de um íman, possui os seus pólos distantes dos pólos geográficos em aproximadamente 11,3º, correspondendo estes à linha imaginária sobre a qual a Terra descreve a sua rotação. Recentemente descobriu-se que o campo magnético da Terra varia e inverte periodicamente o seu sentido; por exemplo, há 30.000 anos o pólo Norte magnético era no pólo Sul geográfico. Fenómenos extremos, como sismos de elevada magnitude, podem alterar o ângulo formado entre os pólos geográfico e magnético.

Este campo revela-se da maior importância no desenvolvimento e manutenção da vida na Terra, pois funciona como retentor da atmosfera terrestre e também como escudo de protecção contra o vento solar, cujas radiações e partículas carregadas electricamente são nefastas à vida.

O Manto, apresentando características físicas e mecânicas diferentes do núcleo, estende-se entre 2900 k m e 3000 k m. A pressão na parte inferior do mesmo é da ordem de 1,4 milhões de atmosferas. Pelas pressões e temperaturas elevadas a que os materiais de que é composto estão sujeitos, estes podem apresentar-se no estado sólido ou com uma forma viscosa.

Por último, e sobre esta estrutura, está a Crosta Terrestre, formada por uma série de placas, denominadas Placas Tectónicas, que parecem flutuar, movendo-se sobre o manto.

Estas placas, limitadas por zonas de convergência ou subducção, são criadas nas zonas de divergência ou “Zonas de Rift”, e é na zona de fronteira delas que se regista a maioria dos sismos e erupções vulcânicas.

Os continentes, parte visível destas placas tectónicas, também se movem, daí a expressão «deriva continental».

Segundo Alfred Wegner (1880–1930), há cerca de 300 milhões de anos os continentes estiveram unidos numa única grande massa de terra firme (super–continente) que denominou de Pangeia, rodeado por um único oceano – a Pantalassa. A Pangeia fragmentou-se dando origem a novos continentes sujeitos a deformação e deriva, que ainda perdura. Wegner não soube, porém, explicar qual a causa do movimento dos continentes.

A Terra está em constante mudança. A sua superfície está continuamente a ser criada, modificada e destruída.

É, de facto, um planeta “vivo”, com actividade vulcânica, um campo magnético global (indicador de um interior líquido), uma superfície dividida em placas onde estão assentes os continentes e os oceanos em permanente mudança, e uma atmosfera envolvente em constante movimentação.

Embora nos pareçam adversas, são condições que nos propiciam viver nela e com auto–sustentabilidade.

A Terra nasceu, vive, e um dia poderá morrer; cabe-nos não contribuir para acelerar este processo.

Um dos problemas que desde já a humanidade enfrenta é a escassez de água doce. Existe cada vez em menor quantidade e a que existe está cada vez mais poluída. Estima-se que em 2025, um terço da população mundial venha a enfrentar este problema, estando também a biodiversidade ameaçada.

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I N T E R N A C I O N A L

P. 8 . P R O C I VNúmero 25, Abril de 2010

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Acordo Parcial Aberto Sobre Riscos Maiores «EU R–OPA»

Nos dias 8 e 9 de Abril, a A N PC participa, em Paris, no Comité dos Correspondentes Permanentes do Acordo Parcial Aberto sobre Riscos Maiores, «EU R–OPA», tendo sido convidada a fazer uma apresentação sobre o sistema de Protecção Civil em Portugal.

Este Acordo conta actualmente com 25 Estados-membros, incluindo Portugal. O seu principal objectivo é o de reforçar e promover a cooperação entre os Estados participantes de forma a garantir uma melhor prevenção, protecção e organização do socorro em situações de catástrofes, sejam estas naturais ou tecnológicas.

As actividades políticas do Acordo dividem-se em quatro grandes áreas: o Comité de Correspondentes Permanentes (CCP), as Reuniões Ministeriais, o Subcomité de Auditoria e o Subcomité de Programação, sendo o CCP o órgão mais activo em termos de execução das linhas directrizes definidas ao nível ministerial. O CCP reúne duas vezes por ano, intercalando com as reuniões ministeriais que se realizam de dois em dois anos.

A Rede de Centros Especializados que tem sido desenvolvida pelo EU R–OPA é talvez uma das suas maiores mais-valias e visa assegurar o interesse e a participação directa dos Estados–membros, favorecendo a criação de Centros Europeus especializados em várias áreas distintas. Portugal possui um Centro Especializado em Riscos Urbanos (CERU), sediado na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

Workshop sobre Eventos Extraordinários: Resposta Europeia Coordenada de Protecção Civil

Na sequência do Seminário realizado em Madrid, no âmbito do apoio psicossocial, durante os dias 8 e 9 de Fevereiro, e a fim de dar continuidade às prioridades definidas pela presidência espanhola do Conselho da União Europeia (U E), realizou-se no mesmo local, na Escola Nacional de Protecção Civil, Madrid, entre os dias 3 e 4 de Março, um Workshop sobre Eventos Extraordinários – Resposta Europeia Coordenada de Protecção Civil. Este workshop teve como destinatários técnicos e responsáveis pela protecção civil em todas as administrações públicas, assim como responsáveis de áreas relacionadas com a gestão de emergência em Eventos de Grandes Concentrações Humanas (EG CH) em países dentro da U E . A A N PC esteve representada por dois técnicos.

São cada vez mais frequentes os acontecimentos sociais que reúnem grandes concentrações de público, como é o caso de espectáculos culturais, desportivos, religiosos, etc. Estes Eventos de Grandes Concentrações Humanas (EG CH) apresentam um elevado nível de risco como consequência do elevado número de pessoas implicadas nos mesmos. A aproximação de grandes acontecimentos na União Europeia (Jogos Olímpicos em Londres, Jornadas da Juventude em Madrid, etc.), o estado do desenvolvimento do Mecanismo e

as experiências recentes (Tailândia, Bombaim), recomendam uma reflexão sobre o valor acrescentado pela U E para lidar com este tipo de eventos. A iniciativa pretendeu aprofundar o conhecimento dos eventos mencionados, com especial enfoque para a mecânica dos riscos que geram e no planeamento de prevenção, gestão e instrumentos de intervenção para garantir um nível adequado de segurança para a realização dos mesmos, assim como iniciar uma reflexão sobre a necessidade de ordenamento do território europeu para os principais acontecimentos que impliquem grandes concentrações humanas.

Os objectivos mais específicos deste workshop passaram por conhecer os diferentes tipos de EG CH (interiores ou exteriores, desportivos e oficiais, festivais, demonstrações, etc.); conhecer o quadro regulamentar para EG CH; adquirir ferramentas de avaliação de riscos de EG CH; obter os instrumentos para a prevenção de risco em EG CH; adquirir conhecimentos para planear EG CH; analisar o comportamento humano em EG CH; comunicação de risco; adquirir mecanismos para gerir e coordenar as intervenções para lidar com situações de emergência em EG CH e partilhar o conhecimento sobre as diferentes experiências de gestão de EG CH em diferentes países.

Encontro sobre Avaliação do Risco na Europa

A A N PC participou numa reunião técnica realizada nos dias 23 e 24 de Março, em Londres, que teve como objectivo fomentar a discussão internacional sobre metodologias a aplicar para a análise de risco nas vertentes de apoio à decisão e planeamento de emergência, tendo em vista encontrar critérios e práticas comuns entre os Estados-membros que possibilitem o estabelecimento de linhas orientadoras neste domínio.

No encontro, patrocinado pelo Reino Unido, estiverem presentes representantes daquele país e também de França, Alemanha, Holanda e Eslovénia.

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I N T E R N A C I O N A L

P R O C I V . P.9Número 25, Abril de 2010

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Calendário dos exercí-

cios a realizar1.

1.

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Exercícios C PX : Peritos de Protecção Civil e Peritos de Ajuda Humanitária

Na sequência das recentes alterações verificadas na organização interna da Comissão Europeia (CE), nomeadamente no que se refere à área da Protecção Civil, que passou para a mesma Direcção–Geral encarregue dos Assuntos e da Ajuda Humanitária, terão lugar ao longo dos próximos meses um conjunto de exercícios em modo Command Post Exercise (CPX) que visam integrar os peritos nacionais credenciados em ambas as áreas de intervenção: Protecção Civil (PC) e Ajuda Humanitária (A H).

A Comissão Europeia pretende, com esta medida, melhorar o treino conjunto, a sensibilização para os contornos específicos de cada área de intervenção e ainda a articulação e a coordenação, fundamentais sempre que os peritos de ambos os domínios se juntam no terreno em missões reais.

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Exercício 126 – 28 Abril 2010

Exercício 217 – 19 Maio 2010

Exercício 328 – 30 Junho 2010

Local do ExercícioBélgica

Bruges,

Bélgica

Genk,

Bélgica

Região do cenárioÁfrica e Índico

Mediterrâneo e

Médio Oriente

Ásia, América Latina,

Caraíbas e Pacífico

Dia Internacional da Meteorologia

Todos os anos, no dia 23 de Março, a Organização Meteorológica Mundial (OM M), os seus 189 membros e a comunidade meteorológica internacional, celebram o Dia Meteorológico Mundial em torno de um tema escolhido. Este dia comemora a entrada em vigor, nessa data, em 1950, da Convenção da OM M que criou a Organização.

O tema deste ano é: “A OM M – 60 anos de serviço para a sua segurança e bem-estar”. Para assinalar a efeméride, a organização lançou um caderno especial que relembra as conquistas históricas da organização e elenca as 60 maneiras como a OM M faz a diferença nas vidas diárias de quase todos os habitantes do planeta.

Em Portugal, a data foi assinalada com um colóquio realizado no Instituto de Meteorologia (I M) que contou com a participação de técnicos do I M e de representantes de utilizadores para os quais a informação produzida pelo I M é relevante, nomeadamente a Autoridade Nacional de Protecção Civil, o Instituto Hidrográfico e o Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves. A A N PC participou no colóquio com uma apresentação subordinada ao tema «Contributos da Meteorologia para as actividades da Protecção Civil».

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L E G I S L A Ç Ã O

Legislação

Glossário

www

Publicações

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P.1 0 . P R O C I VNúmero 25, Abril de 2010

CICLONEDependendo da sua localização geográfica e da sua intensidade, os ciclones tropicais podem ter vários outros nomes, tais como

R ISCOS – A ssociação Por t ug uesa de R i scos, P re venção e Seg u ra nça . Te r r ito r ium 16A Territorium é uma revista científica, única no seu género em Portugal e tem um público-alvo diversificado. A publicação dedica-se à consciência dos riscos, percepção dos perigos e gestão das crises, que considera serem pressupostos fundamentais tanto para uma prevenção séria como para a minimização dos efeitos da plena manifestação dos riscos, as catástrofes. Neste número 16 poder-se-ão ler diversos artigos de Luciano Lourenço, Amilton Amorim, Ana Maria Rodrigues Monteiro de Sousa, Eric Rafael Pereira de Sousa, Bruno Martins e Fernando Rebelo, entre outros.

Agência Europeia de Segurança Marítima — http://www.emsa.europa.euAtravés da página da Agência Europeia de Segurança Marítima é possível aceder a um conjunto de informações que permite ao utilizador conhecer as origens e tarefas desta Agência, as actividades operacionais relacionadas com preparação e resposta a situações de poluição, bem como serviços de monitorização do tráfego marítimo. Por outro lado, está ainda disponível uma brochura em várias línguas, através da qual se pode conhecer todo o historial da Agência, assim como as responsabilidades que lhe estão cometidas.

Protecção Civil Europeia — http://ec.europa.eu/echo/civil_protection/civil/index.htmA Protecção Civil Europeia tem uma nova página, independente da Direcção–Geral do Ambiente. Agora, nesta página inicial, o cidadão pode ter acesso aos destaques da Protecção Civil, não só a nível europeu, mas também internacional, nomeadamente as acções no âmbito do Mecanismo Comunitário de Protecção Civil (MIC). Através do menu lateral, é também dado acesso a textos legislativos que enquadram a política de protecção civil, bem como publicações e medidas de sensibilização e prevenção para diversos riscos.

Consulta em: www.prociv.pt/Legislacao/Pages/LegislacaoEstruturante.aspx

Despacho n.º 3292/2010, de 23 de FevereiroImplementação do Plano Tecnológico do Ministério da Administração Interna (P TM A I ).

furacão, tufão, tempestade tropical, tempestade ciclónica, depressão tropical ou simplesmente ciclone. Ciclone tropical é um sistema tempestuoso caracterizado por

um sistema de baixa pressão, por trovoadas e por um núcleo morno, que produz ventos fortes e chuvas torrenciais.

Despacho (extracto) n.º 4146/2010, de 9 de MarçoNomeação, em comissão de serviço, pelo período de três anos, para desempenhar as funções de Adjunto de Operações Distrital do Comando Distrital de Operações de Socorro de Coimbra, o licenciado Fernando Ricardo Simões Pimenta.

Despacho n.º 4145/2010, de 9 de MarçoRenovação da comissão de serviço por três anos do comandante operacional nacional, Dr. Paulo Gil Lopes Martins, do Comando Nacional de Operações de Socorro da Autoridade Nacional de Protecção Civil.

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Q U E M É Q U E M

P R O C I V . P.11Número 25, Abril de 2010

Os naufrágios do Erika (1999) e do Prestige (2002) levaram a União Europeia a reforçar a segurança marítima através de várias medidas legislativas. É neste contexto que é criada a Agência Europeia da Segurança Marítima (E MSA) cujo objectivo é assistir a Comissão e os Estados– –membros em matéria de segurança marítima, de protecção do transporte marítimo e de prevenção da poluição causada pelos navios.

A agência tem como objectivo zelar pela boa aplicação da legislação europeia e promover a cooperação entre os Estados–membros. Desde que entrou em funcionamento, tem vindo a contribuir para a avaliação das sociedades de classificação reconhecidas pela Comissão Europeia e dos centros de formação marítima em países terceiros, assim como para a verificação do respeito do controlo pelos poderes públicos nos portos.

Em 2004 a E MSA passou também a prestar assistência aos Estados– –membros em caso de poluição grave. Para o efeito, fretou navios antipoluição que podem intervir em toda a Europa, se solicitados pelos Estados–membros ameaçados por um episódio de poluição. Em Abril de 2007, a agência criou outro dispositivo, denominado CleanSeaNet, o qual permite prevenir rapidamente um Estado–membro cuja costa se encontre ameaçada por descargas poluentes ilegais ou acidentais.

Entre as diversas valências da E MSA, destacam-se a gestão eficaz dos resíduos dos navios, a redução da poluição atmosférica, programas de formação e cooperação, programas operacionais de resposta à poluição de hidrocarbonetos, o acompanhamento de navios e o seguimento de navios a longa distância.

Durante a cimeira europeia de 13 de Dezembro de 2003, foi decidido que a sede da E MSA ficaria em Lisboa, estando agora a funcionar em instalações criadas de raiz, no Cais do Sodré.

Já nestas novas instalações, teve lugar, em Junho de 2009, um seminário internacional que envolveu especialistas dos domínios específicos da poluição marítima e da protecção civil. O propósito deste encontro foi o de debater a possível criação de módulos comunitários de combate à poluição marítima.

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Agência Europeia de Segurança Marítima

http://www.emsa.europa.eu

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Edição e propriedade – Autoridade Nacional de Protecção Civil Director – Arnaldo Cruz Redacção e paginação – Núcleo de Sensibilização, Comunicação e Protocolo Fotos – A N PCDesign – Barbara Alves Impressão – Europress Tiragem – 2000 exemplares ISSN – 1646– 9542 Impresso em papel 100% reciclado R E NOVA PR I N T E .

Os artigos assinados traduzem a opinião dos seus autores. Os artigos publicados poderão ser transcritos com identificação da fonte.

Autoridade Nacional de Protecção Civil Pessoa Colectiva nº 600 082 490 Av. do Forte em Carnaxide / 2794–112 Carnaxide Telefone: 214 247 100 Fax: 214 247 180 [email protected] www.prociv.pt

A G E N D A

P.12 . P R O C I V

B O L E T I M M E N S A L D A A U T O R I D A D E N A C I O N A L D E P R O T E C Ç Ã O C I V I L

Número 25, Abril de 2010

12 – 13 ABRIL

SEMINÁRIO «NOVO REGIME

JURÍDICO DE SEGURANÇA

CONTRA INCÊNDIOS EM

EDIFÍCIOS»

Este seminário, organizado pelo Centro

de Estudos e Formação Autárquica,

terá lugar na Biblioteca Municipal de

Vila Real, entre os dias 12 e 13 de Abril.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

10, 17 ABRIL E 1 MAIO

CURSO DE VOLUNTARIADO

INTERNACIONAL

O objectivo deste curso é preparar

profissionais, voluntários e aspirantes

para missões no estrangeiro. Destina-

-se à população em geral, a voluntários

e aspirantes a voluntários em missões

internacionais. Para mais informações

contacte: escoladevoluntariado@gmail.

com.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .17 ABRIL

IV SEMINÁRIO DE «INTERVENÇÃO

EM CATÁSTROFES»

O serviço de saúde dos Bombeiros

Voluntários de Carcavelos e S.

Domingos de Rana organiza esta IV

edição, que terá lugar no Seminário da

Torre da Aguilha em S. Domingos de

Rana. A ANP C fará uma intervenção

subordinada ao tema “Plano de

Emergência contra Sismos da Área

Metropolitana de Lisboa”. Mais

informações em cidalina.ferreira@

ahbvcsdr.com.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

1 ABRIL

ANIVERSÁRIO DA ANPC

Comemora-se, no dia 1 de Abril, mais

um aniversário da Autoridade Nacional

da Protecção Civil. Recorde-se que este

serviço nasceu a 1 de Abril de 2007

com o propósito de “Planear, coordenar

e executar a política de Protecção

Civil, designadamente na prevenção e

reacção a acidentes graves e catástrofes,

de protecção e socorro das populações

e de superintendência da actividades

dos bombeiros”. Para assinalar a data,

haverá uma sessão pública na sede deste

serviço, com intervenção do Cmdt. José

Moura, a propósito da recente missão

da U E ao Chile, que integrou.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .29 – 30 ABRIL

IV JORNADAS DE CIÊNCIAS DO

ISCS –N

Estas Jornadas, organizadas pela

Associação de Estudantes e pelo

Departamento de Ciências do Instituto

Superior de Ciências da Saúde-Norte

(I SC S - N), são subordinadas ao tema

“Cataclismos e Catástrofes” e terão lugar

no Centro de Congressos e Exposições

do Edifício da Alfândega do Porto.

A ANP C apresentará a comunicação

“Protecção Civil: Prevenção, Alerta

e Comunicação”.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

23 –25 ABRIL

ENCONTRO NACIONAL

JUVEBOMBEIRO

O Encontro Nacional Juvebombeiro

decorrerá em Peniche e inclui um

Seminário, no qual um dos temas será

“A experiência do Haiti”. Os oradores

convidados são o CODI S Elísio Oliveira

(Cmdt. da Força Operacional Conjunta)

e Marco Martins (coordenador da equipa

da F E B que integrou a missão no Haiti).

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8 – 9 ABRIL

COMITÉ DOS CORRESPONDENTES

DO ACORDO PARCIAL ABERTO

SOBRE RISCOS MAIORES «EUR–

– OPA»

A ANP C participa em Paris, nos

dias 8 e 9 de Abril, naquele Comité,

tendo ainda sido convidada a fazer

uma apresentação sobre o Sistema de

Protecção Civil em Portugal.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .