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24 de junho de 2016 Nº 20 Atenção, chaverot! A Na'amat Pioneiras Porto Alegre comunica o seu novo e-mail: [email protected] BOLETIM NA’AMAT POA

BOLETIM NA’AMAT POA · componentes do grupo sobre a criação da Na’amat, seus objetivos e sua situação atual, ... instantaneamente as perguntas do público com mil e quinhentas

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24 de junho de 2016 Nº 20

Atenção, chaverot!

A Na'amat Pioneiras Porto Alegre comunica

o seu novo e-mail:

[email protected]

BOLETIM NA’AMAT POA

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CALENDÁRIO DE ATIVIDADES DE JUNHO E JULHO

LEMBRETES

Evento Dia Horário Local Reunião do Turismo 27/06 9h às 10h Central

Reunião de Bazar 27/06 10h às 12h Central

Brechó do grupo Iachad quintas e

domingos

17h às 19h

16h às 18h

segundo andar da Hebraica

Reunião do Cultural 04/07 14h30min às 16h30min

Central

57º Bazar Anual 17/07 10h à 18h Hebraica - RS

Almoço Festivo dos grupos Avodá e Chai

31/07 12h Boteco Imperial

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ACONTECEU NA NA’AMAT POA

ENCONTRO DO GRUPO MORASHÁ

Na noite de 16 de junho, o Grupo Morashá reuniu-se na casa da chaverá Graziela Nemetz e teve como convidada a presidente, Sônia Unikowsky Teruchkin que relatou às novas componentes do grupo sobre a criação da Na’amat, seus objetivos e sua situação atual, no Brasil e em Israel. Foi uma noite muito agradável, com ótimo lanche e regada a vinho. O grupo agradece imensamente a presença da presidente, que nos brindou com sua sabedoria e simpatia.

Rosa Sapoznyki (madrinha do grupo Morashá), Sônia Unikowsky Teruchkin (presidente do Centro POA),

Claudete Garbarski, Ieda Baron, Graziela Clemens Nemetz, Sílvia Cantergi de Cantergi,

Zelda Prikladnicki e Elizabeth Platchek.

REUNIÃO DO GRUPO HAMSA

Foi em clima junino que a chaverá Rosita Wolfrid recebeu, na segunda-feira, dia 20 de junho, o grupo Hamsa em sua residência para finalizarem os preparativos do Bazar 2016.

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Rosita Wolfrid, Luciana Grillo, Andrea Russowski, Ana Cristina Botelho, Maristela Galbinski,

Tanise Cardon, Ana Cristina Rodrigues, Mylene Riba Siegmann e Lídia Cardon (madrinha do grupo Hamsa).

PRÓXIMOS EVENTOS

57º BAZAR ANUAL Chaverot!

O 57º Bazar vai ser SUCESSO, pois a Comissão do Bazar está, há muito tempo,

preparando-o com muito carinho! Haverá diversas atrações, como espaços de comidas

variadas, incluindo a culinária judaica, almoço dos cozinheiros, chá da tarde, leilão de

arte, teatro infantil, além da venda de diversos artigos, dentre eles, produtos de Israel,

"sebo" de livros, cujo nome será Espaço Cultural Zelda Oliven (em homenagem a uma das

fundadoras e ex-presidente da Na'amat), panos de prato, brechó, tudo animado com

uma sequência de shows de dança e música. É uma excelente ocasião de ver os amigos e

confraternizar, ao mesmo tempo em que estaremos ajudando 3 entidades beneficiadas,

o Instituto do Câncer Infantil, o Lar da Criança Anne Frank e a Associação Israelita Damas

de Caridade. Compareçam em massa, com muita vontade de trabalhar, e convidem os

seus familiares e amigos! Temos certeza de que eles vão gostar!

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BRECHÓ DO GRUPO IACHAD

O Brechó estará aberto: DOMINGOS das 16h às 18h

QUINTAS-FEIRAS: das 17h às 19h

Na Hebraica, segundo andar, Rua Gen. João Telles, nº 508

ESPAÇOS GASTRONÔMICOS

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ALMOÇO DO GRUPO CLARINHA MILMAN

LEILÃO DO GRUPO ANY RERIN

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TEATRO DO GRUPO BERTA SIMINOVICH

CHÁ DA TARDE DO GRUPO KINERET

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DEPARTAMENTO CULTURAL

ATENÇÃO, ATENÇÃO!!!

Para o DIA NA'AMAT, que acontecerá na mesma data do SEMINÁRIO CULTURAL (20 de

agosto), o Departamento Cultural solicita aos grupos que:

1) Tragam, por escrito, sugestões, propostas, críticas, mudanças, enfim, tudo o que se

relaciona com a Na'amat POA, com relação à sua dinâmica, departamentos, grupos,

administração, reuniões, captação de mais ativistas, captação de recursos etc. etc.

2) Observação: elogios também são aceitos!...

Quanto ao SEMINÁRIO, este ano, temos uma notícia que vai agradar à maioria: não será

preciso preparar nada, pois ninguém vai apresentar trabalhos. Convidamos uma

excelente palestrante que vai falar sobre assunto moderno, de interesse geral e "light".

Ela inicia na parte da manhã e, após um café, ela mesma coordenará o bate-papo com os

grupos a respeito do que foi falado antes.

O Departamento de Turismo, através da Sheila Maltz, já está providenciando um ônibus

de 44 lugares, que vai pegar o pessoal na FIRS, às 8h, e trará de volta à tarde para o

mesmo local. Teremos também um gostoso almoço de confraternização entre o final do

Seminário e o início do Dia Na'amat. A Na'amat não está visando a nenhum lucro;

portanto, o valor do almoço + a condução será bem razoável. O evento acontecerá no

condomínio Terra Ville, na casa da chaverá Cláudia Mester, do grupo Berta Siminovich, e

o início da palestra está previsto para as 9h15, + ou -.

AGENDEM-SE! E DISCUTAM NOS GRUPOS O QUE FOI SOLICITADO ACIMA! COM CERTEZA,

VAI SER MUUITO BOM!

EXECUTIVO NACIONAL

A Na’amat Brasil mandou confeccionar toalhas de mesa com símbolos judaicos para

serem vendidas em todos os centros. No momento, temos disponíveis para vender

toalhas brancas e cinza em dois tamanhos: retangular de 1,50m X 2,60m e quadradas de

1,60m X 1,60m nos valores de R$ 130,00 e R$120,00, respectivamente. Futuramente,

serão confeccionadas em outros tamanhos e no formato redondo. Caso você, chaverá,

tenha interesse em adquirir, entre em contato com nossa secretária para que possamos

encomendar ao Executivo Nacional e entregar brevemente.

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Prezadas chaverot,

Segue artigo jornal The Guardian de Londres citado no WJC - World Jewish Congress em 22

de junho de 2016.

Shabat Shalom!

Harriet Sherwood

Quando tinha nove anos Janine Webber viveu em um buraco na terra. Ela ficou lá

durante um ano. O espaço era pequeno, não havia ar fresco nem luz do sol, e nada para comer além de pão seco e cebolas cruas. Nessa ocasião, ela já havia perdido o pai, a mãe, a avó e o

irmão.

Mesmo assim, a menina judia sobreviveu. Agora, com quase 84 anos, ela sabe que não lhe resta muito tempo. A memória viva dos dias sombrios da Europa está sumindo lentamente

enquanto os judeus que escaparam dos nazistas e emergiram dos campos da morte envelhecem e morrem.

Mas um projeto inovador que será lançado no próximo domingo na Inglaterra pelo

Centro e Museu Nacional do Holocausto permitirá que Janine continue a contar a extraordinária história da sua vida, respondendo às perguntas de escolares e outros visitantes,

mesmo após a sua morte.

O Projeto Forever (Para Sempre) usa tecnologia digital avançada para projetar

imagens de laser 3D dos sobreviventes em tamanho natural, e software que permite combinar

instantaneamente as perguntas do público com mil e quinhentas respostas pré-gravadas. O

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resultado será uma “conversação” interativa sem emendas com pessoas que já não vivem

mais.

“Muitos testemunhos de sobreviventes foram filmados, mas as respostas às perguntas

das crianças ainda não tinham sido gravadas. As crianças fazem perguntas difíceis, que os

adultos geralmente evitam. Por exemplo: você já desejou não ter nascido judeu? Essa interação importante corre o risco de ser perdida, como diz Sarah Coward, membro do Centro

e Museu Nacional do Holocausto em Laxton, Nottinghamshire.

Todos os anos cerca de vinte mil escolares passam pelo Centro e a maioria delas participa de uma sessão de perguntas e respostas com um grupo de quarenta sobreviventes

voluntários.

“Para as crianças é difícil conectar-se com um número tão grande como seis milhões,

mas eles se conectam com histórias individuais. Os sobreviventes exercem um impacto

profundo nas mentes jovens – o que elas pensam dos outros, como as comunidades tratam as pessoas, como elas entendem a história”, diz Coward.

Baseando-se em respostas dadas às crianças durante 20 anos, o Centro compilou mil e

quinhentas perguntas. Elas foram feitas a dez sobreviventes, entre 80 e 90 anos de idade, voluntários do Centro, que foram filmados respondendo. O processo levou cinco dias para

cada pessoa, filmando em sessões de quarenta minutos.

“Emocionalmente foi um pouco cansativo, mas é maravilhoso, incrível, já que posso

continuar contando a minha história mesmo além do túmulo. Eu quero que as pessoas saibam

o que aconteceu comigo e com minha família. Todos os sobreviventes querem manter viva sua memória”, diz Janine.

Por mais de 50 anos ela não falou sobre suas experiências durante o Holocausto até que um dos seus filhos a convenceu a dar um depoimento à Fundação Shoah de Steven

Spielberg e, desde então, ela se dedicou a falar para grupos de escolares.

Algumas das perguntas que já lhe fizeram: Você já os perdoou? Você ainda tem fé? Como foi viver num buraco? Você é judia? Ocasionalmente alguém lhe pergunta alguma

coisa nova, mas a maioria das perguntas ela já respondeu muitas vezes.

A pergunta sobre o perdão não tem uma resposta simples. Ela suscita mais perguntas. “É muito difícil. Durante muitos anos eu não tive certeza, mas agora eu sei que não perdoei.

Quem o faria? Em nome de quem eu perdoaria? O que é perdoar? E perdoar, será que significa esquecer?

Janine Webber nasceu em Lwow, leste da Polônia (atualmente a cidade chama-se Lviv

e faz parte da Ucrânia), uma cidade que tinha uma grande e vibrante população judaica. Em 1941 tropas nazistas ocuparam a cidade e começaram a caçada aos judeus. A família dela

mudou-se várias vezes. Durante um raid o pai e a avó dela foram descobertos. O pai foi

abatido na hora e a avó foi levada embora aos prantos.

Eventualmente, Janine, a mãe e o irmão foram levados para o gueto onde a mãe

morreu de tifo. Um tio pagou a uma família católica para acolher as crianças, mas eles foram traídos pelos nazistas. O irmão foi morto e ela foi mandada embora, caminhando sem olhar

para trás. “Eu caminhei durante muitas horas. Encontrei uma mulher e pedi um pedaço de

pão”, lembra ela.

A mulher a recolheu, mas quando soube que ela era judia a mandou embora. Janine

saiu à procura de um jovem cujo nome já lhe fora indicado alguns meses antes. Ele a

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conduziu até um prédio e mandou que ela subisse as escadas até o sótão. Lá, ela encontrou

treze judeus escondidos, inclusive uma tia sua.

De lá, o grupo foi levado para o campo, colocado em um buraco cavado no chão de

um estábulo. “Havia uma lâmpada e um balde. Estava muito quente, havia pouca comida,

apenas pão e cebolas. Eu fiquei no buraco por quase um ano.”

Depois que escapou do buraco, o grupo se dispersou, e Janine, que mal conseguia

caminhar depois de tanto tempo num espaço confinado, foi para um convento católico. Lá,

para não revelar que era judia, ela procurou aprender as orações e imitar as outras pessoas enquanto rezavam. “Um dia apareceu um casal idoso procurando uma jovem para ajudá-los.

“Assim, aos 11 anos, eu me tornei uma empregada doméstica, sem que eles soubessem que eu era judia.”

Seis meses após o fim da guerra, a tia de Janine a encontrou e a levou para Paris.

Quando tinha 24 anos Janine foi para a Inglaterra, onde casou e teve filhos.

Embora não tenha os papéis de identidade originais, milagrosamente, ela ainda tem

algumas fotos da família, que ela mostra para as crianças enquanto conta a sua história.

“Ontem uma criança me perguntou se eu ainda tenho “flashbacks”. Às vezes sim, mas os pesadelos não são tão ruins. Acho que falar sobre o assunto ajudou. Agora eu posso falar sem

chorar.

Às vezes, as crianças também choram. A resposta delas é incrível. Muitas vezes elas

querem me abraçar. Numa das escolas, cerca de 70 ou 80 crianças formaram uma fila para me

abraçar”, conta Janine.

A gravação com dez sobreviventes foi completada a um custo de um milhão de libras,

mas o Centro ainda precisa arrecadar mais 800 mil libras para filmar mais dez pessoas. O filme foi escolhido para participar de um concurso para escolher o melhor projeto de memória

de 2016. O vencedor será escolhido por votação do público.

Tradução: Adelina Naiditch