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BOLETIM SEMANAL RESERVADO 1 BS N° 04/17 SEMANA: 13/02/17 a 17/02/17 ASSUNTOS: O CANUDINHO DO McDONALDS CAMINHOS PARA A POSSÍVEL REAÇÃO DAS OPERADORAS DE TELECOM OS DEZ APLICATIVOS QUE DEVORAM RECURSOS DO MÓVEL SEM UTILIZÁ-LO CISCO PREVÊ QUE O TRÁFEGO MÓVEL CRESCERÁ 900% ATÉ 2021 NOTA: OS TENS EM VERMELHO INDICAM TEMA NOVO OU ALTERAÇÃO EM ITEM DE EDIÇÕES ANTERIORES. 01.COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA Índice Medida polêmica de Trump afeta as Agências Reguladoras nos USA – o caso dos Drones (Des)Regulamentar é preciso... Artigo do Presidente da Anatel Uma reportagem complicada da Veja online Sequência da Tramitação do PLC 79/2016 Reportagens da Agência Senado sobre a tramitação do PLC 79/2016 Safra comunica participação acionária relevante na Oi Rede telefonia BB – Lotes 1 e 2 Nesta semana o BS selecionou para registro e comentários os tópicos que seguem abaixo:

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BS N° 04/17

SEMANA: 13/02/17 a 17/02/17

ASSUNTOS:

O CANUDINHO DO McDONALDS CAMINHOS PARA A POSSÍVEL REAÇÃO DAS OPERADORAS DE TELECOM OS DEZ APLICATIVOS QUE DEVORAM RECURSOS DO MÓVEL SEM UTILIZÁ-LO CISCO PREVÊ QUE O TRÁFEGO MÓVEL CRESCERÁ 900% ATÉ 2021

NOTA: OS TENS EM VERMELHO INDICAM TEMA NOVO OU ALTERAÇÃO EM ITEM DE EDIÇÕES ANTERIORES.

01.COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA

Índice

Medida polêmica de Trump afeta as Agências Reguladoras nos USA – o caso dos Drones (Des)Regulamentar é preciso... Artigo do Presidente da Anatel Uma reportagem complicada da Veja online Sequência da Tramitação do PLC 79/2016 Reportagens da Agência Senado sobre a tramitação do PLC 79/2016 Safra comunica participação acionária relevante na Oi Rede telefonia BB – Lotes 1 e 2

Nesta semana o BS selecionou para registro e comentários os tópicos que seguem abaixo:

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Medida polêmica de Trump afeta as Agências Reguladoras nos USA – o caso dos Drones

A intervenção de Trump

Na semana passada, o Presidente Trump assinou um Decreto estabelecendo que para cada novo regulamento que for aprovado na administração federal Americana, dois regulamentos antigos devem ser revogados. Ao decidir desta forma ele colocou um entrave em algumas áreas que estão em processo inicial de sua evolução e necessitam de alguma regulação para iniciar ou incrementar suas atividades nos Estados Unidos. Elaborar novos regulamentos é prática usual dos Reguladores e, normalmente, não se constitui em um grande problema. Mas, revogar os existentes, ainda mais em grande quantidade, pode-se tornar um desafio gigantesco e preocupante para a Administração.

Vale comentar que, de modo geral, a indústria reagiu positivamente a esta iniciativa de Trump. Reduzir a regulamentação é uma das reivindicações permanentes dos setores produtivos de bens e serviços para que possam atuar nas suas atividades com menos intervenção do Regulador. Não somente nos Estados Unidos, mas em qualquer parte do mundo, inclusive, o Brasil, onde, particularmente, é reconhecida a intervenção do Estado, talvez além do que é necessário e recomendável. E, quando tal intervenção ocorrer que seja para corrigir eventuais imperfeições do Modelo ou para cuidar de assimetrias regulatórias, normalmente necessárias para que as menores empresas tenham condições de disputar o mercado com chances de enfrentar as de maior poder técnico e econômico que, certamente, também dispõem de uma melhor estrutura corporativa.

A intenção básica pode ser sintetizada em alguns pontos: (a) reduzir as influências da tradicional burocracia do Estado; (b) permitir que o mercado adote, preferencialmente, práticas para as partes resolverem seus eventuais conflitos entre si; (c) procurar diminuir os eventos que envolvam a possível intervenção do regulador no processo; (d) criar um ambiente favorável que incentive os empreendedores a realizarem investimentos; (e) acreditar que as forças do mercado, atuando de forma competitiva, são garantia para que os usuários tenham bons serviços; (f) atuar para criar um ambiente em que haja livre, ampla e justa competição com a eventual correção dos efeitos da competição imperfeita e a repressão das, também eventuais, infrações da ordem econômica.

De modo geral, o BS tende a concordar com a iniciativa de Trump, ainda que faça algumas restrições quanto à forma como atua em circunstâncias como esta. A sensação é que não se trata de uma ação administrativa normal e desejável. Mas, de uma “cruzada” necessária para combater

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um mal que tem de ser vencido a qualquer custo, sob pena de colocar as instituições em risco, e, livrá-las de sucumbirem às forças do mal.

Mais regulação é desejável...o caso dos Drones

Mas, paradoxalmente, este posicionamento geral se depara com situações nas quais algumas indústrias apelam por mais regulação. Isto pode ocorrer quando se tem um segmento novo de mercado que, pelas suas características, depende da regulação para que possa operar dentro de padrões convencionais de segurança e risco, tanto para os usuários quanto para os próprios empreendedores. Este é o caso de atividades empresariais proporcionadas pelas novas tecnologias que, por natural, se encontram nos estágios iniciais de sua implementação.

Um exemplo típico é o da indústria de Drones e dos serviços e aplicações por eles proporcionados. Ele será abordado de forma específica pelo BS – até para justificar sua tradicional “fixação” pelos Drones em diversas de suas edições - mas com a consideração de que os conceitos gerais se aplicam a outras situações tecnologicamente análogas!

Drones são aeronaves...

Deve-se registrar inicialmente que a National Transportation Safety Board decidiu classificar os Drones como aeronaves; no caso, aeronaves não tripuladas (unmanned aircraft). Isto significa que elas devem se submeter aos regulamentos da FAA – Federal Aviation Administration - para que possam ser operadas. O processo de regulamentação do uso destes dispositivos na Agência de Aviação Americana foi iniciado há uns poucos anos e, como seria de se esperar, os regulamentos são bastante rígidos. É natural que medidas de segurança máxima tenham sido adotadas diante da novidade e das características especiais dos aparelhos que serão utilizados. A aviação se destaca como um dos setores onde os aspectos de segurança operacional são levados aos níveis mais extremos.

Drones são suportes para novos mercados

Ocorre que a adoção progressivamente massiva de tais dispositivos trouxe rápidas perspectivas de crescimento de um novo mercado, que está ganhando vulto tanto sob o enfoque industrial como o dos serviços por ele proporcionados. E, a abrangência das operações extrapola as possibilidades atualmente permitidas, estabelecidas sobre os critérios de segurança máxima. Assim, o mercado se movimenta para que tal regulamentação seja atualizada – apesar do curto espaço de tempo decorrido desde a aprovação inicial – de modo a abarcar situações não contempladas que, via de regra, envolvem maiores riscos operacionais e necessitam de alguma flexibilização, em relação às práticas vigentes.

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Nestas circunstâncias, a decisão de Trump, de certa forma criou um impasse para a FAA, que terá uma árdua tarefa pela frente para revogar ou revisar os regulamentos existentes de modo a possibilitar o uso dos Drones em situações hoje proibidas; ou, permitidas somente com restrições severas ou, com autorizações especiais. Para aprovar os novos regulamentos a Agência deve revogar os existentes na proporção antes indicada: 2 regulamentes antigos devem ser eliminados para cada novo que for editado! É possível que haja também envolvimentos com a FCC, com idênticos efeitos e consequências.

A regulação da FAA

Entrando superficialmente no mérito do assunto, vale mencionar que em agosto de 2016 a FAA aprovou as normas para Drones comerciais, conhecidas como “Part 107 rules”. Nelas se estabeleceu um padrão para voos com condicionamentos do seguinte tipo: (i) o voo deve ser em linha de visada; (ii) a operação tem de ocorrer à luz do sol; (iii) o piloto da operação tem de ser formalmente credenciado; (iv) os Drones não podem trafegar sobre pessoas, o que impõe a criação de “vias aéreas” específicas, como na aviação comercial; (v) os Drones não podem sobrevoar determinados locais e propriedades, como é o caso de instalações de segurança e outros protegidos por direitos específicos, a não ser mediante autorizações próprias.

As preocupações da indústria

Apesar destas condições restritas a indústria cresceu de forma dramática nos Estados Unidos. Agora, a medida de Trump provoca incertezas com potencial de preocupar o mercado, e afetar as decisões dos empreendedores de continuarem a investir em determinadas linhas de negócio e em novas aplicações. Principalmente, os de menor porte que não dispõem de poder para influenciar nas decisões e tentar colocar suas posições e condições.

Assim, a indústria considera que se não forem rapidamente aprovados os novos regulamentos e definidos os existentes a serem revogados estará estabelecido um impasse cujos reflexos se farão sentir na velocidade com que as iniciativas estavam se desenvolvendo. Isto poderá paralisar parcialmente as ações que vinham sendo adotadas para que através destes dispositivos tecnologicamente avançados se alcancem avanços incríveis no modo de viver da sociedade e se criem novas oportunidades de negócios para os empreendedores.

É fato que a FAA não está parada. Ela já vinha trabalhando nas Normas antes da posse de Trump. Um dos princípios que vinha sendo utilizado é o de que quanto mais possibilidades (devidamente reguladas) existirem para os Drones voarem com níveis de segurança adequados, mais oportunidades existirão para a expansão da indústria e dos negócios.

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Um exemplo desta situação é que atualmente ainda não está legalizado o voo de Drones além da linha de visada. Esta é uma condição essencial para a sua utilização em operações de entrega de encomendas, em larga escala. Algumas autorizações para voos fora da linha de visada estão sendo dadas excepcionalmente pela FAA. Na verdade, isto acontece porque não há regulamento aprovado para este tipo de operação e este seria um dos que necessitam ser emitidos. Expectativas frustradas... As expectativas abertas pela nova tecnologia também geraram iniciativas por parte dos indivíduos. Somente nos Estados Unidos, os últimos dados indicam que há aproximadamente 23.000 pilotos habilitados e licenciados a operarem Drones comercialmente. No entanto, até o momento a FAA somente concedeu 322 autorizações para voos comerciais. Esta situação está ficando insustentável pois não ficam claros os critérios que a Agência está empregando para conceder estas autorizações em caráter excepcional. Por outro lado, as pessoas que se habilitaram para trabalhar no novo mercado ficam sem condições de definir o seu futuro neste segmento.

Então, é de se esperar que a FAA venha sofrendo pressões para mudar ou adaptar conceitos do passado e acelerar a regulamentação, adotando procedimentos mais flexíveis na elaboração da regulamentação que levem em conta níveis de riscos maiores do que tem sido considerados. Uma das situações é a do voo sobre pessoas. Até hoje, uma única autorização foi concedida nos Estados Unidos permitindo esta possibilidade. No caso, a autorizada foi a Rede CNN e a permissão é para a tomada de imagens aéreas a serem utilizadas nos seus noticiários.

Maior flexibilidade...

O que a indústria está pretendendo é que se admita alguma flexibilidade – esta é uma forma de aceitar tais riscos - quando, por exemplo, houver condições ideais de voo. Isto ocorreria durante as horas do dia, em condições visuais de voo, mesmo fora da linha de visada, e em baixa altitude. Para outras situações, então a FAA emitiria regulamentação mais rígida para manter os mesmos níveis de segurança obtidos nas condições consideradas ideais.

De certa forma, o procedimento é similar ao atual sistema de autorização no qual o piloto deve mostrar que a operação pode ser conduzida com segurança nas condições propostas. O que a indústria pretende é que a FAA generalize este tipo de autorizações para pilotos individuais ou para grupos de modo que operações inovadoras – como é o caso da entrega de encomendas – possa se desenvolver mais rápido, desde que eles comprovem que as operações são seguras e, naturalmente, assumam as responsabilidades devidas. Neste caso, não seria necessário esperar pelos novos regulamentos, agora um pouco mais difíceis de aprovar diante da decisão do Presidente.

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Deve-se reconhecer, no entanto, que a questão é sensível pela variada gama de aspectos envolvidos que vão desde a segurança física das operações e dos riscos que podem ter para as pessoas e para outras atividades do dia a dia, até a questões de invasão da privacidade dos indivíduos e dos negócios, passando pelo mais amplo problema da segurança pública, de modo geral.

A realidade é que as perspectivas de utilização dos Drones se multiplicam a cada dia. São típicos os casos de utilização na inspeção e reparo de torres celulares; na inspeção de linhas elétricas de alta tensão; em mineração; na construção de grandes obras; em trabalhos isolados de regiões remotas ou em alturas elevadas; nas entregas de encomendas, como é o caso de remédios e vacinas, em lugares remotos; etc.

Internet das Coisas

Ademais, a Internet das Coisas é uma realidade e está chegando com toda a força no mundo das telecomunicações. Então, quando se fala em regulamentação, não se deve restringir os comentários ao segmento da aviação. A operação dos dispositivos dependerá da disponibilidade de espectro de radiofrequências que, muito provavelmente, exigirá um segmento regulado. Também se exigirá a certificação desses equipamentos quanto aos aspectos dos sistemas de transmissão que neles estarão incluídos. Assim, não há como a Anatel deixar de se envolver no processo de regulamentação em conjunto com outras Agências, entre as quais desponta a Anac.

Encerrando...

Como de costume, o sucesso é forte alavancador de novas iniciativas para as quais a regulamentação vigente não pode se constituir num fator de impedimentos. O exemplo dos Drones é típico.

O BS aproveitou o caso destes dispositivos para tecer algumas considerações sobre a questão da regulamentação, na esteira da polêmica medida adotada pelo Presidente Donald Trump, nos Estados Unidos. Na sequência serão feitos alguns comentários adicionais tentando uma correlação com a situação brasileira, em especial, a da Anatel.

(Des)Regulamentar é preciso...

No COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA do BS Nº 01/17 foi inserido o ítem “Agenda Regulatória da Anatel”, para o biênio 2017-2018.

A relação completa dos itens, que é bem extensa, ; pode ser obtida clicando Aqui.

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O item anterior fala da medida polêmica de Trump estabelecendo que na administração federal Americana para cada novo regulamento emitido dois regulamentos antigos devem ser cancelados. Tirando o eventual lado pitoresco que começa a caracterizar determinadas decisões de Trump, a ideia que permeia sua decisão é a de reduzir a intervenção do Estado na atividade econômica do País e na vida dos cidadãos. Menos regulamentação e mais liberdade empresarial, parece ser a posição estratégica assumida pelo Presidente dos Estados Unidos.

Sem desejar fazer qualquer paralelo da situação americana com a do Brasil, parece importante mencionar o fato para também manter viva a chama de que é necessário diminuir o ímpeto regulatório que ainda domina muitos segmentos da Administração Pública brasileira.

A Anatel, no momento, está com uma Agenda Regulatória da qual constam 56 itens. O BS não tem a pretensão de dizer se é muito ou pouco. Mas, tem plena segurança que diversos dos Regulamentos que fazem parte da lista, merecem uma avaliação à luz das transformações tecnológicas pelas quais tem passado o Setor nos últimos anos. Portanto, é grande a probabilidade de estarem desajustados ao novo cenário em que se desenvolve a prestação dos Serviços. E, mais do que isto, e o que seria pior: podem estar se constituindo em obstáculos para maiores avanços na prestação desses Serviços.

Desta forma, a lembrança do BS é no sentido de que a Agência não seja “nostálgica”: se o Regulamento estiver desatualizado, melhor será fazer o seu cancelamento do que mantê-lo vivo sendo um obstáculo para as Prestadoras, para os usuários, e, para a própria Agência.

Artigo do Presidente da Anatel

O BS não poderia deixar de registrar o Artigo do Presidente da Anatel, Juarez Quadros, publicado no jornal O GLOBO. Muito oportuno diante do momento particular que vivem as telecomunicações brasileiras e onde se faz ouvir uma voz que coloca suas posições de modo firme e impessoal.

Ainda que possa estar incorrendo em indesejável situação de repetitividade o BS reproduz o Artigo para aqueles leitores que não tiveram oportunidade de a ele ter acesso.

A lei brasileira de telecomunicações

Juarez Quadros do Nascimento

14/02/2017

Sede da Anatel - Agência O Globo

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BRASÍLIA - A proposição de alteração da Lei Geral de Telecomunicações que consta no projeto de lei da Câmara PLC 79/2016 (PL 3.453/2015, na origem), apresentado em outubro de 2015, foi inicialmente recepcionada pelo governo da então presidente Dilma Rousseff. Para tanto, destaco a mensagem presidencial ao Congresso Nacional (2016); a portaria 1.455, do Ministério das Comunicações (08/04/2015); e o decreto 8.766 (11/05/2016), todos celebrados no governo Dilma e, em minha opinião, merecedores de aplausos.

Na sequência, o projeto passou por três comissões específicas na Câmara dos Deputados e uma comissão do Senado, incluindo audiências públicas, com discussão além do âmbito do Congresso Nacional, a partir da interação de grupo de trabalho em pleno governo Dilma, conforme portaria 4.420 do Ministério das Comunicações (22/09/2015), com vários stakeholders, inclusos representantes da sociedade civil organizada.

Assim, vale dizer, o projeto teve sequência no governo Temer. Portanto, não se trata de projeto de um governo específico, mas a continuidade de uma construção que ocorreu e amadureceu, desde a proposição do projeto de lei, ainda que atrasada, em outubro de 2015. Entendo que deveria ter ocorrido em 2010, quando os ativos valiam mais.

Destaco o papel do Poder Legislativo no processo, seja na discussão do projeto, seja na supervisão de sua execução. Assim sendo, repito, o projeto vem sendo discutido desde 2015 no Congresso Nacional. As discussões efetuadas na Câmara dos Deputados foram um desdobramento da consulta pública conduzida pelo Ministério das Comunicações, com a participação de mais de 56 entidades da sociedade civil e recebeu mais de 900 contribuições.

Além do papel do Congresso Nacional na elaboração e amadurecimento da proposta, toda a sua execução, uma vez sancionada em lei, será supervisionada pelo Tribunal de Contas da União (TCU), órgão de assessoramento do Poder Legislativo. Assim, consta no projeto que a definição dos investimentos, os termos da adaptação, e todos os demais procedimentos envolvidos nessas medidas, mediante políticas públicas, serão supervisionados pelo Poder Legislativo por meio do TCU e, pelo Poder Executivo, via Advocacia-Geral da União (AGU).

O PLC 79/2016, no momento em tramitação no Senado, já aprovado na Câmara dos Deputados, determina que todo o ganho econômico decorrente da adaptação da outorga de concessão em autorização seja convertido em investimentos em infraestrutura de banda larga nas regiões em que há deficiência na oferta do serviço.

No referido projeto de lei, não há qualquer disposição que permita doar algum bem reversível às atuais concessionárias do serviço de telefonia fixa. Qualquer alegação nesse sentido não é aderente à realidade.

Concomitantemente à tramitação do projeto, mas desvinculado dele, a Anatel, seguindo regulação em vigor, conduz Termos de Ajuste de Conduta (TACs), dois já encaminhados ao TCU para análise, penalizando operadoras por descumprimento de obrigações, trocando investimentos em banda larga e antecipando metas contratuais, porém acrescidos de valor superior ao das multas, em benefício dos consumidores.

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No contexto do PLC, o valor de R$ 100 bilhões que tem sido mencionado, de modo desvirtuado, consta do acompanhamento que a Anatel faz dos bens reversíveis e se refere ao valor de aquisição desses ativos. Tal montante foi o valor despendido pelas concessionárias na aquisição desses bens. Claro que tais bens não têm mais esse valor, seja pela depreciação, seja pela inovação tecnológica. Pelo mesmo acompanhamento, o valor residual desses ativos é em torno de R$ 18 bilhões. Porém, as avaliações do ganho econômico da adaptação das outorgas serão feitas por consultorias contratadas pela Anatel e aprovadas pelo TCU, calculando o fluxo de caixa descontado até o ano de 2025, quando se encerram os contratos de concessão.

Os usuários de telefonia fixa em áreas deficitárias serão os beneficiados, uma vez que o PLC 79/2016 traz condicionamentos a serem observados na adaptação da concessão, dentre os quais a manutenção das condições da prestação do serviço, nas mesmas condições hoje existentes. Assim, não haverá qualquer retrocesso em termos de direitos dos consumidores.

O objetivo do projeto é justamente avançar nos direitos do cidadão que vive nas regiões mais afastadas do Brasil. Por meio desse projeto de lei, será possível levar cobertura celular e banda larga para os distritos ainda não atendidos. Hoje o que predomina em grande parte do território nacional não é mais o telefone fixo, e sim o celular.

Para garantir que esses compromissos sejam honrados, o PLC 79/2016 dispõe como condição para adaptação do contrato a apresentação de garantias financeiras firmes. Caso tais compromissos não sejam cumpridos, as garantias serão executadas.

As concessionárias já não têm o que oferecer para agregar valor ao telefone fixo. Se o usuário está até um quilômetro da central telefônica, é possível banda larga com até 10 Mbps. Mas, à medida que aumenta a distância, diminui a velocidade, que abaixo de 1Mbps já não satisfaz o interessado. Assim, é difícil oferecer banda larga e outros serviços que não o de voz. Então, não há como segurar o cliente como usuário do telefone fixo, que prefere o celular.

No Brasil, a telefonia fixa cresceu até o ano de 2014, quando alcançou 45 milhões de telefones fixos, e cresceu 0,7% no ano. Encolheu 3% em 2015, e 4% em 2016, quando reduziu para 41,8 milhões de telefone fixos. Tal redução vem acontecendo seguindo a tendência mundial de a telefonia fixa se tornar um serviço fadado à irrelevância. Mundialmente, a redução começou a ocorrer a partir de 2009, segundo a União Internacional de Telecomunicações.

Apenas a banda larga apresenta resultado positivo ano a ano. Foram 223 milhões de acessos em 2016, sendo 196,4 milhões móveis e 26,6 milhões fixos. Mas ainda falta banda larga fixa em 50% dos domicílios brasileiros. A telefonia fixa não representa mais que um aplicativo adicional às opções do usuário. Hoje, a banda larga é mais acessível às classes mais ricas do país, enquanto uma elevada parcela das classes C, D e E permanece sem acesso à internet.

O PLC 79/2016 inova a legislação brasileira de telecomunicações ao permitir relevância, abrangência e antecipação dos serviços digitais, visando à necessária aceleração do processo de massificação da banda

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larga, principalmente em áreas não atraentes economicamente, assim como em zonas periféricas de centros urbanos e no interior do país. Não dá para deixar o tempo fazer a sua parte. A sociedade brasileira tem pressa. Fazer agora será melhor para o Brasil, do que esperar por 2025.

(Juarez Quadros do Nascimento é presidente da Anatel, engenheiro eletricista e ex-ministro das Comunicações)

Uma reportagem complicada da Veja online

O Site da Veja fez uma matéria baseada em entrevista com o Professor Marcos Dantas, Titular da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ. O título da matéria: ”Nova lei das teles pode parar na Justiça, adverte especialista”.

A reportagem contém alguns “senões”, possivelmente, equívocos que o BS não tem intenção de contestar, pois esta não é sua linha de atuação. Mas, não gostaria de se omitir junto aos seus leitores e chamar a atenção para alguns aspectos do texto, deixando à consideração de cada um as suas próprias ponderações. Alguns destes aspectos dizem respeito à redação; à forma como são apresentados e cuja leitura por parte dos leitores menos afeitos ao assunto tendem a desinformar em lugar de informar, que deve ser o objetivo maior de qualquer veículo de comunicação social.

Pontualmente, podem ser citados, sem desejar ser exaustivo:

a) Nova lei das teles

A ideia que se pode tirar desta expressão é que o Congresso Nacional está preparando uma nova Lei para as teles. Um dos significados possíveis é que se trata de uma Lei para favorecer as “Teles”, no caso, as grandes Operadoras dos Serviços de Telecomunicações do País. Como correlação imediata é simples deduzir que ao favorecer as Teles isto poderá redundar em prejuízo para os usuários e os consumidores de modo geral.

b) Transferência para as companhias de bens e equipamentos que deveriam voltar para a União

Os chamados “bens reversíveis” fazem parte do conjunto patrimonial das Operadoras de Serviços de Telecomunicações, naquilo que se refere ao único Serviço prestado no Regime Público (Concessão), que, pela legislação atual (LGT) é o STFC – Serviço Telefônico Fixo Comutado – nas Modalidades: Local, Nacional e Internacional. Fazem parte do registro contábil das Empresas para todos os efeitos legais, patrimoniais, e, acionários.

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Do ponto de vista formal as Empresas são controladas e administradas por pessoas indicadas pelo conjunto de acionistas representativos das Companhias, entre os quais não está incluída a União. Portanto, são empresas completamente privadas que atuam no mercado segundo a legislação e regulamentação vigentes, quanto à competição, e à regulamentação dos serviços de telecomunicações por elas prestados.

Pelo fato de operarem o STFC com base em uma Concessão outorgada pelo Poder Público, do que se geram algumas obrigações, estas Operadoras têm algumas características que as diferenciam de outras que operam no chamado Regime Privado, às quais as Outorgas são feitas através do instrumento da Autorização.

Uma das diferenças é que os bens efetivamente vinculados à Concessão, indispensáveis à operação do Serviço vinculado pela legislação vigente, devem ser transferidos para a União ao término do período da Concessão. No caso real, isto deve ocorrer em 2025 quando se encerra o atual Contrato, que não pode ser prorrogado, pois a legislação somente permite uma prorrogação, já ocorrida em 2005.

O racional básico desta questão está associado à chamada “continuidade” da prestação do Serviço. É óbvio imaginar que ao final da Concessão, partindo do princípio que se trata de um Serviço essencial para a sociedade, não pode haver solução de continuidade, e a União deve receber os bens essenciais à prestação para, de alguma forma, não ocorrer a interrupção da prestação do Serviço.

É óbvio, mas merece registro, o fato de que a Outorga é dada à Empresa Concessionária. Com a expiração de seu período de validade, esta Empresa não poderá continuar a prestar o Serviço. A União, por força legal, é obrigada a colocar publicamente esta Licença a eventuais interessados, além do próprio Concessionário anterior, se este se interessar pela continuidade do negócio. Então, existe a possibilidade real de uma outra Empresa receber a Outorga. Como ela não teria condições em tempo hábil de construir uma Rede que atendesse a todos os usuários (além disto ser praticamente impossível em termos técnicos e completamente inviável em termos econômicos), o princípio adotado na legislação foi o de fazer retornar à União os bens essências à prestação do Serviço que, de alguma forma, seriam repassados ao novo Concessionário.

Então, é evidente que não há que se falar em “transferência para as companhias de bens e equipamentos”. Eles já estão de posse das Companhias Concessionárias. O que pode ocorrer, ao inverso, é elas transferirem para a União tais bens ao final da Concessão ao se potencializar a hipótese de elas não continuarem sendo as Concessionárias depois do término da vigência do Contrato. Nesta hipótese, estes bens essenciais à prestação do STFC, salvo o valor patrimonial, incluindo sucata, não serviriam para nada a elas sem a Outorga e, por outro lado, seriam

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essenciais para a União, ou para a Empresa à qual ela delegar a prestação do Serviço, continuarem a sua prestação, sem nenhuma paralisação temporal. Mas, efetivamente, a Empresa poderá continuar “viva”, sem a outorga e com outros bens patrimoniais que não os reversíveis, transferidos para a União.

O que se trata no momento, é a possibilidade desses bens, devidamente valorados, serem “desqualificados” como bens reversíveis e, formalmente, fazerem parte do patrimônio imobilizado das Companhias e, não alocados como bens que um dia poderão ser “desmobilizados” para serem entregues ao Estado. Sem dúvida, isto traria algumas vantagens para as Companhias que o BS não saberia mensurar, e, talvez não se consiga fazer isto sem levantamentos e estudos acurados. Tais vantagens, que também devem ser avaliadas pelas próprias Empresas, seriam a base para o seu comprometimento com projetos de caráter social, aos quais não estão obrigadas em termos contratuais.

Portanto, aqui também estão embutidas decisões da Administração das Companhias, pois elas assumirão responsabilidades junto aos seus Acionistas, já que todas elas são Empresas listadas em Bolsas de Valores, no Brasil ou no Exterior, e devem satisfações ao mercado.

Pelo menos quatro elementos relevantes devem ser considerados:

a) a viabilidade econômica dos projetos, do ponto de vista operacional, pode se transformar em um crônico problema ou seja, mesmo as Companhias recebendo aquilo que segmentos da imprensa consideram como um “presente”, pode gerar situações de prejuízos operacionais por se tratarem de atendimentos a localidades com rentabilidade negativa perene;

b) é necessário fornecer garantias seguras dos valores acordados na operação de “desvinculação” dos bens reversíveis, para investir em projetos de Banda Larga de interesse social; estas garantias, costumam ter um custo razoável para as Companhias e nem sempre se tornam viáveis;

c) as Concessionárias que optarem por passar do regime de Concessão para o regime de Autorização não se desobrigam de continuar prestando o Serviço até o final da vigência da Concessão, nas mesmas condições, desde que os usuários assim o desejem;

d) as prováveis penalizações que poderão ser imputadas às Empresas caso, no juízo da fiscalização da Agência Reguladora, não tenham atendido ao disposto nos instrumentos que legitimarão as eventuais operações.

Sempre cabe lembrar que em relação ao aspecto levantado no item d) esta é uma das principais causas que resultou na enorme dívida que as Concessionárias atuais têm com a União – principalmente a Oi – em razão do alegado não cumprimento de obrigações a elas atribuídas como Concessionárias, no passado.

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e) As Concessionárias herdaram patrimônio

As Concessionárias de hoje são as mesmas Empresas que foram adquiridas no Leilão de Privatização do Sistema Telebrás, há pouco menos de 20 anos atrás. Sempre cabe lembrar que as Empresas não foram compradas. O que ocorreu, na realidade, foi a transferência do controle societário que estava sob comando da União, para a iniciativa privada. O patrimônio das Empresas, salvo o que foi acrescido ou diminuído ao longo do tempo, continua sendo da Pessoa Jurídica e não das Pessoas Físicas que administram as Companhias, ou outras Empresas para as quais os bens possam ter sido transferidos. Se um tal fato eventualmente ocorresse teria que ser objeto de investigação, pois estaria se caracterizando uma infração à regulamentação.

Então, não se tratam de Empresas novas que “herdaram” patrimônio de Empresas antigas às quais poderiam ter “sucedido”. As Concessionárias de hoje são as mesmas do antigo Sistema Telebras, ressalvadas as fusões e cisões que foram feitas, de acordo com o estabelecido na LGT e na regulamentação subsequente, e eventuais fusões e incorporações que possam ter ocorrido posteriormente, devidamente aprovadas pelo Regulador.

É um tanto quanto difícil para o BS entender que as Empresas herdarão bens que são delas próprias nos dias atuais. Quem poderá herdar os bens um dia será a União, dentro desta linha de raciocínio.

f) Garantia de Universalização dos Serviços

Não há dispositivo legal associando a universalização da prestação do Serviço à questão dos Bens Reversíveis. O que se está tentando com o PLC 79/2016 é, exatamente, estabelecer alguma forma de vinculação definindo que os eventuais ganhos das Concessionárias, se ocorrer efetivamente a transformação da Concessão em Autorização, sejam aplicados em projetos de Banda Larga de interesse social.

Os projetos de caráter social, podem ser considerados como universalização dos serviços, ainda que as necessidades do momento e do futuro apontem para a chamada Banda Larga. Cabe registrar, no entanto, que a Banda Larga não é um Serviço e, tão pouco, passível de ser outorgada como Concessão se Serviço fosse, pois, para tanto, não há previsão legal na legislação atual. E o PLC 79/2016 não aborda esta questão.

Por fim, é importante mencionar que a grande maioria dos bens reversíveis que estão sendo considerados, estão depreciados e a única alternativa que resta é sua substituição por outros bens de tecnologia mais moderna. Neste sentido, o BS relembra aos seus leitores as sucessivas fotografias de Redes Externas, mostrando o estado deplorável em que se encontram, em boa

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parte do País. São estas Redes que suportam os acessos dos telefones fixos aos domicílios e a outros locais onde ocorre seu funcionamento.

Há, efetivamente, casos pontuais de imóveis de grande valor que pouco ou nenhum significado têm para a prestação do STFC, mas que, por razões diversas, são considerados como bens reversíveis. Mas, neste caso, trata-se de um valor patrimonial que pouco ou nada tem a ver com a continuidade do Serviço. Portanto, a sua possível transferência para a União, ao final da Concessão, pode trazer mais problemas do que ser uma solução para a continuidade do Serviço. Afinal, qual seria o interesse da União – salvo o valor patrimonial – de receber um prédio de diversos andares, construído especificamente para comportar Centrais Telefônicas de tecnologia antiga que demandavam grandes espaços e foram construídos com “pé-direito” de 4,5 m de altura? E que, no momento, já não estariam mais sendo utilizados para a finalidade originalmente prevista há cerca de 30, 40, ou 50 anos atrás?

Na sequência, é reproduzida a mencionada matéria da Veja online cuja leitura poderá oferecer aos leitores outros elementos de juízo para eventuais reflexões sobre assunto tão sensível, polêmico e, de difícil entendimento.

Para não deixar passar em branco e fazendo uma associação com um ponto levantado no início deste comentário, é sintomático que a figura que ilustra a reportagem mostre o logotipo da Oi.

Nova lei das teles pode parar na Justiça, adverte especialista Transferência para as companhias de bens e equipamentos que deveriam voltar para a União infringe o que está previsto na lei, diz Marcos Dantas, da UFRJ

Por Marcelo Sakate

12 fev 2017, 14h34

A Oi será beneficiada com as novas regras das telecomunicações (Dado Galdieri/Bloomberg/Getty Images/Getty Images)

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O Senado deve voltar a discutir nesta semana o projeto de lei que estabelece as novas regras do setor de telefonia, depois que o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, determinou que o texto voltasse à casa. O governo, que apoia o texto atual, não acredita que haverá alterações significativas na proposta que será apreciada pelos senadores. Isso não significa que não haja críticas ao que foi apresentado. Para Marcos Dantas, professor titular da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, o projeto será contestado na Justiça caso se torne lei da forma como se encontra.

“É certa a judicialização do projeto de lei 79 caso se torne mesmo lei”, diz Dantas, que é também membro do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br). Ele faz referência a um dos pontos mais controversos do projeto: o que trata da posse de bens como equipamentos, centrais telefônicas, redes de cabos, torres, prédios e terrenos. As empresas de telefonia que ganharam os leilões de concessão na época da privatização do Sistema Telebrás, duas décadas atrás, herdaram muito desse patrimônio e, ao longo dos anos, investiram recursos em manutenção, expansão e modernização. São os chamados bens reversíveis, porque devem retornar à União ao fim dos contratos vigentes de concessão, em 2025. Não há uma avaliação confiável e atualizada sobre o patrimônio, que, em 2010, chegou a ser estimado em mais de 100 bilhões de reais pelo critério de valor da aquisição. O governo alega que o valor contábil, descontado o tempo de uso, seria bem menor, em torno de 20 bilhões de reais.

O projeto de lei determina que bens reversíveis são aqueles “ativos essenciais e efetivamente empregados na prestação do serviço concedido (telefonia fixa).” Todos os demais bens, como prédios, terrenos e redes de cabos utilizados no serviço de banda larga, por exemplo, ficarão em poder das teles. É um entendimento contestado por especialistas. “Os serviço públicos colocados à disposição da população, se concedidos à iniciativa privada, têm que prever obrigações de atualização e modernização dos ativos”, afirma Dantas. “A maior parte dos serviços prestados pelas concessionárias se apoia na infraestrutura que herdaram da Telebrás e não poderiam estar sendo prestados se essa mesma infraestrutura, ao longo do tempo, não tivesse sido ampliada e muito modernizada por elas. São, sim, bem reversíveis”, diz.

O projeto de lei prevê que as empresas herdarão esses bens e, em troca, assumirão compromissos de investimento na expansão da rede de internet em banda larga. Uma das principais beneficiadas será a Oi, que tem uma dívida de 65 bilhões de reais e se encontra em processo de recuperação judicial. Maior operadora de telefonia fixa do país, a Oi detém a maior quantidade de bens que seriam reversíveis – são mais de 6 000 itens listados sob a rubrica “terrenos”. No pedido de recuperação judicial apresentado em junho do ano passado, a própria empresa reconhece os benefícios que teria com as novas regras.

Dantas questiona ainda a decisão do governo de permitir que as empresas de telefonia fixa migrem do atual regime público em modelo de concessão para o regime privado, que funciona com autorização. São nomenclaturas técnicas que podem ser traduzida da seguinte forma: as companhias

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deixarão de ter metas e obrigações na expansão da telefonia fixa e terão que assumir compromissos na manutenção desse serviço. Em troca, vão se comprometer também a investir na expansão da internet em banda larga em áreas geográficas onde não haja competição adequada ou que sejam carentes do serviço.

“Sendo a banda larga um serviço essencial para a população, o Estado tem o dever de garantir sua universalização, ou seja, assegurar que qualquer cidadão, sem nenhum tipo de discriminação por renda ou lugar de moradia, possa ter acesso ao serviço”, diz o professor da UFRJ. Segundo ele, o objetivo de expansão da infraestrutura de banda larga fixa só é viável por meio de regimes públicos, que exigem metas contratuais de universalização (o direito de acesso) e contêm regras de continuidade (não pode ser arbitrariamente interrompido), de tarifas acessíveis (fixadas em contrato) e de devolução dos bens.

A Anatel, a agência federal que cuida das regras e da fiscalização do setor, diz que os compromissos de investimentos das empresas serão honrados e que elas terão que oferecer garantias financeiras que serão executadas em caso de descumprimento do que foi acordado. Afirma ainda que a população terá mais benefícios com a expansão da banda larga a cidades carentes desse serviço do que com a posse de equipamentos que ela avalia como obsoletos.

Sequência da Tramitação do PLC 79/2016 No BS 03/17 foram feitas algumas considerações a respeito da tramitação do PLC 79/2016 no Senado Federal. Um dos pontos levantados foi o de que as informações disponibilizadas pela Mesa Diretora da Casa eram escassas não se sabendo exatamente como estava ocorrendo a tramitação existindo, inclusive, a dúvida se o PLC havia ou não sido encaminhado à Casa Civil da Presidência da República. Foi observado, ainda, que no Site do SF as informações na página relativa ao PLC o último dado da tramitação era de 06/12/2016. A partir desta semana, o cenário alterou-se rapidamente e informações foram sendo agregadas até chegar à sequência abaixo descrita que termina com a situação do dia 09/02/2017, com acesso feito por volta das 22:00 horas. ESTA sequência é abaixo indicada para os leitores do BS que se fixam nos detalhes. Conforme pode ser verificado, o PLC tinha sido, realmente, enviado à Casa Civil da PR para sua promulgação. Por do Aviso nº 34/2017, os “autógrafos” do Projeto foram devolvidos ao Senado “em atendimento à decisão proferida nos autos do MS 34.562 (STF). Nestas circunstâncias, o Presidente Eunício Oliveira decidiu que irá ouvir a Mesa Diretora da Casa, antes de trazer qualquer questão para o Plenário e, antes, irá ouvir a Procuradoria da Casa para verificar qual o

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procedimento regimental diante da existência da liminar do Ministro Roberto Barroso a qual não foi ainda julgada. A imprensa – inclusive tendo como base informações da Agência Senado – tem divulgado matérias em que alguns Senadores se manifestam a favor e contra a forma como ocorreu a tramitação da matéria. Os da oposição fazem pressão para que o PLC retorne às Comissões para sua rediscussão. O BS acredita que esta possibilidade é remota, pois, já ocorreu formalmente sua aprovação na CEDN, em caráter terminativo. O BS introduz um outro no COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA desta edição, reproduzindo tais reportagens da Agência Senado, nas quais estão registradas as manifestações desses Senadores. A leitura é sugerida aos leitores que desejem ter mais detalhes sobre o tema. A discussão em Plenário é uma alternativa mais viável, mesmo que se configure – como alega a Secretaria Geral da Mesa Diretora – não terem atendido ao disposto no RISF. Talvez mediante um acordo entre os diversos Líderes e a Mesa Diretora, se encontre uma solução para “contornar” politicamente esta questão. A hipótese de o Plenário discutir a matéria “forçado” por uma Decisão Judicial parece estar fora de cogitação, no entendimento do BS. É uma ideia que parece absurda, pois, configuraria a intervenção de um Poder na forma de atuar de outro Poder. Tal possibilidade não tem suporte nas disposições constitucionais as quais, na verdade, indicam que cada um de tais Poderes deve exercer suas atividades segundo o disposto nos Regimentos Internos de cada Instituição. Segue, abaixo, a sequência antes mencionada da tramitação do PLC, reproduzida do Site do Senado Federal. 09/02/2017 PLEN - Plenário do Senado Federal Ação Juntado, às fls. 99 a 107, o Aviso nº 34, de 2017, do Ministro Chefe da Casa Civil, que

devolve os autógrafos do Projeto, em atendimento à decisão proferida nos autos do MS 34.562. Diante da devolução dos autógrafos, a Presidência proferiu a seguinte decisão na sessão extraordinária de 09.02.2017:

"A decisão da Presidência é de reunir a Mesa, discutir, antes de trazer qualquer questão para o Plenário, tendo em vista que há uma medida liminar do Ministro do Supremo Tribunal Federal, Ministro Roberto Barroso. Portanto, quero comunicar a Casa que foi devolvido o projeto, mas que não tomarei nenhuma providência hoje, antes de ver com a Procuradoria da Casa qual o procedimento regimental que esta Mesa tem de tomar. Há um procedimento, ainda, de pendência em relação à liminar que ainda não foi julgada pelo Supremo Tribunal Federal"

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À COAME 08/02/2017 SEADI - Secretaria de Atas e Diários Ação: A Presidência comunica que determinou a juntada à presente matéria, cópia de decisão liminar proferida pelo Ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, no Mandado de Segurança nº 34.562, que concluiu pelo seguinte:

“...defiro parcialmente a medida liminar requerida, para determinar que o Projeto de Lei da Câmara nº 79, de 2016, retorne ao Senado Federal para apreciação formal dos recursos interpostos pelos Senadores impetrantes e para que não seja novamente remetido à sanção presidencial até o julgamento final deste mandado de segurança ou ulterior decisão do Relator do feito após o recebimento da decisão impetrada sobre os recursos interpostos”. Nos termos dessa decisão, a Presidência aguardará a devolução dos autógrafos da matéria pela Presidência da República. Recebido em: SLSF - Secretaria Legislativa do Senado Federal em 09/02/2017 às 12h56

08/02/2017 PLEN - Plenário do Senado Federal Ação: Juntado, às fls. 89 a 97, sobre a decisão do Ministro Relator Luís Roberto Barroso, nos autos da Medida Cautelar em Mandado de Segurança nº 34.562, de 2016. Recebido em: em 08/02/2017 às 14h37

06/02/2017 SEADI - Secretaria de Atas e Diários Ação: Encerrou-se em 16 de dezembro passado o prazo para apresentação de recurso no sentido de que seja submetido ao Plenário o presente projeto. A Presidência comunica que foram encaminhados à Mesa recursos para apreciação da matéria pelo Plenário. Foram também recebidos expedientes por meio dos quais Senadores subscritores requereram que suas assinaturas apostas ao recurso fossem consideradas na forma do art. 243 do Regimento Interno. Em consequência, os mencionados recursos não satisfizeram o requisito constitucional de número mínimo de assinaturas, razão pela qual deixaram de ser lidos. Dessa forma, tendo sido aprovada terminativamente pela CEDN, a matéria foi enviada à sanção. A Presidência comunica ainda que, posteriormente ao envio à sanção, foi deferida pelo Supremo Tribunal Federal medida liminar requerida no âmbito do Mandado de Segurança nº 34.562, e portanto será solicitada a devolução dos autógrafos ao Presidente da República. Recebido em: SLSF - Secretaria Legislativa do Senado Federal em 06/02/2017 às 18h48 06/02/2017 SGM - Secretaria Geral da Mesa Ação: Encaminhada ao Plenário. Recebido em: SEADI - Secretaria de Atas e Diários em 06/02/2017 às 18h43

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06/02/2017 SEXPE - Secretaria de Expediente Ação: À SGM. Recebido em: SGM - Secretaria Geral da Mesa em 06/02/2017 às 18h37

06/02/2017 SEXPE - Secretaria de Expediente Situação: REMETIDA À SANÇÃO Ação: Remetido Ofício SF n.º 4, de 31/01/17, ao Senhor Ministro de Estado Chefe da Casa Civil, encaminhando a Mensagem SF n.º 1/17 ao Excelentíssimo Senhor Presidente da República, submetendo à sanção presidencial autógrafos do Projeto (fls. 81 a 87). 06/02/2017 SEXPE - Secretaria de Expediente Ação: Anexado o texto revisado (fls. 76 a 80). 06/02/2017 PLEN - Plenário do Senado Federal Ação: Encaminhado à Secretaria de Expediente. Recebido em: em 06/02/2017 às 17h50 16/12/2016 SGM - Secretaria Geral da Mesa Ação: Juntado texto final revisado (fls. 40 a 44).

Texto final revisado - rever categorização ( PDF ) Recebido em: SLSF - Secretaria Legislativa do Senado Federal em 06/02/2017 às 17h23 12/12/2016 PLEN - Plenário do Senado Federal Ação: À Corele. Recebido em: em 12/12/2016 às 13h45

09/12/2016 PLEN - Plenário do Senado Federal Situação: AGUARDANDO INTERPOSIÇÃO DE RECURSO Ação: Prazo: Interposição de recurso (Art. 91, §§ 3º ao 5º, do RISF) De 12/12/2016 a 16/12/2016 08/12/2016 PLEN - Plenário do Senado Federal Situação: AGUARDANDO INTERPOSIÇÃO DE RECURSO Ação: Encaminhado à publicação o Parecer nº 939, de 2016-CEDN, relator Senador Otto Alencar, favorável com a Emenda nº 01-CEDN, de redação. Anunciado o recebimento do Ofício nº 9, de 2016-CEDN, do Presidente da Comissão, comunicando a aprovação da matéria, em caráter terminativo, com a Emenda nº 01 CEDN. Abertura do prazo de cinco dias úteis para interposição de recurso, por um décimo da composição da Casa, para que a matéria seja apreciada pelo Plenário, nos termos do art. 91, §§ 3º a 5º, do RISF.

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Publicado no DSF Páginas 370-384 Avulso de parecer (Parecer nº 939, de 2016 - CEDN) ( PDF )

06/12/2016 CEDN - Comissão Especial do Desenvolvimento Nacional Ação: Nesta data, foi realizada a 10ª reunião da Comissão Especial do Desenvolvimento Nacional, oportunidade em que foi aprovado o Projeto, em caráter terminativo, com a Emenda nº 1 - CEDN, de redação. Juntados: 1. Lista de presença da 10ª reunião da CEDN (fl. 30); 2. Listas de votação nominal do Projeto e da Emenda nº 1 - CEDN, de redação (fls. 31 e 32); 3. Texto final (fls. 33 a 37); 4. Ofício nº 9/2016 - CEDN, que comunica a aprovação da matéria em caráter terminativo (fl. 38).

Anexo (Ofício nº 9/2016 - CEDN) ( PDF ) Emenda EMENDA 1/2016 ( PDF ) Anexo (Texto final) ( PDF ) Anexo (Listas de votação nominal) ( PDF ) Anexo (Lista de presença da 10ª reunião da CEDN) ( PDF ) Parecer ( PDF )

Reportagens da Agência Senado sobre a tramitação do PLC 79/2016

No item anterior foram dadas informações com respeito à tramitação do PLC 79/2016. Alguns pontos não estão ali detalhados, pois, houve “situações” que estiveram indicados na página do Site do Senado Federal que trata da matéria as quais, posteriormente, foram alteradas.

Por exemplo: Em acesso feito às 7:30 do dia 07/02/2017, a situação indicada era a seguinte:

Situação Atual Tramitação encerrada

Último local: 06/02/2017 - Plenário do Senado Federal (Secretaria Legislativa do Senado Federal)

Último estado: 06/02/2017 - REMETIDA À SANÇÃO

Como se observa, desta informação, a matéria foi REMETIDA À SANÇÃO e a Tramitação é dada como encerrada. O texto é substancialmente diferente daquele que foi registrado no BS Nº 03/17, tomado por volta das 16:30 horas do dia 06/02, no qual a última atualização era de 6/12/2016 e o Projeto era dado como em tramitação.

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Ocorre que no mesmo Site do Senado Federal há uma reportagem atualizada às 19:28 horas, do dia 06/02/2017, com a seguinte manchete: “Senado receberá de volta projeto de nova Lei das Telecomunicações”. Portanto, é de se esperar que em um próximo passo, a matéria retornando ao Senado, a Secretaria-Geral reveja a anotação e ela volte a tramitar da forma que a Mesa Diretora estabelecer, em função dos diversos cenários possíveis (Nota: como de fato ocorreu, conforme indicado no item anterior). Um deles, está associado à Decisão do Ministro Roberto Barroso, no STF.

Nesta reportagem, está evidente que “A Secretaria-Geral da Mesa do Senado recusou todos os requerimentos” para que o PLC fosse discutido no Plenário da Casa, pelo que a matéria foi enviada à Sanção. (Nota: O BS tem tratado os “requerimentos” como “recursos”). Então, pelo menos para o BS, pela primeira vez é colocado formalmente que não foi dado provimento aos recursos. Ainda mais: é mencionado que a razão foi “o número insuficiente de assinaturas! ”.

Há uma versão tratando da questão da “insuficiência de assinaturas” que indica haver 3 Recursos dirigidos à Mesa Diretora. Estes, no total, teriam número superior de assinaturas ao mínimo requerido pelo RISF. Porém, nenhum deles, individualmente, disporia do número mínimo (um décimo dos Senadores, ou seja, 9 Senadores) necessário. Considerando que cada Recurso deve ser tratado individualmente, a Secretaria-Geral não acolheu os referidos Recursos e o PLC foi encaminhado para a sanção do PR.

De qualquer forma, esta questão parece estar superada, com a decisão de solicitar à Casa Civil o retorno do PLC para o Senado.

A reportagem vai além ao afirmar: “Agora, a Mesa do Senado precisará decidir se acata os requerimentos e encaminha o texto para debates e votação no Plenário ou se mantém a avaliação original e volta a enviá-lo para sanção”.

Na sequência, a reportagem traz os argumentos dos Senadores que se opõem ao Projeto, sem apresentar razões palpáveis. A mais evidente é a alegação de que houve “irregularidades” na tramitação da matéria. Outras são mais genéricas na linha de que “está se ferindo os interesses da sociedade” e “não podemos permitir concessões a um setor em prejuízo de toda a população”; “foi um desrespeito aos Senadores, à sociedade e ao STF”.

A Senadora Vanessa Graziotin em uma declaração forte e premonitória declarou: “eu sei que um projeto como este, com este tipo de conteúdo, não seria aprovado nas comissões e no Plenário”. Não se sabe a que Comissões ela se refere, pois, a matéria foi aprovada, por unanimidade, em uma Comissão Especial criada no Senado Federal, exatamente, para tratar

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de situações de interesse para o País, como é o caso do PLC 79/2016. Se ela e outros Senadores não concordam com o seu mérito, fica a questão levantada no BS Nº 03/17, a respeito das razões que levaram os parlamentares da Casa a não discuti-la com maior profundidade na Sessão especificamente convocada para tal.

Contudo, uma das partes relevantes da reportagem está no seu final e se refere à declarações do Senador José Medeiros (Vice-Líder do Governo no Senado Federal). Ele pondera que:

“dada a situação econômica do país, o PLC 79 dificilmente terá a concordância do Plenário do Senado. Eu acho que esse projeto está morto. Ele não passa. No momento em que você diz que nós precisamos fazer ajustes, a população dificilmente verá com bons olhos um senador que resolver votar nele. Vão encarar como um presente a quem não fez o serviço de casa direito, no caso a empresa que está em falência”.

Pelas declarações do Senador, é claro que já se incrustou no pensamento da sociedade a ideia de que o PLC 79 favorece as “Teles” e, em particular, “no caso a empresa que está em falência”, ou seja, a Oi.

Na sequência, é reproduzida a reportagem da Agência Senado.

Senado receberá de volta projeto de nova Lei das Telecomunicações

Da Redação | 06/02/2017, 18h33 - ATUALIZADO EM 06/02/2017, 19h18

O Senado receberá de volta o projeto que altera a Lei Geral das Telecomunicações, que havia sido encaminhado ao presidente Michel Temer para sanção. O ministro Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu liminarmente pela devolução do PLC 79/2016 após um grupo de senadores de oposição protocolar um pedido ao tribunal.

O projeto foi aprovado pela Comissão Especial de Desenvolvimento Nacional (CEDN) no início de dezembro em decisão terminativa, mas foi alvo de requerimentos para que fosse analisado pelo Plenário. A Secretaria-Geral da

Mesa do Senado recusou todos os requerimentos, citando número insuficiente de assinaturas, e enviou o projeto para sanção, sob protesto de alguns senadores.

Agora, a Mesa do Senado precisará decidir se acata os requerimentos e encaminha o texto para debates e votação no Plenário ou se mantém a avaliação original e volta a enviá-lo para sanção.

Argumentos

Os senadores reclamantes argumentaram que a proposta não poderia ter sido analisada apenas pela CEDN, que é uma comissão temporária, e deveria ter passado pelo crivo das comissões permanentes do Senado. Também afirmaram que a CEDN não respeitou o prazo para emendas ao texto, e que os

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requerimentos para análise em Plenário eram apoiados pelo número correto de senadores, ao contrário do que informou a Secretaria-Geral.

Antes do envio do projeto para sanção, os senadores Paulo Rocha (PT-PR) e Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) haviam impetrado no STF um mandado de segurança contra o prosseguimento da tramitação do PLC 79, alegando as mesmas irregularidades. A presidente da corte, ministra Cármen Lúcia, solicitou informações

ao Senado sobre o caso.

Vanessa Grazziotin disse que a Mesa do Senado decidiu pelo envio do projeto à próxima etapa em “desrespeito” aos senadores, à sociedade e ao STF.

— Não entendemos como algo tão grave possa ocorrer dentro do Senado. É golpe atrás de golpe. Por que fazer isso tão apressadamente? Porque eu sei que um projeto como este, com este tipo de conteúdo, não seria aprovado nas comissões e no Plenário.

Infraestrutura

Entre outros pontos, o PLC 79/2016 permite a adaptação da modalidade de outorga do serviço de telefonia fixa de concessão para autorização, após uma solicitação da empresa concessionária. A partir daí, caberá à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) deliberar sobre este pedido mediante o cumprimento de requisitos específicos, como a garantia da prestação de serviço em áreas sem concorrência e a continuidade de contratos já assumidos.

A principal polêmica se dá, segundo os senadores da oposição, porque a adoção do modelo de autorização abre para as atuais concessionárias a possibilidade de incorporarem a seu patrimônio a infraestrutura adquirida a partir do processo de privatização, em 1998.

São prédios, lojas, redes de cabos de cobre e fibra óptica, antenas, dutos e centrais telefônicas, que, pelo regime em vigor, devem retornar ao controle da União em 2025, no término das concessões. Com a renovação mais ágil, isso não aconteceria.

De acordo com o Tribunal de Contas da União (TCU), o valor de patrimônio a ser incorporado pelas atuais concessionárias no que se refere à infraestrutura atingiria R$ 105 bilhões. Mas a Anatel e as empresas alegam que muito do que foi adquirido durante o processo de privatização depreciou-se e perderá ainda mais valor até 2025, e os montantes a serem incorporados equivaleriam a cerca de R$ 20 bilhões em valores de hoje.

Ainda pelo texto aprovado na Comissão Especial de Desenvolvimento Nacional, o equivalente de patrimônio a ser incorporado por cada empresa deverá necessariamente ser reinvestido na expansão da banda larga. O governo federal, a Anatel e os senadores que apoiaram a aprovação da proposta acreditam que a atualização da Lei Geral das Comunicações deverá destravar investimentos nesta área, principalmente em localidades remotas e de menor interesse comercial.

O projeto ainda perdoa cerca de R$ 20 bilhões em dívidas das empresas com o poder público.

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Plenário

Paulo Rocha afirmou que o projeto tramitou “na surdina” e que ele tentou “resolver a questão” dentro do Senado, com os requerimentos para levá-lo ao Plenário. Como essa estratégia foi derrotada com um argumento “falacioso”, segundo ele, houve a decisão de acionar o STF.

— Ganhamos a primeira batalha travada contra o governo Michel Temer. Agora a nossa tarefa é mobilizar a opinião pública para barrar esse projeto, que não apresenta uma única solução para a melhoria da qualidade dos serviços de telecomunicações, mas gera uma riqueza absurda a favor das teles.

Uma das signatárias do pedido ao STF para retomar a tramitação do projeto, a senadora Lídice da Mata (PSB-BA) elogiou a decisão do ministro Roberto Barroso e pediu novas oportunidades de discutir o tema. Ela considera negativo o teor do projeto.

— É inadmissível um assunto tão importante como este ter tramitado a toque de caixa, sem intenso debate e ferindo os interesses da sociedade. Num momento delicado pelo qual o país atravessa, de falta de recursos financeiros, não podemos permitir concessões a um setor em prejuízo de toda a população.

O senador José Medeiros (PSD-MT), vice-líder do governo, pondera que, dada a situação econômica do país, o PLC 79 dificilmente terá a concordância do Plenário do Senado.

— Eu acho que esse projeto está morto. Ele não passa. No momento em que você diz que nós precisamos fazer ajustes, a população dificilmente verá com bons olhos um senador que resolver votar nele. Vão encarar como um presente a quem não fez o serviço de casa direito, no caso a empresa que está em falência.

Na sequência de informações sobre o PLC, a Agência Senado publicou uma reportagem, às 10:00 horas do dia 07/02/2017 com o título: “Projeto que muda regras das telecomunicações vai ao Plenário” a seguir reproduzido.

Como se pode verificar, o Presidente do Senado Eunício Oliveira, acatará a decisão do STF e levará o assunto ao Plenário. Fica, agora, a expectativa sobre o nível de prioridade que será dada à retomada da tramitação do Projeto.

Projeto que muda regras das telecomunicações vai ao Plenário

07/02/2017, 10h00 - ATUALIZADO EM 07/02/2017, 15h51

Por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), o projeto que muda as regras das telecomunicações (PLC 79/2016) deverá ser votado pelo Plenário do Senado. A proposta já havia sido aprovada em uma comissão especial e enviada à sanção, mas um grupo de senadores do PT e do PCdoB questionou a medida, e o ministro do STF Luís Roberto Barroso determinou o retorno da matéria para análise do Plenário. O líder do governo no Congresso Nacional, senador Romero Jucá (PMDB-RR), disse que o presidente do Senado, Eunício Oliveira, acatará a decisão do Supremo. O senador Roberto Requião (PMDB-PR) acredita que o Plenário vai arquivar o projeto. Já o senador José Medeiros (PSD-MT) avalia

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que o governo terá dificuldades dentro da própria base para aprovar o texto. Detalhes com a repórter da Rádio Senado Hérica Christian.

Safra comunica participação acionária relevante na Oi

A Oi comunicou ao mercado ter recebido correspondências da J. Safra Serviços de Administração Fiduciária Ltda. informando que na qualidade de administradora do fundo VIRGO FUNDO DE INVESTIMENTO MULTIMERCADO CRÉDITO PRIVADO INVESTIMENTO NO EXTERIOR adquiriu participação relevante em ações classe PN (OIBR4) por meio de duas aquisições que, no seu conjunto, perfazem 16,47% das ações preferenciais da Companhia.

A operação não deixa de chamar a atenção em razão de se tratar de uma participação significativa em ações que não tem poder de controle sobre a estrutura administrativa da Companhia. Como, aliás, é mencionado no próprio texto do Comunicado: “não há intenção de alterar o controle ou a estrutura administrativa da companhia, embora pretenda se valer de seus direitos de acionista para “proteger” os interesses econômicos dos seus clientes”.

Entretanto, a expressão “embora pretenda se valer de seus direitos de acionista” é ampla e, eventualmente, resultará em algum pedido de esclarecimentos por parte da Anatel, uma vez que a operação pode ensejar a necessidade de “Anuência” da Agência, de acordo com o estabelecido no Anexo da Resolução Nº 101, de fevereiro de 1999.

Do ponto de vista estritamente comercial fica implícito que o mercado vê “oportunidades” nas ações da Companhia cujo desempenho e futuro empresarial dependem de um conjunto diversificado de fatores, inclusive de decisões judiciais e de “alterações” no chamado Marco Regulatório do Setor de Telecomunicações do País, dependentes de mudanças na legislação aplicável.

O BS, como de costume, reproduz o texto do Comunicado, conforme publicado no Site da Companhia.

COMUNICADO AO MERCADO

Oi S.A. - Em Recuperação Judicial

Companhia Aberta

COMUNICADO AO MERCADO

Oi S.A. - Em Recuperação Judicial ("Oi" ou "Companhia"), em atendimento ao disposto no artigo 12 da

Instrução CVM nº 358/02, comunica que recebeu, nesta data, correspondências do J. SAFRA SERVIÇOS

DE ADMINISTRAÇÃO FIDUCIÁRIA LTDA., que seguem abaixo transcritas:

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Oi S.A. - Em Recuperação Judicial

CNPJ/MF nº 76.535.764/0001-43

Atenção do Sr. Ricardo Malavazi Martins

Diretor de Finanças e de Relações com Investidores

REF.: DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÃO SOBRE A AQUISIÇÃO E ALIENAÇÃO DE PARTICIPAÇÃO ACIONÁRIA RELEVANTE, E SOBRE NEGOCIAÇÕES DE CONTROLADORES E ACIONISTAS - ARTIGO 12 DA ICVM 358/2002.

J.SAFRA SERVIÇOS DE ADMINISTRAÇÃO FIDUCIARIA LTDA. sociedade limitada com sede na Avenida Paulista, nº 2100, cidade e Estado de São Paulo, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 06.947.853/0001-11, devidamente registrada perante a CVM para o exercício da atividade de administração de carteira de valores mobiliários conforme Ato Declaratório CVM nº 14.105, de 23 de fevereiro de 2015, na qualidade de administradora do VIRGO FUNDO DE INVESTIMENTO MULTIMERCADO CRÉDITO PRIVADO INVESTIMENTO NO EXTERIOR - CNPJ/MF 11.715.076/0001-10, em cumprimento ao disposto no Artigo 12 da Instrução CVM 358, de 12 de janeiro de 2002, vem, por meio desta, informar o quanto segue em relação à aquisição de participação superior a 5% (cinco por cento) da classe PN (OIBR4) de ações de emissão da OI S/A, vejamos:

nome e qualificação do adquirente, indicando o

número de inscrição no Cadastro Nacional de

Pessoas Jurídicas;

VIRGO FUNDO DE INVESTIMENTO

MULTIMERCADO CRÉDITO PRIVADO

INVESTIMENTO NO EXTERIOR

CNPJ: 11.715.076/0001-10

objetivo da participação e quantidade visada;

O Investidor não pretende alterar o controle da

Companhia ou sua estrutura administrativa,

entretanto, resguarda e pretende se fazer valer de

todos os seus direitos de acionista para proteger os

interesses econômicos dos seus clientes. O fundo

não tem meta pré-estabelecida para seu

investimento / participação na Companhia.

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número de ações, bônus de subscrição, bem

como de direitos de subscrição de ações e de

opções de compra de ações, por espécie e classe,

já detidos, direta ou indiretamente, pelo

adquirente ou pessoa a ele ligada.

OIBR4

Quantidade 7.972.100

Percentual 5,05%

número de debêntures conversíveis em ações, já

detidas, direta ou indiretamente, pelo adquirente

ou pessoa a ele ligada, explicitando a quantidade

de ações objeto da possível conversão, por

espécie e classe.

Não se aplica

indicação de qualquer acordo ou contrato

regulando o exercício do direito de voto ou a

compra e venda de valores mobiliários de

emissão da companhia.

Não se aplica

Permanecemos à disposição para quaisquer esclarecimentos adicionais que se façam necessários.

Atenciosamente,

J. SAFRA SERVIÇOS DE ADMINISTRAÇÃO FIDUCIÁRIA LTDA."

***

Oi S.A. - Em Recuperação Judicial

CNPJ/MF nº 76.535.764/0001-43

Atenção do Sr. Ricardo Malavazi Martins

Diretor de Finanças e de Relações com Investidores

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REF.: DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÃO SOBRE A AQUISIÇÃO E ALIENAÇÃO DE PARTICIPAÇÃO

ACIONÁRIA RELEVANTE, E SOBRE NEGOCIAÇÕES DE CONTROLADORES E ACIONISTAS - ARTIGO 12 DA

ICVM 358/2002.

J.SAFRA SERVIÇOS DE ADMINISTRAÇÃO FIDUCIARIA LTDA. sociedade limitada com sede na Avenida

Paulista, nº 2100, cidade e Estado de São Paulo, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 06.947.853/0001-11,

devidamente registrada perante a CVM para o exercício da atividade de administração de carteira de

valores mobiliários conforme Ato Declaratório CVM nº 14.105, de 23 de fevereiro de 2015, na

qualidade de administradora do VIRGO FUNDO DE INVESTIMENTO MULTIMERCADO CRÉDITO

PRIVADO INVESTIMENTO NO EXTERIOR - CNPJ/MF 11.715.076/0001-10, em cumprimento ao disposto

no Artigo 12 da Instrução CVM 358, de 12 de janeiro de 2002, vem, por meio desta, informar o quanto

segue em relação à aquisição de participação superior a 10% (dez por cento) da classe PN (OIBR4) de

ações de emissão da OI S/A, vejamos:

nome e qualificação do adquirente, indicando o

número de inscrição no Cadastro Nacional de

Pessoas Jurídicas;

VIRGO FUNDO DE INVESTIMENTO

MULTIMERCADO CRÉDITO PRIVADO

INVESTIMENTO NO EXTERIOR

CNPJ: 11.715.076/0001-10

objetivo da participação e quantidade visada;

O Investidor não pretende alterar o controle da

Companhia ou sua estrutura administrativa,

entretanto, resguarda e pretende se fazer valer de

todos os seus direitos de acionista para proteger os

interesses econômicos dos seus clientes. O fundo

não tem meta pré-estabelecida para seu

investimento / participação na Companhia.

número de ações, bônus de subscrição, bem

como de direitos de subscrição de ações e de

opções de compra de ações, por espécie e classe,

OIBR4

Quantidade 18.019.200

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já detidos, direta ou indiretamente, pelo

adquirente ou pessoa a ele ligada.

Percentual 11,42%

número de debêntures conversíveis em ações, já

detidas, direta ou indiretamente, pelo adquirente

ou pessoa a ele ligada, explicitando a quantidade

de ações objeto da possível conversão, por

espécie e classe.

Não se aplica

indicação de qualquer acordo ou contrato

regulando o exercício do direito de voto ou a

compra e venda de valores mobiliários de

emissão da companhia.

Não se aplica

Permanecemos à disposição para quaisquer esclarecimentos adicionais que se façam necessários.

Atenciosamente,

J. SAFRA SERVIÇOS DE ADMINISTRAÇÃO FIDUCIÁRIA LTDA."

Rio de Janeiro, 09 de fevereiro de 2017.

Oi S.A. - Em Recuperação Judicial

Ricardo Malavazi Martins

Diretor de Finanças e de Relações com Investidores

Rede telefonia BB – Lotes 1 e 2

A imprensa especializada já havia noticiado que a Oi e a Claro venceram a licitação do Banco do Brasil para o fornecimento de serviços de telefonia, especificamente, o considerado nos Lotes 1 e 2.

A notícia é auspiciosa para a Oi, pois, apesar da sua sensível situação empresarial pelo fato de estar enfrentando um Processo de Recuperação Judicial, teve a confiança de um cliente corporativo do porte do Banco do Brasil, para o provimento de serviços de telefonia pelos

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próximos 60 (sessenta) meses. Vale lembrar, a título de simples registro, que o Banco do Brasil é um dos grandes credores da Oi no PRJ.

A situação torna-se, ainda, mais relevante ao se considerar as cifras do valor global do Contrato: R$ 503.941.217,38! O Banco do Brasil apostou na capacidade de recuperação da Oi que, agora, deve-se se desdobrar para cumprir as obrigações do Edital e do Contrato consequente.

Como a participação foi em Consórcio, o Conselho de Administração da Companhia, teve de aprovar a sua formação, o que ocorreu na sua 151ª reunião, realizada em 01/02/2017. Um extrato da Ata da Reunião na parte que trata deste assunto foi informada publicamente por meio da publicação no Site da Companhia, cujo texto é abaixo reproduzido.

Oi S.A. - Em recuperação judicial

COMPANHIA ABERTA

EXTRATO DO ITEM (5) DA ATA DA 151ª REUNIÃO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO REALIZADA EM 1º DE FEVEREIRO DE 2017

Na qualidade de secretário da reunião do Conselho de Administração, CERTIFICO que o item (5) da Ata da 151ª Reunião do Conselho de Administração da Oi S.A.- Em Recuperação Judicial realizada no dia 1º de fevereiro de 2017, às 9:30h, na Praia de Botafogo nº 300, 11º andar, sala 1101, Botafogo - Rio de Janeiro (RJ), possui a seguinte redação:

"Passando ao item (5) da Ordem do Dia, em linha com o informado ao Conselho de Administração em 31 de agosto de 2016, a Companhia participou e venceu recentemente o certame licitatório "Rede telefonia BB - Lotes 1 e 2", pelo que os Conselheiros aprovaram a constituição de um consórcio de empresas, com o objetivo de efetuar a prestação dos serviços licitados em dois lotes distintos espelhando, respectivamente, as regiões 1 e 2 do PGO, promovido pelo Banco do Brasil S.A., visando à prestação de serviço STFC local e Longa Distância (Nacional e Internacional), através de voz básica (8.222 NRES) e links digitais (4.298 Digitroncos), pelo prazo de 60 (sessenta) meses. O valor do contrato é de R$ 503.941.217,38 e o consórcio terá como participantes a Telemar Norte Leste S.A. - Em recuperação judicial, líder do consórcio, com participação de 50,94% (cinquenta vírgula noventa e quatro por cento), a Companhia, com participação de 32,51% (trinta e dois vírgula cinquenta e um por cento) e a Claro S.A., com participação de 16,55% (dezesseis vírgula cinquenta e cinco por cento).".

Presente a totalidade dos membros do Conselho de Administração e apostas as assinaturas dos senhores: José Mauro M. Carneiro da Cunha, Thomas Reichenheim, Rafael Luís Mora Funes, André Cardoso de M. Navarro, Pedro Z. Gubert Morais Leitão, João Manuel Pisco de Castro, Luís Maria Viana Palha da Silva, Marcos Duarte Santos, Ricardo Reisen de Pinho, Demian Fiocca e Hélio Calixto da Costa.

Rio de Janeiro, 1º de fevereiro de 2017.

José Augusto da Gama Figueira

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02. O CANUDINHO DO McDONALDS

O BS é tecnologicamente avançado. Não resiste a uma novidade, seja no mundo das telecomunicações e da informática, como é de costume, seja no dia a dia deste mundo efervescente. Nesta semana, teve acesso a uma “espetacular” inovação de onde jamais poderia imaginar saísse algum “coelho da cartola”.

O McDonalds lançou um shake com novo sabor, mas não poderia parar por aí. Afinal, todos os dias alguém inventa algo novo neste segmento do consumo desenfreado responsável por boa parte da obesidade mundial. Obesidade que preocupa a todos, mas que é esquecida quando se deparam com um shake super “embalado” pela frente. Esta situação tende a se agravar, pois, com o novo canudinho do McDonalds ninguém resistirá mais à tentação de se deliciar com seu novo ícone de consumo: o SHAMROCK!

Resta saber, se depois da “onda” do canudinho, o shake cairá nas graças do consumidor! É relativamente comum que este detalhe seja ignorado pelos “marqueteiros” da ocasião. É mais frequente do que se imagina a tendência de se dar mais valor à forma do que ao conteúdo. Este “simples” detalhe tem sido responsável por enormes desastres no mundo dos negócios.

O BS, obviamente, está sendo irônico, mas, no fundo, pode haver algo que leve à reflexão sobre os detalhes que o marketing lança mão para tentar diferenciar um produto, em um ambiente cada dia mais competitivo e desenfreadamente consumista.

Nas telecomunicações não é diferente. São cada vez mais comuns – e, por vezes, repetitivos - os artifícios e os “canudinhos” que os responsáveis pelo marketing do Setor utilizam para convencer os clientes a se tornarem usuários dos seus serviços; admiradores obsecados de seus “produtos”; e consumidores “fiéis” dos mesmos, entre eles: aplicativos; smartphones; óculos 3D; relógios do tipo “faz tudo”, inclusive fornecer a hora; e, para não esquecer, dos “Dados” (bits) que trafegam pelas Redes e dão sentido a toda esta parafernália.

Sem se alongar demais, o BS não poderia deixar de lembrar aos seus leitores, os “desastres” que já ocorreram neste sentido. A tendência é que este “fenômeno” se repita cada vez mais no retumbante mundo da Internet das Coisas ( IoT) que está sendo anunciado, se não forem adotados os devidos cuidados.

Quem sabe, o próximo passo dos “inventivos” desenvolvedores e designers “aeroespaciais” do McDonalds não será incorporar um chip no canudinho que, uma vez conectado a uma Rede 5G que suporta a IoT, proporcionará aos consumidores “novas experiências”, capazes de atrair e “fidelizar” um maior número de clientes. Uma motivação suficiente para incentivar as mais profícuas parcerias entre empresas tão dispares como, por exemplo, o McDonalds e a AT&T, e a sua DirectTV que, no meio do caminho, resolvem incorporar um café do Starbucks no “pacote convergente, tudo em sintonia para não “derrubar” o McCafé . Um “combo” sensacional!

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No entanto, para não se ficar somente na expectativa das eventuais frustrações que estão por vir, vamos ser otimistas e acreditar que o canudinho do McDonalds e os futuros “canudinhos” do mundo das telecomunicações alcancem o sucesso desejado, com muito mais “sucessos” do que “desastres”.

Enquanto isto, o BS convida seus leitores a assistir ao lançamento do SHAMROCK e de seu inovador canudinho. O McDonalds, dentro de seu icônico significado, não pode sucumbir aos Bobs, Mariettas, Giraffas, Burger Kings, Subways, e similares da vida!

Clique em https://www.youtube.com/embed/zc7hmqrGyPE?wmode=opaque e veja como um canudinho pode fazer a diferença! Enjoy!

03. CAMINHOS PARA A POSSÍVEL REAÇÃO DAS OPERADORAS DE TELECOM Está se transformando em lugar comum a ideia de que as Prestadoras de Serviços de Telecom já perderam a “guerra” para as OTTs. Principalmente, no que diz respeito à voz que, segundo um certo consenso perdeu sua importância como forma de comunicação diante das maravilhas visuais permitidas pelos vídeos e pelas imagens incríveis oferecidas pela Internet. E, no que diz respeito à própria voz, conseguiram desenvolver aplicativos que agradam aos usuários, fundamentalmente porque permitem “falar de graça”. A qualidade e outros fatores envolvidos acabam por ser esquecidos, diante da vantagem da “gratuidade”. O BS, em algumas vezes, divergiu desta forma de encarar as coisas e chamou a atenção para a demora na introdução do VoLTE por parte das Prestadoras de Serviços de Telecomunicações, nas suas Redes Celulares. Aliás, pouco se tem falado sobre este assunto, pelo menos no Brasil. Como se sabe, o VoLTE é uma funcionalidade das Redes LTE que permite, além da comunicação por voz, videoconferência de elevada qualidade. Uma aplicação para o qual os usuários ainda não foram suficientemente “motivados” no Brasil, principalmente, em atividades de negócio e com características corporativas. A razão óbvia é o desinteresse das Operadoras em investirem nas suas Redes de forma significativa para proporcionar o VoLTE. O VoLTE é um padrão das Redes LTE que possibilita a voz, não como um Aplicativo baseado em um software proprietário de determinada OTT (Skype, WhatsApp, Viber, entre outros), mas, como uma funcionalidade integrada na Rede que permite áudio e vídeo de baixa velocidade (típicos de videoconferência, onde os usuários estão geralmente parados). Isto, em tempo real e com qualidade de serviço garantida. Algo que as OTTs não fazem e, assim parece, não é seu propósito fazer, ainda que desenvolvam os “melhores esforços” para que os usuários tenham as melhores “experiências” no uso do “serviço”.

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Então, há caminhos a explorar que por razões diversas não têm sido “desbravados” e que devem merecer por parte das Operadoras maiores e melhores atenções. É verdade que algumas reações começam a ser vislumbradas em algumas partes do mundo, principalmente, nos Estados Unidos. Mas, via de regra, pelo menos por enquanto, as ações que se observam seguem uma linha mais de disputa entre o que se considera segmentos de mercado concorrentes do que de colaboração entre atividades que podem ser mercadologicamente conciliadas de forma a se alcançar a verdadeira “convergência” em uma forma percebida pelos usuários. Não só convergência tecnológica; mas, convergência no sentido de serviços e aplicativos integrados na Rede que podem ser oferecidos aos clientes por sua Prestadora de Serviços da forma mais ampla e diversificada possível, com padrões de atendimento e de qualidade garantidos. O BS levanta este assunto, em função do acesso que teve a um artigo de um Vice-Presidente da PGi, uma empresa de conferências pela Web e videoconferências de modo geral. Nestas circunstâncias, é óbvio considerar a sua eventual polarização pelo assunto em função de interesses empresariais dessa Companhia. Mas, como os conceitos são gerais, o BS reproduz o mencionado artigo “Making the OTT Threat Work for You”, colocando-o à consideração dos leitores interessados pelo assunto. No artigo, o autor chama a atenção para a questão da mobilidade que, segundo ele, é um fator pouco explorado pelas Operadoras de Telecom Móveis e, também, para as perdas significativas que as estas Operadoras estão incorrendo no segmento de comunicações de voz e de mensagens. Segundo um artigo da revista Fortune, citado pelo autor, que pode ser acessado clicando aqui as perdas de receita das Operadoras de Telecom, a nível mundial, em 2018, atinge a incrível cifra de US$386 bilhões. Na sequência é reproduzido o mencionado artigo, chamando-se a atenção para outros links, além do acima mencionado, que trazem interessantes informações correlatos ao assunto em pauta. Making the OTT Threat Work for You Instead of developing products or services to compete with OTT, operators need to focus on their core Ian Ashford, Vice President Carrier Acquisition at PGi January 30, 2017 By now, we all know that over-the-top (OTT) apps and companies pose a serious threat to the way Communications Service Providers (CSPs) have been doing business. Operators are steadily losing revenue to communication-over-IP (CoIP) trailblazers providing their services for end users (in most

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cases) free of charge, using conferencing and collaboration as the lead. These advances are cutting into voice and messaging profits for operators, with an estimated $386 billion loss to the industry by 2018.* And, as we enter 2017, analysts, investors and other industry leaders are rallying around the concept of carrier disruption as a way to maintain relevancy in a highly competitive market. On the horizon of a new year, 2017 bears the promise of change for CSPs with the help of a mobile-first approach. Rather than doing things as they've always done and expecting a different result, carriers must instead change their strategy in order to upend the status quo. Instead of competing with OTT players head-on, service providers need to leverage their unique strengths that the OTT players cannot match. Channel Your Strengths Instead of developing new products or services to compete with OTT offerings, operators need to focus on their core: mobility. With the number of mobile phone users expected to surpass five billion by 2019,** carriers have the unique opportunity to channel their existing strengths and captive consumer base to grow their existing network offerings. With such high mobile-use penetration globally, mobile devices are used more and more across the enterprise, with cellphones even completely supplanting desk-phone usage for some companies. And, as unified communications and collaboration (UC&C) use becomes near-ubiquitous, leveraging existing infrastructure to drive mobility growth should become core to a carrier's strategy for growth. With this in mind, one way carriers can increase average revenue per user (ARPU) is by offering premium services across their existing LTE networks and leveraging them at the enterprise level. As service providers build out LTE networks, understanding new ways to optimise their investment is leading to enhanced offerings like Voice over LTE (VoLTE). VoLTE, however, isn't just the latest network offering for mobile subscribers. It represents massive opportunity for service providers, particularly when it comes to audio call quality. Though voice service revenue numbers have been trending downwards, voice remains an important offering to mobile users.*** Free OTT apps may allow voice calls, but call quality can be horrible at worst and inconsistent at best. VoLTE represents a new way to host a crystal-clear conference call on a cell phone; but only when integrated with a global audio conferencing bridging infrastructure, creating a demand for mobile-first collaboration. And the VoLTE promise goes beyond the guarantee of high-quality conference call audio. VoLTE's wideband HD approach removes the maddening (and productivity-prohibiting) distraction of background noise. According to the National Institute for Occupational Safety and Health, the presence of background noise when you're trying to focus causes the release of the stress hormone cortisol in the brain, which can inhibit your brain's prefrontal cortex.**** The prefrontal cortex regulates ‘executive' functions like planning, reasoning and exhibiting impulse control, and is also linked to short-term memory storage.*****

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Poor audio quality is more than just a nuisance; it is damaging to end users' ability to ideate and collaborate, and it is detrimental to service providers looking to differentiate themselves from the subpar quality associated of their OTT competitors. By embracing a mobile-first approach and offering VoLTE to their users, service providers can provide value to their mobile customers, especially those in emerging markets, and guarantee high-quality, distraction-free calling regardless of location. Creating a Mobile-First Preference for Business Collaboration Business travellers, especially those travelling internationally, often have to scramble to get to a landline for mission-critical calls. This offering may be particularly interesting for enterprises, as it lends a flexibility and freedom to business travelers while creating a mobile-first preference for collaboration. The VoLTE powered conferencing experience ensures a higher-quality mobile meeting compared to when users connect via PSTN in locations with poor voice infrastructure or via softphone products that are dependent on wifi. Though some service providers might be hesitant to make the plunge into VoLTE, the good news is that there are UC&C providers out there that can make the transition seamless; rather than building a network from the ground up. Indeed, often they can help you monetise and optimise the investments that you've already made into your LTE infrastructure. By implementing this strategy on top of their existing LTE core and partnering with a global audio network provider, like PGi, operators can offer their enterprise customers a best-in-class HD audio conference experience without a major overhaul of their existing infrastructure or core offering. This can lead to accelerated and enhanced revenues and increased customer satisfaction. By its very design, VoLTE boasts HD voice and fast call setup times. It utilises a guaranteed bitrate, while OTT voice calls rely on a non-guaranteed bitrate, which is routed on a best-effort basis and is vulnerable to errors and delays, and therefore, poor voice quality. VoLTE delivers on quality every time, without fail. Gone are the days of glitches, echoes and static amidst your business communications. OTT companies often rely on a "good enough" mindset when it comes to their services, prioritising quick rollouts, rapid prototyping and frequent new releases over more polished apps with a dedication to high quality. A free service with mediocre quality only wins for so long; eventually better quality becomes a necessity for consistent and clear communication. In the workplace, clear communication is essential. Especially in corporate enterprises, being heard loud and clear by colleagues is a crucial element of communication and collaboration, particularly as the workplace begins to transcend the constraints of the physical office and embrace a global, mobile workforce. And with VoLTE's dedicated global private MPLS backbone with multiple access points and dial-in options, true, high-quality audio is a guaranteed way for carriers to differentiate themselves from OTT players. * "Telecom Firms Face $386 Billion in Lost Revenue to Skype, WhatsApp," Fortune, accessed January 26,

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2017, http://fortune.com/2014/06/23/telecom-companies-count-386-billion-in-lost-revenue-to-skype-whatsapp-others/. ** "Mobile Phone Users Worldwide 2013-2019 | Statistic," Statista, accessed January 24, 2017, https://www.statista.com/statistics/274774/forecast-of-mobile-phone-users-worldwide/. *** "Voice and Video Calling over LTE: Exploring New Voice Opportunities for Operators," Ovum, n.d. **** Michael Rugg and Mark A. W. Andrews, "How Does Background Noise Affect Our Concentration?," Scientific American, January 1, 2010, http://www.scientificamerican.com/article/ask-the-brains-background-noise/.

03. OS DEZ APLICATIVOS QUE DEVORAM RECURSOS DO MÓVEL SEM UTILIZÁ-LO

Na edição do BS Nº 02/17 foi inserido o item “APLICATIVOS E CONSUMO DE MEMÓRIA E BATERIA”; naturalmente, quando estiverem em uso! Na presente edição serão indicados os 10 Aplicativos que mais consomem recursos dos móveis (memória e bateria), mesmo quando o dispositivo não está sendo utilizado.

Como pode ser verificado, desses 10 Aplicativos, 4 deles estão ligados ao Facebook. Então, os leitores do BS que fazem parte da “família” Facebook, devem tomar cuidados especiais para não ficarem sem bateria no momento que dela mais precisarem. Segue, abaixo, a relação dos 10 Aplicativos, conforme publicado em reportagem do jornal El País.

Las 10 ‘apps’ que devoran los recursos del móvil sin utilizarlas

Cuatro de ellas son de Facebook y actúan como 'parásitos' porque consumen batería, memoria y datos en segundo plano

El País, Jose Ángel Plaza López , 9 FEB 2017

Snapchat, Spotify y Wattpad encabezan el ranking de las aplicaciones que más recursos devoran cada vez que son utilizadas. Pero otras apps ni siquiera necesitan ser iniciadas por los usuarios para consumir la batería, la memoria y la tarifa de datos de teléfonos móviles y tabletas. Basta con tenerlas instaladas para que se ejecuten automáticamente cada vez que se enciende el dispositivo y continúen actuando en segundo plano con el fin de comprobar si hay novedades para ofrecer notificaciones o cualquier otra actualización.

Tras analizar los datos de más de tres millones de dispositivos Android de todo el mundo entre julio y septiembre de 2016, Avast Software ha dado a conocer la clasificación de las aplicaciones móviles

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que más recursos consumen en segundo plano. Esta es la lista de las diez más voraces, entre las que se encuentran cuatro que pertenecen a Facebook.

1. Facebook

En diciembre de 2016, la media de usuarios activos de Facebook desde un dispositivo móvil fue de 1.150 millones al día. Pues bien, para que la red social por antonomasia consuma batería, memoria y datos del teléfono o la tableta ni siquiera es necesario que estos usuarios accedan a ella conscientemente, ya que su propia app realiza automáticamente comprobaciones en segundo plano en busca de novedades que después envía en forma de notificaciones.

2. musical.ly

Una de las redes sociales de mayor crecimiento entre los adolescentes en 2016 ha sido musical.ly, cuya app permite grabar vídeos con playbacks de 15 segundos. Si se utiliza de forma activa, la aplicación puede agotar por completo la batería de un Samsung Galaxy S6 cargada al 100% en solo dos horas, según Avast Software. Pero, además, su consumo en segundo plano le confiere la medalla de plata de esta clasificación, sobre todo por los datos que ocupa en la caché del dispositivo.

3. Google Maps

A finales de 2015 llegó a Google Maps una de las funciones más demandadas por sus usuarios: la posibilidad de ser utilizada sin conexión. Esto hizo que muchos vieran reducido el consumo de los recursos de sus móviles, especialmente en lo referente a la tarifa de datos. Sin embargo, aunque no se utilice, esta aplicación necesita alimentarse cada cierto tiempo en segundo plano, hasta el punto que ocupa el tercer lugar de las apps que devoran recursos simplemente con encender el móvil.

4. WhatsCall

Al igual que musical.ly, es la primera vez que WhatsCall aparece entre el top ten de Avast Software. Se trata de un servicio que permite realizar llamadas gratis a fijos y móviles a cambio de realizar acciones como ver anuncios, invitar a otros usuarios o descargar otras aplicaciones. Pero, además, el usuario también debe pagar con batería, memoria y datos de su dispositivo incluso cuando no la está utilizando.

5. Daily Mail Online

La aplicación del periódico británico Daily Mail es la quinta que se come los recursos de teléfonos móviles y tabletas sin que nos demos cuenta, sobre todo por la memoria que consume para llevar a cabo funciones de actualización en segundo plano.

Cuatro aplicaciones de la compañía de Mark Zuckerberg —Facebook, Instagram, Facebook Pages y Facebook Messenger— están entre las que se ejecutan automáticamente al encender

el móvil

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6. Instagram

Segunda mención en este ránking de una aplicación propiedad de la compañía de Mark Zuckerberg. La red social que nació para retocar y compartir imágenes desde dispositivos móviles fue comprada por Facebook en 2012 por 765 millones de euros.

7. ynet

Las notificaciones son la principal causa de la voracidad de la aplicación móvil de este servicio de noticias que es propiedad de Yedioth Ahronoth, el periódico israelí de mayor circulación.

8. BBM

BBM, la app de mensajería instantánea de Blackberry que este fabricante pone a disposición de usuarios de dispositivos Android e iOS, es uno de los clásicos de este ranking. Según Avast Software, el principal efecto colateral de esta aplicación es su elevado consumo de batería.

9. Facebook Pages Manager

La tercera mención de Facebook en esta clasificación es para su herramienta para administrar todo el contenido de una página oficial de la red social. Muy útil para propietarios y administradores de estas páginas, pero a costa de ceder recursos del dispositivo móvil, sobre todo espacio de almacenamiento.

10. Facebook Messenger

Cierra la clasificación otro de los servicios de Facebook: su app de mensajería instantánea. Los recursos que consume Messenger en segundo plano han aumentado desde que entre sus funciones incluyó la posibilidad de interactuar con bots.

04. CISCO PREVÊ QUE O TRÁFEGO MÓVEL CRESCERÁ 900% ATÉ 2021

A Cisco acaba de divulgar o seu “VNI – Visual Networking Index” relativo a 2016. Trata-se de um Relatório anual contendo Pesquisas e Projeções sobre o crescimento do tráfego em redes móveis para os próximos 5 anos. No caso, os números se referem ao período 2016 – 2021.

O consumo mundial de vídeo móvel crescerá aproximadamente nove vezes no período de 2016 – 2021, segundo as previsões da Cisco divulgadas no referido documento. Este tráfego de vídeo móvel responderá por 78% de todo o tráfego móvel ao final do período. Ao final de 2016 a relação entre ó tráfego de vídeo e o tráfego total foi 60%.

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O número de usuários móveis, segundo as previsões da Cisco, passará de 4,9 bilhões no final do ano passado para 5,5 bilhões de usuários no final de 2021. Em relação aos dispositivos conectados o número, em idênticas condições, passará de 8 bilhões para 12 bilhões. O tráfego mundial de dados móveis anual que foi de 87 exabytes em 2016 passará para 587 exabytes em 2021, o que representa um aumento de aproximadamente 700% no período.

Um dado interessante, mas, socialmente pouco gratificante, é que em 2021 haverá mais usuários que dispõem de um smartphone (5,5 bilhões) do que pessoas que dispõem de água em suas casas (5,3 bilhões), e que têm conta bancária (5,4 bilhões).

O consume de vídeo móvel aumentará 870% durante este período em função do rápido crescimento dos aplicativos móveis e de sua adoção pelos usuários. Este aumento terá a participação significativa de vídeo “ao vivo” que, segundo as projeções, representará 5% do vídeo móvel total, no final de 2021.

Os dispositivos do tipo M2M representarão 29% de todas as conexões móveis em 2021.

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Pelo Relatório, ocorrerá a proliferação do IoT, do vídeo móvel, e, de um aumento significativo em aplicações da chamada “realidade virtual”. Também se esperam diversas novidades que tendem a motivar os usuários a novas “experiências”, bem como aplicações diversificadas para o segmento de negócios (comércio e indústria), de governo, e em atividades usualmente consideradas como de “lazer”.

As redes 5G, cujos primeiros passos estão em andamento, terão uma grande relevância nessas perspectivas futuras, não somente na questão da mobilidade, mas em outras circunstâncias devido à introdução do IoT. Todas estas perspectivas terão grande potencial de aumentar a quantidade de tráfego que as Redes devem processar, atingindo as elevadas taxas de crescimento projetadas.

O uso de aparelhos móveis continuará crescendo a taxas mais significativas nos mercados emergentes e crescerá mais lentamente em regiões que já alcançaram um maior nível de maturidade. O mercado móvel deverá crescer a taxas anuais compostas da ordem de 4,1% no Oriente Médio e na África, nos próximos anos. Na Ásia, o crescimento será da ordem de 3,2%. Na América do Norte espera-se 1,2%, na América Latina 2,0%, e, 0,5% na Europa.

Uma síntese mais ampla do VNI pode ser obtida por meio do Press Release divulgado pela Companhia, abaixo reproduzido. Este Press Release é uma versão condensada do Sumário Executivo do documento completo que também pode ser consultado de uma forma rápida, com um pouco mais de detalhes.

Neste Press Release são fornecidos links para o estudo completo e diversos detalhes dele extraídos que permitem ampliar os níveis de consulta eventualmente desejados.

Para facilitar os leitores que se interessem pelo tema é reproduzido como Anexo do presente BS o estudo completo em Word.

Cisco Mobile Visual Networking Index (VNI) Forecast Projects 7-Fold Increase in Global Mobile Data Traffic from 2016-2021

02/07/2017

Measurable 5G Impact on Mobile Growth Expected to Begin by 2020

SAN JOSE, CA -- (Marketwired) -- 02/07/17 -- (NASDAQ: CSCO) -- By 2021, more members of the global population1 will be using mobile phones (5.5 billion) than bank accounts (5.4 billion), running

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water (5.3 billion), or landlines (2.9 billion), according to the 11th annual Cisco Visual Networking Index™ (VNI) Global Mobile Data Traffic Forecast (2016 to 2021). Strong growth in mobile users, smartphones and Internet of Things (IoT) connections as well as network speed improvements and mobile video consumption are projected to increase mobile data traffic seven-fold over the next five years.

By 2021, Cisco projects mobile data traffic to reach the following milestones:

• Mobile data traffic to represent 20 percent of total IP traffic -- up from just 8 percent of total IP traffic in 2016.

• 1.5 mobile devices per capita. Nearly 12 billion mobile-connected devices (up from 8 billion and 1.1 per capita in 2016), including M2M modules.

• Mobile network connection speeds will increase threefold from 6.8 Mbps in 2016 to 20.4 Mbps by 2021.

• Machine-to-machine (M2M) connections will represent 29 percent (3.3 billion) of total mobile connections -- up from 5 percent (780 million) in 2016. M2M will be the fastest growing mobile connection type as global Internet of Things (IoT) applications continue to gain traction in consumer and business environments.

• 4G will support 58 percent of total mobile connections by 2021 -- up from 26 percent in 2016 and will account for 79 percent of total mobile data traffic.

• The total number of smartphones (including phablets) will be over 50 percent of global devices and connections (6.2 billion) -- up from 3.6 billion in 2016.

The explosion of mobile applications and adoption of mobile connectivity by end users is fueling the growth of 4G, soon to be followed by 5G growth. Cisco and other industry experts anticipate large-scale deployments of 5G infrastructures to begin by 2020. Mobile carriers will need the innovative speed, low latency, and dynamic provisioning capabilities that 5G networks are expected to deliver to address not just increasing subscriber demands but also new services trends across mobile, residential, and business markets. Cisco forecasts that 5G will account for 1.5 percent of total mobile data traffic by 2021, and will generate 4.7 times more traffic than the average 4G connection and 10.7 times more traffic than the average 3G connection.

"With the proliferation of IoT, live mobile video, augmented and virtual reality applications, and more innovative experiences for consumer and business users alike, 5G technology will have significant relevance not just for mobility but rather for networking as a whole," said Doug Webster, vice president of service provider marketing. "As a result, broader and more extensive architectural transformations involving programmability and automation will also be needed to support the

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capabilities 5G enables, and to address not just today's demands but also the extensive possibilities on the horizon."

Additional Key Mobile Data Traffic Projections and Forecasted Trends:

1. Rise in global mobile data center traffic

• By 2021, global mobile data traffic will reach 49 exabytes per month or 587 exabytes annually).

• The forecast annual run rate of 587 exabytes of mobile data traffic for 2021 is equivalent to: o 122 times more than all global mobile traffic generated just 10 years ago in 2011

• 131 trillion images (e.g., MMS)

2. High growth for live video on mobile

• Mobile video will increase 8.7-fold from 2016 to 2021 and will have the highest growth rate of any mobile application category. Mobile video will represent 78 percent of all mobile traffic by 2021.

• Live mobile video will grow 39-fold from 2016 to 2021. Live mobile video will represent 5 percent of total mobile video traffic by 2021.

3. Growth in Virtual Reality (VR) and Augmented Reality (AR)

• VR immerses users in a simulated environment. AR is an overlay of technology on the real world.

• Applications such as virtual reality (VR) are adding to the adoption of wearables such as headsets. VR headsets are going to grow from 18 million in 2016 to nearly 100 million by 2021 -- a fivefold growth.

• Globally, VR traffic will grow 11-fold from 13.3 petabytes/month in 2016, to 140 petabytes/month in 2021.

• Globally, AR traffic will grow 7-fold between 2016 and 2021, from 3 petabytes/month in 2016 to 21 petabytes/month in 2021.

4. Global connected wearable devices driving M2M growth

• Cisco estimates there will be 929 million wearable devices globally, growing nearly threefold from 325 million in 2016.

• Globally, the number of wearable devices with embedded cellular connections will reach 69 million in number by 2021 -- up from 11 million in 2016.

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5. Mobile data traffic offload to Wi-Fi networks

• In 2016, 60 percent of total mobile data traffic was offloaded; by 2021, 63 percent of total mobile data traffic will be offloaded.

• In 2016, monthly offload traffic (10.7 EB) exceeded monthly mobile/cellular traffic (7.2 EB). • Globally, total public Wi-Fi hotspots (including homespots) will grow six-fold from 2016 (94.0

million) to 2021 (541.6 million). • Wi-Fi traffic from both mobile devices and Wi-Fi-only devices together will account for almost

half (49 percent) of total IP traffic by 2020, up from 42 percent in 2015.

6. Regional mobile data traffic growth (2016 - 2021) 1. The Middle East and Africa will have 12-fold growth (2016: 7.3 exabytes/year; 2021: 88.4 exabytes/year) 2. Asia-Pacific will have 7-fold growth (2016: 37.3 exabytes/year; 2021: 274.2 exabytes/year) 3. Latin America will have 6-fold growth (2016: 5.4 exabytes/year; 2021: 34.8 exabytes/year) 4. Central and Eastern Europe will have 6-fold growth (2016: 11.1 exabytes/year; 2021: 63.0 exabytes/year) 5. Western Europe will have 6-fold growth (2016: 8.8 exabytes/year; 2021: 50.3 exabytes/year) 6. North America will have 5-fold growth (2016: 16.9 exabytes/year; 2021: 76.8 exabytes/year)

Cisco Mobile VNI Forecast Methodology

The Cisco® VNI Global Mobile Data Traffic Forecast (2016-2021) relies upon independent analyst forecasts and real-world mobile data usage studies. Upon this foundation are layered Cisco's own estimates for mobile application adoption, minutes of use and transmission speeds. Key enablers such as mobile broadband speed and device computing power are also factored into Cisco mobile VNI projections and findings. A detailed methodology description is included in the complete report (see link below).

Cisco defines the following terms:

• Cellular Traffic: comes from a cellular or radio network connection -- 2G, 3G, 4G and 5G. • Wi-Fi Offload Traffic: refers to traffic from dual mode devices (supports cell and Wi-Fi

connectivity, excluding laptops) over Wi-Fi/small cell networks. Offloading occurs at the user/device level when one switches from a cellular connection to Wi-Fi/small cell access.

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• Fixed/Wi-Fi Traffic: comes from a wireless connection enabled by some fixed network source, such as a residential Wi-Fi router or public hotspot.

Video and Images

• Infographic: Cisco Visual Networking Index: Global Mobile Data Traffic Forecast Update (2016-2020)

Additional Supporting Resources

• Cisco Visual Networking Index home page • Cisco Visual Networking Index Mobile Data Traffic blog post: "Five key surprises from this

year's forecast" • Read the complete Cisco Visual Networking Index: Global Mobile Data Traffic Forecast

Update, 2016-2021 white paper. • Cisco Visual Networking Index: Global Mobile Data Traffic Forecast Q&A, 2016-2021 • Launch the Mobile VNI Highlights Tool • Use the VNI Widget

1 Global population in 2021 will be approximately 7.8 billion people according to United Nations' estimates.

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ANEXO – BS Nº 04/17

Cisco VNI Mobile Forecast (2016 – 2021)

February 7, 2017 The Cisco® Visual Networking Index (VNI) Global Mobile Data Traffic Forecast Update is part of the comprehensive Cisco VNI Forecast, an ongoing initiative to track and forecast the impact of visual networking applications on global networks. This report presents some of the major global mobile data traffic projections and growth trends.

Executive Summary The Mobile Network in 2016

Global mobile data traffic grew 63 percent in 2016. Global mobile data traffic reached 7.2 exabytes per month at the end of 2016, up from 4.4 exabytes per month at the end of 2015. (One exabyte is equivalent to one billion gigabytes, and one thousand petabytes.)

Mobile data traffic has grown 18-fold over the past 5 years. Mobile networks carried 400 petabytes per month in 2011.

Fourth-generation (4G) traffic accounted for 69% of mobile traffic in 2016. Although 4G connections represented only 26 percent of mobile connections in 2016, they already accounted for 69 percent of mobile data traffic, while 3G connections represented 33 percent of mobile connections and 24 percent of the traffic. In 2016, a 4G connection generated four times more traffic on average than a 3G connection.

Mobile offload exceeded cellular traffic by a significant margin in 2016. Sixty percent of total mobile data traffic was offloaded onto the fixed network through Wi-Fi or femtocell in 2016. In total, 10.7 exabytes of mobile data traffic were offloaded onto the fixed network each month.

Almost half a billion (429 million) mobile devices and connections were added in 2016. Smartphones accounted for most of that growth, followed by M2M modules. Global mobile devices and connections in 2016 grew to 8.0 billion, up from 7.6 billion in 2015. Globally, smart devices represented 46 percent of the total mobile devices and connections in 2016; they accounted for 89 percent of the mobile data traffic. (For the purposes of this study, “smart devices” refers to mobile connections that have advanced multimedia/computing capabilities with a minimum of 3G connectivity.) In 2016, on an average, a smart device generated 13 times more traffic than a nonsmart device.

Mobile network (cellular) connection speeds grew more than 3-fold in 2016. Globally, the average mobile network downstream speed in 2016 was 6.8 Megabits per second (Mbps), up from 2.0 Mbps in 2015.

Mobile video traffic accounted for 60 percent of total mobile data traffic in 2016. Mobile video traffic now accounts for more than half of all mobile data traffic.

The top 1 percent of mobile data subscribers generated 6 percent of mobile data traffic, down from 8 percent in 2015 and 52 percent in 2010. According to a mobile data usage study conducted by

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Cisco, the top 20 percent of mobile users generated 56 percent of mobile data traffic, and the top 1 percent generated 6 percent.

Average smartphone usage grew 38 percent in 2016. The average amount of traffic per smartphone in 2016 was 1,614 MB per month, up from 1,169 MB per month in 2015.

Smartphones (including phablets) represented only 45 percent of total mobile devices and connections in 2016, but represented 81 percent of total mobile traffic. In 2016, the typical smartphone generated 48 times more mobile data traffic (1,614 MB per month) than the typical basic-feature cell phone (which generated only 33 MB per month of mobile data traffic).

Globally, there were 325 million wearable devices (a sub-segment of the machine-to-machine [M2M] category) in 2016. Of these, 11 million wearables had embedded cellular connections.

Per-user iOS mobile devices (smartphones and tablets) data usage surpassed that of Android mobile devices data usage. By the end of 2016, average iOS consumption exceeded average Android consumption in North America and Western Europe, where iOS usage was 4.8 GB per month and Android was 3.2 GB per month.

In 2016, 43 percent of mobile devices were potentially IPv6-capable. This estimate is based on network connection speed and OS capability.

In 2016, the number of mobile-connected tablets increased 26% to 184 million, and the number of mobile-connected PCs increased 8% to 136 million. In 2016, the average mobile data traffic per PC/Tablet was 3,392 MB per month, compared to 1,614 MB per month per smartphone.

Average nonsmartphone usage increased to 33 MB per month in 2016, compared to 23 MB per month in 2015. Basic handsets still make up 47 percent of handsets on the network.

The Mobile Network Through 2021

Mobile data traffic will reach the following milestones within the next 5 years:

● Monthly global mobile data traffic will be 49 exabytes by 2021, and annual traffic will exceed half a zettabyte. ● Mobile will represent 20 percent of total IP traffic by 2021. ● The number of mobile-connected devices per capita will reach 1.5 by 2021. ● The average global mobile connection speed will surpass 20 Mbps by 2021. ● The total number of smartphones (including phablets) will be over 50 percent of global devices and

connections by 2021. ● Smartphones will surpass four-fifths of mobile data traffic (86 percent) by 2021. ● 4G connections will have the highest share (53 percent) of total mobile connections by 2021. ● 4G traffic will be more than three-quarters of the total mobile traffic by 2021. ● More traffic was offloaded from cellular networks (on to Wi-Fi) than remained on cellular networks in

2016. ● Over three-fourths (78 percent) of the world’s mobile data traffic will be video by 2021.

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Global mobile data traffic will increase sevenfold between 2016 and 2021. Mobile data traffic will grow at a compound annual growth rate (CAGR) of 47 percent from 2016 to 2021, reaching 49.0 exabytes per month by 2021.

By 2021 there will be 1.5 mobile devices per capita. There will be 11.6 billion mobile-connected devices by 2021, including M2M modules—exceeding the world’s projected population at that time (7.8 billion).

Mobile network connection speeds will increase threefold by 2021. The average mobile network connection speed (6.8 Mbps in 2016) will reach 20.4 megabits per second (Mbps) by 2021.

By 2021, 4G will be 53 percent of connections, but 79 percent of total traffic. By 2021, a 4G connection will generate twice as much traffic on average as a 3G connection.

By 2021, 5G will be 0.2 percent of connections (25 million), but 1.5 percent of total traffic. By 2021, a 5G connection will generate 4.7 times more traffic than the average 4G connection.

By 2021, nearly three-quarters of all devices connected to the mobile network will be “smart” devices. Globally, 74.7 percent of mobile devices will be smart devices by 2021, up from 36.7 percent in 2016. The vast majority of mobile data traffic (98 percent) will originate from these smart devices by 2021, up from 89 percent in 2016.

By 2021, 73 percent of all global mobile devices could potentially be capable of connecting to an IPv6 mobile network. There will be 8.4 billion IPv6-capable devices by 2021.

More than three-fourths of the world’s mobile data traffic will be video by 2021. Mobile video will increase 9-fold between 2016 and 2021, accounting for 78 percent of total mobile data traffic by the end of the forecast period.

By 2021, mobile-connected tablets and PCs will generate 8.0 GB of traffic per month, a doubling over the 2016 average of 3.4 GB per month. Aggregate traffic associated with PCs and tablets will be four times greater than it is today, with a CAGR of 33 percent.

The average smartphone will generate 6.8 GB of traffic per month by 2021, a fourfold increase over the 2016 average of 1.6 GB per month. By 2021, aggregate smartphone traffic will be seven times greater than it is today, with a CAGR of 48 percent.

By 2016, 63 percent of all traffic from mobile-connected devices (almost 84 exabytes) will be offloaded to the fixed network by means of Wi-Fi devices and femtocells each month. Of all IP traffic (fixed and mobile) in 2021, 50% will be Wi-Fi, 30% will be wired, and 20% will be mobile.

The Middle East and Africa will have the strongest mobile data traffic growth of any region with a 65 percent CAGR. This region will be followed by Asia Pacific at 49 percent and Latin America at 45 percent.

China’s mobile traffic will surpass that of the United States by the end of 2017. China’s mobile traffic will reach 1.9 exabytes per month by the end of 2017, and mobile traffic in the United States will reach 1.6 exabytes per month.

Appendix A summarizes the details and methodology of the VNI Mobile Forecast.

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2016 Year in Review

Global mobile data traffic grew an estimated 63 percent in 2016. Growth rates varied widely by region, with Middle East and Africa having the highest growth rate (96 percent) followed by Asia Pacific (71 percent), Latin America (66 percent), and Central and Eastern Europe (64 percent). Western Europe grew at an estimated 5252 percent, and North America trailed Western Europe at 44 percent growth in 2016 (refer to Figure 1). At the country level, Indonesia, China, and India led global growth at 142, 8686, and 76 percent, respectively. These three countries also topped traffic growth in 2015, though in 2016 Indonesia’s traffic growth accelerated (versus 129 percent in 2015), and the traffic growth in China and India slowed relative to 2015 (when growth was 89 percent in India, and 111 percent in China). France, Korea, and Australia also experienced an acceleration in mobile traffic growth in 2016, while most other countries experienced strong but tapering growth compared with previous years.

Figure 1. Mobile Data Traffic Growth in 2016

Source: Cisco VNI Mobile, 2017

Global Mobile Data Traffic, 2016 to 2021 Overall mobile data traffic is expected to grow to 49 exabytes per month by 2021, a sevenfoldsevenfold increase over 2016. Mobile data traffic will grow at a CAGR of 47 percent from 2016 to 2021 (Figure 2).

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Figure 2. Cisco Forecasts 49 Exabytes per Month of Mobile Data Traffic by 2021

Source: Cisco VNI Mobile, 2017

Asia Pacific will account for 47 percent of global mobile traffic by 2021, the largest share of traffic by any region by a substantial margin, as shown in Figure 3. North America, which had the second-largest traffic share in 2016, will have only the fourth-largest share by 2021, having been surpassed by Central and Eastern Europe and Middle East and Africa. Middle East and Africa will experience the highest CAGR of 65 percent, increasing 12-fold over the forecast period. Asia Pacific will have the second-highest CAGR of 49 percent, increasing 7-fold over the forecast period (Figure 3).

Figure 3. Global Mobile D ata T raffic Forec ast by Region

Source: Cisco VNI Mobile, 2017

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Top Global Mobile Networking Trends The sections that follow identify 7 major trends contributing to the growth of mobile data traffic.

1. Evolving toward Smarter Mobile Devices 2. Defining Cell Network Advances—2G, 3G, and 4G (Initial 5G Projections) 3. Measuring Mobile IoT Adoption—M2M and Emerging Wearables 4. Analyzing the Expanding Role and Coverage of Wi-Fi 5. Identifying New Mobile Applications and Requirements 6. Comparing Mobile Network Speed Improvements 7. Reviewing Tiered Pricing—Unlimited Data and Shared Plans

Trend 1: Evolving toward Smarter Mobile Devices

The ever changing mix and growth of wireless devices that are accessing mobile networks worldwide is one of the primary contributors to global mobile traffic growth. Each year several new devices in different form factors and increased capabilities and intelligence are introduced in the market. Last year we saw rise of phablets and more recently we see new form factors of laptops coming into the mix. More than 400 million (429 million) mobile devices and connections were added in 2016. In 2016, global mobile devices and connections grew to 8.0 billion, up from 7.6 billion in 2015. Globally, mobile devices and connections will grow to 11.6 billion by 2021 at a CAGR of 8 percent (Figure 4).

By 2021, there will be 8.3 billion handheld or personal mobile-ready devices and 3.3 billion M2M connections (e.g., GPS systems in cars, asset tracking systems in shipping and manufacturing sectors, or medical applications making patient records and health status more readily available, et al.). Regionally, North America and Western Europe are going to have the fastest growth in mobile devices and connections with 16 percent and 11 percent CAGR from 2016 to 2021, respectively.

Figure 4. Global Mobile Devices and Connections Growth

Note: Figures in parentheses refer to 2016, 2021 device share.

Source: Cisco VNI Mobile, 2017

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We see a rapid decline in the share of nonsmartphones from over 40 percent in 2016 (3.3 billion) to 13 percent by 2021 (1.5 billion). Another significant trend is the growth of smartphones (including phablets) from 45-percent share of total devices and connections in 2016 to over 50 percent (53 percent) by 2021.The most noticeable growth is going to occur in M2M connections, followed by tablets. M2M mobile connections will reach more than a quarter (29 percent) of total devices and connections by 2021. The M2M category is going to grow at 34-percent CAGR from 2016 to 2021, and tablets are going to grow at 15-percent CAGR during the same period. Along with the overall growth in the number of mobile devices and connections, there is clearly a visible shift in the device mix. This year we see a relative stabillzation in laptops but a further slowdown in the growth of tablets as new form factors of laptops get adopted and because of the new device category, phablets (included in our smartphone category), is gaining broader adoption.

From a traffic perspective, smartphones and phablets will continue to dominate mobile traffic (86 percent) while M2M category will continue to gain share by 2021 (refer to Figure 5).

Figure 5. Global Mobile Traffic Growth by Device Type

Note: Figures in parentheses refer to 2016, 2021 device share.

Source: Cisco VNI Mobile, 2017

Throughout the forecast period, we see that the device mix is getting smarter with an increasing number of devices with higher computing resources, and network connection capabilities that create a growing demand for more capable and intelligent networks. We define smart devices and connections as those having advanced computing and multimedia capabilities with a minimum of 3G connectivity. The share of smart devices and connections as a percentage of the total will increase from 46 percent in 2016 to three-fourths, at 75 percent, by 2021, growing more than twofold during the forecast period (Figure 6).

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Figure 6. Global Growth of Smart Mobile Devices and Connections

Note: Percentages refer to device and connections share.

Source: Cisco VNI Mobile, 2017

Low-Power Wide-Area (LPWA) connections are included in our analysis. This wireless network connectivity is meant specifically for M2M modules that require low bandwidth and wide geographic coverage. Because these modules have very low bandwidth requirements and tolerate high latencies, we do not include them in the smart devices and connections category. For some regions, such as North America where the growth of LPWA is expected to be high, their inclusion in the mix would skew the percentage for smart devices and connections, so for regional comparison we have taken them out of the mix. Figure 7 provides a comparable global smart-to-nonsmart devices and connections split, excluding LPWA.

Figure 7. Global Growth of Smart Mobile Devices and Connections (Excluding LPWA)

Note: Percentages refer to device and connections share.

Source: Cisco VNI Mobile, 2017

When we exclude LPWA M2M connections from the mix, the global percentage share of smart devices and connections is higher, at 82 percent by 2021.

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Although this device mix conversion is a global phenomenon, some regions are ahead. By the end of 2021, North America will have 99 percent of its installed base converted to smart devices and connections, followed by Western Europe and Central and Eastern Europe with 92 percent smart devices and connections (Table 1).

Table 1. Regional Share of Smart Devices and Connections (Percent of the Regional Total)

Region 2016 2021

North America 81% 99%

Western Europe 69% 92%

Central and Eastern Europe 57% 92%

Asia Pacific 46% 81%

Latin America 44% 80%

Middle East and Africa 19% 71%

Source: Cisco VNI Mobile, 2017

Figure 8 shows the impact of the growth of mobile smart devices and connections on global traffic. Globally, smart traffic is going to grow from 92 percent of the total global mobile traffic to 99 percent by 2021. This percentage is significantly higher than the ratio of smart devices and connections (75 percent by 2021), because on average a smart device generates much higher traffic than a nonsmart device. Globally, in 2016, a smart device generated 13 times more traffic than a nonsmart device, and by 2021 a smart device will generate nearly 21 times more traffic.

Figure 8. Effect of Smart Mobile Devices and Connections Growth on Traffic

Note: Percentages refer to traffic share.

Source: Cisco VNI Mobile, 2017

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IPv6 With the exponential proliferation of multiple smart devices becoming a reality, the need for each device having its own specific, unique address that it uses to communicate with other devices and the Internet and to define its location is becoming a necessity. IPv4 addresses, the current protocol devices use to communicate on the Internet, have almost exhausted the world over with just a few remaining at the African Internet Registry (AFRINIC). In addition to solving the IPv4 address depletion problem by providing more than enough addresses, the transition to the newer, better IPv6 protocol offers additional advantages where every device will have a globally routable public IP address on the Internet. Hence there is not just a need, but far more a necessity, to move to IPv6 with its 340 undecillion addresses that will make smart devices and the IoT a reality.

The transition to IPv6, which helps connect and manage the proliferation of newer-generation devices that are contributing to mobile network usage and data traffic growth, is well underway. Continuing the Cisco VNI focus on IPv6, the Cisco VNI 2016–2021 Mobile Data Traffic Forecast provides an update on IPv6-capable mobile devices and connections and the potential for IPv6 mobile data traffic.

Focusing on the high-growth mobile-device segments of smartphones and tablets, the forecast projects that globally 93 percent of smartphones and tablets (6.1 billion) will be IPv6-capable by 2021 (up from 68 percent, or 2.6 billion smartphones and tablets in 2016; refer to Figure 9). This estimation is based on OS support of IPv6 (primarily Android and iOS) and the accelerated move to higher-speed mobile networks (3.5G or higher) capable of enabling IPv6. (This forecast is intended as a projection of the number of IPv6-capable mobile devices, not mobile devices with an IPv6 connection actively configured by the Internet service provider [ISP].)

Figure 9. Global IPv6-Capable Smartphones and Tablets

Source: Cisco VNI Mobile, 2017

For all mobile devices and connections, the forecasts project that, globally, 73 percent (8.4 billion) will be IPv6-capable by 2021, up from 43 percent (3.4 billion) in 2016 (refer to Figure 10). M2M emerges as a key segment of growth for IPv6-capable devices, reaching 1.8 billion by 2021, a growth at 37 percent CAGR during the forecast period. With its capability to vastly scale IP addresses and manage complex networks, IPv6 is critical in supporting the IoT of today and in the future. (Refer to Table 7 in Appendix C for more device detail.)

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Regionally, Asia Pacific will lead throughout the forecast period with the highest number of IPv6-capable devices and connections, reaching 4.1 billion by 2021. Middle East and Africa will have the highest growth rates during the forecast period, at 32-percent CAGR. (Refer to Table 8 in Appendix C for more regional detail.)

Figure 10. Global IPv6 -Ca pable Mobile Devices

Source: Cisco VNI Mobile, 2017

Considering the significant potential for mobile-device IPv6 connectivity, the Cisco VNI Mobile Forecast provides estimation for IPv6 network traffic based on a graduated percentage of IPv6-capable devices becoming actively connected to an IPv6 network. Looking to 2021, if approximately 60 percent of IPv6-capable devices are connected to an IPv6 network, the forecast estimates that, globally, IPv6 traffic will amount to 27.4 exabytes per month or 56 percent of total mobile data traffic, a 26-fold growth from 2016 to 2021 (Figure 11).

Figure 11. Projected IPv6 Mobile Data Traffic Fo recast 2016–2021

Source: Cisco VNI Mobile, 2017

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Security is the top concern in every enterprise’s mind today and it is all the more important for IPv6 as compared to its predecessor (IPv4) given its vast addressable range.

IPSec is the most widely used protocol suite for security in any communication network and even in present day can be easily added to any IPv4 network. On the other hand, IPv6 includes native support for IPSec, which by itself may not be a big advantage, however when considered in combination with other capabilities, notably IPv6’s self-discovery capabilities and peer-to-peer nature, IPv6’s inherent support of IPSec plays an important role in creating networks that are both simple to set up and secure.

IPv6 with its vast addressable space makes any device supporting it more accessible at a global scale thus making the protocol more desirable for applications such as remote monitoring and support all the way from IT infrastructure to automobiles and appliances. Such capabilities also allow manufacturers to increase the life expectancy and functionalities of their products while decreasing the service costs.

IPv6 is also expected to give rise to entirely new applications that would either be difficult or impossible to deploy with IPv4. The multicast capabilities of IPv6, allowing one-to-many communications, may give rise to everything from new forms of games to social network applications.

Inherent support for IPSec within IPv6 makes it very easy to bring such new applications and benefits of IPv6 to life, something that may have been difficult or even impossible with IPv4.

However, given that IPv6 is still a network layer protocol it cannot prevent advanced security breaches on OSI layers that sit over the network layer.

For example:

● Application layer attacks: Attacks performed at the application layer (OSI Layer 7) such as buffer overflow, viruses and malicious codes, web application attacks, and so on.

● Brute -force password guessing attacks on authentication modules. ● Unauthorized devices introduced into the network. ● Denial of service attacks. ● Attacks using social networking techniques such as email spamming, phishing, etc.

For additional views on the latest IPv6 deployment trends, visit the Cisco site. The Cisco 6Lab analysis includes current statistics by country on IPv6 prefix deployment and IPv6 web-content availability, and estimations of IPv6 users. With the convergence of IPv6 device capability, content availability, and significant network deployment, the discussion of IPv6 has shifted focus from “what if” and “how soon will” to the “realization of the potential” that IPv6 has for service providers and end users alike.

Trend 2: Defining Cell Network Advances—2G, 3G, and 4G (Initial 5G Projections)

Mobile devices and connections are not only getting smarter in their computing capabilities but are also evolving from lower-generation network connectivity (2G) to higher-generation network connectivity (3G, 3.5G, and 4G or LTE). This year, for the first time, we have also done projection of devices and connections with 5G connectivity. Combining device capabilities with faster, higher bandwidth and more intelligent networks leads to wide adoption of advanced multimedia applications that contribute to increased mobile and Wi-Fi traffic.

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The explosion of mobile applications and phenomenal adoption of mobile connectivity by end users on the one hand and the need for optimized bandwidth management and network monetization on the other hand is fueling the growth of global 4G deployments and adoption, soon to be followed with 5G growth. Service providers around the world are busy rolling out 4G networks to help them meet the growing end-user demand for more bandwidth, higher security, and faster connectivity on the move (Appendix B). Many providers have also started field trials for 5G and are gearing towards rolling out 5G deployments towards the end of the forecast period.

Globally, the relative share of 3G- and 3.5G-capable devices and connections will surpass 2G-capable devices and connections by 2018. The other significant crossover will also occur in 2018, when 4G will surpass 3G as well as all other types of connection share. By 2021, 53 percent of all global devices and connections will be 4G-capable (Figure 12). By 2021, there will be less than a half percent (0.2%) devices and connections with 5G capability.

The global mobile 4G connections will grow from 2.1 billion in 2016 to 6.1 billion by 2021 at a CAGR of 24 percent. 5G connections will appear on the scene in 2020 and will grow more than a thousand percent from 2.3 million in 2020 to over 25 million in 2021. Since 5G connections share is so small we have combined it with 4G share and are hence labeling 4G as 4G+.

Figure 12. Global Mobile Devices and Connections by 2G, 3G, and 4G+

Note: Percentages refer to device and connections share.

Source: Cisco VNI Mobile, 2017

We are also including Low-Power Wide-Area (LPWA) connections in our analysis. This type of ultranarrowband wireless network connectivity is meant specifically for M2M modules that require low bandwidth and wide geographic coverage. It provides high coverage with low power consumption, module, and connectivity costs, thereby creating new M2M use cases for mobile network operators (MNOs) that cellular networks alone could not have addressed. Examples include utility meters in residential basements, gas or water meters that do not have power connection, street lights, and pet or personal asset trackers. The share of LPWA connections (all M2M) will grow from less than 1percent in 2016 to 8.9 percent by 2021, from 58 million in 2016 to over 1 billion by 2021.

The network evolution toward more advanced networks is happening both across the end-user device segment and within the M2M connections category, as shown in Figure 13 and Figure 14.

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When the M2M category is excluded, the 4G growth becomes even more apparent, with 56-percent device share by 2021. 5G connections, excluding M2M, will also grow more than a thousand percent from 2.2 million in 2020 to over 24.5 million in 2021.

Figure 13. Global Mobile Devices (Excluding M2M) by 2G, 3G, and 4G+

Note: Percentages refer to device share.

Source: Cisco VNI Mobile, 2017

M2M capabilities, similar to end-user mobile devices, are migrating toward more advanced networks (Figure 14). On one hand, we see 4G connections share growing to 46 percent by 2021, up from 23 percent in 2016, and we also see a big growth in LPWA from 7 percent in 2016 to 31 percent by 2021. Even though LPWA might not be bandwidth-heavy and can tolerate high latency, it is an overlay strategy for MNOs to expand their M2M reach.

Figure 14. Global Mobile M2M Connections by 2G, 3G, and 4G+

Note: Percentages refer to M2M connections share.

Source: Cisco VNI Mobile, 2017

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The transition from 2G to 3G or 4G deployment is a global phenomenon. In fact, by 2021, 65 percent of the mobile devices and connections in Western Europe as well as Central and Eastern Europe will have 4G+ capability, surpassing 3G-capable devices and connections. North America (63 percent) will have the second-highest ratio of 4G+ connections by 2021 (Appendix B). At the country level, China will have 86 percent of its total connections on 4G by 2021, followed by Australia having 75 percent of all its connections on 4G by 2021. By 2021, North America with 31 percent and Western Europe with 20 percent share will be the two regions with highest LPWA adoption. By 2021, North America will be the region with highest share of connections on 5G at 1 percent. The top three 5G countries in terms of percent of devices and connections share on 5G will be United States, Korea and Japan with more than 1 percent of their devices and connections being on 5G by 2021.

Although the growth in 4G, with its higher bandwidth, lower latency, and increased security, will help regions bridge the gap between their mobile and fixed network performance, deployment of LPWA networks will help enhance the reach of mobile providers in the M2M segment. This situation will lead to even higher adoption of mobile technologies by end users, making access to any content on any device from anywhere and the Internet of Everything (IoT) more sustainable.

5G is the next phase of mobile technology. 5G’s primary improvements over 4G include high bandwidth (greater than 1 Gbps), broader coverage, and ultra-low latency. Whereas 4G has been driven by device proliferation and dynamic information access, 5G will be driven largely by IoT applications. With 5G, resources (channels) will be allocated based on awareness of content, user, and location. This technology is expected to solve frequency licensing and spectrum management problems. Currently, there are field trials being carried out by some operators, however, significant 5G deployments are not expected until 2021 and beyond. There are several gating factors such as approval of regulatory standards, spectrum availability and auctioning and return-on-investment (ROI) strategies to justify the investment associated with new infrastructure transitions and deployments.

Traffic Impact of 4G and 5G

In 2016, 4G already carried 69 percent of the total mobile traffic and represented the largest share of mobile data traffic by network type. It will continue to grow faster than other networks to represent 79 percent of all mobile data traffic by 2021 (Figure 15). By 2021, 5G will support 1.5 percent of mobile traffic. 5G connectivity with its very high bandwidth (100 Mbps) and ultra low latency (1 millisecond) is expected to drive very high traffic volumes.

Currently, a 4G connection generates nearly four times more traffic than a 3G connection. There are two reasons for the higher usage per device on 4G. The first is that many 4G connections today are for high-end devices, which have a higher average usage. The second is that higher speeds encourage the adoption and usage of high- bandwidth applications, such that a smartphone on a 4G network is likely to generate significantly more traffic than the same model smartphone on a 3G or 3.5G network. By 2021 a 4G connection will still generate two times more traffic than a 3G connection.

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Figure 15. Global Mobile Traffic by Connection Type

Note: By 2021, 5G will account for 1.5% of global mobile traffic and 2G will account for 0.6%.

Source: Cisco VNI Mobile, 2017

Trend 3: Measuring Mobile IoT Adoption—M2M and Emerging Wearables

The phenomenal growth in smarter end-user devices and M2M connections is a clear indicator of the growth of IoT, which is bringing together people, processes, data, and things to make networked connections more relevant and valuable. This section focuses on the continued growth of M2M connections and the emerging trend of wearable devices. Both M2M and wearable devices are making computing and connectivity very pervasive in our day-to-day lives.

M2M connections—such as home and office security and automation, smart metering and utilities, maintenance, building automation, automotive, healthcare and consumer electronics, and more—are being used across a broad spectrum of industries, as well as in the consumer segment. As real-time information monitoring helps companies deploy new video-based security systems, while also helping hospitals and healthcare professionals remotely monitor the progress of their patients, bandwidth-intensive M2M connections are becoming more prevalent. Globally, M2M connections will grow from 780 million in 2016 to 3.3 billion by 2021, a 34-percent CAGR—a fourfold growth. As discussed in the previous trend, M2M capabilities similar to end-user mobile devices are experiencing an evolution from 2G to 3G and 4G and higher technologies (Figure 16).

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Figure 16. Global Machine-to-Machine Growth and Migration from 2G to 3G and 4G+

Note: In 2016, LPWA accounts for 7% of global mobile M2M connections.

Source: Cisco VNI Mobile, 2017

An important factor contributing to the growing adoption of IoT is the emergence of wearable devices, a category with high growth potential. Wearable devices, as the name suggests, are devices that can be worn on a person and have the capability to connect and communicate to the network either directly through embedded cellular connectivity or through another device (primarily a smartphone) using Wi-Fi, Bluetooth, or another technology.

These devices come in various shapes and forms, ranging from smart watches, smart glasses, heads-up displays (HUDs), health and fitness trackers, health monitors, wearable scanners and navigation devices, smart clothing, etc. The growth in these devices has been fueled by enhancements in technology that have supported compression of computing and other electronics (making the devices light enough to be worn). These advances are being combined with fashion to match personal styles, especially in the consumer electronics segment, along with network improvements and the growth of applications, such as location-based services, virtual reality (VR) and augmented reality (AR). Although there have been vast technological improvements to make wearables possible as a significant device category, wide-scale availability of embedded cellular connectivity still has some barriers to overcome for some applications—such as technology limitations, regulatory constraints, and health concerns.

By 2021, we estimate that there will be 929 million wearable devices globally, growing nearly threefold from 325 million in 2016 at a CAGR of 23 percent (Figure 17). As mentioned earlier, there will be limited embedded cellular connectivity in wearables through the forecast period. Only 7 percent will have embedded cellular connectivity by 2021, up from 3 percent in 2016. Currently, wearables are included within our M2M forecast.

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Figure 17. Global Connect ed Wearable Dev ices

Source: Cisco VNI Mobile, 2017

Regionally, North America will have the largest regional share of wearables, with 41-percent share in 2021 up from 39-percent share in 2016 (Appendix B). Other regions with significant share include Asia Pacific with 31-percent share in 2016, declining to 28 percent by 2021.

Applications as virtual reality are also adding to the adoption of wearables such as headsets. VR headsets are going to grow from 18 million in 2016 to nearly 100 million by 2021, a fivefold growth. More than half of these will be connected to smartphones by 2021. The remaining VR headsets will be connected to PCs, consoles and a few will be standalone. (Figure18).

The wearables category will have a tangible impact on mobile traffic, because even without embedded cellular connectivity wearables can connect to mobile networks through smartphones. With high bandwidth applications such as virtual reality taking off the traffic impact might become even greater.

Figure 18. Global Connected Wearable Devices

Source: IHS, Cisco VNI Mobile, 2017

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Trend 4: Analyzing the Expanding Role and Coverage of Wi-Fi Offload

Much mobile data activity takes place within users’ homes. For users with fixed broadband and Wi-Fi access points at home, or for users served by operator-owned femtocells and picocells, a sizable proportion of traffic generated by mobile and portable devices is offloaded from the mobile network onto the fixed network. For the purposes of this study, offload pertains to traffic from dual-mode devices (i.e., supports cellular and Wi-Fi connectivity, excluding laptops) over Wi-Fi and small-cell networks. Offloading occurs at the user or device level when one switches from a cellular connection to Wi-Fi or small-cell access. Our mobile offload projections include traffic from both public hotspots and residential Wi-Fi networks.

As a percentage of total mobile data traffic from all mobile-connected devices, mobile offload increases from 60 percent (10.7 exabytes/month) in 2016 to 63 percent (83.6 exabytes/month) by 2021 (Figure 19). Offload volume is determined by smartphone penetration, dual-mode share of handsets, percentage of home-based mobile Internet use, and percentage of dual-mode smartphone owners with Wi-Fi fixed Internet access at home.

Figure 19. By 2021, 63 Per cent of Total Mobile Data Traffic Will Be Offloaded

Note: Offload pertains to traffic from dual-mode devices (excluding laptops) over Wi-Fi or small-cell

networks. Source: Cisco VNI Mobile, 2017

The amount of traffic offloaded from smartphones will be 64 percent by 2021, and the amount of traffic offloaded from tablets will be 72 percent.

Some have speculated that Wi-Fi offload will be less relevant after 4G networks are in place because of the faster speeds and more abundant bandwidth. However, 4G networks have attracted high-usage

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devices such as advanced smartphones and tablets, and now 4G plans are subject to data caps similar to 3G plans.

For these reasons, Wi-Fi offload is higher on 4G networks than on lower-speed networks, now and in the future according to our projections. The amount of traffic offloaded from 4G was 63 percent at the end of 2016, and it will be 66 percent by 2021 (Figure 20). The amount of traffic offloaded from 3G will be 55 percent by 2021, and the amount of traffic offloaded from 2G will be 69 percent. As 5G is being introduced, plans will be generous with data caps and speeds will be high enough to encourage traffic to stay on the mobile network instead of being offloaded, so the offload percentage will be less than 50 percent. As the 5G network matures, we may see higher offload rates.

Figure 20. Mobile Data Traffic and Offload Traffic, 2021

Note: Offload pertains to traffic from dual-mode devices (excluding laptops) over Wi-Fi or small-cell

networks.

Source: Cisco VNI Mobile, 2017

Growth of Wi-Fi Hotspots Globally, total public Wi-Fi hotspots (including homespots) will grow six-fold from 2016 to 2021, from 94.0 million in 2016 to 541.6 million by 2021 (Figure 21). Total Wi-Fi homespots will grow from 85.1 million in 2016 to 526.2 million by 2021. Homespots or community hotspots are a significant part of the public Wi-Fi strategy. The public Wi-Fi hotspots include public Wi-Fi commercial hotspots and homespots.

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Figure 21. Global Wi-Fi Hotspot Strategy and 2016–2021 Forecast

Source: Maravedis, Cisco VNI Mobile, 2017

Commercial hotspots include fixed and MNO hotspots that are purchased or installed for a monthly fee or commission. Commercial hotspots can be set up to offer both fee-based and free Internet Wi-Fi access. Hotspots are installed to offer public Wi-Fi at cafés and restaurants, retail chains, hotels, airports, planes, and trains for customers and guests. Cafés, retail shops, public venues, and offices usually provide a free Wi-Fi Service Set Identifier (SSID) for their guests and visitors. Commercial hotspots are a smaller subset of the overall public Wi-Fi hotspot forecast and will grow from 8.8 Million in 2016 to 15.3 Million by 2021.

Homespots or community hotspots have emerged as a potentially significant element of the public Wi-Fi landscape. In this model, subscribers allow part of the capacity of their residential gateway to be open to casual use. Homespots have dual SSIDs and operators download software to a subscriber’s home gateway, allowing outside users to use one of the SSIDs like a hotspot. This model is used to facilitate guest Wi-Fi and mobile offload, as well as other emerging models of community use of Wi-Fi (Figure 22).

Figure 22. Global Public Wi-Fi Hotspots: Asia Pacific Leads with 45 Percent Hotspots Worldwide by 2021

Note: *Middle East and Africa represents 1 percent of global public Wi-Fi hotspots by 2021.

Source: Maravedis, Cisco VNI Mobile, 2017

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Wi-Fi access has had widespread acceptance by MNOs globally, and it has evolved as a complementary network for traffic offload purposes—offloading from expensive cellular networks on to lower-cost-per-bit Wi-Fi networks. If we draw a parallel from data to voice, we can foresee a similar evolution where VoWiFi is evolving as a supplement to cellular voice, extending the coverage of cellular networks through Wi-Fi for voice within the buildings and other areas that have a wider and more optimum access to Wi-Fi hotspots.

Overall Wi-Fi Traffic Growth

A broader view of Wi-Fi traffic (inclusive of traffic from Wi-Fi-only devices) shows that Wi-Fi and mobile are both growing faster than fixed traffic (traffic from devices connected to the network through Ethernet). Fixed traffic will fall from 52 percent of total IP traffic in 2015 to 33 percent by 2020. Mobile and offload from mobile devices together will account for 47 percent of total IP traffic by 2020, a testament to the significant growth and impact of mobile devices and lifestyles on overall traffic. Wi-Fi traffic from both mobile devices and Wi-Fi-only devices together will account for almost half (49 percent) of total IP traffic by 2020, up from 42 percent in 2015 (Figure 23).

(Note that this forecast extends only to 2020 because the fixed forecast has not yet been extended to include 2021.)

Figure 23. IP Traffic by Access Technology

Note: Fixed/Wi-Fi from Mobile Devices may include a small amount of Fixed/Wired from Mobile

Devices

Source: Cisco VNI Mobile, 2017

Trend 5: Identifying New Mobile Applications and Requirements

Because mobile video content has much higher bit rates than other mobile content types, mobile video will generate much of the mobile traffic growth through 2021. Mobile video will grow at a CAGR of 54 percent between 2016 and 2021, higher than the overall average mobile traffic CAGR of 47 percent. Of the 49 exabytes per month crossing the mobile network by 2021, 38 exabytes will be due to video (Figure 24). Mobile video represented more than half of global mobile data traffic beginning in 2012.

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Figure 24. Mobile Video Will Generate More Than Three-Quarters of Mobile Data Traffic by 2021

Note: Figures in parentheses refer to 2016 and 2021 traffic share.

Source: Cisco VNI Mobile, 2017

One consequence of the growth of video in both fixed and mobile contexts is the resulting acceleration of busy- hour traffic in relation to average traffic growth. Video usage tends to occur during evening hours and has a “prime time,” unlike general web usage that occurs throughout the day. As a result, more video usage means more traffic during the peak hours of the day.

Virtual Reality (VR) and Augmented Reality (AR)

Virtual reality immerses users in a simulated environment and augmented reality is an overlay of technology on the real world. Both are equally appealing to a creative mind and have their own set of specific applications.

Both VR and AR are poised to be the next set of the biggest trends in mobile technology. The evolution of edge computing and advancements in wireless networking ranging from the imminent roll out of 5G to highly efficient mobile connectivity solutions coupled with access to smarter mobile and wearable devices have all contributed to providing a rich environment for the proliferation and growth of AR and VR.

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Figure 25. All the Realities: VR, AR, Mixed and Extended

The accelerated acquisition of smartphones, tablets and wearable devices is significantly contributing to the development of AR and VR markets. Globally, smartphones will be 53.1% of device connections by 2021 (CAGR of 11 percent), and 85.8% of total traffic growing at a CAGR of 48 percent. VR headsets will grow from an installed base of 18 million in 2016 to nearly a 100 million by 2021, a growth of 40 percent CAGR. AR and VR market development is expected to follow a similar trend.

Table 2. Key accelerators and barriers to entry for AR and VR market

Adoption Accelerators Key Inhibitors and Dependencies

VR and AR

● Investment from sports, gaming and entertainment industry ● Ease of access to consumers through fast and efficient networks and new smart devices ● Development of software components and proliferation of different VR and AR platforms ● Accelerating adoption of VR by early adopters in the gaming industry ● Vast applicability of AR in many different industry segments

● Lack of rich content ● Short battery life ● Dependency on the impending roll out of 5G ● Dependency on rollout of IoT or Tactile Internet

Source: Cisco VNI Mobile, 2017

While gaming is one of the key applications driving VR, AR is primarily been driven by industrial applications such as retail, medicine, education, tourism, retail shopping (furniture, clothes comparison, etc.) – just to name a few. In comparison to VR, currently AR seems to be growing at a slower rate but

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with its multiple applications in different industries it stands a chance to become more popular than VR. But the jury is still out as things have just started evolving in this fascinating space.

All these innovations in AR and VR will place new demands on the network in terms of its quality and performance. Bandwidth and latency requirements will become increasingly imperative for a high quality VR and AR experience and Service Providers will need to take a note of this new demand. Globally, Virtual Reality traffic will grow 11 fold from 13.3 Petabytes per month in 2016, to 140 Petabytes per month in 2021. (See Figure 26).

Figure 26. VR Mobile Data Traffic

Source: Cisco VNI Mobile, 2017

Globally, Augmented Reality traffic will increase 7-fold between 2016 and 2021, from 3 Petabytes per month in 2016 to 21 Petabytes per month in 2021. (See Figure 27).

Figure 27. AR Mobile Data Traffic

Source: Cisco VNI Mobile, 2017

This is a tremendous opportunity for service providers to jump in at and provide their distribution and GTM (Go to market) muscle to further drive the adoption of VR and AR. VR and AR ecosystems are just forming now, Service providers can catch some of these early developments and gain significantly by owning or helping develop some of the AR and VR ecosystems that will ultimately drive their network connectivity offerings. Whether AR trumps VR or VR grows faster than AR remains to be seen- what is unmistakable is that there will be a resounding impact with this new technological advance.

Trend 6: Comparing Mobile Network Speed Improvements Globally, the average mobile network connection speed in 2016 was 6.8 Mbps. The average speed will grow at a CAGR of 24.4 percent, and will reach nearly 20.4 Mbps by 2021. Smartphone speeds, generally

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3G and higher, will be on par with the overall average mobile connection by 2021. Smartphone speeds will nearly double by 2021, reaching 20.3 Mbps.

Anecdotal evidence supports the idea that usage increases when speed increases, although there is often a delay between the increase in speed and the increased usage, which can range from a few months to several years. However, in mature markets with strong data caps implementation, evidence points to the fact that the increase in speed may not lead to the increase in usage of mobile data. The Cisco VNI Mobile Forecast relates application bit rates to the average speeds in each country. Many of the trends in the resulting traffic forecast can be seen in the speed forecast, such as the high growth rates for developing countries and regions relative to more developed areas (Table 3).

Table 3. Global and Regional Projected Average Mobile Network Connection Speeds (in Mbps)

2016 2016 2017 2018 2019 2021 CAGR 2016–2021

Global

Global speed: All handsets

6.8 8.7 11.1 14.3 17.7 20.4 24%

Global speed: Smartphones

12.1 13.5 14.9 16.2 18.1 20.3 11%

Global speed: Tablets 19.1 22.6 24.5 26.2 27.2 27.8 8%

By Region

Asia Pacific 9.8 10.6 12.9 16.0 18.8 20.4 16%

Latin America 3.8 4.9 6.4 7.9 10.0 12.4 27%

North America 13.7 16.3 17.6 19.8 22.8 25.2 13%

Western Europe 11.4 16.0 18.6 21.6 25.7 28.5 20%

Central and Eastern Europe

6.3 10.1 12.3 13.6 16.2 18.4 24%

Middle East and Africa 3.8 4.4 5.3 6.8 8.5 10.8 23%

Note: Current and historical speeds are based on data from Ookla’s Speedtest. Forward projections for mobile data speeds are based on third-party forecasts for the relative proportions of 2G, 3G, 3.5G, and 4G among mobile connections through 2021.

Source: Cisco VNI Mobile, 2017

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The speed at which data can travel to and from a mobile device can be affected in two places: the infrastructure speed capability outside the device and the connectivity speed from the network capability inside the device (Figure 28). These speeds are actual and modeled end-user speeds and not theoretical speeds that the devices, connection, or technology is capable of providing. Several variables affect the performance of a mobile connection: rollout of 2G, 3G, and 4G in various countries and regions, technology used by the cell towers, spectrum availability, terrain, signal strength, and number of devices sharing a cell tower. The type of application the end user uses is also an important factor.

Download speed, upload speed, and latency characteristics vary widely depending on the type of application, be it video, radio, or instant messaging.

Figure 28. Mobile Speeds by Device

Source: Cisco VNI Mobile, 2017

By 2021, 4G speeds will be nearly double than that of an average mobile connection. In comparison, an average mobile connection will surpass by 2-fold over 3G speeds by 2021 (Figure 29).

Figure 29. Mobile Speeds by Technology: 2G Versus 3G Versus 4G

Source: Cisco VNI Mobile, 2017; Ookla Speedtest.net

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Trend 7: Reviewing Tiered Pricing—Unlimited Data and Shared Plans An increasing number of service providers worldwide are moving from unlimited data plans to tiered mobile data packages. To make an estimate of the impact of tiered pricing on traffic growth, we repeated a case study based on the data of several tier 1 and tier 2 North American service providers. The study tracks data usage from the timeframe of the introduction of tiered pricing 6 years ago. The findings in this study are based on Cisco’s analysis of data provided by a third-party data-analysis firm. This firm maintains a panel of volunteer participants who have given the company access to their mobile service bills, including GB of data usage. The data in this study reflects usage associated with devices (from January 2010 and September 2016) and also refers to the study from the previous update for longer-term trends. The overall study spans 6 years. Cisco’s analysis of the data consists of categorizing the pricing plans, operating systems, devices, and data usage by users; incorporating additional third-party information about device characteristics; and performing exploratory and statistical data analysis. The results of the study represent actual data from a few tier 1 and tier 2 mobile data operators from North American markets, global forecasts that include emerging markets and more providers may lead to lower estimates.

Unlimited plans had made a temporary resurgence from October 2013 to June 2014 with the increased number of unlimited plan offerings by tier 2 operators. In September 2016, 61 percent of the data plans were tiered and 39 percent of the data plans were unlimited. The gigabyte consumption of both tiered and unlimited plans has increased. On an average, usage on a device with a tiered plan grew from 1.1 GB in June 2014 to 2.9 GB in September 2016. Unlimited plans consumption grew at a faster rate, from 2.6 GB in June 2014 to 7.0 GB in September 2016.Tiered pricing plans are often designed to constrain the heaviest mobile data users, especially the top 1 percent of mobile data consumers.

The usage per month of the average top 1 percent of mobile data users has been steadily decreasing compared to that of overall usage. At the beginning of the 6-year study, 52 percent of the traffic was generated by the top 1 percent. With the reintroductions and promotions of unlimited plans by tier 2 operators in the study, the top 1 percent generated 18 percent of the overall traffic per month by June 2014. By September 2016, just 6 percent of the traffic was generated by the top 1 percent of users (Figure 30).

Figure 30. Top 1 Percent Generates 52 Percent of Monthly Data Traffic in January 2010 Compared to 6 Percent in September 2016

Source: Cisco VNI Mobile, 2017

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The top 20 percent of mobile users generate 56 percent of mobile data traffic and the top 5 percent of users consume 25 percent of mobile data traffic in the study (Figure 31).

Figure 31. Top 20 Percent Consumes Near ly 56 Percent of Mobile Data Traffic

Source: Cisco VNI Mobile, 2017

With the introduction of new, larger-screen smartphones and tablets with all mobile-data-plan types, there is a continuing increase in usage in terms of gigabytes per month per user in all the top tiers (Figure 32).

Figure 32. Top 20 Percent of Average Users Consumes 13 Giga bytes per Month

Note: Study based on North American Tier 1 and Tier 2 operators.

Source: Cisco VNI Mobile, 2017

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The proportion of mobile users who generated more than 2 gigabytes per month was 65 percent of users at the by September 2016, and 10 percent of the users consumed more than 10 gigabytes per month of mobile data (Figure 33) in the study.

Figure 33. 65 Percent of Mobile Users Consume More Than 2 GB per Month

Note: Study based on North American Tier 1 and Tier 2 operators.

Source: Cisco VNI Mobile, 2017 iOS Marginally Surpasses Android in Data Usage At the beginning of the 6-year tiered-pricing case study, Android data consumption was equal to, if not higher than, that of other smartphone platforms. However, Apple-based devices have since caught up, and their data consumption is marginally higher than that of Android devices in terms of gigabytes per month per connection usage (Figure 34).

Figure 34. Gigabytes per Month by Operating System

Note: Study based on North American Tier 1 and Tier 2 operators

. Source: Cisco VNI Mobile, 2017

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Tiered plans outnumber unlimited plans; unlimited plans continue to lead in data consumption. Although the number of unlimited plans with tier 1 operators is declining, users with tier 1 operators have a higher average usage in gigabytes/month with unlimited plans (Figure 35).

Figure 35. Tiered vs. Unlimited Plans

Note: Study based on to North American Tier 1 and Tier 2 operators.

Source: Cisco VNI Mobile, 2017

The number of shared plans is now a majority compared to that of regular plans. The average data usage for shared plans is approaching that of regular plans (Figure 36).

Figure 36. Shared vs. Regu lar Data Plans

Note: Study based on to North American Tier 1 and Tier 2 operators.

Source: Cisco VNI Mobile, 2017

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Besides mainstream mobile devices, billions of IoT connections will be added over next 5 years. These connections are predominantly either on Wi-Fi and/or on cellular networks. In Figure 36 is the consumption of a small selection of popular IoT devices and their consumption in Megabytes (MB) per hour on the Wi-Fi network at the end of 2016. If these connections were on the mobile network and on a 5 GB data cap, the following Figure 37 shows the number of hours of consumption these IoT connections would take to fill the data cap. There are immense implications on the network design and readiness for the slew of IoT devices coming on to the network, be it Wi-Fi or mobile. Mobile data plans will need to evolve to accommodate the large mix and types of connections for end consumers and subscribers.

Figure 37. New IoT Devices in the Mix: What If They Were on the Mobile/Cellular Network?

Note: *530 MB per hour upload

Source: Nielsen Mobile 2016; Cisco VNI Mobile, 2017

Conclusion

Mobile connectivity has become essential for many network users. Most people already consider mobile voice service a necessity, and mobile voice, data, and video services are fast becoming an integral part of consumers and business users’ lives. Used extensively by consumer as well as enterprise segments, with impressive uptakes in both developed and emerging markets, mobility has proved to be transformational. The number of mobile subscribers has grown rapidly, and bandwidth demand for data and video content continues to increase. Mobile M2M connections represent the fastest growing device/connection category in our forecast. The next 5 years are projected to provide unabated mobile video adoption. Backhaul capacity and efficiency must increase so mobile broadband, data access, and video services can effectively support consumer usage trends and keep mobile infrastructure costs in check.

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We continue to see evolution of mobile networks. While 4G or LTE connectivity is forecasted to have the primary share of the market, there are field trails currently underway for 5G in some countries. Deploying next-generation mobile networks requires greater service portability and interoperability. With the proliferation of mobile and portable devices, there is an imminent need for networks to allow all these devices to be connected transparently, with the network providing high-performance computing and delivering enhanced real-time video and multimedia. New network capabilities have generated uptake of newer advanced mobile services such as augmented reality and virtual reality. We find that this continuous evolution towards enhanced bandwidth, latency, security and openness of mobile networks will broaden the range of applications and services that can be deployed, creating a highly enhanced mobile broadband experience. The expansion of wireless access (both cellular and Wi-Fi) will increase the number of consumers who can access and subsequently rely on mobile networks, creating a need for greater economies of scale and lower cost per bit.

As many business models emerge with new forms of advertising; media and content partnerships; and mobile services including M2M, live gaming, and augmented and virtual reality, a mutually beneficial situation needs to be developed for service providers and over-the-top providers. New partnerships, ecosystems, and strategic consolidations are expected to further transform the wireless networking landscape as mobile operators, content providers, application developers, and others seek to monetize the content, services, and communications that traverse mobile networks. Operators must solve the challenge of effectively monetizing video traffic while developing profitable business cases that support capital infrastructure expenditures needed for 5G. They must become more agile and able to change course quickly and provide innovative services to engage and retain a wide range of customers from technology savvy to technology agnostic. While the net neutrality regulatory process and business models of operators evolve, there is an unmet demand from consumers for the highest quality and speeds. There is a definite move towards wireless technologies becoming seamless with wired networks for ubiquitous connectivity and experiences. The next few years will be critical for operators and service providers to plan future network deployments that will create an adaptable environment in which the multitude of mobile-enabled devices and applications of the future can be deployed.

Appendix A: The Cisco VNI Global Mobile Data Traffic Forecast

Table 4 shows detailed data from the Cisco VNI Global Mobile Data Traffic Forecast. This forecast includes only cellular traffic and excludes traffic offloaded onto Wi-Fi and small cell from dual-mode devices. The “other portable devices” category includes readers, portable gaming consoles, and other portable devices with embedded cellular connectivity. Wearables are included in the “M2M” category.

Table 4. Global Mobile Data Traffic, 2016–2021

2016 2017 2018 2019 2020 2021 CAGR 2016–2021

By Application Category (TB per Month)

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2016 2017 2018 2019 2020 2021 CAGR 2016–2021

Web, data, and VoIP

2,153,676

2,938,884

3,779,988

4,674,801

5,538,615

6,434,681

24%

Video 4,375,000

7,225,123

11,415,329

17,564,661

26,067,686

38,148,326

54%

Audio streaming

559,999 843,394 1,193,711

1,620,662

2,103,876

2,674,183

37%

File sharing 151,874 258,617 403,273 592,352 820,954 1,102,867

49%

By Device Type (TB per Month)

Nonsmartphones

109,505 137,852 169,955 199,173 236,257 269,189 20%

Smartphones 5,887,078

9,328,403

14,076,023

20,710,278

29,484,004

42,017,358

48%

Tablets and PCs

1,085,059

1,514,749

2,040,640

2,681,672

3,457,800

4,439,720

33%

M2M 157,998 284,415 505,292 861,025 1,409,949

2,224,543

70%

Other portable devices

910 599 391 328 432 659 -6%

By Region (TB per Month)

North America

1,411,021

2,000,301

2,776,564

3,753,177

4,838,494

6,397,092

35%

Western Europe

736,377 1,084,396

1,534,120

2,167,831

3,019,843

4,189,615

42%

Asia Pacific 3,109,117

4,900,007

7,434,743

11,048,030

15,911,056

22,845,908

49%

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2016 2017 2018 2019 2020 2021 CAGR 2016–2021

Latin America 449,944 688,890 1,023,408

1,475,498

2,078,670

2,898,651

45%

Central and Eastern Europe

923,803 1,396,079

2,013,989

2,836,076

3,886,561

5,252,334

42%

Middle East and Africa

610,286 1,196,346

2,009,476

3,171,864

4,853,817

7,367,869

65%

Total (TB per Month)

Total Mobile Data Traffic

7,240,550

11,266,018

16,792,300

24,452,476

34,588,442

48,951,469

47%

Source: Cisco Mobile VNI, 2017

The Cisco VNI Global Mobile Data Traffic Forecast relies in part upon data published by Ovum, Machina, Strategy Analytics, Infonetics, Gartner, IDC, Dell’Oro, Synergy, ACG Research, Nielsen, comScore, Verto Analytics, the International Telecommunications Union (ITU), CTIA, and telecommunications regulators in each of the countries covered by VNI.

The Cisco VNI methodology begins with the number and growth of connections and devices, applies adoption rates for applications, and then multiplies the application user base by Cisco’s estimated minutes of use and KB per minute for that application. The methodology has evolved to link assumptions more closely with fundamental factors, to use data sources unique to Cisco, and to provide a high degree of application, segment, geographic, and device specificity.

● Inclusion of fundamental factors: As with the fixed IP traffic forecast, each Cisco VNI Global Mobile Data Traffic Forecast update increases the linkages between the main assumptions and fundamental factors such as available connection speed, pricing of connections and devices, computational processing power, screen size and resolution, and even device battery life. This update focuses on the relationship of mobile connection speeds and the KB-per-minute assumptions in the forecast model. ● Device-centric approach: As the number and variety of devices on the mobile network continue to

increase, it becomes essential to model traffic at the device level rather than the connection level. This Cisco VNI Global Mobile Data Traffic Forecast update details traffic to smartphones; nonsmartphones; laptops, tablets, and netbooks; e-readers; digital still cameras; digital video cameras; digital photo frames; in-car entertainment systems; and handheld gaming consoles. ● Estimation of the impact of traffic offload: The Cisco VNI Global Mobile Data Traffic Forecast

model now quantifies the effect of dual-mode devices and femtocells on handset traffic. Data from the USC Institute for Communication Technology Management’s annual mobile survey was used to model offload effects.

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Appendix B: Global 4G Networks and Connections Tables 5 and 6 show the growth of regional 4G+ connections and wearable devices, respectively.

Table 5. Regional 4G+ Connections Growth

2016 2021

Number of 4G+ Connections (M)

Percent of Total Connections

Number of 4G+ Connections (M)

% of Total Connections

Asia Pacific 1,223 30% 3,199 56%

Central and Eastern Europe

114 17% 579 65%

Latin America

119 16% 536 55%

Middle East and Africa

74 6% 411 23%

North America

321 62% 687 63%

Western Europe

221 34% 731 65%

Global 2,072 26% 6,143 53%

Source: Cisco Mobile VNI, 2017

Table 6. Regional Wearable Devices Growth

2016 2021

Number of Wearable Devices (M)

Percent of Global

Number of Wearable Devices (M)

Percent of Global

Asia Pacific 99.8 31% 258.2 28%

Central and Eastern Europe

17.5 5% 55.6 6%

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Latin America 12.6 4% 39.0 4%

Middle East and Africa

14.0 4% 37.5 4%

North America 127.1 39% 378.8 41%

Western Europe 54.3 17% 159.7 17%

Global 325.3 100% 928.8 100%

Source: Cisco Mobile VNI, 2017

Appendix C: IPv6-Capable Devices, 2016–2021

Table 7 provides the segmentation of IPv6-capable devices by device type, and Table 8 provides regional IPv6-capable forecast details.

Table 7. IPv6-Capable Devices by Device Type, 2016–2021

Devices (M) 2016 2017 2018 2019 2020 2021 CAGR 2016–2021

Global 3,433 4,319 5,279 6,303 7,359 8,401 19.6%

Laptops 122 139 152 163 179 192 9.4%

M2M 382 564 810 1,112 1,458 1,840 36.9%

Nonsmartphones 314 361 355 313 294 287 -1.7%

Other portables 8 6 5 6 7 8 0.1%

Smartphones 2,448 3,064 3,734 4,446 5,118 5,725 18.5%

Tablets 159 186 222 263 303 348 17.0%

Source: Cisco Mobile VNI, 2017

Table 8. IPv6-Capable Devices by Region, 2016–2021

Devices (M) 2016 2017 2018 2019 2020 2021 CAGR 2016–2021

Global 3,433 4,319 5,279 6,303 7,359 8,401 19.6%

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BOLETIM SEMANAL RESERVADO

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Asia Pacific 1,645 2,105 2,572 3,080 3,603 4,118 20.1%

Central and Eastern Europe

369 439 514 592 661 741 15.0%

Latin America 338 408 481 559 643 732 16.7%

Middle East and Africa 314 459 633 830 1,058 1,268 32.2%

North America 345 413 496 575 647 717 15.8%

Western Europe 423 496 583 667 748 824 14.3%

Source: Cisco Mobile VNI, 2017

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