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BOLETIM SEMANAL RESERVADO 1 BS N° 19/18 SEMANA: 21/05/18 a 25/05/18 ASSUNTOS: ESTARÁ MUDANDO O MUNDO DO FACEBOOK? UM TUCANO NO HOSPITAL A POSIÇÃO DE OBAMA, UMA EVENTUAL “RECAÍDA” E AS MUDANÇAS DE POSIÇÃO ITÁLIA VENDERÁ FREQUÊNCIAS PARA 5G UMA EXPLICAÇÃO SOBRE A GDPR TENDO A ESPANHA COMO REFERÊNCIA COMPARTILHAMENTO DA VERDADE…NÃO É ASSIM QUE A INTERNET FUNCIONA NOTA: OS ÍTENS EM VERMELHO INDICAM TEMA NOVO OU ALTERAÇÃO EM ITEM DE EDIÇÕES ANTERIORES. 01.COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA Índice Notas e Observações (N&O) Painel Telebrasil 2018 GDPR – Nova Regulação de Proteção de Dados da Comunidade Europeia Cemig Telecom vende ativos Regulamento Geral de Direitos do Consumidor (RCG) Telefónica e Netflix firmam acordo Crônica do PLC 79/2016 Lei Brasileira de Proteção de Dados Nesta semana o BS selecionou para registro e comentários os tópicos que seguem abaixo:

BOLETIM SEMANAL RESERVADO SEMANA: 21/05/18 a … · Painel Telebrasil 2018 ... O BS faz as considerações num tom de “crônica” para ressaltar que está tão somente colocando

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BS N° 19/18

SEMANA: 21/05/18 a 25/05/18

ASSUNTOS:

ESTARÁ MUDANDO O MUNDO DO FACEBOOK? UM TUCANO NO HOSPITAL

A POSIÇÃO DE OBAMA, UMA EVENTUAL “RECAÍDA” E AS MUDANÇAS DE POSIÇÃO ITÁLIA VENDERÁ FREQUÊNCIAS PARA 5G

UMA EXPLICAÇÃO SOBRE A GDPR TENDO A ESPANHA COMO REFERÊNCIA COMPARTILHAMENTO DA VERDADE…NÃO É ASSIM QUE A INTERNET FUNCIONA

NOTA: OS ÍTENS EM VERMELHO INDICAM TEMA NOVO OU ALTERAÇÃO EM ITEM DE EDIÇÕES ANTERIORES.

01.COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA

Índice

Notas e Observações (N&O)

Painel Telebrasil 2018 GDPR – Nova Regulação de Proteção de Dados da Comunidade Europeia

Cemig Telecom vende ativos Regulamento Geral de Direitos do Consumidor (RCG)

Telefónica e Netflix firmam acordo Crônica do PLC 79/2016

Lei Brasileira de Proteção de Dados

Nesta semana o BS selecionou para registro e comentários os tópicos que seguem abaixo:

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Notas e Observações (N&O)

Painel Telebrasil 2018

Foi realizado em Brasília, nos dias 22, 23 e 24, do corrente mês de maio, a edição de 2018 do Painel Telebrasil.

Um evento bem estruturado e que no corrente ano, na visão do BS, conseguiu superar a visão um tanto quanto conservadora das suas edições de anos anteriores. Naquelas, o “espírito” predominante era de um Setor que estaticamente cobrava do Governo medidas que favorecessem o seu crescimento. A bandeira principal sempre foi a “redução da carga tributária”.

Obviamente este é um problema sério que assola o Setor. É inconcebível que, em algumas situações, tal carga tributária seja igual à da prestação dos serviços. Não existe nada similar em todo o mundo. Mas, é fato que o Governo não reduzirá as alíquotas, pelo menos no futuro mais imediato, pelo que se pode depreender do representante do Ministério do Planejamento, presente em um dos Painéis. É o “realismo fiscal” das contas do governo se impondo.

Então, procuram-se formas de, pelo menos, não se aplicarem critérios irreais de cobrança como seriam, por exemplo, as taxas de Fistel sobre “coisas” na Internet das Coisas que se aproxima. Também, eliminar qualquer possibilidade de novos aumentos das taxas atuais, principalmente do ICMS, que, vez por outra, um Estado da Federação é tentado a modificar para fazer face a seus déficits orçamentários. Tais medidas se mostram realistas e é bem possível que tenham o sucesso desejado.

Pode-se deduzir de algumas manifestações de dirigentes maiores das Operadoras que há uma clara intenção de elas trabalharem em conjunto com o Governo para se encontrarem as melhores alternativas dentro do cenário econômico-financeiro pelo qual passa o País, ao qual se juntam as incertezas de ordem política. O Presidente da Telefônica chegou a mencionar que “o Setor de Telecom tem de se inserir na Agenda Pública”.

Esta é uma iniciativa que o BS considera da maior relevância e sobre a qual já havia se manifestado em edição anterior: trata-se da política das “mãos dadas”. Reconhece-se que não é fácil, por inúmeras razões. Mas, entre elas não deve estar incluída a falta de iniciativa por parte das Operadoras e de suas Associações.

Assim de uma cobrança “estática” se passaria para uma cobrança “dinâmica”, participativa e colaborativa. Mas, para tanto, é necessário que a “outra Parte” também se posicione de forma similar.

Para não fugir à “tradição” deve-se registrar que das 17 propostas previstas na “Carta Telebrasil 2018”, pelo menos 10 delas implicam em alguma forma de “renúncia fiscal”. É importante que os pontos sejam colocados, mas a realidade impõe considerar que as chances de se alcançar algum sucesso no horizonte próximo são muito remotas.

Em anexo da presente edição do BS é reproduzido o texto da Carta Telebrasil referida.

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GDPR – Nova Regulação de Proteção de Dados da Comunidade Europeia

Entrou em vigor, no dia 25/05/2018 a nova Regulação de Proteção de Dados na Comunidade Europeia. O BS já havia feito comentários sobre este tema. Os reflexos poderão ocorrer além das fronteiras da Comunidade. Diversos Sites de outras partes do mundo, inclusive no Brasil, estão “adaptando” suas práticas (Regras de Privacidade) às do GDPR. O próprio Facebook, alvo de grandes polêmicas recentemente, informou que está se ajustando tais regras.

A questão, a partir de agora, é se o GDPR resolve os casos mais críticos de quebra “inconsciente” da privacidade das pessoas, colhendo e, mais do que isto, utilizando seus dados para auferir lucros financeiros.

Na esteira desta medida, é inevitável que as Empresas Tech (OTT) se movimentem para arranjar novas formas de receita de modo a viabilizar seus negócios. Por certo, este será um fator novo a determinar a forma como a Internet será instrumento transacional e de comunicação para as pessoas. A forma como a Sociedade, principalmente a intensamente presente nas chamadas Redes Sociais, deverá ter um papel relevante em como o assunto se desenvolverá daqui para a frente.

No Brasil, está em andamento no Senado Federal um Projeto de Lei cuja tramitação está sendo encaminhada pelo BS. Em item desta edição do BS Nº 19/18 estão sendo dadas informações sobre o tema.

Cemig Telecom vende ativos

Foi oficializado o que se comentava há algum tempo. A Cemig venderá os ativos de Rede da Cemig Telecom, empresa subsidiária que havia incorporado. O Edital foi publicado.

Há expectativa de que Empresas do Setor se apresentem para disputar tais ativos que se espalham por outros Estados da Federação, além de Minas Gerais.

O lance mínimo fixado dos dois lotes que constam do Leilão é de R$ 365 milhões.

Regulamento Geral de Direitos do Consumidor (RCG)

A Anatel prorrogou até o dia 2 de junho (próxima segunda-feira) o recebimento de contribuições sobre o Regulamento Geral de Direitos do Consumidor de Serviços de Telecomunicações (RCG).

Os comentários podem ser feitos pelo link acesse.

Maiores detalhes sobre o assunto podem ser vistos acessando o link rcg.

Telefónica e Netflix firmam acordo

A Telefónica e a Netflix anunciaram um Acordo de parceria global de modo a integrar os serviços da Netflix nas plataformas de TV da Telefónica na Europa e na América Latina, onde ela atua.

Este é mais um indicativo dos movimentos da Telefónica em se “alinhar” com as OTT. Vale lembrar que em fevereiro foi anunciado algo parecido com o Facebook para a implantação do Programa Internet para Todos na América Latina.

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Crônica do PLC 79/2016

O BS fará na sequência alguns comentários sobre o PLC 79/2016, utilizando o texto aprovado na Câmara dos Deputados e que está tramitando no Senado Federal, de modo a ser sancionado pelo Presidente da República, uma vez que seja aprovado nesta Casa do Congresso Nacional.

Conforme já foi mencionado em edições anteriores do BS se houver alguma modificação neste texto no Senado, o PLC deverá retornar à “Casa de Origem”, a Câmara dos Deputados.

Deixam de ser feitos comentários sobre as Cláusulas do PLC que não estão relacionadas diretamente com a questão da “adaptação da modalidade de outorga de serviço de telecomunicações de concessão para autorização”, previstas no texto, como é o caso da transferência de frequências entre Prestadoras e a questão do direito de exploração do Satélite brasileiro.

O BS faz as considerações num tom de “crônica” para ressaltar que está tão somente colocando pontos que devem ser considerados seja o PLC aprovado ou não. A aprovação por si só AUTORIZA a que a “adaptação” possa ser implementada. O BS não pretende fazer juízo de mérito sobre o seu texto.

Há um longo caminho a percorrer de modo a estabelecer as condições (condicionantes) que atendam tanto ao Poder Público, que terá de fazer algumas concessões como às Concessionárias que aderirem ao processo, que deverão claramente assumir obrigações explícitas, substituindo as da Concessão que, de certa forma, estão “difusas” neste, praticamente, final da vigência da Concessão (últimos 7 anos em um período de 25 anos, considerando somente a prorrogação) e, assim, serão “revigoradas”, provavelmente sob um outro “formato”.

Neste particular a Anatel terá um papel relevante pois ela é que deverá atuar no processo em nome do Poder Concedente (União). O Presidente da Agência já deu as linhas gerais do que deverá ser feito, uma vez que o PLC seja aprovado.

O cenário da não aprovação ou de maiores postergações na tramitação do PLC da mesma forma cria situações de certa criticidade, tanto para a Agência como para as Operadoras, diante das incertezas que se colocam.

Na visão do BS, reiterando posição já manifestada anteriormente, este não deve ser um empecilho para que o mais rapidamente possível sejam iniciados estudos para mudanças mais radicais no Modelo de Prestação dos Serviços de Telecomunicação no País. Não somente para resolver algumas inadequações do Regime de Concessão, mas para adaptar o processo às intensas inovações tecnológicas que vem ocorrendo no Setor e que se intensificarão no futuro imediato.

Uma razão adicional para a “crônica” tem origem na realização do Painel Telebrasil 2018, ocorrido nos dias 22, 23 e 24. Foi consensual entre as Operadoras, representadas pelos seus dirigentes máximos, a necessidade de aprovação do PLC para alavancar o crescimento do Setor por se constituir em um indutor de novos investimentos, segundo eles.

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Do lado dos representantes do Governo ligados ao Setor de Telecomunicações uma posição semelhante foi manifestada. O Legislativo também esteve presente através de alguns Deputados Federais próximos do Setor. Da mesma forma indicaram seu apoio ao Projeto, nos seus aspectos gerais.

O representante do Ministério do Planejamento foi um pouco mais prudente ao manifestar a importância do Setor de Telecomunicações na economia do País, mas deixou claro que o processo não pode gerar “perdas” para o Tesouro. Seja com a redução de impostos ou através de outra forma qualquer. Então, é interessante que se fique atento às condições do “acordo” em relação aos “condicionantes” da “adaptação”. Se houver perspectivas de perdas financeiras para o Governo, certamente haverá oposição nas esferas da equipe Econômica.

É reproduzido o texto do PLC e feitos os comentários nele próprio.

Altera as Leis nºs 9.472, de 16 de julho de 1997, para permitir a adaptação da modalidade de outorga de serviço de telecomunicações de concessão para autorização, e 9.998, de 17 de agosto de 2000; e dá outras providências.

O CONGRESSO NACIONAL decreta:

Art. 1º Esta Lei altera as Leis nºs 9.472, de 16 de julho de 1997, para permitir a adaptação da modalidade de outorga de serviço de telecomunicações de concessão para autorização, e 9.998, de 17 de agosto de 2000; e dá outras providências.

Comentário: A Lei (caso venha a ser sancionada) modifica a LGT possibilitando às atuais Concessionárias do STFC – Serviço Telefônico Fixo Comutado – decidirem pela migração para um novo regime de prestação deste Serviço, ou seja: a outorga existente de CONCESSÃO do STFC poderá ser substituída por uma de AUTORIZAÇÃO para a prestação do mesmo STFC.

Algo que quase uma centena de Prestadoras já dispõem no País, inclusive as próprias Empresas Concessionárias quando atuam fora de sua Área de Concessão. Na prática, ocorrerá uma renúncia da Concessão já que a obtenção de uma Autorização não apresenta qualquer dificuldade à luz da regulamentação vigente.

Há condicionantes Mas, o Poder Concedente coloca condicionantes para que a migração possa se concretizar pois há obrigações das Concessionárias que devem ser “compensadas” de alguma forma. As questões fundamentais a definir são: a valoração dessas obrigações até o final da vigência do Contrato de Concessão e a forma como os recursos serão dispendidos, de acordo com prioridades estabelecidas pelo Governo.

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O equilíbrio econômico-financeiro dos Contratos, uma questão “esquecida”

Há que lembrar que também há uma previsão do equilíbrio econômico-financeiro dos Contratos de Concessão. Mas, parece que esta questão não está no radar das discussões correntes. Pelo menos, naquilo que está sendo manifestado publicamente pelos que se posicionam em relação ao PLC. Provavelmente, será “omitida”.

As diferenças entre AUTORIZAÇÃO e CONCESSÃO

Do ponto de vista operacional, a diferença básica é que com a AUTORIZAÇÃO a prestação do Serviço ocorre dentro do chamado Regime Privado, seguindo as leis de mercado; com maior liberdade por parte da Prestadora e sem obrigações de atendimento que não sejam as vinculadas à qualidade do Serviço e aos Direitos do Consumidor. Na Concessão a exploração do Serviço é no chamado Regime Público, onde são estabelecidas algumas obrigações, tanto para o Poder Concedente quanto para a Concessionária. Portanto, se o processo avançar tais obrigações deixarão de ser aplicáveis.

Em palavras mais diretas, as Prestadoras ficam livres para prestar o serviço de acordo com suas estratégias comerciais tendo em vista o processo competitivo existente e as demandas colocadas pelo mercado. Conforme foi antes mencionado, as Prestadoras ficam livres de obrigações contratuais impostas pela CONCESSÃO e se submetem basicamente à legislação do “sistema de defesa econômica”, sobre a qual se pautam as atividades do CADE1.

Do ponto de vista prático, elas serão submetidas a controle regulatório menos específico em determinados itens associados à prestação dos serviços, tais como: prazos limite de atendimento às solicitações dos usuários; obrigações de universalização; atendimentos de caráter social (TP), Serviços de Atendimento de Emergência, etc.

O Interesse Público e “interpretações” da regulamentação

No entanto, por se tratar de serviços de Interesse Público, algumas interpretações da legislação e da regulamentação, podem ser “ajustadas” para o cumprimento de determinadas “obrigações” gerais, não especificadas nos Termos de Autorização, uma vez que elas sejam consideradas realmente como sendo de interesse público.

Esta condição relativamente subjetiva, que permite entendimentos com alguma dose de “discricionariedade” por parte do Poder Público em algumas circunstâncias, é considerada uma “incerteza regulatória”. O Interesse Público pode “influenciar” a interpretação do Órgão Regulador vinculado à prestação dos Serviços com um viés voltado para o social. Assim, há um potencial de “sobreposição” de obrigações para as Prestadoras que uma leitura mais ortodoxa da regulamentação não exigiria.

1 O Conselho Administrativo de Defesa Econômica - Cade é uma autarquia federal, vinculada ao Ministério da Justiça, com sede e foro no Distrito Federal, que exerce, em todo o Território nacional, as atribuições dadas pela Lei nº 12.529/2011. O Cade tem como missão zelar pela livre concorrência no mercado, sendo a entidade responsável, no âmbito do Poder Executivo, não só por investigar e decidir, em última instância, sobre a matéria concorrencial, como também fomentar e disseminar a cultura da livre concorrência.

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Então, as Prestadoras têm de conviver com tal perspectiva. Para bem da verdade, esta condição ainda que apresente inconveniências, não tem sido o maior dos problemas com os quais elas se defrontam no trato cotidiano de assuntos regulatórios. Portanto, não se espera que este aspecto seja um fator determinante para a decisão de eventual migração e é mencionado a título de simples registro porque usualmente ele costuma ser levantado quando as análises assumem proporções mais detalhadas.

Na prática pode se extinguir a Concessão e haverá complexidades

Do ponto de vista estrutural fica a dúvida se, na prática, não se está eliminando do arcabouço legal das telecomunicações brasileiras a figura da CONCESSÃO, ainda que ela não esteja sendo extinta na proposta legislativa. Mesmo porque, se assim fosse, a condição de migração teria que ser impositiva. Ao assim não ser, abre-se a possibilidade de algumas Concessionárias não aceitarem a mudança de Regime, na hipótese de aprovação do PLC.

Sabe-se que as atuais Concessões expiram em 2025. O PLC está permitindo que seja feita a migração das atuais Concessionárias. Na hipótese de todas elas aceitarem se submeter ao processo não mais existirão Concessionárias no cenário das Telecomunicações de Interesse Coletivo no Brasil, ainda que seja mantida a figura da CONCESSÃO nas disposições legais vigentes.

Algo que parece soar estranho, pois qualquer nova Concessão que vier a ser concedida deve ser precedida de uma Licitação. É impraticável uma licitação de STFC, pois este Serviços, conforme amplamente comentado, está em processo de “extinção”, em função dos avanços tecnológicos e não se viabiliza técnica nem economicamente. A conclusão óbvia é que não haverá mais este tipo de outorga o que leva à conclusão que o cenário de 2025 – prazo em que expiram as atuais Concessões – será antecipado para o momento em que se consolidarem as migrações, caso elas venham a ocorrer.

Então, a eventual decisão em manter a figura da CONCESSÃO por qualquer razão, pressupõe um outro tipo de Serviço e a realização de uma Licitação Pública. Fala-se muito em “Banda Larga” que não é um Serviço, mas, tão somente, uma denominação para uma das diversas formas de acesso às Redes de Telecomunicação. No Brasil, o Serviço que suporta a Banda Larga é o SCM – Serviço de Comunicação Multimídia.

A reformulação do Modelo Brasileiro de Prestação dos Serviços de Telecomunicação

Na visão do BS para que se possa estabelecer a prestação do SCM em Regime de Concessão é necessário desenvolver uma completa reformulação do Modelo de Prestação de Serviços de Telecomunicação no País. Algo que o BS, reiteradamente vem defendendo, MAS SEM ENVOLVER A FIGURA DA CONCESSÃO.

Então, pode-se verificar o nível de polêmica que esta questão pode suscitar vista por um viés político. Sempre haverá os que argumentarão que para haver a UNIVERSALIZAÇÃO da Banda Larga é

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necessário que se mantenha a figura da CONCESSÃO 2. Ou, então, para garantir a CONTINUIDADE da prestação dos Serviços. Uma particularidade que pode ser revista considerando a existência de mais de uma Prestadora em todas as localidades. Este fato, em tese, permite a garantia da continuidade do Serviço, ainda que em condições não ideais, até que a situação seja equacionada.

Há, ainda, a possibilidade de alguma forma de “intervenção” dentro do nível de “discricionariedade” antes mencionado, sob a alegação do Interesse Público. Uma alternativa que o BS menciona como mera hipótese pois sua materialização encontraria óbices consideráveis e somente seria aplicável em situações extremas.

O PLC se aprovado será AUTORIZATIVO e não IMPOSITIVO

Vale reiterar que a Lei é AUTORIZATIVA! Ela não impõe a obrigatoriedade, tanto ao Poder Concedente quanto às Entidades Concedidas, no caso, as Operadoras dos Serviços de Telecomunicação para aderirem ao processo.

AUTORIZAÇÃO com obrigações

Mas algumas “OBRIGAÇÕES” serão impostas as quais serão “balizadoras” do processo. São estas “obrigações regulamentares” que deverão ser negociadas para que o Poder Público aceite a migração e para que as Entidades Concedidas aceitem participar de tal processo.

Na definição dessas “obrigações” é que reside a essência da questão. Uma questão bastante complexa que necessita de estudos profundos e detalhados. As condições gerais estão colocadas no texto do PLC. As condições particulares ainda deverão ser definidas pelo Regulador. Este, por seu lado – a palavra pode ser forte, mas, parece ser aplicável – estará “tutelado” pelos Órgãos de Controle e “monitorado” pelas Entidades que se apresentam como defensoras dos consumidores e do Interesse Público.

As discussões prometem ser acirradas e se alongar. O interesse manifestado pelas atuais Concessionárias na aprovação do PLC 79 é obvio. Mas, também é óbvio que a concretização de tal interesse dependerá das condições que vierem a ser propostas pelo Poder Concedente de forma que, de sua parte, ele considere ser do “Interesse Público”.

Sempre lembrando que condições razoáveis de operação a serem atendidas pelas Prestadoras é algo de Interesse Público. Um ponto que o BS defende, mas que, via de regra, não é entendido num consenso mais amplo por se considerar uma forma de “favorecimento” para as Empresas envolvidas, em detrimento dos interesses dos consumidores (usuários).

As obrigações não impactam as Concessionárias da mesma forma

Ainda deve ser observado que as obrigações variam de Concessionária para Concessionária. É óbvio verificar, mesmo sem uma avaliação mais profunda, que os reflexos na Oi serão substancialmente

2 Esta é uma tese que o BS não endossa. É plenamente possível que se estabeleçam objetivos de universalização da prestação do Serviço que permita o acesso de Banda Larga às Redes de Telecomunicação sem a figura da Concessão. Atualmente o Conselheiro Aníbal Diniz lidera um movimento na Anatel para uma proposta de mudanças na legislação do FUST de modo que seus recursos possam ser aplicados sem a interveniência obrigatória de uma Concessionária.

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superiores aos das outras Concessionárias 3. Então, há um cenário imaginável de Concessionárias que aceitam a migração e outras que não aceitam. Uma condição que impõe a manutenção da figura da Concessão do STFC até 2025.

Esta condição obrigará a Anatel a continuar convivendo com os dois Regimes de Prestação o que, muito provavelmente, não está em linha com suas pretensões. O ideal seria resolver esta questão desde logo, e não esperar 2025 quando pode ocorrer o indesejável cenário de uma Concessionária devolver a Concessão para o Estado.

Um cenário futuro: e se as Concessionárias (ou alguma delas) não aceitar a migração?

Neste cenário fica a indagação: o que fará ele (o Estado) com a Concessão devolvida e um “acervo” de Bens Reversíveis, provavelmente, em situação imprestável para a operação qualificada na sua grande parte?

Tendo em vista estas considerações, o BS fará algumas outras complementares mais sucintas com base no texto do PLC.

Art. 2º A Lei nº 9.472, de 16 de julho de 1997, passa a vigorar acrescida dos seguintes arts. 68-A, 68-B e 68-C: 4

“Art. 68-A. A Agência poderá autorizar, mediante solicitação da concessionária, a adaptação do instrumento de concessão para autorização, condicionada à observância dos seguintes requisitos:

I – manutenção da prestação do serviço adaptado e compromisso de cessão de capacidade que possibilite essa manutenção, nas áreas sem competição adequada, nos termos da regulamentação da Agência;

II – assunção, pela requerente, de compromissos de investimento, conforme o art. 68-B;

III – apresentação, pela requerente, de garantia que assegure o fiel cumprimento das obrigações previstas nos incisos I e II; e

IV – adaptação das outorgas para prestação de serviços de telecomunicações e respectivas autorizações de uso de radiofrequências detidas pelo grupo empresarial da concessionária em termo único de serviços.

Comentário: está evidente que a nova Autorizada, em decorrência da migração, deverá assumir obrigações que não são aplicáveis a uma Autorizada convencional. São obrigações típicas de uma Empresa que tem Poder de Mercado Significativo. Isto, por si só, pode impor condições regulatórias

3 Concessionárias do STFC que atuam no País: Oi, Telefônica Brasil, Embratel, CTBC, Sercomtel. 4 Art. 68 da LGT: Art. 68. É vedada, a uma mesma pessoa jurídica, a exploração, de forma direta ou indireta, de uma mesma modalidade de serviço nos regimes público e privado, salvo em regiões, localidades ou áreas distintas.

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assimétricas que dificultem ou inviabilizem uma competição saudável. Alguns pontos específicos merecem relevo:

(i) Manutenção do serviço adaptado - A palavra manutenção pressupõe diferentes entendimentos. No caso, o BS tende a achar que se trata de uma forma de garantir a “continuidade” do Serviço STFC. Como isto ocorrerá é difícil de antever, se a própria Empresa poderá deixar de existir (uma situação extrema somente para exemplificar).

(ii) Compromisso de cessão de capacidade que possibilite essa manutenção nas áreas sem competição adequada – uma outra condição complexa de atender em situações nas quais o atendimento já é complicado para a nova Autorizada que, na prática, tem de viabilizar a concorrência para competir com ela própria.

(iii) Compromisso de investimento – esta, provavelmente, é a condição mais crítica de todo o processo. Como Empresa Autorizada ela tem de investir onde ela não o faria sem tal compromisso. E, como o BS tem salientado em outras oportunidades não é somente o investimento. Mas, também, a manutenção de uma operação que, muito provavelmente, será deficitária e, portanto, terá de ser “subsidiada” por outras operações que se pressupõe sejam necessariamente rentáveis em nível suficiente para permitir cobrir o “rombo” inevitável.

(iv) Garantia que assegure o fiel cumprimento das obrigações previstas – um outro elemento que resultará em razoável ônus para a nova Autorizada. Uma garantia desta natureza tem um custo diretamente proporcional ao volume das obrigações envolvidas. E, ainda, há o eventual custo das penalizações caso o Regulador considere que as obrigações não foram cumpridas adequadamente.

§ 1º Na prestação prevista no inciso I, deverão ser mantidas as ofertas comerciais do serviço adaptado existentes à época da aprovação da adaptação nas áreas sem competição adequada, nos termos da regulamentação da Agência.

Comentário: trata-se de uma condição complicada em termos concorrenciais pois esta obrigação pode tolher as iniciativas da nova “Autorizada” no sentido de elaborar Planos que sejam mais favoráveis para os usuários e para a sua própria estratégia de negócios. Que adianta, por exemplo, ela elaborar novos Planos se for obrigada a manter os existentes e os usuários, por qualquer razão, preferirem os antigos?

§ 2º Ressalvadas as obrigações previstas nos incisos I e II, o processo de adaptação previsto no inciso IV dar-se-á de forma não onerosa, mantidos os prazos remanescentes das autorizações de uso de radiofrequências.

§ 3º As garantias previstas no inciso III deverão possibilitar a sua execução por terceiro beneficiado, de forma a assegurar o cumprimento das obrigações associadas às garantias.

Comentário: o BS não tem dificuldades em entender o que se deseja alcançar com este parágrafo. Por que envolver um terceiro beneficiário em algo que já é complexo? E, quem poderia ser ele?

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§ 4º O contrato de concessão deverá ser alterado para fixar a possibilidade de adaptação prevista no caput deste artigo.

Comentário: um outro parágrafo que o BS tem dificuldade em entender. Para que alterar o Contrato de Concessão se ele deixará de existir para as Concessionárias que resolverem efetuar a migração°. Na verdade, entende-se que ele deverá ser extinto no caso das Concessionárias que aderirem ao processo de migração.

§ 5º Após a adaptação prevista no caput, poderá ser autorizada a transferência do termo previsto no inciso IV, no todo ou em parte, conforme regulamentação da Agência Nacional de Telecomunicações - ANATEL, desde que preservada a prestação do serviço.”

“Art. 68-B. O valor econômico associado à adaptação do instrumento de concessão para autorização prevista no art. 68-A será determinado pela Agência, com indicação da metodologia e dos critérios de valoração.

Comentário: esta é a essência do processo, na visão do BS. A determinação do seu “valor econômico”, que será uma decorrência dos “critérios de valoração” e da “metodologia” empregada. A Anatel deverá fixar estes critérios. Naturalmente, eles tenderão a ser favoráveis ao Poder Concedente o que, por certo, gerará discordâncias por parte das Empresas. Como se chegará a algo justo e mutuamente aceito pelas Partes? Qual é a lógica de desenvolver estudos; ocupar os servidores da Agência; gastar com Consultorias; gerar expectativas e, no final, nada ocorrer? Como o BS fez referência ao jargão popular em sua edição anterior: “nadou, nadou e morreu na praia”. Uma hipótese desta natureza não pode correr o risco de se materializar.

§ 1º O valor econômico referido no caput deste artigo será a diferença entre o valor esperado a partir da exploração do serviço adaptado em regime de autorização e o valor esperado da exploração desse serviço em regime de concessão, calculados a partir da adaptação.

Comentário: na visão do BS é extremamente difícil se fazer um estudo desta natureza que resulte em um entendimento pleno e uma aceitação consensual. Na verdade, estão se comparando coisas com características diferentes de cuja diferença sairá o valor base para os investimentos a serem feitos, mediante prioridade definida pelo Poder Executivo, conforme está estabelecido no parágrafo seguinte.

§ 2º O valor econômico referido no caput deste artigo será revertido em compromissos de investimento, priorizados conforme diretrizes do Poder Executivo.

§ 3º Os compromissos de investimento priorizarão a implantação de infraestrutura de rede de alta capacidade de comunicação de dados em áreas sem competição adequada e a redução das desigualdades, nos termos da regulamentação da Agência.

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Comentário: fica confirmado o “espírito” da lei no sentido de que a Empresa investirá para proporcionar condições de competição contra si própria em “áreas sem competição adequada”, pressupondo atendimentos de caráter social.

§ 4º Os compromissos de investimento mencionados neste artigo deverão integrar o termo de autorização de prestação de serviços previsto no inciso IV do art. 68-A.

§ 5º Os compromissos de investimento deverão incorporar a oferta subsidiada de tecnologias assistivas para acessibilidade de pessoas com deficiência, seja às redes de alta capacidade de comunicação de dados, seja aos planos de consumo nos serviços de comunicações para usuários com deficiência, nos termos da regulamentação da Agência.”

Comentário: é facilmente verificável que se pretende com a migração atender situações que deveriam ser cobertas pelo FUST. Como a utilização deste Fundo está inviabilizada – pelo menos no curto e médio prazo – a iniciativa é no sentido de arranjar uma forma de compensar a sua não aplicação. Conforme o BS mencionou na edição anterior: é uma “alternativa criativa”.

“Art. 68-C. Para efeito do cálculo do valor econômico mencionado no art. 68-B, serão considerados bens reversíveis, se houver, os ativos essenciais e efetivamente empregados na prestação do serviço concedido.

Parágrafo único. Os bens reversíveis utilizados para a prestação de outros serviços de telecomunicações, explorados em regime privado, serão valorados na proporção de seu uso para o serviço concedido.”

Comentário: De início é necessário salientar que a possibilidade de migração está associada à oferta de contrapartidas por parte das atuais Concessionárias. Tais contrapartidas são claramente uma forma de o Poder Concedente colocar obrigações de prestação dos Serviços que elas (as Concessionárias) não realizariam dentro de suas estratégias comerciais 5.

Art. 3º O art. 19 da Lei nº 9.472, de 16 de julho de 1997, passa a vigorar acrescido do seguinte inciso XXXII: 6

“Art. 19. .....................................................................................................

5 O BS traçou considerações sobre esta questão na sua Edição Nº 18/18 no item: O PLC 79, o Novo Modelo, a visão do BS, uma releitura do processo. Para os leitores que tiverem tempo, a releitura deste item pode ser interessante para um melhor entendimento das presentes considerações. Aqui se trata de forma mais objetiva o que lá se abordava de modo mais teórico e prospectivo.

6 Art. 19 da LGT:

Art. 19. À Agência compete adotar as medidas necessárias para o atendimento do interesse público e para o desenvolvimento das telecomunicações brasileiras, atuando com independência, imparcialidade, legalidade, impessoalidade e publicidade, e especialmente:

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XXXII – reavaliar, periodicamente, a regulamentação com vistas à promoção da competição e à adequação à evolução tecnológica e de mercado.”(NR) 7

Art. 4º O § 1º do art. 65 da Lei nº 9.472, de 16 de julho de 1997, passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 65. ...............................

§ 1° Poderão ser deixadas à exploração apenas em regime privado as modalidades de serviço de interesse coletivo que, mesmo sendo essenciais, não estejam sujeitas a deveres de universalização.”(NR) 8

Comentário: O BS não consegue alcançar a necessidade deste §1º, pois não é a essencialidade que define a universalização de um Serviço, mas o fato de ele ser caracterizado como tal na legislação. Em tese, qualquer Serviço de telecomunicação tem algum nível de essencialidade. Naturalmente, este é um conceito sobre o qual podem ser estabelecidas divergências de interpretação. Art. 5º O art. 99 da Lei nº 9.472, de 16 de julho de 1997, passa a vigorar com a seguinte redação: 9

“Art. 99. O prazo máximo da concessão será de vinte anos, podendo ser prorrogado, por iguais períodos, sendo necessário que a concessionária tenha cumprido as condições da concessão e obrigações já assumidas e manifeste expresso interesse na prorrogação, pelo menos, trinta meses antes de sua expiração.”(NR)

Comentário: Esta é uma condição que parece não ter aplicação à luz das considerações feitas.

7 Um inciso que seria dispensável. Faz parte das atribuições usuais de qualquer Entidade Reguladora este tipo de “reavaliação”.

8 8 Art. 65 LGT:

Art. 65. Cada modalidade de serviço será destinada à prestação:

I - exclusivamente no regime público;

II - exclusivamente no regime privado; ou

III - concomitantemente nos regimes público e privado. 9 Art. 99. O prazo máximo da concessão será de vinte anos, podendo ser prorrogado, uma única vez, por igual

período, desde que a concessionária tenha cumprido as condições da concessão e manifeste expresso interesse na prorrogação, pelo menos, trinta meses antes de sua expiração.

§ 1° A prorrogação do prazo da concessão implicará pagamento, pela concessionária, pelo direito de exploração do serviço e pelo direito de uso das radiofrequências associadas, e poderá, a critério da Agência, incluir novos condicionamentos, tendo em vista as condições vigentes à época.

§ 2° A desistência do pedido de prorrogação sem justa causa, após seu deferimento, sujeitará a concessionária à pena de multa.

§ 3° Em caso de comprovada necessidade de reorganização do objeto ou da área da concessão para ajustamento ao plano geral de outorgas ou à regulamentação vigente, poderá a Agência indeferir o pedido de prorrogação.

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Art. 6º O art. 132 da Lei nº 9.472, de 16 de julho de 1997, passa a vigorar com a seguinte redação: 10

“Art. 132. É condição objetiva para obtenção de autorização de serviço a disponibilidade de radiofrequência necessária, no caso de serviços que a utilizem.”(NR)

Art. 7º O art. 133 da Lei nº 9.472, de 16 de julho de 1997, passa a vigorar acrescido do seguinte parágrafo único: 11

“Art. 133. .............................

Parágrafo único. A Agência deverá verificar a situação de regularidade fiscal da empresa relativamente a entidades integrantes da administração pública federal, podendo, ainda, quando se mostrar relevante, requerer comprovação de regularidade perante as esferas municipal e estadual do poder público.”(NR)

Art. 8º O art. 163 da Lei nº 9.472, de 16 de julho de 1997, passa a vigorar acrescido dos seguintes §§ 4º e 5º: 12

10 Art. 132 da LGT:

Art. 132. São condições objetivas para obtenção de autorização de serviço: I - disponibilidade de radiofrequência necessária, no caso de serviços que a utilizem; II - apresentação de projeto viável tecnicamente e compatível com as normas aplicáveis. 11 Art. 133 da LGT:

Art. 133. São condições subjetivas para obtenção de autorização de serviço de interesse coletivo pela empresa:

I - estar constituída segundo as leis brasileiras, com sede e administração no País;

II - não estar proibida de licitar ou contratar com o Poder Público, não ter sido declarada inidônea ou não ter sido punida, nos dois anos anteriores, com a decretação da caducidade de concessão, permissão ou autorização de serviço de telecomunicações, ou da caducidade de direito de uso de radiofrequência;

III - dispor de qualificação técnica para bem prestar o serviço, capacidade econômico-financeira, regularidade fiscal e estar em situação regular com a Seguridade Social;

IV - não ser, na mesma região, localidade ou área, encarregada de prestar a mesma modalidade de serviço. 12 Art. 163 da LGT:

Art. 163. O uso de radiofrequência, tendo ou não caráter de exclusividade, dependerá de prévia outorga da Agência, mediante autorização, nos termos da regulamentação.

§ 1° Autorização de uso de radiofrequência é o ato administrativo vinculado, associado à concessão, permissão ou autorização para prestação de serviço de telecomunicações, que atribui a interessado, por prazo determinado, o direito de uso de radiofrequência, nas condições legais e regulamentares.

§ 2° Independerão de outorga:

I - o uso de radiofrequência por meio de equipamentos de radiação restrita definidos pela Agência;

II - o uso, pelas Forças Armadas, de radiofrequências nas faixas destinadas a fins exclusivamente militares.

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“Art. 163. .............................. .........................................................................

§ 4º A transferência da autorização de uso de radiofrequências entre prestadores de serviços de telecomunicações dependerá de anuência da Agência, nos termos da regulamentação.

Comentário: esta figura de “transferência da autorização de uso de radiofrequências entre prestadoras de serviços de telecomunicações” é uma novação do PLC. O BS deixará de fazer considerações sobre esta modificação da legislação, com consideráveis impactos na regulamentação, nesta oportunidade, por ser um tema que não está ligado diretamente à questão da migração de Concessão para Autorização, objeto das presentes considerações. Mas, deve ser reconhecido que não se trata de um tema consensual, potencial gerador de divergências consideráveis.

§ 5º Na anuência prevista no § 4º, a Agência poderá estabelecer condicionamentos de caráter concorrencial para sua aprovação, tais como limitações à quantidade de radiofrequências transferidas.”(NR)

Art. 9º O art. 167 da Lei nº 9.472, de 16 de julho de 1997, passa a vigorar com as seguintes alterações: 13

“Art. 167. No caso de serviços autorizados, o prazo de vigência será de até vinte anos, prorrogável por iguais períodos, sendo necessário que a autorizada manifeste prévio e expresso interesse e cumpridas as obrigações já assumidas.

§ 3º Na prorrogação prevista no caput, deverão ser estabelecidos compromissos de investimento, conforme diretrizes do Poder Executivo, alternativamente ao pagamento de todo ou parte do valor do preço público devido pela prorrogação.”(NR)

Comentário: idem, comentário anterior.

Art. 10. O art. 172 da Lei nº 9.472, de 16 de julho de 1997, passa a vigorar com as seguintes alterações: 14

§ 3° A eficácia da autorização de uso de radiofrequência dependerá de publicação de extrato no Diário Oficial da União.

13 Art. 167 da LGT:

Art. 167. No caso de serviços autorizados, o prazo de vigência será de até vinte anos, prorrogável uma única vez por igual período.

§ 1° A prorrogação, sempre onerosa, poderá ser requerida até três anos antes do vencimento do prazo original, devendo o requerimento ser decidido em, no máximo, doze meses.

§ 2° O indeferimento somente ocorrerá se o interessado não estiver fazendo uso racional e adequado da radiofrequência, se houver cometido infrações reiteradas em suas atividades ou se for necessária a modificação de destinação do uso da radiofrequência.

14 Art. 172 da LGT

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“Art. 172. O direito de exploração de satélite brasileiro para transporte de sinais de telecomunicações assegura a ocupação da órbita e o uso das radiofrequências destinadas ao controle e monitoração do satélite e à telecomunicação via satélite, por prazo de até quinze anos, podendo esse prazo ser prorrogado, nos termos da regulamentação, desde que cumpridas as obrigações já assumidas.

§ 2° O direito de exploração será conferido mediante processo administrativo estabelecido pela Agência.

§ 3º O direito será conferido a título oneroso, podendo o pagamento, conforme dispuser a Agência, ser convertido em compromissos de investimento, conforme diretrizes do Poder Executivo.”(NR)

Comentário: idem comentário anterior.

Art. 11. O inciso IV do art. 6º da Lei nº 9.998, de 17 de agosto de 2000, passa a vigorar com a seguinte redação: 15

“Art. 6º ................................

IV - contribuição de 1% (um por cento) sobre a receita operacional bruta, decorrente de prestação de serviços de telecomunicações nos regimes público e privado, a que se refere o inciso XI do art. 21 da Constituição Federal, excluindo-se o Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação – ICMS, o Programa de

Art. 172. O direito de exploração de satélite brasileiro para transporte de sinais de telecomunicações assegura a ocupação da órbita e o uso das radiofrequências destinadas ao controle e monitoração do satélite e à telecomunicação via satélite, por prazo de até quinze anos, podendo esse prazo ser prorrogado, uma única vez, nos termos da regulamentação.

§ 1º Imediatamente após um pedido para exploração de satélite que implique utilização de novos recursos de órbita ou espectro, a Agência avaliará as informações e, considerando-as em conformidade com a regulamentação, encaminhará à União Internacional de Telecomunicações a correspondente notificação, sem que isso caracterize compromisso de outorga ao requerente.

§ 2° Se inexigível a licitação, conforme disposto nos arts. 91 e 92 desta Lei, o direito de exploração será conferido mediante processo administrativo estabelecido pela Agência.

§ 3° Havendo necessidade de licitação, observar-se-á o procedimento estabelecido nos arts. 88 a 90 desta Lei, aplicando-se, no que couber, o disposto neste artigo.

§ 4º O direito será conferido a título oneroso, podendo o pagamento, conforme dispuser a Agência, fazer-se na forma de quantia certa, em uma ou várias parcelas, bem como de parcelas anuais ou, complementarmente, de cessão de capacidade, conforme dispuser a regulamentação. 15 Inciso IV do Art. 6º da Lei nº 9.998 (Lei do FUST) IV – contribuição de um por cento sobre a receita operacional bruta, decorrente de prestação de serviços de telecomunicações nos regimes público e privado, exluindo-se o Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transportes Interestadual e Intermunicipal e de Comunicações – ICMS, o Programa de Integração Social – PIS e a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – Cofins;

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Integração Social – PIS e a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – COFINS; ”(NR)

Comentário: idem comentário anterior.

Art. 12. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 13. Ficam revogados o parágrafo único do art. 64 e o art. 168 da Lei nº 9.472, de 16 de julho de 1997.

CÂMARA DOS DEPUTADOS, de de 2016.

RODRIGO MAIA Presidente

Lei Brasileira de Proteção de Dados

Está em tramitação no Congresso Nacional uma Lei que “Dispõe sobre a proteção, o tratamento e o uso dos dados pessoais” dos usuários das Redes de Telecomunicação.

O tema ganha relevância na esteira da entrada em vigor do GPDR, na Comunidade Europeia.

A matéria está na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado tendo como Relator o Senador Ricardo Ferraço, e recebeu algumas Emendas, conforme está indicado no texto abaixo, reproduzido do Site do Senado.

Já foi aprovado um Requerimento dos Líderes concedendo urgência à tramitação do PLS.

SF PLS 00330 2013

Ementa: Dispõe sobre a proteção, o tratamento e o uso dos dados pessoais, e dá outras providências. 24/05/2018 SACAE - Secretaria de Apoio à Comissão de Assuntos Econômicos

Situação: MATÉRIA COM A RELATORIA

Em 24/05/2018, foram apresentadas as Emendas nºs 54, 55 e 56, de autoria do senador Paulo Rocha. Anexadas ao processado às fls. 314 a 319. Ao relator, senador Ricardo Ferraço, para análise das emendas. (Tramitam em conjunto os Projetos de Lei do Senado nºs 330, de 2013; e 131 e 181, de 2014).

24/05/2018 SACAE - Secretaria de Apoio à Comissão de Assuntos Econômicos

À SLSF, em virtude de aprovação de requerimento de urgência para a matéria.

24/05/2018 SLSF - Secretaria Legislativa do Senado Federal

Juntado, às fls. 320 a 322, requerimento de líderes, aprovado na sessão deliberativa ordinária de 23.04.2018, solicitando urgência ao PLS nº 330, de 2013 (que tramita em conjunto com os PLSs nºs 131, de 2014, e 181, de 2014).

24/05/2018 SLSF - Secretaria Legislativa do Senado Federal

Foi recebida, na Secretaria-Geral da Mesa, a Emenda nº 57-PLEN ao PLS 330/2013, do Senador Telmário Mota.

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02. ESTARÁ MUDANDO O MUNDO DO FACEBOOK?

Se imagens podem dar uma interpretação que as palavras não conseguem transmitir o BS coloca à consideração dos seus leitores o Zuckerberg de ontem e de hoje em fotos.

Ontem, o homem que com uma imagem casual simbolizava uma Empresa poderosa, crescendo sem limites, em proporções gigantescas. Quase “dona do mundo”! Uma presença icônica em qualquer evento tech principalmente nos de sua Empresa, o Facebook.

Hoje, em um “costume” sóbrio, andando pelos “parlamentos” do mundo, pedindo “perdão” por “falhas cometidas” que “não deverão se repetir”.

Qual deles será o Zuckerberg real daqui para a frente? Estará, realmente, mudando o mundo do Facebook?

Zuckerberg ontem

Zuckerberg hoje

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03. UM TUCANO NO HOSPITAL

Brasília é um local de surpresas. Algumas delas agradáveis e inesperadas.

Imagine-se que o BS estava com seu carro estacionado em frente de um Hospital num local movimentado da cidade. E se depara com uma cena inusitada: um tucano real, em carne e osso, brincando com ele mesmo na superfície espelhada do prédio, por longo tempo

Algumas fotos foram tiradas e reproduzidas abaixo. O assunto não tem nada a ver com telecomunicação. Mas, a figura do tucano é bastante citada diariamente na crônica política e o BS resolveu trazer o assunto aos seus leitores.

Os que gostam de pássaros e são tocados pelas questões ecológicas e de preservação de animais e de espécies devem se sentir radiantes.

Como um tucano está livre em Brasília voando e se divertindo alegremente em pleno Lago Sul da Capital em um dia agitado de greve de caminhoneiros é algo extraordinário.

Terá isto algum simbolismo que transcende o limitado entendimento do BS?

Tucanos reais andando pelos céus de Brasília seriam “mensageiros” de algo que não seja a manifestação de um mundo em que coisas aparentemente inexpressivas devem ser valorizadas, quando o materialismo se apresenta de forma sedutora perante uma sociedade um tanto quanto acomodada e, até desorientada?

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04. A POSIÇÃO DE OBAMA, UMA EVENTUAL “RECAÍDA” E AS MUDANÇAS DE POSIÇÃO

Aparentemente o ex-Presidente Obama teve uma “recaída”!

Ele que foi durante o seu mandato ardoroso defensor das Tech Companies dos Estados Unidos, aí se considerando, obviamente, os seus “métodos de trabalho”, agora parece estar revendo alguns conceitos; pelo menos, no discurso.

Numa recente conferência durante a realização de um evento tech em Las Vegas reconheceu a “necessidade de as companhias tech do Vale do Silício serem reguladas e de melhorar a maneira como elas lidam com a violação de dados”.

A repercussão de suas palavras está refletida em uma matéria de Julie Bort, publicado no Site Business Insiders, com o título: “Obama sounds off on the need for Silicon Valley tech companies to be regulated and improve the way they handle data breaches”.

O BS recebe bem esta sua posição que, assim parece, está se difundindo nos meios políticos dos USA, com tendência a se refletir nos segmentos mais radicais da Open Internet.

Particularmente o BS concorda com ele quando diz: “conversas entre as companhias tech e os congressistas necessitam acontecer mais frequentemente de modo que todos os envolvidos nivelem seus entendimentos em relação às preocupações de cada um”.

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Esta é uma questão que o BS tem repercutido de modo discreto em suas considerações, mas que, em sua opinião, deve ser levada mais a sério de modo a tornar a legislação e a regulação ajustadas aos interesses das Partes. Da indústria e do interesse público defendido pelo Estado, passando pelas associações que defendem os consumidores.

Obviamente, a “regulação” que Obama prega deve ser interpretada como aquela em que o mercado é livre e as condições de negociação entre as Partes são preservadas dentro dos princípios da isonomia e da transparência. Tudo, sobre a “supervisão”, ou se for o caso, o “controle” da Entidade Reguladora: seja do mercado, seja dos Setores envolvidos nas discussões.

Que estas palavras possam significar uma real mudança da forma como as Empresas da Internet têm se posicionado: abertura para os outros (Neutralidade de Rede), mas fechamento completo em relação às suas próprias atividades (fornecimento de dados sem o conhecimento os usuários).

Na sequência é reproduzido o texto mencionado que deu causa a estas rápidas considerações. Interessantes por se tratar de menção a uma pessoa icônica para o mundo da Internet como é o caso da do ex-Presidente Obama.

Obama sounds off on the need for Silicon Valley tech companies to be regulated and improve the way they handle data breaches

Business Insiders – 05/24/2018 - Julie Bort

Barack Obama and Okta founder CEO Todd McKinnon Okta. Used by permission

• Barack Obama talked about Silicon Valley and the need for regulation at a recent tech conference in Las Vegas.

• The former president said that both tech companies and lawmakers in Washington need to be more "proactive" in figuring out "a framework" for future regulation.

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• He also criticized the way recent data breaches have been handled, stressing that conversations between tech companies and lawmakers need to happen more often so everyone involved is educated about each others' concerns.

LAS VEGAS — Barack Obama is a steadfast believer that common-sense regulations are a force for good in the world.

But speaking on stage at a tech conference in Las Vegas hosted by Okta on Wednesday, the former president acknowledged that when it comes to regulating Silicon Valley, Washington doesn't move fast enough, and often doesn't cooperate as well as it needs to.

Obama never mentioned the Cambridge Analytica scandal by name, where Facebook data was scraped from millions of users and then used to influence voters during the 2016 US presidential election and the Brexit vote.

But he told Okta CEO Todd McKinnon that "data collection and how data is used" is an example of an area that needs regulation. This includes what happens to people's data and "how it gets commercialized."

Obama wants to see Silicon Valley and lawmakers work together to come up with regulations for "a framework, agreed upon, transparent, that people understand."

He said that both sides should be willing, if not exactly eager, to get such regulations on the books, as he thinks the current, "spasmodic way" response needs improvement. "There's been a data breach, people are outraged, they feel they don't know that their data was used in a particular way, so then people [in the Valley and Washington] scramble to catch up to the headlines."

Obama said that he's been working to encourage the people he associates with in the industry to "be proactive" and go to lawmakers in advance to tell them, "Here are the questions we have to grapple with, here's the business model we think makes sense, here are the tools we have to work with. We recognize we are under some obligation that ordinary people and consumers understand what it is they are giving up and getting in return."

And while Facebook CEO Mark Zuckerberg has spent hours testifying in front of Congress, promising to work on such regulations, (and a shorter time testifying in front of the European Parliament, apologizing but basically sidestepping deeper questions), the actual work on regulations has yet to seriously begin.

"That kind of conversation hasn't taken place," Obama said to the conference crowd.

He also emphasized that regulations on tech aren't just about social media data. There's a crop of other young technologies like artificial intelligence, and perhaps even cryptocurrencies, that Washington and Silicon Valley should work on together.

"Right now, in the tech community, they tend to think all that stuff over there [in Washington] is complicated, unclear, inefficient, and then folks get surprised [with breaches and incidents] after the fact. That doesn't benefit anyone," he said.

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05. ITÁLIA VENDERÁ FREQUÊNCIAS PARA 5G

Vem da Itália a notícia que a Agcom, Órgão Regulador das Telecomunicações Italianas, está preparando a venda de frequências para as Redes 5G naquele País.

A intenção é que a venda alcance a €2,5 bilhões, algo em torno de 3 bilhões de dólares. No Brasil isto corresponde a aproximadamente R$ 10 bilhões.

Notícias deste tipo correm o mundo rapidamente. Algo com o qual as Operadoras brasileiras não devem estar satisfeitas quando publicamente solicitam do Governo “Leilões não Arrecadatórios”.

Este ponto foi bastante enfocado no recente Painel Telebrasil 2018. Mas, conforme já foi mencionado, trata-se de um assunto um tanto quanto tabu para o Governo, por envolver renúncia fiscal.

Isto corresponderia a praticar preços mínimos deliberadamente baixos nos Leilões. Prática que parece ser bem mais difícil de executar se, realmente, os preços internacionais ficarem muito elevados.

Na sequência é reproduzida matéria de um Site internacional com informações sobre esta possibilidade na Itália. Muito provavelmente, o fato se repetirá em outros países do Continente europeu.

Na Inglaterra, por exemplo, já há movimentos neste sentido. Também nos USA a FCC emite sinais de que está próximo de realizar algo similar.

Agcom sets up September sale of 5G frequencies

24 MAY 2018

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Italy plans to hold a spectrum auction for frequencies suitable for 5G in September, a move expected to raise at least €2.5 billion for the government.

In a statement, communications regulator Agcom said the country’s Ministry of Economic Development will organise the tender, which will cover the auction of frequencies in 694MHz to 790MHz; 3.6GHz to 3.8GHz; and 26.5GHz to 27.5GHz bands.

Two blocks of 80MHz and two blocks of 20MHz will be made available in the 3.6GHz to 3.8GHz bands, while five lots of 200MHz will be available in the 26.5GHz to 27.5GHz bands.

The rules are also designed to also help to create new entrants, focusing purely on infrastructure in the market, the regulator added.

Forerunner

Agcom said the move makes it the first European regulator to define rules for the allocation of the “pioneer” bands touted for 5G

Notably, though, the UK already conducted a spectrum auction for frequencies suited for boosting 4G services and for future 5G purposes. Germany is also planning to make final conditions available for a 5G auction at the end of this year, with the process planned for 2019.

Only half of the €2.5 billion Italy expects would be raised this year, said Agcom, with the country’s major operators Telecom Italia, Vodafone Italia, Wind Tre and Fastweb expected to take part.

Telecom Italia trials

In a separate announcement, Telecom Italia said it had launched the “first applications” enabled by 5G in San Marino and the first mmWave 5G mobile test device in Italy.

Working with Qualcomm and Nokia, the operator said it had kicked off the operational stage of 5G testing, with plans to upgrade its mobile network with the technology. Demonstrations during an event in San Marino covered 5G-powered smart city services, public security and digital tourism initiatives.

06. UMA EXPLICAÇÃO SOBRE A GDPR TENDO A ESPANHA COMO REFERÊNCIA

O El País publica uma matéria sobre a nova Regulamentação de Proteção de Dados da Comunidde Europeia com o título: “Si las empresas se aprovecham de tus datos es porque quieres”.

O BS imagina que ninguém deseja ter seus dados pessoais utilizados sem que o saiba. Então, é interessante ler a matéria que é focada na situação da Espanha, mas é facilmente replicável em qualquer país europeu e, provavelmente, será referência para legislação similar em outros Países.

Na sequência é reproduzida a reportagem assinada por Ana Torres Menárguez.

Si las empresas se aprovechan de tus datos es porque quieres

La nueva normativa europea obliga a las compañías a comunicar de dónde han obtenido

los datos del usuario y para qué los van a usar

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SAMUEL SÁNCHEZ ANA TORRES MENÁRGUEZ 21 MAY 2018 - 04:41 BRT

Twitter fue una de las primeras redes sociales en avisar: “Actualizaremos las políticas de privacidad para ofrecerte aún más transparencia en torno a los datos que recopilamos sobre ti”. Hace unas semanas las tecnológicas empezaron a advertir a los usuarios de que debían dar su consentimiento a sus nuevos términos de servicio antes del próximo 25 de mayo, día de la entrada en vigor del Reglamento General de Protección de Datos, una normativa europea que endurece las condiciones para que las empresas usen los datos de sus usuarios. La nueva regulación llega en mitad del terremoto del caso Cambridge Analytica, la filtración masiva de datos de al menos 87 millones de usuarios de Facebook a esa empresa británica, entre ellos unos 2,7 millones de europeos.

La Comisión Europea aprobó esa normativa en 2016 y ha dado un plazo de dos años a las compañías y organizaciones, entre ellas las gubernamentales, para que realicen los cambios y cumplan con las nuevas obligaciones. A partir del día 25 deberán comunicar a los usuarios de dónde han obtenido sus datos, para qué los van a usar, durante cuánto tiempo los van a conservar, a quién se los van ceder y qué base jurídica les legitima para tratarlos.

En cuanto a la cesión da datos personales a terceros, motivo por el que Mark Zuckerberg comparecerá esta semana ante el Parlamento Europeo, la nueva normativa contempla algunas excepciones. Las organizaciones podrán hacerlo sin el permiso de los usuarios si está autorizado por ley (por ejemplo, pasar información a la Agencia Tributaria); si ha sido requerida por un tribunal, o si se trata de una cesión de datos entre administraciones con un fin estadístico o de investigación, entre otras.

“España tiene un mayor grado de madurez en cuanto al tratamiento de datos que otros países europeos”, asegura Rafael García, responsable del área de internacional de la Agencia Española de Protección de Datos (AEPD), el organismo regulador. Su comentario no es baladí. A diferencia de otros estados europeos, España aprobó la Ley Orgánica de Protección de Datos en 1999 con un

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régimen sancionador que obliga a las empresas a ser cuidadosas con la privacidad de los ciudadanos para no cometer ninguna infracción y sortear multas de hasta 600.000 euros.

Algunos puntos del nuevo reglamento europeo son incluso más laxos que lo estipulado en la actual ley española. García pone un ejemplo. “Para poder hacer una transferencia internacional de datos -fuera de la UE- las empresas tenían que solicitar autorización a la AEPD en la mayoría de los casos. La nueva normativa los acota y, por lo tanto, las organizaciones tienen un trámite menos que hacer”.

También hay algunas desventajas. “Pasamos de un régimen reactivo, en el que es la Agencia la que actúa en base a las denuncias, a otro en el que la responsabilidad es de las empresas, que deben tener una actitud preventiva”, explica. Precisamente ese punto es el que más preocupa a las compañías porque supone un cambio absoluto de cultura, según confirman varios expertos consultados. “Estamos acostumbrados a que papá Estado nos dé la autorización para todo; las empresas han seguido un cumplimiento pasivo. Ahora pasamos a un sistema más anglosajón en el que hay que ser proactivo y tomar decisiones para garantizar la seguridad de los datos”, señala Borja Adsuara, abogado especializado en derecho digital y miembro de la comisión de Propiedad Intelectual del Ministerio de Educación.

Para realizar esa evaluación de posibles riesgos, la normativa europea contempla la figura del Delegado de Protección de Datos (DPO, siglas en inglés de data protection officer ), un nuevo puesto de trabajo obligatorio para las administraciones públicas y para las empresas que tratan datos de alto riesgo a gran escala. Su función será supervisar que la hoja de ruta marcada se aplica de forma correcta y hacer de intermediario entre la empresa y las autoridades en caso de que se detecten irregularidades en el tratamiento de los datos.

En el caso de las pymes españolas, en el 75% de los casos no es necesaria la incorporación del delegado por el tipo de actividad que realizan, según los datos de la Confederación Española de la Pequeña y la Mediana Empresa (Cepyme), que representa a casi un millón de compañías de todo el país. Para realizar su análisis de riesgo, disponen de herramientas online como Facilita, impulsada por la AEPD, que les ayuda al cumplimiento de las nuevas obligaciones en solo 20 minutos. “Si manejan datos sensibles, una primera evaluación por parte de un experto les puede costar desde los 300 hasta los 1.200 euros”, indica Carlos Ruiz, responsable de Economía de Cepyme.

Carlos Mateo, abogado especializado en protección de datos de 31 años, trabaja desde hace dos meses como delegado de protección de datos para ocho empresas. Una de ellas es CoverWallet, un comparador online de seguros con sede en Nueva York. Le pagan unos 400 euros por un trabajo a media jornada. “Hay que entender muy bien el reglamento y en el caso de España no nos lo han puesto fácil; la aprobación de la nueva ley no se va a tramitar para el día 25, por lo que tenemos que interpretar la normativa europea nosotros”, lamenta.

“Nadie” está preparado para el nuevo sistema, ni siquiera la propia la Agencia Española de Protección de Datos, pese a ser “de las más activas de Europa”, considera el abogado Borja Adsuara. Cree que el primero será un año de aprendizaje que se empezará a consolidar cuando se hagan efectivas las primeras sanciones. La actual normativa estipula tres tipos: las leves con 40.000 euros, las graves con 300.000 y las muy graves con 600.000. La europea contempla multas de hasta 20 millones de euros o del 4% del volumen de facturación anual.

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LOS USUARIOS TIENEN EL CONTROL

El derecho a conocer para qué utilizan sus datos las empresas. Ese es el máximo logro para el usuario que introduce la nueva normativa europea de datos. Quién los tiene, para qué los usa, a quién se los puede ceder y quiénes son los destinatarios. Desde la Agencia Española de Protección de Datos (AEPD) señalan que otros de los derechos más novedosos son el derecho a la portabilidad y a la limitación del tratamiento. “Cuando los datos personales se tratan por medios electrónicos, el usuario puede llevárselos a otra compañía sin que la empresa de origen ponga ningún obstáculo”, explica Rafael García, responsable del área de internacional de la AEPD.

El origen de esa medida, cuenta García, fue encontrar una fórmula para permitir a los usuarios llevarse todas sus fotos a una red social nueva, asegurándose de que después la plataforma inicial no las conservaría. “Tus datos personales son tuyos, por fin tienes el derecho de llevártelos donde quieras”, añade. Igualmente ese derecho permite trasladar todos los datos de una entidad bancaria a otra o de una empresa de telecomunicaciones, para que conozcan el historial de consumo del usuario y puedan hacerle ofertas. El derecho al olvido -impedir la difusión de información personal a través de Internet- es otro de los logros, aunque García asegura que desde la sentencia del Tribunal de Justicia de la UE en 2014 sobre el llamado caso Google, en España se ha aplicado de forma regular.

Las empresas están obligadas a ser transparentes y el usuario puede pedir que le informen del funcionamiento de los algoritmos. “Muchas veces las compañías le echan la culpa a la inteligencia artificial. De esta forma se puede saber si un algoritmo es discriminatorio, por ejemplo, a la hora de conceder o no un crédito”, indica el abogado Borja Adsuara. “Se puede incluso impugnar”, recalca.

07. COMPARTILHAMENTO DA VERDADE…NÃO É ASSIM QUE A INTERNET FUNCIONA

Elon Musk é uma figura muito conhecida e, não há como negar, polêmica no mundo da tecnologia moderna. Os leitores do BS certamente estão a par de todas as suas “proezas” que vão muito além da Tesla e seus carros elétricos.

Esta semana ele foi vítima de violentas críticas em um artigo publicado na imprensa. Ele parece que não as assimilou bem e mexeu em um “vespeiro” atacando a mídia com uma mensagem pelo Twitter: “a hipocrisia mais santa é a das grandes empresas de mídia que reivindicam a verdade para si, mas publicam apenas o suficiente para adoçar a mentira, e é por isso que o público não mais as respeita”.

Nesta linha de ataque ele está propondo a criação de um Site chamado “Pravda” para medir a credibilidade da mídia. Obviamente a confusão está formada.

Naturalmente o assunto foi objeto da grande repercussão na imprensa americana. Chamou a atenção do BS um artigo de Bijan Stephen, um personagem com menos de 30 anos de idade, que edita uma revista nos USA e se diz ser, entre outras coisas, crítico musical, o que pode ser constatado no seu perfil do Linkedin.

O artigo foi publicado em um Site que trata da Internet em sua forma geral com o título: “Elon Musk thinks you can crowdsource truth, but that’s not how the internet Works”. O BS reproduz em tradução livre o seu parágrafo inicial:

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“No começo, a razão da existência da Internet era conectar as pessoas da maneira mais ampla e fácil possível. Talvez a falha fatal, tenha sido que ninguém pensou nas coisas horríveis que as pessoas poderiam fazer quando as paredes fossem derrubadas. Uma das tendências mais desconcertantes da internet moderna são as maneiras específicas e reflexivas pelas quais os maus agentes aprenderam a manipular e desconsiderar verdades inconvenientes usando a cultura, os sistemas e a mecânica da internet. Nas quatro décadas desde que a internet se expandiu além de suas origens militares, surgiu uma estratégia clara para negar a realidade - e é insidiosamente fácil de usar. Isso não foi bom para nem para o discurso ou nem para a verdade. Elon Musk, o magnata da tecnologia e CEO da Tesla, pode estar prestes a piorar as coisas.”

Musk “tocou na ferida”. Realmente se há um Setor em que as transformações ocorreram de forma brutal com a utilização plena da Internet é o da Mídia. E como tudo é muito rápido e o noticiário ocorre quase em tempo real não há condições plenas para grandes verificações do que está sendo difundido e lido.

Por outro lado, a quantidade de “jornalistas”, “analistas”, “colunistas”, “palpiteiros”, “engraçadinhos”, “anarquistas”, “oportunistas”, “mal-intencionados” e assemelhados que pululam na “Rede” é muito grande. As mentiras, enganações, mistificações e confusões são as formas mais diversas de sua manifestação. E, há incautos para tudo! Esta é uma realidade!

Na verdade, nem se trata de Mídia: mas, acaba sendo confundindo com a Mídia.

O BS reproduz o Artigo de Bijan. Não é uma leitura fácil. Mas, provavelmente, será do agrado daqueles que convivem com este tipo de problema, ou, por qualquer razão têm admiração pelo trabalho de Elon Musk. Ele, conforme pode ser verificado, faz críticas à ideia de Musk em criar o “Pravda”.

Elon Musk thinks you can crowdsource truth, but that’s not how the internet works

Putting reality up to a vote is no way to increase the public’s trust in the media

By Bijan Stephen - May 24, 2018, 4:52pm EDT

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In the beginning, the reason for the internet’s existence was to connect people as vastly and as easily as possible. Its fatal flaw, perhaps, is that nobody thought about the horrible things people might do once those walls were broken down. One of the most disconcerting trends of the modern internet is the specific, reflexive ways that bad actors have learned to manipulate and dismiss inconvenient truths by using the culture, systems, and mechanics of the internet. In the four decades since the internet expanded beyond its military origins, a clear playbook has emerged for denying reality — and it’s one that is insidiously easy to use. That hasn’t been good for discourse or truth. Elon Musk, the tech mogul and Tesla CEO, might be about to make things worse.

Yesterday, Musk took issue with a negative article about Tesla, tweeting that “the holier-than-thou hypocrisy of big media companies who lay claim to the truth, but publish only enough to sugarcoat the lie, is why the public no longer respects them.”

In the resulting tweetstorm — which ricocheted around the internet like a bullet in a cartoon — Musk floated the idea of founding a crowdsourced site called Pravda, which would, in Musk’s words, let “the public [...] rate the core truth of any article & track the credibility score over time of each journalist, editor & publication.”

Many, including Musk’s biographer Ashlee Vance, noted that Musk seemed to have taken a page from President Donald Trump, in categorizing any negative news about him or his companies as “fake” — a trend that Trump started and popularized in order to discredit the entire American news media. (That, by the way, is one of the first things that autocrats seek to do after taking power.)

While this initially seemed like a spur-of-the-moment, harmless, and amusing bit of rage-tweeting, an enterprising reporter found a statement of incorporation that was filed back in October in California by one of Musk’s agents: Pravda Corp.

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Musk has started too many companies on too many whims to let this go unremarked. Pravda is not just a bad idea; it’s a dangerous one for the internet, truth, and democracy. Let me explain why.

On May 5th, 1912 — Karl Marx’s birthday — the original iteration of Pravda (which means “truth”) began publication in St. Petersburg as the mouthpiece of the Russian Communist party under Lenin. By 1918, after the Russian Revolution, the newspaper became the modern state’s official propaganda outlet. The “truth” contained in the paper was the state’s truth, which did not reflect what was actually happening in the country. This is why certain parts of the internet are banned to this day in countries like China and Russia. If a repressive state relinquishes control of reality, that means its end.

Though its aim is different, Musk’s Pravda — if brought into existence — will do a similar thing. He accurately notes that trust in the media is at an all-time low and that people don’t believe what they read in the news anymore — which, by the way, is the whole point of propaganda: not to misinform but to undermine belief in the existence of a shared reality — but he is entirely wrong about the solution. The way to restore trust in the media (which I’m generously assuming is the goal) is not to turn the definition of truth over to a mob.

Pravda is insidious precisely because it would allow its users to redefine truth

Pravda is insidious precisely because it would allow its users — or at least its loudest ones — to redefine truth. It would be easy to manipulate because it ignores every lesson we’ve learned about the internet. First,

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we know that people online have different opinions than people who don’t spend all day on the internet, and the results of an internet poll may not signify the opinions of a majority of Americans.

We also know that places like 4chan exist, and we know they organize to mob online polls or review bomb movies and games to sabotage them and make certain ideologies — like, say, excluding women and people of color from media — seem more mainstream. Similarly, we know how difficult it is to make systems resistant to sufficiently motivated review bombers. Online mobs spring up at the slightest provocation, and teenagers have all the time in the world. Bots are another problem. They have inhuman stamina and are even better at performing repetitive tasks, like fraudulently voting in polls or posting political propaganda to Twitter.

This should be common knowledge to anyone who’s lived online for any time at all, including anyone who lived through Gamergate (a group of conspiracy theorists who decided to build a reality where they believed they were investigating “ethics in games journalism” that only happened to harass many women off the internet), Comicsgate (the same thing, only with comics), or incels (“involuntarily celibate” men who feel entitled to sex and have literally killed people over it). It shouldn’t be unfamiliar to Musk, unless he has been too ensconced in his personal bubble of wealth and tech optimism to see it.

What links these toxic online movements — along with the Sad Puppies, Jordan Peterson devotees, MAGA chuds, and so forth — is the way that each one uses internet echo chambers to manipulate reality and undermine the veracity of any sources that conflict with them. After living in these poisoned spaces, people also become susceptible to other distortions. (Similarly, if someone believes the Moon landing was faked, it’s a hop, skip, and a jump to believing the Earth is flat.) In a vacuum, this would be fine; in a society, however, this is a deadly disease that attacks the very notion of empirical reality. An uninformed public is a public that can be led to believe anything, and that is a very dangerous thing in the hands of a motivated actor.

Pravda is a very, very bad idea mostly because it won’t work. By ignoring the reality of how truth is manipulated, degraded, and propagated in online spaces, it ensures that it will tell us little about journalistic veracity or “core truth” and everything about what its most zealous mobs feel should be the truth. Starting an organization dedicated to letting people believe reality is whatever they say it is might feel nice, and possibly even generous, but there’s also an ulterior motive here. Musk, like the president, may not like the way reporting makes him feel exposed or like a victim or like a failure. Nobody does! But you cannot legislate veracity and reality, or put it up to a vote, and expect any result but a dystopia.

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ANEXO AO BS Nº 19/18

Propostas do Painel Telebrasil 2018

O setor de telecomunicações, em conjunto com as tecnologias da informação, representa cerca de 10% do PIB nacional. As telecomunicações já investiram cerca de R$ 1 trilhão desde a privatização, empregam mais de 500 mil trabalhadores e contribuem anualmente com R$ 60 bilhões em tributos.

Nossos serviços são utilizados por toda a sociedade. Mas esse potencial não tem sido aproveitado como deveria. Por falta de políticas públicas adequadas, o setor vive hoje um de seus momentos mais difíceis, com queda de arrecadação, na receita, no número de clientes e consequente redução dos investimentos. Nossos clientes também sentem o problema, pois não conseguem pagar a conta em função de uma elevadíssima carga tributária, que representa muitas vezes mais da metade do preço dos serviços.

Telecomunicações são a infraestrutura digital do País, mas estão fora da agenda pública, limitadas por leis defasadas, regulamentos atrasados e complexos e obrigações desatualizadas. Só é possível mudar esse quadro com a inclusão das telecomunicações nessa agenda. Nesse sentido,

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apresentamos nossas propostas às autoridades e aos candidatos destas eleições, organizadas em quatro frentes de trabalho:

1) Todos os brasileiros conectados à internet; 2) Maior cobertura de celular e internet móvel e fixa; 3) Uso intensivo de IoT; e 4) Implantação de serviços de Cidades Inteligentes.

Para isso, é necessária a adoção de uma série de ações, que estarão baseadas em:

a) Atualização legal e regulatória: • Aprovação imediata do PLC 79/16, liberando ainda mais investimentos • Simplificação da regulamentação e dos licenciamentos • Estímulo à autorregulação setorial • Licitações não arrecadatórias para novas frequências • Estabelecimento de regras iguais para serviços similares aos prestados pelas OTTs • Alteração da lei do Fust para uso em outros serviços, além do STFC, que viabilizem a

transformação digital no País • Criação do Sistema S para as TICs, essencial para a capacitação do trabalhador

b) Promoção da inclusão digital:

• Desoneração de tributos para acessos de domicílios de baixa renda e em áreas carentes • Uso do Fust para subsidiar a contratação de serviços por usuários de baixa renda em áreas

carentes, inclusive rurais • Isenção de Fistel para estações de satélite para atendimento a domicílios rurais • Redução de tributos, também para smartphones

c)Redução das barreiras aos investimentos do setor privado:

• Incentivo fiscal, incluindo ICMS e Fistel, para instalação de antenas em distritos não

atendidos

• Aplicação plena da Lei Geral de Antenas (Lei 13.116/15) pelos municípios • Isenção de Fistel, Condecine e CFRP das antenas instaladas em rodovia • Assegurar a cessão não onerosa de áreas para instalação de antenas e direito de

passagem em rodovias • Isenção de tributos, principalmente Fistel, para equipamentos e infraestrutura de IoT • Definição de uma política industrial com foco na competitividade futura

Caso todas as medidas sejam adotadas, produziremos em quatro anos, até 2022, os seguintes resultados:

Atendimento a 10 milhões de novos domicílios com internet em banda larga Instalação de 50 mil novas antenas de celular e internet móvel no País Ativação de mais de 100 milhões de dispositivos IoT

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Implantação de serviços de Cidades Inteligentes em cidades com mais de 500 mil habitantes

Criação de 100 mil novos empregos Qualificação de mais de 1 milhão de profissionais especializados

A Telebrasil se coloca à disposição das autoridades e dos candidatos para aprofundar as propostas apresentadas. Nosso setor acredita no País e entende que o Futuro é Agora! O Brasil Digital Começa aqui!

Brasília, 22 de maio de 2018.

NOTA: Os comentários do presente BOLETIM SEMANAL bem como a edição final do texto são de responsabilidade de Antonio Ribeiro dos Santos, Consultor Principal da PACTEL. A precisão das informações não foi testada. O eventual uso das informações na tomada de decisões deve ocorrer sob exclusiva responsabilidade de quem o fizer. Também não se assume responsabilidade sobre dados e comentários realizados por terceiros cujos termos o BS não endossa necessariamente. É apreciado o fato de ser mencionada a fonte no caso de utilização de alguma informação do BOLETIM SEMANAL.