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Prefácio O Instituto de Pesca (IP), órgão pertencente a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, desenvolve, desde 1977, dentre outras atividades, as de pesquisa e fomento em de Ranicultura. As linhas científicas adotadas pelos pesquisadores deste grupo sempre objetivaram o aprimoramento dos parâmetros zootécnicos de Rana catesbeiana (Rã-Touro), a fim de contribuir para o melhoramento dos cultivos intensivos dos ranários brasileiros. Ao lado das pesquisas, as atividades de fomento consubstanciaram-se em uma rotina de atendimentos, treinamentos, cursos, seminários e encontros, em razão do grande número de interessados em obter informações para implantação de empreendimentos comerciais ou condução de novas pesquisas. Este Boletim Técnico constitui-se em um resumo dos dados obtidos através dos artigos científicos publicados pelo IP até então e das informações coletadas no campo junto aos ranicultores. Sua fundamentação é, portanto, científica ou fruto da convivência com profissionais do ramo, e tem o objetivo de fornecer aos interessados as noções básicas para a implantação de ranários comerciais. Ressaltamos que os sucessos alcançados são oriundos da somatória de esforços entre pesquisadores, técnicos e setor produtivo, que realizaram através de seus esforços, contínuos trabalhos para desenvolver esta área e manter nosso país à frente da criação comercial de rãs. Neste contexto, fazemos um agradecimento especial ao Dr. Dorival Fontanello (Pesquisador Científico e Médico Veterinário), que iniciou parte dessas pesquisas e, com suas descobertas, auxiliou a implantação de inúmeros empreendimentos comerciais e/ou aumento da produtividade em ranários já estabelecidos. Esperamos, com esta publicação, estar transferindo de maneira adequada tais conhecimentos e, assim, auxiliar os produtores que desejam ingressar nesta atividade da aqüicultura, que apresenta grande potencial de crescimento. Cláudia Maris Ferreira Pesquisadora Científica - Instituto de Pesca

Boletim Tec Raniculture

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Boletim sobre Criação de rãs

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  • Prefcio

    O Instituto de Pesca (IP), rgo pertencente a Secretaria deAgricultura e Abastecimento do Estado de So Paulo, desenvolve, desde1977, dentre outras atividades, as de pesquisa e fomento em de Ranicultura.As linhas cientficas adotadas pelos pesquisadores deste grupo sempreobjetivaram o aprimoramento dos parmetros zootcnicos de Ranacatesbeiana (R-Touro), a fim de contribuir para o melhoramento doscultivos intensivos dos ranrios brasileiros. Ao lado das pesquisas, asatividades de fomento consubstanciaram-se em uma rotina de atendimentos,treinamentos, cursos, seminrios e encontros, em razo do grande nmerode interessados em obter informaes para implantao de empreendimentoscomerciais ou conduo de novas pesquisas.

    Este Boletim Tcnico constitui-se em um resumo dos dados obtidosatravs dos artigos cientficos publicados pelo IP at ento e das informaescoletadas no campo junto aos ranicultores. Sua fundamentao , portanto,cientfica ou fruto da convivncia com profissionais do ramo, e tem o objetivode fornecer aos interessados as noes bsicas para a implantao de ranrioscomerciais.

    Ressaltamos que os sucessos alcanados so oriundos da somatriade esforos entre pesquisadores, tcnicos e setor produtivo, que realizaramatravs de seus esforos, contnuos trabalhos para desenvolver esta rea emanter nosso pas frente da criao comercial de rs. Neste contexto, fazemosum agradecimento especial ao Dr. Dorival Fontanello (Pesquisador Cientficoe Mdico Veterinrio), que iniciou parte dessas pesquisas e, com suasdescobertas, auxiliou a implantao de inmeros empreendimentos comerciaise/ou aumento da produtividade em ranrios j estabelecidos.

    Esperamos, com esta publicao, estar transferindo de maneiraadequada tais conhecimentos e, assim, auxiliar os produtores que desejamingressar nesta atividade da aqicultura, que apresenta grande potencialde crescimento.

    Cludia Maris FerreiraPesquisadora Cientfica - Instituto de Pesca

  • INTRODUO RANICULTURA

    Cludia Maris FERREIRA1,4, Andra Galvo Csar PIMENTA2, JooSimes PAIVA NETO3

    1 Pesquisador Cientfico Instituto de Pesca APTA/SAA2 Auxiliar de Apoio Pesquisa Cientfica e Tecnolgica Plo de Desenvolvimento

    Regional do Vale do Paraba Pindamonhangaba, SP - APTA/SAA3 Oficial de Apoio Pesquisa Cientfica e Tecnolgica Plo de Desenvolvimento

    Regional do Vale do Paraba Pindamonhangaba, SP - APTA/SAA4 Endereo/Address: Av. Francisco Matarazzo, 455 CEP 05001-900 So Paulo, SP

    [email protected]

    Histrico

    A Ranicultura no Brasil teve incio na dcada de 30, quando TomCyrril Harrison trouxe do Canad para o nosso pas os primeiros 300 animaisda espcie Rana catesbeiana Shaw, 1802, popularmente conhecida comor-touro. Em 1935 foi implantado o primeiro ranrio comercial no Brasil,o Ranrio Aurora, situado no municpio de Itagua, Estado do Rio de Janeiro,nas proximidades da rodovia Presidente Dutra. A partir de 1975 outrosempreendimentos foram construdos, mas geralmente funcionando de formaemprica.

    Os tanques de criao e engorda eram chamados tanques mltiplos(VIZOTTO, 1975), onde se ofereciam diversos tipos de alimento, queinvariavelmente recaam em bofes e restos de carcaas em decomposiopara a atrao de insetos (dpteros/moscas) e desenvolvimento de suas larvas.Essa rotina causou um impacto negativo nos ranrios, pois o aspecto e ocheiro eram tremendamente desagradveis.

    Sucederam-se a essa estrutura os sistemas de engorda conhecidoscomo tanque-ilha (FONTANELLO et al., 1984), confinamento (OLIVEIRA,1983); anfigranja (LIMA e AGOSTINHO, 1988); gaiolas (FONTANELLO et al.,1988); ranabox (proposto por Haroldo Aguiar em 1990); climatizado

    Artigo de Divulgao. Recebido em: 19/11/01. Aprovado em: 14/05/02

    Boletim Tcnico do Instituto de Pesca, So Paulo, 33, 2002, 15p.

  • (FONTANELLO et al., 1993) e inundado (MAZZONI et al., 1995). A essa gamade opes estruturais para construo de ranrios, os produtores brasileirosmuitas vezes acrescentaram detalhes ou mesclaram sistemas, dando origemaos chamados sistemas hbridos.

    Ao longo desses anos, a ranicultura brasileira passou por diversasfases, com oscilao do nmero de produtores e alternncia dastecnologias de criao. Hoje, o Brasil conta com aproximadamente 600ranrios implantados, 15 indstrias de abate e processamento (7 comSIF e SIE e 8 com processos em andamento), 6 associaes estaduaisde ranicultores, 4 cooperativas (LIMA; CRUZ; MOURA, 1999) e umaassociao de pesquisadores: a Academia Brasileira de Estudos Tcnicosem Ranicultura (ABETRA).

    Aspectos Biolgicos da r

    A r um anfbio da ordem Anura, famlia Ranidae, tendo comocaracterstica principal a presena de membranas interdigitais (semelhantesa dos ps de pato) nos membros posteriores. Como todo anfbio, suatemperatura e metabolismo varia de acordo com a temperatura do ambiente,caracterizando-a como ectotrmica (sangue frio).

    Ao contrrio de outros anuros, as rs so especialmentedependentes da gua, quer seja para se reproduzirem, realizarem oequilbrio hdrico, defenderem-se ou para eliminar excretas e pelesvelhas. A r-touro (Bullfrog) assim denominada porque o macho napoca da reproduo emite um som potente, o coaxar, muito parecidocom mugido de boi.

    considerada um animal extico, pois originria do dos EUA(nordeste) e do Canad (sudeste), onde vive em temperaturas muito baixasdurante vrios meses do ano. Quando foi introduzida no Brasil, adaptou-seperfeitamente s condies climticas do pas, o que favoreceu seudesempenho em relao a reproduo e engorda, passando a atingirrapidamente maturidade sexual e peso de abate (7 meses e 1 ano em mdia,respectivamente).

    As rs nativas do Brasil (Leptodactilidae - r pimenta, r manteiga, rpaulistinha) diferem da r-touro, pela ausncia de membranas interdigitaisnos membros posteriores, nos hbitos, colorao e vocalizao, entre outrascaractersticas. Apresentam prolificidade (no ovos) e precocidade (taxa decrescimento) inferior a R. catesbeiana.

    Existem vrias diferenas visveis entre rs, sapos e pererecas (Quadro 1).

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  • As rs apresentam pele mida e glandular; dois pares deextremidades locomotoras para andar ou nadar; duas narinas; dois olhosfreqentemente com plpebras mveis; boca geralmente com dentesfinos; lngua freqentemente prottil; esqueleto de grande extensossea; crnio com dois cndilos occiptais; corao com trs cmaras (2aurculas e 1 ventrculo); encfalo com 10 pares de nervos cranianos efecundao externa. So em sua maioria ovparas e os ovos apresentamalgum vitelo e so encerrados em cpsulas gelatinosas (STORER eUSINGER, 1991).

    Vivem a primeira parte da vida somente dentro da gua. Nessafase, recebem a denominao de girino. A seguir passam por umprocesso denominado metamorfose, no qual sofrem transformaesfisiolgicas e anatmicas. Somente quando esse processo termina quepassam a viver tambm na terra. As rs recm-metamorfoseadas recebem onome de imago.

    Os girinos so onvoros e possuem respirao cutnea (pele),bucofarngea e principalmente branquial. As rs (imagos e adultas) socarnvoras e caadoras e tm respirao bucofarngea, pulmonar ecutnea.

    As principais diferenas entre macho e fmea de r-touro so:

    Quadro 1. Principais diferenas entre rs, sapos e pererecas*

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    Gnero Rana Bufo HylaTamanho Pequeno a grande Mdio Pequeno

    Cor Verde a marrom Marrom DiversasCorpo Esguio e liso Troncudo e rugoso Frgil

    Veneno Sem Com glndulas Geralmente sem**Patas Longas e musculosas Pequenas Longas com ventosas

    Desova Espalhada Em cordo Em espumaDependncia

    da guaTotal Para reproduo Parcial

    RS SAPOS PERERECAS

  • Pr-requisitos para instalao de ranrios comerciais

    Para uma criao ser bem sucedida, alm das prticas adequadas demanejo, necessrio que o criador fique atento a alguns fatores essenciais:

    So necessrias informaes tcnicas bem fundamentadas, de boaprocedncia e de fonte idnea, que tornem o criador apto a realizar umbom planejamento das instalaes.

    O terreno deve ser suficiente para a construo planejada e tergua de boa qualidade e com vazo adequada para atender aos requisitosdo projeto. De preferncia, deve ter uma certa declividade, e, se possvel,a gua deve ser captada por gravidade, economizando-se assim gastoscom encanamentos e energia eltrica para bombas.

    A gua ideal a de nascentes (minas). guas de poos artesianosou semi-artesianos tambm so viveis, mas deve-se levar emconsiderao os gastos relativos sua captao. guas de ribeires,rios, riachos e represas so merecedoras de ateno especial, pois podemreceber descargas de agrotxicos, fertilizantes e/ou fossas, que causaromortalidade no futuro plantel. Em qualquer das situaes, antes de iniciarum projeto de aquicultura deve-se sempre fazer uma anlise fsica equmica da gua de abastecimento e um exame bacteriolgico, este,para detectar a presena de coliformes totais e fecais.

    As rs so extremamente dependentes da temperatura ambiente edesenvolvem-se melhor em regies mais quentes. Sugere-se, portanto,a escolha de locais com temperaturas mais altas (mdia de 26 oC) ou o

    - Regio gular amarelada - Regio gular esbranquiada

    - Pavilho auditivo como dobro do tamanhodo globo ocular

    - Pavilho auditivocomomesmo tamanhodoglobo ocular

    - Coaxam (na poca da reproduo) - No coaxam

    - Membros anteriores fortes - Membros anteriores frgeis

    - Calos sexuais presentes - Calos sexuais ausentes

    MACHO FMEAFERREIRA, PIMENTA, PAIVA NETO

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  • uso de estufas agrcolas. necessrio a disponibilidade de mo-de-obra em tempo integral

    (todos os dias). O projeto deve ser adequado s condies financeiras do criador. Outros aspectos importantes so proximidade de centros

    consumidores e facilidades proporcionadas por vias de acesso.

    Como as rs possuem diversas etapas de desenvolvimento, existemranicultores que se dedicam a uma ou outra etapa, optando por no realizaro ciclo completo. Assim, existem produtores que se dedicam apenas a etapade Reproduo, criando girinos para vendas externas, e outros que compramimagos e apenas fazem a engorda. Alguns trabalham de forma artesanal,e poucos tm recursos para incluir um abatedouro em suas instalaes.Para ser rentvel comercialmente (seguindo-se os preos mdios praticadosno mercado brasileiro em 2001), um ranrio deve ter em mdia de 500 a700 m2 de rea construda. Com esse tamanho, ele estaria apto a produziraproximadamente 200 Kg de carne por ms.

    Um ranrio completo dividi-se basicamente nos setores de: Reproduo,Desenvolvimento Embrionrio, Girinagem, Metamorfose, Pr-engorda eEngorda.

    Setor de Reproduo

    O setor de Reproduo a rea do ranrio onde os animais reprodutores(matrizes) devem permanecer durante as pocas mais quentes do ano. Isto,porque vrios ranrios comerciais trabalham com baias (tanques) demantena, ou repouso sexual, onde os reprodutores so colocados nas pocasmais frias do ano ou, ainda, para se recuperarem do esforo reprodutivo.Nestes locais, eles so separados por sexo e tamanho, alimentadosadequadamente e tratados quando apresentam algum dano externo oufisiolgico.

    Para a escolha de um bom reprodutor deve-se observar algumascaractersticas como peso corporal dos animais (acima de 250 g), idade(no superior a 3 anos) e ausncia de danos (machucados) externos.

    No sistema de reproduo coletivo, as desovas na regio subtropical doBrasil ocorrem entre a primavera e o vero , em regies mais quentes dopas, elas podem ocorrer durante o ano todo. A desova da R. catesbeianatem em mdia cerca de 5.000 ovos, sendo que uma mesma fmea, conformesua idade e peso, pode liberar 20.000 ovos por postura. Contudo, para efeito

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  • de planejamento de um ranrio, considera-se 3.000 ovos um nmero vivelem cada desova.

    O setor de Reproduo deve simular as condies que as rs encontramna natureza, mas sem prejuzo dos ndices zootcnicos desejveis. Nosranrios comerciais brasileiros, ele geralmente composto de um tanqueprincipal com uma ilha central, onde feita a alimentao, e tanques depostura medindo 1,00 x 1,00 x 0,15 m. Esses tanques de postura soprocurados pelos machos na poca da reproduo, que os defendem comoterritrio de acasalamento. Nessa ocasio, os machos comeam a coaxarpara atrair a ateno das fmeas e disputam os territrios escolhidos,defendendo-os, muitas vezes, at a morte. A cpula acontece dentro dagua e geralmente noite. Os vulos so colocados sobre a gua e o espermadepositado sobre eles, ocorrendo ento uma fecundao externa.

    Deve-se aguardar um tempo de segurana, de aproximadamente duashoras, antes do recolhimento das desovas. Os ovos so recolhidos comapetrechos simples como baldes, recipientes de plstico e tambm com pus.Devem ser depositados delicadamente no balde para o transporte ao prximosetor. A diferena de temperatura entre a gua do tanque de postura, dobalde e do tanque de ecloso tambm deve ser observada, e recomenda-seque elas sejam similares para evitar o choque trmico. Em hiptese algumao balde com a desova deve ser deixado ao sol.

    As dimenses do setor de Reproduo iro depender da produopretendida pelo criador. O tamanho sugerido de 35 a 40 m2. A quantidadede gua do tanque principal dever estar entre 20 e 30% da rea total(superfcie) do setor de Reproduo (sem contar a gua dos tanques depostura), e sua profundidade no dever ser superior a 0,20 m. Sugere-seque a construo seja de alvenaria entremeada com grama. Esse setor deveser construdo longe de encostas ou locais que possam provocarsombreamento.

    A temperatura, fotoperodo e iluminao so fatores que influemdiretamente no desempenho dos animais no setor de Reproduo.

    Na ocasio do povoamento do setor pelos reprodutores, deve-se observaro seguinte: a densidade dos animais deve ser de 3 rs/m2; a proporo entremachos e fmeas dever ser de 1:1 ou 1:2, ou seja, um macho para umafmea ou um macho para duas fmeas.

    O abastecimento de gua dos tanques dever ocorrer em fluxo contnuo.Nos tanques de postura, as entradas e sadas devem ser independentes, esugere-se evitar a intercomunicao entre eles, para que no ocorramcontaminaes por agentes patognicos, doenas e outros fatores

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  • prejudiciais.Por ltimo, alerta-se para o fato da r ser um animal tmido, que

    sempre foge ou se esconde ao menor sinal de perigo. Ento, muitoimportante evitar situaes de estresse para o animal, principalmente napoca de reproduo. O estresse pode causar abortos (perda dos vulospor extravasamento, que geralmente ocorre em locais secos) e ser o fatorgerador de diversos tipos de doenas. Assim, aconselha-se evitar barulhoem excesso, troca constante de tratadores, limpeza muito freqente ouqualquer outra situao estressante.

    Setor de Desenvolvimento Embrionrio

    Aps a ocorrncia das desovas e seu recolhimento, devemos transport-las para o setor de Ecloso, ou Desenvolvimento Embrionrio, onde deveropermanecer at que os ovos eclodam.

    Esse setor pode ser construdo em um galpo, ao contrrio das outrasestruturas que devem estar sob estufa agrcola. Isso se explica pelo fato deque na estufa as temperaturas oscilam de forma muito brusca, ao passo quefora dela, sob coberturas comuns, as temperaturas oscilam naturalmente,sem mudanas bruscas, que so prejudiciais s desovas.

    Os tanques desse setor so idnticos aos tanques de postura, ou seja,medem 1,00 x 1,00 x 0,15 m, e h tambm tanques maiores, com 0,40 m deprofundidade, que so os chamados tanques de start de crescimento.

    Utiliza-se tambm nesse setor estruturas chamadas incubadoras, queso quadros de madeira com tela de nilon (0,25 mm entre ns), que socolocados dentro dos tanques de ecloso, com a funo de manter as desovasna superfcie para melhor oxigenao. Os ovos devem ser despejadoscuidadosamente no tanque de ecloso, sobre a incubadora e permanecerassim durante 5 a 7 dias (dependendo da temperatura da gua). Quando,aps a ecloso, as larvas atingirem o estgio de nado livre, movimentando-se ativamente pelo tanque, deve-se retirar a incubadora. A partir dessemomento, pode-se comear a fornecer alimento (rao) na forma farelada,em quantidades mnimas. O girino nessa fase onvoro, mas ainda podeestar se alimentando de reservas nutritivas do ovo, e por isso natural queele se alimente pouco.

    Aps esse perodo, os animais devem ser transferidos para o tanque destart onde permanecero por, no mnimo, 15 dias at que fiquem maisfortes e possam ser transferidos para o setor de Girinagem. Nessa ocasiodeve-se realizar uma contagem dos animais atravs de amostragens, para

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  • se ter idia do nmero de animais e para poder calcular a quantidade dealimento a ser fornecida.

    Setor de Estocagem

    Aps o tempo de permanncia no setor de Ecloso ou DesenvolvimentoEmbrionrio, a seqncia lgica colocar os animais nos tanques degirinagem para crescimento e metamorfose. Contudo, comum o criadorproduzir mais girinos do que seus tanques podem comportar, ou ainda, quepasse a poca propcia e no tenha sido possvel obter a metamorfose degrande parcela de seus girinos. Assim, uma das opes do criador vendero excesso de girinos ou realizar a estocagem desses animais, impedindosua metamorfose. Isso possvel controlando a temperatura da gua, adensidade e a alimentao.

    Para o controle da temperatura necessrio construir esse setor foradas estufas, para que a temperatura oscile como a do ambiente, podendo,inclusive, estar ao ar livre, apenas com proteo contra chuvas e ataques depredadores (por exemplo, liblulas).

    A poca mais fria do ano a melhor para se fazer a estocagem degirinos, pois pode-se mais facilmente mant-los em baixas temperaturas,na faixa de 16 a 23 C. A quantidade de alimento a ser oferecida de 1 a2% do peso vivo dos animais por dia. A densidade para estocagem de nomximo 20 girinos/litro de gua, conforme o tamanho do animal. Se osgirinos estiverem muito grandes, essa densidade deve ser diminuda. Acritrio do produtor, conforme sua necessidade, os animais podem sertransferidos para o setor de girinagem e metamorfose para completaremseu ciclo.

    Pode-se utilizar nesse setor caixas dgua, tanques circulares,retangulares ou quadrados, com profundidade no superior a 0,50 m eexcelente oxigenao. Os parmetros que devem orientar essa deciso soas condies adequadas de manejo, custo e toxicidade do material a serempregado.

    Setor de Girinagem e Metamorfose

    O setor de Girinagem e Metamorfose uma estrutura constituda detanques com um grande espelho dgua e pouca profundidade, cujoobjetivo receber os girinos para desenvolvimento e transformao emimagos.

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  • As dimenses desse tanque variam muito de ranrio para ranrio. Oimportante que a profundidade no ultrapasse 0,40 m, pois tanques muitoprofundos comprometem o aquecimento da gua e podem interferir naquantidade de oxignio. A parte com gua desse tanque denominadaGirinagem, e onde o animal estar se movimentando e se alimentando.Em um dos lados do tanque posiciona-se uma rampa seguida de umacanaleta, que se constitu na parte denominada Metamorfose. Essa canaletadever ter uma lmina de gua (0,02 m) para hidratar a pele do imago e,quando adequadamente planejado, um pequeno abrigo, j com raomisturada com o devido indutor biolgico (larva de mosca), para que oanimal v se adaptando a esse tipo de alimento.

    Nos tanques de girinagem ser preciso gua abundante, entrando deforma vigorosa de modo a facilitar sua oxigenao, e uma sada suficientepara uma boa renovao. A gua deve ser de boa qualidade, livre de poluentese de predadores que costumam vir por canos, como, por exemplo, peixes,caramujos, larvas de liblulas e se possvel livre tambm de algas e lama.

    A densidade para povoamento desses tanques de 1 girino para cadalitro de gua, devido necessidade de espao para crescimento. Essanecessidade de espao to importante, que muitos criadores optam porpovoar seus tanques com densidades menores, tais como, 0,5 ou 0,7 girinospor litro de gua. Teoricamente, quanto menor a densidade utilizada, maioro crescimento dos girinos.

    O tempo de permanncia dos animais nesse setor ser deaproximadamente trs meses durante a primavera e vero. A alimentaooferecida pode ser constituda de rao farelada com 40% de protena de origemanimal e vegetal e granulometria inferior a 0,42 mm.

    O girino nessa fase sofrer mudanas fisiolgicas e anatmicas muitocomplexas. Mudar o regime alimentar, de onvoro para carnvoro, eapresentar mudanas fisiolgicas que envolvem uma queda de resistncia.Devido a essas modificaes, o animal, medida que se aproxima dametamorfose, diminui o consumo de alimento, de forma que, a quantidadede alimento dever ser reduzida durante os trs meses de permanncia nosetor. No primeiro ms, recomenda-se fornecer 10% do peso vivo do animalpor dia; no 2 ms, 5% e no 3 ms, 2%. Essas quantidades m ser divididasem duas a quatro pores a serem ofertadas ao longo do dia. Mesmo comesse manejo, muitas vezes chega-se a atingir uma perda de 20% dos animaisdurante essa fase.

    Espera-se que, ao longo dos trs meses, os animais estejam transformadosem imagos e prontos para serem transportados para o setor de pr-engorda.

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  • Pr-engorda, ou Seleo Fenotpica

    Como j mencionado, aps a metamorfose as rs mudam seu hbitoalimentar tornando-se carnvoras, caadoras e canibais. Em outras palavras,os imagos so extremamente vorazes e, a menos que se faam triagens(separao por tamanho), as perdas podem ser grandes.

    O setor de Pr-engorda, ou Seleo Fenotpica um local onde os animaispermanecem por um perodo de 30 dias, no qual os imagos (rs recm-metamorfoseadas) aprendem a comer. Nessa fase, eles apresentam umcrescimento exponencial, passando de 4 a 5 g para 20 a 30 g. O principalobjetivo nesse setor, alm do condicionamento, realizar a seleo dosanimais que apresentam potencial de crescimento, ou seja, maiorprecocidade. Isso ser evidenciado nos primeiros 30 dias de engorda.Durante esse perodo, o manejo indicado pode seguir duas linhas. Aprimeira, sem triagens, caracteriza-se por um processo de seleo naturaldos imagos, prevalecendo os mais fortes e eliminando-se os mais fracos.Desse modo, os animais mais fortes sobrevivero e os mais fracossucumbiro, quer seja por canibalismo ou por outros fatores adjacentes.Animais que no apresentam crescimento ideal so eliminados, e animaisque se apresentam vistosos e com bom crescimento podero, at mesmo,ser aproveitados para a renovao do plantel de reprodutores. A segundalinha caracteriza-se pela realizao de triagens a cada 10 dias, ou seja,separao dos animais por tamanho. A densidade recomendada para a essesetor de 100 rs/m2. A taxa esperada de canibalismo, mortalidade e deanimais que no se desenvolvem adequadamente em mdia de 30%. Asrs com peso mdio em torno de 20 a 30 g so ento transferidas para osetor de Engorda propriamente dito, onde permanecero durante mais trsmeses, com uma triagem por ms.

    Setor de Engorda

    O Setor de Engorda, como o prprio nome indica, destinado a obter ocrescimento e a engorda dos animais que, ao final, sero abatidos pelo criador.

    No incio da ranicultura no Brasil (dcada de 70) foram propostos paraengorda dos animais, os chamados tanques mltiplos, conforme jmencionado. Posteriormente surgiu um tipo de tanque de engordadenominado Tanque-Ilha. Sua caracterstica bsica a escavao na terrade um tanque com uma ilha central. Inicialmente tinham tamanho mdiode 50 m2 e podiam ser construdos em grupos. Na ocasio utilizava-se

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  • ainda alimentao base de restos orgnicos, que eram depositados nocentro da ilha.

    A partir de 1984 comeou a ser divulgado no Brasil um sistemadenominado Confinamento. Neste sistema, os tanques caracterizam-se porserem menores (aproximadamente 10 m2), cobertos e construdos emalvenaria. utilizado at os dias atuais e compe a estrutura de grandesranrios brasileiros.

    Posteriormente desenvolveu-se o sistema Anfigranja, que alterou adisposio de abrigos, cochos e piscinas nas instalaes de engorda. Suaestrutura original toda de alvenaria, disposta sob um galpo coberto comtelhas de amianto. Esse sistema tambm usado at os dias de hoje.

    O sistema de engorda de rs em Gaiolas foi desenvolvido porpesquisadores do Instituto de Pesca (IP), na tentativa de diminuir ocanibalismo e aumentar a produtividade por rea (sistema em andares).Contudo, no se tornou um sistema comercial e as pesquisas foramabandonadas quando houve o surgimento de um outro sistema muito similar,com os mesmos princpios, desenvolvido por uma empresa privada brasileira(Ranamig), o sistema Ranabox.

    O sistema Ranabox tem como princpio a criao de rs em andares e,desde sua colocao no mercado em meados de 1990, passou por inmerasadaptaes que tentam adequ-lo aos sistemas implantados em alvenaria.

    Em 1993, os pesquisadores do Instituto de Pesca de So Paulo (IP),com a inteno de comparar a rentabilidade dos sistemas de engorda emvigor (Tanque-Ilha, Confinamento, Anfigranja e Gaiolas), acabaram, entreoutras descobertas, por quantificar o desempenho das rs quando criadasem estufas agrcolas. Surgiu ento o sistema Climatizado que preconiza autilizao de plstico de PVC, de polietileno ou lona para cobertura dasestufas nas quais sero construdos os diversos setores do ranrio, comexceo do setor de Estocagem de girinos. Cerca de 90% dos ranriosbrasileiros da regio subtropical utilizam o sistema de estufas agrcolasseguindo as recomendaes do Instituto de Pesca.

    medida que os sistemas foram sendo propostos e os criadores tiveramacesso a essas tecnologias, surgiram vrias adaptaes que foram feitas poreles. Muitas vezes, tais adaptaes fugiram das idealizaes preconizadaspor seus autores e, dessa forma, os mesmos no puderam garantir os ndiceszootcnicos propostos em seus trabalhos originais. Resolveu-se denominaresses sistemas empricos, mas que apresentam princpios bsicos dossistemas existentes, de sistemas Hbridos.

    A partir de 1995, a mais recente novidade em termos de engorda de rs

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  • um sistema denominado Inundado, originalmente criado em Taiwan.Ele foi trazido para o Brasil por criadores argentinos e atualmente umaforte tendncia entre as criaes comerciais. Apresenta-se totalmentepreenchido por gua, eliminando a presena de abrigos e cochos. Os animaispermanecem com gua at a cintura (0,05 m) e capturam o alimento que jogado a lano e permanece flutuante sobre a gua do tanque. A densidadeutilizada pelos ranicultores est em torno de 100 rs/m2.

    O sistema de baias inundadas ainda recente em nosso pas e muitopouco pesquisado. Existem ainda muitos dados a serem levantados como,por exemplo, a taxa de renovao de gua diria do sistema, cronogramaexato de limpeza, densidade ideal para povoamento dos tanques, conversoalimentar, entre outros.

    Aps, em mdia, trs meses de engorda, o peso esperado para realizar oabate, seja qual for o sistema utilizado, ser de aproximadamente 170 a200 g. Esse peso de abate foi determinado para as condies brasileiras,conforme a converso alimentar atingida pelo animal e pela procura(demanda) feita pelo mercado consumidor.

    Manejo Alimentar

    O objetivo da criao de rs em ranrios comerciais eliminar osfatores estressantes que, na natureza, retardam o crescimento como, porexemplo: predadores, competio por alimento, espao, etc. Desse modopode-se direcionar toda a energia do animal para a engorda e/ou areproduo, atravs de manejo adequado e uso de alimento balanceado enutritivo.

    Na natureza, os anuros (rs, sapos e pererecas) alimentam-seprincipalmente de insetos, crustceos, vermes, moluscos e outros pequenosinvertebrados. No passado, restos de animais em decomposio, bofes ecarcaas foram muito utilizados, bem como minhocas, ovos, alevinos ecamares, porm, por uma questo de custo e quantidade e com odesenvolvimento de novas tcnicas, caram em desuso.

    Atualmente, a alimentao da r em cativeiro, em sistemas semi-secos(tanque-ilha, confinamento, anfigranja e hbrido), feita com raopeletizada ou extrusada para rs e imagos e farelada para girinos, sendoque para rs e imagos utilizam-se cochos vibratrios ou indutores biolgicos(para dar movimento rao), como a larva da mosca domstica.

    O uso de larvas de mosca, criadas em ambientes fechados econseqentemente mais higinicos, muito adotado pelos ranrios

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  • comerciais, devido a seu baixo custo e facilidade de manipulao. Trata-sede uma tcnica testada e quantificada cientificamente. J, o cocho vibratrio,que embora seja considerado uma forte tendncia dentro dos cultivos, no amplamente aceito devido difcil adaptao (comparativamente ao usodas larvas) e condicionamento dos imagos, principalmente durante os mesesmais frios. O cocho vibratrio basicamente constitui-se de uma placametlica ligada a uma fonte geradora de impulsos vibratrios que a induzema vibrar e mexer a rao colocada sobre ela. Pode ser ligado a um timerque regula o tempo das vibraes e o intervalo entre elas.

    Quanto s raes importante conhecer suas caractersticasorganolpticas antes mesmo de adquiri-las. O nvel de 40% de protenabruta o recomendado para a criao de rs, j que se trata de animalcarnvoro. A flutuabilidade ou no, deve ser verificada, caso se pretendatrabalhar com baias inundadas. Os imagos necessitam de raes de tamanhospequenos de pletes e se for o caso, pode ser necessrio mo-los ou quebr-los. Os preos de rao no mercado variam muito, e as empresas que ascomercializam podem oferecer ou no o transporte, dependendo dalocalizao do ranrio e da quantidade de rao adquirida. A qualidade doproduto e, porque no, o aconselhamento com quem j o conhece ou usou,concorrem para se obter as melhores relaes custo-benefcio.

    Aps os cuidados com a escolha da rao, deve-se acondicion-la damelhor forma possvel. O local escolhido deve ser seco e bem ventilado,devendo-se evitar a presena de animais (gato, cachorro, rato, barata, etc.),que, com sua urina e fezes, podem contaminar a rao. Os sacos de raodevem ser empilhados longe do cho, sobre um estrado de madeira, porexemplo, e recomenda-se no mais do que oito sacos empilhados. Deve-sesempre verificar se os prazos de validade no esto vencidos e, quando forutilizar o produto, observar sua textura, odor e cor.

    O cuidado com o acondicionamento da rao essencial na ranicultura,pois diversas doenas podem ser evitadas com uma rao em boas condies.Deve-se trabalhar com o ditado: A preveno sempre o melhor remdio.

    Manejo Sanitrio

    A qualidade e limpeza da gua usada em criaes de organismosaquticos so fatores essenciais para o sucesso desses empreendimentos.Na Ranicultura, no diferente. Anfbios, tal como a r-touro, tmnecessidade de gua com caractersticas fsicas e qumicas especficas.Parmetros como pH, alcalinidade, condutividade, dureza, amnia, nitrito,

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  • nitrato, fsforo, cloretos, ferro e principalmente oxignio, devem ser medidosantes de iniciar uma criao e durante a mesma.

    As rs deixam seus excretos na gua, alm de restos de pele, oriundosde trocas constantes. Por isso, so imperativas a renovao peridica dagua e a limpeza dos tanques, escovando principalmente os cantos ondeocorre maior acmulo de detritos. Esses cuidados so necessrios, pois,quando uma doena se instala, a mortalidade certa, sendo ento importante profilaxia.

    Se mesmo assim acontecer alguma ocorrncia incomum, todo cuidado necessrio. Recomenda-se como medida inicial suspender a alimentaoe proceder ao isolamento dos animais em uma baia ou tanque para efetuarquarentena desses indivduos sob suspeita de doena, ou pararestabelecimento de animais em tratamento.

    Os cuidados que podem ser tomados para evitar doenas so simples.Salmouras e aplicao de outras substncias profilticas so usuais. Paralavagem dos tanques e baias usam-se desinfetantes comuns, como hipoclorito(cndida), cloro diludo e biocidas, alm de bastante gua. Pode-se tambmfazer uso de fogo para limpar os tanques de possveis contaminantes queresistam lavagem. Para isso so usados maaricos, de maneira a obter100 C na chama, que direcionado para os cantos do tanque.

    Outros cuidados recomendados so relativos construo das instalaes.Deve-se evitar tintas txicas e beiradas que possam causar leses nosanimais.

    A observao do comportamento das rs e dos girinos pode fornecerindicativos de sua sade. Eles devem estar sempre ativos e com aspectosaudvel. Rs e girinos apticos podem indicar que algo no vai bem,devendo ser investigado. Falta de apetite, manchas na pele, inchaos, corposdisformes e pequenas leses so sinais de incio de doenas ou de doenasj manifestadas, sendo necessrio separar os animais, trat-los e fazer adevida higienizao em seus respectivos tanques e baias.

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