3
Meio: Imprensa País: Portugal Period.: Diária Âmbito: Informação Geral Pág: 6 Cores: Cor Área: 25,50 x 30,00 cm² Corte: 1 de 3 ID: 73758093 25-02-2018 Seguro de responsabilidade civil exigido para cães potencialmente perigosos Nacional 300 veterinários por ano saem das seis faculdades exis- tente no país, e não há saídas profissionais, diz o bastonário da Ordem dos. Médicos Veterinários, Jorge Cid. Muitos deles emigram, por exemplo, para Inglaterra. Bombeiros Aumentam pedidos de resgate Os pedidos de salvamento de ani- mais aos corpos de bombeiros são muito frequentes e têm au- mentado, porque a comunidade também está mais sensível e atenta a essa problemática, afir- ma ao JN o presidente da Asso- ciação Portuguesa dos Bombeiros Voluntários, Rui Silva, adiantando que tais serviços não são pagos. Para dar resposta a esta realida- de, há corporações a apostar em formação de pessoal e equipa- mentos específicos, como a de Valongo, que investiu nisso "uns milhares largos", e é uma referên- cia na área - a serra tem sido um teatro de operações frequente no que toca a salvamento animal. Negócio Bastonário da Ordem dos Médicos Veterinários associa aumento à maior procura e à falta de saídas profissionais para a classe "Boom" de clínicas para animais em dez anos Carina Fonseca [email protected] Houve um "aumento brutal" do número de centros de atendimen- to médico veterinários (consultó- rios, clinicas e hospitais veteriná- rios), desde há dez anos, em todo o país, segundo o bastonário da Or- dem dos Médicos Veterinários, Jor- ge Cid. Atualmente, há mais de mil em Portugal continental. Jorge Cid associa esse aumento à intensifica- ção da procura, devido a um maior cuidado das pessoas com os seus animais de companhia; e à falta de saídas profissionais para os médi- cos veterinários, que optam por abrir negócios. "O número de clinicas tem ex- plodido; é algo que qualquer pes- soa menos atenta vê", diz Jorge Cid. A diretora-geral da associação de defesa animal Animais de Rua, Ma- ria Pinto Teixeira, confirma: "De há dez anos para cá, notamos que há mais clínicas veterinárias e muito mais disponibilidade por parte das direções clínicas para cooperar com as associações". Também por haver um "núme- ro mais reduzido" de clínicas vete- rinárias, em 2008 era "muito difi- cii" encontrar quem aceitasse co- laborar com as associações (que, devido à sua missão, pedem valo- res muito inferiores aos valores co- merciais), conta Maria Pinto Teixei- ra. Hoje, a Animais de Rua é con- tactada por "clínicas do Norte ao Sul a oferecer-se para ajudar" e en- cara-as como parceiras na promo- ção do bem-estar animal. Cristina Rodrigues, membro da Comissão Política Nacional do par- tido Pessoas-Animais-Natureza (PAN), também nota que "há cada vez mais clínicas veterinárias" pelo país, o que "é positivo do ponto de vista da acessibilidade a cuidados médico veterinários", sobretudo em povoações mais isoladas. Taxa máxima de IVA é "entrave" O número de clínicas veterinárias tem aumentado, mas algumas en- frentam dificuldades, segundo Jor- ge Cid, "por haver muita oferta e preços relativamente baixos", ten- do em conta o "investimento ne- cessário à atividade". Lembra que "a medicina é muito cara", sendo elevados os custos de materiais e aparelhos, e que 23% dos valores praticados em medicina veteriná- ria revertem para o Estado. Trata- se da "única atividade da área da saúde taxada com IVA, ainda por cima, com a taxa máxima", critica. Em Portugal, há 1171 centros veterinários autorizados Até já há seguros contra roubo ANIMAIS A lei define que os donos de cães potencialmente perigosos estão obrigados a contratar um se- guro de responsabilidade civil com o capital mínimo de 50 mil euros, mas o mercado dos seguros tem uma oferta mais diversificada para os animais, incluindo cuidados de saúde e até cobertura contra roubo, com um custo a partir de cerca de uma centena de euros por ano. Considerando apenas o seguro de responsabilidade civil até 50 mil euros, os proprietários de cão ou gato (geralmente, não há discrimi- nação entre espécies ou o sexo do animal) poderão contratar cobertu- ras a partir de 27€ (Seguros Conti- nente) ou 27,25€ (seguro "4 Patas" da Ageas Seguros). A Liberty cobra 32,7€ por seguro idêntico e a Oci- dental (Pétis) 31,01€. Se o cão for mesmo de espécie considerada po- tencialmente perigosa (ou cruzado com pais da mesma listagem, nal- gumas companhias), o prémio terá uma subida que as seguradoras só discriminam caso a caso. Será que, por um pouco mais, não valerá a pena incluir no seguro alguns cuidados médicos? Nesse caso, para um cão ou gato com me- nos de sete anos de idade, a Oci- dental tem a oferta mais competi- tiva, oferecendo o plano base do Pé- tiss por 96,91C anuais, que incluem medicamentos, guarda do animal, localização em caso de desapareci- mento, organização de serviços fú- nebres, procura de animal de com- panhia e defesa jurídica, ainda que com alguns limites e franquia mí- nima sempre de 150€. Para uma co- bertura idêntica, a NSeguros cobra 102,1€, a Mapfre exige 118,88€ e os Seguros Continente (fornecidos

Boom de clínicas para animais em dez anosnews.mapfre.pt/uploads/490/490_2018-02-25_jornalnoticias.pdf2018/02/25  · Valongo, que investiu nisso "uns milhares largos", e é uma referên-cia

  • Upload
    others

  • View
    1

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Boom de clínicas para animais em dez anosnews.mapfre.pt/uploads/490/490_2018-02-25_jornalnoticias.pdf2018/02/25  · Valongo, que investiu nisso "uns milhares largos", e é uma referên-cia

Meio: Imprensa

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 6

Cores: Cor

Área: 25,50 x 30,00 cm²

Corte: 1 de 3ID: 73758093 25-02-2018

Seguro de responsabilidade civil exigido para cães potencialmente perigosos

Nacional

300 veterinários por ano saem das seis faculdades exis-tente no país, e não há saídas profissionais, diz o bastonário da Ordem dos. Médicos Veterinários, Jorge Cid. Muitos deles emigram, por exemplo, para Inglaterra.

Bombeiros Aumentam pedidos de resgate

Os pedidos de salvamento de ani-mais aos corpos de bombeiros são muito frequentes e têm au-mentado, porque a comunidade também está mais sensível e atenta a essa problemática, afir-ma ao JN o presidente da Asso-ciação Portuguesa dos Bombeiros

Voluntários, Rui Silva, adiantando que tais serviços não são pagos. Para dar resposta a esta realida-de, há corporações a apostar em formação de pessoal e equipa-mentos específicos, como a de Valongo, que investiu nisso "uns milhares largos", e é uma referên-cia na área - a serra tem sido um teatro de operações frequente no que toca a salvamento animal.

Negócio Bastonário da Ordem dos Médicos Veterinários associa aumento à maior procura e à falta de saídas profissionais para a classe

"Boom" de clínicas para animais em dez anos Carina Fonseca

[email protected]

► Houve um "aumento brutal" do número de centros de atendimen-to médico veterinários (consultó-rios, clinicas e hospitais veteriná-rios), desde há dez anos, em todo o país, segundo o bastonário da Or-dem dos Médicos Veterinários, Jor-ge Cid. Atualmente, há mais de mil em Portugal continental. Jorge Cid associa esse aumento à intensifica-ção da procura, devido a um maior cuidado das pessoas com os seus animais de companhia; e à falta de saídas profissionais para os médi-cos veterinários, que optam por abrir negócios.

"O número de clinicas tem ex-plodido; é algo que qualquer pes-soa menos atenta vê", diz Jorge Cid. A diretora-geral da associação de

defesa animal Animais de Rua, Ma-ria Pinto Teixeira, confirma: "De há dez anos para cá, notamos que há mais clínicas veterinárias e muito mais disponibilidade por parte das direções clínicas para cooperar com as associações".

Também por haver um "núme-ro mais reduzido" de clínicas vete-rinárias, em 2008 era "muito difi-cii" encontrar quem aceitasse co-laborar com as associações (que, devido à sua missão, pedem valo-res muito inferiores aos valores co-merciais), conta Maria Pinto Teixei-ra. Hoje, a Animais de Rua é con-tactada por "clínicas do Norte ao Sul a oferecer-se para ajudar" e en-cara-as como parceiras na promo-ção do bem-estar animal.

Cristina Rodrigues, membro da Comissão Política Nacional do par-tido Pessoas-Animais-Natureza

(PAN), também nota que "há cada vez mais clínicas veterinárias" pelo país, o que "é positivo do ponto de vista da acessibilidade a cuidados médico veterinários", sobretudo em povoações mais isoladas.

Taxa máxima de IVA é "entrave" O número de clínicas veterinárias tem aumentado, mas algumas en-frentam dificuldades, segundo Jor-ge Cid, "por haver muita oferta e preços relativamente baixos", ten-do em conta o "investimento ne-cessário à atividade". Lembra que "a medicina é muito cara", sendo elevados os custos de materiais e aparelhos, e que 23% dos valores praticados em medicina veteriná-ria revertem para o Estado. Trata-se da "única atividade da área da saúde taxada com IVA, ainda por cima, com a taxa máxima", critica.

Em Portugal,

há 1171 centros

veterinários

autorizados

Até já há seguros contra roubo ANIMAIS A lei define que os donos de cães potencialmente perigosos estão obrigados a contratar um se-guro de responsabilidade civil com o capital mínimo de 50 mil euros, mas o mercado dos seguros tem uma oferta mais diversificada para os animais, incluindo cuidados de saúde e até cobertura contra roubo, com um custo a partir de cerca de uma centena de euros por ano.

Considerando apenas o seguro de responsabilidade civil até 50 mil

euros, os proprietários de cão ou gato (geralmente, não há discrimi-nação entre espécies ou o sexo do animal) poderão contratar cobertu-ras a partir de 27€ (Seguros Conti-nente) ou 27,25€ (seguro "4 Patas" da Ageas Seguros). A Liberty cobra 32,7€ por seguro idêntico e a Oci-dental (Pétis) 31,01€. Se o cão for mesmo de espécie considerada po-tencialmente perigosa (ou cruzado com pais da mesma listagem, nal-gumas companhias), o prémio terá

uma subida que as seguradoras só discriminam caso a caso.

Será que, por um pouco mais, não valerá a pena incluir no seguro alguns cuidados médicos? Nesse caso, para um cão ou gato com me-nos de sete anos de idade, a Oci-dental tem a oferta mais competi-tiva, oferecendo o plano base do Pé-tiss por 96,91C anuais, que incluem medicamentos, guarda do animal, localização em caso de desapareci-mento, organização de serviços fú-nebres, procura de animal de com-panhia e defesa jurídica, ainda que com alguns limites e franquia mí-nima sempre de 150€. Para uma co-bertura idêntica, a NSeguros cobra 102,1€, a Mapfre exige 118,88€ e os Seguros Continente (fornecidos

Page 2: Boom de clínicas para animais em dez anosnews.mapfre.pt/uploads/490/490_2018-02-25_jornalnoticias.pdf2018/02/25  · Valongo, que investiu nisso "uns milhares largos", e é uma referên-cia

Meio: Imprensa

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 7

Cores: Cor

Área: 11,05 x 30,00 cm²

Corte: 2 de 3ID: 73758093 25-02-2018

Class,- Profissionais em número excessivo

No entender de Jorge Cid, o nu-mero de médicos veterinários (cerca de 6000) é excessivo, as-sim como o número de faculda-des, atendendo à realidade nacio-nal. A classe é essencialmente jo-vem: 60% dos profissionais têm até 40 anos e 80% até 50 anos.

Custos Uma operação pode custar mil euros

Segundo fontes ouvidas pelo JN, uma operação a um cão, por exem-plo, pode ir dos 100 aos1000 eu-ros e até mais, se for muito compli-cada, e esterilizar uma gata custa entre 150 e 300 euros (esterilizar um gato é mais barato; nos cães, o valor depende do peso).

"Isso é um grande entrave e põe muitas vezes em causa a viabilida-de do negócio".

De acordo com informações da Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV), em Portugal continental há 1171 centros de aten-dimento médico veterinários ofi-cialmente autorizados: 584 clíni-cas, 504 consultórios e 83 hospitais. A legislação que regula o seu fun-cionamento remonta a 2009 e foi nos primeiros meses de aplicação do diploma que houve mais pedi-dos de autorização.

Os pedidos "têm-se mantido de uma forma regular, sem grandes oscilações de frequência até à atua-lidade, embora com menos afluên-cia". No que respeita a autorizações de centros de atendimento médi-co veterinários, a DGAV tem regis-to de 54 em 2016, 40 em 2017 è 14 , até ver, neste ano. •

PAN defende hospitais públicos ► "A existência de hospitais veterinários públicos seria um grande avanço civiliza-cional. O animal não pode ser visto como um luxo. Quem quiser deve ter o di-reito de ter um animal", afir-nia Cristina Rodrigues, da Comissão Política Nacional do partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN), que tem in-sistido em questões associa-das, como a isenção de IVA para as despesas médico ve-terinárias. O bastonário da Ordem dos Médicos Veteri-nários, Jorge Cid, duvida que os hospitais veterinários pú-blicos sejam realidade no curto prazo, devido às "ver-bas astronómicas" envolvi-das: "Seria quase um Serviço Nacional de Saúde para ani-mais", e exigiria que "hou-vesse um Estado muito forte economicamente para poder subsidiá-lo". Cid não é con-tra, mas entende que deveria ser algo "muito bem regula-mentado", do ponto de vista do financiamento e do aces-so, "para que não houvesse abusos". Todos os centros de atendimento médico veteri-nário que existem são priva-dos, mesmo as chamadas clí-nicas solidárias, de associa-ções, que praticam preços mais acessíveis para pessoas carenciadas.

pela Mapfre) sobem o preço para 183,91€, com a oferta da vacina anual do animal.

Nenhuma das empresas aceita segurar animais com mais de sete anos e algumas cessam as cobertu-ras médicas, cirúrgicas ou de euta-násia/funeral assim que o animal fizer 10 anos. Quando incluído nos seguros, o roubo do animal tam-bém deixa de estar coberto quan-do este celebre três ou quatro anos, conforme a empresa.

Se o foco do dono são os cuida-dos de saúde, a empresa portugue-sa Medicare lançou o Vetecare, dis-tinguido no ano passado nos pré-mios Veterinária Atual. Não se tra-ta de um seguro de saúde, mas de um plano que permite aceder a cui-

dados de saúde a preços mais bai-xos do que os praticados no merca-do, oferendo ainda alguns serviços, conforme os parceiros.

Com o custo de 9,90(2/ano, para entre um e dois animais, e de 14,90€/ano para três a quatro ani-mais, o plano é acessível não só aos tradicionais cães e gatos, mas tam-bém aves ou animais exóticos. Além disso. como destaca o CEO David Legrant, "também não exis-tem animais demasiado velhos para o Plano Vetecare", que "procu-ra satisfazer os donos e os animais, indo ao encontro das necessidades de ambos, tratando os nossos ani-mais como membros da nossa fa-mília, sem discriminações nem complicações". ERIKA NUNES

Page 3: Boom de clínicas para animais em dez anosnews.mapfre.pt/uploads/490/490_2018-02-25_jornalnoticias.pdf2018/02/25  · Valongo, que investiu nisso "uns milhares largos", e é uma referên-cia

Meio: Imprensa

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 1

Cores: Cor

Área: 5,19 x 3,18 cm²

Corte: 3 de 3ID: 73758093 25-02-2018

vive em Aveiro desde os 18 e sempre mdp2,4'

sozinho, À noite; pórrezé

• .1.

Governo prometeu atualização dos contratos página 12

Estado recusa compensação a fornecedores pelo custo do aumento do salário mínimo Entrevista "É ofensa à minha inteligência dizer que a tragédia não podia ser evitada" NÁDIA PIARA PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO DAS VÍTIMAS DE PEDRÚGÃO P.8 ES

Porto Confiscados 115 mil euros de roupa falsa no centro histórico Página 17

PAÇOS 3

lonas demoli

"pacense:

NOTÍCIAS MAGAZINE UM SIMPLES GOSTO NO FACEBOOK VALE

r P'"" e" P''''''"enre k 6 D." MUITO DINHEIRO

Publicidade •

OS DIAS

PORCELA\OSA PORTO 1 Rua Eng° Luis Delgado dos Santos, 76 * Porto 1Tel; 226 166 600 VISEU 1 Praça Pauto Vi, R/C, loja A* Viseu 1 Tet: 232 430 443

Animais Número de clínicas e hospitais explode em dez anos Páginas 6 e 7

TAG RAPPER CAPICUA REVELA ÀS CRIANÇAS COMO SE INSPIRA PARA COMPOR-

Domingo 25 de fevereiro 2018 • wwwjn.pt • e1,70 • N. 209 • Ano 130 • Diretor Afonso Camões • Diretor-executivo Domingos de Andrade Subdiretores Inês Cardoso, Manuel Moling e Pedro Ivo Carvalho • Diretor de Arte Pedro Pimentel

Exclus vo Jornal de Not c as

Movimento lança choque fiscal a favor do i terior

• Intenção é retirar benefícios em impostos às empresas nas regiões mais ricas e dá-los aos territórios desertificados P. 2 a 5