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FUGA DE WALL STREET N º 395 Janeiro/2011 AméricaEconomia BRASIL Bolsa: onde investir em 2011 | Ranking: os melhores ministros de Finanças da AL BOOM DA ECONOMIA BRASILEIRA FAZ GRANDES GESTORES DE BANCOS TROCAREM OS EUA PELO BRASIL Fuga de Wall Street N o 395 JAN./2011 R$ 8,90 ISSN 1414-2341 www.americaeconomiabrasil.com.br RICARDO AMORIM, que inaugurou uma butique de investimentos em São Paulo AE 395 capa V1.indd 1 12/21/10 8:23:33 PM

BRASIL Fuga de Wall · VP da área de Capital Markets e Secu-ritização. Fico emocionado até hoje ao me lembrar de profissionais seniores do Lehman, com alguns dos quais sem-pre

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Bolsa: onde investir em 2011 | Ranking: os melhores ministros de Finanças da AL

BOOM DA ECONOMIA

BRASILEIRA FAZ

GRANDES GESTORES

DE BANCOS TROCAREM

OS EUA PELO BRASIL

Fuga de Wall Street

No 395 JAN./2011 R$ 8,90

ISSN 1414-2341

www.americaeconomiabrasil.com.br

RICARDO AMORIM,

que inaugurou uma butique de

investimentos em São Paulo

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FINANÇAS Oportunidades

EXPERIENTES GESTORES DE INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS ESTÃO TROCANDO WALL STREET PELO MERCADO BRASILEIRO PARA CONSTITUIR BUTIQUES DE INVESTIMENTOS

ROSA SYMANSKI, DE SÃO PAULO

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Régis Carvalho, que teve passagens pelo Citibank, Deutsche e Standard Bank, criou no Brasil a Life Capital: “análise minuciosa de crédito é fundamental”

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FINANÇAS Oportunidades

A lendária região de Wall Street,em Nova York, está vendo al-guns de seus grandes especia-

listas baterem em retirada. O que se tem visto nos últimos tempos, no co-ração do maior mercado financeiro do mundo, é um movimento de ilustres gestores de grandes bancos novaiorqui-nos rumo à nova rota da exuberância econômica. Eles têm como destino o Brasil, e o alvo são as expectativas de negócios que a prosperidade do mer-cado local promete no curto e no mé-dio prazos.

Os investimentos diretos de US$ 30 bilhões, em 2010, e de US$ 38 bi-lhões, previstos para 2011, segundo o Banco Central, denunciam a mudan-ça de direção dos ativos financeiros e despertam a avidez desses especialis-tas, que estão montando negócios pró-prios em solo brasileiro. Essas empre-sas atendem pelo nome de butiques de investimentos, por causa dos diferen-ciados produtos que oferecem a quem busca obter alta rentabilidade em ati-vos diversos.

Mas o maior centro financeiro do mundo não perdeu o seu brilho. O que existe é a constatação de que a mudan-ça de rota dos ativos traz em seu encal-ço graúdos executivos, alguns de alto prestígio devido à atuação em tradi-cionais instituições financeiras nor-te-americanas, como Deutsche Bank, WestLB e Citibank. “Percebi que esta-va no momento ideal para montar mi-nha empresa e que o Brasil era a gran-de oportunidade. Quando se fala em investidores e mercados emer-gentes, se fala em Brasil. Depois de sete anos nos Es-tados Unidos, minha experiên-cia me fez enxer-gar oportunida-des em operações de grande sofis-ticação financei-ra que ainda vão

chegar aqui”, afirma Régis Carvalho, 37 anos, que criou, em março de 2010, em São Paulo, a butique financeira Li-fe Capital. A empresa oferece produ-tos como securitização de recebíveis (vendas de ativos, com lastro em algum bem, que são negociados junto a in-vestidores sob a forma de títulos) e ope-rações envolvendo commodities.

RECOMEÇOO executivo, que estava em Wall Streetquando estourou a crise do subprime e assistiu com os próprios olhos ao des-moronamento de ícones como o banco Lehman Brothers, viu a área em que atuava, no Deutsche Bank, ser des-montada do dia para a noite. “Estava no Deutsche desde 2006, no cargo de

VP da área de Capital Markets e Secu-ritização. Fico emocionado até hoje ao me lembrar de profissionais seniores do Lehman, com alguns dos quais sem-pre mantive contato, saindo do banco carregando suas caixas, mas de cabe-ça erguida, com orgulho da institui-ção”, conta. “Muitos tinham boa par-te de seus recursos aplicados em ações do próprio Lehman.”

Com 15 anos de mercado finan-ceiro e trabalhan-do em Wall Street desde 2004, Car-valho acumulou larga experiência na área de mer-cado de capitais, especializando-se em finanças est ruturadas e crédito, em ins-tituições como Ci-tibank, Standard Bank e Deutsche Bank, em No-

va York. Sua trajetória teve início no Brasil, onde atuou no antigo BBA Creditanstalt (atualmente Itaú BBA) e no banco francês Natixis. “No Brasil, estou fazendo operações de estrutu-ração de dívidas e financiamento, par-ticularmente em commodities e agrone-gócio, que são minhas especialidades”, revela, acrescentando que, nos tempos em que se dividia entre Wall Street e o Brasil, chegou a estruturar mais de US$ 1,5 bilhão em operações. “Tenho orgulho de nunca ter tido uma perda sequer em crédito”, afirma.

A Life Capital nasceu com a vo-cação de dar ênfase ao relacionamen-to com investidores no exterior, ou se-ja, “negociar no mercado lá de fora as operações estruturadas aqui”, expli-

ca. “Meu objetivo é ter uma empresa que origine e estruture operações que possam dar a esses investidores tran-quilidade em relação à qualidade de crédito, à estruturação e à amarração jurídica”, explica Carvalho. “Princi-palmente após a crise global e as per-das sofridas por investidores, a ênfa-se na análise de crédito e na percepção e mitigação de riscos é fundamental, e esse é nosso diferencial.”

Segundo ele, o Brasil é uma fonte importante de geração de operações de crédito para investidores estrangeiros. Uma das facetas de seu negócio con-siste na emissão de créditos com lastro em algum tipo de ativo, como em ativi-dades ligadas ao agronegócio. “Estru-turo um papel com base em um ativo. No caso de uma operação em moeda lo-cal envolvendo o plantio de soja, laranja ou de outra commodity, podem ser emi-tidos títulos tais como CDCAS [Certi-ficado de Direitos Creditórios do Agronegó-cio], com lastro nos recebíveis futuros da venda das safras. Da mesma forma, Fo

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Após a crise global e as perdas sofridas por investidores, a ênfase na

análise de crédito e na percepção de riscos passou a ser primordial

1,5bilhão de dólares

em operações foram realizados pelo fundador da

Life Capital

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estruturamos títulos no exterior, por exemplo, vinculados a exportações de commodities e aos recebíveis de tais ex-portações”, descreve o sócio da Life.

BYE BYE NOVA YORKConhecido do público brasileiro por estar à frente do programa Manhatan Connection (exibido pelo canal GNT) e também por sua atuação no merca-do financeiro, o economista Ricardo Amorim, 39 anos, deixou uma carrei-ra brilhante no WestLB Bank de No-va York para abrir a Ricam Consultoria, em São Paulo. Sua carreira sempre foi ba-seada nas funções de eco-nomista e estrategista de in-vestimentos. “Voltei para o Brasil em setembro de 2008, quando o Lehman Brothers estava no olho do furacão”, relata Amorim, que, na épo-ca, retornou ao país para to-car um projeto da Sadia.

Entusiasmado com a quantidade de consultas de investido-res sobre o país e seguindo as próprias projeções sobre o cenário de prospe-ridade econômica brasileira, em abril de 2009, decidiu abrir sua consultoria, com atuação em três frentes: palestras sobre cenários para a economia global, alavancagem de investimentos para in-vestidores (com serviços como family offices) e operações como colocação de títulos como debêntures e private equity de empresas brasileiras para investido-res estrangeiros.

A sólida formação no mercado fi-nanceiro – começou a carreira em 1992 – permite a Amorim enxergar os pró-ximos passos da economia global, não importando a conjuntura. “Minha ex-pertise é antecipar o que vai acontecer e como o investidor deve se posicionar em determinadas circunstâncias.”

Exemplo: ele é conhecido por acu-mular um verdadeiro arsenal de pre-visões certeiras para o Brasil e para o mundo. Entre as mais conhecidas es-tá a do boom imobiliário que o país tem registrado nos últimos anos.

CHUTE CERTEIROOutro especialista em finanças, com longa experiência em instituições co-mo o Citibank e BCP Securities, que retornou ao Brasil para conceber a pró-pria empresa depois de quase 14 anos em Nova York, o economista e admis-trador de empresas Jayme Bulcão, 51 anos, montou – junto com o sócio Élvio Rodrigues, que foi seu colega no Citi-bank – a butique financeira Bridge Par-tners, na capital paulista, em abril de

2010. “O Brasil é a bola da vez. O atual momento da indústria brasileira exige que o mercado conte com especialistas para viabilizar operações sofisticadas, ou seja, profissionais que conheçam bem o Brasil e os investidores. E eu fa-ço esse canal”, explica.

Atualmente, a Bridge Partners rea-liza operações de private equity, de dívi-das estruturadas (emissões de dívidas em que se emite um título, como o pré-pagamento de exportações, que é ofere-

Ricardo Amorim é conhecido pelas suas previsões certeiras em relação à economia global e abriu em São Paulo a Ricam Consultoria

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cido ao investidor), de project finance (estruturação finan-ceira visando viabilizar um determinado projeto de in-vestimento e que vem sendo utilizada principalmente em projetos de infraestrutura, em virtude do fluxo de re-ceitas previsível) e de fusões e aquisições. “Na área de fu-sões e aquisições, que exige uma série de trâmites, temos parceria com outras empresas do setor”, revela o sócio da Bridge Partners.

No total, desde que foi inaugura-da, a empresa já fez três operações de securitização de recebíveis. Além dis-so, está com outros três “mandatos” – contrato no qual o cliente dá seu aval ao agente financeiro para realizar al-guma operação, assim como o direi-to de estruturá-la – praticamente fe-chados. “Começamos com operações estruturadas de dívidas. Só que apa-receram também oportunidades em

operações de private equity e de meza-nino [colocação de dívidas de prazo mais longo que outras operações, normalmen-te entre cinco e sete anos, e que contam com uma combinação de renda fixa e variá-vel]”, revela Bulcão.

Profundo conhecedor do mercado brasileiro, ele justifica a necessidade de existência de empresas com esse perfil no atual momento do país. “Como atu-amos como butique de investimentos, não temos condições de conversar com grandes players de mercado, como uma

Jayme Bulcão, experiência no Citibank e BCP Securities transferida para o próprio negócio: a butique fi nanceira Bridge Partners

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50milhões de dólares é o valor atingido

em operações realizadas pela Bridge Partners

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Vale ou Petrobras, que são cobertas por instituições bancárias de grande porte. Nosso nicho são empresas de médio porte, muitas já com linhas de emprés-timos tomadas com bancos em outros tipos de operações. Somos procurados porque oferecemos tratamento exclusi-vo e produtos diferenciados. É como se, em vez de entrar em um grande maga-zine como a Sears, o cliente preferisse uma butique, onde se paga um pouco mais, mas, em troca, ganha-se em dife-rencial”, explica.

As operações que a Brigde Part-ners estrutura envolvem desde modes-tas quantias, como US$ 100 mil, a ci-fras na casa dos US$ 50 milhões. “Na hora da distribuição, quando apresen-tamos os negócios aos investidores, te-mos capacidade de acionar aplicadores do mundo inteiro, por causa do conhe-cimento que acumulamos nos anos de Wall Street”, comemora o executivo.

O sócio da Bridge Partners reco-nhece, no entanto, que há uma acuida-de maior em relação a operações envol-vendo crédito depois da avalanche do mercado hipotecário nos EUA e sua re-percussão global. “Hoje, os processos levam, em média, entre dois e três me-ses para serem executados. Isso é resul-tado do aumento do nível de cuidado em relação ao crédito”, afirma.

DIRETAMENTE DO REINO UNIDOExpert em mercado financeiro, o inglês James Rudd, 39 anos, também resol-veu virar empreendedor no Brasil. Ru-dd, que trabalhava no Lloyd Bank em Londres, em 2009 (ainda na época do colapso financeiro das hipotecas), e acumula experiência de três anos em Nova York, no próprio Lloyds Bank, aproveitou o fato de ter uma esposa brasileira e decidiu apostar no Brasil.

Ele optou por entrar como sócio na butique de investimentos paulista-na Nova Financial, em março de 2010. “Meu trabalho consiste em viabili-zar operações de securitização de re-cebíveis de clientes. Estamos tentan-do operações nessa área com empresas com faturamento acima de R$ 50 mi-lhões”, explica.

Como acontece nas demais empre-sas do gênero, a Nova Financial mira empresas de médio porte. “É uma fai-xa que não é muito bem atendida pe-

la rede bancária. Nosso objetivo é ofe-recer produtos para companhias que tenham necessidade de capital de gi-ro, ou que queiram baixar os custos de seu capital de giro, ou ainda que al-mejam alongar o perfil de sua dívida”, observa Rudd. A butique tem clientes bem diversificados quanto à área de atuação, tais como telecomunicações e indústrias, além de prospectar tam-bém oportunidades na área de securi-tização imobiliária.

Atualmente, a Nova Financial tem, aproximadamente, 15 operações em andamento. “Uma novidade que esta-mos tentando implantar no Brasil são as operações de securitização de rece-bíveis envolvendo cartões de crédito de lojas e supermercados. A ideia é apro-veitar o fato de que essas empresas que emitem cartões de crédito têm ativos, que são as faturas com vencimento fu-turo. Os recebíveis seriam lastreados nessas faturas e, posteriormente, nego-ciados junto a investidores”, diz Rudd. A empresa já está em fase de elabora-ção de uma operação nesses moldes, no valor de R$ 20 milhões.

Vale lembrar que, dependendo de seu perfil, a butique de investimentos necessita de registro, como prevê a Ins-trução no 43/85 da CVM (Comissão de

Valores Mobiliários). “Quando se trata de gestão de recursos externos, não há necessidade de seguir a legislação da CVM. Mas os casos devem ser analisa-dos individualmente e de acordo com a forma de atuação de cada empresa”, afirma Léo Rosenbaum, sócio-titular da Rosenbaum Advocacia.

EDUCAR PARA INVESTIR O mercado financeiro brasileiro atrai até mesmo jovens empreendedores. Um exemplo é o alagoano Thiago Aroucha Wanderley. Com apenas 25 anos, ele decidiu abrir uma empresa voltada ao mercado acionário em Maceió (AL). “Resolvi usar a experiência que acu-mulei em uma trading de Nova York, onde fiz estágio na área de commodities. Depois de manter contatos com a cor-retora New Adge, uma das maiores dos EUA, achei que o Brasil ainda era ca-rente nessa área”, explica o empresário, formado em administração com ênfase em comércio exterior.

No final de 2009, nascia a Vessel Investimentos, que atua em parceria com uma grande corretora do Rio de Janeiro, a XP Investimentos. “Nosso papel é o de prospectar clientes e dar assessoria de investimentos e suporte. Só não fazemos gestão nem aconselha-mos atividades como compra de ações, o que fica a cargo da XP ”, descreve Wanderley, que planeja abrir escritó-rios em outras cidades brasileiras.

O jovem empreendedor optou por Maceió depois de concluir que a po-pulação local era pouco familiarizada com os investimentos em bolsa. “Ge-ralmente, o que se vê são pessoas com a cultura de investir em poupança. Só que o mercado mudou muito, e os fun-damentos do Brasil estão muito bons. Faz parte de nosso trabalho despertar o interesse das pessoas em relação a no-vas possibilidades de investimento.”

Por meio da Vessel, o cliente tem a opção de investir de R$ 200 em ações até ultrapassar o montante de R$ 1 mi-lhão em operações em bolsa. “Nosso diferencial está em aceitar clientes com perfis bastante variados”, aponta.

Atualmente, a Nova Financial está montando uma operação de securitização

de recebíveis com cartões de crédito de lojas e supermercados

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