16
BRAS IL -- PO RT UGAL 1 DE FE\'ERE IRO DE 1907 N 1 93 PELOS f\llARINHEIROS Piedn de, Senh or .•• Digam o que di.,.er<:m. o oclho Portugal, mcamo de joclhoa. E &cmpr<: grande

Brasil-Portugal : revista quinzenal ilustrada, Ano 9, N.º 193, …hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/BrasilPortugal/1907... · 2017. 8. 17. · A ceremonia militar no hyppodromo

  • Upload
    others

  • View
    0

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Brasil-Portugal : revista quinzenal ilustrada, Ano 9, N.º 193, …hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/BrasilPortugal/1907... · 2017. 8. 17. · A ceremonia militar no hyppodromo

BRASIL --PORTUGAL 1 DE FE\ ' EREIRO DE 1907 N.º 193

PELOS f\llARINHEIROS

Piednde, Senhor .•• Digam o que di.,.er<:m. o oclho Portugal, mcamo de joclhoa. E &cmpr<: grande

Page 2: Brasil-Portugal : revista quinzenal ilustrada, Ano 9, N.º 193, …hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/BrasilPortugal/1907... · 2017. 8. 17. · A ceremonia militar no hyppodromo

2 BRASIL-PORTUGAL

ô ''Erasil-j?orfugal,,

Oifo annos vividos

om este numero entra no 9.• anno da sua existencia o 8rasl1-Portug,1/. E não declarar que nos desvanecemos com estas palavras seria deixar de dizer a verdade inteira. E' que os oito annos que hoje findam, se re­presentam muita vontade, muita tenacida­de~ muito obstaculo vencido, muito dinheiro gasto, muito sacrifício realisado, contém ao mesmo tempo - para que negai-o? - uma dose de tnumpho que remunera e com­pensa todos os esforços empregados

Oito annos de vida para uma publicação d'esta natureza, em 1erra de Portugal - bom é que o saibam os que teem por offlcio de tudo desdenhar e n::ida fazer - é uma cxistencia longa, ê uma equa-ção resolviJa em que entram corno factores princl­paes o trabalho perseverante dos de cá de denlro e a sympalhiu do publico, crescente e benevolu

A essa sy1npathia, por tantas formas manifesta­da, a esse acolhimento cada vez mais lisonjeiro e penhorante, devemos, neslt dia, especial registo, ao passarmos de um anno paru o outro.

Quando em Fevereiro de 1899 appareceu o Brasll-Porfugl1l com a sua capa a cores, insinuante e patrlotica, na qual Roque Gsmeiro puzera uma boa parte do seu talento inventivo, com os retratos dos dois chefes d'Estado, O. Carlos 1 e Campos Sanes, com as sua< paginas illustradas por artis­tas portuguezes, e o verso e a prosa da sua parte htterarla firmados por nomes lllustres na llllera­tura nacional, quando o primeiro numero surgiu como um luminoso traço de unillo entre os dois paizes que falavam a mesma linguJ, a nossa po­derosa, abundante, terna e íorte lingua porlugue­za, parece que o mesmo sentimento vibrou em todos os corações, e o mesmo rebate de sympa-thia pela nossa obra nascente partiu de todos os espíritos. A' forma material por que essa sympathia se re­vela, traduzida em centenas de assignaturas que todos os dias nos entravam pela porta dentro, accresciam as adhe­sões de ordem moral que nos estimulavam, as saudações que nos chegavam de toda a parte, promessas de collaboração litteraria e artistica, que pela sua procedencia nos envaide­ciam, um sem numero de incentivos que davam á nossa iniciativa, por de mais arrojada, a força de uma realidade effecliva e, apesar de incipiente ainda, já brilhante.

Assim acariciada a ideia dos fundadores do Bmsil-Portu-

gal, d'esse momento em deante não podiam elles deixar de adoptar intimamente por sua divisa e norma as palavras famosas de Villemessant: en y pensanf foujours.

Pensarem sempre na sua obra, que era a sua filha dllecta, era mais de que uma tarefa nobllitante: era um dever de brio pesso•I e de dignidade profissional. Elles tinham- se im­posto a obrigação de crear a lllustraçào portugueza, que não existia, de desenvolver e aperfeiçoar as artes da composíçüo e da gravura, de fazer todos os quinze dias o registo line­rario e artistico dos grandes acontecimentos que se fossem succedendo no Brasil e em Portugal, de intercalar com as photogravuras de monumentos, de individualidades e de pai­sagens, os .:asos occorrentes de mais palpilante actualidade.

No program111a que fez parte do primeiro nu1nero da Re­vista, vasto e ao mesmo tempo claro e singelo, elles toma­ram a si o ~ncargo de fazer convergir para as suas columnas o pensamento que despertasse nos mais cultos e poderosos cerebros de cscriptores dos dois paizés. e, a Hlustrnl-os, os desenhos mais suggestivos dos seus artistas. Consideraram uma obrigação que se impunha o acolher por esta sorte a

'

A lpurado militur. - 1l 111ut-J:1

llt1ern1u1a e a arte, tornando-as arlerias vivificantes da civi­lisação dos dois povos.

E sem ou tro impulso, que não fosse o da sua vontade, sem outras forças alem da que dimana de uma f~ viva e de u1na esperan(a fervorosa, sem recursos nem auxitios senão aquelles que leem encontrado nas sympathias do publico, não tendo a pretensão de possuirem talentos superiores áquelle que o Infante navegador escolhera para sua divisa, mas tendo bem viva • convicção de que •querer é poder•, bem arreigada a fé no futuro, e sempre de pé a esperança

Page 3: Brasil-Portugal : revista quinzenal ilustrada, Ano 9, N.º 193, …hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/BrasilPortugal/1907... · 2017. 8. 17. · A ceremonia militar no hyppodromo

BRASIL PORTUGAL 3

de triumphar, os fundadores do B/"ll$il-Portugal gloriam·se hoje, e folgam de affirmal-o, de terem vencido a batalha n'um campo em que tantas derrotas se teem operado, e em que se espalham os desiroços de tantos vencidos

Um dos nossos collegas na direcção da Revista , 101 em •nnos seguidos ao Brasil, para lâ, deante dos nossos com patriutas e dos filhos d'esse paiz encantador e formldavel, advogar a Ideia lançada, chamar para ella as allençõcs de todos, crear adeptos, enra1zar convicções e irmanar vontades e affecios. Conseguiu-o, e ao voltar de uma d"essas campa­nhas, que não ~ de mais dar esse nome a lucta travada para vencer recalcitrantes e attrair indifrerentes, viu co1n jubilo que o seu trabalho pessoal e indefesso, atrnvez de lodo essa extens•\o territorial que vae do Cuanabarn ao A1nnzonas, era cornprehendido e premiado cm Portugal, pois que ainda estará nu 1nemoria de muitos o banquete de honra que lhe foi offereddo, e no qual escriptores, :irtistas, nego­ciantes, jornalistas. pohticos, lhe d~ram as mais effuslvns boas v1ndJs, fellcltando·o calorosamente pelo einprchcnd1-mento, pela coro~em e pelo ex1to

Poderiamo~ en1ão ttr ndormecido sobre os louro:.. mas nào. L.4 estava ereccn. firme, a apontar·nos o caminho, a d1· visa do fund•dor do Pigaro. M:ios â obra, cada vez com mais denodo, cadJ vez. con1 mais vigor.

Vigorl E'cr<vem<1s a palavra propria e adequada Todo, na con;un, tura qu~ ~e form3va , nos era preciso para não dti­xarmos de avunçar mnlgd tout, p3ra n3o ficarmos para craz. A sympathla do publico. se estimulava os nossos e.for(os, premiava-os por rnaneira tào notoria, que vlnha provocar lnJ ... ciativas alheins, c1ear novas emprezas Para ellas o carninho estava aberto, estava nrro1eado o campo, mas Isso em nada allenuava a necessidade que tinhamos de porfiar na luctn, de marchnr sempre. E agwn mesmo, ao cntetarmos o 9" anno, eis-nos no nosso posto, que é para nós um posto de honra, porque o é de combate.

Servir b~m o publico, tornarmo-nos dignos da sympathla que nunca deixou de nos dispensar, ~ para os directores do Brasi/-Portugnl o mais grato dos deveres. e, para a conse cuçào de tal fim, até ha sacrifícios que se impõem. Pois não lhes oflerecemos nós desde hoje uma consideravel reducção no preço da asslgnalura, que fica por pouco mais de metade do que era primitivamente? Esta reducção que ainda ha pouco olferecemos ao Brasil, não temos o maior prazer em a cor-

nar agora extensiva a Portugal, ~s ilhas adiacentes e ás co­lonias portuguezas?

E nen; por essa razão deixaremos um momento d~ pen­sar no programma com que abrimos, não para o cumprir á risca, mas para o exceder em aperftiçoamentos e vantagens.

A ceremonia mili tar no hyppodromo

Roallt«>u·8& no dia 20, om LOdtut llll gua.rnlQ6ea milit.a.re.a do paiz. corn um cara.ct.or c:l!o í6&t.ll Jlia.t.riotloa, a ceremoniada. ra.lifloaçào do juramento da. bllndolra. CoRtumam osl.4.8 reatas apresentar uma. rolçlLo omoeionanto, em toda a part.e onde exlato uma ldeill dellnld& de pa.trla.. aprovel­

t.anJo os commaoda.nt.e-a mlhtaree o 1nomento opport.uno. pt.ra.. par meio d'uma inYocação A bandeira o ••arado emblema da. patna­f111er dea.abroehar no up1nto ~rdente doa jotena recruta& u im­pressões do mais puro pa.tnouamo, que lhe• foram legada& peloa e.eu• antepaeaa.dos. e outros tacLOe que detem eatar aempre pre· aent.e• e red1r1•os na imaginaçào de todOA. qoe n'um momento dado pro urem ou de'fam reconatitu1t-oe e Imitai OI.

Puem·&e de~pert..ar no coraç.l.o, n&o •6 do eoldado bisonho, mas da ero•nça. que desde a NCOla começa •tomar part• n'eatu ce­remonlaa, oa epi.sodios puaado1 nu e1reum1u.nc1•1 maia perigoea mente entlc._a, onde "4>do. 10 uniam como muralha do gra.n1to em volt& da. b:a.nde1ra., que de•o 1ompro •.r1nboll11r toda.a ••glorias do P••~ldo. as rt-al1dade1 do pre•ente, o as esper1noa1 do rut.uro.

Ac\ru1hnonte proconiea •o 1nu1to a Ideia do que naa eoc1edadea modernas s.e t.0ro.a. lndlepenaavol eet.aboloeer rolaçõoa fntimaa erre­quentts entre a escola. a caeerna o a 'fldA civil. A etcola deve gar o ponto inicial do prepa.raç.lo 1>arA n. vida. do c.a"orna.

A' 1mprenisa modornn. cumpr& hojo aprovoit.11.r todos oe ensejoe pa.ra rnzor propaganda. n'oste eonlldo. Em todos ors pont.08 da ~'ranoa, hn. obras numero•a•, devld,ut 11 Inicia.tiva doa governoe ou de par\riculares, que preparam o futuro doíonttor d11 patrla, )Or in· Lermodio da eacola; e co1n a Londcncla 1.etuftl da re:iucc;ào do lompo de. aorviço militar. eatai, Ideia" nlo t11rd' rào a. g,enor&liaar.ae. Como acontece na Sui.ssa, no Jap:\o o em Yarl1a colonias lngle.zas, sena p&ra de$ejar que os r&crutaa port.uaueze" cheaas&em aos reg1men­to1, lendo já recebido oa prlnolptoa da educaçlo mílilu e pnncl· paimente sabendo faz.ar uao da Mplngatda e oxoa.utar marchas mi­Htarea naa condic;õee normaea.

Qoando o recruta ali chega ao regimento, J' aente p.alpit&r lhe o eoraçào em Crente da bandeira.. que lho armboli1a a patria que. rida que todos gabem amar t1o de•otadamont.e; e comprehende. o alto ••lor que repreaent..a oeto •olho ma• multo aignificali•o coa.

A parada militar. - ''" 41u111,.w ''ª 1-; .. ,'Vl .1 \ ar.11 ' ,.,,, ,.""'"' J .. 111•r111l1.1J -1.J I n/• 111~ 1' . • 11.1 1111 .. 1 1·0111 A l1.11ulr1r.1, ~ult'.1111/u 11u ll t1f1pudrv1uu

Page 4: Brasil-Portugal : revista quinzenal ilustrada, Ano 9, N.º 193, …hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/BrasilPortugal/1907... · 2017. 8. 17. · A ceremonia militar no hyppodromo

4 BRASIL- PORTUGAL

tume militar que ra.z enraizar cada vez mais no coração o senti· monto indestrucUvel do respeito pela bandeira, que faz lembrar a pat.ria, como a. mala santa das div1ndadea tot-elaro&.

Foi com oa olhos postoa na bandeira. que se criou o definiu t.odn. a noesa tão imminont.e poraonalldado nacional, que ao aecumula­ram LOdu aa ener"glafl mlllta~a da noaaa raçli que co·nelftuem um pas$ado sempre pa.lpit.11.nte, que faz viver e definir o preaent.e.

Em LOdM as paginas de tão intenso brilho da. nossa historia se encontram opi&odios passa.dos á luz irrAdiantc da. bandeira •zu1 e branc.a, onde o soldado portuguo2: tem atftrmado o tseu elevado gráo de pat.rlotismo e a. ea& abne-g•Qào no campo da batalhll.. para a coo· quisla do poderoso aentlmonto da liberdada o lndopcndeneia.

Em face da.a tendenciu modernas, e do& coslume11 que eo te.em perpetuado pela. lradlçào o Clldl'l voz com maior vigor nos p11.iiee onde se coida da. dereza da patria.. não podia. deix·ar de ser u.nan1· momento bom recebida a Ideia d 'uma. ~remonia. militar imponente, como a de ha dias no vaeto campo do Hyppodromo de Uelem.

• •

Alndt\ nào se extinguiu a. oxcetlonte impressão deixada pela. fetJta. millt.ar " que noa vlmoe rerarlndo qoo foi lCrtamento tno· t.ivad • pela belleza d'e&.6e diit, que em pleno inverno 111presentavA t.oJo" OR falgores prhn;Jverl&, polo sccnCJrio enlpolganto1 adornado pe1o furmosis.suno Teio, quo Jd. n.o longe produ:-.1a effoltoi5 i:na.rav1· lho603 b ·tiido da. luz d'um aol rutilante, polo aape~t.o elegant.issirno daa t.r1l1unM, onde eeLllvam SuaK ~tftgest.ades as dua& r11inhae1 o corpo rl•plo1nntico e íncalculavol nu1n&ro do soohorl\8 que lilln1.o realce ddrfl.m !{ reet.a. Alé-nl d'etsl&ts tactore.a import.anles e da

A quinze dias de vista . • •

XX

•Cnn~tHnni:1to111 tBI !• Sr1h:-o o tlt.n;ido rrs~-.do, eo1nprn·n-ite f\10~8() :0:('1iho1· Jt-iu3 Cio· isto corn :1 l tnpt 11nin.. A cr1u1111·0: tl o11 depttl.'.tdoit :1.ppN1tn 1><1r yrn11do nH•i~H·it1 " lei dn iu1pt•e111u . ,,\ 111e.t ln1t 1·1t•

)/l{ll'll, pdr u11;1u1miflfHle, J>•'e8l .'1 n1'1H1ill' r:111yHdt1 l1on1t'nnyen1 lUJ y1·n1lde filifrnl bispo tf41 \f i:el( e {IO {flrnlid:11:.t> ljor1.:11i~t:1 f ft>'l l'i· !Jtlt8 Sa111pnío. ' '.to l á t•n/endel-~ r .Yh1yucnn •;o 'I"" 1>:1rece, n 'ellllt lt11'4 ac ltira»J~•ets. Opinitlo ''º Ginl (/{if •FlU)IUI co111t1• d~.1•. - r1 • A 11lor út J'o·,.tlfç.5n• 11rJl'~ r1prrJ.t <111 '"'· A r1'0!JO. ·ren· ri<..11•:\-Jfec 11utar o (tt11HMI• • ll'Vt•rlilO• e llleU('nt·~t< "'"''"'nti~ )l()r 111n l1ilhell", Y1u·i1u;&c~ Út! rul11'f'll SOIJ)'é HH,liUOtt flfl(lflS po1· l.UUll l"tl'l•

1n·t:r1 t/u41- uflo q1u.•1• '''''"'' ' ' r rlt•J!yr;i~'fts

t/ó111>un111u11to11 esl t

Sl.!j(u1ul) n V11lg11h1 Lulinn tS. Jo1io '''' !'íH rorn111 ''Slns ::is ut ..

thnu"' l"'lu,·rns dt.• C llrislCt. 110 lt•r11I(• tlu ~uu horroro:.;::1 t,gonin, "'' t0j)O d11 t':t1l\•11rio. eru1·ilica1h_. onhi .1 1lois latlr•)CS.

li" tJUC111, to111ulldQ u pllra~" 1•eln rtun:1, jul~ue <1111..: Q J)i\'int.> )l t!:~ lrt.• espri1uiu 1H>I" f·llot •111e ludo :h·nbiu·.1. •11u: 1'(•p11tn\1 1'1 in11 ·

luis 10<10,. 0$ suuN 1rnbnll10St ,. 111o ffti 111t•n 10~ nn •r i•rr-:1, no.s 1lo lor(l:H)~ 1u11l(ls ' Jllc 1'óo.su111in' 1n1 1111"\'fu tlt\ pti-:,r..11· u Pai e o J\1nor nos ho·

A~pnrado mllltor. - /Jurahl1• :J ,,,Js.11R - .s. Jf. h'l· 1-;•1 ju1dt~ /r l 1•rfH11•n ,.,.,,,

extraor~ioari& afllu•nci& do povo Que dotJ pontos mais aíastt\d01J1

convergiu para o local da paritda militar, grande brilho imprimirlJ.m á ceremoni.a.; um luzido estado 1n11lor que l\C-Omp11nhou Sua ~lages· t.ade .EI R.o1, aua. alt.eza. o flt. Infante O. Affonso e o sr. ministro do guerra.. e o aepect.o n1arcial d•ts tropatt que des61aram com um garbo e umtl corre~ào gue, o.po~ar de serem tra.rlicion•oe ent.ro nótl, m':recernm o& maíores elog1ots do corpo diplo.natioo e dos mais exigentes.

Os b&t.albões do caQ1.dore& flzaram._,e acoo:panho.r pela• matra­lt1111dorss. e pola aceção de cyc1letaa1 quo provoc"r11n1 no publico rna· nirestaçào d'onthusiaemo.

Nota int.eresaant.e dt reala. rnllllar do dia 20 : aua 1.ltozl\ o Prlncipe Roa.I levou o eatandarto do regimento de lanooiro11 2, o o ttr. lofa.nte D. I\fanuel íoi o porta-bandeira do corpo dtalu­mnos d& BiCoJa Naval, tendo sido accla.ma1oa e1n gro.nde parte do percuteo da marcha em revlst.a. Rat..11 resta, verdadeiramento na.c1onal, deverá repo1.lr.se nos annoesoguin&.es, vi$to que se manl­restou a t.e.ndencla, para lhe dar a dovfda &igniHcaçào pa.t-rlotie11 que em tiod& a parle a. caracter.isa.

JoAo SA.STOil.

1nt'ns. ~hu; nlío. O ~f t•rlyr st.1hli11H• dt!s1n•(!1Hli11·!5C du '•iJn lt•r1'(·nu í'OOSCin de que i1 511;1 ohr:1 Íl'UCti lic ~rin , l~~t-:1s pnln\'f:lfi, Jongt' du s i).;'11ifi•·ore111 des:ini111n peln i111ru·ofiruitli•d1.1 do 11rol'H'g-'n1da de J esus. ~·On·cs11011tli;11n l!t('IU 4h1,·idn nQ ro1n·1•111· i11u~1Ho nrrcigudn no e_q;pirilõ do filho de "orin de 'fllC n sun dtlllll'ino lu,\'ifl cte regPromundo.N1io oc:1ba\'u ludo. IKl~f UC h1do ja ~CJ •llt'\'iu• , O qoe 101·n1in(lvn cr11 o li~· h1tlho do P••nst'lllor , do Juslo. l~rn o horn4'1n '/ue dt..'SO\)J•lll"Cl'i(I e nl\u o íloulrinn . esl:l ll~·av-a, con1Q ~· l\u"tio clerno1 il uminnní O~ fH1uecendo tnc a l1nns. tr.u1sirh1s dt! JIB\'Or 11<1 lt'l'\'n tio l"'bP.tllis-010 •••

A 11uu ''''º ..:sl1J i:xordio? l h.!rg unlnr:'t o fti1or :11nigo lu1bitunth' /1 ll0$4'nrnsLinda pro!:tn d'esto. St:C-çõu.

\ 'eiu. nleu cnro senhor. n pror•osito d1• l~·i do iulprtnsu, npprn­vnrlo.

Con.10 o Snh·ndor, n lr111u-cni;11 roi crucilicndA, nAo entro doís la<l rõt:s. rnnA cnlrl" urn &!'birro J11 Bon Jlori' e um polit•iu, quo n tlo flliu1-nvnu:1 corno vic1i111os dó 1n11rh·rio, 1uAs ço1no ~i1nples olo111enlo~ dcc;.ornl ivos. Con10 .resui:t, podt• e'lla llixcr- <'On81onmntun1 r11t /­s.on1 espernr \leio espo111'n embebido cnl rol que fl cnnH1ra dos dignos pores ntio dc1XOJ'Ó dê l lo espre1nor nos lnb1os rosequidos. n 'urn ui· tinll) requi111e de crucldndo. E' de ,1rripinr !

~l~s. •·0110 no coso t h.• Cbrii-to, o conK01mtH u o1 1•ifl filiO s iguificnr:i

Page 5: Brasil-Portugal : revista quinzenal ilustrada, Ano 9, N.º 193, …hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/BrasilPortugal/1907... · 2017. 8. 17. · A ceremonia militar no hyppodromo

BRASIL- PORTUGAL

~ \ f

A parada m11her. -.1\$111rt1tlt4!'Jt rt1:1 uutrinltr.1. -s. ~\lte.::1 <• l u(nult'. /) • • Hnntu•t

fl lJtil o i1upn•n~n . nn uhirno 1los dl1s.Ani1nos, julguo 11<·1i1idu n~f;ua e.ai 1sn. Nfie..

Ntio so 11~1rangulta uron insliluh;:iio q ue ro1+NlK"nta 01 1nnif( uohnl nsl'ir;:i{"ii() l1 11lli rtn:içf10 do ,·ons•·icru·ia •'ollecti"a l.!<l1no :-.<t tort·u o h~l~lltllu n 11n1 1•Ao tr;1i(;llf'i1•._, <1111' .!'e 110!1- nlir11. J)e 11t:1is ó $nhe n i111-lll'C'llS~, l'JUC tH/0""1 t'Offi(>f,':"l U lt•1• 11 í'Ons;~ iu 1 11.:Íü da sOfl rl)rÇ:i, Í)u mil)'( ~lr1$ :1 lei lm-ti1• dlisr1ppurt•cer, n1t1is tnr<l1· 011 tnnis ..:ud(J, L' ' ' i1uprcnsa lm-1h· tle~r.

t·: flfin rnlc1111')$ r1111is n' ish1, 1 1 1u.~ o '""'~' ri lluus 11orh· 1 11••)-:~ ' hcui .~ 11nu 11.~ ,\list•ri1·tw~lia!

\'oh•hlos tloii. •lin~ sohru o 11\'IO d:i n1•1••'0\':t\•zlo 1l.1 lei rr1llh.iir;t, '111'4 ll1.crt111l o!il ~1·nluu·c~.; fl1•11111:1d , .. dn N':11;:°11J l>fJrtugur.:7.a '( 1""l•1n umi:-.

nem menos ((Ue isto: c.xo 1~ert11u puhlicu t• u 11rtni111('111.,.nlc o •!uho do l.ihen-l:ule. 11rei<t(11HI'> h(lm1•n11~·m n 1nu dos se11:-. 1unis rer\'Or-O~tõ :1p01'tolvs. O • .:\111f)11io i\l \'CS Mnrtins. Tralfl\' l\•su du aut•lorisnr u f,rCJ\'t• rn() n fornt.'('(11' o l1ro11r.c 111:eêSS;:1rio p;1ra o ulôtHHllCUIUflU4) Vi~(HI \':1e cri~ir, 11e1·1wltt:1ndo u Hll'UH)ri: 1 do seu hiloliJ)O, {) hour:uJo e "~no· 1·~11lrl() c~ltHh~t:t n (JUC1n Bo1·d:lllo iu·runjou :--1 divi!in Li11tu•<1:ule u +\lrar-11H•li•lro.

A j}l'()flOSl:1 íoi \'()l:1dn. unaninh.'11\('olllC, prouuncinrulttos IC.'t(/(li'JJ dr loll11s l'l.S 1'11rcinlidr1cles 1Ktli1icas discursos iofh1n11nodos do luHuenn­gc1n :'1 mr n1Qrin 110 g-1'l'lrtilP lih(•rn1. ~ 11 ftohrc l.il.u:N·l:ldé \•eiu l'1 hnlhn 11nr.1 ou,·ir í1•rvoro~os 111·olc.i;;tos rio n1no1· 111r.is ícmcutído quu 11.:111 un~i1oado n111llu.i.1• de .;:irnt e oss() d\•Sdo ljlh} 6 uturHlu ú 111undo.

Vüo 11'1 (•111011111.•l·os ? ílitus :ulle~ l1rcs1nvr11n eg1111I h o111c1tnl.{c111 n Anluuio ll odrigues

S:uup:tiO, o vcl 10 ~IUll JlttÍfi dit a tr1·ol1t('AO e tln l!.'lfllf'4•lrd. O llHtÍ'i I~· u1Í\·é'I 1m1nrh lci:1rio 1la iint•rens:i ~•orlugu<'7.;1 ! ~l:us di:;. ·1u")Q~ , 1n:1ii;

Page 6: Brasil-Portugal : revista quinzenal ilustrada, Ano 9, N.º 193, …hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/BrasilPortugal/1907... · 2017. 8. 17. · A ceremonia militar no hyppodromo

BRASIL - PORTUGAL

u1 rv11l1u-t 111• 11111ur 1•l•l11 l.il~1rdad1..1. t·Onl !'IUll ''u11h1111l•li11 n \1111 Jornn· li!ilrt •• •ltli• o rui.

1 •,;irn t-P ~1·1" tH·o\ lrn111dr., nr> 111'\..,SO JHlit., 11t·1't',.."-'1rio 1~ lt•r urn f(fllnd11 tlt• .. prt'ndin11•nlu I"'''·'"' t·oi ... 1 ... lt•rreno.,, f! dt•ix:ir-.. 4• ír u j:t•nh• , .. 1r.• o ouln> 1111.111110

i'.: ... h• e .1 .. 0 d1• inh•rn•mJM.'r ;i dii-c·u-> .. lo dr urn projtl\'IO dtt lr1 t•l.t~ l1-1•r.11l1t • nn1 o inluilo dt• ;unord.1çar a impttr1 ... ' Jk'lr.t pre .. 1,1r ho111~-

llH•-O lcb.;ti1no Of"~ulbo eh· qu1·111 1"(•lllf1 t•11lr1· 01'1 Jot1•us u 1u 1:11> tino l'"'illirito. u1n l;t.lcato dt• tul 111nh•nbili1t.1d1• 1~11t• nos ~un1~s n1.ais opp<mlo.., ~ 11l(lfii.f1·:-.lu -.upt·riorí ..... i1u.11111•nll'. .'1 \'Cl'l'>:1ndu ao;: nMdn.;; 111n""lilie"1o tio ndtoiui-.tr..i~1\d 1n1bli1·.1. j;'1 honhuu o d1• n111"i'-·a u1n poema "'t·11ti111enlal

\ln'i. diria eu. lt"Hf"'I"'""'"'"' ir R ~ (~nrlu.,. t• di.iia ht•1u. l'O!"lllt• nt•11h11111 de nó .. - O!. dt~i.rr:u;.1do .. 11u1· ntlio lrt·1n u .... ;.,,.., •• •u r;a no tlJea·

lm ,,.i,·o f"'' nQIJ •• \"i.c_lt•rem í::tttr - JM.Klt f4'n11i11ir-.. t" o uxo dt diier; \ UU li ?'õ. C,u·IO"I 0'9'"Ír ri Opera do

·'""'''º 1; .. o '"i1n1 CI 11u .. 11ro t~li1 n.·plclo i'fHll li """'iiflUlhlMI. ( 1 'JUC f'Sló f~r º""'Íl(IUir ' ' li•·u l1 di"'atº"''fRO de 1nui-1os 1111l h11n.·"' d111•rt•a1111'.1sd~ Oeusquc nintlll 11·•·111 n \ 1•h·idndl' de &e jul;,:-.-.r 1'0111 11irt'llo (1 \i+lu, t~ o 1u•r11d1111l 1 :-~i rno fJRll111lu•iro. (• 11s1,., 11h·~n1n muilo t•cr-1•••:1111), , .j,1111 •1110 u ll i111111111Jntu () J:_.t(')­\'1•r1H• p1•r111 illlu 1\0 f' 11l111't•r.111·io n 1•on ­l'lt'u1•.;nn 1h ' 111ni "' torriuluu~ 110 c~11aço 1h• .. d1• le11qH1 .. 1"t•n101i1 .. tl1• .. 1i11n1lo :lll" 1•01'~·"' •11111 "'º 1f1 .. 1•'•t•1u fie 111na 11·it"h.• nH•iu 1·01•1\11 .

() tli1•1Hr.1 d;• ~. Cru·fo.;,, 11111• pt•l"­ll•n+·t• 1:10 l ·: .. 1;ul1, t• qu1• 1~ur i ... --o n1e,.n10 d•·\ ÍJ1 "'*'' lot-'rtHl;11tr'o 1111ltliro. ~ :ir~· 1111" 1• .. 1,1t~l1" i1111·otu t~r,tc.r.ltlo 1~r :.'· )rt1•·111 11111 111\•1 11u1·r ... , "''r dt• Je.s;;rr.-· '·"''· t• t·u1j"~t1n nt1n11alt111·11h• .1lgu111.1~ di·Lt'"·'" 1 ,. ,·unh>' dt• n:i .. a sou1br3 do •110111•010 d .. n .. I' dn • <•nJemon,·\'I lol1•m111·i.1 d'oulrv~

A parada militar. -S •• \J11yt1l:ulc" Jt;u11l1A JJ \ 1r1rlu1

IJ,t 111uilu +tui• 1n:.:.ci..::11nos Drt Í•>r· 111;1 dt• ohh·r 1un hillit l~- p:.'lgü. é cl~1-ru - p.1r,1 , ... rltn do . l 111ur 1le /#er•fh­<'·l\o. _\ iudr1 ntlo a1·lu11no-,. E. n'~l:is t'Íl'f'Ulll .. IRlll'll'I"' r\"COl't'{'lllOS /1 b(lne\'O• lt•111•ifl 111111f1t dt"•iln11nlidn do sr • ..-\r­,,..,,.u. A11ui llc•n 11 no~ .. n l't llJll'licn. 1\6s 11MllU1101' IU'UftlplO!I' n r•t:l~ll l' :lO lt(HIH'ltl,

11o1J.t11111 li•• Ít •1•111ioh1\1•I jh1•11111í ... 1n:(11u• " '1·1..-.lc:u nu \'ÍOll' ll í'ÍU 1lv n lu1111t• li.Hlos l .I ... ll llí' ''"' "'' llHl'I' ti l ' 1lf"~llh'llOI O;I im1n·~·111t;I 1•ndit•11l .~ 11n i1•0.

Vi,•111110., 11' 11111 n.•1ti111,•o •f•• nno111nli:., 11o~il i\':H1u•111t•. ~in).C'11 t• 111 1'. o •1111• 1111r1•1-l1, ni11gut•10 p:irr..~t> o 1111<: é. '•s nu1Íi re1u·,·ion11tio'i 111111'0• c•nn1111-io1• n 111n 1lr11lo 1u11rnt•nt1) <li" lili.er:t('S t• \'i1•(>a\1•r,.11 ll••'u 1l i1 o of:ira •lll>i F 11rot1' r'o11t111l{I~ rt•rerinflo.~e (1 .. ).!CHI(• ll'(H'íl(f ,1• (l lll' h •111 \Í"i.IU 1•111 t,:.-.h,.,1

/ 1•1111" f falo t .Ul'flf'f l't.NI rlt< HlllJlt"

CJu.- ,1 .. '11"11141 a.10 11u·4111u Ul•I 1..-.·~"· 1· , .1'111141.1• J11orr.-rru1 ''" f•1111r. "'rl••/•I'•" k11'11111rr ,/,1 •01·/I" (,;tl1llot'11

llu111• llraur111 tonl1et>o lrt9He1r.:1". /Jou:or l'l:trll• lau1l1r1n tl"ul:t ror. J_ 'f1>1lr•l>1I 'I'"' ~1•1, ott.A 1111111ri1·,,,,, /111111utlr•f.1c •/llt' r 111t'tt111u u111 l1orror'

//111111•11/f f1,lf\i••. t"IUHll:ttl(}~ /1111/1~tr••X, l/11111r11• (1·.u•flfl 1·li:t111.11l11• \'11/r11tr•. / ' J 1•1u·• ''"'' •,"I., 111.'111' /1·ai1:n~n'o" <1ur 111 1•111·IH•1' 1'111t 'I"" 1'1'1'tu11lt•111 ,,,, ll1•ul1•,-.

\/,111 n fJlff' 1•11 1u•l111 111n l JU.•r1111l111l11 U 'I"'' (r1l11 11111• ,.,.,.,,, u1r l~u• , J:' !Ili' l/fllf~ , .,Htl /•'1 '(Ul t'O >HI tlJ•IJrl/11 /11 IJU,. 11ft111fflu 1 llHIJ ,.,:,,.li )ÚH!Jll1•111 1

• '\1·1111··11111 1·1·i ... 11t·n1 111111.t. P1'lun1• .. 'l'•"'· lff111n1·,.. ..... , \11. ílllt' ju I' 1·11l11r 1.·1u n111,..• 1J1• J:t•Ur~1 .. id1ul~'

'."-, r.1 1,1flh•1lu hl'1•\1·f11r11h• 1·n1 :-- . c-:.1rh, .. ,1 º("·~• 1)1, .. r. J1.,'\11 .\rn,1~11 \111,,r •IC' /'('r1l1rl11. t:• .._-.1 ... ··c.111 ,·,·rh•,,1. u ~rn111lt• ut·n1ll~'fi i1111·olu .1rli .. t.i11t t.< lhto.1lr.i~ 11,1 h•UIJklr.•tl.1 l 1"'h·1uo~ iu ... 1111 _ ...... 4•,c111,1r H•tttt·ll'-'" 11u1• •1itruu..-1n 'Iº" ,,., inh:nlnll dt• lllu., 1·11 110 ..., .. J'"''º \ MO\ •> lic.1JU i11111t•111 du-i '-''U"' prn\n1l1 ..... 111111 .. l.•l1•111os 1lt• 1•.1r:.11i11•11f<tr.

-\ . ~·11rt·.,1•11h 11;Ao 1l.1 "l"~r.1 1·n11 .. 1it11in'1 •h'11lllt"t'in11•11to

nol:11t1h,t1 .. J1uu n~u hu 1111\ !1111 j:'1 111•10 111t•1•ilo llf'oprio d:1 olu·n. j11 111•Jn., 1·1~·11 111 111 ln 111 • 111 .. 1111•• •'Olh'orn.·111 " '' ~·u n u · ''!Or.

l1od11111 1•01•rttr 1\"'"' '' 11111111!11 11t• Chri~to <llll! 11no 111u•o11 lruri\11 UUll'O 11u11·~h'41 '-'OlllJ.011.Íl()I' 1•t)lí) fl~!'i.P ll li1 111.1-, t'Ulllfl •

ra"' ollnH 11 l!'t'' vt•11•'1. 1uln:Nlr11. Nf.!111 co1n 11111 IH't'1'..,1 nc'('t•-"()! () ('Ol'IO ,\ \ lrJ.c41tO, "intlu hn dir1M 111'0 :11111•111011 11111 lllnl"ll't' n•uioi,•o.

I·:· t•l11ro qu•· i• .. 111 \'jr,·11n1?>h11J1•iu 1l11 plic11 n 1•nrio"i1lodl• IH1hJl4·11 1• 11u11 lodo-e nl•iii 1lt•"f'j'11nos nu, ·ír o f:unoso ~p;1 rl1lo in!i!11ir.11lo 11n u111Í !li 1'1llllnu1v1•dorn 111 1\ t:I ,, dn li11rr.-.111m p:-.tri:. ~'t•Sle 1·t111lp'? o -r \rn1~·0 n.\n lt•111 ::uh·,•rl'or10 ... f1t)tlt' ,.I'(',., ,\ uo1n, hMlo~ t1•111·u)no1110 .. ir u S. Ct1rlo .. 41U\ 1r·U11· 11 open1 l! :•1•plaudil-v 1.·01n t•ulliu..,i.1 .. 1110 1• ur.cu·

t-0 till11 1d10 í·\r 11111ilo osurnrio. \ln.s "º 1nn111:)s t111t•r;•n1os lt•r u t'l'l'h~1.:1 1111 º " "ir n 0111J111.

No l'>''"-1) 1lc f'11r n1~1'('J<.!'111ri:1 u i11li•r\ 1•1u:n11 t lu~ l11tlt"ilrÍ11f!, pc:d i1nos.o r(l\ 01' th1 li()~ :1\·j~~U't'I._ ''0111 1('111(10• l>'111•i l11h•ll {1 ('(ln-..l'J:"Uil'('fUOS U 111obili..:n-:r.o 1h• '""" 1>orl~ro!'in 1•'1•1u111l r11 p11r11 1t1I 11111 , (:on110 11ÍIJ11nnis f111·ili1l;11l1' d•l (llJC t•C')OSl'gllÍl'ÍalllO't ti 1•f)!l)Jll'.I d11 11llfu•lt• Uít ~/lfi1•lu•l dn t•n1p~1.1, :o,t r ll:1 li\·e.,~e le111po 11.1r11 "''' li•1nhr.1r d1• <JU(• 11.1 :u•1\1i~1 1niudn e tiut todos ~01111>"' etieH•lt'"'•

t:ol:. · le b1~·:.! Fui 1.or 11rc;::1r 11 1·i:1111l1l111l1• •·ntrt' o .. l10111ens <1ue '\'o.,. .. t> :0:1•nlw)r J e-...111, Chri ... 10 1011trt'!I ;i .. 111~11 ... du ... judt•us ••

A porada militar.-~. \Juyttdrolt• 11 lf;11111ln 11 \J ,11•111 1'1n

~u li.1 11111/I C"UO:,(Jl,1\'.Ílfl, o lr111!11ll10.

~1'1 111\ tí ll\ l{t)ZO. O ht•llu. A \id:1 t' 111n,1 nrle 1•111 •11n• "''' 111'0 n1tol1111u1 1••11'>-,ur ;lt• ••uri<J .. o 0 11

nrnndor: 1)n":l ~e C'b<'1'('flr .- 1ne,t1'(• ,1 111'("'i"d \1•rl1•r o 1·ornç:io. \ f'Uf'\."lU ,~ \"011111 li 1111.11.1 111iu t;1lt'IU t·11.,o tl\11J.1 o-. l1U€.' não

di .. 1inguL•1u u :o.eu re..,1111.-•ndor

Page 7: Brasil-Portugal : revista quinzenal ilustrada, Ano 9, N.º 193, …hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/BrasilPortugal/1907... · 2017. 8. 17. · A ceremonia militar no hyppodromo

BRASii. - PORTUC./\L 7

/i?o/ifica internacional

Contioút. a aggrawar·aao conU1clO entro a Santa. S6eo10-•emo da republica, ou para melhor dizer entro oat• e Oll blapoe franet&N, visto que ioda.a u relações ce&dram. Quer olticlaü quer oífieioau. entre o Vaticano o o Qua1 d'Oruy1 nlo • findo PoMiYel n'eetae cond1cçõo8 um COn·

fllctô qu•lquer. No ontrotant..o ae diplom .. L1c•mante e perante o dl· resto lnt..oma<;ion•l l"to nsi.im 6, na realld•dO a fucta.que vao t.r•vada

di1t.a11 rrance1oa iriam a CanOISILll jmplorar o perdlo das velleida· d68, que haviam tido do ao emanciparem da tui..ela do Vat.icaoo. Mais um• voi s& eog•nara1n1 porleso que " separação foi votada. por graodo 1naioria em AlTil>lltt a.e camaraa. Netv& lltuai\o veiu por 11.lgum tempo fazer acreditara Pio X. que embora votad11 a eepara· çào nlo 10 etreitaaria. logo que Roma ameaçute desencadear a guerra rtlig1..a. prologo tnrolhul da queda da Republica. B' o quo explica a ordem tran1mi\.t1da do Roma. aoa bi1poe franc:ezes de nlo aoce-u.arem o regímen da nparaçào. O ar. Clemen<'t•Y, porfm, o o 11r. Briand n&o se inl.imldar•m oom e3te e1lrat.agem11 O clero nlo accoil••• o rogimen oelabalocJdo na lei d11 eopar,11çào, embora e•lO reghnon reprosent..aese um prlvilO'.gio e port.anlo um ravor, pol8 n'eseo c1.80 teriam o reglmon do direito co1nn1um1 ao qual aio obd·

A parads ml1lr1r. \ 111;,nl;• "''• ,.,,,,,,,.t'nrta flf:ti/1r4! 111'11.1.-.111')11 11(' 111 • ..,r111l1r1 '" \ u {1u11l11 .dfluHl"I d:t l-:Af'ol.1 \ '11·11 r111u 11 l u(aul ,. IJ \1.11 111('1 1~11 l .l ·f"•l u11l :lrl r

nrr1 l"ra.nçt rere !}0 onLro o m11~í11tetio 1\ o m:uorla quo o R.ppoi&, e d • Curla ro1111ln1t. quet por det raz doi. ht"11D'4 oa eatá lnetl(CAndo á <lc11otJedienclt1. 411 le18 do paiz o á rovolu1. eontr& a. vontade da naçlo.

Vê·1e bem quo o pipa. o os e.eua conutheiros perderam a cabe· CJ•~ porque cada nowo p.uo que dão no caminho lào m•tradada· •nenu por ellea encetado. mala os compromett6 e mala critica lhN

'

torna a eituaçlo. Do pnnceplo julgaram que a republica nf.o denun­t.iarfa a concordat.a, e que o eonflicto aherto entre Roma o Parta terminaria. por um ,.,.Nf.,• rir~•di. quo equl•aler1a a uma 11uhmlMlo ~e 11.ct.o do mfnlalorio lr•ncez. 8nganl\ram ise, porqoo a concordata ol ' t onuncin.da. Oopole imaginaram que. a.posar d'eat.a r(lnunçla, nunca. a &ep11r11çA.o so cffeotuaria, o oaporarllm ainda. quo OB oala·

ga.dos a. "ubmoLtier·eo t.odoe º" cida.dàoo. Bsla. dellboraçào do gabl· neta 1.cabou de desnortear o pllpa e OIJ reeponRft.vole pel:i aLLILudo intranslgcnLe que elle aa.umlu par11. com a Prança,

Nem o go'ferno d& republica ae. aubmette. nem está d1apoeto a entrar no caminho du per.eguio-iea. ultima oeperança que alimen· t.a.•am em Roma para. juatlftcar o roeu.no ' auerra aant:L

O er. Cletnence.a.n cont,enl.&·ae em: applfcar aoe rebeldes•• dl•po· aiQ6ea do direito commum. E' perante ett.a. ro1e>luçlo firme ma• prudan\.e do chefe do governo fra.neex. quo Pio X e o seu n ll1tt,t Merry dol Vai decidem ~Jsnoar um appolo AO clero universal, par• corror e1n o.ux.llio da. Bsrel• ameaçada. o dn. rellglA.o ofl'endlda pclu governo d• QU& outr'ora rol • chria.ti,,nil!Jllma França.

Page 8: Brasil-Portugal : revista quinzenal ilustrada, Ano 9, N.º 193, …hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/BrasilPortugal/1907... · 2017. 8. 17. · A ceremonia militar no hyppodromo

8 BRASIL- POR'tUGAL

O que ••e ....... u.or de iodo 111<>? A reoposta nlo 6 difficll quont<> i ooluçlo flnol da con~oda, embora poo .. m surgir ep1todioe lnea· per·adoe. A -.ep•raçlo ba.cle ullJmar·.o; 6 eet.a a 'fOnt.ado da Pran· oa. Ainda quo o go-.erno qul""8o aubmott.er··ee. nlo lb'o consenti· ria a mafon1, que actualment.o o appoir. o que o derdbarla f. mala loto hoaltaçlo. Em vez de acamara lmpe11ir o go•emo a reconeldo .. rar, 6 a. pari.o mal e ;;lvançada da oaquorda qu11 polo cont.ra.rlo entendo

A parada mlll1or. - f\ r;ttl/i1·1tçl'h1 ilu Jur,1111f'tt1'1 d '>I ~rrrul••'· Ui r~crul111 tle ' ' fl \ ' .11l11t•;•lf 'J 1ur111ulo

quo o •r. Brha.nd t.em aido doma.&ladament.e conciliador na apphca· ç&o d• 101. Pelo menos ualm o dlo a entender as duas ent.rov1•1.1• com ar Combea pubUcadu por um Jornal a.uatrlaco.

O 1o•emo fra.ncez n1o póde. pois, recuar. E se a.lgoma cou1a ha a .. perar 6 a applicaçlo ma1a M•era da lei da Mp.a.raçlo.

Por oatro lado, e por mala gue o Vaticano para luo M nforu. nlo huert guerra religloea. ~ exploalles de raoali•mo l' nlo •lo do nouo tempo 0.1n\.ClreMOa da eocleda.do, e.em excluir u1otuno oe clrcu.loa catbolicos, elo outros, e nlnguom, a não e.er tal•ea o P'P• •o aeu princ1pal}conaelbelro, acrodlt.a a serio na possibilida.de de provocar uma nota]Vendda. Oomal1alnda que semelhante movi· mon\.O tone acwa1ment.e roall.eavel, o soterno com gra.ndo habill·

zea com a meema. faclUdado com que o seu predeceaor 'enceu o pnnclpe ê'e Bismarck n;a celebro lacta do KtAll•rta•pft e em eepndo Jogar auppõr que.dado o cootlfcto entre a Curfa romana e oao•emo de Parla, a opln.llo publica do mundo catbolico lha daria a lodlap&n· aa•el forç.:i moral para poder Lriumphar.

O parallelo entro a act.ual lucu com a França. e a lucta de ha 1nno1 com a AUemanha, foi mal 0tii.abelectdo pelo ptpa.

Bis1narck teve do 1ubme1.i.or ISO a fAlo XIII, porque neco•lta•• do appoio do centro catholfco para fazer a pprovar a.a loi8 mlllta­roa do que carecia. Se nà.o tlveeae rofto as pa.zea com a S&nt-. Sd nlo poderia t.er maioria. no ltolchetag e vor·ae hia obrigado ou A roelgnar o posto de chCLncollar ou a renunciar ao seu.e planoe do ao verno. Or' em França euocedo oxactamenie o contrar10. Ainda que o actual miniaterio qulzeaeo recona1derar no ooofticLo em que eatA empenha.do, a. maioria olo lh·o consentia porque oderruba•a n'um mornento. Da modo que para o ar. Clemeneeaa t~r maioria tem pre· ciaamente de fuer o contrario do que fez Biemarck. Pio X nlo prewio eata difl'ereoça 1ube1.ancJal entre u doas a1tu1ç6ea • d'aht o aeu primeiro erro.

O aec-u!ldo nào tol para o 1eu preeugto pMBOal e para o <lutlno da ª8reJa menoa grave.

O mundo cathoheo tem hoje ou1.roa int.ert:f!aea al~m doe da reli· galo. Ah5m do que o a.nc.fgo ror•or da. hS vae cada dia eerriando maia graçe.s aos 1nceaeant.e• J)rogre.seo& das et.ienç1aR, daa artee o du indus~riaa, naturae11 vl\IYuh•e do 3eg11rança e erncazea n.otfdo toe contra as explo11õe8 do f11111\tltuno.

Oe catholicos da Europa orl• Amarie11 hào.de por corto larnerlll\r a eitoaçâo em que'ªº encont.rar•80 a egreja dé França prlvadA dos a.uxilios r11ai.eriaea, que lho pro,fnham da eua un1ào com o estado. Maa nio darào um pa1ao para. acudir a. 11eme1h:inte e1tu1(àO, fi lha. unicamente d& teimosia do u1n pd.pa. pouco 11lustndo e do u1n e•r· deat. que ~ u1na anomaUa em pleno aeculo xx.

Quer d zer em vez de eer o ao,erno rra.ncez que tem de H ren· der, 6 a Egreja. quem te ha de 1ubmetter por (alta do meioe de comb1t.e. 3 tudo uno p0rque o cone la.,e. Qua de•I• da.r um 1uccu· eor a Lelo XUL esçolheu em •t& do habiiiaaimo carde11 R1mpolla o lned1oc10 patrial'Cha de Ventxa, 1nuit.o competente e.em du,1da para admínist-ra.r a su& d1oceao. maK de todo o p0nt0 inferior 4 alta m1esào de governar o orho cathoHco . ..

/AJ cofUdin 1. fln•I". Sô com estas p1lavr1a paraphrue1da8 d11 conhecida opera de Leonca•allo 11e póde abrir a cbronloa da "º'ª criH hedpanhola. A comedi• e•"''· com effe1to, :acabada e JA nlo b• nece ... 1dade de ter por tna11 tempo a. mascara a6well1da

O part...do hberal heep•nhol, dr•idido pela amb1çào doe 1eu1 prln c1pae1 chefes. acaba de aer arredado detinitiwamente do poclor pela intriga palaciana. que contra elle de ha mu.it.o ao eeLa• • ur<hndo Foi chamldo finalmente ao 1>óder o •r. Naura, tnuo1ph1ndo •••m o plano da re•cçlo, que para todoe era. e•ident.o menoe para. a.que.l· 1u-que iam aer •ieumae d'elle. O qae cus.ta a acredi'--r é que um ho1nom clioio de aervlçoe o do annoa, como o marquez do la Vega d'Armljo, se [pr0$t.aeae a ator comparsa na rldicula comodla do•

A parada ml1irer. - \ ,.f'h r:ul.1. 1':1.,.r1 • u Ettl.Jtlo ,, .. .,,,.

dade e prudenc1a t.1ro11 lhe todo o prei.ext.o nlo entrando no caml nho da• porte:guiçôes nem da• vlolencl•l!I e~us•du, a qua Homa o oetA. lnollando com uma in6ieLoncla., que che.ga a ser pueril.

Oo modo que não 11endo poa&lvot 11. rooonslderaçlo por parti~ do "º'orno. nem a guorr1. rolhtlo11a. por parlo doa tleis, sd roeta &O Va ticano eubmetter·se por relt.a do olemonlos de combato.

O que repreeentafi. porém. para a Bireja a aubmlsaào n'e1t.& altura do conflicio? B.videnl4mtnto um golr. no aeo preallglo, de que a&o poder( Ul&la reatabelecer-ae. O óup o erro de Pio X foi em primeiro logat hnagiuar, qua poderia •encer oa m1n1stroe rrance·

cinco governos liberaee. B&ea comedi& ene.aiada por f\l1ura para desacreditar o llb6ralla1no e preparar hablhnente o uu advento ora ti.\o tmneparenLe, qu'o nA.o podia. llludir ninguem . . . B no en· LreLant.o enganou auccetttilvnmont.o htont..ero Rio&, Alorot. duas we· Y.08, [,opea Don1lnguoa o Vegl\ d'A rin ijo. Todos eet..o• prolioiNbru do llber~llemo accelt.aram o poder com a condicção de nllo poderem di8801ver a camara, por vitludd do respeito que Afrou&o Xll l pro· fe883va pela repreeentnçlo naclona.I. E todos ellea ae encarrega· ram de formar ministerio com tela eepada de Damocle.1 1uepenaa oobra ellea! O reaolt.ado nlo era dilfteil da pre•Gr .•

Oe•e &l r curloeo apenu aaber e.orno Atfonso XIII •ae coaelHar agora ...,, amor ' camara doa dapuiadoe com a dl110luçlo que riraura lhe a.rrancaR . oorciue Ji lhe está promeltida..

O que é lodubit.a•el é qae a chamada em Reapanha doe conter·

Page 9: Brasil-Portugal : revista quinzenal ilustrada, Ano 9, N.º 193, …hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/BrasilPortugal/1907... · 2017. 8. 17. · A ceremonia militar no hyppodromo

BRASIL- PORTUGAL 9

'tadorel!I ao poder na. proaento conjuntura, qullndo A qu0&llo roll· glosa ali eslá. i.Ao •cceaA, ropresonta um aci.o do oxtroma gravl· dãdo cuja.a conaoquenciae ni\o 6 racll d0ttde jl\ pro•êr. E' um 1alto no deaconhecldo, que p6do aer o golpe de mlaerlcordia dado n•• t~t.uau tnatJtulQÕiM me.mo um e•ta ••entura tio comba.hdu.

r f!remos como o pai.a reaponde A rro•oeaçio. que acaba de lho eer .....

Co•e101.1a1u PKDROàO

Solidarismo

Por maior quo eejt'l " cegueira propoait.Jd:t. ou aincera de algunit Ignorantes ou fnterOM11doa nt. m1nutençlo do .-•t..atu quo, rom.anllCO da• ac1enclu economicaa, nlo rffta. duwida que no mowímenlO economico conto·nporaneo, cinco e300lu e1t.lo a.ssentew e earac:terieadae. a we1h.a MOO la

hberat, da caduca e 1osçiente formula: •taiSMr falre, l•ISMr puser~; • 611COla socia11et.•, com todae ae 1tuae seitas Indo do eollectl•lsn•o •o •narçhiemo; o aoci:t.lltirno do Reta.do, c.lo1ulenhando du lela

A purada militar. - ,\it•1.-itf111/u 1i (t.,.,.,

naturaes e dando pnma.Clal importanc1a f..s le11 poeltiva.s emanada.a ~o l6gísl •dor; o christi&niamo aoc1al .. c.atbohco e prot.eetantt;

nalment.e o 901idarismo, eeco1a recente mude marcha ga1opant.6., que percorro J' o mondo- todo, creando proeetlLO•, a.poe:L01of!I o, o Que 6 mala, obra.e a.i.t.esi.a.dorae da veracidade do seu modo de encarar & vldll do homem em aoolodade.

Tem por dlvJitA a palavra: ªSollda.rleda.de. e no facto que olla exprime, l1Jto é, na depeodeocia. mutua dos homens, encontra nAo '6 a maior lel econom1c.a oomo a m:uor lei moral

O princ1pio da 'luct.a .,.1. •ida. da escola liberai é aubatltulda Por outra. 'unllo para a Ylda~ que é o da. cooperaçào entro tnt.e­resaea oppost.oa.

Aoa. 1nd1vlduallst.l\s. quo a accnsam do a.pout.1ar o •eetr ho1p, dc~•nTolvondo a dopondoncla muLu" ros1>onclo pela pt1nn• da Charles Gide, que a in1tlvidualldadoatfirma·10 e deeenfolvc·ee tanto •lnod.an'lo o proxlmo cotno aJudando·ee a ai mcamo

'Pour ae donner i1 raut. a·apparten1r. d19M V1ndt.. Os meioe par& que appella a escola eoclah1ta. com o flm de

\.ranttformar o homem e o meto aoc1al : a re•o1uçlo e a expropriação, ropudi1.-os. Pela. aa!loc1açlo hfte e nà.o forç.&d", e'r&etorl1tfea do colloctivia1no1 pretende 1il1.1an9ar Oil ecua flntt com o auxilio do P.<ttado a cuja lnt.ervençlo nào 6 hOALll dentro de certos llm11 .. 0A

A nova escola economica que junta e congrega em torno n. 1111 ª 'lherentea 'lndot du maia ditri11 rent.es origentt doutr1na.raa11 d~de ::" a>cerdoteo K1n~lr e Maunce até ao bloloJlatA Met.:hmkotr, e.de Ca.rl71o.. Ru.1kin e Tollt.ol at6 ao sr. IÂC>n Boorgeo1a o ao 11r.

Rm ile Loubtti a nota eecola que 1ahe dos dom1niot A.ba,traotos das 1.heor11a e da.111 the~ea p.:ira. ontra.r no campo praileo do& Cacto• e d11s. obrM, teva am FrllnQll h" l)OllCO t.ofnl)O 11fnn. con1ut.grAçào hrl· lhllnUsaim& nll oxp1ondfda roei.a organlsadtt. palll •Federaçào Nao.lo· niil de ~tutualidrute., que o chore do Retarlo Inaugurou rode-s.do i>e1.o• mau1 alt0• •ultos pohttcoa e 1JÇienuHeott da grande na.çio launa.

Q anterior proeident.e da republica, que foi um dos primeiros Propagandhu.11 praticoe do mut.:nahemo no seu paiz e a que1n deniomina.m •o primeiro mot.uallRU&. da Pranç.D nAo a6 por aquello raat.o mait poli• olavA.<Ja poi.lçlo que occupa, tlt.uio qno oito conttldor& uma honra. o uma razão de orgulho e que lembra sempre quo eo l~e •present& entajo, pr09idtndo iqnella rMta di880 qne em nome

do paia, do governo e doe rnembros do parlamento quo o rodefa.vam, endorooavll aos diroctorea do mo•hnonto os 1n.1.i11 prorundoa e os mais elncoros agradeoiment.011 p.elos mut.uallatM o pela mut.a&li· d•de com que dotaram a França. E accre.teent.á•a mate adeante : 'Vint• annOSt c1ncooor... annoe contan1 pouco na •tda d'uma naçlo. 8 •ede o que hatel1feito1 Ha monoe de um eoeafo nuce-0 a mut.uatfdade; ha menoe de &e1$ annoa °""'livro : e oomtudo vós t.e-ndee jt 400 milhões do p•t.<nmonio, 4 mllhõee do membro• pa.rU.· cipantoe, eervfa i' lOOJOOu pensões aoe eocioa velhoe Ql-' onformoa. Cada 11.nno vda rocrataoa perto de 600:000 adherent.ee notoe 1ó pela. acção do pa1aVTa e do exemplo. sem nenhuma obrfraolo nem cooet.r·anglmonto .•

Depola do rememorar como o mutuahtmo a.dopt.a a cre.a.n~ •!U&ndo ont..ra p•ra a MOOla o como a nlo larga ma.ia atra•u a Tida seja alia qual fõr. meemo quando o adoleecent.e sorTo a pat.ria como so1dado1 o chefe da naolo exprime a au& pena. o a do 1nlnisiro da guerra por ni\o terem 1>odldo r,roporclonllr, depoie du rnanobrte, aos oftlofao.e do exerciLo dos A pes, um& conferencia. 1nutua1fsta do um dot a.poet.olos do motimento a.uoclat.lvo, ma.a congratula-ao pelo oxlto que a propacanda tem alcançado noa regimeotoe de pa_. ria, de Vinc.eonu, de Venaillea.

Refel'6-H depoie ao mot.oaliamo agrarlo e declara que 01 la•ra· dorN francezea entrllram larga.cnonlo oa. correnta mutuallat.a.; aa usoclaçôca mutuas contl"ll a m ort.alidado do gado tom t.o1nado n'catu ult.imos tempos um desen.wolwlment-0 exu-aordlnarlo : o nu· mero do membros uaoclados pa..uoo em 1ete annoe de t l8~ a 263.000, •do capi<Al .. ruro de 69 mllh* a 2ISO milha.e, o numero de aocitdade8, finalmente. de l*>O a 4.800.

'8' que a necM1adade & o beneHclo da. anociaçlo e da mutua.4

lidado penet.ram cada dia maia noa n&11soe coatumes , E o primeiro ""ª&letrado d'a.q:uolla. gr&nde naolo chega ao que

no nosso 1neio esca.eao ch1un• rào cumulo do ostrranhar o condem~ nar. apoiar dos Jargoa 1ubaidios concedidoe pelo .Beta.do, que os departamentos eu communas aa1-ld1em apenas com 1 mi1blo de fr•ncoe a inatitniç&o da. tuutoalidade 'que é a prima.Ira do pa.is. (declara o offtcta.lmtnl6 o cbere. do 2-Lado) iat.o ~. corn multo me.­nos quo oe membroe honora_fioa. que dlo annualmtnt.e 3 fJOO:(X)O Crancoel

ªMu o poder mo1a1 que oxeccelfJ no palz 6 o que cH1 mllia: do 4

sejo louvar. V6s preenchei• emlnentemenle um dever ooolal e re .. líaats a rraternidado domocra.tlca Bm toda& as •09.U8 aocledade!i grand .. ou pequenas, pobres ou rica.a. •atm·~ pri•1lt'gl~dos d:a. v1dt. e da rortuna dar o 1eu tempo. oe MUI ca.ida.doe e o aeu •oxi ho pecunfario &OS conc1dadlo.a menoe rell1e1, uo1rem ·10 e m1etura· rem ee com <!ltts n'umll coUaboraolo affoc.tuoaa e intima: o nào ha. c11peciacuto maie reconrortante. Prat.icando esta solidarlod&de, ra. t.01a obra. c\e paz IJ.OCll\l o honraea 11 Franoa .•

Que do enainamento1 em lão brote e bello di3Cureo, detpido de gala.a rhetorlcas. mu bem protido de factoa. de numeroa. de 1déa1 eaud1.•el1 e prauca1 l

Nlo precusa de comment.arlos. para marar oa pont.ot de COO· trut.G •lolent.o e doloroeo com o quo 10 pusa entre n61. Baeta. apont.al·O tomo eu o fla.

l)esdo o nottao choro eupromo a.o oldn.dA.o mala modoat.o, t.odoa n'elle teem que aprender o muito. poli que n'oat& vida publica que vivemot andAmoe alheladoe da vid11 rnodema, real, verdadeira dos potoe. da oneottiç-ão contemporaoe.a doe e.ap1rltos e doa acontee1· ment.oe.

Palramos n'um ambtonte antigô de Ulu1ào e do comedi• em que

uns aol!I out.rotfo nos enganl\mos conalanto e conscientcment.e.oqoe 6 raot.o &obromodo oat.ranho o dfg110 do oatudo dOA lnveriugador~ do 1>honomenoa co11ectlvoa de terat.ologia. p1yeholog1ca.

O. Lura •·•· Ca8'11CO.

Page 10: Brasil-Portugal : revista quinzenal ilustrada, Ano 9, N.º 193, …hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/BrasilPortugal/1907... · 2017. 8. 17. · A ceremonia militar no hyppodromo

10 BRASlL- PORTUGAL

Homenagem a lllydio Amado

A 'ft,1nô :\cadeo1icn J~ Lisb<w1 prC..'ilOu u1na honacnugcm ~an .. lid:1 '10 (ulldndor dA primeirn. IUOR de (!!llucll)nléS, (l dt11iíli­ll')i:>~ f• elu')r.-.do J 1Jyd10 Atn:ulo, u1n C'(l1•.1'\'11o dn oiro, & 11111 n rtislo d e ro.­

çn. Foi no Con .. s-.:.rvntorio, e1n 2:! de jnne!ro. c1111.' se rêu1H11\111 •~­

ti os o~ t unos, 11111igos v c!v1u­pr1nheiro!:õ do in­t,1liz n1oço Pro­n o n c in ri\ 111 -su disç ur~os sen­tidos, vu ,•ido-. re 1 i g i o !õl'.;11nen10 co n1 l ngr i rn as nos oll'u1rt, e, '-'º 1crrni11or n se .. -!:' RO, orgnni:;~•H­se u CC'Jrl.ejo f(IH' scBuiu pnrn O ~l.l­unlt'l'Íó 1loJ.. l ' rn-7.t.' l'e~. 111.~ln tru­\'OS>tn 1los 1 n,rlo­~íllhO:oo, rufl.$ du Bogn 1• ll. Pmlro , .. , 11r:tç:tdo l'l"in .. cip~ Heol. E.i;oo­lu Poly1t.H'l111ico. ll(ILO. ru~1s du Sol. Ftor1·(liro Cor_g<"!'ô ~ ~ru·aivri +h• t:nr,•nlha,

Oo C'(+rtt•jl) i 111 p ou en tu ('()· lheu o Jt raftl­l'ü)'/tt!Jft l •1u;1lro :l~JU~l!lO:t, 'tUC i11-l3t'rl' • U"-"10CI{\ lld il· se u~"iro. nfi f11ltt1 dt• OiJl'C~ 11•\'IU.hu~ nil 1u1n11lo Jil 11. lvdio A1n11do, /1 1~1ru,ircs1:1tr10 de !:ll'Hlíhlll\l ol\)S C.!!>• lu1l11nte-.

liomcnogcm o 11lydlo Amodo

~lencinn.n n1ti< tros nl')n1es de enh'('; os que mah;i •·onoorrt'ratn 1>:lrn :i solt:muitf:uh,:

'foYttr d1• Le1nos, J>resiíl<'Ol4' dri T11nn-1\otc.r1io .lov<!r 1•re~idc11tc dn C(ln11nissiio organis..1.dor~ -e \\,.cnce.slau Pin1 0, rei;enlc dn h11111, u que nxp1"eSst.11ncntc escre\·eu pr..ra ft oc·h'I u111rt i 11~pir11d:' 1nt1n•h11 fu­nt!hr1• -S.'l 11dntle.

O café Suisso

Para traçar os capitulos da eua blet-0ria não 6 ne<:e&allriO l r­m<18 com a luz bruxuleo.nto da imaginaç.:lo '-noita doa tam­pos proc urllr origens rabulosas, a clava do Horcules que a. velha Herald1ca i.rooxo para os br1u:ôcs na.da tem a. rn.ie:r aqui; 1Llé o remonLar a.ok pho"fc1os. q_ne jil chega a. pare·

cor <le modes to propos1to o oxped1onte bem salJ1do para Hvrttr de maiores apuros, so dispens~ para o caso.

Polo anno da 1848 o..brlu ao publico as auae portas oear6 Saisso, pllr& quo os ltequenladores do t heatro de D. ~l:tna alli se podes· sem preparar dcv1damento para aguentarem oa pê$adoa dra1na· lhõts da 11 oda. Não vou d;"Lr pur l;em a.esonte <1ue roseo em jaaei· ro, ou dezembro, o l\Ubpleiõso inicio, lgnorancia, que já não Leria a e.stas boros, s.o mo tivesgo eido poseivel :i eonRuJta pré via do meu presado amigo Pinto do Carvalho, o íllustre T1nop, o qual, ao nem 1$01npro es:á rc&olvido n rol11.tar no!S- t1eu8 escriptos tudo o quo.eabo, 1\unca deixou de born 8nber o c1ue diz.

Correram bem a.ccident:\dO." oR prhneiros períodos de exis ttnci11 d'e11ao card, que o bom do ~1enc,o, de nationl'hd11de 8Uissa, ia d1ri gindo no f:leu Lrajo habitual - em manga~ de c:~misa - co&tu1110 este, que o succes~õt' mt\ntovo, concilim.ndo a.sa&im do umii fe ita os Impulsos da edncaçilo o 0$ do ooraçAo.

De (ha. a casa esiavtl quas1 á3 moscas, os cre:ldos aleílos ás gran ­dea ooita~as lov11ntavl'lm ae t.nrde, o que ali;is nunca. so reconhe­ceu como 1nconvenientc. Rrm. á noito, li luz vaeHJn.nte do gaz d'eaee teo1po1 que o café sn aµrer,enLa.v-a em t odit. a sua. galhardía, a. dou~ passos do Passeio Pohheo escuro, rechado o mudo como uo1 eeml· terio e a pouet\ distancui. ttunhem de> rO>:iUluran~ da moda., o Pe · nim, que to delirfo da. pescada com batat.ll81 eervlda aos rreguezes. em quo i.;o conta.ram hlt..eraLOK de polpa., ia consolidlludo <:: reditos o ganha.ndo cobrC!Y, digno ê mulo da celebre tl\bern" inglesa . do Coes do Sodré, onde c.atn1)eava o tn re, t3mben1 corn btH.:tt:t.i- o é de no· lar que d 'Ct)tá oxce!J'Siva npphcaçào cohnarfl\ d'aquelle producto agricola., n'ei:ise o nos aobsequentes te1npoa, proveio multai:. V(!Z.Ctt a e11cacez aentld:s, quBndo em mitit.er trtu.n.r condignamente v11 r108 rorjadõretl de projectos de lei - até u sr:im:\.d:ts l~cAs, como 6 pu· bllco o notorlo. cou1 ella9 eubin.m de preço.

N:\u eran1 n:L epoca, a que tna eMtttu r~reundo, a& T\u1s dn mal

Romcnngcm D ll1~dlo Amndo .. t luul\

Page 11: Brasil-Portugal : revista quinzenal ilustrada, Ano 9, N.º 193, …hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/BrasilPortugal/1907... · 2017. 8. 17. · A ceremonia militar no hyppodromo

BRASIL - PORTUGAL li

iltlllu11na-Oa. e d:l mal polie-1ad& cldad6 J)roplcia pa.ra pa&t«>íos no· e urnos; :t. maiorla. dos habiLant.ea deit.ava.·so cado o quando nào la. logo para a cama. resl\va. o terço ou entretJnha ee om fa.tnllia ajo· G~r a blQ:c11.; u~eiro& o •ezelroa. n'el:lS-rUJ excuraõe& só o& que 4 vlda. 1u~ada E.10 ontrega.vam e n"e8t:t. havia dois gra.nde.Q g-rupoa do boho· m1oa; 01:1 estudantes das diveraas e-scolas, sobretudo ~m v08J?OrA8 de reria.do o os m11.rialva.s, aesim se denominava uma lndigunct.a a.maJga.ma de cocheiros. (a.distas e de LOdit a mais eacuma.lha va.· dla-, na. <Jlll!ll entra.v:un rapa.te& do algumas famílias disl.inotas, que nunca uvemm tempo nam le!llo para revelarem di5linC114õ algu. rn ... tant.o, ou mais ig11orintcs, do que as propria.s 3-ze1nolaR enl quie monlavam.

Entre eat.R.8 doas cla.sses do noc1.ivagos1 desejosos de oblere1n o ca~po livro, devia dar se mais lardo. ou mais cedo, a co1lisilo1 e o n.nit.1go Circo rrico foi por vacias vezes com as 8U38 cadeiras p!lrt.i drs, aa caras dos espoctadores quebradtus, thcatro do lllctas acer· r Dll).~ O Suisso era o campo do cot\oentraç.ào dot1 ostudanles e lá. se 1>10.nea.vam com a anLoco<lend a precisa \.Oda.a AS Lollces. Pela rneía noit.o um, ou outro, que por t:it1gado d~aejl.\vll recolher a pa­nates_ desistindo do c;onLOmf'la.r a ost.rella de alva, rso ntt. algibeir"

trotinba. a 01~sina.r qut.Jquor do nc5e., ti.nhamoe nos hombroa um ca· pot..a. certo. Eu não sei o qao om melhor: se vdl·o jogar lev1ndo o parceiro do Jogo forçado a uma. situ:ação desespera.da o pr·eviet.• cotu ll1'tocedoncia de lancoBi se ouvil·o no p11rlamento onde a 8Utl :irs:namcnta(fào corra.da. dcrnorle&vll ots [email protected].

Brlw Lhnpo entro um aalt.o d& cavt1llo o uma corrida de bispo, íllllava.-nos na trfanguh\Qào geodeeioa e das qaeelõessobre a rorma dil terra, quando lhe não dava para aecentuar com o todo n11.da. de gaguez que lho ertl peculiar, oa &éuts numor08(18 chistes. Motta. Pe· g•do andAVa estudando um n!lo ee! ~uo do m11v!mento do piões. MA.t'Qarenhaa peru;ava Ulnto ant.e• do f1t.z-cr o minimo jógo, qae bem de!:lcontlado& nos l rouxe, do quo nnda.'9a lrat..ando de uma Cormala. para o chequo 0 11 at.o. Thomn~ Malheiro onLretinh:t.·8e nas horas va· gas com a su3 ptt<Hencia ravorita.; a eolueão d() .Euler, f1zendo per, correr um cavl\llO todo o ta.boleiro. A. Jnirtlr de uma casa qaa.lquer· sem passar duas vezes pela mesma.

Enkietadt\ n'llquelle meio vivia. em plena Hberda.do e lndcpen· clencia ll e<>ton;ó kup<o1liolfl, jogando o dom1nõ, do quB.1 •tl pe.draa nào raro sorvio.tn do project.ois, mes i:ef..O e tioda n.. demah~ berraria. ficava sempre em ft\mili31 sem inlervençõeti nem compllcaçõe-e exLernas.

f;omcnegcm n lllydlo Amado - \ 1·t1111111l1u ti<> c=.trn1t1"rú> ' ' " " 11,.a: r 1·r 11

eenLia o 1nee1no frio que no êi4L0fftago, alli aranjn.va o seu pat..aco P&.ra. uma oo.oitt 1 obtid11 aempro n•outrll ca.sa1 porque n'aqucll& além da.• ~lauic~tt t0rradae eó bebidas havia.

t\ Kennebel o tanLas oul.ra.s figun,ntea do circo. QllO mais ou m~noa vrelCKLo der-n.m para ti.e fllzer no PrH:e tanta. Jonba, onde ex:i:sltrào n.. C.ALU horn.8, &o ainda bojo vivem? Como ots vinte annol$ t1un arden lo n!\ (l()co d6Sprcoccupaç!o do u,,mpo quo velo~ tugia, ~rrehat,t!rlo noa 1t rnoc1dftd6, que nào mnís havia de voltar!

Esses 6 que rurim oa ~rnndes uunpos do Suhsso, nào pelo quo re:RpeiLà. a rendimento-co1t11.do du dono? - mlla pela rama. por ah.i além de que ju&tamcnt.o usufruiu. Pelo erJtenda.l do cavaco do.a· llsavtvn om iofindo roa.ado P"rtidas de escota,ou de c:u1orna; t..o<la a int.riçolnht1. da baixa :).111 ao dosonro1ava em delicioso l\fH!irlt lvo P~ra du1fruçLo o jogava·t:ie, joga.vl.\~&o ae1npro, hnn1ona<?_t. &01n inler· venç.ão do vil metal, ns dtt1nas. o dominó o o xadrel., ~inguem se PQiodia inicia.r noB myat.erloa da. ca.tti'l ~e1'0 conbocero ohequo·pa.st4r, a judia, a rorçada. oLe. O velho Sallea incitava os rapazes: jGgo torta pn.r11. o melo do tabolf\irol O 1narroquinu go1'&V& de uma. in· disputada. auprem:LCill na.a dR.mns; Saraiva. do Carvalho com 1\ sua grande porspicaci>L qurisl o lgualavíl. o, quando por dc15rastio so en·

Lá dentro, prudo.nle1nonle retirado, pos.&uindo um sopbá coovo do celebre canap6 do Booa~e. ora. o g-abincLo dos velhos, para tá. se encaminhava. toda! as noile.f:ll o do t.ompos & Lemposaprumado com o a.eu képl e dolman de gent)ral. o Pinto Ct1rnoiro. Fnlla.va ·se alli do~ Passos, dos Cabraea, da Maria. da. Fonta o ao ouvl1 os parecia no~ quo ia esta.lar umA berna.rda..

O tundt.dGr pouco ae go!K)U d3. sua. obra., c~eu magnanimamonto o caí6 ao son areado, o QU3l soube dlrlg.il -o, tomando pant cro1dot1 o L&0n1\rdo e o Antonio. o celebre Tonínho. que dava os a~ua ares do palhaço, e quando viu a.pproximar~ee·lhe 1\ ultima hora reti­rou-se pa.ra 11 poquona sobre-loja., que no lnt.erlor do Cl'lfó oxle:tia. e di.eso-lboa que tõssem pôr a ca11n, em nome d'eUoa. o quo noa viora.m contar do l:.\grlmaa noa olhos. Todos nósl os fre.gnezoa antigos, por Quem mn.ndou aba.mar, lá. lhe romos dar n'um commovento o.porto <lo mão o ult imo lldous.. Pouco depois, aque11a ea.sn. de t a.nto buli· cio, de tiant.a vida, fechava. Oa novos patrões, que nào podiam, nem sabiam, operar a LransCorm3QàO radical indiepensavo1, pt.aea rnm o est.abeleoimenlo o a partir de õnlào voto uma serie do melhora· monto&, que o torn:tr:\m bem differente fie que f'ra. O pnrgutt no sobrado,: robn.ixado paro. a.ugmontar"i,o pé d ireitO:; o augmcnto do

Page 12: Brasil-Portugal : revista quinzenal ilustrada, Ano 9, N.º 193, …hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/BrasilPortugal/1907... · 2017. 8. 17. · A ceremonia militar no hyppodromo

12 BRASIL - PORTUGAL

eapaço dlapon1•eli 1ub1lU.ufçlo do toda a ruobilia. ORpelboa, ean dioiros, decorações, tudo em eumma, que requeria um c,.ré modor· no, da todo •elo •1>agar OK vtsl-iglos do que ro1 ostJo londario Suu1t10.

Otii rap1zos e11toda.nte8 J4 <l'alll Unham doacrt.ado, antes do ad· •ento de tal progreno1 ,,ara. a Braun•• da rua do Pr1nctpe, que a 1otu tomo abandonaram pela Aurea • depoi.1 pelo Oélo.

Quem hoje .,g a lua eiectrl.a arranc.anrlo acint1llaçõea a tantot e1pelhoa mal hu1.g1na o que fui n'aquellu no1t.e1 do greve dotJ 01>•· rarfott do e••. aHumh1.do o Sufeso por Yélaa de 6Learlna espet.ad"" eu\ gargt'1oa de g-arraCe, effpeutaculo oet;e, uma verdadeira deliC.IA. para tnultoe alí•ciobae, que de t.oda t. p•rte vinham pressurodOta diafruçtal•O.

Aquollu torradu lo1rinhaa. fõfaa, repasudu do ma nteiga. a pingarem. nunca maie I 1-' ae perdeu o e.egredo, nào 10 ae.bo como. hoje não ha t.orrad11a d1an11 d 'esao nome em parte algnmL O' manOtJ do Alengo e d6 s.eua gloriosos auccoaeôree J S11 ral wl\ de Carvalho, ontondido no gonero, era um d0$ rnale RLrenuoa admll'adôres do t.al 1>41r-íelçào e logo que deixou de aer ministro • 01tou a go21;ar do cla•­a1co açefipe, o que lho yalou um abraço do Leonardo o a seguinte a m1ga•e exclamação: o· Sarai•inba , ha que toml)Oa que nlo ap· parecoporúl

Nossa Senhora dos P.9oi ros

Certo din, nem sei quando passado, Achei-me cnl dolorosa romoria Que u-epav3 por cerro descalvodo Ondr uma ermld3 alvfMima sr trgut1

Em tõmo, quan10 os olhos 1l~an~2vam Eram tudo fragu~dos, bravos montes Por onde son1brns d'azns nllo vo:1vnn1 Nem se ouvh1n1 coner veios de fontes.

O rrsto. slcca ltna. dentgrida A dl.Stantts c1Mços ondulando Como um noc1urno m:ir, um mar sem 'ld111

Que tivt5se p11rodo, congt'lando;

E urn dupldo abandono, urn tom linal De mundo que esquecido já ficasse, Tão longe . que o a1nor universal Nrm un' delgado raio lhe mand:issr !

E como se esse ~so ~ \ 1sta: rscura De Uo dt~guarnecid:. n:uurtza - Que dav" á ptoptltt neve m111s brancur:1,

E ás voadoras nuvens miais leveza -

Como st t~I feição de serras cru:1s, Como se um mundo tal de mudo h01ror Ainda 1\·t\'1sse o frio ás 11mM nu.as, A's a.ssusr:tdas 1lmas o temor,

Olhos po~tos na ermida., os da romagcn1, Sedcn1os, alquebrados, orqucjante:;, Os bn1ços lcvan1avam p:ua. a Imagem, Num pranto de pttd1dos navegantes.

Anciosos por chtgJr, sem termo viam. O carreiro trepado a pés sanguentos, E a cadn passo dado rnnis subitlm Os agudos e tr3gicos ln1ucntos.

E' que naquclla cxtens:a rom3ria, Em caud:1 sobre um vallt ogreste e fundo, Disputavam-sr os passos, li porfia, 1·udo qu11n10 são lástlmtts do mundo

E entre todos ouviam.se gemer Aquelles que domina o sobres:Jlto Do ma.I que :tindi ha dt, 10 ccno, acontecer. Do mal que o f3do traz suspenso d'11ho;

Aque:Jles a quem ntgHi voz d'agoiros - No comrço dn vida ou no seu tc1 rno Os cnbellos ergueu, brancos ou loiros, Como vista de lobo tnl sflio trmo ••

Chtg3da Junto á ermida f1ni1mtntr, A muludào, rm fio, procurJ.\·a Umii fonte sonora e tr'1nspnrente Que sob os pés da lmngern borbulhavn.

Oepots. tomado alen10 na frtscurn De:ssa a~ua ondt coul:a graça viY3, Cad:t ptl10 con1ou sua tortura A' V1rgcm matemttf e con1p3ssi' a.

IM f\w-•.11 ~-º"'"" M. l)A Sit.YA GAYO.

Page 13: Brasil-Portugal : revista quinzenal ilustrada, Ano 9, N.º 193, …hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/BrasilPortugal/1907... · 2017. 8. 17. · A ceremonia militar no hyppodromo

BRASIL- PORTUGAL

f1afch de foof-ball Os nossos c m Madrid

A /•1nt·t'"-'"· u10 tio~ 'I"'''' 01;iis Al~rleit;o •I«>" 1·1u Purtu;:~I. n1n-.attn ho;~ t'"I•• ,..,i .. •u 11nl~ pagina.

C J 1nlere .... ;111ti, .. i1nn gn1 que 1•ublinuuu.,. ~:olht•u ....... cru 11,ijttanh· u ohj1'4.·tha. t•1n ~drid c.11.1ndu. ron\idAd._.1; (.•,. l'>t'"i dc~le1oi1los r.1p11M·l'I /wlo tf1.rlr11l·(11ul·'•""·ct11l1 f<1rt11n

!ll•n•I riu• no 1 h·ppodro1uo d1t Cn"'" lonR, <1ue rn1 j u!lln u f11111a de 'IUt' tu1u , ,,,.1 .,,. l i. IÔ~.

f> Cluh lnlei'tui.·ionnl cl11 l.iihn11 n 1iue ,~ 1 1t.• .. pítl'll••wlnm 1i1nbr:J\'U l!lh tp10ili1•ortugue1t•to1, 'J t1 lll11tH•r ;111c •q•jfl n 8\'t•nluro R 111u· 1'1t' 11rris-•ru·111, rt•\11 r1n1 3t.11111)r•· o <1ut• 11.oio, t• ,., ... to lrJt<tr· .. t' tl'e .. h•,i.purt. tee1n • iido d11 ,.u,1 for('''· cl>1 gu1.1 r~t·tn. t• d.1 ... 11.1 n.;ili1.l.1•h• 111•u\tl.i.; 1•\hul•c• ~nt4'"oc, t•rn tod:. a p;ttl.,.

l'hi o 1111,. .. un•e<lt·n nn ••.:ttrli d.- 5 de jani:iro. h·ali-..1~to t1u 'la­tJriil. I'•"•' o qu.11 cllt:"' f11r;1n1 '''lº'' .. ....nhlf'rtle de l..i..,ho••·

E ... ~ •11:111·/1 dt>sperto11 o n1111or 1•n1husia~1Ho. Todo o 'l11driJ qu1· ..,., i111t•re~ ... , 1•or 1•!õõh•" .: .. 1•111·IJH'ulo .. li\ 1• .. ta\•a no """'lu lh p11odro111h,

11r11·n tt.egnir t 1• 1wrlo. 1·<1111 cu1hu .. l111'1111111 os phnso;c do J11~11, •1111• h.1\'t' (•tU'i'" 11111Jrnilko'>, LOKO nu pd1111•irn Ol'l 11ort111o4'u1•11·-. tl i1•1-i1111 u1u

uoril 11 º" 1n:ulril1.<nfl:-t "eol111111 \l'fd1t1111idos C'ftl<H'(11;11111t•nh• llt•itoi .. 41t• hr"''e de~r11111:0 1'f.•1.·0111t~ç(111 n luc:lo, e1·0111i11u.1 u \h·tur-i.1

11i11n• º" n11 .. ,.,,.., ::..'-"Jtundo 911.1t ~·0111 111,,j.,. hriu niu1la1 ni111la 1·01u umi .. ,/,111

'l'riu11111h-> l'Orn11l\•l11 ,\ .. ortt· t"'·"·' ,.,·jd .. nh•u1t·n1t• d.1 p 1rtt" dO'<i "º"'"'".. \t" º' jorn:tei tl.t t·"J""'iodid.tdt- d"" ~h1tltid N•;:onhe-.·,·mu1 qu4' o ll't1111 purtugvet ft\A\·.t "''''"' n hr:-.1.,1nhol dt• 'fu1lrid grnndt• ..,,, 1 •t•tfnricl .11 lt•,

\ 4·111lu \it·tor<i.1 •tl1·01111.,'mh' º' 1••1linuoi; f't•lu1ul1.1,·111n ,, l 1ort1.11;.rr1I n·orn 11ir1/1·l1 flt• (0>11t .. t,<Jll 111•1fllll'11\·11-~t1 u 111e-.. .. 1110 Po1•10;:11l 1h• 'lo11h•111 Cll11'0"' t• •h• ,\lj11hr11•ro1n

Tnh·1~x p llr li•' ll•11llt1'ill't•111 tl'ii'i .. ü ' ' pt•lo eulliu~i11."111u1 111'"'\lt'irlthlc> 101 l'""l'l'i"l111 1110. '>., 111mlrilt•11u"' n1111l 11udir,11n \'011 dPlirfo O!ol )rÍu..,O'\ 1·.11-.111• .. 1lu 1:l11h l11te.rnat·io11nl 111• l.i~h;1;1, 1·11j.; ~1-u11u 11uhlh·u1n11~ 111n pholuJtr•" 11r.1. n1~om1ianh.ulo •lt• oulrn ... ~rupt>"' 11111• n·111·hd•1lt"tn tb· di'* """·'' 1111.1 .. t· .. 1ljt ,,,,..,,,.,, :0-.l•t 1111"' hnJi .... itrao... ·"' nnt.111,-u ....

l!lutch de foot·bOll

Page 14: Brasil-Portugal : revista quinzenal ilustrada, Ano 9, N.º 193, …hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/BrasilPortugal/1907... · 2017. 8. 17. · A ceremonia militar no hyppodromo

BRASIL- PORTUGAL

l!lotc~ de foot·6•11

o harakiri

DUC"~UlliJ 0 (11tUl111iSll l0 jnf,U01"7., c111t• tlUNU l\fl~ Ji:I'; 1 t• li llUO 1 Í~ll lho t•o11111l\•hun1•11h.' 11 l •l'll!'>Ca 1•P.Sl~1ur:-t<:1io tio 1•0<1\•t' i111p1•rinl, 1:>-1' n lgu1u 1•Avnlhei1't.I (tli.111tl1•J l'Ct'4•hin u 111s n ffrilllUI IJlll' 111io lhe fo~;,e ll(J_i:,,.:i\'tl Yiugnr, 011 .hll Í ll l~Orrin 110 dl•!'!n~radO t Rll~ 1neió111v t>111 ~i111rles ce11s 11 r:. 110 !"''" 1•ht•(t•, nilo hr!'Oiln'' º c111

r1\c;;gar o \ 'i'Ull e t'OIH n 111'"pri:1 r11ltigC1. Esslt _ ope,.ru.;;i.o ou s ui•·idio. r1 1111(1 o~ j:111onl•7.•·~ 1IA11 o n\uno du

/lf1r:ilut1. (•n1 u 111h dns •·Oi1lt•~ ' I'"' t.•0111 grJ.t111ll• 'ui1l;1clo se l'n:-oinn,•11 1h\1'(1(· o iuíntu•in i•oil jn,·t>n::- 1f:t t11!11 1u.1hrf•zt1, 11nra (fUt• ellf''. flf'l 1~:1s~ dfl ulhflj:t(! ,, ~Ufl honrn, j:111111is h'l•11id ll~hCUI l' lll S(' S('r\'Ír t1•cll:i (• COIO ns •11:111 pro1u·1011 u1!f<>• n l''.\':~1·ullt'>!iUfu, cu111p ri111fo ... u lh.·l1111:11 lc Jmra g loriu l' nu11111 lc•1u;:io tl:t tligni1ladc e llo11r11 tio riomu llUC' us:.,·nm ; t)u 11:u··'-' que ser,,i.,.st,1111 ele h~stun1u11ha~ 11 01n l'o11111:H1huirv ou 111nil{•) {•11'1 ,·nsos idt•r11ir<is. lto10. 1.:on10 enll1' n.'1!-i n 1n11~iea. n \1inh1rn1 n fp•1111u1s-1ico, ~ l!tlu itHi;:'iO, n f.'Sg'f•i 1111). OS (!:C:Cl'l.iÍCiOS tUh ~IÍt.'OS, ~.-h:., (nzia 11nrt\! du ,.11;1 1'dur11~á1l, \ ',•rgt111lw e eli•1•11n ' 't'rlo(Oflli!I lu1uL· ll~s 11ue por •1unh1ui•r circ1uns1n11<!io .!'>11 oilo N11icidnsse111 segundo n~ 1·eK1~1s do etup1c111 •' ''" 1lt!c0 r n1•io, 11t1 _,uju c·ortt"('nl íulloss1.1 di:3otc d:1ilJ~•n 1la 111or11., () l111rr•hir1 ttrit 1 ~ :111nungit1 ,t'r•~ 11oh1'í..'.& e lnvn\'n t.q11cl11• •lllt• o 1•11 n1pdsse n "l.'.rgonlio ~ht f11 l1n <'01n1110Uid:l c.u a injuriostt n frronti1 <1111• não ptulcs.st.• ''i11gnr no san~ue do l'ílta ini1uittioc1.

l~rU U:tO, tlt,IOi:-. 11(' l!I~ ler O ~uit•fd11 (t.•rit l11 00 \'ê 11lr1\ thll'·$.i•-lhu 1111l seg-u11do gu (•ü 11~1 g11'1{tllllu.

O l111r:tl1ir' 11e1H S~'llljll"e cru volunlOrÍQ. A li.cuu)n~ ' ''-'7.US t.•1•11 iu1 -po&to ri un' nobn!' r.ri*"1onc•i10 por n n1 v~ncfdor generoso que ll1c-1.1rrcrctin csl~ uu·ff) 1<n1ro.ro de,., tirir·a1· de 8'1ln pe41'ilo:t, e n1 ''e~ de llu· c<1rlnr n l1~1l>c\'n C<JIHO íorill o 1nu ut/ntne rilt1o!

~l11it.ai; vcics 111mho1n or<1 n 4·on~cquencia de lHnn condt.•111nu\'CIO o Jl'"'~cedin u 1J ... c.nplttt\'AO. ' ' l.'eren1onifl d1' ext1cu~no off\·1:1utn1n·se eu1 u111 teL!'!)lo es~ulhidtt pnrn ltll llm , ou nll intori<tr dl! umn rc~idun,· ii' ~(>nl1or1nl , 8e o ,~ond1•1nn:ulq 1.-• rn de rilln soch•d(u.h•. e nu niudn ena u111 j;u·di1n, Clll u111 rci.:into c11J ··~ri•n1011i111i!, $C" 11aei1•111u t•r11 iltJ ('.Rl('­goríu llh'llC)$ l'lt! 1flldn.

CJs Jlrl'J):\r:,11 i\'OS 1lc,1iuru sttr f1•itos cuiu gritud., f)01op:1 t! ' ' a elo i:x.igin 11.-s1urn11ohns expcrieutes. ti~ 11 rc~it.len1·ia d~ u1n senho .. (dtu-11tlu1 rr::1 lognr escoHudo, esse ~enh or niío dc,•it1fu101·1n·e1)n,..ir u111 tl~Cf'll(O t•!:;pt.'Ciril, poig qu~ tJ l1nrnhir1 orn 0111 iu•tl) 1nuilo r1<1hrc 1..•

rnuilo soh111u10 l)f1ra niio ser cO'er1undo 1·ro tun s nlâo. IJ'esle tt}Oclu, du:1nto do NCi:'I lu$h:111u11lit11;, no (•JlObO.nlo ent f ( UtJ o

pn._·icflh• ÍOS~e (:f1c.cr rttdfJ. 11111 ollkitil de j u t'i li<:n lin-1111..• f! llt YU'1. nlln \~ ultulfcgh·el n scn1cn~n fllttt.1: dc1•oi"1 pcrgunltl\'n-1110 ~e ii1111n uli;uinn ultirnn ,·,)nt"dlJ :. pt-dir. Rn1 rt1s.o ntin11:iti,·o. tr1n:i:1~so-lhe pupêl. 1•cnnn ,. Linln e d..:ix~n,nm·ll t) o !l.ÓS. Elle 1nt1dl\''il de rcuqu.1 e h.1,•u,·:11n­no 1•111tio no lo~nr de,.ign:ulo (HH'O 11 execu~1'1'>. Alii ''1'1un ,·ollorinlas <'S tcira~. sobre ns q 11:1(•S <• pll\.'ier\l c S•· ncoçoríl\'ll (, 111od:1 jnpo1tt•i:1, isto •"· eh• jol'lltOs ('º'" •• é-Orpo tlt.•smu11;ndo i«tbre os l';1k :1nh11rt-s, Tp1·mi11od(J.S fl'ló ro~s~1n e.,. .. IC-S 11reli111i110J'l·S, () douo t.ln l'tt....n. (JS vn1 .. cioos do j 11s 1lçu, os 1'flll:o.<•llu·ir1)s do esl:hlo i: os ll'Slc1n 11nhni.: 1o n1;i .. \'nm logor, os pri11u•iros :1r1nod0St de fl'~ J ).fu ln e d~ udO l{O e os ullinlOS: 1le odngr• Sílnlen1e 1 lllOS h1do:; \'C:;lidns con1 lrnj&s de gnlo,

t • 111 p r tnHlH'o tl$flflt•ul<'. de Cf'!)flda tl~sernbnin h11dr. . n1J1)1'flxirn!t\'n­"''-' p<1r d~•l1•:1 1. eh~ l'1llldt>11111udo. 1h.•01H i! de ' I Ul'IU _. M un•nos (o urn 11\(\IJ•o 1ltt 1li,.1:1n t•h1 . 11111 $tJ!JU111Ju :tXlfistenlc 1:o lhh'l\ \'f1 unH' :11.fogn 'ºh'"' 11111:'1 huncll'j:'J . "'··~1ul (•111nnd" 1011111,·n r. nilngo t1 1•asg;1,·n" \'COll'C t.l3iJS-Cfl.ICl'd:1 Jlar,) u 1fireitt1 • .N\•s..,•· 11101uc11 IO, o 1)rin1~n·o r1~1rlJslr.~t t1•, corn 11111 si\ 1nlho do espt1d11, lh(! l'O•'ltl\A n ft1h f'\'fl, segcu•.n,•n·o pelo lufo d\0 ca· h,•lll)s, tlHl' os j:tponei'.·~ , 1~ i.in l:1o dC'ix:1,·1un ... ..-~sccr mo allo dn ~·~, i,<' .. ~·n. (' npr~senl a,'tt·n ele pc1·lil fU)S l.'t-l'C'' ador~, pri1noiro vii11díl fUtr:l 1> l11dtJ tfiruilo ~ 'IOp'>Í~ l)ílr'tt o cs<1Ucl'dO, a fhl1 1le q1u~ 1H~u luHJt'tl"~c· llurrtfn ~i:1hr1) n iilc11tid1uh• 1l1J '':\•'roltHlt>. J>'.1n s~g111tln O f:lflll\'t>r e rn 1•11v()l(O (•Ili 11111 1>r11UlO hr;:in~·o (Cúl' USll1la pnrn (1 hu•to ~nl l'i, (IS jtl­fill llOUsf 0 ('1'11 1jtU·Í111:1du illl'l'DS-0 (uO('l'flt•io. () CXí'ClllOr l• ll}.HfCO \·:i fl t.•sp:uln s u1·11 d1• sanj~ltU t•1n urnn ro lhu i li: 11npt~ J h1· n t~o. ' I""' p1'e\'i:1-uUonto 1i11 1:1 o •:ui,lndo 1h· 1,eodur·j r no cinlur3, e ltirnn\•n n t"1n­b:1inh:1l-:1; o pri111(!irtl ~flit·ín l do justit;n 11gr:1dr.•(.·ii1 no douo da e:i~fl o inco11111)0-do que lun·in IQru:ulo o rl.'lira,•nn1-:.e tc.rlos. Quillr<J cn\':,lhci .. l'(ltl dL' (.'.l\ l í'~t1ri:• infi•rior cr-:1111 v 111•:u •J'tj.ClUlos de Untôrlalhur 1) t'tJl'J}O o 1lc d11i'Xft1• o :;J11flo no 1tSIC1d <1 0111 <1ut-1 ' ' cne<1nlr111·n111 :1uleto: iltl rxe .. 1·11\•Ao. •

.\ 1lcl'.i1pih1t;üC' 1.t111 1nui1os ' 't'.l'f.t•S t'XCL'11 l:11ln por 11 11:1 r1111igv clu co11-tlt•11111ndo, o c11u~ su 1·on111iderri,•n un1n r1lU1 prol'~ do e~lio1n e 11111i:t.u l~ t.> o tiuu tOl\lllituiu umn gron<le honrtt pnm ninhos! O nmit.ro 1•xc· 1•ul(ir. Jl••rguu ln\·n uo pnc:üi.ole ~e q ut'1·1n ser 1h.•rt11•íl.ndo c•o111 ~nn pro1\r1:1 eti1Hula, o c1ue cr,a 11u11s un10 p~n·n cl11 e:-.111ni1 " 1111•11\0 do to1111ro 111<1 coni.:ol!\çdo p•lr;1 o t•ll<"iC-1llü. C.:01110 lnl u.xocutfit> 11111) ern ílc 1n odo itlgu1n vergonhos::i, 1orrl(l\'(l-s1.1 11~uss~1r10 .. g1u1nlur o 111nit•r d(Koro. J\ssi111 u clecnritai;Oo devia SPr c-ltí!rhuult'I de 1110 h•) gr,1p1'. JHH'</ut', se fnlln'l.:..se o 1>rin1ei1-o. ter-::i<.'· in o if P-.;.:igriuln n>I ti:-; . 1 •('l~ 1tu•111it f e um r(tri111c•11l6 hor1'0r()S(I, Enlrclanto. 11111 lrnhil CXt.!l.!ll lOr llÕO dL•\•in rerir (li,~ IOO<)() CJUO ti t:•:thi.!C'~ llCUS,_C ÍUlCÍl'tUllCntC th.:pcr11d;1 d l) lroni.:o: (l rtonulo d:l 1t1•te e~Ut\''' 1.nn ('Orlnl-n, d1~i'<n111lo .. 1t 111·c•s11 l•llr Ulllll ()nrt{!, i:Cl(UMll · fi flOIO luro do (.'11hdll)tt ~ :11•:1h:ir :l ~c(l:tl';l\' Ú(J,

l~xi;rin-:i.ti 1•úrÍf' i11 para ê:-.lc ho1•1•t>r, l ' 111 1h1~ /111.r:ihil•lf nlOÍi\ t'-•luhrt's e 4•11jn f'X~''lU,:(1 0 rcz llldl'!;ir dt1

o rg ull10 '' nh11:1 j:iponcz:\, roi o do~ t1«bl'tulla e wetc c::u,•ulltcirofi, <1ui1

Page 15: Brasil-Portugal : revista quinzenal ilustrada, Ano 9, N.º 193, …hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/BrasilPortugal/1907... · 2017. 8. 17. · A ceremonia militar no hyppodromo

ntuslL-POllt'UGA.L l)

8~ ~ali-.o_u no romeço <lo ~c.1110 X\ 111, P,~~.s qu:1rQntn ll soto l1r1111CMS. ~• quo v1ngnr~rn o ussnss11110 do seu rn(·~h·e 1nnlnndo o nssol>~in\"I, Otum <'ond11n11utdo:o p1:lo g0iv,•l"n(1 ;1111111·1•,.,1• honl'()s:1mentc i"'ID (. a r.is~:lr o \'t•nlrw•: e íl?.erl.ltn•nio succcs!livruncntc, so1u n m(•nÓr hl!~it':1-Çl'lo:. orgulhosos do seu \•alo.r ~ dn lionr:1 que o.sseg-or~ll'i r11n no nomll quo t1N1vn111. As .lo'uas se1)ul111ras s;1o hoje um log:1r de per<tg1·inru;:'•>

Onde canta o Sabiá

Dr. Ruy Bor6o••

flt'l\•ionfll p~rlo de Toldo. Totll)5' os ;"1nnos ~•lo oli celelwadns sole111nes c·eN•n1(1ni11s 1·n1 honr•• i'1<> sun~ 1n(..'1nu1·inl'I.

Fin:1l i7.e1no~ •'Olll 00111 nne('1lo lt1 que n1oslrori1 o lrnncp1illidncle .. '>n.1 •1110. o l1{11•nlli l"i P r• d 1 1 1•np i ll'l~1.10 se prt1ticn\•r11n no Jnpl'\o eO.\'O.­ll1r1rv!'ô1'0,

O senhor ~ooo ch·vio $()11'1·c1· ('.;((.• ~u p111i<·iu. l.t \'tlrn rn-<'I no loi;rn1· da ex11c.'u('iiO. Ül'IJOÍS cl« tudo 11•-ep:11·n1lo, fi1•"u1Hlo ns regru.; do 1•os­l 11 nHl:

- .\leu lttnigo. diz l'llu no osot·utor. logo <1ue cu li\'t•r d:i~to o J{OllH! no •• \·rolt·(•, soh•1rt.!i u111 grilo 41(' do1·: uiio 11c!·1•n o s;1n~11 l! írio nn 01~1·a~1no llc 111e corlar n ''nhe-,·tl 4\ flr:1 çOOl 1ni11• hrn1a.

- ~,r11 olic<lociclo, scnhru·. E,.1ou pro1u/Ho e tu~ sut1s ordC'ns. Snno cslcn<lcu n 1nilo r~nrn sl'guror 11 ili ;tgil c111í• osln"n coll1 1t::~u l:1

nn sun fN11lo. N'o mcsn10 in~tf1nto (1 hrn.;o <lo C:\<1cutor Of.rilt'l\'il a 4'S-1•r11lrt c.- :i c.ob1·çn do 1>nci••nte cuiu.

-Que roz que nlio lhC! d ou lt•1n110 Jl{U-:1 uhrir o "enll-e'!! rltnnn­l"l\m os n~fi i~tentefi .

-Ell\'! iri fahnr Í1t> re~r11s d•• Ji,11-.'tlilri g'1'il11ndo COrn n 1lor, rcs· pondPu o executor, u ou pvu1>ei .. 1t1c esta vergonho.

'l'~c.Jos eoncordnr:nn 0111 <rue e.llc l1n\·in p•'<lt•et.li1lo co1uo lttu11t•1u snbio e fpte ho\·iR perroitnmente int1.1rpr-0tr1d() o \)odigo cln honrn.

.\l;rna••· AL\•uco l.11'1'\v.

Nas madrugadas de est!o O 801 põe, graciosamente, Nas aguas mnns.as do rio Uma chuva resplendente De formosas pcdrarias Que as ondas, quando se movcn1 Faz.cm bdlhta.r, docemente, Nas suas cópulas frias ...

Assim, meu lirlo nevado, Quando cm noutes $Cm lunr, ergues o rosto maguado Fitando o céu .. . esse olhar, Esse olhnr tào goccgado, M as sempre cheio de luz, Como $C fõra formado Do brilho d'•lguma cruz, Es.sc olhar tào $Occg;do Prot!ui no céu as cs1rcll:as, Tào fu1gurantc6, tão bcllas, Que t u no céu vês brilhar, Meu anjo casto, bcmc:!ito, E que sào os revcrbéros Da meiga luz d'cssc olhar Nas ondas do Infinito •.

THCATROS

Joaquim Costa

êça d11 .J'llmeida.

Jtwr1•1i111 r~s/,·r, ,, +l•'l1t:1J y1•1·u11la tlv "'""'''(ult" ú. Jlnra1 \ 1·l1~l;1 11u1•ri1lo 1(nA plulci<.11, ('ilt(' 11i•l111 1111 t·eltir1 !llfltl'iln ~ l1t,Jt'I u"' d~ 1)(11t1•M '1ue le111 t? .tUty»trln 1lc (:1:f>r rir, 1nn1llttlflQ·#r fot'lll/11'1" ;u1 u1es1n3 lh1/.:1 1frr t'o1•1·1•r('l1'1 #Ctll l"C'f"fH'rr1• :1 - lrucs ~lct u1t1t1 'Jfl{tl11 .Yo 111•11•0 UJll llr111(•/(l(l- ll:~ 1•i•llt lt,n /i(JIJldJH ti" /1fll1),

Page 16: Brasil-Portugal : revista quinzenal ilustrada, Ano 9, N.º 193, …hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/BrasilPortugal/1907... · 2017. 8. 17. · A ceremonia militar no hyppodromo

l~ BRASIL - PORTUGAL

Os barometros do povo

Pnrtt u ~·nl'1 dr1~ :tldt·i:i~. ôS 1•01nhC'.J$ ~1,otJ~ 111t!-lhflrt•s indit•ttdOrv'i do ternpo: c1110111ln 1><1us:11n 110 Cal hado de un1a hcrd:ulot opre­St!Dlando o pn110 1><•1':1 o l1.1\•a1He. U sign{ll seguro de que .. tio .. ' ' Or{1 OC) diíl Sl·{plinh•, sb 111i('I l'h r.\'t.•r til! llúÍlt.'.

Se rch.:ollu,•m &urdo no 111>n1bnl nu $t! .l\t.• ulhucutftrn not; nrre­dore~ Jf1 b~n:l:ulí', a 1•huv:1 6 itnn1in(•nl1•.

Os J>r'OgllQ .. ticos 1lnto: gnlliuhus n(lo- sAo 111env~ 1•ertot1. Qurantlo ~e eti()flU('JU•n nu 1c1·r.1. tri.;1111d1> 11s 1>~11nr1s1 ._$ sigoul c.Jc t{•1np~t:1Jo 1n·o­xi1na; (luln• tonlo iru)i1·u111 o.s 1nito~. t1un11dt1 n11•rgullrn1u 11'n~u11, h:i­lcm ns nzns u &ti 1u:r~c~ut1'10 nlt!fer\•n1cnl(t.

S-0, é.;tando llUll(l'l i lit•t) 1) lt•ll\110, O '-°lllQ(>OllÍO \'(!O \'31'CU lanlhtr !)

parede do C'Sl:Jhul9, pode :'llircssnr~se ~l rf.."to lht•I' ll!!j Í01•1•ng~•n$; 11

\"accn l'1mbe o s11litrc.• lf•H~ n 111111idndc dn ohno~pl1ern fí'z np1mr•1cer nit l!.nrc<le, e il!'lh> intlirn 1•liu,•J1 l"'r.' o 1U11 seM'oi 111u.

se os aht•lhas so re('alh<1nl 1nuitD flt1tf'S ilo t">•)r do sol " 1·0111 JWlll('O

l!Ollloilu, i1ldidl10 cbu\ln tarubcm. nssim como os cor,•os quando dcs­pt':rlo111 •'-.><lo" grn~u.nr"H uuais ((Uc de ordinurio.

Qu:u1do os pnrdltCS 8fí<1 1nodrugodo1..,•s o ('[1tll.Onl 1n ui10, é de esp e­rnr hont lom1~> :'1 tf111de.

Se as 1uulorinh;1s \'Otun , 1i.h;h1j1.1udo JH1l:i lCl'J·;·1, u·Oo cst(1 longo {t

tllfflJ>í.l.Stud"; 1)011c111, se se cle\·31n, de~OJJl):'lrett:ndo nas nn\'Ons, pro· g11ostict1n1 horn 1e1npo, ;lss-i1n co1no os roux inoes. se can1nu1 cloro do noite •. Ac-0ntec"' o c.ontrn1·io <1uontlo os rtis reltlisanl (IS s~us conce:r­l•l-~ o t1u:1ndo tis lnvondisc.o~ bl'i11co1u ti beira dn ng-ll(I,

N:lo siio si) os anirnues '1uo indican• a uH1dno~-t.1 <lo te1111•0 llô..'> Q.tH111>011c1..0S. Se, 1>el:k ni:tnh(l, n rolhn da COU\'0 está .S.QCOO., lÍ bo1n !ti­i;nitl ; 1n:1s, se csl:'i hu n1idtl, indit•n t'hll\'f• ••111 curto pr:.zo.

$~ (1 JJ1.• ll(' dti 11eooirQ. do trigu t•$l:'1 Írouxn, O ~é Ol'.J í~ixes de l r Ít'°O ou de avoiftJ1esn111 111ni:oi •1ue de costtunc, inilíerun cg-wulme:nle chu\'U.

(> r~1cl'a or d4,,1 lcnhn. ' I"º ""º fto rnontc consulLn o sc:u 1naehndo ; e se o onconu·o. li1n1"M) t• lu:r.enh·, 11odo csper::ir bom diü; ~~ oslí1 bi\~o. ho 11ue IC IOCr li 1•1111\'ll.

A h111 é l111nbt11n d.'(CCllento bnl"órnclrt;>; ?;Q est{1 rodendt1 do u1n 1•ireulo 11t1rdn, i11di1:n chuva: se o ci'°'·ulo ~· n.verrnelh:ido. \'eolo; Mi hron,•Q, li.n111fi I' h11ui 110:-to, hom te1npo.

THCATROS - O. Maria