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BRIGA DOS FRACOS BIBLIOTECA

CONTRA OS FORTES Dia 18 de julho Nos fizemos uma partida Era em 12 companheiro Rumo à terra prometida Tentando fugir da fome Melhorar as nossas vidas Exigir a Reforma Agrária Era esta a nossa lida:

Após fazer 3 dias De acampamento primeiro Foi mais forte a agonia Aumentou o desespero Uma tropa de jagunços A mando dos fazendeiros Vieram nos perseguir Matando um dos companheiros

0 companheiro Joáo de Paula Fazendo a comparação Morreu que nem Jesus Cristo Pra salvar a multidão. Por isso hoje vencemos E fizemos as plantação Vamos rezar pro finado Que nos deu a Libertação.

Hoje jâ vencemos a fome jâ temos alimentação Não temos medo da crise Jã temos milho, arroz e feijão 0 pessoal que era contra Fazia lamentação Tinha nois como vagabundos Improdutivo e ladrão Hoje pede preferência De toda a produção.

Com o apoio das entidades Que estão ao nosso lado 0 nosso time nao perde É que nem o colorado. Alem de todos os apoio Por Deus somos abençoados Acreditamos em Deus E no governo do Estado.

Se o governo Federal Soubesse o quanto ê bom Dava a terra prós colonos Pra aumentar a produção Muitas terras improdutivas Que estão em poucas mãos Muitos brasileiros morrem

De fome nesta nação. Ocupante da Fazenda Annoni

Se hão fosse o colono Não havia os tubarão Se não fosse o operário Não havia a construção Lendo na Bíblia Sagrada Encontrei nossa razão Que um dia Deus_falou E disse para Adão: Tome a terra e cultive E dela tire o teu pão.

Este Deus que nos falou E disse com atenção Prometeu que ele voltava Pra fazer a julgaçao Se continuar desse jeito Vai se grande a exclamação Muitos vão se arrepender Mais existe o perdão Porque o Reino de Deus Não compra com dinheiro. Vai haver ringir de dentes E vai haver separação: 0 inferno para os ruins E o cêu para os bons.

(IZALTINO VIEIRA)

1983,

No ano de 1983, a indústria brasileira pro duziu 16% menos que em 1980, ou seja, estamos produzindo 16% menos que há h anos atrás.

A indústria produziu menos porque despediu

20% dos empregados.

Como se produziu menos, a arrecadação de Imposto sobre Circulação de Mercadorias(ICM)

baixou em 10%

PREVISÃO FUTURA

Se em 198^ a produção nacional continuar co- mo em 1983 (a previsão é diminuir 2%) e começasse a crescer 5% ao ano a partir de 1985, somente em 1991 voltaríamos ã mesma renda por pessoa existente em 1980.

Se a produção industrial crescesse em 5% a partir de 19d5, o nível de emprego desse se- tor somente vai atingir o mesmo número em

1993.

(Fonte: SINOPS e ECONÔMICA N? 01 - CPI)

M0FIMEMT© fcNÇQNTBQ=BEGI0N4L=DQ§=§EM=IEBB4===^STES

Realizou-se em Francisco Beltrão, nos dias 7 e 8 de abril, o I ENCONTRO REGIONAL DO MAS- TES, onde estiveram presentes 60 representan- tes de 18 municípios.

O encontro foi baseado no encontro do iní- cio de outubro de 1983, onde foram levantadas várias questões para serem discutidas nas ba- ses do movimento (comunidades). Concluiu- se que algumas daquelas questões se pode deixar para estudar mais tarde, como por exemplo:

. Forma de produção

. Forma de comercialização

. Tipo de ensino

. Como deve ser a habitação.

Agora devemos dedicar o tempo para aprofun dar as seguintes questões:

J. Qucuiò oó toA/iOÁ qu.2- queAmoò conquuiòta/L? 2. Quando conqat&taAmo-ò ca teÂAaé:

a. Vodmoi, ou não vencíê-&tà? 6. Quando quzAmoò siíc&beA o tltuJLo?

3. Como ÃAomoò fimLiza/i o pagammto?

Como estas questões não ficaram bem escla- recidas nos estudos feitos nas comunidades,os participantes deste encontro tiraram as se- guintes conclusões, que poderão ser melhora - das nos reestudos feitos nas comunidades:

1. AS TERRAS QUE DEVERÃO SER REDISTRIBUÍDAS SM1 l - Terras do governo, isto ê, terras que nun ca foram tituladas (devolutas) e as que pertencem as empresas estatais e autar - quias do governo (terras públicas);

- Terras mal ocupadas - ê melhor dizer as- sim do que "terras improdutivas";

- Terras pertencentes a estrangeiros; - Terras de empresas (firmas) e grupos eco nômicos em geral (Bancos, Financeiras , etc), nacionais ou multinacionais,

- Terras pertencentes a profissionais libe rais, comerciantes, industriais, isto e, gente que não precisa da terra para so- breviver,

. ^ \ \; ■

1IMBICAL - Empresas rurais com mais de 100 hectares,- - Latifúndios em geral.

Você acha que são estas as terras pelas qua is nos do MASTES devemos lutar? Você tem mais alguma opinião?

2. AS TERRAS QUE NOSSO MOVIMENTO CONQUISTAR

NAO PODEM MAIS SER VENDIDAS. 1 Entretanto poderão: - ser trocadas por outra, também conquistada, pelo movimento;

- ser transmitida de pai para filho (herança); - ser devolvida a administração do movimento, para que outro sem terra seja assentado.

0 companheiro acha que isto ê possível? Quais as vantagens e desvantagens deste

sistema?

3. QUEREMOS PAGAR A TERRA DE UMA FORMA JUSTAI

E ACESSÍVEL, NÃO QUEREMOS ELA DE GRAÇA.

0 pagamento deve ser feito de acordo com uma das duas maneiras seguintes:

l9 Conforme o jã disposto no Estatuto da Ter- ra, isto ê, com 20 anos de prazo, 2 anos de carência, em prestações fixas anuais, sem juros e com correção monetária;

29 Conforme a produção, em 20 anos, com paga- mentos equivalentes a 5% do produto vendi- do em cada safra.

Da para pagar por uma destas maneiras? De que outro jeito a terra poderia ser paga?

Participaram deste encontro representantes de Coronel Vivida, São João, São Jorge D'Oes- te, Dois_Vizinhos, Verê, Marmeleiro, Francis^ co Beltrão, Enêas Marques, Nova Prata do Igua çu. Santa Izabel D'Oeste, Realeza, Ampêre, PiT rola D'Oeste, Capanema, Apucarana, Chapeco e Galvão (SC).

O encontro teve a assessoria de companhei-

ros da CPT Nacional e da ASSESOAR.

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COM CORAGEM E ORGANIZAÇÃO, O SOL BRILHARÁ

FAGIMA TECMICA

CCMO TRABALHAR MENOS A TERRA E PRODUZIR MAIS

Experimente fazer o cultivo mínimo plantan

do viça (ou ervilhaca).

Existem propriedades onde a viça se dâ bem

porque o clima ê frio e o solo não ê fraco.

Vantagens da viça:

- Pode incorporar ao solo ate 90 kg de nitro-

gênio por hectare num ano. Ou seja, o equi-

valente a 4 sacas de uréia,mas com a dife -

rença que não tem perigo de queimar as plan

tas.

- Protege o solo contra a erosão e deixa a

terra fota.

Em que consiste o cultivo mínimo?

É simples. Depois, na hora de plantar o mi

lho, faz as vergas no meio da viça. Depois que

o milho estiver nascido a vida seca e fica pro

tegendo o solo,impedindo o aparecimento de in

ços. Depois que o milho estiver seco, a viça

vai começar a nascer de novo,não precisando

voltar a semar porque a semeadura é natural.

Alguns cuidados devem ser tomados. Por ex. nao deixar a viça crescer demais e para evi- tar perder a semente. Neste caso, e recomenda vel plantar a viça associada com tremoço ou deixar os pês de milho secos na lavoura sem derrubar para que a viça tenha condições de trepar. Ou então dar uns cortes na viça para alimentação animal.

Aumenta a

produtivi-

dade das

lavouras

O milho ê se-

meado em sul-

cos , quando a |

ervilhaca es- Ífe*'í-'#

ta na fase da f,;,^,v 'ms.»,'" '

maturação

Reduz o custo

de produção.No

caso do milho,

o custo de pro

dução ê 20% in

ferior ao das

lavouras tradi

cionais.

A MULHEIR MA SOCIEBAB]

Em pesquisa realizada através de "Concurso para Donas de Casa'Rurais"', no programa 0 Homem e a Terra, em agosto/82, da ACARPA, po- de-se perceber que, das 782 donas-de-casa pa- rananenses que relataram suas atividades, 65, ZSl são responsáveis pelo serviço doméstico, pela produção de alimentos para_o consumo_ £a miliar ou por lavouras ou criações comerciais. Por outro lado, apesar de executarem todas essas tarefas, apenas 0,38% das mulheres cui- dam dos negócios e participam das decisões da família.

Em outra pesquisa, realizada no ano de 1980, no Sudoeste do Paraná, foi constatado que 34% do pessoal envolvido com a criação de suínos são mulheres ou filhos de suinoculto - res.

As mulheres participam de cada fase . da produção da lavoura ou criações comerciais e ainda produzem a totalidade da alimentação e dos serviços necessários ã vida diária da fa- mília.

Apesar de sua participação no processo, so ê orientada nas práticas do lar, não partici- pando de atividades fora do lar, nas associa- ções existentes - cooperativismo , sindicalis mo, etc.

Preocupada com os fatos acima relatados,no dia 15 de novembro de 1983, a ARSS - Associa- ção Regional de Suinocultores do Sudoeste, formou a COMISSÃO FEMININA, que tem por obje- tivo valorizar e divulgar a participação da mulher nas atividades relacionadas com suino- cultura no Sudoeste. Procurará também inte - grar a mulher nas atividades da Associação pro porcionando-lhe oportunidade de discussão e treinamento nas práticas de criação e comerci_ alização de suínos.

Como primeira atividade, a Comissão ini- ciou uma pesquisa junto aos produtores de suínos, visando elaboração de proposta, n qual servirá de base para planejamento e rea- lização das atividades da Comissão. Propôs a formação de Comissões Femininas Municipais , sendo que no município de íbis Vizinhas a mesma já foi formada.

A mesma pretende ainda realizar cursos pa- ra aproveitamento da carne suína c proporcio- nar a mulher a participação cm reuniões ■ de conteúdo técnico - política de preços, alter- nativas para alimentação, etc, em seminários e outras atividades.

(Miriam Fuckncr - Técnica Social - ACARPÀ-fo-

cal - Francisco Beltrão).

"A gente trabalha, trabalha e_nunca vai para frente, não sai dessa situação. Agora to ca de ir todo mundo pra roça...". Quem diz isso ê uma dona de casa.

No Cambota de fevereiro passado, falava - mos sobre o trabalho desenvolvido pela mulher e que é, muitas vezes, pouco valorizado. A estatística, quando diz que 639o das mulheres trabalham em todos os setores e_apenas 0,38 % delas participam da administração da proprie- dade, comprova isso.

Na família, a mulher desempenha um traba- lho de muito valor na produção - tira o leite, faz o queijo, cria porcos, galinhas, trabalha na roça, etc. - e quem decide sobre tudo, mui_ tas vezes, é so o pai.

Assim como nos, brasileiros, teríamos o direito de saber e ajudar nas decisões do país, porque a produção é feita por nõs, tam- bém em casa é justo que todos estejam por dentro do que acontece.

Participar das atividades econômicas da família é uma grande escola.

JUTEMTUBE EM BESAEIO PJ EM AVALIAÇÃO

Nos dias 14 e 15 de abril, 25 jovens líde-l res analisaram criticamente a Pastoral de Ju-I ventude beltronense. Trazemos aqui os resultal dos e as propostas concretas definidas paraj melhorar a ação pastoral na linha da juventu- de.

A Pastoral da Juventude deve ser entendida dentro da realidade que envolve a juventude e a igreja latinoamericanas. Nesta realidade - que é de injustiça, miséria, desemprego, £o me - a juventude ê maioria.

Foi vendo esta realidade que, em Msdellín, os bispos latinoamericanos afirmaram que "Re- ligião ê Vida" e que a Igreja deve atingir o "homem todo e todos os homens". Em Puebla, em 1979, os bispos confirmaram estas decisões e firmaram duas opções: 1)- pelos pobres; 2)-pe los jovens.

Nesse contexto e que se avaliou a Pastoral de juventude beltronense e se traçou pistas para ser mais fiel ã_realidade do povo e ao Evangelho. A avaliação das atividades foi feita confrontando os meios (pratica) com os objetivos.

A_I_I_Y_I_D_A_D_E_S 1 1. ESCOLINHAS:

OBJETIVO: formação de lideranças e engaja- mento .

ANALISE:

- falta uma aproximação melhor entre as 3 pa roquias, quanto ao assunto;

- falta uma ação concreta surgida da discus - são;

- no encaminhamento prático, sugere-se sepa- rar as realidades diferentes: rural e urba- na;

- há um desnível de participantes, tomando - se o assunto pesado para muitos;

- a formação se toma mais individual porque o participante da escolinha não compartilha aquilo que aprendeu;

- tem conseguido despertar o jovem - deu fru- to;

- é o melhor que se tem na Pastoral de Juven- tude;

- está em ascensão. CONCLUSÕES

- os assuntos e conteúdos sejam analisados pc los grupos;

- levar em conta as diferenças existentes; - critérios de participação: coordenadores c outras lideranças;

- que as paroquias não deixem ninguém se au - sentar por falta de dinheiro;

- o permanente, dividir as responsai)ilidades com uma equipe de articulação;

- encontro çom os que já cumpriram as 3 cta - pas - a nível das 3 paroquias.

PROPOSTA

- A COMISSÃO^PASTORAL DE JUVENTUDE (CPJ) encarregará de fazer um levantamento assuntos.

se dos

2. JORNADA:

OBJETIVOS:

ANALISE

- análise das relações familiar, pessoal, social e com Jesus Cristo;

- despertar para os grupos.

- ajuda melhorar o relacionamento familiar; - facilita a descoberta de si; - é um reforço para os líderes; - contraditória: prega a participação e leva

ao individualismo; - prega a liberdade e é repressora; prega a convicção e é baseada na emoção;

- a prática não condiz com o objetivo de des- pertar para o grupo;

- estrutura rígida: o JJ não participa da de- finição dos assuntos e metodologia;

- falta definir seu papel e local; - a equipe está longe da base; - a pessoa se compromete em um momento de emoção e depois a realidade é diferente,le- vando a pessoa ã frustração;

- processo inverso: parte do social para o pessoal;

- na prática, não leva a um engajamento con - creto na base.

CONCLUSÕES:

- deve ser bem definida dentro da pastoral; - deve partir do individual para o comum (so-

cial) : - dar novo enfoque ã questão familiar; - redifinir os conteúdos.

PROPOSTAS

suspensão da jornada para reestudo de progia mas, elementos e método;

- comissão de reestudo composta por: 2 elemen tos de cada paroquia; 2 elementos da jorna- da; 2 elementos da Comissão de Pastoral de Juventude; 1 permanente e os Z padres liga- dos ã Pastoral de juventude.

Por falta de tempo, deixou-se de discu - tir as Noites de Formação, o Jomalzinho In - tergrupos (PELEIA) c a CPJ.

A avaliação mostrou que a tentativa de ti-

nir as forças dispersas e divergentes foi al-

tamente positiva e contribuirá, certamente,pa

ra um avanço da Pastoral de juventude.

"zero" anuncia represália 0 líder rebelde Éden Pastora ( Comandante

Zero) afirmou dia 18 que não lhe importa a

perda do povoado portuário de San Juan Del

Norte em mãos de tropas do governo da Nicará-

gua e anunciou que suas forças tomarão proxi-

mamente o importante porto de Bluefields,. na

costa Atlântica. Pastora, um ex-combatente san

dinista, encon -

trava-se num lo-

cal chamado Del-

ta, onde os rios

Colorado e San

Juan se unem den

tro do territo -

rio nicaraguense

e que utiliza co

mo plataforma pa

ra lançar daí

suas operações.0

líder anti-sandinista lidera a Aliança Revolu

cionista Democrática (ARDE), cujas forças to-

maram o povoado de San Juan Del Norte, 310

quilômetros a sudeste de Manágua na ultima

sexta-feira. Tropas governamentais recupera -

rara o povoado depois de intensos corabates.

NAPOLEÕN DUARTE VENCE ELEIÇÕES EM EL SALVADOR

0 democrata-cristão Napoleon Duarte se pro

clamou vencedor da eleição em El Salvador.Sem

maioria absoluta, os dois disputarão o segun-

do turno dia 06 de maio. Duarte denunciou o

roubo de cédulas pela extrema direita. Em

todo o país, faltaram urnas, cédulas, listas

de votantes c mesários. A guerrilha anunciou

ter impedido a votação em 84 municípios, qua-

se uri terço do total. 0 presidente Reag;in e-

naltcccu "o heroísmo dos que votaram".

MOYIMEMTO SIMBICAL

TRABALHADORES ABREM TAMPÃO DAS INJUSTIÇAS

Ostrabalhadores rurais de Nova Prata do Iguaçu, organizados em seu Sindicato, desmas- caram as tramas de que são vítimas no atendi- mento ã sua saúde.

Em Assembléia Geral Extraordinária, reali- zada no dia 25 de março passado, 1.600 traba- lhadores denunciaram, perante autoridades da Previdência Social e perante autoridades po- líticas, a situação de desrespeito e explora- ção praticada pela Assistência Médica Rural do município.

Na hora de se pronunciarem, as autoridades procuraram,^propositadamente, desviar o rumo das discussões, tentando manipular os traba - Ihadores^ Não responderam às acusações e rei- vindicações feitas, provando que não merecem crédito.

Diante deste fato, a Assembléia decidiu en viar o documento às autoridades competentes e,

iz Oò >L(ú.vlndlca.ço&i, não fioim cutzncLidcul dzwüio c/e 60 dia*, a contaA da data da\ kòimblÕÃjx [25 de moAço], nova A-i-iem bleÃa d&ÚlnÁÀã aò rmdldai a òeAm toma -j deu,.

A fiscalização dos hospitais conveniados e da atuação dos médicos será feita por uma comis- são de trabalhadores, eleitos pela Assembléia.

Os Trabalhadores Rurais de Nova Prata do Iguaçu lançam o desafio aos trabalhadores dos demais municípios para que se unam na luta por todos os direitos. Usem a sua força e a sua arma, que é o Sindicato.

Só Trabalhador resolve o problema de Trabalha dor!

sr co> DIüI ncoin^^

Nos 17 municípios da Micro-Região de Fran- cisco Beltrão - PR, em 1983, foram vendidas 2.664 propriedades, sendo que a maioria das propriedades vendidas têm de 6 a 10 alqueires. Os dados são da SEAG.

A principal causa da venda - segundo a SEAG, foi a Política Agrícola: financiamentos,

preços... __^

MUNICÍPIO PROPR. VENDIDAS

Dois Vizinhos .^ 561 Francisco Beltrão 375 Capanema 181 Eneas Marques 180 Realeza 179 Ampere 167 Salgado Filho 133 Salto do Lontra 130 Santa Izabel D'0este 129 Santo Antônio do Sudoeste 119 Nova Prata do Iguaçu 99 Pranchita 94 Planalto 93 Pérola D*Oeste 71 Renascença 68 Barracão 63 Marmeleiro 22

TOTAL 2.664

OS^MA^ORE^DO^UNDO^^E^CORRUP^ÃO

Em menos de 10 anos o povo brasileiro foi roubado em 1 trilhão e 22 bilhões de cruzei - ros. É dinheiro que nio acaba mais. Veja:

CASO ABUDO-PAPEL: praticado (entre 1976 e 1979) por algumas centenas

de fazendeiros ricos. Saldo: 370 bilhões de cruzeiros roubados do povo através do Banco do Brasi1 . CASO DA MANDIOCA: praticado nos anos de 1980

e 1981 por um gerente do Banco do Brasil (Sr. Edmilson Soares de Lima), pelo Deputado do PDS Vital Novaes e pelo Ma- jor da PM José Ferreira dos Santos. Saldo do roubo: 16 bilhões de cruzeiros.

CASO CAPEM!: praticado pelo general Aragaò e a família Newton Cruz e até do

filhinho do presidente. Saldo: 120 bilhões de cruzei ros. CASO DELFIN: envolvimento do B.Central, BNH e

o Ministro do interior, Mário Andreazza. Saldo do roubo: 60 bilhões de cru- zei ros. CASO BNCC: praticado por diretores envolvendo o genro do ministro da agri cul tura. Furo:36 bi. CASO COROA-BRASTEL: praticado sob responsabi- lidade do Banco Central e do Conselho Nacio - nal de Desenvolvimento Econômico. Rombo: k20 bilhões de cruzeiros.

(Fontes: FSP 26/02/8^)

^

St

im)ios_ E FUML

Entidades civis de proteção ao Índio estão repudiando a disposição do governo de consi - derar o índio "incapaz"3 como previsto no anteprojeto do Código de ,.^*r-';í Processo Civil. A me_ „yf^'^^?:'ZMÊ^^ dida3 se aprovada, /, retirará do índio w uma série de diveiW tos civis, entre / eles, o de mani- festação, de or- ganização e, ^ óonseqúéntemen- MÊjãSí te, de represen à^J--

taçao QudvczaL. f^-''" Os índios Txucar_''^ ramaés estão re- \ voltados contra a Funai por nao de- marcar suas terras e entregá-las a fa- zendeiros. Por isso seqüestraram uma balsa, impedindo a passagem de um rio no Parque Xingu e mantém alguns funcionários como reféns e podan promover um massacre caso. a Funai decida man dar força policial contra eles; querem a de - missão do presidente da Funai, que nao quis receber seus delegados em Brasvlia.

ESÇBAYQ§==DA==TEBB4

As terras dos pequenos proprietários, devi do ã crise, a cada ano, vão passando para as mãos dos grandes que os contratam depois como empregados.

Em dois anos, diminuiu 1 milhão e 300 mil trabalhadores por conta própria (pequenos pro prietãrios, posseiros). É muito'.

Ja existem mais assalariados rurais(36,40à) do que trabalhadores por conta própria (5ÜB).

Outro dado é que duplicou o numero de tra- balhadores sem remuneração, que chegam a re- presentar 29,5o de toda mão-de-obra, e são compostos sobretudo pelas mulheres e dependen tes dos camponeses não assalariados.

veja a tabela:

Na Agricultura 1980 1982

Total Empregados Conta própria Empregadores Não pagos

15.1Ü9.ÜÜ0 5.Ü3Ü.Ü0Ü 5.600.000

377.000 2.072.000

14.139.000 5.134.000 4.340.000 494.000

4.169.000

JB^ n im iLa n ^^

A Bíblia diz:

"NÃO DIRÂS FALSO TESTEMUNHO CONTRA TEU PRÕXIMO" (Ex.20,16).

Vamos ver qual é o sentido deste mandamento.

Acontecia d seguinte:

1. o governo mentia ao povo; 2. quem podia, falsificava as

leis, falsificava os proces^ sos;

3. quem estava num cargo, men- tia para ficar no poder;

4. os reis se diziam deuses e o povo respeitava pensando que era verdade.

A ganância tomava conta do povo: quem podia, comprava vo- tos , comprava soldados, advoga dos, juizes, testemunhas...As- sim, o pobre nunca tinha vez e nem voz. A sociedade estava podre: quem podia mais chora- va menos. Quem tinha por obri- gação defender a justiça, era quem mais traia a verdade.

Tudo era feito na base da mentira e do juramento falso . Diante desta podridão. Deus botou a limpo a verdade e JL justiça e decretou que ninguém deve jurar falso.

So assim, todos sairiam de_s ta escravidão de mentira e de falsidade. Todos deviam lutar por uma sociedade nova. Os pobres também deviam ter vez c--. tudo. Deus quer assim.

E Jesus, o que disse desta situação? Jesus disse que devemos ser sinceros para es - tarmos com Deus. Senão, esta - mos com o diabo. Ele disse :

'SEJA 0 VOSSO SIM, SIM; 0 VOS- - NÃO, NÃO. 0 QUE PASSA D1S-

Por exemplo: se jura que a gasolina não vai aumentar e, dentro de uma semana, sobe; se promete que o nosso dinheiro vai valorizar e, na mesma sema na, cai.

Quando ocorre um processo , se for a favor dos pobres, de- mora uma eternidade. Por quê?

Quando alguém se forma numa faculdade, jura diante do povo e de Cristo - até com a mão na Bíblia - e depois... o que pratica deste juramento?

J. WO-ó-óCLó ültÂmoA e£exçõe6 ^o fiam homòtaò em todo o PoZó? TodoA 04 eJLeÃtoé rmuecm o COAQO qixz ocupam1?

1. Quantcu, ^Ájmcu "^azem" fia- ZêncZa pajvx dmÂMJi 04 ope- n.átvíoò?

iO, É ^C DIABO" (Mt. 5 .37).

v\a fOK

mcúA eu no

Cf o ei, tão oó col - ? Qum mente e enga-

E a gente pode acrescentar : as fofocas que acontecem por aí a fora, matando o ideal e o nome das pessoas;

as cenas traiçoeiras e fal - sas das novelas;

as aparências engandoras na própria Igreja: pastores,pa- dres , bispos usando da re- ligião para aparecer e se promover;

Juramento falso diante do a^ tar: marido e esposa prome - tem fidelidade e, na verdade, o que acontece em muitos la- res?

J. Foti que ex.<j,te tanta fialàt- da.de entne ai, pe-ó-óooó? 0 que fiaZta?

2. Quat e a fainali.dade de quem engana ou mente?

Pe. Perin

PLANTAS MEDICINAIS

Os responsáveis e pesquisa- dores de saúde no mundo, per - correram todos os patses para ver que povos vivem mais tempo. EnoontraFccm três lugares onde isto acontece. Em Hum-ga, no Paquistão3 Vita-Capamba3 na A- merioa do Sul e Kokus, na Rús- sia. E o grande segredo da longa vida deles esta na ali - mentação d base de cereais in- tegrais e de vegetais com bai- xo teor de caloria. Não tinham farmácia ou hospitais, não co- miam carne ou derivado dela e a maioria era de constituição forte e gozava de uma juventu- de ate os 100 anos.

Qual e a nossa?

CRISTA DE GALO - SUSPIRO

Belíssima flor de nossos jardins, existem mais de 12 es picies. Flor que dura muito tempo.

Suas flores tem proprieda - des adstringentes. Bom, portan to, contra diarréias, disente- rias, para gargarejos, inflama çoes nas gengivas e amígdalas.

0 suco das folhas tem apli- cações para curar feridas, ul- ceras, aftas, doenças venérias blenorragias e hemorroidas (em banhos). 0 seu chá, ajuda nas hemorragias do estômago.

As suas folhas tem aplica - çoes em mechucaduras externas e, como cha, em contusões in- ternas.

As folhas e flores sempre , foram muito usadas para debe - lar a asma, tosse, bronquite e coqueluche.

Seu suco, com sal, usam pa- ra combater a sarna (3 aplica- ções por dia) , e o cha de suas sementes, ajuda eliminar ver- mes (1 colher de sopa de sêmen tes por vez, para adultos)

Os hindus usam as folhas e as flores para cozinhar junto com o arroz.

"0 SENHOR RiZ A TERRA PRÜDU Z1R OS MEDICAMENTOS, 0 HOMEM SENSATO NAO OS DESPREZA" (Eclo 38,4).

1 rniao Cirilo.

8

A PECUÁRIA \

Com os aumentos atuais no pre- ço do leite, o produtor que compra ração para seus animais, passa a ter um prejuízo de Cr$ 31 por litro de leite comercializado. Este pre- juízo tende a aumentar se levarmos em conta que o preço da ração so- be em tomo de 10 por cento ao mês e o preço do leite só terá novo aumento em meados de junho.

Hoje, em plena safra, já sente fal- ta do produto em muitas capitais, devido ao desestímulo dos pecua- ristas em produzir leite.

Qual a saída para uma produção satisfatória e com boa remunera- ção a quem produz? Aumentar ain- da mais o preço do leite, sendo que 80 por cento dos assalariados ga- nham de 1 a 3 salários mínimos? Subsidiar a produção, com o País atolado em crise? E difícil...

Os pesquisadores e técnicos da Emater dizem que a saída pode es- tar na propriedade. Na diminuição dos custos da alimentação. Para is- so, existem plantas leguminosas co- mo o feijão guandu, muito rica em proteínas. Ele pode substituir o fa- relo de soja ou a torta de algodão, com resultados compensadores pa-

Feijào guandu: excelente alimento para o gado

Feijão guandu: alternativa pata alimentação do rebanho

ra o produtor. É claro que este pre- cisa agir de forma integrada, com uma pastagem bem manejada, uma boa capiheira com napier e cana, milho para silagem, e um banco de proteína, que seria uma área da propriedade plantada com feijão guandu, ou outras leguminosas.

Como é o feijão guandu, e quais suas vantagens na alimentação dos animais?

Quem responde e o produtor de leite de Santo Inácio, Carlos Peina- do Jacob, que há cerca de quatro meses resolveu plantar guandu em um alqueire de sua propriedade e vem triturando a rama desta legu- minosa juntamente com o napier para tratar dos seus animais.

"Plantamos o guandu — explica Jacob — com a intenção de produ- zir a proteína e substituir o farelo de soja e algodão que estão muito caros". E os resultados, até agora

Texto: José Antônio de Lima, Assetmoria dv Imprensa da Ematvi

são satisfatórios. Desde que o pro- dutor começou a misturar cerca de 20 por cento desta leguminosa na ração de napier, eliminou a uréia e o farelo de algodão, e a produção de leite continuou a mesma. "Hoje, não estamos dando nenhuma espé- cie de concentrado aos animais, e aí está a grande vantagem; o feijão guandu não deu muito custo; plan- tei em terra muito fraca e arenosa, sem nenhuma adubação, e com apenas três meses, a planta cresceu dois metros de altura, com uma grande quantidade de massa verde — em tomo de 25 toneladas por al- queire em cada corte".

CULTIVO SIMPLES Mas há outras vantagens, segun-

Além de alimento aos animais, o feijão guandu fixa nitrogênio no solo, através de suas raízes ■

servindo inclusive para adubar a terra. As pesquisas dizem que esta leguminosa fixa cerca de 80 quilos de nitrogênio na terra, por alqueire".

Quanto a porcentagem de proteí- na — continua Aires — o napier produz 0.7 por cento, enquanto que o guandu verde pode produzir 4.4 por cento. A matéria seca do guandu, quando cortado com flo- res e vagens, atinge o teor mais al- to, ou seja, de 18 a 20 por cento de proteína. Existem diversas manei- ras para tratar os animais: pode-se cortar, triturar e tratar no cocho. Pode-se fazer o pastoreio, feno ou silagem."

A. partir dos 90 dias já se pode cortar segundo o técnico . Para quando que se corrija maior teor de proteínas a planta deve ser cor- tada quando estiver com flores e vagens. O feijão guandu pode ser cortado três vezes ao ano. o que eqüivale a cerca de 70 toneladas de ração. Se for dado cinco quilos de ração por dia a cada animal, um al- queire cultivado com leguminosa é suficiente para alimentar 40 ani- mais ao ano.

do Jacob. Além da grande fonte de proteína para os animais o guandu por produzir uma grande quantida- de de massa verde se toma exce- lente adubo verde. Suas raízes le- vam nitrogênio para o solo, que se fixam em pequenas bolinhas cha- madas rizobios, e a grande quanti- dade de folhas secas também rica em nitrogênio, fazem cobertura so- bre a terra.

Aires Malta de Campo, veteriná- rio da Emater em Santo Inácio, que está acompanhando o desen- volvimento da plantação e orien- tando a alimentação dos animais, diz que o feijão guandu é uma plan- ta rústica, que todo produtor co- nhece, é muito boa para alimenta- ção humana por ser rica em proteí- nas. Tem bom desenvolvimento no Paraná e em Estados de clima quente. Seu cultivo é simples: basta preparar o solo, plantar e pronto.

NÃO PERCA RAMA DE

MANDIOCA: Produza Raçào A rama da mandioca é muito nutriti-

va. Quando picada e bem misturada, ela possui em torno de 161 de proteína bru ta, o que eqüivale a quantidade de pro teína bruta encontrada nas rações con- centradas .

Rendimento: Cora 14 meses de plantio, e normal co_

lher entre 20 a 30 toneladas de rama por hectare.

Como conservar a rama de mandioca:

a) Picar folhas e hastes em uma picadei ra comum, regular para corte de 2 a 3 cm;

b) Espalhar o material picado sobre li- ma lona ou um terreiro cimentado,em camada de mais ou menos 5 cm de ex- pessura; .

c) Revirar o material três vezes ao dia com rodo ou com pê;

d) Deixar ao sol ate ficar completamen te seco, e guardar logo após;

e) Sempre que possível, fazer secagem numa lona para evitar perdas de fo- lhas , que são a çarte mais nutriti- va (30?, de proteína) ;

f) Ensacar o material e guardar em lu- gar arejado.

PLANTE MANDIOCA

Uma idéia que parece boa: plantar mandioca antes da geada, para que bro- te antes do frio, fazendo com que crie raizes que vao fazer com que a planta da mandioca jâ esteja adiantada,quan- do vier o calor da primavera, (fonte : ACARPA - Marmeleiro).

FEIJÀO GUANDU

Alguns monitores da ASSESOAR estão utilizando o guandu para recuperar o solo, para alimentação (como se fosse lentilha) e como ração para animais.Es tes dias, analisamos o teor de proteí- na bruta da ração de guandu produzido por Paulino Wessling (monitor da comu- nidade de Colônia Nova, em Nova Prata do Iguaçu) e constatamos um teor de proteína de 12,221, o que ê muito bom, em se tratando de uma forrageira.

Para reforçar o trabalho dos monito res, vamos transcrever, no verso da folha, um exemplo de produção de guan-

du realizado no município de Santo Ina cio e publicado na folha rural (v. ver so) •

G=Q=M=Q===Ç=Q=0=B=Q=L=A=R======Q

Deve_Se procurar entender porque um

determinado inço aparece para depois

saber como controla-lo. No caso do

papuã, que ê um pasto muito bom para

engordar o gado, ele aparece quando

existe bastante luz e calor. A semente

do papuã pode ficar esperando a oportu

nidade de germinar. Então, como pode-

se fazer para impedir que uma pastagem

de papuã volte a nascer? Muito simples:

cortando todo o papuã (de preferência

antes de sementar), deixando-o secar

cobrindo o solo. Lógico, se não existe

luz o papuã não vem e, alem disso, a

fermentação que acontece debaixo do

pasto ajuda a destruir a semente.

COMO FAZER O

CAFÉ DE SOJ A "

1. Torrar 6 Kg de soja;

2. Queimar 2 Kg de açúcar;

3. Misturar o soja torrado e o açúcar

queimado;

4. Deixar esfriar;

5. Quando estiver frio, moer e guardar

em lata bem fechada;

6. Na hora de preparar o café, mistu -

rar diretamente na chaleira: . água . po de café de soja . açúcar.