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valdomiro
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Bronquiectasia Definição:
Bronquiectasia é definida como a dilatação anômala e permanente de um ou mais brônquios, em geral 2ª a um processo infeccioso.
Distúrbio adquirido dos brônquios de grosso calibre (vias respiratórias), que se dilatam após a ocorrência de infecções pulmonares destrutivas.
É rara a ocorrência congênita.
Bronquiectasia
Pseudobronquiectasias: É a dilatação brônquica que surge em
decorrência de processos inflamatórios agudos
Reversível Resolução após um período que varia de
3m a 1 ano. Evita investigações diagnósticas precoces e
até mesmo a realização de procedimentos cirúrgicos desnecessários.
Bronquiectasia
Introdução: Originam-se, em episódios de BQL (ou
bronquite) ocorridos em geral na infância, durante surto de infecção viral ou bacteriana
Ou associam-se a condições que propiciam as infecções, como fibrose cística ou discinesia ciliar.
Em tais circunstâncias, as pequenas vias brônquicas laterais obliteram-se e, como conseqüência, as maiores, permeáveis, dilatam-se.
Bronquiectasia
Patogenia (2 elementos): 1) agressão infecciosa 2) deficiência na depuração das
secreções brônquicas.
resposta imune do próprio hospedeiro promove a perpetuação do processo
Inflamatório local, com posterior destruição da parede brônquica.
Bronquiectasia - Etiologia
Infecção 1ª Obstrução
brônquica Fibrose cistica Discinesia ciliar Enfisema TB Asma
Aspergilose Malformações
congênitas DRGE Pn aspirativa Imunodeficiência Defic antitripsina Empiema
pleuropulmonar
Bronquiectasia
Quadro Clínico Tosse com expectoração mucopurulenta diária Dispnéia, pleuris, sibilos, hemoptise, febre, adinamia e
perda ponderal Casos oligossintomáticos são comuns. Pn de repetição A ausculta pode revelar roncos, estertores, crepitações e
sibilos inspiratórios. Baqueteamento digital, cianose, caquexia, pólipos nasais e sinais de sinusite crônica também compor o quadro geral. Casos mais severos podem cursar com cor pulmonale e insuficiência cardíaca direita, incluindo edema periférico, hepatomegalia e hipóxia.
Bronquiectasia
Exacerbações: Na fase inicial da doença, há um predomínio
de infecções por Streptococcus pneumoniae e H. influenzae.
Com o evoluir da patologia e, principalmente, nos pacientes com fibrose cística, as bactérias multirresistentes,entre elas, a Pseudomonas aeruginosa e o Staphylococcus aureus, passam a colonizar as V.A., exercendo um papel importante nas agudizações.
Bronquiectasias
Avaliação Diagnóstica: requer um exame de imagem: Rx simples do tórax TC de alta resolução do tórax Broncografia – raramente utilizada
Bronquiectasias
Tratamento identificar e remover o fator causal tratar adequadamente os processos
infecciosos intercorrentes
tentar prevenir a ocorrência de exacerbações;
potencializar a higienização da árvore brônquica.
Bronquiectasia
Tratamento ATB Geralmente empírico associação de betalactâmico com inibidor de
betalactamase, cefalosporinas de 2ª geração, macrolídeos ou quinolona respiratória (moxifloxacino, gemifloxacino ou levofloxacino) constituem boas opções terapêuticas.
Os pacientes com doença grave ou que apresentam exacerbação de maior intensidade devem usar ATB com ação anti-pseudomonas: cefatzidima, cefepime, ticarcilina/clavulanato, piperacilina/tazobactam, aztreonam, imipenem ou meropenem.
Quando for identificado o S. aureus, deve-se utilizar a oxacilina ou vancomicina.
Bronquiectasias
Tratamento profilático Não existe evidência cientifica absoluta para
o uso de ATB Na prática – estudos +++ Estudo microbiológico do escarro Fisioterapia Repiratória Corticoide Oral – peça fundamental no
processo inflamatório X exacerbações/ risco de da imunidade???
Corticoide inalatorio - colonização por pseudomonas
Bronquiectasias
Tratamento Cirúrgico: Nos pacientes com boa reserva funcional
pulmonar, em que a doença é localizada e não há melhora dos sintomas com as medidas clínicas e, também, nos pacientes com hemoptises.
Se doença difusa = tratamento conservador
Bibliografia1)Bronquiectasias: aspectos diagnósticos e terapêuticos
Estudo de 170 pacientes. J. Pneumologia vol.29 no.5 São Paulo Sept./Oct. 2003
2)Bronquiectasia – parte I: fisiopatologia, etiologia e exame clínico do paciente.www.boasaude.com
3) Bronquiectasia. Pneumoatual – março/2008
4)Barker AF. Treatment of bronchiectasis. Rose BD.Up To Date, volume 15.3, 2008.
5)Barker AF. Clinical manifestations and diagnosis of bronchiectasis. Rose BD. Up To Date, volume 15.3, 2008.
6)Seqüelas respiratórias de doenças virais: do diagnóstico ao tratamento.J Pediatr (Rio J) 2002;78(Supl.2):s187-s94.