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Bronquiolite Internato em Pediatria Amanda Valença de Melo Quadrado www.paulomargotto.com.br Brasília, 17 de março de 2014

Bronquiolite

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Bronquiolite. Internato em Pediatria Amanda Valença de Melo Quadrado www.paulomargotto.com.br Brasília, 17 de março de 2014. Definição. Infecção viral auto-limitada com inflamação e obstrução preferencialmente em bronquíolos terminais. - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: Bronquiolite

BronquioliteInternato em Pediatria

Amanda Valença de Melo Quadradowww.paulomargotto.com.br

Brasília, 17 de março de 2014

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Definição• Infecção viral auto-limitada com inflamação e

obstrução preferencialmente em bronquíolos terminais.

• Primeiro episódio de sibilância + desconforto respiratório no lactente.

• Patologia mais comum das vias aéreas inferiores, principalmete nos < 1 ano.

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Epidemiologia • Lactentes pequenos

o Pico entre 2 e 6 meseso Pode ocorrer até 2 anos de idade

• Surtos comunitários

• Sazonalidade:o Invernoo Outono

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Etiologia • Vírus sincicial respiratório (VSR)* - 60%

• Outros:o Influenza A – 10-20% o Parainfluenzao Metapneumovírus – 6%o Mycoplasmao Rinovíruso Adenovírus

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Fisiopatologia• Infecção viral -> inflamação -> edema, aumento

da secreção bronquiolar e necrose da mucosa -> obstrução.

• Pode haver um componente de broncoespasmo induzido pelo vírus.

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Fatores de risco• Idade entre 2 e 6 meses• Famílias numerosas, comunidades populosas • Creches ou berçários• Mãe fumante• Ausência de aleitamento materno• Prematuridade• Displasia broncopulmonar• Doença pulmonar ou cardíaca de base• Imunodeficiência• Doença neuromuscular

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Quadro clínico• Pródromos:

o Corizao Obstrução nasalo Hiporexia e dificuldade para alimentaro Irritabilidade

• Tosse• Taquipnéia• Tiragens• Sibilos• Febre

Taquipnéia: FR< 2 meses: ≥ 60 irpm

2-12 meses (incompletos): ≥ 50 irpm

1-5 anos: ≥ 40 irpm5-8 anos: ≥ 30 irpm> 8 anos: ≥ 20 irpm

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Diagnóstico• Clínico

o Observação da evolução (curto e longo prazo)

• Exames complementares:o Radiografia de tórax: sinais de hiperinsuflação, espessamento

peribrônquico.• Achados inespecíficos• Achados não se correlacionam com gravidade do quadro• Afastar diagnósticos alternativos e complicações

o Pesquisa de anticorpos ou antígenos anti-VSR: • Isolamento viral, ELISA, PCR• Estudos epidemiológicos

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Diagnóstico diferencial

• Asmao Recorrêcia das crises.o Ausência de pródromos de IVAS.o História familiar positiva (asma, eczema).o Diferenciação prospectiva dependendo da evolução.

• Traqueobronquite viral agudao Tosse e febre baixa.o Geralmente não há desconforto respiratório importante.

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Tratamento• Indicações de internação – sinais de gravidade:

o < 2 meseso Taquipnéia importante (< 3 meses: > 70 irpm; > 3 meses: > 60 irpm)o Apnéiao Cianoseo Gemênciao Prostração, letargia ou texemia intensao Hipoxemia (necessidade de O2)o Saturação < 94% em ar ambienteo Radiografia de tórax com alteração importanteo Ex-prematuro (IG < 24 semanas)o Comorbidades: cardiopatia, pneumopatia crônica préviao Desidrataçãoo Dificuldade de ingestão VOo Problemas sociais

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Tratamento• Suporte:

o Oxigenoterapia (manter SatO2 90-92%)o Medidas gerais (cabeceira elevada 30% com extensão cervical,

hidratação cautelosa e antitérmicos conforme necessidade)o Gotas salinas nasais

• Estrita vigilância da evolução do quadro respiratório.

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Tratamento• Broncodilatadores

o Efeito modesto ou ineficácia.o Teste terapêutico – resgate (1 dose 15-20 minutos/1 hora) -> reavaliação (FR, esforço

respiratório, SatO2, ausculta, grau de hiperinsuflação) – 10-20 minutos após.o NBZ a cada 1-4 horas:

• Salbutamol: 0,15mg/kg/dose (2 gotas/2 kg de peso)• Fenoterol: 0,08mg/kg/dose (1 gota/3 kg de peso)

• Corticoterapiao Não está indicada.

• Antiviraiso Eficácia duvidosao Cardiopatas, pneumopatas crônicos, imunodeprimidos – maior persistência da viremia -

> maiores benefícios.o Ribavirina: muitos efeitos colaterais.o Oseltamivir: Influenza.

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Tratamento• Indicações de intubação:

o Insuficiência respiratória graveo Entrada de ar prejudicadao Taquicardia > 190 bpm ou bradicardiao Colapso vascularo Apnéia

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Profilaxia• Imunização passiva – Palivizumabe

o Anticorpo monoclonal humanizado.o Dose mensal nos meses de pico de incidência da doença até 1-2 anos.o Alto custo.o Indicações: no inicio do período de sazonalidade do VRS

• É indicado para prematuros com idade gestacional menor de 28 semanas com até um ano de idade, e para bebês com displasia broncopulmonar e cardiopatas em tratamento clínico nos últimos seis meses com até dois anos de idade.

• É recomendado para os demais prematuros até o sexto mês de vida, especialmente para aqueles com idade gestacional de 29 a 32 semanas, ou maiores de 32 semanas que apresentem dois ou mais fatores de risco: criança institucionalizada, irmão em idade escolar, poluição ambiental, anomalias congênitas de vias aéreas e doenças neuromusculares graves.

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Prognóstico• Doença benigna, auto-limitada (resolução em até

10 dias).

• Mortalidade < 0,5%.

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Referências Bibliográficas

• MCPHEE, S. J. et PAPADAKIS, M. A. Current – Medical Diagnosis and Treatment. 49ª edição. 2010.

• R. G. Oliveira. Blackbook – Pediatria. 3ª edição. 2005. • Diretrizes para o manejo da infecção causada pelo vírus sincicial

respiratório (VSR). Sociedade Basileira de Pediatria. 2011. Disponível em: <http://www.projetodiretrizes.org.br/ans/diretrizes/bronquiolite_aguda-tratamento_e_prevencao.pdf>. Acesso em: 23/02/2014.

• Bronquiolite aguda: tratamento e prevenção – Diretrizes clínicas na saúde complementar. Sociedade Brasileira de Pediatria e Sociedade Basileira de Pneumologia e Tisiologia. 2011. Disponível em: <http://www.sbp.com.br/pdfs/diretrizes_manejo_infec_vsr_versao_final1.pdf>. Acesso em: 24/02/2014.

• Protocolo de Bronquiolite. Unidade de Pediatria do Hospital Regional da Ceilândia/DF.

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OBRIGADA!

Ddas Manuela, Amanda, Alessandra, Ana e Marina (na frente)