2. DICIONRIOBBLICOUNIVERSALpeloRev. A. R. BUCKLAND,
M.A.Arcediago de Norfolkcom o auxlio doRev. Dr. LUKYN WILLIAMSCnego
honorrio de ElyTraduzido da segunda edio inglesaporJOAQUIM DOS
SANTOS FIGUEIREDOBispo-eleito da Igreja LusitanaO Editora Vida
3. ISBN 85-7367-226-9 Capa brochuraISBN 85-7367-227-7 Capa
duraCategoria: RefernciaEste livro foi publicado em ingls com o
ttuloUnnxrsal Bible Dutumary 1981 por Editora Vida13 impresso
199814 impresso 1999Todos os direitos reservados na lngua
portuguesa porEditora Vida, rua Jlio de Castilho, 28003059-000 So
Paulo, SP Telefax: (011) 6096-6833Capa: Andrea Lyra/Marcelo
MadeiraFiliado a:Impresso no Brasil, na Imprensa da F
4. APRESENTAO com louvor e gratido a Deus que a EDITORA
VIDAcoloca nas mos dos leitores de lngua portuguesa a terceiraedio
do DICIONRIO BBLICO UNIVERSAL, de autoriado Rev. Arcediago A. R.
Buckland. Do Prefcio da primeiraedio em portugus extramos as
seguintes palavras do seutradutor, Joaquim dos Santos
Figueiredo:Como se diz no prefcio da segunda edio inglesa,
esteDicionrio "foi preparado com o fim de auxiliar aquelesleitores
da Bblia, que no podem compulsar obras degrande desenvolvimento
doutrinai e dispendiosas. Procurandoesta obra em primeiro lugar
guiar o leitor a umcuidadoso exame da prpria Bblia, presta-lhe
tambmvalioso auxlio nos seus estudos por meio de artigossobre o
texto das Sagradas Escrituras, as suas Verses, aCrtica, a Inspirao,
e sobre doutrinas de carteressencial como a Trindade, a Expiao, a
Justificao, aRegenerao, e assuntos semelhantesAs significaes dos
nomes prprios so apresentadasou sugeridas, onde existe suficiente
justificao.Quanto s pessoas que trabalharam neste dicionrio, oRev.
Arcediago A. R. Buckland diz que est muitoreconhecido para com o
Cnego Lukyn Williams, pelasua boa cooperao, e que alguns dos mais
valiososartigos foram escritos pelo Professor S. W. Green, queainda
o ajudou muito no acabamento da obra.A segunda edio deste Dicionrio
se deveu ao Rev.Orlando Boyer, de saudosa memria, que assim se
expressou:Gastei quase tudo ao meu dispor, de recursos
financeiros,de tempo e de foras fsicas, para produzir asegunda edio
desta valiosa obra. Agora deixo-a nasmos do Senhor da seara para
ele ungir cada exemplarcom seu santo, ardente e poderoso Esprito e
o entregarnas mos de um dos milhares de ceifeiros que
anelavampossuir um exemplar, durante os vinte e oito anos,desde a
sada da primeira edio em 1929.Agora chegou a nossa vez de colaborar
para que todosquantos se empenham em conhecer melhor a Bblia,
seuspersonagens principais, o ambiente em que atuaram, as
5. doutrinas fundamentais da f crist, livros, datas, autores,
eassim por diante encontrem neste volume um cabedal deconhecimentos
bblicos.As duas edies anteriores registravam muitos verbetes
deconsulta quase nula; na presente edio foram eliminados.Tambm
foram eliminadas aquelas informaes, principalmentede natureza
geogrfica, sujeitas a mudanas. Assim,entendemos que o contedo de
ndole permanente em suaquase totalidade.Com referncia aos nomes
prprios, nomes geogrficos eoutros, podemos dizer que esto quase cem
por cento deacordo com a traduo de Joo Ferreira de Almeida,
EdioRevista e Atualizada da Sociedade Bblica do Brasil. Asvariantes
que houver justificam-se por si prprias.Queremos deixar consignada
aqui uma palavra de agradecimentoao Rev. Gordon Chown pela sua
colaboraoem rever e atualizar grande parte desta obra.Que o Senhor
acrescente a sua bno aos nossos esforosde produzir uma obra que
proporcione bnos aos que aconsultarem.EDITORA VIDAMiami, janeiro de
1981
7. Exemplos de emprego das abreviaturas: Gn 3.15 significao
captulo 3, versculo 15 do livro de Gnesis; 1 Co13.1 significa o
captulo 13, versculo 1, da primeiracarta de Paulo aos Corntios. Ao
encontrar citaesentre parnteses sem o nome do livro, quer dizer que
serefere a livro anteriormente citado ou livro que estsendo
estudado.Outras abreviaturasA.C. Ante Christum (antes de
Cristo)a.C. antes de CristoA.D. Anno Domini (no ano do Senhor)A.T.
Antigo TestamentoCf ConfiraCp Compared.C. depois de CristoE.R. A.
Edio Revista e Atualizada (Bblia da Soc. Bblicado Brasil)Ed.R.C.
Edio Revista e Corrigida (Bblia da Soc. BblicaLXX Verso dos Setenta
ou SepMS ManuscritoMSS aISLT . N o v o ^ ^ m e n t orefs.
Refernciasseguintes seguintesV^de ou videvers^uhsMAZ1NHO
RODRIGUES
8. A ABA. Pai. A palavra aramaica aparece noEvangelho de S.
Marcos, quando se refere orao de Jesus em Getsmani (Mc
14.36).Aparece, tambm, nas invocaes a Deus, inspiradaspelo Esprito
Santo (Rm 8.1; G1 4.6).Nesses casos a frase Aba, Pai, estando
otermo aramaico seguido do equivalente suplementogrego. Talvez isto
seja apenas interpretao,pois a orao fervorosa no explica o
usodaquelas palavras. Provavelmente a invocaoAba, que se tornou
sagrada pelo constanteemprego de Jesus, foi conservada pelos
cristos,que falavam grego, como uma espcie denome prprio (Deus),
sendo a designao Paiuma adio natural.ABDOM. Servil. 1. Cidade na
tribo de Aser (Js21.30; 1 Cr 6. 74; em Js 19.28 chama-se Ebrom.Est
identificada com Abd, pequenas runassobre um monte, que domina a
plancie de Acre.2. O dcimo-primeiro dos doze juizes (Jz 12.13,15).
3. V. 1 Cr 8.23.4. Primognito de Jeiel, pai de Gibeom (1 Cr9.35,
36'5. Filho de Mica, que foi mandado com outrospelo rei Josias
profetisa Hulda a fim deconsult-l. a respeito do Livro da Lei, que
seeuco itrou no templo (2 Cr 34.20). Em 2 Rs22.12 e ^Lamado
Acbor.ABEL. Respirao ou vapor. 1. O segundo filhode Ado e Eva,
pastor de ovelhas, assassinadopelo seu irmo Caim. Caim ofereceu ao
SenhorMos frutos da terra, e Abel a principal rs doseu rebanho. A
oferta de Caim foi rejeitada, eaceita a de Abel; movido de inveja,
Caimirou-se contra seu irmo e o matou (Gn 4.2 a 15,cp. com Hb
11.4). Jesus Cristo falou de Abel,como primeiro mrtir (Mt 23.35).
Em Hb 12.22-24 a frase de Gn 4.10 (A voz do sangue de teuirmo clama
da terra a mim) modificada,fazendo ver o contraste entre a antiga e
a novaaliana: Mas tendes chegado... ao sangue daasperso que fala
cousas superiores ao que falao prprio Abel.2. Prado.ABELHA (Dt
1.44). Alude-se nesta passagem conhecida natureza belicosa das
abelhas, bemcomo no SI 118.12. Embora a abelha da Palestinasej a
considerada uma espcie distinta pelosnaturalistas, parece pertencer
subespcie daabelha vulgar, Apis mellifica. mais loura emais
claramente marcada do que a abelha britnica., tambm, mais mida, e
muito maisperigosa. Como o mel um importante artigode alimentao no
Oriente, a abelha cuidadosamentecultivada; consta a colmeia dum
tubode barro, tendo um pouco a forma dum canopara gua, ou dum certo
nmero deles postosuns sobre os outros. Estes canos tm cerca de20 cm
de dimetro e 1 metro de comprimento,com as extremidades fechadas,
havendo apenasuma pequena abertura. , contudo, um fatosingular que
o nico mel mencionado na Bblia o mel silvestre; ainda hoje muitos
rabesvivem do trabalho de colh-lo. No , pois, desurpreender que
Sanso tenha encontrado melna carcaa do leo que ele havia matado.
Acarne do animal no levou, certamente, muitotempo para ser devorada
pelas feras; e as abelhaspuderam, ento, achar um lugar
prprio,formado das costelas secas, onde encher dodoce mel os seus
favos, indo colh-lo na abundnciade flores, que por aqueles stios
cresciam.A curiosa expresso em Is 7.18, assobiaro Senhor... s
abelhas que andam na terrada Assria, uma aluso prtica de chamar
asabelhas para fora das suas colmeias pelo somagudo dos assobios.
(V. Mel.)ABELMIZRAIM. Nome dado pelos cananeus eira de Atade, onde
Jos, os seus irmos, e osegpcios choraram a morte de Jac (Gn
50.11).Provavelmente a passagem contm um jogo depalavras, como
entre Abel, prado, e Ebel, lamentao.Pela narrativa do fato
poder-se-iaentender algum lugar nos limites de Cana,primitivamente
chamado Campina do Egito,mas a afirmao de que era alm do
Jordocoloca o stio muito mais ao nordeste, implicandouma grande
volta para os pranteadores.ABENOAR; BNO. Quando Moiss abenoouos
filhos de Israel (Dt 33), ele profetizouuma contnua progresso de
prosperidadespara eles, no auxlio de Deus. E ra essa umaforma
patriarcal de bno e ao mesmo tempouma cerimnia religiosa, em
conformidade coma maneira de abenoar do Pai celestial, que
estsempre, na realidade, a derramar benefcios
9. Abiail 10 Abimelequesobre as Suas criaturas. Quando se diz
no SI 103que os homens bendizem ao Senhor, isto significapertencer
ao Criador o louvor e a honra queso igualmente o dever e a alegria
das Suascriaturas prestar-lhe. Mas quando Deus queabenoa o Seu
povo, como acontece em Gn 1.22e em Ef 1.3, isto quer dizer que Ele
distribuisobre os Seus filhos toda espcie de benefcios,tem porais e
espirituais, e desta formacomunica-lhes alguma parte daquela
infinitabem-aventurana que Nele existe (1 Tm 1.11).A bno era
costume que muitas vezes se observavaentre os hebreus, e
freqentementemencionada nas Sagradas Escrituras. Assim,Jac abenoou
os seus filhos (Gn 49), e Moissos filhos de Israel (Dt 33). Abrao
foi abenoadopor Melquisedeque. To importante lugar ocupavao ato da
bno na religio e vida dosjudeus, que o prprio mtodo da sua
concessofazia parte do ritual israelita (Nm 6.23). A bnoera dada em
p, com as mos levantadas aocu. (V. Bno.)ABIAIL. Meu pai poder. 1.
Pai de Zuriel,chefe da famlia levtica de Merari, contemporneode
Moiss (Nm 3.35).2. Mulher de Abisur (1 Cr 2.29).3. 1 Cr 5.14.4. Uma
descendente de Eliabe, irmo maisvelho de Davi (2 Cr 11.18).5. Pai
de Ester e tiodeMordeeai (Et 2.15; 9.29).ABIAS OU ABIO. O Senhor
pai. 1. Filho deRoboo e rei de Jud depois de seu pai (1 Rs14.31; 2
Cr 12.16). chamado Abias no Livrodas Crnicas e Abio no livro dos
Reis. Abiasesforou-se em recuperar o reino das dez tribos(Israel),
e fez guerra a Jeroboo. Foi bem sucedido,e tomou as cidades de
Betei, Jesana eEfrom, com as suas respectivas vilas. Depoisda sua
vitria fortificou-se, e casou com quatorzemulheres (2 Cr 13.21).
Reinou somentetrs anos, sendo inqua a ltima parte do seureinado.
Seguiu os maus passos de seu pai Roboo,caindo no pecado da
idolatria e imoralidadesafins. Sua me chamava-se Maaca; era netode
Salomo (1 Rs 15; 2 Cr 11.20).2. O segundo filho de Samuel (1 Sm
8.2).3. Filho de Jeroboo, primeiro rei de Israel; foiaquele, de
toda a casa de Jeroboo, que tevealgumas boas inclinaes para com o
SenhorDeus de Israel, sendo, por isso, o nico da famliaa quem foi
concedido morrer em paz. Eraainda jovem, quando morreu, justamente
naocasio em que a mulher de Jeroboo, sob disfarce,tinha ido ao
profeta Aas a fim de procurarauxlio para a doena de Abias (1 Rs
14).4. Um descendente de Eleazar, que deu o seunome ao oitavo dos
vinte e quatro turnos emque Davi dividiu os sacerdotes (1 Cr
24.10).5. V. Nm 10.T.6. A filha de Zacarias, mulher de Acaz e me
deEzequias (2 Cr 29.1).ABIATAR. Pai da abundncia ou Deus pai(?).
Dcimo-primeiro sumo sacerdote, sucessorde Aro. Ele escapou, quando
Doegue, o edo-mita,instigado por Saul, matou seu pai Aime-lequee
oitenta e cinco sacerdotes, em virtudede ter Abiatar intercedido
por Davi e ter-lhedado o po da proposio e a espada de Golias (1Sm
21; Cf. Marcos 2.26, onde Abiatar deveser Aimeleque). Juntou-se a
Davi em Queila,trazendo consigo uma estola que habilitou ofuturo
rei, na crise do seu exlio, a consultar oSenhor (1 Sm 23.9; 30.7).
Abiatar e Zadoqueforam mandados a Jerusalm com a arca (2 Sm15).
Depois ele conspirou para que Adoniasfosse o sucessor de Davi; foi
desterrado para asua terra natal, Anatote, em Benjamim (Js21.18);
por fim, Salomo o afastou do seu cargo.Foi poupada a sua vida por
causa dos serviosprestados a Davi (1 Rs 2. 27 a 35).ABIBE. O
genuinar do trigo. Antigo nome ca-nanetido primeiro ms do ano
sagrado dos hebreus,sendo o stimo do civil; foi no dia 15desse ms
que partiu do Egito o povo de Israel(Ex 13.4). Para comemorar esta
libertao, foia lu a da Pscoa, mais tarde, considerada o princpiodo
ano judaico (x 12.2). Depois oExiliomudou-se o nome para nis, termo
babilnico(maro-abril).ABIGAIL. Meu pai alegria (?). 1.
Formosamulher de Nabal, rico possuidor de cabras ecarneiros no
monte Carmelo. Quando os mensageirosde Davi foram desconsiderados
porNabal, tomou Abigail sobre si a culpa de seumarido, e levou a
Davi e aos seus homens ossolicitados mantimentos, apaziguando-o
destamaneira. Passados dez dias morreu Nabal;casou-se a viva com
Davi. Teve dela um filho,chamado Quileabe, em 2 Sm 3.3, mas
Daniel,em 1 Cr 3.1.2. Uma irm de Davi, casada com Jeter, o
is-maelita,e me de Amasa, a quem Absalo nomeoucapito em lugar de
Joabe (2 Sm 17.25; 1Cr 2.17).ABILENE. (Tambm Abilnia, Abilina),
umaplancie. Tetvarquia, mencionada por S. Lucas,e que era governada
por Lisnias (Lc 3.1).Abila era a capital, situada na inclinao
orientaldo Antilbano, numa regio fertilizada pelorio Barada. A
tradio liga o nome de Abila,distante 29 Km. de Damasco, com a morte
deAbe]; e seu suposto tmulo, chamado NebyHavil, est numa elevao
sobre as runas dacidade, que ficava num notvel desfiladeiro,onde o
rio corre da montanha at plancie deDamasco.ABIMELEQUE. Melequc
(rei) pai. 1. Rei deGerar no tempo de Abrao (Gn 20.2), o quallevou
Sara para o seu harm. Todavia, avisadopor Deus, num sonho, a
respeito da sua levianaofensa, restituiu Sara, e fez uma aliana de
pazcom Abrao em Berseba.
10. Abinadabe 11 Abominvel2. Outro rei de Gerar, em tempos de
Isaque (Gn26), o qual procedeu com Rebeca como o seuantecessor a
respeito de Sara. Depois dumadisputa acerca de poos, o que
freqentementeacontece nos lugares ridos, Abimeleque e Isaqueficaram
amigos.3. Filho de Gideo (Jz 8.31). Depois da morte deseu pai,
assassinou os seus setenta irmos, exceo de .Joto, que se havia
escondido.Ento, por influncia dos irmos de sua me(era ela
siquemita), foi eleito rei de Siqum, quese tornou um estado
independente de Israel.Trs anos mais tarde houve uma rebelio
nacidade, na ausncia de Abimeleque, a qual foireprimida por Zebul,
o governador, que expulsouGaal, o chefe da sedio, e destruiu
totalmentea cidade, espalhando sal sobre as suasrunas. No ataque de
Tebes uma mulher arremessouuma pedra de moinho cabea de
Abimeleque(Jz 9.53, 54; 2 Sm 11.21), e ele, paraescapar vergonha de
ser morto por uma mulher,ordenou ao seu escudeiro que o matasse.4.
Filho de Abiatar, sumo sacerdote no tempode Davi (1 Cr 18.16); em 2
Sm 8.17 chamadoAimeleque, que, segundo 1 Sm 22.20, etc., noera
filho, mas pai de Abiatar. Parece haveralguma confuso nas narraes,
o que influi nareferncia que se faz em Si Marcos 2.26.5. No ttulo
do Salmo 34 este nome dado aAquis, rei de Gate (1 Sm 21.10 a
15).ABINADABE. Meu pai nobre. 1. Um israelitada tribo de Jud, que
vivia perto de Quiriate--Jearim, e em cuja casa a arca, depois de
ter sidorestituda pelos filisteus, permaneceu durantevinte anos (1
Sm 7.1, 2; 2 Sm 6.3 a4; 1 Cr 13.7).2. Segundo filho de Jess, e
portanto irmo deDavi, o qual combateu por Saul na guerra contraos
filisteus (1 Sm 16.8; 17.13; 1 Cr 2.13).3. Filho de Saul, que foi
morto em Gilboa pelosfilisteus, juntamente com Jnatas e outros
irmos(1 Sm 31.2; 1 Cr 8.33; 9.39; 10.2).4. Pai de um dos oficiais
de Salomo, tambmchamado Ben-Abinadabe (1 Rs 4.11).ABISAI. Meu pai
Jess. Dedicado sobrinho deDavi, filho mais velho da sua irm Zeruia
(1 Cr2.16). Ele foi noite com Davi ao campo de Saul(1 Sm 26.6), e
teria atravessado o rei com a sualana se Davi no o tivesse contido.
Abisai imploroua permisso de matar Sifnei, que amaldiooua Davi
quando este fugia de Absalo (2 Sm16.9 a 14). Mais tarde tomou parte
na grandebatalha que ps fim insurreio de Absalo (2Sm 20.6). Ele
combateu vitoriosamente contraos amonitas (2 Sm 10.10; 1 Cr 19.
11), e contraos edomitas (2 Sm 8.13; 1 Cr 18.12). Auxiliou
nodesleal assassinato de Abner (2 Sm 3.30) e naperseguio de Bicri
(2 Sm 20.6,10). Na guerracom os filisteus, Abisai livrou Davi de
ser mortos mos de Isbi-Benobe o gigante, a quem elematou. Mostrou
grande valor, lutando com trezentoshomens (2 Sm 23.18; 1 Cr
11.20).ABNER. Meu pai uma lmpada. Comandantechefe do exrcito de
Saul. O pai de Abner,chamado Ner, era irmo do pai de Saul, o qualse
chamava Quis, da serem primos Abner eSaul. Foi ele que trouxe Davi
presena deSaul, depois do combate com o gigante Goliis (1Sm 17.57),
e foi com Saul na sua expediocontra Davi (1 Sm 26.3 a 14). Cinco
anos depoisda morte de Saul e do desastroso combate emGilboa, Abner
proclamou rei de Israel a Is--Bosete, filho de Saul; e o novo
monarca foigeralmente reconhecido, exceto por Jud, ondereinava
Davi. Seguiu-se uma guerra entre osdois reis, e houve uma batalha
em Gibeom entreo exrcito de Israel, comandado por Abner, e ode Jud
sob o comando de Joabe, filho de Ze-iiia,irm de Davi (2 Sm 2.12 a
17). Abner foiderrotado, e pessoalmente perseguido porAsael, o irmo
mais novo de Joabe. Abner, emsua prpria defesa, mas com relutncia,
matouo seu inimigo. Is-Bosete censurou insensatamentea Abner porque
este se casara comRispa, que tinha sido concubina de Saul.Abner,
indignado pela acusao que lhe faziam,passou para o lado de Davi,
que lhe prometeu oprincipal lugar no seu exrcito. E Abner, empaga
desta confiana, conquistaria a Israel.Mas antes de poder fazer
qualquer coisa nestesentido, foi ele traioeiramente assassinado
porJoabe e seu irmo Abisai, como vingana damorte de Asael; contudo,
a causa principal era oreceio de que Abner os despojasse em favoi'
deDavi. O ato traioeiro foi julgado por Davi comindignao, mas razes
de Estado o levaram adeixar impune aquele crime. Mostrou, porm,
asua considerao pelo general Abner, assistindoao funeral e fazendo
uma orao apropriadajunto da sepultura (2 Sm 3.33,34).ABOMINAO.
Termo especialmente usado arespeito de coisas ou atos pelos quais
se temreligiosa averso. aplicado aos sentimentosdos egpcios com
respeito a comerem juntamentecom os hebreus (Gn 43.32), e aos
sacrifciosisraeitieos de animais que no Egito se
consideravamsagrados (x 8.26); e tambm comrelao aos pastores (Gn
46.34). E mais freqentementea abominao se refere (havendocom o
mesmo sentido diferentes palavras hebraicas),quilo que era
detestado pelo povo oupelo Senhor Deus de Israel, como as
carnesimundas (Lv 11), carne imprpria para os sacrifcios,prticas
pags, e especialmente aidolatria e os deuses gentlieos (Jr 4.1;
7.30;vede o artigo seguinte).ABOMINVEL DA DESOLAO. Na suaprofecia
sobre a destruio de Jerusalm (Mc13.14), deu Jesus aos Seus
discpulos um sinalpelo qual eles saberiam quando estaria iminenteo
acontecimento, devendo ento fugir,enquanto havia tempo. Quando,
pois, virdesoabominvel da desolao situado onde no deve
11. Abrao 12 Abraoestar... os que estiverem na Judia fujam
paraos montes. S.Mateus 24.15 diz: Quando, pois,virdes o abominvel
da desolao de que falou oprofeta Daniel, no lugar santo... No livro
doprofeta Daniel (9.27; 11.31; 12.11) acham-sefrases semelhantes a
respeito da tentativa deAntoco Epifnio para abolir o Judasmo, e
quefoi manifestada com a profanao do templo, asuspenso dos
sacrifcios, e (em 168 a. C.) acolocao dum pequeno dolo no altar dos
holo-caustos.No livro Io dos Macabeus, 1.57,chama-se a esta ltima
atrocidade, a abominaoda desolao. No se pode determinar oexato
cumprimento da profecia, em relao coma destruio de Jerusalm (70
A.D.). Talvezpossa ter a sua explicao no fato de ter sidoprofanada
a Terra Santa pelos exrcitos romanos(Lc 21.20); ou ento havia, no
pensamentode Jesus, alguma particular profanao dotemplo.ABRAO
(ABRO). A provvel significao deAbro : O pai engrandecido. A forma
maisextensa no quer dizer coisa alguma, mas poruma semelhana de som
sugere a significaohebraica de pai da multido (Gn 17.5).Fundador da
nao judaica (como se v em Js24.2; 1 Rs 18.36; Is 29.22; Ne 9.7;
etc.; Mt 1.1;3.9, etc. ). Acha-se descrita a sua vida em Gn11.26 a
25.10. Ter, descendente de Sem, saiude Ur da Caldia com seu filho
Abro e suanora Sarai, e seu sobrinho L, para Har, ondefixou
residncia, no indo, como tencionava,para ir terra de Cana (Gn
11.31). Depois damorte de Ter, ouviu Abrao a divina chamada,e
procurou nova terra; recebeu, ento, de Deusa primeira promessa com
bnos a respeito dafutura grandeza da sua descendncia (Gn
12.1).Guiados por Deus, dirigiram-se Abrao, Sarai eL com os seus
haveres e servos, terra deCana, e vemos depois toda a famlia na
ricaplancie de Mor, perto de Siqum, nas faldasdos dois famosos
montes Ebal e Gerizim. Aedificou ele um altar ao Senhor, e recebeu
aprimeira promessa, clara e distinta, de queaquela terra seria dos
seus descendentes (Gn12.7). Depois retirou-se para outro lugar,
naregio montanhosa entre Betei e Ai, e a seconservou em segurana at
que a fome o levoupara o Egito. Neste pas, o seu artifcio
comrespeito a Sarai obrigou-o a uma situao humilhanteperante Fara.
A sua riqueza e o seupoder j eram considerveis. Ao voltar doEgito,
ele separou-se de seu sobrinho L e foihabitar no vale de Manre,
perto de Hebrom, afutura capital de Jud, que estava na linha
decomunicao com o Egito, e nas proximidadesdo deserto e das terras
de pastagem de Ber-seba.N o ataque a Quedorlaomer (Gn 14),Abro j o
principal duma pequena confederaode chefes, e bastante poderoso
para perseguiro inimigo at entrada do vale do Jordo,combatendo com
bom xito uma grandefora, e libertando L. E com esta vitria pdedeter
por algum tempo a corrente das invasesdo norte. No cap. 15
confirma-se a promessaduma inumervel descendncia em face da objeode
Abro de que no tinha filhos; assume,ento, a sua f uma tal
proeminncia na teologiajudaica e crist que, dizem os autores
sagrados,ele creu no Senhor, e isso lhe foi imputado parajustia (Gn
15.6; cp. Rm 4.3; 9.7; G1 3.6; Tg2.23). , ainda, ratificada a
promessa por meiodum pacto entre o Senhor e Abro; mas antesde
cumprir-se pelo nascimento de Isaque, asua f provada pela demora, e
fortalecida comuma disciplina moralizadora. Os caps. 16 a 20contm
narrativas do nascimento de Ismael,filho de Abro e de Hagar, que
era serva deSarai, e tambm a respeito da circunciso, institudacomo
selo do pacto, e da mudana dosnomes de Abro para Abrao e de Sarai
paraSara. Nesses mesmos captulos se narra a visitados anjos e a
especial promessa de que Abrao eSara haviam de ter um filho dentro
do espaodum ano; a interveno de Abrao pela cidadede Sodoma; a
destruio das cidades da plancie;a salvadora fuga de L; e a segunda
decepoa respeito de Sara (Cp. com o cap. 12, e
vedeAbimeleque).Depois do nascimento de Isaque, e da expulsode
Ismael a favor do filho da promessa (cap.21), a histria silencia
por alguns anos, at que,na infncia de Isaque, aparece a dura prova
def a Abrao na ordem que recebeu para oferecero seu filho em
sacrifcio (cap. 22). Em vistado uso de sacrifcios humanos, to
generalizadoentre as naes pags circunvizinhas, tal ordempodia ser
prontamente considerada, sem qualquerrepugnncia, como vontade de
Deus. Oseguimento da narrativa nos mostra Abrao esua fortssima f,
com a declarao de que parao Senhor Deus de Israel era melhor a
obedinciaque o sacrifcio. Ainda que a vida deAbrao se tenha
prolongado por 50 anos depoisdeste acontecimento, os nicos
incidentes quese acham pormenorizados so a morte de Sara,a compra
da gruta de Macpela para sepultura(cap. 23), e o casamento de
Isaque com Rebeca(cap. 24). A morte de Sara foi em Quiriate--Arba,
isto , em Hebrom, devendo por issovoltar Abrao, de Berseba, sua
antiga casa. realmente significativo (At 7.5) o fato de tersido a
herana de Abrao na terra da promessaapenas um tmulo (v. Gn 50.13).
Na bela histriado casamento de Isaque deveras digno denota o ter
Abrao recusado a aliana do seu filhocom as idlatras de Cana.
Finalmente mencionao livro de Gnesis o seu casamento comQuetura, e
a sua morte na idade de 175 anos. Oseu herdeiro Isaque, bem como o
exilado Ismael,sepultaram-no ao lado de Sara na cova deMacpela.
Abrao representa, no N.T., o ver
12. Abrao 13 Acabedadeiro ideal da religio, quer pela sua f
(Rm4.16 a 22), quer pelas suas obras (Tg 2.21 a 23).Jesus mesmo diz
dele: Vosso pai Abraoalegrou-se por ver o meu dia (Jo 8.56). S.
Tiago(2.23) chama-lhe O amigo de Deus (cp.com Is41.8; 2 Cr 20.7),
designao que entre os rabessubstituiu o seu prprio nome (Kalil
Allah, ousimplesmente Kalil, o Amigo).ABRAO (SEIO DE ABRAO). Os
judeus,quando tomavam as suas refeies,recostavam-se em leitos,
apoiando-se cada umno seu brao esquerdo, e desta forma
podia-sedizer que o seu vizinho prximo se reclinava noseu seio (v.
Jo 13.23). Portanto, o seio deAbrao, sendo este o pai da raa
hebraica, significavauma situao de grande honra e bnodepois da
morte (Lc 16.22).ABRONA. O trigsimo-primeiro acampamentodos
israelitas: a sua situao era perto do golfoElantico (Nm 33.34,
35).ABSALO. Meu pai paz. Terceiro e favoritofilho de Davi; nasceu
em Hebrom, sendo Maacasua me (2 Sm 3.3). Ele deseja,
primeiramente,ser o vingador de sua irm Tamar, que tinhasido
violada por seu irmo Amnom, o filho maisvelho de Davi e de Aino,
ajizreelita. Depois doassassinato de Amnom, fugiu Absalo para
acorte de Talmai, em Gesur. Trs anos depoispediram a Davi que
permitisse a volta de seufilho para Jerusalm, no que ele anuiu; mas
noquis v-lo seno passados mais dois anos,dando-lhe, no fim desse
tempo, o beijo da reconciliao.Era agora Absalo, entre os
filhossobreviventes, o mais velho de Davi, mas receandoser
suplantado pelo filho de Bate-Seba,procurou obter popularidade,
mantendo aomesmo tempo uma esplndida corte. Por fim,revoltou-se
contra seu pai, e a princpio foi bemsucedido; mas depois foi
capturado e morto porJoabe, apesar da proibio de Davi, que
aindamuito amava a seu filho (2 Sm 3 e 13 a 18).ABSINTO. H, na
Palestina, vrias espcies deabsinto, sendo a mais conhecida destas
plantaso Artemisia absynthium dos botnicos; umaplanta de qualidades
medicinais, pertencente famlia das compostas, tambm chamada
abr-tano.Usavam-na os gregos em medicina, maschamavam-lhe amargor.
Aparece, principalmente,nas costas arenosas,!nos desertos, esobre
os montes escalvados.A sua amargura d origem a numerosas
passagensfiguradas da Escritura. Absinto e fel sofiguras duma vida
amargurada pela aflio,pelo remorso, e sofrimento punitivo. Sob
estafigura, so os israelitas avisados por Moisscontra a idolatria
(Dt 29.18). Em termos semelhantesSalomo adverte o jovem contra as
msinclinaes (Pv 5.4). Duas vezes emprega Jeremiasa referida
palavra, como expressiva docastigo, que havia de cair sobre o
Israel idlatrae corrompido (Jr 9.15; 23.15). E mais tardelamenta a
realizao da profecia, contemplandoa desolao que se seguiu tomada de
Jerusalm(Lm 3.15, 19).A estrela mstica da viso apocalptica, a
qualse chamava Absinto, se descreve como caindonas guas da terra,
tornando-as mortalmenteamargas (Ap 8.11).A palavra traduzida por
absinto, ou alorna, oupeonha, , na lngua hebraica, um nome
deespecial sentido, significando coisa angustiosa.Em todos os casos
usa-se o termo como sendo aplanta o tipo daquelas ervas venenosas
ouamargas que impedem o crescimento das plantasbenficas (Os 10.4;
Am 6.12).AC. Perturbado. Homem da tribo de Jud. Nadestruio da
cidade de Jeric por Josu, tirouAc parte do despojo e escondeu-o,
pelo que elee sua famlia foram apedrejados e mortos (Js 7).Por isto
teve aquele lugar, onde foi realizado ocastigo, o nome de
Acor.ACABE. Irmo de pai. 1. Filho de Onri, stimorei de Israel, e o
segundo de sua famlia, que sesentou naquele trono. A histria do seu
reinadovem no livro 1 dos Reis, caps. 16 a 22. Casoucom Jezabel,
filha de Etbaal, rei de Tiro, queera adorador do deus Baal, e tinha
sido sacerdoteda deusa Astarote, antes de ter depostoseu irmo e
tomado as rdeas do governo. Oreinado de Acabe distinguiu-se pela ao
doprofeta Elias, que se ops fortemente a Jezabel,quando esta
introduziu em Israel o culto deBaal e Astarote (v. Elias). A rainha
Jezabel nosomente levou o seu marido para a idolatria,mas tambm o
fez viver uma vida malfica. F oiela quem instigou Acabe a cometer
um grandecrime contra Nabote, cuja vinha o rei ambicionoupara
juntar a outros aprazveis terrenosque faziam parte do seu novo
palcio de Jezreel.Nabote recusou vender o terreno, baseando-sena
lei de Moiss, segundo a qual a vinha era aherana de seus pais.Pela
sua declarao foi acusado de blasfmia,sendo ele e seus filhos mortos
por apedreja-mento(2 Rs 9.26). Elias ento disse que a destruioda
casa de Acabe seria a conseqnciadesta atrocidade.Uma grande parte
do reinado de Acabe foi ocupadacom trs campanhas contra
Ben-HadadeII, rei de Damasco. Das duas primeiras guerrasele saiu
completamente vitorioso.No fim da segunda, o rei Ben-Hadade caiu
nasmos de Acabe, mas foi libertado sob a condiode restituir todas
as cidades de Israel, quetinha em seu poder, e fazer bazares para
Acabeem Damasco (1 Rs 20.34).A bno de Deus foi retirada da terceira
campanha.O profeta Micaas (ou Mica) avisou Acabe deque no teria
agora a proteo divina, dizendoque os profetas que o tinham
aconselhado esta-vamapressando a sua runa. Acabe foi batalha
13. Accia 14 Acaziase disfarou-se para no ser conhecido pelos
fre-cheirosde Ben-Hadade. Apesar disso foi mortopor certo homem que
arremessou a flecha ventura. O seu corpo foi levado para
Samaria,para ser sepultado, e na ocasio em que umcriado estava
lavando o carro, lamberam osces o seu sangue (1 Rs 22.37,38).2.
Filho do falso profeta Colaas, que guiou malos israelitas em
Babilnia. Foi condenado morte pelo rei Nabucodonosor (Jr
29.21).ACCIA. Na profecia de Is 41.19 acha-se(accia) no nmero das
rvores que deviam serplantadas no deserto. Noutros lugares usa-se
aexpresso madeira de accia. As referncias aesta madeira acham-se no
livro do xodo e emDt 10.3; e, pelo que a se diz, sabemos que foi
elaprincipalmente usada na construo do ta-bernculoe da respectiva
moblia.A rvore de que se trata o sunt do Egito aaccia seyal, que
produz a goma-arbica docomrcio. Cresce principalmente na pennsulado
Sinai, e aparece tambm na Palestina, sendoencontrada no vale do
Jordo e na parte orientaldo mar Morto. Tem uma haste dura e
espinhosa,e produz flores amarelas entre a suafolhagem peniforme. A
sua vagem como a dolaburno. A madeira rija, durvel, e
admiravelmenteadaptada a obras de marceneiro (x25, 26, 27, 30, 35,
36, 37, 38; Dt 10.3).AAFRO. Este nome deriva-se do arbicozafaran.
Obtm-se em pequenas quantidadesdos estigmas amarelos e do estilete
dum croco,sendo precisos, como dizem, 60.000 botes parapreparar um
arratel de aafro. No Oriente sefaz com esta planta uma substncia
odorfera(Ct 4.14), usada para dar gosto comida e aovinho, empregada
tambm como poderoso medicamentoestimulante. Tambm serve paratinta;
e desta se fabrica uma qualidade inferiorcom o Carthamus
tinctorins, uma planta altada famlia das Compostas.ACAIA.
Emprega-se no N.T. esta palavra paradesignar uma provncia romana,
que inclua oPeloponeso e grande parte da Hlade, com asilhas
adjacentes. Acaia e Macednia juntasformavam a Grcia (At 19.21; Rm
15.26). Naocasio em que Paulo foi levado presena deGlio, era a
Acaia governada por um procnsulda parte do Senado
Romano.ACAMPAMENTO No cap. 33 de Nmerosacham-se mencionados
quarenta e um acampamentosou estaes, na viagem dos israelitasatravs
do deserto. Todavia, no devemossupor que os acampamentos dos
israelitas eramformados segundo um estrito regulamento militar.No
havia coisa que se parecesse comentrincheiramentos, ou outros
meios, para repelirqualquer ataque dos inimigos. Havia,
contudo,para fins higinicos, ordens estritas quedeviam ser
cumpridas (Nm 5.3; Dt 23.14). Aforma de acampar acha-se prescrita
em Nm 2.3.Todo o corpo do povo israelita constitua quatrodivises;
cada diviso era formada de trs tribos,de maneira que o tabernculo
ficava encerradonum quadrado. Cada uma das divisestinha uma
bandeira (Nm 1.52 e 2.2), bem comocada tribo; e tambm possua as
suas insgniasqualquer grande associao de famlias, perfazendouma
tribo.As leis sanitrias para o acampamento eramextraordinariamente
minuciosas e muito rigorosas.Os mortos eram enterrados fora do
arraial(Lv 10.4); e todos aqueles que tinham estadoem contato com
os corpos tinham, igualmente,de ficar fora pelo espao de sete
dias(Nm31.19). Os leprosos eram, com todo o rigor,excludos da
convivncia com seus semelhantes(Lv 13.46). Havia, tambm, fora do
arraial, umlugar onde eram depositadas e queimadas todasas
imundcias e coisas de refugo (Lv 4.12; Dt23.10).AC 7j. Possuidor.
1. Filho de Joto, eundcimorei de Jud (2 Rs 16; 2 Cr 28). Quando ele
subiuao trono, Rezim, rei de Damasco, e Peca, rei deIsrael,
formaram uma liga contra Jud, e intentaramcercar Jerusalm. O
profeta Isaas aconselhouAcaz a que vigorosamente se opusesse, ea
empresa daqueles reis falhou (Is 7.3 a 9).Todavia, os aliados
fizeram grande nmero decativos (2 Cr 28), que foram restitudos,
comoresultado das repreenses do profeta Odede, egrande dano
infligiram tambm a Jud (2 Rs16), tomando Elate, um ponto
florescente domar Vermelho, no qual depois de expulsos osjudeus,
restabeleceram os siros. Acaz, no meiodestas perturbaes, pediu
auxlio a Tiglate--Pileser, que invadiu a Sria, tomou Damasco,matou
Rezim, e privou Israel dos seus territriossetentrionais e dos de
alm-Jordo. Acaz,em troca destes servios, tornou-se tributriode
Tiglate-Pileser, mandou-lhe todos os tesourosdo templo e do seu
prprio palcio, e aindaapareceu perante ele em Damasco como
seuvassalo; quando ele morreu, depois de um reinadode dezesseis
anos, no o puseram nos sepulcrosdos reis (2 Cr 28.27)2. Bisneto de
Jnatas (1 Cr 8.35; 9.42).ACAZIAS. 1. Filho de Acabe e Jezabel, e
oitavorei de Israel. Estava para partir numa expediocontra o rei de
Moabe, que, sendo seu vassalo,se tinha revoltado, quando adoeceu
porhaver cado pelas grades dum quarto no seupalcio de Samaria.
Quando tinha sade prestavaculto aos deuses de sua me, mas
agoramandou saber ao pas dos filisteus, por meio dosseus orculos e
de Baal-Zebube, se se restabeleceria.Elias censurou-o por esta
impiedade eanunciou-lhe a sua morte prxima. Reinou unsdois anos (1
Rs 22.51 a 53; 2 Rs 1).2. Quinto rei de Jud, filho de Jeoro e
deAtalia, filha de Acabe, e, portanto, sobrinho do
14. Aceldama 15 Adivinhaoprecedente Acazias. chamado Jeocaz em2
Cr21.17. Acazias, idlatra, foi feliz na aliana comseu tio Joro, rei
de Israel, contra Hazael, reida Sria. Era to estreita a unio entre
tio esobrinho, que houve grande perigo de que ogentilismo se
propagasse com grande forapelos reinos dos hebreus. Este mal foi
evitadopor uma grande revoluo, movida em Israelpor Je, sob a direo
de Eliseu. Quando Acaziasvisitava o seu tio em Jezreel,
aproximou-seJe da cidade. Os dois reis saram ao seu encontro,mas a
seta de Je penetrou o corao deJoro, sendo Acazias perseguido e
mortalmenteferido. Tinha reinado apenas um ano (2Rs 8.25 a 29, e
9).ACELDAMA. Campo de sangue. Poro de terreno,em Jerusalm, comprado
com as trintapeas de prata que Judas recebeu por ter entregadoJesus
(At 1.19). O tradicional stiochama-se hoje Hakk-ed-Dumon, e existe
na extremidadeoriental dum largo terrao, numainclinao para o sul do
vale de Hinom, noficando longe do tanque de Silo.ACO. Esta povoao
foi mais tarde chamadaPtolemaida, e S. Joo tVAere; atualmente Akka.
um porto de importncia na costa daSria, cerca de 48 km ao sul de
Tiro. Acha-sesituado na baa de Acre, uma reentrncia formadapelo
cabo do Carmelo, que entra pelo marMediterrneo. Na diviso da terra
de Canaentre as tribos de Israel, coube Aco a Aser, masnunca foi
tomada aos seus primitivos habitantes(Jz 1.31); e por isso contada
entre as cidadesda Fencia. A nica referncia que se faz noN.T. a
esta povoao a de At 21.7, quando falada passagem de S. Paulo por
ali, vindo de Tiropara Cesaria.AO. Embora fosse conhecida dos
antigos umacerta espcie de ferro, refinado e endurecido,contudo,
num certo nmero de passagens algumastradues do a palavra cobre e
noao. Se alguns traduzem as palavras de Naum(2.3), cintila o ao dos
carros, outros do estatraduo: Os carros correro como fogo de
tochas.(V. Armas, Cobre.)AOITES. O costume geral de castigar,
noOriente, era, e ainda , bater com varas (Dt25.1 a 3; Pv22.15,
etc.). No A.T. h refernciaao aoite ou chicote em 1 Rs 12.11, 14, 2
Cr10.11,14 (no Lv 19.20). Quanto ao emprego doaoite, em sentido
figurado, veja-se Js23.13; J5.21; 9.23; Is 10.26; 28.15.Em Mt 10.17
e 23.34 h uma referncia prtica judaica de aoitar os transgressores
dareligio; e S. Paulo registra o fato de ter sofridoeste castigo em
cinco ocasies (2 Co 11.24; cp.com Hb 11.36). As correias dos
romanos paraaoitar eram cheias de ns, sendo estes formadosde ossos
agudos ou de metais. Usualmentea flagelao precedia crucificao, e
foi essauma parte do castigo infligido a Jesus (Mt 27.26;Mc 15.15;
cp. com Jo 19.1, onde o ooitamento,talvez duma maneira mais leve,
precede a sentena,querendo com isso Pilatos evitar a penade
morte).Pela Lei Prcia um cidado romano no podiaser aoitado (At
22.25).A lei judaica no permitia que se dessem maisde quarenta
aoites (Dt 25.3); e, para evitar queeste nmero fosse excedido,
recebia o culpadosomente trinta e nove (2 Co 11.24).ADO.
Provavelmente vermelho. 1. Nome doprimeiro homem, cuja criao se l
em Gn 1 e 2.Foi formado do p da terra (2.7), imagem esemelhana de
Deus (1.26). Foi-lhe dado domniosobre todas as cousas criadas
(1.26), e colocadono Jardim do den (2.8) com sua mulherEva (2.22).
Eva cedeu tentao da serpente(3.5), comendo do fruto proibido da
rvore doconhecimento do bem e do mal (2.17 e 3.6), edando-o a Ado.
Como resultado abriram-se osolhos de ambos (3.7); sua desobedincia
foi castigadacom uma completa mudana das condiesterrestres, e foram
expulsos do den(3.24). Na maldio proferida contra a serpentej se v
anunciada a vinda dum redentor (Gn3.15); e esse redentor foi Jesus,
que apresentadopor S. Paulo como o reparador da perdaque a
Humanidade sofreu por motivo da quedados nossos pais (1 Co
15.22,45).2. Cidade nas margens do Jordo, mencionadaquando passaram
o rio os filhos de Israel (Js3.16). hoje Ed. Danieh.ADAR. Glorioso.
1. Nome (babilnico) dodcimo-segundo ms do ano sagrado
judaico(fevereiro-maro), Ed 6.15; E t 3.7, etc. Foi dobradosete
vezes em dezenove anos para harmonizaro ano lunar com o solar.2.
Uma cidade nos confins de Jud (Js 15.3).ADIVINHAO. O dom da
profecia foi concedidopor Deus apenas a pouqussimas pessoas,na
histria da Humanidade; mas nos temposbblicos havia quem pretendesse
ter o dom daadivinhao, praticando vrias espcies de artifcioscom o
fim de fazerem crer que possuamconhecimentos do futuro. Em geral a
adivinhaofazia parte dos predicados duma casta sacerdotal,que disso
fazia uso para os seus prpriosfins (Gn41.8; Is 47.13; J r 5.31;
Dn2.2). Aspessoas que afirmavam ter em si espritos familiares(Is
8.19 e 29.4) cr-se que eram ventrloquos,que desde debaixo da terra,
chil-reandoentre dentes, murmuravam para imitara voz dos espritos,
que se acreditava teremsido invocados dentre os mortos. Com
respeito invocao da alma de Samuel pela pitonisa deEn-Dor (1 Sm
28.7 a 25), considerando que amulher era indubitavelmente uma
impostora,podemos dizer que Deus permitiu nesta ocasio,para os Seus
prprios desgnios, que Saul,pelas engenhosas prticas da feiticeira,
pudesseser inteiramente avisado do que o espe
15. Adoo 16 Adulorava, tendo ainda tempo nos seus ltimos diasde
voltar o seu corao para Deus. Em Ez 21.21a referncia adivinhao por
meio de flecha.0 rei arremessou um feixe de setas a fim de verem
que direo iam descer; e, como elas caram sua mo direita, ele
marchou para Jerusalm.A taa pela qual se diz ter Jos adivinhado
(Gn44.5), era um vaso de prata (simblico do Nilo,a taa do Egito)
que se supunha ter misteriosasqualidades mgicas. A adivinhao era
feitapor meio de irradiaes da gua, ou de gemas,com inscries mgicas,
a ela arremessadas. Acondio do fgado do animal, que tinha
sidosacrificado, julgavam alguns ser uma indicaorelativamente ao
futuro (Ez 21.21). Moissproibiu toda espcie de adivinhao. (V.
Magia.)ADOO. Termo pelo qual Paulo exprime oparentesco que a frase
filhos de Deus designa.Em Rm 8.15 a 23; 9.4; G14.5; e E f 1.5,
hreferncia ao costume legal, entre os romanos,pelo qual a criana
adotada tomava o nome doseu novo pai, e tornava-se seu herdeiro. O
parentescoera, em todos os respeitos, o mesmoque existia entre o
pai natural e seu filho.0 costume da adoo tem sido seguido por
todasas naes e em todos os tempos. A adoo civilera permitida e
determinada para alvio e confortodaqueles que no tinham filhos; mas
naadoo espiritual no aparece esta razo. O SenhorOnipotente adota os
crentes, e elestornam-se filhos de Deus, no porque hajaqualquer
excelncia neles, mas porque Ele infinitamente bom. A filha de Fara
adotouMoiss por causa do seu lindo rosto (At7.20,21); Mordecai
adotou Ester pela mesmarazo, e porque ela era sua parenta (Et
2.7);nada h no homem, porm, que o torne merecedorda adoo divina (Ez
16.5). Alm disso, naadoo espiritual, o novo filho recebe no s
umnome novo, mas uma nova natureza: torna-separticipante da
natureza divina (2 Pe 1.4).ADONIAS: O SENHOR o Senhor. 1.
Quartofilho de Davi, nascido em Hebrom, quando seupai era rei de
Jud (2 Sm 3.4). Nos ltimos anosdo reinado de Davi, formou Adonias
em voltade si um partido forte, e comeou a manifestarsuas
pretenses, aspirando a ser sucessor deseu pai. Mas Davi tinha
prometido a Bate-Sebaque seu filho Salomo havia de ser o rei
deIsrael, e deu ordens para que Salomo se dirigisse,montado na mula
real, a Giom, ao ocidentede Jerusalm. Foi ali ungido e
proclamadorei por Zadoque e alegremente reconhecidopelo povo. Esta
resoluo infundiu terrorno partido contrrio, e Adonias fugiu para
juntodo altar. Foi perdoado por Salomo, sob a condiode mostrar-se
como homem digno, sendotambm ameaado de morte se alguma
maldadefosse por ele praticada (1 Rs 1).Depois da morte de Davi,
pretendeu Adonias oconsentimento de Salomo para o seu casamentocom
Abisague, que tinha vivido comDavi, quando j muito avanado em
idade. PensouSalomo que havia nele inteno de reivindicaro trono e
ordenou que fosse morto (1 Rs2.25).2. Um dos levitas, a quem Josaf
mandou paraensinar a lei ao povo (2 Cr 17.8).3. Um chefe judaico,
que com Neemias assinouo pacto (Ne 10.16).ADORAO. H duas palavras
no A.T. significandoadorao: uma delas, em certos lugares,tem o
sentido de fazer reverncia5,inclinar-se (Dn 2.46; 3.5); a outra
usa-se arespeito do culto prestado ao SENHOR e aoutros deuses ou
objetos de reverncia (Gn24.26, 48, etc.; x 34.14; Dt 4.19,etc.); e
tambma respeito do prncipe do exrcito do Senhor(Js 5.14). No N.T. a
palavra mais freqentementeempregada significava, na suaorigem,
beijar a mo de algum, como sinal deconsiderao, fazendo-se uma
inclinao respeitosa. usada com as seguintes significaes:adorao a
Deus (Mt 4.10); revernciapara com Jesus Cristo (Mc 5.6); e culto
idlatra(At 7.43; cf. Ap 9.20; 14.9; 22.8).ADRAMELEQUE. 1. dolo dos
de Sefarvaim,que Salmaneser II, rei da Assria, trouxe paracolonizar
as cidades da Samaria, depois de terlevado para aquele pas os
habitantes cativos (2Rs 17.31). Este dolo era adorado com
ritossemelhantes aos de Moloque, sendo-lhe sacrificadasas
crianas.2. Filho de Senaqueribe, rei da Assria; auxiliadopor seu
irmo Sarezer, matou o pai na casado deus Nisroque, estando ele a
adorar ali (2 Rs19.37).ADRIEL. Filho de Barzilai, meolatita, a
quemSaul deu a sua filha Merabe, ainda que a tinhaprometido a Davi
(1 Sm 18.19). Cinco filhos deAdriel estavam entre aqueles sete
descendentesde Saul, os quais Davi entregou aos gibeoni-tas(2 Sm
21.9), com o fm de dar-lhes umasatisfao por ter Saul empregado
todos os seusesforos para extirp-los, embora em outrostempos
tivessem os israelitas feito uma alianacom eles (Js 9.15).ADULO.
Cidade de Jud (Js 15.35), sede dumrei cananeu (Js 12.15),
evidentemente lugar degrande antigidade (Gn 38.1 a 20): hoje
Aid--el-Ma. Havia muitas cavernas nas colinas depedra calcria,
existentes nos subrbios da povoao;era ali o ponto de reunio de Davi
e seuscompanheiros. Ali tambm se encontraramcom Davi, seus irmos e
toda a casa de seu pai,indo de Belm (1 Sm 22.1). Foi naquele stio
quese deu o ousado ato dos trs valentes, que arriscarama vida indo
a Belm buscar gua paraDavi (2 Sm 23.14 a 17; 1 Cr 11.15 a 19). A
cidadede Adulo foi fortificada pelo rei Roboo (2 Cr11.7), e foi um
dos lugares reocupados pelos
16. Adultrio 17 Ageujudeus depois da sua volta da Babilnia
(Ne11.30). H, ainda, muitas cavernas nos montesde pedra calcria,
ali perto.ADULTRIO. Este ato proibido no stimomandamento (x 20.14;
Dt 5.18). Veja-se emNm 5.11 a 29 a descrio da prova de impurezapor
meio da gua amarga, que era dada mulhersuspeita para beber. As
referncias que osprofetas fazem ao adultrio indicam uma situaomoral
muito baixa (Is 57.3; J r 23.10; Os 7.4). provvel que depois do
cativeiro, quando olao conjugal se tornou menos apertado,
rarasvezes, se alguma vez o foi, tenha sido a pena demorte
aplicada.A frase em Mt 1.19, no a querendo infamar,provavelmente
significa no levar o caso peranteos juizes do conselho local. Jos
procedeuassim, pois preferia, como podia faz-lo,deix-la
secretamente. A palavra adultrio erausada fguradamente para
exprimir a infidelidadedo povo hebreu para com Deus. Figuramuito
apropriada por causa dos ritos impurosque faziam parte do culto
idlatra (Ez 16).Assim tambm falou o Senhor duma geraoadltera (Mt
12.39). (V. Casamento.) Asprincipais passagens do N.T. em que se
fala deadultrio, relacionam-se com o divrcio ou separao:Mt 5.31,32;
19.6; Mc 10.11, 12; Lc16.18; Jo 8.3 a 11; Rm 7.2, 3; 1 Co 7.10,11,
39.ADVOGADO. A palavra gregParakletos, traduzidaadvogado em
portugus, em 1 Jo 2.1,aplica-se tambm ao Esprito Santo em Jo14.16,
26; 15.26; 16.7. A significao grega ade algum chamado para defender
outra pessoa,especialmente quando se trata duma acusaolegal. Em
latim advocatus. A traduoconsolador acha-se nas passagens citadas
doEvangelho de S. Joo. O cristo tem, portanto,ou no Esprito Santo
ou em Jesus Cristo, quemdefenda a sua causa, e lhe d conforto nas
horastristes. (V. Esprito Santo.)AFEQUE. Fortaleza. 1. Cidade real
dos cana-neus,cujo rei foi morto por Josu (Js 12.18).Coube, na
distribuio das terras, a Issacar.2. Cidade situada na extremidade
norte deAser, nos limites dos amorreus (Js 19.30),donde no foram
expulsos os cananeus.3. Lugar em que acamparam os filisteus,
enquantoos israelitas se conservavam em Eben-zer,antes da fatal
batalha em que foram mortosos filhos de Eli e tomada a arca (1 Sm
4.1). Eraperto de Jerusalm, ao nordeste.4. Campo da batalha em que
Saul foi derrotadoe morto (1 Sm 29.1).5. Cidade na estrada militar
que vai da Sria aIsrael (1 Rs 20.26). Acha-se esta cidade
identificadacom a moderna Fik, no cimo do Wadi Fik,10 km ao oriente
do mar da Galilia, passandoainda pela povoao a grande estrada
entreDamasco e Jerusalm. Foi teatro da derrota deBen-Hadade (1 Rs
20.30), e de muitas outrasbatalhas.AGAGUE. Violento. Rei dos
amalequitas (1 Sm15), cuja vida Saul poupou, desobedecendo ordem
divina. Samuel declarou que, por esteato, a sucesso sairia da
famlia de Saul, e eleprprio mandou buscar Agague, fazendo-o
empedaos. Ham, o agagita, de cuja sorte se falano livro de Ester,
era, segundo a crena dosjudeus, descendente de Agague, e por isso
elesodiavam a sua raa. Em Nm 24.7 parece ser onome Agague usado
como ttulo geral dos reisamalequitas.GAPE. Festa de amor cristo. Os
membros daIgreja apostlica encontravam-se em dias determinadospara
participarem todos duma refeiocomum como irmos (At 2.46).
Estasreunies estavam em estreita conexo com aCeia do Senhor (1 Co
11.20 e seg.), e deste mododavam ocasio a grandes desgostos, pois
svezes havia abusos da parte dos falsos crentes(2 Pe 2.13; Jd 12).
Com o aumento da Igreja, asdistines sociais se afirmaram de novo,
caindoem descrdito as festas de amor.AGEU. Festivo. Um dos trs
profetas da Restaurao.Pouco se sabe a respeito da sua
personalidade,mas o tempo do seu aparecimentopode deduzir-se do seu
livro e do de Esdras.Nasceu, provavelmente, durante o cativeiro,
epertenceu ao nmero dos que vieram com Zo-robabelda Babilnia para
Jerusalm, no ano536 a. C. A reedificao do templo comeou comgrande
zelo, mas, por causa da oposio dossamaritanos, foram suspensas as
obras pelo espaode quatorze anos. Subindo, ento, DarioHistaspes ao
trono da Babilnia, foi Ageu inspiradopor Deus a exortar Zorobabel e
Josu aque recomeassem o trabalho do templo. Osseus arrazoados
produziram efeito (Ag 1.14;2.1), prosseguindo os judeus na
reedificao noano 520, dezesseis anos depois da volta do
cativeiro.Diz-se que Ageu foi sepultado em Jerusalm,perto dos
sepulcros dos sacerdotes.AGEU (LIVRO DE). Encerra este livro
quatromensagens profticas, todas elas apresentadasdurante 4 meses
pouco mais ou menos (1.1; e2.1, 10, 20). Na primeira so censurados
osjudeus por desprezarem o templo; faz-se a promessade que o favor
divino havia de acompanhara sua construo. Vinte e quatro dias
depoisdesta profecia, foram as obras continuadas,sendo os
israelitas animados por uma misericordiosamensagem da parte de
Deus. Mas,passado um ms, arrefeceu de novo o zelo dopovo, e
comearam a pensar se seria possvel arestaurao. Com o fim de remover
as dvidasdo povo e levantar as suas enfraquecidas energias,apareceu
Ageu declarando que o Senhorera com eles e profetizando que a glria
do novotemplo havia de ser maior do que a do primeiro(Ag 2.1 a 9).
Pela terceira vez dirige-se Ageu
17. Agricultura 18aos judeus e censura-os pela sua indiferena;
aomesmo tempo incita-os a trabalharem o maispossvel (Ag 2.10 a 19).
No mesmo dia foi proferidaoutra profecia, dirigida a Zorobabel,
prncipede Jud, representante da casa de Davi, eaquele por quem
principia a genealogia do Messiasdepois do cativeiro, encerrando as
palavrasprofticas a promessa de que o povo de Deusseria preservado
no meio da queda e runa dosreinos da terra (2.20 a 23). Cp.Ag 2.6
com Hb12.26,27. Mas as palavras de 2.9, neste lugardarei a paz,
foram, sem dvida, cumpridascom a presena de Jesus Cristo no
segundotemplo.AGRICULTURA. A Palestina, exceo daparte mais
meridional, terra de ribeirosdguas e de fontes que correm das
montanhas edos vales (Dt 8.7 a 9). As primeiras chuvascaem em
outubro. No so chuvas contnuas,mas intermitentes, dando isso ocasio
a que olavrador possa semear trigo e cevada. Continuaa chuva a cair
por intervalos durante os mesesde novembro e dezembro, havendo
ainda emmaro e abril dias chuvosos. Nos restantesmeses at outubro,
o tempo seco, vendo-se ocu sem nuvens. Logo que no ms de outubro
ocho amolecido pelas chuvas, principia a se-meadurade trigo, cevada
e lentilhas. O aradodos antigos hebreus era, provavelmente,
semelhanteaos de hoje, constando duma varagrossa feita de duas
peas, s quais se prendiauma travessa onde se atrelava uma junta
debois. Na outra extremidade era metida umapea num ngulo obtuso,
que terminava porbaixo na relha e havia uma grosseira rabia naparte
superior. Os bois eram impelidos pormeio duma vara com aguilho, a
qual era tambmempregada para quebrar os torres deterra ou limpar o
arado.A ceifa comea no fim de maro ou princpio deabril. A colheita
da cevada vem primeiro, sendoa ltima a do trigo em meados de maio.
O tempoda ceifa durava sete semanas. O trigo era segadocom uma
foice e, reunido em molhos, eralevado para a eira, um terreno
circular, expostoao vento, com uns vinte metros de dimetro.Aqui era
o gro liberto da palha mediante oandar de bois ou jumentos sobre o
trigo. Poresde trigo eram tambm algumas vezes debulhadaspor meio
dum mangual (Is 28.27);mais freqentemente, porm, se empregavaum
instrumento, que constava duma armaode madeira, com pedras
pontiagudas metidasem buracos na parte inferior, posta em
contatocom o trigo. Esta armao era puxada por bois,e muitas vezes o
agricultor sentava-se em cimapara aumentar o peso. Tambm se usava
para adebulha um revestimento de madeira adaptados rodas dum carro,
com certo nmero de lminaspara cortar o trigo. Depois, quando
sopravalevemente o vento, levantava-se com ps deguiamadeira a palha
com o gro, caindo este na eirae levada aquela pelo ar fora. O trigo
ainda eralimpo das pedras e impurezas agitado numajoeira (Am 9.9).
A palha mais comprida serviade alimento para os bois (Is 11.7), no
tendovalor a restante.A colheita era armazenada em lugares
subterrneos(Jr 41.8). Em troca de ouro e prata eartigos de luxo,
abastecia a Palestina, com ocontedo dos seus armazns, os mercados
deTiro e Sidom, onde se reuniam tambm as mercadoriasde todas as
naes desde a Espanha ndia. Nas minuciosas descries de Ezequielsobre
a grandeza de Tiro, ele menciona o trigoentre os diversos artigos,
que a Fencia importavade Jud no seu tempo, o sexto sculo antesde
Cristo. Mais de seis sculos depois vemosque ainda Cana que fornece
trigo Fencia,pois uma misso especial veio, cerca do ano 44d.C., ao
rei Herodes Agripa, da parte de Tiro eSidom, pedindo paz, porque o
seu pas era sustentadopelas terras do rei (Atos 12.20).AGRIPA. (V.
Herodes.)GUIA. H, constantemente, referncias naBblia ao espantoso
nmero de aves de presa detodos os tamanhos, que se acham na
Palestina ena Arbia. Em algumas das passagens, ondeocorre a palavra
guia, teria sido melhor traduoabutre. Por exemplo, em Mq
1.16,faze-te calva, e tosquia-te... alarga a tua calvacomo a guia,
somente se pode referir isto aoabutre, que desprovido de penas na
cabea eno pescoo, o que , realmente, uma disposioda Natureza, visto
como esta ave tem porhbito introduzir a cabea nas carcaas
dosanimais mortos. Outra ave denominada guia o abutre grifo, cujo
hbito de pousar nas maisaltas elevaes dos penhascos se acha
exatamentedescrito em Jr 49.16 e J 39.27 a 30.Nesta ltima passagem,
seus olhos a avistamde longe, h uma referncia ao quase
incompreensvelalcance de vista do abutre. Quandoum animal cai morto
ou ferido no deserto, contamos viajantes que dentro dum espao
detempo pequenssimo aparecem estas avessobre ele, sendo certo que
um minuto antesnem uma se via. Uma simples carcaa torna-se,desta
maneira, o chamariz duma multido deaves de presa (Mt 24.28).A fora
da ave e o seu vo rpido acham-semencionados em Jr 4.13 e Os 8.1. No
SI 103.5 huma referncia sua longevidade e aparenterejuvenescimento.
O seu cuidado de me, a quese faz aluso em Dt 32.11,12,
especialmente noato de encorajar os filhinhos nas primeiras
tentativasde vo, muito caracterstico da classede aves a que a guia
pertence. Como a guiavoa a grande altura, parecendo aproximar-sedo
cu, tem sido tomada como um emblema deS. Joo pelo penetrante e
profundo conheci-
18. Aguilho 19 Aimasmento das verdades divinas, que se nota
nosescritos deste apstolo.A guia de ouro e a guia imperial so
ambasmuito conhecidas na Palestina, ainda que notanto como o abutre
grifo, e so principalmentevistas nos vales de rocha e nas alturas
de cordilheirasraramente visitadas. O quebrantossode Lv 11.13 e Dt
14.17, ou abutre barbudo, temesse nome pelo fato de levar consigo
at smaiores alturas os ossos cheios de medula,deixando-os depois
cair sobre as pedras paraquebr-los. Uma conhecida tradio afirma
queo poeta Esquilo encontrou inesperadamente amorte pelo fato de
uma destas aves ter deixadocair sobre a sua cabea calva uma
tartaruga,julgando que fosse uma pedra. Outras guiasque se vem na
Terra Santa so a guia morena,a guia de Bonelli e a guia de
garrascurtas; esta ltim a a mais comum,alimentando-se de rpteis,
que ali so notavelmenteabundantes.AGUILHO. Uma grande vara para
conduzirgado, tendo numa das extremidades um ferrode ponta aguada
(Jz 3.31; 1 Sm 13.21; Ec12.11). Em At 26.14 a frase Dura cousa
re-calcitrarescontra os aguilhes uma expressoproverbial muito
vulgar em grego e latim,para mostrar que v a resistncia quando
opoder grande.AI. Monto. 1. Cidade de Cana, que j existiano tempo
de Abrao (Gn 12.8). Foi a segundacidade que Israel conquistou e
totalmente destruiu,depois de ter atravessado o Jordo (Js7,8,9,10,
12). Os homens de Betei e Ai, emnmero de 223, voltaram do cativeiro
com Zorobabel(Ed2.28). Aiate, por onde Senaqueribepassou na sua
marcha sobre Jerusalm, e Aia,so outras formas de Ai (Is 10.28; Ne
11.31).2. Cidade dos amonitas (Jr 49.3).AAS. Irmo do SENHOR. 1.
Sacerdote do Senhorem Silo. A arca de Deus estava sob o seucuidado;
ele trazia a estola e inquiria do Senhorpor meio da arca (1 Sm
14.18) Provavelmente o mesmo que Aimeleque em 1 Sm 21: eramfilhos
de Aitube (1 Sm 14.3; 22.9). Era Aimelequeirmo do rei.2. Filho de
Bela (1 Cr 8.7), e que Se pensa ser amesma pessoa que Ao (1 Cr
8.4).3. Filho de Jerameel (1 Cr 2.25).4. Um dos valentes de Davi (1
Cr 11.36).5. Levita do reinado de Davi, que tinha a seucargo os
tesouros da casa de Deus, e, tambm,os das coisas sagradas (1 Cr
26.20. Ed. R.C.).Na E.R.A. no consta o nome Aas.6. Um dos prncipes
de Salomo (1 Rs 4.3).7. Profeta de Silo (1 Rs 14.2), chamado por
issoo silonita (1 Rs 11.29), nos dias de Salomo, edeJeroboo, rei de
Israel. Existem dele duasnotveis profecias. A primeira diz respeito
aJeroboo; anuncia-lhe que dez tribos separar--se-iam de Salomo como
castigo da idolatriadeste rei, e seria para ele transferido o
reino.Est^ profecia chegou ao conhecimento de Salomo,e Jeroboo, a
fim de salvar a vida, tevede fugir para junto de Sisaque, rei do
Egito,onde permaneceu at morte do rei de Israel (1Rs 11.29 a 40). A
segunda profecia acha-se em 1Rs 14.6 a 16, e foi dirigida mulher de
Jeroboo,que, sob disfarce, tinha vindo saber notciasde seu filho
Abias, que estava doente. Aaspredisse a morte do menino, bem como a
destruioda casa de Jeroboo, por causa de suaidolatria; e tambm
anunciou o cativeiro de Israelpara alm do rio Eufrates.8. Pai do
rei Baasa (1 Rs 15.27, 33).9. Um dos chefes do povo que selaram o
convniocom Neemias (Ne 10.26).AICO. Meu rnno se levantou. Quando
Saf, oescriba, trouxe ao rei Josias o Livro da Lei queHilquias, o
sumo sacerdote, tinha achado notemplo, foi Aico mandado pelo rei
com outrosdelegados consultar a profetisa Hulda (2 Rs 22).Quando,
no reinado de Jeoaquim, os sacerdotese profetas acusaram o profeta
Jeremias peranteos prncipes de Jud de ter feito arrojadas
declaraessobre os pecados da nao, Aico usouda sua influncia para
proteger o profeta (Jr26.24). O seu filho Gedalias foi nomeado
governadorde Jud por Nabucodonosor, rei da Babilnia,e a ele
Jeremias foi entregue, quandosaiu da priso (Jr 39.14 e
40.5).AIJALOM. Lugar- de gazelas. 1. Cidade dos coa-titas(Js
21.24), dada tribo de D (Js 19.42);todavia, a tribo foi incapaz de
desapossar osamorreus daquele lugar (Jz 1.35). Aijalom foiuma das
cidades fortificadas pelo rei Roboo (2Cr 11.10), durante os seus
conflitos com o novoreino de Israel; e a ltima notcia que
temosdessa povoao que os filisteus a tomaram ehabitaram. A cidade
tem sido identificada forade dvida, com a moderna Yalo, um pouco
aonorte da estrada de Jafa e cerca de 23 kmdistante de Jerusalm.
Est situada na encostadum extenso monte, que forma o limite sul
dobelo vale das searas de trigo, e que agora tem onome de Merj
IbnAmir; parece, pois, nohaver razo para duvidar de que esse o
antigovale de Aijalom, onde se deu a derrota doscananeus (Js
10.12).2. Lugar de Zebulom, mencionado como sepulturade Elom, um
dos juizes (Jz 12.12).AIMAS. Meu irmo est irado. 1. Pai da mulherde
Saul, Aino (1 Sm 14.50).2. Filho de Zadoque, sacerdote no reinado
deDavi. Quando Davi fugia de Jerusalm porcausa da rebelio de seu
filho Absalo, aconteceuque Zadoque e Abiatar, acompanhados deseus
filhos, levaram a arca de Deus na sua intenode irem com o rei. Mas
Davi ordenou--lhes que voltassem para a cidade, o que elesfizeram,
bem como Husai (2 Sm 15). Em virtudede certa combinao, Husai,
fazendo-se
19. Aino 20 Alexandreamigo de Absalo, deu um conselho
diferentedo de Aitofel e disse a Zadoque e a Abiataralguma coisa do
que se passava no palcio, paraque fosse levado um aviso a Davi por
Aimas eJnatas, que tinham ficado em En-Rogel, forados muros da
cidade (2 Sm 17.17).O que depois se sabe de Aimas est em relaocom a
morte de Absalo s mos de Joabe e seusescudeiros. Aimas questionou
com Joabe,para que lhe fosse permitido levar a Davi anotcia do
fato. Joabe, que era amigo deAimas, sabendo quo doloroso seria para
o paio conhecimento da morte do filho, no acedeu aoseu pedido, mas
mandou um etope em seulugar. J depois de ter partido o etope,
tornounovamente Aimas a insistir com Joabe paraque lhe fosse
concedido ir levar a notcia a Davi,sendo por fim atendido. Correndo
por atalhos,Aimas chegou antes do etope presena deDavi, e informou
o rei da vitria alcanadasobre os revoltosos, mas no mencionou
amorte de Absalo. Deixou ao etope, com umaesperteza oriental, a
desagradvel misso dedar essa notcia (2 Sm 18).3. Um dos oficiais de
Salomo, o qual tinha a seucargo o abastecimento da casa do rei
duranteum ms em cada ano. Era genro do rei, poistinha casado com
sua filha Basemate (1 Rs4.15).AINO. Meu irmo gracioso. 1. Mulher
deSaul, primeiro rei de Israel (1 Sm 14.50).2. Uma mulher de
Jezreel, que veio a ser mulherde Davi, quando este andava errante
(1 Sm25.43); com esta e com a outra sua mulher Abigailfoi Davi
corte de Aquis, rei de Gate (1 Sm27.3). Foi me de Amnom, o filho
mais velho deDavi (2 Sm 3.2).AITOFEL. Irmo de loucura. Um
gilonita,conselheiro de Davi; a reputao de Aitofel erato alta que
as suas palavras tinham a autoridadedum orculo divino. Se, como se
podedepreender de 2 Sm 23.34, em comparao com11.3, era ele av de
Bate-Seba, talvez fosse aqueda da neta que o levou a aderir revolta
deAbsalo, sendo por este mandado chamar noprincpio da conjurao (2
Sm 15.12). Para mostrarao povo que o rompimento entre Absalo eo pai
era irreparvel, aconselhou Aitofel ao rebeldeque tomasse posse do
harm real (2 Sm16.21). Com o fim de contraditar os seus
conselhos,mandou Davi que Husai fosse para juntode Absalo. Aitofel
tinha recomendado queDavi fosse imediatamente atacado, mas
Husaiaconselhou a demora, tendo em mira enviarespecial aviso a
Davi, e assim dar-lhe tempo dereunir as suas tropas para um
decisivo combate.Quando Aitofel viu que prevalecia o conselhode
Husai, caiu em desespero, e, voltandopara sua casa, ps as suas
coisas em ordem eenforcou-se (2 Sm 17). Tem sido notado que este o
nico caso de suicdio, mencionado noAntigo Testamento (no se falando
em atosguerreiros), assim como o de Judas o nicocaso do Novo
Testamento.ALABASTRO. V. Mt 26.7; Mc 14.3; Lc 7.37 as passagens que
descrevem o caso de ter umamulher derramado o precioso blsamo,
contidonum vaso de alabastro, sobre a cabea do Salvador.Os antigos
consideravam o alabastro (espciede mrmore branqussimo carbonato de
clcio),como o melhor material para conservar osseus ungentos. A
forma usual desses frascosera redonda, bojuda no fundo, terminando
paracima num estreito gargalo, que era cuidadosamenteselado. Na
narrativa de S. Marcos diz-seque a mulher quebrou a redoma, antes
de derramaro ungento. Isto apenas significa a quebrado selo ou do
gargalo; mas tambm podequerer dizer que o vaso foi destrudo para
notornar a ser usado.LAMO. Na passagem em que esta palavraocorre
(Gn 30.37), a primitiva vem duma raizque significa coisa branca. O
lamo branco comum na Palestina, e preenche as condiesdo texto da
Escritura em que esse nome seencontra. Era plantada em virtude da
sua sombra,e usava-se a madeira para utenslios decasa. Varas
descascadas do lamo foram postaspor Jac diante do rebanho de Labo
(Gn30.37).A rvore mencionada em Gn 30.37 no nasce nostio indicado;
provavelmente a palavra empregadasignifica amendoeira.ALADE.
Instrumento de corda, semelhante viola. a traduo da vulgar palavra
hebraicauebel. Nebel a maior parte das vezes traduzidopelo termo
saltrio. As cordas eram tocadascom os dedos (Is 5.12; 14.11; Am
5.23; 6.5).(V. Msica.)ALELUIA. Forma grega na verso dos Setentapara
a palavra composta do hebreu Hallelujak,louvai ao Senhor. Acha-se o
vocbulo da versodos Setenta nos salmos 105, 106, e
outros,traduzidos da Vulgata Latina. Em outras traduesvem o
significado louvai ao Senhor, ena margem Aleluia. A adaptao da
palavrahebraica no culto cristo devida ao seu uso noAp 19.1 a 7. J
no 4o. sculo era o termo Aleluiareconhecido como uma exclamao crist
dealegria e de vitria. Os aleluias tinham umlugar especial nas
primitivas liturgias da Igrejaoriental e ocidental.ALEXANDRE.
Auxiliador dos homem. Cincopessoas com este nome, que era
vulgar,acham-se mencionados no N.T.1. Filho de Simo, o cireneu, que
foi compelido alevar a cruz de Jesus (Mc 15.21).2. Um parente de
Ans, sumo sacerdote, o qualera membro diretor do Sindrio em
Jerusalm,quando Pedro e Joo foram presos e levadosquele tribunal
(At 4.6).
20. Alexandria 21 Aliana3. Um judeu de feso, a quem os seus
compatriotasimpeliram para diante durante o tumulto,provocado por
Demtrio, ourives deprata (At 19.33).4. Um convertido que tinha
abandonado a suaf, e que Paulo entregou a Satans (1 Tm 1.19,20).5.
Um latoeiro que fez muito mal a Paulo, e quehavia resistido s suas
palavras (2 Tm 4.14);talvez este indivduo seja o mesmo do nmero
oALEXANDRIA. Cidade edificada sobre o deltado rio Nilo, fundada por
Alexandre Magno, reida Macednia, 332 a.C., para ser a metrpoledo
seu imprio ocidental. Desde o princpio foimisturada a sua populao;
chamava-se a regiodos judeus um dos trs bairros em que sedividia a
cidade. Depois da tomada de Jerusalmremoveu Ptolomeu I um
considervel nmerodos seus cidados para Alexandria. Muitosoutros
judeus, por sua prpria vontade, osseguiram, e com estas e outras
imigraes foi acolnia judaica rapidamente aumentada. Maistarde,
quando a cidade de Alexandria caiu sob odomnio de Roma, Jlio Csar e
Augusto confirmaramos privilgios de que os israelitas gozavamantes
daquele acontecimento. Eles eramrepresentados por um funcionrio
seu, e Augustoestabeleceu um Conselho para superintendernos negcios
dos judeus, segundo asprprias leis judaicas.Por algum tempo a
igreja judaica em Alexandriaconservou-se numa estreita dependnciada
de Jerusalm, reconhecendo ambas o sumosacerdote como seu chefe
religioso; mais tarde,porm, separaram-se. A verso do A.T. emgrego
(conhecida como dos Setenta, pelo fato deterem sido os tradutores
setenta judeus deAlexandria), fortaleceu a barreira de
linguagementre a Palestina e o Egito; e o templo deLeontpolis (161
a.C.), que sujeitava os judeusdo Egito s despesas provenientes do
cisma,alargou mais a ruptura na famlia israelita. Todavia,no
princpio da era crist, os judeus doEgito contriburam ainda para o
servio dotemplo de Jerusalm, que apesar de tudo era acidade santa e
a cidade-me da raa judaica.Segundo Eusbio, foi Marcos quem
primeiramentepregou o Evangelho no Egito e fundou aprimeira igreja
de Alexandria. Pelo fim do segundosculo era Alexandria um
importantecentro de influncia e instruo crists. A suaescola de
catequizao era altamente distinta.O mais antigo dos seus mestres,
mencionadopelo historiador Eusbio, foi Panteno, cerca doano 180.
Clemente e Orgenes foram os maisfamosos dos seus sucessores, embora
rio, oautor da heresia ariana, tambm tivesse sido,segundo
Teodoreto, um dos principais doutri-nadores.As referncias do Novo
Testamento aAlexandria acham-se em At 6.9; 18.24; 27.6 e28.11.ALFA.
A primeira letra do alfabeto grego,sendo mega a ltima. A frase E u
sou o Alfa eo mega vem no Ap 1.8 e 21.6, como expressodo Senhor.
Originariamente uma forma expressivada perfeio, teve depois
especial aplicao eternidade e onipresena de Deus, pois do supremo
Ente que tm origem todas ascoisas, e para o qual todas as coisas
tendem.Frases de significao semelhante se encontramem Is 41.4; Rm
11.36; 1 Co 8.6; e Hb2.l0.No Ap 22.13 transferido o ttulo para
Jesusglorificado, revelador e realizador do divinoplano de redeno,
em quem est o Sim e oAmm, a confirmao e cumprimento detodas as
promessas de Deus (2 Co 1.20; veja-setambm Jo 1.3; 1 Co 8.6; Cl
1.15, 17; Hb 1.2,3).ALFARROBA. o fruto da alfarrobeira. Estarvore
tem folhas escuras e brilhantes, e produzvagens grandes, sendo
estes frutos pisadospara alimento de gado e porcos. Os pobres
tambmos empregam na alimentao, e acham-nosmuito nutritivos. a este
fruto que se refere aparbola do Filho Prdigo, em Lc 15.16.ALFEU. 1.
Pai de Levi (Mc 2.14), que deve ser omesmo que Mateus, o apstolo.2.
Em cada uma das quatro listas dos apstolos(Mt 10; Mc 3; Lc 6; e At
1), o nono lugar dado aTiago, filho de Alfeu.ALFORJE. Um saco que
os viajantes usam paralevar dinheiro e mantimento para a
jornada.Era feito de diversos materiais, geralmentepele ou couro, e
estava preso cintura (1 Sm17.40; Mt 10.10; Lc 12.33 a 36). (V.
Bolsa.)ALIANA. Concerto, pacto. Era um contrato,ou conveno que
solenemente se realizavaentre homem e homem, ou entre homem eDeus.
Exemplos do primeiro caso ocorrem emGn 21.27, e 31,44,45; Js 9.6 a
15. O concertoentre Deus e o homem de tal modo predominanas
Escrituras que definitivamente se deu aoCnon j completo os ttulos
do Antigo Testamento(isto , a antiga aliana), e Novo Testamento.1.
O Antigo Testamento. A palavra aliana usada, primeiramente,
falando-se das promessasde Deus a No (Gn6.18; 9.9 a 16); mas o
fatocaracterstico dum pacto entre Deus e o Seupovo escolhido,
Israel, principia em Abrao,com as promessas a este feitas nos caps.
12 a 15do Gnesis, ratificadas por solene concerto ritual,sempre
repetidas e ampliadas (Gn 17.19 e22.16). Da parte de Abrao se
manifestava a f(15.6) e a obedincia (17.1,9 e 22.16).Conforme ao
estabelecido nessa aliana, comeaa narrao do xodo, assentando
queDeus lembrou-se da sua aliana com Abrao,com Isaque e com Jac (x
2.24). A promulgaoda Lei no monte Sinai foi preparada com arecordao
de ter Deus libertado Israel, e comas promessas de outras bnos sob
condio deobedincia. Moiss escreveu todas as palavras
21. Alianas 22 Alimentaodo Senhor no Livro do Concerto, e
depoisdos sacrifcios expiatrios leu-o diante do povo,que respondeu:
Tudo o que falou o Senhor,faremos, e obedeceremos; e depois disto
eleaspergiu o povo com o sangue da aliana (x19.4 a 6 e 24.4 a 8). a
este pacto que geralmentese fazem referncias por todo o A. T., eem
notveis declaraes do N.T. As tbuas daLei foram, mais tarde,
colocadas na Arca daAliana, que era considerada como smbolo
doSENHOR, e lugar da Sua manifestao (x25.21, etc.). E assim como
comer do sal dequalquer homem significava um penhor deamizade,
assim o sal da aliana devia seracrescentado a toda a oferta de
manjares, comolembrana santa dos sagrados laos entre Deuse o Seu
povo escolhido (Lv 2.13; veja-se Nm18.19; 2 Cr 13.5). O pacto duma
perptua realezana descendncia de Davi (2 Sm 23.5)acha-se consignado
em 2 Sm 7.As referncias que no A.T. se fazem Alianaestabelecida
entre Deus e o Seu povo so abundantes,com a declarao de que houve
quebrada parte dos israelitas, que se esqueceram doconcerto,
transgredindo as determinaes divinas.Todas estas incriminaes
culminam nagrande profecia de Jr 31.31 a 34, que anunciauma nova
aliana, no somente exigindo obedincia,mas criando aquele poder de
amor,cuja lei deve estar escrita no corao. No cumprimentodesta
profecia passamos da antigaaliana para a nova.2. A Nova Aliana
(para o sentido da palavratestamento, veja-se Testamento). Segundo
amais antiga narrao da instituio da SantaCeia, Jesus disse: Este
clice a Nova alianano meu sangue (1 Co 11.25; veja-se Mt 26.28;Mc
14.24; Lc 22.20). H, aqui, uma refernciaao xodo (24.8); Jesus ia
criar uma nova relaoentre Deus e os homens, fundada como a
antigasobre o sacrifcio, o sacrifcio de Si prprio.
Nodesenvolvimento desta verdade, nos escritosdo N.T., os apstolos
concentram dum modonatural todo o poder da nova aliana no sanguede
Cristo (Rm 3.25; E f 1.7; Hb 9.14; 1 Pe 1.19; 1Jo 1.7; Ap 1.5,
etc.). O pensamento da prpriaaliana proeminente em 2 Co 3.6; G1
3.15, eespecialmente em Hb 8.10 e 12.24 e 13.20.Veja-se na palavra
Testamento outros pontosde vista.ALIANAS. Abrao fez uma aliana com
os r-gulosde Cana (Gn 14.13), e com Abimeleque(Gn 21.22). A ltima
foi renovada por Isaque(Gn 26.26). Todavia, quando o povo israelita
seestabeleceu em Cana, era-lhe proibido efetuaialianas com as naes
circunvizinhas; estaordem divina tinha por fim evitar que o
povoescolhido se corrompesse com a idolatria dospovos confinantes.
Esta proibio, mais tarde,no foi respeitada. Salomo contraiu
alianascom Hiro, rei de Tiro, e com Fara, rei doEgito. O rei de
Israel teve em vista, por meio daaliana com Hiro, obter materiais e
operriospara a construo do templo, bem como construtoresde navios,
e marinheiros. A alianacom o rei do Egito deu a Salomo o monopliodo
negcio de cavalos e outros produtos daquelepas. As dissidncias
entre Jud e Israel, e asrelaes destes pases com o Egito e as
monarquiasda Assria e Babilnia conduziram aquelesuovos a numerosas
alianas e contra--alianas. Vide os livros dos Reis e das
Crnicas,assim como trechos de Isaas, Ezequiel e Jeremias.Vrios
ritos religiosos eram executados quandose realizava uma aliana. A
vtima do sacrifcioera morta e dividida em duas partes, entre
asquais passavam as pessoas interessadas,pedindo-se, nessa ocasio,
a maldio de semelhantedespedaamento para aquele quequebrasse os
termos da aliana. Este costumevigorou por longo perodo de tempo (Jr
34.18).Geralmente falando, o juramento s mencionadono ato de
contrair alianas, quer entrenaes (Js 9.15), ou entre indivduos (Gn
26.28;31.53; 2 Rs 11.4). O acontecimento era celebradocom uma festa
(x 24.11; 2 Sm 3.12a 20).O sal, como smbolo de fidelidade, era
usadonestas ocasies, aplicado aos sacrifcios; e vemdeste uso a
expresso aliana de sal (Nm18.19; 2 Cr 13.5). Levantou-se uma coluna
emmemria da aliana entre Labo e Jac (Gn31.52). Eram tambm enviados
presentes pelaparte que solicitava a aliana (1 Rs 15.18; Is30.6).
Os judeus atriburam sempre grande importnciaao fato de serem fiis
aos seus compromissos(Js 9.18). A ira divina caa sobre osque os
violavam (2 Sm 21.1; Ez 17.16).ALIMENTAO IMUNDA. A Lei de
Moissprescrevia exatas indicaes, quanto ao alimentoque se podia ou
que no se podia comer.O que se podia comer era limpo; o que a
Leiproibia comer era imundo..O intuito da distinoera a separao dos
hebreus como povoparticular do SENHOR (Lv 11.43 a 47; 20.24 a26). A
viso de Pedro, antes da recepo dosconvertidos gentios, adapta-se a
esta maneirade ver (At 10.12). A lei sobre as iguariasaplicava-se a
todo o povo, e no, como acontecianoutros pases em que havia
restries semelhantes,a uma classe ou a certas classes
somente.Aquelas prescries, inteiramente expostasem Lv 11 e Dt 14.3
a 21, concordam,como h muito tempo o disse Cirilo, um dos Paisda
Igreja, com os nossos naturais instintos eobservaes, embora o
costume (como no casodo uso da carne do porco) possa vencer a
naturalrepugnncia. Pode ser, porm, que muitas restriestenham sido
feitas com o fim de evitar acomida de qualquer coisa que os pagos
consideravamsagrada. A natureza preparatria dasdeterminaes a
respeito de comidas limpas ou
22. Alimento 23 Alosimundas, e a respeito da impureza do
homem,acha-se claramente indicada na epstola aosHebreus, cap.
9.9,10. (V. Alim ento, Im pureza.)ALIMENTO. O alimento de origem
vegetal muito mais comum entre os orientais, do que ode origem
animal. Em lugar de manteiga,banha de porco, e gordura, fazem uso
do azeite.Uma sopa de favas e lentilhas, temperada comalho e
azeite, um prato favorito. Ovos, me],leite, e especialmente o leite
azedo, e os diversosprodutos das hortas, fornecem os
principaiselementos para as refeies no Oriente. O pratomais comum
consta de arroz cozido com carne,feito maneira de sopa,
dando-se-lhe uma corazul, vermelha ou amarela. O alimento animalera
reservado, o mais possvel, para ocasiesespeciais (Gn 18.7; Lc
15.23). Certos animaisprovenientes da caa, bem como a vaca, o
novilho,a ovelha e o cabrito so carnes apreciadasno Oriente.
costume servir em uma s refeioo animal por inteiro. O peixe um
gnero dealimento muito estimado. Entre os egpcios osalimentos mais
em uso so os meles, os pepinos,as cebolas, a chicria, as
beldroegas, osrabanetes, as cenouras, os alhos e os alhos por-ros.O
leite de cabra entra em grande parte nasrefeies do Oriente desde o
princpio de abrilat setembro, e o de vaca durante os outrosmeses. A
carne assada quase limitada s refeiesdas pessoas ricas.Os hebreus
comiam grandes quantidades depo. Algumas vezes tambm se comiam as
espigasverdes de trigo, sendo esfregadas com asmos (Lv23.14; Dt
23.25; 2 Rs 4.42; Mt 12.1; Lc6.1). Todavia, eram com mais freqncia
tostadosos gros ao lume numa caarola (Lv 2.14), ecomidos como trigo
seco. Era comum esta espciede alimento entre trabalhadores do
campo(Lv 23.14; Rt 2.14; 1 Sm 17.17; 25.18; 2 Sm17.28). Algumas
vezes era pisado o gro, e secoao sol; ento se comia, ou temperado
comazeite, ou transformada a massa num bolo mole(Lv2.14,15,16; Nm
15.20;2 Sm 17.19; Ne 10.37;Ez 44.30). A fruta que servia de
alimento eramos figos secos, e na forma de bolos (1 Sm 25.18);as
uvas em estado de passas (1 Cr 12.40), masalgumas vezes servidas
dentro de bolos (2 Sm6.19); as roms (Ct 8.2; Ag 2.19); as avels; e
asamndoas (Gn 43.11).Os pepinos (Nm 11.5; Is 1.8) e a alface (x
12.8;Nm 9.11) devem ser postos na lista dos vegetais,usados na
Palestina, em adio listaacima referida, como constituindo o
sustentodos egpcios.Os hebreus deitavam na sua comida um
grandenmero de condimentos: o eominho, o endro, ocoentro, a hortel,
a arruda, a mostarda, e sal.E ra-lhes proibido, sob pena de
morte,alimentarem-se de sangue de animais (Lv 3.17;7.26; e 19.26;
Dt 12.16; 1 Sm 14.32; Ez44.7,15),sobre o fundamento de que o sangue
continha oprincpio da vida, e devia, por isso, ser oferecidosobre o
altar (Lv 17.11; Dt 12.23), Tambmno podiam comer aquelas reses que
morriamde morte natural (Dt 14.21), ou tivessem sidodespedaadas
pelas feras (x22.31), bem comoas aves e outros animais, que a Lei
consideravaimpuros (Lv 11, e Dt 14. 4).Os cristos no deviam comer a
carne daquelesanimais que eles sabiam terem sido oferecidosaos
dolos (At 15.29; 21.25; 1 Co 8.1), para queno parecesse isso um ato
de idolatria. Masera-lhes permitido comer a carne, compradanos
mercados pblicos, ou que era servida emjantares de festa, no
devendo fazer perguntassobre a provenincia desse alimento (1 Co
10.25a 27). Os convertidos africanos, em nossos dias,so orientados
de modo semelhante.ALJAVA. O receptculo em que se levavam assetas
(Js 39.23). Usa-se metaforicamente em SI127.5. E em Gn 27.3 possvel
que se trateduma espada ou outra arma, suspensa doombro.ALMA. O
termo alma representa o hebraiconephesh, que em muitas outras
passagens setraduz por vida ou criatura. Usa-se essevocbulo a
respeito dum ser vivo (Gn 17.14; Nm9.13, etc.); e dos animais, como
criaturas (Gn2.19, 9.15, etc.); e da alma como substnciadistinta do
corpo (Gn 35.18); da vida animal (Gn2.7; note-se a aparente
identificao com o sangue,Lv 17.14; e Dt 12.23); da alma como
sededos afetos, sensaes e paixes, sendo suscetvelde angstia (Gn
42.21), de aflio (Lv16.29), de desnimo (Nm 21.5), de desejo
(Dt14.26), de aborrecimento (SI 107. 18); e sendo,tambm, capaz de
comunicao com Deus,como vinda Dele (Ez 18.4), desejando-0 (SI42.1,
Is 26.9), regozijando-se Nele (SI 35.9; Is61.10), confiando Nele
(SI 57.1), adorando-0 (SI86.4, 104.1), mas pecando contra Deus e
fazendomal a si prpria (Jr 44.7; Ez 18.4; Mq6.7).No N.T. o termo
alma a traduo do gregopsych, que, como nephesh. muitas
vezestraduzido por vida. Usa-se acerca do homemindividual (At 2.41;
Rm 13.1; 1 Pe3.20); da vidaanimal sensitiva, com as suas paixes e
desejos,distinguindo-se do corpo (Mt 10.28'', e do esprito(Lc 1.46;
1 Ts 5.23; Hb 4.12). A alma suscetvel de perder-se (Mt 16.26); de
ser salva(Hb 10.39; Tg 1.21); e de existir depois da separaodo
corpo (Mt 10.28; Ap 6.9; 20.4). (V.Imortalidade da A lm a,
Espirito.)ALOS. O alos da Escritura no tem relaocom a florida
planta dos jardins modernos, masrepresenta uma madeira odorfera,
que desdetempos remotos foi empregada no Oriente parafins sagrados
e comuns. Nas passagens: SI 45.8,Ct4.14, eP v 7.17, est o alos
juntamente commirra como perfumes agradveis e atraentes;uma s vez
se acham mencionados no N.T. em
23. Alqueire 24 Amalequeconexo com o enterro de Jesus, em que
tomaramparte Jos. de Arimatia e Nicodemos (Jo19.39).ALQUEIRE. A
palavra grega, traduzida poralqueire (Mt 5.15), significa aquela
medida, aque se faz referncia em Gn 18.6; Mt 13.33; e Lc13.21, e
que era a tera parte dum efa (effi), amedida padro.ALTAR.Vem da
palavra latina altus, echamava-se assim por ser coisa construda
emelevao, empregando-se para sacrifcios e outrosoferecimentos. A
significao mais usualda palavra hebraica e grega lugar de
matana.Duas outras palavras em hebraico (Ez43.15), e uma em grego
(At 17.23), traduzem-sepelo termo altar, mas pouca luz
derramamsobre a significao da palavra.Depois da primeira referncia
(Gn 8.20), estorelacionados os altares com os patriarcas e comMoiss
(Gn 12.7, 22.9, 35.1,7; x 17.15, 24.4).As primeiras instrues com
respeito ao levantamentodum altar, em conexo com a Lei,acham-se em
x 20.24,25. Devia ser de terra,ou de pedra tosca, e sem degraus.
Havia doisaltares em relao com o tabernculo, um noptio exterior, e
outro no Santo Lugar. O primeirochamava-se altar de bronze, ou do
holocausto,e ficava em frente do tabernculo. Erade forma cncava,
feito de madeira de accia,quadrado, sendo o seu comprimento e a
sualargura de sete cvados, e a altura de trs cva-dos;estava coberto
de metal, e provido de argolase varais para o fim de ser
transportadonas jornadas do povo israelita pelo deserto. Emcada um
dos seus quatro cantos havia uma salincia,a que se dava o nome de
ponta. Nohavia degrau, mas uma borda em redor paraconvenincia dos
sacerdotes, enquanto esta-vamrealizando o seu trabalho. Pois que os
sacrifcioseram oferecidos neste altar, a sua situao entrada do
tabernculo era para o povode Israel uma significativa lio de que
nohavia possvel aproximao de Deus a no serpor meio do sacrifcio (x
27.1 a 8; 38.1).O altar do incenso ficava no Santo Lugar,mesmo em
frente do vu, que estava diante doSanto dos Santos. Era quadrado,
sendo o seucomprimento e largura dum cvado, com doiscvados de
altura: feito de madeira de accia, eforrado de ouro puro, tinha
pontas em cadacanto, e duas argolas de ouro aos dois lados.Ainda
que este altar estava colocado no SantoLugar, tinha ele tal relao
com o significadoespiritual do Santo dos Santos, que se podiadizer
que era pertence deste lugar (Hb 9.3,4).Sobre ele se queimava o
incenso de manh e detarde, como smbolo da constante adorao dopovo
(x 30.1 a 10; 40.5; 1 Rs 6.22; SI 141.2). Notemplo de Salomo o
altar de bronze era muitomaior do que o do tabernculo (1 Rs 8.64),
e umnovo altar do incenso foi tambm edificado (1Rs 7.48). O
tabernculo era o santurio centralem que Deus podia ser adorado,
segundo a maneiradivinamente estabelecida; foi proibido aIsrael ter
mais do que um santurio. Mas haviaambigidade acerca da palavra
santurio,pois empregava-se este termo tanto para casa,como para
altar.A casa ou santurio central tinha os seus doisaltares, mas no
estava cada altar em relaocom uma casa. Em toda a parte eram
permitidosaltares, desde o tempo de Moiss em diante(x 20.24 a 26),
mas somente um santurio (x25.8). O requisito necessrio, quanto ao
levantamentode altares, era que eles no deviam terligao alguma com
os altares gentlicos ou oslugares altos (Dt 16.21). Pluralidade de
altaresera coisa consentida, mas no de casas (x20.24 a 26). A nica
ocasio em que houve maisde uma casa foi durante as confuses e
complicaesdo tempo de Davi, existindo ento doissanturios com dois
altares de bronze, um emGibeom e o outro em Jerusalm (1 Rs
3.2,4,15).Quando o reino se dividiu, estabeleceu Jerobooos seus
prprios santurios em D e Betei,afim de evitar que o povo se
dirigisse a Jerusalm,e fosse por isso afastado da submisso aoseu
rei.Os outros usos do altar eram, ou para memriade algum fato (Js
22.10), ou para servir de asiloem caso de perigo (1 Rs 1.50); mas
isto eraexcepcional, no destruindo a idia geral doaltar como lugar
de sacrifcio.No Novo Testamento o emprego do termo altar muito
raro. Em Mt 5.23, a referncia aoaltar judaico dos holocaustos. Em 1
Co 9.13 e10.18, o altar pago e a Mesa do Senhor sopostos em relao e
em contraste.AMA. A ama, entre as famlias orientais, sempreuma
pessoa considerada, fazendo parte dafamlia, seja ela ama de leite
ou tenha a posiode aia. Ela acompanha sempre a noiva casa domarido:
Ento despediram a Rebeca...e a suaama (Gn 24.59). Veja-se tambm Gn
35.8; Nm11.12; Rt 4.16; 2 Sm 4.4; 2 Rs 11.2; Is 49.23.AMALEQUE,
AMALEQUITAS. Segundo oque se diz em Gn 36.12 a 16, era Amaleque
netode Esa, e um dos prncipes de Edom (V.l Cr1.36). Em qualquer
outra parte o nome no depessoa, mas de tribo amalequitas (x 17.8
a16); e h boa razo para dar tribo maior antigidadedo que a data do
seu suposto antepassadoAmaleque. V. Gn 14.7, e cp.com a frase
deBalao: Amaleque o primeiro [o mais antigo]das naes (Nm 24.20).
Estas tribos errantesaparecem na narrativa de Gn 14, como
habitantesde Cana, perto de Cades, onde foram batidaspor
Quedorlaomer e seus confederados (Gn14.7). Mais tarde, depois do
xodo, atacaram aretaguarda dos israelitas em Refidim, perto doSinai
(Dt 25.17 a 19), e foram derrotados porJosu (x 17.8 a 16). Eles, os
mais antigos e
24. Amarias 25 Ammdesapiedados agressores de Israel, foram
colocadosdebaixo da maldio divina: Haverguerra do Senhor contra
Amaleque de geraoem gerao. A sua memria havia de ser extintade
debaixo dos cus. Aliados com os cana-neus,infligiram grave derrota
aos israelitas,quando estes primeiramente procuraram entrarna
Palestina (Nm 14.43 a 45). No tempo dosjuizes, os amalequitas, com
os filhos de Amom,juntaram-se a Eglom, rei de Moabe, e
atacaramIsrael, tomando Jeric (Jz 3.13); mas foramcompletamente
derrotados por Gideo no valede Jezreel (Jz 6.33; 7.12 a 22). No
tempo deSaul, recebeu este rei a ordem de executar odivino decreto
de extermnio, e destruiu totalmenteo povo amalequita, mas perdoou
ao reiAgague, e no se desfez do melhor do seu despojo,sendo pela
sua desobedincia castigadocom a perda do seu reino (1 Sm 15). Na
ausnciade Davi, eles invadiram e saquearam Ziclague,e levaram
consigo duas mulheres de Davi, eoutras, como cativas; mas foram
perseguidos edesbaratados (1 Sm 30.1 a 31). Um dos
amalequitas,acusando-se de ter assassinado Saul, foipor Davi
condenado morte (2 Sm 1.1 a 16). Oouro e prata daquele povo foram
consagradosao SENHOR (2 Sm 8.12; 1 Cr 18.11). Foramtambm derrotados
no reinado de Ezequias porquinhentos homens da tribo de Simeo, que
emconseqncia disso habitaram em lugar deles (1Cr 4.39 a
43).AMARIAS. O SENHOR prometeu 1. V. 1 Cr6.7, 52.2. Sumo sacerdote
do tempo de Josaf (2 Cr19.11); parece ter apoiado os esforos deste
reipara a realizao duma reforma em Israel eJud.3. V. 1 Cr 23.19 e
24.23.4. Chefe de um dos vinte e quatro turnos desacerdotes, cujo
turno tinha aquele nome notempo de Davi, de Ezequias e de Neemias;
etambm chamado Imer (1 Cr 24.14; 2 Cr31.15; Ne 10.3 e 12.2 a 13).5.
Um daqueles que no tempo de Esdras casaramcom mulheres estrangeiras
(Ed 10.42).6. V. Sf 1.1.7. V. Ne 11.4.AMASA. Portador de carga. 1.
Filho duma irmde Davi (2 Sm 17.25). Absalo nomeou-o
comandante-chefe do seu revoltoso exrcito emlugar de Joabe, por
quem foi derrotado no bosquede Efraim (2 Sm 18.6 ). Mais tarde
Amasafoi perdoado por Davi e nomeado para o lugarde Joabe, que
tinha incorrido no desagrado dorei pelo fato de ter matado a Absalo
(2 Sm19.13). Depois disto, Joabe matou traioeiramenteAmasa, quando
fingia saud-lo (2 Sm20. 10).2. Um dos chefes dos filhos de Efraim
(2 Cr28.12).AMASAI. Portador de carga. 1. V. 1 Cr 6.25.2. Chefe dos
homens de Jud e Benjamim, quese juntaram a Davi em Ziclague; talvez
omesmo que Amasa (1) (1 Cr 12.18).3. Um sacerdote que tocava a
trombeta dianteda arca, quando Davi a levou da casa deObede-Edom (1
Cr 15.24).4. Um levita mencionado em 2 Cr 29.12.AMAZIAS. Fortaleza
do SENHOR. 1. Oitavorei de Jud, que, tendo vinte e cinco anos
deidade, sucedeu a seu pai Jos, que tinha sidoassassinado pelos
seus servos (2 Rs 12 e 14).Declarou guerra aos edomitas,
derrotou-os novale do Sal, ao sul do mar Morto, e tomou-lhes asua
capital, Sela ou Petra (2 Cr 25). Amaziasrealizou cerimnias
religiosas em honra dosdeuses deste ltimo pas e por causa deste
atode idolatria principiaram os infortnios no seureinado. Foi
inteiramente derrotado na batalhade Bete-Semes por Jeos, rei de
Israel, a quemtinha provocado, e por quem foi preso e conduzidos
portas de Jerusalm, que caiu sem resistncia(2 Rs 14.13). No 27 ano
do seu reinadofoi Amazias assassinado por conspiradores emLaquis,
para onde se tinha retirado, fugindo deJerusalm (2 Cr 25.27).2.
Sacerdote de Betei, que mandou a Jerobooacusaes contra o profeta
Ams, e esforou-seem lev-lo de Israel para Jud (Am 7.10; V. 1Rs
12.25 a 33).3. Um dos filhos de Simeo, mencionado em 1Cr 4.34.4. Um
levita (1 Cr 6.45).AMM. Advrbio hebraico, formado duma raiz,que
significa assegurar, firmar, e por isso empregado no sentido de
confirmar o que outremdisse. Am m - assim seja.1. No Antigo
Testamento aceita e ratifica umamaldio (Nm 5.22; Dt 27.15 a 26; Ne
5.13), euma ordem real (1 Rs 1.36); e uma profecia (Jr28.6); e
qualquer orao, especialmente no fimduma doxologia (Ne 8.6); e
constitui respostado povo s doxologias, que se acham depois
dosprimeiros quatro livros de salmos (41.13,72.19,89.52, 106.48; v.
1 Cr 16.36).Este costume passou dos servios religiosos dasinagoga
para o culto cristo.2. No Novo Testamento:(a) Emprega-se no culto
pblico (1 Co 14.16). Adoxologia e o Am m que fecham a orao
dominicalem Mt 6.13 so, sem dvida, devidos aouso litrgico da
orao.(b) E ste modo de responder com Am mgeneralizou-se, para
confirmar oraes individuaise de ao de graas (Rm 1.25, 9.5, 11.36;G1
6.18; Ap 1.6,7, etc.)(c) Jesus costumava, dum modo particular,
empregaro mesmo termo, quando se tratava dechamar a ateno para
assunto de especial solenidade:em verdade vos digo (Jo 1.51