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Proposta de regulamento do Parlamento Europeu e do Conselho relativo à organizaçªo e utilizaçªo do espaço aØreo no cØu œnico europeu (2002/C 25 E/10) (Texto relevante para efeitos do EEE) COM(2001) 564 final 2001/0236(COD) (Apresentada pela Comissªo em 12 de Outubro de 2001) O PARLAMENTO EUROPEU E O CONSELHO DA UNIˆO EUROPEIA, Tendo em conta o Tratado que estabelece a Comunidade Euro- peia, nomeadamente o n. o 2 do seu artigo 80. o , Tendo em conta a proposta da Comissªo, Tendo em conta o parecer do ComitØ Económico e Social, Tendo em conta o parecer do ComitØ das Regiıes, Deliberando nos termos do procedimento previsto no artigo 251. o do Tratado, Considerando o seguinte: (1) A criaçªo do cØu œnico europeu requer uma abordagem harmonizada para a regulaçªo da organizaçªo e utilizaçªo do espaço aØreo. (2) O relatório do Grupo de Alto Nível sobre o cØu œnico europeu confirmou a necessidade de dispor de regras a nível comunitÆrio para configurar, regular e gerir estrate- gicamente o espaço aØreo a nível europeu e melhorar o fluxo de trÆfego aØreo. (3) A comunicaçªo da Comissªo sobre a criaçªo do cØu œnico europeu preconiza a realizaçªo de uma reforma estrutural que permita a criaçªo do cØu œnico atravØs da gestªo integrada do espaço aØreo e do desenvolvimento de novos conceitos e processos de gestªo do trÆfego aØreo. (4) O Regulamento (CEE) n. o . . ./. . . do Parlamento Europeu e do Conselho estabelece o quadro para a criaçªo do cØu œnico europeu. (5) O espaço aØreo Ø um recurso comum que deve ser utili- zado de forma flexível, garantindo a todos os utilizadores um tratamento justo e transparente e tendo simultanea- mente em conta as necessidade de segurança e defesa dos Estados-Membros, bem como os compromissos por estes assumidos em organizaçıes internacionais. (6) A gestªo eficiente do espaço aØreo Ø fundamental para aumentar a capacidade do sistema de serviços de trÆfego aØreo, optimizar a resposta às diversas exigŒncias dos uti- lizadores e assegurar a utilizaçªo mais flexível possível do espaço aØreo. (7) As actividades do Eurocontrol confirmam que a rede de rotas e a estrutura do espaço aØreo nªo podem, de forma realista, ser desenvolvidas isoladamente, jÆ que cada Es- tado-Membro Ø parte integrante da rede europeia de gestªo do trÆfego aØreo. (8) Deve ser estabelecido um espaço aØreo œnico para o trÆ- fego aØreo em rota no espaço aØreo superior, devendo, consequentemente, ser identificada a interface entre esse espaço aØreo e o espaço aØreo regional e local. (9) A delimitaçªo do espaço aØreo no qual deverªo ser pres- tados os serviços de trÆfego aØreo deve estar associada à necessidade de garantir a eficiŒncia dos serviços e nªo às fronteiras nacionais. (10) Os utilizadores do espaço aØreo enfrentam condiçıes dís- pares de acesso ao espaço aØreo comunitÆrio e de liber- dade de circulaçªo nesse mesmo espaço. Tais disparidades devem-se à falta de harmonizaçªo da classificaçªo do es- paço aØreo. (11) As limitaçıes na definiçªo da rede de rotas provocam a concentraçªo dos fluxos de trÆfego aØreo em pontos fixos de intersecçªo ou cruzamentos de vias aØreas, embora o princípio das rotas directas constitua a forma privilegiada, em termos económicos e ecológicos, de utilizar o espaço aØreo comunitÆrio. (12) Para obter uma estrutura do espaço aØreo comum e har- monizada Ø essencial basear a repartiçªo actual e futura do espaço aØreo em princípios comuns e configurar e gerir o espaço aØreo de acordo com regras harmonizadas. (13) Devem ser estabelecidas interfaces adequadas entre o es- paço aØreo superior e o espaço aØreo inferior e deve aplicar-se a este œltimo uma abordagem harmonizada. (14) As variaçıes no que se refere à organizaçªo da co- operaçªo civil/militar na Comunidade impedem a gestªo uniforme e em tempo œtil do espaço aØreo, bem como a introduçªo de mudanças. O Œxito do cØu œnico depende de uma cooperaçªo eficaz entre as autoridades civis e militares. PT C 25 E/506 Jornal Oficial das Comunidades Europeias 29.1.2002

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Proposta de regulamento do Parlamento Europeu e do Conselho relativo à organizaçªo e utilizaçªodo espaço aØreo no cØu œnico europeu

(2002/C 25 E/10)

(Texto relevante para efeitos do EEE)

COM(2001) 564 final � 2001/0236(COD)

(Apresentada pela Comissªo em 12 de Outubro de 2001)

O PARLAMENTO EUROPEU E O CONSELHO DA UNIˆO EUROPEIA,

Tendo em conta o Tratado que estabelece a Comunidade Euro-peia, nomeadamente o n.o 2 do seu artigo 80.o,

Tendo em conta a proposta da Comissªo,

Tendo em conta o parecer do ComitØ Económico e Social,

Tendo em conta o parecer do ComitØ das Regiıes,

Deliberando nos termos do procedimento previsto no artigo251.o do Tratado,

Considerando o seguinte:

(1) A criaçªo do cØu œnico europeu requer uma abordagemharmonizada para a regulaçªo da organizaçªo e utilizaçªodo espaço aØreo.

(2) O relatório do Grupo de Alto Nível sobre o cØu œnicoeuropeu confirmou a necessidade de dispor de regras anível comunitÆrio para configurar, regular e gerir estrate-gicamente o espaço aØreo a nível europeu e melhorar ofluxo de trÆfego aØreo.

(3) A comunicaçªo da Comissªo sobre a criaçªo do cØu œnicoeuropeu preconiza a realizaçªo de uma reforma estruturalque permita a criaçªo do cØu œnico atravØs da gestªointegrada do espaço aØreo e do desenvolvimento de novosconceitos e processos de gestªo do trÆfego aØreo.

(4) O Regulamento (CEE) n.o . . ./. . . do Parlamento Europeu edo Conselho estabelece o quadro para a criaçªo do cØuœnico europeu.

(5) O espaço aØreo Ø um recurso comum que deve ser utili-zado de forma flexível, garantindo a todos os utilizadoresum tratamento justo e transparente e tendo simultanea-mente em conta as necessidade de segurança e defesa dosEstados-Membros, bem como os compromissos por estesassumidos em organizaçıes internacionais.

(6) A gestªo eficiente do espaço aØreo Ø fundamental paraaumentar a capacidade do sistema de serviços de trÆfegoaØreo, optimizar a resposta às diversas exigŒncias dos uti-lizadores e assegurar a utilizaçªo mais flexível possível doespaço aØreo.

(7) As actividades do Eurocontrol confirmam que a rede derotas e a estrutura do espaço aØreo nªo podem, de formarealista, ser desenvolvidas isoladamente, jÆ que cada Es-tado-Membro Ø parte integrante da rede europeia degestªo do trÆfego aØreo.

(8) Deve ser estabelecido um espaço aØreo œnico para o trÆ-fego aØreo em rota no espaço aØreo superior, devendo,consequentemente, ser identificada a interface entre esseespaço aØreo e o espaço aØreo regional e local.

(9) A delimitaçªo do espaço aØreo no qual deverªo ser pres-tados os serviços de trÆfego aØreo deve estar associada ànecessidade de garantir a eficiŒncia dos serviços e nªo àsfronteiras nacionais.

(10) Os utilizadores do espaço aØreo enfrentam condiçıes dís-pares de acesso ao espaço aØreo comunitÆrio e de liber-dade de circulaçªo nesse mesmo espaço. Tais disparidadesdevem-se à falta de harmonizaçªo da classificaçªo do es-paço aØreo.

(11) As limitaçıes na definiçªo da rede de rotas provocam aconcentraçªo dos fluxos de trÆfego aØreo em pontos fixosde intersecçªo ou cruzamentos de vias aØreas, embora oprincípio das rotas directas constitua a forma privilegiada,em termos económicos e ecológicos, de utilizar o espaçoaØreo comunitÆrio.

(12) Para obter uma estrutura do espaço aØreo comum e har-monizada Ø essencial basear a repartiçªo actual e futurado espaço aØreo em princípios comuns e configurar egerir o espaço aØreo de acordo com regras harmonizadas.

(13) Devem ser estabelecidas interfaces adequadas entre o es-paço aØreo superior e o espaço aØreo inferior e deveaplicar-se a este œltimo uma abordagem harmonizada.

(14) As variaçıes no que se refere à organizaçªo da co-operaçªo civil/militar na Comunidade impedem a gestªouniforme e em tempo œtil do espaço aØreo, bem como aintroduçªo de mudanças. O Œxito do cØu œnico dependede uma cooperaçªo eficaz entre as autoridades civis emilitares.

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(15) O conceito de utilizaçªo flexível do espaço aØreo e agestªo colaborativa devem aplicar-se de forma eficazpara que a adaptaçªo dos treinos militares ao trÆfegoaØreo civil ocorra sem dificuldades. É necessÆrio optimizara localizaçªo, dimensªo e os períodos de utilizaçªo dossectores de espaço aØreo atribuídos à satisfaçªo das neces-sidades militares, especialmente em períodos de ponta dotrÆfego aØreo civil e no espaço aØreo de elevada densidade.

(16) As operaçıes militares devem ser salvaguardadas sempreque a aplicaçªo de princípios e critØrios comuns, comoprevisto no presente regulamento, seja prejudicial à suarealizaçªo segura e eficaz.

(17) Devem ser introduzidas medidas adequadas para melhorara eficÆcia da gestªo do fluxo do trÆfego aØreo.

(18) De acordo com as conclusıes do Grupo de Alto Nívelsobre o cØu œnico europeu, o Eurocontrol Ø o organismocom as competŒncias tØcnicas adequadas para assistir aComunidade na sua funçªo reguladora. Consequente-mente, o Eurocontrol pode elaborar projectos de medidas,ao abrigo dos convØnios adequados e com reserva daobservância, pelo Eurocontrol, das condiçıes a incluirnum quadro de cooperaçªo entre a Comissªo e o Euro-control.

(19) Em conformidade com os princípios da subsidiariedade eda proporcionalidade estabelecidos no artigo 5.o do Tra-tado, os objectivos do presente regulamento, ou seja, acriaçªo de um espaço aØreo europeu como espaço aØreooperacional œnico, nªo podem ser suficientemente realiza-dos pelos Estados-Membros, podendo, pois, devido à di-mensªo ou aos efeitos da acçªo prevista, ser melhor al-cançados ao nível comunitÆrio, garantindo-se, simultanea-mente, que os procedimentos de aplicaçªo tenham emconta as especificidades locais.

(20) As medidas necessÆrias para a aplicaçªo do presente re-gulamento sªo de âmbito geral, na acepçªo do dispostono artigo 2.o da Decisªo 1999/468/CE do Conselho, de28 de Junho de 1999, que fixa as regras de exercício dascompetŒncias de execuçªo atribuídas à Comissªo (1), de-vendo, consequentemente, ser adoptadas atravØs da apli-caçªo do procedimento de regulamentaçªo previsto noartigo 5.o da referida decisªo,

ADOPTARAM O PRESENTE REGULAMENTO:

PARTE I

ASPECTOS GERAIS

Artigo 1.o

´mbito de aplicaçªo

1. O presente regulamento tem por objecto a organizaçªo eutilizaçªo do espaço aØreo, em conformidade com o disposto

no Regulamento (CEE) n.o . . ./. . . [regulamento-quadro] queestabelece o quadro para a criaçªo do cØu œnico, e no âmbitodo referido regulamento.

2. O presente regulamento aplica-se ao espaço aØreo para oqual os Estados-Membros designam prestadores de serviços, talcomo previsto no artigo 8.o do Regulamento (CEE) n.o . . ./. . .[prestaçªo de serviços].

Artigo 2.o

Objectivo

O objectivo do presente regulamento consiste em estabelecerum espaço aØreo comunitÆrio como um espaço aØreo opera-cional œnico no qual procedimentos comuns para a configu-raçªo, organizaçªo e gestªo garantam o desempenho eficiente eseguro da gestªo do trÆfego aØreo. A utilizaçªo do espaço aØreocomunitÆrio deverÆ apoiar a exploraçªo de serviços de nave-gaçªo aØrea como um todo coerente e consistente, em confor-midade com o disposto no Regulamento (CEE) n.o . . ./. . .[prestaçªo de serviços].

Artigo 3.o

Definiçıes

Para efeitos do presente regulamento, alØm das definiçıes pre-vistas no artigo 2.o do Regulamento (CEE) n.o . . ./. . . [regula-mento-quadro], entende-se por:

a) «espaço aØreo operacional œnico», a realizaçªo do controlodo trÆfego aØreo de acordo com procedimentos de gestªodo espaço aØreo e normas de segurança uniformes;

b) «configuraçªo do espaço aØreo», um processo adequado,eficiente e eficaz de estruturar, dividir e categorizar o es-paço aØreo, juntamente com a planificaçªo das rotas e aorganizaçªo do espaço aØreo;

c) «regiªo de informaçªo de voo», um espaço aØreo de dimen-sıes definidas no interior do qual sªo prestados serviços deinformaçªo de voo e de alerta;

d) «nível de divisªo», a fronteira entre o espaço aØreo superiore o espaço aØreo inferior;

e) «espaço aØreo superior», o espaço aØreo situado acima deum determinado nível de voo;

f) «espaço aØreo inferior», o espaço aØreo situado abaixo deum determinado nível de voo;

g) «nível de voo», uma superfície de pressªo atmosfØrica cons-tante ligada a uma pressªo de referŒncia específica de1 013,2 hectopascals e separada das outras superfícies anÆ-logas por intervalos de pressªo específicos;

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(1) JO L 184 de 17.7.1999, p. 23.

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h) «bloco funcional de espaço aØreo», espaço aØreo de dimen-sıes óptimas definidas, sobre terra ou Ægua, no interior doqual sªo prestados serviços de navegaçªo aØrea;

i) «centro de controlo regional», uma unidade operacionalcriada para assegurar a prestaçªo de serviços de controlodo trÆfego aØreo num bloco de espaço aØreo da sua com-petŒncia;

j) «classificaçªo do espaço aØreo», a classificaçªo ICAO dosespaços aØreos, designados alfabeticamente de A a G, talcomo especificado no ApŒndice 4 da dØcima segundaediçªo, de Julho de 1998, da Convençªo sobre a AviaçªoCivil Internacional de 1944 (Convençªo de Chicago), igual-mente definidos como espaços aØreos de dimensıes defini-das, designados alfabeticamente, no interior dos quais po-dem operar tipos específicos de voos e para os quais sªoespecificados serviços de trÆfego aØreo e regras operacio-nais;

k) «rota directa», uma operaçªo de aeronave que permite auma aeronave em voo deslocar-se directamente entre doispontos fora do plano de rotas;

l) «rede de rotas», uma rede de rotas específicas para canalizaro fluxo de trÆfego aØreo de acordo com as necessidades deprestaçªo de serviços de trÆfego aØreo;

m) «sector», uma subdivisªo da totalidade das tarefas de con-trolo em porçıes geríveis de espaço aØreo nas quais sepode medir o fluxo aØreo e a capacidade;

n) «utilizaçªo flexível do espaço aØreo», o conceito de gestªodo espaço aØreo aplicado na zona abrangida pela Confe-rŒncia Europeia da Aviaçªo Civil, tal como especificado naprimeira ediçªo, de 5 de Fevereiro de 1996, do manual degestªo do espaço aØreo para a aplicaçªo do conceito deutilizaçªo flexível do espaço aØreo («Airspace ManagementHandbook for the application of the Concept of the Flexi-ble Use of Airspace»), publicado pelo Eurocontrol;

o) «gestªo do espaço aØreo», uma funçªo de organizaçªo es-sencialmente destinada a maximizar a utilizaçªo do espaçoaØreo disponível por meio de tØcnicas dinâmicas de explo-raçªo em tempo partilhado (time-sharing) e, por vezes, arepartiçªo do espaço aØreo entre diversas categorias deutilizadores, em funçªo das necessidades a curto prazo;

p) «gestªo do fluxo do trÆfego aØreo», um serviço estabelecidocom o objectivo de contribuir para a segurança, ordem erapidez do fluxo de trÆfego aØreo, atravØs da garantia damÆxima utilizaçªo possível da capacidade de controlo dotrÆfego aØreo e da compatibilidade do volume de trÆfegocom as capacidades declaradas pelos prestadores de servi-ços de trÆfego aØreo competentes;

q) «processo decisório colaborativo», um processo de inter-câmbio de informaçıes entre prestadores de serviços de

trÆfego aØreo, operadores aeroportuÆrios, prestadores deserviços de gestªo do fluxo do trÆfego aØreo e utilizadoresdo espaço aØreo para introduzir mais flexibilidade na re-partiçªo de faixas horÆrias/rotas e nos processos de coor-denaçªo de voos para optimizar a utilizaçªo de capacidadeslimitadas.

PARTE II

ARQUITECTURA DO ESPA˙O AÉREO

Artigo 4.o

Criaçªo de uma regiªo superior europeia de informaçªo devoo

1. Tendo em devida conta os requisitos da ICAO, especifi-cados na dØcima segunda ediçªo, de Julho de 1998, do Anexo11 da Convençªo sobre a Aviaçªo Civil Internacional de 1944(Convençªo de Chicago), Ø estabelecida no espaço aØreo supe-rior uma œnica regiªo de informaçªo de voo europeia, a seguirdesignada regiªo superior de informaçªo de voo europeia (Eu-ropean Upper Flight Information Region � EUIR).

2. O nível de divisªo entre o espaço aØreo superior e oespaço aØreo inferior Ø estabelecido no nível de voo 285.

3. No prazo de trŒs anos a contar do estabelecimento daEUIR, o Parlamento Europeu e o Conselho alargarªo, com basenuma proposta da Comissªo, o conceito referido no n.o 1 paraincluir a criaçªo de uma regiªo de informaçªo de voo europeiano espaço aØreo inferior.

4. A Comissªo adoptarÆ as medidas necessÆrias para obter oreconhecimento da EUIR pela ICAO, tal como exigido peladØcima ediçªo, de Julho de 1997, do Anexo 15 da Convençªosobre a Aviaçªo Civil Internacional (Convençªo de Chicago) de1944. Com a participaçªo do Eurocontrol, a Comissªo organi-zarÆ igualmente a publicaçªo de um documento de informaçªoaeronÆutica œnico relativo à EUIR atravØs da consolidaçªo dasinformaçıes aeronÆuticas existentes a nível nacional. Esta pu-blicaçªo incorporarÆ todas as alteraçıes dos requisitos e pro-cedimentos introduzidas pela realizaçªo do cØu œnico.

Artigo 5.o

Reconfiguraçªo do espaço aØreo superior

1. A EUIR serÆ reconfigurada em blocos funcionais de es-paço aØreo de dimensıes mínimas com base na segurança eeficiŒncia. As fronteiras de tais blocos funcionais de espaçoaØreo nªo terªo que coincidir com as fronteiras nacionais.Serªo criados blocos funcionais de espaço aØreo para apoiara prestaçªo de serviços de trÆfego aØreo nos centros de con-trolo regional responsÆveis por uma dimensªo óptima do es-paço aØreo na EUIR.

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2. Os blocos funcionais de espaço aØreo serªo definidos emconformidade com o procedimento previsto no n.o 2 do artigo16.o do presente regulamento. A definiçªo de tais blocos fun-cionais de espaço aØreo deverÆ:

i) sustentar de forma eficiente o modelo actual e futuro dotrÆfego aØreo;

ii) assegurar que cada bloco de espaço aØreo Ø concebido paramaximizar a eficiŒncia do espaço aØreo europeu na suaglobalidade;

iii) considerar os recursos humanos e de capital dos diversosprestadores de serviços de navegaçªo aØrea;

iv) minimizar os custos das transacçıes entre os diversos cen-tros de controlo regional;

v) assegurar a coerŒncia entre as configuraçıes actuais e futu-ras do espaço aØreo superior e inferior.

Artigo 6.o

Classificaçªo do espaço aØreo

1. A EUIR serÆ designada de acordo com uma classificaçªoharmonizada do espaço aØreo para garantir a uniformidade daprestaçªo de serviços de navegaçªo aØrea na Comunidade eestabelecer uma categoria œnica de ambiente no qual os pres-tadores de serviços de trÆfego aØreo tenham conhecimento datotalidade do trÆfego aØreo e das posiçıes e planos de voo dasaeronaves.

2. A classificaçªo referida no n.o 1 serÆ estabelecida atravØsda aplicaçªo comum e simplificada da classificaçªo do espaçoaØreo prevista no Capítulo 2 da dØcima segunda ediçªo, deJulho de 1998, do Anexo 11 da Convençªo sobre a AviaçªoCivil Internacional (Convençªo de Chicago) de 1944.

3. As regras de aplicaçªo necessÆrias relativas aos domíniosabrangidos pelo presente artigo serªo adoptadas em conformi-dade com o procedimento previsto no n.o 2 do artigo 16.o dopresente regulamento.

Artigo 7.o

Rotas directas no espaço aØreo superior

Sob reserva da anÆlise da segurança, os prestadores de serviçosde navegaçªo aØrea deverªo organizar a aplicaçªo das rotasdirectas na EUIR por etapas como a forma óptima, em termoseconómicos e ambientais, de utilizar o espaço aØreo comuni-tÆrio. Os prestadores de serviços apresentarªo relatórios regu-lares à Comissªo sobre tal aplicaçªo.

Artigo 8.o

Configuraçªo uniforme do espaço aØreo

A estruturaçªo, divisªo e categorizaçªo do espaço aØreo junta-mente com a planificaçªo de rotas deverÆ basear-se num pro-cesso de configuraçªo uniforme, eficiente e eficaz no âmbito doconceito de operaçªo aprovado. Para este fim, deverªo estabe-

lecer-se regras relativas ao espaço aØreo, princípios e critØrioscomuns de configuraçªo dos sectores, especialmente dos secto-res transfronteiriços, e de definiçªo de rotas com base no«Concept and Criteria for Medium Term EUR Route Networkand Associated Airspace Sectorisation» EATMP ARN, versªo 4,publicada pelo Eurocontrol em 1 de Abril de 2001.

As regras de aplicaçªo necessÆrias relativas aos domínios abran-gidos pelo presente artigo serªo adoptadas em conformidadecom o procedimento previsto no n.o 2 do artigo 16.o do pre-sente regulamento.

Artigo 9.o

CoerŒncia da configuraçªo do espaço aØreo inferior

Com base nos critØrios especificados no n.o 2 do artigo 5.o dopresente regulamento, a organizaçªo e configuraçªo do espaçoaØreo inferior serªo harmonizadas por forma a assegurar acoerŒncia com o espaço aØreo superior e ter em conta a si-tuaçªo do ambiente nos aeroportos e suas imediaçıes, deacordo com o procedimento previsto no n.o 2 do artigo 16.odo presente regulamento. Em cumprimento do disposto non.o 3 do artigo 4.o, o conceito de blocos funcionais de espaçoaØreo especificado no artigo 5.o do presente regulamento serÆalargado para estabelecer blocos idŒnticos no espaço aØreoinferior, em especial a fim de solucionar os problemas trans-nacionais com que se confrontam os voos de pequeno e mØdiocurso.

Os prestadores de serviços de navegaçªo aØrea deverªo harmo-nizar as operaçıes e prÆticas de aproximaçªo e partida deaeronaves dos aeroportos e os seus movimentos no solo.SerÆ definido um processo comum para a definiçªo de taisprÆticas, em conformidade com o procedimento previsto non.o 2 do artigo 16.o do presente regulamento, incluindo mØto-dos de avaliaçªo do risco para verificar a viabilidade da suaaplicaçªo a nível local.

PARTE III

COORDENA˙ˆO CIVIL/MILITAR

Artigo 10.o

Coordenaçªo civil/militar

1. Os Estados-Membros deverªo assegurar uma repartiçªo eutilizaçªo eficientes do espaço aØreo pelos utilizadores civis emilitares atravØs da aplicaçªo uniforme e completa do conceitode utilizaçªo flexível do espaço aØreo.

2. Os Estados-Membros deverªo facilitar a organizaçªo dacooperaçªo civil/militar, em especial em todos os aspectos dagestªo do espaço aØreo e da gestªo do fluxo de trÆfego. Osprestadores de serviços de navegaçªo aØrea civis e militaresprocederªo ao intercâmbio de dados ao abrigo dos convØniosprevistos no artigo 11.o do Regulamento (CEE) n.o . . ./. . . [pres-taçªo de serviços].

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3. Tendo em conta as condiçıes gerais da gestªo do fluxodo trÆfego aØreo definidas no artigo 13.o, serªo estabelecidos oscritØrios:

� para a utilizaçªo do espaço aØreo reservado, incluindo osfactores para a determinaçªo das extensıes horizontais everticais, a localizaçªo de tal espaço aØreo e a sua subdi-visªo em elementos funcionais a activar em funçªo da pro-cura;

� para a aplicaçªo do conceito de utilizaçªo flexível do es-paço aØreo,

de acordo com o procedimento estabelecido no n.o 2 do artigo16.o do presente regulamento.

Estes critØrios aplicarªo os princípios previstos no artigo 4.o doRegulamento (CEE) n.o . . ./. . . [regulamento-quadro].

4. Os Estados-Membros encorajarªo a total integraçªo dadefesa aØrea na gestªo do espaço aØreo garantindo a utilizaçªoplena do espaço aØreo, desde que sejam respeitadas determina-das condiçıes e disposiçıes aprovadas, tendo em conta asexigŒncias de segurança nacional.

5. Sem prejuízo de acordos e convençıes internacionais nosquais a Comunidade seja Parte Contratante, e para garantir asegurança da aviaçªo civil, os Estados-Membros podem solicitara apresentaçªo de um plano de voo de qualquer voo militarque entre no espaço aØreo no qual tenham designado presta-dores de serviços de trÆfego aØreo, em conformidade com odisposto nos artigos 8.o e 9.o do Regulamento (CEE) n.o . . ./. . .[prestaçªo de serviços], independentemente da origem e/oudestino do voo.

Artigo 11.o

Isençıes temporÆrias para adaptaçªo

Em caso de sØria perturbaçªo das operaçıes militares, os Esta-dos-Membros podem solicitar à Comissªo a preparaçªo deadaptaçıes aos critØrios definidos de acordo com o n.o 3 doartigo 10.o no seu território. Durante a preparaçªo de taisadaptaçıes, a Comissªo dispensarÆ temporariamente o(s) Es-tado(s)-Membro(s) da aplicaçªo das disposiçıes pertinentes.

Artigo 12.o

Divulgaçªo de informaçıes

Em aplicaçªo do disposto no artigo 10.o do Regulamento (CEE)n.o . . ./. . . [regulamento-quadro], os Estados-Membros deverªofornecer à Comissªo as informaçıes necessÆrias sobre a pro-cura e utilizaçªo efectiva do espaço aØreo interdito, encerradoou restringido por motivos militares para anÆlise e publicaçªo.

PARTE IV

GESTˆO DO FLUXO

Artigo 13.o

Gestªo do fluxo do trÆfego aØreo

Serªo adoptadas regras relativas à gestªo do fluxo de trÆfegoaØreo para optimizar as capacidades disponíveis na utilizaçªo

do espaço aØreo e para reforçar os processos de gestªo do fluxodo trÆfego aØreo. Estas regras basear-se-ªo na transparŒncia eeficiŒncia, garantindo a disponibilizaçªo flexível e atempada dacapacidade. Tais regras deverªo apoiar um quadro de decisıesoperacionais dos prestadores de serviços de navegaçªo aØrea,proprietÆrios dos aeroportos e utilizadores do espaço aØreo, ouseja, o processo decisório colaborativo. As referidas medidasabrangerªo:

� uma política coerente de rotas e de orientaçªo do trÆfegodefinida numa œnica publicaçªo;

� a coerŒncia entre as faixas horÆrias aeroportuÆrias e asfaixas horÆrias atribuídas pelo organismo central de gestªodo fluxo do trÆfego aØreo;

� incoerŒncias na planificaçªo dos voos;

� opçıes para desvio do trÆfego aØreo de zonas congestiona-das para rotas em zonas menos congestionadas;

� regras de prioridade no acesso ao espaço aØreo, especial-mente durante períodos de congestionamento e crise.

As regras de aplicaçªo necessÆrias serªo adoptadas em confor-midade com o procedimento previsto no n.o 2 do artigo 16.odo presente regulamento.

PARTE V

DISPOSI˙ÕES FINAIS

Artigo 14.o

Procedimentos

Na preparaçªo das regras de aplicaçªo abrangidas pelo presenteregulamento, a Comissªo pode solicitar ao Eurocontrol, quandoapropriado, que elabore projectos de medidas com base numprograma de trabalho por ela definido.

Artigo 15.o

AnÆlise das medidas

1. Para adaptar o presente regulamento ao progresso tØc-nico, podem ser introduzidos ajustamentos:

� no nível de voo referido no n.o 2 do artigo 4.o do presenteregulamento;

� nas referŒncias aos documentos da ICAO e do Eurocontrolreferidos nos artigos 3.o, 4.o, 6.o e 8.o do presente regula-mento,

de acordo com o procedimento previsto no n.o 2 do artigo 16.odo presente regulamento,

PTC 25 E/510 Jornal Oficial das Comunidades Europeias 29.1.2002

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2. A Comissªo publicarÆ as regras de aplicaçªo adoptadascom base no presente regulamento no Jornal Oficial das Comu-nidades Europeias.

Artigo 16.o

Procedimentos do ComitØ do CØu Único

1. A Comissªo serÆ assistida pelo ComitØ do CØu Único, talcomo previsto no artigo 7.o do Regulamento (CEE) n.o . . ./. . .[regulamento-quadro].

2. Quando for feita referŒncia ao presente nœmero, aplica-seo procedimento de regulamentaçªo previsto no artigo 5.o daDecisªo 1999/468/CE, em conformidade com o disposto non.o 3 do artigo 7.o e no artigo 8.o da referida decisªo.

3. O período previsto no n.o 6 do artigo 5.o da Decisªo1999/468/CE Ø de um mŒs.

PARTE VI

ENTRADA EM VIGOR

Artigo 17.o

O presente regulamento entra em vigor no vigØsimo dia se-guinte ao da sua publicaçªo no Jornal Oficial das ComunidadesEuropeias.

O presente regulamento Ø obrigatório em todos os seus ele-mentos e directamente aplicÆvel em todos os Estados-Membros.

PT29.1.2002 Jornal Oficial das Comunidades Europeias C 25 E/511