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ENTREVISTA David Gentle, Strategy Manager da Fujitsu FUTURO AS 12 tendências que vão marcar a evolução das TI VEJA MAIS EM NEGOCIOS.PT Este suplemento é parte integrante do Jornal de Negócios nº 2101, de 6 de Outubro de 2010, e não pode ser vendido separadamente negócios mais. edição especial A Fujitsu apresentou em Lisboa a sua visão sobre o futuro das tecnologias de informação. A conferência IT Future, revelou como a “nuvem”, as redes sociais e os dispositivos móveis vão moldar o futuro das pessoas e empresas. O futuro das TI C + Ana Brígida Pub

C+ - eiseverywhere.com€¦ENTREVISTA DavidGentle,Strategy ManagerdaFujitsu FUTURO AS12tendênciasquevão marcaraevoluçãodasTI EstesuplementoéparteintegrantedoJornaldeNegóciosnº2101,

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E N TRE VI STADavid Gentle, StrategyManager da Fujitsu

F U TU ROAS 12 tendências que vãomarcar a evolução das TI

VEJA MAIS EM NEGOCIOS.PTEste suplemento é parte integrante do Jornal de Negócios nº 2101,de 6 de Outubro de 2010, e não pode ser vendido separadamente

negócios mais.edição especial

A Fujitsu apresentou em Lisboa a suavisão sobre o futuro das tecnologias deinformação. A conferência IT Future,revelou como a “nuvem”, as redessociais e os dispositivos móveis vãomoldar o futuro das pessoas e empresas.

O futurodas TI

C+

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.2 | Edição Especial | Jornal de Negócios | Quinta-Feira, 6 de Outubro de 2011

O Futuro das TI | Conferência contou com a presença do embaixador do Japão em Lisbo

H U M AN CEN TRI C SOCI ETY

O centro da tecnologiasão as pessoas

Aevolução tecnológica a que vamos assistir nos próximosanos terá como grande objectivo responder a problemasdo dia-a-dia. Atecnologia vai estar em todo o lado, porquejá pode fazê-lo

CASADOSBITS

Aevoluçãodatecnologiaedaformacomoestaéapreendidaporquemautilizamudou. Os desenvolvimen-tos tecnológicos deixaram de estarorientadosàevoluçãodoscomputa-dores oudas redes, parase focaremno utilizadore, de formaintegrada,ajudar a encontrar respostas paraproblemas do dia-a-dia. Alinhadacomestaevolução,aFujitsureorien-tou a estratégica para responder aumaeraemqueatecnologiaé“Hu-man Centric”, como veio explicaraLisboaSaturo Hayashi, vice-presi-denteexecutivodogruponoJapão.

Tecnologias de sensores, comu-nicações móveis, dispositivos ubí-quose“cloudcomputing”estãoen-treasáreasquedominamestanovaeratecnológica,sucessoradeperío-dosfocados,primeironoscomputa-doresemaistardenasredes,segun-doaquelavisão.

O mesmo responsável explicouqueafabricanteestáatrabalharemváriosprojectosqueprovamnoter-reno esta viragem, seja em áreascomo aenergia, as comunicações, agestão das cidades, aagriculturaouaciência. Os projectos em questãoprocuramumagestãomaiseficien-tedotrânsito,prevençãodeaciden-tes rodoviários, da previsão de de-sastres naturais ou da actividadeagrícola, domínios que um poucopor todo o mundo começam a sercadavezmaisexplorados.

Oconceitodebasepressupõequehoje jáé possível integrar inovaçãotecnológicaemtudo o que fazemose que o uso de tecnologiatornou-sefamiliar.Nummundoondeexistemactualmente 4 biliões de dispositi-vos ligados àInternet e acapacida-dedeprocessamentopodeestaremqualquerlugar,ateoriaganhasupor-te.

Só nos últimos cinco anos o nú-merodetransístorespor“chip”au-mentou 15 vezes e atecnologiaqueosfabricaatingiudimensões(22na-nómetros) tão ínfimas que equiva-lemaumquarto do tamanho do ví-rus dagripe. Os dados são daIntel,que em 2014 avançaparaos 14 na-nómetros, como explicou Alexan-dre Santos, business manager daempresaemPortugal,tambémpre-sente nesta primeira edição do ITFuture.

É nesta nova era da tecnologiaque Carlos Zorrinho, ex-secretáriode Estado daEconomiae daInova-çãoeex-gestordoPlanoTecnológi-co, antecipa para Portugal e para aUniãoEuropeiapapéisrelevantesequepassamporumaforteapostaemtecnologia.

O responsável acredita que osproblemas que hoje preocupam aEuropa,equeemalgunscasosestãoamanifestar-se primeiro nestare-gião do globo, representam umaoportunidade para assumir a lide-rança no desenvolvimento de tec-nologia.Dácomoexemplosasredesdenovageração–nascomunicaçõese naenergia– ouo envelhecimentoda população, questões que a UEpodegerircomtecnologiasinovado-ras,nasuaperspectiva.

Ao nível de Portugal o instru-mento chave para reposicionar opaís passa também por uma forteapostanatecnologia. Carlos Zorri-nho defendeuno encontro que, de-pois do “salto quântico” que traduzomomentoactual,omundovaievo-luirnumalógicadepotênciasregio-nais. Às não-potências sobram apossibilidadedeseafirmaremcomoprotectorados ou países rede. SePortugalquiserposicionar-senestegrupodepaíses“queestabelecemaligação entre potências e criam in-teracções”atecnologiaéocaminho.

IT Future Reshaping IT

Nos últimoscinco anoso número detransístores por“chip” aumentou15 vezese a tecnologiaque os fabricaatingiudimensões tãoínfimas queequivalem a umquarto dotamanho do vírusda gripe.

FUJITSU EM PORTUGAL - INVESTIMENTOEM I&D E CONTRIBUTO EXPORTADOR

Presente em Portugal há 34 anos,embora nem sempre com o nomeFujitsu, a empresa liderada porCarlos Barros é o maior empregadorde origem japonesa e conta já commais de mil colaboradores. A FujitsuTechnology Solutions em Portugal,não é um mero canal comercial,dispondo de centros de investigaçãoe desenvolvimento e contribuindopara a exportação.O investimento no Centro deCompetências de Lisboa é um dosexemplos do compromisso daFujitsu em Portugal. O centro gere oserviço de acompanhamento declientes à escala global, cobrindo106 países em 17 línguas,suportando 120 mil utilizadoresespalhados pelo mundo.Mas a empresa dispõe também deuma vasta gama de produtos e

serviços de TI, que abrangem váriasindústrias e que tocam a vida demilhões de portugueses, desde ascompras nos supermercados, ondedetém uma quota de mercado decerca de 30%, processando mais de1,2 mil milhões de transacções porano, à Banca, onde suporta serviçosde 35 mil utilizadores, e àstelecomunicações. Nesta área aFujitsu instalou fibra em mais de 135mil casas e os seus sistemassuportam hoje mais de 19 milhõesde telemóveis pré-pagos emPortugal e noutros países. Tambémnos transportes a Fujitsu temprojectos para mostrar, suportandoa venda de mais de 17 milhões debilhetes por ano nos caminhos-de-ferro e dando apoio a mais de 253mil horas de voo por ano emtransportes aéreos.

10 MILHÕES DE EUROSFoi o valor investido pela Fujitsu com a criação em Portugal do Centro deCompetências em 2008, a que se soma uma média de 4,2 milhões de eurosem cada um dos anos seguintes.

.Jornal de Negócios | Quinta-Feira, 6 de Outubro de 2011 | Edição Especial | 3

AFujitsu querassumirum lugarde destaque nas soluções de“cloud computing” e vai avançarcom um projecto pioneiro emPortugal nas próximas semanas,em parceriacom aMainroad. Asconsultorassãounânimesaapon-tarocloudcomputingcomoumadas áreas de investimento maisrelevante nas Tecnologias daIn-formação na próxima década,com os modelos de pagamentopor utilização das infra-estrutu-ras e do software a transforma-rem a forma como as empresasinvestemeoscanaistradicionaisdecomercialização.

Estaé umatransformação naqual aFujitsu tem vindo ainves-tir,tendoaplicadomilmilhõesdedólares no desenvolvimento deumportfóliodeprodutoseservi-çosqueforamdesenhadosdefor-maapermitir que clientes de di-ferentesdimensõeseáreasdene-góciopossamteraoportunidade

de entrar mais rapidamente na“nuvem”.

Aexperiência da empresa nosegmento empresarial coloca aFujitsu numaposição privilegia-daparadisponibilizar umasolu-ção completa. ADynamic ClouddaFujitsu aproximaas infra-es-truturasactuaiseasnecessidadesevolutivas do negócio, tirandopartidodaGlobalCloudPlatformqueaempresaestáamontaraní-velmundial.

Arotade investimento passatambém por Portugal, como sa-lientouCarlosBarros,director-ge-ral da Fujitsu Technology Solu-tionsemPortugal,duranteacon-ferência IT Future. “Decidimoster uma extensão do projecto‘cloudglobal’paraPortugaleesta-mosemnegociaçõescomaMain-road para ter uma bordagem‘cloud’ paraos clientes do merca-do português, que chegaráabomtermos nas próximas semanas”,

afirmou. Este projecto daráres-postanão só às necessidades dosclientesportuguesesmastambémdosclientesglobaisdaFujitsu.

Tudo pronto para a “cloud” Embora a “cloud” já seja uma“buzzword”obrigatórianasestra-tégias de tecnologias dainforma-ção, amaturidade datecnologiaedassoluçõespermitequeosclien-tes possam começar a migrar osseus serviços, quer apostem emmodelosde“cloud”pública,priva-daounumsistemahíbrido.

As Soluções Dynamic Cloudsãoabasedestaestratégica,inte-grandováriosserviçospré-confi-gurados que permitem umami-graçãomaisfácil.Osclientestêmo controlo total sobre os factorescríticos da solução, com opçõesflexíveisparaasnecessidadeses-pecíficasdoseunegóciorelativasaaspectos como alocalização fí-sicaeaportabilidadedosdados.

oa, Nobutaka Shinomiya e do vice-presidente executivo da Fujitsu, Saturo Hayashi.

Portugal parceiro em projecto globalde “cloud computing”

Moldar o futuro

O futuro é sempre moldado pelosdesenvolvimentos do presente, queforçam avanços e impõem inovaçõescapazes de mudar as regras do jogo. Nãohá apostas seguras, mas o que sabemoshoje sobre o uso de tecnologia a nívelpessoal, reflecte-se na forma como omundo empresarial está a incorporaralgumas das escolhas diárias de cadaum de nós, e a moldar uma tendência.

As pessoas nunca estiveram tão à--vontade com a tecnologia como hoje.Estão familiarizadas com ossmartphones, as redes sociais e as lojasde aplicações, e tomam decisõesinformadas sobre tudo o que queremtrazer para a sua vida quotidiana. Estainteracção é cada vez maispersonalizada, contextualizada ebaseada no mundo em tempo real.Sempre que alguém faz uma pesquisa jánão considera a informação de há ummês, quer saber o que está a aconteceragora, neste momento, para consumirde imediato.

Consumidores criaram o êxito das lojas de aplicações O sucesso das aplicações de grandeconsumo, prontas a usar, teráconsequências para as organizações. Aslojas de aplicações empresariais vãoexplorar a enorme escala do mercadoaberto e entregar serviços de baixocusto, que respondem à maioria dasnecessidades de operação, de formainstantânea.

A tecnologia passará a ser algo maisabstracto. Os decisores nas organizaçõesdeixarão de se preocupar com requisitostécnicos de informática etelecomunicações, para se focaremexclusivamente nos serviços de queprecisam para atingir os objectivos denegócio. A decisão de compra destesserviços caberá mais aos dirigentescomerciais, e menos aos departamentosde informática. A “cloud computing”significa o consumo de recursostecnológicos a pedido, de uma formabaseada em subscrição, e representa atransformação das tecnologias deinformação em serviços flexíveis,guiados pelas necessidades dasempresas.

Na Fujitsu imaginamos um mundoem que o funcionamento dastecnologias de informação será tãosimples como carregar no interruptorpara ligar a luz. A Fujitsu já fornecesoluções empresariais de “cloudcomputing”, proporcionando uma formaflexível e rentável de entregar serviçosprontos a usar. Acreditamos num mundoem que a tecnologia estará cada vezmais centrada nas pessoas.

Opinião�CARLOSBARROS

Director-geral daFujitsu Techno-logy Solutions emPortugal

É o valor estimado de reduçãode custos de capital e custosoperacionais com a opção pormodelos de “cloud computing”por parte das empresas.

40%

AFujitsu vai avançar com uma parceria com a Mainroad para um acordoexclusivo que é pioneiro na Europa

Ana Brígida

.4 | Edição Especial | Jornal de Negócios | Quinta-Feira, 6 de Outubro de 2011

DAVI D G EN TLE , STRATEGY M AN AG ER DA F U J I TSU G LOBAL

“Háeconomias emergentes ainvestir fortemente em tecnologia”

A globalização das redes e das comunicações continuará a fazer o seu caminhoe alguns indicadores deixam esse fenómeno bem claro

DavidGentle,strategymanagerdaFujitsuGlobal,mostrouemLisboao futuro datecnologia, navisão dacompanhia, que se baseianas ten-dências que mais dão nas vistashoje.

A “cloud” é apontada pela Fujitsu como uma grande tendência para o futuro. Mas e hoje, as empresas já es-tão a investir ou ainda esperam para ver?

Sim,éverdadequehámuitagenteaesperarparaver. Muitas empre-sas preferem analisar o mercadoantes de avançar para o consumode serviços “cloud” e estão nestemomento nessa fase, observandoestemercadoaindacomalgumdis-tanciamento. Mas também regis-tamosumelevadoníveldeinteres-se no assunto, que em muitos ca-sos começajáaconcretizar-se eminvestimento. Anuvem começa aser uma opção em algumas áreas.No que se refere ao desenvolvi-mento de novos serviços é umapossibilidadequesetemafirmadonas decisões de investimento dasempresas e acontece o mesmonoutros domínios. É umprocessoque se afirmaráde formagradual.

A crescente utilização de dispositivos móveis e o fim da divisão entre o mun-do pessoal e profissional representa hoje que desafios para as empresas?

Ograndedesafioestáemgerirumconjunto de novas tecnologias aentrar no universo das organiza-ções, com as pessoas a querem

cada vez mais aceder ao “email” ea outros serviços a partir dos seusdispositivos pessoais. Aprincipalquestão que isto levanta, e quepodeserproblemática,éadainte-gração destes dispositivos com ossistemasempresariais.Aoníveldasegurançaodesafioégrande,jáqueosresponsáveispelasTItêmdeas-segurar que o acesso a dados em-presariaisporestaviasãofeitosdeforma segura e de acordo com aspolíticas de “governance” da em-presa.

NaFujitsuestamosaolharparaestasquestõesemduasperspecti-vasdistintas.OStylisticQ550,ota-blet PC que estamos a lançar, é anossaformade trazerparao mer-cadoempresarialomelhordedoismundos. Tem as característicaspara agradar aos utilizadores nasua vida pessoal, garantindo umaexperiênciadeutilizaçãomuitopo-sitiva, aparcom asegurançae umconjuntode“features”incorpora-das, que respondem às necessida-des do mundo empresarial.

Poroutrolado,temostrabalha-docadavezmaiscomosclientesnaárea da virtualização, para intro-duzir flexibilidade nos seus siste-maseaumentaraspossibilidades,noqueserefereaolequededispo-sitivos que podem estar ligados àsuarede e àformacomo isso é fei-to.Nãosetrataapenasdecriarcon-dições para integrar dispositivospessoais no universo daorganiza-ção,masdegarantirosuporteaumuniversomaisalargadodedisposi-

tivos que vão melhor ao encontrodediferentesperfisdeutilizadores.Num modelo tradicional todos oscolaboradores têm o mesmo tipodedispositivo,independentemen-te do seu perfil de utilização. Hojemuitas empresas já não queremissoeprocuramformasdeacomo-darmelhornecessidadesdistintas:utilizadoresintensivos,remotos…

Num mundo em que a banda larga pa-rece afirmar-se como elemento cada vez mais crítico para competir, como vê as diferenças que ainda existem en-tre países e regiões, a este nível, e como acha que vão evoluir?

Vivemos um momento muito in-teressantenoqueserefereàformacomoatecnologiaestáaserimple-mentada no mundo. Podemosidentificarumconjuntodeecono-miasemergentesqueestãoainves-tir fortemente em tecnologia e aumritmo extremamente rápido epercorremesse caminho semdis-poremdolegadoquesereconheceaos países desenvolvidos, vale apena sublinhar. Isso leva-me aacreditar que as diferenças quehojevemostendemadesaparecermuito rapidamente, no que se re-fere a muitos destes países ou re-giões emergentes. Aglobalizaçãodasredesedascomunicaçõescon-tinuaráafazero seucaminho e al-guns indicadores deixam esse fe-nómeno bemclaro. Quando olha-mos para o espantoso crescimen-to das redes móveis em todo omundoestamosaverissomesmo.

IT Future Reshaping IT

1935Nasce a Fujitsu, de Fuji TsushinkiSeizo (Fuji TelecommunicationsEquipment Manufacturing). Era umafilial para as telecomunicações dajoint-venture que 12 anos depois crioua Fuji Electric, composta pelaFurukawa Electric e a Siemens

1954É lançado oFACOM100 (FujiAutomatic Com-puter), o primeiro

computador electrónico automatizadotipo relais (interruptores detransferência de linha telefónica).

1963Inicia a produçãocomercial dotelefonemodelo 600

1968O FACOM evolui para o modelo 230-60, com circuitos lógicos totalmente

integrados. É o primeiro sistemamultiprocessador de duas UPC domundo

1973Mostra o primeiro sistemade comunicações por satélite SingleChannel Per Carrierdo mundo

1978Apresenta a primeira RAM de 64-Kbit(fonte de alimentação dupla) domundo

CRON OLOG I A

David Gentle | O strategy manager da Fujitsu

Os “help desks”,da forma como osconhecemos hoje,vão desaparecere as aplicaçõesprontas a usar vãotornar-se maisatractivas queo desenvolvimentoà medida.

A relevânciado conhecimentotécnicoespecializadodos gestores de TIestá em declínio.À medida quemais pessoas sefamiliarizam coma tecnologiaa tendênciaacentuar-se-á.

.Jornal de Negócios | Quinta-Feira, 6 de Outubro de 2011 | Edição Especial | 5

1981Começa acomercializar o seuprimeiro computadorpessoal, o FM-8

1992Lança VPP 500, o mais rápido

supercomputador vectorial paralelodo mundo

1995Comercializa o primeiro ecrã deplasma a cores de 42 polegadas domundo

2001Introduz o FMV-BIBLO LOOX, oprimeiro computador portátil domundo com transmissão de dadossem fios (a 64 Kbps) incorporada.

2004Avança com os PRIMEPOWER, osprimeiros servidores UNIX do mundo

que usam tecnologia desemicondutores de 90-nm

2005Apresenta o primeiropapel electrónico acores no mundo,baseado em substratode filme flexível, e

com função de memória de imagem

2011

Mostra o primeiro ecrãsem fios do mundo

O que sabemosdo futuro hoje?

Os dispositivos móveis vão tornar-senoprincipalfocodeinovaçãotec-nológica. Aideiade que as redes so-ciais são apenas uma coutada dosadolescentes vai desaparecer, paraasempresasquequeremchegaraosseus clientes. O “crowdsourcing”teráumpapelfundamentalemfun-çõescomoosuportetécnicoounosdiagnósticos médicos. Os “helpdesks”, daformacomo os conhece-moshoje,vãodesaparecereasapli-cações prontas ausarvão tornar-semais atractivas que o desenvolvi-mento àmedida. Estas são mudan-ças inevitáveis na visão da Fujitsu,que alinha 12 grandes tendênciasquecomeçamarevelar-senatecno-logiahoje (verao lado), parase afir-maremamanhã.

AFujitsuacreditaqueaexplosãodo mercado móvel vai marcar ospróximosanosnatecnologiadefor-madeterminante. Passapelos dis-positivosmóveisoprimeirocontac-tocomaInternetdemuitosmilhõesdenovosutilizadoresqueestãoago-raachegaràWeb e atomarcontac-to comserviços digitais. Passatam-bém pelo móvel a possibilidade deestarsempreligadoeteracessoain-formação em tempo real, que obri-gará as empresas a serem cada vezmaisrápidasnaresposta.

A “cloud” também tem espaçonestaantevisãodofuturo,queaFu-jitsu divulgou no IT Future, e é umespaço de destaque. As mudançasqueumaadopçãocrescentedocon-ceitoprovocarãonaorganizaçãodomercado das TI, como o conhece-mos,terãoimpactoparaquemfabri-caassoluções,paraquemasusa,mastambém para quem as escolhe egere,dentrodasempresas.

A relevância do conhecimentotécnico especializado dos gestoresde TI jáestáem declínio, acreditaafabricantejaponesa,eàmedidaquecadavez mais pessoas se familiari-

zam com tecnologia, pelo contactocom os seus “gadgets” pessoais, atendênciaacentuar-se-á. Tambémanuvemameaçaestesprofissionais,no que se refere ao monopólio dasdecisões de comprade soluções TInasorganizaçõesqueintegram.Essepoderpassaránofuturoparaosde-partamentoscomerciais.

Ana Brígida

Global acredita que os serviços “cloud” se imporão de uma forma gradual.

I D E I AS - CH AVE

1. Os “smartphones” estarão portodo o lado

2. As redes sociais vão ter valor realno negócio quando usadas em escala

3. A velocidade da informação serátudo

4. As organizações vão consumirserviços comerciais, não serviçostecnológicos

5. O apoio à escolha vai tornar-seessencial

6. O “crowdsourcing” vai tornar-seuma grande fonte de recursoshumanos

7. Utilizadores empresariais vãoobter e gerir a sua tecnologia pessoal

8. Os dados de localização e contextoserão incorporados nas nossasinteracções digitais

9. Áreas incontroláveis vão exigirmais segurança

10. As aplicações estão aqui paraficar

11. Os cargos de TI vão perder o seumonopólio de decisão de compra

12. Pessoas e mercados vãodeterminar os níveis de serviço

AS 12 TENDÊNCIAS QUE VÃOMARCAR AS TI

A ideia de queas redes sociaissão apenas umacoutada dosadolescentesvai desaparecer.

O “crowdsourcing”terá um papelfundamental emfunções como osuporte técnico ounos diagnósticosmédicos.

Com a “nuvem”as decisõesde comprade soluções TIpassarão para osdepartamentoscomerciais.

Redes sociais, a “cloud” e os dispositivos móveisvão alterar o padrão actual das TI

.6 | Edição Especial | Jornal de Negócios | Quinta-Feira, 6 de Outubro de 2011

SERVI ÇOS “CLOU D”

Oportunidade paraas empresas portuguesasA“nuvem” está a entrar na vida das empresas e continuará a ganhar terreno

OprimeirocomputadorocupavaumedifíciointeironoMIT.Algunsanosdiminuíram-lheotamanhoàdimen-são de umacélula. Mais anos volta-ramaconduzir-nosaedifícioscheiosdecomputadores.AimagemédeAl-cinoLavrador,presidentedaPTIno-vação, e serve para explicar que aspreocupações ambientais e de efi-ciênciaestão entre os argumentosque fazem afirmarumanovareali-dade de serviços nanuvem, nasuaperspectiva.

UmdosespecialistaspresentenoIT Future daFujitsu, o responsáveldefende que háoutros argumentosdepesoapuxarpelo“cloudcompu-ting”,comoosindicadoresqueapon-tam poupanças naordem dos 25%,faceamodelotradicionaisdegestãode infra-estrutura, ou apossibilida-dequea nuvemtraduzdealigeiraraestruturadasorganizações.

Para os gestores e especialistas

quedebateramotemada“cloud”noevento,anuveméumatendênciain-contornável e irresistível, mesmoquenãoseapliqueatodasasáreaseatodososcasos.Verificou-seomes-mo naaudiência, onde algumas de-zenasdeespectadoresconfirmaramnuminquéritorealizadoaomomen-to aintenção de investirna“cloud”nospróximosdoisanos.

Anuvem é encaradacomo uma“oportunidade imensaparaas nos-sasempresas”,comoadefiniuAntó-nio Vidigal, presidente daEDPIno-vação. Pode ser um instrumentoparamelhoraracapacidadecompe-titivadasorganizações,aoreduzirsi-gnificativamente o investimentoparateracessoadeterminadoservi-ço, e dessaformapotenciarnovas emaisabrangentesoportunidadesdenegócio,emcenáriosdeconcorrên-cia global. A EDP prova a receita etemapostado nanuvem, porexem-

plo,paraalojaraplicaçõesqueresul-tamdeprojectos“opensource”des-envolvidos com equipas externas,emboraAntónioVidigaltambémfri-sequemantero“know-how”dentrodaempresaé umapreocupação dogrupo.

Noutras áreas, como a saúde, otematambéméseguidocominteres-se. Amodernização do sectorlevouparaouniversodigitalgrandesvolu-mes de informação que se multipli-camtodososdias.Ossistemasdein-formação evoluíram paraacompa-nharasnecessidades,masnoqueserefereaosdadosdepacientesasres-trições legais limitam aadopção desoluções que retirem da posse doprestadordesaúdeinformaçãosen-sível. Ivo Antão, administrador daEspírito Santo Saúde, explicaque omomento é de contextualização doprocesso e estápordefiniro quê e ocomo:oqueéguardadoequemace-

de.Estáaindamuitoporfazernoquese refere à definição de standardsparaotratamentodainformaçãodi-gitaldasaúde,defende.

Emsectorescommenortradiçãodeinvestimentoemtecnologiaobai-xo índice de investimento nacloudestarámais relacionado com afaltadeinformação,acreditaJaimeQue-sado, que atribuiaestas tecnologiasum papel de relevo paraPortugal anível macro-económico. O especia-listaeminovaçãoeSociedadedoCo-nhecimento defende que fora doscírculosligadosàsTecnologiasdeIn-formação não estáclaro o potencialdatecnologiaefaltadesmistificarre-ceios relativamente à segurança.Vencer barreiras culturais é outrodesafioparaadisseminaçãodosser-viços“cloud”,defendetambémGon-çaloCaseiro,vogaldoconselhodead-ministração daAgênciaparaaMo-dernizaçãoAdministrativa.

IT Future Reshaping IT

A perspectiva dos negócios em debate | Al

O QUE SE DISSE DA “NUVEM”?

Gonçalo Caseiro,vogal doconselho deadministraçãoda AMA.

A “cloud” terá de representaressencialmente umamudança cultural dosdepartamentos deinformática, que em vez quegerirem infra-estrutura vãopassar a gerir serviços.

Quando apostamos na“cloud” temos de ter umaestratégia de saída.Daqui por 20 anos não é oEstado a pensar onde querguardar os dados. Será ocidadão a dizer onde querter os seus dados guardados.

Jaime Quesado,especialista eminovação e SC.

Os actores da Sociedade daInformação têm de conseguirfazer dos investimentos no“cloud computing” umaverdadeira ferramenta desegurança.

Temos um excesso de“datacenters” em Portugal eredes de fibra óptica em zonascomo Bragança que não estãoa ser usadas.

Ivo Antão,administradorda EspíritoSanto Saúde.

Estamos a chegar a umaaltura em que a questão que secoloca é esta: o que é a rede?

Ninguém se sentiria muitoseguro se a resposta àpergunta: onde estão os meusdados? Fosse: estão numanuvem.

Estamos na guerra dasestrelas por um lado e naproto-história por outro.

António Vidigal,presidente daEDP Inovação.

Se a Google desistisse deoferecer os serviços “cloud”que hoje oferece não seria fácilmigrar para outra solução.

O “datacenter” do futuro nãoexiste. É a nuvem.

Os próximos 2 biliões achegar à Internet serão coisas.

Alcino Lavrador,presidente da PTInovação.

Estamos a assistirà miniaturização doscomputadores, dos telemóveis[…] e no futuro só vamosprecisar de formas de interagircom o processamento, queestará distribuído. A questãoque se coloca é esta: comoestruturar os dadose transformá-los eminformação?

A nova geração não entendenada que não tenha “software”.

Cinco especialistas reflectiram sobre as vantagens e asfragilidades dos serviços na “nuvem” e o impacto que esta

tendência pode ter em Portugal. A moderação do debate estevea cargo de Celso Filipe, editor executivo do Negócios

.Jornal de Negócios | Quinta-Feira, 6 de Outubro de 2011 | Edição Especial | 7

cino Lavrador (PT Inovação), António Vidigal (EDP Inovação), Ivo Antão (Espírito Santo Saúde) e Gonçalo Caseiro (AMA).

Os responsáveis de TI são cadavezmais pressionados parasuportarainovaçãoecrescimentodonegócio,masmantendoaflexibilidadeparaaumentar ou diminuir acapacida-de, de acordo com as variações domercado.Comaactualconjunturaeconómicaaagendadosresponsá-veis de tecnologias da informaçãonasempresasestámaiscentradanaredução de custos, melhoria daqualidadeeaceleraçãodavelocida-de de entrega dos serviços. Estesfactoresobrigamaumareformula-ção do negócio, mudando paradig-mas.

“Osnossosclientesdizemclara-menteque2011éomomentodere-flexão e avaliação de opções parareestruturarasTIdeformaglobal”,afirmaBernhardBrandwitte,HeadofProduct Marketing da Fujitsu.Asprioridadesnãoestãocentradasapenasnumatecnologia,ounaim-plementaçãodenovasestruturasearquitecturasorientadasaserviços.“As TI têm de voltar à prancha dedesenho e repensarglobalmente aforma de investir para assegurar o

futuro”, afirma.As empresas são cada vez mais

dependentes das Tecnologias daInformação para suportar os seusnegócioseasinfra-estruturasassu-mem um papel relevante, em ter-mos de importância mas tambémde custos, num ambiente de fragi-lidadeondeéprecisosuportarcres-cimentos acelerados mas tambémdownsizings. BernhardBrandwit-te defende que a solução reside naopçãopela“cloud”,quegarantedi-namismo e flexibilidade às infra-estruturasdeTI,mastambémafia-bilidade e segurançanecessária.

“A oferta de ‘cloud computing’da Fujitsu foi delineada para darrespostaaestasquestões,oferecen-do uma gama completa de produ-tos, serviços e soluções parao pos-to de trabalho e o ‘datacenter’”adiantao responsávelpelo marke-tingde produtos daFujitsu.

Os benefícios já estão a ser in-corporados emmuitos clientes, daAirFrance àBMW, numalistaqueinclui muitas das grandes empre-sas portuguesas.

RESH API N G I T

Tecnologias flexíveisao serviço do negócio

SOLUÇÕES AO SERVIÇO DO NEGÓCIO

O Espaço de exposição que a Fujitsumontou no Centro Champalimaudproporcionou aos visitantes umavisita às principais soluções eserviços da empresa.

A solução InStoreVision foi um dospontos de passagem obrigatóriosna exposição, mostrandoo potencial de divulgação demensagens institucionais e deentretenimento, assim comoa gestão de filas de espera emlocais de atendimentoao público.

Os oradores da conferênciavisitaram também a mostra desoluções da Fujitsu. Saturo Hayashi,Fujitsu executive vice-chairman,Nobutaka Shinomiya, embaixadordo Japão, Carlos Zorrinho, ex--secretário de Estado da Energia eInovação e líder parlamentar do PS,e Carlos Barros, director-geral daFujitsu em Portugal, trocam ideiassobre a aposta em inovação.

Embora os principais temasda conferência estivessem focadosno “cloud computing”, a Fujitsumostrou também as suas soluçõesde computadores portáteise tablets.

Da gestão de infra--estruturas edo posto de trabalhoaos serviçosde atendimentoao cliente, a Fujitsumostrou, naconferência ITFuture, a sua gamade soluções paraajudar as empresasa garantir maiorflexibilidadee rapidez e paraacompanharo crescimento donegócio dos clientes.

Ana Brígida

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