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CLIPPING FLORESTAL 11/2018 13 de Setembro de 2018 AMBIENTAL http://www.gcnlaw.com.br/ Cerrado tem 98% de desmate ilegal em Mato Grosso, diz ONG Reserva na Amazônia receberão investimento EM DESTAQUE Os negócios de quem mantém a floresta viva Empresas levam agenda de sustentabilidade a candidatos País defende avanços na agenda climática Madeira cara pressiona embalagens e setor teme apagão florestal Consultoria vê corrida global por nova fábrica de celulose EMPRESAS PE vai recorrer, mas avaliaria acordo com J&F Suzano desiste de fazer emissão de bônus Klabin reforça investimento em inovação com projeto no Paraná Assembleias de Fibria e Suzano aprovam fusão, dizem fontes Investidor vende Suzano à espera de aval sobre fusão EXECUTIVO Ministério vai recuperar áreas degradadas no MA

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CLIPPING FLORESTAL

11/201813 de Setembro de 2018

AMBIENTAL

http://www.gcnlaw.com.br/

Cerrado tem 98% de desmate ilegal em Mato Grosso, diz ONG Reserva na Amazônia receberão investimento

EM DESTAQUE

Os negócios de quem mantém a floresta vivaEmpresas levam agenda de sustentabilidade a candidatosPaís defende avanços na agenda climáticaMadeira cara pressiona embalagens e setor teme apagão florestalConsultoria vê corrida global por nova fábrica de celulose

EMPRESAS

PE vai recorrer, mas avaliaria acordo com J&FSuzano desiste de fazer emissão de bônusKlabin reforça investimento em inovação com projeto no ParanáAssembleias de Fibria e Suzano aprovam fusão, dizem fontesInvestidor vende Suzano à espera de aval sobre fusão 

EXECUTIVO

Ministério vai recuperar áreas degradadas no MA 

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Cerrado tem 98% de desmate ilegal em Mato Grosso, diz ONG

De agosto de 2016 a julho de 2017, odesmatamento em todo o bioma foi de 7,4 milkm², segundo dados do Instituto Nacional de

Pesquisas Espaciais. O Estado foi responsávelpor 17% dessa perda – 1,2 mil km²

“Apesar de o governo ter se comprometidocom metas bem ambiciosas de redução dodesmatamento, o que temos visto noEstado é que não há sinalizações tãopositivas para conter esse desmatamento”,comenta Ana Valdiones, analista do ICV. Ela cita como exemplo a edição de doisdecretos que reduziram a proteção da Áreade Proteção Ambiental (APA) do Rio Cuiabáe das planícies do Guaporé e do Araguaia. Oprimeiro, suspenso pelo Ministério Público,autoriza novos desmatamentos na APA. E osegundo desconsidera o uso restrito paraas planícies, que até então tinhamrestrições semelhantes a de áreas doPantanal. A pesquisadora também aponta falta detransparência no Cadastro Ambiental Rural(CAR. “As informações não estãodisponíveis, como o CPF dos proprietários.Não tem interface pública do sistema. Semisso não é possível ocorrer o controle domercado”, diz. Pela lei que reformou o Código Florestal einstituiu o CAR, é possível reduzir créditorural, por exemplo, para quem não estiverde acordo com a legislação. “O mercadoprecisa conseguir implementarmecanismos de restrição a produtos quevêm do desmatamento”, explica Ana.

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No Dia do Cerrado, comemorado nestaterça-feira, 11, pesquisa alerta que o cenáriono segundo maior bioma do Brasil é maisde preocupação do que de celebração emMato Grosso. Levantamento do InstitutoCentro de Vida (ICV), ONG baseada noEstado, aponta que, apesar de ocupar cercade 40% da área total do Estado – 360 milkm² –, cerca de 46% do bioma já foiconvertido em outros usos. E a perda de vegetação continua subindo,ao contrário do restante do Cerrado. Entre2014 e 2017, o desmatamento subiu 24%em Mato Grosso, ante queda de 31% nobioma de um modo geral. De agosto de2016 a julho de 2017, o desmatamento emtodo o bioma foi de 7,4 mil km², segundodados do Instituto Nacional de PesquisasEspaciais. O Estado foi responsável por17% dessa perda – 1,2 mil km². E estima-se que 98% do desmatamentoocorreu sem autorização do órgãoambiental estadual. Os pesquisadoreslembram que em 2015, na Conferência doClima de Paris, Mato Grosso secomprometeu em eliminar o desmatamentoilegal até 2020, reduzindo a taxa a 150 km²por ano até 2030. 

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Por meio de nota, a Secretaria de Meio Ambiente do Estado contestou os dados. Usando umametodologia diferente de contabilização da perda da vegetação, diz que houve queda de 7,9%entre 2014 e 2017. E de agosto de 20116 a julho de 2017 a perda foi de 820,36 km². “A Sema se preocupa e atua no combate do desmatamento no Cerrado e desde 1992 vemmonitorando o estado como um todo. Estes dados são utilizados pela fiscalização para autuaros infratores, sendo que em 2018 foram autuados 24.761 hectares por danos contra a flora”,disse a pasta. Sobre a APA da cabeceira do Rio Cuiabá, diz que a adequação “foi necessária por ser umaárea de uso sustentável e está plenamente adequada ao código florestal”. Mas informou quequalquer “pedido de novos desmatamentos só serão atendidos após diagnóstico completo eestudos técnicos sobre a região.” Sobre as áreas alagáveis do Guaporé e Araguaia, a pasta diz que a “adaptação do decreto foifeita para que não haja discussão ou confronto com a segurança jurídica visto que estavasendo utilizada a mesma terminologia para o Pantanal e Araguaia o que dificultava oentendimento jurídico.”

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Fonte: Estadão | 12.09

SECRETARIA CONTESTA DADOS

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Reservas na Amazônia receberão investimento

Em Rondônia, a Flona Jacundá e as ResexLago do Cuniã, Rio Cautário, Rio Ouro Pretoe Barreiro das Antas contarão R$ 12,2milhões.  Os municípios foram selecionados peloMinistério do Meio Ambiente (MMA) e peloInstituto Chico Mendes de Conservação daBiodiversidade (ICMBio). Segundo asecretária de Extrativismo eDesenvolvimento Rural Sustentável doMMA, Juliana Simões, trata-se um projetoestruturante. “Água de qualidade e energiasão as duas principais demandas dasreservas extrativistas. Esse edital vem pararesponder a essa demanda. O queesperamos como resultado, além damelhora da saúde das pessoas, é dinamizaras cadeias produtivas dasociobiodiversidade, como por exemplo ado açaí”, explicou. 

Fonte: MMA| 13.09

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Vinte e três reservas extrativistas terão apoiototal de R$ 162 milhões para água, produção de

alimentos e inclusão social.

As populações extrativistas do Acre,Amapá, Amazonas, Pará e Rondôniacontarão, em breve, com a implantação detecnologias sociais de acesso à água dequalidade, estímulo à produção dealimentos, e inclusão social e produtiva.Edital lançado na semana passada destinaum total de R$ 162 milhões para queorganizações da sociedade civil ouorganizações da sociedade civil deinteresse público executem os projetos nasunidades de conservação. O prazo parainscrição termina no dia 10 de outubro. O valor é um financiamento do FundoAmazônia, gerido pelo BNDES, e doMinistério do Desenvolvimento Social(MDS). A previsão é de que sejambeneficiadas mais de 6,6 mil famílias deextrativistas. As reservas atendidas pelo edital são: noAcre, Resex Riozinho da Liberdade,Cazumbá-Iracema, Alto Tarauacá e AltoJuruá, com um investimento de R$ 41,8milhões; no Amapá, a Resex Rio Cajari, comR$ 17,4 milhões; no Amazonas, as FlorestasNacionais (Flona) Mapiá-Inauini e Iquiri,além das Resex Arapixi, Ituxi e Médio Purus,com R$ 27,6 milhões. No Amazonas, asResex Aua-Paraná e Lago do Capanã-Grande, e a Flona Tefé receberão R$ 30,6bilhões. No Pará, a Flona Caxiunã e asResex Iriri, Rio Xingu, Renascer e Riozinhodo Anfrísio terão R$ 16,4 milhões. 

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Os negócios de quem mantém a floresta viva

Ao lado de Roberto, o mais velho e também oúnico agrônomo dentre os irmãos Pini,Godard relembra com entusiasmo quandopegou os "mais de 400" projetos agrícolascandidatos a aportes do fundo. "Quando liesse trabalho, decidi que tinha de vir para oBrasil". O que está sendo feito na Fazenda São Pedroé parte de um movimento agroflorestal quecapta a atenção de investidores diante dademanda por uma produção sustentável dealimentos em face dos problemas sociais eambientais geralmente associados ao meiorural. A premissa básica é não desmatar. Asegunda é aumentar a biodiversidade e aquantidade e qualidade da matéria orgânicaagregada ao solo, melhorando a fertilidade eelevando a rentabilidade da produção. Aterceira é integrar economicamente aspessoas do entorno. Por ter claro apelo ambiental, como osequestro de carbono propiciado pelafloresta, o projeto também foi qualificadocomo um exemplo brasileiro de "agriculturade impacto climate smart", outranomenclatura que vem atraindo os olhos dojet set internacional, principalmente famillyoffices. A Floresta Viva foi escolhidarecentemente pelo Alimi Impact Venturescomo um de seis empreendimentosinovadores em agricultura no Brasil por seuimpacto positivo, modelo econômicoestruturado e alto potencial deescalabilidade.

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Dinheiro não serviu para acender uma lâmpadasequer nos complexos no Ceará e no Rio Grande

do Norte que a estatal planejava erguer com a J&Fe o BMG

Poucos agricultores do mundo podem contarcom os euros dos Rothschild. Mas no Brasil um projeto de agrofloresta noVale do Ribeira chamou a atenção no anopassado da dinastia bancária europeia, quepor meio de um de seus fundos de privateequity fez o primeiro aporte na produçãoconsorciada de palmito, banana, eucalipto emadeiras de lei numa fazenda modelofincada na Mata Atlântica. Chamado Moringa, o fundo dos Rothschildterá colocado ao todo quase R$ 19 milhõesaté o fim de 2019 para a implementação doprojeto agrícola e industrial do Floresta VivaS.A., empresa na qual detém 60% departicipação, ao lado do cineasta FernandoMeirelles e dos sócios-fundadores, os irmãosRoberto, Mário, Eduardo e Ari Pini, e o italianoMarco Curatella. Nenhum desses sobrenomes é conhecido emCananeia, esta tranquila cidade de 12 milhabitantes no litoral sul paulista, mas amudança que eles pretendem gerar com umnovo sistema de produção pode mexer com avida de muitos daqui. "A gente estáincubando uma ideia inovadora, que paramim é o futuro da agricultura", diz LéoGodard, o jovem agrônomo francês doMoringa que se mudou para a Fazenda SãoPedro para ajudar no cronograma e naexecução dos planos de trabalho.

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Com o palmito pupunha como carro-chefe, afazenda está no processo de plantio demudas alternadas com outras espécies, parafinalidade econômica e biológica. À pupunhaforam acrescentadas bananeiras e árvores demadeira de lei, como o mogno africano e oguarandi, que garantem boa receita ecompõem o tabuleiro de fileiras de árvores dediferentes formatos, alturas e tons de verde.Nem parece um plantio, mas mata viva. Há nove meses no Brasil, Godard falaportuguês fluentemente, e diz que o mesmoacontece com o diretor-geral HervéBourguignon, o diretor para investimentosClément Chenost e os demais seis executivosdo time da Moringa em Paris. O aprendizadodo idioma brasileiro é um termômetro daimportância que o grupo dá à liderança dopaís na agricultura sustentável. "E, claro, facilita muito o nosso trabalho", dizele. Explique a um investidor o que é atrofobiose, ou seja, o equilíbrio fisiológicoperfeito de uma planta por meio do qual umacadeia intricada de proteínas e moléculastorna os seus tecidos indigeríveis parabactérias, fungos e insetos. Ou a função doeucalipto, tão compreendido na equaçãofinanceira da silvicultura, mas que naagrofloresta entra só como coadjuvante -suas folhas e galhos servem apenas para acobertura vegetal, nutrindo o vasto e ricomundo microbiano do solo. São conceitos consagrados na agroflorestaporque pressupõem que a natureza, quandoem equilíbrio, se autorregula. Cada micro-organismo tem o seu papel fundamental paraa harmonia do todo.

"Isso aqui vai além de conservar, estamospermitindo a regeneração da natureza. É algocomplexo e, como todo negócio novo, temseus riscos. Se for um investidor bitolado, umburocrata financista, ele trava", afirmaRoberto Pini. A estratégia de autossuficiência doecossistema está no cerne dos trabalhos deoutros produtores no país. Em um estágiosuperior de maturidade, a Native, de LeontinoBalbo, e a Fazenda da Toca, de Pedro PauloDiniz, fazem trabalhos similares. No estudodo Alimi Impact Ventures, projetos noCerrado, na Amazônia e na Caatinga tambémapontam caminhos alternativos maissustentáveis e inclusivos para a produção.Com acertos e erros, todos foram corrigindoa rota ao longo da vivência no campo. Desde que os franceses começaram aanalisar a entrada na Floresta Viva, o planode negócio da empresa já foi refeito "umas150 vezes", diz Godard, parecendo achar issonormal. O ajuste em uma única variáveleconômica impacta a composição final decustos. A mão de obra intensiva naagrofloresta é um exemplo de fiel dessabalança. Com uma carteira de € 84 milhões, o Moringatem como foco o desenvolvimentoagroflorestal na América Latina e ÁfricaSubsaariana. 

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Alicerçado pelo Edmond de Rothschild Groupe a ONF International, a subsidiária doDepartamento Nacional de Florestas daFrança, o fundo já investiu em Belize,Nicarágua, Togo, Benin e Quênia, além doBrasil. A Floresta Viva é acompanhada comespecial atenção pela vocação agrícola emagnitude territorial do país. Se comprovadofinanceiramente, como se espera, o sistemade agricultura regenerativa será aplicado emoutras áreas pelo fundo no país - em café,cacau, castanha e frutas. Como qualquer fundo de private equity, oMoringa prevê retornos anuais de 12% a 15%e permanência de seis anos no negócio. Segundo Pini, a empresa ainda se encontraem fase de injeção de capital. A partir do anoque vem, a produtividade esperada dopalmito, de 1,3 haste por planta em 4,2 milplantas por hectare, deve gerar a receita brutade R$ 16,2 mil por hectare por ano. Asbananas, R$ 48 mil. "Só comparando dadosbrutos, sem considerar a madeira de lei, areceita será de 20 a 30 vezes maior que a dapecuária de corte de alta performance", dizPini. Com os aportes, foi possível avançar noplantio de 690 mil pés de pupunha,produzidas no viveiro local, e adquirir umafábrica próxima à fazenda para verticalizar aprodução de palmitos. Com capacidadeinicial de processamento de 10 mil hastespor dia, a intenção é chegar a 40 mil hastesem 12 meses. Eles serão envasados ecertificados como orgânicos. 

Fonte: Valor | 10.09

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Paralelamente, a Floresta Viva estrutura umprojeto de capacitação técnica para 200famílias de produtores familiares do Vale doRibeira, com o intuito de expandir o conceitode agrofloresta numa região ainda carente doEstado. Eles irão consorciar hortaliças comoutras espécies, em um esquema integradono qual a empresa será o garantidor docrédito público. "Eles terão logística e acesso a mercado, semintermediário, e o delivery de produtos noscentros consumidores", diz Pini. "Aos poucos, faço a minha pequenarevolução social através da agricultura".

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Empresas levam agenda de sustentabilidade a candidatos

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Companhias associadas ao ConselhoEmpresarial Brasileiro para oDesenvolvimento Sustentável (CEBDS) - desetores como bancos, energia, petroquímica,mineração, beleza e cosméticos, alimentos,bebidas e fumo - fecharam uma agenda comdez propostas de desenvolvimentosustentável, inclusão socioeconômica epromoção da diversidade de raça e gênero,entre outras medidas, que vêm sendoencaminhadas ao presidenciáveis. A ideia é que a execução do documento pelofuturo presidente da República sejaacompanhada por um conselho ao longo dosquatro anos de mandato. As ideias propostas serão debatidas,amanhã, no painel "Qual é o país que osnossos negócios estão construindo?",durante o Congresso Internacional sobreDesenvolvimento Sustentável, no TeatroSantander, em São Paulo. Entre osparticipantes, estão presidentes-executivos ediretores das empresas associadas, além derepresentantes do Banco Interamericano deDesenvolvimento (BID) e de entidadesassociativas como a Febraban (federaçãodos bancos). "A preocupação foi formular uma agenda deEstado possível de ser executada ao longodos próximos quatro anos. É difícil não haverconsenso em torno das propostasselecionadas, mas achamos que elasprecisam ser melhor compreendidas pelosgovernantes. Por isso, escolhemos aquelasque são de interesse da maioria dosempresários do país", explica Marina Grossi,presidente do CEBDS.

Segundo Marina, discussões como atransição do Brasil para uma economia debaixo carbono, a preservação dos recursosnaturais, o uso de energia renovável e adiversidade de raça e gênero no ambiente detrabalho - em empresas e repartiçõespúblicas - têm sido abordadas de formasuperficial e generalista pelos candidatos àPresidência, em virtude de a sucessão estarmarcada por uma forte polarização, em queas disputas acabam tomando mais espaço. "Dar atenção a essas mudanças é importanteporque eles trazem investimentos e recursosdo exterior", diz ela. Marina Grossi afirma queo país está atrasado em temas que hoje sãotendência global. "Não é assunto deambientalista, é bom para a economia,fundamental para o desenvolvimento do país,para que se torne mais competitivo frenteaos outros mercados", ressalta. Marina diz que o Brasil vem sendo omisso naquestão da precificação de carbono, mesmocom um enorme potencial para mudar ospadrões de emissões de gases poluentes edo efeito estufa. "Temos biomassa, temospotencial. É preciso caminhar para umaeconomia de baixo carbono, e também nãoexiste transparência no uso dos recursos."

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As propostas do CEBDS foram construídas,segundo a organização, ao longo de mesesno âmbito do conselho de líderes, que reúnepresidentes das empresas associadas. Aagenda já foi encaminhada aos candidatosao Planalto Geraldo Alckmin (PSDB) eGuilherme Boulos (PSOL). Também estão nalista de endereçados os candidatos CiroGomes (PDT), Marina Silva (Rede), FernandoHaddad (até o momento, candidato a vice-presidente pelo PT) e João Amoêdo (queconcorre à sucessão presidencial pelopartido Novo). Entre as propostas, Marina Grossi dá ênfaseà que defende diversidade, com maiorexposição sobre a formação dos quadrosprofissionais em empresas. "Há poucaclareza sobre o papel da mulherna economia, por exemplo. Tampouco sesabe quantos negros existem numa empresa,em um órgão. Há acesso sobre salários,benefícios e quantitativos, mas muito poucose sabe sobre a diversidade dessesambientes", afirma. Para ela, para mudar as políticas, é precisodar visibilidade a essas informações, porque,dessa forma, elas passam a incomodar quemtem poder de decisão. "É muito difícil euentrar numa reunião hoje e ver um negro.Esse tipo de debate não pode ficar só nodiscurso. É preciso expor essa realidade",observa Marina.

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O Conselho Empresarial Brasileiro para oDesenvolvimento Sustentável destacaráobservadores que, no âmbito governamental,acompanharão a atenção dada às propostas."O CEBDS já é parte de abordagem diferente,já que as ideias colocadas devem fechar emtorno de pauta de grande relevância paratodas as empresas do país, as que jácontribuem hoje para as mudanças. Então éuma agenda que faz sentido do ponto devista econômico", diz a presidente daentidade.

Fonte: Valor | 10.09

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País defende avanços na agenda climática

Em reunião internacional, delegações do Brasil,Argentina e Uruguai reiteram compromisso com aambição para implementação do Acordo de Paris.

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Concluído em 2015, o Acordo de Parisrepresenta um esforço mundial para mantero aumento da temperatura média global bemabaixo de 2°C em relação aos níveis pré-industriais e garantir esforços para limitar oaumento da temperatura a 1.5°C. Na COP 24,em dezembro deste ano, está prevista aconclusão do Programa de Trabalho doAcordo de Paris, também conhecido como olivro de regras que possibilitará aimplementação do tratado. Nesse processo, cada país apresentou metaspróprias para fazer sua parte frente àmudança do clima, as chamadasContribuições Nacionalmente Determinadas(NDCs). A NDC brasileira propõe a reduçãode 37% das emissões de gases de efeitoestufa até 2025, com indicativo de cortar 43%até 2030 – ambos em comparação aos níveisde 2005. Para isso, o país propõe medidascomo a restauração florestal e o aumento daparticipação dos biocombustíveis.

O Brasil reiterou o compromisso nacionalcom a ambição na agenda climática, durantea Conferência da Convenção-Quadro dasNações Unidas sobre Mudança do Clima(UNFCCC, na sigla em inglês), concluídaneste domingo (09/09) em Bangkok, naTailândia. O posicionamento foi defendidopela delegação brasileira em conjunto comArgentina e Uruguai. O objetivo é garantir uma conclusãoequilibrada do livro de regras para aimplementação do Acordo de Paris, pactomundial para conter o aquecimento doPlaneta. A expectativa é que esse conjuntode normas para viabilizar o Acordo sejanegociado e aprovado na 24ª Conferênciadas Partes (COP 24) da UNFCCC, marcadapara dezembro, na Polônia. O secretário de Mudança do Clima eFlorestas do Ministério do Meio Ambiente,Thiago Mendes, integrou a delegaçãobrasileira no evento. De acordo com ele, ostrabalhos focaram questões ligadas a cortede emissões, adaptação à mudança do climae meios de implementação, que permitirão aoperacionalização do Acordo de Paris. 

O ACORDO

Fonte: MMA | 11.09

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Madeira cara pressiona embalagens e setor teme apagão florestal

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“A floresta não está crescendo como ademanda e hoje não vemos florestasdisponíveis onde está a demanda de madeira”,afirmou. Conforme o executivo, o problema tem sidoenfrentado por outros países e, nos próximosanos, a relação entre oferta e demanda ficarámais justa também no Brasil. Em dez anos, aárea plantada de pinus no Brasil encolheu 16%,para 1,58 milhão de hectares. Já o plantio deeucalipto cresceu 31%, para 5,7 milhões dehectares. As empresas reunidas na Associação Nacionaldos Produtores de Paletes e Embalagens deMadeira (Anapem) têm sentido na margem delucro o efeito da valorização do pinus, cujometro cúbico hoje é negociado entre R$ 750 eR$ 780. Em 12 meses, a alta foi de até 19%, amaior valorização já registrada, conforme aentidade. A madeira, de acordo com opresidente da entidade, Marcelo Canozo,corresponde a cerca de 60% dos custos dasembalagens. Outros insumos, como pregos echapas de fibras de madeira (OSB), e oaumento do frete também contribuem para apressão. Em um ano, conta Canozo, o preço doprego, que corresponde a 5% do custo daembalagem de madeira, subiu até 34% naesteira da valorização do aço. No frete, a altachega a 100%.  “O produtor não consegue repassar comodeveria porque a economia está lenta. Comisso, a margem de lucro está cada vez menor”,diz. A Anapem tem 55 fabricantes de paletes eembalagens de madeira associados, queestimam representar cerca de 70% do volumede produção nacional.

O plantio de florestas no Brasil, especialmentede pinus, não está acompanhando o ritmo deconsumo da madeira e esse descompasso jáse refletiu em preços históricos em 2018.Fabricantes nacionais de embalagens demadeira dizem que seus custos nuncaestiveram tão pressionados. E, em dois outrês anos, há quem veja risco de apagãoflorestal no país, com potencial impacto nofornecimento de matéria-prima para asindústrias de celulose e papel, de painéis e deembalagens que levam esse insumo. A situação mais crítica, de acordo com odiretor da consultoria Forest2Market no Brasil,Marcelo Schmid, é a do pinus, embora oplantio de eucalipto também esteja aquém doritmo adequado. No passado, conforme oexecutivo, os baixos preços dessa madeiradesestimularam os produtores, que voltarama cultivar alimentos ou migraram para oeucalipto.  Agora, com a demanda aquecidaespecialmente para exportação, o cenário deescassez tornou-se mais provável. “Há riscode apagão florestal para o pinus em dois outrês anos”, diz. Neste momento, um dos motores dademanda por produtos de pinus, contaSchmid, são os Estados Unidos. Como oscompensados chineses foram afetados pelaguerra comercial em curso, as exportaçõesbrasileiras acabaram beneficiadas. “A recuperação da economia europeiatambém puxa a demanda global”, diz. Recentemente, em evento que reuniu osprincipais produtores de celulose e papel dopaís, o presidente da Fibria, Marcelo Castelli,chamou a atenção para esse desequilíbrio.

Fonte: Valor | 12.09

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Consultoria vê corrida global por nova fábrica de celulose

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Dentre as brasileiras, a Eldorado tempraticamente pronto o projeto de expansãoda fábrica de Três Lagoas e a Fibria, situadano mesmo município, tem planos parecidos.Para Schmid, após concluir a fusão com aFibria, a Suzano Papel e Celulose deve voltara pensar em expansão rapidamente, para nãoperder o bom momento do setor. "Omomento é bastante positivo, especialmenteno Brasil. O setor é bastante resiliente àpolítica e, apesar da crise, tem conseguidocaminhar bem", explica. Além do Brasil, Argentina e Uruguai seriamcandidatos em potencial a novosinvestimentos em celulose por causa dadisponibilidade de madeira. A grave criseargentina, contudo, pode espantar osinvestidores agora. No Uruguai, há florestasde pinus prontas para industrialização, diz oexecutivo. Segundo Schmid, há um fenômeno novo,decorrente dessa corrida mundial pelapróxima fábrica de celulose. Europeus,chineses e japoneses têm vindo cada vezmais ao país em busca de madeira paraexportação, com vistas a suprirem unidadesno país de origem. "Há uma crescenteprocura por toras para fábricas no exterior",diz.

Investidores e produtores de celulose aoredor do mundo estão participando de umaespécie de corrida virtual, cujo vencedoranunciará antes da concorrência uma novafábrica da matéria-prima, e o Brasil é fortecandidato a receber o investimento, naavaliação da consultoria americanaForest2Market. A trajetória positiva dospreços, a demanda mundial em crescimentoe a ausência de novas capacidades nospróximos dois anos alimentam a expectativade que um novo projeto seja anunciado nocurto prazo. "O Brasil, e mais especificamente MatoGrosso do Sul, é hoje o local mais apropriadopara uma nova fábrica por uma série derazões, entre as quais a disponibilidade demadeira", afirma Marcelo Schmid, diretor daForest2Market no Brasil. Uma nova linha,segue o executivo, teria capacidade instaladade 2 milhões de toneladas por ano, volumecorrespondente à demanda adicional decelulose por ano, e investimento da ordem deUS$ 4,5 bilhões.,Grupos estrangeiros einvestidores internacionais já andaramprospectando oportunidades em MatoGrosso do Sul. O grupo indonésio RoyalGolden Eagle (RGE), dono da April e agora dabrasileira Lwarcel Celulose, estaria avaliandoas possibilidades no Estado há algum tempo,assim como a chilena Arauco, que temflorestas na região e chegou a negociar acompra da Eldorado Brasil.

Fonte: Valor | 12.09

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PE vai recorrer, mas avaliaria acordo com J&F

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Para a PE, segundo fontes, a valorizaçãorecente da companhia teria motivado a J&F adificultar a liberação de garantias concedidasem dívidas da Eldorado junto a cerca de dezinstituições financeiras, pré-condição para acompra do controle. No contrato assinado há um ano, a produtorade celulose foi avaliada em R$ 15 bilhões,incluindo dívida. Naquele momento, seuresultado antes de juros, impostos,depreciação e amortização (Ebitda) anualestava na casa de R$ 2 bilhões. Em 2018, ovalor já está mais perto de R$ 3 bilhões. No caso do maior credor da Eldorado, oBNDES, a PE teria em mãos carta autorizandoo pré-pagamento de R$ 2,8 bilhões. Opagamento não teria ocorrido pordivergências entre compradora e vendedoraquanto à empresa contra a qual deveria seremitido o boleto, a Eldorado ou a CAInvestment, subsidiária brasileira da PE. Fontes próximas à J&F dizem que a holdingcooperou e tentou discutir estruturaspossíveis para solucionar as dificuldades quea PE estaria encontrando nesse processo.Para levantar as garantias da J&F, a PE propôsaportar recursos na Eldorado para opagamento das dívidas antes da aquisição docontrole, modelo recusado pela J&F. Como asgarantias, sobretudo em ações da JBS eavaliadas em mais de R$ 8 bilhões, não foramliberadas até 3 de setembro, a holding dosBatista declarou extinto o contrato de comprae venda.

Além de levar à arbitragem o conflito com aJ&F Investimentos em torno da EldoradoBrasil, a Paper Excellence (PE) seguirábrigando na Justiça para fechar a aquisiçãodo controle da produtora de celulose de TrêsLagoas (MS), apurou o Valor. Ao mesmotempo, a empresa do indonésio JacksonWijaya indicou a interlocutores que estariaaberta a um acordo com a holding dos Batista,apesar de acusá-la de ter bloqueado aoperação. Segundo fontes próximas às partes, não havianegociações estabelecidas até o fim dasemana. Ao menos uma fonte qualificada,porém, informou que houve contato nessesentido. A PE quer assumir o controle daEldorado, mas não estaria disposta a pagar"qualquer preço". Do lado da J&F, não estavaclaro qual é a disposição neste momento,embora a holding tenha indicado que hoje aEldorado vale mais do que há um ano. Fontes próximas a produtora de celulosedisseram que, em reunião na última semana,credores se mostraram confortáveis com osresultados e houve oferta de nova linha decrédito caso seja do interesse da companhia.Por contrato, se houver revisão do preço daEldorado, os fundos de pensão Petros (daPetrobras) e Funcef (da Caixa), que jávenderam suas ações, têm direito à diferença. Desde que a disputa chegou à Justiça, pelasmãos da PE em 14 de agosto, duas audiênciasde conciliação ocorreram, em 22 e 27 deagosto, sem sucesso. Entre uma e outra,advogados da família Batista se reuniram emLos Angeles com o dono da PE, JacksonWijaya, mas não houve entendimento.

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Fonte: Valor | 10.09

A PE tem 15 dias úteis, contados a partir de 30 de agosto, para apresentar um recurso ao juízoda 2ª Vara Empresarial e Conflitos de Arbitragem de São Paulo, que indeferiu pedido para que aJ&F fosse obrigada a aceitar um aporte de capital na Eldorado para pagamento de dívidas eliberação de garantias. Segundo fontes próximas, a PE vai recorrer. Para o pedido de arbitragem,o prazo é de 30 dias e tanto PE quanto J&F podem fazê-lo. O entendimento é que a PE estará naorigem desse pedido. Procurada, a PE não reconhece o fim do contrato e "continuará a tomar as medidas cabíveispara preservação de seus direitos". A empresa informou que está tomando as medidas pararetificação da comunicação da Eldorado, com a posição de só um de seus acionistas, acerca daextinção do contrato. Já a J&F esclareceu "que o contrato foi terminado por conta da não liberação das garantias pelaPE, condição essencial do negócio". Ainda segundo a holding, o término do contrato observou adecisão da 2ª Vara Empresarial de São Paulo. A J&F lamentou que "a PE tenha iniciado disputajudicial e continuará a defender seus direitos".

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Suzano desiste de fazer emissão de bônus

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Segundo Bacci, a Suzano tem avaliadotambém outras alternativas de financiamentocomo linhas bancárias nos mercados externoe local. A Suzano emitiu R$ 4,681 bilhões emdebêntures, que teve como investidor oBradesco. A empresa ainda captou R$ 786milhões com o Banco Safra por meio de Notade Crédito de Exportação (NCE) e Crédito aoProdutor Rural (CPR). Em dólar, o custo desses financiamentos,segundo Bacci, ficou na faixa de 5,60%, masisso depende do preço do hedge cambial."Hoje uma emissão de bônus no exteriorsairia acima desse patamar, mas temoscondições de fazer uma operação com custoaté abaixo disso", diz Bacci. Ele destaca quea Suzano está com geração de caixa maisforte, o que reduz a necessidade de captaçãopara pagar o empréstimo-ponte.

As empresas que ainda não rolaram asdívidas externas devem encontrar um customais elevado para captar recursos noexterior. Após rodada de encontros cominvestidores em Londres e Nova York nasemana passada, a Suzano decidiuinterromper por ora a emissão de bônusdevido às taxas mais altas exigidas peloinvestidor. A companhia pretendia levantaraté US$ 1 bilhão para o prazo de 10 anos ou30 anos. A operação fazia parte da estratégiapara alongar o empréstimo-ponte de US$ 6,9bilhões que contratou como parte dofinanciamento de compra da Fibria. Segundo o diretor financeiro da Suzano,Marcelo Bacci, a companhia vai esperar amelhora das condições de mercado paraeventualmente voltar a trabalhar na emissãodesses títulos. "Tivemos demanda para umaemissão até maior do que essa, mas ascondições de preços não estão boas." Além da alta das taxas dos títulos americano(Treasuries), a piora do risco para mercadosemergentes com a crise na Turquia,Argentina e África do Sul, e a incertezaeleitoral no Brasil, contribuem para elevar oscustos das captações. 

Fonte: Valor | 10.09

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Klabin reforça investimento em inovação com projeto no Paraná

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Conforme Razzolini, todo o polietileno, usadocomo barreira e no fechamento do copo, ésubstituído por material de fonte renovável e aKlabin já tem o produto em escalaexperimental. "A nossa visão é que o plástico e o isopor têmde sair do 'food service'. Já temos o LPB[cartão usado em embalagens de líquidos] e,agora, temos o copo", disse o diretor-geral dacompanhia, Cristiano Teixeira, em conversacom jornalistas após a abertura da 2ª ediçãodo Inova Klabin, evento de inovação daempresa. A companhia comercializa um papelcartão específico para copos mas que não é100% renovável. Na abertura do evento, opresidente do conselho de administração,Horácio Lafer Piva, disse que a percepção é ade que a Klabin experimenta "quase umrenascimento". "O passado não garante ofuturo, mas ensina muito. A Klabin é umaempresa de 120 anos, e poucas chegam a essaidade com cara de jovem", afirmou. Conforme Piva, além das oportunidades que ainovação traz para a Klabin, o Brasil tambémpode se beneficiar dessa onda. "Estamos vivendo um mundo novo e o Brasiltem grandes oportunidades. É um pais que lidabem com diversidade e, nesse mundo dainovação, tem extraordinário espaço", afirmou. Ao centrar sua atenção em inovação,acrescentou, a Klabin está fugindo da dinâmicada vida brasileira, que tem sido o curto prazo."Estamos olhando muito longe, no fim dacurva". O diretor-geral da companhia, por suavez, lembrou que, em um momento em que sediscute um futuro mais sustentável, todos osprodutos da Klabin são biodegradáveis.

Após destinar R$ 70 milhões à nova estruturade pesquisa, desenvolvimento e inovação, queresultou na inauguração do Centro deTecnologia em Telêmaco Borba (PR) no anopassado, a Klabin está reforçando os aportesnessa área e investirá mais R$ 32 milhões até oano que vem. Os recursos serão aplicados naconstrução de um parque de linhas deprodução piloto na unidade Monte Alegre, nomesmo município paranaense, com vistas aodesenvolvimento de novos produtos enegócios. Num primeiro momento, contou odiretor de Tecnologia Industrial, Inovação eNegócio de Celulose da Klabin, FranciscoRazzolini, serão instaladas duas linhas piloto,com capacidade de uma tonelada por dia - anteprodução de um quilo por dia em laboratório. A primeira será voltada à celulosemicrofibrilada, que será incorporada emprodutos da própria Klabin e, por garantir maiorresistência, pode resultar em papéis de menorgramatura. A segunda linha será voltada àextração da lignina presente no pinus e noeucalipto e que pode substituir materiais deorigem fóssil. De acordo com Razzolini, a expectativa é queas linhas entrem em operação no quartotrimestre de 2019. A lignina pode chegar à fasecomercial em dois anos. "Enquanto a celulosemicrofibrilada vai para produtos da Klabin, alignina é voltada a novos mercados." Osinvestimentos em pesquisa, desenvolvimento einovação da companhia subiram de 0,25% para0,35% da receita líquida, mas a meta é chegar a0,5% à medida que novos projetos sejamaprovados. Ao mesmo tempo em que colocaem curso o novo ciclo de investimentos nessaárea, a Klabin se prepara para lançarcomercialmente, no início de 2019, um copo depapel cartão 100% biodegradável. 

Fonte: Valor | 13.09

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Assembleias de Fibria e Suzano aprovam fusão, dizem fontes

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Na quarta-feira à noite, a Fibria informou oresultado da votação à distância e, segundomapa sintético consolidado, 49,82% dasações registradas, ou 49,450 milhões, forampela aprovação da operação nos termos econdições do protocolo e justificação,enquanto 49,97%, ou 49,604 milhões deações, votaram pela rejeição. O total de votos recebidos pela Fibria adistância representa 18% do total da suabase acionária, de 553,934 milhões depapéis.

A assembleia geral extraordinária (AGE) daFibria aprovou na manhã desta quinta-feira, pormaioria, os termos da operação que resultarána fusão da companhia e da Suzano Papel eCelulose, de acordo com fontes ouvidas peloValor. O resultado já era esperado, uma vezque os controladores da companhia, quedetêm mais de 58% das ações, estavamcomprometidos com a aprovação do negócio. Houve, porém, manifestação contrária devários acionistas minoritários, quequestionaram a estrutura da operação junto àComissão de Valores Mobiliários (CVM). Maiscedo, AGE da Suzano, em Salvador (BA),também havia aprovado todas as matériasprevistas na pauta. Para ser aprovada, a operação precisava devotos favoráveis de 50% dos acionistas daFibria mais um. Juntos, os controladores dacompanhia, Votorantim e BNDESPar, braço departicipações do Banco Nacional deDesenvolvimento Econômico e Social (BNDES),têm mais de 58% do capital da produtora decelulose e se comprometeram a votarfavoravelmente à fusão em março, nocompromisso de voto assinado com ocontrolador da Suzano.

Fonte: Valor | 13.09

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Investidor vende Suzano à espera de aval sobre fusão

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"Quando a CVM deu aval para a operação, oprêmio da Fibria contra a Suzano ficou zero azero", diz ele, afirmando que, desde então, omercado dá como praticamente certo que anegociação será aprovada nos termosoriginais. "Mas, caso ocorra alguma surpresa,a Suzano cai e a Fibria sobe bastante". Pelos termos do acordo, os acionistas daFibria receberão, por ação, R$ 52,50ajustados pelo CDI mais 0,4611 papel daSuzano. "Se a operação sair, a Suzano vaiandar 3% ou 4% e a Fibria, 1%", pondera ogestor. "Mas, se der zebra, a Fibria vai ter umganho enorme, então tem quem estejafazendo uma posição pequena e esperando." Além das questões associadas à operação, ogestor diz que apostas relacionadas aocomportamento do câmbio também podemfazer com que parte do mercado mostrecerta cautela com Suzano ON. Para ele,investidores que acreditam na vitória de umcandidato reformista nas eleições estariamoptando por não estar tão posicionado nospapéis da empresa, uma vez que, nessecenário, o dólar passaria por um forte alívio -o que prejudicaria o desempenho dos papéisda empresa. "Quem acha que o câmbio está esticado eaposta na queda está alugando e vendendoSuzano ON", diz. "Se o dólar cair para R$ 3,70,é melhor estar vendido."

O mau desempenho recente das açõesordinárias da Suzano, acompanhado pelaelevação nas taxas de aluguel desses papéis,dá indícios de que parte do mercado estaria seantecipando a eventuais gatilhos negativosque possam influenciar a empresa no curtoprazo, em especial a operação envolvendo aFibria e a cotação do dólar. Somente nestasemana, Suzano ON acumula perda de 4,8%,enquanto Fibria ON recua 1,5%. O comportamento negativo foi impulsionadopelo aumento das operações de aluguel dasações para vender no mercado. Fontes consultadas pelo Valor informam queas taxas de Suzano ON, que costumam ficarabaixo de 1%, atualmente oscilam ao redor de5%. Hoje, estão previstas as assembleias geraisextraordinárias (AGE) da Suzano e da Fibriaque irão deliberar sobre a combinação dasempresas. Um analista que falou sob condiçãode anonimato lembra que o aluguel de Suzanopode ter aumentado também por causa daproximidade do evento, uma vez que osacionistas precisam ter papel em custódiapara participar. Segundo um gestor que prefere não seridentificado, parte do mercado tem optado porse desfazer de Suzano e comprar Fibria,buscando se posicionar para a hipótese de ostermos da combinação entre as empresassofrerem alguma alteração.

Fonte: Valor | 13.09

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Ministério vai recuperar áreas degradadas no MA

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É uma estratégia que já vem dando osprimeiros sinais de resultado. No dia 24 deagosto, foram concluídas as implementaçõesdas primeiras Urads, em Sergipe. Uma noassentamento Florestan Fernandes, emCanindé do São Francisco, e outra noquilombo Serra da Guia, assentamento Florda Serra, em Poço Redondo. A Urad foiapresentada no Congresso Brasileiro deSistema Agroflorestal, também no estado deSergipe. 

Novas Unidades de Recuperação de ÁreasDegradadas (Urad) vão beneficiar comunidade de

Santa Luzia e município de Chapadinha, noMaranhão.

O Ministério do Meio Ambiente (MMA) lançouhoje (10) mais uma Unidade de Recuperaçãode Áreas Degradadas (Urad). A comunidadede Santa Luzia, no município de Matões, noMaranhão, será a beneficiada para receberum diagnóstico da equipe técnica do MMA,por meio de um projeto da Organização dasNações Unidas para Alimentação eAgricultura (FAO). Na quarta-feira, 12 de setembro, também vaihaver uma ação para o Centro deTreinamento e Desenvolvimento (Cetrede), nomunicípio de Chapadinha, no Maranhão. Ainstituição foi contratada no âmbito doProjeto de Cooperação TécnicaBRA/IICA/14/001, uma cooperação entre oMMA e o Instituto Interamericano deCooperação para a Agricultura (IICA). Serãoatendidas cerca de 100 famílias em trêscomunidades: Canto do Ferreiro, Cercadinhoe Rodeio. As Urads são uma estratégia do MMA paraconter a desertificação da terra e reduzir avulnerabilidade climática no semiáridobrasileiro. É um dos mais graves problemasambientais do Brasil, que atingeparticularmente essa região, provocandoprejuízos ambientais, econômicos e sociaissignificativos. As Urads visam mitigar osefeitos da seca e neutralizar a degradação daterra. 

SAIBA MAIS

Aproximadamente 15% do território nacionalque abrangem 37 milhões de brasileiros sãoafetados pela desertificação. A área de maisde 1 milhão de quilômetros quadradosengloba 1.492 municípios em nove estadosdo Nordeste e em partes de Minas Gerais edo Espírito Santo. Com foco na recuperação dessas áreas, oMMA desenvolveu a Urad, por meio daneutralidade da degradação da terra (LDN) eda implementação de tecnologias deadaptação. Além de Sergipe e Maranhão,serão implementadas unidades na Bahia e noPiauí. Também estão previstas outras Uradsna bacia do Rio Parnaíba.

Fonte: MMA | 11.09