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VITÓRIA, SÁBADO, 9 DE FEVEREIRO DE 2013 www.agazeta.com.br Entrelinhas MORTE, VIOLÊNCIA E SOLIDÃO NA NARRATIVA DE ANTÓNIO LOBO ANTUNES Página 3 Literatura A ESCRITA ÁGIL E A IRONIA CATIVANTE DE “PONTO MORTO”, DE SAULO RIBEIRO Página 4 Música HISTÓRIA DA LIRA MUNIZ– FREIRENSE, PATRIMÔNIO CULTURAL DO ESTADO Página 5 Crônica TEXTO DE JÔ DRUMOND RESGATA OS PRIMÓRDIOS DA FESTA DE CARNAVAL Página 7 CONHEÇA AS ORIGENS DE PALAVRAS COMO CARNAVAL E DE OUTRAS EXPRESSÕES Páginas 8 e 9 Curiosidades da língua portuguesa LUCAS ABOUDIB/ARQUIVO AG

C2+ Pensar feveriro 2013

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Suplemento Cultural

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Page 1: C2+ Pensar feveriro 2013

VITÓRIA, SÁBADO, 9 DE FEVEREIRO DE 2013

www.agazeta.com.br

EntrelinhasMORTE,VIOLÊNCIA ESOLIDÃO NANARRATIVA DEANTÓNIO LOBOANTUNESPágina 3

LiteraturaA ESCRITA ÁGILE A IRONIACATIVANTEDE “PONTOMORTO”, DESAULO RIBEIROPágina 4

MúsicaHISTÓRIA DALIRA MUNIZ–FREIRENSE,PATRIMÔNIOCULTURALDO ESTADOPágina 5

CrônicaTEXTO DEJÔ DRUMONDRESGATA OSPRIMÓRDIOS DAFESTA DECARNAVALPágina 7

CONHEÇA AS ORIGENS DE PALAVRAS COMOCARNAVAL E DE OUTRAS EXPRESSÕES Páginas 8 e 9

Curiosidades dalíngua portuguesa

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Documento:AGazeta_09_02_2013 1a. SABADO_CP_Pensar_1.PS;Página:1;Formato:(274.11 x 381.00 mm);Chapa:Composto;Data:07 de Feb de 2013 17:07:14

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2PensarA GAZETAVITÓRIA,SÁBADO,9 DE FEVEREIRODE 2013

marque na agenda prateleiraquempensa

Ricardo Salvalaioé professor e escritor. Publicou dois livros eescreve no blogwww.outros300.blogspot.com

Vinícius Piedadeé ator, diretor e escritorwww.viniciuspiedade.com.br

Herbert Soares Caçadoré estudante do curso de História do CentroUniversitário São [email protected]

Lúcio Mangaé professor de linguagem, músico e [email protected]

Jorge Elias Netoé médico e poeta e escreve no blogwww.jeliasneto.blogspot.com

Caê Guimarãesé jornalista, poeta e escritor. Publicou quatrolivros.www.caeguimaraes.com.br

Jô Drumondé tradutora e escritora membro da AEL e doIHGES. [email protected]

PlatãoRichard Kraut (org.)Organizada pelo professorde filosofia Richard Kraut,da Universidade de Illinois,reúne 15 trabalhos degrandes pensadores quediscutem as ideias de

Platão de forma acessível, porém série eacadêmica. A obra aborda a visão dePlatão sobre temas como realidade, ética,amor, poesia, matemática e religião.

Ideias & Letras 656 páginas, R$ 102

O Contemporâneona Crítica LiteráriaSusana Scramim (org.)O livro aborda a relaçãode identidade entre o queé próprio da arte, da críticaou da sociedade, movidopelo desejo de transformar

pesquisadores inquietos diante daconstatação da falta de disposição para ocontemporâneo de certas práticas críticas.

Iluminuras 264 páginas, R$ 44

Antígona e a ÉticaTrágica da PsicanáliseIngrid VorsatzA psicanalista Ingrid Vorsatzdesenvolve um paraleloentre a decisão solitária deAntígona, a heroína trágicade Sófocles, e o desamparo

do sujeito, que deve se responsabilizar pelopróprio desejo, mesmo o inconsciente,ainda que o preço seja alto.

Zahar 248 páginas, R$ 29,90

Rituais de SofrimentoSilvia VianaProfessora de sociologia daFGV, a autora analisa osrituais e mecanismos dedominação em váriosprodutos televisivos daindústria cultural brasileira,

sobretudo os reality shows, como “BBB”.

Boitempos 192 páginas, R$ 37

TeatroDrama contemporâneoNos dias 23 e 24 de fevereiro, no Teatro Carlos Gomes, emVitória, será apresentada a peça “Órfãos”, escrita por Dennis Kelly,com Isabella Lemos, Marcelo Pacífico e Clara Carvalho no elenco.Um drama contemporâneo que flerta com o humor e o suspense.

ConcertoMúsica clássica e carnavalA Orquestra Filarmônica do Espírito Santo (Ofes) apresentaráno dia 27 obras como “Ab. Carnaval Romano”, de Berlioz, e“O Carnaval de Veneza”, de Arban. O concerto está marcadopara às 20h, no Teatro Carlos Gomes, Centro de Vitória.

12de fevereiroHorário especialA exposição “Paisagens Capixabas Caprichadas”, que reúnetelas de Kleber Galvêas, funcionará em horário especialdurante todo o carnaval, até o dia 12 de fevereiro, sempredas 10h às 16h. Mais informações: www.galveas.com.

2de marçoNova casa para a culturaNo dia 2 de março será inaugurado, em São Benedito, São José doCalçado, o Centro Cultural Alcebíades Gonçalves de Araújo Silva, apartir das 10h. O evento contará com apresentação do novo espaço,desfile da banda da Escola Mercês Garcia Vieira, apresentaçãoda folia de reis e de violeiros de São Benedito e debate-papocom os escritores Pedro Nunes e Karina Rezende Fleury.

Tiago Zanolié editor do C2+Pensar.

[email protected] ONDE VÊM AS PALAVRAS

Etimologia é o estudo da origem, formação e evoluçãodas palavras e da construção de seus significados a partirdos elementos que as compõem, conforme explica odicionário online Caldas Aulete. Bom, estou a anos-luz dedistância de ser expert da língua portuguesa, mas sempretive muita curiosidade sobre as origens de certas palavras eexpressões. O título deste editorial, por sinal, “roubo” de umlivro de Deonísio da Silva, doutor em Letras pela USP queassina uma coluna de etimologia na revista “Caras”, meu

passatempo prefiro em consultórios médicos (refiro-me àcoluna). Doutor em Língua Portuguesa pela USP, o escritor,gramático e linguista José Augusto Carvalho apresentanesta edição as origens de dez palavras e expressões. Umaleitura leve e curiosa, boa para o carnaval, se você (assimcomo eu) não é de folia. A palavra carnaval, aliás, está nalista do professor. E antes que eu me esqueça: a escritora JôDrumond também conta um pouco da história da festa emsua crônica, na página 7. Boa leitura e bom feriado!

Pensar na webLeia no site trechos dos romances “O MeuNome É Legião”, de António Lobo Antunes,e “Ponto Morto”, de Saulo Ribeiro. Confiraainda outros poemas de Jorge Elias Neto.Acesse gazetaonline.com.br/pensar

Editor: Tiago Zanoli; Editor de Arte: Paulo Nascimento; Textos: Colaboradores; Diagramação: Dirceu Gilberto Sarcinelli; Fotos: Editoria de Fotografia e Agências; Ilustrações: Editoria de Arte; Correspondência: Jornal A GAZETA,

Rua Chafic Murad, 902, Monte Belo, Vitória/ES, Cep: 29.053-315, Tel.: (27) 3321-8511

José Augusto CarvalhoédoutoremLínguaPortuguesapelaUniversidadedeSãoPaulo. [email protected]

Gilbert Chaudanneéescritorepintor.Publicouos livros“Amoçanajanela”e“AbuscadoSantoGraal”,entreoutros.

Documento:AGazeta_09_02_2013 1a. SABADO_CP_Pensar_2.PS;Página:1;Formato:(274.11 x 381.00 mm);Chapa:Composto;Data:07 de Feb de 2013 18:42:20

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3PensarA GAZETA

VITÓRIA,SÁBADO,

9 DE FEVEREIRODE 2013

entrelinhaspor RICARDO SALVALAIO

VIOLÊNCIA E ÓDIO RACIALNA PERIFERIA DE LISBOA

PEDRO LOUREIRO/DIVULGAÇÃO

Oromance “O Meu Nome ÉLegião”, de António LoboAntunes, versa sobremorte, violência e soli-dão. É uma reflexão so-bre a incomunicabilida-

de, o medo e a angústia. A obra rompecom o silêncio e apresenta os pós-co-lonizados e africanos em Portugal. Ocenário é o da periferia.

O título é inspirado numa citação doEvangelho de São Paulo e amplifica adiabolização do mal. “É a voz do mal,corporizado no homem interpelado porJesus, que orgulhosamente afirma: ‘Meunome é legião’, referindo-se às inúmerasformas e designações que o mal toma”(Agripina Vieira). A obra começa comoum relatório de polícia, descrevendo avida de uma gangue numa zona que sechama Bairro 1º de Maio. É noite quandooito garotos, com idades entre 12 e 19anos, roubam dois carros. Ao alcançaremuma autoestrada, passam a praticar cri-mes bárbaros madrugada adentro.

O referido relatório fica a cargo deGusmão, um desiludido policial já emfim de carreira e que não é respeitadono serviço. Sua existência é caracte-rizada por um enorme sentimento desolidão e abandono. Os oito jovens (umbranco, um negro e seis mestiços) sechamam Ruço, Cão, Gordo, Capitão,Miúdo, Galã, Hiena e Guerrilheiro. Sãopessoas transparentes que vivem noBairro 1º de Maio (o Dia Mundial doTrabalhador) e têm as funções de ope-rários e pedreiros.

ConflitoA obra, além de apresentar muitos

aspectos pós-coloniais, mostra uma sérialuta de classes: a periferia (negros dobairro) contra o centro (brancos de Lis-boa). Interessante notar que a periferianão ameaça o centro simbolicamente e,sim, violentamente. O romance versa acer-ca do lugar do outro migrante no Portugalatual. Um “outro” à procura de uma razãoexistencial. Bairros problemáticos, como o1º de Maio, são o rosto de um Portugal queparece querer reprimir a pós-coloniali-dade, como se as sobras do Império lhefossem inteiramente exteriores. Comoaponta Ana M. Fonseca, os miúdos são“pessoas das margens de um país que nãosoube se desembaraçar. Essa realidadeinterroga a identidade portuguesa”.

Aqui, cada personagem é um sersocial atuante e revela as formas deinjustiça. Os miúdos respondem comviolência física a arbitrariedade da faltade tudo. Eles são uma legião, um ban-do, uma multidão do mal. Como afirma

Suzana Cristina Guimarães e Castro, osjovens “são deslocados da sociedade,cuja convivência com as demais pes-soas se salda por um convívio muitopouco harmonioso”. Como aponta Hall,“as identidades modernas estão sendo‘descentradas’, isto é, deslocadas oufragmentadas”.

Destarte, suas vozes (do bando e dobairro) se misturam aos traços senti-mentais de Gusmão no hetedoroxo re-latório policial que produz. A narrativasustenta-se na figura do inquérito, a qualpermite a introdução dos vários discursosdas personagens que serão intimidadas afalar. Ou seja, há uma polifonia, váriosdiscursos compõem o inquérito.

Esse recurso narrativo, a interpene-tração das vozes enunciativas, faz com

O Meu Nome É LegiãoAntónio Lobo AntunesAlfaguara, 336 páginasQuanto: R$ 53,90

que não saibamos quem diz o quê. Naverdade, há uma confusão de vozes. Noque tange à estrutura do livro, há umjogo peculiar de intensificação e diluiçãodas vozes narrativas, por meio da uti-lização ou da ausência de travessões aantecederem as falas, alteração que seproduz em cada três capítulos, à exceçãodos últimos seis. Não é usado o travessãocomo elemento introdutor de diálogos.Dos capítulos um ao 14, apenas Gusmãofala (e fala de seus sentimentos), já doscapítulos 15 ao 19, são os jovens quemfalam, numa versão diferente da deGusmão. Eles expõem as dores sofridas,maus-tratos familiares, ausência da mãe,falta de afeto e abusos sexuais. Assim,nota-se que se tratam de seres dila-cerados e estilhaçados, que vivem num

conflito interior e exterior. Entretanto,muitas vezes, é o próprio Gusmão quemprofere as falas dos outros.

RacismoGusmão, nesse relatório, se apre-

senta solitário. Intercala memórias tris-tes com cenas dos crimes que estáescrevendo e até chega a pedir des-culpas por incluir traços sentimentaisao inquérito. O policial emite inúmeroscomentários racistas, profere estereó-tipos negros, compara-os a bichos, a“macacos” e diz que são uma “espéciezoológica distinta” e “acasalam comobichos”. Essa linguagem desumaniza ocolonizado e justifica sua subordinaçãoaos brancos. Os portugueses, apesar denão assumirem, têm desprezo pelosafricanos. Sobre isso, reflete Bhabha:“Os olhos do homem branco destroçamo corpo do homem negro e nesse ato daviolência epistemológica seu próprioquadro de referência é transgredido,seu campo de visão perturbado”.

Assim, não se percebe diferença en-tre as relações de poder no períodocolonial e a de Portugal pós-colonial.Isso parece confirmar a tese de que “onegro não tem alma”, como revelava aCompanhia de Jesus. A raça é oni-presente nessa obra. Lobo Antunes in-sere na trama estereótipos raciais di-fundidos na sociedade portuguesa. Osimigrantes africanos pós-1925 e os es-trangeiros é que têm voz nesse romanceem que o Império é exposto e dissecadosem heroísmo.

Os próprios moradores do bairro têmpreconceitos contra si mesmos. A irmãde Hiena, mesmo sendo casada com umbranco, chega a indagar-se: “Teremosalma, nós pretos?”. Percebe-se nessafala uma alienação social e psicológica.A prostituta Georgette se redime por-que é branca, mesmo vivendo com umnegro, o “Gordo”, que a trata como“Senhora”. Aqui, ser negro é ser menorem humanidade. É perder direitos.

Por fim, o solitário Gusmão, queacaba morando no bairro, também falade sua filha e a compara com o “in-defeso” Miúdo. Fala da fragilidade deambos. Nota-se, aqui, a problemati-zação dos estereótipos, pois os brancostambém são desamparados. Apesar dosmuros sociais, a dor une a todos, poistodos, no fim, estão à margem. A raçadesune, mas o desamparo liga todos ospersonagens. O desamparo gera iso-lamento, incomunicabilidade, ausênciade afeto e de calor humano. A cor émarca de alteridade, pois todossofrem independente da cor.

Lobo Antunes insere na trama estereótipos raciais difundidos em Portugal

Documento:AGazeta_09_02_2013 1a. SABADO_CP_Pensar_3.PS;Página:1;Formato:(274.11 x 381.00 mm);Chapa:Composto;Data:07 de Feb de 2013 16:48:48

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5PensarA GAZETA

VITÓRIA,SÁBADO,

9 DE FEVEREIRODE 2013

4PensarA GAZETAVITÓRIA,SÁBADO,9 DE FEVEREIRODE 2013

Contemplado em 2009 pelo edital da Secult para edição e difusão de obras literárias inéditas,“Ponto Morto”, de Saulo Ribeiro, apresenta Vitória como cenário de uma trama policialesca

letraspor VINÍCIUS PIEDADE

ROMAN NOIRCAPIXABA

ARINY BIANCHI/DIVULGAÇÃO

Ponto Morto”, livro doescritor Saulo Ribei-ro, ao contrário doque o título diz, nos

acelera os batimentos! Fi-quei absorvido da primeira

até a última página. Sou do tipo quegosta de ler mais de um livro ao mesmotempo. Acho que roubei esse costumeda minha mãe que tinha uma pilha delivros na sua cabeceira. E não meconfundo porque são livros de dife-rentes gêneros, normalmente leio umromance, um livro de contos, um livrotécnico sobre teatro e uma biografia.Tem dia em que acordo com vontade deler conto. Outro dia quero ler algo maistécnico. E assim por diante. Sigo mi-nhas vontades. Sempre. Amém. Poisbem, quando comecei “Ponto Morto”me vi ignorando os outros livros (quepareciam me olhar ressentidos).

Conheci Saulo há alguns anos numbar, depois de uma apresentação de“Carta de um Pirata”, no Teatro CarlosGomes, em Vitória. Os comentáriosdele sobre o espetáculo saíram dolugar comum e me fizeram repensarquestões da peça. Depois disso tro-camos e-mails, ainda sobre a peça, emque Saulo sempre parecia ter algointeressante para dizer. Foi quando eleme passou o endereço do blog queescrevia na época. Interessei-me nahora pela sua escrita ágil e pelas his-tórias melancólicas.

Algum tempo depois, quando a nos-sa amizade já era um fato, estávamossentados em uma mesa de bar as-sistindo a um jogo do Brasil na CopaAmérica de 2007, quando eu disse quejá havia apresentado minha peça emtodos os lugares possíveis. Disse brin-cando que só faltava apresentar nacadeia. Saulo levou a sério a piada edois dias depois, articulado como é, játinha marcado quatro apresentaçõesem presídios do Espírito Santo.

Na época, eu estava fazendo as-sistência de direção para Luiz TadeuTeixeira para a peça “Um Forte Cheiro àMaçã”, me viabilizando passar maistempo em Vitória. Lembro que depoisda primeira apresentação no Presídiode Seguros de Tucum, Saulo me deuuma carona para o extinto Teatro EdithBulhões, onde teria ensaio, e com pres-sa eu disse que gostaria que ele es-

crevesse uma peça em que a história sepassasse na cadeia. Depois daquelaexperiência tão intensa, eu gostaria defalar sobre a liberdade através dosolhos de um homem privado da sua

liberdade. E disse que gostaria de con-tar com um piano em cena, gostaria detrabalhar com o pianista Manuel Pessoade Lima no palco. Ribeiro entendeu queeu gostaria de interpretar um pianista.

E foi assim que nasceu a peça “Cárcere”,que já foi apresentada em todas asregiões do Brasil e em outros países.

Lendo “Ponto Morto”, eu me lembreibem do motivo que me fez dizer a SauloRibeiro que gostaria de expressar seustextos no palco. Sua fluência e suaironia são cativantes. E o modo comodescreve essa cidade tão bela, Vitória, éúnico. É das cidades que mais gosto nomundo, e vê-la retratada na literaturadele me emociona. A mesma vontadeque sinto de estar em Sampa ouvindoCaetano cantar a cidade, ou em Brasíliaouvindo Sérgio Sampaio (capixaba, di-ga-se de passagem), ou no Rio cantadopor Tim Maia e Jorge Ben, ou mesmoem Nova York por Sinatra, é a que sintopor Vitória ouvindo Saulo Ribeiro can-tar a cidade, mesmo que não a cantediretamente e sim como cenáriopara sua história de amor e fúria.

Ponto MortoSaulo RibeiroSecult, 102 páginasDistribuído gratuitamenteem 2010 pela Secult

falando de músicapor HERBERT SOARES CAÇADOR

OS CEM ANOS DA LIRAMUNIZ-FREIRENSE

Ahistória da Lira Muniz-frei-rense pode ser dividida emdois momentos: primeirocom o nome de Lira De-mocrática, entre 1912 e1935, e a partir de 1935

com o nome que permanece até os diasde hoje. A fundação, segundo o diplomade sócio efetivo número 31, de JoaquimEmilio Bicalho, deu-se em 30 de outubrode 1912, a partir dos esforços do ex-pre-feito e maestro, Félix Machado.

A primeira instituição pública a apro-var uma ajuda financeira à Lira Mu-niz-freirense foi a Câmara Municipal deMuniz Freire, por meio de uma pro-posta do governador (vereador) LinoRibeiro de Assis, que passou a vigorarem janeiro de 1913.

Três anos após a sua fundação, aLira já abrilhantava os festejos mu-niz-freirenses. Após a festa do DivinoEspírito Santo, o jornal “Espirito San-to” elogiava em 14 de novembro de1915: “Hontem pela tarde, a nossaexcellente corporação musical LyraDemocrática percorreu as ruas da ci-dade, que se mostram ornamentadascom fino gosto e arte”.

A partir de 23 de maio de 1916, aLira iniciava uma tradição, que é tocarna posse dos vereadores e prefeitoseleitos. Esse hábito, poucas vezes in-terrompido ao logo de sua história,permanece vivo até hoje.

Em 3 de dezembro de 1916, O Cas-tello Sport Club visitou a cidade. Ojornal “Espirito Santo” registrou: “Nafronteira da zona urbana d’esta cidadepostar-se-á a reputadíssima Lyra De-

FOTOS: REPRODUÇÃO

mocrática que, ao som de inspiradas ebellissimas musicas assignalará a che-gada de tão queridos hospedes ao seiod’esta amada e pittoresca urbs”.

A Lira se destacou também nas co-memorações do centenário da Inde-pendência do Brasil. O jornal “Diário daManhã” registrou os festejos ocorridosem Muniz Freire de maneira efusiva,destacando o encontro de bandas e atradicional alvorada às cinco da manhãdo dia 30 de setembro de 1922.

Ainda na década de 1920, a lei nº 83de Francisco José da Rocha aumentou acontribuição da Câmara, e a lei nº 139dobrou o auxílio à Lira, quando esta erapresidida por Carmo de Biase.

A Lira, segundo atas da Câmara em20 de fevereiro de 1936, foi destaquena posse do Prefeito Américo Mignonee dos vereadores. Em 22 de agosto de1938, a Lira ganhou um grande im-pulso com a vinda de José Carlos Fi-

Com uma escrita ágil, Saulo Ribeiro revela uma Vitória pouco vista e vivida

TRECHO“Se eu tivesse me caladoquando vi o livro em cima damesa da primeira vez em queali estive, jamais estarianaquela sala de novo. Meuacesso ao poderoso NenoFernandes se dava,exclusivamente, em função deDel inconveniente de habernacido. Dois anos atrás, tinhasido mandado pra lá porqueestava à toa no escritório emeu então chefe argumentouque o cara era culto, gostavade livros e eu era o único quelia literatura em prejuízo aoslivros técnicos. Esse negóciode literatura às vezes é umapraga, mas pode abrir portas.”

gueiredo, que durante mais de 40 anosexerceu o cargo de maestro.

DificuldadesAs crises também apareceram, pois

durante alguns momentos de sua história,faltou o apoio do poder público. Mesmoassim, diversas pessoas se desdobrarampara que a Lira continuasse na ativa.Tempos depois, a administração do pre-feito José Maurício de Almeida deu maioratenção à Lira com a aprovação em 22 denovembro de 1968 da Lei Nº 440, queautorizou o Poder Executivo Municipal aabrir um crédito especial para a cons-trução da sede da Lira Muniz-freirense.Nessa construção, vale destacar também,segundo Carlos Brahim Bazzarella em “AHistória de Muniz Freire”, as “campanhasfinanceiras junto à comunidade”, lide-radas por José Mitleg, Jonote da SilvaBraga e José Bazzarella Sobrinho.

Comprovando a importância da Lirapara o Município, foi sancionada a LeiNº 822, em 24 de agosto de 1976, deautoria de Alyrio Ribeiro Soares, quedeclarava “Utilidade Pública Municipalà Lira Muniz-Freirense”.

O dia 13 de dezembro de 1979 foi detristeza para a Lira, pois após quatrodécadas, o Maestro José Carlos Figuei-redo se despedia do município. Seu subs-tituto foi Manoel Ribeiro de Almeida queassim como o seu antecessor, dedicou-se acuidar dos instrumentos e dessa formamanter a Lira em atividade. Na década de1990 vieram outros períodos de crise,contudo, a partir de 1997, a Lira retomouas atividades com a contratação do maes-tro José Alves Lucas e com a aquisição denovos instrumentos na administração doprefeito Renato Chrispim Aguillar. Esseperíodo ficou marcado pela entrada denovos alunos e de várias participações daLira em festas de Muniz Freire e em outrosmunicípios do Estado.

No ano do seu centenário, em 2012, asede foi reformada com recursos doadospela comunidade de Muniz Freire. Re-gistre-se também que a Lira recebe apoiofinanceiro da Prefeitura Municipal.

Por fim, vale o destaque de que nãoé qualquer instituição que conseguechegar a um século de existência emplena atividade. São tantas pessoasque ajudaram e ajudam a construiressa história, que a tarefa de citartodos se torna impossível. O fato é quea Lira é um patrimônio de valor in-calculável para o município de MunizFreire e também para o Estado doEspírito Santo.

A Lira tornou-se patrimônio de valor inestimável para a cidade de Muniz Freire

Em fevereiro de 1936, a Lira Muniz-Freirense foi destaque na posse do prefeito Américo Mignone: apresentar-se nesses eventos tornou-se tradição 20 anos antes

Documento:AGazeta_09_02_2013 1a. SABADO_CP_Pensar_4.PS;Página:1;Formato:(548.22 x 382.06 mm);Chapa:Composto;Data:07 de Feb de 2013 16:50:55

Page 5: C2+ Pensar feveriro 2013

7PensarA GAZETA

VITÓRIA,SÁBADO,

9 DE FEVEREIRODE 2013

6PensarA GAZETAVITÓRIA,SÁBADO,9 DE FEVEREIRODE 2013

errei na mosca!por LÚCIO MANGA!

TÔ ME GUARDANDO PRAQUANDO O CARNAVAL CHEGAR

leia a coluna de hoje ouvindo quando ocarnaval chegar, com buarque, o chico.acesse aí, vai: youtu.be/zu2B2z9XRxQ

Eu não vou botar o meu blocona rua, porque não há comopular entre confetes e ser-pentinas... as minhas per-nas estão cortadas pela des-construção do ir...

quem pode rir, que vá em seu bloco doseus sozinhos, porque a realidade sabe quea fantasia é uma forma de se esconderatrás do trio elétrico, ou dentro de umaala, ou no descompasso da desilusão.

fico com o descompasso da desilusãoporque me apego à antecipação datristeza... faço parte, embora na con-dição de eterna negação, do universoaparente de uma sociedade cercada deadereços e de animação...

o mundo real é um carro alegóricoque passa por sobre uma avenida fan-tasiada, mascarada...

não tenho samba no pé, sou umatirador de facas, atração de um circoda periferia da alma... já sou por si sóuma fantasia da realidade... uma farsaanunciada... as minhas facas cortam deraspão... ao acaso, são fatais.

não funcionam mais gritos de alerta,porque as pessoas se movem como sefossem carros ô-abre-alas-que-o-ego-quer-passar...

e essa sensação de que há barulhosdentro da gente à espera de um co-mando me veio logo após ter assistidoao ótimo filme o som ao redor (emcartaz no cine jardins)... o que contagia,nesse filme de estreia do diretor men-donça, o kleber, é a naturalidade...

era como se o público estivesse naextensão da tela a olhar para fora dajanela da própria casa. tudo pela sen-sação inicial, quando uma sequênciade fotografias coloca o expectadorcomo filme...

é a relação de voyeurismo que maisme retraiu na poltrona do cinema... asensibilidade de um roteiro pontua-do pelo cotidiano de relações in-ternas e cruas...

para se ter ideia do que falo, bastaimaginar uma rua cercada de casas e deapartamentos, moradores classe mé-dia, dentro da eterna e conturbadatitulação de emergente... e imaginarque você possa ver com os própriosolhos o que acontece com cada mo-rador... será que a sua vizinha se mas-turba na máquina de lavar? é a crueza omelhor de o som ao redor.

saí do cinema com a perturbação dossons ao meu redor... mesma realidade.

os barulhos pontuam a continuidadedas cenas e se estendem a quem com-preende como o volume do que seanuncia ao nosso redor é uma realidade

—a fuga sempre foimotivação poética e,nessa banalização docotidiano, até mesmoa poesia afoga-se nosrecados incontáveisdas redes sociais... é obloco do “vamos curtir”

distraídos venceremos“o homem começa por

existir, isto é, o homem éde início o que se lança pa-ra um futuro e o que éconsciente de se projetarno futuro. o homem é pri-meiro um projeto que sevive subjetivamente, emvez de ser musgo, podri-dão ou couve-flor; nadaexiste previamente a esseprojeto;nadaexistenocéuininteligível, e o homemserá em primeiro lugar oque tiver projetado ser.nãooquetiverqueridoser.(...) posso querer aderir aum partido, escrever umlivro, casar-me: tudo istoémanifestação de uma es-colha mais original maisespontânea do que se de-nomina por vontade. (...)escreveu dostoievsky:

NA MOSCA!

“todo carnavaltem seu fim”—POR LOS HERMANOS

internalizada... o silêncio que nin-guém ouviu, já disse o poeta, foi aprimeira coisa que existiu.

e existir, insistência da alma, é umabarulheira danada... ser humano é umacondição absoluta e barulhenta... exis-tir é mostrar-se ao vivo...

saborear tragédias enquanto ergueuma colher de açaí goela abaixo tor-nou-se tão comum que nada mais abalaas esquinas de qualquer bairro... ocotidiano banalizou a própria realidadedura... como uma cena do filme o som

ao redor, em que uma reunião decondomínio diz muito bem do que se écapaz de ser por uns trocados a mais.

qualquer que seja o grito de alerta,tatuado na garganta, a verdade é que nãosurte efeito... a fuga sempre foi mo-tivação poética e, nessa banalização docotidiano, até mesmo a poesia afoga-senos recados incontáveis das redes so-ciais... é o bloco do “vamos curtir”, aindaque não se entenda o verso ou que nuncase chegue um dia a ler o autor do verso.

essa dissonância pode parecer na-tural, e, de fato, é... porque, o modocomo são construídas as oportunidadesnesse cotidiano de negociatas, denun-cia a voracidade pela diversão eterna.

o carnaval é uma fuga da realidadecom direito à fantasia... e, no ziri-guidum das horas, não há como querernada dessa gente...

ou não, pode ser que haja alguém aí naplateia-leitor a se aventurar como par-ticipante no número do atirador de fa-cas... sensação da periferia da alma, ondeos fracos não têm rivotril... onde a facapode, só por hoje, estar fantasiada...

ou não, melhor tomar uma dose deuísque e naufragar a consistência...porque basta uma olhada na reali-dade... uma leve olhada... para se ter acerteza de que tudo vai se acabarquarta-feira eterna... todo carna-val tem seu enfim.

poesias

A ORDEMNATURALJORGE ELIAS NETOVida,esse distúrbio das moléculasque se agrupame se toleram;que despertam assombradase se espantam no turbilhão do útero;que choram pela primeira vez,e se expandem à buscade esperanças;que se esquecem da inexistênciade possibilidadese se acasalam;que se transformam em autômatose digladiam com seus iguais,e se espantam,pela derradeira vez;que cambaleiam e tombam,e que não ouvem maiso desespero das carpideiras,quando, já inconscientese verdadeiras,retornamao estado natural de fonteenergética do Universo.

TÉDIO

Certa profundidadese demora nos olhosfechados.

Sim, pesao tempo,e cada pálpebraressente o fulgoresquecido.

O brilho repousa– ontem –cada vez mais.

O nadaé um cansaçoque dá sono.

UM RESTODE SOL NODESALENTO

Ocupo-me de uma febresem propósito.Modos existemde forjar os dias,principiar universos,rir do descomunalsegredo da vida ...Mas não nessa noite geladaem que persisto centelha.Eis a última pele – a palavra –que se desgarra inaptaa prosseguirafirmandoo esplendor da verdade.

crônicas

A VELHA AMPULHETA EO TEOREMA DE FERMATpor CAÊ GUIMARÃES

O que cabe em um espaço curto detempo? Uma sinopse ou uma sinapse?Um testemunho ou uma gafe? E se oque é curto for longo para quem espera,nesse instante, breve ou arrastado, oque é que cabe? A pergunta gira en-quanto giro novamente a velha am-pulheta, meu amuleto predileto. Nelainterpreto mais uma vez as sanhas dotempo e o que me afeta, meus afetos. Assetas que correm sempre na mesmadireção e o redor, sempre ao alcance damão, ou da visão.

Como se fosse uma pedra que sentefrio, ou um rio que vaza por veios eveias e fios, ao final da areia da am-pulheta desaguar estou mineral. E va-zio. Como se fosse corte que nuncacicatriza ou a brisa que conforta o calorabrasivo, cada grão que desce seccionaleve o que é incisivo. Por isso, sigo. A

areia caiu enquanto esbarro na espera.E com ela revelo tudo que acerto e erro.Tudo que escarro e envergo. O quãolonge esvaio e o perto que espertoacerto. O que quero. Tudo que aspergee encerra. A brisa gelada e a quimeraimersa sob o sol que queima. E orascunho do teorema irresoluto. Noque sou voz. Onde sou mudo.

Reviro mais uma vez a ampulheta,mas o tempo seguirá correndo na mes-ma direção. É como regra três. Ounoves fora. Circunstâncias exatas. Ooposto é o que divago e divulgo. A raizquadrada do nada. O teorema de Fer-mat e sua cilada: “Onde não há nome,há incognita”. Pois se somos nomes,velho matemático sádico, onde caberãonossas abstrações e nossas escaras?Toda areia pintada que corre pelo es-treito gargalo da ampulheta me revela

uma imagem. Um satélite e sua órbita.Um olhar suave que vê e flameja àsombra de uma cerejeira.

Qual a fórmula, Fermat, para cal-cular a parabólica da bola metálica nocéu, ou a pele fina de cada flor quedespetala? Como equacionar os vetorese as elipses que nos trespassam as-sustados? Todas as demonstrações ma-ravilhosas e verdadeiras têm margensestreitas demais para contê-las, não éisso que diz todo teorema? E se eu tedisser que essa margem não cabe nadiagramação de um poema? Que amplae limitadora, ela pode ser pequena?

A areia fina segue sua descida novão da ampulheta. A vida se amassaem migas.

Trança maleável forjada como crinapela sina da mão aflita que tombanovamente a velha ampulheta. O ruídoinsidioso da inaudita liga é quase im-perceptível. Cada grão é um naco damemória da fadiga. Óleo nos olhos.Areia que cai enquanto ensaio um sor-riso, dentes e gengiva. O tempo sãogomos. E gomos se comem, frutas decasca lisa. Mastigados eclodem. E as-sim, todas as coisas se expandem. Evoam. E somem.

AS ORIGENS DO CARNAVALpor JÔ DRUMOND

Na Antiguidade, a terra era concebidacomo um organismo feminino; a colheita,como a conclusão de uma gravidez. Desdeas festas dionisíacas e saturnais, que coin-cidiam com os rituais agrários (algumassobrevivem até os dias de hoje, como ocarnaval), havia a mesma linha de pen-samento: o riso, a alegria, a licenciosidadedesencadeavam um poder mágico sobre anatureza tornando-a fecunda. Houve épo-ca em que, nos dias festivos, comia-se ebebia-se a ponto de provocar a perda dossentidos. Essas comilanças eram acom-panhadas por risos fragorosos, exultantes,plenos de satisfação que influenciariam oflorescer da terra.

Diferentemente da Antiguidade, naIdade Média, durante cerca de um mi-lênio, o riso foi abolido da esfera oficial,(cultos religiosos, cerimônias feudais),mas era permitido em praça pública.Riso e seriedade correspondiam a umamoeda de duas faces: a da esfera oficial,

relacionada à seriedade, à opressão, àsrestrições, às intimidações; e a face daesfera popular, relacionada ao riso, aoamor, à renovação, à fecundidade, àabundância, à comilança e ao sexo.

Acreditava-se que apenas a seriedadepodia expressar a verdade e o bem. Emcompensação, ritos cômicos, toleradospela igreja cristã, degradavam os ritosreligiosos. No início do cristianismo foiinstituída, por exemplo, a festa dosloucos, na qual tudo era permitido:embriaguez, glutonaria e obscenidadesde toda sorte. A justificativa dessasfestas era baseada no fato de que o serhumano tinha duas naturezas: a daseriedade, cultivada e aceita oficialmen-te, e uma segunda natureza inata, con-trária à primeira. Ele era comparado aum tonel de vinho que devia ser des-tapado de vez em quando, devido àfermentação. O vinho da sabedoria fariacom que o homem explodisse, caso se

mantivesse na constante fermentaçãoda piedade e do temor divino. Destarte,as festas e os folguedos correspondiam àválvula de escape da rigidez impostapelo poder constituído.

No carnaval, ou seja, na festa medievalpopular daquela época, reinavam a fan-tasia, a liberdade, a igualdade, a abun-dância e a alegria de viver. Nas grandescidades, tais celebrações duravam até trêsmeses por ano. Ao contrário dos eventosoficiais, na festa carnavalesca havia umaespécie de liberação temporária e abo-lição provisória de todas as relaçõeshierárquicas, privilégios, regras e tabus.Sua tônica era a subversão da ordemestabelecida. Um bufão era sagrado rei(rei momo do carnaval de hoje), roupaseram vestidas pelo avesso, calças nacabeça em lugar do chapéu, em suma, abufonaria era permitida pela igreja, paraque os fiéis voltassem depois dela, comduplicado zelo, ao serviço do Senhor.

‘se deus não existisse,tudo seria permitido’. éesse o ponto de partida doexistencialismo. com efei-to, tudo é permitido sedeusnãoexiste,e,porcon-seguinte,ohomemencon-tra-se abandonado, por-que não encontra em si,nem fora de si, a que agar-rar-se. ao começo não temdesculpa.se,naverdade,aexistência precede a es-sência, não é possível ex-plicação por referência aumanaturezahumanada-da e hirta; dito de outromodo, não há determinis-mo, o homem é livre, o ho-mem é liberdade. se, poroutro lado, deus não exis-te, não encontramos emface de nós valores ou or-dens que legitimem a nos-

sa conduta. assim, não te-mosnempordetrásdenósnem à nossa frente, no do-mínio luminoso dos valo-res, justificação ou descul-pas. estamos sozinhos,sem desculpa. é o que ex-primireidizendoqueoho-memestácondenadoaserlivre. (...) temos de tomaras coisas como elas são.aliás, dizer que inventa-mos os valores não signifi-ca senão isto: a vida nãotem sentido a priori. antesde vivermos, a vida é coisanenhuma, mas é a nós quecompete dar-lhe um senti-do, e o valor não é outracoisa senão o sentido quetivermos escolhido.”(sartre, o jean-paul... láem ‘o existencialismo éum humanismo’)

Documento:AGazeta_09_02_2013 1a. SABADO_CP_Pensar_6.PS;Página:1;Formato:(548.22 x 382.06 mm);Chapa:Composto;Data:07 de Feb de 2013 16:54:10

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COM BASE EM DICIONÁRIOS ETIMOLÓGICOS, PROFESSORREÚNE CURIOSIDADES SOBRE A LÍNGUA PORTUGUESA

etimologiapor JOSÉ AUGUSTO CARVALHO

ORIGEM DE DEZEXPRESSÕES

1Os cavaleiros medievais usavam umelmo com viseira. Quando se pre-paravam para um combate singular,abaixavam a viseira. Quando nãotinham intenção de lutar, erguiam aviseira, em sinal de amizade. O ges-to de erguer a viseira em sinal de pazmodificou-se com o tempo e trans-formou-se na continência militar. Aviseira está também na origem daexpressão portuguesa “estar de vi-seira caída”, encontradiça em Por-tugal, com o sentido de “estar zan-gado, sério, com cara de poucosamigos”.

REPRODUÇÃO

Em 2012, Elisa Lucinda foi homenageada pela Independente Boa Vista no carnaval, que se origina de carneleva (“afasta a carne”)

Escritor, gramático e linguista, José Augusto Carvalho desmente algumas explicações para a origem de expressões e palavras como carnaval, que não vem de “carne vale”, isto é, “adeus, carne”

>Circulou na Internet uma explicaçãosegundo a qual a sigla inglesa “OK”(okay), que é mundialmente conhecidacomo significando que algo vai bem,teria sua origem na Guerra da Secessão,nos Estados Unidos. Durante a guerra,quando os soldados voltavam para asbases sem nenhuma morte entre atropa, escreviam numa placa “0 Killed”(nenhum morto), expressando suagrande satisfação. Daí teria surgido asigla “OK”. Ocorre que essa não é aúnica tentativa de explicação da origemda sigla. Uma outra dessas explicaçõessugere que OK teria vindo da inversãode KO (knock out, isto é, “nocaute”):assim como KO, que originalmente de-signa a derrota do boxeador, que beija alona, desmaiado, o seu oposto OK de-signaria a vitória. Mas é melhor crernum dicionário etimológico. SegundoT.F. Hoad, é O.K. “apparently formed onthe initial letters of oll korrect, jocularalteration or dialectal pronunciation ofall correct; also, initials of Old Kin-derhook (near Albany), name of thebirth place of a Democratic candidateMartin Van Buren, used as a slogan”(“The Concise Oxford Dictionary ofEnglish Etymology”). Em outras pa-lavras, OK deve ter surgido possivel-mente de “Oll Korrect”, alteração jocosaou pronúncia dialetal de “all correct”(isto é, “tudo certo”), ou do nome OldKinderhook, da localidade de nasci-mento de um candidato democrata, aqual era usada como slogan.

O substantivo feminino francês “tringle”significa “gancho, escápula de açougue,vara de cortinado”, entre outros signi-ficados, inclusive o de “cabide de alfaiate”,segundo ensina Orlando Neves no seu“Dicionário das Origens das Frases Feitas”.Os alfaiates antigos costumavam penduraros ternos recém-feitos em escápulas a quechamavam “trinques”. Assim, só roupasnovas e boas se punham nos trinques. Daí aexpressão “estar ou andar nos trinques”para indicar que alguém está bem vestido.

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3Há uma crença popular segundo aqual o avestruz enfia a cabeça naareia para esconder-se do mundo.Na verdade, o avestruz enfia a ca-beça na areia para comer pequenaspedras que lhe facilitam a digestão.Muitas aves, como os passarinhos,por exemplo, costumam comer pe-quenos grãos de areia ou pedrinhasexatamente por causa disso. Daívem o ditado “Passarinho que comepedra conhece o traseiro que tem”(“Avicula quae petram est culumsuum noscit”).

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5Contrariamente ao que ensinam algunsprofessores, o símbolo etnossêmico dosEstados Unidos (um velho cabrinete coma cabeça coberta por uma cartola es-trelada com as cores da bandeira ame-ricana) não se origina de nenhum Sa-muel, pretenso fornecedor de carne aossoldados americanos na guerra contra oMéxico. Na verdade, o “tio Sam” seorigina da antiga abreviatura da naçãonorte-americana: U.S.AM (United Statesof América). O povo desprezou o segundoponto e entendeu que o U era abreviatura>

de Uncle (tio). De U.SAM surgiu “UncleSam”. Essa é a informação da “GrandeEnciclopédia Larousse Cultural”. O de-senho do velho de cartola e cavanhaquesurgiu posteriormente à interpretaçãotruncada da abreviatura daquele país.Vale dizer: o nome surgiu antes da figura.Ignoro quem a teria desenhado.

6A palavra esnobe (de “snob”), origina-seda expressão latina “sine nobilitate”,abreviada “s.nob”. Segundo José Ortegay Gasset, no livro “A Rebelião das Mas-sas”, “Na Inglaterra, as listas de re-sidências indicavam junto a cada nome oofício e classe da pessoa. Por isso, juntoao nome dos simples burgueses apareciaa abreviatura s. nob., quer dizer, semnobreza. Essa é a origem da palavrasnob” (grifos do autor).

7Outro étimo popular é o de “larápio”,que se teria originado da rubrica L.A. R.Appius, de um pretor romano chamadoLucius Antonius Rufus Appius, que da-va sentenças favoráveis a quem melhor

português, no séc. XIV. O nome frangodocumenta-se no séc. XV. O “DicionárioEtimológico Nova Fronteira da LínguaPortuguesa”, de A. G. Cunha, informa que“a forma frango proveio de frangão pos-sivelmente por ter sido esta última con-siderada como aumentativo”.

Já frangalho e esfrangalhar se rela-cionam com o verbo latino frango, is, fregi,fractum, frangere, que significa “quebrar,partir, despedaçar”, raiz de vários alo-morfes (isto é, de variantes de uma únicaforma), a qual aparece em palavras como:fragoso, franzir, fração, frágil, fragmento,fratura, franzino, infrator, refratário, in-fringir, náufrago (de nau-fragus, isto é,“que quebra o navio”), etc.

Essa raiz de frangere tem sua origem nogótico brikan, segundo o “DictionnaireÉtymologique de la Langue Latine”, deErnout & Meillet, que se relaciona com oportuguês brecha e com o inglês break(segundo o “Dicionário Morfológico daLíngua Portuguesa”, de Evaldo Heckler etalii). Em outras palavras, frango não temabsolutamente nada a ver com frangalhoou esfrangalhar.

9Carnaval, para Dauzat, Dubois e Mit-terand, autores do “Nouveau Diction-naire Étymologique et Historique”, seorigina do italiano “carnevale“, alte-ração de “carneleva” (“afasta a carne”),forma ainda existente no dialeto deGênova. O étimo “carne vale” (adeus,carne) é invenção popular.

1Embora designe o demônio por umerro dos doutores da Igreja, Lúcifer, deorigem latina, significa “o que leva(ferre) a luz (lux)”, equivalente aotermo “fósforo”, pelo étimo grego. Lú-cifer passou a designar o demônio porcausa da má interpretação de duaspassagens de Isaías, cap. XIV, versículo4, em que se fala do rei da Babilônia, eversículo 12, em que o rei caiu do céue é chamado Lúcifer, tradução do he-braico ben-xabar (filho da aurora),designativo da estrela da manhã ouestrela dalva. Os doutores da Igrejaviram semelhança entre o que Isaíasdizia e a queda do anjo mau, namitologia bíblica. E Lúcifer, apesar daetimologia, passou a designar o anjomau, o primeiro Arcanjo. Vale dizer: sefosse boa conselheira, a etimologiapermitiria chamar “Lúcifer” ao próprioCristo, e não ao demônio, já que “lú-cifer” significa, etimologicamente, “oque leva a luz”...

Pensemos nisso...

lhe pagasse. Essa ideia, difundida porArtur Rezende e abonada por AntenorNascentes (“Dicionário Etimológico daLíngua Portuguesa”), é refutada porJosé Pedro Machado (“Dicionário Eti-mológico da Língua Portuguesa”), paraquem não existem outros vestígios ro-mânicos desse antropônimo latino deaparência estranha. Na verdade, “la-rápio” teria vindo ou de “lar apium”,isto é, lar das abelhas ou estaria re-lacionado ao verbo rapio, rapis, rapui,raptum rapere, que significa tirar, sub-trair, raptar. Para os autores do “Di-cionário Morfológico da Língua Por-tuguesa”, Evaldo Heckler, Sebald Backe Egon Massing, “lar” designava “es-pírito perseguidor”. Trata-se de umaanalogia com o trabalho das abelhasque perseguem as flores roubando onéctar.

8Um gramático aventou a hipótese de que“esfrangalhar” se originaria da palavra“frango”, porque o frango é estraçalhadoou reduzido a frangalhos à mesa dasrefeições. Nada mais falso. Frango é re-gressivo (forma derivada de outra porsupressão de sufixo real ou aparente) defrangão, de origem obscura. No latimbárbaro, franganum documenta-se no séc.XIII, segundo José Pedro Machado, e, em

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Ilustração de Gustave Doré representando a queda de Lúcifer, “o que leva a luz”

GABRIEL LORDÊLLO/ARQUIVO AG

Documento:AGazeta_09_02_2013 1a. SABADO_CP_Pensar_8.PS;Página:1;Formato:(548.22 x 382.06 mm);Chapa:Composto;Data:07 de Feb de 2013 16:57:56

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Para divulgar um evento...Envie e-mail para [email protected], com pelo menosdois dias de antecedência. No material devem constar horário, endereçocompleto, gênero musical, telefone e valor do ingresso ou couvert.Os preços e horários divulgados pelo Caderno 2 são de responsabilidadedos promotores dos eventos, e estão sujeitos a alteração. Para o roteirode sábado e domingo, o envio é até quarta, às 18h.

FOLIA

Muito agito em Pontal do IpirangaA banda baiana VoaDois, com a vocalista Katê (foto),está entre as atrações do Carnaval de Pontal do Ipiranga,em Linhares. A folia começa às 16h, com Morena Jamba.O grupo VoaDois se apresenta às 23h, seguido do cantorGabriel Gava, que fecha a noite. Aberto ao público.

FESTA

Marchinhas com Amigos do LelinhoO trio Amigos do Lelinho (foto) vai animar a festa “Gritode Carnaval”, da Produtora Antimofo, a partir das 22h. Aprogramação conta ainda com DJ Rike Sike e convidados.Espaço Celebration. Av. Saturnino Rangel Mauro, 505, Jardim da Penha, Vitória.Entrada: R$ 10 (até a meia-noite) e R$ 15 (após a meia-noite). Informações:(27) 9299-3254 e (27) 8856-0875.

CARNAVAL

Noite de axé no Multiplace MaisNeste sábado, a partir das 22h, começa o Carnaval Mais2013, com show da banda de axé Duas Medidas, comhits como “Dormir e Sonhar” e “Cabelos ao Vento”.Multiplace Mais. Rua Iriri, quadra A, lote 9, em Meaípe, Guarapari. Entrada:R$ 50 (pista/meia), R$ 360 (camarote 1, com mesa para quatro pessoas) e R$ 70(camarote indivisual, sem reserva de mesa). Informações: (27) 3272-1565.

MÚSICA AO VIVO

Banda 522Variado. A partir das 22 horas, noEnsaio Botequim. Rua Joaquim Lírio,778, na Praia do Canto, em Vitória.Mais informações pelo telefone(27) 3207-6123.

Victor Humbertoe Andréa RamosMarchinhas de carnaval. A partir das20h, no Wunderbar Kaffee. AvenidaRio Branco, 1.305, na Praia do Canto,em Vitória. Couvert: R$ 10. Maisinformações: (27) 3227-4331.

SHOW

Festival Grito RockShows das bandas The Burgues, OffBlood, Scalenos, Tahoma, Sephion’sRevenge (SP) e Stigma Burn (RJ). Apartir das 22h, no Quiosque Recantodas Delícias, na Praia de Carapebus,Serra. Aberto ao público.

CARNAVAL

Alfredo ChavesA partir das 20 horas, Bloco Unidos daMacrina (Avenida Getúlio Vargas),Amigos do Samba, Forró Muleke ePrestígio. Em Alfredo Chaves. Abertoao público. Mais informações pelotelefone (27) 3269-2724.

AnchietaA partir das 21h30, Unidos de Ju-cutuquarta e Banda 10, em AnchietaSede; New Place e Andrea Nery, emIriri; Marco Macedo e Banda Agitaê,em Ubu. Aberto ao público.

CasteloA partir das 22h, Furiosa Castelense eBanda AM5. Aberto ao público.

Domingos MartinsA partir das 20h, Lucas & Alfeu, GrupoCultural Martinense e Tony Ribeiro eBanda. Campinho, Domingos Martins.Aberto ao público. Mais informa-ções pelo telefone (27) 3268-1166.

ItapemirimA partir das 10h, Lira 27 de Junho,GrupoKoisaNossa,GrupoDanadosdoSamba, Banda Auge, Nelson: PríncipeNegro, Banda MC6, Banda Esquema,Banda Garota Bronzeada, Tropical Bra-sil e Alex Campanha. Itaoca e Itaipava,em Itapemirim. Aberto ao público.

Povoação (Linhares)A partir das 21h, Quebra e Samba ePalminha da Mão. No Balneário dePovoação, no município de Linhares.Aberto ao público. Mais informa-ções no site www.linhares.es.gov.br.

Regência (Linhares)A partir das 16h, Trio Fubica e Potiguá.No Balneário de Regência, Linhares.Aberto ao público. Mais informa-ções no site www.linhares.es.gov.br.

Santa LeopoldinaA partir das 19 horas, Banda ShowLeopoldinense (pelas ruas da cidade)e Banda Auê (atrás do ginásio deesportes). Aberto ao público. Maisinformações: (27) 3266-1125.

SerraA partir das 20h, trios elétricos emJacaraípe, Bicanga, Nova Almeida, Ca-rapebus, Porto Canoa e José de An-chieta. Aberto ao público.

Vila VelhaA partir das 15 horas, Banda RegionalCanela Verde, em Terra Vermelha. Às18h, Barratuque, na praça do centro. Apartir das 20 horas, Forró Comichão,na Praia do Barrão, Barra do Jucu, VilaVelha. Aberto ao público.

VitóriaA partir das 20h, Derengos e Leley doCavaco, na Praça Costa Pereira (Cen-tro); Fã Farra, na Praça Oito (Centro). Apartirdas12h,VelhaGuardadoSambaCapixabaeChoppSamba,naCurvadaJurema. Aberto ao público.

BALADA

Balístico Music BarCom Victor Oliveira e André Knup, apartir das 22h. Couvert: R$ 10. R.Joaquim Lírio, 800, Praia do Canto, emVitória. Mais informações pelo te-lefone (27) 7811-5285.

Bar Pós-GraduaçãoShow com Almanaques, Nightmare,Prole, Discrente e Megazzord, a partirdas22horas.Entrada:R$7.RuaCaboAylson Simões, no Centro de VilaVelha. Mais informações pelo telefone(27) 3239-2662.

Boate Chica ChicleteCom Elétrika, Rayssa Sheiffer, LeonnaKiss e Ninjas do Funk, a partir das23h30. Entrada: R$ 10. Rua Itaipava,131, em Itaparica, Vila Velha. Maisinformações: (27) 9629-4052.

Clube ArciCarnaforró, com Gargantas de Ouro,OsAmaranteseJoãoLucas&Daniel,apartir das 22 horas. Entrada: R$ 10(mulher/até as 22 horas). Praça AssisChateaubriand, no Ibes, Vila Velha.Mais informações pelo telefone(27) 3229-2352.

Fuel Station BarCom Marcelo Ramazotti, a partir das22h30. Entrada:R$ 15. Rua ManoelGonçalves Carneiro, 85, na Praia doCanto, em Vitória. Mais informaçõespelo telefone (27) 3314-5434.

La VillaCom Versão Pirata, a partir das 21h30.Couvert: R$ 10 (salão), R$ 6 (deque).Rua José Penna Medina, 380, na PraiadaCosta,VilaVelha.Mais informaçõespelo telefone (27) 3340-6835.

Maria Pimenta BarCom Grupo Vai Dar Samba e DJMarcelo Zanzi, a partir das 21 horas.Couvert: R$ 10. Av. Santa Leopoldina,585, Praia de Itaparica, Vila Velha.

Villa ShowsCom Wallace & Allison, a partir das 21horas.Entrada:R$15(até0h)eR$20(após 0h). Rua Jair de Andrade, 39, emItapoã, Vila Velha. Mais informaçõespelo telefone (27) 3075-0101.

Villa SpazioCom Banda Clave de Sol e DJ 007, apartirdas22h.Couvert:R$15.RuadoTerminal de Vila Velha, próximo aoSantuário. Mais informações pelo te-lefone (27) 9923-1813.

EXPOSIÇÃO

Carinhos D’alma –A Arte como TerapiaAutodidata e portadora de duasdoenças crônicas e incuráveis, aartista mineira Patrícia Krugaprendeu a usar a arte comoforma de amenizar suas dores. Oresultado são pinturas em acrílicasobre tela, marcadas por coresintensas e pela delicadeza nostraços. Visitação: de segunda àsábado, das 10 às 22h; e domingo,das 15 às 21h. Entrada franca. Atéo dia 28 de fevereiro.

Casa Porto:De chegada e de partidaVinte obras assinadas por seis jovensartistas plásticos capixabas. A ex-posiçãosefundaemprincípiosdaartecontemporânea transitória, precária,atemporal. Visitação: todos os dias,das 9h às 17h. No Memorial da Paz,Praça do Papa, Enseada do Suá. En-trada gratuita. Informações: (27)3132-5295. Até o dia 03 de março.

Eflúvio de MaresiaDeAndréMagnago,aexposiçãoreúne12 gravuras que têm como temática avida junto às águas da baia de Vitória.No Museu Histórico da Ilha das Caiei-ras. Rua Felicidade Corrêa dos Santos,Ilha das Caieiras, Vitória. Visitação:terça à sexta, das 9h às 17h; sábados,domingos e feriados, das 12h às 16h.Entrada gratuita. Informações: (27)3323-9993. Até o dia 17 de março.

ElisaA exposição reúne obras de dez ar-tistas que dialogam com a poética deElisa Queiroz. Na Galeria e Arte EspaçoUniversitário, Ufes, Avenida FernandoFerrari, 514, Goiabeiras, Vitória. Vi-sitação: de segunda a sexta, das 8 às18h. Entrada franca. Informações eagendamento de visitas: (27)3335-7853. Até o dia 8 de março.

Íntima IdadePrimeira mostra individual da fotó-grafa Débora Benaim, que retrata arelação entre ela e sua avó, Beatriz. NaGaleria Homero Massena. Rua PedroPalácios, 99, Cidade Alta, Centro deVitória. Visitação: de segunda a sexta,das 10h às 18h; sábados, das 13 horasàs 18 horas. Entrada gratuita.Atendimento a grupos no horárionoturno mediante agendamentopelo telefone (27) 3132-8395.Até o dia 15 de fevereiro.

Livros de Rubem BragaA mostra reúne obras de RubemBraga. A homenagem marca o ano docentenário do cronista capixaba. NaBiblioteca Pública Estadual do EspíritoSanto. Avenida João Batista Parra, 165,Praia do Suá, Vitória. Visitação: desegunda a sexta, das 8 horas às 19horas.Entradafranca.Atéodia28defevereiro.

O Corpo da Luta:A experiência quilombolano Espírito SantoAmostracontém120fotosescolhidasdo acervo de oito anos de trabalho doantropólogo Sandro José da Silva comos quilombolas. No Museu CapixabadoNegro.AvenidaRepública, 121,Cen-tro, Vitória. Visitação: de 9h às 17h.Entrada gratuita. Informações: (27)3132-8351. Até o dia 13 de março.

Paisagens CapixabasCaprichadasTelas mostram a impressão do artistaKleber Galvês sobre paisagens doEspírito Santo. No Ateliê Kleber Gal-vêas. Rua Antenor P. Carneiro, 66,Barra do Jucu, Vila Velha. Visitação:todos os dias, das 10h às 16h. Entradagratuita. Informações: (27) 3244-7115.Até o dia 31 de março.

Paulo Mendes da Rocha:A Natureza como ProjetoMaquetes, painéis e dois filmes rea-lizados pelo documentarista GustavoMoura. Museu Vale, antiga EstaçãoPedro Nolasco, em Argolas, Vila Velha.Visitação: de terça a domingo, das 10hàs 18h. Entrada gratuita. Informaçõespelo telefone (27) 3333-2484. Até 17de fevereiro.

Recuerdo de TucumánDa artista Monica Neves Leão, a mos-tra é fruto de uma viagem à cidade deSan Miguel de Tucumám. A exposição

reúne fotografias, desenhos, gravura evídeo. No Espaço Cultural CasarãoCerqueira Lima. Rua Muniz Freire, 23,Cidade Alta, Vitória. Visitação: de terçaà sexta, das 9h às 17h; sábados edomingos, das 12h às 16h. Entradafranca. Informações: (27) 8811-9888.Até o dia 17 de março.

MUSEUS

Museu do PescadorAcervo sobre a história e os per-sonagens populares da Ilha das Caiei-ras. Segunda a sexta, das 13h às 17h.Rua Felicidade Correia dos Santos, Ilhadas Caieiras, Vitória. (27) 3132-8372.

Martini Museu do TelefoneTelefones de todos os tempos e es-tilos. De segunda a sexta, das 14h às18h. Sábado, das 8h ao meio-dia. RuaDionísio Rosendo, 37, Cidade Alta,Centro, Vitória. (27) 8134-4222.

Museu Capixaba do NegroExposições de artistas retratando acultura afro-brasileira. Oficinas gra-tuitas de música e dança. Visitação deterça a domingo, das 9h às 17h.Avenida República, 121, Centro de Vi-tória. (27) 3222-4788.

Museu de Arte AeronáuticaMaquetes sobre a história da aviaçãoe a vida de Alberto Santos-Dumont.Rua Pio XII, 5, Campo Grande, Ca-riacica.Visitascomagendamentopelotelefone (27) 3236-6736.

Museu Solar MonjardimCasa rural construída no final do sé-culo XVIII, incluindo acervo. Terça asexta, das 10h às 16h. Avenida PaulinoMuller, em Jucutuquara, Vitória. Maisinformações: (27) 3223-6609.

Museu de Arte do EspíritoSanto Dionísio Del SantoAcervo de arte moderna e contem-porânea do Estado e biblioteca deartes visuais. Terça a sexta, das 10h às18h. Sábado, domingo e feriado, das12hàs18h.Av.JerônimoMonteiro,631,Centro, Vitória. (27) 3132-8390.

Museu ValeHistória da Estrada de Ferro Vitó-ria-Minas, centro de memória comdocumentos da ferrovia e maior ma-quete ferroviária do Brasil. Exposiçõestemporárias de arte contemporânea.Terça a sexta-feira, das 8h às 17h;

sábado e domingo, das 10h às 18h.Antiga Estação Pedro Nolasco, Ar-golas, Vila Velha. (27) 3333-2484.

Museu Homero MassenaResidência do artista plástico impres-sionista Homero Massena com ob-jetos pessoais e ateliê. Segunda asexta, das 8h às 17h. Sábado, domingoe feriado, das 10h às 16h. Rua AntônioFerreira Queiroz, 273, Prainha, VilaVelha. (27) 3388-4311.

Museu do Convento da PenhaImagens,vestes litúrgicaseobjetosdearte sacra dos séculos XVI ao XIX.Diariamente, das 8h às 11h45 e das13h45 às 16h45. Convento da Penha,Prainha, Vila Velha. (27) 3329-0420.

Museu Histórico da SerraHistória do município e mobiliário,fotografias e quadros da família deJoão Cardoso Castello (1839-1886), ocomandante da Guarda Nacional daentão Província do Espírito Santo ecomerciante da Vila da Serra. De terçaa sábado, das 9h às 17h. No domingo,somente com agendamento prévio.Rua Cassiano Castello, 22, Centro,Serra. (27) 3251-6636.

Museu Nacional de AnchietaObjetos, vestuário, arte sacra rela-cionados aos jesuítas durante os sé-culos XVI, XVII e XVIII e ao padre Joséde Anchieta. Diariamente, das 8h às17h. Santuário Nacional, Centro deAnchieta. (28) 3536-1103.

Museu do ColonoAntiga residência da família Holz-meister, de Santa Leopoldina. Móveis,utensílios domésticos remanescentesdo início do século XX. Quarta adomingo, das 9h às 17h. Feriados, das13h às 17h. Avenida Presidente Vargas,1.501, no Centro de Santa Leopoldina.(27) 3266-1250.

Museu de ImigraçãoPomerana de SantaMaria de JetibáObjetos, vestuário, livros e documen-tos relacionados aos imigrantes po-meranos que fundaram a cidade deSanta Maria de Jetibá. Terça a sexta,das 9h às 17h. Sábado, domingo eferiado, das 11h às 17h. Rua DalmácioEspíndula, Centro, Santa Maria deJetibá. (27) 3263-2727.

DIVIRTA-SE

BALADA

Carnaval com música eletrônicaHoje rola a festa “B.A.C.C.O. 4 – Carnaval dos Sete Mares”,a partir da meia-noite, com show da cantora Bibi Iange os DJs Ranlusy Louis Mor (foto) e LinaBella Martinez.Cerimonial Platinum. Rodovia do Sol, 1.640, em Itaparica, Vila Velha. Entrada:R$ 20 (pista/até 1h30), R$ 30 (pista/após 1h30), R$ 50 (área vip open bar/até 1h30)e R$ 70 (área vip open bar/após 1h30). Informações: (27) 3389-3369.

DIVERSÃO

Carlinhos Rocha põe sertanejo na foliaO cantor sertanejo Carlinhos Rocha (foto) está entre asatrações do carnaval de Guriri, em São Mateus. A foliacomeça ao meio-dia, com Charanga do Adelson. Car-linhos se apresenta às 19h, e a noite conta ainda comAses do Forró, Os Praieiros e Chocolate. Entrada franca.

CINEMAVVVVV Imperdível

VVVV Vale a penaVVV Veja se tiver tempo

VV Espere pelo DVDl Fuja

PRÉ-ESTREIA

VVVVNo(Chile, 2012). Drama. Direção: PabloLarraín. Com Gael García Bernal. Oditador chileno Augusto Pinochet,diante da pressão internacional, con-voca referendo sobre o seu mandato.14 anos. Cine Jardins, sala 2: 21h05.

ESTREIA

VVVA Negociação(Arbitrage, 2012, EUA). Drama. Di-reção: Nicholas Jarecki. Com RichardGere. Magnata quer vender seu im-pério antes que suas fraudes sejamdescobertas. 14 anos. Cine Jardins,sala 1: 19h10. Cine Ritz Conceição,sala 3: 21h.

As Aventuras de Tadeo(Las aventuras de Tadeo Jones, Es-panha, 2012). Animação. Direção: En-rique Gato. Jovem sonhador é con-fundido com arqueólogo e enviado auma expedição no Peru. Livre. Ci-nemark, sala 3: (3D/dub): 14h10,16h20, 18h20, 20h30. Kinoplex, sala4 (3D/dub): 14h10, 16h20, 18h40. Ci-nesercla Laranjeiras, sala 2(3D/dub): 14h, 15h45. Cine Ritz Gua-rapari, sala 3 (3D/dub): 15h30, 17h20.Cine Gama, sala 2 (dub): 19h. CineRitz Sul, sala 1 (dub): 17h30, 19h15.Cine Ritz Conceição, sala 3 (dub):17h, 19h. Multiplex Araújo, sala 3(3D/dub): 15h30, 17h30.

As Quatro Voltas(Le Quattro Volte, 2010, Itália). Drama.Direção: Michelangelo Frammartino.Com Giuseppe Fuda. Uma reflexãosobre os ciclos da vida, do tempo e danatureza e a relação do homem comesses processos. 14 anos. Cine Jar-dins, sala 1: 17h20.

Ha Ha Ha(Coreia do Sul, 2010). Drama. Direção:Sang-soo Hong. Com Yeo-jeong Yoone Sang-kyung Kim. Dois amigos des-cobrem que estiveram na mesmacidade, na mesma data e com asmesmas pessoas. Suas memórias dotórrido verão acabam se misturandocomo um catálogo de recordações. 14anos. Cine Jardins, sala 2: 19h.

Meu namorado é um zumbi(Warm Bodies, EUA, 2012). Drama.Direção: Jonathan Levine. Com TeresaPalmer. Um zumbi se envolve com a

namorada de uma de suas vitimas. 10anos. Cinemark, sala 2: 17h10, 19h50,22h10. Kinoplex, sala 5 (dub): 14h,16h30, 18h50, 21h10. Cinesercla La-ranjeiras, sala 1 (dub): 14h30, 16h30,18h30, 20h30. Multiplex Araújo, sa-la 1 (dub): 15h30, 17h30. MultiplexAraújo, sala 3 (dub): 19h30, 21h30.

Monstros S.A 3D(Monsters Inc 3D, EUA, 2013). Ani-mação. Direção: Pete Docter e DavidSilverman. Relançamento em 3D daanimação de 2002. Livre. Cinemark,sala 6 (3D/dub): 11h, 13h10, 18h50.

VVVO voo(Flight, EUA, 2012). Drama. Direção:Robert Zemeckis. Com DenzelWashington. Piloto salva avião, masuma investigação revela algo preo-cupante. 14 anos. Cinemark, sala 4:13h50, 16h50, 20h, 23h. Kinoplex,sala 7: 13h50, 17h50, 20h50. Mul-tiplex Araújo, sala 5: 16h30, 19h15,21h45.

Tainá, a origem(Brasil, 2012). Aventura. Direção: Ro-sane Svartman. Com Nuno Leal Maia.Apósamortedamãe,apequenaTaináé criada pelo pajé Tigê. Quando ele aleva para sua aldeia a menina temproblemas de adaptação. 10 anos.Cinemark, sala 8: 12h, 14h20, 16h30,18h40. Kinoplex, sala 6: 13h40,15h40, 17h40, 19h40. Cine Ritz Sul,sala 2: 17h, 18h40.

EM CARTAZ

VVVVA Viagem(Cloud Atlas, Alemanha, EUA, 2012).Drama. Direção:Tom Tykwer e irmãosWachowski. Com Halle Berry. Seishistórias passadas em diferentes lu-gares e tempos se entrelaçam. 12anos. Cine Gama, sala 1: 21h.

VVVVAs Aventuras de Pi(Life of Pi, EUA, 2012). Aventura. Di-reção:AngLee.Gênero:aventura.ComIrrfan Khan. Garoto se muda com afamília da Índia para o Canadá emnavio que naufraga, deixando-o à de-riva no oceano Pacífico junto com umtigre de Bengala. 10 anos. Cine Shop-ping Cachoeiro, sala 2 (dub): 18h15.

VVVVAmor(Amour,França,Alemanha,2012).Dra-ma. Direção: Michael Haneke. ComJean-Louis Trintignant. Georges e An-ne são professores de música eruditaque já passaram dos 80 anos. Um dia,Anne é vítima de um acidente e oamor que une este casal é posto àprova. 14 anos. Cine Jardins, sala 2:16h40. Cine Jardins, sala 2: 21h05.Cine Metrópolis: 18h, 20h50.

VVCaça aos gângsteres(Gangster Squad, EUA, 2013). Ação.Direção: Ruben Fleischer. Com RyanGosling. A polícia de Los Angeles tentamanter a costa leste livre da máfia nosanos40e50.16anos.Cinemark,sala8: 21h. Cine Ritz Guarapari, sala 1:19h, 21h30. Multiplex Araújo, sala 2(dub): 14h30.

VVDe pernas pro ar 2(Brasil, 2012). Comédia. Direção: Ro-bertoSantucci.ComIngridGuimarães.Alice surta devido ao excesso detrabalho e vai parar num spa. 14 anos.Kinoplex, sala 2: 13h10, 15h10. Ci-nesercla Laranjeiras, sala 4: 14h45,16h45, 18h45. Cine Ritz Guarapari,sala 2: 19h30, 21h30.CineGama, sala2: 21h. Cine Shopping Cachoeiro,sala 1: 19h, 21h. Cine Via Sul: 19h15.

VVVVDetona Ralph(Wreck-It Ralph, EUA, 2013). Anima-ção. Direção: Rich Moore. Vilão doConserta Félix Jr., Ralph começa aandar por outros jogos para mostrarseu valor. Livre. Cine Jardins, sala 1(dub): 15h15. CineserclaLaranjeiras,sala 3 (dub): 14h40. Cine ShoppingCachoeiro, sala 1 (dub): 17h. Cine ViaSul: 15h30.

VVVVVDjango Livre(Django Unchained, EUA, 2012). Fa-roeste. Direção: Quentin Tarantino.Com Jamie Foxx. Ex-escravo torna-secaçador de recompensas e se preparapara resgatar sua mulher das mãos deum fazendeiro. 16 anos. Cinemark,sala 6: 15h30, 21h30.Kinoplex, sala 4:20h40. Cine Ritz Sul, sala 2: 20h20.

lInatividade paranormal(A Haunted House, EUA, 2013). Co-média. Direção: Michael Tiddes. ComMarlon Wayans. Casal se muda paranova casa e descobre que um de-mônio mora no lugar. 16 anos. Ci-nemark, sala2:12h50,15h.Kinoplex,sala 5 (dub): 21h30. Multiplex Araú-jo, sala 2 (dub): 21h15.

Infância Clandestina(Argentina, 2011). Drama. Direção:Benjamín Ávila. Com Natália Oreiro.Menino vive na clandestinidade comseus pais e o tio. 14 anos. CineMetrópolis: 16h30.

VVJoão e Maria -Caçadores de Bruxas(Hansel & Gretel - Witch Hunters, EUA,2012). Ação. Direção: Tommy Wircola.Com Gemma Arterton. Quinze anosdepois do incidente envolvendo a casade doces, João e Maria tornaram-secaçadores de bruxas. 14 anos. Ci-nemark, sala 3: 11h50, 22h40. Ci-nemark, sala 5 (3D/dub): 13h, 15h20,17h30, 19h40, 21h50. Kinoplex, sala 1(3D/dub): 13h30, 15h30, 17h30. Ki-noplex, sala 1 (3D): 19h30, 21h30.Cinesercla Laranjeiras, sala 3

(3D/dub): 17h30, 19h15, 21h. Cine RitzGuarapari, sala 3 (3D/dub): 19h15,21h15. Multiplex Araújo, sala 1 (dub):19h30, 21h30. Multiplex Araújo, sala4 (3D/dub): 15h, 17h, 19h, 21h. Mul-tiplex Araújo, sala 5 (dub): 14h.

VVVVLincoln(idem, EUA, Índia, 2012). Drama. Di-reção: Steven Spielberg. Com DanielDay-Lewis. Na Guerra Civil Americana,Abraham Lincoln lidera a vitória donortedopaís. 12anos.Cinemark, sala1: 12h40, 16h, 19h10, 22h20.

VVVVO lado bom da vida(Silver Linings Playbook, EUA, 2012,122 min). Comédia. Direção: David O.Russel. Com Bradley Cooper e JenniferLawrence. Após uma temporada in-ternado em um sanatório, Pat tentareconstruir sua vida ao voltar a morarcomseuspais. 12anos.Kinoplex, sala3: 13h20, 16h, 18h30, 21h. MultiplexAraújo, sala 2: 16h45, 19h.

O Resgate(Stolen, EUA, 2012). Ação. Direção:Simon West. Com Nicolas Cage. Ex-la-drão procura pela filha que foi se-questrada. 14 anos. Cine ShoppingCachoeiro, sala 2: 20h30. Cine RitzConceição, sala 2: 19h, 21h. Cine SãoMateus, sala 1 (dub): 21h.

VVVVO Som ao Redor(idem, Brasil, 2012). Drama. Direção:Kleber Mendonça Filho. Com IrmaBrown e Sebastião Formiga. A vidanuma rua de classe média na zona suldo Recife toma um rumo inesperado,após a chegada de uma milícia. 16anos. Cine Jardins, sala 1: 21h10.

VVVO último desafio(The Last Stand, EUA, 2012). Ação.Direção: Jee-woon Kim. Com ArnoldSchwarzenegger. O Xerife Owensaceita uma última chance de re-cuperar sua dignidade. 14 anos. Ci-nesercla Laranjeiras, sala 4 (dub):20h45. Cine Ritz Conceição, sala 1(dub): 19h, 21h. Cine São Mateus,sala 1 (dub): 19h.

VVVVOs Miseráveis(Les Misérables, Reino Unido, 2012).Drama/Musical. Direção: Tom Hooper.Com Hugh Jackman. Adaptação parao cinema do musical baseado na obrado francês Victor Hugo. 12 anos. Ci-nemark, sala 7: 14h, 17h20, 20h40.Kinoplex, sala 2: 17h20, 20h30.

VVOs Penetras(Brasil, 2012). Comédia. Direção: An-drucha Waddington. Com MarceloAdnet. Beto e Marco passam passampor situações inusitadas no louco re-veillon carioca. 12 anos. Cine Ritz Sul,sala 1: 21h. Cine Via Sul: 21h15.

Sammy 2: A grande fuga(Sammy 2: The Great Escape, Bélgica,2012). Animação. Direção: Ben Stas-

sen. Continuação da aventura da tar-taruga Sammy, que viajou o mundopor 50 anos e o viu se transformar porcausa do aquecimento global. Livre.Cine Jardins, sala 2 (dub): 15h. CineRitz Guarapari, sala 1 (dub): 15h20,17h20. Cine Gama, sala 2 (dub): 19h.Cine São Mateus, sala 1 (dub): 17h.

Uma família em apuros(Parental Guidance, EUA, 2012). Co-média. Direção: Andy Fickman. ComBilly Cristal. Avô precisa tomar contados netos e tenta usar métodos mo-dernos de educação, mas logo retornaao estilo antigo. Livre. CineserclaLaranjeiras, sala 3 (dub): 16h40,18h40, 20h40. Cine Ritz Guarapari,sala 2 (dub): 15h30, 17h30. Cine ViaSul (dub): 17h15.

INGRESSOS

CinemarkShopping Vitória. (27)3324-5973. Se-gunda, terça e quinta até às 17h: R$ 16(inteira). Após 17h: R$ 18 (inteira).Sexta, sábado, domingo e feriados atéàs 17h: R$ 20 (inteira). Após 17h: R$ 22(inteira). Quarta: R$ 16 (inteira). Sala3D: segunda, terça e quinta: R$ 23(inteira); quarta: R$ 22 (inteira); sexta,sábado, domingo e feriados: R$ 27.

KinoplexShopping Praia da Costa, Vila Velha.(27) 3350-0007. Sexta a domingo eferiados, até 17h: R$ 19 (inteira). Após17h: R$ 21 (inteira). Segunda, terça equinta, até 17h: R$ 15 (inteira). Após17h: R$ 17 (inteira). Quarta: R$ 15(inteira). Sala 3D: Sexta a domingo eferiados, por R$ 26 (inteira); segunda,terça e quinta: R$ 23 (inteira); quarta:R$ 22 (inteira). Sessão Descontão:sessões iniciadas até as 14h, aossábados e domingos, em todas assalas: R$ 6 (inteira) e R$ 3 (meia),exceto para as salas 3D.

Multiplex AraújoShopping Mestre Álvaro, Serra.(27)3211-0237.Segundaequarta:R$8(meia). Terça e quinta: R$ 13 (inteira).Sexta a domingo e feriados: R$ 15(inteira),antesdas18h,eR$17(inteira),a partir das 18h. Salas 3D: segunda equarta: R$ 10 (meia). Terça e quinta:R$ 16 (inteira). Sexta, sábado domingoe feriados: R$ 18 (inteira), antes 18h, eR$ 20 (inteira), a partir 18h.

Cine JardinsShopping Jardins, Jardim da Penha,Vitória. (27) 3350-2002. Sexta, sá-bado, domingo e feriado: R$ 16 (in-teira). Quarta: R$ 12 (inteira). Segunda,terça e quinta: R$ 14 (inteira).

Cine MetrópolisUfes. Goiabeiras, Vitória. (27)3335-2376. Segunda a quinta: R$ 6(inteira). Sexta a domingo e feriados:

R$ 10 (inteira).

Cinesercla LaranjeirasLaranjeiras, Serra. (27) 3281-2474. Se-gunda e quarta: R$ 6 (preço único).Terça e quinta: R$ 9 (inteira). Sexta adomingo e feriados: R$ 12 (inteira).Sala3D:Segundaequarta:R$9(preçoúnico). Terça e quinta: R$ 13 (inteira).Sexta a domingo e feriados: R$ 17(inteira).

Cine Ritz GuarapariShopping Guarapari. Centro, Guara-pari. (27) 3350-2001. Sexta, sábado,domingo e feriados: R$ 14 (inteira).Segunda,terçaequinta:R$12(inteira).Quarta: R$ 10 (inteira). Sala 3D: sexta,sábado, domingo e feriados: R$ 20(inteira).Segunda,terçaequinta:R$16(inteira). Quarta: R$ 14 (inteira).

Cine Via SulShopping Via Sul. Rua do Cajueiro,Arrais, Marataízes. (28) 3532-2465.Sexta a domingo e feriados: R$ 12(inteira), R$ 6 (meia). Terça e quinta:R$ 10 (inteira), R$ 5 (meia). Quarta: R$8 (inteira), R$ 4 (meia).

Cine Shopping CachoeiroRua 25 de Março, 33, Centro, Ca-choeiro de Itapemirim. Mais infor-mações: (28) 3517-8373. Sexta a do-mingo e feriados: R$ 14 (inteira) e R$ 7(meia). Segunda, terça e quinta: R$ 12(inteira), R$ 6 (meia). Quarta: R$ 10(inteira) e R$ 5 (meia).

Cine Ritz SulShoppingSul.Av.FranciscoLacerdadeAguiar, 138, Gilberto Machado, Ca-choeiro de Itapemirim. Informações:(28) 3517-8373. Sexta a domingo eferiados: R$ 14 (inteira) e R$ 7 (meia).Segunda,terçaequinta:R$12(inteira),R$ 6 (meia). Quarta: R$ 10 (inteira) eR$ 5 (meia).

Cine Teatro CasteloPraça Três Irmãos Corrêa de Lima,Centro, Castelo. (28) 3542-8532. In-gresso: R$ 10 e R$ 5 (meia).

Cine GamaAv. Getúlio Vargas, 481, Centro, Co-latina. (27) 3722-2130. Sexta, sábado edomingo: R$ 10. Segunda, terça equinta: R$ 8; quarta: R$ 6.

Cine Ritz ConceiçãoAv. Pref. Samuel Batista Cruz, 2801,Conceição, Linhares. (27) 3264-3566.Terça a quinta: R$ 10 (inteira) e R$ 5(meia). Quarta: R$ 8 (inteira), R$ 4(meia). Sexta a domingo e feriados: R$12(inteira)eR$6(meia).Nãofuncionasegunda.

Cine São MateusPraça São Benedito, Centro, São Ma-teus. (27) 3763-2721. Sexta, sábado,domingoeferiado:R$12(interia),R$6(meia). Segunda, terça, quarta e quin-ta: R$ 10 (inteira), R$ 5 (meia).

DIVIRTA-SE

PARA DANÇAR

DJs agitam o sábado em GuarapariO carnaval do Restaurante Taikô, em Guarapari, vai ser demuita música eletrônica com a DJ gaúcha Analú Giacomolli(foto), Rodrigo CX e o DJ Léo Santos, a partir das 14h.Restaurante Taikô. Enseada Azul, Praia de Peracanga, em Guarapari. Entrada:R$ 40 (mulher/pista), R$ 50 (homem/pista), R$ 80 (mulher/camarote) e R$ 100(homem/camarote). Informações: (27)3025-1898.

roteiro

Documento:AGazeta_09_02_2013 1a. SABADO_CP_Pensar_10.PS;Página:1;Formato:(548.22 x 382.06 mm);Chapa:Composto;Data:07 de Feb de 2013 16:59:32

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13PensarA GAZETA

VITÓRIA,SÁBADO,

9 DE FEVEREIRODE 2013

12PensarA GAZETAVITÓRIA,SÁBADO,9 DE FEVEREIRODE 2013

1.

BaladaStoneFair tipoexportaçãoDepois do Carnaval, as atenções sevoltam para a Vitória Stone Fair, de 26 defevereiro a 1º de março, no Pavilhão deCarapina. Além de grandes negócios,baladas supervips rolam em paralelo àfeira de rochas ornamentais. IsabelaWanderley assina uma das maisbadaladas, a festa da Consentino Latina,que reunirá 300, na fábrica da Serra. Ovice-presidente da empresa EduardoCosentino vem da Espanha para a festa.

1. Walace Menezes: no desfile da MUG,campeão do Carnaval de Vitória 2013.FOTO: MÔNICA ZORZANELLI

2. Nice Bionce, da Mangueira, Sorriso daMangueira e Juliana Clara da Unidos daTijuca: na abertura dos desfiles do Sambãodo Povo.

3. Juninho e Geraldo Luzia: o prefeito deCariacica e o pai desfilaram com a BoaVista, a vice-campeã do Carnaval 2013.

Ela merece!Autora da dissertação de mestrado nota10 “Ronaldo Azeredo: O MínimoMúltiplo (in) Comum da PoesiaConcreta”, pela Ufes, Marli SiqueiraLeite foi convidada para fazer acuradoria de uma exposição sobre opoeta concreto. A mostra, que contaráa trajetória do artista que fez poesia empano, poemas-mapa e poemas-desenho,falecido em 2006, será inaugurada emmaio, no espaço cultural Casa das Rosas,em São Paulo.

Happy Valentine’s Day!Ricardo Weiser e Carol Daróspreparam uma noite especial paracomemorar o Valentine’s Day, dia 14, noDom Camaleone. O Dia de São Valentimé o Dia dos Namorados nos EUA, no qualse celebra a união amorosa entre casais.Lá, o ritual é o mesmo com troca debombons, flores e presentes bemapaixonados.

Pós-carnavalNa próxima quinta-feira, dia 14,Zezinho Boechat promove a festaRessaca Sertaneja de Carnaval doSalllon. As atrações são Trio NovaOnda, Édson & Anderson e HenriqueBarreto.

COLABORAÇÃO: TAYNÃ FEITOSA

Carnaval 1.O vereador de Vila Velha Ricardo Chiabai e as princesas da família real do carnavalcapixaba Tatiana Porquieri e Maria Carolina Cândido: a MUG é campeã. FOTO: FABIANO ROSSI

Carnaval 2.Leo Malisek e Camila Pacheco Malisek: na Ilha doBatuque da Rede Gazeta. FOTO: MÔNICA ZORZANELLI

Carnaval 3.Wesley Telles e Indhira Pessanha: de olho nos desfilesdo Carnaval de Vitória. FOTO: MÔNICA ZORZANELLI

Os cachosda Garotado SambaA vencedora do concursoGarota do Samba,promovido pela TVGazeta, FabianaMattos, cuida dasmadeixas na filial doInstituto de Heloisa deAssis, a Zica, na Serra.Zica é reconhecida comoa mulher que trata ascacheadas mais famosasdo Brasil.

Terapia capilarLívia Lourega acertaos últimos detalhesde sua participaçãoem congresso deDermatologia em Miami,e está em contagemregressiva parainaugurar, em março, seucentro de terapia capilar,na Praia do Canto.

DICA DE VIAGEM

ITAMARACÁ,A ILHA QUEABRIGA UMFORTE

Palco de disputasentre holandesese portugueses em

meados do século XVII, aIlha de Itamaracá, em Per-nambuco, é hoje um beloredutodeáguas cristalinasque abriga o Forte Orange,cartão-postal da ilha, que

possui lojas de artesanato,capela e museu. Das mu-ralhas a visão para a Coroado Avião, uma encantado-ra ilhota de areia com pa-lhoças que funcionam co-mo bares, é privilegiada.Acessívelapenasporbarcoou jangada, Coroa é per-feita para caminhar, rela-xar e jogar conversa fora.

zig zagRENATA [email protected] - (27) 3321-8516

ZIG. Kátia Lessa partiupara Amesterdã, ondecurte o carnaval.

ZAG. Flávia Saade curteNova York, ao lado doirmão Cesinha e toda afamília.

ZIG. Maria Emília Souzaprorroga a folia preparaum baile de carnaval parao dia 17, com a presençada Escola Pega no Samba,no Iate Clube do EspíritoSanto.

ZAG. Tatiana Cajueiroe a filha Gabriela vãopassar o feriado de car-naval em Florianópolis,curtindo a família.

ZIG. Assume a presidênciaO Sindicato dos Práticosdos Portos do Estado doEspírito Santo ErnestoConti Neto para o biênio2013/2015.

ZAG. Beth Kfuri passaráo carnaval descansando ese recuperando da cirur-gia, depois de uma fraturano punho direito. Na Se-mana Santa, pretende vi-sitar a filha Luiza, em Ali-cante, na Espanha.

ZIG. Edinho e Ivana Ruyembarcam amanhã paraÁfrica do Sul. O tour de 15dias inclui hospedagem noseis estrelas The Palace epasseio de balão.

ZAG. Andrezinho Castrodesfila na segunda, dia 11,pela Vila Isabel na Mar-quês Sapucaí.

ZIG. Sandra Mathias eJosé Luis Fiorese rece-bem convidados para umhappy hour em comemo-ração aos 13 anos de suaempresa pioneira de assis-tência médica domiciliarno Estado, no dia 15.

Coluna Zig Zag @zigzag_ag @zigzag_ag

Eles no samba.Alvaro e Cláudio Abreu: no desfile da Jucutuquara em homenagem a Rubem

Braga, no Sambão do Povo. FOTOS: CACÁ LIMA

2. 3.

1.

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Documento:AGazeta_09_02_2013 1a. SABADO_CP_Pensar_12.PS;Página:1;Formato:(548.22 x 382.06 mm);Chapa:Composto;Data:07 de Feb de 2013 17:06:20

Page 9: C2+ Pensar feveriro 2013

15PensarA GAZETA

VITÓRIA,SÁBADO,

9 DE FEVEREIRODE 2013

14PensarA GAZETAVITÓRIA,SÁBADO,9 DE FEVEREIRODE 2013

HORÓSCOPOÁRIES(20 MAR. A 20 ABR.)

VocêestáplenamentesoboefeitodocontatodesarmoniosodeseuplanetaMartecomJúpi-ter.Assim,convémevitaroex-tremismoeasatitudesrudes,impensadaseimpulsivas.—Dica: procure não brigarcom os outros.

TOURO(21 ABR. A 20 MAI.)

Júpitervibradesarmoniosamen-teeassinalaumperíodoemquevocêdeveevitartudooquecolo-queseudinheiroemrisco.Nãosejoguedecabeçaemsituaçõesquenãosejambemclaras.—Dica: evite iludir-se e seja rea-lista em todas as situações.

GÊMEOS(21 MAI. A 20 JUN. )

MercúrioeMartevibramdemo-doarrevesadoparaJúpiter,queestáemseusigno,porissonãoalimenteexpectativasdemaisemrelaçãoaquemamaeacau-tele-secontraatitudesconfusas.—Dica: não deixe sua felicidadedepender dos outros.

CÂNCER(21 JUN. A 21 JUL.)

OfatodeJúpitervibrardemodotensoparaMarteeMercúrioassinalaumafaseemquevocênãodeveexigir-sedemais.Dêmaioratençãoaseuslimitesfísicosepsíquicos.—Dica: use de especial delicade-za ao lidar com o próximo.

LEÃO((22 JUL. A 22 AGO.))

Procurenãofantasiardemaisnemsedeixeenvolveremaventu-rasindesejáveis,quepossamfa-zercomquevocêsofradesneces-sariamente.Mantenhaemtodasassituaçõesosensoderealidade.—Dica: Os astros recomendam es-pecial prudência nos negócios.

VIRGEM(23 AGO. A 22 SET. )

SeuregenteMercúrioeMarteaconselhamvocêamediraspala-vrasenãoseenvolveremdiscus-sõesestéreisedesgastantes.Evi-tedispersar-seematividadesde-mais,façaumacoisaporvez.—Dica: não deixe a sinceridadeexagerada magoar as pessoas.

LIBRA(23 SET. A 22 OUT. )

JúpiteragorabatedefrentecomMercúrioeMarte,queestãoemPeixes,portantoatuecomamá-ximadiplomaciaemseusconta-toscomtodosetambémnãoseexijademais.—Dica: não se envolva em ba-te-bocas estéreis e desgastantes.

ESCORPIÃO(23 OUT. A 21 NOV. )

Vocêestásoboefeitodosaspec-tostensosdeMercúrioeMartecomJúpiter,portantopiseemovosaolidarcomquemama.Se-jatoleranteefaçavistagrossaàshumanasimperfeiçõesalheias.—Dica: faça o possível para aperfei-çoar-se ao invés exigir dos outros.

SAGITÁRIO(22 NOV. A 21 DEZ. )

DuranteestesdiasJúpitervibrademodoarrevesadoparaMarteeMercúrio,porissoassinalaumperíodoemquevocêdeveevitaratitudesrudesoucompetitivaseagircomamáximadiplomacia.—Dica: mantenha o senso de reali-dade, principalmente no amor.

CAPRICÓRNIO(22 DEZ. A 20 JAN.)

Júpitervibrademodotensoeassi-nalaumperíodoemquevocêdevepensaraindamelhorantesdeagiroudizerqualquercoisa.Evitemal-entendidos,nãosejarudenemfaçacomentáriossarcásticos.—Dica: distenda-se ao máximo,para reencontrar seu eixo.

AQUÁRIO(21 JAN. A 19 FEV. )

Nestesdiasnãofaçadespesasim-pulsivamenteeprocureater-seagastosrotineiroseinadiáveis.Mar-teeMercúriotentamdesequilibrarsuasfinançaserecomendamespecialprudêncianessaárea.—Dica: converse francamentecom quem você gosta.

PEIXES(20 FEV. A 20 MAR.)

OscontatostensosenvolvendoJú-piterlherecomendamagircomcautela,emespecialemcasa.Eviteespecularcomimóveis,nãofaçadespesasdesnecessáriasecon-serve-sedentrodoorçamento.—Dica: preserve um astral de har-monia com quem você gosta.

PALAVRAS CRUZADAS

SUDOKU

O Sudoku é um tipo de desafio lógico japonês. As regras:o jogador deve preencher o quadrado maior, que estádividido em nove grids, com nove lacunas em cada um,de forma que todos os espaços em branco contenhamnúmeros de 1 a 9. Os algarismos não podem se repetirna mesma coluna, linha ou grid

SOLUÇÕES

QUADRINHOSSAMANTA Alpino

RECRUTA ZERO Mort Walker

MARLY Milson Henriques

GERVÁSIO Gilberto Zappa

Série “Vida de Cigano” na TV

Satisfeito com o dinheiropor conta do sucesso desua nova loja psíquica,Chris vê uma rota nãoconvencional para o su-

cesso quando descobrelanchonete móvel que-brada. A série “Vida deCigano” é destaque noNatGeo, às 20h35.

História para toda a família

O vilão Megamente der-rota seu rival, o heróiMetro Man. Porém agoraque não tem ninguémpara enfrentá-lo, não vê

mais sentido na vida eterá que encontrar novopropósito. “Megamente”é exibido às 22h, noTelecine Fun.

PROGRAMAÇÃO DE TVTV ABERTATV GAZETA C407h40 Ação08h00 Gazeta Comunidade08h30 Estação Esporte09h00 Em Movimento09h30 Sitio do Picapau Amarelo09h40 Turma da Mônica10h00 TV Globinho12h00 ESTV 1ª Edição12h50 Globo Esporte13h20 Jornal Hoje13h50 Estrelas14h45 TV Xuxa16h05 Caldeirão do Huck18h15 Lado a Lado19h00 ESTV 2ª Edição**19h15 Guerra dos Sexos20h30 Jornal Nacional21h10 Salve Jorge22h15 Big Brother Brasil 1322h45 Carnaval 2013 - Desfile

das Escolas de Samba deSão Paulo

TV EDUCATIVA C206h30 Caminhos da Reportagem07h30 Programa Especial07h45 Reencontro08h30 Taxista Empreendedor -

Trabalho em Equipe09h00 Bom para todos09h30 Opção Saúde10h00 Ser Saudável10h30 Programa Especial -

Especial de Carnaval11h00 Papo de Mãe12h00 TV é Ciência12h30 Expedições - Picinguaba13h00 Alto Falante - Musical14h00 Stadium15h00 + Ação15h30 Conhecendo Museus -

Museu Vivo da MemóriaCandanga

16h00 Eu Sou o Samba17h00 Paratodos17h30 Animania18h00 Espaço Dois18h30 Oportunidades19h30 Conexão Brasília

20h00 Carnavais do Brasil -Samba /Reggae

21h00 Repórter Brasil21h30 Cine Nacional Especial -

Coração do Samba23h00 Carnavais do Brasil -

Salvador: Blocos Afro eAfoxé - Ao vivo

02h00 Segue Som03h00 Doc TV Música - 20 Anos

de Suvaco04h00 Alto Falante04h30 A Grande Música - Duos

Flauta & Cravo05h30 Via Legal

TV VITÓRIA C605h00 Iurd07h00 Nosso Tempo08h00 Fala Brasil Especial - HD10h00 Esporte Fantástico12h00 Jornal da TV Vitória12h30 Negócios de Sucesso - HD13h00 Privilège - HD13h30 Vitória Fashion14h00 Art Et Decor14h30 Record Kids15h30 Cine Aventura - A Ilha da

Imaginação - HD18h00 O Melhor do Brasil20h00 Jornal da Record - HD20h30 O Melhor do Brasil -

Continuação23h00 Legendários (Nova

Temporada)01h00 Programação Iurd

TV TRIBUNA C706h00 Chaves07h00 Sábado Animado08h30 Terra Capixaba09h00 Imóveis In Foco09h30 Desafios10h00 Sabor a Bordo10h30 Sábado Animado -

Continuação12h00 Tribuna Notícias - 1ª

Edição12h35 Ponto Cult13h00 Tribuna na Estrada13h35 Nossa Terra14h15 Programa Raul Gil18h30 Aventura Selvagem

19h15 Tribuna Notícias - 2ªEdição

19h40 SBT Brasil20h30 Esquadrão da Moda21h15 SBT Folia 201302h00 Dois Homens e Meio02h30 Big Bang a Teoria02h45 Ataque de Risos I - Elas e

Eu03h45 Ataque de Risos II - Uma

Família Perdida no Meio doNada

05h00 Ataque de Risos III - UmMaluco no Pedaço

TV CAPIXABA C1006h00 Igreja Mundial do Poder de

Deus06:50 Popcorn TV07h00 Shop Mix07h30 Country & Cia08h00 Desenhos08h15 É Tempo de Vitória08h45 Vitória em Cristo09h45 Programa Destaque10h00 Doutor Saúde10h20 Melhores Momentos do

Carnaval Capixaba 201312h00 Vitória em Cristo13h00 Band Folia I14h00 Gol, O Grande Momento

do Futebol14h30 Terceiro Tempo I15h50 Futebol – Campeonato

Paulista – Guarani X SP18h15 Terceiro Tempo II18h50 Acontece19h20 Jornal da Band20h25 Show da Fé21h20 Mr Bean21h30 Acredite se Quiser22h15 Top Cine00h00 Band Folia II04:00 Igreja Mundial do Poder de

Deus

REDETV! ES C1806h00 Ultrafarma07h45 Shop Tour08h00 Tempo de Colheita08h15 Shop Tour08h45 Movimento Pentecostal09h15 IEBV

09h45 Ressurreição e Vida10h15 Espaço de Arte Celga11h15 TV Revista11h45 Programa Wesley Sathler12h15 Destaque Empresarial12h45 Shop Tour13h00 Igreja Família de Baixo da

Graça13h30 TV Bereana13h45 Parceria14h00 Sábado Total17h00 Encantador de Cães17h45 Parceria18h15 Polishop18h45 Parceria19h00 Companhia de Viagem19h45 Amaury Jr. Show20h45 RedeTV News21h30 ES! News22h00 Shop Tour22h30 Mega Senha23h30 Bastidores do Carnaval -

Desfile de São Paulo02h00 Bola de Neve02h30 Super Papo03h00 Igreja da Graça - Nosso Lar05h00 Super Papo

TV PAGATELECINE PREMIUM(SKY/NET)12h25 Dylan Dog e as Criaturas

da Noite14h20 O Enviado16h10 Um Dia18h05 Na Mira dos Assassinos19h50 Protegendo o Inimigo22h00 A Dama de Ferro

TELECINE ACTION(SKY/NET)13h25 Perigo Real e Imediato15h55 O Novato18h00 Dragonball Evolution19h40 Tron - O Legado22h00 O Reino

TELECINE PIPOCA(SKY/NET)13h00 O Palhaço14h40 Space Dogs

16h20 Os Descendentes18h25 A Saga Molusco -

Anoitecer20h10 O Menino de Ouro22h00 Roubo nas Alturas

TELECINE CULT(SKY/NET)13h20 Carmen Jones15h15 Miss Broadway16h40 Vingança no Coração18h15 100 Filmes e um Funeral19h55 E Sua Mãe Também22h00 A Luz é para Todos

GNT (SKY/NET)21h30 Viva Voz Verão: Gal Costa22h00 Chame Gente: Uma

História do Trio Elétrico23h00 Preferência Nacional: Da

Senzala ao Lazer23h30 A História de Ingrid

Betancourt

MTV (SKY/NET/TVA)17h15 Tá Quente18h00 Verão MTV - A Casa22h00 Verão MTV - A Festa23h00 Família MTV -

Conecrewdiretoria23h30 Faixa a Faixa de Verão23h45 Carnaval MTV

HBO (TVA/NET)13h00 The Weight Of The Nation14h20 Mad Men15h20 HDTV - A Ilha17h50 Harry Potter e as Relíquias

da Morte: Parte 220h15 HDTV - A Mentira22h00 Happy Feet 2: O Pinguim23h50 HDTV - Contágio

CINEMAX (SKY/NET)14h30 Um Príncipe em Minha

Vida 2: O Casamento Real16h15 The Hollywood News

Report16h45 Risco Total18h30 Festival de Marrakech

201219h00 HDTV - Perigo em Bangkok21h00 Refém

23h15 Crash

TNT (SKY/NET)12h35 O Diário de Bridget Jones14h20 Sex and the City - O Filme16h55 HDTV - Se Beber, Não

Case!18h45 O Senhor dos Anéis: A

Sociedade do Anel22h00 Piratas do Caribe: No Fim

do Mundo

WARNER CHANNEL(SKY/NET)14h00 The Big Bang Theory14h30 Two and a Half Men15h30 The Big Bang Theory16h00 Friends16h30 Por Trás do Crime17h00 Fringe22h00 A Lenda de Beowulf

SONY (SKY/NET)13h00 America's Got Talent15h00 American Idol17h00 Once Upon A Time18h00 Private Practice19h00 O Xangô de Baker Street21h30 Fim da Linha23h00 American Idol

DISCOVERY KIDS(SKY/NET)19h30 Peixonauta20h00 Mister Maker20h30 Mecanimais21h00 Dino Dan21h30 Hi-5 Austrália22h00 Backyardigans22h30 Bob, o Construtor23h00 Caillou23h30 Barney e Seus Amigos

MULTISHOW (SKY/NET)18h00 Big Brother Brasil 13 -

Melhores Momentos19h00 Top TVZ21h50 Bastidores22h20 Vai Pra Onde?22h50 Big Brother Brasil 13 - Ao

Vivo23h15 Big Brother Brasil 13 - A

Eliminação

TV DE HOJE

Lado a LadoTV GAZETA, 18H15

¦ Teodoro diz a Sandraque quer alugar uma ca-sa enquanto a deles nãofica pronta. Catarina tra-ma com Fernando paraque Laura pense que Ed-gar e Heloisa estão jun-tos. Isabel promete aElias que ficará junto de-le quando Albertinho forvisitá-lo. Celinha conta aLaura que ficou a sóscom Guerra em seu apar-tamento. Isabel diz a Di-va que sabe que Lucianonão é filho de ManoelLoureiro. Isabel conta aLaura que Edgar vai seencontrar com Heloisa.

Guerrados SexosTV GAZETA, 19H15

¦ Felipe se desvencilha eCarolina simula arrepen-dimento. Os clientes re-clamam da comida deNieta. Veruska perguntaa Dino com que dinheiroRoberta iria comprar asações da fábrica. Semí-ramis pede para seu san-to ajudá-la a se casarcom Nenê. Vânia flagraCarolina na casa de Fe-lipe. Frô sai de sua bar-raca para beijar um ra-paz escondida. Zenonbeija Charlô, mas fica ir-ritado por ela não cairem seus truques.

Salve JorgeTV GAZETA, 21H10

¦ Érica corre para socor-rer Theo, que é retiradoda pista rapidamente.Élcio vence o torneio eDrago se sente mal.Amanda ouve Carlosmarcando um encontrocom Antônia e manipulaCarol para impedir o ma-rido de sair. Rosângelaconta para Morena queLívia não morreu. Helôbriga com Stenio por su-gerir que Mustafá, Ber-na, Pepeu e Drica fiquemem sua casa. Lena dá oendereço da agência doprodutor de comerciaispara Deborah.

“CALDEIRÃO DO HUCK”

Musa do Carnaval 2013 elegecampeã do Rio de JaneiroO “Caldeirão do Huck”deste sábado mostra a re-ta final do concurso “Mu-sa do Carnaval 2013”.Agora é a vez de a cidadedo Rio de Janeiro conhe-cer a passista que melhorrepresenta a alegria e abeleza do carnaval cario-ca. O júri é formado pelosatores Fabiana Karla, Ju-liana Didone, Oscar Ma-grini e Rodrigo Sant’An-na, além do lutador deMMA Junior Cigano e ofotógrafo JR Duran.

Depoisdeumbate-papocom Luciano Huck e os ju-

rados, as finalistas da Bei-ja-Flor, Inocentes de Bel-ford Roxo, Salgueiro e Vila

Isabeldefendemotítulodecampeã com samba no pé.No ar após “TV Xuxa”.

DIVULGAÇÃO

Programação terá roupagem metaleira com rock

passatempo televisão

Documento:AGazeta_09_02_2013 1a. SABADO_CP_Pensar_14.PS;Página:1;Formato:(548.22 x 382.06 mm);Chapa:Composto;Data:07 de Feb de 2013 18:03:21

Page 10: C2+ Pensar feveriro 2013

16PensarA GAZETAVITÓRIA,SÁBADO,9 DE FEVEREIRODE 2013

artigopor GILBERT CHAUDANNE

SÃO VOLTAIRE DETODAS AS IRONIASPara articulista, o espírito ácido do filósofo francês Voltaire é uma arma contra toda formade dogmatismo, mas, aplicado à interioridade do homem, pode provocar um efeito niilista

Voltaire encarna o espí-rito francês assim comoo beaujolais ou o ca-membert. Ele é um dosdeuses do panteão na-cional e só faltou ca-

nonizá-lo. Mas Voltaire só cumpri-mentava o Deus “relojoeiro” e não odas igrejas. O importante é umaprática sábia de vida: “Há de cul-tivar nosso jardim”. O resto é fu-maça metafísica. Para se defenderdos “doutores-que-sabem”, Voltaireusava uma técnica que é bem sua: aironia. E o que é a ironia? É um tipode humor que participa do espíritode fineza (Pascal): é dizer sem dizer,mas acabando dizendo exatamenteo contrário do que está sendo dito.Por isso existem pessoas que nãoentendem a ironia por falta de fi-neza crítica. Entendeu?

Esse espírito ácido é uma belaarma contra todas as formas de dog-matismo, mas quando aplicado à in-terioridade do homem, ele pode pro-vocar um efeito niilista: assim, Vol-taire é incapaz de perceber a poesia eo amor. Ele é seco, e por isso entra emconflito com as exaltações pré-ro-mânticas de Jean-Jacques Rousseau.E Voltaire influenciou muito a for-mação da mentalidade francesa – deum lado positivo, a crítica dos po-deres dogmáticos; de um lado ne-gativo, provocando uma espécie deatrofia emocional.

Seu sorriso é meio ácido e estápronto para denegrir tudo o que égrandioso, generoso, espontâneo, tudoo que é grande e forte como VictorHugo ou Antonin Artaud. A Françacuriosamente produziu esses dois an-ti-Voltaires (que também não poupa-ram “os poderes”) de outra maneira.

A ironia é uma boa arma contra adoxa (a opinião do Zé Mané, o “lugarcomum”). Isso é imprescindível, e Vol-taire nos ensina, como René Descartes,a nunca receber uma proposta semverificar a sua veracidade. Voltaire é o“anti-maria-vai-com-as-outras”. Contu-do, ler Voltaire demais pode provocarum efeito de overdose, passando daironia para o cinismo.

O que “salvou” Voltaire foi seuengajamento político, com o qualele mostrou uma generosidade in-

comum – uma generosidade não docoração (versátil, até vagabundo),mas uma generosidade de princípio:o que podemos chamar de justiça.

REPRODUÇÃO

Não concordo comuma só palavrado que dizeis, masdefenderei atéa morte o vossodireito de dizê-la”—VOLTAIREFILÓSOFO FRANCÊS

O famoso sorriso irônico de Voltaire foi comparado a uma careta simiesca

Voltaire defendeu Callas um pro-testante perseguido pela “justiça”do rei católico, não porque Voltaireera protestante, mas em nome da

liberdade de culto e de expressão.Não há nada mais generoso, ou atéamoroso que (de)fender alguémcom quem você não concorda. Vol-taire detestava tanto o catolicismocomo o protestantismo, mas elemostra assim, que ele cultua umvalor superior às religiões: a liber-dade. E que isso pode ser uma formade amor (justiça) que não vem docoração mas das idéias.

Defender alguém com quem vocênão concorda é uma forma superiorde amor, é amar seu inimigo: é oágape cristão! O que não deixa de serum belo paradoxo já que Voltaire éalérgico ao cristianismo. A sua securasentimental, seu anti-lirismo, sua iro-nia ácida fez dele um “santo” daRepública Francesa. Mas ele se tor-nou para outras esferas da menta-lidade da França, “o macaco Voltaire”(seu sorriso irônico comparado auma careta simiesca) e esse sorrisonão tem nada a ver com o sorrisoacolhedor de Nossa Senhora, não, eleé considerado quase demoníaco. Odiabo ri, o Cristo não. Mas, justiçaseja feita, Voltaire, com seu sensoagudo de justiça (= amor) se mos-trou mais cristão do que os próprioscristãos. O amor ao próximo, às ve-zes, não está onde se diz que ele está.Sem Voltaire, a França não seria aFrança com todas suas epifaniase todos seus sintomas.

Documento:AGazeta_09_02_2013 1a. SABADO_CP_Pensar_16.PS;Página:1;Formato:(274.11 x 381.00 mm);Chapa:Composto;Data:07 de Feb de 2013 17:34:50