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•-, ¦' . ' ^ cP~ c*.. cy—o Ç2>ybz*-*~ <^C< SSL.- roíin DO 3CRE Pennapolis, 14 de Agosto de 1912 ANNO III— NUMERO 12 •>«ÍS'<S ¦' ¦;;1--- '-%:¦¦¦ •tz\', ..'•' .-... ... Jíosso anniversario ¦¦¦MroiniimililwilliW ****g4gaiiuiSíííu^^""""" ELOGIO em bocca própria, diz o rifâo, é vituperio. Como pois, seguindo o chavão, traçar aqui a linha de conducta da Folha, do Acre ao alvorecer do seu segundo anniversario, nós que guiamos os seus passos sempre com excepcional devota* mento, vendo crescer, de dia para dia, esse sentimento amorayel por tudo aquilloque faz parte in- tegrante do nosso próprio eu?! Sejamos mais justos. Aban- donémos a roüna e approveite- mos este dia de festa para bem significar a nossa gratidão ao povo acreano pelo apoio que não se cança de prestar-nos e relem- brar as duas phases bem. oppos- tas, seguidas por este jornal, desde a sua fundação. Se louvores merece a Folha do Acre pela orientação seguida, se crescente é o seu fastigio, se louros espargem-se sobie suas victorias, aos nossos ledores, com justiça confessamos, cabe a maior parcella na colheita, ficandonos somente a satisfação de termos cumprido com o nosso dever. B* publico o tirocinib deste jor- nal, fácil pois o seu julgamento. Na consciência da totalidade dos habitantes desta região ayul- tam os seus passos, registro vivo dos factos occorridos no pequeno percurso dois annos. Como tudo que nasce em con- dições de viabilidade, surgiu a Folha do Acre com passos a principio tacteantes, que se foram aos poucos firmando. Hoje ella se apresenta forte e real repre- sentante da opinião publica deste Departamento.. Filiada nos seus primeiros dias a um pequeno grupo político sem orientação segura, desfraldou uma bandeira, linda na sua íor- ma, mas prenhe de subtil veneno nos seus fins.. V Reflectia-se nella 6 espirite do chefe supremo da ardente cohorte subversiva da ordem publica, que, sob aegide de autohomismo, ' pugnava pelos seus imme- diatos interesses. Qual mancenilheira em flor, at- trahia a vermelha facção os in- cautos viajores que aqui aporta- vam com os corações cheios de patriõtismo.batalhadores dobeni. Felizes áquelles que, agonisan- tesembora, não se deixaram afun- dar no aviltamento de caracter a que os conduzia a orientação da Folha do Acre nessa época amorpha, interpretadoraflel des- sepolvro que acolhera nós seus tentáculos acautelados e traiço- eiros, levantando-se do lodaçal onde apathicos jaziam, para, sus- pensos pela energia inquebran- tavel e adamantino caracter de Gentil Norberto, acompanhar o nosso jornal no elevado discor- tino queoheróelhe traçara, pre- cursor de novas alvoradas. Com admirável dedicação pela causa publica, o espirito organi- Bador e desinteressado do pala- dino acreano reuniu em torno do Beu nome todos os seus compa- nheiros da campanha saciosan- ta e reivindicadora deste Terri- lorio, acreanos sinceros como elle, proprietários e comrnerci* antes neste Departamento, os únicos sacrificados nas constan- tes perturbações da ordem, para consolidar os alicerces da paz, base indispensável á politica re- almente proveitosa á esta região e que havia iniciado desde a Ca- pitai da Republica. Fundou-se então o p a r ti d o •••Constructor Acreano', passan- do a Folha a ser^o seu órgão, a çbedecer a orientação do seu directorio, a seguir o seu pro- gramma.pleno dos bons ensina- mentos|de uma politica e firme, garantidora das sublimes aspira- ções que se aninham na alma acreana. O acerto dos ideaes que defen- demos, a convicção de seguirmos lham os pôs, quando não penetram fundo nos nossos corações, puri- (Içados ainda com a lealdade sin- cera da primeira juventude. Emquanto contarmos com o apcio da opinião publica acreana a alentar-njs na campanha ence- tdda, não medimos sacrifícios e intimoratos, Fern vacillações nem tropeços, prcseguiremos na lucta em prol do bem e condemnação do mal, com a sobranceria e co- ragem dos que aspiram cum- prir com o seu. dever de republi- canos e patriotas, palinúros da paz e do trabalho, legenda au- gusta do progresso hurilaiío. Confessando por flm a nossa gratidão ao directorio do "Co> structor Acreano" e seus partida- rios, que representam aquasiuna- midade da população deste De- partamento, pela confiança que não se cançamdedemonstrat-nos, hypothecamos mais uma vez os nossos votos de franca solida- riedade ao seu bello programma, redobrando ás nossas energias para sua maior pujança. Com os nossos corações re- pletos da máxima alegria, abra- çamos os nossos assignantes e ledores, agradecendo as felicita- ções' que nos enviam. A micus Ptato sed magis amica veritas... Vingança Ignara JladiotsUgrapÍTia HIIIIIIBUIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIinillllllM»™'»»™™11111"11111111111111"1"111 uma directriz condigna corn os bons principios e opinião publica deste Departamento são palpitan- tes, pelas continuas adhesões ao nosso partido e enthusiasücos ap- plausos á nossa attitude. Estes os melhores galardões que aspiramos como recompensa ao nosso acendrado esforço no apostolado que abraçamos, cheio de dissabores e perigos*, repleto Alegra-nos toda vez que temos a ventura de assignalar mais um me- lhoramento propulsor du progresso crescente desta região. Ha bem pouco tempo,noticiamos a chegada a este Departamento do dis- tineto official do nosso glorioso ex- ercito sr. capitão dr. Luiz Affonseca, incumbido da instàliação radiotele- gr-aphica de Xapury. Infatigavel no cumprimento do seu dever preparuu-nos o capitão Affonse- ca, num , espaço .limitadíssimo de tempo, a surpreza da conclusão dos trabalhos a seu cargo, com o mais completo êxito. Para darmaior brilhantismo á fes- ta da inauguração, dirigiu elle ao exmo. sr. dr. Prefeito gentil convite ; apezar da incommoda viagem nesta época de aguàs baixas, S. Exc. não poude renistir ao desejo de compare- cer á grandiosa festa, e sem encarar sacrifícios partiu rio acima no moto- godille,.gentilmente cedido pelo nosso leal correligionário coronel Sebastião F. de Mello, em demanda de Xapury. Teve logar o embarque de s. exc. no dia 8 do corrente ás 3 horas da tar- de.accmpanharam s. exc. o nosso emi* nente amigo e correligionário dr. Gentil Norberto, e nosso prezado dr- rectortenente-coronelNelsonNoronha Apezar da viagem inesperada de s. exc. foi o seu embarque muito con- corrido e, entre o enorme preslito, que acompanhou o Prefeito de sua residência ao principal porto de Pen- napolis, onde estava atracado o mo- togodille que os devia conduzir.nota- mos as seguintes pessoas: Dr. Leite e Oiticica Filho, secreta- rio geral da Prefeitura; tenente Mel- chiades Albuquerque Paes Barretto, commandante da Companhia Regional; dr J. Fabiano Alves, dire- ctor do serviço sanitário da Prefeita ra; tenente-coronel Odilon Pratagy, delegado auxiliar; major Francisco Conrado Lopes,' contador da Prefei- turà; tenentes-coroneis Adolpho Bar- boza Leite, Manoel Pereira Vianna, José Augusto Maia, Victor Correia dos Santos Porto e Carlos Tristão Norberto Júnior, capitães João Paulo Norberto, A. Cezar de Vasconcellos, Tito de Castro Menezes e Pedro Fui- gencio da Silva, tenentes José Augus- to Maia Filho, Horacio Gomes da Silveira, Modestino Martins Reis, José Diomedio Sampaio Mattos, José Gabriel Filho, Mario Rovere, Joa- quim Alves Galvão e Manoel Cândido Ferraz, dr. Albert Simon, capitães Pompeu Chaves, Francisco Correia e Trajano Mendes Muniz, Balthazar Travessa, João Coelho, Eduardo Fer- reira Pinto, João de Lyra Albu<|uer- qne, João Martins, Ítalo Rovere, Ma- noel Argemiro, Joaquim Marinho. Augusto Silveira de Vasconcellos, Pé- dro" Uchòa, Felicio Hajanie, Miguel l3ad(ler,J.^rge Maia, Joaquim de Mpu- ra, capitão Jo-é Epaminondas Cavai- cante,Anlonio Pedroso, tenente A. Lo- pes de Mendonça.Fcancisco Jeronymo de Carvalho, e tenente João Castello Os reparos que fizemos á le- viana conducta do dr. juiz in- terino da Comarca,permittia-nos aguaidar a nefasta e criminosa influencia do seu mais agachadó áulico, procurando castigar ã nossa franca attitude ás suas in tervenções descabidas na admi- nistraçlo publica deste Departa- rnento.provocadoras de prejucli- ciaesattrictos e fala decompôs- tura social desse juiz, transfor- mado em temível espadachim, que sozinho briga com um mi- Ihão, conforme elle próprio aíllr- mara. Tudo se esquadrinhou para punir a Folha, mas, não te.ido ella culpa no cartoriOj encon- trou-se um meio da, indirecta- mente, feril-a. Pela rnilionesima vez trouxe- se á baila o processo instaurado contra o nosso companlieiro de trabalho Amarilio Sampaio, por tentativa de morteV Foi elle, como é publico, for- jado pelo mesquinho bajulador do juiz dreadnougth, solicita- dor de causas bastante conheci- do no nosso meio mundano pelos seus torpes e inveterados habi- tos. - Desempenha no immoral pro- cesso o tríplice papel de victima, advogado e juiz. Victima, porque assim figura nos autos. Advogado, porque, professando o vassourismo júri- dico, procura com elle elevar do abatimento moral em que se acha o seu augusto senhor,ante os justos reparos da Folha, á sua leviana conducta, agradan- do-o com a iniqua vingança ora posta em pratica. Juiz, porque é o máo espirito santo de orelha do coronel sup- plente substituto, escrevendo-lhe os despachos-, literalmente co- piados e assignados pelo referi- do supplente. Deixa-se este reduzir a essa posição muito cômoda é verdade, nada fatigante, porem dernttsia- do deprimente para um funecio- nario publico, de simples mani- vela, emprestador de sua assi- imatura a despachos apaixona- dos e suspeitos, pois que provém do próprio interessado no pró- cesso. Acaba de solicitar do exm. dr. Prefeito o coronel supplente su- bstituto a prisão de Amarilio Sampaio, pronunciado por s. s. Não sabemos onde mais a'mr- rar a desfaçatez do supplente su bstituto, se quando assignou esse despacho, sagrando uni cri- me de estelionato qué, de estelionato què, com a sua directp conivência e plena responsabilidade, se acabava de perpetrar; se quando assignou o otíicio que dirigiu ao -exm. dr. Prefeito, solicitando a prisão do réo de damninhos cardos que reta-1 Branco pela Folua do Acre. á uma inconsciencia do ac ção podemos atlribuir tão inàu) dita coragem, não se lembrando que no mesmo processo s. s. julgara improcedente a deivun- cia, inculpando o réo e que nos havia dado, pessoalmente, conimunicação do séu acto. Como desappareceu dos autos esse despacho para substituir-se hoje por outro contrario, copia- do e assignado pelo mesmo co- ronel supplente substituto ? 1!! Náo fossem semelhantes su- bstiluições ridiculas e crimino sas,já, mais de uma vez, postas em pratica no juizo da sede des- ta Comarca como arma de vin- gança politica,extranhariamos o facto. E' elle porem reprodução de outros, que, perplexos, temos tido oceasião de assistir, em- bora manda a verdade con fes- sar, levados a effeito com mais cautela, sem esse pouco escru- pulo que revolta o espirito mais calmo e reflectido. Bem sabemos que a clarivi- dencia e cultura do coronel sup- plente substituto está nu razão inversa do seu tamanho e dire- cta da sua íilaucia, mas nunca passou pela nossa mente que se prestasse a joguete nas mãos de tão indecente rábula, para dar pasto aos seus viperinos ardis. Homicidas confessos campei- am impunes,emquanto os mrsti- licadores do direito usam dos cargos de justiça, para exercer ignaras vinganças. Entregam-se de corpo e alma á direcÇao de ignorantes rábulas, apresentando-se em publico, quaes monolengos de feira. Revestidos, entretanto, de in- descriptivel imoaflp,exigem que o Preféito.um acreano de eleva- das vistas e caracter limpo to- me-os a serio, dando-lhes força para tornar effectivos todos os seus mandados absurdos e ille- gaes?! Na prudência e retidão de s. exc. encontram ainda taes autoridades plenas garan- tias e. todo o apoio, ao ponto de satisfazer-lhes até caprichosas requisições, sem descer a discu- til-as,como a que acaba de sue- ceder, tornando effectiva a pri- são do nosso companheiro de trabalho. . Fiel cumpridor dos seus de- veres, julga que lhe não cabe in- dagar da justiça ou injustiça dos actos provindos das autori- dadea alheias á sua tutela, mas somente prestigial-as. Bem informado aliás s. exc. do alludido processo, na quali- dade de chefe de policia que é, deve intimamente entristecer-se, sentindo-se mal ao sancionar a prisão requisitada pelo coronel supplente substituto. Ri.ssta-nos íelizmente a doce esperança db que está baixan- do o rio Acre o dr. Argeu de An- drade, que se impoz no nosso meio pelo. seu talento, indepen- dencia de caracter e convicções, recentemente nomeado sup- plente de juiz substituto desta Comarca e que vem assumir o exercicio do cargo, ficando ás moscas o coronel Hypolito Mo- reira. Acalentamos ainda a con- vicção, de que,neste mundo,não ha nada melhor do que um dia depois do outro e,passadós qua tro mezes mais, o Prefeito dirá comnosco: «Vá o coronel sup- plente substituto ser juiz assim na Beócia» e a população da sé- de desta Comarca, radiante de satisfação, responderá em uni- sonc coro—Amen. Quanto ao nosso companheiro de trabalho, tão violentamente coagido na sua liberdade pela inépcia perversa sr. Hypolito Moreira, de quem sempre se confessara amigo, invocando ainda na véspera da prisão essa amizade, para não consentir que fossem feitos, por um dos seus companheiros, reparos á condu- cta do coronel supplente substi- tuto, cumpre o seu fado devicti- ma escolhida para vingança dessa, politicagem ruim. Resignado, acruarda futurosos tempos de rrielhor justiça e, sen- tindo bem forte na sua alma o ao-ndo estilete da trahicão que acaba de victimal-o, olhando as paredes rvasir-s e o soturno si- lencio da prisão que lhe avivam cmeis saudades, não sabemos por queidosde o primeiro dia de prisão,continnada e impertinen- temente assalta o beu espirito o br ocardo :'¦ «Cavallo grande, besta de oiu». Repete-o a cada instante; em voz alta; insensivelmente... A sua tortura mahiaca talvez encontre sobeja razão na philor sophia popular!... Infeliz justiça! Pobre rapaz !... torilo Ferreira Brasil, Josephino Pe- reira Leal e pelos majores Olympio Coutinho e Deocleciano Brasileiro, convidando o povo a receber condigna- mente o illüstre batalhador pela causa publica; o funecionario incorruptível, cujos meiitcs o governo da União acabava de reconhecer e distinguir. Acceito, com o máximo agrado, o con- vite, todos se preparavam para a ma- nifestaçâo merecida ao digno chefe político, quando s. s. aqui chegou na manhã de 28 do corrente. Fugindo a estas manifestações, que mais tarde não poude evitar, o sr. coronel Freire.jfez encostar ,a canôn. em que vinha—um kilometrò acima do nosso porto, seguindo, dalli, cami- nho de casa, onde chègoii sem ser es- perado, causando, assim, a mais agra- davel surpreza a sua exma. familia, que anciosamente aguardavajioticias delle. Os homens de espirito superior, entes previlegiados, que nasceram fa- dados para oçcupar o maior campo de combate na eterna lucta pelos pa- trios interesses, não pertencem á familia, pertencem também aos seus adeptos, que lhe drsputam a presença amiga, os seus.sábios conselhos, a orientação melhor, a prosa confor- tadora. Assim é que o coronel Freire suppondo poder entregar-se ao repou- so que lhe pedia o corpo, natural- mente fatigado numa viagem em ca- noa estreita, sem commodo e sem con- forto, sob um sol ardentíssimo, viu a sua casa, durante o dia e grande parte da noite, cheia de pessoas amigas. A's 4 horas da tarde, os habitantes de Porto Acre, em sua quasi totali- dade, foram, reunidos, levar os seus cumprimentos e felicitações ao digno 1* subprefeito pela nomeação com que o nosso Governo acabava de distin- guil-o. J/alou, em 1* logar, o capitão Joa- quim Carvalho, que, expondo o mo- tívo daquella - reunião, produziu um bellissimo discurso. O illüstre mani- festado agradeceu com palavras ré- passadas de reconhecimento está prova a mais de solidariedade ees- üma dos habitantes desta villa. Em seguida falou o sr. capitão Arthur Montenegro, que foi também, com toda justiça, muito applaudido. Ainda ás nove horas da noite os músicos da terra, acompanhados de muitas pes- soas gradas e gente do povo, foram a casa dn sr. coronel Freire, alli tocan- do as melhores peças do seu reperto- rio. Falou; em nome dos seus compa- nheiros, o sr. capitão Arthur Monte- negro. Sahindo os dignos moços ús 10 horas da casa do illüstre chefe politi- co, foram á residência do delegado de policia, major Olympio Coutinho e, em seguida, á do coronel A. Brasil. Foram trocados diversos brindes nastres casas onde entraram os nos- sos músicos e os seus companheiros. gilhetè ?ostal BiiisaBiiüüiaiasBiiiBiHB lüssaasisa A'FOLHA DO ACRE NOTICIAS DE PORTO-ACRE iiiiiiiainiiitiiiiiiiiiiiiiniraiiiiiniiiiiiiiiiiiiiiimiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiniiiiiimiiiiiiniiiiimíBiiii Notas do nosso corresponden- te, datadas de 31 de julho ultimo: Cada povo tem o seu deus; quer esse povo forme grande cidade, quer se reduza ao numero de pessoas que uma aldeia possa conter. E como o homem, no seu eterno egoísmo, cuida daquillo que mais de perto o interessa, é justo que, para satisfa- ção dos habitantes desta villa, em sua quasi totalidade assignantes da Folha do Acre, limitémo-nos a fa zer, nesta noticia, e como podermos, a descripção da festa, que ultima- mente se fez ao estimado chefe poli- tico do logar, sr. coronel Joaquim Freire da Silva. Ao correr aqui a noticia da no- meação do sr. coronel Jooquim Freire da Silva nara p alto cargo de 1- sub- prefeito deste Departamento, houve como que um frêmito de regosijo, uni longo delírio de satisfácção, a mais intensa em toda villa. Espalharam se boletins assignados pelos coroaois An- Completa, hoje, a Folha do Acrk o seu segundo anniversario de exis- tencia, o que eqüivale a dizer de lu- ctas e de victorias. Redigida por essa perfeita compleição de jornalista mo- demo e talentoso que ô Nelson No- rouba, vae a Folha do Acre conquis- tando dia a dia, por entre victores e applausos, o lugar culminante que lhe compete na imprensa acreana e quiçá do Paiz. Doutrinando sempre e, as vezes, quando necessário se torna, empu- nhando com indomita energia, o azor- rague da critica severa, tem o inte- raerato órgão do Partido Constructor conseguido a fiancae leal sympathia de todos quantos se interessam pelo progresso, pelo engrandecimento e pelo futuro desta terra, e que são a maioria quasi absoluta de seus ha- bitantes. Eminente, proveitoso, cheio de be- neiicios é o papel da imprensa, porém da imprensa que sabe se elevar e não desce ao atascadeiro immundo da in- famia e da calumnia, quer no seio das sociedades, quer na vida das na- ções e no evoluir dos povos. Esca- brosa, cheia de sacrifícios a enfren- tar, de difficuldades a vencer, de dò- res a supportar, é a missão do jornu- lista que sabe cumprir dignamente o seu dever na imprensa. Recahem fragorosas sobre si as iras daquelles de quem, por obrigação de olTieio, elle mostra os deffeitos, escal- pella os delidos, azoringa os crimes. Refluem sobro si os ódios dos pode- rosos e dos potentados a quem elle enfrenta na defeza dos opprimidos, em auxilio dos desamparados, em soe- corro dos fracos. E qual o seu resul- tado nessa defeza, nesse auxilio, nesse soecorro? As vezes, a indifferença; a ingratidão quasi sempre 1 E'o jornalista o maior heróe da Humanidade: Heróe que vence sem derramar sangue, sem roubar vidas, sem espalhar o lucto; heróe que vence educando os povos* doutrinando as sociedades, encaminhando as gera- ções para o futuro e para a gloria. Esquecendo os filhos, esquecendo a esposa, abrindo mão, muitas vezes, do seu bem estar e até da própria vida, elle rasga, com pulso sereno e firme, os véus que encobrem, à so- - çiedade, os cancros que á corroem, as mazellas que a infectam, os crimes que a deshonram, os vicios que a de- turpam, e, apontando-os com uma ai- tivez que assombra, mostra a essa mesma sociedade, sem vacillar, sem tremer, os ladrões, os assassinos, os criminosos emíim, que lhe negrejam o vasto scenaric. E' por isso que vi- mos com intensa alegria e indisivel satisfácção, nós que em outros tempos raourejamos na imprensa e que, portanto, lhe sentimos os espinhos, lhe soffremos os desgostos e lhe experimentamos as provações, trazer á Folha do Acre, no dia de seu se- gundo anniveroario, os nossos para- bens muito sinceros, juntos aos votos que fazemos pela continuação, sem empecilhos, de sua vida gloriosa. Ave 1 Folha do Acre 1 Agosto, 14-912. J. Paulo. JMte5...dç cavaçao giiiiiiiiiiiiiniiiiiniiiniiiiiiiiiiiininiiiiiiiiiiiiiiiiiiiuiiiiiiiiiiniiiiiiiiiiuiiiiiiiiniiiiiwniwm Eximio cavador e o sr. Masô!.. Tem a vantagem de ser suisso, muito alvo, olhos azues e a bôa pre sença que. muito bem impreciona. , Precisava o Ministro de um bom cavador para desenvolver a agricul- tura no Acre, teve delle boas infor- mações. Foi bellissima a sua estréa e ini- ciou-se, cavando a direcção dos cava- dores. Foram verdadeiras as informações dadas ao Ministro sobro sua pessoa, porque, realmente, é um eximio cava- dor o sr. Masô !! I.'.. Houve umqui-pro-quonéü&a. Mas... quem tem culpa disto? 1 Devia ser mais acautelado ». exc, o ministro. Procurava um cavador para con- fiar-lhe a Delegacia de Agricultura do Território do Acre, que bem conhe- cesse esta região e, com verdade affir- mamos que, a não ser o seu (delle sr. Masô) prestimoso chefe politico quo se vai rumo do Rio, não ha no Acre outro melhor cavador que o su- pra dito cujo. Foi enganado o ministro, concorda- mos, mas por culpa delle, por não ser bem explicito nas suas investigações. Defeito da lingua portugueza. Nella, não basta dizer-se um cava- dor, para entender-se o que se quer. Bem intencionado era o Ministro; procurava um entendido em cavar o solo para plantar cebolas, batatas, feijão, etc, etc , etc. Pelo seu pedido de informações, en- tretanto, suppoz o informante que buscava s. exc. um bom arranjado» da vida e assim, cavou o sr. Masô a De- legacia da Agricultura. Felicidade para elle .que engorda com os pingues vencimentos e melhores soupas daa mamatas. Coisas mínimas, com effeitos ma- ximos. Voltem os discípulos de cavação as suas vistas para a secção telegraphi- ca da presente Folha e vejam que afiada picareta elle possue. "Picareta marca-Masô, suissa e re' gistrada; garante-se com ella romper o mais forte lagedo" ... E quem se eucommoda cora isto!... ¦:V,''¦'.' ' ¦¦'• ¦'.¦.'•¦'V'r.;-:"\ mm ¦'• <fi defesa da borracha Continuamos hoje a publicação do regulamento baixado pelo governo federal, concernente á defesa econo- mica da borracha e a que se refere o decreto n. 9.521, de 17 de Abril deste anno: TITULO VII Da direegão e fiscalização dos serrico» CAPITULO ÚNICO Art. 105.—A direcção e fiscalização de todos os serviços para a defeza econômica da borracha ficarão a car- go cie uma repartição provisória do Ministério da Agricultura, Industria e Coinmercio, intitulada Superinten- dencia da Defeza da Borracha. Art. 106.—A' superintendência in- cúmbe: li?, receber, protocollar, preparar e informar os papeis que dependam de despacho do ministro ; 2.°, velar pela execução effectiva e •' \-i.".'!'K:'¦¦'¦' •-¦- ' ¦-. '•, ¦• ' '-.-'y-hi :iít':í'-:i:r-'Í!i- r :y4:-&$.'^'--;. ¦;.;-v-

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Jíosso anniversario¦¦¦MroiniimililwilliW****g4gaiiuiSíííu^^ """""

ELOGIO em bocca própria,

diz o rifâo, é vituperio.Como pois, seguindo o chavão,

traçar aqui a linha de conductada Folha, do Acre ao alvorecerdo seu segundo anniversario, nósque guiamos os seus passossempre com excepcional devota*mento, vendo crescer, de dia paradia, esse sentimento amorayelpor tudo aquilloque faz parte in-tegrante do nosso próprio eu?!

Sejamos mais justos. Aban-donémos a roüna e approveite-mos este dia de festa para bemsignificar a nossa gratidão aopovo acreano pelo apoio que nãose cança de prestar-nos e relem-brar as duas phases bem. oppos-tas, seguidas por este jornal,desde a sua fundação.

Se louvores merece a Folha doAcre pela orientação seguida, secrescente é o seu fastigio, selouros espargem-se sobie suasvictorias, aos nossos ledores, comjustiça confessamos, cabe a maiorparcella na colheita, ficandonossomente a satisfação de termoscumprido com o nosso dever.

B* publico o tirocinib deste jor-nal, fácil pois o seu julgamento.

Na consciência da totalidadedos habitantes desta região ayul-tam os seus passos, registro vivodos factos occorridos no pequenopercurso dé dois annos.

Como tudo que nasce em con-dições de viabilidade, surgiu aFolha do Acre com passos aprincipio tacteantes, que se foramaos poucos firmando. Hoje ellase apresenta forte e real repre-sentante da opinião publica desteDepartamento. .

Filiada nos seus primeiros diasa um pequeno grupo político semorientação segura, desfraldouuma bandeira, linda na sua íor-ma, mas prenhe de subtil venenonos seus fins. . V

Reflectia-se nella 6 espirite dochefe supremo da ardente cohortesubversiva da ordem publica,que, sob aegide de autohomismo,' só pugnava pelos seus imme-diatos interesses.

Qual mancenilheira em flor, at-trahia a vermelha facção os in-cautos viajores que aqui aporta-vam com os corações cheios depatriõtismo.batalhadores dobeni.

Felizes áquelles que, agonisan-tesembora, não se deixaram afun-dar no aviltamento de caractera que os conduzia a orientaçãoda Folha do Acre nessa épocaamorpha, interpretadoraflel des-sepolvro que acolhera nós seustentáculos acautelados e traiço-eiros, levantando-se do lodaçalonde apathicos jaziam, para, sus-pensos pela energia inquebran-tavel e adamantino caracter deGentil Norberto, acompanhar onosso jornal no elevado discor-tino queoheróelhe traçara, pre-cursor de novas alvoradas.

Com admirável dedicação pelacausa publica, o espirito organi-Bador e desinteressado do pala-dino acreano reuniu em torno doBeu nome todos os seus compa-nheiros da campanha saciosan-ta e reivindicadora deste Terri-lorio, acreanos sinceros comoelle, proprietários e comrnerci*antes neste Departamento, osúnicos sacrificados nas constan-tes perturbações da ordem, paraconsolidar os alicerces da paz,base indispensável á politica re-almente proveitosa á esta regiãoe que havia iniciado desde a Ca-pitai da Republica.

Fundou-se então o p a r ti d o•••Constructor Acreano', passan-do a Folha a ser^o seu órgão,a çbedecer a orientação do seudirectorio, a seguir o seu pro-gramma.pleno dos bons ensina-mentos|de uma politica sã e firme,garantidora das sublimes aspira-ções que se aninham na almaacreana.

O acerto dos ideaes que defen-demos, a convicção de seguirmos

lham os pôs, quando não penetramfundo nos nossos corações, puri-(Içados ainda com a lealdade sin-cera da primeira juventude.

Emquanto contarmos com oapcio da opinião publica acreanaa alentar-njs na campanha ence-tdda, não medimos sacrifícios eintimoratos, Fern vacillações nemtropeços, prcseguiremos na luctaem prol do bem e condemnaçãodo mal, com a sobranceria e co-ragem dos que só aspiram cum-prir com o seu. dever de republi-canos e patriotas, palinúros dapaz e do trabalho, legenda au-gusta do progresso hurilaiío.

Confessando por flm a nossagratidão ao directorio do "Co>structor Acreano" e seus partida-rios, que representam aquasiuna-midade da população deste De-partamento, pela confiança quenão se cançamdedemonstrat-nos,hypothecamos mais uma vez osnossos votos de franca solida-riedade ao seu bello programma,redobrando ás nossas energiaspara sua maior pujança.

Com os nossos corações re-pletos da máxima alegria, abra-çamos os nossos assignantes eledores, agradecendo as felicita-ções' que nos enviam.

A micus Ptato sed magis amicaveritas...

Vingança Ignara

JladiotsUgrapÍTiaHIIIIIIBUIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIinillllllM»™'»»™™11111"11111111111111"1"111

uma directriz condigna corn osbons principios e opinião publicadeste Departamento são palpitan-tes, pelas continuas adhesões aonosso partido e enthusiasücos ap-plausos á nossa attitude.

Estes os melhores galardõesque aspiramos como recompensaao nosso acendrado esforço noapostolado que abraçamos, cheiode dissabores e perigos*, repleto

Alegra-nos toda vez que temos aventura de assignalar mais um me-lhoramento propulsor du progressocrescente desta região.

Ha bem pouco tempo,noticiamos achegada a este Departamento do dis-tineto official do nosso glorioso ex-ercito sr. capitão dr. Luiz Affonseca,incumbido da instàliação radiotele-

gr-aphica de Xapury.Infatigavel no cumprimento do seu

dever preparuu-nos o capitão Affonse-ca, num , espaço .limitadíssimo detempo, a surpreza da conclusão dostrabalhos a seu cargo, com o maiscompleto êxito.

Para darmaior brilhantismo á fes-ta da inauguração, dirigiu elle aoexmo. sr. dr. Prefeito gentil convite ;apezar da incommoda viagem nestaépoca de aguàs baixas, S. Exc. não

poude renistir ao desejo de compare-cer á grandiosa festa, e sem encararsacrifícios partiu rio acima no moto-

godille,.gentilmente cedido pelo nossoleal correligionário coronel SebastiãoF. de Mello, em demanda de Xapury.

Teve logar o embarque de s. exc.

no dia 8 do corrente ás 3 horas da tar-de.accmpanharam s. exc. o nosso emi*

nente amigo e correligionário dr.

Gentil Norberto, e nosso prezado dr-rectortenente-coronelNelsonNoronha

Apezar da viagem inesperada de s.

exc. foi o seu embarque muito con-corrido e, entre o enorme preslito,que acompanhou o Prefeito de suaresidência ao principal porto de Pen-napolis, onde estava atracado o mo-togodille que os devia conduzir.nota-mos as seguintes pessoas:

Dr. Leite e Oiticica Filho, secreta-rio geral da Prefeitura; tenente Mel-chiades Albuquerque Paes Barretto,commandante da CompanhiaRegional; dr J. Fabiano Alves, dire-ctor do serviço sanitário da Prefeitara; tenente-coronel Odilon Pratagy,delegado auxiliar; major FranciscoConrado Lopes,' contador da Prefei-turà; tenentes-coroneis Adolpho Bar-boza Leite, Manoel Pereira Vianna,José Augusto Maia, Victor Correiados Santos Porto e Carlos TristãoNorberto Júnior, capitães João PauloNorberto, A. Cezar de Vasconcellos,Tito de Castro Menezes e Pedro Fui-

gencio da Silva, tenentes José Augus-to Maia Filho, Horacio Gomes daSilveira, Modestino Martins Reis,José Diomedio Sampaio Mattos, JoséGabriel Filho, Mario Rovere, Joa-

quim Alves Galvão e Manoel CândidoFerraz, dr. Albert Simon, capitãesPompeu Chaves, Francisco Correia eTrajano Mendes Muniz, BalthazarTravessa, João Coelho, Eduardo Fer-reira Pinto, João de Lyra Albu<|uer-

qne, João Martins, Ítalo Rovere, Ma-noel Argemiro, Joaquim Marinho.Augusto Silveira de Vasconcellos, Pé-dro" Uchòa, Felicio Hajanie, Miguell3ad(ler,J.^rge Maia, Joaquim de Mpu-ra, capitão Jo-é Epaminondas Cavai-cante,Anlonio Pedroso, tenente A. Lo-

pes de Mendonça.Fcancisco Jeronymode Carvalho, e tenente João Castello

Os reparos que fizemos á le-viana conducta do dr. juiz in-terino da Comarca,permittia-nosaguaidar a nefasta e criminosainfluencia do seu mais agachadóáulico, procurando castigar ãnossa franca attitude ás suas intervenções descabidas na admi-nistraçlo publica deste Departa-rnento.provocadoras de prejucli-ciaesattrictos e fala decompôs-tura social desse juiz, transfor-mado em temível espadachim,que sozinho briga com um mi-Ihão, conforme elle próprio aíllr-mara.

Tudo se esquadrinhou parapunir a Folha, mas, não te.idoella culpa no cartoriOj encon-trou-se um meio da, indirecta-mente, feril-a.

Pela rnilionesima vez trouxe-se á baila o processo instauradocontra o nosso companlieiro detrabalho Amarilio Sampaio, portentativa de morteV

Foi elle, como é publico, for-jado pelo mesquinho bajuladordo juiz dreadnougth, solicita-dor de causas bastante conheci-do no nosso meio mundano pelosseus torpes e inveterados habi-tos.- Desempenha no immoral pro-cesso o tríplice papel de victima,advogado e juiz.

Victima, porque assim figuranos autos. Advogado, porque,professando o vassourismo júri-dico, procura com elle elevar doabatimento moral em que seacha o seu augusto senhor,anteos justos reparos da Folha, ásua leviana conducta, agradan-do-o com a iniqua vingança oraposta em pratica.

Juiz, porque é o máo espiritosanto de orelha do coronel sup-plente substituto, escrevendo-lheos despachos-, literalmente co-piados e assignados pelo referi-do supplente.

Deixa-se este reduzir a essaposição muito cômoda é verdade,nada fatigante, porem dernttsia-do deprimente para um funecio-nario publico, de simples mani-vela, emprestador de sua assi-imatura a despachos apaixona-dos e suspeitos, pois que provémdo próprio interessado no pró-cesso.

Acaba de solicitar do exm. dr.Prefeito o coronel supplente su-bstituto a prisão de AmarilioSampaio, pronunciado por s. s.

Não sabemos onde mais a'mr-rar a desfaçatez do supplente substituto, se quando assignouesse despacho, sagrando uni cri-me de estelionato qué,de estelionato què, com asua directp conivência e plenaresponsabilidade, se acabava deperpetrar; se quando assignou ootíicio que dirigiu ao -exm. dr.Prefeito, solicitando a prisão doréo

de damninhos cardos que reta-1 Branco pela Folua do Acre.

Só á uma inconsciencia do ac •ção podemos atlribuir tão inàu)dita coragem, não se lembrandoque já no mesmo processo s. s.julgara improcedente a deivun-cia, inculpando o réo e quenos havia dado, pessoalmente,conimunicação do séu acto.

Como desappareceu dos autosesse despacho para substituir-sehoje por outro contrario, copia-do e assignado pelo mesmo co-ronel supplente substituto ? 1!!

Náo fossem semelhantes su-bstiluições ridiculas e criminosas,já, mais de uma vez, postasem pratica no juizo da sede des-ta Comarca como arma de vin-gança politica,extranhariamos ofacto.

E' elle porem reprodução deoutros, que, perplexos, temostido oceasião de assistir, em-bora manda a verdade con fes-sar, levados a effeito com maiscautela, sem esse pouco escru-pulo que revolta o espirito maiscalmo e reflectido.

Bem sabemos que a clarivi-dencia e cultura do coronel sup-plente substituto está nu razãoinversa do seu tamanho e dire-cta da sua íilaucia, mas nuncapassou pela nossa mente que seprestasse a joguete nas mãos detão indecente rábula, para darpasto aos seus viperinos ardis.

Homicidas confessos campei-am impunes,emquanto os mrsti-licadores do direito usam dos

cargos de justiça, para exercerignaras vinganças.

Entregam-se de corpo e almaá direcÇao de ignorantes rábulas,apresentando-se em publico,quaes monolengos de feira.

Revestidos, entretanto, de in-descriptivel imoaflp,exigem queo Preféito.um acreano de eleva-das vistas e caracter limpo to-me-os a serio, dando-lhes forçapara tornar effectivos todos osseus mandados absurdos e ille-gaes?! Na prudência e retidãode s. exc. encontram aindataes autoridades plenas garan-tias e. todo o apoio, ao ponto desatisfazer-lhes até caprichosasrequisições, sem descer a discu-til-as,como a que acaba de sue-ceder, tornando effectiva a pri-são do nosso companheiro detrabalho. .

Fiel cumpridor dos seus de-veres, julga que lhe não cabe in-dagar da justiça ou injustiçados actos provindos das autori-dadea alheias á sua tutela, massomente prestigial-as.

Bem informado aliás s. exc.do alludido processo, na quali-dade de chefe de policia que é,deve intimamente entristecer-se,sentindo-se mal ao sancionar aprisão requisitada pelo coronelsupplente substituto.

Ri.ssta-nos íelizmente a doceesperança db que já está baixan-do o rio Acre o dr. Argeu de An-drade, que se impoz no nossomeio pelo. seu talento, indepen-dencia de caracter e convicções,recentemente nomeado 1° sup-plente de juiz substituto destaComarca e que vem assumir oexercicio do cargo, ficando ásmoscas o coronel Hypolito Mo-reira. Acalentamos ainda a con-vicção, de que,neste mundo,nãoha nada melhor do que um diadepois do outro e,passadós quatro mezes mais, o Prefeito dirácomnosco: «Vá o coronel sup-plente substituto ser juiz assimna Beócia» e a população da sé-de desta Comarca, radiante desatisfação, responderá em uni-sonc coro—Amen.

Quanto ao nosso companheirode trabalho, tão violentamentecoagido na sua liberdade pelainépcia perversa dó sr. HypolitoMoreira, de quem sempre seconfessara amigo, invocandoainda na véspera da prisão essaamizade, para não consentir quefossem feitos, por um dos seuscompanheiros, reparos á condu-cta do coronel supplente substi-tuto, cumpre o seu fado devicti-ma escolhida para vingançadessa, politicagem ruim.

Resignado, acruarda futurosostempos de rrielhor justiça e, sen-tindo bem forte na sua alma oao-ndo estilete da trahicão queacaba de victimal-o, olhando asparedes rvasir-s e o soturno si-lencio da prisão que lhe avivamcmeis saudades, não sabemospor queidosde o primeiro dia deprisão,continnada e impertinen-temente assalta o beu espiritoo br ocardo :'¦ «Cavallo grande,besta de oiu».

Repete-o a cada instante; emvoz alta; insensivelmente...

A sua tortura mahiaca talvezencontre sobeja razão na philorsophia popular!...

Infeliz justiça!Pobre rapaz !...

torilo Ferreira Brasil, Josephino Pe-reira Leal e pelos majores OlympioCoutinho e Deocleciano Brasileiro,convidando o povo a receber condigna-mente o illüstre batalhador pela causapublica; o funecionario incorruptível,cujos meiitcs o governo da Uniãoacabava de reconhecer e distinguir.Acceito, com o máximo agrado, o con-vite, todos se preparavam para a ma-nifestaçâo merecida ao digno chefepolítico, quando s. s. aqui chegou namanhã de 28 do corrente.

Fugindo a estas manifestações, quemais tarde não poude evitar, o sr.coronel Freire.jfez encostar ,a canôn.em que vinha—um kilometrò acimado nosso porto, seguindo, dalli, cami-nho de casa, onde chègoii sem ser es-perado, causando, assim, a mais agra-davel surpreza a sua exma. familia,que anciosamente aguardavajioticiasdelle.

Os homens de espirito superior,entes previlegiados, que nasceram fa-dados para oçcupar o maior campode combate na eterna lucta pelos pa-trios interesses, não pertencem só áfamilia, pertencem também aos seusadeptos, que lhe drsputam a presençaamiga, os seus.sábios conselhos,a orientação melhor, a prosa confor-tadora. Assim é que o coronel Freiresuppondo poder entregar-se ao repou-so que lhe pedia o corpo, natural-mente fatigado numa viagem em ca-noa estreita, sem commodo e sem con-forto, sob um sol ardentíssimo, viu asua casa, durante o dia e grande parteda noite, cheia de pessoas amigas.

A's 4 horas da tarde, os habitantesde Porto Acre, em sua quasi totali-dade, foram, reunidos, levar os seuscumprimentos e felicitações ao digno1* subprefeito pela nomeação com queo nosso Governo acabava de distin-guil-o.

J/alou, em 1* logar, o capitão Joa-quim Carvalho, que, expondo o mo-tívo daquella - reunião, produziu umbellissimo discurso. O illüstre mani-festado agradeceu com palavras ré-passadas de reconhecimento estáprova a mais de solidariedade ees-üma dos habitantes desta villa. Emseguida falou o sr. capitão ArthurMontenegro, que foi também, comtoda justiça, muito applaudido. Aindaás nove horas da noite os músicos daterra, acompanhados de muitas pes-soas gradas e gente do povo, foram acasa dn sr. coronel Freire, alli tocan-do as melhores peças do seu reperto-rio. Falou; em nome dos seus compa-nheiros, o sr. capitão Arthur Monte-negro. Sahindo os dignos moços ús 10horas da casa do illüstre chefe politi-co, foram á residência do delegado depolicia, major Olympio Coutinho e,em seguida, á do coronel A. Brasil.

Foram trocados diversos brindesnastres casas onde entraram os nos-sos músicos e os seus companheiros.

gilhetè ?ostalBiiisaBiiüüiaiasBiiiBiHB lüssaasisa

A'FOLHA DO ACRE

NOTICIAS DE PORTO-ACREiiiiiiiainiiitiiiiiiiiiiiiiniraiiiiiniiiiiiiiiiiiiiiimiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiniiiiiimiiiiiiniiiiimíBiiii

Notas do nosso corresponden-te, datadas de 31 de julho ultimo:

Cada povo tem o seu deus; queresse povo forme grande cidade, querse reduza ao numero de pessoas queuma aldeia possa conter. E como ohomem, no seu eterno egoísmo, sócuida daquillo que mais de perto ointeressa, é justo que, para satisfa-ção dos habitantes desta villa, emsua quasi totalidade assignantes daFolha do Acre, limitémo-nos a fazer, nesta noticia, e como podermos,a descripção da festa, que ultima-mente se fez ao estimado chefe poli-tico do logar, sr. coronel JoaquimFreire da Silva.

Ao correr aqui a noticia da no-meação do sr. coronel Jooquim Freireda Silva nara p alto cargo de 1- sub-prefeito deste Departamento, houvecomo que um frêmito de regosijo, unilongo delírio de satisfácção, a maisintensa em toda villa. Espalharam seboletins assignados pelos coroaois An-

Completa, hoje, a Folha do Acrko seu segundo anniversario de exis-tencia, o que eqüivale a dizer de lu-ctas e de victorias. Redigida por essaperfeita compleição de jornalista mo-demo e talentoso que ô Nelson No-rouba, vae a Folha do Acre conquis-tando dia a dia, por entre victores eapplausos, o lugar culminante quelhe compete na imprensa acreana equiçá do Paiz.

Doutrinando sempre e, as vezes,quando necessário se torna, empu-nhando com indomita energia, o azor-rague da critica severa, tem o inte-raerato órgão do Partido Constructorconseguido a fiancae leal sympathiade todos quantos se interessam peloprogresso, pelo engrandecimento epelo futuro desta terra, e que são amaioria quasi absoluta de seus ha-bitantes.

Eminente, proveitoso, cheio de be-neiicios é o papel da imprensa, porémda imprensa que sabe se elevar e nãodesce ao atascadeiro immundo da in-famia e da calumnia, quer no seiodas sociedades, quer na vida das na-ções e no evoluir dos povos. Esca-brosa, cheia de sacrifícios a enfren-tar, de difficuldades a vencer, de dò-res a supportar, é a missão do jornu-lista que sabe cumprir dignamente oseu dever na imprensa.

Recahem fragorosas sobre si as irasdaquelles de quem, por obrigação deolTieio, elle mostra os deffeitos, escal-pella os delidos, azoringa os crimes.

Refluem sobro si os ódios dos pode-rosos e dos potentados a quem elleenfrenta na defeza dos opprimidos,em auxilio dos desamparados, em soe-

corro dos fracos. E qual o seu resul-tado nessa defeza, nesse auxilio, nessesoecorro? As vezes, a indifferença; aingratidão quasi sempre 1

E'o jornalista o maior heróe daHumanidade: Heróe que vence semderramar sangue, sem roubar vidas,sem espalhar o lucto; heróe que venceeducando os povos* doutrinando associedades, encaminhando as gera-ções para o futuro e para a gloria.

Esquecendo os filhos, esquecendo aesposa, abrindo mão, muitas vezes,do seu bem estar e até da própriavida, elle rasga, com pulso sereno efirme, os véus que encobrem, à so- -çiedade, os cancros que á corroem, asmazellas que a infectam, os crimesque a deshonram, os vicios que a de-turpam, e, apontando-os com uma ai-tivez que assombra, mostra a essamesma sociedade, sem vacillar, semtremer, os ladrões, os assassinos, oscriminosos emíim, que lhe negrejamo vasto scenaric. E' por isso que vi-mos com intensa alegria e indisivelsatisfácção, nós que em outros temposjá raourejamos na imprensa e que,portanto, jú lhe sentimos os espinhos,já lhe soffremos os desgostos e já lheexperimentamos as provações, trazerá Folha do Acre, no dia de seu se-gundo anniveroario, os nossos para-bens muito sinceros, juntos aos votosque fazemos pela continuação, semempecilhos, de sua vida gloriosa.

Ave 1 Folha do Acre 1Agosto, 14-912.

J. Paulo.

JMte5...dç cavaçaogiiiiiiiiiiiiiniiiiiniiiniiiiiiiiiiiininiiiiiiiiiiiiiiiiiiiuiiiiiiiiiiniiiiiiiiiiuiiiiiiiiniiiiiwniwm

Eximio cavador e o sr. Masô!..Tem a vantagem de ser suisso,

muito alvo, olhos azues e a bôa presença que. muito bem impreciona.

, Precisava o Ministro de um bomcavador para desenvolver a agricul-tura no Acre, teve delle boas infor-mações.

Foi bellissima a sua estréa e ini-ciou-se, cavando a direcção dos cava-dores.

Foram verdadeiras as informaçõesdadas ao Ministro sobro sua pessoa,porque, realmente, é um eximio cava-dor o sr. Masô !! I.'..

Houve umqui-pro-quonéü&a. Mas...quem tem culpa disto? 1

Devia ser mais acautelado ». exc, oministro.

Procurava um cavador para con-fiar-lhe a Delegacia de Agricultura doTerritório do Acre, que bem conhe-cesse esta região e, com verdade affir-mamos que, a não ser o seu (delle sr.Masô) prestimoso chefe politico quolá se vai rumo do Rio, não ha noAcre outro melhor cavador que o su-pra dito cujo.

Foi enganado o ministro, concorda-mos, mas por culpa delle, por não serbem explicito nas suas investigações.

Defeito da lingua portugueza.Nella, não basta dizer-se um cava-

dor, para entender-se o que se quer.Bem intencionado era o Ministro;

procurava um entendido em cavar osolo para plantar cebolas, batatas,feijão, etc, etc , etc.

Pelo seu pedido de informações, en-tretanto, suppoz o informante quebuscava s. exc. um bom arranjado» davida e assim, cavou o sr. Masô a De-legacia da Agricultura. Felicidadepara elle .que engorda com os pinguesvencimentos e melhores soupas daamamatas.

Coisas mínimas, com effeitos ma-ximos.

Voltem os discípulos de cavação assuas vistas para a secção telegraphi-ca da presente Folha e vejam queafiada picareta elle possue."Picareta marca-Masô, suissa e re'gistrada; garante-se com ella rompero mais forte lagedo" ...

E quem se eucommoda coraisto!...

¦:V, ''¦'.' ' ¦¦'• ¦'.¦.'•¦'V'r.;-:"\

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¦'•

<fi defesa da borrachaContinuamos hoje a publicação do

regulamento baixado pelo governofederal, concernente á defesa econo-mica da borracha e a que se refere odecreto n. 9.521, de 17 de Abril desteanno:

TITULO VII

Da direegão e fiscalização dos serrico»CAPITULO ÚNICO

Art. 105.—A direcção e fiscalizaçãode todos os serviços para a defezaeconômica da borracha ficarão a car-go cie uma repartição provisória doMinistério da Agricultura, Industriae Coinmercio, intitulada Superinten-dencia da Defeza da Borracha.

Art. 106.—A' superintendência in-cúmbe:

li?, receber, protocollar, preparar einformar os papeis que dependam dedespacho do ministro ;

2.°, velar pela execução effectiva e

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í OLHA 1)0 ACRF

IMPRJCBBÀ. KM MACUINA

^ARINONI E -TOABAÚIADA EM

UKVIGTNA PRÓPRIA

Directorio do Partido:

Cororcl Kotfríffo de Carvalüo, Praiieitejoão^oliveíraRfila.vlcHresi»snvino Coelho de Souza, l.° secretarioDr. Bruno Barüosa, 2o. secretariosebastião Francisco de Mello, tliesoireirojoaunim Victor da Silva, directorloapini Doiinpes Carneiro, directorMel Newton Maia, director

Daniel Ferreira Lima, directorRedácção e Officinas

Roa do Commercio (PennapolisO directorio do Partido Con-

struetor Acrnauo funeciona nomesmo prédio.Endereço Teleg. FOLHACRE

ASSIGNATURASTor anno. .."...... &0$Ú00

lhos voncimontos annuaes naosupo- P n-vmtura vos 6 dlfllcil distingu*pUm bicho horrível, poludo, borrador,rioros aos da tabolla .ou preços cio-baos polo serviço foito, conforme Jul-ciir mais convoniento paro cada caso.

Art. 114.—Para attundor ao aug-mento do trabalho da Diretoria Ge-ral do Contabilidade, nm consequon-cia dos sorviços previstos nosto rogu-lamento, podorão ser addidos à mes-ina directoria empregados do rhesou-ro e do outras repartições da Fazendado reconhecida competência, o admit-tidos dactylographos em comm ssao;sob proposta do director geral, exe-cutando-se fora das horas do expedi-ente sempre que houver ne-cessidade, de accôrdo com os arts. 6Ha 71 do decreto n. 8.899 de 11 deagosto de 1911, os trabalhos de toma-da de coutas dos responsáveis, exame,ilscalização e escripturaçao de despe-zas, distribuição de créditos, adean-tamentos e outros de natureza ur-gente.

Paragrapho único. — As despezasresultantes do disposto neste artigoserão attendidas pelos créditos qüeforem abertos de accôrdo com o art.14 da lei n. 2.543 A, de 5 de janeirode 1912, cabendo ao ministro fixar asgratificações dos dactylographos edjs funecionarios das repartições deFazenda a que se refere o mesmo artigo.

Tabella dos vencimentos do pessoal da superintendência da

defeza da borracha"Vec. mensaees

5:000$

íritregal das medidas de caracter ad-miuistralivo previstas no regula-mao,°ô

estudo, projecto, orçamentoe Ilscalização das obras que tenhamde ser feitas por administração ;

4.o, o estudo, Jprojecto, orçamentoe fiscalização das obras' que tenhamde ser realizadas por contiacto ; _

5.o, a celebração, com approvaçãodo ministro, de contractos e accordosrelativo ao concurso dos Estados edas municipalidades para as obras emedidas qüe os mesmos resolveremauxiliar. „, r ¦ ¦.

S Io Cada serviço que for ficandodefinitivamente instàlládo e em con-dições do furicciüiiar normalmenteserá entregue á secção do Ministérioda Agricultura á qual convier ficarincorporado ou subordinado. «

8 2 o A medida que for sendo exe-cutado o disposto no § -l.o, o Governoprovidenciará para que as competen-tes verbas orçamentarias sejam dota-das dos recursos precisos para o eus-teio, conservação e desenvolvimentodos novos estabelecimentos-

Art> io7.—A Superintendência daDefeza da Borracha serú constituídaP°üma secção central fuhçcionàndona Capital Federal;

Uma secção districtal com sedenas fazendas nacionaes do Rio-Bran-co;

Commissões parciaes para os ser-viços que as tornem indispensáveis ;

Districtos de fiscalização abrangen-do uni ou mais Estados, conforme onumero e a importância dos serviçosnelles em andamento.

Art. 108.—A seoção central se com-porá de uin superintendente, um se-cretario, um engonheiro-construetor,um engenheiro agrônomo, um enge-nheiro de 2.a classe, dois desenhistas,dous dactylographos, um escriptura-rio, dous escreventes, um continuo edous serventes; ,

A secçfto districtal se comporá deum engenheiro-chefe, um engenheirode l.a classe, engenheiros de 2.» cias-se, engenheiros agrônomos, eondu-ctores de l.a e 3.a classe, um dese-rthista.uiri escripturario, um pagador,um almoxarifò; àuxiliares leclinicose diaristas e um medico.

As commissões parciaes se compo-rão de um engenheiro-chefe e do pes-soai technico e administrativo quefôr necessário, conforme o serviço deque se tratar, e de um medico.

. Os districtos de fiscalização serãoconstituídos por. um engonheiro-che-fe, um engenheiro de 2.\ classe, umagrônomo, o àuxiliares ein numeronecessário e suíficienté;

Paragrapho único.—O quadro dopessoal não será fixo, mas variará ámedida do desenvolvimento dos ser-viços e constará, bem como a distri-buição dos respectivos trabalhos, deinstrucções especiaes opportunamen-te expedidas.

Art. 109.—Os serviços relativos ásexposições triennaW de borracha se-rão dirigidos por uma commissão es-pecial presidida pelo ministro e com-posta de superintendente, que será osubstituto daquelle dos seus impedi-mentos e dos membros da CommissãoPermanente das Exposições creadaspelo art. 89 da' lei n. 2.544, de 4 dejaneiro de 1912.

Art. 110.—Todo o pessoal da super-intend-meiá será considerado em com-missão e dispensado logo que termi-ne os trabalhos de que foi incumbi-do.

Art. 111.—:Serão nomeados: por de-creto do Presidente da.Republica;, osuperintendente ; per portaria do mi-

- nistro, os engenheiros chefes, o se-,cretario da secção central, o enge-nheiro de l.a classe e o pagador dasecção districtal; pelo superintenden-te, os engenheiros de 2." classe, osagrônomos, os médicos, os desenhis-tas, os dactylographos, os escriptura-rios e os almoxarifes; e pelos enge-nheiros-chefes, o demais pessoal quetenha de trabalhae sob a sua direcçao.

Art. 112.—Os vencimentos dos em-pregados serão os fixados na tabellaannexa.

Paragrapho único.—Para os empre-gados dos serviços que forem incidiu-do no disposto no § 1.° do art. 1 6, os¦vencimentos serão marcados de ac-còrclo com as tabcllas dos serviçoscongêneres, já existentes, do ministerio, augmeutiidas de 50 a SO o/„para os que estiverem situados novalle do Amazonas, emquanto per-iistirem as dillieuldades de subí.is-tencia no respectivo logar.

Art. 113.—Para Os serviços queulgar de vantagem e quando o repu

conveniente, o Governo poderánlractar prolissionaes especialistas,cionaes ou estrangeiros, pagando-

, Categorias

SuperintendenteEngenheiro-chefe da sec-

ção de rio Branco. .... 2:700$Medico •• 2:500$Engenheiro constructor. 1:500$Engenheiro chefe de com

missão parcial. 1:250$Engenheiro chefe de dis-

tri cio de fiscalização... 1:250$Engenheiro de l.Bclasse da

secção do rio Branco.. 1:250$Engenheiro agrônomo . . 1:000$Engenheiro de 2.» classe. 1:000$Secretario do superinten-dente 1:000$

Pagador da secção de rioBranco 1:000$

Conductor de 1" classe. . 750$Almoxariíe da secção do

rio Branco 750$Conductor de 2." classe. . 600$Desenhista.'. 600$Escri|>turario 500$Auxiliar technico 450gEscrevente. 350$Dactyiographo 350$Continuo 200$Servente 150$

O pessoal em serviço no valle doAmazonas, exceptuando apenas o en-genheiro-chefe da secção do rio Bran-co, terá um aügmento sobre os ven-cimentos da tabella, variando de 50a 80 0/ , a juizo do superintendente,conforme as dillieuldades de subsis-tencia no respectivo logar.

Uma terça parte do vencimento an-nual será considerada gratificação deexercicio.

Ao pessoal technico, ao pagador eaos médicos será arbitrada pelo su-perintendente uma diária de 5g a 30$

Rio de Janeiro, 17 de abril de 1912.—Pedro de Toledo.

( Continua. )

Philosophia de nm simplesi!iiiiiiiiiniii!iiiiiinnniiniiini!!iiiiiiiiiiiiniii!iiiniiiiniiiiii!i!i!iii!iiiiiiiliiiuiiiiniiiiiiiiiiil

a verdade do orro ?—Ponsoi om porguntar aquelle velho

moralista se elle sabe, porventura,distinguir a luz da trova ou a vorda-do do erro.

Pompeu Chaves.

A fesfa do JUosinfto

O velho Demetrio Miras^lvas, ummoralista que mora ali para as colo-nias de Pennapolis e que actualmenteestá lendo a Nova Floresta do padreManoel Bernardes e as obras de Tols-tor, disse-me o seguinte :

Imaginai-vos perdido dentro douma lloresta juncada de cardos,cujos espinhos agudos ameaçam ras-gar a vossa roupa e retalhar a vossapelle. Desce a noite com. todo ó seucolorido pesado e negro. O silencio écortado apenas pela musica desoide-nada dos sapos e pelo canto lugubredas errujas. A vossa calma já hamuito que foi substituída pela afilicrção e pelo desespero.

Mas, alongando o vosso olhar atra-vês da treya, ayistais além, por entreas arvores, as chammas brilhantes deuma luz. A alegria ascende ao vossocoração ' e immediatamente dirigespara lá os vossos passos, porque gos-tais da luz.

E como é que vós, que estais dentrodas trevas do mal, não vos apressaisa dirigir os vossos passos para a luzsacrosanta do Bem ? Do bem, que é oespelho da Virtude; da virtude, que éo caminho claro da Felicidade;; e dafelicidade que é o fim verdadeiro e ultimo do homem e da humanidade ?

Porventura vos é difficil distinguira luz da treya ? :

Edisse mais: .., .. , ,-y.Imaginai que sois um cocheiro que

vai conduzindo, uma parelha com acarruagem. A parelha é fogosa e fortee vós sois fraco. Do repente, sem quepsperasseis, desembesta a parelha.Vós não tendes força para agüentararédea dos animaes, e estes, sempreem disparada, vos levam ao matagale depois aos pântanos infecciosos.

Eis ahi: vós sois o cocheiro e a pa-relha de cavallos è a vossa vontade.E assim também, se não soubeidesou não ti verdes força para. guiar avossa própria vontade, reagindo contra suas impulsões pervertas e exa-minando bem os seus actos á luzpura da intèlligencia, ella-vos levaráfatalmente ao jogo, á mentira, á ex-torção do próximo, ao homicídio e aoutros males que saliera do pântanoinfeccioso dos vicios.

Conforme havíamos prometti-do,completamos hoje, a noticiasobre a festa realisada a 30 domez próximo findo, no seringalRiosinho, commemorativa do 2°anniversario do consórcio donosso eminente amigo e correli-gionario coronel João de Oli-veira Rola com a exma. sra. d.Maria da Cunha Rola e que serevestiu da maior coidialidade,deixando uma impressão agra-dabilissima no espirito de todosquantos delia compartilharam.

Na manhã d'aquelle dia par-tiram desta cidade para o Rio-zinho muitas famílias e cava-lheiros, afim de tomarem partena esplendida festa.

No moto-godille da Prefeituraseguiram também, com o mesmodestino, o exm. sr. dr. Deocle-ciano de riouza, Prefeito do Do-partamento, dr. Gentil Norberto,tenente-coronel Nehon Noronha,directoi da Folha do Acre e ou-tros.

Logo que essa embarcaçãochegou ao Riosinho foram dadasrepetidas salvas de morteiro,rei-nando desde então extraordina-rio enthusiasmo entre as pessoaspresentes.

Ao meio dia, a explendida casade moradia do coronel Rola,queapresentava bellissirna ornamen-tacão, se achava repleta de pes-soas amigas, tendo sido a essahora servido ura opipat o almoçoque decorreu na mais franca in-Umidade.

A's três horas da tarde foramos presentes surpreendidos coma chegada a cavallo do dr. Lei-te e Oiticica Filho, secretario daPrefeitura, que já havia dirigidoao illustre homenageado expres-siva carta, escusando-se do seucomparecimento, o tenente Mel-chiades Albuquerque Paes Bar-retto, commandante da Compa-nhia Regional e coronel JoséAugusto Maia, regressando es -ses cavalheiros ás 6 horas datarde por chamarem-lhes á sé-de os seus afazeres.

A' noit3,então,recrudesceuo en-thusiasmo.e no.magnífico bosqueverdejanfe, que se eleva ao ladoda casa do amphitriãò,foi prepa-rada urn estensa mesa, em tornoda qual pqrnpeava vistosa orna-mentação.

No meio da mais vibrante alegria teve logar um.lauto ban-quete, em que tomaram parte to-dos os convivas.

O .agape decorreu animadissúmo. Tanto o coronel Rola comos. exma. esposa foram incansa-,veis em dispensar a todos asmaiores provas de gentilezas eaüenções.

, Au dessert foram erguidos nu-mérosos brindes ao distineto ca-sal, destaçando-se entre elles osdo dr. Deocleciano de Souza,drGentil Norberto e do nosso di-rector tenente-coronel NelsonNoronha.

Em agradecimento. a essesbrindes '¦ fallpuo major JaymeMagalhães, que levantou o dehonra ao digno chefe do Depar-tamento. ;

Durante a lauta refeição umabem organisada orchestra, diri -gida pelo pianista Annibal Souza,executou varias musicas. ;

Seguio-se depois um anima-dissimo baile que se prolongouaté pela manhã do dia seguinte,quando regressaram todos- òsconvidados.

Mais uma vez acçeite o nossoprestimoso chefe e árhigo çorò-nel João dé Oliveira Rola, vice-presidente em exercio do "Cons-truetor Acreano" e sua exma.senhora/os nossos fervorososvotos de felicidades.

¦ni|iriiiiiiTii!iiit?tiinit:miiiiii>ii*iriiiiiiiiriiiiiinr[timinntiiiiiiniiii«iinniitiiiiiniiiiiniiiiiitiuniiitiitiiiiinuiut

<rji'niiãiiiiiMi*iiMi[im]iriiiiiiniiii»i]LuiiiiMiiiiiiiiiEiitruiiiu]imiiiiiiitiiriiiiiiiiirtii[iiiniiiini!inuutuutminúii

Brigam os irmãos de Irã e, mestrebode, que não quer assistir a pachu-çhadn, ospirraem busca deumescon-derijp nas florestas próximas ás ruas,a espera dos filhos notivagos da arre-liada viuva.

Castiga-os então com marradas decego.

Foi o que sueceden com o nossoamigo M... que ao passar pela "Avenida Sete de Setembro" alta inadrugada, em busca do Quinze, aggridiu-o

do cornos do ouro o lingim do fogo,que lho embargou o passo.

E' corajoso poróm o irmão do Irã oprova que ó digno filho da sua (delle)lacrimosa mão. Sem alfungo no mo-monto, lança mão do fauiin quo Ira-zia o acceita a diabólica peleja.

Foi terrível o embate; não ficou, nofim de meia hora, uma arvoro do pe.Por onde passaram os luladoros ficoutudo raso.

Cançado já o amigo M..., conside-rou-se por um momento perdido, em-preteceram-so as cousas, lembrou-seda morte, teve saudades do mundo.Continuava porem inabalável na suaresolução. Preferia morrer mas nãocorria; ora digno soldado do Podero-so Architecto do Universo.

Ao iniciar a reacção osquecera-so,por arte do seu adversário, de utili-sai-se de um revolver que trazia.

Ante o espectro da morte porém,illuminou-se-lhe O espirito eprocurou,como ultimo recurso, o revolver.

Foi o seu anjo da guarda. Antesmesmo de atirar, disse-lhe o bode—odiabo é outro e ... eu não vou nislo.Deu enorme estampido e as de VillasDiogo.

O' fortuna para o nosso amigo M...,ó raiva para o bode.

Vencera M. o diabo em corpo, alma,sangue, chifres e língua de fogo.

Teve a policia conhecimento do ex-traordinario suecesso; para a Ave-nida despachou-se uma patrulha acata do bicho.

Este, tomo era natural, não appa-receu, pois nem o delegado Pratagy,nem as praçaspertencem ás AugustasOfficinas. . .

Não se conforma porém o delegadocom a apparição do bode e, descen-dendo de caboclo nortista, traz nosangue a desconfiança, explicando na-luralmenle c infernal combate: Lobis-homem alta noule, moça perto querfugir e ordenou :

"De promptidão toda torça, todo ocuidado srs. agentes, ha o diabo aquatro a descobrir.

Os medico3 da terra, tendo a mesmaopinião do delegado, preparam-setambém para o panorama .. .*

Na nova escola do professor Isaac :"Menino, dê-me um exemplo de um

nome epiceno ou commum a dois.O menino enrubesce, titubeia, va-

cilla...Ande, desembuche menino ! Então,

não sabe?...Sei sim senhor, mas... fessô...Se sabe diga, ande; é tão fácil.Cria üm pouco de coragem o estu-

dante e responde:O seu Zé Maia...O professor furioso, como uma

bomba ::Qüe é isto menino ! ?Isto não é nome que se.diga !Isto não é um nome epiceno, obce-

no é que elle é !...Ponha-se de. pé em cima do banco!!!

Capitão dr. Luiz AffonsecaiiiiiiitiiiiiiiiiiiiiniiiiiniiiiiiiiiiiiiiiiiniiuiiiiiiiiiiiiiiiHiiiiiiiiiiiiiiiiiiüiwiiiiiiiiiiiiiiiiiiniiiiii

Procedente de Xapury chegou,domingo ultimo, á esta cida le,tendo seguido hontem para Ma-naus, o digno official do nossoexercito sr. capitão dr. Luiz Af-fonseca.

Tendo vindo a este Territóriono desempenho do honroso car-go de fiscal do governo junto aconstrucção das esíatões radio-telegraphicas do Acre, e estandoconcluída a installarão da de Xa-pury, que, pessoalmente, dirigio,,segue s. s., segundo nos disse,para Tarauacá, no Departamentodo Alto Juruá, onde vae exami-nar a estação ali também recen-temente installada e cuja inaugu-ração fará. Disse-nos mais s. s.,que com bastante pezar deixavade assistir a inauguração da es-tação de Xapury, porém queassim o exigiam a falta de tempoe as necessidades do serviço.

Ao illustre e distineto viajantedesejamos uma .felicíssima via-gem e. o justo prêmio aos seuspatrióticos esforços.

JKlais um ous mofaiiiiimi uuuiinumiaMniniiiBiMUHiiHuuiuiiiiumiiiiiunnunii nu m i iiiiiijih u luirtiinti nui

No logar. denominado tsa-maúma, no centro do seringalBagè, Marcolino de Lemos as-sassinou barbaramente no dia 21do mez passado, com ura üro derifle o seu companheiro de tra-balho José Ferreira de Castro.

O erminoso toi preso e remet-tido para esta cidade onde che-gou a 24 do mesmo mez. Nas de-clarações que prestou na dele-gaçia de policia ai legou elle tercornettido o crime em virtudede haver a victima olléndido ahonra de uma sua filha menor, de11 annos de edade e do nomeMaria.

Esta, porém, foi submetlida aexame de corpo de delicto, pelos,lrs. J. Fabiano Alves e Domm-gues Carneiro, que atleslaram afalsidade da dllegação do criini-noso.

MOKTOQuando estiver bem só no meu pobre reduetoDe morto, sob a pa/. do Nada e dos Arcanos,Surdo á mofa boç; l que, á laia de tributo,Me renderem o riso e a bocea dos profanos,

Com que prazer verei do meu caixão de luto,Os costumes de agora, esses nadas humanos'Que apenas têm no Tempo o espaço de um minuto,Coarem-se na clepsydra infindável, dos annos! ...

E.se alguém se lembrar de interrompendo a fomeDas traças e do pó, reler com voz sentidaO meu livro modesto e as lettras do meu nome, ,

A minha branca ossada, em seu fosso profundo,Palpitará talvez com essa pouca de vidaQue deixei, por acaso, espalhada no mundo.

C?7aúo-

'¦^KXSSkã

Memento quia pulais es ! Pobre almado diabo que tantos repelões sof-freste anl.es de ires dar com a tuahedionda car cassa no paiz dosvermes!

Pobre Acreano de vermelho san-guo, transformado em pus ! Abando-mulo jáV.és, sem um carinho ao me-nos nessa cova de cacos a que tereduzi ram ! Onde os invictas soldados da ardente falange?! Onde osleus fogosos amigos que te olhavam,qual laoaro sangrento, nas fahlasti-eus lulas; tudo levando a ferro e afogo.ll

Onde. os tresentos apolinarios?!OÍUle os quatiocenl.ps capatarás?!Onde o valente è prestimoso chefe ?*!

Ingratos .. . Ingratos sim, que nemao menos, qual crocodilos, derramamna tua tumba infecta duas lagrimas-de azeite e de vinagre'?!

Apoliuario !. .. Ai! A esl.e nome,porque sacodes com tanto fragor osossos, pobre ancião pelus bichos cor-roido ?!

Apoliuario !!!... Terrível recor-dai-ão!' Elle próprio que tanto tequeria, quando eras vivo, rei, senhor,órgão do yujante partido, leão dejubas içsu.lás e... sujas,' depois demorto, reduzido a monturo, nem aomenos uni abrigo dispensa aos teusresto» mortos e, qual o outro dáfábula, põe-te fora de cosa ...

Tanta tinta gastaste para estam-par tal üome -.

Desgraçado siphilitico que nemmesino o dr. seiscentos e seis ten-tou salvar!

Encheram-te de masellas pestiferomulambo e lárgaram-te ás, vare-jeiras ! ...

Só a-tu Gjà-Bína coube" a palma dagratidão, leal vassalo, digno de tãonobre senhor!

Com que tortura tu o pranteias !Chora meu bem ... chora meu ne-

grinho. .. Chora ... chora ... mas...sem arame... íião se faz jornal...

Morres de inanição ...Aguarda-te a mesma sorte daquelle

que le espera no immundo charco emque jaz, abraçando-le na cova em pe-nhor da lua dedicação !...

Tu nos faz dó o se não queres aca-:bar tao funestamente os teus dias,pobre vasallodó velho Acreano, agar-ra-te ao rabicho do ex-coronel holc-leito, metamorphoseado em mèretis-si mo de \ym, n segue o exemplo dochèfâp—vai, como elle, parao.Abunã.

Talvez encontres, como o leu novoproloctor, terreno mais arenoso !

Em caso contrario, pede um reme-dio ao Masô!

Praza aos ecos que elle te plantenum dos ihnúmcros canteiros da /lo-rescenle agricultura.

Francamente, deves ser aprovei-tado.

Em qualquer das hypòtlfeses porém,salva a divisa do lasaréníò defunto :

Tmpávidi prógrcdxamur ¦. ¦Neco Baião.

i^éM FOLHA SOCIAL WH*

Jpe&at (mz>}>'i^^^S^S]B§W^W&&€^&0S^^^^^^^^^^!^^^^&^^^^^^!!^^!SX&

£1 Imprensainiiniiiiiiaiiiiiiiniiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiinuiiiiiiiiiiiiii

Na batalha da vida não se sabe bemse à imprensa ó bandeira, força, mo-tralha ou heroísmo :—se é um trapoceleste ou é uma impulsão da terra,nm coiijuiHílri de estilhaços, uma com-bustão de fé.

Sabe todo o mundo, porém, que aimprensa é um raio de luz. Essaima-gem nâo vale muito, porque ó antiga;vale bastante por ser eterna; como averdade, como o bem, como a justi-ça :- -o que se procura, o que se esti-ma, o que s.e espera.

Os-atropellados da iniqüidade, osperseguidos das tyrannias, os despro-legidos da fortuna, as victimas doegoísmo, a velhice combalida, as cré-

nças desamparadas,—todas as doreserradias da humanidade, são recolhi-dos carinhosamente no seu seio fe-cundo, donde corre o alimento dosespíritos.

A imprensa ó a válvula de expan-ção da caldeira ende fervem as pai-xões humanas.

E' uma janella dourada aberta parao lado de um Armamento de tempes-tade.Segurança extrema daliberdade,a imprensa é om definitivo, justiçaque julga a própria juótiça.

Andrade Neves Netto.

<'FOI DESPEJADO DA

CASA ONDE SK ACHAVA

iNSTALAdo o Acreano

a

ANN1VF.RSARIOS

Passou ante hontem a data nalali*cia da geniilissinia senhorila Amhro-zi.rta Machado Falcão, dilecta ÜÍha donosso presado amigo e correligionáriodr. Emílio Falcão;

—Completou annos hontem, o sr.coronel Cassiano Silva, actualmenteno Rio do Janeiro.

—Festejam, hoje, a passagem desuas datas natàliciá os srs. drs. BentoG-jíigtiòiid e Ulysses Lissa o majorJoão Nobre de Almeida.

Fazem annos:— Dia 15— O sr. Anastácio Dantas,

interessado da lirma Augusto Neves,de Xapury.

—A menina Lindaura, filha do sr.José Alves Maia, proprietário do se-ringal Equador.

—O sr. Jacob Mathias, commerci-ante desta praça.

—Dia 16—O nosso distineto corre-ligionario major Antônio Conradoüo Rego, represen tan Le da firma Bra-ga Sobrinho, neste Departamento eum dos delegados do Partido Cons-Iruel.or, no 8.° Termo desta comarca.

—O capitão dr. Samuel Barreira,cx-prefeil.o do Alto Purús e actual-mente servindo na guarnição da Ca-pitai Federal.

Dia 19.—O sr. Luiz de Souza Leite,commerciante na cidade de Xapury.

Dia 20—O si*. .Bernardo Costa, tam-bem commerciante n'aquella cidade.

NASCIMENTOS

No dia 8 do corrente, a esposa donosso amigo tenente-coronel HonorioAlves das Neves, proprietário do se-ringal llii, deu áluz uma formozamenina que tomou o nomede Palmyra.

Nossos parabéns aos felizes proge-nitores da interessante creança, aquem desejámos completa felicidade.

VIAJANTES

Por cartas ultimamente recebidassabemos que o exm. sr. dr. Prefeitodo Departamento e seus dignos com-panheiros de viagem foram recebidoscom as maiores provas de sympathiae apreço nos seringaes Riosinho, Bem-fica, Capatará e outros por onde tênipassado, em sua viagem para a cida-de de Xapury.- Para a capital do Estado daBahia,

em visita a sua digníssima familia,seguiu no dia 3 do corrente o nossoestimado amigo e correligionário te-rienle-coronel Paulino.Pedreira, com-p.etente advogado nesta comarca.

Ao seu embarque que esteve bas*tante concorrido compareceram, entreoutras pessoas, o exmo. sr. dr. Deo-cleciano de Souza, integro prefeito doDepartamento e o nosso prestimosocorreligionário dr. Gentil Norberto. :

Desejamos-lhe feliz viagem e breveregresso.—Após alguma demora nesta cidade,

regressou, no dia 8 deste mez, para oseringal.Soledade, de cuja firma écompetente e activo guarda-livros, onosso dedicado correligionário majorGuido Colombo.

—Para a capital do Pará seguiuhontem o nosso digno amigosr. Antônio de Souza Pedroso, com-mercinnte e proprietário da nossapraça.

Feliz viagem.—Procedente do Xapury, passou

Ultimamente por esta cidade, comdestino ao Rio Grande do Norte, ondevae em visita ao seu venerando pro-genitor, o nosso distinefo ainige dr..Epaminondas Jacome.

O estimado viajante, demorou-seapenas algumas horas entre nós, fa-zendo cordealissimas visitas ao exmo.sr. dr. Deocleciano de Souza, dignoPrefeito do Departamento; ao nossoeminente correligionário dr Gentil.Norberto-e ao nosso director tenente-coronel Nelson Noronha.

Fazemos os mais ardentes votospela sua feliz viagem.

VISITANTE

Esleve nesta redácção o nosso ami-go tenente Melchiades Paes Barreto,que veiu visitar-nos em nome do il-lustre capitão dr. Luiz Affonseca, quedevido as suas múltiplas oecupaçõesnão o poude fazer pessoalmente.

Agradecidos.

ENFERMA

Acha-se guardando o leito, enter-má, a exma. sra. dona Olga FreireLeite e Oiticica, joven c digníssimaesposa do nosso iíluètre correligiona-no dr. Leite e Oiticica Filho, por cujorestabelecimento fazemos sinceros.votos.

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Foum to *c»t

FOLHA RADIOGRAPHICA

Serviço especial da FOLHAManaus, 8.

Acaba de chegar o creditopara o pagamento das praçase officiaes da Companhia Re-gional.

Manaus, 9.O tenente Godofredo Lima

seguirá brevemente, levando averba de duzentos contos paraa Prefeitura e o credito ulti-mamente chegado para paga-mento das praças e officiaes daCompanhia Regional desseDepartamento.

Manaus, 10-Chegou a esta cidade o ca-

pitão dr. Franklin Braga, re-centemente casado na Bahia,em companhia da esposa. De-pois ue ligeira demora nestacidade, seguirá para esse De-partamento, afim de ir servirna Companhia Regional doAcre.

Manaus, 12.O coronel José Ricardo aca-

ba de requerer á câmara dosdeputados uma concessão paraestabelecer uma linha de via-ção aérea entre Manaus e assedes das Prefeituras do Ter

^^^^

que já está carregando e prestes a partir.

Manaus, Í2-A pauta da borracha até o

dia 17 é de 6#i io; tem havido,entretanto, vendas a 6ífti5ocom tendência para a alta.Ha alguma animação na pra-ça, apezar de bem pronuncia-dos ainda os effeitos da crise.

Mananos, 12.O projecto do coronel José

Ricardo sobre a viação áereado Território do Acre foi re-mettido á commissão compe-tente, afim de ser devidamenteestudado..Mostram-se os mem-bròs da commissão muito in-teressados no estudo do referi'do projecto.

Manaus, 12.Espera-se a cada momento

a execução da lei que reorga-nisa o Territo do Acre, já es-tando muito adiantado ó ser-viço da sua regulamentação.

Xapury, 9-Em commemoração à gran-

de data acreana, iniciaram-sehoje,com grandes provas de re-

ritorio do Acre, comprometten- j gosijo da população xapurieu-do-se a fazer viagens de tres. se, as experiências de tf ansmis-em tres dias para as capitães de são da estação radio telegra-cada Departamento. ) phica desta cidade.

Xapury, 9.Manaus, 12. 1O tenente Godofredo Lima Foi ^^ CQm deseguira na lancha «Ramiro,,,

(entlmsiasmo a noticia |a vin.da, para assistir a inauguraçãoda estação radiotelegraphicadesta cidade, do dr. Deoclecia-no Coelho de Souza, Prefeito

latorio que terá de apresentarao exmo. sr. Ministro da Agri-cultura.

Radiogrammmas OfíiciaesO exmo. sr. dr. Deoçleciano

de Souza, Prefeito do Depar-deste Departamento e,bem as- tameuto> recebeu os seguintes:

Manaus, s.^eio o credito da Companhia

Regional, seguirei breve. Dr.Franklin Braga, casado recen-

sim, do prestimoso acreano co-ronel dr. Gentil jNorberto.

Xapury, 10.Aguarda-se com grande au-

ciedade a chegada do dr. Deo-clecianodeSouza,Prefeito desteDepartamento e da sua comi-tiva. Preparam-se enormes fes-tas significativas da grandesympathia do povo xapuryensepela sua pessoa.

Cruzeiro do Sul, 10.Etá organisando um mappa

do Território do Acre o dr.Masô, com a escala de umpara um milhão, determinandoos tributários do rio Acre etambém às coordenadas geo-graphicas e as altitudes.

Cruzeiro do Sul, 12Com destino a Manaus se-

guirá brevemente o dr. Masô,Delegado do Ministério daAgricultura. Demorar-sè-á na-quella cidade afim de conti-nuar a organisação do mappado Território e escrever o re-

temente, também seguirá le-vando a familia, participarei anossa partida.—Saudações—Godofredo Lima.

Xapury, 6.Iniciando hoje, no dia da

grande data acreana, as expe-riencias de transmissão, enra-primento-vos como digno re-presentaute da velha guarda.Desço amanhã em montaria,esperando encontrar no meiode caminho o "motogodille".Saudações—Capitão Lui\ At-

fonseca—Fiscal do Governo.Cruzeiro do Sul, 12.

Afim de figurar no mappado território do Acre, que aca-ho de construir, peço a v. exc.a relação dos postos fiscaes-eregistros desse Departamento.Aqui tudo bem. Agradecido.—Cordeaes saudações — Masô,Delegado Agricultura.

• EM AGOSTODia 2.-~I,üiz Zeferino da Silva,

pedindo licença para beneficiaros lotes de terra ns. 472 o 481situados à rua Rio de Janeirodesta cidado, sujeitando-se aoregulamento em vigor. — Con-cedo.

; —Osmundo José Ferreira, pe-dindo por aforamento perpetuoo lote de terra n. 135 situado/árua Alagoas desta cidade; sujei-tando-ne ao regulamento em vi-gor.—Concedo,

Dia 5.— Oclavio Steiner doCouto, pedindo alinhamento dolote de terra n. 215 na zona ur-bana desta cidade, sujeitando-seao regulamento em vigor.—Ten-do caindo em comisso o lote aque se refere o supplicantepelaresolução n. 23 de 10 de junhode 1911, nenhum direito cabeao peticionai io, à vista da infor-mação, podendo entretanto re-adquerir a preferencia de afo-ramento do mesmo, dependendoisto da construcção.Officios recebidos

Echos e Noticias I Deumanoticia publicada pela Folha | Exportação da borra-do Norte, de Belém, capital do Pará,sebre o Acre, extraiamos o seguintetópico:

Continua em nosso meio, cer-Cado de todas as provas de con- «Pennapolis—o logar que poetisa os*iAmr*n*n *» nmi<wirie o nosso dis- olhos de quem o avista, pela sua in-Sideração .-eamisaae, O nossoj^ rastavel belleza natural, graçastinctlSSimo correligionário coro- , ang esforco!, do sr. rtr. Deoçlecianonel Sebastião Francisco de Mello, rioelho de Souza, actual prefeito, tan-director thesoureiro do «Partido to se tem afqrmoséadp, que os moraConstructor Acreano».

Tendo circulado, ha dias, nesta ei-uauu, a uuuvut us um v.u.....«-« .— - ^«. ....—.— , % . _do nc,seri^firmar ser a'referida noticia ab.-olu- ^ j0ga.?^ 0 Bisrriark ea

dores da cidade da Empreza, especi-almente as familias, emigram paralã todas as tardes desse verão impor-

;tuno, escondidos em seus par-dessusdade. a noticia" de um conílicto ha vi- j por causa da triagem:"¦ Nos chalets de feição japoneza, ei-

á beira doa Bock-ale

ctamente falsa, estando aquelle se- gUàrnece as bordas dos cuj/os, comringal em completa paz e inteira- sua espuma alvacenta.K" \.„.„L „ can ,lirrnn crente '. Bons prédios estão sendo ediíicadosmenteprestigiado o seu digno gei ente-^ i

Tavare8 de Lyra, e o pre-e co-proprietario, nosso prestimoso feit0) qUe suspira pelo engrandeci-correligionário coronel Daniel Ferrei- menio do Departamento ora sob sua„.!!„,„ -criteriosa chefia, insentiva os pro-™*i. __ iprietarios. concedendo-lhes gratuita-

mente loi.es de terrenos, quer na zonaA bordo da lancha Parnahyba,

regressou no dia 8 do correntea esta cidade o i sr. tenente-co-rcnèl Theophilo Maia de Lima,sócio da firma N. Maia & C\ <

urbana, quer na suburbana».

Do Boletim do Muzeu Cómmercialido Rio de Janeiro, extrahimos as se-• guintes interessantes notas sobre a

Podem ser pagos na agencia fiscal borracha brazileira :•das rendas federaes desta cidade, os | «A despeito de todas as desvanta-•sellos de patente dos officiaes da gens das condições em que é expio-

guarda nacional deste Departamento, rada, a industria da borracha brasi-leira assumiu a importância conside*ravel que resalta do seguinte quadro,referente à sua producção e ao seuvalor cómmercial no ultimo quinque-nio:1906—34.960 toneladas que produzi*ram.'. 210.284:551*000

I9o7~36.490 toneladas

j que produziram .. . 217.504:2888000¦ 1908-38.206'toneladas

que produziram . . . 188.357:983$0001909—39.027 toneladas

que produziram .. . 3ol".939:957$00O191 —40.000 toneladas

que produziram .. . 376.971".860$000Para se avaliar bom o que repre-

senta esse valor cómmercial é precisocomparal'0 com o do café, que cons*titue o nosso mais importante gênerode oxportação e que produziu nomesmo período:

1906, 418.399:742§000 ; 1907......453.754:571 $000; 1908, 368.285:424§000;1909, 533.869:700$000; 1910885.493:360§000.

SommandtVsô os lolaes de um eoutro produeto, ,vê*sc quo a borrachaproduziu 1.29õ.0õ8:639§000e o cale 2,159:802:997$000d'onde se verifica que a exportaçãoda borracha representou nesse perio"do 60 °/o. «Io valor dà do café.

So tomarmos, porém, "no ultimoanno do qüinqüênio; a exportaçãogeral ilo Brazil, encontraremos:Exportação total. . . - 939.413:449SO0ÒExportação do café. . 385.493:5GÜé'000

Vae ser novamente apresentado-á'Câmara dos deputados um projecto«obre o divorcio.

A Caixa de Amortisação resolveuprorogar até 31 de dezembro do cor-«rente anno o praso para o recolhi-mento das seguintes notas : de ò$000,das oitava,rhbna, décima, décimaprimeira e décima segunda estampas;delOSOOO, dás oitava, nona e décimaestampas; de 2OS000, fabricadas naInglaterra e das décima o décima pri-meira estampas; de 50$000, fabrica-das na Inglaterra c das nona e deci-tua estampas; de 100$000, fabricadasHa Inglaterra -e da décima estampa;de 200$000, fabricadas na Inglaterrae das décima e décima primeira es-tampas, e de 5O0Í000, fabricadas naInglaterra e da oitava estampa.

O Instituto da Ordem dos Advoga-.dos Brasileiros formulou um projecto jde lei sobre organisação judiciaria, jdevendo ser apresentado brevementeà consideração por um dos deputadosda Câmara.

Uma senhora noruegueza encontrouno orphanato de Londres dois filhosBalvos do naufrágio do Titanic.

Foi commovcdora a scena que sedesenrolou quando as creanças reco-nheceram sua mãe.

cha 376.971:860$000cabendo, portanto, ao cale 42,31 0/0 eá borracha 39,09 o/O deste total.»

O nosso digno amigo e correligionn-rio coronel José Ferreira Lima, co-proprietário do seringal Bagaço, es-creveu-nos uma aüenciosissima cartaagradecendo a homenagem, aliásmuito justa, que lhe prestamos coma publicação de seu retrato em o nu-mero 90 da Folha do Acue.

FOLHA OFFICIALPREFEITURA DO ALTO

ACRE

Requerimentos despachados

O Directorio do «Partido Constru-ctor» approvou,em sua ultima reuniãoa nomeação do nosso esforçado cor-religiônario coronel Antônio F. Brazilpara um dos logares de delegado domesmo Partido no primeiro termo,em Porto Acre, em substituição aonosso também esforçado correiigio*nario coronel Ricardo José Msrques,que retirou-se do Departamento.

Sabemos que a bordo da lanchaParnahyba, encalhada em Curupai-ty, so acham sete malas do correio,destinadas á agencia desta cidade.

Com o intuito de faser chegar coma maior brevidade a referida correspondencia, varias pessoas, aqai re"sidentes cotaranrse indo um batelãobuscal"as:

Estiveram bastante animadas as _corridas hyppicas realisadas no do- «e demarcação do terreno

EM JULHO

Dia 27. — Manoel de AlmeidaNobre, pedindo por certidãoquanto tem o íequerente a rece-ber na Prefeitura durante o tem-po que exerceu o cargo de es-criyão da delegacia auxiliar depolicia.—A' Contadoria.

—Joaquim da Siva Araújo,pe-dindo licença para construir umchalet no lote de terra n. 401sito á rua Piauhy desta cidade,conforme planta annexa.-—Con-cedo.

Dia 29. — Felismino José deSouza, pedindo por aforamentoperpetuo os lotes de terra ns.346, 348 e 352 á rua Maranhãodesta cidade.—Concedo.

Dia .31. — Francisco VieiraTorres,, pedindo licença parabe-noticiai, trez lotes de terra situa-dos na zona suburbana djsta ei-dade, sujeitando-se ao regula-mento em vigOr.—junte planta

mingo ultimo, na villa Rio Branco.

Com muito prazer communicamòsaos nossos leitores que em o próximonumero da Folha publicaremos umartigo do illustre capitão dr. Luiz Af-fonseca, sobre a instalação radiogra-phica de Xapury, que já podemos adi-anlar ser superior a de Rio Branco,mais ejeganleajtorre, mais modernosos apparelhos e melhor construída acasa.

O Club dos Promptos offereceu nodomingo ulti mo aos seus associados,no salão do Hotel do Commercio, umesfusiante baile que este\e bastanteconcorrido.

Assignalam os jornaes de Assump-ção a brilhante figura dos marinhei-ros brasileiros dos navios de guerraancorados no porto, pois dizem que,por occasião do um incêndio, elles setornaram notáveis pela iriirepidezcom que fizeram o serviço de ex-lineção.

Ao órgão do "Constructor"

Clamam os restos do "Acreano""Emquanto criamos bolor,Tu completas mais um anno!...'

Antônio Carlos do Nasci-mento, pedindo licença paraconstruir uma casa no lote deterra n. 443 á rua Pernambucodesta cidade, confDrme plantaannexa, sujeitando-se ao regu-lamento em -vigor.—Concedo.

Joaquim da Silva Araújo,pedindo licença para construiruma casa no lote de terra n. 401sito á rua Piauhy desla cidade,conforme planta annexa.—Con-cedo.

—Felismino José de Souza,pe-dindo por aforamento perpetuoos lotes de terra ns. 346, 348 e352 ã rua Maranhão desta cida-de, sujeitando-se ao regulamen-to em vigor.—Concedo.

Aureliano Lopes de Mello,pedindo licença para traspassaro lote de leira n. 20 B. sito ámargem direita da estrada AcreYaco, a dona Joanna Maria daConceição, conforme titulo an-nexo.—Concedo.

José Xavier Nogueira, pe-dindo por aforamento perpetuoo lote de terra n. 93 situado árua Parahyba desta cidade, jáse achando construída uma bar-raça, sujeitando se ao regula-mento em vigor.—Junte plantada demarcação do terreno.

EM JULHODia 31. — Do tenente-coronel

Odilon Pratagy Braziliense.dele-gado auxiliar de policial, com-municandq que, tendo sido as-sassínado,' a tiros de riíle.no se-ringal «Bagé», José Ferreira daCosta, pelo individuo Marcolinode tal, tomou providencias aiimde ser capturado o criminoso.

\ EM AGOSTODia 2.— Do coronel Joaquim

Freire da Silva, administradordo mesa de rendas, pedindo aexpedição do telegramma junto,dirigido aodr. delegado fiscal doAmazonas.

Dia 5. - De dona Maria Au-gusla Maia Lopes, professora daescola Floriano Peixoto, remet-tendo o quadro da freqüênciados alumnos da mesma escoladurante o mez de julho findo..

Dia S.—Do sr. Manoel Maga-lhães Machado, 2° supplente dodelegado le policia do 3° Termo,communicando haver assumidoo exercicio dàquelle cargo porlh'o ter passado o respectivo de-legado.

—Do dr. Paulo de Moraes,de-legado de hygiene da cidade deXapury, remettendo informadauma petição em que o coronelFrancisco Simplicio Ferreira daCosta pede para estabelecer umcurso no sitio Giquiá, dò suapropriedade.Do dr. Francisco de PaulaRodrigues Alves, communicandohaver prestado o compromisso eassumido o exercicio do cargode Presidente do Estado de SãoPaulo.

Do dr. Diogenes Celso daNobrega, juiz preparador do 3oTermo, remettendo por copia oofflcio que lhe dirigiu o subdele-gado do Território de Colôniasda Bolívia relativamente á cons-trucção de uma ponte sobre oigarapé "Bahia».

Do sr. Manoel MagalhãesMachado, delegado de policia do3° Termo, communicando que adelegacia de Cobija permittiu aconstrucção de uma ponte sobreo igarapé «Bahia», ligando asfronteiras dos dois paizes, aflmde serem tiradas madeiras nasmattets nacionaes.

—Do mesmo, sobre uma dos-intelligencia havida entre a flr-ma Alves Braga & C\ e diver-sas pessoas que fizeram derrubade maltas no seringal pertencen-te a referida firma, afim de íáze-rem plantioagricola/ kDo dr. Oswaldo MarquesPinto, juiz preparador do Termodo Xapury, communicando que,em audiência dàquelle juizo, foilançado um voto de pezar pelamorte do grande brazileiro se-nador Quintino Bocayuva e pe-dindo para que seja dado conhe-cimento do mesmo ao exm. sr.ministro aa justiça e negóciosinteriores.

Do dr. Diogenes Celso daNobrega, juiz preparador do 3oTermo, remettendo uma repre-seniação dos agricultores dossubúrbios de Brazilea.

Do coronel Joaquim Freireda Silva, administrador da mesade rendas, pedindo a expediçãodo telegramma junto, dirigido aodr. delegado liscal uo Amazonas.Do mesmo, remettendo osquadros demonstrativos de ex-pòrtaçãóde borracha e importa-ção de mercadorias de cabotagem durante o anuo de 1011.Do dr. Antônio Freire daSilva. Governador-do Piauhy.re-mettendo um exemplar impressofias leis dàquelle Estado.proinul-gàdas no anno passado.De dona Etelvína Mourão

Çi ato, professora da escfla Josédo Alencar, remettendo o mannade Jrequoncia dos alumnos, cor-respondeu te ao mez de julho lln-UUf

— Do tenente Nowtou Braga,delegado de policia da cidade dóXapury.rernettcndo as folhas depagamento das diárias dos ore-sos e expediente da delegacia,findo

SP°nníeS U° me/i de!ulH<>

JõlhãP^ulãFChegando ao meu conhecimento

que o sr. Antônio de Souza Pe-droso, havia registrado no livrode títulos e documentos do car-tono da sede desta Comarca umaeseriptura particular ou outro ti-tulo equivalente de compra, pelaquantia de cem mil réis (lOOSOoo)de um terreno com seis metrosde frente e fundos correspondentes,de um terreno sito ao lado da ca-pella deN.S.da Conceição,protesto,para resalva dos direitos que me as-sistem, como protestado fica. peloreferido registro, nullo de plenodireito como provarei quandofor opportuno e bem assim, quea casa edificada no referido terre-no de minha propriedade nãopertence absolutamente ao mesmosr. Antônio de Souza Pedroso,como se pôde provar com certi-does extrahidas do archivo da1 refeitura deste Departamento.

I emiapolis, 12 de Agosto de

Odilon Pratagy Braziliense.

Ào publico e ao commercio JS. F. de Mello, commerciante estabele-cido na praça de Manaus, faz seiente aopublico c especialmente ao commerciocl esta zona, que por eseriptura publicalavrada nas notas do Tabellião FraSNogucra de Souza, de Manaus,™17 de junho d'este anno, obteve norcompra a massa fallidã da "The Me loBrazil.an Rubber Coinpany, LimHcTsociedade anonyma, representada n'a'"quelle acto pelos respectivos iquidata"nos te„do se operado 'esse

contracto comtodas as formalidades .intrínsecas e ex"trinsecas, observando as partes conhtdantes o fiel cumprimento da lei •1 ubhcados editaes com o prazo de 30chamando concorrentes para a venda elrglobada de todo o activo da massa aS-receram tres propostas, sendo aJMaem assembléa de credores reunida a 4 dejunho e previamente convocada a proposta

Snm'\ ,X° .fass!^d0< q»e foi apoiadacom a acceitaçao dos credores privilegia-dos da falleccncia e dos credores damassa. Isto feito por despacho de 8 domesmo mez o Doutor Juiz do Commercio, decidiu que, de accôrdo com o pare"cer do doutor Curador e da assembléade credores approvava a proposta do si"

gnatano d este, para a compra do activogeral da massa fallida, acima mencionada,tendo a .mesma sido realisada, portantocomo acima ficou dito.

E em virtude desse contracto é hoje oabaixo assignado único senhor e possui"dor de todos os bens moveis, immovcis,semoventes, direitos e acções outr'orapertencentes a extineta companhia "TheMello Brazihan Rubber Company, Limi-ted , bem como é possuidor de todos osaccessonos existentes nas propriedadesimmovcis e que servem para ó custeiodas mesmas, e de todo e qualquer bementão, possuído pela referida massa, aotempo em que foi vendida;—ó que sei"entifiça a todos para que ninguém alie"gue ignorância.

Empreza, l de Agosto de 1912.5. F. de Mello.

tDlTBESEdital para denunciação

de protesto de notapromissória

Alberto Teixeira d'Almeida, ta-bellião interino do Publico, Ju-dicial e Notas nesta cidade daEmpreza, Comarca do AltoAcre, etc.Faço sabor aos que a presente do-nunciação virem quo om meu podere Cartório se acha para ser protestada

por falta de pagamento nina notapromissória da quantia de quatrocontos de réis (4:0Ü0§000) emi tildapor Freitas & Mondes ii favor do Ma-noel Guedes Spirjnho por este traris-ferida a Horacio Alves o por HoracioAlves Ferreira transferida a Amorim& Guedes, cuja nota promissória íir-mada em 11 de Agosto do 1911, ven-ceu-se ein 30 de Julho do correnteanno, o como seja ignorado b para-deiro actual dos eminentes Freitas& Mendes e do Horacio Alves Ferrei-ra pela presente denunciação ollicialnotifico aos ditos oraittentes c aosmais responsáveis por endosso paraque paguem a dita nòlá promissóriaem meu Cartório ficando na falta dopagamento intimados do protesto so-licitado por Amorim & Guedes e paraqne chegue à noticia do Iodos, passeia presei.ite denunciarão official, quoserá afílxada ú porta'do meu Cartórioo publicada pela imprensa.

Empreza, 31 de julho de 1912.(Assignado) Alberto Teixeira d'Al-ineida, tabellião publico interino.(Estava devidamente sellado o ori-ginal). Está conforme. Era ut su-pra.

O Tabellião Publico interino.Alberto Teixeira d'Almeida

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Os proprietários desse bem sortido estabelecimento convidam o publico para verificar a grande modicidade depreços das mercadorias que tem á, venda e a superior qualidade de todos os artigos,

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