16
CADASTRO TÉCNICO MULTIFINALITÁRIO CURITIBA, AGOSTO DE 2008. FÁBIO PAGLIOSA ULKOWSKI Engenheiro Cartógrafo – INCRA PR – SR(09) [email protected]

CADASTRO TÉCNICO MULTIFINALITÁRIO

  • Upload
    clover

  • View
    37

  • Download
    0

Embed Size (px)

DESCRIPTION

CADASTRO TÉCNICO MULTIFINALITÁRIO. CURITIBA, AGOSTO DE 2008. FÁBIO PAGLIOSA ULKOWSKI Engenheiro Cartógrafo – INCRA PR – SR(09) [email protected]. INTRODUÇÃO. - PowerPoint PPT Presentation

Citation preview

Page 1: CADASTRO TÉCNICO MULTIFINALITÁRIO

CADASTRO TÉCNICO MULTIFINALITÁRIO

CURITIBA, AGOSTO DE 2008.

FÁBIO PAGLIOSA ULKOWSKI

Engenheiro Cartógrafo – INCRA PR – SR(09)

[email protected]

Page 2: CADASTRO TÉCNICO MULTIFINALITÁRIO

INTRODUÇÃO

Atualmente o crescimento urbano dos municípios é acentuado, o que aumenta bastante a demanda em planejamento e gestão, assim como o ordenamento fundiário do país necessita de um maior controle.

O Cadastro Técnico é uma ferramenta importantíssima para a tomada de decisões, planejamentos estratégicos e gestão territorial, tanto urbana como rural. É importante levar em consideração tanto a administração pública como o setor privado.

Mas esta ferramenta não vem sendo utilizada com todas suas possibilidades, estando seu uso focado principalmente em arrecadações de impostos, visando o combate à sonegação dos mesmos.

Page 3: CADASTRO TÉCNICO MULTIFINALITÁRIO

CONCEITOS

De acordo com LOCH (1998 apud Gonçalves 2006) o Cadastro Técnico Multifinalitário é uma área de pesquisa intradisciplinar que envolve conhecimentos desde as medidas cartográficas até ao nível dos imóveis, a legislação que rege a ocupação do solo, bem como uma avaliação rigorosa da melhor forma de ocupação deste espaço para se obter o desenvolvimento racional da área.

Blachut (1974 apud Kelm 1998) afirma que o Cadastro Técnico Multifinalitário – CTM, deve ser entendido como um sistema de registro da propriedade imobiliária, feito de forma geométrica e descritiva, constituindo-se desta forma, o veículo mais ágil e completo, fornecendo parâmetros para modelo de planejamento, levando-se em conta a estruturação e funcionalidade.

Segundo definido por LIMA (1999 apud Gonçalves 2006), o Cadastro Técnico Multifinalitário - CTM - é um conjunto de informações gráficas e descritivas de uma porção da superfície terrestre, contendo as propriedades imobiliárias corretamente georreferenciadas, possibilitando o conhecimento detalhado sobre todos os aspectos levantados, tendo em vista a Gestão Ambiental de forma racional, legal e econômica.

Page 4: CADASTRO TÉCNICO MULTIFINALITÁRIO

CONCEITOS HENSSEN (1990, apud Antunes A.F.B. 2004) relaciona o cadastro ao

registro da terra e sua utilização. Este registro é composto de duas partes:

- (a) a base cartográfica, composta de mapas em grande escala;

- (b) o dado descritivo contendo os registros ( ex:. indicação fiscal, proprietário, características geométricas, localização, benfeitorias, valor histórico, valor de mercado, etc.)

BANCO DE DADOS BASE CARTOGRÁFICA

ATRIBUTOSIndicação fiscal

localizaçãoProprietárioBenfeitorias

valor

ATUALIZAÇÃO

Page 5: CADASTRO TÉCNICO MULTIFINALITÁRIO

EVIDÊNCIAS HISTÓRICAS

Existem evidências de documentação de terras para taxação e outras contribuições para o estado, já no Egito antigo de 3000 anos antes de Cristo, em uma menção dos registros de terras do rei, estes registros eram baseados em medições, e figuras de agrimensores em tumbas antigas (Henssen,1971, apud Larsson, 1991, apud Coelho 1999).

O marco principal do cadastro aconteceu em 1808, na França, com Napoleão. Após a Revolução Francesa, quando decretou um completo levantamento cadastral, de todo território nacional francês, e também das terras ocupadas, com a finalidade de mapear as áreas estratégicas, estimular a cidadania e a tributação justa dos imóveis (Lima, 2000).

A moderna interpretação do termo “cadastro” tem origem nesse modelo francês introduzido por Napoleão (Macaraty, 2003).

Page 6: CADASTRO TÉCNICO MULTIFINALITÁRIO

EVIDÊNCIAS HISTÓRICAS

No Brasil:

- Os registros de terras começaram logo após o estabelecimento das capitanias hereditárias, com as doações de sesmarias, destinava-se à grande lavoura e à criação de gado. O sistema de sesmarias terminou em 1821.

- A Lei nº 601, de 18-9-1850, considerada a primeira lei de terras brasileira, discriminou os bens do domínio público do particular, criando o registro paroquial das terras possuídas pelo Império e obrigando os proprietários rurais a registrarem suas terras. O Registro do Vigário, como ficou conhecido, tinha efeito meramente declaratório, reconhecendo-se a posse sobre o imóvel. (Antunes A.F.B 2004).

Page 7: CADASTRO TÉCNICO MULTIFINALITÁRIO

OBJETIVOS O Cadastro além das funções fiscais e legal serve como base de dados

para o planejamento: chamado de multifinalitário (baseando-se em tecnologias de Geoprocessamento).

Principais Objetivos:- cobrança justa de impostos; - embasar o planejamento governamental;- garantia da propriedade imobiliária; - facilidade e economia nos processos de desapropriações legais e servidões;- fiscalização da execução de planos de desenvolvimento regional para obras em geral; - geração de dados espaciais para um sistema de informações; - permitir acuidade no planejamento;- permitir a atualização cadastral;- função social da terra.

Page 8: CADASTRO TÉCNICO MULTIFINALITÁRIO

CADASTRO URBANO Instrumento básico da política de desenvolvimento e planejamento da

expansão urbana do município, assim como é parte importante de um Plano Diretor.

PLANO DIRETOR:- A Constituição Federal em seu art. 182, § 1º determina que o Plano Diretor deva ser objeto de lei, sendo obrigatório para cidades com mais de vinte mil habitantes. - Além do disposto na Constituição, a Lei 10.257/2001, que regulamenta o “Estatuto da Cidade”, em seu art.39 diz que a propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no Plano Diretor. Esta Lei obriga os municípios nas Leis Orgânicas Municipais a criar o Plano Diretor. O Estatuto da Cidade traça normas gerais de Direito Urbanístico.

Em questão aos imóveis urbanos não temos Normas atuais sobre cadastro, apenas disposições encontradas a muitos anos, podemos citar a NBR 14166/1998, da ABNT, que estabelece as normas para implantação e manutenção da Rede de Referência Cadastral Municipal.

Page 9: CADASTRO TÉCNICO MULTIFINALITÁRIO

OBJETIVOS DO CADASTRO TÉCNICO URBANO

Coletar as informações descritivas, ou seja, todos os elementos que caracterizam a área urbana;

Atualizar o sistema descritivo e o conjunto de informações que caracterizam cada propriedade imobiliária;

Obter um sistema cartográfico georreferenciado e atualizado sistematicamente;

Interligar as informações cartográficas e descritivas de maneira que se possa obter cruzamento de informações.

(2006, Dr. Antunes, A.F.B.)

Page 10: CADASTRO TÉCNICO MULTIFINALITÁRIO

PRINCIPAIS PROBLEMAS DO CADASTRO URBANO

Base cartográfica desatualizada; Base cartográfica sem Geo-referência; Falta de pessoal habilitado nas prefeituras para gerenciar as informações

(Cartógrafo, Geógrafo, Arquiteto ou profissional especializado no assunto);

Falta de pessoal nas equipes de Cartografia, Cadastro e Geoprocessamento; Imprecisão na posição dos imóveis; Falta de integração entre o registro e o cadastro; Falta de investimento para o levantamento cadastral e atualização cadastral.

(2006, Dr. Antunes, A.F.B.)

Page 11: CADASTRO TÉCNICO MULTIFINALITÁRIO

CADASTRO RURALO cadastro de imóveis rurais é atribuição do Instituto Nacional de

Colonização e Reforma Agrária – INCRA, o qual gerencia o

Sistema Nacional de Cadastro Rural – SNCR.

O que deve ser cadastrado?

O imóvel Rural – Que segundo o Estatuto da Terra Lei nº 4.504/64:

“Prédio Rústico de área contínua, qualquer que seja sua localização,

que se destine ou que possa se destinar à exploração agrícola,

pecuária, extrativa vegetal, florestal ou agro-industrial”.

Quem deve cadastrar?

Todos os proprietários, titulares do domínio útil ou possuidores a

qualquer título de imóvel rural.

Page 12: CADASTRO TÉCNICO MULTIFINALITÁRIO

CADASTRO RURALComo Cadastrar?O cadastramento é declaratório, e existem três formulários a serem preenchidos pelo proprietário; sendo dois destinados à coleta de dados referentes ao imóvel rural e um destinado à coleta de informações sobre a(s) pessoa(s) e sua vinculação com o imóvel rural.- a) Dados Pessoais e de Relacionamento;- b) Dados Sobre Estrutura;- c) Dados Sobre Uso.

Com o cadastramento do imóvel rural, o proprietário obterá o Certificado de Cadastro de Imóvel Rural – CCIR. Documento indispensável para desmembrar, arrendar, hipotecar, vender ou prometer em venda o imóvel rural e para homologação de partilha amigável ou judicial.

Page 13: CADASTRO TÉCNICO MULTIFINALITÁRIO

CADASTRO RURAL

Quando Cadastrar?- Inclusão de um novo imóvel rural;- Inclusão de imóvel rural originário de desmembramento;- Recadastramento de imóvel rural não cadastrado a partir de 1992;- Alteração por aquisição de área total;- Alteração por mudança de condomínio;- Alteração de exploração;- Alteração por desmembramento;- Alteração por remembramento;- Alteração por anexação de área não cadastrada;- Alteração por retificação de área;- Alteração de dados pessoais;- Outras alterações.

Page 14: CADASTRO TÉCNICO MULTIFINALITÁRIO

CADASTRO RURAL

Lei nº 10.267 de 28/08/2001 Altera dispositivos das Leis nos : 4.947, de 06/04/66 5.868, de 12/12/72 6.015, de 31/12/73 6.739, de 05/12/79 9.393, de 19/12/96

Lei para fins de recadastramento e de aprimoramento do Sistema de Tributação de Terra e do Sistema Nacional de Cadastro Rural – SNCR.

Page 15: CADASTRO TÉCNICO MULTIFINALITÁRIO

OBJETIVOS LEI 10.267/2001

• Criar o Cadastro Nacional de Imóveis Rurais – CNIRCriar o Cadastro Nacional de Imóveis Rurais – CNIR

• Criar o novo Sistema Público de Registro de TerrasCriar o novo Sistema Público de Registro de Terras

Objetivo Principal

• Acabar com a grilagem de terras

Page 16: CADASTRO TÉCNICO MULTIFINALITÁRIO

CONSIDERAÇÕES FINAIS

DESTACA-SE A IMPORTÂNCIA E AS VÁRIAS APLICAÇÕES DO CADASTRO TÉCNICO MULTIFINALIRÁRIO TANTO NA ÁREA RURAL COMO URBANA;

O CADASTRO É BASE PARA UM PLANEJAMENTO URBANO E PRINCIPALMENTE PARA UTILIZAÇÃO DE TÉCNICAS DE GEOPROCESSAMENTO E SISTEMA DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS.