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1 © 2014 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma. Direitos Humanos Tema 7: O Sistema Judiciário de Garantias e os Remédios Constitucionais Autor: Alan Martins Como citar este material: MARTINS, Alan. Direitos Humanos: O Sistema Judiciário de Garantias e os Remédios Constitucionais. Caderno de Atividades. Valinhos: Anhanguera Educacional, 2014. Olá! No âmbito do Estado Constitucional de Direito, para o perfeito funcionamento do sistema judiciário de garantias, são imprescindíveis um Poder Judiciário independente e um juiz imparcial, regidos em sua atuação por princípios processuais que imponham limites à atuação jurisdicional. Também são necessárias instituições sólidas e não menos independentes para representação técnica e defesas dos interesses dos cidadãos em juízo, papéis desempenhados pela Advocacia, as Defensorias Públicas e o Ministério Público. Conforme já estudado em aulas anteriores, a atuação do Poder Judiciário na garantia dos direitos fundamentais se desenvolve em face de atos do Poder Legislativo, por meio do controle de constitucionalidade, e também à vista de atos da Administração Pública, por intermédio dos remédios constitucionais. Eis a síntese do conteúdo da presente aula-tema Bons estudos! O Sistema Judiciário de Garantias e os Remédios Constitucionais Independência do Poder Judiciário Sabe-se que, existindo uma lide ou litígio e havendo provocação pelas partes, incumbe ao Poder Judiciário atuar na defesa dos direitos humanos fundamentais, mediante a atividade chamada de prestação jurisdicional, no âmbito de um processo, cujo ponto culminante é uma sentença consubstanciada na decisão final do processo.

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Direitos HumanosTema 7: O Sistema Judiciário de Garantias e os Remédios Constitucionais

Autor: Alan MartinsComo citar este material:

MARTINS, Alan. Direitos Humanos: O Sistema Judiciário de Garantias e os Remédios Constitucionais.

Caderno de Atividades. Valinhos: Anhanguera Educacional, 2014.

Olá!

No âmbito do Estado Constitucional de Direito, para o perfeito funcionamento do sistema judiciário de garantias, são imprescindíveis um Poder Judiciário independente e um juiz imparcial, regidos em sua atuação por princípios processuais que imponham limites à atuação jurisdicional.

Também são necessárias instituições sólidas e não menos independentes para representação técnica e defesas dos interesses dos cidadãos em juízo, papéis desempenhados pela Advocacia, as Defensorias Públicas e o Ministério Público.

Conforme já estudado em aulas anteriores, a atuação do Poder Judiciário na garantia dos direitos fundamentais se desenvolve em face de atos do Poder Legislativo, por meio do controle de constitucionalidade, e também à vista de atos da Administração Pública, por intermédio dos remédios constitucionais.

Eis a síntese do conteúdo da presente aula-tema

Bons estudos!

O Sistema Judiciário de Garantias e os Remédios Constitucionais

Independência do Poder Judiciário

Sabe-se que, existindo uma lide ou litígio e havendo provocação pelas partes, incumbe ao Poder Judiciário atuar na defesa dos direitos humanos fundamentais, mediante a atividade chamada de prestação jurisdicional, no âmbito de um processo, cujo ponto culminante é uma sentença consubstanciada na decisão final do processo.

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Mas, para que o Poder Judiciário possa desempenhar essa função livre de pressões e interferências dos outros poderes, a Constituição confere-lhe uma independência, de caráter institucional, por meio de normas que asseguram a esse Poder autonomia administrativa e financeira (CF, art. 99), estabelecendo, ainda, que os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos limites estipulados conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias (CF, art. 99, § 1º).

Ocorre que apenas conferir autonomia ao Poder Judiciário como instituição não seria suficiente para uma efetiva independência do Poder. Por essa razão, a Constituição Federal também veicula normas que visam à garantia da Independência e Imparcialidade de seus agentes, que são os Magistrados, juízes de primeira instância e membros de Tribunais. Essas garantias da Magistratura estão asseguradas nos incisos I a III do artigo 95, sendo elas a vitaliciedade, a inamovibilidade e a irredutibilidade de subsídio.

Além disso, também com o objetivo de garantir a independência e a imparcialidade, o parágrafo único do mesmo artigo 95 da Constituição Federal estabelece algumas vedações aos juízes: I - exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério; II - receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo; III - dedicar-se à atividade político-partidária; IV - receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei; V - exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração.

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SAIBA MAIS!

GONÇALVES, Wilson José; PELUSO, Vinicius de Toledo Piza. Comentários à Lei Orgânica da Magistratura Nacional. Coleção Carreiras Jurídicas – vol. 1. 2ª edição. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2011.

Princípios básicos do processo e limites da tutela jurisdicional.

Não obstante a importância da independência e do papel desempenhado pelo Poder Judiciário, é necessário que existam limites à atuação desse Poder, com vistas a se assegurar o equilíbrio e harmonia entre os poderes, evitando-se que o Judiciário seja um Poder acima dos outros.

Esses são impostos, sobretudo, por meio de princípios constitucionais do processo, que são direitos e garantias individuais consagrados, principalmente, no artigo 5º da Constituição Federal, o que os eleva à estatura de verdadeiros direitos humanos fundamentais.

Entre os princípios processuais, cabe destacar, primeiramente, os princípios gerais, que são aqueles aplicáveis a toda e qualquer espécie de processo. São eles:

• Juiz Natural (art. 5º XXXVIII c/c art. 5º LX): proíbe a existência de tribunais de exceção e de juízes ad hoc, devendo todas as competências judiciárias encontrar-se previamente estabelecidas em lei.

• Contraditório (art. 5º, LV): compreende o direito de uma das partes se contrapor a qualquer manifestação ou juntada de documento da parte contrária, guardando correlação com citação, oitiva de ambas as partes para o juiz decidir, direito de manifestação sobre atos e provas da parte contrária.

• Ampla defesa (art. 5º, LV): todos os meios de defesa previstos em lei devem ser dados às partes.

• Vedação à prova ilícita (art. 5º, LVI): proibição de provas obtidas por meio ilícitos.

• Publicidade dos atos processuais (art. 5º, LX), salvo defesa de intimidade ou interesse social.

• Motivação (art. 93, IX): obrigação de motivar as decisões judiciais.

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• Isonomia processual: decorre do princípio geral da isonomia e impõe ao Poder Judiciário dar tratamento igual às partes e ao juiz atuar com imparcialidade.

E, especificamente no campo dos direitos humanos fundamentais, adquirem grande relevância os princípios processuais penais, consubstanciados em normas pelas quais a Constituição Federal:

• Estabelece a presunção de inocência (art. 5º, LVII).

• Condiciona a prisão à ordem da autoridade competente (art. 5º, LXI), exceto no caso de flagrante delito.

• Veda a incomunicabilidade do preso (art. 5º, LXIII).

• Reconhece o direito à liberdade provisória, com ou sem fiança (art. 5º, LXVI).

• Assegura ao preso o respeito à integridade física e moral (art. 5º. XLIX).

• Mantém o júri para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida (art. 5º. XXXVIII).

• Reafirma o princípio da individualização das penas (art. 5º XLVI).

• Proíbe certas penas, quais sejam: pena de morte, salvo guerra, a de caráter perpétuo, a de trabalhos forçados, a de banimento e as cruéis.

• Dá ao preso o direito de ser informado sobre seus direitos, inclusive o de ficar calado (art. 5º, LXIII).

• Reconhece ao preso o direito a advogado (art. 5º, LXIII).

• Manda que seja a prisão ilegal imediatamente relaxada (art. 5º, LXV).

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SAIBA MAIS!

Há muitos filmes que retratam a defesa de direitos humanos fundamentais em tribunais norte-americanos, mas que se aplicam plenamente à realidade de qualquer Estado Constitucional de Direito. Seguem dois que estão entre os melhores de todos os tempos:

O Sol É para Todos. Diretor: Mulligan Robert. EUA: Universal Pictures, 1962.

Sinopse: “Em 2003 o American Film Institute divulgou uma lista com os Maiores Heróis do Cinema e, em primeiro lugar, estava o advogado Atticus Finch, que ganhou vida na pele de Gregory Peck. O filme é baseado no romance homônimo de Harper Lee e dirigido por Robert Mulligan. Durante a grande depressão americana, Atticus defende um negro acusado erroneamente de estuprar uma mulher branca. A história é contada do ponto de vista da pequena Maudie, filha caçula do advogado.” (disponível em: http://goo.gl/HXmfq2 . Acesso em: 6 jul. 2014)

Filadélfia. Diretor: Jonathan Demme. EUA: Sony Pictures, 1993.

Sinopse: “Andrew Beckett (Tom Hanks) é um advogado homossexual que foi demitido de um escritório de advocacia quando descobriram que ele tem Aids. A sua demissão vai parar no tribunais e Beckett é defendido por Joe Miller (Denzel Washington). Por sua atuação, Tom Hanks ganhou o Oscar de Melhor Ator.” (disponível em: http://goo.gl/DK8yrl .Acesso em: 6 jul. 2014).

Controle de Constitucionalidade.

Como já exposto em aulas anteriores, o Poder Judiciário exerce a competência para o controle de constitucionalidade pelas vias de ação (ações diretas) e de exceção (controle difuso).

Nesse ponto, é importante destacar o papel do Supremo Tribunal Federal, corte competente para:

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• Processar e julgar as ações de constitucionalidade, consoante disposto nos artigos 36, III, 102 e 103 da Constituição Federal (controle concentrado, abstrato ou via de ação).

• Julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida: a) contrariar dispositivo desta Constituição; b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal; c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição. d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal (CF, art. 102, III).

SAIBA MAIS!

A Constituição e o Supremo. Brasília: STF. Disponível em: http://goo.gl/UM4eUz .Acesso em: 6 jul. 2014.

Versão eletrônica on-line do projeto “A Constituição e o Supremo”, consubstanciado em legislação anotada constituída pelo texto da Constituição Federal, anotado com ementas e súmulas de jurisprudência do Supremo Tribunal Federal consolidadas a partir de reiteradas decisões da Corte Suprema durante o exercício dos meios de controle de constitucionalidade pelas vias de ação e de exceção.

Ministério Público, Advocacia e Defensoria Pública.

Muito bem esclarecida a função do Poder Judiciário na proteção aos direitos humanos fundamentais, cumpre ressaltar que a missão constitucional de proteção a esses direitos também foi conferida a instituições sólidas e não menos independentes para representação técnica e defesas dos interesses dos cidadãos em juízo, papéis desempenhados pela Advocacia, as Defensorias Públicas e o Ministério Público.

Nesse ponto, é fundamental dar ênfase ao relevante papel exercido pelo Ministério Público (CF, art. 127), entidade autônoma, inclusive com mandato garantido ao seu Chefe, o Procurador-Geral (CF, art. 128). O Ministério Público, por meio dos Procuradores e Promotores de Justiça, é responsável por exercer várias funções relacionadas à defesa dos direitos fundamentais, com destaque para as atribuições de:

• Promover o inquérito civil e a ação civil pública, para proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos (CF, art. 129, III).

• Promover as ações de inconstitucionalidade (CF, art. 129, IV).

Por fim, também exercendo papel fundamental na defesa dos direitos humanos de determinadas pessoas, não se pode deixar de falar da Advocacia e dos Defensores Públicos, conforme disposto nos artigos 133 e 134 da Constituição Federal:

“Art. 133: O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei”.

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“Art. 134: A defensoria Pública é instituição essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a orientação jurídica e a defesa, em todos os graus, dos necessitados, na forma do art. 5º, LXXIV”.

É preciso dizer, portanto, que Advocacia, Defensoria Pública e Ministério Público são funções e entidades sem as quais não seria possível assegurar o acesso ao Poder Judiciário, imprescindível, muitas vezes, à garantia dos direitos humanos.

Remédios constitucionais.

Esse sistema judiciário de garantias viabiliza a proteção aos direitos humanos fundamentais não apenas em face de atos legislativos, como também contra violações perpetradas pela Administração Pública, mais precisamente pelo Poder Executivo, que exerce atividade administrativa típica, e pelos Poderes Legislativo e o próprio Judiciário, quando no exercício de atividade administrativa em caráter atípico.

Além de se realizar por meio de ações comuns, ajuizáveis para a defesa de quaisquer direitos, a garantia dos direitos humanos fundamentais pelo Poder Judiciário também se efetiva por meio de ações especiais, os chamados remédios constitucionais ou writs, na terminologia da matriz norte-americana em relação a essas ações especiais para a defesas de direitos fundamentais.

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SAIBA MAIS!

FERNANDES, Bernardo Gonçalves. Remédios Constitucionais – Na Doutrina e no STF e STJ. 2ª edição. Salvador: Juspodivm, 2011.

Sinopse: Esta obra estuda os remédios constitucionais à luz da doutrina e da jurisprudência dos tribunais superiores. Aborda os seguintes writs: mandado de segurança individual e coletivo, mandado de injunção, ação popular, habeas corpus e habeas data.

Inamovibilidade: garantia da magistratura consubstanciada no direito do juiz permanecer na unidade judiciária de lotação, salvo por motivo de interesse público em decisão por maioria absoluta do respectivo tribunal ou do Conselho Nacional de Justiça (CF, art. 95, II c/c 93, VIII).

Irredutibilidade do subsídio: garantia de que a remuneração do juiz, uma parcela única denominada subsídio, não poderá sofrer redução, observados os limites constitucionais.

Lide: na clássica concepção do processualista italiano Francesco Carnelutti, é um conflito de interesses caracterizado por uma pretensão resistida.

Processo: processo é relação jurídica que se instaura pela provocação do Estado-juiz, mediante o exercício do direito de ação, tornando-se completa com a convocação do réu para dela participar, pelo ato da citação (CONRADO, 2003). É no âmbito do processo que o juiz promove a prestação jurisdicional.

Sentença: sentença é o ato pelo qual o juiz põe fim a processo. A sentença pode ser com resolução de mérito, quando a decisão do juiz resolve o litígio, ou sem julgamento de mérito, quando o juiz encerra o feito por questões processuais, sem que se pronuncie a respeito da lide.

Vitaliciedade: garantia adquirida pelo juiz após dois anos de efetivo exercício, segundo a qual somente poderá perder o cargo por sentença judicial transitado em julgado.

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Instruções

Agora, chegou a sua vez de exercitar seu aprendizado. A seguir, você encontrará algumas questões de múltipla escolha e dissertativas. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido.

Questão 1

Nos termos do artigo 99, § 1º, da Constituição Federal, “Os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos limites estipulados conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias”. Essa norma destina-se à garantia:

a) Da independência do Poder Judiciário.

b) Do princípio do devido processo legal.

c) Do princípio da celeridade processual.

d) Da vitaliciedade do magistrado.

e) Da inamovibilidade do juiz.

Verifique a resposta correta no final deste material na seção Gabarito.

Questão 2

A ideia de se criar um tribunal especial para julgamento de pessoas acusadas de tortura na época da Ditadura Militar constitui ofensa ao princípio:

a) Da isonomia processual.

b) Do devido processo legal.

c) Do formalismo moderado.

d) Do juiz natural.

e) Da economia processual.

Verifique a resposta correta no final deste material na seção Gabarito.

Questão 3

A instituição essencial à função jurisdicional do Estado, à qual incumbe a orientação jurídica e a defesa, em todos os graus, dos necessitados, denomina-se:

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a) Ministério Público.

b) Conselho Nacional de Justiça.

c) Defensoria Pública.

d) Advocacia.

e) Supremo Tribunal Federal.

Verifique a resposta correta no final deste material na seção Gabarito.

Questão 4

Preso após tentativa de assalto a uma agência bancária, Tício ficou preso em uma cadeia pública durante uma semana, período ao longo do qual foi impedido de manter qualquer contato com qualquer pessoa ou instituição, incluindo o seu advogado. Nesse caso, os direitos humanos de Tício foram preservados? Justifique a resposta.

Verifique a resposta correta no final deste material na seção Gabarito.

Questão 5

A inamovibilidade consiste na garantia da magistratura consubstanciada no direito do juiz permanecer na unidade judiciária de lotação. Essa garantia é absoluta? Explique.

Verifique a resposta correta no final deste material na seção Gabarito.

Entre os limites da independência do Poder Judiciário e dos princípios que regem o processo, perfaz-se o sistema judiciário brasileiro de garantias, que visam à proteção aos direitos humanos fundamentais não apenas em face de atos legislativos, como também contra violações perpetradas pela Administração Pública, mais precisamente, pelo Poder Executivo, que exerce atividade administrativa típica, e pelos Poderes Legislativo e o próprio Judiciário, quando no exercício de atividade administrativa em caráter atípico.

Além disso, a garantia dos direitos humanos fundamentais pelo Poder Judiciário também se efetiva por meio de ações especiais, os chamados remédios constitucionais ou writs, tais como mandado de segurança, ação popular e habeas corpus, sem contar o papel desempenhado pelo Ministério Público, a Advocacia e a Defensoria Pública.

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FERREIRA FILHO, Manoel Gonçalves. Direitos humanos fundamentais. 14ª ed. São Paulo: Saraiva, 2012.

CONRADO. Introdução à teoria geral do processo civil. 2ª ed. São Paulo: Max Limonad, 2003.

FERNANDES, Bernardo Gonçalves. Remédios Constitucionais – Na Doutrina e no STF e STJ. 2ª ed. Salvador: Juspodivm, 2011.

Questão 1

Resposta: Alternativa “A”. Para que o Poder Judiciário possa desempenhar essa função livre de pressões e interferências dos outros poderes, a Constituição confere-lhe uma independência, de caráter institucional, por meio de normas que asseguram a esse Poder autonomia administrativa e financeira (CF, art. 99), estabelecendo, ainda, que os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos limites estipulados conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias (CF, art. 99, § 1º).

Questão 2

Resposta: Alternativa “D”. Pelo princípio do juiz natural, proíbe-se a existência de tribunais de exceção e de juízes ad hoc, devendo todas as competências judiciárias encontrar-se previamente estabelecidas em lei (CF, art. 5º, XXXVIII c/c art. 5º, LX).

Questão 3

Resposta: Alternativa “C”. Defensoria Pública é instituição essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a orientação jurídica e a defesa, em todos os graus, dos necessitados, na forma do art. 5º, LXXIV (CF, art. 134).

Questão 4

Resposta esperada: Não, os direitos humanos fundamentais de Tício não foram preservados, na medida em que as condições de sua prisão ofenderam os princípios processuais penais veiculados nas normas da constituição que vedam a incomunicabilidade do preso (art. 5º, LXIII), concedem ao preso o preso o direito de ser informado sobre seus direitos, inclusive o de ficar calado (art. 5º, LXIII), bem como reconhecem ao preso o direito a advogado (art. 5º, LXIII).

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Questão 5

Resposta esperada: A inamovibilidade é a garantia da magistratura consubstanciada no direito do juiz permanecer na unidade judiciária de lotação, salvo por motivo de interesse público em decisão por maioria absoluta do respectivo tribunal ou do Conselho Nacional de Justiça (CF, art. 95, II c/c 93, VIII).