52

Caderno ABEA 15

Embed Size (px)

DESCRIPTION

XII Seminário Nacional sobre Ensino de Arquitetura (Anais). UFPA, Belém, 29 de outubro a 2 de novembro de 1994.

Citation preview

Page 1: Caderno ABEA 15
Page 2: Caderno ABEA 15

ANAIS XVII Encontro Nacional

sobre Ensino de Arquitetura e Urbanismo

Belem- 29, 30 e 31 de outubro e 1 Q e 2 de novembro de 1994

Page 3: Caderno ABEA 15

DIRETORIA EXECUTIVA (gestao 93-95)

Presidente !tamar Costa Kalil - UFBA Vice-Presiden te Luiz Manuel do Eirado A morim - UFPE Secretaria Geral Isabel Cristina Eiras de Oliveira - UFF Sub-Secretaria Vania Hemb Magalhiies Andrade - UFBA Secretario de Finan~as Guivaldo D 'Alexandria Baptista- UFBA Sub-Secretario de Finan~as Gagliardo Vieira Maragno - CESUP

DIRETORES A nderson Claro - UFSC Paulo Romano Reichilian - UNITAU jose A ntonio Lanchoti - UNIFRAN!Moum Lacerda Mar/ice Azevedo - UFF Augusto Torres - UFPA

CONSELHO FISCAL

TitularesSuplentes

Roberto Py da Silveira - UFRGSCarlos Eduardo Botelho - UFPR Maria Gl(!ide Santos Barreto - UFBAAlexandre Azedo Lacerda - UFPB Maria Elisa Meira - UFFjose Roberto G. j unior - M. Lacerda

Caderno 15 - Anais do XII Enconlro Nacional sobre o Ensino de Arquiletura e Urbanismo Belem, outubro I novembro de 1995 - 2500 exemplares.

Publica<;ao da Associa <;Cio Brasileira de Ensino de Arquitetu ra - ABEA .

Organiza<;ao : Ita mar Kalil I Vonia Hemb Andrade

Revisao: !tamar Kalil I Vonia Hemb Andrade

Pro jeto Grafico: Beto Cerqueira (071 )235-2973

lmpressao e Acabamento: Envelope & Cia

ABEA: Rua Caetano Moura, 121 - Federa <;Cio- CEP 40 .210-350 Salvador-Bahia- Telefone: (071) 245-2627- Fax: (071) 245-2627 (07 1) 247-3511 (UFBA-Faculdade de Arquitetura)

XII ENCONTRO NACIONAL SOBRE ENSINO DE ARQUITETURA E URBANISMO

Comissao Organizadora ABEA Isabel Cristina Eiras de Oliveira - UFF

!tam ar Costa Kalil - UFBA A ugusto Torres - UFPA

Comissao Organizadora Local

Coordenac:;:ao Gera l Local A ugusto Cesar Torres

Coordenac:;:ao da Tematica de Ensino i ris Leticia Farias de Loureiro

Erica Batista

Secretaria Geral 7bais Ferreira Neto Eloane Cantudria

Eventos Culturais Silvana .Ma ria dos Santos

Ven uz ia Feitosa Antonieta Fe1·reira Feio

Coordenac:;:ao Estrutural do Evento Sergio Mauricio Otani Castelo

Mauricio Lobato Greco A lexandra Parente joiio Abate Costa

Coordenac:;:ao de Financ:;:as Ruth Helena A lmeida Aneliza Smith Brito

Comissao de Apoio Gisele Brito

Paulo Fabricio G. Cardoso

Comissao de Apoio

Coordenac:;:ao do Curso de Arquitetura e Urban ismo / UFPA. Pro./11 Reinaldo jansen

Page 4: Caderno ABEA 15

Chefe do Departamento de Arquitetura e Urbanismo Prof> Alberto Rudim

Digita~ao EngQ Moacir Lima

Comissao Academico Cientlfica Ari Vicente Fernandes - PUCCAJviP

Ester Gutierrez - UFPel Gagliardo Vieira Maragno - CESUP

jose Roberto Geraldini junior - M oura Lacerda jose Roberto Merlin - PUCCAJviP Vania Hemb M. Andrade - UFBA

Patrocinadores Conselho Federal de Engenharia Arquitetura e Agronomia - CONFEA

Universiclacle Federal do Para - UFPA Conselho Estadual de Engenharia Arquitetura

e Agronomia do Para - CREA-PA FADEMAC S/ A

Escola Tecnica Federal do Para Editora PINI Ltda.

ASPECTHO M6veis e Decora.;;oes CADERNO & Cia. GRAFH & KITS

MARMOBRAZ Marmores e Granitos L'ROSSI

Grafica TUPINAMBAS Cafe LIBERAL

NOVOTEL - Belem XEROX do Brasi l

Casa Noturna 0 LAPINHA Restaurante LA EM CASA

Agradecimentos CONFEA, UFPA, Funcionarios do Curso de Arqui tetura e Urbanismo cla

UFPA, Caixa Econ6mica Federal , Casa noturna 0 Lapinha, Estudantes de Arquitetura da UNAMA, pelo apoio a realiza.;;ao do evento .

APRESENTA<:;:AO 7

TEMARIO 8

PROGRAMA 9

PARTICIPANTES 10

PALESTRA 75

SUMARIO

A AVALIA<;:AO DOS CURSOS COMO PERSPECTIVA

DE AVALIA<;:AO DO PROJETO PEDAG6GICO DA UNIVERSIDADE.

ProfQ Maria Ame lia Zainko

UMULAS, DOS TRABALHOS APRESENTADOS 79

RELATORIO 36 INTRODUC::AO 36 QUESTOES RESULTANTES DA SISTEMATIZAC::AO DOS TRABALHOS 39 RELATORIOS DOS GRUPOS DE TRABALHO 48

CONCLUSOES E RECOMENDA<:;:OES DO ENCONTRO 68

II MOSTRA DA PRODU<:;:AO DE ALUNOS DE ARQU ITETURA E URBAN ISMO DOlo AO 8° PERfODO 74 UMA REFLExAO A RESPEITO - ltamar Kalil

ATA DA REUNIAO 76

ANEXOS : NOVO CURRfCULO MfNIMO PARA OS CURSOS DE ARQUITETURA E URBANISMO DO PAIS 87 DIRETRIZES CURRICULARES E CONTEUDO MiNIMO DO CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO 87 CURRiCULO MiN IMO DO CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO 92 PORTARIA W 1770, DE 21 DE DEZEMBRO DE 1994 95

Page 5: Caderno ABEA 15

APRESENTA<;AO

0 processo de avaliac;:ao da Educac;:ao do Arquiteto e Urbanis ta tern sido uma preocupac;:ao constante da ABEA e tema

de diversos serninarios- mecanismos importantes na troca de ex­periencias e na avaliac;:ao do conjunto da escolas.

Neste momenta, essa tradic;:ao da ABEA, de discussao coletiva e de auto-avaliac;:ao da formac;:ao na area, cresce em importancia e oportunidade. Os setores da Educac;:ao no pais revisam questoes fundamentais no ensino e na capacitac;:ao profissional. A CEAL, reconstituida em 1993, acaba de propor urn novo curricula mini­ma como uma das respostas necessarias nao s6 a compatibilizac;:ao dos conte(Jdos e clas materias, garantindo a habilitac;:ao profissio­nal (mica, como provocando a intensificac;:ao da discussao no in­terior dos cursos, da qual, se espera venha resultar uma sensivel .melhoria qualitativa.

Este caderno, de numero 15, traz OS Anais do XII Encontro Naci­onal sobre Ensino de Arquitetura e Urbanismo, cujo tema central foi novamente 11Criterios para Avaliac;:ao da Educac;:ao do Arquite­to e Urbanista11

, abordanclo o ingresso do estuclante na Universi­dade, as experiencias curriculares viviclas pelas escolas e as for­mas de 11 passagem11 para a ativiclacle profissional, incluindo a ne­cessaria discussao sobre as relac;:oes professor-aluno no cotidiano da Universidacle.

A abertura do XII ENSEA registrou a emoc;:ao e o pesar pela percla cia Arquiteta Mayurni de Souza Lima, parceira de lutas pela quali­clade do ensino da Arquitetura, exemplo pelo trabalho profissio­nal etico e preocupado com a qualiclac~e cia vida social. A Mayurni a homenagem da ABEA.

abe a

7 -

Page 6: Caderno ABEA 15

8 -

TEMARIO

TEtv\A 1

VESTIBULAR

Teste de Habilidade Espedfica

Forma tecnica das Provas

TEtv\A 2

EXPERIENCIAS CURRICULARES

Inser~ao das Materias B<isicas e Profissionalizantes no curricula vigente

Propostas de modifica~ao

TEtv\A 3

TRABALHO FINAL DE GRADUA~Ao

Experiencias adotaclas nos Cursos

Processo de Avalia~ao do TG

Concurso Opera Prima

TEtv\A 4

RELA~O PROFESSOR/ALUNO

PROGRAMA

DIA 29 DE OUTUBRO

Manha e Tarde - Reuniao da Comissao Academico Cientifica

DIA 30 DE OUTUBRO

Manha e Tarde - Reuniao da Comissao Aca&mico Cientifica

Noite - lnscri~o dos Participantes - Solenidade de Abertura

DIA 31 DE OUTUBRO

Manha - Palestra Prof! Maria Amelia Zainko - UFPR Tarde - Reuniao dos Grupos de Trabalho

Noite - Palestra da CEAU-SESU/MEC Prop Maria Elisa Meira

DIA 07 DE NOVEMBRO

Manha e Tarde - Reuniao dos Grupos de Trabalho

DIA 02 DE NOVEMBRO

Manha - Rew1iao da Comissao Acad&nico Cientifica - RelatOrios dos Grupos de Trabalho

Tarde - Plen:iria Final Noite - Encerratnento

9 -

Page 7: Caderno ABEA 15

PARTICIPANTES

CESUP Gagliardo Vieira Maragno (ABEA)

FEBASP Candi Hirano Luis Manoel Prata Ramos Nelson Milani da Silva Sergio Augusto Malacrida Academicos Leo do Amaral Grechi Marcelo Bastos de Almeida

MOURA LACERDA (IML) Academicos j ose Roberto Geraldini]r. Maria Tereza Barbugli

PUCCAMP Ari Vicente Fernandes jose Roberto Merlin

UFBA !tamar Costa Kalil (ABEA) Vania Hemb Andrade (ABEA)

UFCE Academico Marco Aurelio de Oliveira Gm·cia

UFF Isabel Cristina E. de Oliveira (ABEA) Marlice Nazareth S. de Azevedo (ABEll)

UFMG t •t 111to d Lemos Corsalade

I()

UFPA Cicerino Cabral do Nascimento jose jt/.lio Lima Mariano Farias(UNAMA) Ronalda N.FM. de Carualho Academic as Adriana Silva Lemos Alexi Vieira de Alencar Ana Cristina Bezerra Lopes Andrea de Cassia Lopes Pinheiro Anne Raquel Leal de Moura Augusto Torres (ABEA) Cecilia Maria Braga Barra Daniel da Silva Souza Daniele dos Santos Abreu Denise Silva de Paiva Edilson Bezerra do Valle · EmLlia Kaory Kimura Flavia de Aioraes Teixeira junior Geancarlo Armijo Franco Giselle Brito de Carualho Henry Pereira Arado j ack(!line de Pina Silva j oao Carlos Abate Costa j ose Fernandez Fonseca Neto Juliano Panplona Ximenes Ponte Lucidea Barbosa Margalbo Marcelo Romulo de Souza Leite Marcos David Sa·ntiago Bittencou.rt Mario Alberto Paz Ardaya Jvfau.ro Enrique Costa Souz a Melissa C. Alves Monica Nazare Esp-irito S. da Silva Paulo Fabrfcio Garcez Rodrigo Vict1ma Rodrigues Rosirfs Lopes Rodrigues Mendes Sandra Lt7cia da Silva

Sara da Silva Bezerra Silvia Laurinda R. D. Oliveira Vanessa Paiva Costa

UFPB Alexandre Azedo Lacerda

UFPEL Ester Gutierrez

UFPR Maria Amelia Zainko (Vice-Reitora)

UFRJ Ana Maria de Ranierijuliano Eduardo Borges da Mota £loy Eharaldt Maria Amalia Amarante de A. Magalbaes Academico Ana Castro Kalil

UFSC , ergio Castello Branco Nappi Academicos G'abriela Riveiro Tames Yumi Goya

UN AMA Ana Claudia Cardoso Montei1"0 Wcione Maria Lobato de Moraes lilena Lucia Zaguzi Tourinho jose Aquel Farez Filbo Mario Luiz Barataju.nior Academicos Atllla Simone Barbosa Varela 1l11a Celia Pena Forte

Ana Claudia Rebou~as Barbosa Andre Luis Silva Santana Andrea Simone da Silva Brito Arnalda Ribeiro dos Santos junior Augusto Cesar Andrade Dum·te Cecy Angelica Seixas Santos Celso Otavio do Nascimento Gurjao Claudio do Nascimento Vale Cristhiane Figueiredo Lobato Daniel Oliueira Ferraz Delaine Cristini A lues G. de Souza Diana Mara de Almeida Marinho Eliane Bentes Eloane Maria da Silua Ferreira Erica Noemi Lima Campos Eumenides de Almeida !VI ascarenhas Fabio Cesar da Silva Fabfola Esteues da Rocha Fabrfcio Mogu.i Correa Fatima Figueiredo do A mara! Hellen Maria Ribeiro da Silua Her/on Pereira Castro janaina Paiva Nascimento j aqueline dos Santos Gomes j ean Alessandro P. Cou.Nnho jocelio Mario Pedroso da Silva jose Roberto Fontenele R. junior Kelly Cymelia A lues Ferreira K~yssia de Souza Mendes Laiza Dantas Lemos Leniy Akie Sakai Lilian Rosa Correa Saraiua Lu.cidalua Form-igosa Manoel Eteluino Argolo Neto Manoel Soares Pinheirosju.nior Marcelo Doce Maciao Marcia do Rosario da S. Cordeiro

11 -

Page 8: Caderno ABEA 15

Marcia Leilane C. Valente Maria Lizete Sobral Feitosa Mariana Batista Sampaio Monica Frade Monica Moraes da Paixao Monica Vicente Taketa Nivea Hanna Kawai Costa Patricia Cunha Bastos Patricia dos Santos Sousa Patricia Helena Saraiva Lima Paulo Alexandre Arazijo C. de Souza Regina/do Rossy da Silva Aguiar Rejane Cristina da Silva Arazijo Rejane Marreiros Tavares Rosanna do Socorro B. Silva Matcher Roseamar Rodrigues Nascimento Roseaurea Nascimento Prado Rosilene do Socorro Saraiva da Costa Samantha Machado Nahan Saulo Kellen Santana Sergio A11gusto Almeida Cabral Shirley Rose Salazar de Arazijo Silvana Raquel Arazijo Simone Machado Miranda Simone Sarmanho da Silua Thaissa de Oliveira Scerne Vagnez de Andrade Moreira Waldemir Eden Silva da Silva Wildes Terezinha da Silva Barata

UNB Neusa Cavalcante

UNIFRAM .Jose Antonio Lanchotti (IML, ABBA)

12 -

UNIMEP Helio Dias da Silva

USP Academico Fabiana Ribeiro de Resende

CESUP Gagliardo Vieira Maragno

CEAU/SESU Anderson Claro ( UFSC) Maria Elisa Jvfeira (UFF) Roberto Py G. da Silveira ( UFRGS)

CREA Euanize Miranda (UFMG)

FENEA Academico Cleiton Onorio (USP)

FNA Arquite ta Valeska Peres Pinto

PATICIPANTES INDEPENDENTES Arquite tos Ana Claudia de A. Viana Perdigao Ivana Braga Teixeira Santos (IPHAN) Ricaz"do Hamda Ono

Abertura do Enc.ontro

!Ill

\fE UBIR.\l .

Page 9: Caderno ABEA 15

PALESTRA

A Avalia¢o dos Cursos como Perspecitiva de Avalim;iio do Projeto Pedag6gico da Universidade

Pro_r Maria Amelia Sabbag Zainko Vice-Reitora da Unive rsidade Federal do Parana

1\ questao da avalia<;;:ao institucional, tanto na sua perspectiva mais nmpla, que envolve, alem da estrutura curricular, o clesempenho aC'tclemico de docentes e cliscentes, quanta na perspectiva mais ltn diata, como a da revisao e atualiza<;;:ao dos cursos, e sempre c 111 tao polemica e que demancla clareza no encaminhamento das lonnas de enfrentamento dos probletnas.

1\ ~ ·xperiencia de Avalia¢io clos Cursos na nossa Universidade conta l 'llm uma hist6ria rica em avan<;;:os, recuos, grancles debates e, 111 in ipalmente, um envolvimento cada vez maior de dirigentes, p10f" sores, alunos e diferentes segmentos organizados da socie­d.tdv ivil, e enquanto processo aponta, indubitavelmente, para ,,., raminhos que deverao ser trilhados pela area de Gradua<;;:ao ' '·"'· lJniversidades Brasileiras, na busca de projetos peclag6gicos ' I' 11 • por articularem efetivamente ensino, pesqu isa e extensao -,, . •H:I tam a qualidade da forma<;;:ao profissional que vern sendo 111iiii ~Hnt cla em cada curso, guarcladas as suas especificiclacles.

t\ I l.t i' V fundamental de sua sustenta<;:ao repousa no convencimen­lt • 1 l( 1. • rn mbros do Colegiaclo, de que um cur so com a necessaria • Ill 1 11 ' b , cleve apresentar uma clin~unica interna na qual o ato 1 ' I.' J\O,~ i se ja uma perspectiva de condu<;:ao clos alunos pelos

15 -

Page 10: Caderno ABEA 15

caminhos cia aquisi~ao e da produ~ao do saber superando a sim­ples transmissao de saberes, entendidos como prontos e acaba­dos, desvinculados das exigencias do desenvolvimento social e cultural.

Tendo como norte a forma~ao de um profissional competente tec­nica e politicamente, como condi~ao para torna-lo cidadao apto a participar efetivamente das transforma~oes sociais que se imp6em de forma imperiosa, para a conquista de uma qualidade de vida mais justa e mais humana, as propostas assentam-se em tres prin­cipios funci'1ffientais:

• res::,:-tte da qualidade do ensino- que implica, em um dado mo­menta hist6rico, na compreensao dessa qualiclade como uma op~ao polltica de cacla curso no contexto do projeto de Univer­sidade que se tem;

• o eixo da avaliavao institucional centrado no Curriculo - en­tendido nao como documento (grade) e mero processo de re­passe de conteudos ac'lbados mas, em sua perspectiva mais com­pleta que envolve o desempenho academico de docentes e dis­centes, bem como todo o esqu ema de meios para a consecu~ao de um fim- 0 Homem Eclucado - sfntese das multiplas rela~6es instit:u cionais;

• a pratica avaliativa como um proce.\:m unitario de acompanha­mento, controle e avaliaviio- que envolve coletivamente pro­fissionais em exerdcio, egressos, docentes e cliscentes na iden­tifica~ao e na analise das questoes concretas, pastas pelo de­senvolvimento do curso, face as exigencias da socieclade.

Mesmo de posse dessas clefini~oes, o movimento inicial de revi­sao do curricula sempre se mostra inc6modo e polemico.

Ha sempre no ar a expectativa de se obter de imediato a forma aca­bada, o "documento rn{tgico" resultante da revisao do curricula.

Isto tem levado a um trabalho bastante significativo na base, para tornar clara, que ao se iniciar um processo de ava!ia~ao de um curso, concep~oes fundamentais devem estar claramente identificadas para serem analisadas, clebatidas e assumidas por todos os que participam do processo. .

Neste sentido, a principal concep~ao presente durante todo o pro-

16 -

sso e a de que o Curricula e reflexo do conjunto articulado das alividades nucleares que caracterizam o curso, em consonancia com um proje to de Universiclade vinculado a uma determinada forma­- o social.

Diferentemente do programa ou elenco de disciplinas, ele deve r fle tir a dinamica ci1. organiciclade do esfor~o academico, de tal orte que, a partir desse movimento, sao determinadas as condi­

. 6es para a transmissao/assimila~ao do saber sistematizado.

Na acep~ao do termo, somente uma escola, um curso, ou uma l·~t culdade em plena funcionamento se constitui no curricula pro­! riamente dito. Em C1ltima analise, curricula e uma comunidade ' lucativa em total exercicio de sua natureza e especificiclade, no L mpo e no espa~o.

Assim, para se caracterizar um curso universitario, nao e suficien­L a posse par uma pessoa ou agrupamento de pessoas do saber sistematizado. E fundamental que se elabore uma sfntese de con-li~oes de sua transmissao/assimila~ao o que supoe dosagem e

s quenciamento clesse saber, de tal forma que se possibilite, a toclos os interessaclos, a gradual passagem de uma instancia de nao do­minio do conhecimento para uma instincia de dominio plena. E n sa distribui~ao escalar do saber sistematizado com objetivo de lransmissao/assimila~o, no espa~o cla forma~ao universitaria em 1 nn dado tempo, que se a preen de a natureza e especificidade do "saber escolar", do saber academic a.

'J'al saber tem inclissociaclamente seu conteuclo e forma integrados no curricula do curso.

) curricula representa, portanto, a organiza~ao do saber social-111 'nte acumulado e a articula~ao dos agentes e instrumentos te6-ri / metodol6gicos, indispensaveis a apropria~ao do conhecimen­to, revelando em ultima instancia, o esfor~o comum necessaria a ,' \Ia busca e constru~ao , ou seja, o compromisso hist6rico cla Uni-

•rsiclade.

S ·n lo o curricula o eixo articulaclor da proposta de avalia~ao clos :til'S s na UFPR, a sua concep~ao abrangente , imp6e como ne­

( '( ·ssi lade a revisao clos conceit as de ensino-aprendizagem - que 1 w-;sa a ser en ten dido como "apropria~ao ativa e crftica do conhe­dm nto"-; e de avalia~ao da aprendizagem- que deixa de centrar-

17 -

Page 11: Caderno ABEA 15

se exclusivamente nos resultados, para assumir a sua fun r;ao diagn6stica - e dessa maneira, constituir-se em poderoso instru­mental dialetico de identificar;ao de novos rumos para a pratica universito'iria.

Essas revisoes foram desencadeadas, por meio de importante movimento de confronto, entre as diferentes concepr;oes presen­tes nos processos de ensino etas diferentes ciencias e de identifi­car;ao de novos rumos a partir da analise dos caminhos e descaminhos do recem formado, frente aso desafios que !he im­p<Se o mundo do trabalbo.

Dessa maneira foi possfvel captar os indicadores para uma pro­pasta de formar;ao de urn profissional com a competencia tecnica e o compromisso politico de uma atuar;ao efetiva no processo de desenvolvimento social e cultural.

Metodologicamente, as propostas - coordenadas pelos Colegiados dos Cursos, com o assessoramento de urn gmpo Gestor de Pes­quisas, (grupo este composto tambem por profissionais ligados ao Setor de Educar;ao e em atuar;ao junto a Coordenar;ao Geral dos Cursos de Graduar;ao da Pr6-Reitoria de Graduar;ao) - tern siclo balizadas pelas concepr;oes fundamentais analisaclas, clebatidas e assumiclas pelos participantes e tendo como o poeta a ce1teza de que "Caminbante, o caminbo se faz ao c'lminhar".

Este e, pois, o modelo que vern sendo utilizado, guarclaclas as especificar;oes de cacla curso, para a orientac:;:ao do processo de avaliar;ao institucional na UFPR, tendo como eixo articulador a questao do currfculo.

18 -

SUMULAS DOS TRABALHOS APRESENTADOS

TRABALHO 01 UFRJ

'TJevaneios construtivos do olhar,

Carlos Alberto Murad

Estamos falando aqui cia contribuir;ao clos estuclos eta in1aginar;ao riadora no desenvolvimento de metodologias de pesquisa e en­

sino na area do Urbanismo e da Arquitetura. No ambito desta aboretagem apresentamos duas disciplinas que estamos intrcx:lu­zindo na FAU-UFRJ tanto na p6s-graduar;ao como na graduar;ao.

1 - A introdur;ao no Mestrado em Urbanismo do PROURB-FAU­UFRJ da disciplina "Fenomenologia do espa<;:o urbano".

Oisciplina que visa subsidiar a reflexao fil~s6fica e ~s~etica do universo urbano e clesenvolver metodolog~as de anahse feno­menol6gica etas imagens poetico-visuais na Ciclade.

A partir cla discussao dos fen6m_enos da in:aginac:;:ao na apropri~­<;:ao e construt;:ao do espac:;:o, ent-ocando pnnopalmente as ::ontn­buir;oes de Bachelard e Heidegger, procuramos m?strar a liDpoi­tancia de uma fenomenologia cla imaginar;ao e da lffiagem na ex­periencia e na criar;ao de uma poetica do urbano.

2 -A proposta aprovada, aincla nao implantada, de i~trodur;ao da clisciplina de graduac:;:ao "Fotocriat;:ao para a Arqllltetur~" pelo DARF-FAU para o ensino da Fotografia na FAU-UF~J. _o~Jetlva ? exerdcio do processo fotografico visando as c?ntnbu_I<;:oes o_l~I­criadoras ligadas aos fen6menos cia fotoplastw, do nnagmano foto-genico. A proposta apresentacla visa trazer as con_tribuic:;:_oes presentes na criat;:ao fotografica, na inteligencia olhi-1-oto-cn~dora para uma inser<;:ao criadora no processo projetual cla Arqmtetura.

19 -

Page 12: Caderno ABEA 15

r It I Ill II II() I uma Faculdacle de Arquitetura e Urbanismo e pre-1 1111 1 uli ra1 assar a aborclagem tecnicista das qualidacles mecanico­lt •pro ['moras cia Fotografia. Penetrar no processo criaclor naquilo qu e possa subsicliar a cria<,:ao no projeto arquitetonico. Introcluzir a reflexao-vivencia clas questoes ligaclas a apreensao e configura­<;:ao imaginaria e sensfvel clos espa<,:os, clas imbrica<;:oes tempo­espaciais na cria<,:ao ou frui<;:ao ambienciais entre outros. Neste senticlo a Fotocria<;:ao e o pretexto pedag6gico que ira propiciar, aos alunos, experiencias com os fenomenos cla cria<,:ao na sfntese Luz-Temporaliclacle-Lugar. Plasmar objetos, configurar ambiencias, expressar espa<;:os e significaclos pela luz no instante de urn Olhar e o que compreendemos como essencial e intrfnseco no ensino cia Fotografia em cursos de Arquitetura e Urbanismo.

TRABAlHO 02 UFF

"Ensino de paisagismo FAU/UFF: Pesquisa, experiencia diddtica e insert;;ilo curricular"

jorge Crichyno

A impor~1ncia cia Paisagem e clas quest6es a elas relacionadas, constitui objetivo clesse trabalho onde procuramos avaliar e dis­cutir a forma<;:ao acaclemica em Arquitetura e Ut'banismo, com vis­tas ao ensino e a pesquisa no campo do Paisagismo.

Os estuclos e projetos referentes a preserva<;:ao, cria<;:ao e transfor­ma<_:ao cia Paisagem tem constitufclo objetivo de interesse e atua­<;:ao profissional dos arquitetos e urbanistas, no que se refere, es­pecialmente, as intetven<_:oes na Paisagem urbana e seus clesclo­bramentos de carater ambientaJ

Nesse sentido, pretende o texto contribuir na discussao clessas questoes, relatando a experiencia cliclat:ica no ensino e no clesen­volvimento de pesquisas no campo do Paisagismo na Universida­de Federal Fluminense.

20 -

TRABAlHO 03 UnB

"Computafilo grdfica aplicada ii Arquit~tura e . , Urbanismo: A experiencia de uma metodologza de enszno

Cristina Gobbi

Apesar cia grande dissemina<;:ao cl~ infon_natica no c~mp~ da Ar­qu ite tura e Urbanismo, uma questao mmtc:' pouco _dtscuttda tern sido a de como esta tecnologia vern se_ndo mtroduztda e~ n~ss~~ 'scolas e, principalmente, como tem stdo tratado o tema Ensmo .

onhecemos muito pouco sobre a situa<_:ao de infra-~stl_"ut~Jra (em 'q uipamentos e recursos hu~mos), os pt:Og~a_mas dtsctpl~n~res e

11 pesquisas realizaclas nesta area nas umverstdades brastletras.

Ap nas recentemente, no "Se~nina,~·io Nacior_1al de Avalia<;:ao do Ensino de Arquitetura e Urbamsmo , promovtclo pelo MEC/SESU/ ~EAU (Brasilia, FAU/ UnB, setembro/94), tivemos op01tumdade de · nhecer um pouco melhor a situa<;:ao cia area de informatica nas cs olas brasileiras.

1\ntendemos que seja cla maior importancia a divulga<;:ao dos tra­l>:tlhos que vern sendo feitos, para que p?ssamc:'s pro_mover urn tllaior interclmbio entre as escolas e amphar a cltscussao sobre o liSO desta tecnologia em nosso ambito profissionaJ.

No presente trabalho, buscamos dar urn passo ~est~ c~it:e<;:ao, 111 strando como vem sendo estruturada a area de mf01mattca d~ Fn uldade de Arquitell.tra e Urbanismo cla Universidacle de Bras~­lia (FAU/UnB) e, mais especificunente, como temos desenvolvt­do programa de ensino de computa<;:ao grafica aplicada.

1 ·ntro cla experiencia do ensino, apresentamos com ma_!or de_t~­llt · a metodologia desenvolvida na disciplina "Computa<;:ao Graft­t ':t A.plicada a Arquitetura e Urbanismo I".

21 -

Page 13: Caderno ABEA 15

TRABALHO 04 UFRJ

"Proposta de reformulafiio para as disciplina de expressiio grafica I e Ir

Dolores Araruama JI!Iedeiros Marcia Lima Conde

0 Departamento de Analise e Representac,;:ao cia Forma compoe urn c!os cinco departamentos da FAU/UFRJ envolvidos na reforma do curricula do curso de Arquitetura, com implant:a<;:3.o previsL:'1 para 1995.

A Prof! Dolores Arantama Medeiros, Coordenadora clas discipli­nas de Desenho de Arquitetura I e II , em parceria com o Prof. Mauricio Lima Conde, desenvolveram o projeto de implant:ac,;:ao experimenL:'11 clas disciplinas de Expressao Grafica I (EG-I) e Ex­pressao Grafica II (EG-II) aplicadas durante o ano letivo de 1994, em substituic,;:ao as disciplinas de Desenho de Arquitetura I e II.

Considerando as ementas e a integrac,;:ao horizontal e vertical cla grade curricular foram propostos objetivos, metodologia, etap as programaticas, abordagem didatica e sistema de avaliac,;:ao pr6pri­os para as disciplinas.

Os objetivos e a metodologia propostos estao clotados de inova­c,;:oes pioneiras referente ao desenho como ensino/aprendizagem no curso de arquitetura.

A implantac,;:ao experiment:'11 de EG.I e II no 1 Q semestre do ano em curso, avaliada em agosto por alunos e professores, vem ob­tendo resultados favoraveis ao desenvolvimento do curso e prin­cipalmente a possibiliclade cia relac,;:ao interdisciplinar entre as dis­ciplinas de EG.I e EG.II com as <1reas cla plastica e de projeto de arquitetura.

22 -

TRABALHO 05 CESUP

"Proposta de m.odificafiio do curriculo da FAU/CESUP 1995"

Angelo Marcos Arruda Alex Maimone da Silva

Gagliardo Vieira Maragno Maria Luiza Bestetti

Osvaldo Brandao de Souza

Este trabalho foi elaborado pelos Arquitetos Angelo Marcos Arruda, Alex Maimone cia Silva, Gagliardo Vieira Maragno, Maria Luiza Bestetti e Osvaldo Branclao de Souza, todos professores da Facul-lade de Arquitetura e Urbanismo do CESUP-Campo Gran~e, Esta­lo de Mato Grosso do Sui. Re t1e te uma mudanc,;:a no curnculo cla

FAU/CESUP, necessaria e urgente.

enfoque fundamental para as mudanc,;:as e 0 da integrac,;:ao hori­ntal e vertical clas disciplinas, alinhavada pelo Atehe r Integrado Projeto e Paisagismo.

E te Trabalho esta em fase final de discussao e devera, se aprova­d , ser implant:aclo ja em 1995.

N ste caso, as propostas e sugestoes porventura existentes ne~te 1\ncontro cla ABEA, sao de suma impo1tancia para a consecuc,;:ao tl nosso objetivos.

TRABALHO 06 ESUDA

"Prdtica e teoria em planejam.ento urbano"

Heleniza A vila Campos Rus kin Marinho de Freitas

i\ 1 r entamos aqui alguns questionamentos em torno de nossa 1 'X I riencia na area de Plane jamento Arquitetonico e _l!rb~no no c :urso de Arquitetura e Urbanismo da Faculclade de Clenoas Hu-11\:inas- Esuda, no quallecionamos ha tres anos. Visamos com isto, t'ontribuir a ret1exao sobre as problematicas gerais clos Cursos de Atquit tura e Urbanismo, a partir de uma proposta de trabalho tl<·.·vnvolvida por nossa equipe.

1 x · 111na forma geral, observamos que na maio ria clas Escol~1 s _que , 111 11 ·m o Curso de Arquitetura e Urbanismo estas duas cl!soplmas , ., 1:10 lispostas de forma muito desigual ao Iongo do curso sobr~­litdo 1uanto a carga h01·aria destinada a cacla uma delas . As cadet­' "•'· l ' I lanejamento, Desenho e Teoria Urbanas no nosso Curso,

23 -

Page 14: Caderno ABEA 15

por exemplo, nao ultrapassam 10% cia carga horaria total e este exemplo nao constitui uma excec;ao a regra. Por outro !ado, ob­servamos o crescente interesse por parte dos alunos pelos temas relacionados ao planejamento e desenho urbanos, uma vez que nos ultimos dois anos houve urn aumento consideravel do nume­ro de monografias voltadas para estas tematicas alem da participa­c;ao em eventos no cenario local, regional e nacional.

A existencia de uma dicotomia entre Teoria e Pratica concliciona o aluno a uma visao eminentemente racional e isolacionista do ob­jeto arquitetonico (a eclificac;ao) em contraposic;ao ao estudo e interven<;ao no meio urbano (a cidacle) perdendo-se de vista a integrac;ao entre "as disciplinas de arquitetura " e "as disciplinas de urbanismo". Constatamos entao uma duplicidade de esforc;os paralelos que nao convergem para urn objetivo comum.

Assim a postura passiva dos alunos diante do Curso, muitas vezes detectadas pelo corpo docente, tern sua origem na propria con­cepc;ao metodologica utilizada no mesmo . Uma aborclagem descontextualizada, projetos sem uma fundamentac;ao teorico­metodologica, o nao desenvolvimento de uma concepc;ao inte r­disciplinar do espac;o urbano, vao gerar, por conseguinte, uma post:ura individualista por parte do aluno, desmotivado tanto para urn maior engajamento no conjunto cia turma, como para a refle­xao crftica em torno de sua propria produc;ao.

Nossa experiencia nas disciplinas de Planejamento, tern como meta fundamental o constmir pontes entre a teoria e a pratica, valori­zando a relac;ao entre ediffcio e meio urbano; procuramos embasar as atividades com a discussao em torno de teorias e correntes de pensamento, alem da contextualizac;ao dos projetos, aproximan­do, tambem ao maximo as concepc;oes dos problemas tecnicos, politicos e socio-economicos enfi"entados no cotidiano.

Esta iniciativa surge, sobretudo, a partir do questionamento e cia observac;ao do alunos que chegam ao penultimo ano de gradua­<;ao com vis6es restritas do ecliffcio, espedficas de seus elementos ou ambientes, tendo uma enorme clificuldade de combina-las en­tre si. Quanto a considerac;ao clas relac;oes entre espac;os abertos e fechado~, internos e ext:ernos, cla visao do todo, o problema se agrava. E notoria tambem a dificulclade de se abordar os elemen-

24 -

tos de forma logica e conjunta, incluindo-se a! tambem a visao do entorno, numa aborclagem interdisciplinar e contextual .

TRABALHO 07ESUDA

"Monogra.fia: Uma experiencia em trabalho de graduat;;iio''

D em6stenes Andrade de Jllf omes Gisela Verri Santana

Ruskin Marinho de Freitas

Este trabalho pretencle levantar algumas qu estoes sobre ensino no campo cla Arquitetura e Urbanismo a partir da experiencia de desenvolvimento cia disciplina de Monografia ministracla no Cur­so de Arquite tura e Urbanismo cia Faculclade de Ciencias Hwna­nas- ESUDA.

A fun<;ao geral de uma instituic;ao de ensino superior e a de gerar saber, que tern, a partir de ·sua inserc;ao na socieclade, urn com­prornisso como avanc;o de fronte iras no conhecimento, buscanclo oluc;oes para os problemas atuais e preservando o patrimonio ultural. A qu estao inicial esta ria re lacionada entao a cons­ientizac;ao de que, como outras instituic;oes sociais, a clefinic;ao I suas fcmc;oes se cia a partir clas condic;oes economicas e cultu­

nis referentes a dete rminados momentos historicos. lsto nos re­rnete a enfocar aspectos espedficos que envolvem a re lac;ao entre a pratica edu cativa, num curso de Arquite tura, e o proprio con­I 'xt:o de sua procluc;ao, e de forma mais aproximada, a se discutir < !Li estoes que estejam sob conclic:;:oes mais cle talhadas no desen­volvimento da referida disciplina.

i\o desenvolvermos propostas de revisao, renovac;;:ao ou atua liza­·no para as disciplinas que lecion;mlos, partimos cia conside rac;;:ao

< 1:t realidacle cia nossa Instituic;;:ao de Ensino que, como k'lntas ou­ltas, apresenta uma estrull.tra curricular com clistorc;;:oes e praticas 1 l! dagogicas desarticulaclas. 0 esforc;;:o dos professores procuran­dD 1 assar suas expe riencias, muitas vezes se percle, na medicla em t jil t' representam esforc;;:os clesarticulados do context:o socio-eco­tH mico-cultural em que se inserem e tambem, desamarraclos clos

25 -

Page 15: Caderno ABEA 15

bj tivos clas outras disciplinas.

Mais especif~camente , no caso de nossa FacuJdade e importante constderar amda, que o seu afastamento, no sentido de troca de referenci_as com o~.Jt~as _ areas do conhecimento, numa desejavel perspecttva mterdtsctphnar e a propria fragmentar;:ao interna do curso, a partir da faJta de articulac;:ao e competir;:ao (considerando demandas er1_1 ~ela<;:ao ao tempo) entre as disciplinas, sao proble­mas que parhctpam do contexto a ser enfrentado.

Uma ?utra questao a ser observacla de forma interna, mas que acredita_~os se reproduz por outras Instituir;:oes de ensino, e a de Uill po~!~IOnament<; Uill tanto quanto externo, quanto as discipli­nas te<:mc:.:'ls ou pratt~s. Em algumas cadeiras temos uma carga excesstva de tnformar;:oes referentes a clados te6ricos conceituais e hist6ricos, conhecimentos estes qu e nao chegam a ~e materiali­Zar em produr;:oes praticas.

P:·etendemos cliJuir esta dicotomia atraves cia sintese e da aplica­~o de conhecunent? s te6ricos a partir de uma pratica reflexiva, stmulando ou mcentlvando questionamentos em relac;:ao as reali­dades enfocadas na aprendizagem. Este processo reflexivo deve ser embasado e enriquecido, num ritmo processual, por conheci­me~tC?s das_ teorias, corrente.s de pensamento e praticas me to­~ologtcas dtve rsas ofettadas na discipJina, que de forma sistema­tica e contextualizada, aproxima os alunos as concep r;:oes dos problemas tecnico-s6cio-politico-econ6micos enfrentados no co­tidiano e os ajuda na supera r;:ao das suas dificuldades espedficas na aprendizagem.

Diante de um contexto nacional, onde a pesquisa cientifica nao ~upa uma posi<;:ao privilegiada, temos em Monografia, a opOitu­mdade e o encargo de despertar no aJunado o interesse pelo tra­balho monografico.

26 -

TRABALHO 08 UFRJ

"Uma riforma na area daforma em curriculo de Arquitetura"

Ana Maria de Ran ieri] Rambau.ske

presente trabalho t:rata da Reforma Academica que esta sendo implantada no Departamento de Analise e Representac;:ao da For­ma da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFRJ, em rela­·, ~a sua estruturac;:ao por Areas de Conhecimento, e nas discipli­

t1a que as compoem.

No ambito do Curso de Arquitetura , este Departamento tern a res-1 nsabilidade do conteuc\o de func\amentac;:ao , transmitic\o por 8 ( ito) disciplinas basicas, que visam preparar adequadamente o 1 r fissional no processo de expressao e repres~ntac;:ao cia forma nrquitetonica, e sobretudo, no pensar a arqllltetura, e asstm, pr para-lo para conceber com maior proprieclade.

A liscussao cia Reforma Curricular da Faculclade de Arquitetura e t lrbanismo, cujo processo se iniciou face~ premente necessiclade c I· atualizac;:ao dos conteudos program-lt!cos, tendo em vtsta ter ni I a ultim'l Reforma efe tivacla na decada de 70, inclui cliversas II'Visoes e modernizar;:oes no Curso, face aos avanr;:os tecnol6gicos ,. i'ts exigencias do mercado de trabalho.

) L partamento de Analise e Representar;:ao da Fo:ma, por s~r , 1111 Departamento de instruc;:ao basica para a formac;:ao do arqut­tvto, assimilou de imediato essa necessidade de se repensar o c·nntcCtdo e o formato curricular e antecipou-se a implantar;:ao cia l(,· l(>rma que se efetivad. em 1995, clando inicio ?ts proposic;:oes a c·lt · p rtinentes, de forma gradativa. Tern siclo real~zacla s avali~c;:~es pc ·r j(J licas, visando realimentar com as obse rv~c;:oes, as prevt_soes ,. n · r sultados aventados quando da concepc;:ao clas alterac;:oes.

TRABALHO 09 PUCCAMP

"Sobre o partido arquitetonico"

j ose Roberto Merlin A1'i Vicenle Fernandes

1 '11.1 <·ontribu ic;:ao visa encetar urn processo de cliscussao, especi­tltllt ' llll' na FAU-PUCCAMP, ace rca do partido arquitetonico, en­

•[lt.tttlo I mento perempt6rio cla gerac;:ao formal no processo JIIIII'Cill<t l.

27 -

Page 16: Caderno ABEA 15

l·:nt ·n I qu o academico, colocaclo aqui como produtor e nao · . m onsumidor do espa<;o, deve conhecer com profundidade 0

p1 so de pensamento arquitetonico e suas idiossincrasias.

Vi m ~e e~1contro as necessiclades arroladas nos debates sabre a org~ntza<;ao departa~ental; ~om a imrodu<;ao de nova clisciplina, ProJeto de Computas;ao Graftca, a ser implantada a partir de 1996. Considera tenuamente a hist6ria recente cia profissao, a ·pattir c1a ~}1~ada_ escola m~cler~~'- nao pre tendendo contudo, seguir os ttgtdo~ cltta~nes cia Cient~ftctdade academica, mas relatar experien­Cias vtvenctadas no ensmo e no ofkio nos ultimos anos.

0 partid~ e et~1 sin~ese 0 _elemento que organiza a produ<;ao do desenbo tefleXlVO, e 0 baltzador das proposi<;oes formais e 0 ele­mento que organiza, articula e seleciona as ideias form~is conti­das nos esbo<;os e croquis, diferenciando-se dos meros rabiscos.

~endo influenciado com maior ou menor grau, pela postura poli­tlca do arqutteto enquanto cidaclao; pelo conhecimento profunda engenc_lrado sabre o tema e suas rela<;oes progranriticas e s6cio­cul~Jra~s e pe_~as _ questoes espedficas do oficio, que evoca a com­P_ete~Cia pro!ts~ tonal, ~a medicla que as questoes compositivas, tecmcas e plasttcas, arttculadas entre si e com 0 sitio tJ·ansfonnado em Iugar, requerem a<;oes mediaclas pelo pensamento arquitetonico e cultural.

Po~ ~erradeiro sabe-se a ex<~u.stao, que o partido contem ainda que pa~ctalmente, ~ at~ ;<:luntano do autor, instigado pela intui<;ao, tremacb pelo tepet tono e educada pelo processo cultural.

TRABALHO J Q PUCCAMP

"0 significado do projeto na. rel.afiio Ensin.o Aprendizagem"

Ari Vicente Fernandes Jose Roberto Merlin

A retomada_ d~s. concep<;~s do processo educacional em geral enquanto dtalettca do ensmo/ aprenclizagem pern1ite analisar

0

28 -

, ·ignificado do projeto na forma<;ao do arquiteto e urbanista. A I' ·la<;ao professor-aluno sofreu importantes altera<;oes ao Iongo cia I li sL6ria dos cursos. A cliferencia<;ao entre profissionais que tam­h '111 sao professores e professores que reduzem ou deixam deter pr(tlicas profissionais, precisa ser melhor entendida.

'l'odo o debate sabre os currkulos e as praticas pedag6gicas dos <'llf' os de arquitetura e urbanismo circula ao redor do projeto. No 1 ·nt·mto, e dificil definir projeto em arquitetura e distinguir entre nttas praticas correntes na profissao e no ensino. Essa e uma das c Ill · toes nao resolviclas desde o inicio do movimento moderno e do urgimento clas primeiras escolas a ele relacionadas.

I lin breve hist6rico dos "moclelos" adot:1.dos no Brasil e de suas 1 1 In ipais vertentes estrangeiras neste seculo, revela o papel cen-11 a I r presentado pelo projeto e, ao mesmo tempo, um certo des­' ·c >nh cimento de suas caracteristicas didaticas. Examinam-se al­~\llllS desses "modelos" que adotaram o "atelie de proje to" como lc H'liS do processo educacional e seus resultados concretos.

:11u a l conjuntura e caracterizacla par uma crise no ensino/ apren­' l 1ag m do proje to, cujos contornos procura-se identificar. 0 pro­jt• lc >, na sua concep~o modernista, nao chegou aos curriculos das I t\ I Js tao rapidamente quanta a sua pratica generalizou-se entre ' ,., prof'issionais desde os anos 30. Essa defasagem explica, em patt e, 1 tllSI'Jbiliclade, os "altos e baixos" que o projeto - enquanto pra-

111 . 1 1 'dag6gica- tem sofrido nas Ctltimas decaclas.

1 ~ ',11111as "hip6teses explorat6rias" buscam explica r esse in1passe • c 1111 nfase nas questoes eta linguagem informatizacla, cia atitude 1• "' 111 clerna, cia elei~o do "partido arquitetonico" e etas novas c ll nl<' ll soes e qualiclades do mercado de tJ·abalho atual. Sao ques­lt II"• c Ill se colo cam aos eclucadores e educandos, com a inten-

t c 1 1 k · r sgatar prindpios peclag6gicos mais transformadores e uma 111 ,, ' I \ ':r inovadora do projeto que estimule as rela<;6es professor

1111110 nas FAUs.

29 -

Page 17: Caderno ABEA 15

TRABALHO 11 UFRJ *

"Principios para a riforma curricular da FAU-UFRf'

Adolfo Pollilo Ana Maria Rambauske

TRABALHO 12 U FBA

"Proposta de reformularao do Teste de Habilitarao Especifica"

Co!egiado do Cu rso de Arquitetura

A proposta de Reformu!ayao do Teste de Habiliclade Especif ., Arqllltetura tomou ~otp? a partir c!as discussoes realizada~~;~:-~ os_resultados cia apltcayao dos testes anteriores induinclo a aval" a~~o ~o desempenho dos alunos no curso, em func;:.o1.o de sua< d~~~ s_tftc~yao no t_e~ te . Os pon~os abordados nessas discussoes e ava­ltayoes coloecuam como fundamental a questao cla "]1ab·J· J l " pred'via _a ser,e~gida do candidato, ind:pende~te d~ un~ atptt~:~~c~­za o ststemattco.

~n~-~ ~iesse enfoqL~ e, a proposta, consideranclo que o objetivo e t1a a_ 1_o do arqutt:e~o e a criayao e organizayao do es a .

0 e

qu e ~ attVtclade de prOjetar e tambem ll111 processo de res~JL;yaO alde pt o bi Iemas,_ colocou como condiy6es funclamentais ao futuro

uno c e arqu tte tura:

• a capacidac!e de raciod nio para resolu yao de problemas;

• a int~lig~ncia espa~i ~1l , incluincl~ a capacidade de percepyao, obsetvayao e memona de sttu ayoes espaciais;

• o conhecimenlo clos princfpios do desenho geometrico.

30 -

TRABALHO 13 UFF

"Epistolas"

Isabel Cristina Eiras de Oliveira Mar/ice Nazareth Soares de Azevedo

artas "enviadas" a amigos, ex-alunos e ex-colegas, cia Escola de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Fede ral Fluminense ser­vem de veiculos para comentarios de experiencias vivenciadas com a introduyao do Trabalho Final de Graduayao e das relay6es que se estabelece ram entre professores e alunos durante o Curso . Re-orre-se ao Iongo do texto a au tores cia area da Edu cayao buscan­lo embasar as observayoes registraclas no cotidiano. Adotou-se o

artificio das epfstolas como intuito de tornar !eve essa discussao lao densa e necessaria, posto que representa um momento especial le passagem entre o mundo cia Escola e o mundo do Trabalho.

TRABALHO 14 UFSC

"Uma nova p roposta de curriculo"

SeTgio Castello Branco Nappi

A proposta a ser apresentacla e fruto do trabalho de uma comi ·sao I professores designacla para t;1l fi m e estuclacla durante os anos I 93 e 94. A maioria dos professores fo i do Departamento de

Arquitetura e Urbanismo, sempre contando com a pa rticipayao de tun representante de cacla area (pro je to, teoria, tecno logia e tuba­ni mo), tendo tambem, um professor do Departamento de Expres­: ao Grafica e um aluno . A coordenayao e organizayao dos traba­lhos cou be a Coorde nadora do Curso.

0 curriculo proposto esta diviclido em 4 uniclades interdependentes, q tais sejam: Introcluyao e Instrumentayao, Aperh: iyo:oU11ento, In­v 'Stigayao e Comple mentc'lyao de Conte Ctclo e fi nal mente, Traba­lh de Conclusao de Curso - TCC. As tres primeiras unicla des com­pr enclem 3 semestres cada uma, cabendo ao TCC apenas um :-; ·mestre .

31 -

Page 18: Caderno ABEA 15

Apl'<'. ' ·ntt~ inovac;oes quanta a forma e ao conteudo de algumas dl.o.; 'il lina , tornando mais dinamico o processo de ensino/apren­di z:Jg m.

' uma proposta fechada, pois ainda se encontra em nivel de li ussao e implemenl'l<,;:ao, mesmo porque estc-1 havendo um pro­s~o estatuinte na propria Universiclade, cujo produto final po­

l ra provocar profundas alterac;oes na sistematica de fi.mcionamen­Lo clos cursos. Deve, tambem, atender ao novo curricula minima, aprovado recentemente.

TRABALHO 14 UFRGS

':4 investig~iio do desenbo emforma de esbofo como marco referencial e conceitual no proces so de projeto

arquitet6nico,

Tania Calori PeTeira

Este estudo tem por objetivo a analise do Esboc;o a Mao Livre como metoda de trabalho (em termos de expressao grafica arquitetoni­ca) em algumas obras de dais arquitetos: Erich Mendelsohn e Le ~r~usier representantes, respectivamente cia arquitetura expres­sronrsta e moderna. Me atenho a estes dais arquitetos visanclo objetivar o tema, deixando claro que o assunto estende-se a ex­pressao grafica arquitet6nica em geral. Nao me proponho a anali­sar os desenhos tecnicos de seus trabalhos, mas sim o primeiro momenta cleste processo que e o desenho em forma de esboc;o, captando o momenta imaginado eo retratanclo em uma realidacle bidimensional.

Ju stifico este tema cleviclo a importancia do desenbo como instru­mento de criac;ao no processo de projeto e portanto de ferramen­ta essencial na comunicac;ao do arquiteto consigo mesmo, entre profissionais e com o munclo exte rior.

32 -

TRABALHO 15 UFRJ

':4 introd:ufiio da informmica no curricul.o dos cursos de Arquitetura e Urbanismo"

Maria Amalia Amarante de Almeida Magalhaes

0 trabalho consiste de uma reflexao sabre a necessiclacle ?a in[or­rnatizac;ao clos cursos de Arquitetura e Urbani.smo. A _t-Jmverstcla­de , como centro de procluc;ao do saber, devena estar a frente clas inova<;:oes no campo profissional. No ca~o_ ~Ia Arq.uttetura .e do Urbanismo, no entanto, enquanto os escntono~ se mformattzam, e ram uma clemancla de profissionais que nao recebem uma

capacita<;:ao nos cursos de Gradua<;:ao. Essa clist<?~<;:ao_ faz com que os alunos sejam obrigaclos a procurar essa habihta<;:ao em cursos xternos, nem sempre acessiveis a toclos. ·

A informatiza<;:ao obrigat6ria, atraves cia inclusao de mat~ri~ no urrlculo Minima, sera uma resposta a essa demancla repnmtcla e

possibilitara que se reformule gracl~tivamente t<?clo o processo diclatico cla forma<;:ao do futuro arqmteto e urbamsta.

No Seminario Nacional de Avalia<;:ao do Ensino de Arquitetura e Urbanismo, realizado em Brasilia no final de setembro, um dos grupos de trabalho se debmc;ou sabre este tema e_ ~hegou a algu­mas conclusoes que nortearam a discussao ~m Plen~r~a, o que levou a inclusao da materia na proposta de Curnculo .Mtntm_? aprovada. Algumas experiencias relatadas e algu~nas_ constd~ra~oes sabre as questoes levantaclas completam as ref-lexoes aqut fertas.

TRABALHO 16 UFF *

.F:. '-· , "Relafiio projessor x aruno

]01·ge Baptista de Azevedo Maria Cristina Fernandes de Mello

33 -

Page 19: Caderno ABEA 15

TRABALHO 1 7 MOURA LACERDA

'Trabalho de gradutu;;iio interdisciplinar / manual interno"

Ruth C. Jvfontanheiro Pau./ino

A ~labora<_;:ao ~e L_Im Manual Int~rno do Trabalho de Gradua<_;:ao . do_ ~u:s~ de A!qu1te tura e Urban1smo das Unidades Escolares cia Ins~1t~~<;:ao Moura La~ercla, pretendeu normatizar o processo de tra a o do alun~, onentando de forma que os resultados do tra­ba lho flquem reg1strados de n;aneira compreensfvel, possfvel de serem consultados como referenda para futuros trabalhos.

A metodologia c~entffica e urn recurso importante como apoio aos trabalhos de carater essencialmente pratico ou te6ricos, portanto f ~anual Interno fomece normas de orienta<_;:ao, execu<_;:ao e ava~ Ia<;:ao dos Trabalhos de Gradua<_;:ao.

TRABALHO J8 PUCCAMP *

'Trabalho de graduafilo interdisciplinar"

Denio Munia Benfalli ( coordenador)

TRABALHO 19 UNIMEP

"0 projeto pedag6gico do curso de Arquitetura e Urbanismo"

Helio dias da Silva

E_:n sete~1bro de 1993 ~ U!'ffiSCO realizo u em Paris urna exposi­<;:ao abOiclando as tendenctas do ensino cia arquitetura na Fran<_;:a dentro do programa A educa <_;:ao do homem atz·aves de sua arqui~ ~~rn. • •

Neste evento, _de repercussao inte rnacional, clestacou-se 0 traba­lho desenvolvido na Ecole d 'architecture de Grenoble como refe-

34 -

H n ·ia vanguardista de um ensino de arquitetura inovador.

I l lema cia exposi<_;:ao. Arquitetura e Culturas Construtivas apon­lt 111 1 ara a identifica<_;:ao de uma tendencia atual de mudan<_;:a de 1111110 no ensino cia arquitetura, direcionando-o para uma maior 1 1 11:1s nas atividacles praticas, incluindo a sugestao de implanta-.to l grandes ateliers de experimenta<_;:ao nas escolas , onde alu­

lln.' professores seriam incentivados a ensaiar os conceitos estu­' I.Ido em classe e criar novas solu<_;:oes constn1tivas, garantinclo .111d m maior coerencia entre o objeto projetaclo e o obje to , c 1nstrufdo.

/\It ·rn disso, constatou-se uma tendencia de privilegiar as ativida­c It '. I projeto como mkleo central do processo de ensino, aliado .1 11ma s6lida base hist6rico-cultural , a uma preocupa<;:ao com a c I'll" i lade de vida urbana, alem clas questoes ambientais e do cres­' t' lll · aumento do uso de ferramentas de informatica como auxi­lln d · projeto.

I l 1 lr j to do curso de arquitetura da UNIMEP se insere na linha 'It· vnnguarda, acompanhando esta tendencia atual e sugerindo lllltdan<_;:as no ensino da arquitetura e do urbanismo numa proposta IIIOV:t lora.

wande novidade em termos de estruturas:ao curricular, vern cia I'' 1 11 o ta de cria<_;:ao dos certificados como espa<;:o pedag6gico pr vi ! 'giado para a discussao e defini<;:ao dos conte(Idos pro-

r.un{rlicos e cias estrategias de ensino e avalia<;:ao clas areas abor­c l.u l:ts no curso.

1 I c't ·rtificado visa superar a fragmenta<_;:ao do ensino em discipli-11.1.' is Iadas, para torna-se um espa<;:o ideal de acompanhamento, c lc lnova<_;:ao curricular e de articula<;:ao interdisciplinar.

. ... ;fllf lfn,.nm stlm.u/a .

35 -

Page 20: Caderno ABEA 15

RELATORIO DO XII ENCONTRO NACIONAL SOBRE ENSINO DE ARQUITETURA E URBANISMO

INTRODU¢0

Encaminharam trabalhos ao XII ENSEA, onze Institui<;6es: UFRJ, UFF, UnB, UNIMEP, CESUP, ESUDA, PUCCAMP, UFBA, UFSC, UFRGS e MOURA LACERDA. Os vinte trabalhos foram direcionados: apenas urn ao Tema 1, sabre o Teste de Habilidade Especlfica, quatorze ao Terna 2, tres trataram de trabalho de gradua<;ao (Terna 3) e clois clirigiram-se especificamente ao Tema 4, cla Rela<;ao Pro­fessor/Aluno. 0 maior numero e a nat1..1reza clos trabalhos volta­etas para o Tema 2, levou a clefini<;ao de tres sub-itens: 2.1 Pro­pastas de Moclifica<;oes dos Curriculos; 2.2 lnser<;oes no Curricula vigente e 2.3 Reflexoes e Experiencias. 0 conjunto clessas vinte contribui<;6es permitiu a Comissao sistematizar questoes para o trabalho c\os grupos nas sub-se<;oes previstas.

Tres grupos de trabalho - Azul, Laranja/Vermelho e Verde- abor­claram os diferentes te rnas na seqi.i encia etas se<;oes, registrando o resultado dos debates sabre os pontos do temario em Relat6rios parciais, transcritos adiante.

Os pontos mais significativos e as decisoes contidas nestes rela­tos, sistematizaclos pela Comissao, levados a debate na Plenaria e af aprovaclos, constituem as Resolu<;oes da Plenaria Final, com forum de Conclusoes e Recomenda<;6es do XII Encontro Nacional sabre Ensino de Arquitetura e Urba.nismo.

A estrutura clos Grupos, seus coordenadores e relatores, esta pos­IL'l a seguir:

36 -

GRuPo DE T RABALHO AzuL

fEMA 1 :oordenador: Academico Leo do Amaral Grechi (FEBASP) H lator: Prof. Nelson Milani da Silva (FEBASP)

iEMA 2 - ITEM 2.1 Coordenador: Prof" Ana Claudia Cardoso Monteiro (UNAMA)

11 ' lator: Prof. Nelson Milani da Silva (FEBASP)

fEMA 2 ITE NS 2.2, 2.3

fEMA3 (: ordenado r: A cad. Sergio Augusto Almeida Cabral (UNAMA) H lator: Prof' Ana Claudia Cardoso Monteiro (UNAMA)

TEMA4 Coorde nador: Acad. Simone Sarmento (UNAMA)

H 'lator: Prof. Jose j(Jlio Lima (UFPA)

GRUPO DE T RABALHO LARANJA/VERMELHO

fEMA 1 fEMA2 ( :nordena<;:ao: Prof. Eduardo Mota (UFRJ) lklatores: Acad. Simone Miranda (UNAMA)

A ·ad. Aldo Paz (UFPA)

1EMA3 1 .oordena<;:ao: Prof Eduardo Mota (UFRJ)

1'10f. Sergio Nappi (UFSC) llc'latores: Acad. Flavio Teixeira CUFPA)

cad. Fabiano Ribe iro CUSP)

1 MA4 1 .oordena<;:ao: Prof. Eduardo Mota (UFHJ) 111-l :ltores: Acad . Hemy Pe reira Arada (UFPA)

tq . Ricardo Harada Ono

37 -

Page 21: Caderno ABEA 15

G RU PO DE T RABALHO V ERDE

TE/v\A 1

TE/v\A 2 - IT EM 2. l Coordena-;:ao: Prof" Maria Amalia A. de Alme ida Magalhiies (UFRJ) Relator: Acad . Ve nuzia Feitosa (UFPA)

TE/v\A 2- ITENS 2.2, 2.3 TE/v\A 3 TE/v\A 4 Coordenador: Prof' Marlice Nazareth S. de Azevedo CUFF) Relawr: Acad . Diana Mara Marinho (U AMA)

38 -

Q UESTOES RESULTANTES DA SISTEMATIZA<:;Ao DOS TRABALHOS ROTEIRO PARA OS GRUPOS DE TRABALHO

TE/v\A l

VESTIBULAR

Apenas um trabalho tratou cia questao do vestibu lar, esp ecifica­mente do teste de Habilidade Espedfica (12 UFBA) apresentando uma Proposta de Reformular;:ao a partir de uma avaliar;:ao do teste atual.

0 trabalho traz os pontos seguintes, para discussao:

• o desempenho dos alunos no curso, avaliado nos dife rentes "Grupos de Notas" obticlas no teste, mostra que a forma atual -apenas desenho de obsetvar;:ao - nao con titui ele me nto ade­quado de escolha dos mais aptos a um melhor desempenho, em nenhuma clas areas de fonnar;:ao .

• quanta a preocupar;:ao com a "habiliclacle" que o candiclato ao curso deve apresentar como requisito, o traba lho aponta a ca­pacidacle de raciodnio para resolur;:ao de problemas e a inteli­gencia espacial, incluindo a percepr;:ao , a observar;:ao e a me­moria de situar;:o s espaciais, esta proposto o retorno do dese­nho geometrico, com conseql'iencias possiveis no 2Q grau (mai­or seriedade na considerar;:ao clesses conte(Jclos) e no curso, com melhoria clas respostas aos problemas de visualizar;:ao e com-

39 -

Page 22: Caderno ABEA 15

preensao espacial tridimensional.

Outras questoes devem ser ainda consideradas para cliscussao , inclusive algumas anteriormente colocaclas pela ABEA (Caderno 11, p. 52):

• a valiclade do teste de habilidade espedfica para a melhoria qualitativa dos alunos que ingressam;

• a rela~ao do tipo de teste com o perfil do profissional que se objetiva form:'lr;

• a exigencia de conhecimentos nao supridos pelos programas de 2Q grau e a qu estao da elitiza~ao clos cursos;

• a dificulclade cia avalia~ao objetiva clos testes ou cia defini<;:ao de crite rios que permitam essa avalia~ao;

• a dificulclade de formul a<;:ao das qu estoes para o tipo de "habi­liclade" definicla.

TE/v\A 2

EXPERIENCIAS CURRICULARES

TE/v\A 2.1- PROPOSTAS DE MODIFICA<;;:OES DOS CURRfCULOS

(5 - CESUP) - Nova estrutura~ao curricular, a quarta em 15 anos cia escola. Mostra preocupa~~lO em referenciar-se nas experiencias de outros cursos, sem prender-se a "modelos" e com enfase na reali­clade economica e social da cidade e do estado. Leva a discuss8o clas questoes:

• Como adotar urn perfil do profissional a formar sem cair nos "modismos" ou nos aspectos conjunturais imediatos do merca­do.

• Quais os limites das modifica~oes curriculares para a renova~ao do curso e melhoria cla sua qualidade diante dos demais pro­blemas pedag6gicos encontrados.

a) desenvolvimento dos ingressantes b) inadequa~ao do espa~o flsico e mobiliario

40 -

1 l dl'l'lci n ias de estrutura de apoio (laborat6rios) d ) :Il l: ~ n ·ia cia pratica de atelier 1• ) 1': 11\ r ia de ativiclacles extra-curriculares I ) jlll li C stfmulo as ativicla des cria tivas 1',) IX>uco ou nenhum incentivo as atividades de pesquisa e

<· xt nsao

ttl I 11"1\)) l' (11 UFRJ) - Reforma curricular, encontra-se em discus­•· ~< 1 110 ·urso, visando implantar o trabalho final e introduzir disci-

1'1111 :111 d tivas (comple mer:tares) que atu ali~zem o curso. e t ' l l t tllt r mas disciplinas por Areas Tematicas de Enfase - Urbams-1111 1, 111:-;L ria e Teoria, Tecnologia e Estrutura e Projeto de Arquite-1111 , 1, I ·nt:ro do espfrito dessa re fo rma curricular o DARF (Depar­I.IIIII ' IHO de Analise e Representa<;:ao da Forma) cle talha as altera-

I H'Il no que !he competem, agrupanclo suas disciplinas em 3 se­ll II 1 ·n: I ) Expressao GrMica, 2) Estuclo cia Forma Arqui tetonica e 3) < :t •t 1111 •tria Descritiva I Perspectiva.

l ) ll l SL. S:

• n amplitude das areas de conhecimento torna praticament:e im-1 >OS fvel contemp!{t-las nos limites de tempo da graclua~ao . Q ual dvv ser o criterio : sele tivo ? enfases regionais ? o u extensivo ? (visao superficial do todo).

• 11 :1 reformula~ao curricular e clesej{tvei que OS clepartamentOS ( O U

, · ·qi.iencias) clos c ursos assumam uma clivisao fu ncional clas ati­viclacles ? - exempl6 : concentrar toclas as disciplinas de expres­s[to grafica em urn s6 Departamento. ou melhor manter cl ivisoes 1 r campo ou seto r do conh _cimento I

( 1 !J. UFSC) - A nova proposta de currfculo em discussao mt UFSC alt ra o atual - vigente desd 1.982 - basicarnente pela. int:rodu(;ao do Trabalho de Conclu s~to de Curso Cf'. C. C. ), substi tui ~~to cia se­qCt Ancia base de "Plane jamento Arqu itetoni~o" por cl~isc.ipl!nas de "Composi~ao" e de "Ate lie", aurn nt:o cia oletta de dtsctp lmas m­tvgradas e optativas e cria~ao de 4 uniclacles ou etapas cont:inu as d curso, a sabe r: a) lntrodu~ao e instrumenta~~lO - 12 ao 32 se­rn stre b) Aperfe i~oamento - 42 ao 62 , c) Investiga<;:ao e com­plementa<;:ao de conteuclos - 7Q ao 9Q e d) Trabalho de Conclusao

l()Q semestre .

41 -

Page 23: Caderno ABEA 15

Quest6es:

• o estabelecimento de etapas consecutivas pocle vir a compro­meter a integras;:ao horizontal do curso ? que reflexos te ra sob re os pre-requisitos e integras;:ao vett ical ?

• a reclu <;;:ao cla participas;:ao porcentual relativa clas clisciplinas de "Teoria e Hist6ria" (no caso, de 17,9 para 9,4% do to ta l) e uma tenclencia generalizacla nas reestruturas;:oes curriculares e cleve ser objeto de cliscussoes pelos seus possfveis efe itos . .

(2 UNIMEP) - Proposta curricular em implantas;:ao no novo curso, pretencle inovar atraves cla rela<;;:ao "Arquitetura e Culturas Cons­trutivas" e cla criac;,:ao de 16 cettificaclos que alem de agregar clis­ciplinas afins atencleriam ao acompanhamento e a valiac;,:ao clos processos acaclemico-peclag6gicos . 0 curso estrutura-se em 3 m6clulos seqi.ienciais (Formac;ao de Repert6rio, Produ c;,:ao do Co­nhecimento e Artes e Crftica) e 4 blocos de conhecimento (Cultu­ra Arquitetural e Urbana, Construtiva, Arquitet:ura e Urbanismo e Arquite tura e Construc;,:ao).

• as atticulas;:oes horizontal e ve rtical clar-se-iam atraves clos eli­versos certificaclos estrut1.1rados a partir de blocos de conheci­mento. Esta estruturac;ao seria suficiente para alcanc;,:a r a articula­c;ao alme jacla, sem que se caracterize um novo nivel (ale m clas disciplinas) de clissociac;ao ?

• a existencia simultanea de clisciplinas, certificaclos, m6clulos seql.ienciais e blocos/areas de conhecimento poclera garantir as intenc;,:oes e objetivos de articulac;,:ao, de re flexao constru tiva, de ret1exao sobre o pais e a regiao, de incentivo a pesquisa no alunado e de clirecio nam nto a utilizac;ao d recursos de informatica ?

• como conciliar as intenc;,:oes do curricula proposto a polftica academica de uma instituic;,:ao e sua vinculac;,:ao ao Centro de Tecnologia?

TE!v\A 2.2 - INSER<.;:OES NO CURRfCULO VIGENTE

Cinco trabalhos f'oram relacionaclos nesse item. Da is especifica­mente sobre a questao cla informa.tica: (3 UnB) - Computac;,:ao Grafica Aplicacla a Arquitetura e Urbanismo: A Expe riencia de urn

42 - ·

fvh •to lologia de Ensino e o (16 UFRJ) - A Introcluc;ao cla Informatica llll .urriculo clos Curso de Arquitetura e Urbanismo.

I lc li S trabalhos relatam experiencias: o ( 4 UFRJ) - Proposta de lk f'ormulac;,:ao para as clisciplinas de Expressao Grafica I e II , ex-1 x• rimentalmente implantacla e o (2 UFF) - Ensino de Paisagismo: l'c ·: Iuisa, Experiencia Diclatie:'1 e lnserc;,:ao Curricular

c ) quinto trabalho, (1 UFRJ)- Os Devaneios Construtivos do Olhar, c• uma comunica<;,::ao de inserc;,:ao de disciplinas ligaclas a area cia llll:t m e cla apropriac;,:ao do espac;,:o.

1 ~ UnB) - Relata experiencias realizaclas pelo LIAU (Laborat6rio c lc · Informatica em Arquitetura e Urbanismo) com enfase nas ques­tovs de programa, metoclol6gicas e de possibilidades. As ativicla­clc ·,· le ensino re lacionaclas a informatica sa.o clesenvolviclas em chIllS vertentes: em clisciplinas qu e a utilizam como apoio e instTu­IIU 'nto auxiliar e em clisciplinas espedficas de computac;ao grafica

11 lli ada a arquitetura e urbanismo. Os conteC1dos programaticos c". t:l voltados para a instrumentalizac;ao, a compreensao dos sis­tc •mts CAD e a sua aplicac;ao.

m mputac;,:ao grafica e vista como instrumental para 0 clesenvo l­ilm:nto e a representac;ao de projetos.

1 I() UFRJ) - Faz consiclerac;oes sobre "a necessiclade de informati­, , ~·ao clos cursos de Arquit tura e Urbanismo" e sobre a inserc;ao 1.1 informatica no currfc ulo mfnimo como clisciplina obrigat6ria.

1 11. urn relato do recente Semina rio cia CEAU, em Brasilia, onde lo i:IJ11 levanta clas algumas questoes quanto a informatizac;ao nos

III"SOS:

< JUal a posic;,:ao na grade curricular.

como deve ser a diclatica no curso de informa tica .

quais as disciplinas em qu e cleve ser introcluzicla '' inf'ormatica.

como integrar as cliversas clisciplinas com as espedficas d in­l'ormatizas;:ao.

1 I IFRJ) - Faz uma proposta, experimentalmente implantada, em II ciplinas de Expressao Grafica enquanto forma de expressao e

11 ununicac;ao do arquite to. Metoclol6gicamente a clisciplina pro­IH t·t apoia-se no "aprenclizado cia expressao grMka pela percep-

43 -

Page 24: Caderno ABEA 15

<:;:ao visual, analise e compreensao da concep<:;:ao arquitet6nica".

l!s~ ~ "maquete articulada" como elemento de amplia<:;:ao clas pos­s1b1hclades de percepc;ao e compreensao do espac;o, em exerdci­os ~le leitlll:a espacial e analftica de obras de mestres cia arquitetu­ra mternaoonaL

Enfatiza tambem o croquis como elemento de registro e comuni­cac;ao e a diferenciac;ao da linguagem grafica em acordo aos dife­rentes niveis do projeto.

(2 UFF) - Rel~tc'1 experiencia realizada na disciplina de paisagismo e suas modihcac;oes ao Iongo do tempo, clesde sua inser<:;:ao no curricula em 1988.

0 enfoque metoclol6gico atual (disciplina Projeto Paisagfstico) trata o assunto da "paisagem com enfase na paisagem urbana", atraves da compreensao dos seus elementos estruturadores.

A "estrategia diclatica" aclotacla objetiva motivar a sepsibilidade para o?servac;ao e leitura da paisagem com vista a posteriores proposi­<:;:oes .

0 curso conta ainda com disciplina optativa: a recente - Paisagem e Lugar - que oferece urn referencial te6rico conceitual sobre a tematica.

0 relato traz exemplos dos trabalhos realizaclos e uma avaliac;ao clos resultados.

0 trabalho remete tambem ao item 2.3, Reflexoes e Experiencias.

(1 UFI\J) - Fala cia clisciplina "Fenomenologia do Espac;o Urbano", introduzido no Mestrado em Urbanismo. Conceitualmente a clisci­plina parte clos fen6menos cia imaginac;ao na apropriac;ao e cons­truc;ao do espac;o , com base em Bachelard e I-Ieidegge r.

Comunica tambem a aprova c;ao de proposta cla disciplina "Foto­criac;ao para a Arquitetura", para a graclu ac;ao, que visa trazer a contribuic;ao cia "criac;ao fotografica" e cia "inte ligencia olho-foto­criadora" no processo projetual.

TEMA 2.3- REFLEXOES E EXPERIENCIAS

0 sub-tema 2.3 abordou as reflexoes e experiencias curriculares passaclas e em curso. Tres trabalhos apresentaclos tratam cleste

44 -

1 111 tnlo : (6> ESUDA) - Pratica e Teo ria em Planejamento Urbano -lltlt:t xperiencia academica; (9 PUCCAMP) - Sobre o Partido

rqtlit t6nico; (15 UFRGS)- A Investigac;ao do Desenho em For­"'" d > Esboc;o como Marco Referencial no Processo de Projeto

rquit t6nico.

ICt I•SUDA) - coloca a passividade dos alunos como urna questao 1111 loclol6gica, fruto da ausencia de relac;oes entre objeto ar­qtill •t6nico (ediffcio) eo meio urbano (cidade) e da desconexao h•oria-pratica. ·

I k• •omp6e e analisa a atividade proje tual articulando teoria e pra­lit':t , chegando passo a passo, na construc;ao do partido.

I') PUCCAMP)- considera o partido como organizador da produ-,to arquitet6nica medida pelo desenho.

H,l(' larece que o pa1tido e influenciado pela postura polftica do 11 quite to enquanto cidadao, pelo conhecimento prof·unclo do tema '· , ·uas relac;oes programaticas e s6cio-culturais e pel as questoes t•rl pedficas do offcio. Este evoca a competencia profissional, de ll:tlureza compositiva, tecnica e plastica, articulaclas entre si e com 11 sltio.

( I 'i UFRGS) - estucla Le Corbusier e Mendelsohn, mostrando que ', infcio da concepc;ao arquitet6nica, em ambos, provem de esbo-., >s a mao livre .

Prop6e-se a aclotar o clesenho senslvel ou esboc;o, como metodo d1· iniciar o projeto, aprimorar e estimular a capaciclade criaclora lo aluno e sua visualizac;ao espacial . .

r tvA 3

RABALHO Fl NAL DE GRADUA<;AO

1\ste tema tratou clas experiencias adotadas nos cursos e dos pro­t't•ssos de avaliac;ao . Quatro trabalhos abordaram este tema:

17 ESUDA) - Monografia - uma experiencia em Trabalho de Gra­lu ac;ao; (13 UFF) - Epfstolas; (18 Moura Lace rcla) - Trabalhos de

< iraduac;ao Interclisciplinar - Manual Interno e (19 PUCCAMP) -

45 -

Page 25: Caderno ABEA 15

Trabalho de Graclua<;:<~o Interclisciplinar.

Picou claro que toclos os trabalhos finais de graclu a~~lO (ou TGI) buscam a interclisciplinariclacle, tentam avaliar o aprenclizaclo ocor· riclo na seqliencia seriacla, e procuram garantir a transi~ao do alu· no da escola para o mercado de t.rabalho. Constatou-se como ponto positivo, a flexibilidade do TGI conforme cacla escola, seu momenta hist6rico, situa~ao geografica, amadurecimento clidatico, etc. ..

Duas questoes foram problernatizadas em rela~ao ao TGI : 1 - Carater Te6rico ou Pratico Enquanto no (13 UFF) e um trabalho "livre, individual e solitario", no (7 ESUDA), a Monografia CTGI ?) coloc'l como objetivo princi· pal a inicia<;ao cientffica, "exigindo-se metodologia, siste rnatiza· <;ao, analise e produ~ao de um documento TEORICO sobre um deterrninado tema ... "

No (19 PUCCAMP) procura-se mesclar teoria e pratica obrigat6ria de projeto, pois o "TGI na sua forma final e composto de um8 parte reflexiva (memorial crftico) e de um exerdcio de organiza· ~ao de espa~o (projeto) ".

2 - Tema Livre ou Tema Dado

Nos trabalhos (7 ESUDA), 03 UFF) e (18 Moura Lacercla) o tema e de livre escolha, rnas nos tres citam-se as clificulclacles em rela· ~ao a tal procedimento. Tanto que no (7 ESUDA) (monografia ) ensina-se toclo um arcabou~o te6rico para o desenvolvimento de proje to de pesquisa; no (18 Moura Lacercla) da-se um manual do TGI e no (13 UFF) cita-se qu e "a liberclade de escolha provoa1 panico e paraliza".

Contrario e o posicionamento do 09 PUCCAMP), - oncle o TGI ' tematico, com 5 areas, 5 temas, 5 programas e 5 grupos de profes· sores e alunos, nao havendo orienta\=aO individual, mas acompa· nhamento pt1blico de cacla aluno por um grupo de professores.

TE/v\A 4

RELAC;j~O PROFESSOR/ALUNO NAS ESCOLAS

(10 PUCCAMP) Pro jeto clesigna ao mesmo tempo a pratica profis·

46 -

illnal o metodo de ensino. E umapeculiaridade da arquitetura • jll t' p rmite examinar mais a funclo a rela~ao ensino-aprendiza­H' ' Iil nos cursos. 0 ensino do projeto perrnite tanto a equaliza~ao 1 l1 • professores e alunos em busca do conhecimento/produ~ao 11 unum, quanta as praticas autoritarias da rela~ao mestre (que tuclo ,, d> •) / aprendiz (ignorante).

a rise do "projeto moclerno" que s6 chegou aos cursos nos ul­timos 5 anos, deve levar a uma revisao clas praticas do ensino. S ra urna volta ao metoclo compositivo' ou as escolas encontra­mo novas formas de ensino do projeto?

o ensino-aprenclizagem de projeto deve ser uma ativiclade ex­dusiva de determinaclas disciplinas do curso (o u clepartamen-1 s) ou deve ser uma pratica possfvel em qualque r disciplina?

s o estuclante nao e um profissional, como pocle ser avaliado o 1 rojeto qu e produz na escola? imitac;ao de modelos? fantasia? afinal, estuclante consegue criar?

I 17 UFF) Trabalho apresentado em "quackinhos" . Consta ta que, ol] sar do cliscurso avanc;ado que permeia OS curso de Arquitetu-1.1 Urbanismo, as relac;oes coticlianas entre professores e alunos :1 , em geral, medfocres e conservacloras. As "transgressoes" q ue

l'aracterizam o avanc;o da arte sao, quase sempre, puniclas pe lo poder acaclemico - em nome cla fo rmac;ao con·eta e "criativa" clos h1turos arquitetos. Ha um grande conjunto de re lac;oes profes or/ .lluno a ser revelado e cliscutido com coragem pelos que pre te n­dem realmente transformar os cursos universitarios. Os cursos de .trquitetura e urbanismo nao sao excec;oes.

• o desvirtuamento das relac;oes professor/aluno nos cursos de arquitetura se ria o resultado cia sua massificac;ao recente? ou nun­ca houve uma re!ac;ao positiva?

• o livre desenvolvimento da criatividade supoe nao apenas "metodologias" ou sofisticadas praticas pedag6gicas . Ate que ponto a rela<;ao coticliana entre alunos e professores inte rfe re nesse clesenvolvimento?

• a clemocratizac;ao e dissemina<;ao do conhecimento cle ixam muito a desejar nas escolas. Que medidas devem ser tomaclas para re­verter esse qu adro nas FAU ? r

47 -

Page 26: Caderno ABEA 15

RELATORIOS DOS GRUPOS DE TRABALHO

TEMA 1

VESTIBULAR

GRuPo DE T RABALHo AzuL

Relata-se aqui , em ordem cronol6gic::t, o essencial clos t6picos abordaclos por cada e lemento do G .T. durante as discuss6es te­maticas e no fin al, as conclus6es clas mesmas.

• 0 Prof. Ari Fe rnandes (PUC- Campinas) fez um re lato do (mico trabalho apresentaclo a ABEA para o XII ENSEA sob o tema, que foi o trabalho da UFBA (12) tratanclo especificamente do teste de Habilidade Espedfica. Discorreu ainda, sobre as quest6es Je­vantaclas pela ABEA no trabalbo apresentado, que estao no Roteiro para os Grupos de Trabalho.

• Acacl. Leo (FEBASP): habiliclacle especffica e uma tecnica que nao e ministracla no 2Q grau.

• Acad. Marco Aurelio (UFCE): da forma como e cobrado no ves­tibular, a habiliclacle especiJica mede mais a capaciclacle de do­minio do lapis do que a compreensao do espa~o.

• Prof. Jose JUlio (UFPA): porque o aluno de arquitetura deve ter habiliclacle espedfica para ingressar no curso? nao seria o caso tambem do vestibular de clire ito (advocacia) te r habiliclade es-

48 -

1 • !fica de orat6ria? /\cad. Leo (FEBASP): a questao esta sendo tratacla com a obser­v:tc;;:ao clas inumeras deficiencias no 2Q grau, mas deve-se locali­Y.ar e -refletir sobre as deficiencias no 3Q grau.

Prof. Gagliardo (CESUP): nao e apenas uma questao de ser a l ~wor ou contra a babilitac;;:ao espedfica no vestibular. No seu trabalbo , a UFBA faz uma analise comparativa clos alunos apro­vados na babilitac;;:ao especffica e o seu clesempenho durante o urso e conclui que, da maneira como esta sendo feito, o teste

no vestibular nao habilita ninguem.

• Acacl. Cle iton (USP/ FENEA): deve-se questionar o porque do vestibular. 0 porque e o como.

• Aead. Alex (UFPA): os alunos qu e esta.o fa zendo o curso, nao estao satisfazendo aquilo a qu e o vestibular se prop6e. Deve-se discutir sobre a necessidade ou na.o cia babilitac;:ao espedfica no vestibular.

• Prof. Eule r (UFPA): sua observac;;:ao, como particii ante do vesti­bular, mostrou que a maioria dos vestibul anclo nao tem icle ia de propor~~l.O, sendo qu e a pr ocupa<;iio cl veria se r com a ca­paciclacle de raciodnio para clesenvolv r a expressao. Ha ne­cessiclacle de , pelo menos, babiliclade na utilizac;:ao clas 1 ropor-~6es.

• Prof. A.ri (PUCCAMP): a habiliclacle e p cffica cL ve s r clesen-volvicla no 3Q grau.

• Prof. Euler (UFPA): muitos ~tlunos tem falta total de base.

•:Prof.~ Ana Maria (UFHJ): a habiliclacl - esped fica e neces aria . 0 · · desenho e a proporc;:ao cl vem ser d senvo lvidos no 3Q grau.

Dev -se cobrar do MEC a melhoria do ensino no 2Q grau.

• Prof. Gagliardo (CESUP): clesenho tecnico nao e habiliclacle es­pecifica . Os instrumentos nao mostram a capaciclacle cia intel i­gencia espacial.

• Prof. Jose Julio (UFPA): fisicos e quftnicos n~to tem habilitac;;:ao esped fi ca no vestibular. 0 2Q grau deve dese nvolve r a habilida­de para a arquitetura e deve ser exigido no vestibular.

• Prof'<! Ana ClaL1clia Mo nte iro (UNA.MA): as {treas de tecnologia e

49 -

Page 27: Caderno ABEA 15

humanfstica tambem tern dificuldade sabre suas habilidades es­pecfficas.

• Prof. Itamar (ABEA): as escolas fazem o teste de forma diferen­ciada. Ha dificuldades de discussao do assunto por falta de res­pasta das escolas em relac;;:ao a sua eficiencia.

• Prof. Ari (PUCCAMP): quando foram unificados os vestibulares houve dificuldade na aplica~ao do teste de habilitac;;:ao espedfi~ ca uma vez que urna prova a mais e de diffcil aplica~ao. Nas escolas em que ha a habilita~ao especffica, ha uma pressao das t~?tenedoras para que a mesma nao seja elimimtt6ria para per­rruttr a chamada de quantos alunos forem necessarios para pre­encher a disponibilidade de rnatricula.

• Profll Isabel (UFF): na UFF nao havia o teste de habilidade espe­cffi~a, hoje ha e foi aprimorado ao Iongo do tempo. Entretanto, muttos dos alunos considerados Habeis, no final do curso nao tern mais condi~oes de se expressar, constatando-se assim que o problema esta no curso de gradua~ao. A rela~ao da expressao no 2Q grau e diferente do 3Q grau' 0 professor nao tern esse co­nhecimento e isso e tema para reflexao. :E necessaria incrementar a troca de ideias sabre as experiencias das dernais escolas.

• Prof. Gagliardo (CESUP): como e passive! o vestibulando ser considerado habil numa escola e na outra nao?

• Prof. Flavia (UFMG): a habilita~ao espedfica, cia forma como e fe ita, serve apenas para o aluno se situar, nao serve para o pro­cesso do ensino de arquitetura e urbanismo.

• Prof-'ll Ana Maria (UFRJ): e importante que a ABEA fa~a urn le­vantamento estatfstico clas necessiclades da habilitac;;:ao especffi­ca em todos os cursos de arquitetura e urbanismo.

• Prof. Itamar (ABEA): o papel cla ABEA e de carater orientativo e nao institucional.

• Prof. Gagliardo (CESUP): a ABEA deve recomenclar as escolas estudo sabre a valiclacle do teste no vestibular.

• Acad. Cleiton (USP/ FENEA): o vestibular da USP exige clesenho geometrico e hist6ria cla arte. ,

• Prof. Alexandre (UFPB): o clever da academia e orientar. Toclos

50 -

s alunos trazem uma cetta carga de conhecimentos, elitizando o vestibular. Prof- Isabel (UFF): quando clefinimos o que a ABEA deve fazer, i so significa que n6s devemos fazer, pais a ~EA somas n?~·

tema nao esta sendo discutido nas escolas. E preciso moclift-car as coisas no 2Q grau.

• Acad. Alex (UFPA): foi realizada em Belem a l ll feira do vestibu­lar do Para, que visa possibilitar o vestibulanclo tamar contato e conhecer o curso e a escola. Os resultados s6 serao conhecidos a partir do proximo ano.

• Prof. Milani (FEBASP): em Sao Paulo, a feira do vestibular ja e realizada a alguns anos porem, nao tern conhecimento dos re­sultados no desenvolvimento do curso.

l{elata-se a segu ir as conclusoes e as recomenclay6es do Grupo d Trabalho Azul para a plenaria final do encontro.

l- A ABEA clevera solicitar a todas as escolas de arquitetura e urbanismo, um estuclo sabre o teste de habilitayao espedfica :~plicaclo em seus vestibulares, com os seguintes t6picos:

• reflexao sabre a real necessiclade do teste.

• validade do teste que esta sendo aplicado.

• deve ser eliminat6rio ou nao? • qual e a rela~ao entr o resultado do teste e o desempenho do

aluno no curso? • qual a origem do aluno no 2Q grau? (escola p(iblica ou 1 articu­

lar, curso tecnico). 2- 0 plenario deverfl propor outra alternativa para a qu stao cia

habilidacle espedfica.

51 -

Page 28: Caderno ABEA 15

TEf-.AA 1

VESTIBULAR

GRUPO DE T RABALHO lARANJA/VERMELHO

0 grupo optou pela:

1) Implanta~o ou manuten<;ao do teste de habilidade espedfica, com as segumtes recomenda <;6es:

• prova classificat6ria;

• peso nao superior as dernais disciplinas e • / l" d nh / . com exames que ava tern o ese o geometnco, a memoria e a

obselVa<;ao .

2) Aproxima<;ao com o segundo grau no sentido de aprofundamento do desenho geometrico nas disciplinas de educa<;ao artistica atraves de palestras, videos, etc. divulga<;ao da profissao. '

GRUPO DE T RABALHO VERDE

Foi discutido o tema VESTIBULAR, dando-se enfase rnaior a prova de habilidade espedfica.

Surgiram dais posicionamentos: - urn defendendo a ideia de um teste qu e avali~ o conhecimento de DESENHO-TRA<;;:O do candi­dat~ ~ outro, ch~cordando do primeiro e propondo que o teste de habll!dade avahe o DESENHO-PENSAMENTO, mais ligado a per­cep<;ao e as potencialidades. Alega que o DESENHO-THA<;;:O nao revela o potencial, o poder de percep<;ao e a no<;ao espacial.

Sugere-se que a ABEA:

1) conven<;a as escolas cla necessidacle de se cont.:·u com o apoio dos pedagogos e psic6logos eclucacionais nos testes de habilita<;ao;

2) convoque as escolas a ampliarem a pesquisa fe ita nos molcles cia UFBA, que relaciono u as notas do vestibular com o renclime n­to do alunoAde~tro do curso e demonstrou nao haver esta suposta correspondencta. 0 objetivo e formar um banco de clados que de uma amostragem mais signifkativa cia questao em tela.

52 -

TEMA 2

EXPERIENCIAS CURRICULARES

GRUPO DE TRABALHO AzUL

TEMA 2.1 - PRO POST AS DE MODIFICAC::AO DOS CURRfCULOS

• Prof! Ana Maria (UFRJ): fez urn breve relata clos trabalhos (1, 4, 8 e 11) enviados pela UFRJ e que dizem respeito ao tema.

• Prof. Gagliardo (CESUP): discorreu sabre o trabalho (5) da CESUP apresentado a ABEA.

• Acad. Leo (FEBASP): como coordenador pergunta ao grupo qual a dinfunica a seguir.

• Prof! Isabel (UFF): o perfil dos seminarios anteriores mostra a necessidade clas escolas colocarem seus problemas particulares. Deve-se buscar o equilibria para caminhar com as clife ren<;as dos patticipantes que ja estao no grupo e dos que estao d1e­gando.

• Prof. I-U~lio (UNIMEP): apresentou ao grupo o trabalho (20) enviaclo pela UNIMEP.

• Prof. Nappi (UFSC): fez o relata do trabalho (14) da UFSC des-tacanclo os seguintes pontos:

- oficializa<;ao cia informatica que nao e obrigat6ria. - flexibiliza<;ao do curso. - disciplinas optativas para clirecionar a especializa<;ao.

• Prof. Euler (UFPA): coloca a necessiclade cia introdu <;ao na Ul,PA das disciplinas de preserva<;ao do patrimonio re taura<;ao.

• Prof. Flavia (UFMG): manifesta o receio de que o curricul a fi­que inchaclo . Nao seria o caso de deixar para a p6s-graclu a<;ao?

• Profll Isabel CUFF): cliscorcla do professor Flavia entendenclo que o aluno cleve ter pelo menos no<;6es clessas clisciplinas, pa is pocle vir a trabalhar no inte rior e ter que fa zer tuclo sozinho.

• Prof"ll Ana Maria (UFRJ): apresentou novamente os trabalhos cia UFRJ .

53 -

Page 29: Caderno ABEA 15

• A~a~!. Sergio Augusto (UNAMA): o aprendizado da expressao gr~f~ca antes de projeto dificulta a compreensao da expressao graft ca.

• Profl! Ana Maria (UFRJ): na expressao grafica e estudo da forma na UFR], se analisa projeto, unindo teoria e pratica. Nao e ape~ nas o estudo da forma pela forma.

• ~cad. Adriafola (UFPA): falta interrela<;:ao das di;ciplinas (aplica­<;:ao na arqmtetura).

• Profl! Ana Maria (UFRJ): nao se da projeto desde o inkio e sim em primeiro Iugar, as disciplinas basicas. '

• Prof. Milani (FEBASP): o estudo da forma na Belas Artes e voltado para a aplica<;:ao na arquitetura co~ liberdade de ~x­pressao. A escola nao quer formar desenhistas de arquite tura.

• Prof. Ari (PUCCAMP): a informatica e uma nova linguagem para o desenho. Mostra preocupa<;:ao com o atenclimento de consul­tori<? nas aulas de projeto, onde o aluno vai a sala de aula aguarda na ftla o seu atendimento de cinco minutos e vai embora, pro­cesso esse que acaba, vez por outra, acontecendo na PUC. Ain­da acontece o aluno ter micro computador e vai fazer 0 traba­lho em casa. 0 aluno deve trabalhar na sala de aula a solu<;:ao projetual.

• Pr<?~ Ana Claudia (UNAMA): mostra preocupa<;:ao com a dimi­nlll<;:ao cia carga horaria evidenciacla no trabalho cia UFSC, quan­do se aumenta a carga horaria para melhorar a finalidade.

• Prof. Ari (PUCCAMP): os cursos abertos recentemente ciao car­ga horari~ r~1enor para ~ clisciplina Historia. A redistribui<;:ao de carga horana no conteudo, tem dado problemas no 5Q ano.

• Acad. Simone (UFPA): materias teoricas foram suprimidas na UFPA. Nao sao ministrados fundamentos socio-economicos. Como projetar fora do contexto socio economico do pais ?

• Prof. ~il~mi (~elas _AI-res): o a! uno _deve participar do processo ~-~lagogtco, ~hs~utmdo c~m o prof-essor a metodologia e o cri­~e~t? de avalta<;:ao, assununclo o seu papel de aluno, descle o mtcto do curso.

• Prof. A.l'i (PUCCAMP): a diminui<;:ao cia carga horaria clas disci-

54 -

plinas de Teoria e Historia cia A.l'quitetura trouxe prejuizo para 11 l'inal do curso . Deve-se buscar a presen<;:a do aluno na sala de .Hila para garantir a manuten<;:ao do espa<;:o flsico, uma adequa-1 In r la<;:ao professor I aluno (minimo 1120). Estabelecimento de I h ras aulas no minimo, para cada dia programado.

i\ra l. Sergio Augusto (UNAMA): no desenvolvimento do proje-1< 1, o professor nao respeita a solu<;:ao do aluno, sempre imp6e ;I Hua propria solu<;:ao.

Prof. Milani (Belas A.ltes): esse problema deve ser resolvido no t ll:t a dia cia sala de aula ou com a coordena<;:ao do curso.

i\nt l. Adriana (UFPA): o professor leva em conta o desenho e 11:1 a solu<;:ao projetual. Se o aluno refizer o projeto nao o fara 1 In mesma forma.

/\cad. Juliano (UFPA): ha necessidade de aumentar a carga ho­l;il'h. Todas as materias basicas devem ser voltaclas a concep­•no.

i\ca l. Adriana (UFPA): muitas vezes, a metodologia aclotacla pelo Jli'Ofessor, faz com que o projeto esteja pronto para entrega, mas 11:10 esta acabado.

Prof. Milani (Belas Artes): e porque nao ? se o projeto pronto <'ttmpriu o conteudo cia disciplina, ele nao precisa estar acaba­do . De qualquer modo, e um problema para ser discutido no < lia a dia da aula como professor.

lklnl a-se a seguir as conclusoes e as recomencla<;:6es do Grupo de l'l.tllalho Azul para a plenaria final do encontro.

11, necessarias:

Materias de f1.mclamenta<;:ao voltadas mais diretamente para a IJtlka<;:ao nas profissionalizantes. 1 'I' oria e Historia contemplaclas com maior carga horaria, para

1 lltninar o prejuizo causaclo ao final do curso.

Metoclologia que garanta a presen<;:a do aluno para o desen­' 1 1lvimento de trabalhos na sala de aula, visando a manuten<;:ao d11 <'~:>pa<;:o flsico ofertado, ou seja, a nao restri<;:ao do espa<;:o pela • m la cleviclo a sua ociosidade.

H la<;:ao professor I aluno minima de 1120.

55 -

Page 30: Caderno ABEA 15

5 - Horario rninimo de 4 horas aula nas disciplinas de projetos para cada clia programado.

TENIAS: 2.2- INSER<:;:OES NO CURR[CULO VIGENTE 2.3 - REFLEXOES E EXPERIENCIAS

Obs: 0 grupo optou pela abordagem simultanea clos dais temas.

As atividacles foram iniciadas com a leitura das sfnteses clos traba­lhos . A seguir foram resgataclas discussoes levantadas no item anterior sabre como seriam ministradas as disciplinas de projeto nas escolas de Belem, encaminhadas para a rep ercussao d a informatica na concep <;:ao do projeto. A discussao se f01taleceu em torno do papel da informatica, questionando-se se a mesma cleveria ser tomada como um instrumento de trabalho ou como uma nova linguagem para expressao das ideias do aluno de projeto.

Foram mencionados os seguintes aspectos : a) o usa do micro­computador como prancheta eletr6nica face ao desconhec imen­to clos recursos de projetos e m 3 dimensoes do AutoCAD; b) a possibilidade do projeto ser transformado em uma colagem de solu<;:oes pre-clefinidas em software (analogia com os programa s d e calcu lo estrutural, etc .. . ); c) a limita<;:ao do usuario p e los recur­sos do ins trume nto; d) o equfvoco da sup e rvalo ri za<;:ao do v irtuosismo na apresenta<;:ao e m d etrimento cla boa concep<;:ao espacial.

Conclui-se a respe ito que: a) todos os instrumentos cliclaticos dis­ponfveis para o e nsino de projeto tem limita<;:oes (o croquis e bidimensional , a argila e d emas iaclo organica, o "Lego" e clemasi­a clo geometrico, etc ... ) e que portanto o microcomputaclor cleve­ria ser levado para as escolas para ser exploraclo em toclas as suas pontencialiclades, acreditanclo-se que, a exemplo do que aconte­ce co m a computa<;:ao grafica clirecionacla para a publiciclade , a cria<;:ao seria mantida em s ua esse ncia; b) o microcomputaclo r tambem deve es tar clisponfve l para o aluno elabora r trabalh os clissertativos, para que a proclu<;:ao escrita fosse incrementacla; c) devem ser encaminhados pedidos de avali a<;:ao para a UnB e para a UNISINOS (escolas com experiencias mais longas) sabre o modo como o ensino da microiriformati ca aplicada a arquitetura influ ­encia a concep<;:ao do aluno d e proj eto . Na.o ficou es tabeleciclo o ·

56 -

I"''' • clos laborat6rios de informatica necessarios para os c_:trsos d1· .trquitetura , nem a intensidacle clesejavel de transforma<;:ao no 1 tt··lno de projeto, decorrente cia informatiza<;:ao.

'•<'guir fo i apresentado o traba lho (9 PUCCAMP), que e nfoca o p.tp •I do partido arquitet6nico no ensino de arquitetura, cuhm-11.111 lo na cliscussao sabre o que seria p6s-moderntsmo (sen a a lth ncia do projeto como fo i clefinido pe lo movimento moderno?).

11h re o assunto fo ram mencionados: a) a necessidade cia verifi -1 ,, ·ao clos contextos clas inte rven<;:oes; b) o clespreparo do pro­[1•. sor qu e nao se reciclou; c) a falta de conhecimento p edag6gi­l 1, geranclo contracli<;:oes e simplifica<;:oes na sal a d e aula ; d) a dll'i uldade do aluno mudar a atitude passiva trazida do 2Q grau.

1 .nnclu iu-se pela necess idade de aglutinar (e nao de romper) p10cedimentos pre-modernistas (compositivos) e modern os 1 I<' nistas).

1 lt ttro tema abordaclo fo i sa bre paisagismo e paisagem urbana (2 ll FF), ressa ltando-se o risco de desvincula<;:ao entre o estuclo cia pa isagem urbana e do processo de proclu <;:ao do espa<;:o ~rbano 1 planejamento urban a como he rde iro das .d e te~·mt~a<;:oes do

ERFHAU e paisagem urbana ligada ao estuclo patsagtstlco), en­' aminhanclo-se a cliscussao para as clife renps e ntre landscape de ign e urban design .

1 :o ncluiu -se que ha uma clistor<;:io nas cliscipl in as p rofiss i­nnalizantes, na ve rclacle profiss iona li zaclas, a partir da tencl~ n c i a dt• trazer para a escola aq uila que tem dado ce rto para o a rquite­lo no mercaclo de traba lho.

. 'urgiu um questionamento clos professo res presentes sab re o 1·ntenclimento clos a lunos a respe ito cla s questoes levantaclas, as-ociaclo ao (6 ESUDA) , (pass iv iclacle clos al unos .. . ), qu e obteve

•·omo resposta que os a lunos se cons icleravam espectadores cles-1<' congresso. Foram propostas cl ivulga<;:oes efetivas e forma i~ par:~ movimentos estudantis in te ressaclos, e levantaclas qu es toes FJ p ' rtinentes ao tema rela<;:ao professor x a luno .

57 -

Page 31: Caderno ABEA 15

GRUPO DE T RABALHO lARANJA/VERMELHO

2.1 PROPOSTAS DE MODIFICAc;:Ao 2.2 INSERc;:6ES NO CURR[CULO VIGENTE

Infcio as 10:00hs , aproximadamente , com te rmino as 12:30hs, na sala 05 . Os trabalhos iniciaram com leitura do TEMA 2.1 que trata

· das propostas de modifica<;ao dos currfculos.

0 Prof. Eduardo abriu as discussoes , resgatando as propostas cia Prof~ Maria Amelia na palestra do dia 31110. Concord a com a nova estrutura<;ao curricular ·(5 CESUP) , mas pensa que nao se deve colocar como prioridade, c!evenc!o-se flexibilizar o sistema d e cre dito . A ProP He len a Tourinho , falou cia importancia cia reformula<;ao curricular e cia real necessidad e de sua existencia, mas tal fato nao deve transformar-se em uma camisa de for<;a, para que seja possfvel a adequa<;ao aos problemas existentes em cada institui<;ao .

Logo, o grupo decidiu inverter a ordem proposta para realiza<;ao dos trabalhos, a fim de agilizar e facilitar o entendimento, sabre o assunto em pauta .

Passou-se entao p ara o sub-TEMA 2.2 , inser<;6es no curricula vingente, com leitura do material c!idatico referente ao tema aci­ma mencionado. Logo ap6s foram abe rtas as c!iscussoes:

Prof~ Ester levantou questao relativa a p rodu<;ao manual (cria<;ao) de croquis, desenhos e ainda a concep<;ao do partido arquitetonico atraves do uso do computaclor.

Prof~ Neusa respondenclo a questao anterior, explicou qu e a icleia principa l de informatizar o curso, e de que a concep<;ao e cria<;ao d e croquis e partidos se de atJ·aves cia computa<;ao, e que ha dis­ciplinas que iniciam esta pratica.

Para 0 Prof. Nappi esse uso e opcional e cleve-se desmistificar a pratica com computadores e incentivar e labora<;ao d e projetos arquite tonicos atraves cia computa<;ao, sendo que essa te ndencia d eve ser imediata.

Arq. Ricardo, colocou como ponto de destaque , o cuidado p ara n ao transformar a inser<;ao cia informatica em objetivo curricular principal.

58 -

l' ttti'" Helena, levantou a seguinte questao: sera que cleven_:~s 7tra­

llt a informatica como uma clisciplina ou como uma mate~ta . Se 1111 materia, cleve ser chamac\a como SOFT ou AUTOCAD.

1,11 11v Eloy, c!iz cia necess ic\acle de uma intro~h.J <;a? _a inform_atic~,

lttl'ia lmente , e c!epois uma cli?ciplina d e mtormattca aphcada a

llq llite tura.

1,1,1rn Neusa colocou a necessiclade d e ter um b~m curso ~e

' 1 1'' toUmn·w ll ilormatica , sem esquecer os cursos c e p asttca e proJe · <

lt 11 tl ta os outros e e les nao conflitam .

l'llt l Helena sugeriu a obrigatorieclade cia form~<;ao d~ lab?rat6rios tit• Informatica, sem contudo ter-se uma dtsctphna ob11gatona.

l'tttfll Neusa, afirmou a importancia cia abe~tura de um es~a<;o de , 11 , 1 ~-a o , que cleve ser real izad o no pmne1ro a ~o do cut so; _qu e tll.d~ tarde eleva tra nsforma-se e m um a_ chsctphna ob~tgatolla e ,

111 1rns optativas, fazendo a recomencla<;ao de qu e as lclcttlclades

dt•v ·riam reciclar seus p rofessores . · · b'te n o gru po decicliu

1 , m lufdos o s trabalhos re lauvos a este su 1 1 , . . ,

,1111

, a informatica cl eve ser implantada como matena, senclo , unu ll'.ci plina obrigat6 ria e outras optattvas.

tug iu tambem a recomencla<;ao de incorpo rar o laborat6rio cl 1111 ografia no es pa<;o ffsico clos cursos. .

1 1 •rupo sentiu dificuldade em d ebater sabre ? TEMA 2.3 Re lle-1 ,~ s e Experiencias, pe l a fa lta de material chclatJco m.a ts extens t-

' ,, ~>obre o tema proposto.

kUPO DE T RABALHO V ERDE

'J 1 - PROPOSTAS DE MODIFICAc;:AO

I deve 1:0 1-1n·u u m p ro fi ssional habilitado con fo rme. as 1 .t< a curso " . 1 · 1 Itt'<' ss iclades do local o ncle se insere , n i'i.o c!tsp ensanc o contu c o,

1 lorma<;ao universalista. I onclui-se qu e existe nos cursos de forma geral, a necess,idad~ "' ' maior integra<;ao v isancl o a inte rdtsctp hna hclade e a capactcla tit• de sfntese dos alunos.

dv rte-se que a questao curricula r nao pocle seater ao a ume nto

59 -

Page 32: Caderno ABEA 15

ou diminuis;:ao de horas, colocados a leatoria~ente conforme pen­samentos momentaneos acerca do curso de arquitetura e tuba­nismo.

Entencle-se que, qualquer reforma curricular, cleve pensar primeiro no perfil do profissional que se quer formar. Para tal, torna-se obrigatorio e estrategico que se cliscuta e explicite ao conjunto cia escola , como tais muclans;:as vao inf1uenciar a e laboras;:ao e clefinis;:ao do partido (projetual) nas clisciplinas optativas.

As coorclenas;:oes clevem lutar para climinuir a fragmentas;:ao do curso e, cacla clisciplina , cleve preocupar-se prioritariamente com a funs;:ao arquitetonica e sua autonomia enquanto clisciplina , au­mentanclo o entrosamento entre pesquisa , ensino e extensao , pilares cia universiclacle brasileira.

2.2 - INSER<;OES NO CURRlCULO VIGENTE

A introclus;:ao cia informatica no curriculo

0 paisagismo como clisciplina

0 tratamento cia clisciplina Plastica

A topografia e sua importancia na implantas;:ao de proje tos

A insers;:ao cia informatica no currfculo de arquitetura , foi bastan­te cliscuticla no grupo, com varias opinioes e experiencias re lata­clas . Houve um consenso entre participantes de qu e a informatica trara, a lem dos be neffcios na forma s;:ao pro fi ss ional, a integras;:ao clas universidades atJ·aves de recles para troca de exp eriencias e informas;:oes . Discutiu-se tambem qu e a introclu s;:ao desse instru­mental nao podera jamais substituir a co nceps;:a o ci a a rquite tura e urbanismo. Propomos que essa formas;:ao nao vise um especialis­ta em informatica mas , profissionais com nos;:oes basicas, que possam estar capacitaclos para utilizar programas qu e se re novam permanentemente .

0 paisagismo foi trataclo como organizas;:ao do espas;:o e a su a insers;:ao na regiao e/ ou ciclacle, na sua climensao ambie ntal e nao apenas estetica. 0 proje to paisagfstico devera utilizar outros co­nhecimentos, como por exemplo, a topografia, de suma impor­tancia na sua implantas;:ao .

6o -

1111 1 l' lat'tdo o tratamento inovaclor cia disciplina Plastica, experi-111 l. t que propiciou a perceps;:ao do aluno atraves da crias;:ao de

tiltH It ·los reclu ziclos, anteriores a experiencia projetual.

.4 REFLEXOES E EXPERIENCLAS

lltl li ~as;:ao de croqufs na elaboras;:ao de projetos

ttso cia memoria gr:ifica como elemento de ava lias;:ao do proje-tl

1 partido arquitetonico e suas especificidacles

1 r:1balhos cliscuticlos trataram de cliferentes aspectos do apren­ll t.it lo, senclo um sabre teoria e pratica do planejamento urbana

11 I JDA) , outro sabre o partido (PUCCAMP) , e outro de investi­' ·1) s sabre o clese nho a mao livre clos arq uitetos Le C01·busier Mendelsohn .

I 111\S iderou-se que :

( ) desenho a mao livre ou croquis e a memoria grafica sao ins­trumentos poderosos para o processo projetivo, devendo ser con-i lerados no processo de ensino.

() partido arquite tonico e fruto: cia visao politica do arquite to m mo cidadao, do conhecimento profunda do tema em suas re­la96es socio-economicas e das questoes re lacionaclas ao ofkio <k arquite tura e urbanismo. E ele que clifere ncia arquitet1.ua cia 111 ra construyao, qu e organiza, articula, seleciona e clireciona as ideias croquizadas.

0 arquite to na autonomia de seu oficio de proclutor (e nao con­' lnniclor) de espayo, trabalha conclicionaclo por questoes de natureza compositivo-programaticas, tecnico construtivas, phis­lico-figurativas e questoes estritamente formais, daclas pela in­llliyao, articulaclas entre si.

0 sitio transfo rmaclo em Iugar contextualiza a ayao projetiva, hem como o ato vo lu ntario do autor, instigaclo pela intuiyao, lr inaclo pelo re pertorio e educado pelo processo cu ltural.

C ualquer moclifica\=ao curricular cleve levar em conta as questoes r ' lativas ao partido nas dife rentes fonnas de projeta\=ao nas dife-1' ntes clisciplinas operativas (projeto, urbanismo, design, etc.).

61 -

Page 33: Caderno ABEA 15

TEMA3

TRABALHO FINAL DE GRADUA~.AO

GRUro DE TRABALHo AzuL

Atividades iniciadas com le itura e esclarecimento dos traba lhos, seguiclas p ela exposi~ao da representante d o Concurso Opera Prima (Evani ze) . Ela expoe dais aspectos do concurso: a) o posi­tivo, qu e provoca a cliscussao sabre o Trabalho Final d e Graclua-

. ~ao clentro cia escola ; b) o negativo, quando cria-se na escola o mode lo de trabalho clirecionado p e lo regulamento do concurso.

Foram lan~aclos p ara cliscussao as op~oes para o TGI: a) car:iter te6rico o u pr:itico, b) tema livre ou d ado, c) individual o u coleti­vo, ass im como a necessiclade de defesa verbal do trabalho e a amea~a cia institui~ao do exame de orclem para o arquiteto , tiran­do cia escola a concli~ao d e habilitadora do profiss ional. A discus­sao se aprofunda em torno cia interferencia d e concurso Opera Prima na regulamenta~ao do Trabalho Final de Gradua~ao, vista que sa.o rnu itas as cli stor~oes.

CONCLUSAO : a) As escolas devem refl etir sabre o assunto, para que o concu rso na.o seja o balizaclor cl os trabalhos d e graclu a~ao . Apenas ap6s a conclusao clos rnesmos seria rea li zada a aclequa­~ao ao r gulamento no concurso; b) I-Ia necessidade cia clefesa verbal dos trabalhos de gracl u a~ao de preferencia com a partici­pa~ao d e professores (arquite tos) d e outras ins titui ~oes d e ensi­no.

GRUPO lARANHANERMELHO

Os trabalhos iniciaram-se com a le itura do Tema 3, que trata do t:rabalho fin al d e gradua~ao . 0 Prof. Nappi abriu as cliscussoes esplananclo sabre re formula~ao d o processo d o trabalho de con­c lusao d e curso qu e vem ocorrencia na UFSC. Depois inicio u-se o relata de expe rie ncias clos participantes em suas institui~oes. A Prof" Neusa informo u que na UnB a escolha do tem a e livre, sen­do o brigat6ria a exec U<;;:ao de um projeto arquitetonico ou urba­nfsti co ; e tambe m e de livre escolh a o o ri enta clor do trabalho , sendo que este devera ter no mfnimo 4 orie ntadores. 0 trabalh o

62 -

e avaliado du as vezes pela mesma banca, composta por todos os orientadores do semestre, mais o Diretor cia Escola, ma1s repre­sentantes do IAB , mais arquitetos cia ciclade e mais um repr~sen~ tante do IPDF; 0 unico membra cia mesa (ou Banca) que n~o cia nota ao trabalho e o orientador do mesmo. Quando no conJ;mto clos orientadores nao h:i no mfnimo um _prof:ssor ,de cada ar:;a; este e convocado. Ambas as apresenta~oes sao pubhcas: a 1- e um semin:irio intermecli:irio e a nota dada nao e oficial , e s im uma referencia para o aluno.

Depois a Prof" Es ter cia UFPe~ rela tou a situa~ao e m_ s ua I_~s~itui­~ao, onde a escolha do tema e livre, com llmttes, pots o tt abalho nao pocle ser te6rico; ha a necess idade d e um proJeto e de:":':ho. 0 trabalho de graclua~ao s6 pocle ser inici <~do se o a luno Ja ttve r conclufclo todas as mate rias d o curso ; o protessor-onentaclor cleve ser um arquite to embora o utros p rofi ss io nai: possam ser ~o­orientadores. As bancas sao compostas pe lo p rotessor onentadot ~ o Coorclenaclor do Curso e um arquiteto cia ciclacle ligaclo ao ten:_a. Nao existe clefesa publica, nem na banca intermecli:iria, nem na fmal.

Nes te momenta a Prof" Neusa colocou que na s ua Ins titui~ao a te este ano, o trabalho d e graclua~ao tem s iclo fe ito em um semestre e com um total de 12 creditos . Iniciou-se parale lamente em 94 a experie ncia d e cl esclo brar o projeto fin al e m clo is se,mestres ; o l ,Q onde se trabalha a pesqu isa , corresponcle nte a 4 creclttos, e urru 2" e tapa do clesenvolvime nto, com 8 cr ' clitos .

o aluno junior d o I.M.L. relatou a exp e rie nCia em s ua_Institui l);ao . 0 tema e livre eo traba lho indiv idual, se ndo necessanam nte um proje to arquite to nico o u urbanfst!co. 0 cu~so e de quat~·o anos e meio eo trabalho de gracl u a~iio le ll:o no 8- e 9 semestr es, como est:i send o experime ntaclo na UnB, pocle nclo ser le tto s; '"': a con­cl usao d e to clas as m ateri as . A avalia~~io do traba lh o 1·e1ta . m V<l.rias e tapas. A prime ira e 0 pro je to d e p esquisa, co m p eso l, ,a segunda e 0 l ev~tntamento complement:~ r d e clados, co m p eso ~ · a terce ira e a cl efini ~ao cia p ropost:t (Prc-Ba nca) com peso 3 e <~

q uarta e a co nclusao do trab ~1lho (Ba~ca Examinaclo ra F tn~ll ~ c~m pe 0 4. As clu as prime iras e tapas sao avahadas p e lo pw}essoJ o ri e ntador e as duas Cdtimas sa.o avaliadas pela B~mca , qu e e c~m­

posta pe lo orientaclor, coorcle naclo r do Curso e mais d a is proJ·es­sores.

63 -

Page 34: Caderno ABEA 15

Posteriormente , a Professora cia UNAMA - Helena , relatou qu e o trabalho d e gracluayao nesta Instituiyao esta em fase d e implanta­yao; esclarecenclo que o trabalho enviado p ara o Op era Prima , o q ual causou surpresa a Prof~ Ester (UFPeL) p or te r siclo feito p or urn grupo de 18 p essoas, e urn trabalho de uma disciplina .

0 processo qu e ocorre na UFPA foi descrito p or urn grupo d e a lunos p resente (Henry Harada, Iris Leticia e Flavia Teixe ira) . 0 tem a e livre e o trabalho feito sem a necessidac!e de conclusao d e toclas as clisciplinas . E opiniao destes que nao ha grande preocu­p ayao com o trabalho de gracluayao; a orientayao nao e progra­macla e nao funciona n a pratica, senclo a avaliayao fin al fe ita p elo o rientaclor sem a necessidacle d e banca , nem exposiyao publica. 0 trabalho e fe ito teoricame nte em c!ois semestres e na grand e m aioria das vezes nao e individu al.

Seguinclo os trabalhos, optou-se p e la abertura da cliscussao com base nos t6picos levantaclos pelo Pro f. Nap pi. Inicialmen te, o p rime iro t6p i<::o cliz resp eito a cle finiyao do tema que, con-sensu­a lmente, d eve ser livre, necessariamente urn proje to arquite tonico ou urbanfstico . Urn segundo t6pico fo i a o rganizayao d o traba­lho . Tambem fo i consensual que este pode ser e m gru po som en­te nas p rimeira e tapa (fase analftica) e, obrigatoriamente , a p ro­posiyao e a inte rven yao sao individu ais . 0 p lano d eve ser fe ito antes do infc io cia o rie ntayao e d eve te r urn co nteudo mini mo .

0 te rce iro t6pico cl iz respe ito ao o rientad or e ao procedimento d e orie ntayao; este fo i o que gerou maior polemi ca . Foi consenso a recomendayao d e qu e a escolh a do o rientador seja fe ita p e lo alu no, tendo o p ro fessor d ire ito a recusa e a li m itayao d e no m aximo 5 o ri en tando s por o ri entad or. Contuclo nao se chegou num acordo no que se d iz respe ito a graduayao do orientador, por isso, conclu i-se que seria melhor levantar na p len{uia a discussao .

No grupo d e tra balho es ta g irou em torno da cl ecisao do CEAU d e qu e o orientador d eve ser (inico e fo rmaclo e m arqui tetu ra e urbanismo . Enqua nt:o alguns apo iaram es ta meclida, o utros acha­ram que o numero d e o rientadores po cle ser ma io r. No caso d e se ter somente urn professo r orie ntador, es te clevera ser arqu iteto ; m as na medida q ue existam mltros o rie ntadores o u co-o ri e n­tadores , p e lo menos um d eles p recisa ser arqu iteto, nao necessa­riamente o orie ntaclo r.

64 -

1 1 g r·u po nao sabenclo se e passive ] a alterayao do artigo 1 Q , item l I , r solveu encaminhar a CEAU a sugestao de mudanya qu e ••grr >:

No artigo P , substituir:

1 I . e ra desenvolvido com o apoio de professor(es) - orien­l,rrlor(es) escolhido(s) p e lo es tuclante entre os professores clos rl• •p:r rtamentos do curso.

I u - No caso de existir a p enas urn professor -orientaclor es te de­\ t' l' ~i ser arquite to e urbanista .

u - No caso de existirem Olitros orientadores , no mfnimo urn c lc •l )S devera ser arquite to e urbanista.

I l qu arto t6pico levantado diz respeito a ava liayao cla banca exa­ml nadora. Foi consenso q ue a lem cia banca examinadora ha a lll ' t: ssidade de uma banca inte rmecliaria obrigat6 ria , e ambas clt·vem ser form aclas , p e lo menos por urn m embra cia socie cla cle . r lmportante tambem que 0 trabalho seja exposto e cle fencliclo prrblicamente .

d1 ando que seria irrelevante qua lquer outra cliscussao, clecicliu ­t' pelo encerramento dos trabalhos .

RUPO DE T RABALH O V ERDE

s questoes p roblematizadas p e la comissao fo ram obje to d e rela-1 1s, conside rando-se importante o Traba lho Final d e Graclu ayao , omo form a d e ava li ayao d o apre ndizaclo e garantia d e transiya.o lo estudante para o mercado profiss ional.

Bxperiencias re lataclas re fle tiram a v ivencia de cad a escola, cons­llluindo-se clivergencias para o entenclimento d o papel clesse tra­halbo.

maior parte do grupo fo i a favor ci a escolha d o tem a livre , teo­rico ou pr{ltico , li gad o a arquite tura e urbanismo, evitando-se a In licayao de p aclroes o u tipos d e trabalhos (mo nografi as, Opera l' rilna, etc ... ) .

inclicayao do o rientador d eve ra ser d e livre escolha do a luno , lt• ntre os arquite tos p erte ncentes ao co rpo clo cente cia esco la. 0

lra balho po cl era te r cb-or ientadores , cle pende ndo cia complexi-

65 -

Page 35: Caderno ABEA 15

dade do tema escolhido.

A liberdade do tema e de orientadores foi objeto de discussao e divergencias, em fun<,:ao de experiencias ja vivenciadas por algu­mas escolas.

Comrela<,:ao a forma<,:ao cia banca , prop6s-se a presen<,:a de con­vidados externos de reconhecida competencia sobre o tema.

TEMA4

RELA<;.AO PROFESSOR I ALUNO

GRUPO DE T RABALHO AzuL

Principais pontos abordados

• Avaliayao estatistica do desempenho de professores tencle a cliluir problemas em f<m c;;:ao cia necessidade de uma maior clareza de objetivos na posic;;:ao de professores e alunos.

• Discussao sobre a atuac;;:ao de professores revela que seguem "modelos", os quais necessitam ser repensados frente as mocli­ficac;;:oes.

• Pro blemas de corporativismo dentro clos departamen tos e fi·en­te aos outros departamentos, levam a uma falta de participac;;:ao de professores de outros clepartamentos na linha do curso de arq uitet:ura.

• As avaliac;;:oes efetuadas nas escolas nao sao concl usivas, neces­sita-se uma efetiva alte rac;;:ao na conduc;;:ao clos cursos qu e corri­ja distorc;;:oes como alterac;;:oes no conteudo didatico de profe s­sores.

• Relacionamentos pessoais representam desafios para o relacio­namento professor I aluno . A questao do respeito entre pessoas necessita ser assumicla como urn clos entraves para o re laciona­mento em sala de aula.

• Proposta de defesa oral clos trabalbos to rnad distintos os pro­p6sitos do Opera Prima e do TGI.

66 -

1o 111ns Conclusivos :

Nt·cessita-se canal de comunicac;;:ao entre professores e alunos c 111 • possa servir de forum para su bsidiar tomaclas de decisoes 110 curso, ou seja antes de avaliac;;:oes quantitativas, que haja con­l;llos informais entre alunaclo e administrac;;:ao.

As avaliac;;:oes devem estar voltaclas para explicitar problemas d ' ordem didatica e problemas de relacionamento.

A natureza da aula nao deve ser vista como de transmissao de t'onhecimentos e sim como trabalho de grupo que envolva os alunos e professores na critica e produc;;:ao de conhecimento.

Nao ha propostas objetivas sobre ; tema, necessita-se discutir d ntro das escolas sobre o assunto.

0 tema deve ser desdobrado em outras oportuniclades.

MUPO DE T RABALHO lARANJANERM ELHO

lr:wes' de disc uss6es cl os metodos de avali a<,:ao do aluno p elo ji'Ofessor e do p rofessor pe lo a! un o , clisco rreu-se sobre os meca­nt.~mos legais qu e o aluno possui para reque rer clireitos fre nte ao olegiaclo e de como esses mecanismos se chocam co m a cum­

j liciclacle I coleguismo que existe dentro do corpo clocente .

> grupo chegou a conclusao qu e cleve r-se-ia p romover uma con­llia<,:ao nes ta avalia~ao , com a cria<,:ao, por exe mpl o , de conse-

lhos declasse, onde a avali a<,:ao ocorreria mutuamente .

,hegou-se a concJusao tamb em, que OS problemas re[acionaclos , t• jam eles a avali a<;:ao ou a m{l qualidacle do ensino (Co legiado) :1 o frutos do cles interesse do alunaclo em exercer uma p ostura lliva clentro do processo de ensino e aprenclizagem.

G RI:.IPO DE T RABALHO VERDE

0 Grupo considerou pertinentes os aspectos enume raclos no re­lat6rio ci a comissao tecnico-cientifica, re mete nclo-os clire tame nt:e

plenaria para cliscussao e vota<,:ao

67 -

Page 36: Caderno ABEA 15

CONCLUSOES E RECOMENDA(_;OES DO ENCONTRO

RESOLU<:;OES DA PLENARIA FINAL

TEMA 1

VESTIBULAR

Quanto as questoes relativas a esse terna, a plenaria do XII ENSEA deliberou que a ABEA devera:

1) Solicitar a toclas as os cursos de arquitetura e urbanismo, urn estuclo sobre o teste de habilitac;:ao espedfica aplicado em seus vestibulares, com os seguintes t6picos:

• reflexao sobre a real necessiclade do teste

• valiclade do teste qu e esta sendo aplicaclo

• carate r eliminat6rio Oll nao

• relac;:ao entre o resultado do teste e o desempenho do aluno no curso

• origem do aluno no segundo grau (escola publica ou particular, curso tecnico etc.)

2) Recomendar a realizac;:ao de campanhas conjuntas com as enti­clades de arquitetos atraves de videos, palestras, etc. para a divul­gac;:ao da profissao junto as escolas de segundo grau .

68 -

II MA 2

PERIENCIAS CURRICULARES

1 - PROPOSTAS DE MODIFICAc;OES

1 un relac;:ao a este subtema, o XII ENSEA entende que:

I ) C tda curso deve formar profissionais habilitados nacionalmen-11 ' c nsiderando as necessidades cla regiao onde se insere, sem, 1 nntudo, dispensar a formac;:ao universalista.

I 1\xiste nos cursos de forma geral, a necessi<i'lde de maior inte-1-11 :t ~ao visando a interdisciplinaridade e a capacidacle de sfntese cln. · alunos.

~ ) As coordenac;:oes devem buscar diminuir a fragmentac;;:ao do 1 tli'SO e, cacla disciplina, cleve preocupar-se e m aumentar o 1 nlr samento com as demais e entre pesquisa, ensino e extensao.

1) Oualquer reforrna curricular deve pensar primeiro no perfil do pt ofissional que se deve formar. Para tal, torna-se obrigat6rio e 1 trategico, que se discuta e explicite ao conjunto cia escola, como 111.· mudanc;;:as vao influenciar a elaborac;:ao e definic;;:ao do partido pc·dag6gico do curso revalorizando a fun c;:ao social da arquitetura

urbanismo.

I E flagrante a necessidade de estabelecer criterios precisos de 1 •cluc;;:ao da carga hor{lria nas revisoes de curriculos plenos:

a) quando se tratar de aLualizac;:ao b) nos casos de insen;:oes de novas disciplinas c) na implantac;;:ao do Trabalho Final de Gracluac;:ao (TFG).

1l E fun<i'lmental ve rificar a situac;;:ao clas areas de teoria e hist6ria n.ts reformulac;;:oes ocorriclas quanto a aspectos preocupantes de­lt•c•tados, em esp .cia!:

a) reduc;;:ao de sua carga horaria e/ ou de sua participac;;:ao percentual no toclo .

b) eliminac;;:ao de disciplinas ou mate rias de fundamenta­c;;:ao-social, polltica e econornica.

) Os cursos clevem buscar, na fun c;:ao social cia arquitetura e ur­h. tnismo, qu e as disciplinas contribuam com a comunidade, em

69 -

Page 37: Caderno ABEA 15

especial em centros comunitarios, favelas e areas de invasao. Oh estudantes devem conhecer essa realidade de forma proxima, con1 trabalhos praticos na gracluac;:ao, que auxiliem na melhoria cla, condic;:oes de vida cla populac;:ao carente.

2.2 - INSERC::OES CURRICULARES

Neste topico sao recomenclac;:oes do XII- ENSEA:

1) Acompanhar melhor e intercambiar experiencias clas cliversa~ forrnas de introcluc;:ao cla informatica nos cursos de arquitetura (' urbanismo:

a) impla"ntac;:ao de orgaos de apoio e/ ou lab oratorios. b) criac;:ao de disciplina (s) espedfica (s). c) alterac;:ao (inserc;:ao) em disciplina (s) existente (s).

2) Aprofundar a discussao sobre o uso cla computac;:ao nos curso~ de arquitetura e urbanismo, principalmente no qu e se refe re a:

a) arnbigi.iiclade ou contraposic;:ao das concepc;:oes cla informatica como instrumental no trabalho de arquitetos e urbanistas

b) limitac;:oes e interfaces do projeto elaborado pelos "metodos convencionais" ou com o uso de computac;:ao

c) superestimac;:ao (ou subestimac;:ao) clos efeitos do empre· go de linguagens computadorizadas no ensino e na profissao t ?) Esta,r. alerta qua? to a int:·odu c;:ao do, novo instrum~ntal d

mformat1ca no sent1do de nao cons1dera-lo como substltuto da concepc;:ao. Nesse enfoque , e importante incentivar e desenvol· ver, ao inicio do curso as questoes cia plastica e da expressao gra· fica, notadamente como elementos de representac;:ao e auxiliares no processo projel1.1al. 0 desenho a mao livre ou croquis e a me· moria grafica sao instrumentos poderosos para 0 processo projetivo, devendo ser mantidos e valorizados no processo de ensino .

4) Aprofunclar mais a elaborac;:ao de conteC1dos e metodologias pertinentes as praticas de preservac;:ao e recuperac;:ao do patrimonio historico arquitetonico e urbanistico tendo em vista a materia "Tee· nicas Retrospectivas" incluida no projeto de revisao do Curriculo Minimo.

70 -

'i) Revisar conteC1dos disciplinares do Urbanismo, especialmente quanta a seqi.iencia e a interdependencia entre as materias teori­cas e praticas que compoem essa area do conhecimento.

)) Discutir e aprofundar a tematica cla "Eliminac;:ao de Barre iras Arquitetonicas e Urbanisticas" buscanc!o a acessibiliclade ao meio fi­sico e eclificado por pessoas de movimentac;:ao reduzicla (portaclores de cleficiencias fisicas, gestantes, idosos, etc), sob a forrna de :

a) Inserc;:ao de conteCJClos em disciplinas existentes b) Criac;;:ao de disciplinas espedficas.

2.3 - REFLEXOES E EXPERIENCIA

Quanto a este sub-tema, a Plenaria do XII ENSEA conside rou que:

1) 0 partido arquitetonico e fruto cia visao politica do arquite to como cicladao, do conhecimento profundo do tema em suas rela­c;;:oes socio-econom.icas e clas guestoes re lacionaclas ao offcio de arguitetura e urbanismo. E o partido que organ iza, articula, se leci­ona e direciona as icleia s.

2) 0 arguiteto em seu ofkio, como um dos age ntes cla procluc;:ao cia arquitetura e do urbanismo, trabalha conclicionaclo por gues­toes bas icamente de natureza compositiva, programaticas, tecn i­co-construtivas, plastico-figurativas e estritmn ente forma is daclas pela intuic;:a o, guestoes essas articuladas entre si.

3) 0 sitio transformado em Iugar contextualiza a ac;:ao proj tiva, bem como o ato voluntario e eclucado pe lo processo cultural.

4) Qualque r modificac;:ao curricula r deve levar e m conta as gues­toes relativas ao partido nas diferentes fo rmas de proje ta c;:~to (ar­quite tura, urbanismo, design, e tc. ).

TEtv\A 3

TRABALHO FINAL DE GRADUA<;AO

Situaram-se pontos para a consicle rac;:ao clos cursos de Arquitet.ura e Urbanismo:

1) Carn.inhar para um consenso em q ue o Trabalho Final de Gra-

71 -

Page 38: Caderno ABEA 15

duac;ao seja individual. Ha ainda posic;oes divergentes quanto ao tema livre X tema dado e quanto ao carater pratico X carater teo­rico do produto final.

2) Reafirmar a importancia do Trabalho Final de Graduac;ao como alternativa a implantac;ao do Exame de Ordem preservando a au­tonomia das escolas nesta questao, e tambem como forma de ava­liac;ao da qualificac;ao para a vida profissional.

3) Encaminhar a preocupac;ao de que as escol~s nao d~finam seu Trabalho Final de Curso visando o Concurso Opera Pnma.

4) Recomendar a ABEA a exigencia de trabalhos individuais ao Concurso Opera Prima.

5) Valorizar a participac;ao de professores de outras escolas nas Bancas dos Trabalhos Finais de Cursos e I ou de profissional ar­quiteto atuante na sociedade.

6) Retomar as disposic;oes do projeto de revisao do Currfculo Mf­nimo quanto a orientac;ao do Trabalho Fin a~ de Graduac;ao,. valo­rizando e estimulando a atuac;ao de co-onentadores, apotando temas espedficos e areas especializaclas de desenvolvimento nos trabalhos de alunos.

7) Recomendar a defesa publica dos Trabalhos Finais de Graduac;ao.

TEMA4

RELA<;Ao PROFESSOR ALUNO

Na analise dessa relac;ao, o XII ENSEA concluiu que:

1) A questao da avaliac;ao e considerada o ponto mais diflcil na relac;ao professor I aluno, em grande patte por:

72 -

a) autoritarismo do corpo docente. b) inexistencia ou clificulda de de um dialogo claro entre

professor e aluno. c) subjetividade elou falta de clareza dos criterios. d) inexistencia ou dificuldade de revisao de notas, tanto

pelos entra ves burocraticos quanto eelo compottamento

corporativisG1. dos professores. 2) Relacionamentos pessoais representam desafios para a relac;ao professor I aluno. A questao do respeito m(ttuo deve perpassar o relacionamento em sala de aula.

~ ) Quanto a avaliac;ao do desempenho dos professores:

a) avaliac;:oes levam a melhoria do clesempenho e tendem a minorar problemas.

b) a atuac;ao clos professores revela "moclelos de comporta­mento" que necessitam ser repensados frente as tenden­cias atuais do processo ensino I aprendizagem.

c) problemas de corporativismo interferem no processo avaliativo .

Foram aincla aprovadas as sugestoes de:

a) criac;ao de um canal de comunicac;ao entre professores e alunos (comissao paritaria).

b) maior participac;ao dos alunos nos 6rgaos colegiados de decisao.

c) maior organizac;ao do cotpo discente. d) instrumentac;ao dos professores para o processo de

ensino I aprendizagem, com a colaborac;ao de profissio­nais clas {Jreas de educac;ao e psicologia.

e) que o tema se ja discutido clentro clas escolas tendo como diretriz o trabalho conjunto de prol-essores e alunos na avaliac;ao critica e na produc;ao de conheci­mento .

73 -

Page 39: Caderno ABEA 15

II MOSTRA DA PRODU<:;AO DE ALUNOS

Urna reflexiio

Em 1993 a ABEA propos e realizou pela primeira vez, como parte do processo avaliativo cia "Educayao do Arquiteto e Urbanista" , a exposic;:ao dos trabalhos que os alunos realizam nos perioclos ini­ciais clos cursos de Arquitetura.

0 Concurso Opera Prima, tern sete anos de existencia e produz uma Mostra que percorre opals expondo vinte e cinco trabalhos selecionados, e que , atualmente, constitui urn acervo considera­vel - mate rial importante para uma analise retrospectiva e uma cliretriz projetiva. No entanto 0 produto do Opera Prima e 0 pro­cluto final, conclusivo . 0 processo desenvolviclo ate a obtenyao clesse produto, ou seja o que acontece nas escolas nesse percurso informativo qu e constitui o cerne do curso , pe rmanecia sem explicitac;:ao, fora de cacla escola.

Esse o objetivo que impulsionou a Mostra: atend r a uma cleman­cla por informayao sobre o processo desenvolviclo na fo rmayao profissional constituindo-se, simultaneamente em instrumento de avaliayao e possibilidade de divulgac;:ao clos trabalhos "re laciona­dos com as Materias Basicas e as Mate rias Profissionais".

Os trabalhos cleveriam encaminhar resultados informayoes sobre o caminho percorrido, as re layoes com outras disciplinas, as for­mas de orientayao e avaliayao, na consecuyao clos obje tivos pro­postos .

Nessa II Mostra foi pequ eno o numero clas escolas participantes. Na produ c;:ao exposta , bastante numerosa quanto as duas escolas

74 -

do Para, foi flagrante a predominancia dos trabalhos sobre proje­tos. Mais uma vez o interesse pela forma como acontece o apren­dizado na area clas basicas nao foi corresponclido e, com isso, fi­cou prejudicada uma le itura crftica do processo de formac;:ao na sua globaliclade.

Participaram da II Mostra as Escolas de Arquitetura da UFPA, UNAl\1A, U:FF, UFRJ, BELAS ARTES e GAMA FILHO.

Analizando a produyao apresentada por essas Escolas, conforme o carate r da Mostra, a Comissao Julgadora composta pelos profes­sores Evanise Miranda (UFMG), Alexandre Azedo (UFPB) e o Aca­demico Joao Luis de Lima Neto (UFCE) indicou para premiayao o Curso de Arquite tura e Urbanismo cia Universidade Federal Flu­minense.

75 -

Page 40: Caderno ABEA 15

ATA DA XVII REUNIAO DO CONSELHO SUPERIOR DA ABEA- COSU

As 9:00 horas do dia 03 do mes de novembro de 1994, na Univer­sidad e Federal do Para, no Curso de Arquite tura e Urbanismo, foi aberta a XVII Re uniao do COSU/ ABEA pelo professor Ita mar Cos­ta Kalil (UFBA) - presidente cia ABEA - que procedeu a leitura cia pauta cia re uniao e propos a insen;ao de da is novas itens para discussao, a saber:"Currfculo Mfnimo-CEAU" e "Relacionamento com as demais Enticlades".

Estavam presentes as seguintes Instituic;aes de Ensino Superior: UFBA, UFPelotas, UFF, UFParaiba, UFPara, UFCeara, PUCCampinas, UNAMA, UNIFRAN, UFR], Belas Artes, UFSC, atraves de professo­re s e alunos.

Po r unanimiclade foi ap rovada a pauta apresentada a seguir:

1. Informes Gerais

2. Indicac;ao do novo consultor do Concurso 6pera Prima

3. Defini<;ao do 1 Q Semina rio de Pesquisa e P6s-graduac;ao no 1 Q semestre de 1995

4. Definic;ao do VII CO NABEA em ]o~o Pessoa no 2Q semestre de 1995

5. Currkulo Mfnitno - CEAU

6. Re lacionamento com as demais Entidades

7. Encaminhamento do XII Encontro Nacional sabre Ensino de Arquitetura

8. 0 que ocorrer

76 -

1. INFORMES GERAIS

1.1 - PublicO-foes da ABE4

0 presidente deu ciencia aos participantes da situac;ao clas publi­cac;oes da ABEA.Explicou que a enticlacle vinha contando com o apoio basicamente do CONFEA e que dos projetos apresentados em out:ubro/ 93 para o anode 94, os recursos s6 foram liberados em outu bro/94.

Escla receu que dos recursos solicitaclos - R$ 46 .620,00 - foram li­berados apenas R$ 8.000,00, sendo que, todos os projetos apre­sentaclos foram aprovados pela plenaria do CO NFEA, ou seJa, a publicac;ao clos CADERNOS 12,13, 14 e 15 e mais os recursos fi­nanceiros necessarios a realizac;ao do XII ENSEA. No enl1.nto ape­sar cla demora para liberac;ao dos recursos e do montante efetiva­mente repassado, a ABEA tern se mostraclo agil ao responde r aos convenios firmados. Esclareceu aincla qu e, mesmo sem os recur­sos p revistos fo i publicaclo o CADERNO 12 que trata dos resulta­dos do 1 Q Seminario sabre P6s-graduac;ao rea lizado em Flo rian6-polis . 0 mesmo ira ocorre r com os CADERNOS 13- CONABEA/ Salvador, 14 - Seminario sa bre Extensao/ Camp inas e 15 - Etica e Respo nsabilidade Te cnica e Social do Arquite to e Urbanista . ln­formo u que as publicac;oes estao se concretizanclo porqu e a ABEA vem negociando com as instituic;oes universitarias q ue secliam os eventos a sua respectiva publicac;ao, de modo que se tenha ga­ranticla a d ivulga<;ao clas discussoes realizaclas . Nesta situac;ao se encon tra o CADERNO 14 que reune as cliscu ssoes estabele ciclas durante o P Seminario sabre Extensao em Arquitetura e Urbanis­mo ocorriclo em maio de 1994 na PUCCampinas . A publicacao es~ra pronta no mes de nove mbro. A p resiclencia apre~en:ou al­guns exe mplares em reproduc;ao xerografacla para apre Clac;ao dos participantes do COSU.

1.2. Convenios/CONFEA e FADEMAC/ Anuidades

0 presidente informa q ue a ABEA mantem apenas dais conveni­os: com o CONFEA pa ra publicac;oe e apo io aos eventos e com a FADEMAC para realizac;:ao do Concurso 6pera Prima. E e com estes recursos q ue a enticlacle conta para sua sobrevivencia. A Direc;:~to

Executiva apresentara ao CONFEA proje tos para o proximo ano

77 -

Page 41: Caderno ABEA 15

esperando sua respectiva aprova~ao e libe ra~ao dos recursos so­licitados na integra .

Quanto as anuiclades, a presidencia informa que ja foram feita gestbes junto ao Banco Real, em Salvador, para cobran~a da anuidades.Atualmente e possfvel adotar o sistema de cobran~a banciria garantindo o retorno financeiro esperado pela entidade, o valor da cobran~a nao ultrapassa o possfvel valor arrecadado.

0 professor Alexandre Azedo (UFPB) pergunta se nao seria viavel a atualiza~o etas dfvidas dos associados, individuais e institucionais. Picou acertado que todos deverao reiniciar o pagamento da anui­dade mas a cobran~a nao sera retroativa.

Ainda sobre o item convenios, a Diretoria Executiva, atraves do presidente, informa que se iniciaram os contatos com a Editora PINI para futuro convenio de apoio na area de publica~bes . A ideia e se ter publicaclas integralmente as COntribui~bes enviadas pOI professores e alunos, para os eventos realizados. Set~ia uma ma­neira de garantir a divulga~ao clas reflexbes sobre ensmo, pesqut· sa e extensao em Arquitetura e Urbanismo.

2. INDICA<:;:AO DO NOVO CONSULTOR DO CONCURSO OPERA PRitv\A

0 presiclente fez uma explana~ao sobre a historia do Concurso (' explicou o papel que o consultor, indica do pela ABEA, tern a cum prir. Esclareceu que a Prof<! Evanise Miranda- UFMG acompanho\I o antigo consultor durante urn ano e clepois se responsabilizot.l, no espa~o de dois anos, pela condu~ao do Concurso 6pera Pn rna. Explicou ainda que desde a Reuniao do Conselho Superior cln ABEA realizada em maio de 1991, em Natal, ficou decicliclo que o consultor perma.neceria durante do is anos e receberia como r ' munera~ao 2()>/o do total clos recursos contratados com a FADEMA( por ano. A Prof'! Evanise ja cumpriu sua missao no perlodo estipu laclo e no momenta, o COSU precisa indicar urn novo consultoJ para acompanha-la no Concurso 6pera Prima 95. 0 novo consul tor devera se inteirar das tarefas e ativiclacles a realizar para e111 seguida assumir a const,tltoria por clois anos consecutivos. A Prol Evanise esta preparanclo urn Relatorio Geral sobre o Concurs(l 6pera Prima com duas vettentes. A primeira cliz respeito ao k

78 -

vantamento estatfstico dos daclos gerais existentes sobre o Con­curso (nQ de participantes, origem institucional orientaclores juri etc), e a segunda sera uma analise sintetica do~ clados para f~li:\.Jr~ publica~ao e dis tribui~ao aos associados.

0 pro£12 Eloi Eharaldt (UFRJ) clisse ser funclamental fortalecer cacla vez _n:ais a AB~ junto ao Concurso 6pera Prima e a prof'! Maria Amalta Magalhaes (UFRJ) falou da impo1tancia cla recupera~o e do reestabelecimento do esplrito do Concurso e que e necessaria fortalecer o trabalbo final de gradua~ao .

0 _rro£12 Jose Al<el (UNAMA) explicou que o trabalho premiado onundo de sua ~nstitu~~ao tinha 18 participantes na equipe, mas que a UNAMA nao esta venclendo diplomas. Na ve rda de o traba­lh~ foi desenvolvido por 2 alunos e os demais auxiliaram na pes­qlllsa de campo. 0 curso nao que ria enviar o trabalho e acabou recebendo distin~ao no Concurso.

0 ~cademico Marco Au relio Garcia (UFCeara) sugeriu que seja sohcitada, de cada Curso, a ata contendo a escolha clos trabalhos e os criterios aclotados nesta se l e~ao interna.

0 presidente reafirmou a importancia do trabalho do consultor e a profn Evanize sugeriu , em fun~ao de sua experiencia como con­sultora do Concu1:so, que fossem revistas as regibes estabelecid :-.ts e em vtgor para el"eito do Concurso Nacional. Disse que o nCtmero de cursos locali zados no Estado de Sao Paulo acarre ta grande so­brecarga para o rodfzio regional clos julgamemos.

A Profll Evanise sugeriu , a partir cia analise dos Cursos e cidacles onde ja se ':ealizou I?elo menos um julgamento reg iona l, os se­gumtes locats para d eLuar os julgamentos cia prox ima edicao do Opera Prima : "

Regiao 1(Sul) - UNISINOS/ Porlo Alegre

Regiao 2 (Sao Pau lo ) - UNITAU/ Taubate

Regiao 3 (H.io de Janeiro) - UFR]/Rio cle Janeiro

Regiao 4 (Nordeste) - UFPe/Recife

H.egiao 5 (Centro-Oeste ) - UnB/ Brasflia

De~idiclas as ciclades e Cursos para reali zac;:ao dos julgamentos regtonats, JXtssou-se a cliscutir qu em seria o proximo consultor do

79 -

Page 42: Caderno ABEA 15

Consurso Opera Prima.Os professores Ester Gutierrez (UFPel), Isa­bel Cristina Eiras (UFF), Marlice Azevedo (UFF) e Alexandre Aze­do (UFPb) foram indicados como poss!veis consultores.

Toc!os os professores indicados estavam presentes e manifestaram suas disponibilidades, intenc;;:6es e impedimentos e a Prof! Ester Gutierrez (UFPel) sera a nova consultora do Concurso Opera Prima.

3. DEFINI<;AO DO 1° SEMINARIO SOBRE PESQUISA OU SEMINARIO DE PESQUISA E POS-GRADUA<;AO NO P SEMESTRE DE 1995.

0 presidente explicou a razao da duvida sobre o tema do proxi­mo Seminario da ABEA e a necessidade de trazer a discussao para o COSU decidir. Foi esclarecido que durante o XX COSU realiza­do em Florianopoils, por proposic;;:ao do Prof. Luis Amorim - UFPe, foi aprovado a ... "realizac;;:ao de urn serninario sobre Pesquisa e Pos­Graduac;;:ao em outubro de 1994 e que por ocasiao da proxima reuniao do Conselho Superior a Diretoria se manifestaria ao COSU quanta a eventual necessidacle de antecipac;;:ao da realizac;;:ao do Seminario." Tendo em vista a clefasagem do tempo previsto na proposta e consiclerando a sequ encia de seminarios tematicos que vern sendo realizados pela ABEA, o Presidente solicitou do plena­rio a discussao do assunto a qual se segue:

A prof! Marlice Azevedo (UFF) propos que o Serninario se ja de Pesquisa porque assim, naturalmente, contera a pos-graduac;;:ao e senclo a tematica composta por pesquisa e p6s-graduac;;:ao, fatal­mente, nao se tera espac;;:o para gracluac;;:ao.

0 prof. Anderson Claro (UFSC) ap6ia o encaminhamento e refor­c;;:a a necessiclade de se discutir pesquisa na gracluac;;:ao. 0 prof. Alexandre Azeclo (UFPb) prop6e que o Seminario se ja sobre Pes­quisa e a tematica subcliviclicla em tres itens: Pesquisa na gradua­c;;:ao, na Pos-G racluac;;:ao e Profissional.

0 prof. Jose Robetto Merlin (PUCCampinas) apoia a proposta e a profn Ester Gutierrez (UFPel) reafirma a necessiclade de se estabe­lecer cliscussao mais profunda clos programas BIC e PET frente a oferta de vagas para monotoria.

0 prof. Anderson Claro (UFSC) sugeriu que se adotasse a classifi­cac;;:ao cla Comissao de Especialistas em Ensino de Arquitetura e Urbanismo- CEAU de "pesquisa na e com a graduac;;:ao."

80 -

A prof! Ester Gutierrez (UFPel) propos que nao se estimule a cli­cotomia entre graduac;;:ao e pos-graduac;;:ao e sim que se estabele~ a estrutura do Serninario a pattir de temas importantes, como por exemplo: Teoria e Historia, Conforto Ambiental , Projeto de Arqui­tetura, Proje to Urbano, Paisagismo, etc.

Picou deciclido que a estrutura do Seminario sobre Pesquisa em Arquitetura e Urbanismo contemplara a discussao sobre os pro­grarnas de est!mulo a pesquisa e ternas variaclos de interesse para o ensino tanto na graduac;;:ao como na pos-gracluac;;:ao.

Outra decisao tomada foi sobre o Iugar onde se realizara o Semi­nario . Duas Instituic;:oes de Ensino Superior- UNIFRAN e UFMT se candiclataram para sediar o evento em maio de 1995. 0 prof. Itamar Kalil - presidente cia ABEA- explicou que em func;:ao cla experien­cia aclquirida com realizac;;:ao clos eventos, a Direc;;:ao Executiva vern elaborando um roteiro completo da log!stica necessaria. Assim, ao negociar com as Instituic;:oes estas podem ter uma visao mais abrangente das caracter!sticas do evento e ao mesmo tempo se comprometem a providenciar as instalac;;:oes e equipamentos basi­cos para realizac;:ao clos encontros cia ABEA.

A Profd Marlice Azevedo (UFF) chamou atenc;:ao para que se evite a superposic;;:ao de eventos na area de Arquitetura e Urbanismo. Uma possibiliclade seria urn esforc;:o para que se conhecesse com relativa antecedencia a agenda global, por ano, dos eventos pro-gramados. ·

Picou acertado que a direc;;:ao da ABEA enviara correspondencia para a UNIFRAN e UFMT com as necessiclades listaclas para a re­alizac;;:ao do vento e em f1.mc;;:ao do re torno clas duas Institui<;:6 s podera ser decidiclo onde sera instalado o Seminario sobre Pes­quisa em Arquitetura e Urbanismo, no mes de maio de 1995.

4. DEFINI<;AO DO VII CONGRESSO NACIONAL DA ABEA

0 prof. Alexandre Azedo (UFPb) reafirmou a intenc;;:ao cia Unive r­sidade Fede ral cia Paraiba, atraves do Curso de Arquitell.Jra e Ur­banismo, de sediar o VII CONABEA. Da mesma forma que nos eventos anteriores, propos-se a av<tliac;:a9 etas logisticas para a re­alizac;:ao do Congresso.

81 -

Page 43: Caderno ABEA 15

5. CURRfCULO MfNIMO - CEAU

0 Prof. Itamar Kalil fez uma retrospectiva explicanclo a recriac;a cia Comissao de Especialistas em Ensino de Arquitetu ra e Urbani -mo em 1993.Esclareceu que a composic;ao cia CEAU atencleu a indicac;ao cia ABEA tendo sido formada pelos professores:

Maria Elisa Meira (UFF) - ex-presiclente cia ABEA e representant clos Cursos de Arquitetura e Urbanismo junto ao CONFEA; Robert Py Gomes cia Silveira (UFRGS) - ex-presidente cia ABEA e Luis Manoel do Eiraclo Amorim (UFPe)- atual vice-presiclente cia ABEA, e posteriormente integraclo a Co missao , na qualiclade de Consul­tor, o prof. Anderson Claro - atual Dire tor cla ABEA. Explicou qu participou a convite cia Secretaria de Ensino Supe rior - SESU/ MEC via CEAU clos cinco Seminarios Regionais sabre Acompanhamen­to Institucional do Ensino de Arquitetura e Urbanismo e do Semi­nario Nacional sobre Ensino de Arquitetura e Urbanismo, realiza­clo em Brasilia no mes de setembro de 1994. Informou aincla , qu a direc;ao cia ABEA, atendendo solicitac;ao cia CEAU, enviou carta ao Secretario de Ensino Superior - Prof.Roclolfo Pinto cia Luz de apoio ao Curricula Minimo apresentacla ao Conselho Federal de Eclucac;:lo - CFE.

0 presidente submeteu ao plenario a decisao cia cl ireto ria de en­viar o apo io sem que este passasse por alg um clos f6 n111s de liberativos cia enticlade - COSU ou reuniao ampliada cla Dire­c;:lo . Picou decicliclo que a clirec;ao remetera documento de apoio do COSU, a Secre taria de Ensino Supe rior - SESU/ MEC via CEAU, a iniciativa de revisao do Curricula Mlnimo.

Decicliu-se, t::un bem, qu e a direc;ao s encarregara d remeter a mesma corresponclencia as Escolas, Faculdades e Cursos do pafs, anexanclo c6pia da Revisao Curricular proposta e r comenclando ampla clivulgac;ao e acompanhado cia tramitac;ao no ambito do Mi niste rio de Eclucac;:lo e Desporto - MEC.

6. RELACIONAMENTO COM OUTRAS ENTIDADES

0 presidente recupe rou a hist6ria do pro jeto de lei regulamentan­do o exe rd cio profissional apresentado pelo lAB - Direc;ao Naci­onal e sua posterio r reje ic;a o e arquivamento na Cfunara clos De­pu tados. Lembrou das tentativas de uniao clas enticla des nacionais

82 -

do arquitetos e urbanistas - ABEA, FNA, e IAB-DN- para discus­M:IO e encaminhamento conjunto de uma proposta que atendesse :ls aspirac;oes cia categoria. Fez refe renda a atuac;ao da ABEA du­t:tnte todo o processo constituinte e mencionou uma c\as tentati­va de atuac;ao conjunta, o Encontro Permanente clas Entidades N·Kionais dos Arquitetos- ENPENA. Ap6s a rejeic;ao e arquivamento da proposta do IAB-DN, a ca tegoria se encontra novamente frente a necessidade de discutir em conjunto os possfve is rumos a se­~uir, alte rnativas ao sistema CREAS/ CONFEA.

0 presidente informou ao COSU do XIX Encontro Nacional de Sinclicatos de Arquitetos, realizado em P01to Alegre em setembro d 1994, e do recebimento de carta cia Feclerac;ao Nacional clos i\rquitetos conclamanclo as enticlacles nacionais para o estabe leci­mento cla unidade entre elas. 0 prof. Ari Vicente (PUCCampinas) consiclerou importante situar o problema e fez menc;ao a crise do sistema CREAS/CONFEA e a crise do lAB. Disse ser importante a unic\ade proposta pela FNA, mas tambem fundamental a defini­~·~to polltica e qual deve se r a ac;ao no interior clos CRE.AS, especi­al mente par::t que se possa em futuro breve ter acesso a he ranc;a patrimonial qu e os arquite tos tem dire ito . 0 prof. Alexa nd re i\zeclo(UFPb) consicle rou que o documen to cia FNA inicia o movi­rnento pela unicla de e propos que as minutas existentes do Cadi­go de Etica e cia Lei Organica cia Profissao cle vem se r enviaclas as Escolas, Faculclades e Cursos para clivulgac;ao e apreciac;ao .O pre­sidente escla receu que , na verclade, a ABEA tem participaclo ati­vamente clas discussoes, desde 1991 como EMPENA e durante todo processo constituinte . Consiclera ft.mdamental que o COSU-ABEA s . posicione quanto a proposta de unidacle entre as entidades nacionais de arquitetos e que sejam convocaclos os Cursos para discussao em seu interio r. Foi formada comissao para recligir o documento expressanclo a posic;ao do COSU composta pelos pro­fcssores Ari Vicente Fernandes (PUCCampinas) e Alexandr Aze­do (UFPb) e as acaclemicas Fabiana Resencle CUSP) e Maria Tere2c1. Barbughi (Moura Lacercla)

7. ENCAMINHAMENTOS DO XII ENSEA

Abrindo a discussao sobre os encaminhamentos das resolucoes l'Xtrafc\as do XII ENSEA, o presicle nte suge riu a discussao por itens

83 -

Page 44: Caderno ABEA 15

a seguir:

Com relac;:ao ao item 1- Vestibular - a ABEA devera preparar e enviar aos Cursos questionado sobre o teste de habilidade espedfica onde ele ocorre e tambem para os Cursos que nao o aplicam e por que nao 0 fazem. 0 questionario devera coletar informac;:oes qualitati­vas que complementarao os dados do Inventario, com os seguin­res topicos:

• reflexao sobre a real necessidacle do teste

• validade do teste que esta sendo aplicado

• definic;:ao do carater eliminatorio ou nao

• relac;:ao entre o resultado do teste e o desempenho do aluno no curso

• origem do aluno no segundo grau(escola publica ou particular, curso tecnico, etc.)

• perfil socio-economico dos candidatos e ingressantes

Foi decidido, tambem, que a ABEA fara contatos com as demais entidades clos arquitetos para realizac;:ao de campanhas conjuntas, atr·aves de videos, palestras, etc. para divulgac;:ao da profissao jun­to as escolas de segundo grau.

Com relac;:ao ao ftem 2 - EXPERIENCIAS CURRICULARES - o COSU decidiu que as informac;:oes sobre Informatica aplicacla a Arquite­tura e Urbanismo existentes na ABEA e na CEAU deveriam ser objeto de publicac;:a.o em CADERNO ESPECIAL reunido, ainda, a novas discussoes e produc;:oes sobre o tema.

Decidiu-se tambem que os temas espedficos discutidos no XII ENSEA, tais como teoria e historia, func;:ao social do arq uiteto e urbanist<l, tecnicas re trospectivas, urbanismo, eliminac;:ao das bar­reiras arquite tonicas e urbanfsticas, projeto de arquitetura e urba­na, trabalho final de graduac;:ao e relac;:ao professor- aluno e seus rebatimentos no ensino deveriam retornar aos Cursos e qu e clas discussoes internas resultassem artigos de professores e alunos que alimentariam os proximos Encontros e Seminarios e posteriormente seriam publicados no caderno cia ABEA.

84 -

8. 0 QUE OCORRER

A prof! Ester Gutierrez (UFPel) propos que fosse feito urn estudo da possibilidade de transformac;:ao dos cadernos da ABEA em Re­vista, de modo que as publicac;:oes dos trabalhos de professores e alunos ganhassem CLmho editorial para efeito de curricula e que para isto seria necessaria definir Comissao Editorial. 0 prof. Ari Vicente (PUCCampinas) clisse ser necessaria pensar na montagem de urn projeto editorial e o prof.Anderson Claro (UFSC) acrescen­tou que precisa ser elaborado projeto editorial, grafico e financei­ro .

A profll Maria Amalia Magalhaes (UFRJ) sugeriu que se elaborasse a proposL'l e que esta fosse apresentacla no Seminario sobre Pes­quisa em Arquitetura e Urbanismo a se realizar em maio de 1995.

Foi sugerido que professores cia UFF e UFI\J se encarregassem cia elaborac;:ao do projeto editorial e o apresentassem na proxima re u­niao do COSU.

A profll Marlice Azevedo (UFF), a respeito do Mercosul, disse que e necessaria e urgente se inte irar como se cla ra a integrac;;:ao entre as Escolas qu e compoem o MERCOSUL para que a ABEA partici­pe dessa in tegrac;:ao do ensino, a<:lequ ac;;:ao dos curriculos e diplo­mas e , por decorrencia , do exerdcio profissional.

Picou clecidido que a direc;:ao cia ABEA aguarclara os resultados do Encontro Al~QUISUH realizado nos elias 26 a 28 de ou Ll.J bro em Porto Alegre para pQsteriormente se posicionar a respeito .

0 prof.Candi Hirano (Belas Attes), pediu que fossem registradas em ata as perdas clos professores, arquitetos e urbanistas Mayumi So uza Lima e Edu ardo Kneese de Mello.

0 prof. Hamar Kalil esclareceu que na abertura do XII ENSEA, Be lem, foi fe ita homenagem a memoria cia Profil Mayumi Souza Lima e que e intenc;:ao da ABEA reunir material sobre ensino por ela produzido para posterior publicac;:ao.

0 presidente agradeceu a presenc;;:a de todos e o apo io cia Univer­siclade Federal do Para

Nada mais havendo a tratar, o Presidente encenou a sessao e foi lavrada a ata que esta por mim, Profa Isabel Cristina Eiras de Oli-

85 -

Page 45: Caderno ABEA 15

veira CUFF)- secretaria geral, assinada, pelo presidente e pelos presentes .

86 -

Belem, 03 de novembro de 1994 Isabel Cristina Eiras de Oliveira (UFF)­Secre taria Geral !tamar Kalil (UFBA) - Presiclente

ANEXOS

DIRETRIZES CURRICULARES E CONTEUDO MiNIMO DO CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

0 curso de Gracluac;:ao em Arquite tura e Urbanismo teve seu cur­rkulo minimo fixaclo pel a Resoluc;:ao n9 3, de 25/06/69, com base no Parecer n9 384/69 (10/ 06/ 69) de que foi Relator o Conselheiro Celso Kelly. Sua vigencia, portanto, se prolonga por periodo su­perior a 25 anos, durante o qual diversas e profunclas muclanc;:as se processaram na area de arquitetura e do urbanismo, com as transformac;:oes e avanc;:os eta ciencia e exigencias clas socieclades human as.

HISTORICO

1. A revisa.o do curricula rninimo do cur so de graduac;:ao de arqu i­tetos e urbanistas e, no momenta, imperativa e , para exigi-Iii, dife­rentes fatores se re linem:

a) A experiencia adquiricla durante os 25 anos de vigencia do atu­al currk ulo minimo mostra suas cl ficiencias e inaclequ ac;:ao, em face clas novas conclic;:oes e clemandas d uma mercado de traba­lho exigente, reclamando ativiclades profissionais ajustacl~1s as suas complexas necessidad s.

b) 0 CFE, atraves da Resolu c;:~1o nQ 1, de 4 de fevereiro d 1993, fixou normas para autorizac;:ao de funcion ~m1ento de Tnstituic;:oes Isoladas de Ensino Superior, de Cursos de Graduac;:ao e aumento de vagas em Cursos existentes, clando outras providencias. Apli­ca-se esta Resoluc;:ao, tambem, no caso de cria c;:~10 de cursos em

87 -

Page 46: Caderno ABEA 15

instituic;;:oes que estejam em processo de autorizac;;:ao ou reconh -cimento como universidade (Paragrafo 2Q, Art. P).

c) Os novos cursos que vierem a ser autorizados nao deverao ter como referencia para a sua constituic;;:ao , urn curricula minima qu necessita revisao e sim, urn currkulo atualizado de acordo com que a experiencia aponta e as necessidades exigem.

d) Ja no periodo 76181, houve urn processo de estudos e discus­soes, que teve inkio com a formulac;;:ao de subsfdios para a reformulacao do ensino da area. As decis6es foram sintetizadas na CARTA, DE OURO PRETO, que se constituiu, desde entao, em documento basico das discussoes posteriores. Em dez/79. reuniao nacional congregando, alem da Associa~'io Brasileira de Ensino de Arquitetura - ABEA, o Instituto de Arquitetos do Brasil - IAB/ DN e Federac;;:ao Nacional de Arquitetos - FNA, representantes dos cotpos discente e docente da rnaioria dos cursos do Pals, avaliou a questao da formac;;:ao profissional e definiu diretrizes basicas para a elaborac;;:ao de proposta de novo currkulo nunimo encaminha­do ao MEC. Este processo nao culminou, no entanto, com a reformulac;;:ao legal do curricula, como era esperado, apesar do VII ENCONTRO NACIONAL SOBRE FORMA~AO DO ARQUITETO (Goiania/81) ter definido o "Programa de Ac;;:ao Comum" referen­dando aquela proposta.

e) 0 exercfcio cia arquite tura e do urbanismo constitui-se em profissao regulamentada. Do ponro· de vista legal compete ao arquiteto e urbanista o exerdcio de todas as atividacles referentes a edificac;;:oes, conjuntos arquitetonicos e monumentos, arquitetura paisagfstica e de interiores, planejamento ffsico, local, urbana e regional. E urn aspecto bastante amplo que exige cla formac;;:ao profissional urn esforc;;:o capaz de qualificar o arquiteto e urbanis­ta na abrangencia de suas competencias legais, com o apro­funclame nto indispens{tve l para que possa assumir as res­ponsabilidades nelas conticlas.

D Para exercer atividades como supervisao, orientac;;:ao tecnica, coorclenac;;:ao, planejamento, projetos, especificac;;:oes, direc;;:ao ou execuc;;:ao de obras, ensino, assessoria, consultoria, vistoria, perf­cia, avaliac;;:ao, necessaria se faz que a formac;;:ao do futuro profis­sional contemple habiliclades complexas e em campos bastante clive rsificados.

88 -

g) Em fins do ano de 1992, a SESU/MEC decidiu recriar as Cornis­soes de Especialistas de Ensino que se encontravam desativadas. ) papel destas cornissoes no processo de melhoria da qualidade

d ensino e de fundamental importancia; e atraves delas que a SESu estabelece ligac;;:ao direta com a comunidade acadernica, podendo as5im captar com maior fideliclacle e velocidade as ne­e ssidades clas diversas areas de ensino. Neste contexto, a Conus­sao de Especialistas de Ensino de Arquitetura e Urbanismo - CEAU foi criada em fevereiro de 1993 e, desde entao, vern se cledicando 1\s questoes cia sua area de especialidade.

2. Para apresentar a revisao do currkulo minima do curso de gra­duac;;:ao em Arquitetura e Urbanismo, a CEAU coordenou no perf­ado de fevere iro de 93 a setembro de 94 urn processo de reflexao

de avaliac;;:ao baseado em exame aprofunclaclo cia problematica ducacional na area.

Os trabalhos cia CEAU durante o anode 1993 tomaram por base, entre ou tros, os estlJdos em andamento na Associac;;:ao Brasileira de Ensino de Arquitetura - ABEA, notadamente daclos e informa­c;;:oes do Inventario clos Cursos, Escolas e Faculdades de Arquitetu­ra e Urbanismo, realizaclo com o apoio do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia - CONFEA. Foram ainda considerados daclos e informac;;:oes do Conselho Federal de Eclu­cac;;:ao - CFE, cia Secretaria de Educac;;:ao Superior do Ministerio da Educac;;:ao e do Desporto - SESUIM~C, alem de documentos de entidades profissionais de arquitetos, Instituto de Arquitetos do Brasil - IAB e Feclerac;;:ao Nacional dos Arquitetos - FNA, e do Sis­tema de Fiscalizadio Profissional CREAs I CONFEA. A legislac;;:ao e as questoes enun~iadas pelos estudantes de arquitetura e urbanis­mo atrav 's de sua Feclerac;;:ao Naciona1 dos Estuclantes de Arqlllte­tura - FENEA foram tambem analisaclas, resultando em cliagn6sti­co prelinlina1: cia {trea, apresentado no Relat6rio 1993 (CEAU - CEE I SESU I MEC).

Tendo em vista o quaclro de ensino de arquite tura e urbanismo observaclo, a CEAU definiu como prioridade de ac;;:~to para o ano de 1994, a realizac;;:ao de cinco Semin;hios Regionais (Natal, Cuiab:i, Porto Alegre, Vit6ria e Sao Pau lo) e urn Seminario Nacional (Bra­silia) como objetivo de promover discussao nacional sobre aper­feic;;:oamento de uma polftica nacional de educac;;:ao do arquiteto e

89 -

Page 47: Caderno ABEA 15

urbanista, que pudesse ter seus reflexos na qualiclade de ensino, na produ~ao cientlfica e tecnol6gica e no mercado de trabalho, buscando sempre estimular a integrac,;:ao do sistema educacional com o desenvolvimento economico e social.

Participaram deste processo vinte e duas Universiclades Federais: Rio Grande do Norte , Para, Brasilia, Parafua, Pernambuco, Santa Catarina, Piaui, Rio de Janeiro, Vic,;:osa (MG) , Flurninense, Mato Grosso, Pelotas (RS), Minas Gerais, Juiz de Fora (MG), Rio Grande do Sul, Ceara, Uberl;'mdia (MG), Santa Maria (RS), Bahia, Parana, Alagoas, Espfrito Santo: cinco Estaduais e duas Munidpais: Esta­dual de Tocantins, Estadual do Maranhao , USP -Sao Paulo, USP­Sao Carlos, Estadual Paulista - UNESP, Taubate (SP), Regional de Blumenau (SC); dezesseis Unive rsiclacles Privaclas: cla Amazonia (UNAMA), Luterana do Brasil - ULBRA/ AM, Luterana do Brasil -ULBRA/RS, Univ. de Forrnac,;:ao, Educac,;:ao e Cultura - UNIFEC (S. Caetano/SP), Regional de Campanha (RS), de Mogi clas Cruzes (SP), Sao Judas Tadeu (SP), Paulista - UNIP (SP), Vale do Rio clos Sinos (RS), Cat6lica de Goias, Gama Filho (RJ), Mackenzie (SP), PUC -Parana, PUC- Campinas, de Marflia- UNIMAR (SP), de Guarulhos (SP); e nove Isoladas Privadas: Fac. Arquitetura e Urbanismo Sao Jose do rio Preto (SP), Fac. Belas Artes (SP), Fund. Armando Alva­res Penteado - FAAP (SP), Centro de Ensino Superior Pllnio Men­des dos Santos - CESUP (MS), Socieclade de Educac,;:ao Ritte r dos Reis (RS), Socieclade Educacional cia Grande Dourados- SOCIGRAN (MS), Faculdades Integradas Vale Paraibana (SP), Uniao das Fa­culdades Francanas - UNIFRAN (SP), Faculclades Anhembi Morumbi - FAM (SP) , num total de cinqi.ienta e quatro instituic,;:oes de ensino superior no conjunto das setenta e duas que oferecem cursos de arquitetura e urbanismo. Envolveu mais de duzentos participan­tes entre dirigentes de cursos, direc,;:oes de unidades, coordenado­res de curso, cbefes de depattamentos e representa<;:oes estudantis.

Os eventos conta ram com a presenc,;:a de re itores e pr6-reitores; cliretores de centros universit{u-ios; presidentes de Conselbos Re­gionais de Engenbaria, Arquitetura e Agronomia; presidentes de clepartamentos do Instituto de Arquitetos do Brasil e de Sindicatos de Arquite tos. Participaram ainda clos trabalbos o presidente da ABEA; o Coordenador e Vice Coordenador das Comissoes de Es­pecialistas de Ensino; os presidentes de FENEA, clo IAB-DN, cia

90 -

FNA e do CONFEA

As questoes relativas aos cut'rfculos, ja em discussao na rnaioria clos cursos, enunciaram a necessidade da revisao do currfculo rninimo em vigor.

Das discussoes ocorrichs, a CEAU sistematizou as contribui<;:oes num primeiro documento apresentado ao Serninario Nacional (UnB - set/ 94), que foi analisado , debatido, e formalizado na proposta a seguir apresentada.

As sugestoes atentam para a realidade criada com a cliversificac,;:ao clos cursos que se originaram no curriculo tninimo ainda em vi­gor, e nao ignoram interesses regionais e possibilida des materiais e humanas evidenciadas por cleterminadas instituic,;:oes. 0 que o curriculo minimo proposto busca e proporcionar ao arquite to e urbanista o dominio essencial das materias necessarias a sua atu­ac,;:ao, garantindo a habilita<;:ao (mica, fonalecendo seu conbecimen­tos especializados, sem perder a noc,;:ao do conjunto clos proble­mas da arquitetura e urbanismo~ 0 curso nao descuidara de pro­porcionar ao aluno conhecimentos funclamentais e integrativos de areas correlatas, tambem indispensaveis a formac,;:ao do arquite to e urbanista.

3. As alterac,;:oes propostas, com re lac,;:ao ao currfculo minimo de 1969, em vigor, referem-se ao entendimento de que conteudos, antes destacados como materias, devam ser consideradas instru­mentos que penneiam varios campos; este e o caso cla matemati­ca e da fisica.

Os conte(Klos cia matematica necessarios ao aprendizado e prati­ca cia arquitetura e do urbanismo sao relativos ao n(Jcleo de ensi­no de segundo grau, tais como geometria a nalltica, algebra linear, trigonometria e equa<;:oes ate o 2Q grau.

Da mesma forma, os conceitos cia flsica basica tambem sao do nucleo do segundo grau, como estatica, termodinamica , 6 tica/ ondulat6ria e sao revistos nos conte (Jclos re lativos clas materias profissionais, como conforto ambiental, sistemas estruturais e tecnologia da constru<;:io.

A informatica aplicada a arquitetura constitui-se em mate ria de carater profissional, dado que sua utilizac,;:ao nao se restringe ape-

91 -

Page 48: Caderno ABEA 15

nas a representa~ao do proje to, abrangendo a elabora~ao de no­vas processos de cria~ao que alteram a forma atual de concep-­s;:ao e produs;=ao da Arquitetura e Urbanismo. A informatica ja vern se constituindo, na pratica profissional, em meio de integra~ao clas diferentes e tapas do processo de defini~ao do projeto, cia cri­a~ao ao detalhamento e controle de ccnstru~ao.

CURRiCULO MiNIMO DO CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

Fixa os mfnimos de conteudo e de dura~ao do Curso de Gradua~ao em ·, Arquitetura e Urbanismo

Art. 1 - 0 Curricula Mfnimo do Curso de Arquitetura e Urbanis­mo compreende as seguintes materias:

a) Materias de Funclamenta~ao

1. Este tica, Hist6ria das Artes 2. Estudos Sociais e Ambient:c'lis 3. Desenho e out:ros meios de Expressao e Representa~ao

b) Materias Profissionais

1. Hist6ria e Teoria da Arquitetura e Urbanismo 2. Tecnicas Retrospectivas 3. Projeto de Arquite tura, de Urbanismo e de Paisagismo. 4. Tecnologia cia Constn1~ao 5. Sistemas Estrutura is 6. Conforto Ambiental 7. Topografia

8. Informatica Aplicacla a Arquitetura e Urbanismo 9._ Planejamento Urbano e RegionaL

c) Trabalho Final de Graclua~ao

a.l. 0 estudo cla Este tica esta em conexao com a Hist6ria das Artes e clara enfase a manifesta~6es ocorriclas no BrasiL

92 -

a.2. Os Estuclos Sociais e Ambientais objetivarao analisar o desen­volvimento economico, social e politico do Pais, nos seus aspec­tos intrinsecamente vinculaclos a Arquitetura e Urbanismo, e cles­pettar a aten~ao critica as questoes ambientais.

a.3. 0 estudo do Desenho abrange, alem das geometrias e spas aplica~oes, todas as modalidades expressivas cabiveis: moclelage~, plastica e outros meios de expressao , compreeden<;io a pesqmsa da forma, as possibilidades da cria~ao e a psicologia de suassolu­~oes.

b.l. 0 estudo cia Hist6ria e da Teoria envolve o contexto hist6rico da produ~ao cia Arquitetura e do ljrbanismo, abrangenclo os as­pectos de funciamenta~ao conceitual e me todol6gica.

b.2. 0 estudo clas Tecnicas Retrospectivas inclui a conservas;=ao, restauro , reestrutura~ao e reconstm s;=ao de eclificios e conjuntos urbanos. ·

b .3. 0 Projeto de Arquitetura, de Urbanismo e de Paisagismo co~s­titu e a atividade criadora, quer quanta a arquitetura das habtta­~oes e e clificios em geral, quer quanta a projetos de objetos, p~i­sagem, ciclades e regioes. Os temas objetivarao probl_emas de m~t?r interesse social, mediante aten~ao critica as necesstclades soctats.

b .4. Na Tecnologia da Constru~ao incluem-se os estudos relativos aos mate ria is e tecnicas construtivas, instala~oes e equipamentos precliais e a infra-estrutura urbana.

b.S. 0 Sistemas Estruturais considerarao, alem do qu e lhe e pe­culiar, o estudo cia resistencia clos materiais, estabiliciade clas cons­tru~oes e do projeto estrutural, utilizanclo o instrumental cia mate­rru'i tica e cia fisica.

b .6. Em Conforto Ambiental esra compreendido o estudo das con­di~oes termicas, acusticas, luminicas e energeti~a_s e os fenome­nos fisicos a elas associaclos como um clos condtoonant~s da for­ma e da organiza~ao do espa~o.

b.7. A materia Topografia consiste no estudo da topografia propri­amente clita como uso de recursos de aerofotogrametria, topologia, foto-interpr~tac;:ao, aplicados a arquitetura e urbanismo.

b.S. 0 estuclo da Informatica Aplicacia a Arquitetura e Urbanismo abrange os siste mas de tratamento cia informa~ao e represent:c'lc;;:ao

93 -

Page 49: Caderno ABEA 15

do objeto aplicados a arquitetura e urbanismo, implementando a utiliza<;:ao do instrumental da informatica no cotidiano do apren­dizado .

b.9. 0 Planejamento Urbano e Regional constitue a atividade de estudos, ana!ises e interven<;:bes no espa<;:o urbana, metropolitano e regionaL

c.l. 0 Trabalho Final de Gradua<;:ao obje tiva a valiar as condi<;:bes de qualifica<;:ao do formanclo para acesso ao exerdcio profissio­naL Constitue-se em trabalho individual, de livre escolha do alu­no, relacionado com as atribui<;:bes profissionais, a ser realizaclo ao final do curso e ap6s a inte rgraliza<;:ao clas mate rias do curricu­la minima. Sera desenvolvido com o apoio de professor orientador escolhido pelo est:uclante entre os professores arquitetos e urba­nistas dos departamentos do curso, e submetido a banca de ava­lia<;:ao com participa<;:ao externa a Institui<;:ao a qual estuclante e orientaclor perten<;:am.

Art. 2 - Os cursos empreenderao excursoes, com obriga<;:ao de relat6rio cr1tico, a obras funclamentais, a ciclades hist6ricas e cicla­cles e regioes que ofere<;:am solu<;:bes novas.

Art. 3 - 0 curricula minima, no momenta em que passa a ser metodologicamente trabalhado sob a forma de ativiclacles, disci­plinas, seminarios e formas outras de implementa<;:ao curricular, constitue-se no chamado curricula plena cla institui<;:ao.

Art. 4 - A nomenclatura do curricula minima deve ser tn:'lnticla na escritura<;:ao escolar aclmitinclo-se, contudo, qu e a denomina<;:ao geral de uma materia possa ser explicitada em disciplinas.

Art. 5 - 0 curso de Arquitetura e Urbanismo se ra mini trado no tempo de 3.600 horas-aula, fixanclo-se sua integraliza<;:ao em urn minima de cinco anos e urn maximo de 8 anos.

Art.6 - A carga horaria de 3.600 horas-aula refere-se ao tempo destinado as ativiclades fixaclas no curricula minima , nela nao se incluindo atividades outras estabe lecidas pela institui<;:ao.

Art.7 - Os minimos de conteli clo e durac;:ao fixados serao obrigat6-rios para os alunos qu e ingressarem em 1996, podendo as institui­<;:bes que tenham condi<;:bes para tanto e assim desejarem, aplica­los a partir de 1995.

94 -

PORTARIA N° 1.770, DE 21 DE DEZEMBRO DE 1994

0 MINISTRO DA EDUCA\=AO E DO DESPORTO, no usa de suas atribui<;:bes e tendo em vista o disposto no att. 4Q cla Meclida Pro­vis6ria nQ 765 de 16 de dezembro de 1994, e consicle rando as recomenda<;:b~s dos Seminarios Regionais e Nacional dos Cursos de Arquitetura e Urbanismo, e da Comissao de Especialistas de Ensino de Arquitetura e Urbanismo da Secretaria de Educa<_;:ao Superior deste Ministerio, resolve: Art. 1 Q - Fixar as diretrizes curriculares e o conteuclo minima do curso de gradua<;:ao em Arquitetura e Urbanismo.

Art. 2Q - 0 contetido minima do Curso de Arquitetura e Urbanis­mo divide-se em tres partes interdependentes:

I) Materias de Fundamenta<;:ao, constituindo-se em conhecimen­tos fundamentais e integrativos de areas correlatas;

II) Mate rias Profissionais, constituindo-se em conhecimentos qu caracterizam as atribu i<;:bes e responsabiliclades profissionais;

III) Trabalho Final de Graclua<;:ao. Paragrafo Cmico - As areas de estudo correspondentes as mate ri as de fundamenta<;:ao e as materias profissionais nao guarclam entre si qualque r exigencia de precedencia.

Art. 3Q - Sao materias de Fundamenta<;:~ta:

- Estetica, I-Iist6ria clas Attes.

- Estudos Sociais e Atnbientais.

- Desenho. § 1 Q - 0 estuclo de Estetica esta em conexao com o da Hist6ria clas Artes e clara enfase as manifestac;:oes ocorridas no BrasiL

§ 2Q - Os estudos Sociais e Ambientai objetivam analisa r o clesen­volvimento econ6mico, social e polltico do Pais, nos aspectos vin-

95 -

Page 50: Caderno ABEA 15

-- - - - -------- - --- - - --

culados a Arquitetura e Urbanismo, e despertar a atenc;:ao critica para as questoes ambientais.

Art. 4Q - Sao Materias Profissionais:

- Hist6ria e Teoria cia Arquitetura e Urbanismo.

- Tecnicas Retrospectivas.

- Projeto de Arquitetura, de Urbanismo e de Paisagismo.

- Tecnologia da Construc;:ao.

- Sistemas Estruturais.

- Conforto AmbientaL

- Topografia.

- Informatica Aplicada a Arquitetura e Urbanismo.

- Planejamento Urbano e RegionaL

§ 1 Q - 0 estudo da Hist6ria e cla Teoria da Arquitetura e Urbanismo envolve o contexto hist6rico cia produc;:ao cia arquitetura e dour­banismo, abrangenclo os aspectos de funclamentac;:ao conceitual e metodol6gica.

§ 2Q - 0 est:uclo clas Tecnicas Retrospectivas inclui a conservac;:ao, restauro, reestruturac;:ao e reconstn.1c;:ao de ecliffcios e conjuntos urbanos.

§ 32 - 0 Projeto de Arquitetura, de Urbanismo e de Paisagismo

constitui a atividade criadora, refe rente a arquitetura das habita­c;:oes e edificios em geral, bern como a proje tos de objetos, paisa­gens, cidades e regioes. Os temas aborclarao problemas de maior interesse social, mediante aten c;:ao critica as necessidades sociais.

§ 4Q - Na Tecnologia da Constru c;:ao incluem-se os estuclos re lati­vos ao materiais e tecnicas construtivas, insta lac;:oes e equipamen­tos prediais e a infra-estrutura urbana .

§52- Os Sistemas Estruturais consideram, alem do que lhe e pecu­

liar, o estudo da resistencia dos materiais, estabilidacle das cons­truc;:oes e do projeto estrutl.tral, utilizanclo o instrumental cla mate­matica e cia fisica.

§ 6Q - Em Conforto Ambiental esta compreendiclo o estudo clas conclic;:oes termicas, acusticas, luminicas e energeticas e os feno-

96 -

menos fisicos a elas associados, como um dos condicionantes cia forma e cia organizac;:ao do espac;:o.

§ 7Q - A materia Topografia consiste no estudo cla topografia pro­priamente dita, com o uso de recursos de aerofotogrametria, topologia e foto c-interpretac;:ao, aplicados a arquitetura e urbanis­mo.

§ 8Q - 0 estudo cia Informatica Aplicada a Arquitetura e Urbanismo abrange os sistemas de tratamento de informac;:ao e representac;:ao do objeto aplicados a arquitetura e urbanismo, implementando a utilizac;:ao do instrumental da informatica no cotidiano do apren­dizado.

§ 9Q - 0 Planejamento Urbano e Regional constitue a atividade de estudos, analises e intervenc;:aes no espac;:o urbano, metropolitano e regionaL

Art. SQ - As materias profissionais do Proje to de Arquitetura , de Urbanismo e de Paisagismo, Tecnologia da Construc;:ao, Sistemas Estru turais, Conforto Ambiental, Topografia , Informatica Aplicacla a Arquitetura e Urbanismo, que requerem espac;:os e equipamen­tos especializados, tem como exigencia, para sua oferta, a utiliza­c;:ao de laborat6rios, maquetarias, sa las de projeto, alem dos equ i­pamentos correspondentes.

Art. 62 - Sera exigido urn Trabalho Final de Graduac;:ao objetivan­clo avaliar as condic;:oes de qualificac;:ao do formando para acesso ao exerdcio profissional. Constitui-se em trabalho individual, de livre escolha do aluno, relacionado com as atribuic;:oes profissio­nais, a ser realizado ao fin al do curso e ap6s a integralizac;:ao clas materias do curricula rninimo. Sera clesenvolviclo com o apoio de professor orientaclor escolhido pelo estudante entre os professo­res arquitetos e urbanistas clos departamentos do curso e subme­tido a uma banca de avaliac;:ao com participac;:ao externa a Institui­c;:ao a qual estudante e orientaclor pertenc;:am.

Art. 72 - Cacla curso mantera um acervo bibliografico atualizado de, no minimo, 3.000 titulos de obras de arquitetura e urbanismo e de referenda as materias do curso, alem de peri6dicos e legisla­c;:ao .

Art. 82 - Os cursos cleverao empreencler vis it:.:'ls a obras funclamen-

97 -

Page 51: Caderno ABEA 15

tais, a ciclades e conjuntos hist6ricos e a ciclades e regi6es que ofere~m solw;:6es novas, com exigencias de apresentac;=ao de re-lat6rio crftico por patte dos alunos. ·

Art. 9Q - A carga horaria do curso de gradua~ao em Arquitetura e Urbanismo sera de 3.600 horas, exclusivamente destinadas ao desenvolvimento do conte(ido fi.Xado no cun:fculo mfnimo, eleven­do ser integralizacla no prazo rninimo de 5 e maximo de 9 anos.

Art. 1QQ - No prazo de clois anos a contar desta data, os cursos de Arquitetura e Urbanismo ja existentes, proverao os meios neces­sarios ao integral cumprimento clesta Pmtaria.

Art. 1 P - Os mfnimos de conteudo e dura~ao fixados por esta Portaria serao obrigat6rios para os alunos que ingressarem em 1996, podendo as institui~6es que assim o clesejarem, aplici-los imedi­atamente.

Art. 12Q- Esta Portaria entrara em vigor na data de sua publica~ao, revogaclas as disposi~oes em contrario, especialmente a Resolu­c;=ao nQ 3/69 do extinto Conselho Federal de Educa~ao.

MURfLO DE AVELLAR HINGEL

Page 52: Caderno ABEA 15