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Caderno ABEA 12 - Seminário Nacional de Pós-Graduação em Arquitetua e Urbanismo

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Anais do Seminário Nacional de Pós-Graduação em Arquitetua e Urbanismo. Florianópolis, 1993.

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Page 2: Caderno ABEA 12 - Seminário Nacional de Pós-Graduação em Arquitetua e Urbanismo

ANAISSeminário Nacional de

Pós-Graduação em Arquiteturae Urbanismo

Florianópolis - 11 a 13 de maio de 1993

Page 3: Caderno ABEA 12 - Seminário Nacional de Pós-Graduação em Arquitetua e Urbanismo

DIRETORIA EXECUTIVA ABEA (Gestão 91/93)

PresidenteMaria Elisa Meira - UFF (licenciada)

Více-PresidenteItamar Costa Kalil - UFBA (presidente em exercício)

Secretaria GeralEvanise Colambini Miranda - UFMG

Sub-SecretáriaMaria Gleide Santos Barreto - UFBA

Secretaria de FinançasIsabel Cristina Eiras de Olioeira - UFF

Sub-Secreraria de FinançasGuiualdo D'Alexandria Baptista - UFBA

DIRETORES REGIONAISCarmem Cal - UFPASonia Marques - UFPeSérgio Machado - Isabella HendrixEster Gutierrez - UFPelPaulo Romano Reicbilian - UNITA U

VOGAISRoberto Py - UFRGSMarlice Azevedo - UFFMaria de Fátima Campello - UFAL

A publicação deste Caderno contou com o patrocínia do CONFEAConselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia.

Caderno 12 - Anais do Seminário Nacional de Pós-Graduação emArquitetura e Urbanismo - Salvador, setembro de 1994Publicação da Associação Brasileira de Ensino de Arquitetura - ABEAOrganização: Itamar Kalil / Isabel Cristina Eiras de OliveiraRevisão: Isabel Cristina Eiras de Oliveira / Vânia Hemb M, AndradeProjeto Gráfico: Beto Cerqueira (071) 235-2973Impressão e Acabamento: Envelope & CiaABEA : Rua Caetano Moura, 121 - Federação - CEP 40.210-350 -

Salvador - Bahia - Telefone: (071) 245-2627 - Fax: (071) 247-3511

SEMINÁRIO NACIONALPÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO

Comissão Organizadora (ABEA/UFSC)Itamar Costa Kalil - UFBA

Isabel Cristina Eiras de Oliveira - UFFRoberto Py - UFRGS

Carolina Palermo Szücs - UFSCRobetto Gonçalves da Silva - UFSC

Carmem Seara Cassol - UFSCAnderson Claro - UFSC

Comissão Acadêmico-CientíficaEuanise Miranda - UFMGI ABEA (coordenadora)

Sonia Marques - UFPe 1 ParisMarlice Azevedo - UFF 1 Paris

Gonçalo Guimarães - UFR] 1 COPPEWilson Ribeira Jr - PUCCAMP / USP

Isaias de Carvalho Neto - UFBA 1 USPBeatriz Couro - UFMG 1 EEUU

Sonia Afonso - UFSC 1 USPCarlos Martins - USPCAR / Madrid

[uan Mascará - UFRGS 1 USP

Equipe de ApoioDauusia Scbioahn Curcio - UFSCDoraci de Oliceira vieira - UFSC

Ercio Pedra da Silra - FSC[acqueline Dant iani da Rosa - UFSC

Maria Lidia Araújo Sintas - ABEAMaria Cé/ia Bueno Laranjeiras - UFSC

Mirella Dutra - UFSCTania Maria Roeca - UFSC

Patrocinadores do SeminárioSecretaria ele Ensino Superior elo MEC - SESU

Conselho Regional ele Engenharia, Arquitetura e Agronomia eleSanta Catarina - CREA-SC

FADEMAC S.A

AgradecimentosSESU, ermA-Se, CREA-SP FADEMAC Universidade Federal ele Santa

Catarina , Centro Tecnológic~, Departan~ento ele Arquitetura e Urbanismo,pelo a paio à realização elo evento,

Page 4: Caderno ABEA 12 - Seminário Nacional de Pós-Graduação em Arquitetua e Urbanismo

PARTIC IPANTES

UFSCAlcimir De ParisAlina Gonçalves SantiagoAnderson ClaroCartnem Seara CassolCarolina Palermo SzucsCesar Ploriano dos SantosDaniele Costa •Débora da R.Rodrig1les Lima •Denise Le Maitre Rosatto •Fernando o.Ruttka v PereiraHamilton Cm'valho de AbreuJoão Eduardo Di PietroLisete TA.de OliveiraMarcela Ferrari •Margot Moreno BConsiglioMaria Inês SugaiNarbal Ataliba MarcellinoNelson Popini VazOdette Maluf TeixeiraRoberto Gonçalves da Sili 'aRosana Montagner Ceruo •Rosângela M.de Souza Carneiro •Sergio A .Alibert MeirellesSergio Castello B.NappiSonia Afonso

C) Acadêmicos

FURBStenio Calsado Vieira

UFRJDenise Pinheiro MachadoGonçalo GuimarãesLiana de Ramieri PereiraOlinio Gomes P Coelho

UNBBennv ScbuasbergFrederico de Holanda

USUAlmir Pernandes

UFF/ABEAIsabel Cristina E.de Oliveira

CAPESAbigail de o. CarvalhoCelso Latuparelli

UFFCristina Fernandes de MelloMarlice N.Soares de Azevedo

CNPQCelso Martins Pinto

UNIFENASAntonio Fernando dos A Abrão

UFMTNedvr G.ivfar/inho Modesto

UFVPaulo Tadeu Leite Arantes

UFBAAna FeruandesCbristina A .Paim CardosoGu it -aldo DA. Baptistafsaias de eSC/li/os Neto

UFMGBeatriz A. d Araujo Couto

UFMG/ABEAEuanise e Miranda

UFBA/ABEAItautar Costa Kalü

FEBASP/UNISANTOSMaria Helena M.B.Flvnn

UFRGS/ABEARoberto Pv

USP/SÃO CARLOSCarlos Alberto FMartinsRicardo Martucci

UFPE/ABEALuiz Mauue! do E. AIIIOIÚI/

UFRNPedra Antônio de Lima SantosPUCCAMP

Iuone SalgadoWilson R.dos Santos junior UFAL

Germana Siloa PascuatMACKENZIERoberto Rigbi UFAL

Rodrigo de A Ramalbo FilhoUSPUalfrido DeI Carfo

PUC/PRLuis Saluador PGnoato

UELPaulo Rolando de Lima

UFPBAna Maria de S. M. Farias

UFPECirceMaria Gama MonteiroSonia Marques

UFPACariuem Lucia Valério Cal[orge Dereu]i

UFPELEster]. B. Gutierrez

UFRGSElrau Siha[uau MascaráLinett Castello

ANPED/UFSCJosé André Angotti

UBCCandido Malta Campos Neto

FNAValeska Peres Pinto

RIBEIRÃO PRETORutb Cristina MontanbeiroPaulino

Page 5: Caderno ABEA 12 - Seminário Nacional de Pós-Graduação em Arquitetua e Urbanismo

PROGRAMA

12:00h - Almoço

14:00h -Temas para Discussão• Condições de acesso e de permanência dos profissionais

(critérios de seleção e bolsas)• Princípios para definição de temas e orientadores

• Pós-graduação de profissionais arquitetos e urbanistas em outrasáreas (limites e possibilidades)

• Vantagens e desvantagens do vínculo entre titulaçào e salário(especialização, mestrado e doutorado)

Noite - LIVRE

__ D_I_A11 SEGUNDA-FEIRA

9:00h - Abertura do SeminárioMagnífico Reitor da UFSC

Prol Antonio Diornârio de QueirozPresidente da ABEA (em exercício)

Prol Itamar Kalil

9:30h - PainelCoordenadores dos Cursos

de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo

13:00h - Almoço

15:00h - PainelCAPES - Comissão de Aperfeiçoamento de Pessoal

de Ensino SuperiorProfa. Abigail de Oliveira Carualbo

Diretora da Área de AvaliaçãoCNPq - Conselho Nacional de Pesquisa

Dr. Celso MartinsSuperintendente da Área de Ciências Humanas e Sociais

19:00h - PainelProl Celso Lamparelli (Coordenador painel)

Coordenador da Área de Arquitetura e Urbanismo - CAPESANTAC - Associação Nacional de Tecnologia

do Ambiente ConstruidoProl Roberto Lambertz (ince-presidente)

ANPED - Associação Nacional de Pós-Graduaçãoe Pesquisa em EducaçãoProl José André Angotti

_______ J?~~13 Q~~RTA-FEIRJI- _

9:00h - Temas para Discussão• Pertmência das prioridades e critérios estabelecidos pelas agências de

fomento (financiamento e avaliação de desempenho)• Vantagens e desvantagens de vínculo com outras entidades

(ANPOCS, ANPUR, ANTAC, ANPED, dentre outras)• Dificuldades e pontencialidades do vínculo entre ensino de graduação,

pós-graduação e titulação• Dificuldades e potcncialidades do vínculo entre o ensino de graduação,

pós e pesquisa

12:00h - Almoço

14:00h - Plenária GeralAprovação do Relatório

19:00h - EncerramentoProf" Nilcéia Lemos Pelandré

. Vice-Reitora da UFSCProf. Hélio Leite

Representante da SESUEngQ. Wilson Lang

Presidente do CREA-SCProf". Maria Elisa Meira

Presidente da Comissão de Especialistas em Arq. e Urb. - CEAU/MECArq. Valeska Peres Pinto

Presidente da FNAArq. Tuing Xing Xang

Vice-Diretor do Centro TecnológicoProf". Carmem Cassol

Representante do IAB-SCProl Itamar Kalil

Presidente da ABEA9:00h - Temas para Discussão

• lntegração graduação e pós-graduação• Articulação e cooperação entre cursos

• Necessidades ou não de áreas de concentração• Apoio institucional à pós-graduação nas públicas e privadas

20:00h - Abertura XVCOSU

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APRESENTAÇÃO

O Caderno de nº 12, retoma a série de publicações que a ABEAvem produzindo nos últimos anos. Este, contém os resulta-

dos do 1º SEMINÁRIO SOBRE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUITE-TURA E URBANISMO, realizado em maio de 1993, no Departa-mento de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal deSanta Catarina.

A temática colocada para discussão no Seminário, promoveu areunião de cursos de Arquitetura e Urbanismo com o objetivo deapresentar propostas para subsidiar a definição de uma políticada ABEA de ampliação da pós-graduação na área de Arquitetura eUrbanismo (especialização, mestra do e doutorado) que secaracterize pela integração entre graduação e pós.

Foram relacionados 12 pontos como sub-ternas para discussão eapresentação de trabalhos os quais ordenam a apresentação dosresultados. Eles procuram abranger as questões pertinentes aoscursos hoje em funcionamento no país, de forma a globalizar osproblemas da pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo. Com atarefa de consolidar os trabalhos apresentados e conduzir asdiscussões, foram indicados dez professores titulados na área aosquais agradecemos o empenho demonstrado na difícil tarefa quelhes coube.

O presente relatório apresenta a sistematização dos trabalhosenviados de acordo com os pontos previamente definidos, oprograma do Seminário, as conclusões das discussões e a relaçãodos participantes.

Esperamos que os resultados aqui apresentados dêem origem àformulação de uma política para o setor e sirvam de subsídiospara a ampliação da discussão da pós-graduação na área.

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I

Relatóriodas Discussões

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INTRODUÇÃO

Este relatório contém os debates e conclusões do SeminárioNacional de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo,

promovido pela Associação Brasileira de Ensino de Arquitetura -ABEA - com o apoio do Departamento de Arquitetura da Univer-sidade Federal de Santa Catarina, nos dias 11, 12 e 13 de maio de1993 em Florianópolis

As discussões tiveram por base os trabalhos encaminhados pelasseguintes instituições: Universidade Federal do Rio Grande do Sul(UFRGS), Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federaldo Pará (UFPA), Universidade Federal do Rio Grande do Norte(UFRN), Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Universi-dade Federal do Rio de Janeiro (UFHJ), Universidade FederalFluminense (UFF), Universidade Federal da Bahia (UFBA), Ponti-fícia Universidade Católica de Campinas (PUCCAMP), Universida-de Federal de Viçosa (UFV), Universidade Mackenzie e Universi-dade de Brasília (UnE)

A sistemática dos trabalhos consistiu na consolidação dos traba-lhos enviados, o que foi feito pela Comissão Acadêmico-Científi-ca, tendo por base os pontos anteriormente estabelecidos pelaABEA:

Ponto 1Ponto 2Ponto 3Ponto 4

- integração entre graduação e pós-graduação;- articulação e cooperação entre cursos;- necessidade ou não de áreas de concentração;- apoio institucional à pós-graduação nas univer-

sidades p blicas e privadas;

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Page 9: Caderno ABEA 12 - Seminário Nacional de Pós-Graduação em Arquitetua e Urbanismo

Ponto 5 I acesso e de permanência dosrI' fi' i nai (critérios de seleção e bolsa);

P nt • I rin ípios para definição de temas eri ntadores,

p nto 7 • pó -graduação de profissionais arquitetos eurbanistas em outras áreas (limites e possibilída-d s);

p( nt - vantagens e desvantagens do vínculo entretitulação e salário;

I nt 9 - pertinência das prioridades e critérios estabele-cidos pelas agências de fomento (firiahc~ntoe avaliação de desempenho);

Ponto 10 - vantagens e desvantagens de vínculo comoutras entidades (ANPOCS, ANPUR, ANPED,dentre outras);

Ponto 11 - dificuldades e potencialidades do vínculo entreensino de graduação, pós-graduação e titulaçào,

Ponto 12 - vínculo entre ensino de graduação, pós-gradua-ção e pesquisa. (Este ltimo ponto foi acrescenta-do porque constou das contribuições enviadas).

A abertura dos trabalhos deu-se pelo Magnífico Reitor da Univer-sidade Federal de Santa Catarina, prof. Antônio Diomário deQueiroz, pelo presidente da ABEA, prof. Itamar Costa Kalil e peloDiretor do Centro Tecnológico da UFSC, prof. Renato Carlson.

A discussão do temário foi precedida de três painéis:

O primeiro painel reuniu 7 Coordenadores de Cursos de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo de um total de 11 cursos.Assim ficou composta a mesa:

Profê. Ana Maria Fernandes - UFBAProf. Carlos Martins - USP/SÀO CARLOSProf. Frederico de Holanda - UnBProf". Liana de Ranieri - UFRJProf. Lineu Castello - UFRGSProf. Paulo Tadeu Arantes - UFVProf Roberto Righi - UNIV.MACKENZIE

O seguinte consistiu na apresentação dos representantes da Co-

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missão de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior (CA-PES), Prof", Abigail de Oliveira Carvalho, e do Conselho Nacionalele Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Prof. CelsoMartins;

O terceiro constou da participação de representantes de associa-ções nacionais de pesquisa, a saber: Prof. Luis Fernando Heineck,da Associação Nacional de Tecnologia do Ambiente Construido(ANTAC), e Prof. José André Angotti, da Associação Nacional dePós-Graduação e Pesquisa em Educação (ANPED)

O Prof. Celso Lamparelli dirigiu os trabalhos na qualidade de co-ordenador da área de Arquitetura e Urbanismo da CAPES.

PONTO 1Integração entre Graduação e Pós-Graduação

A necessidade e urgência de maior integraçào entre a graduaçãoe a pós-graduação é consensual. Porém, esta questão aparececorrelacionada a concepções distintas ou que apresentam nuances.As observações ela plenária assinalam que:

É importante o fortalecimento ela graduação para que a pós-gra-duação não se limite a suprir deficiências da formação.

A diferença entre graduação e pós-graduação é de ênfase e nãode essência.

Ambas as instâncias, graduação e pós-graduação são atividadesque se realizam no âmbito da Universidade e se caracterizam pelocompromisso social com a produção do saber. A graduação tem,no entanto, a função de preparar profissionais para o campo dotrabalho; enquanto a pós-graduação deveria primordialmente di-rigir-se à capacitação docente e à melhoria do ensino e pesquisade Arquitetura e Urbanismo.

A contradição entre o fazer arquitetõnico e a pesquisa não existe,já que o primeiro depende da segunda e, portanto, neste ponto,não há distinção entre graduação e pós-graduação.

Quanto à necessidade de maior e melhor integraçào entre gradu-

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Page 10: Caderno ABEA 12 - Seminário Nacional de Pós-Graduação em Arquitetua e Urbanismo

ação e pós-graduação, recomenda-se que os departamentos parti-cipantes de programas de pós-graduação evitem o envolvimentoexclusivo com estes programas por parte dos professores já titula-dos. Esta recomendação baseia-se no argumento de que a "espe-cialização" dos professores nos diferentes graus de ensino superi-or pode constituir o principal entrave à desejada integração entregraduação e pós-graduação.

Outra recomendação diz respeito à garantia do envolvimento dosalunos da graduação nas linhas de pesquisa desenvolvidas não sóna pós-graduação, mas também através da oferta de bolsas deini ia ã i ntífica que devem ser cada vez mais estimuladas.

R m nda-se, ainda, a realização de eventos e seminários quenv lvarn a graduação e a pós-graduação.

Por fim, indica-se que a questão de integráçào correlaciona-se,também com aquela das áreas de concentração ele pós-graduação.

PONTO 2Articulação e Cooperação entre Cursos

A cooperação e articulação entre os cursos seriam melhorestruturadas se houvesse conhecimento efetivo das iniciativas emandamento, bem como a definição de uma política editorial.

Em relação à divulgação dos programas de pós-graduação suge-re-se:

• a utilização do Relatório Anual ela CAPES

• a elaboração ele resumos (com tópicos e n mero limitado depáginas) do conte dos dos cursos para repasse da informação atodos os interessados.

Quanto aos mecanismos de cooperação entre cursos registrou-seque sua eficácia passa pela existência de programas e convênioscom objetivos claros e recursos. Registrou-se também que estesprogramas e convênios deverão surgir a partir de interesses co-muns em áreas específicas. Há ainda registro de que a coopera-ção/articulação entre os cursos deveria não somente buscar apoio

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ele instituições do exterior ou nacionais com maior experiênci«em pós-graduação mas, visar a troca de experiências entre inxt i-tuições que enfrentam problemáticas assemelhadas ou ideJ1(icl~.Para tanto, a regíonalizaçào poderá permitir a idcntificuçào deernelhanças e complementariedadcs.

Quanto à questão elo estabelecimento ele política editorial qll(~auxilie na cooperação entre cursos, através da difusào do corihe-cimento produzido, foi sugerida a seguinte proposta:

• Criação de publicação nacional pautada em critérios cientificos.possivelmente com financiamento elas agências ele fomento p:lr:1suprir parte ela carência ela área de Arquitetura e L'rb.inismo.

Indicou-se ainda o exemplo da comunidade científica do Estadoele São Paulo que conseguiu obter junto a FAPESP auxílio IXlr:1publicações científicas que a FAC·-l·SP vem utilizando para :1 cdi-

âo da revista SINOPSE. Este exemplo poderia apoiar iniciativasem outros Estados

utra iniciativa registrada, que poderia servir de ponto ele partidapara uma política editorial seria o acesso ao l·ImANDAIA, a C:lrgodo IUPERJ/ANPUR, mediante um ajuste entre ABEi\ e ANPl·rt

PONTO 3Necessidade ou Não de Áreas de Concentração

bserva-se que, geralmente, as áreas se consolidam a partir delinhas e n deos ele pesq LI isa. Porém, uma vez consolidadas emdeterminados cursos, a tendência é que os cursos emergentesapresentem uma especialização natural, própria de cada institui-ção, imprimindo uma característica para cada pós-graduação.

Apesar dos entendimentos diversos sobre esta questão houve umconsenso de que ,I tendência à criação de áreas de concentração.deve, no entanto, preservar espaço para trabalhos que atravessemas diversas áreas e para orientações l11 ltiplas independentes daárea dos profissionais docentes.

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PONTO 4Apoio Institucional à Pós-Graduação nas

Universidades Públicas e Privadas

Considera-se fundamental o reforço de uma política institucionalno caso das universidades públicas, não só a nível das Pró-Reito-rias, mas sobretudo no âmbito das unidades e dos Departamen-tos, uma vez que, em muitos casos, não há a valorização do traba-lho de pesquisa e de atividades de pós-graduação. Por outro lado,o apoio institucional quando existe, molda-se muitas vezes, nadisponibilidade de linhas de fomento de órgãos oficiais que pas-sam a induzir a definição de políticas internas.Além disto, algumas Universidades Federais tendem adescomprometer-se com a capacitação ao abrirem concursos ex-clusivamente para níveis docentes que exigem títulação.

Seria oportuno definir uma política de qualificação docente queadotasse algumas medidas capazes de facilitar a substituição tem-porária de professores do quadro efetivo, a fim de permitir a libe-ração destes professores das atividades de ensino, de administra-ção e de extensão para realizarem programas de capa citação.Ainda com relação ao apoio institucional, levantou-se a questãoda diferenciação de tratamento no interior das entidades públicase privadas. As instituições particulares têm uma lógica própriadiferente das públicas, tanto no apoio à qualificação dos docen-tes, como na implantação de cursos e realização de pesquisas. Sede um lado, os docentes das instituições privadas reividicam con-dições adequadas de acesso à pesquisa e qualificações, por outrolado, essa mesma lógica pode-se constituir em entrave a amplia-ções desse apoio interno.Neste sentido, sugeriu-se que as instituições particulares busquemmanter o vínculo empregatício dos docentes e suas correspon-dentes obrigações trabalhistas durante o período de capacitaçào.Propõe-se ainda, a inclusão desta medida na Lei de Diretrizes eBases da Educação Nacional - LDB.

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PONT05

Condições de Acesso e de Permanência dosProfissionais (Critérios de Seleção e Bolsas)

As questões levantadas pelo plenário passaram, inicialmente, peladiscussão da formação acadêmica e profissional, decorrente dase pecificidades dos campos da arquitetura e urbanismo. Discutiu-s que a questão representa uma falsa dicotornia e de que é pos-sível montar programas para atender às duas necessidades de for-ma simultânea.

uanto à permanência dos ingressos no curso, tratou-se do pro-blema da evasão, apontando-se para a necessidade de se fazeremestudos de "follow up" para diagnosticar a situação dos egressose sua relação com o mercado de trabalho. O objetivo é avaliar osignificado das evasões. Levantou-se, também, que a temporalidadedos cursos de pós-graduação difere da do mercado e que este nãodefine por si mesmo, condição de oferta ou mudanças nas ativi-dades de ensino.Ainda quanto a este item considerou-se que a possibilidade deliberação dos profissionais que atuam no serviço público, com amanutenção do salário, pode ser negociada com os órgãos derigem e representa uma bolsa de estudos indireta, o que amplia

:1 faixa dos estudantes que obtêm apoio durante o período deformação.Um problema adicional refere-se ao atendimento da demanda nasr giões onde não há condição de oferta de pós-graduação deforma imediata. As disparidades regionais podem ser atacadasmergencialmente, através da criação de estruturas alternativas à

forma tradicional de oferta de cursos, seja pela orientação à dis-tância, seja pela montagem de cursos de base móvel. Ressalvou-s que a endogenia na formação do corpo docente representafalha grave e levantou-se a necessidade da montagem de um pla-no nacional de pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo.

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Page 12: Caderno ABEA 12 - Seminário Nacional de Pós-Graduação em Arquitetua e Urbanismo

Finalmente, a questã da ori ntação foi enfocada no que diz res-i'IS bre a permanência dos ingressos quando

ssivas no trabalho do pós-graduado

F rarn 'lpr 'S " iad aprovados os seguintes pontos:

lm] rtân 'ia I s programas de pós-graduação encaminharemr 11lW-UP'S c m forma de elaborar parâmetros de avaliação daf rmaça r .re ida e, ao mesmo tempo, fornecer elementos deavaliaçac Ia relação entre dinâmica da formação pós-graduada edinâmica I mercado de trabalho

Quanto ao público a atender:'I - Nã se trata de escolher aqueles que se vincularão predomi-na nt mente ao mundo acadêmico ou ao mundo profissional.Arribas as frentes têm demandas significativas e legítimas Os pro-gramas devem procurar atender as formações de pesquisadores,docentes e/ou profissionais, conforme especificidades locais.

2 - Proporcionar oportunidades locais, regionais e interregionaisreconhecidas, com oferta de estruturas alternativas de formaçãopós-graduada, através da cooperação inter-instirucional,viabrlizanclo o atendimento às demandas nas mais diversasregiões do país.

3 - Tendo em conta a necessidade urgente de qualificação dequadros para fazer frente aos problemas do desenvolvimento doAmbiente Construido - no âmbito do edifício e do ambiente - énecessária uma estratégia de pós-graduação em Arquitetura quemelhor utilize as potencialidades hoje existentes.

4 - O tempo de permanência do discente na pós-graduação podeser mínímízado pela elevação do nível da graduação, o que evita-rá a tapa de recuperação de lacunas da formação graduada.

PONTO 6------,---- ---

Princípios para Definição de Temas e Orientadores

As posições dividiram-se quanto à forma de tratar a questão da

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definição do terna. entre o privilégio à escolha individual e a ado-<,;;"1 de tema coletivo.

As defesas ela adoção de um tema coletivo passam pelo aumentotia ficiência da orientação. bem como pelo adicional de profun-didade e abrangência resultantes de trabalho coletivo. Houve, in-clusive uma proposta de que centros diferentes se dedicassem aicmáticas distintas como forma de aprofundar () espectro e a qua-lidade das pesquisas Outra defesa passou pelo compromisso so-cial COi11 a ternática escolhida, apontada corno obrigação específi-ca das escolas públicas

A base documental adequada aparece como uma necessidade queli de ser melhor satisfeita dentro desta alternativa. Criticou-se ali squisa de eleição individual como tendendo a uma situação decontínuo recomeço, seja pelas questões da solidez da base docu-mental, seja por dificuldades de estabelecer a comunicação emníveis adequados, Além disto, foi considerada como representan-do muitas vezes apreço ;IS necessidades institucionais. Questio-nou-se, enfim, se o problema que vivemos no momento se deveao acadernicísmo formalista ou, antes, ~I carência da pesquisaritualizada.

A crítica a esta posição passou pelos riscos da cristalização deposições e saberes, inibindo a criativiclade. Colocou-se que, es-tando o tema dentro do campo da Arquitetura e Urbanismo ehavendo disponibilidade de orientação e implernentaçào, qual-]uer outra restrição ao interesse cio pós-graduando é excessiva A

defesa deste ponto passa, inclusive, pela transgressão como umri co, necessidade e prazer na atividade de pesquisa e que qual-quer outra posição pecarei ou por modismo ou por representarestratégia pessoal ele legirtmação. Foi lembrado que os temasemergentes significam uma contra posição necessária a situaçõesexcessivamente formal izadas.

uanto à questão do orientador, criticou-se o acumulo derientandos por orientado r , o que se eleve à carência de profissi-nais reconhecidos para a atividade; apontou-se que tempo deríentação deve ser considerado na computação da carga didáti-

ca. Levantou-se, ainda, que ,I orientação por temas não garante aqualidade do trabalho e que o leque amplo de vertentes de pes-[uisa se deve a características do campo,

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Page 13: Caderno ABEA 12 - Seminário Nacional de Pós-Graduação em Arquitetua e Urbanismo

Foram apresentados para discussões posteriores os seguintes pon-tos:

É I r eis .onsíderar formas alternativas ele legitimação para ocreden iam nto ele professores orientadores, em relação à ela ele-t n 'o I títulos formais.

01110 dispor de orienta dores frente à emergência de novos temasqu escapam às soluções, histórica e ambientalmente. dadas aocampo da Arquitetura e Urbanismo de forma a permitir transgre-dir o já sabido'

PONTO 7Pós-Graduação de Profissionais Arquitetos e

Urbanistas em Outras Áreas (Limites e Possibilidades)

A dis LISSH( gil' )LI em torno da interdisciplinariclade ela Arquitetu-1':1 c LJ rbun iSI11 onstatou-se que tal característica diminuiu aI itic.l<.:i'.10 carn: o ele conhecimento, ainda que isto não seja con-sld '1"1 I n cessariamente um problema A interdisciplinaridadeconstitui-s na base para a formação pós-graduada elo arquiteto edo urbanista em cursos já consolidados, oferecidos por outroscampos, e que apresentam interfaces com o campo de origem.Abre-se, inclusive, a possibilidade para que as pós-graduaçõesem Arquitetura e Urbanismo venham a ser demandadas por ou-tros profissionais, permitindo desenvolvimentos fecundos aos di-versos interessados.

Aprovou-se, em vista das discussões, o seguinte ponto:

A busca da pós-graduação em áreas conectas àquelas dos arquite-tos e urbanistas não eleve ser vista como negativa ou distorcidaHá limites para a formação pós-graduada em Arquitetura e Urba-nismo que são ligados ~1insuficiência de oportunidade de titulacàoem cursos exclusivamente dedicados a tal. Deve-se, portanto, "in-centivar a busca ele formação em outros cursos sempre que sepuder estabelecer interface com o fazer arquitetõnico. Tal fatotraz possibilidades de enriquecimento do ensino nas escolas deArquitetura e Urbanismo, e abre, também, leque acadêmico-cien-

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Iil'i, () para ;1 pós-graduação na área, representando, inclusive, al-I .ruariva a abordagens pontuais e reducionistas.

PONTO 8Vantagens e Desvantagens do Vínculo

entre Titulação e Salário

I':ste ponto revelou-se altamente polêmico. Levantou-se. comocritério conceitual, que o salário eleve se vincular ao tral~alho e11; O exclusivamente à rirulação. reconhecendo-se a atividade de.nsino, projetual e de pesquisa, como vertente distinta da atuação

profissional que carece de formas de avaliação compatíveis com:IS características da produção em cada uma.

( ua?to ao ensino, apontou-se que há reduções de carga didáticaem função de exercício de c!ocência na pós-graduação, onde asturmas são menores, o que demonstra haver distinções de trata-mente entre professores que se dedicam à graduação e à pós-Kraduaçào. Lembrou-se que a forma cartorial de delimitacào elos('~lmpOs profissionais, estabelecida na década de 30, impede quepr fissionais com formação pós-graduada em outros campos atu-'111 na graduação nestes mesmos campos; um impedimento que

I); O encontra justificativa ele conteúdo: H<Ícasos inclusive ele pro-l' .ssores que podem ensinar (:111 cursos ele pós-graduação cujo

i:> ,>

r .girnento os impede de participar do curso enquanto discentes.

!\ possibilidade ela prática projetual dentro ela universidade e sob() estatuto da dedicação exclusiva foi a ventada. Questionou-se,também que a excelência de atuação no mercado possa uarantir,,/ IA i:>li r S1 so, exce encia na atividade ele ensino.

I r fim, considerou-se que a titulaçào formal, desacornpanhada1(; avaliação de conteúdo ela pesquisa produzida seja também

critério suficiente para ascensão na carreira por essa vertente, o'lu leva à conclusão que a titulaçào nào pode ser critério exclu-sivo de determinação salarial. A partir daí, passou-se à aprovaçãoI s pontos que se seguem:

23-

Page 14: Caderno ABEA 12 - Seminário Nacional de Pós-Graduação em Arquitetua e Urbanismo

A obtenção de titulaçào deve repercutir nos ganhos salariais sobpena de tornar desinteressante o esforço r-:essoal para tal obten-ção

O salário não deveria, entretanto, estar vinculado exclusivamenteà titulaçào mas, ao efetivo trabalho e participação,

Recomendou-se, assim, que fosse iniciada uma discussão sobrenovas interpretações dos estatutos gerais das universidades e/ououtros mecanismos de remuneração compatíveis com as diversasexperiências profissionais e domínios de saberes teóricos práti-cos, para que não alijern pela vinculação exclusiva de tirulação/salários o concurso de profissionais atuantes em outras áreas

PONTO 9Pertinência das Prioridades e Critérios Estabelecidos

pelas Agências de Fomento(Financiamento e AvaliaCjão de Desempenho)

Enfatizou-se nesse item, a necessidade de se avaliar de formadiferenciada o apoio das agências de fomento às instituições deensino e o apoio direto a docentes e pesquisadores, para contem-plar as ternátícas específicas no campo da Arquitetura e Urbanis-mo, Destacou-se a falta de um plano de pós-graduação que diag-nostique carência da área e estabeleça metas de ação em diversosníveis, Salientou-se a urgência na ampliação dos investimentosem pesquisa e pós-graduação na área da Arquitetura e Urbanis-mo, rastreando, inclusive, as verbas existentes nos órgãos do Go-verno Federal reservadas para tal fim e sanando os problemas decarência financeira verificados atualmente nas agências de fomento,

A implantação da pós-graduação nas Universidades públicas eparticulares foi bastante discutida, caracterizando-se os interessesdiferenciados, dado a política de mercantização do ensino superi-or existente no país, sendo ressaltada a responsabilidade dasmantenedoras privadas em arcar com os custos decorrentes denovos programas de pós-graduação de boa qualidade,

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Recomendações:• Que seja adorado uma política ele apoio ~Iconsolidação e apri-mora 111C 11[0 dos progra mas de pós-graduação existentes. com :1expansão (LI oferta de vagas, bem como a cria,,;:\() ele novos pro ..gramas, regida pelos critérios ele qualificação acadênuco-científi-co, e por prioridades definidas pela área ele Arquitetura c l 'rba-nismo a nível nacional ESS,.l política deverá ter como diretriz ()fortalecimento prioritário ele pesquisa e do enxino de pós-gradua-ção na rede pública, com a expansão da oferta de vagas e o apoioseletivo a programas ela rede particular efetivamente comprometi,elos com a implanruçào de condições gerais c de regime ele decli-caçào docente compatíveis COI1\ :t atividade- ele ensino e pesquisana pós-gruduaçào () apoio aos prugr;lm:ls da rede p.uticul.udeverá ter duraçâo determinnda e exigir 11111 programa ele .iprimo-ramento insrirucionnl detalhado c conforme :1Sdiretrizes e1;1;Íre,\.

Estas iniciativas deverão estar articuladas em Uill PNPC; Al' - j>m ..gramél Nacional de Pós-Graduação em Arquitetura e Lrb.mismo ;1ser elaborado pela ABEA, programas de pós-graduação existentese associações pertinentes, :l partir do diagnósuco ela siruacào .uu-al Este PNPC. Al - Programa Nacional ele Pós-Gr.rdunçào em Ar-quitetura c Urbanismo deverá orientar ;t obrcnçào de recursospreferencín is p;lr;l sua impla ntaçào. ;t mplia ndo :1 dot;\<:;;'\u atual-mente destinada ~Iárea ele Arquitetura e L'rlxuiismo n:1S :lgt>nci;lsele fomento

Sugestões às Agências de Fomento• Que os cursos emergentes, em lase ele implant:I~';\() t'

restruturaçào, e aqueles com problemas decorrentes d<: J\'ali:I<,':úlpossam contar com programas especiais ele apoio. Unto ao nívelela formulação de caminhos para sua consoliduçào quanto ao pro-vimento de recursos necessários para tal fim,

,. Que sejam destinados recursos que inc~nti\clll pesquisJs c pru- \\ictos integrados multi-institucionais em areus nO\':1S, a exemplodos diagnósticos nacionais sobre produção elo conhecimento emáreas específicas já realizados.

• Que seja ampliado o número de bolsas destinadas aos cursos.xistentes.

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PONTO 10Vantagens e Desvantagens de Vínculo com

Outras Entidades (ANPOCS, ANPUR, ANTAC, ANPED,dentre Outras)

A discussão teve como ponto de partida o reconhecimento daimportância histórica da contribuição de algumas associações depesqui adores, que garantiram espaço para discussão de temas epr duçào de conhecimento, mesmo no período da ditadura mili-tar. Estas entidades resultaram de uma estratégia de busca delegítimação de áreas de conhecimento, atuando na definição delinhas de pesquisa e na busca de ampliação de recursos para asmesmas. Tendo em vista as diversas interfaces que a área de Ar-quitetura e Urbanismo tem com várias destas associações enfatizou-se o caráter proveitoso de se estabelecer um relacionamento comas mesmas, através de trabalhos melhor articulados na área depesquisa e pós-graduação.

A seguir discutiu-se a oportunidade da criação de uma AssociaçãoNacional de Pesquisa em Arquitetura e Urbanismo, o que foi con-siderado prematuro, devendo a ABEA permanecer como canalpara a realização destas discussões por agrupar os vários níveisde ensino em Arquitetura e Urbanismo.

Recomendações:• Dar continuidade de forma sistemática, através da ABEA, aoprocesso de discussão e ampliação da articulação das IES interes-sacias na pesquisa e na pós-graduação em Arquitetura e Urbanis-mo a nível nacional, visando a elaboração de uma política nacio-nal para a área.

• Promover o relacionamento com outras entidades nacionais einternacionais envolvidas com a pesquisa e a pós-graduação emáreas afins.

• Realizar periodicamente o Seminário Nacional de Pós-Gradua-ção e Pesquisa seminários temáticos e eventos para divulgação e~lebate da produção realizada na área ele Arquitetura e Urbanismo.

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PONTO 11Dificuldades e Potencialidades do Vínculo entre

Ensino de Graduação, Pós-Graduação e Titulação

Fnfocou-sc. principnhueruc. ~Inecessidade ele adequação :.Ias for-mas atuais ck obrcn<)\) (LI litul:t~';}() acadêmica ;ISclr:IClenS(Icas ecspecificidudcs (LI :tn:~;1ele Arquitetura c l'rb.uusmo. Foram :qlU:1-rados os problemas dccorrcnu-«. na estrutura atual. ela \'lJ1cubç:l?entre [irub~'~I(J, p(ls-gracll1:J(;:'I()c pesquisa. \.' entre tirulacào e ~;ala-1'10.

c.onsolidou-sc COl1l0nI'L'1',«i ria J vinculaçào el1trL' pesquisa l' pôs-gr:ldll:l~':'I() 1':11':1liruLt":"I() L' :1~(.'L'n<-IU11:1l-:lrrcir~1 docente, SL~1l1ckixar de rL'col1llCCL'r :1 rl';liitl~lclc ele outras lor111:ISde producàodi) conhccimcruo des\.'I1I·(lh id:ls I1U c.unpo profission.il. Rcssul-iou-sc. r.unbóm. :l in rporrn nciu de atu:diz:I<':;'lu dos crirério« c elosmeios C\iSll'l1lC~ 11().~C.~t:lllll()~ d:ls lInil'l:rsid:.ICks p:lr:l corrigir :ISdisrorcocs OhSL'I"\':ld:ls :ICl llil \.:1dos concursos ele ingresso. pro-f;rcsS:-;o tuncion.il l' nll!L'IK:lo ele t itulaçào ;lclcl0l11icl.

tcecomendações:• Oue se rcdiscUl:llll ().~ I11V,';lllisI110S.nuu lmuruc cxisrcntc .-; derl'c(~)nhel-il11L'l1l0lb CI P:ll'il:IC:'I() cicnríficl L' :1l':ld&l11iCI dus pl'S-<iui~:ldor('s e dOCCl1lCS n.i o ckrcnrurcs (iL- ntuln çà o Iorma l.I\'cldinindo ";U;I~p()ssihiliLI:I(k'.~ ck' :ilLta~j() L'lll locLts ;1:;l'.~kr:ls (I:!.uivid.rdc :IC:IlIC'l11icI. :IÍ irichucl.t :1 pussihilid:,clc ele oril'nl:l~':'lo alr:t1ulhus ck p(ls-gr:lellI:l,·:'IO.

PONTO 12Vínculo entre Ensino de Graduação,

Pós-Graduação e Pesquisa

\ p.utir cio L-onSL'n~u~(Jhrl' :1 l'inclIl:tl,';}() indissoci;Íl'Cl entre cnsi-110l' pl'~qllis:l. :I qllesr:lu n.:ntLt! abordada (11/ respeito :I como

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essa indissociabilidade se manifesta na pós-graduação e na gradu-ação. O compromisso entre ensino pesquisa deve ser entendi-do, no entanto, como uma obrigação ela instituição e não dosdocentes à nível individual, pois existe exercício competente doensino realizado por professores, que nào se caracterizam comopesquisadores no sentido que se atribui ao termo no âmbito aca-dêmico.

Ressaltou-se, porém, que a pesquisa é essencial à pós-graduação,devendo ser apoiada e estimulada, dada a sua própria natureza,voltada p.ua a produção do conhecimento. Quanto à pesquisa nagraduação, deve ser incentivada integrando-a aos objetivos espe-cíficos da formação.

Registrou-se, ainda, a preocupação de debate e reflexão sobre arelação entre ensino, pesquisa e produção arquitetõnica.

O Seminário enfatizou, por fim, a necessidade de reconhecimentoe legitimaçào de outras modalidades de produção de conheci-mento que constituem contnbuição para o enriquecimento dorespectiv carnp cognitivo, havendo inclusive quem defenda osgêneros anárquicos e assistemáticos de produção daquele conhe-cimento, aqui entendidos como os que se realizam sem ,1 obser-vância de proposta, métodos e procedimentos utilizados no âmbi-to acadêmico e na pós-graduação.

Recomendações:• Que seja estimulado o debate e a reflexão acerca das relaçõesentre ensino, pesquisa e produção arquitetõnica no conjunto dasescolas de Arquitetura e Urbanismo;

• Que o desenvolvimenro dos núcleos e programas de pesquisa epós-graduação seja estimulado ,1 nível local e nacional com a pre-ocupação de realimentar ele forma positiva o ensino de gradua-ção,

• Que os núcleos e programas de pesquisa e de pós-graduaçãobusquem mecanismos de interaçào e intercâmbio das pesquisasem andamento e de socialização de seus resultados;

• Que se busque esse intercâmbio, também, com os núcleos e ospesquisadores individuais não vinculados ao processo formal depesquisa.

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SÚMULAS DOSTRABALHOS ENVIADOS

Faculdade de Arqui~eturaUNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

Refletindo sobre LI Articulação Graduação/ Pôs-Graduação

() que hllS(,~lm()s neste documento é desenvolver urna reflexãoIUC trata nào de substituir ~l gr;ldu:1Ç'ão pela pós-graduação. masle perceber () papel dcsru c \"('rificar e111que sentido ~l sua inte-

gl·:lÇão:l gr,lclua~'ã() b\·oH.'('cri:l UIl1a política de forrnaçào na ;ln:a.

() modelo universitário bruxile iro dissocin gr.iduaçào e pós-grudu-:1(;:-lO.ESt:l dissociacào. d:1I10S:1j:í em Slt:l próprio concepcào. sofreninda o impucro de espl'cificiclades de .irca. :\ .irea de ·\rCjuitctura.nrca "híbrida". Clr:lcteriz( )u-se por uma vida pouco "universir.i-riu". Devido :10 Sl'U cur.ircr pr:lgm:nico nossos cursos de gradua-1,';'10privilegiar.un historic.uncntc :l transferência (reproduçào ) elep rát ic a s obtidas e s sc n cta lme n te fora da u n ive rs id a d e ,dcsprivilcgiando assim :1 atividade de invcsrigaçào e tornandodesnecessária n tirulacào p:lra () exercício (LI docê nciu.

,\ partir elos anos -O esta sitU:l~'jo começou :1 mudar. tendo configu-rndo um saldo bastante positivo. CO[l1uma relativa generalização datituluçào cio corpo docente. a cri.içào de alguns cursos e programasde PC (urbanismo. desenho urbano c. em parte. planejamento urba-110). e :1 consrituiçào de grupos de pesquisa reconhecidos. O

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questionarnento do movimento moderno em arquitetura, novasdemandas por parte do Estado, a nível do planejamento, acomplexificaçào dos problemas urbanos, podem ser vistos comofatores que "impulsionaram" uma mudança de atitude clus arqui-tetos face à questão da titulaçào. Os embriões de uma vertenteeditorial específica para a área e o reconhecimento de novos forunsde discussão estimulam a sistematização e a produção ele conhe-cimentos nas P,'s. Uma inserção retardada no mercado de traba-lho, marcado por urna concorrência cada vez maior, pode ser,finalmente, mais um possível elemento explicativo para o reco-nhecimento da PG como instância privilegiada ele' capacitaçâoprofissional.

Este conjunto de fatores associa-se em um momento em quemultiplicam-se os programas ele pós-graduação. Um primeiro ba-lanço aponta para o reconhecimento do caráter "vivificadortquesobre eles teve esta expansão recente da pós-graduação. A efetivaintcgraçào entre gruduuçào e pós-graduação contribui de modosensível para a densificação de uma vida verdadeiramente univer-sitária. l\ articulação configura-se como um processo onde arnbasJs partes envolvidas se beneficiam. Para as instituições representa~lpossibilidade de instaurar uma política de formação c capaciraçàoprofissiona I.

I\'b is elo quc nunca se faz necessário que as instituições formulemSU,lS políticas de formação sem abrir mão da indicação de priori-dados nacionais como forma de sobreviver ao momento atual.

A generalização da titulaçào na área deveria integrar. portanto umprojeto ele requalificaçào da formação e ela prática profissional. Após-graduação deveria ser entendida enquanto atividade voltadapara preparação da decência c ela pesquisa, mas também ao mer-cado ele trabalho público e privado.

Para uma mais efetiva inregraçào graduaçào/pós-graduaçáo seriaportanto. necessário pensar no incentivo à expansão cios cursosde pós-graduação na área: no incentivo à unidade de formaçãopor parte das Faculdades ele Arquitetura: encaminhamento juntoàs Faculdades ele Arquitetura e junto a instâncias cio MEC de pro-posta ele uma política de cooptação ele docentes que agregue nãosó jovens professores vinculados ao projeto universitário, tambémprofissionais P detentores ele ritulaçào; o incentivo ao desenvolvi-

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mento da pesquisa, através da elaboração de uma agenda de pes-quisa; incentivo à criação de "prêmios-bolsa" para os melhoresalunos em áreas consideradas prioritárias, objetivando a perma-nência ou o intercâmbio de recém-graduados para atuarem juntoa programas de pesquisa na área; atuar junto à Capes no sentidode fornecer as condições materiais para a ímplernentação das su-gestões encaminhadas pelo comitê assessor; estimular a criaçãode um programa editorial.

____ ._!.~~~1,~~0e de _Ar9.~,i,~~_t.:~:~ ..UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

Alcances e Limites da Pás-Graduação emArquitetura e Urbanismo

A tese defendida é a de que a eventual uníversalizaçâo da pós-graduação entre os docentes dos estabelecimentos de ensino deArquitetura e Urbanismo não deve ser considerada uma priorida-de, nem representa necessariamente um ganho de qualidade paraesse ensino como um todo. Para sustentar esta tese, invocaríamosa natureza profissionalizante do ensino de Arquitetura e Urbanis-mo, o que representa uma ponderável diferença, quando se levaem conta o ensino ministrado em áreas como a Física Ou a Biolo-gia. Defendemos também a tese de que a pós-graduação em Ar-quitetura e Urbanismo não eleve se distanciar das exigências doensino de graduação, nem pretender assumir um sentido de com-pleta autonomia disciplinar, ou converter-se num fim em si mes-mo, como território independente de trabalho meramenteespeculativo. Por fim, propugnamos pela instituição de mecanis-mos de reconhecimento e legitimação formal daquele saberarquitetõnico que procede diretamente ela prática do ofício doarquiteto e que é desenvolvido fora da esfera acadêmica, da pós-Jraduaçào e da pesquisa rítualizada. .

instituto da pós-graduação, em si, é altamente positivo. A possibi-lidade de realizar estudos aprofundados, em qualquer territóriocognitivo, deve sempre ser encarada como uma forma segura derescimento intelectual, e de treinamento para a atividade de pesqui-

sa. A pós-graduação realizada em centros de excelência do Brasil

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e do exterior possibilita o contato com diferentes experiências econcepções de ensino, e contribui para a capacitação de quadrospara o exercício da pesqui a. No entanto, deve-se sempre ter emmente que a aptidão para a pesqui 'a não se confunde necessari-amente com a aptidão para o ensino. Ensino e pesquisa, a despei-to do lema que os coloca num laço retórico de indissociabilidade,não são a mesma coisa - tanto que, se o fossem, não teriam no-mes diferentes. A valorização cartorial que no Brasil se concede àtitulação acadêmica, como aspiração excludente, incorre no equí-voco de subestimar o papel de educador que deve ser a primeiraqualidade do profissional da decência.

Há duas déca ias, a pós-graduação e a "pesquisa" transformaram-se num fetiche na universidade estatal brasileira. Em alguns círcu-I s, s acredita que o professor não envolvido com a pesquisa ecom a pós-graduação é um docente de segunda classe. Em algunscontextos, instauraram-se, inclusive, um processo de "caça" aosassim chamados professores improdutivos, isto é, aqueles que,nos últimos dois ou quatro anos, não tiveram publicado nenhumI ai er. Esta sacralização da "pesquisa" faz parte do mesmo fenõ-meno de supervalorização da titulaçào acadêmica formal. E estavinculaçào é natural, já que a pós-graduação ao estilo americano,implantada no Brasil, tem como núcleo essencial a pesquisaritualizada. Ora, este tipo de pesquisa é importante para a ampli-ação dos campos de conhecimento; mas não é a única formalegítima de produção de conhecimento, nem necessariamente amelhor. O que pretendemos demonstrar é que em Arquitetura eUrbanismo, como em muitas outras áreas do ensino superiorprofissionalízante, pode-se ser um ótimo professor sem ser obri-gatoriamente pesquisador, e/ou pós-graduado

O instituto da livre-docência, se vier a ser livrado do equívocorepresentado pela atual legislação, se tornará o instrumento legí-timo para integrar no campo da titulação acadêmica aqueles do-centes que, sem se integrarem à pós-graduação formal, tenhamreal capacidade de produção intelectual e contribuição para odesenvolvimento científico dos respectivos campos. É defensável,portanto, a idéia de que o instituto da livre-decência seja objetode pronta reforrnulação. Ao lado da pós-graduação convencional,que deve continuar sendo estimulada, a livre-docência represen-tará um importante instrumento para o reconhecimento das for-

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mas de produção do conhecimento peculiares ao ensino de Ar-uitetura e Urbanismo.

Prof. Eluan Silva

Faculdade de Arquitetura e UrbanismoUNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

1\ nossa prática docente no âmbito do ensino e da pesquisa emArquitetura e Urbanismo permite o destaque das seguintes carac-terísticas básicas na reflexão sobre a atividade nesta área:

1) A separação entre as práticas profissionais e a teoria quepretensamente deveria referenciá-la,

2) A confusão na esfera do ensino superior acerca das atividadesde ensino, pesquisa e produção da arquitetura e urbanismo.

Elas possibilitam compreender-se a compartimentação e fragmen-tação do saber e das estruturas de formação dos arquitetos/urba-nistas. Traduzem-se na ausência de objetivos comuns no âmbitoda decência e colocam o ensino e a pesquisa distantes dos pro-cessos sociais,

Julgamos que a expansão e consolidação das pós-graduações naárea poderão ter um caráter instrumental que permita a superaçãodessas dificuldades, sobretudo aquelas que enfrentamos no cursode graduação na UFSC.

Professores: Francisco Ferreira, Nelson Popini Vaz, RobertoGonçalvesda Silva

Faculdade de Arquitetura e UrbanismoPONTIFíCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS

Apresentação do curso de especialização implantado naFAUPUCCamp em 1992, composto por professores daFAUPUCCamp e por professores convidados da UNICAMP e daUSP-São Carlos. O curso visa possibilitar o aprofundamento dasquestões da história urbanística moderna sendo oferecido aos ar- .

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quitetos e graduados em áreas afins. Doze disciplinas em 3 se-mestres letivos totalizando 360 créditos.

Pretende ainda, contribuir para a revisão dos conteúdosprogramáticos do curso de graduação, abordando o estudo de pro-postas urbanísticas e a história do urbanismo na modernidade, lacu-na hoje percebida na formação do arquiteto-urbanista, tanto ao nívelda graduação como nos cursos de pós-graduação existentes.

Profa. Iuone Salgado

Escola de Arquitetura e UrbanismoUNIVERSIDADE FEDERAL FlUMINENSE

"Contatos não imediatos do 4D grau"

o trabalho apresenta através do histórico do curso da EAU/UFF, oprocesso de criação do novo departamento e de expansão daEscola, com a proposta de pós-graduação em Urbanismo e Ges-tão Urbana.

A seguir, faz considerações sobre os elementos balisadores daproposta, em fase de discussão, tais como: tradição em linhas depesquisa (desenho urbano, cultura, tecnologia, habitação popu-lar), qualificação dos docentes, inserção dos egressos no mercadode trabalho e demandas internas da própria Universidade.

Finalmente, uma série de preocupações como o equilíbrio entre aoferta e a demanda, a integração entre o 3º e o 4º graus, a inter ea transdisciplinaridade, permite a enumeração de algumas suges-tões.

Professoras: Isabel Cristina Etras de Oliueira, Maria CristinaFernandes de Mello, Mar/ice Nazareth Soares de Azevedo

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_____ ._É_~<:uldad~de ArquiteturaUNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

Pós-Graduação em Arquitetura:Articulação de Cursos e Conteúdos

A definição de modelos para os programas de pós-graduação emarquitetura e urbanismo deveria tomar por base a caracterizaçãodo objeto de estudo e de trabalho do arquiteto. A caracterizaçãomais ampla deste objeto - a produção social do espaço - temcomo conseqüência a ampliação das possibilidades de atuaçãoprofissional.

Hoje não se verifica uma correspondência entre essa gama depossibilidades e os programas de pós-graduação existentes. Entreestes, o que melhor responde às necessidades da arquitetura e dourbanismo é o da FAU-USP, quando define como área única deconcentração o estudo das "estruturas ambientais urbanas".

O programa da FAU-USP, portanto, por permitir uma variedademaior de especializações, pela qualificação do seu quadro de pro-fessores e pela xperiência acumulada, deveria constituir-se emreferência acadêmica e cultural para os programas que venham aser implantados no campo da arquitetura e do urbanismo.

Além ela articulação ele conteúdos exigida pela própria caracteri-zação do objeto ele estudo do arquiteto, a histórica precariedadeda educação brasileira impõe a articulação entre as instituições deensino.

Deste modo, parece adequado pensar na articulação entre os cur-sos, sob a forma de convênios e consórcios, com o que se busca-ria suprir as deficiências de recursos materiais e humanos, aomesmo tempo em que aproximaria áreas de conhecimento que,de alguma forma, trabalham com o mesmo objeto de estudo.

Prof. Pedra Antônio de Lima Santos

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Faculdade de A:'quitetura e UrbanismoUNIVERSIDADE DE SÃo PAULO

"Põs-graduação em Arquitetura e Urbanismo"

Neste trabalho procuramos primeiramente, na introdução, resu-mir a experiência de quase vinte anos orientando e ministrandoaulas na pós-graduação da FAUUSP.

Em seguida enfocamos os objetivos básicos da pós-graduação,nas área de conhecimento ligadas à Arquitetura e Urbanismo,seu caráter sintético e analítico.

Colocamos a seguir aspectos da possível relação entre a gradua-ção e a pós-graduação.

Finalmente sugerimos como deveríamos orientar a implantaçãode um sistema nacional de pós-graduação em Arquitetura e Urba-nismo assim como uma previsão do que possivelmente acontece-rá se nada for feito.

Prol' Ualfrido dei Carlo

Departamento~~~l:quitetura e UrbanismoUNIVERSIDADE FEDERAL DE ViÇOSA

Planejamento Municipal - Uma Proposta de Cursode Especialização "Lato Sensu"

o trabalho apresenta uma proposta de Curso de Pós-Graduação"Lato Sensu" em Urbanismo, área de concentração PlanejamentoUrbano e Rural a ser oferecido pelo Departamento de Arquiteturae Urbanismo - DAU-UFV, a partir de 31 de maio próximo, emconvênio com a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Uni-versidade Técnica de Nova Scotia - Canadá.

Os pontos básicos desta proposta são:

• Oferecer de um curso em módulos intensivos com duração de 3semanas cada um e carga horária de 60 ou 90 horas;

• Preparar a base de um futuro Curso de Mestrado na mesma área

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a ser criado até 1995 pelo DAU-UFV; .

• Viabilizar a criação do Núcleo de Estudos e Pesquisas Urbano eRural - NEPUR.

Todas estas iniciativas visam fomentar a discussão sobre o confli-to urbano/rural centrada principalmente na problemática dosmunicípios de pequeno e médio porte (população até 100.000habitantes).

Prof. Paulo Tadeu Leite Arantes

Faculdad<:_~~~rquitetura e UrbanismoUNIVERSIDADE MACKENZIE

Põs-Graduação em Arquitetura e Urbanismo: Proposta

A Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UniversidadeMackenzie implantou no ano de 1990 na área de Arquitetura eUrbanismo o Módulo II do Curso de Pós-graduação "stricto-sensu"de um conjunto de disciplinas propostas pelos seus departamen-tos, em complemento ao Módulo I na área de núcleo comum.

As disciplinas escolhidas contemplam, de forma ampla, os conhe-cimentos necessários ao desenvolvimento dos arquitetos no âm-bito dos objetivos do Curso de Pós-graduação na área de concen-tração em Arquitetura e Urbanismo.

Prof. Dr. Roberto Righi

Departamento de ArquiteturaUNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

Graduação e P6s: Dupla Consistência

O texto discute inicialmente os objetivos da pós-graduação emArquitetura, analisando alternativas, isto é, tipos diferentes de pós-graduação para objetivos diversos. Sugere uma pós-graduaçãoacadêmica, como produtora de conhecimento num campo am-

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pio, mas que privilegie também uma integração com a gradua-ção, tornando-as mutuamente consistentes. E sugere também anecessidade de uma pós-graduação voltada para oaprofundamento, a especialização, em determinadas áreas.O texto enfatiza que em qualquer caso, deve haver uma forteintegração entre pós e graduação, como forma também de reali-mentação desse' últimos reforçando qualitativamente a formaçãoprofissional dos arquitetos já a nível de graduação, uma vez queap nas uma pequena parte de graduados tem a oportunidade deconfirmar seus estudos a nível de pós-graduação, até pela própriainsuficiência quantitativa da oferta.O texto coloca ainda em discussão a necessidade da pós-gradua-ção reforçar suas potencialidades na produção de conhecimentona área das m todologias de ensino de projeto, dada a crise per-cebida no ensino da arquitetura no país.Vê, portanto a pós-graduação como elemento indutor, transfor-mador da graduação, ao mesmo tempo que meio privilegiado deconstante busca de conhecimento científico.Como preocupação final, o texto levanta a discussão da necessi-dade de aumento de oferta e descentralizaçào espacial de cursosde pós-graduação em áreas ligadas mais diretamente à arquiteturae urbanismo como uma das formas de melhoria da qualidade deensino do projeto, do ensino da arquitetura, e conseqüentementedo ambiente construído de forma mais ampla.O texto indica, ainda, a necessidade de mecanismos que permi-tam acesso à pós-graduação de profissionais liberais/professores;a necessidade de revisão de critérios para contratação e ascensãoprofissional dos docentes e, ainda, a necessidade de repasse, atra-vés da própria atividade docente (aulas), dos conhecimentos dapós-graduação à graduação.Arqs. Carmen. Cal, Jorge Derenji

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Faculdade de Arquitetura e UrbanismoUNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

A Integração entre o Ensino de Graduaçãoe o de Pás-Graduação em Arquitetura e Urbanismo

N Brasil, os cursos mais antigos que se destinavam a formarI rofissionais de Arquitetura, estiveram direta ou indiretamente li-~ndos aos cursos de Artes. Foi a transferência da tradição france-n, que permeou nosso ensino superior até duas décadas atrás,niciada no reinado de D. João VI com a criação da Escola de1\elas Artes e sustentada pela Missão Francesa por ele promovida.Mais tarde, já no século vinte, a França viria a influenciar forte-mente o ensino de Arquitetura e Urbanismo, através do renova-,I r Le Corbusier, que criou discípulos ilustres, tanto na profissão'Iuanto nas interferências do seu magistério. Os princípios da"b aux arts" permaneciam, porém já tocados pelo impulso daI ' nologia, desenvolvida em função dos novos materiais e técni-In construtivas, do sanitarismo e do movimento da Bauhaus, avi-zlnhando a Arquitetura da Engenharia e formando os Engenhei-10 - Arquitetos.

partir da década de setenta, proliferaram os estabelecimentosli, ensino superior isolados, e com eles algumas áreas de conhe-elmento foram eleitas preferenciais. Entre elas Arquitetura e Urba-111 mo, que viram surgir inúmeros centros de formação profissio-11:11 particulares. Também as Universidades Federais cresceram emIlCI mero , implantando cursos de Arquitetura.•urpreendenternente, o currículo mínimo de Arquitetura não dife-rlu muito, em conteúdo, da média dos currículos implantados nasIJniversidades, e em operação. Mantinha-se uma visão clássica do• nteúdo necessário à formação do Arquiteto. Entendia-se que

IIITI preparo maior, transcendente aos currículos de graduação,Ieveria desdobrar-se em Pós-Graduação - Especialização ou

M strados nascentes nessa época - na área do Urbanismo e do!lI nejarnento Urbano. Assim, poucas Faculdades de Arquitetura1\ Brasil iniciaram seus programas de Pós-Graduação, privilegi-lindo o Urbanismo, a História da Arquitetura e a Conservação eIt 'stauro dos Bens Culturais. As pesquisas, também, cerrtraram-sepr ferencialmente nessas áreas. Ou~os segmentos do conteúdo

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foram abordados a nível de pós-graduação e pesquisa por inicia·tiva de universidades com maior tradição na pesquisa e por docentes espe ialistas e pesquisadores, de forma isolada.

Queremos com isto identificar que não houve uma política traçadapara a criação de uma Pós-Graduação em Arquitetura, que perrnitisse div rsificar os conteúdos dos cursos atentando para a vocação das instituições, assim como um incentivo que impulsionassea capacitação docente para formar mestres e doutores em outrassub-áreas do domínio da Arquitetura, que não as já tradicionais.

Ou amos dizer que, durante muitos anos, a Pós-Graduação emArquitetura representou uma extensão da graduação, um acrésci-mo abrilhantado pelas pesquisas e publicações sob os ângulos dacrítica, da avaliação, da história, da morfologia e da prática projetualem Arquitetura e Urbanismo.

Não se avançou na investigação tecnológica, nas questões da construção, na metodologia projetual e nos aspectos ambientais relativos à interferência do e no edificado.

Coordenação: Liana De Ranieri Pereira

Participação: Olinio Gomes Paschoal Coelho, Denise Pinbeir«Machado, Lilian Fessler Vaz

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RelatórioPreliminar

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RELATÓRIO PRELIMINARDAS CONTRIBUiÇÕES ENVIADAS PELAS INSTITUiÇÕESDE ENSINO DE ARQUITETURA E URBANISMO.

O presente trabalho consiste na consolidação, pela ComissãoAcadêmico-Científica, dos documentos enviados ao Semi-

nário. Participaram da elaboração do presente trabalho os seguin-tes membros da Comissão:

Sonia Marques - UFPeMarlice Azevedo - UFFGonçalo Guimarães - UFR]Wilson Ribeiro]r. - PUCCAMPIsaías de Carvalho Neto - UFBABeatriz Couto - UFMGSonia Afonso - UFSCEvanise Miranda - UFMG/ABEA

A elaboração deste relatório preliminar considerou os documen-tos enviados pelas seguintes instituições: Universidade Federal doRio Grande do Sul (UFRGS), Universidade de São Paulo (USP),Universidade Federal do Pará (UFPA), Universidade Federal doRio Grande do Norte (UFRN), Universidade Federal de Santaatarina (UFSC), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRj) ,

Universidade Federal Fluminense (UFF), Universidade Federal daBahia (UFBA), Pontifícia Universidade Católica. de Campinas(PUCCAMP), Universidade Federal de Viçosa (UFV), Universida-le Mackenzie e Universidade de Brasília (UnB).

As contribuições enviadas foram de natureza diversa e algumaslimitaram-se à apresentação de seus próprios cursos (UFV,

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Mackenzie e PUCCAMP). A origem predominante dos documen-tos são as escolas públicas (09), Os trabalhos são provenientes deinstituições que possuem pós-graduação "stricto sensu" ou "latosensu", com exceção daqueles emitidos pela UFPA, UFF e UFSC,cujos cursos de pós-graduação em arquitetura e urbanismo estãoem processo de instalação.

Os documentos enviados tanto por Universidades Públicas comopor Particulares, ocupam-se indistintamente da graduação e dapós-graduação. Porém, as críticas e sugestões apresentadas nãolevam em consideração as peculiaridades que as diferenciam nosmais diversos aspectos.

Os trabalhos, mesmo quando assinados por seus autores, foramconsiderados como representativos das instituições de origem,conforme estabelecera o regulamento do seminário.

Quanto à metodologia utilizada, a Comissão, após uma leiturageral do conjunto dos trabalhos, procedeu aos destaques pelospontos do Ternário. Vale registrar, entretanto, que a recepção dealguns documentos fora de prazo trouxe prejuízo ao ritmo dotrabalho.

Quanto ao temário, a leitura dos documentos levou a Comissão areconhecer a necessidade de introduzir mais um item relativo aosprogramas de pesquisa, que foi objeto de várias contribuições.

No conjunto, os trabalhos abordaram pontos diversos. Revelam,no entanto, uma tendência a particularizar as ternáticas a partir daprópria experiência. Distinguem-se, porém, em alguns trabalhosque fizeram considerações de ordem mais geral, posições bastan-te antagônicas. O trabalho do Rio Grande do Sul traz, nesse sen-tido, uma postura singular ao colocar que a eventual universalizaçãoda pós-graduação não deve ser considerada como uma priorida-de nem representa necessariamente um ganho de qualidade paraeste ensino, como um todo. Questiona a validade da pós-gradua-ção como fórum único legitimado r da produção do conhecimen-to, ressaltando a diferença entre formações profissionalizantes,como a do arquiteto, e as demais áreas, voltadas para a pesquisaacadêmica. Os demais trabalhos colocam-se em posição diversa,aceitando de maneira geral a tendência à expansão da pós-gradu-ação. Alguns mostram-se apenas receosos de que os programasde pós-graduação em curso venham a esvaziar as graduações já

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precárias. Já para o trabalho da Bahia, o saldo da expansão épositivo, colocando-se o seu documento em vários pontos emposição contrastante ao daquele do Rio Grande do Sul.

Com relação aos temas tratados, destacamos a maior incidênciano que se refere à integração entre a graduação e a pós-gradua-ção. As maiores lacunas dizem respeito ao item apoio institucio-nal à pós-graduação nas instituições públicas e privadas, e aoitem vantagens e desvantagens do vínculo com outras entidadescomo ANPOCS e ANPUR.

Segue, em anexo, uma sumula dos trabalhos recebidos. Para faci-litar uma visualização mais ágil, organizamos as contribuições re-cebidas por pontos temáticos.

PONTO 1Integração entre Graduação e Pós-Graduação

Item de maior incidência nos trabalhos apresentados, a posiçãodominante aponta para o distanciamento da pós-graduação dasexigências da graduação (UFRGS, UFF, UFPA, UnB, UFRN). Asrazões apresentadas para tal distanciarnento são diversas. A UFRGSindica que o caráter profissionalizante da graduação contrasta como caráter acadêmico da pós-graduação, voltada para a pesquisaritualízada. Próxima a esta posição, está a UnB, para quem oscursos têm caráter acadêmico, desvinculados do interesse da cli-entela de pós-graduandos, predominantemente voltado para a açãoarquitetõnica.

Por outro lado, há os que, como a UFBA, afirmam haver umaintegraçào entre graduação e pós-graduação. Salientam, inclusi-ve, os saldos positivos e referem-se à ampliação da qualificaçãodocente, de publicações, da pesquisa e de seminários sem indicarde maneira mais precisa formas dessa integração.

Para a UFF a integração não existe, por predominar na pós-gradu-ação uma perspectiva interdisciplinar do planejamento divorciadada prancheta, longe da origem da formação do arquiteto e urba-nista. Nota-se ainda, em alguns casos, o temor de que a criação de

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pós-graduação venha a esvaziar a graduação já precária atual-mente (UFPA).Foram levantadas algumas sugestões visando promover a integra-ção tais como o oferecimento, pelos mestrandos, de temas/aulasno curso de graduação e exigência de participação efetiva docorpo docente da pós-graduação na graduação (UFF). A UFRJsugere que a implantação de programas de pós-graduação de ca-ráter multidisciplinar e interdepartamental, força de forma positi-va a graduação a rever suas bases. Outro aspecto importante é aintegração dos docentes da graduação aos grupos de pesquisaque se formam nos programas de pós-graduação.

PONTO 2Articulação e Cooperação entre Cursos

No que diz respeito à cooperação interna entre os cursos de gra-duação e de pós-graduação, as posições assemelham-se às ex-pressas no item anterior.A cooperação entre os diversos cursos da pós-graduação no pla-no local, regional ou nacional e o intercâmbio cultural, estevequase que ausente dos comentários. A UFRN propõe uma articu-lação entre cursos, sob a forma de convênios e consórcios. Já aFAU-USPsalienta a inexistência de programas conjuntos com ins-tituições de pesquisaEste é um tema que, na opinião ela Comissão, exigiria um maioraprofundamento. A própria Comissão ressentiu-se ela necessidadede dados mais atualizados e precisos quanto à área de pós-gradu-ação. O trabalho da FAU-UFR]utiliza fontes do SEEC-MEC,1993,que indicam a existência de 56 cursos de graduação em Arquite-tura e Urbanismo (16 federais, 4 estaduais, 1 municipal e 35 parti-culares). Quanto à pós-graduação, registram-se 10 mestrados,ministrados por escolas de Arquitetura, sendo 4 em Arquitetura,os demais em Planejamento Urbano e um doutorado. Um levanta-mento preliminar da Comissão conseguiu atualizar parcialmenteesses dados chegando à listagem em anexo.

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Além destes cursos listados, aqueles de História Urbana, Geogra-fia Urbana, Sociologia Urbana, etc têm interagido na pós-gradua-ção, sobretudo na capacitação docente, embora não possam arigor configurar a área específica da pós-graduação em Arquitetu-ra e Urbanismo. No entanto, o problema parece justamente reme-ter ao fato de que esta área não conseguiu constituir uma identi-dade própria, visível e reconhecida, tanto pelos que dela partici-pam, docentes e discentes, quanto pelas instituições oficiais en-carregadas das pós-graduação.Para isto parece contribuir a inexistência na área de Arquitetura eUrbanismo de um núcleo aglutinador da pós-graduação no âmbi-to nacional. Esta, como se sabe, tem se reunido por áreas, emassociações nacionais. Avalia-se que a mais próxima da área seriaa ANPURque, no entanto, só recobre parte do universo dos inte-resses da pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo.A ausência de um fórurn neste nível poderia, portanto, estar difi-cultando a visualização de uma identidade da área de Arquiteturae Urbanismo e, em conseqüência, restringindo as iniciativas deintercâmbio e cooperação. Possibilidades como trocas ou conces-sões eventuais ele membros do corpo docente ou de convêniossão assim, na maior parte desconhecidas.A oportunidade da criação de um fórum dessa natureza exigiria,no entanto, algumas reflexões. Uma delas é a especificidade daprodução do conhecimento em Arquitetura e Urbanismo, que nemsempre se molda à pesquisa acadêmica ritualizada, como apon-tam os trabalhos da UnB e da UFRGS.Nesta perspectiva, um fórumem Arquitetura e Urbanismo não poderia ser restritivo à produçãodo conhecimento nos moldes tradicionais da pesquisa acadêmica.Uma outra questão diz respeito à especificidade do conhecimentoem Arquitetura e Urbanismo e a sua relação com as exigências damultidisciplinaridade, de maneira a não descaracterizá-Ia, comoaponta o trabalho da UFR].É preciso, assim, estabelecer a medida do relacionamento comáreas já consolidadas como ANPOCS, ANPUR,ANTAC,ou outras,tomando as reflexões acima como base.As próprias definições tradicionais de áreas e sub-áreas de conhe-cimento, estabelecidas pela CAPES, CNPq e outras agências de

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fomento, parecem não contemplar os requisitos da área de Arqui-tetura e Urbanismo e talvez merecessem ser reconsideradas.

A não integração das experiências de pós-graduação na área deArquitetura e Urbanismo tem dificultado uma maior difusão doconhecimento produzido nesta área. Isto exigiria, portanto, umestudo mais acurado por parte de algum mecanismo institucionalou fórum dedicado a esta questão, em moldes a serem precisa-dos.

Uma das grandes conseqüências até o momento tem sido quegrande parte do conhecimento produzido em arquitetura em ur-banismo não atinge o público interessado. Por um lado, este co-nhecimento muitas veze~ está disperso em outras áreas afins jáconsolidadas e reconhecidas, reunidas pelas associações nacio-nais de pós-graduação. Por outro, muito desse conhecimento édivulgado através de congressos, seminários ou publicações pro-fissionais dos arquitetos e urbanistas que não contam com reco-nhecimento e credenciamento pelo meio científico-acadêmico, faceaos atuais critérios de mérito.

Seria, portanto, também necessário pensar na redefinição de taiscritérios e numa política editorial que reforçasse as iniciativas emcurso, divulgando e ampliando o seu acesso a um público maisamplo, bem como a abertura para novas publicações na área.

PONTO 3Necessidade ou Não de Áreas de Concentração

Com exceção da UFRGS, que relativiza a própria eficácia da pós-graduação, os demais trabalhos aceitam tanto a tendênciaexpansionista quanto a existência de áreas de concentração. Adefinição destas é, no entanto, alvo de abordagens diversas.

A USP reafirma a tradição das diversas áreas por contemplar amultidisciplinaridade em Arquitetura, que são: Arquitetura, Urba-nismo, Paisagismo, Desenho Industrial, Comunicação Visual, His-tória, Arte, Conforto Ambiental, Ecologia, Materiais, Industrializa-ção da Construção, Habitação, etc. Em apoio a esta estrutura colo-

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ca-se a UFRN. Defende a área de concentração em EstruturasAmbientais Urbanas e diversas sub-áreas da FAU-USP como a quemais se adequa às potencial idades da arquitetura e urbanismo.Conclui enfatizando que ela permite a especialização do arquitetoa partir dos diversos enfoques do ambiente urbano, bem como otrabalho conjunto com engenheiros, cientistas sociais, biólogos, ete.

A UFV e o Mackenzie limitam-se a apresentar a sua própriaestruturação de cursos. A primeira situa sua experiência comorelacionada à tradição municipalista local. A segunda afirma que aárea de arquitetura e urbanismo deve definir respostas ao déficithabitacional, à falta de equipamentos sociais, à escassez ele recur-sos sociais e privados para os problemas da cidade e da região.

Na opinião ela UFPA e ela UFR], a expansão ela área ele pós-graduação em Planejamento Urbano e Regional foi feita em detri-mento elo e q u a c io n a me n to elo ensino do projeto e amultidisciplinaridade nesta área tem acarretado a perda do domí-nio do campo disciplinar específico à Arquitetura e Urbanismo.

A UFRJ, em particular, atenta para a necessidade de um campo II~isciplinar especít~ico que !nco~'pore referenciais conceituais e te-ortcos, bases históricas e filosóficas da Arquitetura e Urbanismo;em resumo, ao estudo do ambiente construido vivido.

Para a UnB, finalmente, não há a dicotomia entre planejamento eprojeto. Os problemas de área de conc ntração e linhas de pcs-qui a podem ser definidos pela extensão física (projeto de arqui-tetura, projeto de urbanismo, etc) pela questão ana lítica (confortoambienta I, aspectos de percepção do espaço, etc) ou pela ques-tão do recorte histórico (estética ela arquitetura, etc.).

PONTO 4Apoio Institucional à Pós-Graduação nas

Universidades Públicas e Privadas

Este item, que trata do apoio interno das instituições aos cursosde pós-graduação e à capacitaçào docente, praticamente não foiabordado nos trabalhos, à exceção de algumas menções.

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o texto apresentado pela UFF registra a existência de uma políti-ca de estímulo à instalação de cursos de pós-graduação com aformação de uma Comissão, designada pelo Centro Tecnológico,encarregada de formular o projeto na Escola de Arquitetura eUrbanismo. Esta política reforça a transdisciplinaridade como vemocorrendo com a área do Meio-Ambiente onde se estrutura um"megaconvênio" envolvendo 16 instituições. A EAU/UFF relataque foi acionada para estruturaçào de um Curso de pós-gradua-ção, que funcionasse com apoio nesse megaconvênio, oferecen-do o conhecimento específico sobre problemática urbana, suacompreensão e possibilidades de intervenção.

Já a contribuição da UFBA aponta para outra realidade, constatan-do a inexistência quase generalizada de uma política institucionalde capacitação docente. Considera que a pós-graduação via deregra, não é contemplada no plano de trabalho dos Departamen-tos, existindo, inclusive, aqueles docentes voltados exclusivamentepara o ensino. Não há apoio aos professores que desejam obtertítulação nem se viabiliza sua efetiva participação nas atividadesda pós-graduaçãoPermanecem, a respeito deste item, questões importantes paradiscussão no Seminário, dadas a sua significação e as desigualda-des verificadas no desenvolvimento da pós-graduação nas Uni-'versidades públicas e privadas:

• como se caracteriza atualmente o apoio institucional à capacitaçãodocente?• que apoio as instituições devem dar aos cursos de pós-gradua-ção em criação e aos já existentes?

• que vínculos os docentes devem manter com suas instituiçõesdurante o período de capacitação?

• que apoio deve ser oferecido para o aproveitamento dos do-centes que retornam após capacitação?

• a política de não investimento na qualificação do corpo docen-te verificada nas universidades privadas sofrerá alteração com asmodificações previstas no projeto da LDB em votação no Con-gresso Nacional?

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PONTO 5Condições de Acesso e de Permanência dos Profissionais

(Critérios de Seleção e Bolsa)

O público a atingir restringe-se, para alguns dos trabalhos, aouniverso acadêmico. Trata-se, neste caso, de formação de profes-sores e pesquisadores. Outros, no entanto, advogam a necessida-de de uma formação mais compatível com o interesse da clientelaprofissional. A UFV define o universo visado em termos quantita-tivos (20 técnicos) e qualitativos (profissionais aptos a proporeme executarem política urbana, rural e regional). 'A Mackenzie e aPUCCAMP destinam seus cursos preferencialmente a arquitetos,porém, acolhem outros profissionais que atuam ou tenham a in-tenção de atuar nesta área.

As mudanças nas regras de ingresso, nos prazos e datas são difi-culdades para os candidatos, os docentes e a burocracia, aponta-das pela FAU-USP. Para a UFRN, o acesso mais amplo à pós-graduação é prejudicado pela concentração destes cursos no eixoSul-Sudeste. Quanto ás condições de permanência, os docentesque realizam a pós-graduação em sua própria região ou institui-ção de ensino são penalizados por não contarem com bolsa e nãoserem liberados ele suas atividades.

A proposta da UFV é "facilitar o acesso e a permanência de umpúblico com vínculo empregatício, do qual não pode abrir mão,através de cursos mensais em módulos concentrados."

Os índices de evasão e as suas razões não foram abordados pelostrabalhos. Porém, apontam-se inúmeros casos de abandono elecurso após a conclusão elos créditos, sem a conclusão ela I esquisaou a elaboração ela monografia ou tese, A FAUUSP salienta que otempo necessário para conclusão elos trabalhos tem sido superiorao que seria ielea 1. Indica ainda que esse retardo pode ser atribu-ído, em vários casos, a conflitos com a orientação que chegam aocasionar o abandono do curso.

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PONTO 6Princípios para DefiniCjão de Temas e Orientadores

Este aspecto foi pouco abordado pela maioria dos trabalhos, oque pode ser resultado de diversos fatores, Visto que:• alguns cursos são .recentes ou estão em formação e não têmexperiência sobre o assunto;• os cursos de especialização nem sempre adotam a prática detrabalhos finais com temas específicos e com orientação;• o problema aparece correlacionado à definição das áreas deconcentração.A UFF indica "uma demanda discente de afinidade de temas parapesquisa" A UFPA aponta para a oportunidade de melhor int:-grar a pós com a graduação através do dese nvolvimento de tema-ticas mais associadas aos problemas do projeto Os problemasapontados pela FAU-USPdizem mais respeito às o;-ientações, muitasvezes negligentes, pouco criteriosas ou cl!entel!stl~as. Ressaltam,ainda a inexistência de incentivo à orientação, o numero InSUflC1-ente de orienta dores e a não transferência do conhecimento deorientadores mais experientes aos mais jovens.

PONTO?Pós-GraduaCjão de Profissionais Arquítetos e Urbanistas

em Outras Áreas (Limites e Possibilidades).

Não houve, ao longo das contribuições, uma avaliação precisa doque tem sido este fenômeno em term~s q,uantit~tivos e qualitati-vos. De qualquer modo, esta formaçao e conSiderada negativamesmo em áreas conectas àquela dos arquitetos (UFPA, UFBA,UFRN). A UFRN, por exemplo, embora afirme que é necessário,para "projetar uma residência" o domínio de diversas áreas doconhecimento, considera distorcido o fato de arquitetos cursaremprogramas de pós-graduação em outras áreas, ainda que ressal-vando a contribuição de outras áreas tais como Engenharia CIVÜ

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(instalações) , Engenharia Mecânica (conforto ambiental), Ciênci-as Sociais (plano diretor e habitação popular)Numa postura mais favorável à interdisciplinaridade colocam-se aUFR], a Mackenzie e a UFF A Mackenzie dirige a pós-graduaçãopreferencialmente aos arquitetos, porém afirma que o caráter in-terdisciplinar permite aceitar profissionais de outra formação. AUFF, por sua vez, faz da interdisciplinaridade uma diretriz para aimplantação de seus cursos de pós-graduação.A UFR] enfatiza que a multidisciplinaridade deve estar presentena formação do profissional, na qualificação do docente, nos gru-pos e conteúdos de pesquisa, tanto quanto como nas equipes quepraticam a profissão nos seus diversos ângulos e segmentos.A postura favorável à interdisciplinaridade vem acompanhada, noentanto, de uma preocupação com a perda da especificidade doconhecimento em Arquitetura e Urbanismo. Nesta perspectiva étambém salientado que a expansão da pós-graduação em áreasconsideradas "periféricas à atividade projetual", tais como Teoria- História, Conforto Ambienta] e Planejamento, fez-se' em detri--mento da preocupação com a área relacionada com a atividadede Projeto.

PONTO 8Vantagens e Desvantagens do Vínculo

entre TitulaCjão e Salário

Tal questão comparece de forma explícita em um número reduzi-do de trabalhos. A UFRGS faz a defesa da especificidade da formade produção do conhecimento na área da Arquitetura e do Urba-nismo em função de seu caráter profissionaliz ante. Por istopropugna "a instituição de mecanismos de reconhecimento elegitimaçào formal daquele saber arquitetõnico que procede dire-tamente da prática do ofício do arquiteto e que é desenvolvidafora da esfera acadêmica, da pós-graduação e da pesquisaritualizada". Ressalva, no entanto, que nas áreas de Teoria, Histó-ria e Planejamento Urbano e Regional a pós-graduação tem umpapel importante a cumprir na produção deste conhecimento.

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Assim, considerando que parte fundamental do saber na área es-capa à lógica do fazer acadêmico, propõe a restauração da impor-tância histórica e legal da livre-docência e da efetiva possibilidadede defesa direta de tese como mecanismos imprescindíveis naárea profissional.

Aponta que a retomada desses meios, abandonados desde a Re-forma Universitária de 1968, permitiria que os professores ligadosao mercado de trabalho extra-muros deixassem de ser penaliza-dos em sua ascensão acadêmica. As dificuldades que se ante-põem à ascensão na carreira deste setor decorrem tanto da ausên-cia de mecanismos de reconhecimento do saber produzido napraxis arquitetõnica e urbanística, conforme já salientado, comodas dificuldades encontradas por esses professores em se adequara tais exigências, a saber: ausência da oferta de cursos em suabase geográfica e/ou a impossibilidade de conciliar suas tarefasprofissionais e discentes.

Sem defender o mesmo tipo de posição quanto à titulação, a UnBafirma que o caráter acadêmico da pós-graduação não atende aointeresse da clientela que atua no mercado profissional. E lembraque, para os docentes, a forma atual de titulaçào pode levar pre-cocemente ao final da carreira. A UFPA acrescenta o fato deinexistirem incentivos para que o professor titulado continue pro-duzindo.

Não se detectou, no entanto, em outros trabalhos, qualquerquestionamento da validade da forma acadêmica de produção deconhecimento para a prática profissional. Alguns - UFBA, UFRN,UFPA - fazem a defesa explícita da importância dessa forma detitulaçào acadêmica.

Cabe, finalmente, perguntar se o tímido tratamento do tema podeser interpretado como um apoio generalizado à importância dapós-graduação na carreira acadêmica, bem como a seus efeitospara a produção da arquitetura e urbanismo feita fora do contextouniversitário.

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PONTO 9Pertinência das Prioridades e Critérios Estabelecidos

pelas Agências de Fomento(Financiamento e Avaliação de Desempenho)

o tema é pouco tratado nos trabalhos enviados, ainda que extre-mamente importante pela sua influência na definição de áreas deestudo e na estruturação dos cursos de pós-graduação.

Às vezes, vem associado à qualificação do corpo docente ou aoacesso a recursos para pesquisa, geralmente voltados para a pós-graduação e dependentes "do circuito urbano na qual ela é envol-vida, p.enalizando as instituições do chamado circuito regionalizadoe periférico" (UFRJ e UFBA).

A UFBA propõe ainda uma política agressiva por parte das insti- \tuições de ensino, junto às agências de fomento para o desenvol- \vimento de uma política de pós-graduação que reforce a área.

Outras instituições, C01110 a UFR] e UnB, revelaram os conceitoscios seus cursos, demonstrando uma aceitação implícita dos crité-rios de avaliação existentes. Situações como as bolsas obtidas atra-vés das agências de fomento foram citadas pela UFr e ilustradaspela UnB com o exemplo do curso de pós-graduação em Plan ja-mento Urbano, financiado pelo Programa Nacional de Capacítaçãoele Recursos Humanos para o Desenvolvimento Urbano entre 1976e 1986. Com o encerramento do Programa, a I os-graduação foireforrnu Ia da . .

Ca~eassinalar, entretanto, a ol~lissão de posicionarn nto quanto a\enterros de avaliação e prioridades, o que pode expressar umapostura reservada dian~e elas instituiç - es, no sentido de evita r Iquesuonarnentos e confrontos.

Seria o caso de perguntar se a integração do." diversos cursos depós-graduação na área de Arquitetura e Urbanismo, ainda nãoconsolidada, estaria ratificando a dorninância de áreas e grupo jáestabelecidos, em detrimento da entrada de novos pesquisador se de cursos emergentes.

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PONTO 10Vantagens e Desvantagens de Vínculo com OutrasEntidades (ANPOCS, ANPUR, ANTAC, ANPED, etc)

Quanto aos vínculos com outras entidades, somente a UnB citacomo vantagens os encontros técnicos-científicos promovidos pelasassociações, pela oportunidade de divulgação da produção inte-lectual no âmbito do seu curso de mestrado. Fica evidente a lacu-na a respeito de qualquer observação ou avaliação mais precisada contribuiçào efetiva destas entidades.Cabe questionar o papel que elas representam hoje, como estari-am contribuindo com os cursos de pós-graduação e se não estari-am somente estimulando o desenvolvimento de trabalhos teóri-cos - pesquisas sobre temas específicos - visando mais a obten-ção de prestígio pessoal do que propriamente colaborando com oaprimoramento da área de conhecimento da Arquitetura e do Ur-banismo, o que nos remete à discussão inicial (ponto 1) que abordaa integração entre os cursos de graduação e pós-graduação.

PONTO 11Dificuldades e Potencialidades do Vínculo entre Ensino

de Gradua(jão, Pós-Gradua(jão e Titulação

Ante a suposição, sugerida pelos diversos textos, da existência devínculos entre ensino de graduação, pós-graduação e titulação -sem aqui entrar no mérito da consistência desses mesmos víncu-los - interessa verificar as razões indicadas para esta questão.Algumas delas tratam de circunstâncias próprias de cada institui-ção, outras são decorrentes de aspectos gerais e presentes emvárias universidades, ou, finalmente, são conseqüências de con-ceitos específicos da área de atuação do arquiteto.É mais ou menos consensual que há divisão mal administradaentre os conceitos de Teoria e de Prática nos camp s abrangidospela profissão (UFSC, UnB e UFRGS);também' apontada a insu-ficiência das políticas de pós-graduação existentes no país (UFRGS,USP e UFBA). São vistas como causas desses problemas desde a

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ausência de política de pesquisa na área da Arquitetura em nívelnacional, seja formal ou não, até as naturais deficiências da expe-riência relativamente recente na pós-graduação implantada naestrutura fragmentada do modelo universitário adotado.Os textos sugerem que a dúvida sobre o papel da pós-graduaçãopermanece sem resposta satisfatória ao se considerar um públicoa atender constituído por profissionais, pesquisadores e professo-res universitários, como três categorias distintas. Neste aspectoencaixa-se o conflito entre as instâncias técnicas e artísticas, deum lado, e as acadêmicas de outro, explicitado nas críticas àscaracterísticas da pós-graduação "stricto sensu" e "lato sensu" eaos seus respectivos níveis de prestígio.A questão do prestígio é sugerida como instância de poder, sejapela especificidade do título acadêmico formal e suas conseqüên-cias políticas internas à escola, seja pela articulação à estruturainstitucionalizada de pesquisa. Ressalte-se neste tópico aespecificidade da sugestão, apresentada pela UFRGS, em termosda possibilidade de se obter titulaçào exclusivamente por tese,com a reabilitação do instituto da livre decência - ou seja, ~I parteda pesquisa ritualizada.Em relação às limitações, ressalte-se a crítica às questões salariais,à inexistêncía de critérios objetivos e unificados para a avaliaçãodo quadro docente na graduação e na pós-graduação, além elasdificuldades de distribuição de docentes pelos dois níveis de ensi-no. Foram lembradas ainda: a tendência inercial ao isolamentoentre os dois níveis (USP) e a '.'ânsia compulsiva de aperfeiçoa-mento ante as perspectivas de poder" (UFF).Quanto ~IS potencialidades, caberá ao Seminário discutir sobre asdistintas perspectivas apontadas pela UFPA (o receio da p 's-gra-duaçào trazer inconveniência e prejuízos à graduação), pela U','BA(padrão de legitimação marcada pela defesa da qualidade c daprodutividade), arribas pelos caminhos formais, e pela UFRGS(ca-minhos alternativos da livre-decência como complemento paratitulaçào, ao lado dos já existentes).

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PONTO 12Vínculo entre Ensinode Graduação, Pós-Graduação

e Pesquisa.

Os enfoques sobre as atividades de pesquisa existentes na área dearquitetura e urbanismo derivam de sua inserção dentro do mo-delo de ensino superior no país - onde aparece vinculada exclu-sivamente à pós-graduação - abordando o seu papel na produção

.do conhecimento na área de Arquitetura e Urbanismo, suasinterfaces com a pós-graduação e os problemas atuais para seu

i desenvolvimento no interior das instituições.

-1 O texto da UnB afirma que" o principal dilema é a contradiçãoentre uma prática milenar (de construir espaços arquitetõnicos ede projetá-Ios) e uma tradição de pesquisa quase inexistente, res-ponsável pela ausência de pressupostos efetivamente teóricos paraa Arquitetura. Esta contradição nos faz hoje lutar pelo estabeleci-

11mento como área de conhecimento científico, condição para queos cursos de Arquitetura e Urbanismo permaneçam nas universi-dades" .

A contribuição da UFRJ, por sua vez, registra que as estatísticassobre pesquisa na área de Arquitetura e Urbanismo, bem como areduzida oferta de pós-graduação "lato sensu" levam a entenderque a implantação dos programas de pós-graduação nas institui-ções não seguiu, na maioria dos casos, o processo preconizadocomo ideal de evolução natural das atividades de pesquisa e PósGraduação "lato sensu".

Por outro lado, o texto da UFRGS ressalta "o fetiche em que setransformou a pós-graduação e a pesquisa na universidade públi-ca nos últimos anos". Em alguns currículos, acredita-se que "oprofessor não envolvido com a pesquisa e a Pós-Graduação é umdocente de 2ª classe".

Afirma ainda que "o modelo atual de Pós-Graduação, de estilonorte-americano, caracteriza-se essencialmente pelo objetivo depreparar recursos para a pesqu isa acadêmica ritualizada":

O texto da UFBA, também, vincula o desenvolvimento da pesqui-sa ao próprio modelo de pós-graduação, diferenciando-a de ou-tras "etapas" da formação acadêmica e profissional, reforçando,

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porém, que o fato da pesquisa ter-se concentrado essencialmentena pós-graduação trouxe problemas para a renovação da gradua-ção.

A contribuição da UFRGS enfatiza que ", a pesquisa acadêmica,indissociável da pós-graduação, é erroneamente considerada comoforma universalmente válida e insubstituível de produção do co-nhecimento". Seria, segundo o texto, mais adequada a áreas doconhecimento que têm na pesquisa sua forma principal de exis-tência e onde confunde-se o professor com o cientista ou pesqui-sador. O que não seria o caso da Arquitetura e Urbanismo, onde", como em muitas áreas do ensino superior profissionalizante,pode-se ser um ótimo professor sem ser obrigatoriamente pesqui-sador ou pós-graduado".

Por outrolado, o texto da FAUUSP registra a inexistência de umapolítica para pesquisa na área de Arquitetura a nível nacionaldificultando o desenvolvimento de uma pós-graduação mais efici-ente, com recursos e objetivos claros. Ressalta que <I

descontinuidade de financiamentos tende a desestruturar todo equalquer esforço para manter a pesquisa de médio prazo, numquadro onde predomina o pesquisador individual com meios pró-prios e faltam programas conjuntos da pós-graduação C0111 insti-tuições de pesquisa.

Quanto ao relacionamento da pesquisa com J graduação, afirmaque ". apenas em casos excepcionais alunos de graduação devemparticipar ele atividades relativas ~I formação de pesquisadores cprof ssores", contrapondo-se à contribuiçào da UnB. que nãoentende a pesquisa como uma instância própria da pós-gradua-ção, com os professores responsáveis pelas linhas de pesquisaincorporando os estudantes da graduação ao seu trabalho de in-vestigação.

O texto da UFBA encaminha, ainda, sugestões para o desenvolvi-mento da pesquisa, como a elaboração de uma agenda de pesqui-sa e divulgação de informações relativas aos recursos disponív isem órgãos de fomento, multiplicação de gestões frente a outrasfontes públicas e privadas de financiamento de pesquisa, assimcomo a discussão r gionalizada e particularizada da situação dasFaculdades de Arquitetura e Urbanismo junto aos órgãos públicosde fomento. .

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RELAÇÃO DE CURSOSDE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL - UFRGS

Mestrado em ArquiteturaMestrado em Planejamento Urbano e Regional

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - USP

Mestrado em Arquitetura e Urbanismo .Doutorado em Arquitetura e Urbanismo

ESCOLA DE ENGENHARIA DE SÃO CARLOS - USP

Mestrado em Arquitetura

-------_.-UNIVERSIDADE MACKENZIE

Mestrado em Arquitetura e Urbanismo

UNIVERSIDADE FEOERAL DA BAHIA - UFBA

Mestrado em Arquitetura e UrbanismoEspecialização em Restauro e Patrimônio

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Cerimônia de Encerramento do Seminário Da di sit .da, Prof" Carmem Casso I, Prof" Maria Elisa Me,ra,r~'r~tara ? .esqu~r-Prof" Nílcéia Lemos Pelandré, Prof. Itamar Kalil, ÊngO w1s~~r:Arq. TumgXmg Xang e Arq. Valeska Peres Pinto. ang,

Page 33: Caderno ABEA 12 - Seminário Nacional de Pós-Graduação em Arquitetua e Urbanismo

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO - UFRJ

Mestrado em ArquiteturaEspecialização em Urbanismo

UNIVERSIDADE FEDERAL DE ViÇOSA - UFV

Especialização em Planejamento Municipal (em montagem)Mestrado em Urbanismo (em montagem)

--------------_ .._--UNIVERSIDADE DE BRASíLlA - UNB

Mestrado em Desenho UrbanoMestrado em Planejamento Urbano

._-------------UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO - UFPE

Mestrado em Desenvolvimento Urbano e Regional

---- ._----_._.- -- -----_ .._-----------_._-UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS - UFMG

Mestrado em Arquitetura (em montagem)Especialização em Urbanismo

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE -. U FF

Mestraclo em Urbanismo e Gestão Urbana (em montagem)

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Ata daXV Reunião

••..---_._~~

Page 34: Caderno ABEA 12 - Seminário Nacional de Pós-Graduação em Arquitetua e Urbanismo

ATA DA XV REUNIÃODO CONSELHO SUPERIOR DA ABEA - COSU

"As 11 :00 horas do dia 14 elo mês ele maio ele 1993, na UFSC -Auditório Prof. Luis Antunes Teixeira - foi aberta a XV reu-

nião do COSU/ ABEA pelo professor Itarnar Costa Kalil - presiden-te em exercício da ABEA, que procedeu a leitura ela pauta elareunião e logo a seguir esclareceu os presentes sobre a forma eleparticipação dos delegados no COSu.

Examinando a pauta proposta, a Presidência propôs incluir itemsobre "Informes Gerais: Ópera Prima, Livro Paulo Santos, lnfor-mática ."

o professor Carlos lartins - ('SP/São Carlos sugere incluir napauta item sobre "Exame ele Ordem".

Após discussão, foi aprovada a seguinrc pauta ela XV Reunião cioCOSU:

1 - Informes erais : Ópera Prima, Livro I)aulo Santos, ínformárí-ca , CEAU.

2 - Convocação para o Vl CONABEA, Xl EN. EA e XVI COSlJ.

3 - Encaminhamento ele alteração dos Esrarutos.

4 - Comissão Eleitoral.

5 - Encaminhamento elas decisões do Seminário de Pós-Gradua-ção.

6 - Anuidades.

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7 - Assuntos Gerais: Exame de Ordem, Inventário.

1 - INFORMES GERAIS

1.1 - Ópera PrimaDando início aos trabalhos, o presidente solicitou à professoraEvanise Colombini - UFMG, consultora do Concurso Ópera Pri-ma, que fizesse um relato sobre as atividades do 5º ConcursoÓpera Prima, que será concluído no dia 14 de junho, em São

Paulo, com a premiação dos vencedores do Concurso.

Será editado um encarte especial da Revista Projeto, comemorati-vo da 5ª realização do Concurso.

Nesta publicação serão incluídos depoimentos de professoresorientadores, de participantes e membros do júri.

Para esta prerniação estão sendo convidados todos os autores eorientadores dos 25 trabalhos selecionados.

Informou a professora Evanise que neste ano foram inscritos 199trabalhos no Concurso, constituindo-se no maior número de ins-critos desde que foi instituído o Concurso. A seguir a professoraEvanise apresentou a relação das sedes dos julgamentos regionaisnos cinco certames já ocorridos, propondo a seguir os locais de

julgamento para o próximo Concurso.

Já foram realizados julgamentos regionais nas seguintes cidades:

Região 1 - Porto Alegre, Curitiba, Florianópolis, Londrina, Pelotas.

Região 2 - São Paulo, Campinas, São Paulo, Santos, Bauru.

Região 3 - Rio, Niterói, Rio, Rio, Rio.

Região 4 - Recife, Salvador, João Pessoa, Natal.

Região 5 - Brasília, Belo Horizonte, Vitória, Campo Grande, Belém.

Foram sugeridos como locais para julgamento do próximo con-curso as seguintes cidades:

Blumenau, Ribeirão Preto, Rio' de Janeiro, Maceió e Goiânia.

Foi também sugerido que durante os períodos dos julgamentosregionais fossem programadas atividades que pudessem aprovei-

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tar a passagem da Comissão Julgadora nas instituições de ensinopara promoção de debates.

Foram levantadas sugestões quanto às atas de julgamento, no sen-tido de que fossem mais detalhadas as considerações do júri so-bre os trabalhos, e quanto à natureza dos trabalhos que possamvir a ser aceitos pelo concurso,

1.2 - Iuformâttca

Neste item solicitou o presidente que o professor Anderson Claro- l.'FSC fizesse um relato sobre as atividades que o Grupo delnforrnática desenvolveu a partir do V CONABEA realizado emoutubro de 1991 em Niterói, na UFr:. Foram prestados esclareci-mentos sobre o convênio que a l.!FF está formando com ,I França.através dos Convênios CAPES-COFECTB. e que está sendo ex-pa ndido para os demais cursos ele Arquitetura e Urbanismo, comvistas à formação ele uma rede nacional desenvolvendo a infor-mática nas instituiçóes ele ensino ele Arquitetura e Urbanismo.

1.3 - Liuro Paulo Sal/tosA professora Maria Elisa - UIT esclareceu que o CONFEA assinouconvênio com ,I ABEA visando o Financiamento ele dois livros doProl'. Paulo Santos que originalmente foram publicados em Portu-gal e que estão cru edição esgotada.

O convênio surgiu a partir ele urna iniciativa ela liFRGS que con-sultou o CO FEA sobre a possibilidade ele financiamento dos li-\TOS, que seriam publicados pela Editora ela l TRGS.

() professor Elvan Silva - llFRGS prestou informaçócs sobre ()andamento cio projeto no âmbito eI:1 [!FR ,S, rendo sielo idcntifi-CIcio que os recursos alocados pelo CONFEA s,10 insuficientespara a publicaçào das obras, devendo ser feitas gestões para aviabilizaçào ela edição.

1.1- CEAU1\ pr Iessora Maria Elisa, na qualidade de presidente da COl1liSS~IOele Especialistas de Ensino em Arquitetura e Urbanismo ela SESU-MEC, informou ao COSU da constituição ela Comissão presididapor ela e da qual fazem parte também os professores Luis Arnorim- Uf'Pe e Roberto Py - UFRGS. Esclareceu sobre o plano de traba-

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lho que a Comissão está desenvolvendo e dos trabalhos das duasprimeiras reuniões.

Esclareceu, também, sobre as atribuições da Comissão, que cons-tam da Portaria de designação de seus membros.

2 - CONVOCAÇÃO PARA O VI CONABEA,XI ENSEAe XVI COSU

Pelo artigo 18 do estatuto da ABEA, é competência do ConselhoSuperior a convocação dos Congressos da ABEA.

Neste sentido, a Diretoria da ABEA encaminha ao COSU a pro-posta de que seja realizada a convocação do CONABEA a realizar-se em Salvador-Ba, na UFBA, no período de 4 a 9 de outubro de1993, juntamente com o ENSEA e a I Mostra da Produção dosalunos.

Foi aprovada a proposta da Diretoria da ABEA de realização doseventos com a seguinte agenda:

4 de outubro - XVI COSU/ ABEA, abertura do VI CONABEA e XIENSEA.

5 de outubro - VI CONABEA - Estatuto e Eleição.

6 de outubro - XI ENSEA - Painel: Qualificação para o exercícioprofissional do arquiteto e urbanista - Proposta para a Educaçãocontinuada.

7 de outubro - XI ENSEA - Painel: Experiência no Processo Didá-tico-Pedagógico - Estudo de Casos

8 de outubro - VI CONABEA - Reunião Plenária

9 de outubro - VI CONABEA - Plenária Final

Simultaneamente a estes eventos, será realizada a I MOSTRA DAPRODUÇÃO DOS ALUNOS DO 1º AO 3º ANO.

Com relação à mostra, foram discutidos aspectos quanto aos tra-balhos que comporão a mostra de cada Escola. Cada Escola teráum espaço reservado para apresentação de seus trabalhos.

A professora Ester Gutierrez - UFPel está encarregada de detalharprojeto no sentido de viabilizar publicação, juntamente com aFENEA, de trabalhos de estudantes, e apresentar este projeto noCOSU de Salvador.

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Quanto à mostra de trabalhos, deliberou o COSU pela aprovaçãoda proposta ela Diretoria ou seja, poderão participar da Mostratrabalhos de alunos realizados nos 3 primeiros anos de curso.

3 - ENCAMINHAMENTO DE ALTERAÇÃO DE ESTATUTOSPelo artigo 18 dos estatutos da ABEA, cabe ao Conselho Superiorencaminhar ao Congresso ela ABEA eventuais modificações nosEstatutos da entidade.

A Diretoria ela ABEA apresentou ao XI COSU pontos a seremdiscutidos, visando adequar os estatutos da entidade.

Estes pontos deverão ser objeto de deliberação no XVI COSUpara poderem ser encaminhados ao VI CONABEA. São os seguin-tes os pontos: . Eliminação de Brasílía como sede histórica da ABEA;a questão dos núcleos da AREA; a questão da não existência eleConselho Fiscal: a questão ela substituição de membros ela Direto-ria" Ficou decidido que a diretoria da ABEA encaminhará cópiacios estatutos com a explicação destes pontos, para receber con-tribuiç'ões dos Associados, com prazo que possibilite o exame elaspropostas de alteraç:10 no XV] cose:, em outubro.

4 - COMISSÃO ELEITORALTendo em vista que durante o próximo Congresso da 1\BEA ocor-rerá a eleição para a 110\',! diretoria, deve o Conselho Superiordefinir :1 Comissão Eleitoral que organizará e supervisionará oprocesso eleitoral. Foram indicados para compor a Comissão osprofessores Christina Araujo Pa im Cardoso - UFBA, Sorria Afonso-lrrSC (:~Stênio Ca lsado Vieira - FUnB, sendo os nomes aprova-dos pelo COSU

5 - ENCAMINHAMENTO DAS DECISÕES DO SEMINÁRIODE PÓS-GRADUAÇÃO

1-'01':1111 inicialmente debatidas as formas e estratégias que a ABEAdever-i adotar para a divulgação cios resultados cio Seminário e oencaminhamento elas decisões dele decorrentes ~IS instituições deEnsino Superior.

Foi proposto pelo professor Carlos Martins - USP/Sào Carlos epelo professor Wilson Ribeiro dos Santos Filho - PUCCAMP que

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houvesse uma reorganização do relatório avalizada ou pelarelatoriado Seminário, ou por Comissão indicada, com vistas ao encami-nhamento do documento, pela Diretoria da ABEA.

Após longa discussão ficou definido que o documento final doSeminário sofreria uma revisão final por parte dos relatores doSeminário, professoras Sonia Marques - UFPe e Evanize Colombini- UFMG. Após esta revisão seria o mesmo encaminhado às Esco-las e Cursos, devendo a Diretoria da ABEA encaminhar as propos-tas específicas às entidades de fomento à pesquisa e à pós-gradu-ação.

Quanto à periodicidade do Seminário houve proposta de que fos-se realizado anualmente ou de dois em dois anos. Após debater, oConselho Superior decidiu por proposição do professor LuisAmorim - UFPe pela realização de um Seminário sobre Pesquisae Pós-Graduação em outubro de 1994 e que por ocasião da próxi-ma reunião do Conselho Superior a Diretoria se manifestaria aoCOSU quanto à eventual necessidade de antecipação da realiza-ção do Seminário.

6 - ANUIDADESAbrindo o ponto o professor Itamar Kalil informou que faz doisanos não se cobra a anuidade, pois o valor está em Cr$ 15.000,00(quinze mil cruzeiros), e o custo administrativo para cobrança émaior que o valor cobrado. Além disso, a ABEA tem trabalhadocom o universo dos professores, independente de filiação ou nãoà entidade.

O professor Guivaldo D'Alexandria - UFBA defendeu a cobrançade anuidade tanto dos associados individuais como dosinstitucionais. Comparando a forma de cobrança da AssociaçãoBrasileira de Ensino de Engenharia - ABENGE - propõe o valor deCr$ 4.000.000,00 (quatro milhões de cruzeiros) para as Institui-ções de Ensino e Cr$ 400.000,00 (quatrocentos mil cruzeiros) paraos sócios individuais.

O professor Luis Amorim colocou a dificuldade de se cobrar dasInstituições de Ensino da área federal, por não ter em dotaçãoorçamentária.

O professor Pedro Lima Santos - UF,RN, argumentou que na sua

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Universidade há possibilidade de se fazer o pagamento. A profes-sora Maria Elisa Meira ponderou que as cobranças devem ser en-viadas aos Reitores, pois é a Instituição que se filia.

A professora Ester propôs que a correspondência de cobrançafosse enviada à Reitoria e à algum professor participante da ABEA,que verificasse o encaminhamento junto à Reitoria.

Após as discussões ficou decidido que o controle de quem pagouseria feito por uma numeração do cadastro que será somada aovalor da anuidade reajustado em UFIR com duas emissões decobrança: uma no primeiro e outra no segundo semestre.

7 - ASSUNTOS GERAIS: Exame de OrdemA professora Maria Elísa Meira fez os informes de como se encon-tra o tema colocado dentro do projeto da L.D.B. que caminha noCongresso. Na proposta, o diploma não qualifica mais para o exer-cício da profissão, mas emite um certificado de conclusão de cur-so.

O professor Wilson Ribeiro propôs que deveria ser feito uma arti-culaçào junto a Federação Nacional dos Estudantes de Arquitetura- FENEA - para ter uma ação conjunta contra o exame de ordem.

Após as discussões decidiu-se pelo encaminhamento do docu-mento apresentado pela Diretoria. emendado em alguns pontospara outras profissões, C:Rl[n, FENEA, ANDES e outras entidades.Além disso, aprovou-se que as escolas elevem também encami-nhar documentos par,1 o Congresso, Câmaras de Arquitetura, ete.

8 - ENCAMINHAMENTO DAS DECISÕES DO SEMINÁRIODE PÓS-GRADUAÇÃO

Em tempo voltou-se a este ponto para discutir proposta do pro-fessor Roelrigo Rarnalho Filho - UFAL encaminhada à mesa. Aproposta é a seguinte:

Criação de uma Comissão para apresentar um plano de trabalhoele encaminhamento das políticas de pós-graduação para a áreade Arquitetura e Urbanismo.

Após discussões foi indicado pelo COSU a Comissão formada porChristina Araújo Paim Cardoso - UFBA, como coordenadora,

Ua lfrido Dei Ca rlo da FAUUSP, Roberto Righi - MACKENZIE,

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Rodrigo Ramalho Filho -UFAL, Sonia Afonso - UFSC e MarliceAzevedo - UFF que deverá em 30 dias apresentar um plano detrabalho.

9 - ASSUNTOS GERAIS: Seminário de ExtensãoO professor Itamar Kalil informou que está previsto para o pri-meiro semestre do ano que vem a realização de um Semináriosobre Extensão. A professora Maria Elisa propôs que em primeirolugar deve se discutir se deve ou não acontecer tal seminário.Depois de várias ponderações da plenária, foi decidido que devese realizar no primeiro semestre de 94 o Seminário sobre Exten-são, com elaboração de projeto de viabilização que deve ser sub-metido ao COSU de outubro, em Salvador para decidir sobredata, local e formato final.

10 - ASSUNTOS GERAIS: Congresso de ProfissionaisO presidente informou que será realizado em agosto o Congressode Profissionais e que para participar dele os delegados deverãoser indicados nos seus estados, dentro dos Congressos Estaduais.Como cada escola tem um representante no CREA, recomenda-seque estes garantam a realização dos encontros estaduais paraviabilizar esta participação.Nada mais havendo a tratar, o Presidente encerrou a sessão paraque seja lavrada a ATA que está por mim, Evanise C Miranda,assinada, pelo presidente e pelos presentes

Florianópolis, 14 de maio de 1993

Euanise Colombini Miranda - Secretária GeralItamar Kalil - Presidente

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RESOLUÇÃO N° 5, DE 10/3/83 (*)

Fixa normas defu.ncionamento e decrede nciame nto dos cursos depôs-graduação strito sensu .

O Presidente do Conselho Federal dc Educação, no uso de suasatribuições e,Considerando o disposto na Lei 5 540/68;Considerando o disposto no item XVI, do art. I '5, do Regimentodo Conselho Federal de Educação;Considerando a evolução do ensino de pós-graduação no Brasil;Considerando ainda a decisão do Plenário constante do Parecer600/82 devidamente homologado pelo Senhor Ministro de Estadoda Educação e Cultura,RESOLVE

Art. 1º Os cursos de pós-graduação, que conferem os gr~1LlS eleMestre e Doutor, serão credenciados pelo Conselho Federal eleEducação, nos termos da Lei 5 540, de 28 de novembro ele I 96i-l,para que seus diplomas gozem de validade em todo o territórionacional.

Art, 2º A organização e o regime didático-científico dos cursos elepós-graduação seguirão a orientação do Parecer 977/65, cio CI''!:':.consubstanciada nas seguintes normas básicas:I - A pós-graduação tem por objetivo :l formação de pessoal qLl~I-

lificado para o exercício das atividades de pesquisa e ele magisté-rio superior nos campos das ciências, filosofia, artes e tecnologia

II - A pós-graduação compreende dois níveis independentes l'

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terminais - mestrado e doutorado - podendo o mestrado consti-tuir etapa inicial para o doutoramento, a critério da instituição.

III - Mestrado e doutorado destinam-se a criar qualificação especi-al em determinadas áreas e subáreas do conhecimento.

IV - Alem das atividades didáticas e acadêmicas, exigir-se-á docandidato ao grau de mestre a apresentação de dissertação ououtro tipo de trabalho compatível com as características da áreado conhecimento.

V - Exigir-se-á do candidato ao grau de doutor a defesa de teseque represente trabalho original, fruto da atividade de pesquisa,importando real contribuição para a área do conhecimento.

VI - Para obtenção do grau de doutor, serão exigidos exames dequalificação que evidenciem a amplitude e a profundidade deconhecimentos do candidato, bem como a sua capacidade critica.

§ 1º Nas áreas acadêmicas, os cursos receberão as designaçõesdas áreas e subáreas das Letras, Ciências, Ciências Humanas, Filo-sofia ou Artes, com indicação no diploma, quando foi o caso, daespecialidade correspondente.

§ 2º Nas áreas profissionais os cursos serão designados segundo ocurso de graduação correspondente, com indicação no diploma, .quando for o caso, da respectiva especialidade.

§ 3º O mestrado e doutorado de natureza multidisciplinar ou in-terdisciplinar, que não correspondam a cursos de graduação, te-rão denominação específica.

§ 4º O doutorado será organizado em forma de programa de tra-balho com o fim de proporcionar formação científica ou culturalampla e aprofundada desenvolvendo a capacidade de pesquisa eo poder criador nos diferentes ramos do saber.

§ 5º Além do órgão de coordenação central de pós-graduação, asuniversidades poderão constituir coordenações setoriais, que reú-nam cursos afins, visando a estimular a interdisciplinaridade, aunificação pedagógica e administrativa, em articulação com oscorrespondentes departamentos.

Art. 3º O credenciamento dos cursos de pós-graduação será con-cedido por ato do CFE, homologado pelo Ministro da Educação e·Cultura.

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§ lº Poderão ser credenciados cursos de pós-graduação mantidospor instituições de ensino superior, oficiais ou particulares e, ex-cepcionalmente, por outras instituições científicas ou culturais.

§ 2º O credenciamento poderá ser requerido para o mestra do oupara o doutorado ou para ambos.

§ 3º O credenciamento ao doutorado será extensivo ao mesrradocorrespondente, quando houver.

Art. 4º A implantação de um curso de pós-graduação deve serprecedida da existência de condições propícias à atividade cria-dora e de pesquisa, aliando-se a disponibilidade de recursos ma-teriais e financeiros às condições adequadas ele qualificação ededicação elo corpo docente nas áreas ou linhas de pesquisa en-volvidas no curso.

Arr. 5º O pedido de credenciarnento, encaminhado ao Presidentedo CFE pela instituição interessada, somente será examinado qu.m-do houver sido precedido por um período ele funcionamento cx-perimentai do curso. ('0111 dur:I~·:iü mínima cio dois anos, devida-mente autorizado pelo colcgíado competente d.t instituição e es-tiver sob permanente acompanhamento pelos órgãos do Ministé-rio da Educação e Cultura respons:.í\·cis pela pós-graduação. aosquais deverá ser comunicaelo seu início ele funcionamento.

§ 1º Os alunos admitidos durante este período experimental deve-rão ser formalmente informados ele que ;1 validade nacional eleseus diplomas estará condicionada ao credcnciarncnto elo cursopelo ClE nos termos desta Resolução.

§ 2º Na exceção prevista no § ·Iu do artigo 3\2, o período de funcí-on.uncnto cxpcrimcnrnl só poderá ter inicio após resposta afirma-tiva ;1 cartn-consulrn ele qualificaçào dirigida ao Conselho Federalele Educação.

§ 3\2 Para os cursos j:'!em funcionamento na data desta Resolução.será considerada cumprida a exigência prevista neste artigo. se.pelo menos durante elois anos. estiverem sob acompanhamcnroelos órgãos elo Ministério ela EcluCl~·ào responsáveis pela pós-gra-duaçào.

§ 4º Os cursos ele pós-graduação que já se encontram em fuucio-namcnto, sem acompanhamento pelos órgãos elo Ministério elaEducação e Cultura responsáveis pela pós-graduação. deverão

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comunicar a este sua existência, contando-se, a partir da data dacomunicação, o prazo de dois anos a que este artigo alude.

Art 6º O pedido de credenciamento será acompanhado de relató-rio sucinto do curso, do qual constarão, necessariamente, os se-guintes dados:I - Justificativa do curso, demonstrando a relevância de sua atua-ção na área e perspectivas futuras.

II - Relação do corpo docente, com curriculum vitae sucinto,contendo a formação acadêmica, descrição da produção intelec-tual, regime de trabalho e discriminação da forma de atuação decada docente no curso.Ill -Relação dos docentes responsáveis pela orientação de disser-tações, teses ou trabalhos equivalentes, cuja qualificação será com-provada pela formação acadêmica, com a titulação corresponden-te, e pela produção científica ou atividade criadora, devendo serexplicitadas as linhas de pesquisa em que atua cada orientador.

IV - Experiência de pesquisa do grupo, demonstrada mediante adescrição da atividade criadora específica dos membros do corpodocente e a produção de trabalhos originais.

V - Estrutura curricular do curso, docentes responsáveis e caráterobrigatório ou optativo das disciplinas que são ministradas.

VI - Organização administrativa e acadêmica do curso, acompa-nhada das normas regimentais e regulamentos vigentes,

VII - Recursos materiais C0111descrição sucinta e atualizada:

a) das instalações e dos equipamentos ou com o acesso assegura-do;b) da biblioteca, com ênfase nos periódicos e na bibliografia ne-cessária ao desenvolvimento de pesquisa;

c) dos recursos orçamentários próprios e de convênios.

VIU - Relatório referente ao período de funcionamento experi-mental, contendo informação sobre o corpo discente.

Art. 7º Aos docentes de curso de pós-graduação exigir-se-á exer-cício de atividade criadora, demonstrada pela produção de traba-lhos originais de valor comprovado em sua área de atuação, eformação acadêmica adequada, representada pelo titulo de

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doutor ou equivalente.

Parágrafo único. Em casos especiais, a juizo do CFE, o titulo dedoutor poderá ser dispensado desde que o docente tenha altaqualificação por sua experiência e conhecimento em seu campode atividade.

Art. 8º Exigir-se-á dos docentes-pesquisadores, em especial dosorientadores, além das qualificações constantes do artigo anterior,dedicação à pesquisa e ao ensino, em condições de formar ambi-ente favorável à atividade criadora.

Art. 9º A admissão de estudante aos cursos de pós-graduação de-verá estar condicionada à capacidade de orientação ele cada cur-so, comprovada através da existência de orientadores C0111dispo-nibilidade de tempo para esse fim.

Arr. 10. Para matricula nos cursos de pós-graduação, além do di-ploma de curso ele gruduaçào, as instituições deverão estabelecerrequisitos que assegurem rigorosa seleção intelectual dos candi-datos.

§! \,O meS1110curso de pós-graduação poderá receber diplom.rclosde cursos de graduação diversos, verificada a cornpatibilizaçàocurricular, com ou sem estudos adicionais de nívelarncnro.

§ 29 () aproveitamento cio estudos julgados equivalentes será ad-mitido na norma cios regimentos dos cursos.

§ 3º Em caráter excepcional. 0 facultado ao aluno de graduaçãoinscrcvc r-xc «letivamente em disciplina oferecida por curso depós-gruduaçào. na forma prevista em regimento.

§ ij'" Os regimentos elos cursos ele pós-graduação definirão a dura-ção máxima ele permanência elo estudante nos cursos.

§ ')º Ser:\ ele UI1l ano a duração mínima elo mestrado e de dois anosa elo doutorado,

Arr. ! 'I, Será designada uma comissão constituída ele especialistas(I\:: reconhecida competência. com o objetivo ele verificar in loco:IS condiçócs ele funcionamento de curso de pós-graduaçào a sercrcdenciado. '

I)ar:.ígrafo único A comissão aprc ...scntará relatório circunsranciadosobre a situaç;-Io elo curso, manífest.mdo-sc sobre rodas ;IS exigên-cias constantes ela presente Resolução.

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Art. 12. O credenciamento do curso de pós-graduação terá valida-de pelo prazo de cinco anos.

§ 1Q No transcorrer do período de vigência do credenciamento, ainstituição poderá, sob sua responsabilidade, introduzir as altera-ções de estrutura curricular e acadêmica e de corpo docente, ne-cessárias ao bom andamento do curso, que serão devidamenteapreciadas pelo CFE à época do pedido de renovação docredenciarnento.

§ 2Q O CFE poderá, a qualquer tempo, determinar a suspensãotemporária ou o cancelamento do credenciamento de cursos depós-graduação que deixarem de atender às exigências desta Re-solução.

§ 3Q Em caso de suspensão temporária do credenciamento, o CFEdeterminará as modificações necessárias ao atendimento das exi-gências da presente Resolução.

Art. 13. A instituição deverá manifestar-se até três meses antes dotérmino elo período ele credenciamento, requerendo ao CFE a suarenovação ou propondo a desativação elo curso.

§ 1º A sistemática de renovação do credenciamento será idêntica,no que couber, à do credenciamento original, substituindo-se asinformações relativas ao períoelo de funcionamento experimentalpelas do quinqüênio credenciado.

§ 2Q A falta de solicitação de renovação implicará no cancelamen-to automático elo credenciamento.

Art. 14. A suspensão temporária, cancelamento ou negativa elerenovação ele credenciamento ele um curso faz cessar qualquerdireito é! alunos matriculados a partir da data da decisão do CFE.

Parágrafo único. Nos casos de cancelamento ou negativa de reno-vação de credenciamento, o CFE estudará a situação dos alunosmatriculados na vigência do credenciarnento e determinará solu-ções que melhor atendam a seus interesses.

Art. 15. Será permitida, a juizo do CFE, a formação de consórciosou o estabelecimento de convênios entre instituições com o pro-pósito de ministrar, COIl1 maior eficiência, o mesmo curso de pós-graduação.

Parágrafo único. O estudante poderá ser autorizado a realizar ati-

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vídades e trabalhos fora da sede do curso, no País ou no Exterior,desde que seja garantida a existência de orientadores individuaisqualificados, ambiente criador adequado e condições materiaisnecessárias.

Art. 16. Em caráter excepcional, as instituições que ministram cur-sos de doutorado credenciados poderão expedir títulos de dou-tor, diretamente por defesa de tese, a candidatos de alta qualifica-ção científica, cultural ou profissional, apurada mediante examedos seus títulos e trabalhos, pelo Colegiado competente.

Parágrafo único. A tese deverá representar trabalho original, frutode atividade criadora, constituindo real contribuição para a áreado conhecimento.

Art. 17. Nos processos de credenciamento, inclusive nos que esti-verem andamento no CFE, aos quais se aplicará o disposto nestaResolução, caberá ao Relator, em caso de parecer favorável, indi-car expressamente a data de início dos feitos legais docredenciamento, a partir do período em que foram atendidos osrequisitos mínimos necessários ao regular funcionamento do cur-so.

Art, 18. Os demais procedimentos, necessários à execução dodisposto nesta Resolução, serão objeto de Portaria do Presidentedo CFE.

Art. 19. A presente Resolução pé! sa a vigorar na data de sua pu-blicação. revogando-se as disposições em contrário e conceden-do-se a rodos os cursos de pós-graduação o prazo de 180 (centoe oitenta) dias para adaptação às presente normas.

Lafavette de Azeuedo Poudé

(*) Resolução nQ ')/83 DIÁRIO OFICIAL, Brasília, 23 mar. 1983.Seção 1, p. 4.736

- DIÁRIO OFICIAL, Brasília,5 maio 1983, Seção 1, p 7 348 (reti-ficação)

- DOCUMENTA. Brasília (268) 19~, abr. 1983

DOCUMENTA. Brasília (270) 1'51, jun. 1983 (retificação).

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