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Caderno de Ativos GTAE Ciclo BELO HORIZONTE PDC Programa de Desenvolvimento de Construtoras Alvenaria Estrutural com Blocos de Concreto 2012

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Cadernode Ativos

GTAE5ºCiclo

BELO HORIZONTE

PDC Programa de Desenvolvimento de Construtoras

Alvenaria Estrutural com Blocos de Concreto

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Gestão Nacional da Comunidade da Construção Glécia Vieira

Gerência Regional ABCP MG Lincoln Raydan

Coordenação da Comunidade da Construção de Belo Horizonte Patricia Tozzini Ribeiro

Coordenação do GTAE Michelli Silvestre

Estagiária Pólo BH Amanda Diniz

Assessoria de Comunicação Márcia Amaral

Projeto Gráfico e Editorial A2B Comunicação

Administrativo ABCP/MG Rose Marie Schettino

Sinduscon/MG Roberto Matozinhos

Sumário

Ficha Técnica:

43 45 8 910 17 18

Introdução Comunidade da Construção

Ações Complementares

GTAE Grupo de Trabalho de Alvenaria Estrutural

PDC Programa de Desenvolvimento de Construtoras

Diagnóstico do Grau de Implantação da Alvenaria Estrutural

Resultados A Visão dos Especialistas Considerações Finais

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O aquecimento do mercado imobiliário no Brasil, impulsionado por fatores

como o crescimento da população, redução das taxas de juros e programas

de incentivo ao crédito oferecidos pelo governo federal, aumentou a

demanda por imóveis.

Esta demanda crescente por projetos racionalizados que garantam

rapidez e funcionalidades às obras tem promovido uma revolução no

mercado imobiliário mineiro. Basta andar pela cidade para comprovar que

Belo Horizonte se tornou um grande canteiro de obras. As construtoras,

incentivadas pelo aquecimento nas vendas, correm contra o tempo para

atender os clientes e garantir a expansão do negócio. Neste sentido, a

Alvenaria Estrutural com Blocos de Concreto oferece vantagens

competitivas para as empresas que precisam construir em menos tempo e

com custo reduzido.

Percebendo este cenário, a Comunidade da Construção de Belo Horizonte

vem trabalhando há alguns anos o tema por meio do GTAE – Grupo

de Trabalho de Alvenaria Estrutural, que compilou neste documento os

resultados obtidos neste 5º ciclo de atividades.

Introdução

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A Comunidade da Construção é um projeto desenvolvido pela Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) em parceria com entidades do setor de edificações, que busca a integração da cadeia produtiva para aumento da competitividade dos sistemas construtivos à base de cimento. Lançada em 2002, a Comunidade surgiu como um programa voltado para melhorias em desempenho técnico e econômico, em benefício das construtoras.

A Comunidade da Construção atua hoje em 16 cidades e reúne construtoras que representam boa parte do mercado imobiliário brasileiro e suas ações proporcionam melhoria em processos construtivos, sob um modelo que preza a busca de resultados concretos e o compartilhamento de experiências.

Criado em maio de 2002, o polo Belo Horizonte congrega importantes empresas e entidades mineiras. Em dez anos de existência, aproximadamente 100 empresas fizeram parte da Comunidade de BH, dentre elas, construtoras, entidades associativas, projetistas e mais de 400 profissionais foram envolvidos nos trabalhos dos cinco ciclos realizados.

Os temas tratados nos ciclos de trabalho foram escolhidos pelo mercado, de acordo com suas necessidades. Assim, as ações promovem maior interação dos participantes, possibilitando a troca de experiências e a parceria dentro do grupo. O resultado é mais conhecimento e desenvolvimento para profissionais e para o mercado de edificações mineiro.

O grupo participou do Programa de Desenvolvimento de Construtoras – PDC. O programa focou o sistema de alvenaria estrutural com blocos de concreto, incluindo capacitação teórica, reuniões técnicas e visita a uma fábrica de blocos de concreto da região metropolitana.

A grande novidade do grupo, no entanto, foi a realização de um

diagnóstico do grau de implantação do sistema de alvenaria estrutural com blocos de concreto nas construtoras participantes, que foram visitadas antes e depois da realização do programa. Outra atividade coordenada pelo GTAE foi a realização do III Fórum Mineiro de Alvenaria Estrutural, no dia 27 de setembro. O evento contou com 5 palestras referentes ao tema e teve a participação de 120 profissionais da área.

O presente documento é resultado das ações desenvolvidas pelo Grupo de Trabalho de Alvenaria

Estrutural - GTAE no 5º Ciclo da Comunidade da Construção de Belo Horizonte. Coordenado pela Eng.

Michelli Silvestre, o GTAE foi formado por 12 construtoras, 12 fornecedores, 1 escritório de projeto, 1

laboratório e representantes da prefeitura de Belo Horizonte.

Comunidade da Construção

GTAE Grupo de Trabalho de Alvenaria Estrutural

Construtoras participantes do GTAE

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Na Comunidade da Construção de Belo Horizonte, seu objetivo foi aumentar a competitividade e melhorar o desempenho das construtoras por meio da análise de viabilidade, projeto, execução e planejamento do sistema construtivo de Alvenaria Estrutural com Blocos de Concreto. O programa foi realizado em 9 meses, no período de março a novembro, e discutiu os conceitos básicos, porém fundamentais, do sistema, abordando todas as etapas para sua efetiva implantação.

Com 54 horas de capacitação, o programa incluiu aulas teóricas intercaladas com reuniões técnicas onde, sempre sob a orientação de um especialista, foram discutidos os temas viabilidade, projeto, execução e planejamento. Durante as aulas teóricas, os especialistas puderam apresentar aos participantes os benefícios de cada etapa e nas reuniões técnicas foram aplicadas ferramentas de suporte aos gestores no controle e execução de suas obras.

O Programa de Desenvolvimento de Construtoras, desenvolvido pela Comunidade da Construção, tem como proposta disseminar o conhecimento técnico e as boas práticas sobre sistemas construtivos a base de cimento, aumentando a qualidade e produtividade das construtoras participantes. Em 2012, o PDC esteve presente em 12 polos da Comunidade da Construção, focando dois sistemas construtivos, a alvenaria estrutural com blocos de concreto e o revestimento com argamassa.

PDC Programa de Desenvolvimento de Construtoras

Veja a distribuição do PDC em 2012:

Alvenaria Estrutural com Blocos de ConcretoBelo Horizonte, Sorocaba e região, Vale do Paraíba, Fortaleza, Natal e Campo Grande

Revestimento com ArgamassaVale do Paraíba, Curitiba, Florianópolis, Porto Alegre, Goiânia e Brasília

Alvenaria Estrutural com Blocos de Concreto - Empreiteiros Rio de Janeiro

ViabilidadeEng. Davidson Deana

7h

Projeto Arq. Priscila Moreira

11h

Execução Eng. Davidson Deana

11h

Planejamento Eng. Leonardo Massetto

22h

Diagnóstico Inicial

Diagnóstico Final

9 meses | 54 horas

O grupo contou com a colaboração de três instrutores para ministrar os quatro módulos do programa:

Quadro 1: tempo de duração e etapas do programa.

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Módulo de Viabilidade

Módulo de Projeto

Este módulo teve como objetivo apresentar aos participantes os principais fatores que influenciam na viabilidade de um empreendimento em alvenaria estrutural com blocos de concreto. Na parte teórica, foram abordados temas como características, vantagens e limitações do sistema, além de exemplos reais de estudos de viabilidade. Durante a reunião técnica, o grupo realizou um estudo de viabilidade com base em uma planilha padrão fornecida aos participantes.

Este módulo focou, na parte teórica, as recomendações para interpretação e análise

de projetos, com ênfase em modulação e compatibilização. Também foi tratada a questão

da especificação dos materiais, com determinação das características fundamentais de cada um. Na reunião técnica, a dinâmica consistiu em realizar a modulação da 1ª e 2ª fiadas de uma edificação

térrea isolada.

Pocket Book Passo a passo

PDC Programa de Desenvolvimento de Construtoras

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Módulo de Execução

Módulo de Planejamento

O módulo de execução teve sua parte teórica voltada para a apresentação das ferramentas e

equipamentos fundamentais para a execução da alvenaria e para as etapas e técnicas

mais indicadas para tal. A reunião técnica foi realizada nas instalações do SENAI e os

participantes puderam ver de perto ensaios e simulações de ensaios, além de colocar a “mão na massa” para realizar a marcação e elevação

de um trecho de alvenaria.

O último módulo foi o de planejamento, com carga horária ampliada. A parte teórica abrangeu o tema logística da obra, tratando de assuntos como projetos de produção e de canteiro e a definição e quantificação dos equipamentos de transporte, suprimentos e mão de obra, além do acompanhamento da obra. Na parte prática, dividida em duas reuniões, os participantes puderam realizar o planejamento de um empreendimento, colocando em prática todo o conteúdo visto na teoria.

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Visita a Fábrica de Blocos de Concreto

III Fórum Mineiro de Alvenaria Estrutural

A visita à fábrica de blocos de concreto Blojaf foi realizada no dia 19/10/12. A empresa, participante do 5º ciclo de atividades da Comunidade da Construção, é referência na fabricação de blocos de concreto em Minas Gerais. A visita às suas instalações possibilitou aos participantes conhecer o processo de fabricação de blocos de concreto.

Figura 1: programa do 3º Fórum Mineiro de Alvenaria Estrutural

A Comunidade da Construção de Belo Horizonte, em parceria

com o Sinduscon-MG, organizou o 3º Fórum Mineiro de Alvenaria

Estrutural, em 27 de setembro de 2012. A racionalização do sistema

de Alvenaria Estrutural e as vantagens que o processo agrega aos

canteiros de obra - tais como produtividade, praticidade e economia

- foram os temas debatidos no evento.

Estiveram presentes 120 participantes, entre engenheiros,

arquitetos e estudantes.

O ciclo de palestras foi conduzido por profissionais renomados e

com ampla experiência de mercado. Durante o evento houve espaço

para a apresentação de casos de sucesso, troca de experiências e

debate. Veja, na Figura 1, o programa completo do evento:

ALVENARIAESTRUTURAL

3º FÓRUM MINEIRO DE

Auditório da FIEMGAv. do Contorno, 4520Funcionários - BH - MG

27SET2012

Ações Complementares

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Diagnóstico do Grau de Implantação da Alvenaria Estrutural

Com o objetivo de avaliar o impacto do PDC dentro das construtoras, foi inserido no programa de Belo Horizonte o diagnóstico do grau de implantação da alvenaria estrutural. Para tanto, foi aplicada uma ferramenta de diagnóstico que faz uma análise sistêmica de todo o processo construtivo, desde sua concepção até o controle da obra.

Na Figura 2 é apresentado o modelo dessa ferramenta.

Assim, é possível medir o quanto o sistema de alvenaria estrutural está implantado dentro da construtora, resultando em um valor em porcentagem chamado de grau de implantação do sistema.

Esse diagnóstico foi realizado em duas etapas nas construtoras, sendo a primeira etapa antes do início do PDC e a segunda logo depois do último módulo. Nas duas ocasiões, foi utilizada a mesma ferramenta de diagnóstico, de forma que os resultados pudessem expressar as mudanças ocorridas dentro da construtora no período de realização do programa.

O diagnóstico inicial foi realizado entre os dias 5 e 9 de março de 2012, de acordo com a agenda previamente determinada junto aos participantes, sendo visitados escritórios e obras das 12 construtoras participantes do GTAE. Destas, 3 empresas não foram avaliadas por não terem obras em alvenaria estrutural, o que inviabiliza a utilização da ferramenta de diagnóstico. Entre os dias 5 e 7 de novembro de 2012 foi realizado

o diagnóstico final, sendo revisitadas 8 das empresas inicialmente analisadas.

A ferramenta de diagnóstico do grau de implantação analisa as empresas sob dois critérios: o primeiro envolve toda a parte de concepção e projeto dos empreendimentos e é subdividido em quatro categorias: layout, módulos, redução de interferências e pré-fabricados. Este critério tem grande relevância no resultado final, pois é de fundamental importância para a alvenaria estrutural que o projeto seja bem elaborado e compatibilizado, reduzindo interferências e fornecendo informações para que a equipe de obra possa executá-lo com maior qualidade e produtividade.

Já o segundo critério considera as fases de planejamento, execução e controle da obra, englobando as seguintes categorias: planejamento de recursos, plano de incentivos, métodos e pré-fabricação.

Figura 2: ferramenta de diagnóstico do grau de implantação.

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Resultados

Concepção e Projeto

Layout ótimo: esse item considera a fase de concepção do empreendimento, onde é feita a definição do produto. O ideal é

que o sistema construtivo seja definido nesta fase e que o estudo preliminar já seja realizado de acordo com as características

desse sistema, no caso, a alvenaria estrutural.

O gráfico 1 apresenta os resultados obtidos pelas construtoras neste quesito nos diagnósticos inicial e final, sendo que a

pontuação máxima possível é de 3,00 pontos:”

Módulos: neste item é verificada a adoção da modulação no estudo preliminar, projeto legal e nos projetos complementares,

o que é fundamental para a execução de um bom projeto de alvenaria estrutural. O gráfico 2 apresenta os resultados obtidos

pelas construtoras do GTAE nesta categoria:

Com base no gráfico 1, é possível observar que 5 das 8 empresas melhoraram seu desempenho neste quesito e uma manteve o mesmo desempenho nas duas avaliações. Duas empresas obtiveram uma pontuação menor na segunda avaliação, sendo que, coincidentemente, nos dois casos as avaliações inicial e final foram respondidas por pessoas diferentes.

Nesta categoria, onde a pontuação máxima é de 4,0 pontos, é possível observar uma grande variação entre os resultados das construtoras entrevistadas. No diagnóstico inicial a pontuação variou entre 0,53 e 3,19 e no diagnóstico final a variação ficou entre 0,63 e 3,30. Cinco empresas apresentaram pontuação mais alta no diagnóstico final e outras três apresentaram uma queda na pontuação. Novamente, essa diferença é atribuída às diferentes percepções das pessoas que responderam ao diagnóstico.

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Gráfico 1: Layout ótimo.

Gráfico 2: Módulos.

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Redução de interferências: aqui são analisadas questões ligadas à coordenação e compatibilização de projetos, etapas

importantes para garantir que o projeto chegue à obra sem interferências, evitando que as decisões sejam tomadas sem os

devidos estudos técnicos. No gráfico 3, veja os resultados obtidos pelas construtoras do GTAE:

Pré-fabricados: a utilização de elementos pré-fabricados juntamente com a alvenaria estrutural propicia ganhos de qualidade

e produtividade ao produto final, uma vez que estes elementos se adéquam à modulação pré-determinada. Assim, é possível

construir de forma mais rápida e limpa, evitando a quebra de blocos e a utilização de uma quantidade muito grande de

compensadores. O gráfico 4 ilustra a adoção de elementos pré-fabricados já na etapa de projeto:

A análise do gráfico 3 nos permite verificar a grande variação nos resultados neste quesito. Em uma escala que vai de 0 a 5, os resultados obtidos ficaram entre 0,76 e 4,5 no diagnóstico inicial e entre 0,70 e 5,00 no final. Aqui, três construtoras apresentaram alta na pontuação e cinco apresentaram queda, resultado que pode ser explicado pela mudança de percepção dos participantes após a participação no PDC e pelo fato de as duas entrevistas terem sido feitas com pessoas diferentes em algumas construtoras.

Este item apresentou uma das maiores diferenças, sendo que a maioria das empresas teve uma alta na pontuação ou se manteve estável. Apenas uma empresa apresentou uma queda significativa nos valores.

Gráfico 3: redução de interferências.

Gráfico 4: pré-fabricados.

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Resultados

Planejamento, Organização e ControlePlanejamento de recursos: este item aborda toda a fase de planejamento do empreendimento, considerando alguns itens do

projeto de produção, procedimentos de orçamento, aquisição e recebimento de suprimentos e a logística de canteiro. É um item

muito importante, pois um bom planejamento pode ser a chave para um empreendimento de sucesso, uma vez que influencia

diretamente na redução de desperdício de materiais, otimização das atividades e consequente aumento de produtividade.

Plano de incentivos: este item engloba os incentivos concedidos pela empresa à mão de obra, seja ela própria ou terceirizada.

Para tanto, são consideradas, além das questões ligadas aos incentivos por produtividade e qualidade do serviço, a existência

de um projeto de produção que permita a realização do serviço de forma organizada e com boa produtividade, a existência de

treinamentos e a definição clara dos critérios de verificação dos serviços. O gráfico 6 apresenta a existência dos incentivos

concedidos pela empresa à mão de obra:

O gráfico 5 demonstra que houve uma melhora nos resultados de cinco das oito empresas avaliadas nas duas etapas do diagnóstico. Uma das construtoras obteve uma queda muito pequena, quase desprezível, e as outras duas obtiveram uma queda mais acentuada. No caso da construtora 5, essa queda é devida, provavelmente, a uma mudança de percepção da própria realidade da empresa após a participação no PDC. Já no caso da construtora 9, essa diferença pode ser atribuída ao fato de que pessoas diferentes responderam às entrevistas de diagnóstico inicial e final.

Das empresas que participaram das duas fases do diagnóstico, cinco apresentaram uma queda significativa na pontuação relativa ao plano de incentivos e três apresentaram uma elevação dessa pontuação. Um fato interessante levantado no diagnóstico final foi que quase todas as empresas relataram dificuldades com relação à mão de obra.

Gráfico 5: planejamento de recursos

Gráfico 6: plano de incentivos.

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Métodos: diretamente relacionado à etapa de execução das obras, este item leva em consideração a utilização de ferramentas

específicas da alvenaria estrutural, a utilização de kits de materiais, processos racionalizados e o controle tecnológico dos

materiais e dos procedimentos executivos.

Pré-fabricação: este item aborda a utilização efetiva de elementos pré-fabricados na obra, uma vez que eles agregam

qualidade e produtividade ao produto final, como já foi mencionado.

Três empresas apresentaram uma melhoria neste quesito, sendo que duas delas afirmaram já ter adotado melhorias visualizadas durante o PDC. Já o resultado da terceira construtora pode ser atribuído ao fato de o diagnóstico ter sido respondido por pessoas diferentes nas duas etapas. As outras cinco empresas apresentaram uma leve queda na pontuação, explicável pela visualização de novas possibilidades de melhorias promovida pelo programa. As duas empresas que participaram apenas da primeira etapa do diagnóstico apresentaram valores considerados bons.

De maneira geral, as construtoras obtiveram uma baixa pontuação neste item, sendo que quatro delas apresentaram melhoria, uma manteve-se com a mesma pontuação nas duas avaliações e três apresentaram queda.

Gráfico 7: métodos.

Gráfico 8: pré-fabricação.

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Resultados

Grau de Implantação do Sistema de Alvenaria Estrutural

O grau de implantação mede o quanto o sistema de alvenaria estrutural está implantado dentro da construtora, sendo que o potencial máximo é de 100%.

Para a sua determinação, são analisados critérios relacionados à concepção, projeto, planejamento, execução e controle dos empreendimentos, com pontuações que variam de acordo com a influência de cada item na implantação efetiva do sistema. Como resultado final dessa análise, cada construtora recebe um relatório com o valor em porcentagem do grau de implantação do sistema e as pontuações obtidas em cada um dos oito itens analisados, relatório esse exemplificado na Figura 3.

Figura 3: exemplo de relatório do diagnóstico do grau de implantação.

Assim, é possível observar o potencial de melhoria de cada empresa, representado pela diferença entre o valor obtido e o potencial máximo de 100%. É possível, também, verificar quais itens tiveram uma pontuação mais baixa e, assim, determinar quais pontos devem ser “atacados” primeiro ou com mais intensidade.

Das oito empresas que participaram das duas etapas de avaliação, quatro obtiveram um resultado superior na avaliação realizada após o programa. Destas, três afirmaram já ter implantado modificações em seus processos e o resultado da quarta empresa se justifica pelo fato de terem sido ouvidas pessoas diferentes nas duas avaliações.

As outras quatro empresas apresentaram queda nos

resultados, sendo que em três delas foram ouvidas pessoas diferentes nas avaliações. No caso da outra empresa, que teve uma participação grande no programa, foram ouvidas as mesmas pessoas nas duas avaliações, entretanto, houve uma grande mudança de percepção da realidade da empresa frente às soluções apresentadas no programa, o que levou a uma reflexão sobre os processos existentes e as melhorias necessárias.

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Além da análise individual por construtora, foi realizada uma análise global do mercado local, com base nos

resultados obtidos pelas construtoras participantes da CCBH. Assim, foram calculadas as médias obtidas para

cada uma das categorias, conforme ilustra o gráfico 10:

O gráfico 9 resume os valores obtidos pelas empresas avaliadas nas duas etapas de diagnóstico:

G r a u d e I m p l a n t a ç ã o

A n á l i s e G l o b a l

Gráfico 9: grau de implantação.

Gráfico 10: análise global.

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Apenas o item de métodos, que envolve a execução da obra propriamente dita, ficou estável, mantendo a mesma média de aproveitamento nas duas avaliações. O item de redução de interferências, apresentou uma queda de 9 pontos percentuais entre as duas avaliações, resultado que pode ser explicado pela diferença de percepção das construtoras antes e depois de participar do programa. Muitas delas relataram, no diagnóstico inicial, que faziam a coordenação e compatibilização de projetos de forma adequada. No entanto, após participar do programa, muitas empresas perceberam que há muitas possibilidades de melhoria no seu processo, o que foi explanado pelos participantes durante a realização do diagnóstico final.

Outro item que apresentou queda foi o de plano de incentivos, que está diretamente ligado à mão de obra. Durante a realização do diagnóstico final, quase todas

as empresas relataram dificuldades em encontrar mão de obra qualificada no mercado local e também no atendimento às normas do Ministério do Trabalho, fator que não se demonstrou tão relevante no diagnóstico inicial. Algumas empresas relataram que há uma tendência em trocar a mão de obra terceirizada pela mão de obra própria, o que interfere diretamente na forma de remuneração e nos incentivos financeiros. Já com relação aos incentivos não financeiros, ou seja, aqueles ligados às condições de trabalho, como projetos de produção de fácil visualização, treinamentos e critérios claros de verificação dos serviços, observa-se que houve uma mudança na percepção dos participantes. Muitas das empresas que inicialmente relatavam ter um projeto de produção adequado acreditam, agora, que ainda podem implementar melhorarias neste projeto, aumentando o seu potencial.

M é d i a d e g r a u d e i m p l a n t a ç ã o

Outra análise realizada foi a da média do grau de implantação do sistema de alvenaria estrutural nas construtoras. Conforme mostra o gráfico 11, houve um aumento de 3,55 pontos percentuais na média do grupo entre as duas avaliações, com uma variação de 55,94% para 59,49%.

De acordo com estes resultados, é possível observar que a maioria dos itens analisados teve melhoria após a realização do PDC, sendo que quase todas as construtoras afirmaram já ter adotado alguma prática apresentada no programa.

Resultados

Gráfico 11: média de grau de implantação.

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“No acompanhamento do desenvolvimento das empresas participantes do PDC, é possível notar os posicionamentos diversos em relação à visão de mercado e aos resultados que podem ser obtidos através do processo construtivo em alvenaria estrutural.

Não apenas entre regiões, mas mesmo dentre as empresas de uma mesma região, os conceitos dos indicadores de produção unitária, de consumo de materiais e prazos de obra, por exemplo, variam em até 150%.

O alinhamento trazido pelas discussões dentro dos Fóruns do PDC pôde trazer à tona a necessidade individual do aprimoramento tecnológico em cada empresa e da busca de indicadores confiáveis para a elaboração de orçamentos mais precisos.

Dentro do tema orçamentos, ainda há uma expectativa a ser atendida e as empresas buscam por especialização nessa área. Vemos que o programa contribui para o primeiro passo do desenvolvimento e deverá continuar levando profissionais e empresas a uma busca contínua pelo aperfeiçoamento de seus processos.”

“A alvenaria estrutural vem sendo cada vez mais adotada pelo mercado mineiro de construção civil, é o que podemos observar através dos participantes do PDC.

Existe um grande interesse de aprimoramento dos processos de construção com alvenaria estrutural por parte das construtoras, porém este interesse no sistema construtivo é traduzido de maneira muito diferente entre as empresas no que diz respeito ao planejamento e ao projeto de alvenaria estrutural.

Muitas vezes, por estarem adaptadas ao sistema de concreto armado convencional (tanto construtoras quanto projetistas) em que as decisões são tomadas durante a obra, dentro do canteiro, este tipo de abordagem é transferido para a alvenaria estrutural, onde o planejamento fica em segundo plano, e o projeto não mostra a realidade que será vivenciada pela obra.

O grande salto de qualidade que a alvenaria estrutural é capaz de proporcionar às empresas é a redução dos gastos, do prazo de execução de obra e do desperdício de materiais e insumos. Para isto ocorrer é preciso que a Alvenaria Estrutural seja tratada como um sistema construtivo e não como alternativa. Acredito que este seja o grande desafio para a alvenaria estrutural nos próximos anos, fazer com que o Projeto e o Planejamento da obra caminhem juntos.”

‘’Gostei muito de participar do polo de BH. Pelo que pude perceber, seguindo a tendência nacional, a construção civil em BH está em expansão e o corpo técnico está em busca de soluções.

Durante o curso, pude verificar que o sistema construtivo em alvenaria estrutural segue como uma das principais escolhas das empresas e que muitas já estão com empreendimentos “mais altos” (acima de 12 pavimentos) em alvenaria estrutural. Nesse sentido, ficou nítido que o conteúdo apresentado no PDC se encaixa com as necessidades do grupo, principalmente no que diz respeito ao planejamento, já que edifícios mais altos exigem um esquema logístico mais elaborado.

Também destaco a presença ativa dos fabricantes e fornecedores de materiais no grupo, que demonstraram interesse legítimo em entender melhor as particularidades do sistema construtivo e buscar soluções conjuntas com os construtores, inclusive destacando-se nas dinâmicas e exercícios realizados.

Ressalto, ainda, o interesse e a participação irrestrita do grupo nas atividades desenvolvidas, trazendo à tona discussões de grande relevância, focadas em problemas reais de obras. O entrosamento entre os participantes e a empatia do grupo com os instrutores e a equipe da ABCP possibilitaram aulas dinâmicas, com debates descontraídos e grande intercâmbio de experiências.

Por fim, agradeço pela oportunidade de dividir experiências com uma turma tão focada, descontraída e multidisciplinar. Pude aprender muito! Também, como professor, fico feliz em verificar que os profissionais entendem que “não podem parar” e estão em constante busca por novos conhecimentos.’’

Eng. Davidson DeanaInstrutor dos módulos de viabilidade e execução

Engenheiro civil, especialista em alvenaria e pavimento intertravado com atuação em habitação de interesse social, membro do Grupo de Ensino e Pesquisa em Tecnologia e Gestão da Produção de Edifícios da Escola Politécnica da USP, sócio da Ethos Soluções, empresa de assessoria em desenvolvimento tecnológico e processos construtivos racionalizados.

Arq. Priscila C. D. MoreiraInstrutora do módulo de projeto

Arquiteta e Urbanista formada pela PUC Minas com experiência em projetos executivos, compatibilização de projetos e execução de obras em alvenaria estrutural. Sócia da P&B Arquitetura empresa especializada em construções racionalizadas.Professora convidada pelo curso de Arquitetura e Urbanismo da PUC Minas em 2012.

Eng. Leonardo T. MassettoInstrutor do módulo de planejamento

Engenheiro civil formado pela Unicamp, com especialização em Administração Financeira

pela FEA e mestrado em Engenharia Civil pela Escola Politécnica, ambas da USP. Mais

de 10 anos de atuação profissional em grandes empresas do setor da construção

civil. Professor em cursos de pós-graduação e consultor de empresas nas áreas

de tecnologia e gestão da produção.

A Visão dos Especialistas

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Considerações Finais

O grupo de construtoras que fez parte do GTAE neste 5º ciclo da Comunidade da Construção de Belo Horizonte é muito heterogêneo, constituído por construtoras de pequeno, médio e grande porte, sendo que algumas estão iniciando sua atuação com o sistema de Alvenaria Estrutural com Blocos de Concreto e outras já têm bastante tempo de experiência nesse sistema.

Durante as visitas às construtoras, foi possível observar pontos positivos na condução do processo de alvenaria estrutural e pontos que ainda devem ser aprimorados, mas o principal ponto a ser destacado é a vontade dessas empresas em melhorar cada vez mais seus processos e seu sistema, levando à busca por conhecimento, capacitação e treinamento de suas equipes.

De forma geral, o resultado final foi muito satisfatório, pois foi verificada melhoria em 50% das empresas que completaram a fase de diagnóstico e aumento da média do grau de implantação do sistema.Alguns pontos, porém, devem ser destacados na condução deste diagnóstico. O primeiro deles é o fato de que a percepção de quem responde à entrevista pode influenciar os resultados, sendo que notou-se uma clara diferença de percepção da realidade do processo de acordo com a área de atuação de cada profissional. Além disso, em algumas empresas não foi possível realizar as duas fases do diagnóstico com os mesmos profissionais, sendo que a visão particular de cada um pode divergir dentro do mesmo ambiente.

Outra questão importante é o fato de que os profissionais que participaram efetivamente do PDC

certamente tiveram uma mudança de percepção da realidade da própria empresa frente às soluções apresentadas no Programa e o convívio com os companheiros de outras empresas, o que pode ter elevado ou reduzido suas expectativas quanto ao sistema. O fato é que, de certa forma, o programa levou para dentro dessas empresas a reflexão sobre seus processos, o que é muito mais importante do que qualquer resultado que tenham obtido neste diagnóstico.

Há de se considerar, também, que o tempo de realização do programa, que é de apenas oito meses, é insuficiente para que sejam implantadas grandes mudanças dentro das construtoras, principalmente naqueles empreendimentos que já estavam iniciados, seja na fase de projeto ou de execução. Espera-se, portanto, que os frutos do programa continuem a surgir dentro dessas empresas nos próximos meses, gerando resultados de longo prazo.

Com a realização do Programa, espera-se que os participantes tenham condições de promover análises de viabilidade mais precisas, avaliar criticamente e sugerir melhorias nos projetos recebidos, controlar de forma mais eficiente a produção e melhorar o planejamento e o acompanhamento da obra, refletindo diretamente na produtividade e qualidade das empresas e obras nas quais atuam.

Espera-se, portanto, que os participantes do PDC deem continuidade ao que aprenderam e que os resultados sejam multiplicados ao longo do tempo.

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Construtoras

Fornecedores

Parceiros

Actual Arquitetura

Renato Melo Arquitetura Ltda

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