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DIRECTOR: ANTÓNIO JOSÉ BRITO // ANO: 2 // N 85 // 0,70 [IVA INCLUÍDO] semanário regional // ÀS SEXTAS // 2007.11.30 pub. Câmara de Beja aumenta orçamento Autarquias. Orçamento e Grandes Opções do Plano para 2008 já estão aprovados O crescimento das transferências para as juntas de freguesia do con- celho é uma das “grandes bandei- ras” do orçamento da Câmara de Beja do próximo ano. Em 2008, as juntas de freguesia vão rece- ber 2.124.660 euros, um aumento de 34,5 %, relativamente ao valor transferido no corrente ano. As transferências directas, por via da descentralização de competências, são de 1.452.460 euros, enquanto que os protocolos a celebrar entre a edilidade as juntas de freguesia superam os 672 mil euros. P. 02 | BAIXO ALENTEJO Documentos aprovados esta semana pelos três vereadores da CDU e pelo independente José Monge prevêm um valor global de 34.249 milhões de euros, um aumento de 15,67%, relati- vamente ao corrente ano. Cantadores de Aldeia Nova de São Bento e Os Alentejanos participam no I Encontro da Rede Internacional de Municípios pela Cul- tura, em São João del-Rei. P. 14 | GUI’ARTE Saúde Câmara de Mértola promove “rastreio da memória” Odemira inaugura Odemira inaugura complexo “exemplar” complexo “exemplar” Autarquias Ourique tem 100 acordos para pagar dívidas Cultura Músicos de Serpa actuam em festival cultural no Brasil A Câmara de Ourique, uma das mais endi- vidadas do país, tem mais de 100 acordos, alguns até 2014, para pagar dívidas de cinco milhões de euros a credores públicos e pri- vados. P. 05 | BAIXO ALENTEJO A Unidade Móvel Médico-Social de Mértola está nas estradas do concelho para “ajudar” os idosos a “rastrear a memória”, através de uma campanha de informação sobre a doen- ça de Alzheimer. P. 03 | BAIXO ALENTEJO CADERNO IPB SUPLEMENTO | 8 PÁGINAS pub. pub.

CADERNO IPB Câmara de Beja aumenta orçamentocorreioalentejo.com/jornal_em_pdf/N085_20071130.pdfsão de 1.452.460 euros, enquanto que os protocolos a celebrar entre a edilidade as

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DIRECTOR: ANTÓNIO JOSÉ BRITO // ANO: 2 // N 85 // € 0,70 [IVA INCLUÍDO]semanário regional // ÀS SEXTAS // 2007.11.30

pub.

Câmara de Beja aumenta orçamento

Autarquias. Orçamento e Grandes Opções do Plano para 2008 já estão aprovados

O crescimento das transferências para as juntas de freguesia do con-celho é uma das “grandes bandei-ras” do orçamento da Câmara de Beja do próximo ano. Em 2008, as juntas de freguesia vão rece-ber 2.124.660 euros, um aumento de 34,5 %, relativamente ao valor

transferido no corrente ano. As transferências directas, por via da descentralização de competências, são de 1.452.460 euros, enquanto que os protocolos a celebrar entre a edilidade as juntas de freguesia superam os 672 mil euros.P.02 | BAIXO ALENTEJO

Documentos aprovados esta semana pelos três vereadores da CDU e pelo independente José Monge prevêm um valor global de 34.249 milhões de euros, um aumento de 15,67%, relati-vamente ao corrente ano.

Cantadores de Aldeia Nova de São Bento e Os Alentejanos participam no I Encontro da Rede Internacional de Municípios pela Cul-tura, em São João del-Rei.P. 14 | GUI’ARTE

Saúde

Câmara de Mértola promove “rastreio da memória”

Odemira inauguraOdemira inauguracomplexo “exemplar”complexo “exemplar”

Autarquias

Ourique tem 100 acordos para pagar dívidas

Cultura

Músicos de Serpa actuam em festival cultural no Brasil

A Câmara de Ourique, uma das mais endi-vidadas do país, tem mais de 100 acordos, alguns até 2014, para pagar dívidas de cinco milhões de euros a credores públicos e pri-vados. P. 05 | BAIXO ALENTEJO

A Unidade Móvel Médico-Social de Mértola está nas estradas do concelho para “ajudar” os idosos a “rastrear a memória”, através de uma campanha de informação sobre a doen-ça de Alzheimer. P. 03 | BAIXO ALENTEJO

CADERNO IPB

SUPLEMENTO | 8 PÁGINAS

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02 REGIÃO BAIXO ALENTEJOsexta-feira2007.11.30

PSP DE BEJA DETECTA 21 INFRACÇÕES A esquadra de trânsito da PSP de Beja

executou 21 autos de contra-ordenação por excesso de velocidade na operação de fi scalização que realizou na terça-fei-ra, 27, no IP 2, junto ao quartel do RI 3.

“Odemira tem hoje um complexo des-portivo de excelência [...] ao serviço das suas populações.”

Pedro Silva PereiraMinistro da Presidência

EXPOSIÇÃO NO HOSPITAL DE BEJA A sede do CCD do Hospital de Beja

recebe a partir de terça-feira, 4 de Dezembro, uma exposição de nove co-lecções de fi latelia. A mostra pode ser observada até ao dia 8 de Dezembro.

ALJUSTREL • ALMODÔVAR • ALVITO • BARRANCOS • BEJA • CASTRO VERDE • CUBA • FERREIRA DO ALENTEJO • MÉRTOLA • MOURA • ODEMIRA • OURIQUE • SERPA • VIDIGUEIRA

Autarquias. Orçamento e Grandes Opções do Plano para 2008 aprovados esta semana pelo executivo da Câmara de Beja

Orçamento cresce em BejaJuntas de freguesia do concelho de Beja vão

receber em 2008 um total de 2.124.660 euros, um aumento de 34,5 %, relativamente ao valor transferido pela edilidade bejense no corrente ano.

Orçamento da Câmara de Beja aumenta 15,6% em 2008

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A bordo de uma pequena embarca-ção, o secretário-geral do PCP, Jeró-nimo de Sousa, apontou esta terça-feira, 27, o Alqueva como “uma das dez mais bonitas paisagens portu-guesas”, mas advertiu para o perigo da “monocultura do turismo”.

“Se houver uma opção erra-da de privilegiar uma das frentes

Turismo. Secretário-geral do PCP visitou Moura e Alqueva, deixando algumas críticas

Jerónimo de Sousa contesta projectos turísticos em Alqueva

Líder comunista es-pera ver Moura trans-formada na “cidade do sol”, tirando partido dos projectos de ener-gia solar.

económicas, designadamente esta ideia peregrina da monocultura do turismo, isso não seria benéfi -co para o Alentejo”, afi rmou o líder comunista.

Depois de percorrer o Grande Lago, desde a aldeia da Estrela até ao paredão da barragem, acom-panhado por autarcas e dirigentes comunistas de Moura, Jerónimo de Sousa defendeu um “quadro integrado de desenvolvimento” agrícola e turístico para a zona de Alqueva.

“Não descaracterizando este ambiente, é possível desenvolver a nossa agricultura e criar novas realidades em termos de turismo de qualidade”, disse, mostrando-se

maravilhado com a paisagem que encontrou no “coração do Alen-tejo”. “Se pudéssemos escolher as dez fotografi as mais bonitas de paisagens portuguesas, Alqueva seria uma delas”, considerou.

Numa visita em que se congratu-lou com a “obra” feita pela Câmara Municipal de Moura (CDU), Jeróni-mo de Sousa afi rmou-se preocupa-do com o desemprego no concelho, “o dobro da média nacional”, mas também “confi ante”, tendo em con-ta as potencialidades da região.

“Moura pode ser transformada na cidade do Sol”, defendeu o di-rigente comunista, atendendo aos projectos de energia solar em cur-so no concelho.

Oexecutivo da Câmara Munici-pal de Beja aprovou esta quar-ta-feira, 28, com o votos favo-

ráveis dos eleitos da CDU, Francisco Santos, Miguel Ramalho e Francisco Caixinha, e do independente, José Monge, as Grandes Opções do Plano e Orçamento para 2008 da edilidade da capital do Baixo Alentejo.

A assunção do pelouro da Educa-ção há cerca de três meses por par-te do então vereador socialista José Monge permitiu ao executivo comu-nista ter, por antecipação, a certeza da aprovação dos dois documentos, que mereceram a abstenção do ve-reador do PSD, João Paulo Ramôa, e os votos contra dos vereadores do PS, Carlos Figueiredo e José Bernardino.

O orçamento aprovado tem um valor global de 34.249 milhões de euros, mais 4,3 milhões do que no ano anterior, o que representa um aumento de 15,67%, relativamente a 2007.

Esta subida está directamente ligada “à aprovação de alguns pro-jectos a candidatar pela autarquia a fundos comunitários, no âmbito do novo Quadro de Referência Estraté-gico Nacional”, justifi cou Francisco Santos, acrescentando que este “é

um orçamento ajustado à realidade da autarquia”.

“A aposta no crescimento das transferências para as juntas de fre-guesia” foi outra das “grandes ban-deiras” apregoada pelo presidente da Câmara de Beja.

No próximo ano, as juntas de freguesia do concelho vão receber 2.124.660 euros, um aumento de 34,5 %, relativamente ao valor trans-ferido no corrente ano.

As transferências directas, por via da descentralização de compe-tências, são de 1.452.460 euros, en-quanto que os protocolos a celebrar entre a edilidade as juntas de fre-guesia superam os 672 mil euros.

Na fase de discussão do orça-mento, os socialistas, através de José Bernardino, apresentaram uma contraproposta, baseada em esca-lões, só a aplicar em 2008, que pre-via um aumento de 125.000 euros, que acabou por ser chumbada.

“Não sendo signifi cativa para os cofres da câmara é importante para as juntas. Permite uma descri-minação mais positiva”, justifi cou o vereador do PS. “A proposta não traz nada de novo à relação de solida-riedade entre a câmara e as juntas”,

replicou Francisco CaixinhaSegundo a proposta dos eleitos

CDU, e face à acumulação das duas rubricas, a Junta de Freguesia de Nos-sa Senhora das Neves é a que mais di-nheiro vai receber, num valor total de 246.350 euros, mais 36.000 euros que Santiago Maior, que inclui a aldeia de Penedo Gordo.

Quanto às Grandes Opções, a au-tarquia destaca que 68,81% do valor está direccionado para as funções so-ciais, com uma fatia de 12,1 milhões de euros, sendo a maior fatia para a habitação e serviços colectivos. Se-gue-se, a “longa distância”, a educa-ção, com 7,9 milhões de euros.

Quanto à situação económica da Câmara Municipal de Beja, o verea-dor Francisco Caixinha garante que esta é “excelente”, revelando que a dívida a curto prazo é de 1,3 milhões de euros, estando a autarquia a “fazer pagamentos a 60 dias”.

Relativamente à dividas de médio e longo prazo, a 31 de Dezembro do corrente ano serão de 12,2 milhões de euros. Este valor representa 82,33 % da capacidade máxima de endivi-damento da Câmara de Beja, sendo que a previsão para 2008 é que a mes-ma seja de 11,8 milhões de euros.

Iniciativa

Castro festeja amnistiaA Câmara de Castro Verde asso-ciou-se à iniciativa nacional que a Amnistia Internacional (AI) promove esta sexta-feira, 30, em apelo à abolição da pena de mor-te em todo o mundo. A autarquia do Campo Branco resolveu aderir à campanha da AI, que se realiza pelo quinto ano e contou em 2006 com a participação de mais de 600 cidades e vilas europeias, por considerar que “o direito à vida é inalienável”. Nesse sentido, o mu-nicípio vai integrar a lista das “Ci-dades para a Vida/ Cidades contra a Pena de Morte”, assim como ilu-minou de quinta para sexta-feira o obelisco existente junto aos Paços do Concelho e está a recolher assi-naturas por uma “Moratório Uni-versal Contra a Pena de Morte.

Feira

Ovibeja 2007 já tem dataA sustentabilidade agrícola, aliada à biodiversidade e à qua-lidade do ambiente, será uma dos temas centrais da próxima edição da Ovibeja, considerada a maior feira agrícola do Sul do país e que, em Abril de 2008, comemora 25 anos. O certame, promovido pela Associação de Criadores de Ovinos do Sul (ACOS), vai decorrer entre 26 de Abril e 4 de Maio do próxi-mo no Parque de Feiras e Expo-sições de Beja, anunciou esta semana a organização. Na edi-ção que assinala os 25 anos da exposição, as temáticas da agri-cultura biológica, das energias renováveis e das eco-soluções tecnológicas vão estar em foco através da “Villa Bio”.

REGIÃO BAIXO ALENTEJO sexta-feira2007.11.3003

Durante os próximos três dias (30 de Novembro, 1 e 2 de Dezembro), o pavilhão multiusos do Parque de Feiras e Exposições de Beja vai ser invadido por mais de um milhar de motards e acompanhantes vindos de todo o país com o objectivo de marcarem presença na 13ª edição da concentração do Grupo Motard de Beja (GMB).

Fundado em Abril de 1994, o GMB tem cerca de meia centena de associados, dispondo há seis anos de uma sede social, que está insta-lada numa antiga escola primária, situada a cerca de três quilómetros de Beja.

A par da concentração, a inicia-tiva do GMB compreende igual-mente o IX Bike Show, que terá um

Concentração organi-zada pelo Grupo Motard de Beja é a última do ca-lendário nacional de eventos do género.

Encontro. Parque de Feiras e Exposições volta a ser palco da concentração do Grupo Motard de Beja

Motards animam Beja

prémio monetário para as melhores motas e respectivas modifi cações, além de uma feira com os mais va-riados artigos ligados ao “mundo motard”.

A concentração bejense segue muito a linha do que são outros encontros do género, marcados por concertos musicais, shows de strip-tease e jogos. A vacada à alentejana completa a animação dos partici-pantes [ver caixa].

O facto do encontro se realizar na nave do pavilhão multiusos, com cerca de 24.000 m2 de área coberta, permite aos visitantes “desfrutar de boas infra-estruturas, a par da hos-pitalidade alentejana”, justifi cou ao

Saúde

A Unidade Móvel Médico-Social de Mértola está nas estradas do concelho para “ajudar” os idosos a “rastrear a memória”, através de uma campanha de informação so-bre a doença de Alzheimer.

O “elevado número de idosos no concelho”, onde cerca de 32% dos habitantes têm mais de 65 anos, e a “difi culdade de diagnosticar a doença” justifi caram a primeira campanha da unidade dedicada à Alzheimer, explicou Isabel Soares, do Gabinete de Desenvolvimento Social da autarquia de Mértola.

Durante a campanha, sob o lema “O rastreio da memória” e que vai percorrer as 140 aldeias, povoações e montes dispersos do concelho até 19 de Dezembro, os técnicos da unidade “vão informar os mais velhos sobre o que é a do-ença de Alzheimer e quais os seus sintomas”.

“Não se trata de uma campa-nha de rastreio da doença, mas de uma acção de sensibilização e informação das pessoas idosas so-bre a Alzheimer, para os ajudar a reconhecer possíveis sintomas de eventuais casos”, esclareceu Isabel Soares.

No entanto, apesar de frisar que os técnicos da unidade “não dispõem de competências para diagnosticar a doença”, a respon-sável garantiu que “se for detecta-do alguma pessoa eventualmente portadora de Alzheimer, o caso será encaminhado para as entida-des e médicos competentes”.

A Unidade Móvel Médico-So-cial de Mértola, adquirida pela au-tarquia, é uma carrinha com mo-biliário e equipamento médico. A população idosa e as famílias mais desfavorecidas do concelho são os principais destinatários deste serviço, nomeadamente no con-trolo e prevenção da doença e no acompanhamento de situações de problemática social.

A equipa é constituída por um enfermeiro, um assistente social, um psicólogo e um animador so-cial, que trabalham em articula-ção com técnicos da autarquia e do centro de Saúde.

A unidade, que até fi nal de 2006 já tinha atendido mais de 5.400 pessoas, depois de três dezenas de campanhas e acções de sensibili-zação no concelho, identifi ca fac-tores de risco e elabora estratégias de prevenção. Entre estes traba-lhos, contam-se as campanhas de vacinação anti-gripe, controlo da diabetes, colesterol e obesidade, e acções de sensibilização sobre higiene oral, cancros da pele e da mama, auto-medicação, aciden-tes domésticos e tabagismo. Na úl-tima campanha, a sexta de vacina-ção anti-gripe, a unidade vacinou 1.290 idosos, tendo a carrinha per-corrido mais de 1.500 quilómetros nas estradas do concelho.

A unidade foi já reconhecida por diversas vezes, a nível nacio-nal e internacional. A mais recente distinção foi o Prémio Nacional de Boas Práticas na Administração Local, atribuído pela Direcção-Geral das Autarquias Locais.

Mértola faz“rastreio da memória”

Menezes quer PSD mais forte em BejaConquistar a Câmara de Ourique e outras autarquias no distrito de Beja nas eleições autárquicas de 2009 foi o repto lançado em Ourique no sábado, 24, pelo presidente do PSD, Luís Filipe Menezes, aos militantes laranja, durante uma reunião de trabalho da Assembleia Distrital de Beja do PSD. Com casa che-ia, Menezes sublinhou mesmo “não existirem razões para que o PSD não alcance bons resultados no distrito”. As pa-lavras do líder nacional do PSD encontraram eco no presidente da mesa da Assembleia Distrital de Beja, José Raul Santos, que no seu discurso destacou a vontade dos sociais-democratas em crescer no distrito de Beja e, simultaneamente, de retomar a liderança na Câmara de Ourique já em 2009.

“CA” o presidente do GMB. Acres-centa José Gregório que a concen-tração de Beja é a última do ano em Portugal.

O frio, uma das “imagens de marca” das noites bejenses, leva a que muita cerveja corra pelas gar-gantas, estando preparadas uma dezena de toneladas de lenha de azinho para serem queimadas nas fogueiras instaladas no interior do pavilhão multiusos.

O ponto alto da concentração está agendada para a manhã de do-mingo, 2 de Dezembro, com o tradi-cional passeio de encerramento da iniciativa, que percorrerá as princi-pais ruas do centro histórico de Beja. “É importante dar a conhecer o va-lioso património que faz a história da cidade”, refere José Gregório.

SEXTA-FEIRA, 30 19h00 – Abertura das inscrições 22h00 – Espectáculo musical 00h00 – Show de striptease 00h30 – Espectáculo musical

SÁBADO, 1 14h00 – Música tradicional 16h00 – Jogos tradicionais 16h15 – IX Bike Show 22h00 – Espectáculo musical 00h00 – Show de striptease 00h30 – Espectáculo musical 02h30 – Vacada 04h00 – Caldo Verde

DOMINGO, 2 10h30 – Passeio 13h30 – Entrega de prémios e

lembranças

PROGRAMA

REGIÃO BAIXO ALENTEJOsexta-feira2007.11.30 04

Justino Santos, presidente da Câmara de Odemira entre 1976 e 1993

“O meu sonho está realizado”Um complexo desportivo que sonhou enquanto autarca em Odemira e agora recebe o seu nome. O que representa para si esta homenagem da Câmara Municipal? É o reconhecimento de algum tra-balho, que não é só meu mas de dos vários autarcas que passaram pela Câmara de Odemira. Sinto-me orgu-lhoso, mas ao mesmo tempo tenho vergonha de o dizer, pois parece uma vaidade. Mas sinto-me muito satis-feito pela sua realização e concreti-zação. Foi um projecto que acarinhei com força entre 1976 e 1980. Na altu-ra, o concelho de Odemira não tinha nada. Tinha muito tamanho e pouca coisa. E na altura via que com o des-

Investimento. Infra-estrutura desportiva avaliada em mais de oito milhões de euros foi inaugurada sábado, 24

Odemira inauguracomplexo “exemplar”

Ministro da Presi-dência não poupou elogios ao novo equi-pamento desportivo do município de Odemira.

Novo complexo des-portivo de Odemira foi baptizado com o nome do antigo autarca Justi-no Santos.

O novo Complexo Desportivo Muni-cipal Dr. Justino Santos, em Odemira, é um “exemplo a seguir” um pouco por todo o país. A ideia foi vincada pelo ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira, que apadrinhou no último sábado, 24, a cerimónia de inauguração da infra-estrutura des-portiva.

Avaliado em cerca de 8,1 milhões de euros, o novo complexo desporti-vo começou a ser projectado na dé-cada de 70, pelo então presidente da Câmara Municipal, Justino Santos, mas só agora foi concluído, depois de quatro fases de construção que dota-ram a infra-estrutura de um estádio municipal com relvado sintético e pista de atletismo em piso tartan, um pavilhão gimnodesportivo e piscinas cobertas.

A sua inserção junto ao parque escolar da vila do Litoral Alentejano é outra das marcas distintivas do pro-jecto, que mereceu rasgados elogios de Pedro Silva Pereira. “Odemira tem hoje um complexo desportivo de ex-celência. Um complexo desportivo ao serviço das suas populações”, su-blinhou o ministro da Presidência, elogiando a “visão” de quem conce-beu o equipamento e a “persistência” de quem o concretizou.

“Para aqueles que olham para esta região como uma região com difi cul-dades e afastada do progresso, esta

lição que a população de Odemira e os seus responsáveis políticos dão é muito importante. [É a prova de que] Podemos mobilizar vontades, pode-mos reunir recursos para enfrentar os problemas e oferecer equipamentos de qualidade e de excelência às po-pulações”, afi rmou.

Pedro Silva Pereira foi mais longe nos elogios e garantiu mesmo que o novo complexo desportivo de Ode-mira “é uma estrutura bem inserida na paisagem e com soluções arqui-tectónicas de grande beleza e bom enquadramento”, naquilo que con-sidera ser “um projecto exemplar na qualidade, na ambição e na articu-lação com outros serviços e outras políticas públicas, nomeadamente a educação”.

Fim de ciclo. A conclusão do Com-plexo Desportivo Municipal Dr. Justi-no Santos era um dos compromissos

assumidos pelo presidente da Câma-ra de Odemira para este seu terceiro mandato. Por isso mesmo, António Camilo não esconde que a cerimónia de sábado constituiu o “fi m de um ciclo”.

“Temos hoje, seguramente, um dos melhores complexos desporti-vos do sul do país. Está aqui um ex-traordinário esforço fi nanceiro dos autarcas de Odemira em resposta aos anseios da sua população”, ga-rantiu Camilo, elogiando o apoio do Governo e o contributo do arquitecto João Paulo Bessa na concretização do equipamento.

Afi rmativo, António Camilo su-blinhou igualmente no seu discurso que a concretização deste “sonho” não condicionou de forma alguma o desenvolvimento do maior concelho do país.

“Quando fazemos equipamentos destes não deixámos de fazer electri-

fi cações. Não deixámos de fazer redes de água. Não deixámos de fazer esgo-tos. Não deixámos de fazer o cine-teatro. Não deixámos de arranjar as escolas. Não deixámos de fazer com que todas as crianças tenham Inglês e outras actividades de enriquecimen-to curricular. Com a extensão que Odemira tem, isto é obra”, assinalou.

Visivelmente satisfeito, António Camilo deixou também uma palavra de reconhecimento à “visão” de Jus-tino Santos, presidente da Câmara de Odemira entre 1976 e 1993 com as “cores” da FEPU, APU e CDU, que concebeu o projecto que agora rece-beu o seu nome [ver entrevista].

“Podemos garantir ser esta a con-vivência democrática e o respeito, que não é de ontem nem de hoje mas de sempre, que os autarcas de Ode-mira sempre tiveram, independente-mente das bandeiras que defendem”, concluiu.

Alentejo

Vinho aumenta exportações

As exportações de vinho do Alen-tejo devem atingir este ano mais de 11% da produção, com aumen-tos signifi cativos para os mercados de Angola, Brasil e Suiça, revelou o presidente da Comissão Vitiviní-cola Regional Alentejana (CVRA). Joaquim Madeira adiantou à Lusa que as exportações dos vinhos da região alentejana estão também a aumentar em mercados como Es-tados Unidos, China e Canadá. O mesmo responsável explica que os produtores do Alentejo já exporta-ram este ano quase 10 milhões de litros de vinho, o que corresponde a mais de 11% da produção da região. Este ano, a produção de vinho do Alentejo deve totalizar entre 84 e 85 milhões de litros, segundo o presidente da CVRA, o que representa uma quebra de cerca de 10% face a 2006.

porto outras coisas podiam vir atrás. Vinham exigências de bem-estar, de educação, de cultura. Só por esse facto estou extremamente satisfeito com a sua conclusão.

Este complexo corresponde àquilo que tinha inicialmente projectado?Falamos no complexo, mas ele está li-gado a outras coisas, como as escolas. Este complexo está junto às escolas para incentivar os jovens desde início à prática desportiva. Na altura não se pensava nas piscinas, porque não tínhamos água em Odemira e querí-amos realizar este projecto no mais curto espaço de tempo. Mas agora o meu sonho está completamente

realizado. Mesmo arquitectonica-mente, tudo está bem feito e calculado.

Esta é uma mais-valia para o concelho, mas também para o desporto regional…Sem dúvida. Lembro-me sempre do Zeca Afonso, que cantava “Ai Alente-jo/ Alentejo esquecido/ ninguém se lembra de ti”. E realmente esta é uma mais-valia para a região e particularmen-te para o povo de Odemi-ra. É uma enormíssima concretização.

Ministro da Presidência apadrinhou investimento de 8,1 milhões de euros em Odemira

Montes Velhos

DREA quer dialogarO director regional de Educação do Alentejo está disponível para dialogar com o presidente da Câ-mara Municipal de Aljustrel, no sentido de serem encontradas so-luções que minimizem as difi cul-dades resultantes do encerramen-to da escola básica do primeiro ciclo (EB1) de Montes Velhos.

Esta foi a única garantia dada por José Verdasca ao grupo de encarregados de educação que se deslocaram a Évora na passada segunda-feira, 26. Em declarações à Rádio Castrense, o presidente da Junta de Freguesia de São João de Negrilhos, Raul Vitorino, adiantou que os encarregados de educação não vieram satisfeitos da reunião em Évora, garantindo que a ques-tão da EB1 de Montes Velhos vai ser colocada em sede de Direcção Geral dos Recursos Humanos do Ministério da Educação.

AMCAL

Alvito assume presidênciaO presidente da Câmara Munici-pal de Alvito é o novo presidente do conselho directivo da Asso-ciação de Municípios do Alentejo Central (AMCAL). No início do ac-tual mandato autárquico, as autar-quias que constituem o conselho directivo da AMCAL acordaram a rotatividade da presidência e, nes-se sentido, João Paulo Trindade assume agora os destinos da as-sociação durante o próximo ano, sucedendo aos autarcas de Cuba e Viana do Alentejo. A AMCAL integra os municípios de Alvito, Cuba, Portel, Viana do Alentejo e Vidigueira e tem como principais actividades o abastecimento de água, o tratamento e valorização de resíduos sólidos, a metrologia, a cartografi a digital e o saneamen-to, além da gestão do projecto Rota do Fresco.

REGIÃO BAIXO ALENTEJO sexta-feira2007.11.3005

Autarquias. Segundo fonte do Município alguns dos acordos estendem-se até 2014

Ourique tem 100 acordos para pagar dívidas

Em 2005, quando o actu-al executivo tomou posse, a autarquia devia “cerca de 22 milhões de euros”, entre dí-vidas à banca, organismos do Estado e fornecedores particu-lares.

A Câmara de Ourique, uma das mais endi-vidadas do país, tem mais de 100 acordos, alguns até 2014, para pagar dívidas de cinco milhões de euros a credores públicos e pri-vados.

“A autarquia tem mais de 100 acordos de prestações mensais, alguns até 2014, para dilatar no tempo o pagamento de cinco mi-lhões de euros de dívidas a credores e que as-fi xiam totalmente a minha gestão”, afi rmou o presidente do município, Pedro do Carmo, em declarações à agência Lusa, revelando que a dívida total ascende, actualmente, a “15 milhões de euros”.

Os acordos, frisou, “não são a solução ideal, mas antes as engenharias fi nanceiras que a autarquia encontrou e negociou com os credores para pagar as dívidas”, após o Tribunal de Contas (TC) ter chumbado, em Abril de 2006, um pedido de empréstimo de 8,6 milhões de euros.

Em 2005, quando tomou posse, lembrou Pedro do Carmo, a autarquia de Ourique devia “cerca de 22 milhões de euros”, entre dívidas à banca (10 milhões), organismos

do Estado e fornecedores particulares (seis milhões), empreiteiros (2,3 milhões) e cus-tos associados a 116 processos judiciais (três milhões).

Na altura, explicou, a autarquia apresen-tou ao TC um projecto de reestruturação fi nanceira e pretendia contrair um emprés-timo de 8,6 milhões de euros para “controlar e pagar as dívidas aos credores, que estavam envoltas em processos judiciais, declaradas e a sofrer elevados juros ao dia”.

“Não pretendíamos contrair uma nova dívida. Queríamos apenas juntar e pagar de uma só vez as dívidas aos credores”, organis-mos do Estado e fornecedores privados, sa-lientou Pedro do Carmo.

Uma operação que, frisou, “sem deixar arrastar os processos em tribunal e evitando juros, teria permitido à autarquia e ao Esta-do poupar muitos milhares de euros”.

“Mas o TC assim não o entendeu e pre-feriu aplicar, de forma nua e crua, a Lei das Finanças Locais, ou seja, a autarquia não tinha capacidade de endividamento e não podia contrair novo empréstimo”, lamen-tou.

Como “alternativa”, a autarquia ne-gociou e celebrou com os credores “mais de 100 acordos” para o pagamento das dívidas, “alguns dos quais com prestações mensais até 2014”, exemplifi cou Pedro do Carmo.

“O que a Câmara podia ter resolvido de uma vez só com o em-préstimo, f i c a n d o

Boas práticas

O centro de Actividades de Tempos Livres (ATL) de Ourique é o único em Portugal a prestar gratuitamente iniciativas para ocu-par crianças e adolescentes, revela um estu-do que considera o serviço “um caso de boas práticas”.

O estudo sobre boas práticas de acom-panhamento e ocupação de crianças e adolescentes em zonas desfavorecidas, rea-lizado durante o ano lectivo 2006/2007 pela socióloga Karin Wall do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, avaliou projectos da Alemanha, Bélgica, Estónia, Portugal, Reino Unido e República Checa.

Em Portugal, o estudo avaliou os centros ATL da freguesia lisboeta da Ameixoeira, do Bairro da Cova da Moura (Amadora) e da vila alentejana de Ourique. A escolha destes três ATL baseou-se em critérios que incidiram sobre zonas rurais ou economicamente des-favorecidas, que evidenciassem boas práti-cas de ocupação de crianças e adolescentes promovidas em interligação com várias ins-tituições locais e nacionais.

No relatório sobre o ATL de Ourique, o estudo considera-o “um caso de boas práti-cas”, salientando a “singularidade” de todas as actividades prestadas serem “totalmente gratuitas”, “não existindo mais caso nenhum no país”. Isto porque “o serviço é totalmente suportado pelo município”, que fi nancia a manutenção do espaço e paga aos funcio-nários, através de uma verba anual.

O ATL, situado no recinto da Escola Bá-sica nº 1 (EB1) de Ourique, funciona duran-te todo o ano, oferecendo actividades para ocupar crianças dos seis aos 12 anos e ado-lescentes dos 13 aos 18 anos. Durante o ano lectivo, o ATL funciona de segunda a sexta-feira. Nos períodos de férias escolares, rece-be crianças de todas as freguesias do conce-lho, que “são transportadas por carrinhas do município”.

Trata-se de períodos de funcionamento “fl exíveis e adaptados às necessidades das famílias e aos horários escolares, para que as crianças estejam ocupadas o máximo de ho-ras enquanto os pais estão a trabalhar”, frisa o relatório. Durante os períodos de férias, sa-lienta o relatório, todas as crianças que não têm possibilidade de se deslocar a casa para almoçar, poderão tomar as refeições na can-tina da EB1.

Após as aulas, o ATL “ajuda as crianças na realização dos trabalhos de casa” e, so-bretudo nas férias escolares, organiza “uma grande variedade de actividades”, nas áreas do desporto, cultura, educação, ambiente e campos de férias.

A oferta destas actividades, refere o rela-tório, constitui “um grande desafi o” para o

município, “pois foi necessário criar todo um complexo organizacional” que envol-ve “mais professores” e “parcerias com

outras instituições locais”, que prestam apoio nas suas áreas de actuação.

O relatório elogia também os ser-viços sociais prestados pelo ATL que

“identifi cam problemas e necessi-dades com elevado grau de efi cácia”, através de um trabalho conjunto en-tre as escolas de Ourique, psicólogos,

assistentes sociais e um representante da Comissão de Protecção de Crianças

e Jovens em Risco local.“É gratifi cante uma entidade inde-

pendente e com competência técnico-científi ca, como a Universidade de Lisboa,

reconhecer o sucesso do ATL da pequena vila de Ourique e que refl ecte a aposta deste município na educação”, regozijou-se o pre-sidente da autarquia, Pedro do Carmo, em declarações à Lusa.

Estudo apontaATL de Ouriquecomo exemplo

apenas com uma prestação fi xa mensal ao banco, teve que travar com acordos”, lamen-tou ainda o autarca.

“Se a autarquia tivesse feito o negócio, teria tido dinheiro para pagar logo muitas dívidas, que entretanto cresceram”, frisou, acrescentando que, em alguns casos, o mu-nicípio “está a pagar dívidas cujos valores actuais, depois de sentenças transitadas em julgado e de juros, triplicaram em relação aos iniciais”.

A gestão da autarquia “está totalmente asfi xiada” e “ao fi m do mês não sobra nada”, lamentou Pedro do Carmo, precisando que dos 500 mil euros de receita mensal, 100 mil são para as prestações afectas aos acordos para pagar a dívida aos credores, 250 mil

para pagar salários e 150 para encargos

com emprésti-mos à banca.

A exigênciagovernamentalA Câmara Municipal de Ourique é uma das autarquias do país que ultrapassou os valores do limite de endividamento líquido em 2006 e, como tal, deverá sofrer um corte de 10% das transferências do Fundo de Equilíbrio Financeiro pelo número de duodécimos ne-cessário à regularização da situação. Pedro do Carmo, que admitiu vir a recorrer da decisão da Direcção-Geral das Autarquias Locais junto dos tribunais, reconheceu que a autarquia ultrapassou em 103 mil euros a capacidade de endividamento, mas justifi -cou o montante com “juros contraídos com os credores para regularizar 1,2 milhões de euros de dívidas do anterior executivo”, de maioria PSD. A concelhia do PSD de Ou-rique já rejeitou as “culpas” atribuídas ao anterior executivo social-democrata, argu-mentando que “o que o Ministério das Fi-nanças apreciou foi o excesso de endivida-mento da actual gestão de Pedro do Carmo” e que “há pelos menos dois anos” que “as dívidas do anterior executivo estão contabi-lizadas e são conhecidas”.

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ANÁLISES & OPINIÃO

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Mário Soares iniciou esta semana um pro-grama novo na RTP. Um espaço de conver-

sa descomprometida, lúcida e à luz de uma vasta experiência política e pessoal. Dirão alguns que o funda-dor do PS já não consegue surpre-ender e se tornou previsível. Con-tudo, é preciso estar atento ao seu discurso e à sua intervenção para entender que toda a vitalidade e argúcia do “velho animal político” continuam intactas.

Basta ler a longa entrevista pu-blicada domingo no “DN”. Apesar dos elogios à determinação e aos desígnios de Sócrates, lá está o re-cado, subtil mas contundente, para dentro do partido e para Sócrates tomar nota: “Gostaria que o PS se voltasse um bocadinho mais para a esquerda”.

Em jeito de resposta, Sócrates já veio dizer que ninguém fez tanto na política social como este Gover-no. Mas talvez Soares não se refe-risse apenas a isso. Provavelmente, o antigo Presidente da República quer que no centro da governação estejam menos aperto das con-tas e mais solidariedade social; menos carga fi scal e mais criação de emprego; menos taxas moderadoras e mais respostas nos ser-viços de saúde. Coisas concretas e que um partido de esquerda tem de saber equilibrar com o rigor orçamental e a responsabili-dade política que lhe exigem os cidadãos.

Como é bom notar, Soares não disse tão pouco quanto isso. E vindas de quem vêm, as suas palavras soam com muito mais acu-tilância que as da oposição.

Carvalho da Silva. Manuel Carvalho da Silva afi r-ma-se cada vez mais como um grande líder sindical que soube fortalecer a sua intervenção e infl uência para além da máquina comunista que, ontem e hoje, sempre controlou a CGTP. Por isso se tornou um homem muito respeitado, da esquerda à direita, junto da Igreja e nos diversos sectores sociais. Quando isso acon-tece, o PCP costuma suspeitar e rapidamente catalogar as pessoas como fi guras subversivas. Será portanto natural que a “máquina” comunista já tenha tratado da sucessão, escolhendo um qualquer seguidista que vai obedecer sem pestanejar às orientações da di-recção do PCP, mesmo que estas submetam os interesses sindicais aos interesses partidários. Assim se vê a força do colectivo!

Soares não disse tão pouco quanto isso. E vindas de quem vêm, as suas palavras soam com muito mais acuti-lância que as da opo-sição.

ANTÓNIO JOSÉ BRITO

EDITORIAL

Recadosde Soares

sexta-feira2007.11.30 06

ponto cardealmédico*

Quem julga quem nos julga?

Aminha preparação jurídica é nula, não ultra-passa a reserva de bom senso que constitui pa-trimónio do cidadão comum. Códigos penais e códigos processuais despertam-me o gesto

que traduz aquele passo que vai da ignorância à incom-preensão, tão bem corporizada pelo coçar do alto da ca-beça. Mas essa reserva de bom senso que (quase) todos temos parece-me sufi ciente para autorizar o comen-tário a acontecimentos recentes no panorama judicial português, que, por muito que dê voltas ao juízo, não consigo compreender e, muito menos aceitar. Tenho todo o respeito pela magistratura judicial e por aqueles que a exercem, mas não aceito a sua infalibilidade (nem a do Papa…) e considero insultuosa a não responsabili-zação absoluta pelas consequências de decisões erradas tomadas no exercício profi ssional. Os juízes são homens como nós, não estão acima do comum dos mortais. Se uma decisão errada de um médico, que ponha em cau-sa, de modo absolutamente involuntário, a vida de um paciente pode e deve ser objecto de investigação e de eventual julgamento e de hipotética condenação, expli-quem-me lá por que é que, se um juiz tomar uma deci-são errada ou erradamente fundamentada, se cometer um erro gritante de interpretação, por negligência ou por preguiça, que condicione a liberdade de quem é ob-jecto dessa decisão, nada lhe acontece (ou, quando mui-to, é preterido na evolução da sua carreira)? Nunca pen-sei viver de perto uma situação assim, mas, a verdade, é que durante cinco longos meses, de Abril a Setembro deste ano, vi um colega de trabalho ser privado da liber-dade e dos rendimentos do seu trabalho apenas porque um juiz de um tribunal da relação (um escalão da ma-gistratura que, penso, tem o acesso fi ltrado por alguns critérios de qualidade profi ssional) optou por dar segui-mento a um pedido de extradição sem pés nem cabeça, oriundo de um tribunal de uma ex-colónia portuguesa, mesmo sabendo (ou ignorando comodamente) que se o cidadão objecto desse pedido fosse extraditado, não chegaria vivo, muito provavelmente, ao fi m da viagem entre o aeroporto desse país africano de língua ofi cial portuguesa e a prisão onde era suposto cumprir pena. Apenas um recurso para o Supremo Tribunal de Justiça permitiu, vá lá que em tempo útil, resolver a situação e devolver à liberdade e ao direito ao trabalho quem de-les havia sido privado sem apelo nem agravo, por mera decisão de quem, numa análise benevolente, terá tido mais que fazer do que pensar um quarto de hora segui-do no assunto.

Um cozinheiro de um estabelecimento hoteleiro teve o azar de se ver infectado pelo VIH (vírus da imunodefi -ciência humana/SIDA) e tal bastou para que a entida-de patronal encontrasse rapidamente maneira de fazer cessar o vínculo contratual. Para mais, foi o médico do trabalho que deu conhecimento do facto à entidade patronal, violando o dever de sigilo profi ssional, ao que se sabe. Se o médico falhou redondamente, muito pos-

sivelmente por defi ciente actualização relativamente às vias de transmissão da infecção pelo VIH, mais falharam os tribunais: por duas vezes, na primeira instância como na relação, foi dada razão à entidade patronal, conside-rando-se como justa causa para o despedimento o peri-go de transmissão da infecção através das partículas de saliva, do suor ou das lágrimas do cozinheiro infectado. Sabendo-se que, como no concurso da televisão, uma criança de dez anos é capaz de, ao fi m de meia hora de pesquisa na Internet, saber quais os mecanismos de transmissão da infecção do VIH e quais os mitos sem nexo associados a essa transmissão, dá mesmo vontade de chorar para cima de algumas alfaces e oferecê-las às doutas cabeças que pariram tal sentença. Isto para não falar mais demoradamente na insistência dos tribunais em entregarem a tutela da pequena Esmeralda ao seu pai biológico, contra todos os pareceres de quem perce-be alguma coisa do assunto. As pessoas continuam a ser secundárias ao processo…

Mas deixem-me aproveitar as últimas linhas de que disponho para abordar uma outra manifestação do poder corporativo. No início deste ano uma consulta popular democrática, por referendo, despenalizou a in-terrupção voluntária da gravidez quando realizada sob orientação médica até às dez semanas de gestação. A Ordem dos Médicos funciona como entidade regulado-ra da prática da arte médica. Para isso existe um código deontológico, que é suposto defi nir claramente as fron-teiras aceites da prática clínica. Esse mesmo código diz, na sua formulação actual, que o médico que efectuar um aborto incorre em falta deontológica grave, passível de processo disciplinar instaurado pela Ordem. É mesmo assim: no meu país, eu posso ser penalizado pela minha Ordem (na qual sou obrigado a estar inscrito para poder exercer a minha profi ssão) por exercer um acto clínico que a lei do meu país me permite expressamente que exerça! E o responsável dessa Ordem, em período pré-eleitoral para o cargo que ocupa, opta por afrontar o po-der político que, com toda a legitimidade que lhe assiste, chama a atenção da Ordem dos Médicos para a necessi-dade de actualização do Código Deontológico dos mé-dicos. À atenção dos Gato Fedorento: que tal um sketch com o dr. Pedro Nunes a substituir o prof. Marcelo?

Quem julga quem nos julga?

RUI SOUSA SANTOS*

Uma criança de dez anos é capaz de, ao fi m de meia hora de pesquisa na Internet, saber quais os mecanismos de transmis-são da infecção do VIH.

ANÁLISES & OPINIÃO

Não deves recusar o esforço, porque ele é um caminho.

Num lugar que terás de descobrir – que fi ca sempre alto e longe – exis-

te para ti uma lagoa meio escavada na rocha, com relva muito verde em parte das margens e cantos alegres de pássaros calmos.

Encontram-se lá os que amas, fortes e ge-nerosos. Sorridentes.

Há sol e também a sombra de altas árvo-res. Por cima, apenas o céu, à distância de um último salto.

Não é um destino inevitável, mas um lu-gar onde és esperado e que podes, ou não, alcançar, conforme a medida do teu desejo. Só quando lá chegares terás alcançado toda a tua envergadura. Só lá te encontrarás contigo mesmo.

Existes para chegar a esse lago. Os teus olhos são capazes de pousar nas suas águas limpas, que refl ectem já o céu que lhes há por cima.

Não se pode querer mal aos caminhos que conduzem a lugares assim, embora sejam escarpados e se torne impossível evitar feri-mentos e cansaços quando se segue por eles.

Se o teu desejo de chegar for grande, ne-nhum esforço te parecerá demasiado penoso. E, embora vás a caminho, terás sempre con-tigo qualquer coisa que é já de ter chegado. Talvez uma certa forma de olhar, resultante daquela luz que se acende por dentro quando nos pomos a caminho dispostos a tudo o que aparecer.

E nem haverá problema se a morte te en-contrar assim, ainda no gesto de subir: já tens em ti o teu lago, na imagem dele que te fez partir.

Não deves recusar a dor, porque ela te constrói, te marca os limites e te faz crescer por dentro dos teus muros.

Sem ela, não passarias de um projecto do homem que hás-de ser. Ela edifi ca-te os mús-culos, a cabeça e o coração, e não existe outra

PAULO GERALDO*

[email protected]

professor de Língua Portuguesa*

O lago

Existes para chegar a esse lago. Os teus olhos são capazes de pousar nas suas águas limpas, que refl ectem já o céu que lhes há por cima. Não se pode querer mal aos caminhos que conduzem a lugares assim, embora sejam escar-pados e se torne impossível evitar ferimentos e cansaços quando se segue por eles.

sul suave

Conclusões de uma noite de “Família Superstar”

07 sexta-feira2007.11.30

SANDRA SERRA*

*jornalista

opinião

Gosto de programas de grande público tipo “Fa-mília Superstar” e afi ns. Gosto. Gosto como gos-to de aeroportos, do banco de trás do autocarro, daquela mesa escondida ao fundo da esplanada, da espera num serviço público. Gosto daquela coisa de observar as pessoas, de fazer histórias, de imaginar vidas, de fi car a saber que o Manuel traiu a Maria, sem fazer ideia de quem sejam o Manuel e a Maria. Não creio que seja a única. Há mais quem mate a cabeça imaginando muitas vidas.

Perco-me, portanto, facilmente nos enredos, falho muitas paragens de autocarro e dou a mi-nha vez na fi la dos serviços públicos. Gosto de poder estar sozinha com as minhas histórias. De poder criá-las num momento que fi ca só para mim. Resguardado com um sorriso, com uma lágrima, com raiva, com ternura, com dúvidas e incertezas quase cósmicas.

Gosto de inventar teorias, de me perder em pensamentos, não poucas vezes completamen-te estapafúrdios. Gosto de questões paralelas, de observar e absorver pormenores. De tentar adi-vinhar o que aquela pessoa comeu ao almoço, se gosta de dançar, se é feliz. Gosto de livros de colorir e de álbuns fotográfi cos e gosto deste tipo de programas.

Ora isto para dizer que vi a “Família Superstar” um dia destes (confesso, sei que dá ao domingo à noite) e que a minha atenção, que geralmente me desvia para análises paralelas, nessa noite se prendeu numa questão: como será, de repente, perceber que há milhares de pessoas que têm opinião sobre nós? E que nós queremos essa opinião, que todos gostem de nós, que nos ad-mirem, que saibam quem nós somos. Isto deve stressar, só pode. Mas mesmo assim há quem queira. E que faça tudo para o conseguir.

Nisto entra-me televisor adentro madame Maya a dar uma consulta de aconselhamento mediático e pois que perdi o que terão sido os seus fantásticos conselhos, à força de me con-vencer que estava realmente a presenciar aquele momento. O fenómeno Maya é algo me intriga muito.

Claro que me perdi no seguimento do progra-ma. Não sei quem ganhou e quem perdeu na-quela noite em família, mas continuei a pensar sobre o que será, num ai, fi car à mercê da avalia-ção da opinião pública (só o nome assusta). Sei, cada vez mais, que só pode ser perigoso seguir um rumo por força da opinião dos outros. Como é perigoso gostar de tê-la e esforçarmo-nos para sermos aquilo que os outros querem. Mesmo que não o sejamos.

Preocupei-me com aquelas pessoas anónimas até há bem pouco tempo e que agora dependem da opinião dos outros. Quase que senti compai-xão pela maior parte dos políticos que conheço no seu esforço para que a opinião pública goste deles – senhor primeiro-ministro esta noite pen-sei em si. Pensei em tantas outras pessoas que vivem em função dos outros (não para os outros que é uma coisa bem diferente) e se alimentam deles. Olhar para um espelho mil vezes no es-forço de encontrar a melhor opinião dos outros deve stressar, só pode. E corromper, certamente.

Conclusões de uma noite de “Família Su-perstar”? Continuo a gostar deste tipo de pro-gramas, dão-me espaço e tempo para pensar em tudo menos naquilo que estou a ver. Gosto de não me esforçar para que gostem de mim. Desconfi o sempre de pessoas que se esforçam. O nível de confi ança que tenho em José Sócra-tes é igual ao que tenho na Maya. E não creio que seja a única.

maneira de chegares a ser aquilo que deves vir a ser.

Se não sofresses não haveria ninguém den-tro de ti.

No cumprimento sério dos teus deveres, encontrarás a dor na forma de esforço e de cansaço.

Mas pode muito bem ser que, tarde ou cedo, ela te procure sem disfarces e te faça chorar ou gemer. É frequente que ela se apre-sente assim, numa nudez que parece cruel e faz lembrar facas ou agulhas.

Nem por isso te deves assustar ou desistir.Quando te parecer que tudo está perdido,

ri-te, se puderes. É que te estão a oferecer um degrau que te deixará incomparavelmente mais acima no caminho. Deves ver nisso o si-nal de que – por qualquer razão – é tempo de andares depressa.

Sobretudo, não te queixes. Há assim me-tamorfoses que parecem aniquilar, mas não passam de formas de fazer surgir a borboleta.

Não te queixes, porque receberás umas asas e cores novas.

O teu lago – de onde de tão perto se pode olhar o céu – tem um preço que tu saberás dar e não é tão grande assim.

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POSITIVO Finalmente o Governo vai pro-

ceder à concessão da construção do IP8 entre Sines e Beja, que terá perfi l de auto-estrada e portagens.

NEGATIVO Segundo a CGTP, nos últi-

mos três anos, no pequeno comércio, desapareceram 250 mil empregos. E a tendência deverá manter-se...

NÚMERO

25.000. mil euros é o

valor do investimento da Câmara de Beja nas iluminações de Natal.

sexta-feira2007.11.30 DINHEIRO & NEGÓCIOS08

ECONOMIA • BOLSAS • COTAÇÕES • EMPRESAS • SECTORES COMERCIAIS • DÚVIDAS FISCAIS • MARCAS • OPORTUNIDADES • AGENDA • OPINIÕES

CONSUMIDORES “GANHAM” NA ENERGIA As medidas do Plano de Promoção da Efi ciência no

Consumo de energia eléctrica em 2007 e 2008 vão gerar um ganho para os consumidores domésticos que pode ir dos 5,7 aos 39 euros em média para os clientes que pretendam aderir às iniciativas.

Alqueva. Estudo vai encontar respostas para as reais necessidades de recursos humanos

EDIA quer proporpolíticas de emprego

Empresa vai estudar oportunidades de em-prego criadas por Alqueva e apresentar proposta para políticas de emprego e formação.

Aempresa gestora do Alqueva vai estudar as oportunidades de emprego a criar pelo pro-

jecto global associado à barragem alentejana para propor políticas de emprego e formação que respon-dam ao défi ce de recursos humanos qualifi cados na região.

“Queremos saber quantos e que tipo de empregos vão ser criados pela dinâmica de desenvolvimen-to induzida pelo empreendimento, para avaliar o défi ce de recursos humanos na região e recomendar políticas de educação e formação”, explicou a coordenadora científi ca do estudo, Eduarda Costa.

Promovido pela Empresa de De-senvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva (EDIA), em parceria com o Observatório do Emprego e Forma-ção Profi ssional (OEFP), o estudo

vai incluir cinco fases.Lembrando a antecipação da

conclusão das infra-estruturas de Alqueva em 12 anos, de 2025 para 2013, o presidente da EDIA, Henri-que Troncho, frisou que o projecto “vai permitir várias oportunidades de negócio, que serão geradoras de emprego e implicarão uma nova confi guração das actividades eco-nómicas e dos recursos humanos no Alentejo”.

Neste sentido, o responsável fri-sou a “importância” do estudo para “encontrar respostas às reais ne-cessidades de recursos humanos já sentidas e, sobretudo, àquelas que são expectáveis”.

Segundo Eduarda Costa, o estu-do vai decorrer ao longo de cinco fases e arrancar em Janeiro do pró-ximo ano, prevendo-se os primeiros

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Correio Alentejo n.º 85 de 30/11/2007 Única Publicação

CARTÓRIO NOTARIAL DE CASTRO VERDE A CARGO DO NOTÁRIO,

JOSÉ FRANCISCO COLAÇO GUERREIRO

Certifi co, para efeitos de publicação, que neste Cartório, no Livro de Escrituras Di-versas n.º 67-A, de folhas 41 a 42 v.º, se encontra exarada uma escritura de Justifi -cação, outorgada no dia oito de Novembro de dois mil e sete, na qual, Maria Inácia, natural da freguesia de Santa Clara a Nova, concelho de Almodôvar, onde reside no Monte dos Bernardos, declarou que é dona e legítima possuidora, com exclusão de outrém, do seguinte prédio: Urbano, destinado a habitação, sito no lugar dos Bernardos, freguesia de Santa Clara a Nova, concelho de Almodôvar, composto por edifício de rés-do-chão com dois compartimentos, mais dois compartimentos (ramada e palheiro) e um outro compartimento de forno de cozer pão, com a superfície coberta de cem metros quadrados, que confronta do norte com Maria Inácia, do sul e do nascente com Ma-nuel Jacinto Camões e poente com via pública, inscrito na respectiva matriz predial, sob o artigo 844, com o valor patrimonial actual de oitocentos e dezanove euros e oitenta e um cêntimos, a que atribui o valor de mil euros.Que o referido prédio veio à sua posse há mais de vinte anos, em dia e mês que não sabe precisar, mas no decorrer do ano de 1980, por partilha efectuada com os de-mais interessados na herança de seus pais, Joaquim João e Maria José, residentes que foram no citado Monte dos Bernardos.Que tal partilha foi meramente verbal, nunca formalizada por escritura pública, mo-tivo pelo qual não dispõe do título que lhe permita efectuar o respectivo registo de aquisição na competente Conservatória do Registo Predial.Que esta posse tem sido exercida à vista de toda a gente, de uma forma pacífi ca e no gozo e fruição do prédio como sua verdadeira dona, nomeadamente utilizando-o, como sua casa de morada de família e, foi ela que suportou os encargos inerentes, designadamente os pequenos arranjos necessários à sua conservação, bem como a respectiva contribuição autárquica sempre que a mesma foi devida.Que esta posse, em nome próprio, pacífi ca, contínua e pública há mais de vinte anos, conduziu à aquisição do referido imóvel por usucapião, que, pela presente escritura, invoca, para efeitos de primeiro inscrição no registo predial, dado não pode comprovar esta forma de aquisição por mais nenhum título extrajudicial.

Está conforme.Cartório Notarial de Castro Verde, aos 08 de Novembro de 2007.

O Notário,(assinatura ilegível)

José Francisco Colaço Guerreiro

resultados no fi nal de Julho.Na primeira fase, explicou, o

estudo vai analisar a estrutura pro-dutiva e empresarial, mercado de emprego, sistema educativo e de formação profi ssional, demogra-fi a actual e a evolução prevista até

2015 na zona de infl uência do Al-queva, que inclui 20 concelhos dos distritos de Beja, Évora, Portalegre e Setúbal.

Numa segunda fase, o estudo vai “avaliar o volume e as característi-cas do emprego, directo e indirecto,

que será criado até 2015 nas fi leiras de negócio” associadas a Alqueva (água, agricultura e agro-indústrias, ambiente, energia, turismo e inova-ção e tecnologia).

A partir daqui, disse, será pos-sível “identifi car e avaliar os dé-fi ces quantitativos e qualitativos de recursos humanos no espaço Alqueva”, com mais de 209 mil ha-bitantes, dos quais 7.980 estavam desempregados em Outubro deste ano, segundo dados do Instituto de Emprego e Formação Profi ssional.

Segue-se depois a terceira fase, para “sugerir orientações estra-tégicas europeias, nacionais e re-gionais em matéria de política de emprego, educação, qualifi cação e formação profi ssional”, a realizar a curto e médio prazo. Nesse âmbi-to, a investigação defi nirá também “orientações e acções, que poderão ser seguidas pela EDIA e pelo IEFP, para implementar as políticas reco-mendadas pelo estudo” e “identifi -car mecanismos de fi nanciamento disponíveis”, como o novo quadro de fundos comunitários (até 2013), “para co-fi nanciar investimentos propostos”.

Os resultados preliminares do es-tudo serão apresentados e discutidos publicamente durante um workshop, a realizar na quarta fase, seguindo-se ainda uma última etapa para incluir possíveis recomendações no relató-rio fi nal, cuja entrega está prevista para Julho de 2008.

Alqueva pode implicar na política de emprego

Nesta edição, apresentamos-lhe ainda os projectos para Cursos de Especialização Tecnológica, os laboratórios da ESAB e o Gabi-nete de Investigação da ESEB.

Ensino Superior. Desafi os do Instituto Politécnico de Beja à luz de um novo quadro comunitário

Espírito de BolonhaInstituto Politécnico de Beja

adapta-se às novas exigências do Processo de Bolonha.

Acção SocialMais intervençãocom menos dinheiro

ESTE SUPLEMENTO FAZ PARTE INTEGRANTE DA EDIÇÃO NÚMERO 85 DO JORNAL SEMANÁRIO CORREIO ALENTEJO | SEXTA-FEIRA | 2007.11.30 DIRECTOR: ANTÓNIO JOSÉ BRITO

EmpreendedorismoInovação no Alentejoé muito ponderada

A adaptação do Instituto Politécnico de Beja ao Proces-so de Bolonha está a criar um clima de maior exigência a alunos e professores. Embora haja quem pense que esta reforma do ensino superior Europeu introduz um clima de facilitismo, pelo contrário, “exige mais em menos tempo” porque, segundo um responsável do Instituto Politécnico de Beja, vem reclamar compe-tências dos alunos, mas também “uma capacidade e empenhamento a que não estão habituados”. Nesta edição explicamos-lhe o que está em causa.

Vegetais reinam no Museu Botânico

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CADERNO INSTITUTO POLITÉCNICO DE BEJAsexta-feira2007.11.30 02

A adaptação do Instituto Politécnico de Beja (IPB) ao Processo de Bolonha está a criar um clima de maior exi-gência a alunos e professores. João Pedro Fernandes, vice-presidente do IPB, esclarece que, “apesar de se pensar que Bolonha introduz um clima de facilitismo, pelo contrário, exige mais em menos tempo”. “Exige mais porque requer competências dos alunos, mas também uma ca-pacidade e empenhamento a que não estão habituados”, destaca este responsável, adiantando ainda que, da parte dos professores, a reforma exige um outro nível de preparação, “necessariamente com um ensino mediatizado, através de um sistema informático”.

Convicto que este novo quadro implica aos docentes “outra meto-dologia e a aquisição de novas com-petências”, João Pedro Fernandes adverte que a transformação “exigiu e exige uma adaptação estrutural”. “Não mexe no quadro apenas com uma reformulação dos estudos mas com toda uma fi losofi a de ensino e de aprendizagem, para além de me-

Reforma. Nova realidade “implica grande mudança de mentalidades”

O caminho de BolonhaMaior difi culdade

averbada no IPB du-rante a adaptação ao Processo de Bolonha está associada “à mu-dança de mentalidades de docentes, alunos e não docentes”.

xer com as estruturas administra-tivas, com processos curriculares e muito mais”, explica.

Face a esta verdadeira “revolução”, as instituições tiveram de se adaptar a novos quadros normativos e admi-nistrativos, convertendo os cursos em ciclos de estudos. Globalmente, os cursos dos politécnicos adquiri-ram a estrutura de três anos para as licenciaturas e mais dois anos para o grau de doutor. Ao mesmo tempo, foi preciso adaptar uma estrutura curri-cular completamente diferente, com uma reformulação completa dos pla-nos de estudo. “Não se tratou apenas de diminuir o número de disciplinas ou de diminuir a carga lectiva para as mesmas disciplinas e fi car tudo na

Processo de Bolonha obriga a uma monitorização muito grande e rigorosa

Formação. Especialização tecnológica com oferta variada no IPB

CET’s são nova solução de formaçãoAs escolas do Instituto Politécnico de Beja já têm registados oito Cursos de Especialização Tecnológica (CET’s) e, neste momento, es-tão formalizadas mais oito candidaturas que

aguardam o respectivo registo por parte da Direcção-Geral do Ensino Superior.

No início do primeiro semestre do corrente ano lectivo avançaram os cursos de Qualidade Ambiental; Análises Químicas e Microbiológi-cas; Segurança e Higiene Alimen-tar. Para o segundo semestre estão confi rmados mais cinco cursos: Banca e Seguros; Sistemas de In-formação Geográfi ca; Projecto e Instalação de Redes Locais de Computadores; Culturas Rega-

das; Olivicultura e Viticultura.Miguel Tavares, coordena-

dor institucional dos CET’s no Instituto Politécnico de Beja, não esconde que o processo “faz parte da própria estra-tégia do IPB” e está a de-correr de modo muito po-sitivo porque “houve uma abertura muito grande [dos

candidatos], a exemplo do

que sucedeu nos maiores de 23 anos”.“Os CET’s são aquilo que faltava preencher

e dirigem-se para aquela franja de pessoas que não seguem para o ensino superior mas querem, do ponto de vista profi ssional, obter novas competências. Isto vem completar a es-tratégia do IPB”, explica o responsável.

Os Cursos de Especialização Tecnológica são formações pós-secundárias não superiores que visam conferir qualifi cação profi ssional do nível IV. Duram sensivelmente um ano e o seu objectivo é aprofundar os conhecimentos científi cos e tecnológicos e o desenvolvimento de competências pessoais e profi ssionais. Ao mesmo tempo, permitem o prosseguimento de estudos, possibilitando a candidatura ao ensino superior, através dos concursos espe-ciais de acesso. “Faltava sempre o ponto inter-médio da pirâmide e os CET’s são um pouco isso: servem para encaixar as pessoas com competências técnicas e científi ca num pata-mar pós-secundário, mas não completamente num nível superior”, explica Miguel Tavares.

Em Beja, a adesão aos CET’s “tem sido vari-ável” mas, segundo revela a mesma fonte, nal-guns cursos houve um número muito signifi -cativo de candidaturas. Foi o caso dos cursos de Redes de Computadores e Desenho para a

Internet que, apesar de só poderem receber 20 alunos, atingiram o dobro das inscrições.

Convicto da importância deste novo grau de formação, Miguel Tavares explica que não se pretende “uma mera formação” acrescida ao ensino secundária mas, reforça, “conseguir que as pessoas saiam com competências na concepção e na gestão das áreas frequenta-das”.

“Os CET’s vêm preencher o espaço vazio que há entre o ensino secundário e o ensino superior. Ou seja, dá resposta às pessoas que têm formação secundária mas que, por qual-quer razão, não aspiram a uma formação su-perior”, frisa.

Neste contexto, um dos aspectos importan-tes dos CET’s é que, usualmente, dirigem-se a “pessoas que não são meros operacionais” e que devem ter “alguma responsabilidade na concepção e na gestão” de uma área específi ca de conhecimento. “Não é à toa que uma das componentes dos CET’s é a formação em con-texto de trabalho”, acrescenta o coordenador institucional dos CET’s no Politécnico de Beja.

Dirigidos para pessoas com formação ao nível do 12º ano, os Cursos de Especialização Tecnológica também estão acessíveis a pes-soas com graus de formação inferior, embo-ra neste caso tenha de ser feito um plano de formação adicional na ordem das 300 horas. As inscrições podem ser feitas nas escolas do IPB – excepto na Escola Superior de Saúde, que ainda não tem formações deste tipo –, e também através das páginas dessas escolas na Internet.

mesma”, adverte João Pedro Fernan-des, fazendo notar que as disciplinas passaram a estar integradas dentro de parâmetros que são defi nidos em termos de competências e não de conteúdos. “Esta é a grande revira-volta do ensino adaptado a Bolonha”, declara.

Por outro lado, o processo obriga a que a tónica dos planos de formação seja centrada no aluno e não na pers-pectiva do docente. “Interessa saber o que o aluno vai aprender e não o que o professor vai ensinar”, adverte o vice-presidente do IPB, esclarecendo que este novo quadro obriga a uma “maior carga de trabalho sobre o alu-no, com menos horas de aulas e mais horas de trabalho autónomo”.

Prioridade à experiência práticaO Processo de Bolonha apela a um espírito mais prático e assenta num ensino baseado nas competências que o alu-no vai ter que desenvolver. Neste sentido, uma vertente importante a ter em conta será o ensino profi ssionali-zante, muito mais virado para a experiência prática e para as exigências do mercado de trabalho. Para ministrar esse ensino, o IPB vai recorrer a professores especialistas, com competência profi ssio-nal certifi cada. “O IPB está muito empenhado nisto e vai encontrar mecanismos de formação de professores, dentro do seu próprio corpo docente, para os preparar para trabalhar neste espírito de Bolonha”, diz João Pedro Fernandes.

Difi culdades de Bolonha. Na óptica de João Pedro Fernandes, a maior difi culdade averbada no IPB durante a adaptação ao Processo de Bolonha está associada “à mudança de men-talidades de docentes, alunos e não docentes”. Sobretudo porque se trata de “um registo completamente dife-rente”.

Para fazer frente a esta difi culdade, o Politécnico criou um grupo dinami-zador para preparar o processo e criar condições para a sua implementa-ção. “Estamos alerta e continuamos a trabalhar, fazendo a respectiva moni-torização. Há escolas mais atrasadas e outras mais adiantadas, mas temos aprendido com uns erros e estamos a corrigir outros”, declara o respon-

sável, convicto que é necessário um trabalho “muito mais coordenado”.

João Pedro Fernandes acredita que o sucesso deste processo “vai depender muito da capacidade de adaptação dos professores” mas, por outro lado, os alunos “vão ter sempre uma palavra a dizer porque há uma responsabilização muito maior da sua parte”.

CADERNO INSTITUTO POLITÉCNICO DE BEJA sexta-feira2007.11.3003

A debilidade económica paten-te na economia do Baixo Alente-jo “impede muitas vezes” que as empresas façam uma aposta mais constante na inovação. Segundo explica o coordenar da Ofi cina de Transferência de Tecnologia e Co-nhecimento (OTIC) do Instituto Politécnico de Beja, João Portugal, “há abertura e diálogo” entre esta entidade e o tecido empresarial da região, mas têm sido concretizados poucos projectos neste domínio.

O responsável identifi ca razões objectivas que presidem a este tipo de comportamento por parte das empresas. Por um lado, com frequência, a redução de custos pesa mais do que a inovação. Além disso, a cultura do empreendedo-rismo “não existe em Portugal e muito menos no Alentejo”. Apesar deste diagnóstico, o coordenador da OTIC revela que “as empre-sas novas manifestam uma maior abertura”, apesar de reconhecer que “o custo da inovação é muito alto”.

“Eu tenho a ideia que não é em-preendedor quem quer, ao contrá-rio do que muita gente defende. Não vale a pena pensarmos que todos são empreendedores. As pessoas mais novas têm mais ape-tência, mas muitas vezes é preciso dar-lhes um toque”, declara João Portugal, professor do Politécnico de Beja para quem as disciplinas de empreendedorismo, ao contrá-rio do que acontece, “deviam estar metidas nos currículos dos cursos”. “Podia ser a tal pedra de toque”, en-tende.

Com um diagnóstico destes, pode pensar-se que o coordenador da OTIC está pessimista quanto ao futuro. Contudo, João Portugal des-dramatiza e deposita grande espe-rança nas novas gerações. “Veja no Alentejo uma atitude dos jovens mais pró-activa do que era há 15 anos. [São] Mais inquietos e não se satisfazem com facilidade. Gostam de saber porquê”, destaca.

Convidado a explicar melhor, João Portugal frisa que as gerações anteriores “viveram com a cultu-ra do emprego fi xo e do mesmo emprego para toda a vida”. E que a actual geração “já entendeu que não é as-sim”. “Diz-se que as novas gerações estão cheias de defeitos, mas não penso dessa forma. São diferen-tes e começa a exis-tir essa capacidade de poder arriscar. A

Empreendedorismo. OTIC tem preparados dois estudos virados para o sector empresarial da região

“Aposta das empresas na inovação é muito ponderada”

Ofi cina de Transferência de Tecnologia e Conhecimento (OTIC) do IPB já criou laços de “abertura e diálogo” com o tecido empresarial do Baixo Alentejo.

nova geração tem mais capacidade de arriscar”, afi rma.

A missão da OTIC. A Ofi cina de Transferência de Tecnologia e Co-nhecimento do IPB acaba de con-cluir um estudo sobre as necessi-dades empresariais e institucionais dos 18 concelhos do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral. Contactadas as empresas e as autarquias, num total de 120 entidades, a investi-gação apurou o tipo de formação das pessoas, as áreas de negócio, as necessidades de formação, de software e de novas tecnologias de formação.

Ao mesmo tempo, está a ser feito um outro estudo, que estará pron-to dentro de três meses, sobre o potencial tecnológico do Instituto Politécnico de Beja. “Quando tiver-mos os dois estudos, temos de cru-zar a informação, para podermos conhecer o que é que o próprio IPB é capaz de dar às empresas”, expli-ca o coordenador da OTIC.

Confi ante que este trabalho “pode ter” muita importância para as empresas da região, João Portugal anuncia que, na próxima Prima-vera, vai ser promo-vido um encontro aberto às empre-sas, no sentido de dar a conhecer o potencial tecno-lógico do IPB. E também para as empresas conhece-rem o estudo.

“Nessa altura es-peramos estabelecer um maior número de contactos que pos-sam traduzir-se em projectos comuns e o IPB possa entrar com o seu know-how para ajudar

as empresas nas actividades onde possam ter difi culdades”, explica.

Neste momento, a OTIC está a desenvolver um projecto de sof-tware de gestão de pessoal para a Cooperativa Proletário Alentejano, de Beja, e aguarda uma resposta da Associação de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral (Amba-al) para produção de uma plata-forma em World Wibe Web [www]. Além disso, “há mais três outros projectos em vias de serem fi rma-dos”, revela João Portugal.

Hospitais de Beja, Faro e Portimão são quem mais requisita os enfermeiros recém-licenciados em Beja.

Os alunos recém-licenciados em enfermagem pela Escola Superior de Saúde de Beja (ESSB) não en-contram grandes difi culdades em entrar no mercado de trabalho. Isto porque os enfermeiros for-mados em Beja têm sido, ao longo dos últimos anos, bastante requi-sitados pelas unidades de saúde do sul do país, sobretudo os hos-pitais de Beja, Faro e Portimão.

Uma situação que decorre, na opinião do presidente do conse-lho directivo da ESSB, da necessi-dade que o mercado de trabalho tem revelado em matéria de pro-fi ssionais do sector e, também, da qualidade do ensino ministrado na instituição bejense.

“O reconhecimento deve vir de fora e nós temos sentido algum reconhecimento. Nomeadamen-te no Algarve, em que verifi camos muita procura pelos nossos estu-dantes. Isso é sinónimo de que há um reconhecimento do valor for-mação que lhes é dada, tanto em termos teóricos e práticos como na exigência cognitiva”, explica Rogério Ferreira.

Satisfeito pela performance da ESSB ao longo dos anos, o presi-dente do conselho directivo reco-nhece, contudo, que num futuro próximo a situação dos recém-licenciados pode vir a ser mais complicada.

Um quadro mais negro que Rogério Ferreira diz ter-se come-çado a sentir no fi nal do passado ano lectivo, uma vez que “nem todos os estudantes formados” foram colocados devido à satura-ção do mercado.

“O grande problema é que há locais, como no Porto e Lisboa, em que há [enfermeiros com] du-

Novos enfermeirosmuito requisitadosno mercado de trabalho

Escola Superior de Saúde

plo e triplo-emprego. Esta é uma situação que a Ordem dos Enfer-meiros tem de confrontar. E as instituições [de saúde] também têm de pôr algumas barreiras nesse sentido, porque não se ad-mite que um enfermeiro saia de um sítio às 16h00 e entre às 16h00 noutro sítio, com alguns quiló-metros pelo meio. Há um fechar de olhos que se admitia em situa-ção de carência de profi ssionais, mas que hoje não se deve admi-tir”, alerta Rogério Ferreira.

Apesar destes primeiros sinais de preocupação, a ESSB voltou este ano a registrar uma grande procura nas fases de acesso ao ensino superior, preenchendo as 70 vagas disponíveis no concur-so nacional e mantendo a média de acesso mais elevada de todo o Instituto Politécnico de Beja.

Aposta na saúde ambiental. A par do curso de Enfermagem, a ESSB apresenta este ano lectivo como grande novidade o curso de Saúde Ambiental. Trata-se de uma formação única a sul do Tejo, que tem como grande ob-jectivo formar técnicos de saúde ambiental, que depois poderão trabalhar em centros de saúde ou autarquias.

Na primeira edição do curso matricularam-se 28 alunos, que preencheram na totalidade as va-gas disponíveis, e a ministrar as aulas estão os dois técnicos que conceberam a formação.

“O critério que determinou a escolha do curso foi privilegiar cursos que, à partida, não veri-fi cassem situações de saturação de mercado”, explica Rogério Fer-reira, revelando de seguida a in-tenção da ESSB de disponibilizar em 2008-2009 o curso de Terapia Ocupacional, não aprovado este ano pelo Ministério da Ciência e do Ensino Superior.

Paralelamente, a instituição pretende igualmente avançar com a formação de segundo ciclo em Enfermagem e Saúde Comu-nitária no próximo ano lectivo.

120. entidades empre-sariais e autárquicas foram con-sultadas para elaboração de um estudo sobre o tecido económico do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral.

18. concelhos foram o

universo para a realização do referido estudo. Catorze do dis-trito de Beja e quatro do Litoral Alentejano [Alcácer do Sal, Grân-dola, Santiago do Cacém e Sines].

NÚMEROS

João Portugal coordenador da OTIC do Politécnico de Beja

CADERNO INSTITUTO POLITÉCNICO DE BEJAsexta-feira2007.11.30 04

Foi assente numa fi losofi a cívica de apoio à comunidade em que se in-sere que a Escola Superior Agrária de Beja (ESAB) criou há quase duas décadas, em 1988, o seu Laborató-rio de Controlo de Qualidade de Águas. Vocacionada para a presta-ção de serviços e apoio à comuni-dade regional, a unidade laborato-rial efectua análises físico-químicas de águas destinadas ao consumo humano, assim como de águas de rega e/ou residuais.

“[Este laboratório] Surgiu porque a fi losofi a dos institutos politécni-cos sempre foi, além do ensino e da investigação aplicada, fazer presta-ção de serviços ao exterior, numa perspectiva de inserção na comu-nidade”, justifi ca a presidente do conselho directivo da ESAB e uma das principais impulsionadoras do projecto, que esteve na base de uma nova licenciatura em Engenharia Sanitária e ocupa hoje cinco docen-tes afectos à Área Departamental de Ciências do Ambiente da ESAB, as-sim como duas técnicas superiores, que trabalham exclusivamente no laboratório.

Bem equipado, sobretudo na esfera da análise aos “materiais pe-sados”, o laboratório realiza quase todas as análises solicitadas, ain-da que Rosa Fernandes reconhe-ça a necessidade, caso “houvesse dinheiro”, de reforçar a bateria de equipamentos utilizados para in-tervir na área dos pesticidas.

Exigências europeias. A criação do Laboratório de Controlo de Quali-dade de Águas remonta a 1988, altu-ra em que pouco ou nada se falava de qualidade no abastecimento de água. Ainda assim, Rosa Fernandes tem bem presente as necessidades que o Baixo Alentejo sentia nestes domínios antes da criação do labo-ratório. Carêancias que se iam agu-dizando à medida das exigências que a União Europeia ia colocan-do aos seus Estados-membro e às quais o laboratório ia tentando dar resposta.

“Continuámos cada vez mais de-dicados, precisamente para darmos conta das exigências que iam sain-do”, argumenta esta responsável, lembrando a “perfeita sintonia” que se estabeleceu então entre a ESAB, através do laboratório, e a Câmara de Beja.

A autarquia bejense acabou por

Ambiente. Laboratório de Controlo de Qualidade de Águas existe na ESAB há 19 anos

Agrária disponibilizaserviços à comunidade

Uniformizar e des-burocratizar todos os procedimentos no seio do IPB é o grande ob-jectivo do Gabinete de Qualidade.

Promover diagnósticos ao modus operandi do Instituto Politécnico de Beja, assim como criar condi-ções para uma uniformização e desburocratização dos procedi-mentos no seio da instituição, é o grande objectivo do Gabinete de Qualidade do IPB.

Liderado desde Setembro por Luís Domingues, o gabinete surgiu em 2004, no âmbito de uma par-ceria com o Ministério da Ciência e Ensino Superior (MCES), com o propósito de “fazer auditorias e defi nir fl uxos de informação” que abrissem caminho para a reestru-turação e reorganização dos servi-ços administrativo-fi nanceiros, a simplifi cação de procedimentos e respectiva avaliação, a implemen-tação de sistemas de informação, a segregação de funções aliada à responsabilização e a criação de mecanismos de controlo interno.

Depois de ter deixados alguns escolhos pelo caminho, o Gabine-te de Qualidade do IPB entrou este ano lectivo numa nova fase, tendo como grande meta a atingir, no es-paço de cinco anos, “a uniformiza-ção dos procedimentos”.

O objectivo entronca naque-la que é outra das prioridades do Gabinete de Qualidade, que passa pela aplicação de uma “metodolo-gia estruturada de recolha anual de informação”, que dê azo a uma base de dados comum a todas as quatro escolas do IPB.

Pelo meio, o Gabinete de Quali-dade vai assumir também o papel de espécie de “provedor” dos uten-tes do IPB, avaliando, mediante a realização de inquéritos, o funcio-namento da instituição e dos ser-viços por si prestados.

“Tudo, mas mesmo tudo, vai ser avaliado. Não vai haver nada

IPB harmonizadoe desburocratizado

Gabinete de Qualidade foi criado em 2004

que se faça nesta instituição que depois não tenha um inquérito onde se questione se foi ou não bem feito, se as pessoas gostaram ou não gostaram”, garante Luís Domingues.

Outra das metas do Gabinete de Qualidade será abrir caminho para que num espaço de cinco anos os serviços do IPB sejam acreditados com as normas comunitárias ISO 9000 e 9001. Isto porque, explica Luís Domingues, no futuro próxi-mo os parâmetros de qualidade vão ser determinantes para a competi-tividade de qualquer instituição.

“Actualmente, o que defi ne uma instituição é a qualidade, razão pela qual este gabinete surge com tanta importância. A nova legislação pro-põe que haja uma cultura de qua-lidade com consequências reais”, argumenta Luís Domingues, subli-nhando que o não cumprimento desses critérios de qualidade pode colocar em causa o fi nanciamento do IPB e, consequentemente, a sua existência.

Portal para diplomados. Parale-lamente às grandes metas para os próximos cinco anos, o Gabinete de Qualidade do IPB está tam-bém a desenvolver um novo portal orientado para os recém-forma-dos pela instituição.

O novo portal, que deverá estar em funcionamento no arranque do próximo ano lectivo, irá forma-lizar o “acompanhamento infor-mal” que os diplomados já rece-bem no primeiro ano após terem deixado o IPB, condensando infor-mações variadas sobre o mercado de trabalho.

À margem destas funcionalida-des, o novo portal irá igualmente possibilitar aos recém-licenciados oportunidades de lançarem os seus próprios negócios. A ideia tem por base o exemplo dos “ninhos de empresas” e surge mediante uma parceria com o Centro de Estudos Vasco da Gama, no âmbito da qual os interessados serão apoiados através do empréstimo de mate-rial, da criação de sítios na Internet ou na elaboração de candidaturas a projectos de fi nanciamento.

servir de exemplo para as restantes edilidades do distrito, que começa-ram também a utilizar os serviços do laboratório. “Alargámos o servi-ço a todas as câmaras municipais do Baixo Alentejo e, em simultâneo, começámos a trabalhar para enti-dades públicas e privadas que pre-tendiam os nossos serviços. E fazía-mo-lo em vários domínios: fosse na água para abastecimento, nas albu-feiras, águas residuais e também as lamas”, afi rma Rosa Fernandes.

A relação entre o laboratório e as autarquias tem, contudo, vindo a esmorecer e a presidente do con-

Unidade laborato-rial insere-se na fi loso-fi a de apoio à comu-nidade que norteia os institutos politécnicos.

ESAB possui tam-bém mais cinco labo-ratórios de análise que prestam variados servi-ços à região.

selho directivo da ESAB reconhece que nos últimos tempos as câmaras municipais têm recorrido muito menos aos serviços laboratoriais da unidade.

“Da nossa parte, o serviço que prestamos é igual. Não sei se ha-verá algum abaixamento de preços por parte das empresas que estão no mercado. O que tenho consci-ência é que fazemos o preço mais baixo que nos é possível fazer. Se há preços mais baixos que os nossos é porque não utilizam os métodos que devem utilizar”, conclui Rosa Fernandes.

Seis laboratóriosna Agrária de Beja O Laboratório de Controlo de Qualidade de Águas é apenas um dos seis que integram a estrutura da ESAB, que possuiu ainda unidades laboratoriais de agro-indústrias, análise de terras, análise de sementes e matérias-primas vegetais, parasitologia e microbiologia animal, e de nutrição e alimentação animal.“Estes laboratórios são importantes, porque nos permitem alguns rendimentos com equipamentos que teríamos de ter apenas ligados a aulas, logo, não sendo rentáveis”, explica Rosa Fernandes, sublinhando que as unidades laboratoriais aumentam a qualidade da ESAB, “quer em termos de conhecimento quer em termos de receita”.A ESAB, com todas as prestações de serviços que faz, com a exploração agrícola, o centro de hortofruticultura e a exploração pecuária, conse-gue pagar entre 23% e 25% das suas despesas anuais de funcionamen-to”, revela a presidente do conselho directivo da instituição.

CADERNO INSTITUTO POLITÉCNICO DE BEJA sexta-feira2007.11.3005

A política científi ca da Escola Supe-rior de Educação de Beja (ESEB) tem dado especial atenção às questões da investigação. Para isso, muito tem contribuído o trabalho desenvolvido pelo Gabinete de Apoio à Investiga-ção (GAPI), criado há nove anos com a intenção concreta de acompanhar e pesquisar experiências e projectos inovadores.

Pode-se dizer que este trabalho tem assentado em três pilares fun-damentais. Além do surgimento do próprio gabinete, foram constituídas equipas de formação multidisciplinar para investigar e acompanhar pro-jectos e, por outro lado, estabelecidas condições para a ligação em rede com outras instituições do ensino su-perior, portuguesas e estrangeiras.

Apoiar docentes e a própria ins-tituição, desenvolver investigação, conceber projectos, pesquisar linhas de intervenção dos quadros comu-nitários ou apenas esclarecer ideias são tarefas que preenchem a agenda do GAPI.

Vito Carioca, presidente do con-selho directivo da ESEB e coordena-dor do gabinete, acredita que esta intervenção “está fundamentalmen-te associado à criação de redes de parcerias nacionais, locais e interna-cionais”. “Acreditamos e defendemos que a excelência de uma organização passa muito pela criação de redes de trabalho com outras organizações e com valências diversifi cadas de sa-ber”, declara.

Assim se explica uma continuada

Projectos. Política científi ca da escola centra atenções especiais no trabalho de investigação

ESEB faz aposta forte na investigação

Gabinete de Apoio à Investigação da Escola Superior de Educação pesquisa e desenvolve projectos inovadores.

O presidente da Escola Superior de Educação de Beja, Vito Carioca, considera que o ensino superior politécnico “é um todo onde podem intervir equipas das várias unidades ou departamentos”. E defende que o trabalho “será muito mais rico se houver uma intervenção conjunta de equipas diversifi cadas”. Sem se deter, o responsável advoga que “um dos suportes fundamentais do IPB deve ser a investiga-ção” porque, segundo justifi ca, “não há formações iniciais ou complementares numa instituição se não forem suportadas pela investigação”.

“O docente do ensino superior tem de ser um cida-dão virado cada vez mais para a sua auto e hetero formação, porque a Europa de hoje não é a Europa de ontem”, acrescenta Vito Carioca, advertindo que os alunos “têm de ser preparados para constantes mobilidades e transnacionalidades”.“A palavra-chave é atitude. O docente do ensino su-perior tem de ter uma atitude de constante investi-gação. É isso que lhe permitirá ser melhor professor dentro da sala de aula. E investigar é igual a produzir conhecimento. Isso é fundamental”, sintetiza.

“ligação muito profunda” com a Uni-versidade do Algarve, mas também com empresas e instituições estatais como a Direcção Regional de Educa-ção do Alentejo, “com quem há uma ligação muito intensa”, e o Instituto de Emprego e Formação Profi ssional (IEFP).

Áreas de intervenção. As áreas de acção do GAPI são diversas e apon-tam para uma ligação permanente e activa com a sociedade, seja no con-texto do Politécnico ou da sociedade civil. Os exemplos multiplicam-se! Entre eles, destacam-se os apoios da-dos a docentes e alunos no domínio da investigação; assessorias a outras entidades e pessoas nas áreas da edu-cação, acções de investigação, elabo-ração de projectos e análise de dados. E também a gestão de projectos de Inovação e Desenvolvimento (I&D).

“Temos feito uma aposta muito forte em termos da tecnologia ligada à formação de professores e das pes-soas. Dou-lhe o exemplo do Projecto TEVAL [Evaluation Model for Teachig and Trainig Competences], que está ligado à avaliação do desempenho do pessoal docente e dos formadores do IEFP”, especifi ca Vito Carioca.

O responsável da ESEB acrescen-ta que a intenção do GAPI é “incenti-var” as áreas departamentais daque-la escola a apresentarem no âmbito do QREN [Quadro de Referência Es-tratégica Nacional] e outras medidas comunitárias, “uma aposta na diver-sifi cação das áreas do saber”.

“Queremos alargar a nossa base de intervenção ao nível da parceria, com empresas, outras instituições de ensino superior, autarquias e organi-zações não governamentais. A nossa ideia é de ‘banda larga’ em termos de abrangência”, declara.

Fazer investigação “com produtos que sejam aplicados aos contextos reais daquilo que deve ser um insti-tuto politécnico de qualquer região” é outra linha de rumo do GAPI. Se-gundo Vito Carioca, essa intervenção deve ser feita de modo “experimen-tal, válida, útil, que sirva para alguma coisa”. “Não deve ser alguma coisa meramente académica e teórica. Um instituto superior politécnico tem que pensar na investigação ex-perimental, prática e que dê frutos concretos para os contextos em que intervém”, defende.

Projectos âncora valorizam GAPIAlém do Projecto TEVAL [Evaluation Mo-del for Teachig and Trainig Competences], o Gabinete de Apoio à Investigação desen-volveu mais três importantes projectos – as Cartas Educativas do Distrito de Beja; as Ofi cinas de Pró-Investigação; e o Kinderet – Education Technology in Early Child Hood Context.

Financiado pelo programa Leonardo Da Vinci, o TEVAL envolve a Escola Superior de Educação de Beja e estabelecimentos de ensino superior da Alemanha, França, Gré-cia, Reino Unido e Estónia. Numa primeira fase, entre Fevereiro de 2005 e Julho deste ano, o projecto desenvolveu “uma estratégia comum de avaliação” no sentido de melho-rar a qualidade de ensino de professores e formadores de diferentes níveis. Igualmente envolvidos neste projecto estiveram a DREA e o IEFP.

Quanto às cartas educativas do distrito de Beja, foram elaboradas a partir de um pro-

tocolo com a Associação de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral (Ambaal). No total, 14 concelhos fi caram dotados com esta “ferramenta” que lhes permite “actuar em múltiplas frentes”.

As Ofi cinas de Pró-Investigação permiti-ram que o corpo docente fortalecesse a sua proximidade ao saber teórico-prático e téc-nico, além de assegurarem um “aumento do conhecimento científi co em diversas áreas”. Em síntese, estas ofi cinas garantem aos do-centes “concretizarem iniciativas individuais ou em grupo com vista à produção de inova-ção, através de projectos de I&D com impac-to a nível local”.

Finalmente, o projecto Kinderet mobiliza cinco instituições europeias coordenadas pela ESEB: as universidades de Cambridge (Inglaterra) e de Gotemburgo (Suécia); o Ins-titut for Higher Teaching (Bulgária) e a Fun-dácion Metal Fondo Formación (Madrid).

Criado com o objectivo de “preencher la-

cunas existentes” na formação contínua de educadores de infância, o programa desen-volveu um projecto-piloto na área da tecno-logia educativa.

Partindo da identifi cação das necessi-dades teórico-práticas dos educadores de infância ao nível do uso e aplicação pedagó-gica da tecnologia educativa, foi concebido um modelo de formação contínua e desen-volvidos materiais didácticos de suporte em Cambridge e em Beja. No nosso distrito, o modelo foi aplicado em 11 jardins-de-infân-cia, envolvendo cerca de 19 turmas de edu-cação pré-escolar em meio rural e urbano, assegurando “uma mudança efectiva nas práticas educativas quotidianas”.

Na segunda fase deste projecto, segundo revela Vito Carioca, vai ser feito trabalho no terreno para “colher estudos de casos nas escolas, no sentido de aplicar o modelo”. “Se funcionar vamos oferecê-lo ao Ministério da Educação”, revela o responsável.

Produzir conhecimento é suporte fundamental no Instituto Politécnico

Vito Carioca - presidente da Escola Superior de Educação de Beja

CADERNO INSTITUTO POLITÉCNICO DE BEJAsexta-feira2007.11.30 06

Cooperação. Politécnico de Beja assume papel importante no desenvolvimento regional

O IPB na comunidade

O Instituto Politécnico de Beja (IPB) tem, ao longo dos últimos anos, marcado uma presença muito for-te na cidade de Beja e na região de um modo geral, estabelecendo um importante compromisso entre a sua missão e o desenvolvimento regional.

As dinâmicas geradas pelos mi-lhares de alunos que ao longo dos anos têm dado vida à cidade de Beja, a realização de diversos even-tos de dimensão nacional e interna-cional, a aposta em presenças fortes e continuadas nos mais importan-tes certames regionais, são alguns aspectos que ilustram o papel que o IPB tem assumido nas sua zona de infl uência.

Os cerca de 3.200 alunos que actualmente desenvolvem a sua formação superior na instituição, para além do seu impacto directo na economia da cidade, estabele-ceram já, através do trabalho con-junto das associações estudantis que os representam, uma impor-tante relação de compromisso com a sociedade civil. As forças vivas da cidade, pelo crédito que as ini-ciativas estudantis lhe merecem actualmente, têm colaborado di-versos eventos, com destaque para a Semana de Recepção ao Caloiro e a Semana Académica. Pelo cresci-mento, assente numa estratégia de sustentabilidade, que estes eventos

Relação do IPB com a comunidade local também se refl ete ao nível das largas dezenas de iniciativas que acolhe nos seus espaços.

têm vindo a apresentar e pelo facto da sua programação se direccionar e atrair, para além dos estudantes do IPB, cada vez mais jovens estu-dantes do ensino secundário e jo-vens trabalhadores, o que refl ecte também o seu cariz agregador e in-tegrador, é indiscutível que o traba-lho dos estudantes do IPB contribui em muito para divulgação da cida-de enquanto marca forte do ponto de vista sociocultural.

As nossas associações de estu-dantes, e apesar do manifesto in-teresse de algumas empresas em adquirir os direitos de exploração dos seus eventos, irão continuar a assumir a organização destas ini-ciativas, para que não se arrisque a descaracterização das mesmas

e porque os envolvidos vêem, por certo, reforçadas a sua formações pessoal e profi ssional, através do desempenho das suas tarefas. No momento, e apesar de recentes exi-gências tutelares criarem difi culda-des ao seu funcionamento, as asso-ciações de estudantes preparam já as próximas edições, que voltarão a envolver de forma directa o esforço voluntário de cerca de 60 alunos. Em simultâneo procedem ao natural e exigente processo de renovação e procuram desencadear os mecanis-mos de criação de uma Associação Académica de Beja, que não extin-guindo as actuais associações de estudantes, permitirá concentrar esforços e o acesso a novas fontes de fi nanciamento. O estudante do

GABINETE DE RELAÇÕES EXTERNAS DO IPB

IPB preocupa-se actualmente com a sua própria credibilização na ci-dade e na região.

A relação do IPB com a comuni-dade também se refl ete ao nível das largas dezenas de iniciativas que acolhe nos seus espaços (os audi-tórios do IPB já receberam cerca de 80 eventos durante o ano de 2007) e das parcerias que tem estabelecido com outras entidades na organiza-ção de eventos internacionais que trazem ao interior do país espaços de discussão que habitualmente apenas decorrem nos grandes cen-tros urbanos. No último ano, e ape-nas a título de exemplo, o Fórum Empresarial Transfronteiriço (par-ceria com a Câmara de Comércio Luso-espanhola), o European Mee-

ting Point – Energy for Development (Instituto Superior Técnico) e o IFT-TA – Fórum Internacional de Juris-tas de Viagens e Turismo (ESTIG e Centro Vasco da Gama) trouxeram a Beja alguns dos maiores especia-listas mundiais nos temas em ques-tão. Os diferentes cursos do IPB são, também eles, regulares promotores das mais variadas actividades, di-reccionadas, na sua generalidade, a toda a comunidade regional, assim como as Tunas Académicas, pró ac-tivas na organização de vários festi-vais na cidade e participativas em diversos outros eventos.

A aposta feita na presença em inúmeros feiras regionais, realizada ininterruptamente desde há muitos anos, demonstra a preocupação do IPB em, para além de promover a sua oferta formativa e os seus ser-viços, contribuir para o enrique-cimento dos certames regionais, com destaque para a Ovibeja, onde ocupa já uma posição de destaque no pavilhão institucional. Nestes espaços, e pelo perfi l dos visitantes destes certames, bastante heterogé-neo, temos procurado (tal como em algumas campanhas como a Praia Académica 2007- Costa Alenteja-na), para além de divulgar a nossa instituição, assumir um papel pe-dagógico de forma individualizada, alertando para a importância da for-mação superior numa perspectiva de aprendizagem ao longo da vida, e procurando informar e aconse-lhar de acordo com as necessidades de cada tipo de público.

O IPB tem verifi cado que o Re-gime Especial para Maiores de 23 anos tem permitido o regresso de muitas pessoas à escola, que pela sua experiência profi ssional tra-zem para a sala de aula um “saber fazer” que representa uma impor-tante mais-valia para colegas e professores.

Intercâmbio. IPB recebe em média, por ano 40 alunos e 25 docentes estrangeiros

Mobilidade Internacional: uma oportunidade para o desenvolvimento institucionalA mobilidade internacional de es-tudantes e docentes no Instituto Politécnico de Beja (IPB) constitui uma realidade bem presente no dia-a-dia da instituição. Quer seja pela partilha de experiências e pe-las “novidades” trazidas pelos que partem ou pela agitação e curiosi-dade provocada pelos que chegam, o que é facto é que nem o IPB nem a cidade de Beja são alheios às opor-tunidades que o intercâmbio de estudantes e docentes signifi cam para o desenvolvimento institucio-nal e para a internacionalização e crescimento da cidade.

Com origem nas mais diversas cidades europeias, esta mobili-dade é enquadrada no âmbito do Programa Erasmus e assume um impacto signifi cativo ao nível da in-ternacionalização da instituição. As mais valias profi ssionais e pessoais

decorrentes da participação em ex-periências de mobilidade interna-cionais constituem ferramentas de-cisivas para o sucesso profi ssional e para o crescimento pessoal dos nossos alunos. Os fl uxos de mobili-dade de estudantes e docentes situ-am-se, em termos médios, no envio anual de 30 alunos e 15 docentes para uma recepção média de 40 es-tudantes e 25 docentes.

A mobilidade internacional e o desafi o imposto pelo Processo de Bolonha no sentido das instituições de ensino superior assumirem uma postura mais activa e competitiva ao nível da área europeia de ensino superior, impeliram o IPB a adop-tar um conjunto de procedimentos comuns de promoção da qualida-de da mobilidade e de garantia do reconhecimento do trabalho de-senvolvido noutras instituições de

ensino superior. São exemplo a im-plementação do Sistema Europeus de Transferência e Acumulação de Créditos (ECTS), a disponibilização online, nas versões portuguesa e inglesa, do Guia Informativo ECTS do IPB, e ainda a emissão do Su-plemento ao Diploma já a partir do início de 2008.

PALOP. Para além dos europeus, também o número de estudantes oriundos dos Países Africanos de Língua Ofi cial Portuguesa (PALOP), tem vindo a crescer no IPB. Em 2007/2008 estão matriculados nas nossas escolas 34 alunos vindos dos PALOP.

A comunidade cabo-verdiana assume o destaque, somando 32 estudantes, enquanto São Tomé e Guiné-Bissau estão apenas repre-sentados por um aluno por país. Programa Erasmus traz alunos estrangeiros ao IPB

Cerca de 3.200 alunos frequentam o Instituto Politécnico de Beja

CADERNO INSTITUTO POLITÉCNICO DE BEJA sexta-feira2007.11.30 07

Qual o corante que torna as calças de ganga azuis? Como se assegura a perenidade de um perfume na água-de-colónia? Como se fabrica um simples lápis de grafi te? Como é a maior semente do mundo ma-rinho? As respostas a todas estas questões, aparen-temente simples de dar, podem ser encontradas por todos numa simples visita ao Museu Botânico do IPB, instalado na Escola Superior Agrária de Beja.

Fundado em Outubro de 2002, o museu celebra este ano cinco anos de vida dedicados ao estudo e mostra da botânica, etno-botânica e botânica econó-mica. Uma verdadeira montra para o vasto mundo do reino vegetal, que conta mais de duas mil peças em acervo e já foi visitada por cerca de 10 mil pessoas, en-tre grupos de estudantes ou turistas em busca de uma pequena surpresa.

“O balanço é muito positivo. Pelo menos, no livro de visitantes o retorno é quase todo positivo”, sublinha Luís Carvalho, um dos principais mentores do projec-to do Museu Botânico, galardoado em 2003 pela Ford Motor Company com dois prémios, um nacional e ou-tro internacional.

Em cinco anos, o museu recebeu meia dúzia de ex-posições, todas elas distintas, mas com o reino vegetal e a sua relação com o meio sócio-económico en-volvente como denominador comum. “As ex-posições são a parte mais visível do nosso trabalho”, afi rma Luís Carvalho, elegen-do “A Dádiva do Nilo” como a mostra melhor sucedida.

“Foi talvez a exposição que deu mais trabalho montar e cujas peças foi mais difícil obter. Foi um tra-balho muito intenso e acabámos por manter a exposição durante cerca de dois anos porque o re-torno era contínuo”, lembra o responsável.

Actualmente, o Museu Botânico apresenta uma ex-posição sobre o pinheiro-wollemi, tendo por base o clone de um fóssil vivo com 90 milhões de anos comprado num leilão da Sotheby’s. “Consegui-mos montar uma exposi-ção que fala sobre fósseis vivos, mas num âmbito muito lato”, assevera Luís Carvalho.

Centro de cultura científi ca. Com cinco anos de existência, o Museu Bo-tânico da ESAB é o único do género a sul de Coimbra [N.d.r.: existe um em Lisboa, associado ao Jardim Botânico, mas está fecha-do ao público] e pretende afi rmar-se como um “centro de cultura científi ca” por excelência, di-reccionado para a apresentação de exposições que retratem a relação milenar entre o Homem e as Plantas.

Uma pretensão que, na opinião de Luís Carvalho, decorre do “dever cívico” que o Instituto Politécnico de Beja tem de possuir na sua estrutura “espaços de promoção da cultura científi ca”. “O que aqui temos é um

Ciência. Museu Botânico do IPB foi criado em Outubro de 2002

Reino dos vegetais no Museu Botânico

Acervo de duas mil peças foi apreciado, durante cinco anos, por cerca de 10 mil visitantes.

Próxima exposição do Museu Botânico vai incidir nas explorações botânicas do século XIX.

Criado em 2001, Centro de Documenta-ção Europeia pretende servir toda a comunida-de do distrito de Beja.

Canalizar e difundir junto da co-munidade escolar e local toda a informação proveniente da Co-missão Europeia e demais asso-ciações ligadas à Europa comu-nitária. É este o grande objectivo do Centro de Documentação Eu-ropeia (CDE), a funcionar na bi-blioteca do Instituto Politécnico de Beja (IPB) desde 2001.

Dirigido por Elisete Sepanas, o CDE tem vindo ao longo dos

anos a assegurar o depósito de todo o fundo documental produzido em Bruxelas, que pode depois ser consultado e requisitado por todos os in-teressados, quer na bibliote-ca do instituto quer através da Internet.

“A nossa mais-valia é que servimos de me-

diadores à informação proveniente da Comissão

Europeia”, sublinha Elise-te Sepanas, explicando que os frequentadores do CDE

podem igualmente receber, mediante o preenchimento de

um inquérito, informação per-sonalizada sobre determinadas matérias do foro comunitário, consoante os interesses e as ne-cessidades de cada um.

Apesar de todas estas “va-lências” e da preocupação per-manente em fazer “a ligação à comunidade local”, uma das di-fi culdades sentidas “no terreno” pelo CDE passa pela complicada aproximação à população em ge-ral, até pelo facto de os cidadãos atribuírem “pouca importância” à documentação e informação pro-duzida em Bruxelas.

Um escolho que os responsá-veis pelo CDE tentam contornar

Ligação directa à Europa comunitária

Centro de Documentação Europeia funciona desde 2001

através de uma efectiva transpo-sição da informação “para o dia-a-dia dos cidadãos”. “O CDE foi instalado na biblioteca do IPB, mas pretende-se que não se cin-ja apenas à sociedade académi-ca. Deve também ir de encontro àquelas que são as necessidades de informação da população”, afi rma Elisete Sepanas.

Nesse sentido, acrescenta, à medida que vai saindo legislação e documentação comunitária, o CDE toma a atitude “pró-activa” de enviar essa informação para as associações e instituições lo-cais mais representativas do sec-tor em causa.

Novo portal em 2008. Tendo como grande meta uma efectiva aproximação à comunidade lo-cal, o CDE vai avançar com alguns projectos nesse sentido em 2008. À cabeça encontra-se a criação de um sítio próprio na Internet, que tentará “sistematizar” toda a informação existente sobre a UE em quatro ou cinco “grandes te-mas”.

“Vamos tentar mapear esta informação e apontar novos ca-minhos”, revela Elisete Sepanas, acrescentando que o novo portal estará igualmente dotado de uma agenda com os principais eventos regionais, nacionais e europeus, além de uma ligação aos progra-mas de fundos de fi nanciamento comunitários.

Paralelamente, o CDE vai tam-bém procurar no próximo ano promover algumas conferências sobre temáticas europeias e ten-tar aproximar-se das instituições locais de ensino secundário, por forma a publicitar o trabalho e as funções do centro.

Nesse sentido, conclui Eli-sete Sepanas, vão ser enviadas publicações para três ou quatro escolas, juntamente com um do-cumento a oferecer os serviços do CDE, para que este seja visto como “um recurso da cidade e da região” e não apenas do IPB.

museu que não pretende ser estritamente académi-co”, argumenta.

Nesse sentido, continua Luís Carvalho, há margem de manobra para o crescimento do museu, apesar das limitações orçamentais ou de recursos humanos. “Po-demos sempre ter uma intervenção maior”, reconhece este responsável, admitindo fazer sentido a “criação de um jardim botânico”.

Com ou sem jardim botânico, o museu pretende continuar a crescer e a diversifi car a sua actividade. Por isso mesmo, no fi nal do próximo ano deve inaugu-rar uma nova exposição – montada em parceria com o Jardim Botânico de Londres –, dedicada às expedições botânicas do século XIX e a forma como estas infl uen-ciaram a Revolução Industrial.

Pelo meio, serão também reeditados os cursos de botânica económica, suspensos desde 2001. A inicia-tiva deve regressar no Outono de 2008, com acções de formação de 35 horas para o público em geral, abor-dando temas como a origem dos cereais, das especia-rias ou dos corantes.

Elisete Sepanas – directora do CDE do Politécnico de Beja

Luís Carvalho director científi co do museu

CADERNO INSTITUTO POLITÉCNICO DE BEJAsexta-feira2007.11.30 08

Serviços. Politécnico regista mais de mil candidatos a bolsas de estudo

Mais acção socialcom menos dinheiro

Um corte de 18% no respectivo orça-mento obrigou os Serviços de Acção Social (SAS) do Instituto Politécni-co de Beja a atravessar um ano com muitos apertos fi nanceiros. Uma im-posição governamental que obriga as contas a “estarem ao centímetro”, mas que o administrador daquele departamento considera “incompre-ensível”. “Como é que é possível este corte”, desabafa Manuel Pedro Gon-çalves.

Seja como for, os SAS tiveram de responder a este clima de exigência dando respostas em domínios como as bolsas de estudo, serviço de refei-ções e alojamentos.

Este ano, o número de bolseiros disparou consideravelmente, ha-vendo uma proporcionalidade com o aumento do número de alunos. No ano lectivo transacto, candidata-ram-se 879 alunos a uma bolsa. Com o arranque do novo período lectivo já deram entrada um total de 1.037 candidaturas para receber uma bolsa mínima que corresponde a 70 euros, havendo ainda um complemento de propina, alojamento e de transpor-te. Em sentido oposto, a bolsa com valor máximo pode corresponder ao salário mínimo nacional, 403 euros, mais 29,70 euros correspondentes à propina.

Manuel Pedro Gonçalves associa este aumento de candidaturas às

Orçamento dos Ser-viços de Acção Social do Instituto Politécnico de Beja sofreram corte de 18% no orçamento.

Número de bolseiros “disparou”, havendo uma proporcionalida-de com o aumento de alunos matriculados.

Refeitório do Instituto Politécnico de Beja já serviu este ano 60.951 refeições

“condições de vida das famílias, ao desemprego e à escassez dos ren-dimentos” no Alentejo, a região de onde são oriundos cerca de 70% dos estudantes do IPB.

São estes mesmos estudantes que frequentam diariamente o refeitório da instituição, onde o número de re-feições servidas tem vindo a “aumen-tar signifi cativamente, por causa do número mais elevado de bolseiros”. Por outro lado, a qualidade do ser-viço e a presença de mais alunos no campus também contribui para esse aumento.

“Temos a convicção que, se come-rem no refeitório, os alunos terão uma alimentação equilibrada e racional. Situação que não acontece se fi zerem outras opções, baseadas, por exem-plo, em sanduíches e refrigerantes”, defende Manuel Pedro Gonçalves.

pub.

Apoio Psico-Pedagógicoobserva 350 casos por anoManuel Pedro Gonçalves faz um balanço positivo do trabalho de-senvolvido pelo Gabinete de Apoio Psico-Pedagógico (GAPP) do IPB, considerando que o mesmo tem feito “uma intervenção mui-to permanente e adequado no domínio da prevenção”.Centrando essas intervenções nas necessidades institucionais, o GAPP tem desenvolvido a sua acção nos casos que por iniciativa própria procuram o gabinete, que se cifram em cerca de 350 por ano. Neste contexto, a sua intervenção “situa-se apenas ao nível de uma primeira análise e aconselhamento, quando é o caso, ou en-caminhamento quando não há capacidade de resposta”, embora sempre com o acompanhamento do GAPP. “Procuramos ter iniciativas preventivas na área da formação, gestão do stress ou dos recursos fi nanceiros”, esclarece Manuel Pe-dro Gonçalves, que destaca um trabalho assente “sempre na pre-venção e no aconselhamento”.

Em 2006, segundo dados dos SAS, foram fornecidas 60.951 refeições. Nos primeiros 10 meses deste ano, esse valor já foi ultrapassado. Foram servidas 63.268 refeições até 31 de Outubro com um custo unitário de 2,10 euros. “Há um aumento signifi -cativo relacionado com a difi culdade e com a gestão apertada de recursos que os estudantes têm de fazer para orientar as suas economias”, explica.

No que diz respeito ao alojamen-to, com a abertura da nova residência no início deste ano, que tem capaci-dade para mais 133 estudantes, o IPB conseguiu “ultrapassar um conjunto de problemas antigos que se pren-diam com as instalações”, disponibi-lizando 370 camas. Neste momento, as residências antigas estão a sofrer “intervenções profundas de remo-delação”, estando já pronta a obra na residência masculina.

Projectos em marcha. Os SAS do Ins-tituto Politécnico de Beja estão a de-senvolver três projectos que, na ópti-ca de Manuel Pedro Gonçalves, têm ajudado a dar uma maior visibilidade da estreita relação que os serviços mantêm com os estudantes.

Um desses projectos vai entrar na sua terceira edição e faz uma aposta na prevenção do consumo de estu-pefacientes no ensino superior. A iniciativa está a ser desenvolvida em parceria com as universidades do Algarve e de Huelva, a Diputácion de Huelva e o Instituto da Droga e da To-xicodependência (IDT).

“O projecto consiste em dar, anu-almente, formação a cerca de 60 líde-res estudantis, com capacidade para intervir junto dos seus colegas, aper-cebendo-se que alguma coisa não está bem, sugerindo, aconselhando ou encaminhando”, explica Manuel Pedro Gonçalves, esclarecendo que, depois desta despistagem o Gabine-te de Apoio Psico-Pedagógico faz o acompanhamento desses estudan-tes.

O segundo projecto destacado pelo responsável dos SAS tem vindo a decorreu na área do voluntariado e denomina-se “Voluntariado – cami-nho para ser”. A iniciativa avaliou a aptidão dos estudantes do IPB para trabalhar na área, tendo concluído que “há uma enorme apetência dos estudantes para serem voluntários”. Tanto que, neste momento, o Poli-técnico de Beja tem uma bolsa de 52 estudantes voluntários.

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apresentamos as nossas

mais sinceras condolências.

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†. Faleceu o Exmo. Sr. FRAN-CISCO DO CARMO EDUARDO,

de 83 anos, natural de Santa Vitória - Beja, casado com a

Exma. Sra. D. Francisca Páscoa Costa. O funeral a cargo desta

Agência realizou-se no passado dia 27 da Casa Mortuária de

Santa Clara de Louredo para o cemitério local.

SANTA CLARA DE LOUREDO

†. Faleceu o Exmo. Sr. JOA-QUIM ANTÓNIO ALMEIDA

de 84 anos, natural de Ervidel - Aljustrel, viúvo. O funeral a

cargo desta Agência realizou-se no passado dia 22 da Casa Mor-tuária de Beja para o cemitério

desta cidade.

BEJA

†. Faleceu o Exmo. Sr. MÁRIO REMARTINEZ LOPES, de 86 anos, natural de Encarnação

- Lisboa. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 23 do Instituto de Medicina Legal de Lisboa, para o cemité-rio do Alto de São João, onde foi

cremado.

LISBOA

†. Faleceu o Exmo. Sr. MANUEL JORGE MOURA de 84 anos, natural de Pedrógão – Vidi-

gueira, viúvo. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no

passado dia 27 da Casa Mortu-ária de Beringel para o cemitério

local.

BERINGEL

†. Faleceu a Exma. Sra. D. FRANCISCA SAÚDE GODI-NHO, de 96 anos, natural de

São João Batista - Moura, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 27 da Capela da Mansão de São José em Beja para o cemitério

de Moura.

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CÂMARA MUNICIPAL DE MÉRTOLAAVISO N.º 235/2007

Correio Alentejo nº 85 de 30/11/2007 Única Publicação

Para efeitos do disposto no n.º 3 do art.º 5º da Lei n.º 23/2004, de 22 de Junho, se torna pú-blico que esta Câmara Municipal pretende admitir pessoal com vista ao preenchimento dos seguintes lugares do quadro de pessoal em regime de contrato de trabalho por tempo indeter-minado, nas condições que se indicam:

Categoria N.º de lugares

Local de trabalho

Área Funcional/Serviço

Remuneração mensal (a)

Arquitecto / Téc-nico Superior de 2.ª classe

1

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Divisão de Ordena-mento do Território e Administração Urbanística

1.307,00

Técnico Superior de 2.ª classe, na área do Ambiente

1Gabinete de Ambiente

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Mecânico de Auto-móveis – Operário 1 Ofi cina de Mecânica 617,56

(a) A remuneração será acrescida do abono dos subsídios de refeição, férias e Natal, nos termos da legislação em vigor.

1. Conteúdo funcional:I) Arquitecto: Exerce com autonomia e responsabilidade funções de estudo, concepção e apli-cação de métodos e processos inerentes à sua qualifi cação profi ssional, nomeadamente nos seguintes domínios de actividade: concepção e projecção de conjuntos urbanos, edifi cações, obras públicas e objectos, prestando a devida assistência técnica e orientação no decurso da respectiva execução; elaboração de informações relativas a processo na área da respectiva especialidade, incluindo o planeamento urbanístico, bem como sobre a qualidade e adequação de projectos para licenciamento de obras de construção civil ou de outras operações urbanísti-cas; colaboração na organização de processos de candidatura a fi nanciamentos comunitários; colaboração na defi nição das propostas de estratégia, de metodologia e de desenvolvimento para as intervenções urbanísticas e arquitectónicas; coordenação e fi scalização na execução de obras; articula as suas actividades com outros profi ssionais, nomeadamente nas áreas de planeamento do território, arquitectura paisagista, reabilitação social e urbana e engenharia; II) Técnico Superior na área do Ambiente: Funções de investigação, estudo, concepção e adaptação de métodos e processos científi co-técnicos, de âmbito geral ou especializado, executadas com autonomia e responsabilidade, tendo em vista informar a decisão superior, requerendo uma especialização e formação básica de nível de licenciatura, na área da enge-nharia do ambiente ou de recursos hídricos; III) Mecânico: Detecta as avarias mecânicas; repara, afi na, monta e desmonta os órgãos de viaturas ligeiras e pesadas a gasolina ou a diesel, bem como outros equipamentos motoriza-dos ou não; executa outros trabalhos de mecânica geral; afi na, ensaia e conduz em experiên-cia as viaturas reparadas; faz a manutenção e controlo de máquinas e motores.2. Requisitos de admissão: I) Arquitecto – licenciatura em Arquitectura;II) Técnico Superior na área do Ambiente – Licenciatura em Engenharia do Ambiente, ou En-genharia de Recursos Hídricos;III) Mecânico – escolaridade obrigatória e formação adequada ou experiência profi ssional ade-quada de duração não inferior a três anos;3. Métodos de selecção:Arquitecto e Técnico na área do Ambiente – Prova escrita de conhecimentos teóricos, cons-tituindo fase eliminatória para classifi cações inferiores a 9,5 valores; avaliação curricular e entrevista profi ssional de selecção;Mecânico – Prova de conhecimentos de carácter prático e entrevista profi ssional de selec-ção.4. Programa das provas de conhecimentos:Arquitecto: - Regulamento Geral das Edifi cações Urbanas – Decreto-Lei n.º 38 382, de 7 de Agosto de 1951; - Regime Jurídico da Urbanização e da Edifi cação – Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de Dezem-bro, alterado pelo Decreto-Lei nº 177/2001, de 4 de Junho; - Defi nição de elementos instrutórios dos processos – Portaria nº 1110/2001, de 19 de Setem-bro; - Código do Procedimento Administrativo – Decreto-Lei nº 442/91, de 15 de Novembro, altera-do pelo Decreto-Lei nº 6/96, de 31 de Janeiro; - Acessibilidades – Decreto-Lei n.º 163/2006, de 8 de Agosto; - Parque Natural do Vale do Guadiana – Decreto-Regulamentar n.º 28/95, de 18 de Novem-bro; - Atribuições e competências do Instituto Português do Património Arquitectónico – Decreto-Lei n.º 120/97, de 16 de Maio; - Plano Director Municipal de Mértola – Resolução do Conselho de Ministros n.º 162/95, publi-cada no Diário da República, 1ª Série-B, de 06/12/1995; - Plano de Urbanização da Vila de Mértola – Resolução do Conselho de Ministros n.º 27/2006, publicada no Diário da República, 1ª Série B, de 23/03/2006; - Regulamento do Plano Geral de Urbanização da Mina de S. Domingos e Pomarão – Portaria n.º 186/98, de 19 de Março; - Plano Sectorial da Rede Natura 2000 – Decreto-Lei n.º 49/2005, de 24 de Fevereiro; - Regulamento das características do Comportamento Térmico dos Edifícios (RCCTE) – De-creto-Lei n.º 80/2006, de 4 de Abril;- Regime dos Instrumentos de Gestão Territorial – Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de Setembro, alterado pelo Decreto-Lei n.º 310/2003, de 10 de Dezembro, e Decreto-Lei n.º 316/2007, de 19 de Setembro.Técnico Superior na área do Ambiente:- Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, alterada e republicada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de

Janeiro: Quadro de competências e regime jurídico de funcionamento dos órgãos das autar-quias locais; - Decreto-Lei n.º 236/98, de1 de Agosto: Estabelece normas, critérios e objectivos de qualida-de com a fi nalidade de proteger o meio aquático e melhorar a qualidade das águas em função dos seus principais usos; - Decreto-Lei n.º 243/2001, de 5 de Setembro: Regula a qualidade da água destinada ao con-sumo humano e tem por objectivo proteger a saúde humana dos efeitos nocivos resultantes de qualquer contaminação da água destinada ao consumo humano, assegurando a sua sa-lubridade e limpeza (Este diploma transpõe para o direito interno a Directiva n.º 98/83/CE, do Conselho, de 3 de Novembro, relativa à qualidade da água destinada ao consumo humano); - Decreto-Lei n.º 306/2007, de 27 de Agosto: Estabelece o regime da qualidade da água destinada ao consumo humano, procedendo à revisão do Decreto -Lei n.º 243/2001, de 5 de Setembro, que transpôs para o ordenamento jurídico interno a Directiva n.º 98/83/CE, do Con-selho, de 3 de Novembro, tendo por objectivo proteger a saúde humana dos efeitos nocivos resultantes da eventual contaminação dessa água e assegurar a disponibilização tendencial-mente universal de água salubre, limpa e desejavelmente equilibrada na sua composição; - Decreto-Lei n.º 382/99, de 22 de Setembro: Estabelece as normas e os critérios para a delimitação de perímetros de protecção de captações de águas subterrâneas destinadas ao abastecimento público, adiante designados por perímetros de protecção, com a fi nalidade de proteger a qualidade das águas dessas captações; - Lei n.º 58/2005, de 29 de Dezembro: Aprova a Lei da Água, transpondo para a ordem jurídica nacional a Directiva n.º 2000/60/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 23 de Outu-bro, e estabelecendo as bases e o quadro institucional para a gestão sustentável das águas; - Decreto-Lei n.º 226-A/2007, de 31 de Maio: Procede à aprovação de um novo regime sobre as utilizações dos recursos hídricos; - Portaria n.º 1450/2007, de 12 de Novembro: Fixa as regras para aplicação do Decreto-Lei n.º 226-A/2007de 31 de Maio; - Decreto-Lei n.º 152/1997, de 19 de Junho: Dispõe relativamente à recolha, tratamento e des-carga de águas residuais urbanas no meio aquático, procedendo à transposição para o direito interno da Directiva n.º 91/271/CEE, do Conselho, de 21 de Maio de 1991; - Decreto-Lei n.º 149/2004, de 22 de Junho: Procede a alterações ao Decreto-Lei n.º 152/97, de 19 de Junho; - Lei n.º 50/2006, de 29 de Agosto: Aprova a lei-quadro das contra-ordenações ambientais. Serralheiro Civil: Operações de detecção de defi ciências e avarias; reparação e manutenção de viaturas automóveis. – Execução de estruturas metálicas para edifícios, pontes e caixilharias; interpretação de desenhos e outras especifi cações técnicas; corte de materiais com serrotes manuais e mecâ-nicos; execução de ligações de elementos metálicos, por soldadura, parafusos ou rebites.5. Avaliação curricular:Na avaliação curricular serão considerados e ponderados os seguintes factores: habilitação académica de base, formação profi ssional e experiência profi ssional.6. Entrevista profi ssional de selecção:A entrevista profi ssional de selecção avaliará, numa relação interpessoal e de forma objectiva e sistemática, as aptidões profi ssionais e pessoais dos candidatos.7. Critérios de avaliação e sistema de classifi cação fi nal: A classifi cação fi nal dos candidatos será a resultante da média aritmética simples das classifi -cações obtidas nos diferentes métodos de selecção.Os critérios de apreciação e ponderação da entrevista profi ssional de selecção e da avaliação curricular, bem como o sistema de classifi cação fi nal, incluindo a respectiva fórmula classifi -cativa, constam de actas de reuniões das Comissões de Selecção, que serão facultadas aos interessados sempre que solicitadas.8. Prazo para apresentação das candidaturas: Até ao dia 11 de Dezembro de 2007, inclusive.9. Candidatos com defi ciência: O candidato com defi ciência terá preferência em caso de igualdade de classifi cação, nos ter-mos do Decreto-Lei nº 29/2001, de 3 de Fevereiro. 10. Formalização das candidaturas:Em requerimento dirigido ao Presidente da Câmara Municipal de Mértola, Praça Luis de Ca-mões, 7750-329 Mértola, podendo ser remetidas pelo correio até ao termo do prazo fi xado, sob registo e com aviso de recepção, ou entregues pessoalmente na Divisão de Recursos Humanos desta Câmara Municipal, devendo conter a identifi cação completa do candidato (nome completo, data de nascimento, naturalidade, fi liação, número e data do Bilhete de Iden-tidade e serviço que o emitiu, número de contribuinte fi scal e morada completa), identifi cação do processo de selecção a que se candidata e a declaração da posse dos requisitos exigidos, com referência ao Jornal onde este aviso for publicado.11. Os candidatos com defi ciência devem declarar, no requerimento de admissão, sob com-promisso de honra, o respectivo grau de incapacidade e tipo de defi ciência, bem como todos os elementos necessários à adequação do processo de selecção às respectivas capacidades de comunicação/expressão.12. Documentos que devem acompanhar o requerimento:- Documento comprovativo das habilitações literárias;- Fotocópia do Bilhete de Identidade e do cartão de contribuinte fi scal;- Curriculum Vitae devidamente assinado, circunstanciado e documentado (para Arquitecto e Técnico Superior a área do Ambiente);- Documento comprovativo da formação profi ssional ou da experiência na profi ssão, de dura-ção não inferior a 3 anos (para Mecânico).13. Foi consultada a BEP – Bolsa de Emprego Público, que declarou a inexistência de pessoal em Situação de Mobilidade Especial para o desempenho de funções de Técnico Superior na área do Ambiente. Os procedimentos de selecção para reinício de funções de Arquitecto e de Mecânico, de pessoal em Situação de Mobilidade Especial, fi caram desertos por falta de concorrentes.

Câmara Municipal de Mértola, 27 de Novembro de 2007O Vereador com competências delegadas,

(assinatura ilegível)- Jorge Paulo Colaço Rosa -

Apurados: Vasco da Gama; Guadiana de Mértola; Moura AC; Al-

vito; FC São Marcos; Entradense; Desportivo de Beja; Ferreirense; Piense; Santa Clara-a-Nova; Despertar; FC Castrense; Cabeça Gorda e Messejanense

RICARDO QUARESMA CERTO NA LUZ O extremo Ricardo Quaresma é uma

certeza no 11 que Jesualdo Ferreira vai apresentar no Estádio da Luz, depois do “cigano de ouro” não ter visto o quinto amarelo da época diante do Vit. Setúbal.

LEÕES QUEREM VOLTAR AOS TRIUNFOS Depois de duas jornadas sem vencer,

o Sporting quer regressar aos triunfos no campeonato diante do “lanterna vermelha” U. Leiria. Jogo no domin-go, 2 de Dezembro, às 19h15 (TVI).

CASA CHEIA PARA A RECEPÇÃO AO DRAGÃO O Benfi ca espera um Estádio da Luz cheio

de adeptos encarnados no apoio à equipa, que este sábado, 1 de Dezembro, defronta o líder FC Porto. O “clássico” está agenda-do para as 19h45 (SportTv 1).

13CORREIO DESPORTIVO sexta-feira2007.11.30

FUTEBOL • MODALIDADES • CLUBES • ASSOCIAÇÕES • DESPORTO ESCOLAR

TAÇA DO DISTRITO AF BEJA

ELIMINATÓRIA | 1

Vasco da Gama - Negrilhos ............................5-0 Aldenovense - Guadiana de Mértola ..............1-2 Baleizão - Moura AC ......................................1-4 Alvito - São Domingos ...................................4-1 FC São Marcos - Salvadense ...........................3-0 Alvorada de Ervidel - Entradense ....................1-2 Desportivo de Beja - Odemirense....................2-0 Ferreirense - CD Almodôvar ...........................1-0 Piense - Barrancos ..........................................2-0

Santa Clara-a-Nova - Milfontes ......................3-2 Despertar - FC Serpa ......................................1-0 Bairro da Conceição - FC Castrense ................0-3 Cabeça Gorda - Renascente ...........................2-0 Rosairense - Messejanense .............................0-1

* após prolongamento

série F III DIVISAO

JORNADA | 10

Beira Mar MG - Barreirense ............................0-1 Fabril do Barreiro - Lusitano de Évora .............2-2 Quarteirense - Aljustrelense ............................1-1 Silves - Imortal ...............................................2-0 FC Ferreiras - Campinense ..............................1-2 U. Montemor - Amora ...................................0-0 Cova da Piedade - Almansilense .....................1-2

J V E D M-S P 1 Campinense 10 6 2 2 20-12 20 2 Almansilense 10 4 5 1 13-10 17 3 Lusitano Évora 10 4 3 3 14-14 15 4 Aljustrelense 10 4 3 3 17-14 15 5 Barreirense 9 4 3 2 15-09 15 6 Cova Piedade 10 4 2 4 12-13 14 7 FC Ferreiras 10 3 4 3 16-12 13 8 Quarteirense 10 3 4 3 08-09 13 9 U. Montemor 10 3 3 4 13-18 12 10 Beira Mar MG 10 2 5 3 11-11 11 11 Imortal 9 2 4 3 16-16 10 12 Fabril Barreiro 10 2 4 4 13-16 10 13 Silves 10 2 4 4 12-15 10 14 Amora 10 2 2 6 09-20 8

Próxima Jornada | 02.12.2007 Beira Mar MG-Fabril do Barreiro, Lusitano de Évora-

Quarteirense, Aljustrelense-Silves, Imortal-FC Ferreiras, Campinense-U. Montemor, Amora-Cova da Piedade e Barreirense-Almansilense

MANUEL MACIAS NA SELECÇÃO NACIONAL DE CANOAGEM

O mertolense Manuel Macias está convocado para o primeiro estágio da época da selecção nacio-nal de canoagem no escalão de cadetes. O jovem canoísta do Clube Náutico de Mértola (CNM) foi chamado pelos responsáveis federativos depois de no passado sábado, 24, ter alcançado a segunda posição na prova de K1 durante o I Controlo Nacional de Cadetes e Juniores. A prova realizou-se em Montemor-o-Velho e contou com a participação de mais quatro atletas do CNM, além de Manuel Macias. Os cadetes Gonçalo Ferreira e Daniel Guerreiro foram, respectivamente, 12ª em K1 e 5º em C1, enquanto que Bruno Vitória alcançou o 4º lugar na prova de C1 para juniores e Rafael Luz foi 11º em K1, também em juniores.

Voleibol

Moura VC em torneio ibéricoArranca este sábado, 1 de Dezem-bro, a segunda edição do Torneio Transfronteiriço de voleibol, uma iniciativa da responsabilidade da Associação de Voleibol de Évora e da espanhola Federação Estre-menha de Voleibol que conta com a participação de seis equipas. Entre estas conta-se o Moura Vó-lei Clube (MVC), que parte para a prova com o único propósito de “dar competição aos seus jogado-res”, segundo revela ao “Correio Alentejo” o tesoureiro do clube, António Alvarinho. No sábado, na jornada inaugural do torneio, os mourenses jogam em casa com os espanhóis do Navalvillar de Pela.

Futebol

Chicotada no AldenovenseManuel Pepe abandonou esta se-mana o cargo de treinador do Al-denovense. O técnico não resistiu à onda de maus resultados do em-blema da Margem Esquerda no campeonato distrital da 1ª divisão e acabou por “bater com a porta” após a eliminação da equipa na primeira eliminatória da Taça do Distrito de Beja às mãos do Gua-diana de Mértola. De momento, não se conhece ainda o sucessor de Manuel Pepe no comando téc-nico do Aldenovense, que ocupa a 10ª posição no “Distritalão”, com cinco pontos, e joga este domingo, 2 de Dezembro, em casa, com o Desportivo de Beja.

Atletismo

Bejensesno AlgarveA Associação de Atletismo de Beja convocou 30 atletas do distrito para o Encontro Algarve – Beja – Andaluzia em Corta-Mato Jo-vem, que se realiza este sábado, 1 de Dezembro, em Olhão. Foram convocados, entre outros, os ini-ciados Carlos Valério (NARM), An-tónio Vilhena (Entradense), Bruno Isidoro (BAC), Miguel Ferreira (JDN), Marco Guerreiro (NARM), Mafalda Mestre (BAC), Tânia San-tiago (Entradense), Ana Catarina Dias (Odemira), Daniela Teixeira (NARM) e Helena Seca (Moura); e os juvenis Tiago Baião (BAC), Tiago Rodrigues (NARM), Jorge Fialho (Moura), Ruben Borges (NARM), João Figueiredo (Alvito), Rita Guerreiro (Odemira), Bárba-ra Resende (BAC), Maria Sambé (Moura, Rute Silva (BAC) e Elisa Contreiras (JDN).

O sportinguista Carlos Silva e a bracarense Adélia Elias foram os grandes triunfadores da 15ª edi-ção do Cross dos Cavaleiros, que se realizou no passado domingo, 25, em Vale de Santiago (Odemira). A prova, organizada pela Câmara de Odemira e Núcleo Desportivo e Cultural de Odemira (NDCO), jun-tou 227 atletas em representação de 35 equipas de todo o país e as-sinalou, igualmente, a estreia das provas de corta-mato no calendá-rio de 2007-2008 da Associação de Atletismo de Beja.

Além de Carlos Silva (Sporting) e Adélia Elias (Sp. Braga) no escalão de absolutos, triunfaram também em Vale de Santiago Carlos Calado (Olímpico de Lagos), Pedro Pessoa

Atletismo. Atleta masculino do Sporting mais forte na prova realizada domingo, 25, em Vale de Santiago

Leão vence nos CavaleirosCarlos Silva (Spor-

ting) e Adélia Dias (Sp. Braga) triunfaram na prova de absolutos do 15º Cross dos Cavaleiros.

(Reboleira), José Louro (Câmara Municipal de Setúbal), Silvestre Gomes (JDN – Juventude Despor-tiva das Neves), João Portela (Os Portelas) e Anabela Pereira (Maríti-mo) em veteranos; Celso Graciano (BAC – Beja Atlético Clube) e Maria Chinita (Alturense) em juniores; Tiago Pereira (Faro) e Rita Guer-reiro (NDCO) em juvenis; Carlos Valério (NAR Messejana) e Mafalda Mestre (BAC) em iniciados; André

Queimada (JDN) e Rosário Silva (NAR Messejana) em infantis; Bru-no Frutuoso (Luzense) e Vitória Alves (Igreja Nova) em benjamins B; e João Alfeirão (NDCO) e Cátia Guerreiro (NAR Messejana) em benjamins A.

Colectivamente, o Luzense foi a equipa mais forte na 15ª edição do Cross dos Cavaleiros somando 122 pontos, mais 18 que a JDN e mais 20 que o NDCO.

Saltos e barreiras com pouca afl u-ência. Foram apenas 26 os atle-tas que no passado sábado, 24, se apresentaram na pista do Comple-xo Desportivo Fernando Mamede, em Beja, para o Torneio de Saltos Verticais e Barreiras promovido pela Associação de Atletismo de Beja.

No sector feminino, triunfa-ram nos 60 metros barreiras Ma-ria Cesário Silva (NAR Messejana) em infantis, Angelina Rocha (Sp. Cuba) em iniciados, Inês Bartolo-meu (NAR Messejana) em juvenis e Rute Limpo (JDN) em absolutos, enquanto que no salto em altura venceram Amália Costa (JDN) em iniciados e Mariana Oliveira (Zona Azul) em absolutos.

Por seu lado, no sector mascu-lino venceram nos 60 metros bar-reiras Diogo Calado (Sp. Cuba) em infantis, João Silvestre (Sp. Cuba) em iniciados, Luís Landeiro (JDN) em juvenis e Rafael Ferro (JDN) em absolutos. No salto em altura festejaram a vitória Afonso Matias (JDN) em iniciados e Diogo Varela (NAR Messejana) em absolutos.

Sportinguista Carlos Silva dominou Cross dos Cavaleiros

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Serpa

“Valsa n.º 6” por BAAL 17A companhia de teatro BAAL 17, sedeada em Serpa, tem em cena a sua nova produção. Estreada esta quinta-feira, 29, “Valsa n.º 6” vai estar em palco no cine-teatro de Serpa esta sexta-feira, 30, e tam-bém nos dias 1, 2, 6, 7 e 8 de De-zembro. Resultado de uma parce-ria com as companhias brasileiras Vulpeculae e Pedra Que Brilha, a “Valsa n.º 6” tem por base um mo-nólogo escrito por Nelson Rodri-gues, sendo encenada pelo fi lho do autor . A interpretação está a cargo de Telma Saião.

CULTURA • EXPOSIÇOES • ESPECTÁCULOS > teatro | cinema | música | tv | radio | video] • GENTES • MODA • SAÍDAS > festas | discotecas] • PRAZERES > viagens | restaurantes | livros] • SERVIÇOS> farmácias | telefones úteis ] • TEMPO

sexta-feira2007.11.30 14

CASTRO VERDE FESTEJA CINEMA “Memórias Vivas do Cinema” é o

espectáculo que assinala esta sexta-feira, 30, às 21h30 no cine-teatro de Castro Verde, o aniversário do boletim “Lumiére”.

“AS VELHAS” NO PAX JULIA A companhia de teatro Arte Pública

apresenta esta quinta-feira, 6 de De-zembro, no Teatro Pax Julia, em Beja, a peça “As Velhas”, que estará em cena até sábado, 8, sempre às 22h00.

FEIRA DO VINHO ANIMA VILA DE PIAS A vila de PIas recebe este fi m-de-semana,

entre 30 de Novembro e 2 de Dezembro, a Feira do Vinho. A iniciativa é promovida pela Junta de Freguesia local, com o apoio da Câmara Municipal de Serpa.

Cantadores de Al-deia Nova de São Bento e Os Alentejanos parti-cipam no I Encontro da Rede Internacional de Municípios pela Cultu-ra, em São João del-Rei.

Cultura. I Encontro da Rede Internacional de Municípios realiza-se na cidade de São João del-Rei

Músicos de Serpaactuam no Brasil

Uma delegação de 34 pessoas em representação do Alentejo estão desde quarta-feira, 28,

no Brasil a representar Portugal no I Encontro da Rede Internacional de Municípios pela Cultura. A iniciativa, que termina este sábado, 1 de De-zembro, decorre na histórica cidade mineira de São João del-Rei, capital brasileira da Cultura em 2007.

O Alentejo está em destaque com a apresentação de dois grupos de música de Serpa: o Rancho dos Cantadores de Aldeia Nova de São Bento e Os Alentejanos. Os partici-pantes do evento poderão assistir também a um espectáculo luso-brasileiro-espanhol, em que a tra-dicional viola campaniça, nas mãos de Pedro Mestre, se encontra com a viola caipira brasileira, animando cantores e dançarinos dos três pa-íses.

“Vejo com muito bons olhos esta proximidade e este intercâmbio com cidades de Portugal e de outros paí-ses. É fundamental a troca de experi-ências para que cada uma conheça

GUI’ ARTE

GUIA CULTURAL

CINEMA | 7

ALMODÔVAR Cine-teatro Municipal

Ultimato Sexta | dia 30 | 21h30

BEJA Pax Julia Teatro Municipal

Delírios Segunda | dia 3 | 21h30

CASTRO VERDE Cine-teatro Municipal

Ultimato Sábado | dia 1 | 21h30

FERREIRA DO ALENTEJO Centro Cultural Manuel da Fonseca

Stardust - O Mistério da Estrela Cadente Sexta a domingo | dias 30 a 2 | 21h00

MÉRTOLA Cine-teatro Marques Duque

Ultimato Sexta | dia 30 | 21h30

MOURA Cine-teatro Caridade

Os Seis Sinais da Luz Sábado e domingo | dias 1 e 2 | 21h45

SERPA Cine-teatro Municipal

Mandela: Meu Prisioneiro, Meu Amigo Terça | dia 4 | 21h30

EXPOSIÇÕES | 8

ALJUSTREL Espaço Ofi cinas

Até 2 de Dezembro “Alqueva – Paisagem que Muda, Povo que

Espera”, fotografi a de Miguel Proença

ALMODÔVAR Galeria da Praça

Até 16 de Dezembro Exposição de pintura de Romão Peres

BARRANCOS Posto de Turismo

Até 15 de Dezembro Exposição colectiva de artistas plásticos de

Barrancos

BEJA Museu Episcopal/ Igreja dos Prazeres

Até 30 de Dezembro “Nas Asas da Aurora”

Museu Jorge Vieira, Galeria dos Escu-deiros e Casa da Cultura

Até 20 de Dezembro “XV Galeria Aberta”, exposição de pintura

Galeria da EDIA Até 19 de Dezembro “Arte Numa Perspectiva Diferente”, expo-

sição de pintura

CASTRO VERDE Museu da Lucerna

Até 16 de Dezembro “Sob o Signo de Baco”, pintura de Joa-

quim Rosa

MÉRTOLA Casa das Artes Mário Elias

Até 13 de Dezembro “Asas de Cor - Pintossauros e Osgossau-

ros”, pinturas de Margarida

a cultura da outra”, disse à Agência Lusa a secretária de Cultura de São João del-Rei, Lúcia Helena Bortolo de Rezende.

Segundo a secretária, o objectivo do evento é focalizar questões como a diversidade cultural, o desenvolvi-mento e a preservação de manifesta-ções culturais e artísticas e valorizar as culturas locais.

O projecto da Rede Internacional de Municípios pela Cultura iniciou-se na gestão do presidente da Câma-ra de Serpa, João Rocha, no Festival de Cultura em 2006.

Do Brasil, além da anfi triã São João del-Rei, estão presentes os municípios de Ouro Preto, Olinda, Congonhas, Itabira, Santa Bárbara e Itabirito, assim como a Associação das Cidades Históricas de Minas Gerais.

Além da música, durante o evento estão programadas palestras, deba-tes, espectáculos artísticos, exibição de fi lmes e mostra de fotografi as. Além disso, será montado um mer-cado cultural, com stands onde cada cidade vai apresentar alguns traços da sua cultura.

Serpa é um dos municípios presentes no I Encontro da Rede Internacional de Municípios pela Cultura

TEATRO | 2

BEJA Pax Julia Teatro Municipal

“As Velhas”, por Arte Pública Quinta | dia 6 | 22h00

SERPA Cine-teatro Municipal

“A Valsa n.º 6”, por BAAL 17 Sexta a Domingo | dias 30 a 2 | 21h30

MÚSICA | 1

ALJUSTREL Cine Oriental

Concerto com as bandas fi larmónicas de Aljustrel e Nisa

Sábado | dia 1 | 16h30

Na altura, Portugal, Brasil, Cabo Verde, Espanha, Guatemala e Bulgá-ria fi rmaram um compromisso para promover a valorização do patrimó-nio cultural material e imaterial atra-vés de um intercâmbio entre as suas cidades.

O I Encontro da Rede Interna-cional de Municípios pela Cultura conta com as presenças de políticos, agentes culturais e artistas de cida-des portuguesas como Serpa e Ca-minha. De Espanha, estão represen-tadas Punta Úmbria e Cortegana, e de Cabo Verde, S. Vicente.

Beja

Taça de dança no sábadoO pavilhão da Escola de Santa Maria, em Beja, recebe este sába-do, 1 de Dezembro, a fi nal da Taça de Portugal de Dança Desportiva, nos estilos “latinas” e “clássicas”. A iniciativa, com início agendado para as 14h00, é da responsabili-dade da Sociedade Filarmónica Capricho Bejense, sob orientação da Federação Portuguesa de Dan-ça Desportiva e com os apoios da Associação de Setúbal de Dança Desportiva, Câmara de Beja, Jun-ta do Salvador, Região de Turismo Planície Dourada e INATEL.

Aljustrel

Figueira Mestre apresenta livroJoaquim Figueira Mestre, director da Biblioteca Municipal José Sara-mago (Beja), apresenta esta quin-ta-feira, 6 de Dezembro, em Aljus-trel, o seu mais recente tomance, A Imperfeição do Amor. A iniciativa vai ter lugar na Biblioteca Muni-cipal de Aljustrel, pelas 21h30, e decorre no âmbito dos “Encontros com a Escrita”, uma iniciativa que a biblioteca da vila das minas tem vindo a promover regularmente nos últimos anos e que já levou a Aljustrel destacados escritores re-gionais e nacionais.

Alvito

Exposição de brinquedosÉ inaugurada às 18h00 desta se-gunda-feira, 3 de Dezembro, no Centro Cultural de Alvito, a expo-sição “O meu brinquedo – A Cria-tividade da Criança Africana”. A mostra, cedida pela OIKOS, estará patente até ao dia 30 de Dezembro e é composta por 76 brinquedos originais construídos por crianças africanas, constituindo “um dos muitos contributos para compa-rar, encurtar distâncias e provocar intercâmbios entre as culturas das crianças de alguns países africa-nos e a das crianças europeias”.

sexta-feira2007.11.3015GUI’ ARTE

Entre os dias 30 de Novembro e 2 de Dezembro, a vila alentejana de Safara será palco de um fi m-de-se-mana taurino, com a realização de diversas actividades, das quais se destacam um colóquio e uma ex-posição de fotografi a taurina.

O colóquio terá lugar no primei-ro dia, sexta-feira, 30, às 21h00, terá como palco a sede do Grupo União Safarense e o tema “Tauromaquia em Portugal: Que Futuro?”, e con-tará com as presenças de Vasco Du-

Fim-de-semana taurinona vila de Safara

O Sindicato Nacional dos Tou-reiros divulgou recentemente as suas estatísticas relativas à temporada 2007. Aqui fi cam os números relativos ao número de espectáculos realizados, às actu-ações dos cavaleiros de alterna-tiva e actuações dos grupos de forcados

Número de espectáculos: Corridas à portuguesa – 171 Variedades taurinas – 50 Corridas a pé e/ou mistas – 46 Festivais – 32 Novilhadas populares – 12 Garraiadas – 4 Novilhadas – 3

Cavaleiros de alternativa:Luis Rouxinol (54 corridas); João Moura (49); Vítor Ribeiro (45); Ana Batista (44); João Salgueiro e Joaquim Bastinhas (43); Rui Salvador (42); Sónia Matias (36); António Telles (35); António Brito Paes (32); Gilberto Filipe (29); João Moura Caetano (26); Tito Semedo e Filipe Gonçalves (24); Manuel Telles Bastos (23); Carlos Alves (19); José Manuel Duarte (18); Manuel Caetano (12); José Cortes (11); Francisco Núncio (10); Gastón Santos (9); Rui San-tos e Tiago Pamplona (7); Anastá-cio Batista Duarte e Jason Palma (2); Carlos Manuel Fonseca, João Cerejo, João Telles, João Zúquete, Miguel Duarte, Paulo Caetano e Rogério Travessa (1).

Grupos de forcados:Vila Franca de Xira (38); Monte-mor (31); Cascais (27); Évora (26); Santarém (24); Coruche (21); Lisboa (20); Aposento da Moita e Póvoa de São Miguel (19); Portalegre e São Manços (17); Alcochete (16); Aposento da Chamusca e Monforte (15); Académicos de Elvas (14); Moura, Moita e Tertúlia Terceirense (11); Aposento do Barrete Verde de Alcochete, Caldas da Rainha, Pihal Novo e Safara (10); Cuba e Tomar (9); Agualva-Cacém, Alter do Chão e Salvaterra de Magos (8); Amareleja, Chamusca e Monsaraz (7); CT Alen-querense e Montijo (6); Aposento do Alandroal, Azambuja, TT Monti-jo e Redondo (5); Alandroal, Campo Maior e Coimbra (4); Benavente, Ribatejo, Santa Eulália e Turlock (3), Bencatel, Loures e Setúbal (2); Ar-ronches, Vila Boim, Granja e Real Tertúlia Tauromáquica (1)

Sindicato Nacional dos Toureiros divulga números de 2007

A Rede para a Defi ciência do Dis-trito de Beja (RDDB) promove esta segunda-feira, 3 de Dezembro, al-gumas iniciativas, no sentido de as-sinalar no Baixo Alentejo as come-morações do Dia Internacional da Pessoa com Defi ciência.

Exposições, encontros-debate e actividades desportivas são algumas das acções programadas pela RDDB, que engloba o Centro Distrital de Se-gurança Social de Beja, a Associação de Paralisia do Concelho de Ode-mira (APCO), o Centro de Paralisia Cerebral de Beja (CPCB), a APPACD de Moura (APPACDM), a Cercibeja, a Cercicoa (de Almodôvar), a Asso-ciação para o Emprego e Defi cientes do Alentejo, a Direcção Regional de Educação do Alentejo, o Instituto de Emprego e Formação Profi ssional, e a Administração Regional de Saúde do Alentejo.

O programa da RDDB para assi-nalar ao Dia Internacional da Pes-soa com Defi ciência arranca já esta sexta-feira, 30, na Biblioteca Muni-cipal de Odemira, com a primeira

Solidariedade. Rede para a Defi ciência do Distrito de Beja promove várias iniciativas

Dia da Defi ciência assinalado no distrito

Exposições, encon-tros-debate e activi-dades desportivas são algumas das iniciativas preparadas pela Rede para a Defi ciência do Distrito de Beja.

tauromaquiacrítico tauromáquico*

VÍTOR BESUGO*

edição do encontro “Participação e Defi ciência: Boas Práticas para a Inclusão”.

Por sua vez, na segunda-feira, 3 de Dezembro, terá lugar no Com-plexo Desportivo Municipal de Almodôvar a iniciativa “Modalida-des para Todos – Desporto e Recre-ação, Medidas para Habilitação”, enquanto que o Parque de Feiras e Exposições de Beja será a meta da caminhada “Caminhar num Mun-do sem Barreiras”, promovida pela Cercibeja.

Ainda na segunda-feira, mas em Moura, a APPACDM dinamiza, jun-tamente com as escolhas básicas do concelho mourense, a iniciativa “Montagem da Árvore de Natal”, no

âmbito da qual será apresentada a nova mascote da instituição.

As comemorações do Dia Inter-nacional da Pessoa com Defi ciência no distrito de Beja terminam no dia 10 de Dezembro, em Odemira, com a acção lúdico-pedagógica “Cons-truir um Novo Mundo sem Barrei-ras”, que envolverá os alunos da APCO e dos jardins-de-infância do município.

Paralelamente, e também inse-rida neste leque de actividades de promoção da igualdade e inclusão, a galeria de exposições da EDIA, em Beja, tem patente até ao dia 19 de Dezembro a mostra “Arte Numa Perspectiva Diferente”, da autoria dos utentes do CPCB.

CÂMARA MUNICIPAL DE MÉRTOLAEDITAL N.º 234/07

Correio Alentejo n.º 85 de 30/11/2007 Única Publicação

JORGE PAULO COLAÇO ROSA, Vice-Presidente da Câmara Municipal de Mértola, em cumprimento da de-liberação tomada em reunião de Câmara realizada em 22.11.2007:TORNA PÚBLICO, que conforme programa de concur-so e caderno de encargos aprovados em reunião de Câmara de 04.04.2007 e deliberação da Assembleia Municipal de 24.04.2007, está aberto concurso público para venda de 2 (dois) lotes de terreno para construção urbana no Loteamento Municipal ZE2 em Mértola, nas seguintes condições: 1 – Modalidade – HASTA PÚBLICA, a realizar no dia 13 de Dezembro de 2007, pelas 10h30, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, á Praça Luís de Camões em Mértola; 2 – A base de licitação para a venda dos lotes de terre-no é a seguinte: Lote 4 – destinado a construção urbana, com a área de 877,5m2, €17.500 (dezassete mil e quinhentos euros); Lote 5 – destinado a construção urbana, com a área de 832,5m2, €17.500 (dezassete mil e quinhentos euros);3 – Os lanços mínimos serão de €250,00 (duzentos e cinquenta euros) ou seus múltiplos; 4 – Todos os interessados deverão formalizar uma co-municação simples, devidamente datada e assinada, dirigida ao Vice-Presidente da Câmara, informando que pretende candidatar-se ao concurso de compra de um lote de terreno para construção urbana no Loteamen-to Municipal ZE2 em Mértola, onde se identifi ca com

nome, idade, estado civil; n.º do Bilhete de Identidade e n.º Identifi cação Fiscal, morada, profi ssão e local onde é exercida, acompanhada de fotocópia do Bilhete de Identidade; 5 – Os interessados que não apresentem candidatura podem comparecer na hasta pública e participar na lici-tação desde que munidos com os documentos pesso-ais, sendo atribuída preferência, em caso de igualdade de proposta, ao concorrente que apresentou proposta escrita antecipadamente; 6 – A adjudicação provisória far-se-á ao concorrente que melhor preço oferecer;7 – A adjudicação defi nitiva será efectuada na reunião ordinária da Câmara Municipal que imediatamente se seguir;8 –. Todos os interessados podem solicitar informações relativas ao concurso, no Serviço de Património da Câ-mara Municipal de Mértola, à Praça Luís de Camões, em Mértola, ou através do telefone 286 610 100; Para constar, se publica este e outros de igual teor aos quais vai ser dada a devida publicidade, mediante afi xação nos lugares de estilo e nos jornais “Diário do Sul” e “Correio Alentejo”.

Mértola, 27 de Novembro de 2007O Vice-Presidente da Câmara Municipal,

(assinatura ilegível)/Jorge Paulo Colaço Rosa/

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rão, José Fernando Pottier, António Ribeiro Telles, Luís Vital Procuna, Joaquim Alves e Maurício do Vale, que será o moderador.

No que se refere à exposição, a mesma estará patente no mesmo espaço e terá como tema “Olhares da Trincheira”, contando com a participação dos fotógrafos tauri-nos Fernando Henriques, Inácio Ramos Jr. e Rodrigo Tendeiro.

A entrada é livre e todos os afi -cionados poderão participar.

Distrito de Beja assinala inclusão social na segunda-feira

Luís Rouxinol

E AINDA...

ABUSADOR DE MENOR DETIDO EM OURIQUE. Um homem de 73 anos foi detido em fl agrante por prática de actos sexuais com um menor, em plena via pública, no fi m-de-semana, em Ourique. O sep-tuagenário foi detido sábado, 24, em fl agrante, na prática de actos sexuais com um menor, de 17 anos, numa das artérias da vila e vai aguardar julgamento em liberdade.

APPACDM FIRMA PROTOCOLO. A Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Defi ciente Mental de Moura (APPACDM) assina esta segun-da-feira, 3 de Dezembro, um protocolo com a Câmara de Moura. O acordo vai permitir que os utentes da APPACDM possam entrar “na vida activa, em serviços da autarquia mourense”.

FESTAS EM FERREIRA DO ALEN-TEJO. A Câmara de Ferreira do Alentejo promove a partir de sábado, 1 de Dezembro, mais uma edição das festas em honra de Nossa Senhora da Conceição. Os festejos terminam a 8 de Dezembro.

30.11.2007 MÁ

XIM

A

MÍN

IMA

TEMPO PARA HOJE. Céu limpo, aumentando a neblusidade para o fi m do dia. Pequena subida das temperaturas. Neblina ou nevoeiro matinal.

p.02 REGIÃO > Baixo Alentejo • p.06 ANÁLISES & OPINIÃO • p.08 DINHEIRO & NEGÓCIOS • p.13 CORREIO DESPORTIVO • p.14 GUI’ARTE • suplemento INSTITUTO POLITÉCNICO DE BEJA

17 06

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SÁBADO. [14H00] DANÇA DESPORTIVA EM BEJA Os amantes da dança desportiva

vão vibrar com a fi nal da Taça de Portugal, que se realiza no sába-do, na Escola de Santa Maria.

TERÇA. [15H00] SELECÇÃO SUB-16 EM CASTRO A selecção nacional de sub-16

defronta no Municipal 25 de Abril, em Castro Verde, a sua congénere da Geórgia.

Ficam concluídas esta sexta-feira, 30, as obras de construção da ter-ceira via de circulação no Itinerário Principal 2 (IP 2), num curto, mas importante, troço de 200 metros, que liga a saída de Beja, pela rua de Lisboa, à rotunda norte, vulgo “ro-tunda de Lisboa”.

Acessibilidades. Obra da Estradas de Portugal deve fi car concluída esta sexta-feira, 30

Terceira via para arotunda de Lisboa

Investimento de mais de 121 mil euros pretende colocar pon-to fi nal nos acidentes registados na zona.

MANUEL PEDRO GONÇALVES Presidente dos SAS do IPB

Temos a convicção que, se comerem no refeitório, os alunos [do IPB] terão uma alimentação equilibrada e racional. Situação que não acontece se fi zerem outras op-ções, baseadas, por exemplo, em sanduíches e refrigerantes.“

SEXTA

SUGERE...

sudokugrau de difi culdade > FÁCIL

6 5 1 4 8 7 1 9 6 9 4 8 6 3 8 5 3 9 4 8 4 9 5 2 7

3 7 2 6 8 5 9 1 4 4 8 6 9 1 7 5 2 3 5 1 9 3 4 2 8 6 7 9 5 4 1 7 8 6 3 2 7 2 8 5 6 3 1 4 9 6 3 1 2 9 4 7 5 8 8 6 3 7 2 1 4 9 5 1 4 5 8 3 9 2 7 6 2 9 7 4 5 6 3 8 1

solução

INSTRUÇÕES DO JOGOCompletar a grelha (de 9 quadrados) com 81 casas dispostas em 9 colunas alinhando as mesma com os números de 1 a 9, sem que repita nenhum número em cada coluna nem em cada quadrado.

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Cante Alentejano

MODA reúne no sábadoA MODA – Associação de Cante Alentejano promove este sába-do, 1 de Dezembro, a 9ª edição do encontro com os grupos corais associados. A iniciativa vai ter lugar entre as 9h30 e as 13h30 no auditório da delega-ção de Beja do Instituto Portu-guês da Juventude.

O encontro, que vai juntar na capital de distrito os respon-sáveis pelos grupos de cante alentejano associados à MODA, pretende analisar a actual situ-ação do cante alentejano e dos grupos corais, no sentido de ser feito “um diagnóstico capaz de traçar indicações para a elabo-ração dum projecto que susten-te, promova e dignifi que o cante alentejano e os seus protagonis-tas”.

Segundo apurou o “Cor-reio Alentejo” junto da MODA, durante a reunião serão igual-mente abordadas as “questões pertinentes” ao cante alenteja-no, nomeadamente o projecto “Cante Património Municipal”.

Acidentes à saída da rua de Lisboa irão diminuir drasticamente com a terceira via

“Esta obra consiste na elimi-nação da antiga saída em solução STOP, materializada numa via de acesso independente” explicou ao “CA” fonte da Estradas de Portugal (EP), que acrescentou tratar-se de uma obra orçada em 121.799 euros.

Esta terceira via vai colocar fi m ao desrespeito, irresponsabilidade e muita impunidade dos automo-bilistas, que utilizavam aquela ar-téria para deixar a cidade de Beja. Aliás, muitos foram os acidentes causados pela irresponsabilidade dos condutores, que, desrespei-tando o STOP existente no local, entravam no IP2, acabando por provocar alguns acidentes.

Os provocadores dos acidentes tiveram sempre razão e fi caram im-punes perante o não cumprimento da sinalização, pois ao entrarem no IP2 os automobilistas acabavam por ser embatidos nas suas viaturas pela traseira, nunca havendo forma de ser provado o seu desrespeito pelo sinal STOP.

Segundo apurou o “CA”, mui-tos foram aqueles que ouviram os agentes da Brigada de Trânsito da GNR dizer: “Bateu por trás, é o res-ponsável. Vai ter que pagar”.

Uma situação que vai deixar de suceder com a conclusão da tercei-ra via de acesso ao IP 2 na direcção da rotunda de Lisboa.