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L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 8O ANO 141

• P56 Compreender criticamente os sentidos e a intencionalidade do relato.

• P57 Trocar impressões.

• P45 Reconhecer os efeitos de sentido provocados pela combinação, no texto, de sequências narrativas, descritivas, expositivas, conversacionais, instrucionaisou argumentativas.

Para desenvolver a atividade do item a, converse com a turma para que todos troquem impres-sões sobre: Se a crônica e o relato usam o mesmo assunto, o que diferencia um do outro?Em que situações somos leva-dos a relatar um fato cotidiano? Com que objetivo? Qual a nossa

preocupação? A veracidade dos fatos ou a criação de situações literárias?O objetivo desta atividade nãoé elaborar uma classifi cação rí-gida a respeito das características dos gêneros, mas espera-se que os alunos percebam o lugar dos relatos de fatos do cotidiano e, de algum modo, como esses fatos

vão se transformando em material para a escrita de crônicas.Desenvolva o item b desta ativi-dade em pequenos grupos e pro-ponha uma socialização depois, para redigirem juntos uma lista de “características” que fazem de um texto uma crônica.Alguns dos aspectos do texto de Novaes estão indicados a seguir:

Busca informar sobre um fato que supostamente aconteceu.

Conta uma história, com base em fatos do cotidiano, mas

que não são necessariamente verídicos ou mesmo

verossímeis. A verossimilhança, na crônica, pode ser contar com o inverossímil, já que o exagero faz parte do gênero.

Cria detalhes da situaçãoque fortalecem,

exacerbam e tornam divertidas/emocionantesas situações contadas.

Usa os detalhes factuais do relato para fortalecer a sua

versão dos fatos.

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• P45 Reconhecer os efeitos de sentido provocados pela combinação, no texto, de sequências narrativas, descritivas, expositivas, conversacionais, instrucionaisou argumentativas.

Valorização do episódio, até mes-mo exacerbando fatos insignifi can-tes para dar ênfase à cena, como no trecho em que aproxima a odon-tologia a uma atividade da Idade Média e, a um só tempo, compara a cadeira do dentista a um ins-trumento de tortura (trecho 1).Uso da ironia, que dá o tom do humor na crônica, como na pas-

Presença de diálogo em toda a crônica. O diálogo e a fala pró-xima ao cotidiano, sem grandes tratamentos/elaborações, ga-rantem o caráter libertário da crônica que se ocupa em contar os fatos da vida que, na maior parte das vezes, são constituídos de diálogos. Ao abordar esse as-pecto da crônica, retome o texto

sagem em que ele sugere a aten-dente sentar na cadeira do den-tista e vivenciar a sua agonia de paciente (trecho 2).A narrativa como esquete de fi l-me como Indiana Jones, que dá à crônica um ar de aventura vivida, quando o que está sendo contado é “apenas” uma ida ao dentista (trecho 3).

Analogias absurdas, como cadeira de dentista e pau de arara, pessoas com dentes da frente de esquilo; duplo sentido das palavras – “canal” como parte do dente e canal como porção estreita de água, em geral, navegável; certo paralelismo nas construções: “a anestesia vai impedir a dor” e “eu vou impedir a anestesia”; a inversão de papéis – com a secretária e com o dentista; a ironia nos diálogos; a presença de sequências de fi lmes de aventura em outro contexto; o exagero das cenas e o inusitado do fi nal.

Possibilidade de resposta: A anestesia deveria impedir a dor, disse o dentista, e eu impedirei a anestesia, retruquei.Segurei fi rme o pulso do dentista. Ele fez pressão para alcançar minha pobre gengiva. Permaneci segurando seu pulso.Ele apoiou o joelho no meu baixo-ventre. Continuei resistindo, em posição defensiva. Ele subiu em cima de mim. Miserável! E gemi quase sem forças. Ele afastou a mão que agarrava seu pulso e desceu com a seringa. Lembrei-me de Indiana Jones e, num gesto rápido, desviei a cabeça. A agulha penetrou a poltrona. Peguei o esguichador de água e lancei-lhe um jato no rosto. Ele voltou com a seringa.Disse para ele não pensar que iria me anestesiar como anestesia qualquer um. Dei-lhe um tapa na mão.A seringa voou longe e escorregou pelo assoalho.Corremos os dois pra alcançá-la, caímos no chão, embolados, esticando os braços para ver quem pegava a seringa.Tapei-lhe o rosto com meu babador e cheguei antes.A situação se invertera: eu estava por cima.Disse-lhe que agora quem dava as ordens era eu.Ordenei-lhe que abrisse a boca. O dentista retrucou dizendo que não havia nada de errado com seus dentes. Falei que a mim ele não enganava, pois todo mundo tinha problemas dentários. Foi então que confessou que morria de medo da anestesia.Disse a ele que eu suspeitava disso, que era fácil ser corajoso com a boca dos outros e que queria ver ele continuar dentista na hora de abrir a própria boca. Levantei-me da cadeira e disse que ele não passava de um paciente.

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Antes da leitura da crônica de Machado, proponha a leitura (em diferentes aulas) das primeiras crônicas sugeridas no Momento crônico (ver texto de apresentação) que tematizam diferentes fatos cotidianos.

“Chatear e encher” – lido na in-trodução desta Unidade. Observe que o autor do texto usa a forma de diálogo, por excelência, para contar a situação.Fim inesperado (o dentista ter medo de anestesia), que agrega o caráter inusitado à situação.No item e, os alunos devem per-

ceber o efeito que o discurso di-reto confere ao texto: aproxima o leitor dos fatos. É como se o narra-dor saísse de cena por um instante e deixasse o leitor frente a frente com as personagens. Na crônica, em razão do registro de linguagem usado – informal, o diálogo provo-ca ainda maior proximidade com o

leitor e com a cotidianidade. Reto-me com eles as noções de discurso direto e indireto.Para iniciar a questão 2, leia até o artigo IV e proponha que os alunos continuem a leitura silen-ciosamente.

Essa crônica foi escrita em 4 de julho de 1883.

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Em relação ao item a, cabe res-saltar que o estatuto serve para regulamentar condutas de com-portamento em sociedade. A escrita da crônica na forma de estatuto provoca certo humor e possibilita que seus leitores pen-sem sobre determinada forma de se comportar em uma situação social. Para que possam com-

Gazeta de Notícias, que pretendia abordar aspectos da atualidade carioca, portanto, da vida social, no caso, o uso do transporte público. Retome com os alunos algumas informações do boxe so-bre a seção Balas de Estalo, para chamar a atenção sobre como o bonde era uma novidade para os moradores da cidade.

preender melhor essa escolha, proponha que os alunos pensem como fi caria o texto de Machado de Assis se fosse escrito como carta ou mesmo como uma crô-nica mais usual. Certamente, o humor perderia a força.É preciso também considerar o fato de que essa crônica foi publicada em um jornal, como a

• P41 Relacionar a crônica ao seu contexto de produção (interlocutores, fi nalidade, lugar e momento em que se dá a interação) e suporte de circulação original (objetos elaborados especialmente para a escrita, como livros, revistas, suportes digitais).

• P45 Reconhecer os efeitos de sentido provocados pela combinação, no texto, de sequências narrativas, descritivas, expositivas, conversacionais, instrucionaisou argumentativas.

• P44 Inferir, a partir de elementos presentes no próprio texto, o uso de palavras ou expressões de sentido fi gurado.

Porque, apesar de apresentar-se como um estatuto, seu objetivo não é regulamentar o uso do bonde, mas outro, literário, chamando a atenção, pelo uso inusitado do regulamento, para os problemas que os passageiros de bonde enfrentam, pela falta de bom senso e de educação de alguns usuários.

A forma da crônica é semelhante a de um estatuto.

Cheiro, odor desagradável, repugnante; fedor, catinga

Pelo contexto, Machado de Assis deve se referir a charutos de péssima qualidade, pois o cheiro incomoda aos demais. Uma bala não traria desconforto aos outros. Além disso, naquela época, diferentemente de hoje, era comum as pessoas fumarem nos transportes coletivos.

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• P50 Produzir crônica, levando em conta o gênero e seu contexto de produção, estruturando-o de maneira a garantir a relevância das partes em relação ao tema e aos propósitos do texto e a continuidade temática.

Faz-se necessário prever momentos para a revisão do texto produzido. As Orientações curriculares e proposição de expectativas de aprendizagem Ciclo II trazem sugestões importantes para aorganização desta atividade (ver p. 102-106).

Para auxiliar os alunos nesta pri-meira produção escrita, escreva com eles no quadro dois ou três artigos que sirvam como ponto de partida para a escrita dos próxi-mos. Por exemplo:• Artigo I – Da entrada no ônibus

A entrada no ônibus é um mo-mento crucial, especialmente, no início da noite, quando a maioria

volta para casa. A fi la deve ser obedecida, sendo garantidas as prioridades. Não é nada elegan-te achar que a própria pressa é maior que a dos demais.

• Artigo II – Do transporte de mochilasAs mochilas devem ser retiradas das costas durante a permanên-cia no ônibus. Não é de bom tom

acertar a cara ou as costas dos outros quando você se vira ou simplesmente anda no coletivo.

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Para desenvolver o item a, pro-mova uma conversa com os alu-nos sobre essa crônica. Seria inte-ressante propor questões, como: “Por que o tema abordado nacrônica se mantém atual, seja no Rio de Janeiro, seja em São Paulo?”. Esse problema não só continuou a existir nos últimos

que entopem bocas de lobo etc.É importante deixar os alunos à vontade para responderem, troca-rem impressões e opinarem sobre o texto. Comente com eles suas impressões sobre a crônica de Lima Barreto!

90 anos como se agravou, isso porque não foram dadas respostas efetivas para a questão e o cres-cimento desordenado das cidades piorou o quadro: pouca manuten-ção de áreas verdes que absorvam a água e ampliação das áreas de asfalto (que acumulam água); sujeira nas ruas e nos córregos

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L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 8O ANO 149

• P47 Aceitar ou recusar as posições ideológicas que reconheça nos textos que lê.

• P48 Trocar impressões com outros leitores a respeito dos textos lidos.

• P41 Relacionar a crônica ao seu contexto de produção (interlocutores, fi nalidade, lugar e momento em que se dá a interação) e suporte de circulação original (objetos elaborados especialmente para a escrita, como livros, revistas, suportes digitais).

No item b, destacar para os alu-nos a relação de proximidade que a crônica tem com os fatos coti-dianos, em especial os veiculados nos jornais. Posteriormente, serão aprofundados os aspectos carac-terísticos dessa relação crônica--jornal; agora ajude-os a pensar o que pode ter acontecido no Rio

de Janeiro, em 1915, que levou Lima Barreto a escrever a crôni-ca “As enchentes”. A partir daí, eles devem escrever a manchete e o lide de uma possível notícia sobre esses “fatos”, o que não será muito complicado, uma vez que já desenvolveram atividades sobre o gênero notícia.

As possibilidades de respostas são muitas. Por exemplo:

“Chuva deixa Rio de Janeiro em estado de atenção”

A chuva que caiu no úl-timo fi m de semana no Rio de Janeiro deixou a cidade em estado de atenção. Vários bairros

foram atingidos com inun-dações e famílias inteiras perderam seus bens por causa da água que inva-diu as residências.

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A década de 1970, época em que a crônica de Rubem Braga foi publicada, foi um período em que a televisão se disseminava nas cidades brasileiras. Não é de surpreender que tenha modifi ca-do signifi cativamente as rotinas

familiares e as relações sociais. A observação dessas mudanças pode ser considerada uma motiva-ção para esse texto. A tentativa de atualização do tema da crônica provavelmente levará a respos-tas referentes ao video game, à

internet, à televisão a cabo ou à aberta. Importa aqui levar os alunos a refl etir que uma das fi -nalidades da crônica é abordar assuntos contemporâneos, tendo como interlocutores o grande pú-blico de jornais e revistas.

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• P42 Estabelecer conexõesentre o texto e os conhecimentos prévios, vivências, crenças e valores.

• P46 Estabelecer relações intertextuais entre o texto e outros a que ele se refere.

• P41 Relacionar a crônica ao seu contexto (interlocutores, fi nalidade, lugar e momento em que se dá a interação) e suporte de circulação original (objetos elaborados especialmente para a escrita, como livros, revistas, suportes digitais).

No item a, é interessante destacar que ambos os pontos de vista (ne-gativo e positivo) em relação à TV estão no texto, dando ao assunto o tratamento do caráter contraditó-rio que os fatos sociais geralmente têm. O movimento do texto, des-tacar aspectos negativos no início e positivos no fi m, pode dar a en-tender que a ênfase recai sobre os

assiste na televisão, a de um fi lme de faroeste. Essa imitação se refere a uma crítica muito frequente à te-levisão: de que cria certas imagens e as apresenta como modelos a ser repetidos. Sobre isso, observe-se como a cada novela diferentes roupas, gestos, expressões etc. são lançados e copiados pelo público.

últimos, mas também pode indicar um elemento surpresa que o autor quis incluir (no meio intelectual, é comum falar mal da televisão, mas difícil reconhecer seus benefícios).Use o item b para debater com os alunos a infl uência da TV nos modos e costumes do público em geral. O cartum mostra um teles-pectador imitando a cena a que

X

Uma interpretação possível à imagem é o “controle remoto” que está no bolso do telespectador, no mesmo lugar que a arma do ator na TV. Pode-se pensar que o controle remoto (e, na época da crônica de Rubem Braga, o botão de desligar) funciona como a “arma” do telespectador para impor limites à infl uência da televisão. De certa forma, ele sempre pode desligar a TV ou mudar de canal. O cartum também brinca com a ideia de que o telespectador é passivo, imita o que vê na TV.

Na parte 1 do texto, o cronista tece considerações negativas e na parte 3, tece considerações positivas.

A década de 1970, época da publicação da crônica de Rubem Braga, foi um período em que a televisão se disseminava nas cidades brasileiras. Não é de surpreender que tenha modifi cado signifi cativamente as rotinas familiares e as relações sociais. A observação dessas modifi cações pode ter sido uma das motivações para a escrita do texto. A tentativa de atualização desse tema provavelmente levará a respostas referentes ao video--game, à internet, à TV a cabo ou à aberta. Importa aqui possibilitar que o aluno refl ita que uma das fi nalidades da crônica é abordar assuntos contemporâneos, tendo como interlocutor o grande público dos jornais e revistas.

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L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 8O ANO 153

Ainda é possível fazer referência ao tradicional programa de TV “Sessão Coruja” (posteriormente “Corujão”), que, de certa maneira, emprega a mesma metáfora para ressaltar a ideia de “se manter acordado”pela madrugada.

Espera-se que os alunos identi-fi quem que, na primeira parte, o autor apresenta os impactos ne-gativos da televisão, comumente levantados quando se faz críticas a esse meio de comunicação. Na terceira parte, ele assume uma posição contemporizadora das crí-

ticas negativas à TV e, para tan-to, divide o texto com asteriscos e usa um “mas” que introduz a conclusão, apontando argumentos positivos em relação ao veículo, invertendo a orientação argu-mentativa. Rubem Braga vale-se de um movimento argumentati-

vo bastante comum, em que os argumentos contrários à posição do autor são apresentados previa-mente, de forma que, ao se posi-cionar, ele deixa claro que está considerando todo o cenário de posições, mas sua fundamentação vai na direção contrária.

Resposta pessoal justifi cada

Ao relacionar a TV ao animal “coruja”, que tem hábitos noturnos, e ainda acrescentar o termo no diminutivo, o “apelido” corujinha da madrugada ganha uma conotação quase carinhosa para se referir à televisão. Em outras palavras, a TV acompanha os insones, pois não dorme, assim como a coruja, e é tão próxima das pessoas que carinhosamente ganha um diminutivo.

Cachoeiro de Itapemirim é uma cidade no interior do Espírito Santo. Ao colocar no plural, Braga parece querer generalizar os impactos da TV para outras pequenas cidades.

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• P47 Aceitar ou recusar as posições ideológicas que reconheça nos textos que lê.

• P53 Reconhecer oemprego de linguagemfi gurada e compreenderos sentidos conotados.

• P52 Identifi car possíveis elementos constitutivosda organização interna dacrônica: introdução, desenvolvimento e conclusão.

Possibilidade de resposta: Aspectos negativos da TV.Possibilidade de resposta: A TV provocando desentendimentos familiares.

Possibilidade de resposta: Aspectos positivos da TV.

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Proponha a leitura da crônica ”A bola”, de Luis Fernando Verissimo, disponível no Momento crônico, que também tematiza o desenvolvimento tecnológico e as mudanças no cotidiano.

Alguns estão marcados em vermelho no próprio texto.

A dinâmica das relações sociais reproduz o funcionamento de certo tipo de família em que o pai sai para trabalhar, a mãe fi ca em casa e, no caso da crônica, há o “mordomo invisível” que faz o serviço da casa. De certa forma, é possível pensar em uma crítica a essa confi guração familiar, já que, apesar do inusitado da situação, há uma sensação de mal-estar que a mãe deixa transparecer.

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• P46 Estabelecer relações intertextuais entre o texto e outros a que ele se refere.

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Comentários pessoais sobre o que leram na notícia e, eventualmente, sobre o jogo, caso algum aluno tenha assistido a ele e se lembre dele.

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No item d, garanta que o título criado pelos alunos sintetize o texto, algo como “Venceu, mas não convenceu”, “Vitória aperta-da”, “Podemos confi ar nessa se-leção brasileira?”.

Resposta pessoal

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• P44 Inferir, a partir de elementos presentes no próprio texto, o uso de palavras ou expressões de sentido fi gurado.

Primeiro tempo5 min – Goooooooolllll do Brasil, de Kaká, de chapéu!8 min. – Brasil bobeia do lado esquerdo e Zidan marca o primeiro gol do Egito, de cabeça!11 min. – Segundo goooollll do Brasil, de Luís Fabiano, de cabeça!32 min. – Perigo para o Brasil. Abou Terika teve uma boa chance de gol, mas se enrolou.Fim do primeiro tempo – Mais um gol do Brasil! Juan faz 3 a 1 depois de escanteio cobrado por Elano.

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Destaque o fato de que, em uma crônica como essa, o autor faz muito mais do que dar informa-ções sobre o jogo (como as que estão no quadro). Ele tece co-mentários, opina. Mas faz isso sem necessariamente ter de ar-gumentar de forma consistente,

como no artigo de opinião. Ele pode expressar sua subjetivida-de, seus medos e angústias sem tanto compromisso com a lógica argumentativa.Aproveite para explicar/reto-mar as conjunções adversati-vas. Em linhas gerais, você pode

comentar que elas encerram ideias de oposição, contraste.É como se algo fosse sendo afi r-mado em uma direção e o uso da conjunção adversativa preparas-se para a introdução de algo que vem na direção contrária/oposta.

O cronista faz uma brincadeira ao dizer “adverso leitor” e “adversativa leitora”, fazendo referência às conjunções adversativas. O “mases” do título é um plural inventado da conjunção “mas” (para provocar humor).

Segundo tempo8 min. – Gol de Shawky, segundo gol do Egito.9 min – O Egito empata 3 a 3 com gol de Zidan.Alteração no time brasileiro – saída de Robinho e entrada do Pato; sai Elano e entra Ramires e entra André Santos no lugar de Kléber.Marcação de pênalti – Kaká bate, goooooool do Brasil.Fim do jogo – 4 a 3 para o Brasil.

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O essencial no item h não é acer-tar com precisão o preenchimento do quadro, mas, tendo em vista um contexto, colaborar para a re-fl exão do aluno sobre o sentido da conjunção adversativa. Assim, são aceitáveis todas as respostas que respeitarem o contexto geral do texto e o sentido da oração orientado pela ideia de contraste.

• isso durou pouco.• a confi ança durou pouco.• logo veio um outro gol.

• não veio.• novamente estava errado.• não era um dia para

fazer previsões.

• o jogo fi cou equilibrado.• isso não ocorreu.

• O time dominava.• Trocava a bola perto da

grande área.

• Venceu• 4 x 3

X

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Com base em diferentes relatos sobre o mesmo fato – uma ida a um estádio –, os alunos podem perceber mais uma variável que torna bastante diversifi cadas as possibilidades de escrita das crô-nicas: a diferença de perspectivas e opiniões, também explorada nas atividades 4 e 6. Exiba o ví-deo que apresenta duas garotas

contando uma ida ao estádio de futebol, mas com opiniões con-trárias: uma adorou a experiência, a outra detestou. Antes do vídeo, proponha uma conversa sobre futebol, sobre o último jogo da seleção, enfi m, abra espaço para os alunos observarem que o fute-bol é campo fértil para a crônica.Retome com eles as diferentes

posições nos relatos do vídeo e proponha que, em grupos, escre-vam o início de uma crônica como se fossem uma das garotas. A es-crita da crônica (parágrafo inicial) possibilita que “brinquem” um pouco com as opiniões diversas e, ao compararem as produções dos grupos, pensem sobre as várias formas de contar o mesmo fato.

• P56 Compreender criticamente os sentidos e a intencionalidade do relato.

• P57 Trocar impressões.

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• P48 Trocar impressões com outros leitores a respeito dos textos lidos.

• P50 Produzir crônica, levando em conta o gênero e seu contexto de produção, estruturando-o de maneira a garantir a relevância das partes em relação ao tema e aos propósitos do texto e da continuidade temática.

• P51 Revisar e editar o texto focalizando os aspectos estudados na análise e refl exão sobre a língua e a linguagem.

Nesta atividade, os alunos escre-verão uma primeira crônica in-dividualmente, seguindo alguns elementos fornecidos pela crônica de Ferréz. Antes de ler o texto, pergunte-lhes se conhecem o au-tor, do qual alguns já devem ter ouvido falar, dada sua proximi-dade com o movimento Hip-Hop. Uma possibilidade é primeiro ler

mos que faça mediações, possi-bilitando que eles se posicionem em relação aos textos que leem. Ressalte também aspectos da vida de Ferréz, morador da periferia de São Paulo, espaço de onde extrai elementos inspiradores para seus textos.Outra pergunta possível nessa conversa é: “Como a crônica se

em duplas, para que eles possam conhecer o texto e, depois, fazer uma leitura compartilhada em que cada um lê o trecho referente a uma das personagens (homem malvestido, policial, senhora no banco do ônibus etc.).Após a leitura, peça-lhes para falarem a respeito de suas im-pressões sobre o texto. Sugeri-

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relaciona com o nome do livro de Ferréz em que está publicada?” O nome do livro é Ninguém é inocente em São Paulo, relação que, de algum modo, o autor vai tentando construir ao apresentar diferentes perspectivas e percep-ções para o mesmo fato.

Chame a atenção para o fato de que praticamente todos os pará-grafos do texto se iniciam com umartigo indefinido, o que criaum paralelismo crescente. Per-gunte aos alunos as razões que levaram o autor a iniciar o 7o parágrafo com artigo defi nido.

Observe se percebem que o uso do artigo definido justifica-se pelo fato de o personagem já ter sido introduzido na crônica. Essa percepção dos alunos pode ser tomada como demonstrativa da compreensão do uso adequado dos artigos.

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• P46 Estabelecer relações intertextuais entre o texto e outros a que ele se refere.

• P49 Planejar a crônica: selecionar evento cotidianono noticiário ou episódio vivido; pesquisar detalhes desse acontecimento; identifi car aspecto do evento ouepisódio que pode serexplorado criticamente.

• P50 Produzir crônica levando em conta o gênero e seu contexto de produção, estruturando-o de maneira a garantir a relevância das partes em relação ao tema e aos propósitos do texto e a continuidade temática.

No item b, espera-se que os alu-nos percebam que não se trata de um grande assalto e que o título é uma ironia, reação ao precon-ceito das pessoas.No item c, incentive-os a refl etir sobre a implicação que cada uma das personagens da crônica tem em relação à situação criada e,

por isso, nenhuma é “inocente”. Acusam a priori o sujeito malves-tido, pretendem fi car olhando-o apanhar.Proponha que alguns alunos es-crevam de diferentes perspectivas e depois peça-lhes que leiam sua crônica para a turma.

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• P50 Produzir crônica, levando em conta o gênero e seu contexto de produção, estruturando-o de maneira a garantir a relevância das partes em relação ao tema e aos propósitos do texto e a continuidade temática.

Item b: Scliar escreve a crônica em forma de carta, em que a dona do restaurante pretende suposta-mente explicar ao delegado que a autuou que o siri no banheiro não era falta de higiene: ao con-trário, tratava-se de um hábito de higiene do siri.

Item c: Esta atividade também demanda que os alunos produzam uma crônica, partindo da esco-lha de uma das notícias. Outras podem ser escolhidas por eles, mas, se esse for o caso, deverão pesquisar em jornais impressos ou online e levar para a sala de

aula o resultado da busca. O im-portante é que compreendam o “espírito” da produção de Scliar para realizarem a proposta desta atividade. Scliar parte de fatos verídicos para escrever histórias muitas vezes inverossímeis, como a do siri higiênico. Essa liberda-

Carta

Momento crônico: Antes da leitura das notícias para que os alunos escrevam crônicas, proponha mais um Momento crônico. Uma possibilidade é indicar a leitura de mais uma crônica de Scliar – “Mãe é fogo” –, também inspirada em uma notícia de jornal. Veja referências no texto de apresentação da Unidade.

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• P49 Planejar a crônica: selecionar evento do cotidiano no noticiário ou episódio vivido; pesquisar detalhes desse acontecimento, identifi car aspecto do evento ou episódio que pode ser explorado criticamente.

de que o autor tem para brincar com um fato e criar outro cenário é o que possibilita a escrita da crônica. Para sensibilizar os alu-nos para esse trabalho, destaque a ideia da notícia como fato ve-rídico e da crônica como espaço de situações verossímeis ou inve-rossímeis.

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Deixe que a turma comente livre-mente a crônica do aluno, dizen-do porque gostou ou não. Faça isso em uma roda de conversa para depois continuar o plane-jamento da escrita da crônica. O importante é que comentem e troquem uns com os outros suas ideias sobre os assuntos e as si-tuações pensados.

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Para a próxima aula, você pode propor que algum aluno leia a crônica “Um fato e suas versões”, que uma das autoras deste material escreveu seguindo a proposta de produção feita para os alunos. Veja indicações no texto de apresentação da Unidade.

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• P49 Planejar a crônica: selecionar evento do cotidiano no noticiário ou episódio vivido; pesquisar detalhes desse acontecimento, identifi car aspecto do evento ou episódio que pode ser explorado criticamente.

• P50 Produzir crônica, levando em conta o gênero e seu contexto de produção, estruturando-o de maneira a garantir a relevância das partes em relação ao tema e aos propósitos do texto e da continuidade temática.

• P51 Revisar e editar o texto focalizando os aspectos estudados na análise e refl exão sobre a língua e a linguagem.

A primeira parte desta atividade é a da escolha do assunto a ser abordado na crônica. Cada aluno escolherá o seu depois de uma roda de conversa em que a turma, com sua mediação, ajuda os cole-gas a encontrar motes para suas crônicas. Selecionado o assunto e

início da atividade, já que a ideia é que o livro da turma possa cir-cular pela escola e, se todos con-cordarem, também pelos pais dos alunos. Leia o detalhamento do trabalho com a produção de texto escrito proposto nas Orientações curriculares... (p. 102-106).

o encaminhamento da crônica, é hora de produzir o texto escrito. Enquanto estiverem escrevendo a primeira versão do texto, observe se algum deles apresenta difi cul-dades. Esse texto demandará revi-sões e edições, procedimento que deve ser indicado a eles desde o

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Para organizar a produção das crônicas, é fundamental garantir orientações aos alunos para a primeira escrita e para a revisão/edição posterior. As Orientações curriculares e proposição de expectativas de aprendizagem Ciclo II trazem sugestões detalhadas para o encaminhamento de atividades de produção de texto (ver p. 102-106). Seria interessante consultá-las antes de planejar esta atividade.

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A leitura dessas produções deve ser feita antes da organização do livro de crônicas da turma. Depois da leitura, é provável que ainda haja necessidade de propiciar aos alunos um momento para a edição fi nal, já que sua leitura contribuirá indicando o que pode ser melhorado.

ria interessante pensar em uma capa e desenhos internos para a produção coletiva. A intenção é que essa produção circule pela escola e pela família dos alunos (que podem ser convidadas a ver o livro na escola, por exemplo, em algum evento). Por isso, pen-se em uma encadernação e papéis

Este é o momento de organizar o livro da turma. Primeiro, em trios, os alunos escolherão que crônica, entre todas as produzidas por eles no decorrer da Unidade, comporão a coletânea. Em segui-da, organize a impressão desses textos e verifi que a possibilidade de encaderná-lo. Também se-

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mais resistentes, para que o livro não deteriore. Outra possibilida-de é reunir as produções desta Unidade e criar um blog com as crônicas da turma. Esta sugestão não exclui a primeira. Para criar o blog será necessário alguém que conheça essa ferramenta.

No item a, é fundamental acom-panhar os trios e ajudar os alunos na seleção das crônicas. Alguns critérios para essa avaliação são propostos no item e, da ativida-de 7. Embora a decisão fi nal seja do autor, é importante que ele considere as opiniões dos colegas – leitores das suas crônicas.

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2o semestre

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• P1 Relacionar verbete de enciclopédia ao seu contexto de produção (interlocutores, fi nalidade, lugar e momentoem que se dá a interação) esuporte de circulação original (objetos elaborados especialmente para a escrita, como livros, revistas, papéis administrativos, periódicos, documentos em geral).

• P2 Estabelecer conexõesentre o texto e os conhecimentos prévios, vivências, crenças e valores.

Recupere oralmente o que os alunos sabem sobre o gênero verbete, discutindo com eles as questões iniciais. É provável que alguns comentem sobre dicio-nários e enciclopédias virtuais. Nesse caso, pergunte, por exem-plo, se há diferenças no modo de

utilizar um dicionário eletrônico e um impresso. Sistematize as vivências de sua turma sobre o gênero verbete de enciclopédia para que você possa ampliar as possibilidades de uso e sugestões ao longo da Unidade.

Resposta pessoal. Os alunos podem responder que existeuma organização específi ca (por ordem alfabética ou temática),que os verbetes explicam algo (palavras, fenômenos, objetos etc.),assim como comentar sobre a extensão dos textos, a forma composicional e o suporte ou sobre as diferentes funções sociais do dicionário e da enciclopédia.

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• P3 Recuperar informações explícitas.

• P4 Inferir o sentido de palavras ou expressões a partir do contexto ou selecionar a acepção mais adequadaem verbete de dicionárioou de enciclopédia.

Alimente a discussão dos alunos, chamando a atenção para as ca-racterísticas de cada um dos ver-betes. Ao analisar as semelhanças e diferenças, destaque tanto as-pectos da estrutura composicio-nal como o tema e o estilo.O verbete é um gênero da esfera da divulgação científi ca, orga-nizado por um especialista no

vimento, personagens importan-tes relacionados com o tema etc.Em sua forma textual, refl ete seu contexto de comunicação e sua função de divulgação de termos científi cos: é breve (o máximo possível), traz a ciência ou área a que o termo se associa, a defi -nição atualizada, algumas infor-mações extras, menos científi cas

campo a que o termo se refere. O verbete enciclopédico tem como função transmitir e divul-gar conceitos de diversas áreas do conhecimento humano para o público em geral em linguagem simplifi cada e abreviada. Carac-teriza-se por expandir determi-nado tema, apresentando fatos históricos, a origem, o desenvol-

O dicionário

Resposta possível: Livros, enciclopédias, revistas, sites.

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e populares, e contextos de uso.Quanto ao estilo, mesmo que sim-ples, utiliza o vocabulário cientí-fi co, a linguagem especializada, em geral com verbos no presente do indicativo e formas nominais para dar a ideia de um “presente eterno”, ou seja, de que trata de “verdades universais, eternas”. Como não é fácil simplifi car e re-

sumir a linguagem especializada e conceitos científi cos, o verbete enciclopédico apresenta remis-sões ou “linkagens”, destacando outros termos que podem ser bus-cados para aprofundar o assunto.O verbete de dicionário é mais conciso, pois seu objetivo é de-fi nir o vocábulo, e não explicá--lo como um tema amplo. Em

sua forma textual, apresenta a abreviação da classe gramaticalda palavra, a “rubrica” ou área deconhecimento em que a defi ni-ção se enquadra e exemplos de aplicação da palavra em frases. Lembre aos alunos que nem to-das as defi nições servem para o contexto em questão.

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A Encyclopédie (Enciclopédia) inaugurou, no século XVIII, uma nova maneira de fazer circular as ideias e conceitos científi cos e colocou à disposição do povo imenso conjunto de textos, aten-dendo à crença dos iluministas de que a razão, as ciências poderiam iluminar a mente das pessoas. É importante explorar a questão da

entre si. Segundo Rojo (2008, p. 590), “as remissões são, em última análise, protocolos de leitura, ‘itinerários’ de viagem que cabe ao autor/editor sugerir e colocar à disposição do leitor”. A remissão consiste na ligação de uma entrada com outras pre-sentes na enciclopédia. Pode ser feita no fi m do verbete (“veja

organização em ordem alfabética. Em sua criação, essa escolha se deu para “democratizar” o aces-so às ciências: não é necessário saber a relação temática entre termos para buscá-los em uma enciclopédia. Contudo, tal orga-nização tornou necessária a re-missão ou “linkagem”: maneira de relacionar os conhecimentos

• P1 Relacionar verbete de enciclopédia ao seu contexto de produção (interlocutores, fi nalidade, lugar e momentoem que se dá a interação) esuporte de circulação original (objetos elaborados especialmente para a escrita, como livros, revistas, papéis administrativos, periódicos, documentos em geral).

• P10 Identifi car possíveis elementos constitutivos da organização interna do verbete de enciclopédia: termo de entrada, área de conhecimento à qual pertence o termo, defi nição.

As acepções 3 e/ou 4

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também tal e tal entradas”) ou no interior do próprio texto, normal-mente em letras maiúsculas, em negrito ou itálico, como é o caso de HORÓSCOPO no exemplo do li-vro. Nas enciclopédias digitais, a

remissão se faz por meio de links, em geral sinalizados em azul.Para trabalhar o conteúdo do qua-dro “Você sabia?”, é interessante propor um trabalho interdiscipli-nar com o professor de História.

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190 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP

Algumas questões exigem uma discussão sobre a diferença entre os suportes da enciclopédia im-pressa e da digital. Leve os alu-nos à sala de informática e peça ajuda ao professor orientador de informática educativa, para que os alunos possam navegar por uma enciclopédia digital. Mostre

do mouse. Esses links ocorremna forma de termos destacados nocorpo do texto principal, íconesgráfi cos, imagens ou mesmo sons e têm a função de interconectar os diversos conjuntos de infor-mação, oferecendo acesso às informações que estendem ou complementam o tema principal.

a eles que o suporte impresso exi-ge uma leitura linear e a consulta página por página. O digital apre-senta hipertexto, ou seja, texto ao qual se agregam conjuntos de informação cujo acesso se dá por meio de referências específi cas denominadas hiperlinks, ou sim-plesmente links, com um clique

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L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 8O ANO 191

• P1 Relacionar verbete de enciclopédia ao seu contexto de produção (interlocutores, fi nalidade, lugar e momentoem que se dá a interação) esuporte de circulação original (objetos elaborados especialmente para a escrita, como livros, revistas, papéis administrativos, periódicos, documentos em geral).

• P2 Estabelecer conexõesentre o texto e os conhecimentos prévios, vivências, crenças e valores.

• P3 Recuperar informações explícitas.

Não, porque o dicionário traz a defi nição de um vocábulo de maneira mais breve e sucinta, sem expansões em relação ao tema. O primeiro verbete, no início, se assemelha ao verbete de dicionário – traz a abreviação da classe gramatical e uma defi nição breve –, mas logo o tema se expande.

A expansão do tema. Os verbetes enciclopédicos não apenas defi nem o vocábulo, mas também trazem outras explicações, como origem, termos e conceitos relacionados, exemplos.

O primeiro termo, a “entrada” do verbete, é astrologia, o tema pesquisado. Depois, vem a origem (do grego). Nos dois casos, há remissões a termos relacionados: no primeiro, aparece a palavra HORÓSCOPO (em letras maiúsculas); no segundo, links destacados em azul e sublinhados.

Abreviação da classe gramatical; relação da posição dos astros no momento do nascimento

Período dos primeiros registros; outros campos de infl uência: Vedas, Bíblia; processo histórico de distinção com a astronomia; interpretação de astrólogos modernos; índice para outros termos de conteúdo

Origem grega; defi nição direta; caracterização como pseudociência; relação com a astronomia

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192 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP

Quem consulta uma enciclopédia é, em geral, um não especialista que precisa da informação para fi ns de estudo ou pesquisa. Tan-to a enciclopédia impressa como a digital dirigem-se ao leigo em de terminado assunto. Explore os di versos temas que podem ser encontrados em enciclopédias.

Se achar pertinente, sugira que os alunos façam uma visita à sala de leitura para conhecer o acervo de enciclopédias da es-cola, analisando ano de publi-cação, extensão dos verbetes, temas e formas de organização.

• P1 Relacionar verbete de enciclopédia ao seu contexto de produção (interlocutores, fi nalidade, lugar e momentoem que se dá a interação) esuporte de circulação original (objetos elaborados especialmente para a escrita, como livros, revistas, papéis administrativos, periódicos, documentos em geral).

• P10 Identifi car possíveis elementos constitutivos da organização interna do verbete de enciclopédia: termo de entrada, área de conhecimento à qual pertence o termo, defi nição.

• P11 Examinar em textos o uso de numerais na orientação da subdivisão do tema ou na enumeração de propriedades.

• P13 Examinar em textos o uso de vocabulário técnico.

No primeiro verbete, depois de defi nir astrologia como“prática divinatória que supõe a infl uência dos astros no curso dos acontecimentos na Terra e sobre o destino das pessoas, grupos ou nações”, expande-se o tema para a prática de predição do futuro e sua relação com o horóscopo. Também é citada a interpretação da astrologia como pseudociência.

No segundo verbete, a expansão se dá, principalmente, em termos históricos: a possível origem da prática da astrologia, sua relação com a astronomia e o processo de distinção entre as duas, sua infl uência em registros como os Vedas e a Bíblia. Também se expande o tema pela caracterização dos astrólogos e pela interpretação que estes dão à prática, como “uma linguagem simbólica, uma forma de arte ou uma forma de vidência”.

O suporte impresso tem limitação espacial. A informação escrita segue uma sequência linear, linha por linha, página por página. Dessa forma, cada verbete deve ser buscado na ordem alfabética, virando as páginas, e, provavelmente, lido de maneira linear e sequencial.No suporte digital, basta digitar uma palavra no campo de busca do site e clicar em “Ir”. O texto da internet é caracterizado como hipertexto: seus links permitem uma leitura não linear; o leitor tem liberdade de escolher vários caminhos, a partir de sequências associativas possíveis entre blocos vinculados por remissões, sem estar preso a um encadeamento linear único.

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No suporte impresso, o leitor deve buscar a palavra HORÓSCOPO pela ordem alfabética. Já na internet, os termos destacados em azul são links que levam a outras páginas com as respectivas defi nições; dessa forma, ampliam-se a dinamicidade e a quantidade de remissões possíveis em um único verbete.

Os dois verbetes são dirigidos a pessoas que buscam informações sobre um tema para realizar pesquisas ou aprofundar seu conhecimento sobre um tema. Em geral, quem consulta um verbete é o não especialista, o leigo no assunto, que precisa da informação para estudar ou para outras fi nalidades. A mudança de suporte não altera o público-alvo, mas a maneira de fazer a busca, o que implica familiaridade com o uso do computador no segundo caso.

O índice alfabético organiza os termos na ordem alfabética,sem divisões em disciplinas ou áreas de conhecimento.O índice temático separa os termos por tema, disciplina ou área. O primeiro é uma maneira mais geral e interdisciplinar deorganização; o segundo aproxima os termos relacionados, dispensando as remissões necessárias na organização alfabética.

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Como o gênero verbete de di-cionário é breve e preciso, os dicio naristas e verbetistas uti-lizam em seus textos marcas estilísticas como abreviaturas e siglas. Traga outros exemplospara discussão em sala de aula emostre aos alunos onde eles en-contram informações sobre tal

tempo verbal e modo verbal para que percebam a diferença entre o indicativo e o subjuntivo, o efei-to de verdade e de dúvida sobre o que é dito/enunciado. Mostre que o verbete, por ser produzi-do na esfera científi ca, traz esse tratamento de “verdade absoluta” e que a ausência de expressões

linguagem especializada no pró-prio dicionário ou na enciclopé-dia. Em geral, há uma lista no início das obras.Antes de iniciar a discussão sobre o tempo e o modo característi-cos dos verbos que compõem os verbetes de enciclopédia, retome com os alunos os conceitos de

• P12 Examinar em textos o uso de tempos verbais no eixo do presente para reconhecer os eventos anteriores e posteriores a esse tempo (pretérito perfeito/futuro do presente).

substantivo feminino

observação

confi ra, confronte

exemplo

substantivo feminino

grego

enciclopédia

O leitor pode fazer uma pesquisa no dicionário ou na internet para descobrir. No entanto, é importante mostrar que o signifi cado de tais abreviaturas aparece normalmente no início das obras por meio de uma lista em ordem alfabética.

Presente do indicativo, porque expressa certeza e atemporalidade, característico de textos que defi nem algo, o que algo “é”.

Os verbos no passado aparecem quando se retomam relatos históricos.

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L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 8O ANO 195

que se referem ao presente pode ser uma marca estilística para enunciar algo como atemporal, aproximando-se dos verbetes de dicionário. Traga outros verbe-tes para a sala de aula e amplie a discussão sobre o tempo e o modo verbal característicos dos textos de divulgação científi ca, como os verbetes.

A questão 10 tem como obje-tivo fazer com que os alunos sistematizem algumas informa-ções discutidas sobre o gênero verbete, especialmente a rela-ção do produtor do texto com o público leitor. Converse com eles sobre o fato de o verbete ser produzido para pessoas leigas

ou que querem se aprofundar em um assunto específi co; por isso, a linguagem do verbete precisa ser adequada ao público-alvo. Se possível, traga uma enciclopédia voltada para crianças e outra voltada para adultos a fi m de que os alunos percebam semelhanças e diferenças.

• P1 Relacionar verbete de enciclopédia ao seu contexto de produção (interlocutores, fi nalidade, lugar e momentoem que se dá a interação) esuporte de circulação original (objetos elaborados especialmente para a escrita, como livros, revistas, papéis administrativos, periódicos, documentos em geral).

∙ No passado

∙ Os registros mais antigos∙ Terceiro milênio antesde Cristo

∙ Até a Era Moderna∙ A partir da Renascença até o século XVIII

Não há expressões temporais que apontam para o presente.

Não há expressões temporais que apontam para o presente.

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200 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP

Chame a atenção dos alunos para o fato de que tanto o verbete enciclopédico como o artigo de divulgação científi ca fazem uma ponte entre a esfera científi ca e um público não especialista, ten-do como função divulgar pesqui-sas e conhecimentos científi cos.

• P1 Relacionar verbete de enciclopédia ao seu contexto de produção (interlocutores, fi nalidade, lugar e momentoem que se dá a interação) esuporte de circulação original (objetos elaborados especialmente para a escrita, como livros, revistas, papéis administrativos, periódicos, documentos em geral).

• P2 Estabelecer conexõesentre o texto e os conhecimentos prévios, vivências, crenças e valores.

• P3 Recuperar informações explícitas.

O texto traz a seguinte defi nição: “A astrologia relaciona a posição dos planetas em relação às constelações do zodíaco e tenta correlacioná-las com o destino e com as tendências humanas”. Também apresenta a defi nição de “astrologia natal”, quando diz: “Muitos acreditavam que a confi guração dos planetas no céu no momento do nascimento das pessoas defi nia aspectos da sua personalidade bem como de seu destino”.

O autor defi ne a astrologia como “pseudociência” e seu principal argumento é que esta não se baseia em dados corretos sobre a movimentação dos planetas. Dessa forma, todas as datas que defi nem o signo estariam equivocadas. Ao questionar a veracidade das previsões e dar as razões para isso, o autor mostra que não acredita em astrologia.

Segundo o artigo, a astrologia não explica as causas da relação entre movimentação dos astros e o destino das pessoas, e suas previsões não podem ser verifi cadas. Por essa razão, ela é caracterizada como pseudociência. Com base nisso, ciência é um estudo que pode provar as relações e explicações que estabelece, sendo possível verifi cá-las.

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L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 8O ANO 201

• P5 Estabelecer relações entre imagens (fotos, ilustrações), gráfi cos, tabelas, infográfi cose o corpo do texto.

Entre outras, informações sobre: constelações e movimentação das estrelas e astros; origem da astrologia, por volta de 3000 a.C.,entre os mesopotâmios e babilônios; astrologia natal e seu apogeu com a publicação do livro Tetrabiblos, do astrônomo grego Claudius Ptolomeu (85-165 d.C.); signos solares.

Como físico, o autor do artigo julga a astrologia com base nos parâmetros da ciência e também em fatos da astronomia e da física.

O público leitor são pessoas leigas, não especialistas no assunto.Os dois gêneros podem ser classifi cados como de divulgação científi ca e,portanto, têm a mesma função: divulgar conhecimentos científi cos. Contudo, o verbete apresenta uma defi nição concisa e breve de determinado assunto, enquanto o artigo, embora também tragauma defi nição, discute o tema com base em determinado posicionamento.

“O céu noturno, quando a Lua não está presente, é sempre uma visão maravilhosa. Se tivermos sorte de estar em um lugar pouco iluminado e sem poluição, como ainda é o caso em algumas localidades no interior do Brasil, podemos ver, em uma única noite, milhares de estrelas. No alvorecer da consciência humana, há milhares de anos, aprendemos a olhar para o alto e nos impressionar com as estrelas”.

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202 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP

Organize uma visita à sala de lei-tura da escola ou a uma bibliotecapública para que os alunos tenhamcontato com a diversidade temá-tica das enciclopédias. Outra opção é construir uma pequena bibliote-ca na classe com enciclopédiastemáticas da escola para que pos-

sam manusear e ler ao longo do trabalho desta Unidade. A parceria com professores de História, Ciên-cias, Arte, Geografi a e Educação Física pode ser bem interessante para a leitura de verbetes das mais diversas áreas do conhecimento.

“A prática astrológica mais popular é baseada no chamado signo solar, que considera a posição do Sol em relação a uma região do céu de 30 graus, na eclíptica, que representao caminho que esse astro faz através das constelações. O signo édefi nido por essa região, chamada casa zodiacal e associada a uma das 12 constelações do zodíaco (como Touro, Áries, Capricórnio etc.)”.

“Há 2 mil anos o Sol passava pela constelação de Capricórnio na época do ano delimitada no horóscopo. Atualmente, no entanto, no período entre 17 de dezembro e 18 de janeiro ele passa pela região da constelação de Sagitário. Como explicar então a infl uência dos astros sobre a vida da pessoa que nasce nesse período? Essa discrepância vale também para todas as outras constelações, ou seja, todas as datas estão equivocadas”.

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L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 8O ANO 203

Cada grupo deve fazer uma pes-quisa, em materiais específi cos indicados por você, com o obje-tivo de planejar seu verbete, as-sim como estabelecer conexões com seus conhecimentos prévios da área de História, Geografi ae/ou outras disciplinas escolares.

Se você julgar oportuno, sugira aos alunos que consultem o qua-dro de orientação para revisão da página 169 já durante a produção do verbete.

• P7 Planejar verbete de enciclopédia: coletar informações em mídias diversas (jornais, revistas, internet, em entrevistas) sobre o termo de entrada (palavra ou expressão) que se vai defi nir.

• P8 Produzir verbete de enciclopédia, levando em conta o gênero e seu contexto de produção, estruturando-o de maneira a garantir a relevância das partes em relação ao tema e aos propósitos do texto e a continuidade temática.

A resposta depende do que os alunos percebem como temas que precisariam ser defi nidos. Por exemplo: astrólogo, astronomia, babilônios, Claudius Ptolomeu, constelação, corpos celestes, destino, horóscopo, mapa astral, mesopotâmios, mitologia, pedras zodiacais, signos, superstição, Universo, zodíaco.

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L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 8O ANO 205

• P9 Revisar e editar o texto focalizando os aspectos estudados na análise e refl exão sobre a língua e a linguagem.

• P10 Identifi car possíveis elementos constitutivos da organização interna do verbete de enciclopédia: termo de entrada, área de conhecimento à qual pertence o termo, defi nição.

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206 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP

Ao orientar as exposições orais, diga aos alunos que eles são os especialistas em determinado tema naquele momento. É inte-ressante, então, que tragam aos outros os conhecimentos que adquiriram na pesquisa, expli-

cando e exemplificando para o público não especializado.Certifi que-se de que compreen-deram bem as orientações que constam do caderno do aluno, para que se preparem adequa-damente para a exposição.

• P14 Expor trabalhos individualmente ou em grupo apoiados por roteiros.

• P15 Selecionar em função do projeto textual registros impressos ou audiovisuaisde apoio à fala.

• P16 Tomar notas de aspectos relevantes do conteúdo deuma exposição.

• P17 Adotar o papel de ouvinte atento ou de locutor cooperativo durante as exposições.

• P18 Ampliar o uso de vocabulário diversifi cado e de estruturas com maior complexidade sintática.

• P19 Avaliar a expressão oral própria ou alheia em interação.

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L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 8O ANO 209

• P58 Relacionar poema visual ao seu contexto de produção (interlocutores, fi nalidade, lugar e momento em que se dá a interação) e suporte de circulação original (objetos elaborados especialmente para a escrita, como livros, revistas, suportes digitais).

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210 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP

Antes de apresentar a ativida-de aos alunos, leia para eles o poema acima. Peça que façam comentários. Mostre-lhes en-tão o poema no livro do aluno e faça nova leitura. Solicite que acompa nhem o texto com o dedo

e pergunte qual das duas for-mas de apresentação do poema (oral ou escrita) é mais atrati-va. Depois, proponha que leiam os poemas que se encontram na página 175.

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L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 8O ANO 211

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212 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP

• P59 Estabelecer conexõesentre o texto e os conhecimentos prévios, vivências, crenças e valores.

• P60 Estabelecer a relação entre o título e o corpo do texto.

• P61 Reconhecer os efeitosde sentido da diagramação, de recursos gráfi co-visuais (tipo, tamanho ou estilo da fonte).

• P62 Inferir, a partir de elementos presentes no próprio texto, o uso de palavras ou expressões de sentido fi gurado.

• P68 Identifi car possíveis elementos constitutivos da organização interna do poema visual: arranjo gráfi co eespacial do poema.

• P69 Examinar em textos o uso de recursos gráfi cos no poema: grafi a das palavras e sua exploração visual;associação das palavras a objetos visuais (fotos, desenhos, pinturas, colagens).

“Poema visual” é um termo que abrange os poemas concretos tratados na Unidade, mas que é mais amplo, incluindo outros movimentos de vanguarda, como o neoconcretismo e os poemas digitais. Para saber mais sobre isso, consulte: <www.antoniomiranda.com.br/ensaios/poesiavisualbrasileira.html>.

Essas questões são propostas mais com o objetivo de levar os alunos a refl etir sobre os poemas visuais e a perceber suas carac-terísticas do que a encontrar uma resposta única, certa. Por isso, antes de propor que respondam às questões por escrito, promova uma discussão com a classe, para

Por isso, os poetas dão às pala-vras um sentido mais rico, como se elas quisessem dizer mais de uma coisa ao mesmo tempo. No caso desses poemas, o poeta re-solve recorrer à disposição grá-fi ca das palavras para enrique-cer o sentido do que quer dizer.

que justifi quem suas respostas recorrendo ao texto, lembrando a eles que em literatura e, so-bretudo, em poesia são possíveis múltiplas interpretações, desde que fundamentadas no texto.Diga a eles que os poemas mos-tram principalmente a maneira como os poetas veem as coisas.

As palavras formam uma fl or, que é o símbolo da primavera.

Ele faz alusão a uma brincadeira que os apaixonados fazem para saber se são amados: retiram as pétalas de uma fl or enquanto pronunciam as expressões repetidas vezes, até não restar nenhuma pétala.

Resposta pessoal. Os alunos podem pensar no fato de as abelhas estarem zumbindo dentro dos olhos e não nos ouvidos ou na explosão de imagens e sons que a primavera traz.

A do Cristo Redentor do Rio de Janeiro

Talvez para mostrar que o zumbido das abelhas indica a chegada da primavera e que é do miolo que elas sugam o néctar.

Assim como o caule sustenta a fl or, esses dois versos sustentam o poema.

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L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 8O ANO 213

Sugira aos alunos que procurem outros livros de Sérgio Caparelli na sala de leitura e que leiam, se possível, “Vovô fugiu de casa”, que, embora seja um texto nar-rativo, é extremamente poético.

X

A transformação de um fato banal de uma notícia sensacionalista em relato da manifestação de sentimentos das pessoas que presenciaram o fato, além da própria disposição das palavras na página.

Porque as letras da palavra jacaré formam a fi gura do animal.

Uma pessoa

A disposição das letras refl ete a queda referida no poema.

Tanto lembra a bandeira do Japão (que é branca com um círculo vermelho no centro) como uma pessoa de “cabeça quente”.

Não, porque é a disposição gráfi ca que completa sua signifi cação.

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214 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP

• P65 Planejar um poema visual: pesquisar e selecionar componentes verbais e visuais, observar grafi a das palavras e suas possibilidades de exploração visual e sonora, observar possibilidades de associação das palavras selecionadas a objetos visuais (fotos, desenhos, pinturas, colagens), explorar tecnicamente imagens de modo a produzir efeitos visuais adequados aos propósitos do texto.

Combine com o professor orien-tador de informática educativa uma visita de seus alunos ao site indicado, que traz poemas de Ana Cláudia Gruszynski e Sérgio Capa-relli. Há poemas visuais, que po-dem ser simplesmente vistos e co-mentados em um mural de recados, e ciberpoemas, em que o usuá rio

Por fi m, proponha que eles co-piem o poema pronto no espaço destinado a isso no livro, se ne-cessário, desenhando ou fazendo colagens, para conseguir efeito semelhante ao que obtiveram na tela do computador.

é convidado a compor poemas arrastando ou clicando em ele-mentos visuais dispostos na tela.Dependendo do número de com-putadores disponíveis, organize os alunos em duplas ou trios, para que eles possam interagir com as propostas do site, criando os pró-prios poemas.

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L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 8O ANO 215

Organize um círculo com as car-teiras para que todos os alunos possam se olhar. Proponha a lei-tura de um poema de cada vez e explore as diferentes leituras (compreensão) dos estudantes, evitando, porém, que as falas se tornem muito repetitivas.É claro que, dada sua pouca ex-

periência de vida, os alunos te-rão difi culdade para compreender muitas das referências implícitas nos poemas. Mas você poderá ajudá-los contextualizando os textos no tempo e no espaço e fornecendo-lhes as informações necessárias para ampliar sua compreensão.

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L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 8O ANO 217

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218 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP

• P58 Relacionar poema visual ao seu contexto de produção (interlocutores, fi nalidade, lugar e momento em que se dá a interação) e suporte de circulação original (objetos elaborados especialmente para a escrita, como livros, revistas, suportes digitais).

• P59 Estabelecer conexõesentre o texto e os conhecimentos prévios, vivências, crenças e valores.

• P60 Estabelecer a relação entre o título e o corpo do texto.

• P61 Reconhecer os efeitosde sentido da diagramação, de recursos gráfi co-visuais (tipo, tamanho ou estilo da fonte).

• P62 Inferir, a partir de elementos presentes no próprio texto, o uso de palavras ou expressões de sentido fi gurado.

• P68 Identifi car possíveis elementos constitutivos da organização interna do poema visual: arranjo gráfi co e espacial do poema.

• P69 Examinar em textos o uso de recursos gráfi cos no poema: grafi a das palavras e sua exploração visual; associação das palavras a objetos visuais (fotos, desenhos, pinturas, colagens).

• P70 Relacionar o tratamento dado à sonoridade (assonância, aliteração) aos efeitos de sentido que provoca.

• P71 Reconhecer oemprego de linguagemfi gurada e compreenderos sentidos conotados.

A leitura de qualquer texto é sempre fruto das experiências prévias do leitor; por isso, não espere que seus alunos deem as respostas que estão propostas na atividade. Elas são fruto de nossa vivência e de nossas histórias de

que os alunos procurem os signi-fi cados possíveis de cada um dos poemas e abrir espaço para que todos se manifestem. Só então você vai mostrar a eles sua leitu-ra e a nossa, mas simplesmente como outras leituras possíveis.

leitura e foram apontadas aqui apenas para ajudá-lo a condu-zir a discussão da classe sobrecada poema. Tanto você como eles podem ter respostas diferentes dessas, que nem por isso esta rão er radas. O importante é fazer com

Octógono

Brasa e brisa

vazio/cheio; vazio/tudo; meio/cheio.

O fato de ele sentir um grande (agudo) vazio, não ver sentido nas coisas.

As rimas: meio/cheio; tudo/agudo.

É a assinatura do autor, Paulo Leminski.

O círculo incompleto remete à ideia de esvaziamento; a pincelada mais larga na parte de baixo do círculo em contraste com o fi no traço da parte de cima pode se referir respectivamente a cheio e agudo. A disposição do texto ocupa só metade do círculo, lembrando a imagem de uma Lua.

Resposta pessoal. Os alunos podem, por exemplo, comparar a fi gura à imagem de um ventilador, que produz brisa para aplacaro calor abrasador. Ou ainda, como o “i” é muito pequeno (dentrodo “a” central), a “brisa” não é sufi ciente para abrandar o calor, daí a sensação de “brasa”.

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L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 8O ANO 219

Resposta pessoal. Os alunos podem, por exemplo, pensar na determinação com que o eu lírico vai atrás daquilo com que sonha; contrapondo o desejo (“vejo como um beijo”), com todos os sentidos do corpo, à luta para conseguir (“miro como um tiro”) o que quer, contraposição marcada pela inversão das frases no espaço do papel. Mas muitas outras interpretações são possíveis e desejáveis.

Resposta pessoal. Uma interpretação possível é que, com a perda, você pode se desapegar de coisas que podem não ser essenciais, daí a libertação que decorre da perda.

Estaria, porque a palavra “cigarro” aparece cortada por uma tesoura. E cortar aqui signifi ca abandonar o vício.

Para mostrar que a poesia está no próprio cotidiano (por exemplo, em uma placa de trânsito) e em suas contradições, bem como para protestar quanto à falta de liberdade (Liberdade interditada).

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220 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP

Em primeiro lugar, proponha a leitura silenciosa dos poemas da atividade 4. Depois, pergunte se alguns alunos gostariam de declamá-los.Ao responderem às ques tõespropostas, os alunos vão apenas sistematizar o que entenderam

dos poemas. É importante lembrar sempre que as leituras vão variar de aluno para aluno e que as respostas apontadas aqui expres-sam uma das leituras possíveis.

Por se referir a uma situação doentia e, ao mesmo tempo, transitória, isto é, por pior que seja, ela não vai durar para sempre.

A fl echa aponta para a direita, como referência à inclinação política dos governantes.

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222 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP

• P59 Estabelecer conexõesentre o texto e os conhecimentos prévios, vivências, crenças e valores.

• P60 Estabelecer a relação entre o título e o corpo do texto.

• P61 Reconhecer os efeitos de sentido da diagramação, de recursos gráfi co-visuais (tipo, tamanho ou estilo da fonte).

• P62 Inferir, a partir de elementos presentes no próprio texto, o uso de palavras ou expressões de sentido fi gurado.

• P68 Identifi car possíveis elementos constitutivos da organização interna do poema visual: arranjo gráfi co e espacial do poema.

• P69 Examinar em textos o uso de recursos gráfi cos no poema: grafi a das palavras e sua exploração visual;associação das palavras a objetos visuais (fotos, desenhos, pinturas, colagens).

• P70 Relacionar o tratamento dado à sonoridade (assonância, aliteração) aos efeitos de sentido que provoca.

Porque grafi camente ele expressa movimento.

As casas passavam em voltaNuma procissão sem fi mAs coisas todas rodando

X

O poema fala da destruição de leis e princípios, por isso não é somente uma destruição material.

Assim assim

assim

assim

assimassim

assi

m

assim assim

assim

assimassi

massim

Os espaços entre as palavras dão ideia de desagregação (separação); as palavras aparecem fragmentadas, como se estivessem caindo.

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L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 8O ANO 223

• P59 Estabelecer conexõesentre o texto e os conhecimentos prévios, vivências, crenças e valores.

• P60 Estabelecer a relação entre o título e o corpo do texto.

• P61 Reconhecer os efeitos de sentido da diagramação, de recursos gráfi co-visuais (tipo, tamanho ou estilo da fonte).

• P62 Inferir, a partir de elementos presentes no próprio texto, o uso de palavras ou expressões de sentido fi gurado.

• P63 Comparar poemas(de mesma mídia ou não)quanto ao tratamento temático ou estilístico.

• P68 Identifi car possíveis elementos constitutivos da organização interna do poema visual: arranjo gráfi co e espacial do poema.

• P69 Examinar em textos o uso de recursos gráfi cos no poema: grafi a das palavras e sua exploração visual;associação das palavras a objetos visuais (fotos, desenhos, pinturas, colagens).

• P70 Relacionar o tratamento dado à sonoridade (assonância, aliteração) aos efeitos de sentido que provoca.

Para reforçar sonoramente a ideia de desabamento, destruição. O som assemelha-se a um estrondo ou à queda sequenciadade objetos ou paredes.

Nesses poemas, a disposição gráfi ca completa o sentido do texto poético; nos poemas da atividade anterior, o aspecto visual é o próprio poema, sendo mais importante do que as palavras.

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L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 8O ANO 225

• P58 Relacionar poema visual ao seu contexto de produção (interlocutores, fi nalidade, lugar e momento em que se dá a interação) e suporte de circulação original (objetos elaborados especialmente para a escrita, como livros, revistas, suportes digitais).

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L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 8O ANO 227

• P68 Identifi car possíveis elementos constitutivosda organização interna do poema visual: arranjo gráfi coe espacial do poema.

• P69 Examinar em textos o uso de recursos gráfi cos no poema: grafi a das palavras e sua exploração visual;associação das palavras a objetos visuais (fotos, desenhos, pinturas, colagens).

• P70 Relacionar otratamento dado à sonoridade (assonância, aliteração) aos efeitos de sentido que provoca.

• P71 Reconhecer oemprego de linguagemfi gurada e compreenderos sentidos conotados.

O objetivo da atividade não é que os alunos dominem a teoria sobre a poesia concreta ou visual. O que se deseja é que eles vol-tem à leitura dos poemas e per-cebam as características comuns a vários deles: a inventividade, a poesia como jogo de sentidos, a capacidade de brincar com

palavras e ideias, o desejo de implodir com os conceitos tra-dicionais de poe sia, a busca de conexão com o mundo contem-porâneo. Organize com os alunos uma exploração dos clippoemas: <www2.uol.com.br/augustode-campos/clippoemas.htm>.

“Jacaré letrado”“Sick transit”“Corte”...

“Poesia cinética I”“Urgente!”“Falta de sorte”...

“Sick transit”“Urgente!”“Falta de sorte”...

“Desabar”“Perder”“Brasa e brisa”

“Desabar”...

Todos

desabadesaba-desabadavam...

Todos

Liberdade (bairro da Liberdade)

L / e / i / s, edif / íciosPer / der / li / ber/taB R A S A / B R I S A

O poema todo

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L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 8O ANO 229

• P65 Planejar um poema visual: pesquisar e selecionar componentes verbais e visuais, observar grafi a das palavras e suas possibilidades de exploração visual e sonora, observar possibilidades de associação das palavras selecionadas a objetos visuais (fotos, desenhos, pinturas, colagens), explorar tecnicamente imagens de modo a produzir efeitos visuais adequados aos propósitos do texto.

• P66 Produzir poema visual, levando em conta o gênero e seu contexto de produção, estruturando-o de maneira a garantir a relevância das partes em relação ao tema e aos propósitos do texto e continuidade temática.

• P68 Identifi car possíveis elementos constitutivos da organização interna do poema visual: arranjo gráfi co e espacial do poema.

• P69 Examinar em textos o uso de recursos gráfi cos no poema: grafi a das palavras e sua exploração visual; associação das palavras a objetos visuais (fotos, desenhos, pinturas, colagens).

• P71 Reconhecer oemprego de linguagemfi gurada e compreenderos sentidos conotados.

Por causa da dependência econômica e cultural que o Brasil tem em relação aos Estados Unidos.

A fi gura de um rato, talvez numa alusão ao Mickey Mouse, personagem de Walt Disney e símbolo do ideal americano de comportamento.

O autor buscou destacar a demora e a inefi cácia do poder judiciário brasileiro em resolver os processos que estão em suas mãos, em vez de enaltecer a infalibilidade da justiça.

A de um relógio, que aparece só pela metade, isto é, que não funciona direito.

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230 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP

Faça em grupo um exercício para descobrir outros sentidos nos ditos populares elencados no quadro.Veja os exemplos:• A cavalo dado não se olham os

dentes. S O M E N T E• Quem ama o feio bonito lhe

parece. M E R E C E• Quem ri por último ri melhor.

M O R T E

Distribua tiras de papel pardo, para que eles escrevam esses di-tos. Exponha-os nas paredes da sala e faça com que os alunos brinquem com eles, procurando possíveis sentidos na seleção de algumas letras. Por fi m, peça que ilustrem os poemas de acordo com o que querem destacar.

• Quem não arrisca não petisca. M O R R E

• A união faz a força.N Ã O F A Ç A

• A ignorância é a mãe de todas as doenças. M O D A

Proponha aos alunos que pesqui-sem entre seus familiares e ami-gos alguns ditos populares e que os tragam para a sala de aula.

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L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 8O ANO 231

• P65 Planejar um poema visual: pesquisar e selecionar componentes verbais e visuais, observar grafi a das palavras e suas possibilidades de exploração visual e sonora, observar possibilidades de associação das palavras selecionadas a objetos visuais (fotos, desenhos, pinturas, colagens), explorar tecnicamente imagens de modo a produzir efeitos visuais adequados aos propósitos do texto.

Combine com o professor orien-tador da sala de leitura para que seus alunos possam consultar li-vros de poesia. Diga a eles para escolherem um poema para “con-cretar”, isto é, para tentar dar-lhe a confi guração de um poema con-creto, porém sem alterar o que diz o poema. Caso tenham difi culda-de em fazê-lo, você poderá, com

eles, organizar um dos poemas do livro do aluno, de modo a dar-lhes maior segurança. Depois, poderão fazer suas tentativas individual-mente ou em duplas, se preferi-rem. Ajude-os dando dicas, para que aprimorem seus trabalhos.Por exemplo, tomando-se os hai-cais de Angela Leite de Souza, a palavra “voa” pode ser escrita

separando-se as letras (V O A) ou escrevendo-as de forma sinuosa para simular uma ave em voo. No segundo poema, pode-se trabalhar com a palavra “salta” alongando o “l” e o “t” ou deslocando as sí-labas de forma que “ta” fi que em um plano superior a “sal”. E, ain-da, a palavra “lado” pode ser con-cretamente deslocada para o lado.

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232 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP

• P66 Produzir poema visual, levando em conta o gênero e seu contexto de produção, estruturando-o de maneiraa garantir a relevância das partes em relação ao temae aos propósitos do texto e a continuidade temática.

• P67 Revisar e editar o texto focalizando os aspectos estudados na análise e refl exão sobre a língua e a linguagem.

Explore com os alunos o mosaico com imagens do hip hop repro-duzido nessa página. Por meio delas, provavelmente, muitos dos alunos identifi carão as caracte-rísticas do movimento hip hop.

Movimento hip hop

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L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 8O ANO 233

• P59 Estabelecer conexõesentre o texto e os conhecimentos prévios, vivências, crenças e valores.

• P60 Estabelecer a relação entre o título e o corpo do texto.

Peça que relacionem as siglase palavras a seu signifi cado. Em seguida, faça uma leitu ra compar-tilhada do texto, que traz algu-mas informações sobre a história do hip hop.

c

e

d

a

b

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234 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP

• P74 Ouvir gravações de raps.• P75 Compreender criticamente

os sentidos e a intencionalidade de mensagens orais veiculadas nos raps.

• P76 Trocar impressões.

• P77 Respeitar as diferentes variedades linguísticas faladas.

• P105 Levantar as marcas de variação linguística ligadas a fatores geográfi cos (variedades regionais, variedades urbanas e rurais), históricos (linguagem do passado e do presente), sociológicos (gênero, gerações, classe social), técnicos (diferentes domínios da ciência e da tecnologia).

Luiz Tatit, professor de Linguística na Universidade de São Paulo, considera que o rap realiza a vocação máxima da canção ao usar a fala como instrumento. Afi rma que o rap assumiu o lugar da canção de protesto. Para saber mais, consulte: <www.revistapiaui.com.br/edicao10/artigo108>.

Assista ao vídeo com os alunos e abra espaço para que o comen-tem. As questões do livro do alu-no não têm respostas previstas; elas são apenas um roteiro para orientar a discussão e convidá-los a falar sobre o que conhecem da

sentado. Combine com o professor orientador de informática educa-tiva para que eles pesquisem na internet mais sobre o hip hop e, principalmente, sobre o rap, pro-curando ouvir e conhecer as letras de algumas dessas composições.

cultura hip hop em suas comuni-dades. Se necessário, ao longo da conversa, retome trechos do vídeo para que possam esclarecer dúvi-das ou ilustrar suas falas. Exiba mais uma vez o trecho em que o rap “Poesia de concreto” é apre-

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236 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP

• P74 Ouvir gravações de raps.

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L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 8O ANO 237

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238 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP

• P75 Compreender criticamente os sentidos e a intencionalidade de mensagens orais veiculadas nos raps.

A luta pela liberdade e a persistência de ir em busca de um sonho, apesar das circunstâncias impostas pela vida urbana.

Sim, pode-se perceber a intenção de protesto em todo o poema, por exemplo: “cada cidadão persegue a sua cota lutando pra se manter / marcando a mesma rota lutando pra nunca se perder / pra não perder não ver a cara da derrota /estampada na lorota.”; “Entre as paredes de concreto da cidade, se esconde o mundo / de quem faz qualquer negócio só pra não ser taxado de vagabundo / sonhos de adultos se dissipam por segundo a cada insulto do patrão / é o culto do faz de conta que eu sou feliz assim”.

O título é adequado, já que critica as pessoas que desistem de seus sonhos aprisionadas pelo “concreto” da cidade.

São todos aqueles que não se deixam dominar pelas circunstâncias de vida e lutam para realizar seus sonhos.

Os versos não têm o mesmo número de sílabas,mas ocorrem rimas que ajudam a marcar o ritmo.

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L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 8O ANO 239

• P72 Produzir raps, levando em conta a situação comunicativa.

• P73 Cantar raps acompanhando a letra.

• P75 Compreender criticamente os sentidos e a intencionalidade de mensagens orais veiculadas nos raps.

• P76 Trocar impressões.

• P77 Respeitar as diferentes variedades linguísticas faladas.

Organize grupos de três ou quatro participantes para compor os raps. Leia com eles as orientações, en-fatizando a necessidade de que os raps tragam mensagens deestímulo e esperança para melho-rar a vida das pessoas.

Proponha que eles troquem o tex-to com outro grupo, para que se ajudem mutuamente a aperfeiçoar os raps.Depois que todos tiverem termi-nado, organize uma apresentação de cada grupo para a classe.

Para encerrar, peçam que eles copiem a produção do grupo no caderno.

Sim, o poeta escolhe palavras com os mesmos sons:dedicada/cada; cidade/liberdade; restante/semelhante;escorreu/escondes; paredes/partiu.

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L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 8O ANO 241

• P64 Trocar impressões com outros leitores a respeito dos textos lidos.

• P73 Cantar raps acompanhando a letra.

• P74 Ouvir gravações de raps.• P75 Compreender criticamente

os sentidos e a intencionalidade de mensagens orais veiculadas nos raps.

• P76 Trocar impressões.

• P77 Respeitar as diferentes variedades linguísticas faladas.

A apresentação hip hop é o mo-mento culminante do trabalho com esta Unidade. Nela, os alu-nos vão cantar, dançar, apresentar painéis com grafi tes, os textos queproduziram e também outrosque queiram declamar, dramatizar etc. Por isso, eles merecem ter uma grande plateia, composta

por alunos e professores de ou-tras classes, familiares e amigos.Combine a organização com a equi-pe técnica da escola e peça a co-laboração dos demais professores.Elabore com os alunos os convi-tes e a programação, que podem ser impressos e/ou feitos em grandes cartazes, a ser espalha-

dos pelas áreas de maior circula-ção da escola. O traço do grafi te pode estar presente já nesses materiais de divulgação.Procure contagiar a turma com seu entusiasmo, para que todos façam desse um grande momen-to de sua vida escolar e pessoal.

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242 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP

O momento da avaliação de um trabalho é muito importante. É a hora de identifi car avanços e di-fi culdades e de traçar planos para consolidar os primeiros e sanar as últimas.Os alunos precisam tomar cons-ciência de seus progressos e das aprendizagens obtidas.

processo. Valorize bastante as conquistas e minimize as difi -culdades, dizendo que eles ainda têm muito tempo para vencê-las.Por fi m, avalie os poemas vi-suais produzidos e a apresenta-ção hip hop.

Comece a avaliação com uma con-versa informal, dando oportuni-dade a que todos se manifestem.Depois, com a ajuda deles, reve-ja todo o trabalho realizado e vá elencando no quadro as apren-dizagens alcançadas durante o

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244 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP

• P79 Estabelecer conexõesentre o texto e os conhecimentos prévios, vivências, crenças e valores.

Explore os cinco episódios com os alunos, promovendo rodas de conversa em pequenos grupos ou um debate com toda a sala. Neste momento, é importante sistematizar as refl exões deles

sobre os direitos e deveres dos sujeitos em cada situação. Se possível, peça que relatem casos em que eles ou algum familiar ou amigo tiveram de recorrer a leis para exigir seus direitos.

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246 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP

Antes de iniciar as atividades e aprofundar conceitos, discuta com os alunos: “Vocês conhecem o Código de Defesa do Consumi-dor?”, “Quais suas funções?”, “Em que situações ele pode ser aplica-do?”, “Vocês sabem o que é lei?”, “E cidadania?”. Levante também algumas situações, como: “Mui-

conversa, informe aos alunos que existe uma lei que protege o con-sumidor em situações desse tipo.“O Código de Defesa do Consu-midor é uma lei abrangente que trata das relações de consumo em todas as esferas: civil, defi -nindo as responsabilidades e os mecanismos para a reparação

tas pessoas, ao fazerem compras no supermercado, não olham o prazo de validade dos produtos. Quando chegam em casa, perce-bem que o que levaram está com o prazo vencido. Como elas re-solvem tal situação? Voltam ao supermercado? E se lá o problema não for solucionado?”. Após essa

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L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 8O ANO 247

de danos causados; administra-tiva, de fi nindo os mecanismos para o poder público atuar nas re-lações de consumo; e penal, esta-belecendo novos tipos de crimes e as punições para os mesmos”(www.idec.org.br/cdc.asp).

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248 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP

• P78 Relacionar o estatuto ao seu contexto de produção (interlocutores, fi nalidade, lugar e momento em que se dá a interação) e suporte de circulação original (objetos elaborados especialmente para a escrita, como livros, revistas, suportes digitais).

• P79 Estabelecer conexõesentre o texto e os conhecimentos prévios, vivências, crenças e valores.

• P89 Examinar em textos o uso de numerais na orientação dasubdivisão do tema ou na enumeração de propriedades.

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250 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP

Antes da resolução da questão 2, faça uma leitura compartilhada dos incisos do artigo 6o do Código de Defesa do Consumidor. Apro-veite para chamar a atenção dos alunos para o uso de numerais

na organização do tema. Informe que essa é apenas uma parte do código. Se possível, mostre como esse estatuto se encontra organi-zado, dando destaque às divisões em capítulos específi cos.

“A informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços” (inciso III).

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L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 8O ANO 251

Incisos I e III

Os direitos de proteção da vida e saúde, pois o fornecimento de medicamentos fora do prazo de validade pode ser considerado um serviço perigoso e nocivo (inciso I); de informação adequada sobre o preço dos produtos (inciso III); de proteção contra a presença de propaganda enganosa (inciso IV).

Sim, o artigo 6o, inciso VII, que garante o acesso a órgãos judiciários e administrativos para “reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos ou difusos”.

Inciso X

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252 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP

• P81 Inferir o sentido de palavras ou expressões a partir do contexto ou selecionar a acepção mais adequadaem verbete de dicionárioou de enciclopédia.

No item f, mostre aos alunos que o estatuto apresenta uma termi-nologia específi ca e que eles pre-cisam usar o dicionário para se familiarizarem com alguns termos desconhecidos, como também ex-plorar o sentido dessas palavras em diferentes contextos.

Resposta pessoal

Não houve adequação nem efi cácia, pois o posto de saúde deveria ter evitado que isso acontecesse.

O dono da lanchonete está utilizando um método coercitivo de venda, o que não pode ocorrer, pois desrespeita o direito do consumidor.

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L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 8O ANO 253

• P79 Estabelecer conexõesentre o texto e os conhecimentos prévios, vivências, crenças e valores.

O item h exige um planejamento em relação ao tempo de execução da entrevista e socialização com a classe, em rodas de conversa. Se possível, traga outros exem-plos de propaganda enganosa para discutir com os alunos.Conduza a discussão de modo a levar os alunos a perceber que os estatutos se referem: a par-

celas da população (índios, ido-sos, crianças e adolescentes etc.) consideradas mais frágeis na luta por seus direitos ou, ao menos, envolvidas, recorrentemente, em situações de desrespeito a seus direitos; a papéis que as pessoas podem assumir nas relações so-ciais (consumidor, torcedor etc.); ou a determinados temas (por

exemplo, Estatuto do Desarma-mento). Com isso, eles começam a se familiarizar com os textos dos estatutos, por que eles exis-tem, de que temas tratam, quem os elabora, qual sua função re-guladora.Organize pequenos grupos para conversar sobre o trabalho in-fantil, discutindo com a turma as

Resposta pessoal

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254 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP

regras para o bom funcionamento do debate. Após o debate, infor-me que Ásia e Pacífi co formam a região do mundo com o maior número de crianças trabalhando, com 122,3 milhões de pequenos trabalhadores, seguido da Áfri-ca Subsaariana, com 49,3 mi-lhões. Um grupo heterogêneo

leram ou ouviram sobre denúncias de trabalho infantil, explicando que, antes do ECA, as denúncias eram maiores, fato que serviu para acelerar os processos de dis-cussão sobre a elaboração desse estatuto. É importante também mostrar que o ECA está sendo cumprido, porém não totalmente.

de re gi ões, formado por países desenvolvidos, economias em transição e Oriente Médio e Norte da África, tem 13,4 milhões, e em último lugar está América Latina e Caribe, com 5,7 milhões.No Brasil, desde 1934, existem leis que proíbem o trabalho in-fantil. Pergunte aos alunos se já

Apesar de existir o estatuto, seus efeitos sobre a realidade dos problemas sociais ainda deixam muito a desejar. Porém, se ele não existisse, o problema seria ainda maior.

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L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 8O ANO 255

As crianças, fazendo trabalhos pesados destinados a adultos, sem ter força física sufi ciente para executá-los, podem ter sérios prejuízos em sua formação, tanto física como mental, afetiva e mesmo social, já que não estão aproveitando essa fase debrincar e se socializar com outras crianças.

Sim, porque estão trabalhando sem a proteção adequada,como roupas e protetores solares.

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256 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP

Signifi ca fazer valer o estatuto, ou seja, cumprir a lei prevista nesse documento e, consequentemente, erradicar o trabalho infantil no país.

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L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 8O ANO 257

• P93 Comentar ejustifi car opiniões.

Antes da leitura do estatuto, le-vante situações como: “Algumas famílias têm cinco fi lhos e o pai e a mãe precisam trabalhar. Os dois fi lhos mais velhos não po-dem ir à escola, pois precisam cuidar dos irmãos mais novos. Essa é a melhor maneira de re-solver a situação?”. Explique que

existem creches para os mais novos, permitindo aos fi lhos em idade escolar frequentar a escola, e que esse direito é garantido por um documento de lei: o ECA. Se possível, mostre aos alunos um exemplar do estatuto, discutindo com eles onde podem encontrar o texto para consulta e uso.

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258 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP

• P81 Inferir o sentido de palavras ou expressões a partir do contexto ou selecionar a acepção mais adequadaem verbete de dicionárioou de enciclopédia.

X

Aquilo que vem antes.

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L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 8O ANO 259

• P80 Estabelecer a relaçãoentre o título, subtítulo eo corpo do texto.

• P81 Inferir o sentido de palavras ou expressões a partir do contexto ou selecionar a acepção mais adequadaem verbete de dicionárioou de enciclopédia.

• P86 Identifi car possíveis elementos constitutivos da organização interna de um estatuto: títulos, capítulos, seções e artigos, data, assinaturas e rubricas.

• P88 Examinar em textoso uso de formas verbais no imperativo, no infi nitivo ou no futuro do presente em sequências instrucionais.

Procure chamar a atenção dos alunos para o uso de verbos pró-prios do contexto jurídico. Por exemplo: a lei dispõe sobre algo, isto é, determina, daí o uso do verbo dispor; o que é lei deve ser cumprido, há um sentido de obrigação, de dever, que per-

meia a esfera jurídica, por isso se utiliza o verbo dever. Leve-os a perceber a linguagem imposi-tiva do estatu to, assim como a relação entre o “Título I – Das Disposições Preliminares” e o corpo do texto, com base no es-tudo do verbo dispor. Além disso,

é impor tante mostrar que o verbo no tempo presente é caracterís-tico do texto legal, pois as leis são feitas para entrar em vigor na data de sua publicação, valendo para o momento presente.

O verbo explicar não teria o mesmo efeito, pois tem o sentido de expor, dar uma explicação, e não de uma determinação, como o verbo dispor. Assim, não seria possível a substituição, porque dispõe é mais adequado de ser utilizado no contexto jurídico, já que a lei deve ser cumprida, não somente esclarecida, explicada.

Sim, haveria mudança. O texto deixaria de ser entendido como lei, pois o texto legal não pode referir-se ao passado nem ao futuro, já que está em vigor no momento de sua leitura. A lei até pode ser revogada e deixar de existir, mas, em sua vigência, ela está valendo e, portanto, refere-se ao tempo presente da leitura.

O tempo presente é utilizado para garantir certeza ao que está sendo dito. O presente do indicativo é considerado o tempo categórico.

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260 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP

O parágrafo no texto legal procura esclarecer, completarou detalhar partes do artigo. Os parágrafos são adendos, ou subseções do artigo, que apresentam o caráter excepcional da ideia maior descrita no artigo.

X

Mostrar que, embora indivíduos dessa idade devessem estar fora da abrangência da lei, em situações fora do comum, isto é, extraordinárias, o ECA se aplica a eles também.

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L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 8O ANO 261

• P86 Identifi car possíveis elementos constitutivos da organização interna de um estatuto: títulos, capítulos, seções e artigos, data, assinaturas e rubricas.

Os direitos à vida, à saúde, à liberdade, à família, à vida em comunidade, à educação, ao lazer, à informação, à cultura, à profi ssionalização, à proteção no trabalho, consumo, autorização para viajar etc.

O texto é organizado em títulos, que se dividem em capítulos.Alguns capítulos podem ser divididos em seções e estas,em subseções.

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262 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP

• P80 Estabelecer a relaçãoentre o título, subtítulo e o corpo do texto.

• P81 Inferir o sentido de palavras ou expressões a partir do contexto ou selecionar a acepção mais adequadaem verbete de dicionárioou de enciclopédia.

• P86 Identifi car possíveis elementos constitutivos da organização interna de um estatuto: títulos, capítulos, seções e artigos, data, assinaturas e rubricas.

• P88 Examinar em textos o uso de formas verbais no imperativo, no infi nitivo ou no futuro do presente em sequências instrucionais.

• P89 Examinar em textos o uso de numerais na orientação da subdivisão do tema ou na enumeração de propriedades.

Oriente os alunos na realização das atividades propostas, assegu-rando-se de que compreenderam o sentido das palavras e expres-sões típicas desse gênero.

Organizar e subdividir os temas, além de enumerar as partes principais do texto: títulos, capítulos e seções.

X

Mostrar o tom de obrigatoriedade, próprio do texto da lei.

Gozar: possuir, aproveitar-se;inerente: próprio, específi co;assegurar: garantir;facultar: permitir.

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L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 8O ANO 263

Sim, porque o estatuto defende, no artigo 3o, “o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social” da criança e do adolescente “em condições de liberdade e de dignidade”, além de prever, no artigo 4o, os direitos à educação, ao lazer etc., os quais lhe são tomados com o trabalho infantil, impedindo a ampliação de seu universo cultural, cognitivo e afetivo.

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• P86 Identifi car possíveis elementos constitutivos da organização interna de um estatuto: títulos, capítulos, seções e artigos, data, assinaturas e rubricas.

• P88 Examinar em textoso uso de formas verbais no imperativo, no infi nitivo ou no futuro do presente em sequências instrucionais.

• P89 Examinar em textos o uso de numerais na orientação dasubdivisão do tema ou na enumeração de propriedades.

Na questão 13, os alunos devem observar, no parágrafo único, a justaposição dos enunciados e o uso de alíneas (letras a, b, c, d) na orientação da subdivi-são do tema, assim como esta-belecer conexões entre o texto e seus conhecimentos prévios.

pessoa do presente do indicativo (tempo categórico). A ausência de pronomes de primeira pessoa (singular ou plural) e de adjeti-vos também confere objetividade à linguagem do estatuto.

Faça com que percebam que a linguagem do estatuto é muito impessoal, que não há marcas que nos levem a pensar que o texto escrito é a opinião de al-guém, embora tenha surgido da discussão entre várias pessoas. Todos os verbos estão na terceira

O poder público e os pais ou responsável

Segundo o estatuto, é obrigação dos pais ou responsável matricular os fi lhos nas escolas e zelar por sua frequência, cabendo à direção escolar comunicar ao Conselho Tutelar caso algum aluno não esteja mais frequentando as aulas, apresente sinais de maus-tratos ou esteja com elevado índice de repetência, conforme prevê o artigo 56.

Porque essa forma evidencia o tom de certeza.

As crianças e os adolescentes, atendendo ao que estabelece a alínea a desse parágrafo.

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As crianças e os adolescentes, por causa da obrigatoriedade exigida na alínea b desse parágrafo.

Aquelas que forem destinadas às crianças e aos adolescentes, porque é o que determina a alínea c desse parágrafo.

Mostrar que são assuntos distintos que fazem parte da ideia maior: garantia de prioridade.

Porque é preciso deixar claro que todos os itens, nessa ordem, pertencem ao parágrafo único do artigo.

Não, a ordem de apresentação do conteúdo de cada alínea segue uma hierarquia, colocando primeiro o que é considerado “primazia”, depois a “precedência”, em seguida a “preferência” e por fi m a “destinação”.

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Para dar maior visibilidade e importância a cada uma das ca tegorias apresentadas. As subdivisões fazem parte do gênero estatuto, sempre enumeradas, a fi m de destacar o conteúdo de cada uma delas.

Todo o estatuto apresenta subdivisões, de modo que estas são uma característica da estrutura do gênero. O estatuto é dividido em títulos, subdivididos em capítulos; cada capítulo apresenta dado número de artigos, que muitas vezes contêm um ou mais parágrafos, os quais podem apresentar também subdivisões, as alíneas.

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O poder judiciário, pois o estatuto é uma lei, ou conjunto de leis, que disciplina as relações jurídicas. Um cidadão também pode atuar para que a lei se faça valer, mas ele deve procurar o sistema judiciário, pois este é o único com poder para intervir legalmente nas questões jurídicas.

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Na questão 17, leve os alunos a perceber quem são os interlo-cutores, mostrando, nos próprios estatutos, a quem eles se dirigem especifi camente e dizendo que um estatuto, para cumprir seus objetivos, deve ser vigiado pelas pessoas da comunidade.

Se quiser explorar outros textos que conversam com o estatu-to, apresente-lhes o poema de Thiago de Mello “Os estatutos do homem”. Diga-lhes que esse poema retoma a questão dos di-reitos humanos sob nova ótica: a da poesia.

No primeiro parágrafo, foram acrescentadas a informação de quem ouvirá a criança ou o adolescente sobre a adoção, tutela ou guarda, ou seja, uma equipe interprofi ssional, e a de que sua opinião será considerada respeitados seu estágio de desenvolvimento e grau de compreensão sobre as implicações da medida (não simplesmente considerada). Já no segundo parágrafo, há uma mudança, de fato, da lei – não apenas acréscimo –, pois não será levado em conta o grau de parentesco ou afetividade da criança ou do adolescente com a família em todos os casos, como previa a lei anteriormente, e sim, a partir dos 12 anos, seu consentimento pronunciado em audiência.

Destinam-se à sociedade como um todo, de modo que seus membros possam vigiar seu cumprimento e denunciar possíveis descumprimentos.

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• P78 Relacionar o estatuto ao seu contexto de produção (interlocutores, fi nalidade, lugar e momento em que se dá a interação) e suporte de circulação original (objetos elaborados especialmente para a escrita, como livros, revistas, suportes digitais).

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• P92 Participarconstrutivamente de debates com o conjunto da turma.

• P93 Comentar ejustifi car opiniões.

Se possível, antes de exibir o vídeo, peça que os alunos pes-quisem e leiam a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Discuta com eles os aspectos escolhidos pelo programa Pé na rua, solicitando sua opinião em relação aos pontos de vista dos entrevistados.

Além disso, ajude-os a relacio-nar os direitos com as cenas de fi lmes e de aspectos da História. Se possível, explore o vídeo com o auxílio do professor de Histó-ria, pois cenas de fi lmes, fotogra-fi as e outros documentos podem contribuir para o debate em sala de aula.

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L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 8O ANO 271

Sistematize os resultados da ques tão 3 na lousa, produzindo um gráfi co com os alunos. Em se-guida, promova um debate sobre o porquê de alguns pontos se-rem mais votados do que outros.Na questão 5, organize também um momento de sistematização

dos resultados para que os alu-nos possam comparar os pontos que cada um destacou para a elaboração dos cartazes de pro-testo. Discu ta com eles a função das passeatas e dos movi mentos sociais organizados em luta dos direitos humanos. A parceria

com os professores de História e Geografia pode favorecer a ampliação do tema, assim como a escolha de fi lmes, músicas e documentários para exibir para a turma.

Resposta pessoal

Resposta pessoal

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• P92 Participarconstrutivamente de debates com o conjunto da turma.

• P93 Comentar ejustifi car opiniões.

É importante levar os alunos a refl etir sobre a produção do Es-tatuto da Sala de Aula. Caso não pensem em nenhuma situação, direcione a discussão para a convivência na escola ou na sala de aula. Os temas podem estar relacionados com aprendizagem, convivência, zelo, direitos e de-veres de cada um dos envolvidos.

regrado. Nesse momento, propo-nha a elaboração de um debate regrado com o objetivo de levan-tar as principais ideias que cons-tarão do estatuto, os subtemas, como será elaborado, se haverá uma comissão para sistematizar as contribuições de toda a turma.Recolha as anotações e, em casa, pense na reorganização dos gru-

Reitere o que foi trabalhado a respeito das discussões que per-meiam a elaboração de um esta-tuto até sua redação fi nal e pu-blicação. Depois, refl ita com os alunos sobre diversas formas de dis cussão, a fi m de contextua lizar o gênero debate regrado. Conver-se sobre as diferenças entre con-versa, briga, discussão e debate

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L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 8O ANO 273

pos de acordo com as seme-lhanças apontadas pelos alunos.Faça com eles o modelo de um ar tigo do estatuto, chamando sua atenção para o vocabulário espe-cífi co para esse gênero de texto.

Se possível, grave o ensaio dos alunos para que eles possam as-sistir ao vídeo posteriormente e avaliar sua performance para, as-sim, refl etir sobre o que poderiam fazer diferente.

• P92 Participarconstrutivamente de debates com o conjunto da turma.

• P93 Comentar ejustifi car opiniões.

• P94 Respeitar asnormas reguladoras do funcionamento do debate.

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Se o debate foi gravado, procure chamar a atenção dos alunos para a qualidade da interação, ou seja, qual a relevância dos argumentos, as trocas de turnos, a considera-ção da opinião alheia, o uso de contra-argumentos. Faça pausas no vídeo ou volte sempre que jul-gar necessário para os alunos não perderem essa avaliação.

• P92 Participarconstrutivamente de debates com o conjunto da turma.

• P93 Comentar ejustifi car opiniões.

• P94 Respeitar asnormas reguladoras do funcionamento do debate.

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• P92 Participarconstrutivamente de debates com o conjunto da turma.

• P93 Comentar ejustifi car opiniões.

• P94 Respeitar asnormas reguladoras do funcionamento do debate.

É imprescindível que os alu-nos tomem consciência de suas aprendizagens e também dos as-pectos em que precisam melhorar. Por isso, ao terminar a Unidade, peça que eles falem sobre o que aprenderam e revejam as ativida-des produzidas.

Tanto os alunos como você de-vem comentar os assuntos de quemais gostaram, bem como os pontos mais problemáticos. É importante que todos compre-endam que essa avaliação deve contribuir para a melhoria das futuras aprendizagens.

Vá listando na lousa as aprendi-zagens realizadas, para que de-pois eles as registrem no livro. Avalie com eles o debate regra-do, destacando os aspectos po-sitivos e os que ainda precisam ser aprimorados.

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