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www.cadesign.com.br • Ano 14 • nº 123 • R$ 11,90 Mecânica 2008 Conheça os Lançamentos Máquinas CNC Solução para produção flexível Mix de CAD Vantagens e desvantagens Catia•SolidWorks•AutoCAD•StudioTools•Inventor•HyperMesh•TopSolid•Delmia CAM Escolha certa evita prejuízos World Press Days Autodesk lança linha 2009 ISBN 1413-9451 IBÉRIA EDITORA

CADesign-RevistaMecanicaTecnologia

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www.cadesign.com.br • Ano 14 • nº 123 • R$ 11,90

Mecânica 2008Conheça osLançamentos

Máquinas CNCSolução paraprodução fl exível

Mix de CADVantagens e desvantagens

Catia•SolidWorks•AutoCAD•StudioTools•Inventor•HyperMesh•TopSolid•Delmia

CAMEscolha certaevita prejuízos

World Press DaysAutodesk lança

linha 2009

ISBN 1413-9451

IBÉRIA EDITORA

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Í n d i c e

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S e ç õ e s06 Visor

Novidades em software, hardware e serviços

R e p o r t a g e n s / a r t i g o s09 CAE - Artigo

Engenheiros ainda acreditam que CAE é esotérico e caro

12 Mecânica 2008 Conheça os lançamentos para projeto e fabricação de produtos

16 Mix de CAD Veja as vantagens e desvantagens da combinação de diversos CADs

24 CAE Indústrias necessitam de profissionais qualificados

29 CAM Escolha certa evita prejuízos com máquinas e materiais caros

35 Máquinas CNCA solução ideal para a fabricação flexível, em pequenos lotes

38 World Press DaysAutodesk lança, em San Francisco, versões 2009 de seus softwares

R e v i e w42 AutoCAD 2009

Avaliação - Mudança radical na interface ... e o que mais?

T u t o r i a i s46 HyperMesh

Aprenda a utilizar o software para otimizar produto (Parte 1)

50 TopSolid WoodProjete uma estação de trabalho para diretoria (Parte 2)

54 Catia

Veja como guardar conhecimentos para futuros projetos (Parte 1)

56 Delmia Crie um "humano" e o faça carregar uma caixa na fábrica (Parte 1)

58 Inventor Utilize recursos da versão 2008 para projetar um molde (Parte 1)

62 StudioToolsUse o Duplicate Place para trabalhar com elementos repetitivos

64 SolidWorks A prenda a explorar os recuros de edição da versão 2008 (Parte 2)

World Press Days: Autodesk já chegou a 2009

Máquinas CNC: Viabilizam produção flexível

Mix de CAD: Solução ou problema?

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E d i t o r i a l

CADesign Mecânica & Tecnologia

Maria Edicy Moreira

Nos últimos anos o mercado de tecnologias (software e hardware) para os setores de engenharia mecânica e AEC (Arquitetura, Engenharia Civil e Construção) cresceram tanto que, após 14 anos trabalhando com uma CADesign “híbrida” (Mecânica + AEC), sentimos a necessidade de dividir a já consolidada CADesign, que todos conhecem, em dois novos títulos: CADesign Mecânica & Tecnologia e CADesign AEC & Tecnologia.

Assim poderemos atender de forma personalizada aos interesses de cada segmento de mercado e, esperamos continuar contando com sua preciosa atenção e intresse, agora pelos dois novos títulos que seguirão em paralelo, mas ao mesmo tempo muito juntos para que você continue tirando proveito das duas revistas e expandindo seus horizontes, seja você do setor de manufatura ou AEC.

Agora você está recebendo a primeira CADesign Mecânica & Tecnologia a qual preparamos com um carinho especial e esperamos que atenda aos seus interesses no campo técnico e amplie sua visão em relação aos negócios que impulsionam as tecnologias para projeto e fabricação de produtos, que por sua vez, impulsionarão a indústria e a economia.

Nesta edição, que será lançada oficialmente na Feira Mecânica, que acontece em São Paulo, entre os dias 13 a 17 de maio, você vai encontrar uma reportagem sobre as novidades em software hardware que as empresas fornecedoras de tecnologia para projeto e fabricação de produtos estarão apresentando no evento. Trabalhar com múltiplos CADs é hoje quase uma exigência. Conheça as vantagens e desvantagens dessa combinação.

Para você que se interessa por sistemas CAE trazemos as novidades sobre o setor e casos de sucesso mostrando a experiência dos usuários. Veja também como os softwares CAM estão mudando os conceitos e os processos de fabricação de produtos. Apresentamos, em outra reportagem, a importância das máquinas CNC para viabilizar a produção em pequenos lotes tão almejada pelas indústrias do mundo globalizado.

Se você se interessa por tutoriais, vai poder se “divertir” com tutoriais no Catia, Delmia, Inventor, SolidWorks, HyperMesh, TopSolid Wood, StudioTools e ainda saber o que há de novo AutoCAD 2009, em uma avaliação independente, feita pelo nosso consultor João Santos, de Portugal.

PS.: Aguarde a CADesign AEC & Tecnologia. Em breve!

Boa leitura!

IBÉRIA EDITORA

www.cadesign.com.br

Diretor executivo Cláudio Oliva

Diretor Administrativo Olavo Oliveira Filho

Diretor Editorial Ronaldo Silva

Editora Maria Edicy Moreira [email protected]

Gestor de relacionamento Silvio Carlos [email protected]

Assinatura Rafael Escobar e Sônia [email protected]

Colaboraram nesta edição Arthur Zanetti, Danilo M. Prudêncio, Glauber Longo, João Santos, Jun Matumoto, Marcelo Hendler, Oscar Siqueira, Rafael Fernandes, Thomas Langer, Timoteo Mülller e Valdir M. Cardoso

Publicidade e administração

Brasil Escritório São Paulo Rua Adib Auada, 262 Sala 08 Granja Viana CEP 06710-700 Cotia - SP Tel.: 55 11 4777 9837 Fax: 55 11 4702 3798 [email protected]

Redação: Av. Paulista, 960/150401310-911 São Paulo - SP55 11 3262 1616 ou 55 11 8966 5810

AssinaturaRafael Escobar e Sonia Simõ[email protected].: 55 11 4612 2305

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Sede Portugal Rua D. Lopo de Almeida, 10 4300-304 - Porto - Portugal Tel.: 351 22 589 9610 Fax: 351 22 589 9619

Divisão Comercial/Marketing Cláudio Oliva - Diretor Executivo [email protected] Diagramação Rogério Quaglio [email protected]ão: Van Moorsel, Andrade & Cia EditoraCircução: DPA Cons. Editoriais

Distribuição Nacional: Fernando Chinaglia Distribuidora

ISSN 1413-9456 As fotos de divulgação foram cedidas pelas fontes mencionadas nos textos. Não é permitida a reprodução sem autorização por escrito. A Ibéria Editora não se responsabiliza por informações, conceitos ou opiniões emitidos em artigos assinados nem pelo teor de anúncios. Ninguém está autorizado a solicitar produtos ou verbas em nome da Ibéria Editora.

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V I S O RM e r c a d o

A HP anunciou, no mês de março, em São Paulo, a fabricação local de dois modelos de suas worksta-tions: xw4550 e xw4600.

O objetivo da em-presa é reforçar sua estratégia

em desmistificar a idéia de que works-tation é um produto

complexo e de alto custo. Esse novo posicionamento e os investimentos feitos no país já deram frutos. Vinícius Rossato, gerente de produto na área de workstations da HP Brasil, disse que a empresa acaba de conquistar a liderança no mercado de workstations com 42,8% de participação, de acordo com o relatório referente ao quarto trimestre de 2007, emitido pelo IDC.

Juan Jimenez, vice-presidente do grupo de sistemas pessoais da HP Brasil, disse que a fabricação local des-ses produtos terá como efeito imediato a redução de

“Investir no Brasil é um ótimo negócio e nós vie-mos para ficar. Temos um compromisso de longo pra-zo com o país e estamos prestando muita atenção não só no mercado comercial, mas também no mercado educacional”, disse o vice-presidente internacional de vendas da SolidWorks, Bertrand Sicot, em recente visita ao Brasil. Ele disse que o sucesso da Solid-Works no Brasil é resultado dos investimentos feitos no suporte às revendas em nível técnico e também na orientção sobre o gerenciamento de negócios.

A preocupação com o canal de vendas passa tam-bém pela contratação de novas revendas como a Inno-varTI, de São Paulo, que acaba de entrar para o clube da SolidWorks. A empresa incentiva também a expansão das revendas já contratadas, como o recente caso da MAX3D que, além de sua sede em São Leopoldo (RS), tinha um escritório em Duque de Caxias, e agora acaba de anunciar a abertura de dois novos escritórios em Curitiba (PR) e São José (SC). “Foi essa preparação das revendas que nos fez crescer 39% na América Latina

custos e do prazo de entrega. “A HP está apostando cada vez mais nesse mercado, pois existe um grande nicho a ser explorado nos segmentos de arquitetura, engenharia, óleo e gás e no setor de finanças”. O exe-cutivo disse que no primeiro ano de fabricação local das duas workstations, a HP espera um aumento de pelo menos 10% nas vendas.

Durante o evento a HP anunciou também a com-plementação de sua linha de workstations, trazendo ao Brasil dois modelos impotados, baseados na tec-nologia do processador Intel Xeon Quad-Core, que ainda não justificam a fabricação local.

As novas workstations são mais potentes do que as que serão produzidos no Brasil. O modelo HP série xw6600 se destaca pelo baixo o ruído, tamanho redu-zido e alta capacidade de expansão. O modelo xw8600 é o equipamento Intel mais potente do portfólio HP. Ambos tendem às necessidades de processamento exigidas por projetos de engenharia, computação di-gital, produção de vídeo, multimídia etc. www.hp.com.br

HP anuncia fabricação local de workstations

Workstation HP xw4600

e nos deixa com expectat ivas muito positivas em relação a 2008”, disse Car-los Beato, diretor de vendas para a América Latina.

A SolidWorks se firmou no mer-ca do por causa do seu canal de vendas e também das parcerias com desenvolvedores de software que criam soluções complementares ao CAD SolidWorks. Agora esse tipo de parceria está prestes a chegar ao Brasil. Oscar Siqueira, country manager da So-lidWorks Brasil, disse a empresa está tratando com empresas locais sobre o desenvolvimento de softwa-res para complementar o SolidWorks e que, em bre-ve os produtos brasileiros chegarão ao mercado. www.solidworksbrasil.com.br

“Investir no mercado brasileiro é um ótimo negócio”

Da esq. p/ dir.: Bertrand Sicot, Carlos Beato e Oscar Sigueira

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7

Pro/Engineer Wildfi re 4.0 chega ao mercado

A PTC está lançando a versão 4.0 do Pro/Engineer Wildfire com soluções em 3D CAD/CAM/CAE. A nova versão ganhou fer-ramentas de segurança como a tecnologia RME (Rights Mana-gement Extension) que prote-ge os arquivos com criptografia. “A tecnologia evita os riscos da espionagem industrial”, explica Helio Samora, diretor da PTC para América Latina.

A concepção de produtos também ficou mais rápida e colaborativa. O novo módulo ECAD-MCAD (Electronic e Me-chanical CAD) acelera a comu-nicação entre projetos eletro-mecânicos, permitindo identi-ficar mudanças e correções a serem feitas em MCAD e nas placas de circuito impresso em ECAD. O Pro/E 4.0 traz ainda o Auto Round Technology para arredondamento automático de peças, reduzindo o tempo de execução da tarefa. Che-gam também novos recursos e melhorias nas features para trabalho com grandes monta-gens, conversão de geometrias e análise de tolerância.www.ptc.com

Revenda SolidWorks A InnovarTI, nova revenda da SolidWorks, está investindo alto para, segundo seu diretor, Álvaro Junckes, oferecer uma estrutura de negócio diferenciada, que in-tegra TI, projetos de engenharia e gestão, e agora a distribuição do SolidWorks e seus softwares complementares.www.inovarti.com.br

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9

ArtigoCAE

Engenheiros ainda acreditam que CAE é esotérico e caro

Oscar Siqueira

Embora os benefícios da análise de projetos sejam ób-vios em todos os produtos e, acessíveis para a maioria dos profissionais e empresas, inclusive as pequenas e médias, numerosos equívocos cercam o uso do software de simu-lação e análise de projetos.

Quando um projetista recebe o desafio de criar um novo produto, algumas questões importantes passam a persegui-lo: Qual a finalidade do produto? Quais materiais serão utilizados? Funcionará a contento? Será inovador? É comercialmente viável? Entretanto, a pergunta que fazemos é: como um profissional espera se antecipar e responder com exatidão sobre o futuro sem recursos tecnológicos para ajudá-lo?

Estudos revelam que sete entre cada dez engenheiros usuários de CAD 3D acreditam que a análise de projetos com base em FEA (Análise por Elementos Finitos), CFD (Dinâmica dos Fluidos Computacional), entre outros métodos de simulação e análise, é esotérica, cara e difícil de usar. Acreditam ainda que os softwares de análise de projetos exigem PhD para serem utilizado; que só podem ser empregados por empresas realmen-te grandes e que não são necessários para o tipo de trabalho que realizam.

"Pesquisa feita no MIT revelou que 51% dos entrevistados aprenderam a usar sistemas de análise em cinco dias"

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ArtigoCAE

10

Como resultado, muitos engenheiros conduzem pro-

jetos não-testados até o protótipo ou até a produção,

prejudicando a qualidade do produto e valiosos relacio-

namentos com os clientes, além de aumentar os custos

da companhia.

Em termos simples, análise de projetos é uma po-

derosa tecnologia de software para simular comporta-

mentos físicos no computador. O objeto quebrará? O

objeto irá deformar? Aquecerá excessivamente? Esses

são alguns tipos de perguntas que a análise de projetos

responde com precisão. Em vez de fabricar um protó-

tipo e desenvolver procedimentos de teste complexos

para analisar o comportamento físico de um produto,

os engenheiros podem obter essas informações de

maneira rápida e precisa no computador.

M e n o s p r o t ó t i p o s f í s i c o sNa última década, o poder da análise de projetos em

minimizar ou até eliminar a necessidade de prototi-

pagem física e testes, fez com que a tecnologia se

tornasse preponderante no mundo das indústrias. A

verdade sobre os softwares de análise ou CAE (Com-

puter Aided Engineering) é que não são caros nem

difíceis de usar. Pesquisa feita pelo MIT (Instituto de

Tecnologia de Massachusetts) revelou que 51% dos

usuários entrevistados aprenderam a utilizar um sis-

tema de análise em apenas cinco dias.

Antes do advento dos softwares de análise de projetos,

o único caminho possível para se testar um produto desen-

volvido antes de colocá-lo no mercado era a construção

de protótipos físicos. Esses protótipos são caros e a fabri-

cação demorada, prolongando o ciclo de desenvolvimento

do produto, especialmente quando é necessário produzir

vários protótipos.

Testes em protótipos físicos freqüentemente reve-

lam problemas que exigem modificações no projeto,

resultando em nova prototipagem e testes adicionais

para se examinar o projeto modificado. Em função

disso, as empresas simplesmente não podem construir

e testar o número de protótipos físicos necessário para

chegar a um projeto otimizado e acabam aceitando

um projeto “suficientemente bom” em vez de buscar

a otimização do produto.

P r o d u t o s u l t r a p a s s a d o sEm outros casos, projetistas simplesmente permanecem

no mesmo rumo reproduzindo produtos ultrapassados,

preferindo continuar com conceitos que funcionaram

no passado em vez de procurar inovar e abrir novos

horizontes. A premissa é: “Se não estiver quebrado,

não tente consertar” quando deveria ser “se não

estiver quebrado, ainda assim pode ser necessário

consertar”.

A realidade é que permanecer nessa situação de

“conforto” pode custar muito dinheiro a uma empresa

em termos de oportunidades perdidas para a intro-

dução de produtos modernos com melhor qualidade,

esteticamente mais agradáveis e mais desejados pelos

consumidores.

No mundo real da fabricação, a redução do número

de repetições projeto-protótipo-teste, por intermédio

dos softwares de simulação e análise, elimina atrasos,

reduz despesas relacionadas à prototipagem e testes

físicos e melhora a qualidade do produto, abrindo

novas possibilidades para o lançamento de produtos

inovadores.

De acordo com pesquisas realizadas junto aos usuá-

rios de software de análise de projeto, o uso desses

sistemas reduz o número de protótipos em no mínimo

25%. Isso comprova que engenheiros podem e devem

utilizar a análise de projetos para praticamente todos

os tipos de desenvolvimento de produto e trabalho de

pesquisa imaginável.

Para analisar projetos de máquinas, plásticos mol-

dados por injeção, sistemas de resfriamento, produ-

tos que emitem campos eletromagnéticos e sistemas

influenciados por dinâmicas de fluídos são apenas

alguns exemplos de como empresas utilizam análises

de projetos.

A o t i m i z a ç ã o Provado que a análise de projetos hoje é uma ferramenta

acessível e essencial, engenheiros empenhados em projetar

produtos considerados os melhores e mais lucrativos para

determinada função devem dar o próximo passo em termos

de CAE: a otimização!

Os recursos de otimização presentes nas melhores

ferramentas de análise fornece idéias rápidas e eficazes

de como aprimorar o produto e produzir os melhores

resultados. No estágio conceitual de um projeto, o

engenheiro pode utilizar a otimização para verificar

se o projeto básico apresenta, por exemplo, materiais,

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11

ArtigoCAE

espessura de parede, recursos de rigidez e métodos

de fixação corretos.

A não-otimização do projeto de produtos pode

aumentar as despesas, por exemplo, com o uso de

material em excesso. Economizar apenas um décimo

de centavo por unidade pode totalizar uma soma ra-

zoável quando o fabricante for produzir milhares de

unidades. Estudos mostraram que 80% dos custos de

fabricação de um produto se concentram no projeto,

razão pela qual a capacidade de executar repetições

rápidas e econômicas antes da liberação do projeto

se tornou uma vantagem essencial para fazer frente

à concorrência.

O t i m i z a ç ã o n a p r á t i c a A Diedro, empresa brasileira que fabrica máquinas espe-

ciais para montagem, teste, soldagem, controle, extrusão,

usinagens, ferramentas especiais e automação de linhas

de montagem de componentes, usou uma ferramenta de

análise e otimização para testar a resistência das peças

antes da fabricação e isso deu a empresa garantias de

satisfação do cliente, maior qualidade e rapidez no ciclo

de produção.

É possível obter muito mais de um projeto otimizado,

chagando a percepção da situação. Os projetistas devem

entender que esse recurso disponibiliza diversas soluções

para o mesmo problema, soluções que devem ser conside-

radas à luz das necessidades de fabricação para se obter o

melhor e mais lucrativo produto no final do dia.

Outro exemplo, a Alliance Spacesystems, Inc. (ASI),

com sede na Califórnia (EUA), projeta e fábrica sistemas

mecânicos de robótica, estruturas e mecanismos para ins-

trumentos espaciais e científicos. É importante lembrar que

a ASI criou braços robôs usados nos veículos exploratórios

“Spirit” e “Opportunity” altamente bem-sucedidos e desen-

volvidos pela NASA para a missão Veículos Exploratórios

de Marte (MER).

A companhia utilizou software de análise integrado

ao CAD 3D para testar e otimizar o projeto de peças e

montagens. Para a ASI, cada grama de peso e milímetro

de espaço reduzidos representa uma grande economia de

gastos. A equipe conseguiu reduzir a massa de um braço

robótico em 20% equivalente, na indústria automotiva,

ao espaço necessário para o motor e a transmissão de

um carro, além de manter o nível de trabalho dobrado

em menos de 1%.

11

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SolidWorks Brasil

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Page 12: CADesign-RevistaMecanicaTecnologia

EventoMecânica 2008

12

Soluções para projeto e fabricação de produtos

de engenharia reduzindo, a necessidade de protótipos físicos. O AutoCAD Mechanical, da família do AutoCAD, traz novos recursos para criação de desenhos e esboços mecânicos, além do detalhamento e documentação de modelos originários do Inventor, facilitando a docu-mentação dos projetos em 2D.

O AutoCAD Electrical transfere esboços e informa-ções de projetos elétricos para o Inventor possibilitando a criação automática dos desenhos de ligações em 3D, além de adicionar dados de controle dos componentes elétricos aos protótipos digitais criados no Inventor. Da mesma forma que o usuário pode transferir informações de conectividade de fios elétricos criadas no Inventor para o AutoCAD Electrical e detalhar o projeto em 2D automaticamente.

O Productstream complementa a família de soft-wares para a concepção de produtos e gerenciamento de projetos. A solução PDM fornece uma abordagem modular para controle de dados do produto otimizando o desenvolvimento do projeto.

O AliasStudio traz novidades que irão facilitar ainda mais a concepção de produtos. O software apóia o usuário em todas as etapas de concepção do produto (do esboço aos modelos conceituais em 3D) possibi-litando a troca de dados e arquivos comuns entre o designer e a equipe de engenharia responsável pelo detalhamento do projeto.

O software de visualização, Showcase, também chega à nova versão trazendo recursos que tornam a renderização de modelos 3D em tempo real mais

Maria Edicy Moreira

A Mecânica 2008 - 27ª Feira Internacional da Me-cânica, que acontece entre os dias 13 e 17 de maio de 2008, em São Paulo, apresenta as últimas novidades tecnológicas para indústrias de diversos segmentos como manufatura, indústrias de processos, indústria petroleira, indústria naval, entre outras. Veja a seguir algumas novidades nas áreas de software e hardwate para projeto e fabricação de produtos.

A Autodesk terá como principal destaque o lança-mento da versão 2009 de toda a sua linha de softwa-res voltada ao setor de engenharia mecânica como o Inventor, CAD que oferece ferramentas para a criação de protótipos digitais e validação de projetos e dados

Máquina CNC,Romi D2000, que

será lançada na Mecânica 2008

Page 13: CADesign-RevistaMecanicaTecnologia

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dinâmica e a visualização de automóveis, aviões etc. ex-tremamente realista, acelerando a tomada de decisão em relação a novos produtos. O software fornece ainda um ambiente no qual é possível apresentar e revisar projetos antes da tomada de decisão.

A SKA apresenta as soluções da SolidWorks para pro-jeto mecânico em 3D como o SolidWorks, para design e projetos de produtos nos mais diversos ramos da indústria de manufatura. Os visitantes poderão conhecer também os aplicativos SolidWorks que funcionam integrados ao CAD SolidWorks como o PDMWorks Enterprise, gerenciador de dados de produto para SolidWorks; o COSMOS, software CAE para análise de projetos integrado ao SolidWorks, além de aplicativos de empresas parceiras da SolidWorks como Imold, para projetos de moldes; Logopress, para projetos de chapas metálicas com geometrias complexas e o DriveWorks, para automação de projetos baseada em regras.

Outro destaque no estande da SKA será a nova versão do EdgeCAM, software CAM para usinagem de moldes e produtos, possibilitando a fabricação de peças seriadas, projetos especiais em máquinas de 2 a 5 eixos, inclusive multitarefa e com capacidade para usinar em alta velo-cidade.

Ainda no segmento de CAM a SKA apresenta o Lantek, software para programação de máquinas de corte de cha-pas (oxicorte, plasma, laser, jato d’água, puncionadeira, guilhotina). O software traz soluções de corte, punciona-mento, desenho de peças em 3D e planificação, corte e desenho de tubos e perfis, entre outras, para as empresas que trabalham com corte de chapas.

Projetodesenvolvido no Inventor, que terá sua versão 2009 lançada na Mecânica 2008

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EventoMecânica 2008

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mentas especiais.Outro destaque no estande da empresa será a no-

va versão do CAD, PowerShape, da Delcam. A versão 7.3, que estará no mercado em maio, traz interface customizável, módulos para projetos de estampos e eletrodos, além de assistente para criação de superfí-cies adjacentes e preenchimento, recursos para cálculo da linha de corte; criação do quebra-rugas e novas ferramentas para trabalho com sólidos.

A Romi, fabricante de máquinas-ferramenta, lan-ça três máquinas da série Romi “D” e outras quatro máquinas da linha VTC. A empresa ainda contará com um estande exclusivo para apresentar as novidades na área de Injetoras e Sopradoras. As novas máquinas Romi D 1400, Romi D 1600 e Romi 2000, chegam para ampliar a família de centros de usinagem vertical, que até então era composta pelos Discovery 400 até a Discovery 1250, que hoje têm uma base instalada no Brasil de 4 mil máquinas. Os novos centros de usinagem vertical da série Romi “D” aceitam peças maiores e trabalhos mais pesados por causa da sua flexibilidade para múltiplas aplicações.

Os quatro modelos da família VTC - Romi VTC 510, Romi VTC 560, Romi VTC 560B e Romi VTC 800, chegam para atender aos ambientes de alta e média produção. São máquinas de alta velocidade de avanço e também rotações elevadas. Podem ser usadas na fabricação de peças com grande quantidade de furos e roscas, como componentes automobilísticos e aeronáuticos.

Os novos equipamentos, centros de furação e ros-

Simulação de processo de usinagem realizada no software EdgeCAM

Máquina CNC da Ergomat,

que será apresentada na Mecânica

2008 junto com outros

modelos

A Ascongraph lança o Mastercam X2MR2, para otimização e simulação de fresamento, torneamento e erosão a fio até 5 eixos, e o Mastercam Robotmaster X2MR2, para simulação e programação de robôs até 7 eixos. Outra novidade será o Autopol, software para simulação e programação de dobradeiras CNC.

A nova versão do Mastercam traz melhorias nos processos de simulação; gerenciador de operações flutuantes e fixas e melhorias nos conversores e no modelamento 3D. As ferramentas de superfícies varridas trazem quatro opções de controle de orientação: trans-ladar, rotacionar, normal à superfície e duas trilhas.

No estande da Seacam os visitantes vão encon-trar impressoras 3D para prototipagem rápida como a Spectrum Z510, da ZCorp, que opera com a tecnologia das impressoras a jato de tinta, gerando protótipos em gesso, para conferência de encaixes, interferências.

No segmento de softwares a empresa lança a versão 9.0 do CAM, PowerMill, da Delcam, que traz novas funcio-nalidades como redução no tempo de cálculo; suavização de movimentos em 5 eixos; usinagem de curvas 3D; novos assistentes; compensação de ferramentas; criação de linhas auxiliares; novas facilidades para customização do software e para controlar a visualização e a seleção de faces.

A Seacam lança também o FeatureCAM 2008, que ganhou novas funcionalidades em todos os módulos, desde simples torneamento até torneamento com má-quinas multitarefa. O usuário vai encontrar novidades como o reconhecimento de features e programação da usinagem de forma automática, além de novos filtros no banco de dados, novos pós-processadores e ferra-

Page 15: CADesign-RevistaMecanicaTecnologia

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queamento Romi VTC, apresentam design ergonômi-co e oferecem grande flexibilidade de trabalho para múltiplas aplicações, com um significativo aumento de produtividade.

A Romi terá ainda um estande exclusivo para expo-sição de máquinas para a transformação de materiais plásticos. Nele serão apresentados os novos comandos para máquinas injetoras e os modelos de sopradoras para embalagens plásticas de 10 ml a 100 litros, da J.A.C. Indústria Metalúrgica, empresa adquirida em janeiro pela Romi.

No estande da Ergomat os visitantes poderão ver a linha completa de tornos automáticos, a cames e a CNC, e também os centros de torneamento de alto rendimen-to. Além de sua linha própria de máquinas, a Ergomat apresenta máquinas de empresas que representa no país como Star Micronics, do Japão, fabricante de tornos automáticos CNC de cabeçote móvel e Hardinge, dos EUA, fabricante dos tornos CNC Hardinge e dos centros de usinagem Hardinge Bridgeport.

A Flow Latino Americana, subsidiária da americana Flow International Corporation – fabricante e criadora da tecnologia de corte a jato d’água sob pressão ultra-elevada, apresentará um equipamento recém-lançado, a bomba HyperJet, capaz de operar com uma lâmina d'água sob pressão de 87.000 psi (6.000 bar). Compa-rada ao tradicional sistema existente no mercado de 60.000 psi (4.100 bar), a bomba HyperJet abriu novas dimensões para o mercado de corte, pois representa um aumento de 45% na pressão do jato d’água, acelerando o processo de corte de materiais como mármore, gra-nito, vidro, cerâmica, aço inox, carbono, titânio, cobre, alumínio e papéis. Além disso, reduz o custo operacio-nal em 30% por utilizar menos abrasivo graças à alta pressão da água.

Quem passar pelo estande da Starrett encotrará vários produtos novos para a área de medição como paquímetro digital, calibrador eletrônico/traçador de altura, esquadros de precisão, entre outros.

A Carl Zeiss, especializada scanners 3D/ máquinas de medição, apresenta seu mais recente lançamento: a MMC Contura G2. O equipamento é uma evolução da MMC Contura, que levou o escaneamento ativo às pequenas e médias indústrias. A nova versão possui todas as funções avançadas e as vantagens do scanning ativo, usando o cabeçote VAST-XT. Para o scanning passivo, a Contura G2 utiliza o cabeçote RDS VAST XXT.

Mecânica 2008 - Horário: de terça a sexta das 10h às 19h, sábado das 9h às 17h. Local: Pavilhão de Exposições do Anhembi – São Paulo - Av. Olavo Fontoura, 1.209. Entrada: convite ou comprovante de vínculo com o setor de mecânica.

Page 16: CADesign-RevistaMecanicaTecnologia

Mix de CAD

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Uso de múltiplos CADs: Solução ou problema?

para projetos complexos; mid-range, para um usuário com projetos medianos e low-end, para usuário com projetos simples. Agora definir qual CAD pertence a cada categoria não é tão simples quanto parece. Muitos fornecedores de softwares médios e para iniciantes não aceitam a condição, mas também não se assumem como high-end.

Então mesmo sabendo que não iremos satisfazer a todos os desenvolvedores com uma classificação para seus softwares, podemos dizer que pacotes de softwares como Catia, NX e Pro/Engineer, sistemas que contam com dezenas de módulos para controlar todo o ciclo de vida do produto, seriam high-end.

Os outros CADs com menos módulos que os high-end, mas que a cada dia se completam com novas soluções, como: SolidWorks, Inventor, PowerShape, TopSolid, KeyCre-ator e Alibre seriam mid-range ou low-end, de acordo com a definição de cada desenvolvedor.

Na prática esses desenvolvedores têm um pouco de razão, os softwares estão cada vez mais similares (em preço e funcionalidades) e essa divisão entre high-end, mid e low-end é cada vez mais difícil de ser feita.

Talvez por isso, as empresas usuárias já não se prendam a essas definições na hora de escolher um CAD, conside-rando mais a capacidade do software em atender às suas

Maria Edicy Moreira

Empresastêm procurado

e encontrado soluções para conviver com

diferentes CADs

Antes de começarmos a falar do assunto desta repor-tagem (as vantagens e desvantagens da combinação entre diferentes portes de CAD) vamos tentar explicar o inexpli-cável, a classificação dos softwares em high-end, mid-range e low-end, para facilitar a apresentação do tema central desta reportagem. Simplificando as coisas podemos dizer high-end seria um CAD para quem necessita de um sistema

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ArtigoCAE

necessidades, facilidade de uso e custo/benefício. Não sei se expliquei ou confundi mais, mas o que nos interessa aqui é tratar das vantagens e desvantagens de se usar CAD/CAE/CAM etc. de diferentes portes, mais completos ou menos completos, e por que as empresas escolhem trabalhar com um mix de CAD.

Existem diversos motivos para uma empresa optar por usar mais de um CAD, mas podemos começar citando três motivos: Preço, facilidade de uso e a necessidade de interagir com as diferentes plataformas CAD dos clientes, como é o caso dos fornecedores de peças para as monta-doras de automóveis. Quando a empresa deve optar por uma solução híbrida de CAD? Essa é uma pergunta que muitas empresas ainda se fazem.

Sidney Pace, diretor técnico da Tecmes, diz que quan-do há uma clara definição de processos na empresa, a separação das aplicações utilizadas nesses processos pode ser uma pista para a viabilidade ou necessidade de uma plataforma de CAD mista. Segundo ele, o ideal seria utilizar o mesmo CAD de forma integrada ao longo de todo o ciclo de vida do produto, para que qualquer modificação no projeto fosse suportada pelo CAD e se propague automaticamente por todo o processo sem perda de dados, suportando o crescimento planejado para os próximos anos.

C r í t i c a sOs fornecedores de software high-end criticam a combina-ção de seus softwares com CADs mais simples, dizendo que ela traz mais problemas do que soluções. “Nenhuma solu-ção apresenta hoje uma integração entre modelagens feitas em softwares mid-range ou low-end com outras realizadas em aplicações mais sofisticadas (CAD high-end), mantendo todo o histórico de criação”, afirma Sidney Pace.

Em sua opinião, essa poderá ser uma solução razoá-vel no curto ou médio prazos porque quando a empresa desejar integrar os processos da engenharia de produto com a manufatura e as demais áreas da empresa poderá encontrar limitações de compatibilidades e aproveitamento do legado existente.

Hélio Samora, diretor geral da PTC para a América Lati-na, diz que a combinação do CAD low-end com mid-range ou high-end ocorre porque os fornecedores destas duas categorias de software convencem as empresas usuárias de que sua solução atenderá plenamente a todas as suas necessidades, mas depois essas empresas descobrem que a opção escolhida não atende a toda complexidade de seus projetos, então partem para a compra de um novo software, um CAD high-end.

Ele radicaliza, dizendo que essa combinação só é acei-tável em um processo de migração do low-end ou mid-range para o high-end, e que não existem vantagens na combinação de diferentes categorias de softwares, pois a necessidade contínua de tradução, conversão e manipulação de dados elimina quaisquer benefícios financeiros que o cliente possa ter obtido na aquisição dos softwares.

Porém, não podemos levar a ferro e fogo essa posição. Os fornecedores de software high-end sempre vão puxar a brasa para sua sardinha, mas será que os seus clientes necessitam instalar em todo o departamento de engenha-ria apenas uma solução high-end, sabendo que algumas atividades poderiam ser desenvolvidas em um software mais simples e barato? Hoje o que mais se vê são empresas combinando softwares mid-range ou low-end com high-end, do mesmo fornecedor ou não. Será que todas essas empresas estão erradas? Veja nas páginas seguintes os casos da Dana e da Omron.

Samora tem um pouco de razão quando fala das incom-patibilidades. Não podemos tapar o sol com a peneira, as incompatibilidades entre softwares existem e, quem ainda não se deparou com elas algum dia, que atire a primeira pedra. A interoperabilidade entre os softwares CAD/CAE/CAM etc. de diferentes fornecedores ainda está longe da plenitude, mas os desenvolvedores estão trabalhando para minimizar o problema e muitas empresas usuárias já con-seguiram equacionar o uso de diferentes CAD.

Lucas Segawa, diretor da Pro Consulting, revenda da PTC, diz que a troca de arquivos entre diferentes CADs ainda pode eliminar itens como raios ou furos de arquivos importados. Para ele o ideal para uma combinação entre diferentes CADs seria uma integração dos softwares a ponto de formarem uma plataforma similar à de um carro flex, através da qual os engenheiros navegassem de um software a outro sem se preocupar com a perda de dados.

Segundo ele, nas empresas com menos de 10 licenças (que respondem por mais de 80% do número de empresas que usam CAD) é mais difícil ter duas plataformas de CAD do que nas grandes empresas com dezenas ou centenas de licenças, diversas plantas industriais e linhas de produto, além de clientes com diferentes CADs. "Essas empresas têm condições de administrar melhor múltiplos softwares."

A combinação ou uso distinto de dois ou mais CADs ainda se adapta mais às grandes empresas, que nem sempre necessitam trocar dados entre CADs. Um é usa-do em uma área e o outro em projetos segmentados, mas as pequenas e médias empresas também mixam CADs e encontraram soluções para conviver com o uso integrado ou paralelo.

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A Dana, fabricante de peças automotivas como sistemas para transmissão, chassis, estruturas e motores, adotou em sua divisão de peças forjadas, no complexo industrial de Gravataí/RS, uma plataforma com múltiplos CADs, da qual fazem parte o Catia V5 e o SolidWorks.

Há cinco anos, a engenharia de forjados teve que fazer um upgrade em seus sistemas CAD/CAM e optou pelo Catia

Apesar de algumas incompatibilidades de dados, engenheiros não reclamam do mix de CAD

V5 por causa dos recursos sofisticados de modelamento 3D, características exigidas pelos produtos desenvolvidos na engenharia, e também em função módulo de CAM, que é totalmente integrada ao ambiente CAD. O SolidWorks chegou há aproximadamente um ano e a solução que os engenheiros encontraram foi trabalhar mais com os softwares em paralelo. O Catia V5 é usado no projeto de produtos que tenham uma exigência maior quanto aos recursos de modelamento 3D e também no desenvolvi-mento do ferramental para a fabricação dos produtos e a geração de estratégias de usinagem de moldes e dispositivos que é feita no módulo CAM do Catia.

O SolidWorks tem sua aplicação em outra gama de pro-dutos específicos que não dependem de usinagem, assim não é necessário trocar arquivos entre os dois softwares. Quando há necessidade de enviar algum arquivo de um software para o outro a conversão é feita por intermédio de padrões de arquivos neutros: IGES, DXF ou DWG. O engenheiro Sandro Mello, da engenharia de forjados, admite que, às vezes, ocorrem problemas de incompatibilidade de

CAD low-end reduz gastos com software e computador

Hoje é comum encontrar empresas grandes e até médias ou pequenas usando mais de um CAD, principalmente aquelas que atuam no setor automobilístico. As montadoras exigem que seus fornecedores utilizem o CAD adotado por elas para facilitar a comunicação de projetos. A engenharia da divisão de peças forjadas da Dana, por exemplo, utiliza o Catia, que facilita o desenvolvimento de projetos complexos e a comunicação com os clientes (outras unidades da Dana fornecedoras das montadoras), e o SolidWorks para projetar e analisar produtos menos complexos, que não dependem de usinagem. A Omron utiliza Catia V4, V5 e NX para facilitar a comunicação com as montadoras e também para o desenvolvimento de superfícies complexas dos produtos que desenvolve e fabrica. Para atender à área de produção a empresa adotou um software mais simples, o SolidEdge, que custa 1/3 do valor dos sistemas high-end e reduziu também os gastos com computadores em 50%. Veja, a seguir, mais detalhes sobre a experiência dessas duas empresas.

UsuáriosMix de CAD

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Peça no SolidWorks, que é usado em paralelo

ao Catia

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ArtigoCAE

Peça projetada no Catia V5 pela engenharia de forjados

arquivos entre os dois softwares, limitando a aplicação de um software em determinada área ou tipo de projeto, mas ao que parece as incompatibilidades não chegam inviabilizar o uso de um CAD ou outro, pricipalmente porque os softwares são mais usados na engenharia separadamente.

“O ideal seria trabalhar em toda a engenharia com um único software de CAD, mas isso nem sempre é possível, devido a questões referentes ao custo do software e hardware necessários, com a configuração recomendada” diz, Mello.

“Temos aqui na engenharia a oportunidade de utilizar boas soluções de CAD/CAM/CAE e isso nos possibilita ter recursos para o desenvolvimento de projetos, desde os primeiros traços, feitos em “ske-tch” no CAD, passando pela elaboração das estra-tégias de usinagem até a simulação do escoamento de material devido à ação das matrizes na prensa de forjamento.

Para simular e analisar os processos de forjamento são utilizados dois sistemas CAE da MSC, SuperForge e SuperForm, visando prever o comportamento das ferra-mentas quando estiverem sendo utilizadas no processo

de forjamento. “Ambos os softwares nos possibilitam diversas análises quanto ao escoamento de material, força de forjamento, temperatura e vários outros parâmetros importantes do processo de forjamento”, diz Mello.

www.dana.com.br

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Mix de CAD

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A Omron, fabricante de peças automotivas como ar

condicionado, interruptores (levanta vidros, emergên-

cia etc.) e painéis de controle, utiliza o que podemos

chamar de um verdadeiro mix de CAD: Catia V4, Catia

V5, NX3 e SolidEdge.

A razão para tantos CADs, segundo o engenheiro Ri-

cardo Almeida, se deve às diferenças de custo, aplicação

e às exigências dos clientes como Volkswagen, Fiat, GM,

entre outros, que utilizam softwares high-end e exigem

que seus fornecedores utilizem os mesmos sistemas

para facilitar a comunicação de projetos. Também os

softwares high-end, Catia V4 e V5 e o NX, são usados

para atender às necessidades da engenharia na hora

de modelar superfícies complexas.

Almeida explica que os softwares high-end são

utilizados do início ao fim do desenvolvimento do

produto: concepção, modelamento 3D até a geração

dos desenhos 2D.

Em seguida o projeto é enviado à engenharia

industrial para o desenvolvimento dos moldes, dis-

positivos e linhas de montagem para fabricação dos

produtos, utilizando nesta etapa um software mais

simples, o SolidEdge. O engenheiro diz que as princi-

pais vantagens de trabalhar com os dois CADs estão

CAD mais simples custa 1/3 do valor de high-end e reduz gastos com computadores

na redução do investimento feito no SolidEdge, nos

computadores para usá-lo e no treinamento dos usuários,

que é mais simples e barato.

Segundo ele, os softwares high-end têm alto custo,

o treinamento dos usuários é caro e a produtividade

deles não é tão grande quanto àquela obtida com o

SolidEdge, devido a simplicidade e a facilidade de uso

do software.

“O SolidEdge custa menos de 1/3 do valor dos soft-

wares high-end e também nos trouxe uma redução sig-

nificativa no investimento em hardware. Os softwares

mais simples exigem computadores com um custo bem

mais baixo em relação ao que exigem um NX ou um

Catia, cerca de 50% menos", diz Almeida.

Em sua opinião a principal desvantagem da com-

binação de diferentes portes CAD fica por conta das

conversões de um software para outro. Às vezes po-

dem causar incompatibilidades.

“No passado tivemos muitos problemas com outro

software, ele perdia muitos detalhes das peças duran-

te as conversões. Esses problemas foram resolvidos

quando implantamos o SolidEdge.”

www.omron.com.br

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UsuáriosMix de CAD

High-end para projeto de produtos

e software mais simples para moldes

e dispositivos de fabricação

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SoftwaresCAE

Indústrias necessitam de profissionais qualificados

Feliz, gerente geral da Altair do Brasil. A redução do consumo de matéria-prima ocorre porque as simulações e análises permitem definir a espessura ótima das peças, sem excesso de material e com a garantia de que a peça não quebrará. Quando não se faz análises no protótipo virtual, corre-se o risco de a peça quebrar e, para evitar que isso ocorra, os engenheiros usam uma espessura acima do necessário, consumindo mais matéria-prima.

Timoteo Müller, gerente técnico, da SolidWorks Brasil, chama a atenção também para as possibilidades de subs-tituição de materiais padrão por alternativos, mudança que pode significar redução nos gastos com materiais e a possibilidade de se desenvolver produtos inovadores

Maria Edicy Moreira

Simulações feitas no MoldFlow para injeção de plástico

Os softwares CAE (Computer Aided Engineering), apli-cativos que auxiliam na simulação e análise dos protótipos virtuais para saber como o produto se comportará em campo, têm um papel vital na competitividade das in-dústrias: automotiva, aeroespacial, de eletroeletrônicos, eletrodomésticos, máquinas pesadas e também nos setores de óleo e gás, siderurgia, pesquisas, entre outras.

A tecnologia CAE auxilia na otimização e validação de protótipos virtuais acelerando o desenvolvimento e o lan-çamento de produtos inovadores e com mais qualidade por causa da redução do número de testes e protótipos físicos e do consumo de matéria-prima. “Com esses benefícios as empresas se sentem mais seguras para inovar”, afirma Eliane

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utilizando materiais até então descartados. Os testes com o protótipo digital fazem com que as empresas ne-cessitem desenvolver protótipos físicos apenas nas etapas avançadas do desenvolvimento do produto. “O ideal é que o protótipo físico seja construído apenas na fase de certifi-cação do produto e não para se efetuar ciclos de avaliação por tentativas e erro”, afirma Avelino Alves Filho diretor o NCE (Núcleo de Cálculos Especiais).

Os sistemas CAE trazem outros benefícios que não estão muito à vista como facilidades para que os engenheiros e projetistas conheçam a fundo o produto e explorem seus conhecimentos. “Quando de posse de ferramentas de simulação numérica os engenheiros ganham o poder de realmente exercer a engenharia, calculando mais do que uma viga bem comportada”, afirma Giovanni de Morais Teixeira, supervisor de su-porte da ESSS.

Isso faz com que esses profissionais ganhem visibi-lidade e passem a entender, ainda na fase de protótipo digital, como suas decisões de projeto vão influenciar na fabricação e no resultado final do produto. “Esse processo se transforma em aprendizado contínuo e faz com que o conhecimento da empresa sobre seus produtos cresça”, afirma Mário Carneiro, engenheiro e gerente da Smarttech Plástico.

I n o v a ç õ e sNos últimos anos, por causa da força da globalização que faz com os importadores globais já não se contentem com produtos bons, têm que ser ótimos e a custos aces-síveis, as indústrias começam a utilizar o CAE de forma mais sistemática, fazendo com que os desenvolvedores da tecnologia invistam na evolução de seus softwares. Evolução que já fez surgir ferramentas para se trabalhar com as simulações de forma colaborativa, integrando equipes e dinamizando o uso das simulações nas diversas etapas de desenvolvimento do produto.

O uso de diferentes módulos ou softwares inde-pendentes para analisar diversas disciplinas simultane-amente também vem ganhando espaço nas indústrias. “Esse tipo de análise permite otimizar a performance global do produto e entender como as diversas variáveis influenciam no produto”, afirma Eliane.

As empresas que necessitam trabalhar com simu-lação de partículas contam com novas soluções para estudar melhor equipamentos como esteiras transpor-tadoras, podendo avaliar o desgaste no equipamento provocado pelo atrito constante.

“O estudo das partículas nos sistemas de simulação numérica permite programar com precisão as paradas estratégicas para manutenção dos equipamentos ou até prolongar o intervalo entre essas manutenções por causa da escolha inteligente dos materiais feita na fase de projeto”, explica Giovanni de Morais.

No segmento das indústrias de plástico podemos destacar inovações como a simulação de processo de co-injeção, uso de técnicas de experimentação estatís-tica (DOE) junto ao sistema de simulação e a predição de problemas óticos em lentes injetadas como faróis, lanternas, óculos, entre outros.

M e r c a d oO Brasil ainda não é um grande comprador de CAE e os usuários ainda estão aprendendo a explorar os recursos dos sistemas. Antonio Lourenço, diretor da RCTASK, afirma que no Brasil os softwares de simulação são utilizados mais do ponto de vista cosmético do que analítico. “Ainda se confunde animação com simulação, frustrando os usuários iniciantes.”

Segundo ele, as empresas se esquecem de que é a simulação do comportamento de múltiplos corpos, sujeitos a impacto, carregamento múltiplo etc. que oferece infor-mações mais completas sobre o desempenho do produto. "O pouco conhecimento sobre os softwares, por parte das empresas e de seus engenheiros, e a falta de recursos para a compra dos softwares fazem com que no Brasil os investimentos em CAE ainda sejam incipientes."

Porém, nem todos reclamam do mercado, Anselmo Fioranelli Júnior, gerente da Smarttech Mecânica, diz que as vendas de sua empresa (que vende softwares de simulação para diversas áreas) têm crescido, em média, 30% ao ano.

“Com a alta competitividade das empresas em todos os mercados (automotivo, aeroespacial, indústria, siderurgia, petróleo e gás, bens de consumo e eletrônicos) e a necessi-dade de se lançar produtos melhores e mais rapidamente

Abaqustem várias

aplicações na indústria de automóveis

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está fazendo com que o uso do CAE cresça”, diz Fioranelli. Avelino Alves afirma que as soluções CAE têm contribuído para ganhos efetivos no desenvolvimento de produtos e isso anima as indústrias a investir na tecnologia.

E s p e c i a l i s t a sApesar desse otimismo, uso dos softwares CAE e a for-mação de profissionais para trabalhar na área ainda são incipientes. “O aumento da demanda pelos sistemas de simulação mostra a escassez de profissionais qualifica-dos para atuar na área e a importância da parceria dos fornecedores de software com os clientes e instituições de ensino visando formar novos profissionais para que o mercado continue crescendo”, afirma Eliane, da Altair.

Os avanços dos sistemas CAE no mercado mos-tram também que não basta pensar só na formação dos engenheiros e projetistas, é preciso investir na formação de professores/instrutores envolvendo em-presas e escolas para que a aplicação da tecnologia se multiplique de forma consistente. De acordo com os especialistas, as empresas precisam ter cuidado para não cair na tentação de transformar a engenharia em um mundo de “wizards”, imaginando que apenas com o

software e alguns cliques no mouse os engenheiros vão solucionar todos os problemas de cálculo, se esquecendo de que o conhecimento teórico sobre os sistemas CAE é fundamental para a exploração correta e completa da tecnologia.

“Independente do estágio de amadurecimento no uso dessas tecnologias, o crescimento do CAE no merca-do é certo. Hoje já não dá para desenvolver novas peças e componentes sem simulações no protótipo virtual e, em breve, isso será impossível, já que as exigências técnicas para novos produtos aumentam exponencialmente”, afirma Mário Carneiro, da Smarttech Plástico.

Abaqus auxilia nas simulações por elementos finitos

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As empresas têm bons argumentos para justificar os investimentos na tecnologia CAE. A WEG Motores está fabricando motores mais leves (economizando matéria- prima) e mais eficientes na geração de energia; a Plascar diminuiu o número de tentativa e erro, reduzindo o tempo e os custos de projeto e melhorando a qualidade de seus produtos; e a Flacon reduziu o tempo de projeto em até 80%.

Projetos mais rápidos eeconomia de matéria-prima

UsuáriosCAE

A experiência das indústrias já mostrou que não basta comprar o software CAE, é preciso também investir no treinamento dos usuários e, a Flacon fez essas duas lições de casa. Adquiriu o Nastran for Femap, investiu no treinamento de seus engenheiros e projetistas e os resultados apareceram, principalmente no tempo de projeto, que em alguns casos foi reduzido em até 80%. Segundo William Costa, do setor de processos e projetos da Flacon, a escolha do software foi feita em função do custo/be-

Engenheiros da Flacon reduziram o tempo de projeto em até 80%

nefício, dos recursos para controle de malha (de polígonos), do solver Nastran e do apoio técnico do fornecedor., o NCE. O CAE é utilizado para análises de conexões em aço para alta pressão, principalmente para indústrias petroquímicas. “O CAE reduziu o tempo e os custos de desenvolvimento tornando nossos produ-tos mais competitivos e confiáveis”, afirma Costa. Os produtos analisados no CAE são projetados no CAD, SolidEdge. www.flacon.com.br

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Análises no CAE reduziram tempo e custos de projeto e tornou produtos mais confiáveis

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SoftwaresCAE

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Sistemas CAE contribuem com espírito inovador da Plascar

A Plascar, fabricante de vários tipos de peças para a indústria automobilística como painéis de instrumentos, pára-choques, grade de radiador, laterais de porta, le-vantadores de vidro, sistemas de pintura, entre outros, é uma empresa inovadora não só pelos produtos que fabrica, mas também pelas tecnologias que escolhe para projetar e fabricar esses produtos.

Jean Uemura, analista de engenharia de mate-riais, conta que empresa acompanha as tendências tecnológicas aplicadas ao plástico como fibras longas, propriedades ópticas, sobre-injeção e substituição de partes metálicas por plástico, tendo em vista que o plástico é a matéria-prima básica para a fabricação dos produtos Plascar. Por outro lado, a empresa se preocupa também com a confiabilidade e a conti-nuidade no desenvolvimento dos softwares que a engenharia utiliza. Para colocar esse conceito em prática a empresa investiu em softwares CAE como o Moldflow MPA, para simular o processo prelimi-nar da injeção de plástico, e o MoldFlow MPI para a simulação detalhada da injeção de plástico. Além disso, adquiriu o módulo do Catia V5, Optis Speos, para análise óptica.

“Escolhemos essas soluções porque atendem aos nossos requisitos de evolução tecnológica e são compatíveis com a engenharia de nossos clientes e fornecedores, nos permitindo atendê-los melhor e em menos tempo”, afirma Uemura.

Com esse investimento, a engenharia reduziu o tempo de desenvolvimento do produto/molde e pas-sou a prever e corrigir antecipadamente os possíveis defeitos que o produto poderia apresentar. “Hoje a engenharia se sente confortável e segura no seu tra-balho, produzindo peças com qualidade sem perder tempo com tentativa e erro”, diz Uemura.

O Moldflow MPI e MPA são utilizados para simular o processo de injeção de termoplástico para qualquer tamanho e complexidade de molde, e em todo o ciclo de desenvolvimento de produto, desde a concepção e sua viabilidade em ser injetado até o suporte a processos para aumentar a qualidade do produto.

A engenharia utiliza os módulos Fill, Flow, Cool, Warp e DOE, do Moldflow, para trabalhar com malhas tipo Midplane e Fusion (2,5D). “Atualmente temos o know-how em moldes de grande porte, para pára-choques, que trabalham com vários pontos de injeção

com abertura seqüencial, análise de resfriamento e suas deformações” afirma Uemura. Ele ressalta que as análises feitas no MoldFlow são aplicáveis em to-dos os moldes de injeção de toda gama de produtos fabricados pela Plascar.

O Optis Speos auxilia nas análises de desempenho óptico das lanternas automotivas que a Plascar desen-volve internamente. Análises que visam desenvolver o conjunto, base refletora e lente, para que a lanterna atenda aos requisitos das montadoras em relação à transmissão de luz.

A plataforma CAE se integra aos sistemas CAD: CA-TIA V4 e V5, NX e PowerShape e ao CAM, PowerMill.www.plascar.com.br

Plascar utiliza CAE para analisar vários tipos de peças automotivas

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SoftwaresCAE

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m

WEG produz motores menores, mais leves e com potência maximizada

A WEG Equipamentos Elétricos, uma das mais importan-tes indústrias de motores elétricos da Amédica Latina e do mundo, tem larga experiência no uso de softwares de CAE e bons exemplos de avanços tecnológicos obtidos com a ferramenta.

As análises feitas em softwares dessa categoria foram essenciais para o desenvolvimento de uma nova linha de motores de ímãs permanentes, recentemente lançada pela empresa, os motores WMagnet. Essa linha é caracterizada por apresentar rendimento superior, com volume e mas-sa (peso) reduzidos, quando comparada com motores de indução da linha padrão e de alto rendimento, Plus, de mesma potência.

Célia Siguimoto, analista de projetos elétricos, do departamento de engenharia de motores indus-triais, conta que para dimensionar eletricamente os motores WMagnet é necessário recorrer a diferentes softwares CAE, que permitem levar em consideração as não-linearidades dos materiais ferro-magnéticos e simular as condições de operação do motor o mais próximo possível de um motor real, além de possibili-tar otimizações, resultando em um produto com mais eficiência e com uma elevada relação de potência por massa (peso).

Os softwares CAE usados para análises elétricas de motores da linha WMagnet e de indução da WEG (Flux2D, Speed, EFcad) permitem avaliar as saturações da indução magnética nos dentes e nas coroas das chapas do rotor e estator que compõem o motor elétrico. Esses softwares são usados também para determinar o rendimento e o fator de potência em diferentes pontos de operação, além de permitir verificar as correntes no enrolamento no estator

e nas barras do rotor do motor de indução, os valores de potência útil e absorvida e do torque eletromagnético do motor, entre outros parâmetros.

MecânicaCassiano Cezário, pesquisador do departamento de pes-quisa e desenvolvimento de produto, explica que os sis-temas de CAE permitem fazer também várias simulação e análise nos componentes mecânicos como verificação da distribuição de tensões na chapa do rotor, devido ao efeito da força centrífuga, e a verificação da distribuição de tensões nos pés do motor quando esse estiver sujeito a valores elevados de vibração e/ou impacto. Os softwares de CAE também são uma importante ferramenta na fase de dimensionamento térmico dos motores, especialmente para motores que possuem rotação variável.

“A faixa de rotação variável é outra característica dos motores WMagnet e é nesse ponto que entra o software CAE voltado às análises de Dinâmica do Fluidos Computa-cional (CFD)”, explica Cezário. Nas análises mecânicas dos motores elétricos são usados os softwares Ansys Mechanical e Professional, que auxiliam no dimensionamento de novos componentes. Por exemplo, certas aplicações exigem que o motor seja fixado pelo flange e, nesse caso, recorre-se aos softwares de CAE para dimensionar o componente de forma a obter um flange mais robusto.

Ainda na área mecânica, o software de CFD, Ansys-CFX, vem sendo muito utilizado para aperfeiçoar o sistema de ventilação dos motores elétricos. Esse software permite avaliar o desempenho de diferentes ventiladores em rela-ção aos aspectos: ruído, vazão e potência consumida pelo sistema de ventilação.

EscolhaA WEG é rigorosa na seleção dos softwares CAE e só depois de muito testar e experimentar os softwares, me-diante um contrato de aluguel ou leasing, é que opta pela compra definitiva dos softwares, dependendo ainda da relação retorno de capital investido.

O processo de aquisição dos softwares CAE se divide em três etapas: Na primeira fase, depois de identificada a potencialidade de um determinado software, um grupo de engenheiros busca capacitação teórica sobre a técnica na qual o software é baseado, por exemplo, elementos finitos ou volumes finitos. Ao mesmo tempo contatam o fornecedor do software para realizar uma simulação

Confira como o CAE possibilitou

diminuir o motor

WMagnet, que ficou

com potência similar à do

motor maior, de indução

UsuáriosCAE

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anCAF:\06

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SoftwaresCAE

Uso de CAE tornou motor WMagnet mais leve e eficiente

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preliminar, com o objetivo de verificar o potencial da ferramenta quando aplicada aos produtos WEG.

Em seguida, são enviados dados ao fornecedor do software, para que ele faça experiências com as condições de contorno e a geometria de um produto WEG. Os resul-tados são repassados à WEG e os engenheiros envolvidos na escolha do software, comparam esses dados com os dados experimentais.

Caso os resultados obtidos na comparação anterior apresentem boa concordância, parte-se para a segunda etapa quando os engenheiros verificam junto ao forne-cedor do software escolhido na primeira etapa, a pos-sibilidade de leasing ou aluguel da ferramenta por um determinado período.

Também os engenheiros envolvidos na definição do CAE recebem treinamento sobre o uso do software e co-meçam a utilizá-lo, realizando validações para se familiari-zarem e adquirir confiança na aplicação do software. Após esse “treinamento” inicial, a nova ferramenta começa a ser aplicada nas áreas de pesquisa e desenvolvimento

de novos produtos.A terceira e última etapa envolve o período de alu-

guel ou leasing, que pode variar de seis meses a dois anos ou até mais, dependendo da relação de retorno do capital investido. Só depois que o software se mostra uma ferramenta útil e a relação de retorno do capital investido for favorável é que a WEG parte para a aqui-sição do produto.www.weg.net

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PLM 2 .0Dassault

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PLM 2.0 V6 traz colaboração on-line em tempo real

podem trabalhar em um ambiente tridimensional on-line experimentando e inserindo modificações no produto em tempo real. Patrício Matticoli, diretor de desenvolvimento de canais e vendas para América Latina, liderou a apresentação dos novos recursos de colaboração on-line do PLM 2.0.

Comunicando, a partir de São Paulo, com projetistas na Carolina do Norte (EUA) e em Paris, onde estava a base central de dados do projeto, ele participou de uma conferência durante a qual foi solicitado aos projetistas alterações em um produto apresentado no ambiente tri-dimensional virtual.

As modificações foram feitas e atualizadas na hora, como se os três profissionais estivessem trabalhando em um único computador, eliminando a necessidade de atu-alizações posteriores. Depois de modificado, o modelo 3D foi submetido a simulações de engenharia, no Simulia, para checar se novas propriedades do produto estavam ok.

Além disso, as novas ferramentas de comunicação tridimensional permitem ao líder de projeto acompanhar o trabalho de sua equipe verificando o status do projeto a qualquer tempo e solicitando novas modificações no pro-duto ou ver quem não cumpriu sua tarefa, por exemplo.

“A interface 3D e a experiência on-line dos usuários facilitando a participação de qualquer indivíduo no ciclo de vida do produto – designers, rede de fornecedores ou consumidores finais- melhoram a habilidade das compa-nhias em proporcionar inovação aos seus clientes com rapidez e eficiência”, disse Charles.

América LatinaO executivo afirmou que o Brasil e a América Latina repre-sentam para a Dassault a possibilidade de diversificar seu mercado –hoje concentrado nos setores automobilístico e aeroespacial- levando sua solução PLM 2.0 a outros segmentos industriais como as empresas de energia, do setor petroquímico e de petróleo e gás.

Maria Edicy Moreira

A Dassault Systèmes realizou, no dia 29 de abril, em São Paulo, a 2ª edição do “Innovation & Collaboration Fórum”, que contou com a presença de Bernard Charles, CEO e presidente mundial da empresa, além de empresários, revendas e especialistas em tecnologia. Durante o evento Charles falou sobre a nova geração de PLM que a Dassault está lançando, o PLM 2.0 V6, e como as novas tecnologias vão influenciar na vida das pessoas e na forma de trabalhar dos engenheiros e projetistas e todos os envolvidos no controle do ciclo de vida do produto.

O PLM 2.0 traz a versão V6 dos softwares que com-põem o produto como Catia, para projeto em 3D; Enovia e Smarteam, para gerenciamento do ciclo de vida do produto e colaboração; 3D Via, para experiências on-line com mo-delos 3D; Simulia, para análises de engenharia, e Delmia, para projeto e simulação de processos de fabricação em 3D. Com os novos softwares os engenheiros e projetistas

Bernard Charles: "Diversificação

de mercado"

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SoftwaresCAM

Escolha certa evita prejuízos com máquinas e materiais

afirma Raul Arozi, gerente de vendas e suporte da SolidCAM America Latina. Sobre as máquinas multitarefa, Arozi explica que o ganho está na usinagem de peças com um número muito reduzido de setups. Assim, peças que eram usinadas em duas ou mais máquinas convencionais, exigindo três ou mais setups, passam a ser usinadas em apenas uma máquina e, em sua maioria, com apenas um setup.

Uma máquina multitarefa pode ter, por exemplo, dois cabeçotes, dois magazines de ferramentas e podem trabalhar com torneamento e fresamento na mesma peça ou em peças distintas simultaneamente. “A flexibilidade

Maria Edicy Moreira

Gráficoda Cimdata, publicado em março de 2008, mostra divisão do mercado de CAM

Hoje quando se fala em softwares CAM, para progra-mação da usinagem de moldes, peças ou produtos, nas máquinas CNC, logo vêm à mente dois recursos bastante comentados no mundo da produção: facilidades para as máquinas CNC operarem com múltiplas ferramentas simul-taneamente e features para usinagem em alta velocidade ou HSM-High Speed Machining.

“Quando falamos em HSM estamos falando de avanços de corte até 10 vezes mais rápidos do que aqueles obtidos em usinagens convencionais. Algo como 1.400m/min, em aço, e rotações de ferramenta superiores a 40.000 rpm”,

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SoftwaresCAM

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oferecida por essas máquinas é impressionante e o CAM evolui para acompanhar esses avanços tecnológicos”, afirma Arozi.

Esses avanços se traduzem em uma corrida dos de-senvolvedores de softwares CAM para alcançar a evolução das máquinas CNC e vice-versa, tendo em vista que um não caminha sem o outro. “A programação para máquinas multitarefa e de alta velocidade é extremamente complexa e difícil de fazer sem um CAM”, afirma Gabriel Diehl Fleig, gerente de marketing da SKA. Além de novas features para facilitar a programação, os desenvolvedores de softwares se empenham em oferecer sistemas CAM com interfaces mais amigáveis para a definição das operações e seqüên-cias de usinagem.

A automatização da programação das máquinas CNC é outro ponto que os desenvolvedores de CAM se esforçam para melhorar em seus softwares, visando tornar essa ta-refa mais fácil e rápida. Muita coisa já foi feita, reduzindo o número de variáveis para programação de operações complexas e as tarefas repetitivas, mas a tecnologia pode melhorar ainda mais.

De acordo com os especialistas, além dos tópicos mais gerais como simulação de máquina com checagem de colisão, os sistemas CAM estão inovando na capacidade de definir as ferramentas e o processo de usinagem. Já existem softwares capazes de adaptar os caminhos das ferramentas para diferentes eixos permitindo à máquina multitarefa utilizar para uma mesma operação diferentes combinações de eixos, adaptando-os às modificações de referência.

E s c o l h aA combinação do CAM com a máquina CNC não chega a ser um problema, a grande maioria dos softwares funcio-na nas principais máquinas disponíveis no mercado. Seja qual for o software comprado o usuário não ficará com a máquina CNC sem trabalhar por incompatibilidade entre software e máquina, mas mesmo assim existem critérios de

escolha do software que ajudam a optar por uma solução mais adequada.

A escolha de um sistema CAM, de acordo com os especialistas, exige mais cuidado do que a escolha do CAD e do CAE porque envolve máquinas que custam até centenas de milhares de dólares e materiais de alto custo e, qualquer falha na escolha do CAM, poderá trazer pre-juízos elevados.

“O ideal é realizar benchmarks e listar os pontos fortes e fracos de cada sistema enumerando os mais importantes para a empresa, quais os ganhos diretos e indiretos o software trará; a capacidade de integração com softwares de gestão e com o CAD utilizado pela engenharia, agilidade e facilidade na definição das es-tratégias de usinagem e, é claro, o custo do software”, recomenda Raul Arozi.

É preciso haver também um equilíbrio entre as necessi-dades atuais e futuras da empresa para não subdimencionar ou superdimensionar o CAM. “Às vezes, a empresa procura soluções para programar usinagem em 3D, mas se esquece de que entre 70% e 90% de suas usinagens são em 2,5D”, diz Glauber Longo, diretor comercial da Missler Brasil.

O f u t u r oQuando se fala na evolução dos sistemas CAM a automa-tização e a integração com outros softwares só tendem a crescer. A tendência é que o CAM seja mais automatizado permitindo que a programação da usinagem seja ainda mais rápida e eficiente. Os desenvolvedores apontam para uma integração maior entre CAM, CAD, CAE e sistemas de gerenciamento de projetos, trazendo mais agilidade e segurança aos dados e processos de usinagem.

“Não vejo futuro para os programas proprietários. A integração é inevitável e necessária, tanto em termos de arquivos quanto de intercâmbio entre programas de dife-rentes desenvolvedores, por isso as soluções proprietárias tendem a desaparecer”, afirma Jonny Garcia, diretor da Visualcad.

A capacidade de armazenar conhecimento sobre os projetos executados para reaproveitamento em projetos futuros, um conceito bastante explorado nos sistemas CAD, começa a chegar ao CAM e também deve evoluir.

Alguns softwares já são capazes de capturar a in-formações sobre um componente usinado guardando o conhecimento para usinagens futuras. “O uso das melhores práticas para a padronização dos métodos de usinagem no CAM permite à produção reduzir drasticamente o tempo de programação e aumentar a produtividade e a qualidade da usinagem, afirma Gabriel Fleig, da SKA.

Simulação de fresagem no TopSolid

CAM

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SoftwaresCAM

Os sistemas CAM são peça-chave para a redução de erros de fabricação e, conseqüentemente, dos custos de produção, garantindo ainda mais qualidade ao produto final. A Primuss, por exemplo, obteve uma redução de 90% nos erros de fabri-cação das peças que produz. Para alcançar esses benefícios, as indústrias consideram vários itens, além dos recursos básicos, na hora de escolher um CAM. A Perflex escolheu o CAM que considera mais flexível e de fácil aprendizado para agilizar a produção. A Ifer buscou um CAM paramétrico para facilitar a atualização dos dados de usinagem cada vez que o projeto for alterado no CAD. Conheça, a seguir, mais detalhes sobre a experiência dessas três empresas, seguir:

Aumento de produtividade em 90% e mais qualidade

A Perflex, fabricante de metais sanitários: misturadores, tor-neiras, acessórios para banheiro, chuveiros, duchas manuais, duchas higiênicas, sifões, flexíveis, registros, válvulas etc., encontrou no SolidCAM, usado para programar tornos CNC e centros de usinagem, a solução para usinar peças metálicas, além dos moldes e dispositivos necessários à fabricação de outros produtos.

Empresa usa CAM para fabricar produtos com mais flexibilidade e rapidez

Somado às máquinas CNC, o SolidCAM permite usinar, por exemplo, metais sanitários, coquilhas (moldes metálicos), machos de moldes e dispositivos para fabricação vários produtos. Edu-ardo de Lúcio, supervisor de engenharia, diz que o software foi escolhido pela flexibilidade, facilidades para se treinar a equipe e compatibilidade com o CAD usado pela empresa, o SolidWorks. “O CAM trouxe agilidade ao processo de produção.”

CAMpara usinar produtos e moldes para fabricá-los

31

UsuáriosCAM

Page 32: CADesign-RevistaMecanicaTecnologia

SoftwaresCAM

32

“O CAM nos ajudou a atingir uma redução de 90%

nos erros de fabricação de nossas peças. Isso tornou

o processo de produção mais ágil, simples e confiável,

aumentando a produtividade”, afirma Darli Rodrigues,

engenheiro da Primuss.

A empresa fabrica peças técnicas (80% do seu

foco de atuação) como matrizes para conformação,

dispositivos de controle dimensional e fixação, má-

quinas especiais, além de protótipos para bomba de

direção para iates e módulos para placas eletrôni-

cas de satélite. Entre seus clientes estão empresas

como GKN Automotive, DHB, Dana (Mahle) , Ae-

roeletrônica, Gedore, Delphi, Weatherford, AGCO,

entre outras.

O uso da tecnologia CAM na Primuss começou em

2000, quando a empresa comprou seu primeiro centro

de usinagem que, veio com software ProCAM 2000,

da Teksoft. Apesar de ser baseado em 2D, Rodrigues

diz que o CAM permitiu à engenharia e ao pessoal

de produção dar os primeiros paços em direção ao

mundo do CAM e das máquinas CNC.

CAM reduziu erros de fabricação em 90% e tornou produção mais simples e confiável

Com a aquisição de mais um centro de usinagem,

em 2003, a empresa chegou à conclusão que precisa-

va de um CAM 3D que mostrasse aos operadores, da

melhor forma possível, o processo de usinagem das

máquinas CNC, permitindo-lhes ver onde realmente

a peça seria fixada na máquina, e usar o próprio mo-

delo sólido criado no Inventor, SolidWorks, Catia ou

AutoCAD para fazer a programação das estratégias

de usinagem.

A meta era diminuir o tempo de programação e

eliminar a necessidade de modelar o sólido várias

vezes para a programação correra do centro de

usinagem. Assim qualquer alteração feita no pro-

jeto seria identificada pelo CAM 3D e atualizada

de forma rápida e precisa.

“Após muita pesquisa e demonstrações chega-

mos à conclusão de que somente o software não seria

suficiente, necessitávamos de um software que viesse

acompanhado de um suporte eficiente por parte do

fornecedor para que pudéssemos explorar melhor os

recursos do CAM. Então optamos pelo EdgeCAM,

fornecido pela SKA, que nos deu o suporte que es-

perávamos”, afirma Rodrigues. Hoje a Primuss conta

com cinco máquinas CNC sendo a última aquisição

a DMU-50 Evo, da Deckel Maho, com recursos para

usinagem em 5 eixos simultâneos.

www.primuss.com.br

UsuáriosCAM

Ao alto: Simulação de usinagem no CAM;

Ao lado: Usinagem na máquina CNC

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SoftwaresCAM

A Ifer, fabricante de moldes, estampos progressivos para corte dobra e repuxo e peças plásticas para diversos segmentos da indústria, inclusive para as montadoras automobilísticas, investiu nos sistemas de CAD/CAM Pro/Egineer Wildfire 3 (em breve migrará para o Pro/E Wildfire 4) para aprimorar e acelerar suas atividades de projeto e fabricação de produtos.

“Buscávamos uma configuração de CAD/CAM que atendes-se às nossas necessidades desde o projeto até a produção, por isso, optamos por um software parametrizado visando, principal-mente, às facilidades de atualização das modificações do projeto feitas CAD, que ocorrem com bastante freqüência”, afirma Luis Antonio Clemente Diego, do departamento de engenharia.

CAD/CAM escolhidos atendem aplicações simples e complexas

Ele diz que o software foi escolhido também por causa dos recursos para modelamento e usinagem para atender desde aplicações simples até as mais complexas com rapi-dez e confiabilidade. A engenharia levou em conta também o custo/beneficio do produto, o suporte e o treinamento, itens considerados os mais importantes.

Segundo Diego, o CAM ideal deve ser confiável, manter fidelidade ao modelamento feito no CAD, principalmente sem invasões de geometria, e ter vários recursos de aca-bamentos e desbaste para as diversas geometrias que se apresentam no dia-a-dia.www.ifer.com.br

Ifer tem no CAM solução para fabricação de moldes e dispositivos

TECNOLOGIA. GESTÃO. INOVAÇÃO EM DESIGN

. SOFTWARE CAD/CAE E PDM

. TREINAMENTO

. INTEGRAÇÃO PDM COM ERP

. DESENVOLVIMENTO E IMPLEMENTAÇÃO

. OUTSOURCING

. FÁBRICA DE SOFTWARE

DISTRIBUIDORAUTORIZADO

(11) [email protected]

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SoftwaresCAM

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UsuáriosCAM

Conheça alguns softwares CAM disponíveis no mercadoProduto Características

Ascongraph, 11-3814-5300 www.ascongraph.com.brMastercam Aceita programação para fresamento, torneamento, erosão a fio e router para madeira com 2 a 5 eixos e programação em até 7 eixos para robôs. Faz associatividade

das geometrias 2D, 3D, superfícies e sólidos com as usinagens, alterações nas geometrias ou nos parâmetros se propagam automaticamente. Faz a rastreabilidade de alterações de desenho feito nos sistemas CAD tradicionais.

Dassault, tel.: 11 5105-0452 www.dassault.comMódulo CAM do Catia

É uma solução completa e integrada para cobrir o ciclo de planejamento e execução de processos de usinagem. Integra a engenharia de produto e o planejamento de processos em um ambiente colaborativo permitindo a verificação, gerenciamento e documentação de qualquer processo de usinagem. Auxilia na definição dos planos de usinagem criados com base em um banco de dados de melhores práticas da empresa; gerenciamento de tolerâncias para peças não acabadas; verificação de parâmetros de usinagem, entre outros

DP Technology/Frame, tel.: 11-6198-6655 www.frame.com.brEsprit Pode ser aplicado em em centros de usinagem e fresadoras de 3 a 5 eixos simultâneos, tornos e centros de torneamento e também para eletro-erosão a fio 5

eixos para as principais máquinas do mercado. Importa diretamente o modelo nativo da peça de qualquer CAD sem a necessidade de edição ou reconstrução da geometria. A usinagem é feita diretamente a partir de qualquer combinação de geometria - sólidos, superfícies, wireframe ou STL, além disso, é possível simular em sólido dinâmico com todo o layout da máquina, dispositivos, placas e grampos com detecção automática de colisões

Grapho, tel.: 51-3337-1622 www.grapho.com.brHyperMill É um software para estratégias de máquina 2.5 D, 3D, HSC e 5 eixos. É ideal para usinagens complexas, garantindo um processo seguro com sua análise de colisão

aplicada não só para 5 eixos, mas também 4x, 3x e 2x.

Delcam/Seacam, tel.: 11-5575-5737 www.seacam.com.brPowerMill Suporta programação de fresamento 2,5, 3 e 5 eixos simultâneos. Possui alta velocidade de processamento, com uma grande variedade de estratégias que permitem

economizar tempo de máquina e obter excelente acabamento superficial. O usuário conta ainda com estratégias de alta velocidade. Com ferramentas avançadas

de simulação de acabamento, previsão e correção de colisões automáticas o software com os principais CADs do mercado

FratureCAM Permite fazer programação automática de peças para tornos, tornos multitarefa, centros de usinagem e eletro-erosão a fio. Possui inteligência para reconhecer as caracterís-

ticas geométricas das peças, sugerir e criar os programas de usinagem automaticamente com rapidez. O usuário pode simular os movimentos das máquinas, especialmente

importante em máquinas multitarefa, verificar e evitar colisões e otimizar o aproveitamento da máquina e interage com os principais CADs do mercado

SwissCAM Software criado especialmente para a programação de tornos suíços, considerando todas as particularidades do processo com facilidade e simplicidade de uso. O SwissCAM

facilita a vida do programador, pois permite a programação complexa nestas máquinas reduzindo os tempos de Setup em até 50%. O sistema possui pós-processadores

customizados para cada modelo de torno suíço dos principais fabricantes, prevendo até colisões e alarmes de máquina. Interage com os principais CADs do mercado

Kubotek-R&C/TASK, tel.: 16-3513-6000Módulo CAM

do Keycreator

Gera códigos NC até para máquinas de 3-eixos, X, Y, Z e C. Entre suas características estão acesso ao NC dentro do Keycreator. Os caminhos de ferramentas

gerados permanecem em um único arquivo e os dados são guardados em layers. Também o software dispõe de todos os recursos construtivos da base KeyCreator

fundamentada na geometria direta. Permite editar a geometria do modelo e com uma simples tecla atualizar o cálculo do caminho de ferramenta

PTC, tel.: 11-5501-1279 www.ptc.comPro/NC (Módulo

opcional do

Pro/Engineer)

É um aplicativo do Pro/Engineer totalmente integrado e associativo que possibilita engenharia concorrente entre o desenvolvimento de produto e a manufatura.

A solução possui funcionalidades de fresamento de 2,5 até 5 eixos, torneamento 1 e 2 torres com sincronismo, erosão a fio a 2 e 4 eixos e centros de usinagem

de 2 a 5 eixos. Além disso, o Pro/NC tem capacidade de programação de máquinas HSM, Vericut para simulação e Gpost para a geração de pós-processadores.

Inclui, ainda, capacidade de criação de folhas de processo de manufatura

Pathtrace/SKA, tel.: 51- 3591-2900 0800-510 2900 www.ska.com.brEdgeCAM É um software completo de fabricação para todas as necessidades de programação CNC. Permite vários tipos de usinagem, tais como fresamento, torneamento,

eletro-erosão a fio e usinagem de superfícies. Com ele é possível criar facilmente geometrias 2D e 3D. Possui módulos para fresamento de até 5 eixos, usinagem

de superfícies, torneamento com 2 eixos, ferramentas acionadas, duas torres, eixos C & Y, eixo B, subspindle e eletro-erosão a fio

SolidCAM, tel.: 51-3458-7479 www.solidcam.com.brSolidCAM Permite programar fresamento 2.5 2D/3D, fresamento indexado para 4 e 5 eixos, fresamento para 5 eixos simultâneos, torneamento, torneamento-fresamento

com até 5 eixos e eletro-erosão a fio. Com a integração single-window do SolidCAM com o SolidWorks todas as operações de usinagem podem ser definidas,

calculadas e verificadas sem sair do ambiente paramétrico de montagem do SolidWorks.

Siemens PLM, tel.: 11-4224-7151 www.plm.automation.siemens.com/brasilMódulo

CAM do NX

Suporta desde erosão a fio, fresagem e ligação até usinagem multifuncional complexa de alta velocidade e com 5 eixos. O NX traz todos os elementos de um sistema

de programação, incluindo criação e verificação de caminho de ferramentas, pós-processamento e simulação de máquina operatriz. Também traz ferramentas de

conversão de dados planejamento de processo, documentação de fábrica e CAD avançado para modelagem e montagem de peças.

VisualCAD, tel.: 11 3586-3504 www.visualcad.com.br

SmartCAM Todas as aplicações SmartCAM trazem o kernel de modelagem de sólidos ACIS e a interface gráfica OpenGL. O software fornece suporte aos modelos sólidos

3D permitindo aos usuários fazerem uso completo de dados de modeladores CAD. O software inclui módulos de torneamento e usinagem, Turning e Milling, em

versões simplificadas ou com recursos adicionais avançados, além da linha mais completa de pós-processadores e recursos de edição

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TecnologiaMáquinas CNC

Solução ideal para produção flexível, em pquenos lotes

“A diversificação de produtos nas empresas, a rápida substituição dos modelos produzidos e a forte concorrência internacional fazem com que a produção de um mesmo item seja reduzida drasticamente, privilegiando a produção flexível.” Essa visão do engenheiro e diretor de vendas da Ergomat, Alfredo Ferrari, mostra a importância das máqui-nas-ferramenta com CNC para viabilizar esse novo formato de produção que o competitivo mundo globalizado solicita às indústrias.

Ele observa que a alta demanda dos consumidores por novos produtos ou novos modelos do produto está fazendo com que a produção em série (grandes lotes de produtos iguais) seja substituída por conceitos de fabricação como o “Just in time” ou Kanban, que têm por princípio a produção econômica, em pequenos lotes variados (quase personali-zados), atendendo só o que o mercado solicita.

O conceito, idealizado pela Toyota nos anos 50 (quando o Japão ressurgiu da segunda guerra mundial) para competir com as montadoras americanas e européias que produziam grandes séries para baratear o produto, vem sendo adotado pelas indústrias de todo o mundo para atender aos novos anseios dos consumidores ávidos por novidades.

Essa mudança nos conceitos de produção reflete direta-mente no mercado de máquinas-ferramenta com CNC que hoje representam uma importante alternativa para a fabricação

de produtos em pequenos lotes. Segundo Ferrari, as máquinas CNC são uma das soluções mais apropriadas para viabilizar esse tipo de produção porque possibilitam curtos ciclos de tra-balho, rápida preparação da máquina entre uma peça e outra e garantem alta precisão e a qualidade do produto final.

As indústrias automotivas, de autopeças, componen-tes hidráulicos, pneumáticos, eletrodomésticos, produtos eletroeletrônicos, telecomunicações, aeroespacial, bens de capital, máquinas agrícolas e equipamentos médicos são as grandes beneficiadas com o uso das máquinas CNC. Empresas que estão aproveitando os bons ventos da eco-nomia brasileira para investir em novos equipamentos

Máquina da Ergomat, que fabrica e revende vários modelos CNC

Maria Edicy Moreira

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TecnologiaMáquinas CNC

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movimentando o mercado de máquinas-ferramenta. “O Brasil é um mercado para 1.500 máquinas por ano, com um forte vetor de crescimento”, afirma Ferrari.

A Romi, empresa com atuação em vários países, pretende vender, em 2008, 500 máquinas-ferramenta CNC. A empresa investiu R$ 50,8 milhões, em 2006, para ampliar a produção de máquinas-ferramenta e hoje tem capacidade anual para produzir quatro mil unidades: tornos, centros de torneamento e centros de usinagem, todos com CNC, além de máquinas injetoras e sopradoras de plástico e tornos convencionais, sem CNC. O investimento aumentou a capacidade de produção em 30% e a produtividade de 10,9%.

H S M e m u l t i t a r e f aOs recursos para usinar em alta velocidade ou HSM – High Speed Machining e trabalhar com múltiplas ferramentas simultaneamente são tecnologias que vêm se consolidando nas novas máquinas-ferramenta possibilitando a usinagem de peças complexas com mais precisão e melhor acabamen-to o que resulta em mais produtividade e qualidade.

Hermes Lago, diretor comercial de máquinas-ferramenta, da Romi, diz que os benefícios das máquinas multitarefa e de alta velocidade aparecem mais na usinagem de peças com-plexas. Esse tipo de usinagem em uma máquina convencional exigiria várias trocas de ferramentas e as máquinas multitarefa fazem isso automaticamente diminuindo ou eliminado as pa-radas para a troca de ferramentas, enquanto a alta velocidade efetua cortes mais rapidamente e com mais precisão.

Porém, nem todas as indústrias necessitam ter máquinas-ferramenta multitarefa ou com HSM ou CNC. Essas tecnologias têm um custo que talvez uma pequena empresa não possa bancar. É por isso que a Romi ainda vende uma média de 300 máquinas convencionais por ano.

Assim, qualquer indústria deve estudar bem a escolha de uma máquina-ferramenta levando em conta a melhor relação custo/ benefício, o tamanho das peças a serem produzidas, a geometria das peças, suas tolerâncias, o grau de acabamento superficial e o tamanho dos lotes a serem produzidos.

M á q u i n a s d e c o r t eNo segmento de máquinas de corte, cresce o uso das má-quinas com corte a base d’água, diferentes das máquinas com corte a base de oxicorte, laser ou plasma. Existem equipamentos a base d’água, fabricados pela Flow Latino, por exemplo, com capacidade para cortar peças em alumínio, bronze, mármore, granitos, metais, inox, ce-râmica, vidro, titânio, papéis, alimentos, madeira, espuma, borracha, plástico etc.

Andrea Luka Cazarotti, gerente de marketing e ana-lista de relações públicas, da Flow Latino, explica que a tecnologia a base d’água pode ser mais veloz que o corte por eletro-erosão a fio, mais barata que o corte a laser e não incide calor sobre a peça.

Entre as novidades nesse mercado está a tecnologia Hyperjet, um sistema de corte com jato de água a 87.000 psi ou 6000 bar. “A Flow foi a primeira empresa no mun-do a criar um sistema com essa pressão, abrindo novas dimensões no mercado, quando comparado ao sistema de 4100 bar”, afirma Andrea.

Segundo ela, o corte a 6000 bar leva a um aumento considerável de produtividade em qualquer segmento da indústria. Nesse processo a água, pressurizada até 6000 bar e forçada por um orifício muito estreito, gera jatos de água com velocidade de quase 1200 metros por segundo (4 vezes a velocidade do som).

www.ergomat.com.brwww.flowlatino.comwww.romi.com.br

Máquina de corte da

Flow Latino

Máquina Romi VTC para média e alta produção

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TecnologiaMáquinas CNC

A Liebherr Brasil, fabricante de betoneiras, escavadei-ras e pás carregadeiras para construção civil e mineração, acabou de importar da Itália, uma das maiores máquinas CNC, a mandrilhadora Floor Type SpeedRam 3000 de grande porte com X=22000 mm, Y=5000 mm, Z=2600 mm (1200 na barra e 1400 no RAM), da Pama.

O equipamento conta com uma mesa giratória de 3500 mm X 2500 mm, 2500 mm de deslocamento longitudinal e 65 t de capacidade mais uma mesa fixa de 16000 mm, três cabeçotes indexados e trocados automaticamente e troca-dor automático com capacidade para 130 ferramentas.

A máquina CNC já está sendo usada na usinagem de peças estruturais da maior escavadeira de mineração feita na planta industrial da Liebherr no Brasil. Segundo Carlos Alberto Ribeiro, supervisor da usinagem, depois de pronta a escavadeira 9350 pesará 350 t e terá seis estruturas soldadas com chapas e fun-didos que depois de usinados, pesarão entre 12 t e 32 t.

“Estamos usinando longarinas e a peça central que ficam na parte inferior da escavadeira e fazem parte do conjunto motriz da máquina e a plataforma giratória que sustenta o motor, a cabine, a lança, o braço e a caçamba, implementos que fazem efetivamente a remoção de material”, explica Ri-beiro. As peças menores da linha de movimentação de terra ainda são usinadas em mandrilhadoras convencionais, mas a Liebherr, em processo de expansão e deverá, em breve, usinar todas as peças em máquinas CNC.

No final as peças serão montadas e os componentes restantes colocados. Muitos desses itens são comprados de terceiros no Brasil (mangueira para a linha de movimentação de terra, por exemplo) e outros importados (motores, cilin-

dros etc.), alguns fabricados por empresas do próprio grupo Liebherr, em diversos países. O grupo Liebherr é considerado uma das maiores empresas familiares do mundo.

O projeto da escavadeira foi desenvolvido na matriz da Liebherr, em Colmae, no nordeste da França, e lá eles utilizam o Pro/E. No Brasil existe a engenharia que cuida da nacionalização dos projetos desenvolvidos na matriz e faz projetos específicos para a linha de movimentação de terra e para isso também utiliza o CAD Pro/E.

O CAM usado para programar a máquina CNC tanto no Brasil quanto na França é o TopCAM. “A máquina tem muitos recursos a serem controlados e, sua configuração no software agregado ao pós-processador permite gerar programas muito confiáveis, algo importante, principalmente no início das operações com a máquina”, afirma Ribeiro.www.liebherr.com.br

Madilhadora CNC auxilia na fabricação de escavadeira

Máquina CNC usada para fabricar escavadeira

UsuáriosMáquinas CNC

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World Press DaysAutodesk

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Empresa lança versão 2009 de seus softwares nos EUA

participaram de uma programação repleta de palestras, workshops, demonstrações de softwares e apresentação de produtos criados nos softwares Autodesk.

Os participantes tiveram a oportunidade de conhe-cer de perto as novidades da linha de softwares 2009, apresentadas pelos executivos e técnicos Autodesk, e as experiências de empresas usuárias do setor automotivo como Ford e GM, e do setor de AEC como Mortenson Construction, entre outras, que apresentaram seus casos de sucesso com as tecnologias Autodesk, assim como es-tudantes que apresentaram seus projetos desenvolvidos nos softwares da empresa.

Descrevendo como as companhias utilizam os projetos de melhor qualidade para obter vantagem competitiva, o presidente e CEO da Autodesk Inc., Carl Bass, declarou que hoje o design é mais importante do que nunca porque a implacável massificação dos produtos faz com que o diferencial no trabalho dos designers, arquitetos, engenhei-ros e desenvolvedores de filmes e jogos eletrônicos sejam as grandes idéias, que irão permitir a esses profissionais competir no mercado globalizado.

Idéias estas que podem se materializar com o auxílio dos softwares Autodesk. “Nossa tecnologia de modela-mento 3D permite a esses profissionais acelerar o processo criativo e viabilizar suas idéias que resultarão em produtos inovadores, com a possibilidade de visualizar o protótipo digital como se fosse o produto real”, disse Bass.

Maria Edicy Moreira

Carl Bass: "Diferença

está nas gandesidéias"

A Autodesk apresentou, durante o Press Days World 2008, realizado em San Francisco (EUA), nos dias 12 e 13 de fevereiro, a versão 2009 de toda sua linha de softwares, um conjunto de soluções para explorar idéias, validar con-ceitos e otimizar a colaboração de projetos de arquitetura, engenharia civil, manufatura, mídia e entretenimento. (Os softwares já estão no Brasil). O evento contou com a parti-cipação de clientes e parceiros Autodesk, especialistas em tecnologia, além de usuários, estudantes e jornalistas que,

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A interação com o protótipo digital foi destacada também pelo chefe de tecnologia, da Autodesk Inc., Jeff Kowaski. Ele disse que a tecnologia de modelamento 3D ajuda aos usuários Autodesk e seus clientes a entender melhor como será o produto real. “Essa interação com o protótipo virtual e a experiência colaborativa representam um campo excitante para os designers e engenheiros por-que lhes permite fazer coisas que até alguns anos atrás eram impossíveis.”

O crescimento da demanda pelas tecnologias CAD na América Latina, principalmente no Brasil, foi enfatizado por vários executivos da Autodesk. Em entrevista à CADesign, Carlos Ruiz, diretor da Autodesk para a América Latina, disse que o mercado latino-americano tem apresentado um crescimento consistente nos últimos anos e esse é o motivo pelo qual a Autodesk vem investindo na contratação pessoal e no treinamento de suas revendas tanto na área de manufatura quando de AEC para que elas atendam a essa demanda da melhor maneira possível.

Keith Perrin, gerente de marketing da divisão de so-luções para manufatura, falou sobre suas impressões e perspectivas em relação ao Brasil. “O Brasil é um mercado de muito importante para a Autodesk, tem uma estrutura de manufatura muito bem estabelecida e diversas opor-tunidades para nossos negócios.”

Ele contou que esteve no Brasil recentemente, visitan-do a Autodesk Brasil e suas revendas, e constatou que a indústria de manufatura do país tem grande interesse em prototipagem digital, principalmente pela maneira como a Autodesk posiciona suas soluções para manufatura, dife-rente dos fornecedores de PLM. “As soluções PLM high-end são caras e difíceis de implementar. É como implantar um sistema de ERP, que requer alto índice de customização e várias horas de mão-de-obra, enquanto nossas soluções foram desenhadas pensando em uma implementação simples e de resultados imediatos.”

A Autodesk encontrou na Web um meio para se aproxi-mar ainda mais de seus usuários e, Parrin chamou a atenção para a comunidade Autodesk Labs (http://labs.autodesk.com), site por intermédio do qual os usuários podem dar suas opiniões e sugestões sobre novos produtos Autodesk e trocar informações e projetos.

“No Labs você vai ver tecnologias muito interessan-tes, uma delas é o Projeto FreeWheel, baseado no Design Review. É uma forma de visualizar e comentar projetos em DWF em qualquer browser Web, sem necessitar do Design Review. O Inventor 2009 já traz o FreeWheel integrado para proporcionar interatividade em tempo real”. O executivo contou que o Labs já rendeu outros frutos como o software

de paisagismo, Autodesk Impression, e alguns recursos como a feature Recognition que surgiram no Labs, onde a comunidade avalia e colabora com a qualidade do produto até ele ficar maduro para ir ao mercado, e isso permitiu que as features fossem integradas ao Inventor.

A E CDe olho no mercado brasileiro da construção, Jay Bhatt, vice-presidente sênior da divisão de soluções para AEC (Arquitetura Engenharia e Construção), da Autodesk Inc., mostrou-se otimista com relação ao boom da construção civil no Brasil, gerado pelos recursos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e pela iniciativa privada movida pela larga oferta de crédito, que certamente irão abrir mercado para a Autodesk.

Preocupado com a arquitetura sustentável, Bhatt disse que a sustentabilidade é um problema global e que a cons-trução civil é uma grande agressora do meio ambiente por-que os edifícios e residências são os maiores consumidores de energia e água e produtores de resíduos, gás carbônico etc. “A indústria da construção é mais perigosa do que a de automóveis e de bens de consumo”, afirmou Bhatt.

Para ele os países emergentes têm um papel funda-mental na solução desse problema, pois essas regiões apre-sentam uma demanda latente por construção e reforma de estruturas urbanas e ainda podem fazer a coisa certa, construindo edifícios sustentáveis, capazes de racionalizar o consumo de água e energia e reduzir a emissão de gás carbônico, por exemplo.

“Nosso papel como empresa de softwares é levar a esses países a tecnologia para que projetem e construam

Keith Perrin: "O Brasil tem uma estrutura de manufatura muito bem estabelecida"

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World Press DaysAutodesk

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edifícios sustentáveis. Além disso, estamos trazendo no-vas tecnologias com aquisições como a do Green Building Studio e de features para o Revit, 3dsmax e Civil 3D. Os arquitetos e engenheiros poderão estudar o impacto am-biental de seus projetos e fazer melhorias antes de construir

o edifício”. Segundo ele, os EUA estão sendo um grande laboratório de sustentabilidade para a Autodesk, país no qual a empresa investe muito nesse segmento com a meta de levar os resultados a outros países como o Brasil. “Nosso papel é evangelizar e conscientizar os profissionais sobre o problema: arquitetos, engenheiros etc.”

Bhatt lembrou que a Autodesk já realizou, na Bienal Internacional de Arquitetura do Brasil, uma experiência nesse sentido. “Falamos muito sobre a sustentabilida-de e milhares de clientes e estudantes puderam saber em detalhes como as soluções da Autodesk permitem desenvolver projetos sustentáveis. Esse trabalho segue no site da Autodesk para o tema de sustentabilidade, www.autodesk.com/green.”

Para fazer frente a essa “evangelização” e apoiar a sustentabilidade a Autodesk anuncia, para o futuro, mais integração entre os softwares de AEC e suas demais ferra-mentas como o Maya, que é uma interface para desenho conceitual em arquitetura, e o Inventor, uma ferramenta paramétrica que ajuda a trazer mais opções para o projeto

Usuários apresentaram projetos de produtos desenvolvidos nos softwares da Autodesk

S O F T W A R E S

M a n u f a t u r a 2 0 0 9O portfólio Autodesk para manufatura trouxe um Inventor 2009 mais dinâmico com melhorias e muitas facilidades novas para acelerar o processo de criação. O usuário vai encontrar novas funções para desenvolvimento de chapas em metal e simulação, e novas features para análise de grandes montagens; projeto de tubulação e comunica-ção nativa com arquivos gerados no NX, SolidWorks e Pro/Engineer, entre outros. Além do Inventor, o portfólio da Autodesk para manufatura inclui softwares comple-mentares como AutoCAD Mechanical, AutoCAD Electrical, AliasStudio, Showcase e Productstream, que também trazem diversas melhorias e novos recursos para tornar a análise e a documentação do protótipo digital, desenvolvido no Inventor, mais precisas e rápidas.

A u t o C A D 2 0 0 9O AutoCAD 2009 traz mudanças acentuadas na interface. A proposta com a interface “Ribbon” é aumentar a produti-vidade do usuário, facilitando a localização dos comandos, agora mais concisos, mudanças que, a princípio os usuários acostumados ao AutoCAD podem estranhar, mas talvez entenderão que foi uma mudança para melhor. A movi-mentação entre os aplicativos tornou-se rápida e intuitiva. (Veja avaliação do software nas páginas 42 a 45).

A E C 2 0 0 9Componente principal da plataforma Autodesk para AEC, o Revit Architecture 2009, ganhou melhorias e novas ferra-mentas de desenho que aceleram o trabalho de concepção, revisão e visualização do projeto arquitetônico. O software traz funcionalidades do núcleo do software Mental Ray para acelerar o processo de renderização, facilitar a visualização do projeto e a criação de maquetes eletrônicas e os recursos para projetos arquitetônicos sustentáveis foram aprimora-dos. O Revit Structure traz novas facilidades para a criação, detalhamento e documentação de estruturas de edificações.

Jornalistas assistem à

apresentação dos novos softwares

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de equipamentos para a construção civil, por exemplo. “Estamos trabalhando também no desenvolvimento de novos recursos de análise, não apenas de parâmetros de sustentabilidade, mas de outros aspectos como acústica de edificação. Também planejamos uma ligação mais estreita com toda a parte de estrutura e de fabricação. Enfim, uma contínua extensão do processo de design para permitir que arquitetos, engenheiros e construtoras vençam os desafios e explorem as oportunidades de negóciosnas.”

Jay Bhatt: "Nosso papel é conscientizar os arquitetos e engenheiros sobre os problemas da sustentabilidade"

A plataforma Autodesk AEC inclui ainda softwares como Revit MEP, AutoCAD Civil 3D e Autodesk NavisWorks, que também chegam ao mercado renovados.

E n t r e t e n i m e n t o 2 0 0 9Autodesk anunciou duas novas versões do 3ds Max, que agora é apresentado como: 3ds Max 2009, para profissio-nais de entretenimento, e 3ds Max Design 2009, aplicativo 3D sob medida para arquitetos, designers e especialistas em visualização. As duas versões do software oferecem novos recursos de renderização, interoperabilidade apri-morada com outros softwares da Autodesk e ferramentas adicionais que poupam tempo no fluxo de trabalho de animação e mapeamento.

G e o e s p a c i a l 2 0 0 9As soluções da Autodesk destinadas ao mercado de geotec-nologia chegam à versão 2009 com uma plataforma aberta e flexível e ferramentas ainda mais fáceis de utilizar. Os usuários poderão combinar informações geoespaciais e de projeto sem a necessidade de personalizações difíceis, possibilitando a toma-da de decisões rápidas e bem-fundamentadas, melhorando os padrões de engenharia e acelerando conclusão do projeto. www.worldpressdays08.com

A jornalista Maria Edicy Moreira viajou a San Francisco a convite da Autodesk.

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AvaliaçãoAutoCAD 2009

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Mudança radical na interface... e o que mais?

A versão 2009 representa a maior a l teração da interface

gráf i ca desde a t rans ição do AutoCAD DOS para o Windows

Fundo branco - Influências do AutoCAD LT? Em minha opinião, mais cansativo para a vista e consome mais ener-gia. É das primeiras coisas que os usuários vão alterar, no lugar do costume (comando OPTIONS, separador Display). Ainda bem que há um botão Restore classic colors.

Ícones diferentes - Os ícones foram todos redesenha-dos, agora com menos cores, mas mais legíveis, a partir do momento em que nos habituemos aos novos aspectos. Isso é claro para quem usa. As barras de ferramentas flutuantes perderam o nome, que só aparece quando se faz uma pausa sobre as suas extremidades.

Faixa de ferramentas (Ribbon) - Uma das grandes novidades anunciadas para a versão 2007 tinha sido o dash-board, que permitia um acesso alternativo e concentrado aos comandos 3D. Na versão 2008 foram acrescentados uma série de painéis para 2D. Dado que ocupava muito mais espaço do que as barras de ferramentas que preten-dia substituir e, após alguns testes, nunca mais usei nem sequer recomendava a sua utilização. Pois, o seu tempo de vida foi curto, na versão 2009 foi extinto e substituído por uma faixa de ferramentas, que também ocupa o seu espaço (Figura 02).

Por conta dessa faixa de ferramentas, também foram removidos os menus de topo e as barras de ferramen-tas. Pânico?! Já mostro como se repõe um ambiente o mais 2008 possível. Existem diferentes configurações de painéis que podem ser acessadas pelos nomes da barra superior. Quase todos os painéis podem ser expandidos, mostrando mais comandos relacionados. A seta a seguir aos nomes da barra superior, , permite minimizar a faixa

João Santos

Figura 1 Interface

gráfica do AutoCAD

2009

A saída de um novo AutoCAD é sempre um aconteci-mento para os cerca de 4 milhões de usuários. Aqui fica uma análise crítica e independente das suas principais novidades. Este artigo foi feito com base na versão Release Candidate, imediatamente anterior à versão final, em relação à qual não se espera grandes alterações nas novidades.

I n t e r f a c e g r á f i c aA versão 2009 representa a maior alteração da interface gráfica desde a transição do AutoCAD DOS para o Windows, o que, certamente, vai desagradar a muitos usuários. E, efetivamente, a maioria das novidades tem a ver com a área gráfica (Figura 01).

Figura 02 - Faixa de comandos (Ribbon)

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de ferramentas, fazendo-a ocupar muito menos espaço. A faixa pode ser deslocada, ficar flutuante ou no alto e é configurável no CUI. Essa novidade poderá agradar a alguns, mas o tempo que demora para mudar de painéis e a expandir torna-se irritante. Não prevejo grande futuro, em particular para quem precisa desenhar rápido. Ah, e contém uma enorme quantidade de bugs o que torna a sua configuração um pesadelo.

Barra de acesso rápido (Quick Access) - Agora, na linha superior com o nome do desenho, aparecem uns ícones fami-liares que pretendem substituir a barra Standard. Que é feito dos Undos e Redos múltiplos? Mas podemos configurar (onde? No CUI, claro) e colocar lá os nossos comandos favoritos. Pelo menos se aproveita um espaço que anteriormente não era usado. E o InfoCenter também passou para esta linha.

Acesso aos menus (Menu Browser) - Onde é que andam os menus de topo? Temos de marcar o Big Red A. Obriga a pelo menos mais um clique e é bem mais lento do que nas versões anteriores (Figura 03).

No entanto, nem tudo são desvantagens. Nos desenhos mais recentes, Recent Documents, vemos a previsão e al-gumas informações adicionais sobre cada desenho. Nesta lista, podemos marcar o símbolo pin, , para bloquear um desenho na lista, ou seja, para que não seja removido por desenhos mais recentes. Outra novidade que pode ser interessante é a possibilidade de localizar nos menus todas as entradas associadas à determinada palavra. Na linha superior desta caixa, quando se começa a digitalizar, o AutoCAD vai logo indicando todas as possibilidades as-sociadas e podemos marcar a referência pretendida para acessar o respectivo comando. É claro que o InfoCenter

para obter ajuda é mais rápido. Mas... não se esqueça de que, já há muitos anos, se

estiverem no meio de um comando ou digitar o nome de uma variável, e se chamare o Help, a ajuda sobre o comando ou variável será mostrado imediatamente. Esse processo é imbatível.

Linha de estados - Também aqui houve muitas alte-rações. Para além da passagem dos botões dos auxiliares gráficos a ícones (reversível), alguns desses permitem o acesso direto às respectivas opções. Do lado direito estão os botões para acesso ao modelo e layouts, vista rápida de layouts, vista rápida de desenhos, pan e zoom (mas agora sem acesso direto a ícones para opções!), steering wheel, show motion, propriedades anotativas, troca de espaços de trabalho (workspaces) e bloqueio de barras/caixas. Chamando o menu de contexto sobre a linha de estados, podemos desmarcar a opção Use Icons e voltar a ter os botões com o nome das funções (quase obrigatório!). Agora, uma boa e uma má notícia. A boa é que podemos, para algumas funções como o Polar ou o Osnap, escolher diretamente o ângulo ou marcar/desmarcar os osnaps pre-definidos (Figura 04). A má notícia é que a pequena ajuda se foi, não agressiva como a de agora (ver adiante), que era colocada na linha de estados quando o cursor ficava sobre um ícone ou um item de menus.

OK! E para repor um ambiente de trabalho mais ade-quado aos usuários freqüentes?

Felizmente, a Autodesk incluiu um workspace chamado AutoCAD Classic o mais parecido possível com o ambiente antigo. Mas não fugimos das envolventes cinzentas nas barras e menus (Figura 05).

P r o p r i e d a d e s r á p i d a sUm novo botão na linha de estados, , permite ligar e desligar o acesso às propriedades quando selecionado um ou mais objetos (Figura 06). Essas propriedades são

Figura 03 - Acesso aos comandos

Figura 04 Linha de estados

Figura 05 Ambiente clássico na versão 2009

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AvaliaçãoAutoCAD 2009

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configuráveis. No fundo, acaba por ser um mini PROPERTIES que aparece perto do cursor. Tem a vantagem de podermos configurar (no CUI) as propriedades mostradas. O coman-do DSETTINGS inclui agora um separador para algumas propriedades de visualização.

V i s u a l i z a ç ã o r á p i d a d e l a y o u t s e d e s e n h o sMarcando o botão da linha de estados, será mostrada uma barra horizontal com a previsão de todos os layouts, permitindo um acesso mais visual. Para cada uma estão disponíveis: botões para impressão e publicação, para man-ter a visualização das previsões enquanto se desenha, para criar um novo layout, para publicar todos os layouts e para fechar a barra.

Através do botão podemos ver uma previsão dos desenhos abertos e, para cada um, seus layouts (Figura 07). Aqui está uma novidade interessante e útil, principalmente para quem usa muitos layouts. Mas um pouco lento demais para o meu gosto.

H e l p a u t o m á t i c oEsse é uma novidade irritante e muito pouco útil para os usuários freqüentes. Quem é que se lembra do comando ASSIST que aparecia automaticamente na versão 2000i? A primeira coisa a fazer nessa versão era desligar o ASSIST e evitar que aparecesse. Pois chegou o ASSIST capítulo 2, desta vez com duas fases. Ao fazer uma pausa sobre um ícone ou item de menu, aparece uma caixa com uma breve explicação. Com uma pausa adicional de dois segundos, aparece mais ajuda. Este help também está

disponível para os elementos das caixas de diálogo. Em OPTIONS, Display, pode-se desligar a caixa, desligar o segundo nível de ajuda ou alterar a duração para a sua colocação. A menos que esteja aprendendo o AutoCAD e queira usar esse recurso. Quem desenha, não quer a mínima pausa nem que apareçam caixas com informação não pretendida. Antes da versão 2009, a pausa mostrava uma pequena ajuda na linha de estados, super-rápida e não agressiva. Outro problema, ao desligar os tooltips, é que nem sequer aparecem as pequenas ajudas para identificar os ícones. Ou seja, ficamos com caixas de ajuda grandes ou nada.

C a i x a d a s l a y e r sAqui está a minha novidade favorita da versão 2009. A caixa de layers pode ficar sempre visível (mais uma pa-leta, claro) e todas as alterações aí efetuadas refletem imediatamente no desenho (Figura 08). Outra novidade interessante é a capacidade de se poder bloquear colunas (como a do nome), para que fiquem visíveis quando você fizer o deslizamento das propriedades. Através dos Settings (ícone ), podemos, agora, controlar se o LAYISO (Layer Isolate) faz off ou lock and fade. E acrescentaram um campo para a busca de layers pelo nome. Só faltou criar uma tecla aceleradora para colocar e retirar a caixa.

C r i a ç ã o f a c i l i t a d a d e m a c r o sUma das novidades mais anunciadas é a suposta fácil criação e edição de macros. A idéia é permitir criar macros para a aplicação de operações repetitivas de uma forma simples, por gravação, um pouco como se faz nos programas do Office. As macros são arquivos com a extensão ACTM que ficam gravados numa localização definida na caixa OPTIONS, separador Files. Podem-se incluir mensagens e entrada de dados do usuário. Pode ter algum potencial em futuras versões. Na versão atual, atendendo às sucessões de caixas de diálogo com as mensagens e as confirmações, apenas serve para coisas muito simples. De momento, é muito mais eficiente associar macros a ícones de barras de ferramentas.

O u t r a s n o v i d a d e sAqui ficam mais algumas novidades:

Estilo de texto Standard com fonte Arial - Uma novidade nada interessante e a corrigir, caso contrário na inserção de desenhos com texto nesse estilo vai dar confusão.

ARRAY com zoom/pan na previsão - Quando se faz a previsão do comando ARRAY, já se pode fazer zoom e

Figura 06 Propriedades

rápidas

Figura 07 Visualização de desenhos

e layouts

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pan. Para aceitar marca-se a tecla direita do mouse (deixou de haver caixa de confirmação).

Parâmetros de mensagens escondidas - Na caixa OPTIONS, separador System, está agora o botão Hidden Messages Settings que mostra uma caixa onde se pode reativar mensagens do AutoCAD como as célebres fra-ses do tipo Don’t show this again ou Always perform my current choice.

Melhorias no formato MicroStation DGN - A versão 2009 já permite exportar para a versão 7 do MicroSta-tion (em adição à versão 8 já incluída no AutoCAD 2008). Em DGNs anexados, temos a possibilidade de controlar a visibilidade de layers. O novo comando DGNMAPPING permite estabelecer uma correspondência entre layers, tipos de linha, cores e espessuras entre o formato DGN e o AutoCAD.

Suporte para o formato DWFx - O formato DWFx pode ser usado em todos os comandos que usam o formato DWF. Esse novo formato está de acordo com o formato XPS (XML Paper Specification) da Microsoft e, portanto, compatível com o XPS Viewer do Windows Vista.

Fronteiras de xrefs editáveis por grips - Finalmen-te! A exemplo do que já acontecia com as fronteiras das imagens, podem-se agora editar as fronteiras de xrefs com os grips. Há também um novo grip que permite inverter a fronteira.

FIND com mais opções - O comando FIND inclui mais opções, nomeadamente a possibilidade de busca em referências externas e blocos e a utilização de wildcards.

ShowMotion e comando VIEW - A novidade Sho-wMotion permite acessar capturas (shots) guardadas no desenho e criar apresentações. É possível fazer capturas de imagens fixas, movimentos predefinidos (zooms/pans/orbit) e animações. Para cada captura (feita com um comando VIEW modificado), se definem transições. Através do bo-tão , colocado na linha de estados, podemos executar a apresentação.

Mais opções para localização geográfica - Para além da localização através de longitude/latitude e mapa (comando GEOGRAPHICLOCATION), podemos importar uma localização de um arquivo KML e KMZ ou a partir do Google Earth.

ViewCube - A única novidade importante em 3D! Esse cubo de visualização (ViewCube) representa um processo para visualização simplificada em 3D (Figura 09). Para além do acesso às vistas predefinidas (sem mexer nos sistemas de coordenadas), podemos orbitar arrastando com a tecla esquerda do mouse. Através de ViewCube Settings (menu de contexto) controlamos

as propriedades do cubo. A parte negativa é que não funciona na visualização 2Dwireframe, a mais usada para modelamento 3D a sério. A idéia com esse cubo e o utilitário seguinte é que sejam comuns a todas as aplicações da Autodesk.

Steering Wheel - Essa ferramenta de visualização já estava disponível no Design Review e representa o acesso a alguns comandos de visualização numa roda colocada na posição do cursor. Tirando algumas opções de Forward/Rewind, é um argumento para o ambiente ficar mais lento.

C o n c l u s õ e sAo contrário das versões desde a 2002, em que houve alterações importantes em múltiplas áreas, a concentração das principais novidades na interface gráfica da versão 2009 não permite um aumento de produtividade dos usuários experientes. A utilização do programa dá uma sensação de trabalho inacabado, nomeadamente na pesada inter-face gráfica. Distinguindo os usuários AutoCAD em dois grupos: experientes e ocasionais, nitidamente esta versão direciona-se aos últimos.

Gostei da caixa das layers, do acesso direto às opções do Polar e dos osnaps a partir de menu de contexto e do ViewCube. O ShowMotion é engraçado, mas de aplicação restrita. A previsão de layouts e de desenhos pode ser interessante para alguns usuários.

Não gostei da maior lentidão genérica dos elementos da interface gráfica, do aspecto cinzentão, da faixa de comandos, do help automático e da falta de verdadeiras melhorias que permitam aumentar a produtividade. E es-perava mais da criação de macros. Vamos ver o que nos reserva para o ano o AutoCAD 2010 (uma versão par!).

Pode ser que, com um pouco mais de prática, já uti-lizando a versão final e uns cursos aprendidos sobre esta versão, haja uma melhoria de opinião em algumas áreas. Fica para futuros artigos.

[email protected]

Figura 09ViewCube

Figura 08 Caixa das layers sempre visível

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HyperMesh

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Tu t o r i a l

Otimize um produto e o consumo de matéria-prima (Parte 1)

E s t e t u t o r i a l d e m o n s t r a c o m o é p o s s í v e l

u t i l i z a r f e r r a m e n t a s C A E n a f a s e d e c o n c e i t o

Valdir Mendes Cardoso

Este tutorial, desenvolvido no Hyper-Mesh e OptiStruct 8.0 SR1, utilizando a ferramenta “otimização topológica”, tem como objetivo demonstrar como é possível utilizar ferramentas CAE na fase de conceito dos produtos com o intuito de aumentar a performance do projeto e do produto, além de reduzir o tempo de desenvolvimento e as despesas com matéria-prima.

Inicie o HyperMesh com user profile: “OptiStruct” e utilizando o menu “File/

open”, abra o arquivo Suporte_Analise.HM80, que estárá disponível para down-load no site da CADesign (www.cadesign.com.br). Use o comando indicado na Fi-gura 01 para mostrar a malha em “sha-de”. Após este comando deve aparecer a imagem.

Esse é um modelo de elementos fini-tos já preparado para simular três casos de carga: modal, força vertical e força lateral. Também mostra um componente com duas regiões distintas, a região clara

é não otimizável “Non_Design” e a região em laranja é definida como otimizável “Design”.

O objetivo desta otimização é a redução de massa, mantendo a rigidez do suporte, isto é, o deslocamento total do nó central deve ser inferior a 0.7 mm e a 1ª freqüência natural superior a 196 Hz. O modelo baseline proposto pesa 24.61 Kg, com deslocamen-to de 0.78 na vertical e 0.64 mm lateral e tensões de von mises 183 e 132 MPa, respectivamente.

Figura 01 – Modelo do suporte a ser otimizado Figura 02 – Selecionando o menu de otimização

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“panel” Responses que o levará ao menu mostrado na Figura 06

6. Escreva o nome massa no campo Res-ponse e click no menu Create.

7. Mude o tipo de resposta usando o botão de seleção, para Static. Displace-ment, o menu ficará semelhante à Figura 07. Escreva no campo response Utotal, se-lecione a opção Total Disp e click sobre o botão Node, escolha no menu de seleção a opção by id mostrado na Figura 08, e digite o número 1 conforme mostra a Figura 09,

1. Selecione a página Analysis mostrada na Figura 02, e nesta página selecione o “pa-nel” optimization que irá modificar o menu de comandos como mostrado na Figura 03, neste novo menu serão realizados todas as setagens de otimização.

2. Selecione a opção otimização topoló-gica mostrada na Figura 03 como passo 03, ao fazer a seleção você avança no menu de otimização topológica, aqui deverá entrar com o nome da variável BRACO, selecionar o componente otimizável usando o mouse

na interface gráfica ou clicando na lista que se abre ao clicar no botão comps como mostra a Figura 04.

3. Depois click no botão Create e pron-to, o OptiStruct já sabe que o componente selecionado deve ser otimizado.

4. Clique na opção Draw e selecione o type como Single, depois selecione os nós Anchord Node e First Node de acordo com a Figura 05 e em seguida click no botão Update.

5. Selecione no menu da Figura 03 o

Figura 03 – Menu de otimização

Figura 04 – Submenu de otimização topológica

Figura 05 – Submenu de otimização topológica direção de fundição

Figura 06 – Menu response para massa

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HyperMesh

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Tu t o r i a l

digite enter e click no botão Create, na barra de mensagem irá aparecer: The response record has been created.

8. Mude novamente o tipo de resposta para Frequency, digite o nome no campo Res-ponse F1 e clique Create conforme a Figura 10, novamente irá aparecer a mensagem: The response record has been created.

9. Click no botão Return para voltar ao menu de otimização.

10. Selecione o “panel” Dconstraints mostrado na Figura 03.

11. No menu Dconstraints mostrado na Figura 11 selecione Response UTOTAL, coloque o mesmo nome para Constraint: Utotal e marque o valor Upper Bound = 0.8, por último usando o botão loadsteps

selecione da lista os casos Vertical e Lateral depois click no botão Create, deve a parecer a seguinte mensagem: The constraint record has been created.

12. Dentro do mesmo menu selecione Response F1 e mude o nome da Contraint para F1, desmarque o Upper Bound e marque o Lower Bound, colocando o valor de 196, que corresponde a 196 Hz obtidos com o projeto baseline. Selecione o caso de carga modal utilizando o botão loadsteps e click no botão Create. Deve aparecer a mesma mensagem: The constraint record has been created.

13. Clique no botão Return para vol-tar ao menu de otimização mostrado na Figura 03.

14. Selecione o “panel” objective

mostrado na Figura 03.15. Selecione a resposta Massa e click

no botão Create, mostrado na Figura 13. Aparecerá a mensagem confirmando que a mesma foi criada.

16. Pronto, seu problema de otimiza-ção já esta configurado, agora é preciso fazer a simulação para que o OptiStruct determine a melhor distribuição de massa para este componente.

17. Para retornar ao menu principal, clique duas vezes no botão Return

18. No menu principal clique no “pa-nel” OptiStruct. O mesmo que aparece na Figura 02, deve aparecer no menu mos-trado na Figura 14.

19. No menu, escolha o diretório onde

Figura 07 – Menu Response para deslocamento

Figura 08 – Menu de seleção

Figura 9 – Seleção do nó 1 para ser monitorado

Figura 10 – Menu Response para freqüência

Page 49: CADesign-RevistaMecanicaTecnologia

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possibilidade de testar nossos produtos durante uma semana, sem custo.

Para obter a licença, você deve:1. Preencher o formulário identificando

a empresa em que trabalha, não for-neceremos licença para pessoa física.

2. O e-mail no formulário deve ter domínio da empresa, domínios genéricos não serão aceitos.

3 . Os cam-pos obrigatórios devem ser preen-chidos para que a

licença seja enviada.

Valdir Mendes Cardoso é gerente técnico da Altair Engineering do Brasil.www.altair.com\suportetutorial

deseja gravar os arquivos. É importante que esse diretório fique em uma partição com pelo menos 2 GB livres, modifique a memória para o valor de MB que você tem de RAM e click no botão OptiStruct.

20. Aparecerá uma tela de DOS mos-trando a evolução do processo de simulação conforme Figura 15.

Na segunda e última etapa deste tuto-rial que estará disponível para download no site da CADesign (www.cadesign.com.br), realizaremos a simulação. Caso você tenha alguma dúvida sobre a execução deste tu-torial é só entrar em contato com a Altair, Valdir Cardoso.

A Altair do Brasil está oferecendo, com exclusividade aos leitores da CADesign, a

Figura 11 – Menu Constraint para deslocamento

Figura 12 – Menu constraint para frequência

Figura 13 – Menu função objetivo

Figura 14 – Menu função objetivo

Figura 15

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TopSolid Wood

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Tu t o r i a l

Projete uma estação de trabalho para diretoria (Parte 2)

V a m o s d e s e n v o l v e r o m ó v e l a p a r t i r d o

z e r o a t é c h e g a r m o s à e s t a ç ã o d e t r a b a l h o f i n a l

Glauber Longo

Na primeira parte deste tutorial, no qual estamos projetando uma estação de trabalho para diretoria, desenvolvemos o projeto até o passo 15 (veja CADesign 122). Nesta segun-da é última etapa do tutorial finalizaremos o projeto. Caso você não tenha o software, poderá fazer download da cópia de avaliação no site (www.topsolid.com.br). Está pronto? Então, vamos ao trabalho!

P a s s o 1 6Escolha o Modo de Distribuição, Não, Valores predefinidos 32 mm, Não (P) 384 mm e nome

dos elementos 2. Esse comando permite a escolha do passo e a localização das cavi-lhas, possibilitando o recalculo automático do número de elementos e de sua distribuição de acordo com a mudança de dimensões definidas. Copie automaticamente a pro-pagação para os demais pontos de fixação das placas, laterais, base, topo e fechamento (Figura 16).

P a s s o 1 7Para fazer a furação interna das placas late-rais para fixação de prateleiras ou gavetas,

selecione o comando Fitting, escolha em Fa-ce Suporte, a face interna da placa lateral, na Primeira Face ou Aresta de Propagação, a face superior da placa base. Em Face ou Aresta Final, selecione a face interna da placa superior e em Segunda Face ou Aresta de Propagação, a face perpendicular à face su-porte e Segunda Face ou Aresta Final a face oposta à face anterior.

Isso irá habilitar a caixa de diálogo para propagação, Modo de Distribuição botão não, defina o tipo de furo como diâmetro de 5 mm e profundidade de 10 mm. Em Pri-

Figura 16 Figura 17

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do fundo da gaveta. O frontal da gaveta será um esboço retangular com folga das laterais e da base do gaveteiro de 5 mm e altura 320 mm. Extrude a frente da gaveta com valor eg 15 mm em Z+. Fixe as placas com cavilhas conforme passos anteriores e repita

meira Propagação, Valores Predefinidos de 32 mm, Não (p) 32 mm, distância para início e término 32 mm, ative o botão Otimizar o número de elementos e ele irá calcular automaticamente a distribuição dos furos (Figura 17).

P a s s o 1 8Segunda propagação: Modo de distribuição Distância, distância para início e término 64 mm, Numero de Elementos 2. Copie a Propa-gação para a outra placa lateral. Em seguida, faça um plano faceando à frente do gaveteiro, depois, o esboço de um retângulo que será o volume interno da gaveta, mesmo princípio do gaveteiro. O esboço terá distância das laterais de 25 mm e da base de 12 mm, a altura da gaveta maior será de 150 mm e da menor 100 mm (Figura 18).

P a s s o 1 9Vá a Formas, Criar Forma por Extrusão, se-lecione a linha de contorno do retângulo e informe o valor de PT1-105 mm para altura equivalente à profundidade da gaveta (Fi-gura 19).

P a s s o 2 0Vá a Formas, Criar Forma por Extrusão, selecione curvas, clique nas faces do cubo e extrude as placas laterais e do fundo da gaveta, com o valor eg =15 mm em Z-, mes-mo parâmetro da espessura das placas do gaveteiro (Figura 20).

P a s s o 2 1Para criar a base da gaveta, vá a Mobiliário, Ranhura e faça canal nas laterais e no fundo

das placas da gaveta para encaixar a base. Crie parâmetros: largura da ranhura 10 mm e nomeie-a lr; distância da ranhura 12 mm e nomeie-a dr, profundidade da ranhura 8 mm e nomeie PR. Vá a Mobiliario, comando Ranhura, Norma Mobiliario, Familia Freza, Freza Simples, Versão 01, Entrada e Saída, Aresta, distância do ponto de inicio 5 mm, Parâmetro Face Elevada, use os parâmetros criados e clicando em OK (Figura 21).

P a s s o 2 2Após a criação da ranhura faça um esboço de retângulo que será a espessura da placa da base da gaveta. Vá a Formas, Criar Forma por Extrusão, Altura, Face ou Ponto Limite e clique na face interna da ranhura da placa

Figura 18 Figura 19 Figura 20

Figura 21

Figura 22

Page 52: CADesign-RevistaMecanicaTecnologia

TopSolid Wood

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Tu t o r i a l

o procedimento para gaveta superior que terá altura de 130 mm. A testeira também terá folgas de 5 mm nas laterais, do frontal da gaveta superior e terá início tangente ao tubo estrutural (Figura 22).

P a s s o 2 3Aplicando fitas de bordas. Vá a Mobiliário, Borda, Assistente de Criação de Bordas, se-lecione a face tangente das faces a aplicar às bordas em tipo de bordas. Selecione Bordas Finas Planas de espessura 0,5 mm. Repita o procedimento em todas as faces nas quais irá aplicar bordas. (Figura 23).

P a s s o 2 4Para incluir uma fechadura no gaveteiro, vá

a Montagem, Incluir Padrão, Norma Mobili-ário, Família Fechaduras, Fechadura Batente Ajustável, Versão 00, Representação Normal e Código diâmetro. 17,6 (serrage 1 a 18 mm). Na testeira faça o ponto de referência para localização do posicionamento do eixo da fechadura (Figura 24).

P a s s o 2 5Para incluir um puxador no gaveteiro, vá a Montagem, Incluir Padrão, Norma Mobiliário, Família Guarnições Modernas, Madeira Metal e Outros, Puxador Plano, Versão 00, Repre-sentação Normal e Código 168x32.

Localize o puxador no centro do frontal da gaveta a 30 mm do seu eixo horizontal a face superior do frontal, repita o proce-

dimento para a gaveta superior. A mesa está pronta para detalhamento basta ir a Mobiliário, comando Definir peça e no-mear todas as peças criadas em madeira e dar as informações pertinentes ao projeto (Figura 25).

P a s s o 2 6Para compreendermos melhor a parametriza-ção dos componentes, vamos a Parâmetros, Editar Lista para mudar o valor do compri-mento do gaveteiro nome LG 420 mm para 760 mm (Figura 26).

P a s s o 2 7Essa alteração de valores irá permitir a você criar uma família de gaveteiros de acordo com

Figura 23 Figura 24

Figura 25 Figura 26

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53

Figura 28

Figura 29

Figura 27

Figura 30

os parâmetros dados (Figura 27).

P a s s o 2 8Para o Detalhamento do projeto vá a Mobili-ário, Multi-desenhos, salve todos os desenhos do documento, botão sim, formato de folha A0V, podendo selecionar todos os compo-nentes ou as peças selecionadas. Clique em ok (Figura 28).

P a s s o 2 9Automaticamente os desenhos selecionados serão aplicados na folha A0 e com alguns ajustes o projeto estará pronto para plota-gem. Para criação da lista de materiais, abra um novo documento de desenho vá à Lista de Materiais, Escolha um Arquivo, Usuário, Valorização, OK, selecione Montagem, Mon-tagem Principal e dê o seu posicionamento no novo documento (Figura 29).

P a s s o 3 0Automaticamente a lista será criada de acordo com as informações desejadas. As próximas etapas serão a lista de valorização e custos, render com a ferramenta Image, mas isso é tema para outros passo-a-passo. Veja na Figura 30 a renderização do ambiente que poderá ser feita em uma próxima etapa deste tutorial.

Glauber Longo é diretor comercial da Missler Software Brasilwww.topsolid.com.br

Page 54: CADesign-RevistaMecanicaTecnologia

Catia V5

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Tu t o r i a l

Veja como ganhar agilidade no desenvolvimento de seus produtos

O c o n h e c i m e n t o s o b r e o s p r o j e t o s p o d e s e r

a r m a z e n a d o n a f o r m a d e t e m p l a t e s i n t e l i g e n t e s

Um dos principais benefícios do CATIA V5 é o Knowledge, ferramenta que permi-te aos engenheiros e projetistas capturar e reutilizar o conhecimento agilizando o de-senvolvimento de projetos e melhorando a qualidade do produto. O conhecimento sobre os projetos, como regras de validação, regras condicionais e geométricas, pode ser armaze-nado na forma de templates inteligentes.

Nesse tutorial vamos aprender como criar um template inteligente para o projeto de uma tomada de alimentação de energia. O template deverá respeitar as normas do projeto e permitir ao usuário escolher suas dimensões principais. Os arquivos fornecidos para esse tutorial foram criados no CATIA V5 R16, e também podem ser utilizados nos releases superiores.

Antes de iniciar faça download do arquivo

TEMPLATE_INICIO.CATPart, no site da CADesign (www.cadesign.com.br). Você vai encontrar também no site a Parte 2 deste tutorial.

A j u s t e s I n i c i a i sNo menu superior do CATIA, selecione Tools/Options. À esquerda selecione “Infrastructure” e logo abaixo “Part Infrastructure”. À direita selecione a pasta “Display” e certifique-se de que as opções “Parameters” e “Relations” estão selecionadas OPTIONS (Figura 01).

À esquerda selecione “General” e logo abaixo “Parameters and Measures”. À direita selecione a pasta “Knowledge” e certifique-se de que as opções “With value” e “With formula” estão selecionadas OPTIONS .

1 ª E t a p a : C r i a ç ã o d o s e l e m e n t o s g e o m é t r i c o sAbra o arquivo TEMPLATE_INICIO.CATPart. No arquivo podemos observar um sólido azul criado através do comando PAD e um ponto amarelo na sua face superior. Nos próximos passos en-tenderemos a necessidade desse ponto. Clique em Sketch e selecione a face superior do sólido.

Figura 01

Figura 02

Figura 03

Figura 04

Arthur Zanetti

Page 55: CADesign-RevistaMecanicaTecnologia

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horizontalidade (H) e apague-as (Figura 13) pressionando a tecla DEL.

Na segunda e última parte deste tuto-rial, que estará disponível para download em www.cadesign.com.br, concluiremos a criação dos elementos geométricos e criaremos e aplicaremos os templates inteligentes.

Arthur Zanetti é gerente técnico da LWT.

www.lwt.com.br

Crie um círculo em qualquer local e certifique-se de que seu centro não coincide com a origem dos eixos Vertical e Horizontal do sketcher.

Em seguida crie uma restrição (constraint) para definir o raio da circunferência. Com um duplo clique, mude o tipo da restrição de diâ-metro para raio e ajuste seu valor para 25 mm (Figura 02). Em seguida, mantendo a tecla Ctrl pressionada, selecione o ponto amarelo e o centro da circunferência. Com ambos selecio-nados, clique em “Constraint Defined in Dia-log Box” e escolha a opção Coincidence (Figura 03). Saia do sketcher e crie um novo PAD com 5 mm de altura (Figura 04).

Clique novamente em Sketch e selecione a face superior do PAD recém-criado. Crie um segmento de reta como mostrado na Figura

05, certificando-se que não seja criada nenhuma restrição auto-mática de hori-zontalidade ou verticalidade. Em seguida,

mantendo a tecla Ctrl pressionada, selecio-ne o ponto amarelo e o segmento de reta. Com ambos selecionados, clique em “Cons-traint Defined in Dialog Box” e escolha a

opção Coincidence (Figura 06). Mais uma vez, mantendo a tecla Ctrl pressionada, se-lecione a aresta superior do PAD quadrado e o segmento de reta. Com ambos seleciona-dos, clique em “Constraint Defined in Dialog Box” e escolha a opção Parallelism (Figura 07). Transforme o segmento de reta em um elemento de construção, selecionando-o e clicando em Construction/Standard Element (Figura 08).

Seguindo os mesmos passos anter iores e ainda dentro do mesmo sketch, crie outro seg-mento de reta, transformando-

o em elemento de construção. Em seguida, crie uma restrição do tipo Perpendicular em relação ao primeiro segmento, conforme mos-trado na Figura 09.

Desenhe outra circunferência conforme a Figura 10, e em seguida crie duas restrições de distância com 10 mm cada para posicioná-la. Crie outra restrição para definir o diâmetro de 8 mm (ou raio de 4 mm) conforme a Figura 11. Clique em Rectangle e desenhe um retângulo

de acordo com a Figura 12. Com a tecla Ctrl pressio-nada, selecione no retângulo as duas restrições de verticalidade (V) e as duas de

Figura 05

Figura 06

Figura 07

Figura 08

Figura 09

Figura 10

Figura 11

Figura 13

Figura 12

Page 56: CADesign-RevistaMecanicaTecnologia

Delmia

56

Tu t o r i a l

Crie um “humano” e prepare-o para carregar uma caixa (Parte 1)

N e s t e t u t o r i a l v o c ê a p r e n d e r á a l g u m a s

f u n ç õ e s d o m ó d u l o H u m a n T a s k S i m u l a t i o n d o D e l m i a

Jun Matsumoto e Thomas Langer

Este tutorial tem como objetivo mos-trar algumas aplicações do módulo Human Task Simulation, do Delmia V5. Estamos considerando que você tenha conhecimen-tos básicos sobre o Delmia V5. O modulo Human é capaz de simular e analisar com precisão os movimentos humanos e sua interação com um ambiente de trabalho 3D para realizar diferentes tarefas. Ao final do tutorial deveremos ter a simulação de um “humano” levando uma caixa até o suporte localizado no alto de uma plata-forma (Figura 01).

C r i a ç ã o d o “ h u m a n o ”Abra o Workbench Human Builder para começar um novo projeto e criar um ma-nequim (Figura 02). Clique no ícone “In-sert a new manikin” para inserir um “humano” e na caixa de diálogo “New Manikin” selecione o Product1 na árvore como father product (Figura 03). Ainda na aba Manikin, você poderá no-mear o manequim como João. É possível escolher um manequim masculino ou fe-minino e seu percentual antropométrico

de origem (Figura 04). Na aba Optional é possível escolher a população à qual o manequim irá repre-

Figura 01

Figura 02

Figura 03

Figura 04

Page 57: CADesign-RevistaMecanicaTecnologia

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piso previamente modelado, clique com o botão direito do mouse em resource e escolha Insert Resource (Figura 09) e selecione o arquivo “Piso.CatProduct” da pasta tutorial já existente. Clique em abrir (Figura 10). O piso deve aparecer no ambiente e na árvore, conforme a (Figura 11).

Agora vamos inserir o “humano” que acabamos de criar, ele deve entrar como um recurso na árvore. Clique com o botão direito do mouse em Resource e escolha Insert Resource. Selecione o arquivo “João.CatProduct” salvo na pasta tutorial (Figu-

sentar, deixe como Americano. No model podemos escolher entre representar to-do o corpo (Whole Body) ou somente o braço esquerdo ou o direito. No campo “Referential” escolha um ponto de refe-rência para movimentação do humano, coloque Between Feet e clique em OK (Figura 05).

O “humano” foi criado dentro do CatProduct (Figura 06), caso queira re-nomear o Product1 para João, clique com o botão direito do mouse em Product1 e no menu selecione Properties, na caixa de diálogo troque os nomes (Figura 07).

Salve esse CatProduct em um diretório nomeado como tutorial, clicando em Fi-le/save as/Salvar.

C r i a ç ã o d o a m b i e n tee i n s e r ç ã o d o s r e c u r s o sAbra o Workbench Human Task Simulation (Figura 08). Vamos começar inserindo um

Figura 06

Figura 07

Figura 08

Figura 09

Figura 10

Figura 11

Figura 12

Figura 13

Figura 05

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Delmia

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Tu t o r i a l

ra 12). O “humano” será inserido no am-biente (Figura 13) e sua posição pode ser corrigida com o comando “Place Mode”. Clique em “Place Mode” para repo-sicionar o humano corretamente no piso. Se lec ione o humano, c l icando em

“Manikin(João)” na árvore de recurso (Fi-gura 14).

O humano vai ficar em destaque e apa-recerá um compasso para poder escolher a sua posição (Figura 15). Escolha uma posição adequada e clique com o botão esquerdo do mouse para reposicionar o manequim (Figura 16).

Agora vamos inserir uma escada, re-petindo o mesmo procedimento anterior. Clique com o botão direito do mouse em “ResourceList” e escolha “InsertResour-ce”, selecione “Escada.CatPRoduct” da pasta tutorial (Figura 17). Repita o mes-mo procedimento para inserir a bancada (Figura 18).

I n s e r ç ã o d e p r o d u t oO próximo passo é inserir o produto, que em nosso caso é uma caixa que vai ser manipulada pelo manequim. O processo de inserir a caixa é semelhante ao de in-serir recursos, porém, será associada ao “ProductList” na árvore. Clique com o botão direito do mouse em “ProductList”

Figura 15

Figura 16

Figura 17

Figura 18

e selecione “Insert Product” (Figura 19). Selecione o arquivo “Caixa.CatProduct” e clique em abrir (Figura 20).

Na segunda e última etapa deste tuto-rial, que estará disponível para download no site da CADesign (www.cadesign.com.br) vamos complementar as atividades para o humano fazendo-o pegar e levan-tar a caixa, andar até a escada, subi-la, caminhar sobre uma passarela e deixar a caixa na bancada.

Jun Matsumoto é engenheiro de aplicação da Delmia PLM América Latina Thomas Langer é estagiário da Delmia PLM Amé-rica [email protected]

Figura 14 Figura 19

Figura 20

Page 59: CADesign-RevistaMecanicaTecnologia

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Utilize a versão 2008 para projetar a cavidade de um molde (Parte 1)

V a m o s m o d e l a r a c a v i d a d e d e u m m o l d e u s a n d o a s

f e r r a m e n t a s d e m o d e l a m e n t o d e s u p e r f í c i e e s ó l i d o

Danilo Mendonça Prudencio e Rafael Fernandes

O Inventor é um software muito utilizado por empresas do segmento de manufatura pela versatilidade e interface simplificada. Por tratar-se de um software de modelagem 3D parametrizada o Inventor proporciona ao usu-ário facilidades de edição em seus projetos e liberdade de interagir com projetos 2D em um ambiente 3D, possibilitando assim a reutilização de arquivos DWG gerados pelo AutoCAD.

Neste tutorial você aprenderá a usar os recursos de superfície e sólido para modelar a cavidade de um molde destinado à fabrica-ção de um componente automotivo plástico.

Antes de começar a trabalhar faça download do arquivo Produto.ipt disponível no site da CADesign (www.cadesign.com.br). Depois, inicie o Inventor e, na caixa de diálogo New file, clique em Standad.iam e clique em OK. No ambiente de criação de Assembly clique em Create Component. (Figuras 01 e 02).

Na caixa de diálogo Create In-Place Com-ponent preencha a guia New Component com o nome Cavidade Inferior (nome da primeira peça). Na guia Template selecione a opção Stan-dard.ipt, a guia new File Location mostra onde a peça será salva. Por padrão o Inventor salvará onde o Project está indicando. Por último, na guia Default Bom Structure, selecione a opção Normal e então clique em OK (Figura 03).

Em seguida clique em qualquer lugar na área gráfica, o ambiente Assembly mudará para ambiente de Sketch com as ferramentas de edição. Selecione o comando Two Point Rectangle e faça um retângulo e, com a fer-ramenta General Dimension, insira as cotas de medidas 280 mm e 220 mm, seu sketch deverá ficar conforme a Figura 04.

Em seguida clique em Return, será modifi-cado o Panel Bar, de Sketch para as ferramen-Figura 01

Figura 03

Figura 02

Figura 04 – Indicação dos comandos Two Point Rectangle e General Dimension

InventorTu t o r i a l

Page 60: CADesign-RevistaMecanicaTecnologia

Inventor

60

Tu t o r i a l

tas de Part Features. Selecione a ferramenta Extrude e preencha o quadro com medida de 66 mm (Figura 05), clique em OK.

Clique em return para voltar ao ambiente Assembly, salve o arquivo com o nome Postiço

cavidade inferior, depois inicie uma nova part (Figura 06), clique em return e selecione a fer-ramenta Derived Component. (Figura 07).

Na caixa de dialogo Open, selecione o produto que será extraído da cavidade Produ-to.ipt, obtido no site da CADesign, e clique em Open (Figura 08). Na caixa de diálogo Derived Part, altere a guia scale factor para 1,006

(Figura 09), clique em OK e salve seu modelo com o nome de Produto com contração.

Volte à montagem, clique na ferramenta Place Component (Figura 10) insira duas ve-

zes o modelo Produto com Contração.ipt, em seguida selecione na árvore um produto, abra a pasta origem e clique com o botão direito do mouse em cima do plano YZ e marque a opção visibility, repita o mesmo processo no plano XZ. (Figura 11).

Utilize a ferramenta place constraint (Fi-gura 12) e posicione o produto no postiço da cavidade inferior, de forma que o furo de diâmetro 46,276 mm fique para cima (Figura 13). Repita o processo com a segunda peça e posicione as duas peças com o comando Place Constriant conforme a Figura 14.

Agora selecione o postiço da cavidade

Figura 05

Figura 06

Figura 07

Figura 08

Figura 09

Figura 10

Figura 11

Figura 13

Figura 12

Figura 14

Page 61: CADesign-RevistaMecanicaTecnologia

61

inferior e clique com o botão direito, em se-guida, selecione a opção edit (Figura 15). No Painel Bar selecione a ferramenta Copy Object (Figura 16).

Na caixa de diálogo do comando Copy Object, na opção select marque a opção body

e selecione os dois produtos, em seguida na guia output, marque a opção surface e habi-lite a opção associative. Sem a opção Asso-ciative habilitada não será possível alterar o produto e automaticamente alterar o postiço. Feito isso clique em OK. (Figura 17).

Selecione a ferramenta Sculpt na barra de ferramentas Part Features, na caixa de diálogo

marque a opção remove, selecione as superfícies que foram copiadas anteriormente, neste pro-duto o Sculpt deve reconhecer o lado certo a ser

removido do postiço em relação à cavidade, mas em alguns caso deve-se alterar na opção Side Selection, o lado certo para remover ou adicionar material. Após ter selecionado as superfícies e marcado o lado do produto que deve ser extraído do postiço clique em OK. (Figuras 18 e 19).

Ainda falta fazer os postiços da gaveta, por isso o postiço da cavidade ainda não

está pronto, clique em Return e volte nova-mente ao ambiente de Assembly. Clique em Create Component (Figura 02) e, na guia new component, nomeie-o como Postiço1 e repita todos os passos da Figura 03.

Clique em Return e apague o sketch 1 no histórico (árvore). Para facilitar a visualização das superfícies do produto, desabilite a visibili-dade do postiço da cavidade inferior, clique na ferramenta Copy Object, na guia Select marque a opção face e selecione as superfícies necessá-rias para formar o primeiro postiço. Neste caso não será necessário copiar todas as superfícies, copie somente as superfícies indicadas na figura 20, as demais superfícies serão feitas em outra operação de superfície ou já em sólido. Conclu-ídas todas as seleções clique em OK.

Para melhor visualização clique em Re-turn e salve seu conjunto, em seguida abra o arquivo do postiço. Com a ferramenta Work Plane (Figura 21) crie um plano como mos-

trado na Figura 22 e defina um sketch.Na segunda e última etapa deste tutorial,

que estará disponível para download no site

da CADesign (www.cadesign.com.br), conti-nuaremos desenvolvendo o projeto até com-pletarmos a cavidade inferior do molde com todas as geometrias do produto modeladas. A partir desta etapa, se quiser, você poderá definir, por sua conta, o canal de distribuição, o tipo de entrada de material nas cavidades, a refrigeração que passará neste postiço etc.

Danilo Mendonça Prudencio e Rafael Fernandes são estagiários da Skynet [email protected]

Figura 15

Figura 16

Figura 18

Figura 19

Figura 20

Figura 21

Figura 22 - Para criar este plano cli-que nos três pontos no diâmetro externo marcado em vermelho

Figura 17

Page 62: CADesign-RevistaMecanicaTecnologia

StudioTools

62

Tu t o r i a l

Veja como usar a ferramenta Duplicate Place da versão 2008

N e s t e t u t o r i a l v a m o s t r a b a l h a r c o m a d i s t r i b u i ç ã o

d e L E D s s o b r e a m á s c a r a d e u m a l a n t e r n a a u t o m o t i v a

Felipe Maia

Neste tutorial abordaremos a aplicação do comando Duplicate Place, ferramenta que surgiu a partir da versão 2008 do Alias StudioTools -a primeira versão sob a assinatura da Autodesk. Vamos multiplicar um objeto sobre uma linha guia no espaço ou projetada sobre uma superfície qualquer. O Duplicate Place é muito útil nos casos em que há distribuição uniforme de diversos ele-mentos como botões, teclas, lâmpadas ou outras

repetições de objetos.O exemplo deste

tutorial será a distri-buição de LEDs sobre a máscara de uma lanterna automotiva (O arquivo da lanter-na está no site: www.cadesign.com.br). Os LEDs são uma tecno-logia relativamente recente, aplicada nos sistemas de iluminação

automotiva e, apesar de poderem ser concebi-das em diversos formatos, hoje um dos mais comuns é a repetição de pequenas cápsulas nas superfícies de faróis e lanternas. Na figura 01 podemos ver a máscara da lanterna na vista de perspectiva (tecla F8) com shade aplicada.

Os LEDs serão aplicados sobre a super-fície “vazia” no interior da máscara, que re-presenta a seção de iluminação de posição e

iluminação de freio. As parábolas de indicação de pisca-alerta e marcha à ré ficarão apenas com as lâmpadas comuns já representadas. Na Figura 02, crie uma Layer (Layers > New) para construção de uma única cápsula de LED (em verme-lho) que nomeei como “led único”.

Importante: Assim que terminar a cons-trução da cápsula de LED ou importá-la de arquivo externo, selecione as superfícies da cápsula (Mark Menu > Object) e Delete o His-tórico (Delete > Delete Construction History), e centralize ou posicione o pivô da cápsula (Mark Menu > Center Pivot). Isso ajudará a evitar problemas na hora de posicionar os LEDs na superfície.

Figura 02

Figura 03

Figura 04 Figura 06

Figura 05Figura 01

Page 63: CADesign-RevistaMecanicaTecnologia

63

selecionado (aplica a orientação de cada elemen-to multiplicado conforme sua perpendicular a na superfície ou caminho aplicado), Figura 12.

Opte por manter a orientação conforme o elemento de origem. Agora basta aplicar o mesmo elemento nas outras duas linhas COS ou caminhos, repetindo o mesmo processo da ferramenta Duplicate Place. A distribuição dos LEDs pode ser vista na Figura 13.

Por fim, aplique Shading coloridas nas su-perfícies da lanterna para melhor visualização e compreensão do resultado final (Figura 14). Feito isso, o processo de acabamento (fillets e gaps) pode ser concluído até a finalização da matemática completa. Finalizamos o tutorial.

Até a próxima e bom design!

Felipe Maia é instrutor da [email protected]

Feito isso, crie os caminhos por onde os LEDs serão distribuídos, que podem ser curvas ou COS aplicadas em uma superfície. Iremos trabalhar com COS. Utilize a ferramenta Edit Point Curves (Palette > Curves > Edit Point Curve) representa-da na Figura 03, para criar linhas na vista Front do Alias (tecla F5), como na Figura 04.

Criadas as curvas, iremos projetá-las na superfície de destino. Ainda na vista Front, uti-lizaremos a ferramenta Project apresentada na Figura 05 (Palette > Surface Edit > Project). Se-lecione a superfície, acione a ferramenta Project, e por fim selecione as curvas. Clique no botão GO que aparecerá no rodapé da janela.

Importante: Durante todo o processo de projeção das curvas, trabalhe apenas na vista Front. Após concluir a projeção, volte à vista perspectiva e visualize as curvas projetadas na superfície, chamadas COS, na Figura 06.

Agora é hora de utilizar a ferramenta Du-plicate Place (Palette > Transform > Duplicate Place). Ao clicar nela aparecerá Duplicate Place Toolbox, conforme a Figura 07. Selecione o objeto agrupado referente à cápsula de LED (elemento em vermelho na Figura 08), acione a ferramenta Duplicate Place da Figura 07. Em seguida, sele-cione a COS (caminho) que deseja distribuir as cápsulas (linha amarela na Figura 08).

Aceite a operação clicando no botão do rodapé da janela “Accept Duplicate Place Defi-nition”. Talvez seja necessário movimentar as cápsulas multiplicadas. Utilize os novos botões que aparecem (Figura 09): Translate (movimen-ta eixos X e Y), Rotate (rotacionar) e Elevate (movimenta no eixo Z). Com duplo clique sobre a ferramenta Duplicate Place abrirá a janela Duplicate Place Options (Figura 10).

Nela poderá ser aplicada a seguinte configuração:

• Num Duplicates per destination: 8 (núme-ro de reproduções do elemento de origem).

• Specify spacing between duplicates: selecionado (habilita ou não a medida de es-paçamento entre os elementos repetidos).

• Spacing between duplicates: 60 mm (espaço entre os centros de cada elemento, em milímetros, conforme a orientação do elemento de origem).

• Max num duplicates placed success-fully: 8 (informa o número de repetições com-pletas possíveis no caminho especificado).

• Keep target orientation: Selecionado (man-tém a orientação dos elementos multiplicados conforme o elemento de origem), Figura 11; Não Figura 10 Figura 14

Figura 09

Figura 08

Figura 07 Figura 11 Figura 12

Figura 13

Page 64: CADesign-RevistaMecanicaTecnologia

SolidWorks

64

Tu t o r i a l

Aprenda a usar as features de edição da versão 2008 (Parte 2)

V a m o s m o d e l a r u m c o m p o n e n t e m e c â n i c o e d e p o i s

l a n ç a r t r ê s d e s a f i o s d e m o d i f i c a ç ã o n a p e ç a

Timoteo Müller e Marcelo Hendler

Na primeira etapa deste tutorial no qual estamos trabalhando com as ferramentas de edição do SolidWorks 2008 modelamos um componente mecânico (CADesign 122) e, nesta segunda e última etapa, faremos as altera-ções/edição. A primeira alteração diz respeito à chaveta. Temos que incliná-la em 50º. Para realizar essa tarefa iremos usar as ferramentas de edição de projeto do SolidWorks 2008.

P r i m e i r o p a s s o – E d i ç ã o d o e s b o ç o d o c o r t e q u e c r i a a c h a v e t a Clique no recurso de corte correspondente criado na árvore de projetos FeatureManager e selecio-ne a opção Editar Esboço. Assim voltamos ao ambiente de esboço que tínhamos disponível no passo anterior quando criamos a geometria.

Para girar em 50° nosso esboço inteiro

selecione o comando Girar Entidades encon-trado no CommandManager de Esboços ou através do menu Ferramentas -> Ferramentas de Esboço -> Girar. No PropertyManager exi-bido, selecione na primeira caixa todas as en-tidades que deverão ser rotacionadas. Depois defina o seu centro de rotação exatamente na origem e digite o ângulo desejado, nesse caso 50º (Figura 15). Clique em OK.

Figura 15

SolidWorksTu t o r i a l

Page 65: CADesign-RevistaMecanicaTecnologia

65

Figura 16

esse trabalho para você, tornando a alteração simples e muito rápida.

Você só precisa clicar no comando Fi-lete encontrado no CommandManager de Recursos, em seguida, na guia FilletXpert, depois ativar a aba Alterar e selecionar qual arredondamento deseja modificar. Apenas digite o novo valor para o raio, nesse caso 25 mm, e clique em Redimensionar, em seguida

S e g u n d o p a s s o - A l t e r a ç ã o d o s r a i o s Primeiro, altere o raio de 50 mm para 25 mm. Esse processo é bastante simples. Clique sobre o arredondamento na área de trabalho, em seguida, clique sobre a dimensão, digite seu novo valor e clique na área de trabalho para atualizar o modelo (Figura 16).

Também será necessário fazer alteração

de apenas um arredondamento na junção entre o cilindro menor e a região intermedi-ária. Em um CAD tradicional, como o arre-dondamento foi criado junto com um grupo de diversas outras arestas, seria necessário editar o arredondamento existente, redefinir suas seleções de arestas e depois criar um novo arredondamento. Porém, no SolidWorks 2008 temos tecnologia a SWIFT que faz todo

Figura 17 Figura 18

Page 66: CADesign-RevistaMecanicaTecnologia

SolidWorks

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Tu t o r i a l

rações, pois temos que deslocar a segunda extrusão, a do cilindro menor, em 45 mm para a mesma direção. Repita o mesmo procedimento para a segunda extrusão. Defina um Offset de 45 mm e depois clique em OK (Figura 20). Pronto! Nossa peça foi concluída (Figuras 19 e 20).

Além do método utilizado aqui, há no SolidWorks 2008 diferentes maneiras para

se fazer alterações e edição de projetos. Isso significa que você poderá escolher a manei-ra que achar melhor para trabalhar com as ferramentas de edição.

Timoteo Müller e Marcelo Hendler são gerentes técnicos da SolidWorks Brasil.www.solidworksbrasil.com.br,[email protected] 0800 772 4041

clique em OK (Figura17). Aqui podemos ver que o SolidWorks não

só criou mais um recurso de arredondamento na árvore de construção, mas também definiu a ordem correta com a qual os arredondamen-tos serão corretamente aplicados e sem erro na construção da geometria resultante.

Por fim, temos que desalinhar os dois cilindros (Figura 14). Edite o primeiro recur-so de extrusão correspondente ao da região intermediária. O que temos que fazer aqui é deslocá-lo em 30 mm para o sentido frontal da peça. Utilize a caixa de opções do Pro-pertyManager de extrusão chamada “De”. Ela define as condições iniciais da extrusão e, nesse caso, poderá especificar que ela deve começar em Offset com 30 mm de espaça-mento. Veja que a extrusão não será criada a partir do plano do esboço, mas a partir de uma distância de 30 mm desse plano. Outras opções, como plano, superfície e vér-tice também estão disponíveis. Clique em OK (Figura 18).

Não se preocupe se forem encontrados alguns erros nos recursos de arredonda-mento. Ainda não terminamos nossas alte-

Figura 19

Figura 20

SolidWorksTu t o r i a l