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1 Historia do café - Dossier de pesquisa Laboratório de Design Industrial

Café | Delta

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Breve historia do café e da marca Delta

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Historia do café - Dossier de pesquisaLaboratório de Design Industrial

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6CAFÉ HISTÓRIA

10CAFÉ ORIGEM

12CAFÉ Da Planta à chavena

A PLANTA 14

COLHEITA E PROCESSO 16

TORRA 18

BLEND 20

EMBALAMENTO 22

CAFÉ NA CHAVENA 25

INDEX

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27DELTAHISTÓRIAMARCA

HISTÓRIA DE UMA MARCA 28

MISSÃO 30

32DELTA EM NÚMEROS

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A planta do café é originária de Kaffa, na Etiópia, mais precisa-mente no centro de Áfria. No entanto, foi a Arábia a principal re-sponsável pela propagação da cultura do café. Desta forma, a palavra café é originária da palavra árabe qahwa, que significa vinho. Pois o café era conhecido como o vinho da Arábia, quando chegou à Europa no século XIV, visto que a religião muçulmana proibia o consumo de qualquer tipo de bebida alcoólica.

Segundo constam algumas das lendas que relatam a sua even-tual descoberta, o café descoberto por um pastor que vivia na Absínia, actual Etiópia, no século III d.c. Esta descoberta deu-se através da observação das suas cabras, pois sempre que masti-gavam os frutos de coloração amarelo-avermelhada, existentes nos arbustos dos campos, estas ficavam muito mais ativas. Com a ajuda destes frutos, o rebanho conseguia caminhar por vários quilometros, atravessando subidas infindáveis. O pastor impressionado, levou os frutos a um monge da região e contou o poder que estes davam às suas cabras. O monge, ale-gando que era “obra do demónio”, mandou atear fogo a todos os frutos. O aroma dos frutos torrados logo atraiu todos os monges. Que ao retirarem os grãos desfeitos pelas cinzas e misturarem com água, descobriram que o preparado os mantinha acorda-dos durante as longas rezas e períodos de meditação. A novidade dos fantásticos poderes da bebida rapidamente se espalhou de um monastério para outro e, assim, aos poucos chegaram a todo mundo, segundo a lenda.

CAFÉ História

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ORIGEM E CULTIVO575 A.C.

A planta do café é originária da Etiópia. Usa-da como alimento, é em 575 a.C. que passa a ser cultivada pelos árabes com o objectivo de a utilizarem na preparação de uma be-bida. Segundo as primeiras referências, o café foi classificado na família dos evónimos e logo depois na família dos jasmins. Mais tarde, o café foi incorporado por Linneo e, posteriormente por De Jussie, como perten-cente à família das Rubiáceas, género cof-fea.A história mais generalizada atribui a desc-oberta das propriedades do café a um prior de um mosteiro cristão, no qual um pastor de cabras, de nome Kaldi, se teria apercebido de que osanimais confiados à sua guarda, após ha-verem comido de “uma certa planta” não po-diam conciliar o sono e ficavam em grande agitação. O prior certificou-se do facto e utilizando os grãos dessa planta fez beber a decocção obtida aos seus monges, os quais, graças a ele, ficavam mais despertos durante os ofícios religiosos da noite.

INTRODUÇÃO DO CAFÉ NA EUROPA1600 / 1645 / 1649

A introdução na Europa do café comercial deu-se através de Veneza, onde o primeiro café público “Café Florian” abriu em 1645. O café chegou pouco depois a França (1659), tendo o seu consumo expandindo-se rapida-mente e em grande escala.As “casas de café” na Europa tornaram-se, desde então, lugares influentes, frequenta-dos por artistas, intelectuais, mercadores, banqueiros, etc., sendo um fórum para ac-tividades políticas e desenvolvimento da so-ciedade.Surgiram vários opositores ao café em to-dos os lugares. Na Itália, por volta do ano de 1600 os padres pediram ao Papa Cle-mente VIII para proibir a bebida favorita do Império Otomano considerando-a parte da infiel ameaça, porém após o Papa beber um gole achou-a deliciosa e a baptizou-a como uma aceitável bebida aos cristãos de todo o mundo.

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O CAFÉ EM PORTUGAL575 A SÉC. XVIII-1800

PRIMEIROS CAFÉS PÚBLICOS EM PORTUGALSÉC. XVIII XIX

No século XVIII, em Portugal, com Francisco de Melo Palheta, durante o reinado do rei D. João V, conseguiu introduzir o café na ex-colónia do Brasil e transformá-lo no maior produtor de café mundial. A partir do Brasil o café foi levado para as ex-colónias Cabo Verde e S. Tomé e Príncipe.Em Angola o café surgiu anteriormente, pen-sa-se que foi introduzido pelos missionários portugueses. Em Timor o café deu entrada por via de Java com os holandeses.O cafeeiro Arábica foi introduzido em S. Tomé a partir do Brasil por volta de 1800. Pela mesma época, o cafeeiro foi introduzi-do pelos portugueses em Cabo Verde.Em Angola, o grupo dos cafeeiros dominante era o Robusta, responsável por 90-95% da produção de café comercial deste território.

Durante o séc. XVIII apareceram os primei-ros cafés públicos inspirados nas tertúlias francesas do séc. XVII, tornaram-se espaços de animação cultural e artística. Surgiram assim, vários cafés em Lisboa, entre eles o Martinho da Arcada, Café Tavares, Café Nicola, Botequim Parras. Já no princípio do séc. XIX abriram os famosos cafés Marrare fundados por António Marrare, siciliano de origem, negociante de vinhos engarrafados,licores e café. Tal como era referido na altura “Lisboa era Chiado, o Chiado era o Marrare e o Marrare ditava a lei”. Com Júlio Castilho, Almeida Garrett, Alexandre Herculano, entre outros, estes cafés públicos foram autênti-cas academias de moda e de pensamento.

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Criação da Organização Internacional do Café1963

Foi então criada, em 1963, a Organização Internacional do Café (ICO) sediada em Lon-dres.Foram estabelecidas quotas de café tanto a países produtores como importadores de forma a evitar uma contínua variação dos parâmetros em jogo. Esta organização é sustentada por verbas provenientes dos seus membros, distribuídas proporcional-mente à posição que ocupam no mercado internacional. Assim, o Brasil e aColômbia por um lado e os EUA e alguns países da Europa ocidental por outro, são o sustentáculo económico da organização. Sob o controlo da ICO, os preços per-maneceram relativamente estáveis durante quase 25 anos. Em finais dos anos 80 o acordo começou a não funcionar conveni-entemente. Produzia-se um excesso global de café e muitos países não estavam de acordo com as quotas que lhes eram atribuí-das pela ICO.

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CAFÉ Origem

O café é o factor fundamental para a economia de mais de 50 países produtores. Ocupa o segundo lugar dentro dos principais produtos de valor comercial, sendo superado so-mente pelo petróleo. Existem 2 tipos de café.

ARÁBICACarecem de acidez, são de tamanho médio, por vezes apresentam um bom corpo, sendo o seu acentuado aroma agradável e frutado, dominando acima das outras qualidades. A sua acidez varia, em função da altitude. Os melhores são os que apresentam uma ligeiríssima acidez, são suaves, deixando no paladar uma sensação de frutado.

ROBUSTATêm corpo e, na maioria dos casos, carecem de acidez. O seu aroma é característico, dando origem a uma bebida bem constituí-da, com um gosto que pode recordar o cara-melo associado com um sabor ácreo.

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CAFÉ Da Planta á Chavena

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A PLANTAO cafeeiro é um arbusto que pode atingir, no estado sel-vagem, entre 8 a 10 metros de altura. No entanto, e de forma a permitir um melhor manuseamento, o arbusto é podado, ficando com 2,5 a 3

metros de altura.

As flores do cafeeiro são brancas com cinco pétalas e parecidas, em aspecto e fragrância, com as do jasmim e da laranjeira. Um arbusto pode dar 30.000 flores que duram apenas 3 dias.O fruto do cafeeiro é uma drupa, mais conhecida na linguagem comum como cereja. Cada cereja agrupa duas sementes. No entanto, por vezes quando um dos óvulos da semente aborta, a cereja apresenta apenas uma semente.Esta é arredondada, visto não ter encontrado oposição que a obrigue a desenvolver outra for-ma. Neste caso o café chama-se MOKA.As espécies de café mais comercializadas são a Arábica e a Robusta, apresentando entre si diferenças marcantes.

CAFÉ ARÁBICA

As plantações de café Arábica encontram-se en-tre os 800 e os 2000 metros de altitude. Este café aparece essencialmente nos países da América Central e da América do Sul, e em alguns países Africanos, como a Etiópia (pais originário) e o Quénia, entre outros. A sua produção atinge um rendimento máximo a partir do 6º ano e pode at-ingir os 2,5 kg de café verde por planta. O grão é volumoso e achatado, mede aproximadamente 15 mm e apresenta uma cor esverdeada.As características organolépticas destes cafés, após torrados, variam bastante, em função da altitude e tipo de solo de onde são originários. Os cafés arábicos caracterizam-se pela sua acidez, que se acentua à medida que a altitude aumenta. São cafés mais aromáticos e de corpo moderado, descrevendo-se como cafés suaves, com um teor de cafeína baixo, entre 0,8 e 1,5%.

CAFÉ ROBUSTA

A maior resistência da planta do café Robusta permitiu o seu desenvolvimento em estado silvestre ao longo dos anos. Atinge óptimas produções em altitudes que variam entre o nível do mar até aos 600-800 metros. A sua produção máxima é atingida a partir do 5º ano e pode al-cançar cerca de 2 kg de café verde por planta. O grão é mais arredondado, apresenta uma cor mais acastanhada e mede entre 6 a 8 mm.Esta espécie de café apresenta características organolépticas bastante marcantes: tem um bom corpo (sensação de força), baixa acidez e é um pouco mais “amarga” do que o café arábico, dado apresentar um teor de cafeína mais eleva-do, que pode atingir os 2,5 %.

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COLHEITA E PROCESSODA PLANTA À CHÁVENA

Normalmente a colheita do fruto do cafeeiro é feita à mão, pois existem graus de maturidade diferentes no mesmo arbusto e só as cerejas vermelhas (maduras) deverão ser colhidas. A etapa

seguinte da preparação do café nas origens é a beneficiação, ex-istindo dois processos distintos para separar o grão da cereja:

a via húmida e a via seca.

A VIA HÚMIDA

A via húmida exige maiores investimentos e cui-dados. Todavia, este método ajuda a preservar as qualidades intrínsecas dos grãos de café, origi-nando menos desperdícios. A principal caracterís-tica deste método consiste no facto da polpa ser extraída logo após a colheita das cerejas, não per-mitindo que estas sequem como acontece no outro método.

A VIA SECA

A via seca é um método mais simples e menos dispendioso. Depois de colhidas, as cerejas são espalhadas sobre uma superfície de cimento, tijolo ou tapetes de palha e, preferencialmente, expos-tas aos raios solares. Periodicamente, as cerejas são revolvidas impedindo que haja a fermentação das mesmas. No caso de descidas de temperatura ou de ocorrência de chuva, estas devem de ser cobertas para sua protecção

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TORRADA PLANTA À CHÁVENA

A torra é um ponto fundamental na qualidade do café e os princi-pais atributos sensoriais que justificam o consumo do café são

desenvolvidos através dela.

A aparência apresentada pelo café tor-rado é objecto de uma classificação que leva em consideração a uniformidade e os defeitos que sobressaem durante a torra, pois defeitos que geralmente não são observados no café cru podem aparecer no café torrado. A classificação é pois determinada de acordo com o as-pecto geral e contagem dos grãos que deixaram de torrar ou mostrar a cor cara-cterística de despolpados

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BLENDDA PLANTA À CHÁVENA

As várias origens de café são torradas individualmente e separada-mente e, só depois é que serão misturadas, dando origem a um lote

ou a vários lotes.

A formação dos lotes é uma operação muito impor-tante porque se conjugam as várias características próprias de cada café (origem), como por exemplo a acidez, o corpo, o aroma entre outras, de modo a obter um bom lote de café.O grande segredo da qualidade do café está na composição do seu blend. Uma mistura de grãos de diferentes regiões produtoras de café, combina-dos na proporção exacta, para que o produto ad-quira e potencie as características desejadas pelos seus consumidores, obtendo assim principalmente um café com sabor marcante e aroma envolvente.

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EMBALAMENTODA PLANTA À CHÁVENA

Após a formação dos lotes, o café em grão é transportado através de um tapete rolante para os depósitos das máquinas empacotado-ras. Normalmente, as embalagens mais utilizadas para o empacota-

mento do café podem ser de:

- Parede simples, com ou sem válvula de exaustão de gases;

- Ser de parede tripla, onde a 1ª parede se refere exclusivamente à garantia de selagem do pa-cote, a 2ª serve de protecção do produto (luz, humidade e oxigénio) e a parede exterior com-porta o grafismo e a rigidez de uma embalagem;

- No mercado também podem aparecer latas, muito utilizadas no empacotamento sob vácuo e as embalagens de vidro, particularmente utiliza-das no café solúvel.

NA DELTA EXISTEM DOIS TIPOS DE EM-PACOTAMENTO:

1. Consiste em empacotar o café na total aus-ência de ar, ficando a embalagem com aspecto rígido e endurecido. Este método é considerado a melhor forma de conservação do café torrado em embalagem. Normalmente utilizam-se em-balagens hermeticamente fechadas com válvula de exaustão de gases, permitindo uma boa pro-tecção contra as influências exteriores.

2. Consiste em reduzir o teor de oxigénio no in-terior da embalagem e substituir esse oxigénio por um gás inerte. De uma maneira geral, as percentagens de oxigénio inferiores a 0,5 % são suficientes para a estabilização das qualidades intrínsecas do produto durante 18 meses.

CONTROLO DO PROCESSO:Como garantia da conservação de todas as características organolépticas (corpo, “flavour”, aroma) procedemos ao controlo da embalagem. Este controlo consiste no seguinte:

- Verificação do peso líquido do café;- Verificação da integridade da embalagem;- Controlo do oxigénio residual no interior do pa-cote.

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CAFÉ NA CHAVENADA PLANTA À CHÁVENA

os tipos de café que existem agora dentro do uni-verso das bebidas, a variedade é imensa.

No entanto, existem três categorias que ajudam a agrupar todas as bebidas existentes, sendo que:

- 1ª categoria a quantidade de café posta na xícara acaba por determi-nar o nome do tipo de café. Esta engloba desde o café Longo até ao Ristretto.

- 2ª categoria, engloba todos os tipos de café que recebam leite e deri-vados como o creme de leite ou o chantilly. - 3ª categoria restringe-se ao café solúvel.

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DELTA HistóriaMarca

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DELTAHISTÓRIA DE UMA MARCA

A aposta foi sempre na inovação e na qualidade, garantindo o de-senvolvimento de uma Gama de Produtos adaptada e customizada.

Seguindo uma estratégia de “mono marca”, criaram-se diferentes tipos de serviços, segmen-tados por unidades de negócio/comunicação. O modelo de fornecimento preferencial é a Auto Venda, apoiado em equipas especializadas de assistência técnica, sistemas de linhas verdes e merchandising personalizados.

Este percurso culminou, em 1998, na reengen-haria no Grupo Nabeiro/Delta Cafés, dando origem à criação de 22 empresas, organizadas por áreas estratégicas para o reforço da activi-dade principal do grupo. Verificou-se ainda a implementação do SAP como plataforma do sis-tema de informação de gestão.

A partir da segunda metade dos anos 70, a estrutura comercial da Delta Cafés con-solidou-se de forma decisiva, encarando de forma serena as novas exigências do mercado: desenvolvimento de novos produ-tos e serviços de qualidade global. É neste contexto que surge em 1984 a separação da actividade comercial, assegurada pela empresa Manuel Rui Azinhais Nabeiro Lda., da actividade industrial, desenvolvida pela Novadelta S.A., primeira empresa certifica-da neste sector, em 1994, pelo sistema de normas NP 29002

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MISSÃOHISTÓRIA

O nosso modelo de Gestão de Rosto Humano é o ADN da empresa. Provém dos nossos valores de referência, tendo dado origem a

uma missão muito focalizada nos nossos clientes e a um modelo de governo assente na partilha e no diálogo.

A Delta conseguiu obter uma diferenciação inimitável ao longo do tempo, porque desde a sua fundação desenvolveu uma estratégia de responsabi-lidade social que incorpora necessidades de todas as partes interessadas, dando origem a um sistema de Rosto Humano, que se caracteriza pelo diálogo, empreendedorismo responsável e inovação disruptiva.Desta interacção desenvolvemos normas, princípios orientadores de negócio e um código de ética que condicionam os objectivos, as políticas e o sistema de gestão.

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DELTAEM NÚMEROS

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