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CÁLCULO E ADMINISTRAÇÃO CÁLCULO E ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS DE MEDICAMENTOS Enf. Soraia Nogueira Felix* *Profª Assistente da UNIP AGOSTO / 2008

CALCULO E ADM. DE MEDICAMENTOS resumida 2011

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CÁLCULO E ADMINISTRAÇÃO CÁLCULO E ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOSDE MEDICAMENTOS

Enf. Soraia Nogueira Felix*

*Profª Assistente da UNIP

AGOSTO / 2008

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CONCEITOS FUNDAMENTAIS

Administração de medicamentos: muito mais que “um simples serviço de entrega”

Habilidade altamente técnica que exige conhecimento diversificado, habilidade analítica, experiência profissional e perícia clínica

É necessário conhecer: a TERMINOLOGIA dos medicamentos; as VIAS DE ADMINISTRAÇÃO dos agentes; os EFEITOS que os medicamentos produzem após penetrar no organismo.

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CONHECIMENTO NECESSÁRIO

Para preparar e administrar medicamentos, é preciso considerar “11 saberes” (Figueiredo et al):

Saber quem é o cliente; Saber quais são suas condições clínicas; Saber seu diagnóstico; Saber qual é o medicamento; Saber as vias; Saber as doses; Saber calcular; Saber as incompatibilidades; Saber sobre interações medicamentosas, ambientais, pessoais e

alimentares; Saber sentir para identificar sinais e sintomas de ordem subjetiva; Saber cuidar.

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Para administrar medicamentos, considerar...

A forma (sólido, líquido, gasoso...)A via de administraçãoO momento mais apropriado para a

administraçãoO armazenamento apropriado

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ALGUNS CONCEITOS BÁSICOS

REAÇÕES ADVERSAS – resposta indesejável ou nociva a um medicamento. Leve a grave, pode levar à morte. Depende de muitos fatores.

Podem ser previsíveis (em geral relacionadas à dose) ou não (sensibilidade do paciente); algumas podem ser evitadas, outras não...

Pode haver efeito terapêutico excessivo ou acúmulo do medicamento (por exemplo, insulina)

Às vezes, há mais de uma reação Cuidado com administração EV rápida OS PACIENTES PODEM SER UMA “CAIXA DE

SURPRESAS”...

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ALGUNS CONCEITOS BÁSICOS

ADSORÇÃO – alguns medicamentos IV aderem aos recipientes plásticos, às seringas, pode reduzir a ação ou precipitar

FOTÓLISE

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Forma do medicamento

Principais vias de administração e formas disponíveis dos medicamentos(1).

Via Apresentação

Oral (sólido) Cápsula, pó, comprimido

Oral (líquido) Elixir, Emulsão, Solução, Suspensão, Xarope

Parenteral Solução

Retal Solução, supositório

Vaginal Espuma, gel, solução, supositório, comprimido

Tópica (ouvido, olho, nariz, pele)

Aerossol, creme, loção, pomada, pasta, curativo oclusivo, pó

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Medicamentos

FÁRMACO

Alterar sintomas DROGA

Substituir substâncias REMÉDIO

Destruir invasores

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Administração de medicamentos

Oral

Sublingual

Inalatória

Tópica

Retal

Organismo

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Administração de medicamentos

Subcutânea

Intramuscular

Intravenosa

Epidural

Organismo

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Processos básicos dos medicamentos

Ação Inicial

Absorção

Distribuição Farmacocinética

Metabolização

Eliminação

Ação Final

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Fatores relacionados a concentração da droga

Administração da Droga Depósitos

teciduais

Compartimento Plasmático Local de ação

ExcreçãoMetabolismo

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Variações

Variações individuais que afetam as respostas dos medicamentos

Medicamentos

Peso corporal Patologias

Idade

Fatores Genéticos

Respostas

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CONCEITOS FUNDAMENTAIS

NOMENCLATURA- Químico – estrutura anatômica e molecular do

medicamento;- Genérico – versão mais curta e mais simples do

nome químico;- Comercial (marca registrada ou nome

patenteado) – nome escolhido pela companhia que vende o medicamento.

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PRESCRIÇÃO MÉDICA

Os 5 axiomas

Medicamento certo

Dose certa

Paciente certo

Hora certa

Via de administração certa

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MÉTODOS E VIAS DE ADMINISTRAÇÃO

Administração tópica Administração oftálmica, otológica e nasal Administração respiratória Administração oral e gástrica Administração retal e vaginal Administração intradérmica, subcutânea e

intramuscular Administração intravenosa Vias especializadas de administração

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ADMINISTRAÇÃO INTRADÉRMICA, SUBCUTÂNEA E INTRAMUSCULAR

Escolher a seringa e a agulha apropriadas; considerar a via de administração, tamanho do paciente e o local mais provável da injeção.

ADMINISTRAÇÃO INTRADÉRMICA Habitualmente, até 0,5 ml ou menos Pouca absorção sistêmica Teste para TB, alérgico, certas vacinas,

anestésico local Local mais comum: face ventral do antebraço Ângulo de 10 a 15º.

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Principalmente: finalidade diagnóstica, testes para alergias ou tuberculose. Camada da pele imediatamente abaixo do estrato córneo. Efeitos locais; pouca absorção sistêmica.

VIA INTRADÉRMICA

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-Braço, coxa ou no abdome. Muito usada para insulina.-Desvantagens: pode lesionar os tecidos cutâneos; não

pode ser utilizada quando o paciente sofrer de doença vascular oclusiva e perfusão precária, pois a circulação reduzida retarda a absorção. Não utilizar se a pele estiver maciçamente adiposa, edemaciada, queimada, endurecida, tumefeita, alterada por outras medicações ou enferma.

-Implantes sobre a pele: grânulos ou cápsulas. A partir da derme, a medicação extravasa lentamente para os tecidos. Desconforto: pode ser necessária pequena cirurgia para introdução ou remoção.

VIA SUBCUTÂNEA

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ADMINISTRAÇÃO SUBCUTÂNEA

0,5 a 2ml Heparina, insulina, estimulantes da ovulação Pode ser utilizada compressa fria no local da aplicação

antes da injeção, p/ minimizar a dor Aplicação: braços, abdome, coxa e nádegas Cuidado com as bolhas Heparina: injetar sempre a 90º Injeções repetidas: alternar os locais de aplicação Aspirar (puxar o êmbolo) e verificar se há refluxo de sangue Atenção: seringas “prontas” como Clexane®: não aspirar!!!

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INJEÇÃO SUBCUTÂNEA - LOCAIS

Legenda: 1- Braço direito 2- Braço esquerdo 3- Lado direito do abdômen 4- Lado esquerdo do abdômen

5- Nádega esquerda 6- Nádega direita 7- Região inferior da coxa direita 8- Região inferior da coxa esquerda

Disponível em: http://www.emrede.com.br/ImagesUnbrBrazil/injection_tcm73-4291.jpg (acessado em 04.05.06)

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Suspensões aquosas e soluções oleosas. Agentes aquosos: até 5 ml em alguns locais.-Desvantagens: pode precipitar no músculo

(reduzindo sua absorção); pode não haver absorção adequada em pacientes hipotensos ou com suprimento sangüíneo precário. Injeção acidental na corrente sangüínea.

-Pode causar dor e irritação os tecidos locais, lesionar ossos, puncionar vasos sangüíneos, lesionar nervos ou fragmentar o tecido muscular...

VIA INTRAMUSCULAR

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ADMINISTRAÇÃO INTRAMUSCULAR

3 a 5 mlCrianças, idosos e pessoas muito

magras: toleram menos de 2mlTécnica em Z: deslocar os tecidos antes

de introduzir a agulhaNão massagear após

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ADM. INTRAMUSCULAR - LOCAIS

DeltóidePorção dorsal do glúteoPorção ventral do glúteo Vasto lateral

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LOCAIS PARA INJEÇÃO IM

Disponível em: br.geocities.com/rodolpho1979/aim.bmp (acessado em 04.05.08)

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-Injeção diretamente na corrente sangüínea através de uma veia.

-Primeira escolha durante uma emergência.-Altas doses e velocidade constante.-Rapidez excessiva: possibilidade de reações

adversas.-Riscos: extravasamento, irritação da veia,

infecção sistêmica e embolia gasosa.-Início quase imediato da ação, disponibilidade

completa e controle absoluto sobre a dose

VIA INTRAVENOSA

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ADMINITRAÇÃO INTRAVENOSA

Não administrar se suspeita de irregularidades Para mais de um tipo de medicamento, trocar o

equipo (a não ser que tenha certeza da compatibilidade).

Infusão intermitente, contínua, cateter venoso periférico, central, acesso vascular implantado

Certos medicamentos, como o cloreto de potássio, não podem ser administrados rapidamente

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ADMINISTRAÇÃO IV

Melhor acesso venoso – VIP: Veia – considerar localização, condição

e trajeto físico no membro; Infusão – finalidade e duração; Paciente – grau de cooperação e

adesão, preferência do paciente.

Atentar para reações adversas

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VIAS ESPECIALIZADAS DE ADMINISTRAÇÃOCircunstâncias especiais;Agentes aplicados diretamente no local da atividade pretendida, como em um órgão ou em seus vasos sangüíneos, utilizando cateteres e dispositivos específicos.

Espaço epidural (via epidural)Espaço pleural (intrapleural)Cavidade peritoneal (intraperitoneal)Cápsula de uma articulação (intra-articular)Interior de um osso longo (intra-óssea)

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INFUSÕES ESPECÍFICAS - Epidural

Medicamento injetado no espaço epidural, fora ou acima da dura-máter; absorção no líquido cefalorraquidiano, atua diretamente no SNC. Analgesia epitural: cateter especial, pode ser ajustada para uma área específica do corpo. Não pode ter conservantes (reações sérias). Rotular os cateteres “APENAS PARA USO EPIDURAL” para evitar acidentes.

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Para reduzir o risco de interações medicamentosas...

Descobrir se o paciente está tomando outros medicamentos prescritos, de venda livre ou fitoterápicos, antes de fornecer um fármaco. Isto inclui também:

Remédios caseiros Medicamentos obtidos sem prescrição Suplementos vitamínicos e minerais Remédios “emprestados” de familiares ou de

outras pessoas Drogas ilícitas (devem ser abordadas

especificamente)

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Relações entre medidas métricas

Líquidos: 1 mililitro (ml) = 1 centímetro cúbico (cc) 1 decilitro (dl) = 100 mililitros 1.000 mililitros = 1 litro (l) 1 litro (l) = 1/4 volume 1 mililitro (ml) = 1/1000 litro

Sólidos: 1.000 microgramas (mcg) = 1 miligrama (mg) 1.000 miligramas (mg) = 1 grama (g) 1 mg = 1/1000 grama (g) 1.000 gramas = 1 kilograma (kg)

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Regras gerais no cálculo de dosagens

Uso da regra de três, relacionando medidas equivalentes. Ex: dosagem (mg) abaixo de dosagem (mg), e quantidade (ml) abaixo de quantidade (ml);

Usar unidades de pesos ou volumes iguais; Pesos: transformar grama (g) em miligrama (mg) e vice-versa facilita o

cálculo; Diluir o medicamento de acordo com a via de administração, local a ser

administrado e idade do paciente; Na diluição de um medicamento liofilizado, o volume geralmente

aumenta, por isso deve-se aspirar todo o conteúdo antes de se fazer o cálculo. Se não for possível, aspirar na seringa todo o volume calculado e fazer nova diluição;

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Regras gerais no cálculo de dosagens

No cálculo de dosagem, o resultado não pode ser alterado para mais ou para menos, como ocorre no cálculo de gotejamento. Deve ser administrado o valor exato obtido [3];

Para ajudar a evitar erros de cálculo e diferenças entre a dose teórica e a real, siga esta regra: Não permita uma variação superior a 10% entre a dose prescrita e a dose administrada. Ou seja: se você tiver de administrar 0,97 comprimido, administre seguramente um comprimido inteiro ao paciente [1].

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Noções elementares

Solução é uma mistura homogênea composta de duas partes. Suspensão é também composta por duas partes, mas difere da solução

por ser heterogênea, o que significa que após centrifugação ou repouso, é possível separar os componentes, o que não ocorre na solução.

A concentração de uma mistura é determinada pela quantidade de soluto numa proporção definida de solvente, e poderá ser expressa em porcentagem (%) ou em g/L. Como exemplo temos que uma solução de glicose com 5g de glicose (soluto) dissolvida em 100 ml de água (solvente) é uma solução com concentração de 5%. Isso significa que a concentração é obtida pela divisão da massa (g) pelo volume, e é expressa em % ou g/L.

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1. Qual dos locais abaixo para injeção IM você escolheria para crianças com menos de 3 anos de idade?

a. Porção ventral do músculo glúteob. Músculo deltóidec. Porção dorsal do músculo glúteod. Músculo vasto lateral.Resposta: D. Utilizar normalmente o músculo vasto lateral ou reto femoral para

injeção IM. Constituindo a maior massa muscular nesse grupo etário, o vasto lateral e o reto femoral possuem poucos e significativos vasos sangüíneos e nervos.

2. Ao puncionar uma veia periférica de um idoso, qual dos cateteres abaixo você utilizaria para evitar traumatismos?

a. 18Gb. 20Gc. 22Gd. 16GResposta: C. Utilizar um cateter 22G ou 24G.

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3. Se o paciente com cateter venoso central apresentar dispnéia, dor torácica, cianose, redução do murmúrio vesicular do mesmo lado do cateter, deve-se suspeitar de qual complicação:

a. Pneumotórax.b. Trombose.c. Infecção sistêmica.d. Posição incorreta do cater.Resposta: A. Dispnéia, dor torácica, cianose e redução do murmúrio vesicular do

mesmo lado do cateter VC são manifestações de pneumotórax, hemotórax, quilotórax e hidrotórax.

4. Qual dos seguintes cateteres venosos é melhor para administrar líquidos hiperosmolares ou cáusticos?

a. Cateter arterial periférico.b. Cateter venoso periférico.c. Cateter de linha média.d. Cateter VC.Resposta: D. Um cateter VC pode ser usado para administrar líquidos hiperosmolares

ou cáusticos, pois são diluídos rapidamente na veia cava, reduzindo o risco de flebite química.

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ALGUMAS FÓRMULAS

No.gotas/min = V/T x 3

No. microgotas/min = V/T

V=volume em ml

T= tempo em horas

OU

N° gotas/minuto= V X 20/ n° de minutos

Lembre-se: n° microgotas/min.= n° gotas X 3

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Exemplo 1) TRANSFORMAÇÃO DE SOLUÇÕES:

Para as transformações será usado como padrão o frasco de 500 ml de soro.Temos 500 ml de soro glicosado 5 % e a prescrição foi de 500 ml a 10%.Primeiro passo – Verifica-se quanto de glicose há no frasco a 5 %.

100 ml – 5 g

500 ml – x

x = 500 x 5 / 100 = 25g

500 ml de soro glicosado a 5% contem 25g de glicoseSegundo passo – Verifica-se quanto foi prescrito, isto é, quanto contem um frasco a 10%

100ml – 10g

500 ml – x

X = 500 x 10 / 100 = 50g

500 ml de soro glicosado a 10% contem 50g de glicose.

Temos 25g e a prescrição foi de 50g; portanto, faltam 25g.

TESTES – 2. CÁLCULO DE MEDICAMENTOS(1)

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Terceiro passo – Encontra-se a diferença procurando supri-la usando ampolas de glicose hipertônica

Temos ampola de glicose de 20 ml a 50%

100 ml – 50g

20 ml – x

X = 20 x 50 / 100 = 10g

Cada ampola de 20 ml a 50 % contem 10g de glicose

20 ml – 10g

X – 25g

X = 20 x 25 / 10 = 50 ml

Será colocado então, 50 ml de glicose a 50%, ou seja, 2 + ½ ampolas de 20 ml no frasco de 500ml a 5%. Ficaremos com 550 ml de soro glicosado.

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Exemplo 2) CALCULO DE INSULINA

Temos seringa de 1 ml graduada em 40 UI, o frasco de insulina é de 80 UI por mililitro. A dose prescrita foi de 25 UI.

80 U – 25 U

40 U – x

X = 40 X 25/ 80 = 12,5 U, então aspiraremos 12,5 UI, que correspondem as 25 UI prescritas.

Quando as unidades não coincidem com o frasco:

Frasco ------------- seringa

Prescrição --------X

Exemplo: insulina simples 20 UI

Disponível: frasco --------- 40 UI

Seringa -------- 80 UI

40 ---------- 80 UI

20 ---------- X

X = 40 UI

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Exemplo 3) DILUIÇÃO DE MEDICAMENTO (REGRA DE TRÊS)

Temos gentamicina 80 mg em ampolas de 2 ml. Foi prescrito 60 mg, quanto administrar?

2 ml - 80 mg

X – 60 mg

X = 1,5 ml

Devo administrar 1,5 ml de gentamicina.

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Exemplo 4) ML/hora

Devemos diluir 4 ampolas de dobutamina em 230 ml de SF 0,9%de , para correr em 24 hs (contínuo), em BIC (bomba de infusão contínua). Dobutamina – frasco/ampola com 5 ml (50 mg/ml).8/8 hs em BIC. Quantos ml/hora infundida a solução?

220 ml SF + 20 ml dobutamina = 240 ml

240 ml – 24 h

X ml - 1 h

X= 240 /24

X= 10 ml / hora

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EXERCÍCIOS1) Calcule o número de gotas/min das seguintes prescrições médicas:

a) 1.000 ml de SG 5% EV em 24 h. Resolução:

No.gotas/min = V/T x 3

1.000/24 x 3 = 13,8

Aproximadamente 14 gotas/min.

b) 500 ml de SG 5% EV de 6/6 h

Resolução:

No.gotas/min = V/T x 3

500/6 x 3 = 27,7

Aproximadamente 28 gotas/min.

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c) SG 5%.......300 ml

SF 0,9%.......100 ml

EV de 12/12 h

Resolução:

No.de gotas/min = V/T x 3

300 + 100/12 x 3 = 11,1

Aproximadamente 11 gotas/min.

Page 47: CALCULO E ADM. DE MEDICAMENTOS resumida 2011

2) Calcule o numero de microgotas/minuto, das seguintes prescrições médicas:

a) SG 10% 250 ml EV em 24 h:

Resolução: Há duas formas. A primeira é pela fórmula:

No. microgotas/min = V/T

250/24 = 10,4

Aproximadamente 10 microgotas/min.

Determinando o número de gotas, podemos determinar o número de microgotas usando esta outra fórmula:

No. de microgotas = No. de gotas x 3

no. de gotas/min = V/T x 3

250/24 x 3 = 3,47 gotas/min

Multiplicando por 3, na primeira fórmula = 3,47 x 3 = 10,4

10,4 são aproximadamente 10 microgotas/min.

Page 48: CALCULO E ADM. DE MEDICAMENTOS resumida 2011

b) SF 0,9% 500 ml EV de 6/6 h

Resolução:

No. de microgotas/min = V/T

500/6 = 83,3

Aproximadamente 83 microgotas/min.

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3) Devemos administrar 100 ml de bicarbonato de sódio a 10% em 30 min. Quantas gotas deverão correr por minuto [1]?

Resolução:

A fórmula para cálculo do número de gotas/min utilizando tempo em minutos é esta:

no.gotas/min= V x 20/no. de min

Onde V = volume em ml. Substituindo os dados:

no.gotas/min = 100 x 20/30 = 2000/30 = 66,6 aproximadamente 67

Deverão correr 67 gotas/min.

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4) Foi prescrito o seguinte soro, para ser administrado EV de 6/6h. Quantas gotas deverão correr por minuto?

SG 5%.........400 ml

NaCl 30%......20 ml

KCl 19,1%.....10 ml

Vit.C 10%.....5 ml

Complexo B....2 ml

Resolução:

Utilizando uma das fórmulas já conhecidas anteriormente:

no.gotas/min= V/T x 3

Devemos obter o volume total da solução, somando as quantidades em ml. Substituindo na fórmula:

no.gotas/min = 400+20+10+5+2/ 6 x 3 = 437/18= 24,2

Aproximadamente 24 gotas/min

Page 51: CALCULO E ADM. DE MEDICAMENTOS resumida 2011

5) Calcule o número de microgotas/min da seguinte prescrição médica: Penicilina cristalina 5.000.000 UI EV em 100 ml de SF 0,9%, para correr em 45 minutos [1].

Resolução:

Usando a fórmula:

no.gotas/min= V x 20/no.min

100 x 20/45= 2000/45= 44,4

Aproximadamente 44 gotas/min

Vamos determinar a quantidade de microgotas:

no.microgotas/min= no.gotas x 3

44 x 3 = 132 microgotas/min

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6) Foram prescritos SG 10% - 1000 ml, que não temos na clínica. Temos somente SG 5% - 1000 ml e ampolas de glicose 50% - 20 ml. Como devemos proceder [1]?

Resolução:

O que precisamos:

SG 10% - 1000 ml

10 g.......100 ml

X g........1000 ml

X = 100 gNa ampola de glicose:

50 g......100 ml

X g.......20 ml

X = 10 g

Portanto, se já temos 50 g de glicose, teremos que acrescentar mais 50 g. Então:

10 g.........20 ml (1 ampola de glicose)

50 g.........X ml (50 g é a quantidade que falta)

X = 100 ml (equivale a 5 ampolas)

O que temos:SG 5% - 1000ml5 g.......100 mlX g.......1000 mlX = 50 g

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Como 100 ml de solução de glicose a 50% (5 ampolas) não cabem no frasco de SG5%, teríamos que desprezar 100 ml do SG5%. Mas se desprezarmos 100 ml do SG5%, estaremos jogando junto 5 g de açúcar (5 g – 100 ml) e teremos que repor os 5 g (corresponde a meia ampola de glicose a 50%).

Portanto, desprezaríamos 100 ml do SG5% e acrescentaríamos 5 ampolas (o que eu preciso) e meia (o que foi desprezado) de glicose a 50% (110 ml) e estaria pronto para uso o SG10% - 1000ml.

Page 54: CALCULO E ADM. DE MEDICAMENTOS resumida 2011

7) A prescrição médica pede SGF – 1000 ml. Só temos SG 5% - 1000 ml e ampolas de NaCl 30% - 20 ml.

Resolução:

O que precisamos:

SGF – 1000 ml A mesma quantidade de cloreto de sódio do SF 0,9% - 500mlTemos de saber quanto de NaCl temos em um frasco de SF 0,9%:

0,9 g.......100 ml

X g.........500 ml

X = 4,5 g

O que temos:

SG5% - 1000ml

Já temos a glicose. Temos de acrescentar a quantidade de cloreto de sódio; Temos ampolas de NaCl 30% - 20 ml:

Page 55: CALCULO E ADM. DE MEDICAMENTOS resumida 2011

30 g.......100 ml

X g........20 ml

X = 6 g

Temos de acrescentar no SG5% 4,5 g de NaCl. Se cada ampola de NaCl 30% - 20 ml tem 6 g de cloreto de sódio e precisamos de 4,5 g, é só montar uma regra de três:

20 ml.......6 g

X ml........4,5 g

X = 15 ml

Para fazermos o SGF – 500 ml, temos de acrescentar 15 ml de NaCl 30% - 20 ml em um SG 5% - 500 ml e estará pronto.

Page 56: CALCULO E ADM. DE MEDICAMENTOS resumida 2011

8) Para fazer 500 ml de água boricada a 2%, quantos gramas de ácido bórico é preciso?

Resolução:

O que temos:

2 g........100 ml

X g........500 ml

X = 10 g

Precisaremos de 10 g de ácido bórico.

Page 57: CALCULO E ADM. DE MEDICAMENTOS resumida 2011

9) Devemos preparar 500 ml de bicarbonato de sódio a 3%. Temos água destilada e bicarbonato em pó (1 saquinho = 1 g). Como proceder?

Resolução:

O que precisamos:

Bicarbonato de sódio a 3% - 500 ml

3 g.......100 ml

X g.......500 ml

X = 15 g

O que temos:

Bicarbonato em pó (1 saquinho = 1 g)

1 saquinho....1 g

X saquinhos..15 g

X = 15 saquinhos

Devemos dissolver 15 saquinhos (15 g) de bicarbonato de sódio em 500 ml de AD.

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10) Transformar 250 ml de SG5% em 250 ml de SG10%. Temos ampolas de glicose 50% - 20 ml.

Resolução:

O que temos:

SG5% - 250 ml

5 g.......100 ml

X g.......250 ml X = 12,5 g

Ampolas de glicose 50% - 20 ml:

50 g......100 ml

X g.......20 ml X = 10 g

O que precisamos:

SG10% - 250 ml

10 g......100 ml

X g.......250 ml

X = 25 g

Page 59: CALCULO E ADM. DE MEDICAMENTOS resumida 2011

Tenho 12,5 g, então vou precisar incluir mais 12,5 g para completar 25 g que é o que eu preciso. Usando ampolas de glicose:

Resolução:

10 g.......20 ml

12,5 g.....X ml

X = 25 ml

Devemos acrescentar 25 ml de G50% em um frasco de 250 ml de SG5%.

Page 60: CALCULO E ADM. DE MEDICAMENTOS resumida 2011

11) Calcule quantos ml do medicamento deveremos administrar ao paciente:

a) Tienam (imipenem) 250 mg EV 6/6h. Temos fr/amp 500 mg. Diluir em 20 ml.

Resolução:

Precisaremos diluir o medicamento, pois há somente o soluto (pó liofilizado).

Fazendo uma regra de três obtemos os valores. Temos no frasco/ampola:

500 mg.........20 ml

250 mg.........X

X = 250 mg . 20 ml / 500 mg

X = 10 ml

Devemos administrar 10 ml da solução de Tienam (imipenem).

Page 61: CALCULO E ADM. DE MEDICAMENTOS resumida 2011

b) Calciferol ¼ de amp IM. Temos ampolas de 1 ml(15 mg/ml). Rediluir em 1 ml(volume total = 2 ml)

Resolução:¼ de ampola equivale a 0,25 % da ampola, o que seria:0,25 x 15 = 3,75 mg. Logo:

15 mg........2 ml(1 ml da ampola + 1 ml da diluição = 2 ml)3,75 mg......X mlX = 0,5 mlAdministrar 0,5 ml da rediluição de Calciferol.

c) Arovit (palmitato de retinol) ¼ de amp IM. Temos ampolas de 1 ml (300.000 UI / ml). Rediluir em 1 ml (volume total = 2 ml)Resolução:¼ de ampola equivale a 0,25 da ampola. Então:0,25 x 300.000 = 75.000 UITemos:

300.000 UI.......2 ml(1 ml da ampola + 1 ml da rediluição = 2 ml)75.000 UI........X mlX = 0,5 ml Devemos administrar 0,5 ml da rediluição de Arovit.

Page 62: CALCULO E ADM. DE MEDICAMENTOS resumida 2011

d) Hidantal (hidantoína)11 mg e AD, EV em 30 minutos de 12/12h. Temos ampolas de 50 mg/ml. Rediluir em 4 ml (volume total = 5 ml)

Resolução:Temos:50 mg.......5 ml (1 ml da ampola + 4 ml da rediluição = 5 ml)11 mg.......X mlX = 1,1 ml Administrar 1,1 ml da rediluição de Hidantal (hidantoína).

e) Digoxina - 30 microgramas (30 µg) EV de 8/8h. Temos ampolas de 0,5 mg/2 ml. Rediluir em 3 ml (volume total = 5 ml)

Resolução:Temos de transformar 30 microgramas em miligramas:1 mg........1000 µgX mg........30 µg X = 0,030 mg

Então:0,5 mg.........5 ml(2 ml da ampola + 3 ml da rediluição = 5 ml)0,030 mg.......X mlX = 0,3 ml Devemos administrar 0,3 ml da solução de Digoxina.

Page 63: CALCULO E ADM. DE MEDICAMENTOS resumida 2011

f) Devemos administrar 250 mg de Novamin (amicacina) IM de 12/12 horas. Temos na clínica ampolas de 2 ml com 500 mg. Quantos ml devemos administrar [1]?

Resolução:

Observando-se a ampola, verificamos que:é uma solução, pois a medicação já vem diluída;

a ampola contém 500 mg de amicacina em 2 ml;

Montando a regra de três:500 mg.......2 ml250 mg.......X mlx = 500 / 500X = 1 ml

Devemos administrar 1 ml de Novamin (amicacina) IM.

Page 64: CALCULO E ADM. DE MEDICAMENTOS resumida 2011

12) Foi prescrito 1/4 de ampola de Novalgina (dipirona) EV se necessário. Temos na clínica somente ampolas de 1 ml a 50% (500 mg/ml). Quantos ml devemos administrar?

Resolução:

Iremos utilizar apenas uma parte da ampola. Como o volume total da ampola é de 1 ml, dividindo-na por 4, cada parte corresponderá a 0,25 ml. Acrescentaremos 1 ml de AD, resultando em um volume total de 2 ml. Dividindo-o por 4, cada parte será de 0,5 ml.

Na administração EV, é melhor aspirar 0,5 ml da rediluição da dipirona e acrescentar 2,5 ml de AD, e aplicar lentamente.

Page 65: CALCULO E ADM. DE MEDICAMENTOS resumida 2011

13) Calcular o número de microgotas por minuto:

Novamin (amicacina) 150 mg EV em 50 ml de SF 0,9% correr em 30 minutos.

Resolução:

Tempo em horas:

30/60 = 0,5 h

No. de gotas/min = V/T x 3

50/0,5 x 3 = 33,3 gotas/min

No. de microgotas/min = no. de gotas x 3

33,3 x 3 = 99 microgotas/min

Devemos administrar 99 microgotas/min.

Page 66: CALCULO E ADM. DE MEDICAMENTOS resumida 2011

14) Foi prescrito 7 mg de Novamin (amicacina) EV de 12/12 horas. Temos na clínica ampolas de 100 mg/2 ml. Quantos ml devemos administrar [1]?

Resolução:

Observando-se a ampola:

É uma solução, pois a medicação já vem diluída;

Temos 100 mg/2 ml, ou seja, 100 mg em cada 2 ml. A quantidade prescrita é muito pequena, portanto precisaremos rediluir, ou seja, acrescentar mais água destilada a fim de aumentar o volume e facilitar o cálculo. Logo:

100 mg...10 ml (2 ml com 100 mg de Amicacina + 8 ml de AD)

7 mg.....X ml

X . 100 mg = 7 mg . 10 ml

X . 100 = 70

X = 70 / 100 = 0,7 ml

Devemos aspirar 2 ml da ampola de Amicacina com 100 mg, acrescentar 8 ml de AD e utilizar 0,7 ml desta solução rediluída, utilizando a bureta.

Page 67: CALCULO E ADM. DE MEDICAMENTOS resumida 2011

TESTES EM SALA (POR ESCRITO)

1) Calcular quantos ml de medicamento devemos administrar nas prescrições a seguir:

a) Keflin (cefalotina) 120 mg EV 6/6h. Temos fr/amp- 1 g. Diluir em 10 ml.

Resolução:O frasco-ampola tem 1 g (ou 1000 mg). Fazendo a regra de três:1000 mg.........10 ml120 mg..........X mlX = 1,2 ml

Devemos administrar 1,2 ml da solução de Keflin (cefalotina).

b) Mefoxin (cefoxitina) 50 mg e SG5%- 3 ml, de 6/6h. Temos fr/amp- 1 g. Diluir em 10 ml.Resolução:Como 1 g equivale a 1000 mg, então:1000 mg.........10 ml50 mg...........X mlX = 0,5 ml

Devemos administrar 0,5 ml da solução de Mefoxin (cefoxitina) em uma bureta com 3 ml de SG5%.

Page 68: CALCULO E ADM. DE MEDICAMENTOS resumida 2011

c) Novamin (amicacina)- 9 mg e SG5%- 5 ml, EV de 12/12h. Temos ampolas de 100 mg/2 ml. Rediluir em 8 ml AD.

Resolução:

A ampola diz que há 2 ml de amicacina em cada 100 mg. Quantos ml temos em 9 mg?

100 mg........10 ml(2 ml da ampola + 8 ml AD = 10 ml)9 mg..........X mlX = 0,9 ml

Administrar 0,9 ml da solução de Novamin (amicacina) em uma bureta com 5 ml de SG5%.

Page 69: CALCULO E ADM. DE MEDICAMENTOS resumida 2011

2) A administração de alguns medicamentos exige o uso da bureta. Na bureta, o gotejamento é feito em microgotas. Calcule o número de microgotas/min das seguintes prescrições médicas:

a) Vancomicina 500 mg em 100 ml de SF 0,9% correr em 30 minutos.

Resolução:

Primeiro, precisamos determinar o tempo em horas:

30/60 = 0,5 h

Determinar o numero de gotas/min:

No. de gotas/min = V/T x 3

100 /0,5 x 3= 66,6 --> equivale a aproximadamente 67 gotas/min

No. de microgotas/min = no. de gotas x 3

67 x 3 = 201 microgotas/min

Devemos administrar 201 microgotas/min utilizando uma bureta com 100 ml de SF 0,9%.

Page 70: CALCULO E ADM. DE MEDICAMENTOS resumida 2011

3) Foi prescrito 5 mg de Garamicina (gentamicina) EV de 12/12 horas, diluídos em 20 ml de SG 5%. Na clínica há somente ampolas de 40 mg/ml. Como proceder?

Resolução:

Observa-se que é uma solução, pois a medicação já vem diluída; Temos na ampola 40 mg/ml, ou seja, 40 mg em cada 1 ml.

A quantidade prescrita é muito pequena, o que dificulta sua administração. Por isso, para garantir a administração da quantidade correta, devemos rediluir, ou seja, aspirar a ampola inteira e acrescentar mais água destilada, para aumentar o volume e facilitar o cálculo.

Para evitar arredondar e administrar uma dose exata, procure utilizar números que não resultem em dízimas na regra de três.

Em uma seringa de 10 ml, aspirar 1 ml da ampola de Garamicina e acrescentar 7 ml de AD. Desta forma, aumentamos o volume da solução sem alterar a quantidade de Garamicina, que continua sendo 40 mg, mas agora em 8 ml.

Page 71: CALCULO E ADM. DE MEDICAMENTOS resumida 2011

Então:

40 mg.......8 ml (1 ml com 40 mg de Garamicina + 7 ml de AD)5 mg........X mlX . 40 mg = 5 mg . 8 mlX . 40 = 40X = 40 / 40 = 1 ml

Portanto X = 1 ml

Devemos aspirar 1 ml da ampola de Garamicina com 40 mg, acrescentar 7 ml de AD e utilizar 1 ml desta solução, colocando-a em uma bureta com 20 ml de SG 5%.

Observação: Se for administrar esta solução via EV, pode-se colocar uma quantidade maior de diluente, mas há restrições se a via for IM ou SC.

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NÃO PARE NO TEMPO...

Não tenha vergonha de perguntar, estudar, se atualizar, pois ninguém “nasce sabendo”, mas à

partir do momento que nos comprometemos com a profissão, com os princípios éticos e

legais à ela relacionados, e tomamos ciência da necessidade de aprimorar nossos

conhecimentos, temos a OBRIGAÇÃO de buscar o saber necessário para a correta

atuação profissional, ainda mais em um mundo onde a ciência evolui diariamente (FELIX SN).

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Azevedo MF (rev), Taranto G (trad). Administração de medicamentos. Série Incrivelmente Fácil. Medication Administration Made Incredibily Easy, USA. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan SA, 2004.

Sistema de medidas. Disponível em: http://telemedicina.unifesp.br/set/projetos/calcmed/calculos/entrada.php

FIGUEIREDO, N. M. A. de. Administração de medicamentos: revisando uma prática de Enfermagem. São Caetano do Sul: Difusão Enfermagem, 2003.

Giovani AMM. Enfermagem – cálculo e administração de medicamentos. São Paulo: Legnar Informática & Editora, 1999.

http://telemedicina.unifesp.br/set/projetos/calcmed/calculos/entrada.php