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Câmara Municipal do Barreiro DEPARTAMENTO DE ÁGUAS E RESÍDUOS GABINETE DE ESTUDOS E PROJETOS CLÁUSULAS TÉCNICAS ESPECIAIS REDE DE DRENAGEM DOMÉSTICA DA PENALVA

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CLÁUSULAS TÉCNICAS ESPECIAIS

REDE DE DRENAGEM DOMÉSTICA DA PENALVA

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ÍNDICE

1 ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS RELATIVAS AOS MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO CIVIL .... 9

1.1 Receção, verificação e Rejeição de materiais .................................................................. 9

1.1.1 Materiais .................................................................................................................. 9

1.1.2 Receção qualitativa de materiais .............................................................................. 9

1.1.3 Materiais fornecidos pelo Empreiteiro ...................................................................... 9

1.1.4 Aplicação dos materiais ......................................................................................... 10

1.1.5 Substituição dos materiais ..................................................................................... 10

1.1.6 Depósito e armazenagem dos materiais ................................................................ 11

1.1.7 Depósito de materiais não destinados à obra......................................................... 12

1.1.8 Rejeição de materiais ............................................................................................. 12

1.2 Tubos e acessórios de PVC Rígido ............................................................................... 12

1.2.1 Disposições gerais ................................................................................................. 12

1.2.2 Tubos e acessórios de PVC rígido para escoamento com superfície livre ............. 12

1.3 Tubos e acessórios de PVC rígido e PVC - U ................................................................ 13

1.3.1 Disposições gerais ................................................................................................. 13

1.3.2 Tubos e acessórios de PVC rígido para escoamento com superfície livre ............. 13

1.4 Cimentos para betões e argamassas............................................................................. 14

1.4.1 Prescrições gerais .................................................................................................. 14

1.4.2 Escolha do tipo de cimento a empregar ................................................................. 14

1.4.3 Normas e especificações aplicáveis ....................................................................... 15

1.5 Inertes para betões e argamassas ................................................................................. 15

1.5.1 Prescrições gerais .................................................................................................. 15

1.5.2 Normas e especificações aplicáveis ....................................................................... 16

1.6 Águas para Betões e Argamassas ................................................................................. 18

1.6.1 Prescrições Gerais ................................................................................................. 18

1.7 Adjuvantes para Betões e argamassas .......................................................................... 18

1.7.1 Prescrições gerais .................................................................................................. 18

1.7.2 Normas e especificações aplicáveis ....................................................................... 19

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1.8 Outros Materiais para Betões e Argamassas ................................................................. 20

1.8.1 Adições .................................................................................................................. 20

1.8.2 Outras normas e especificações aplicáveis ............................................................ 20

1.9 Argamassas ................................................................................................................... 21

1.9.1 Prescrições Gerais ................................................................................................. 21

1.9.2 Rebocos ................................................................................................................. 22

1.9.3 Assentamento de alvenaria .................................................................................... 22

1.9.4 Assentamento de forro de cantaria, ladrilhos e azulejos ........................................ 23

1.9.5 Betonilha ................................................................................................................ 23

1.10 Materiais para ligação entre Betões de Idade Diferente ................................................. 23

1.10.1 Prescrições gerais .................................................................................................. 23

1.11 Cofragens Perdidas ....................................................................................................... 24

1.11.1 Disposições gerais ................................................................................................. 24

1.12 Manilhas de Betão ......................................................................................................... 24

1.12.1 Disposições Gerais ................................................................................................ 24

1.13 Aço para Armaduras ordinárias ..................................................................................... 25

1.13.1 Prescrições gerais .................................................................................................. 25

1.13.2 Normas e especificações aplicáveis ....................................................................... 25

1.14 Metais e Ligas Metálicas ................................................................................................ 26

1.14.1 Ferro forjado ou laminado ...................................................................................... 26

1.14.2 Pregos, cavilhas e parafusos em geral .................................................................. 26

1.14.3 Arames................................................................................................................... 26

1.14.4 Zinco ...................................................................................................................... 26

1.15 Chapas de aço inoxidável .............................................................................................. 26

1.15.1 Disposições Gerais ................................................................................................ 26

1.16 Cantoneiras e Barras Metálicas ..................................................................................... 27

1.16.1 Disposições gerais ................................................................................................. 27

1.17 Ferragens ...................................................................................................................... 27

1.17.1 Disposições gerais ................................................................................................. 27

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1.18 Serralharias ................................................................................................................... 27

1.18.1 Disposições gerais ................................................................................................. 27

1.19 Tintas para proteção anticorrosiva ................................................................................. 28

1.19.1 Disposições gerais ................................................................................................. 28

1.20 Pavimentação ................................................................................................................ 29

1.20.1 Betume asfáltico..................................................................................................... 29

1.20.2 Emulsão Betuminosa ............................................................................................. 29

1.20.3 Betume Fluidificado ................................................................................................ 29

1.20.4 "Filler" para Misturas Betuminosas ......................................................................... 29

1.20.5 Aditivos especiais para misturas betuminosas ....................................................... 30

1.20.6 Materiais para sub-base ......................................................................................... 30

1.20.7 Materiais para base de granulometria extensa ....................................................... 31

1.20.8 Material de preenchimento ..................................................................................... 32

1.20.9 Mistura dos agregados para camada de regularização betuminosa ....................... 32

1.20.10 Mistura Betuminosa Densa para Camada de Regularização ................................. 33

1.20.11 Tolerâncias na composição da mistura betuminosa densa .................................... 34

1.20.12 Mistura de agregados para Betão Betuminoso....................................................... 34

1.20.13 Betão Betuminoso .................................................................................................. 35

1.20.14 Materiais para os aterros provenientes de escavações ou empréstimos ................ 35

1.21 Tampas para câmaras enterradas e semi-enterradas ................................................... 37

1.21.1 Disposições Gerais ................................................................................................ 37

1.22 Grelhas para Câmaras, Sumidouros e Caleiras de Drenagem ...................................... 38

1.22.1 Disposições Gerais ................................................................................................ 38

1.23 Madeiras para Cofragens, Cimbres e Cavaletes ............................................................ 38

1.23.1 Disposições Gerais ................................................................................................ 38

1.24 Tijolos e Tijoleiras .......................................................................................................... 38

1.24.1 Disposições Gerais ................................................................................................ 38

1.25 Materiais não especificados ........................................................................................... 39

1.25.1 Disposições Gerais ................................................................................................ 39

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2 TRABALHOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL ............................................................................... 40

2.1 Piquetagem e Implantação dos Trabalhos ..................................................................... 40

2.2 Trabalhos Preparatórios ................................................................................................ 40

2.3 Demolições .................................................................................................................... 42

2.4 Movimento de Terras ..................................................................................................... 50

2.4.1 Escavações para Implantação de tubagem ............................................................ 50

2.4.2 Entivações e escoramentos ................................................................................... 53

2.4.3 Extração de água ................................................................................................... 53

2.4.4 Aterro das valas e fundação das tubagens ............................................................ 54

2.4.5 Movimento de terras para implantação de obras localizadas ................................. 55

2.5 Arranque e reposição de pavimentos ............................................................................. 57

2.6 Colocação e assentamento de tubagem ........................................................................ 59

2.6.1 Trabalhos Preparatórios ......................................................................................... 59

2.6.2 Assentamento das tubagens .................................................................................. 59

2.6.3 Movimentação de tubos e sua colocação nas valas ............................................... 59

2.7 Colocação de bandas avisadoras de tubagem .............................................................. 61

2.8 Limpeza de Coletores .................................................................................................... 61

2.8.1 Disposições gerais ................................................................................................. 61

2.9 Inspeção CCTV ............................................................................................................. 62

2.9.1 Disposições gerais ................................................................................................. 62

2.10 Câmaras de visita e outras obras acessórias ................................................................. 64

2.11 Sarjetas e sumidouros ................................................................................................... 65

2.12 Trabalhos em betão simples e armado .......................................................................... 65

2.12.1 Condições Gerais ................................................................................................... 65

2.12.2 Componentes ......................................................................................................... 65

2.12.3 Composição ........................................................................................................... 66

2.12.4 Fabrico ................................................................................................................... 66

2.12.5 Verificação e Fiscalização ...................................................................................... 67

2.12.6 Receção ................................................................................................................. 70

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2.12.7 Rejeições de betões ............................................................................................... 70

2.12.8 Ensaios de carga ................................................................................................... 70

2.13 Trabalhos em betão simples e armado .......................................................................... 71

2.13.1 Betonagem e desmoldagem .................................................................................. 71

2.14 Trabalhos em betão armado- moldes ............................................................................ 73

2.14.1 Moldes ................................................................................................................... 73

2.15 Trabalhos em betão armado- cimbres, cavaletes, outras estruturas provisórias ............ 75

2.15.1 Cimbres, cavaletes e outras estruturas provisórias ................................................ 75

2.16 Trabalhos em betão armado- Descimbramento ............................................................. 76

2.17 Trabalhos em betão armado- Armaduras ...................................................................... 78

2.17.1 Armaduras passivas ............................................................................................... 78

2.18 Revestimento de peças de Betão armado ..................................................................... 79

2.18.1 Revestimento em paramentos interiores de paredes: ............................................ 79

2.18.2 Pintura impermeabilizante nas paredes interiores em contato com água: .............. 79

2.18.3 Revestimento em paramentos exteriores de paredes: ........................................... 79

2.19 Terraplanagem .............................................................................................................. 80

2.19.1 Limpeza e desmatação .......................................................................................... 80

2.19.2 Decapagem da terra arável .................................................................................... 80

2.19.3 Modelação do terreno ............................................................................................ 80

2.19.4 Proteção da vegetação existente ........................................................................... 80

2.20 Pavimentação ................................................................................................................ 80

2.20.1 Fresagem ............................................................................................................... 80

2.20.2 Saneamento do leito do pavimento ........................................................................ 82

2.20.3 Camadas de base em material de granulometria extensa ...................................... 82

2.20.4 Espessura da Camada de Base ............................................................................. 83

2.20.5 Misturas betuminosas a quente – disposições gerais para o seu estudo , fabrico ,

transporte e aplicação ........................................................................................................... 83

2.20.6 Estudo da Composição .......................................................................................... 83

2.20.7 Transposição do estudo laboratorial para a central de fabrico de misturas

betuminosas .......................................................................................................................... 85

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2.20.8 Preparação da superfície subjacente ..................................................................... 86

2.20.9 Fabrico, transporte e espalhamento das misturas betuminosas ............................. 86

2.20.10 Compactação ......................................................................................................... 91

2.20.11 Juntas de trabalho .................................................................................................. 92

2.20.12 Equipamentos para a execução de camadas betuminosas a quente ..................... 92

2.20.13 Controlo de qualidade ............................................................................................ 93

2.20.14 Camada de base em macadame betuminoso ........................................................ 96

2.20.15 Revestimento betuminoso ...................................................................................... 98

2.20.16 Assentamento de lancis ......................................................................................... 98

2.20.17 Marcas rodoviárias ................................................................................................. 99

2.21 TRABALHOS NÃO ESPECIFICADOS ......................................................................... 102

2.22 Execução de Telas Finais ............................................................................................ 102

2.22.1 Considerações Gerais .......................................................................................... 102

2.22.2 Referências Geográficas ...................................................................................... 102

2.22.3 Coletor e Condutas .............................................................................................. 103

2.22.4 Caixas de Visita ................................................................................................... 105

3 ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS RELATIVAS ÀS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS .................. 106

3.1 PRESCRIÇÕES GERAIS ............................................................................................ 106

3.1.1 Âmbito dos trabalhos ........................................................................................... 106

3.1.2 Natureza e qualidade dos materiais ..................................................................... 106

3.1.3 Execução dos trabalhos ....................................................................................... 108

3.1.4 Equipamento de manutenção .............................................................................. 110

3.1.5 Protecção anticorrosiva e pinturas ....................................................................... 110

3.1.6 Peças de reserva ................................................................................................. 110

3.1.7 Referenciação e etiquetas .................................................................................... 111

3.2 TESTES E INSPECÇÕES (EQUIPAMENTO E SISTEMA DE CONTROLE - ICA) ...... 111

3.3 INSTALAÇÃO DE CABOS ........................................................................................... 116

3.4 INSTALAÇÃO DE CABOS ELÉCTRICOS DE BT E IP NO EXTERIOR ....................... 121

3.5 TUBAGEM DE PROTECÇÃO DAS CANALIZAÇÕES ELÉCTRICAS .......................... 122

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3.6 PROTECÇÕES MECÂNICAS E LIGAÇÕES DE CABOS ............................................ 123

3.7 PROTECÇÃO DE PESSOAS ...................................................................................... 126

3.8 MEDIDOR DE CAUDAL DE SENSOR COMBINADO RADAR, DOPPLER,

ULTRASSÓNICO E PRESSÃO ............................................................................................... 127

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1 ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS RELATIVAS AOS MATERIAIS D E

CONSTRUÇÃO CIVIL

1.1 Receção, verificação e Rejeição de materiais

1.1.1 Materiais

Todos os materiais que se empregarem nas obras terão qualidade, dimensões, forma e demais

características, de acordo com o respetivo projeto, com as tolerâncias regulamentares ou

admitidas no caderno de encargos e normas aplicáveis, não devendo ser utilizados sem que

previamente tenham sido presentes à Fiscalização que os poderá mandar submeter aos ensaios

que entender convenientes.

O Empreiteiro deverá apresentar à Fiscalização, antes da utilização dos materiais, a garantia das

características respetivas.

As amostras necessárias para os ensaios de receção do cimento serão escolhidas à saída da

fábrica e à chegada ao estaleiro.

Os materiais que não tenham sido aceites pela Fiscalização serão rejeitados e considerados

como não fornecidos, não podendo o Empreiteiro justificar atrasos por este motivo, nem adquirir

direito a indemnizações.

1.1.2 Receção qualitativa de materiais

Quando a receção qualitativa dos materiais é efetuada no local onde decorrem os trabalhos tem

de obedecer ao prescrito na norma ISO 2859-1 ou outras que porventura sejam impostas no

contrato.

A receção qualitativa é sempre feita pela Fiscalização.

1.1.3 Materiais fornecidos pelo Empreiteiro

O Empreiteiro é obrigado a disponibilizar os materiais sujeitos a receção qualitativa de modo que

a Fiscalização possa proceder de acordo com o prescrito na norma ISO 2859 ou outras que

porventura sejam impostas no contrato.

Cabe à Fiscalização elaborar o relatório da receção qualitativa e entregá-lo, após o acto da

receção, ao Dono de Obra assinado pelo representante do Empreiteiro.

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1.1.4 Aplicação dos materiais

Os materiais devem ser aplicados pelo Empreiteiro em absoluta conformidade com as

especificações técnicas do contrato, seguindo-se, na falta de tais especificações, as exigências

oficiais aplicáveis ou se estas não existirem, os processos propostos pelo Empreiteiro e

aprovados pela Fiscalização.

Os materiais a utilizar devem ser acompanhados de certificados de origem e dos documentos de

controlo de qualidade e deverão obedecer, por ordem de obrigatoriedade, ao seguinte:

- Especificações do presente Caderno de Encargos;

- Regulamentos nacionais e demais legislação complementar nacional em vigor;

- Normas portuguesas e especificações de laboratórios oficiais;

- Normas europeias (CEN);

- Normas e regulamentos em vigor no país de origem.

Nenhum material pode ser aplicado sem prévia autorização da Fiscalização.

O Empreiteiro, quando autorizado pela Fiscalização, poderá empregar materiais diferentes dos

previstos se a solidez, estabilidade, duração e conservação da obra não forem prejudicadas e não

houver alteração para mais no preço da empreitada.

O facto de a Fiscalização permitir o emprego de qualquer material, não isenta o Empreiteiro da

responsabilidade sobre a maneira como ele se comportar.

Caso o Empreiteiro detete que o material não está conforme no decorrer da aplicação do mesmo

é obrigado a comunicar tal facto a Fiscalização.

A Fiscalização, caso se verifique o ponto anterior, é obrigada a inspecionar o referido material e

relatar as suas conclusões num relatório que entregará ao Dono de Obra.

1.1.5 Substituição dos materiais

Serão rejeitados e removidos, para fora da zona dos trabalhos e substituídos por outros com os

necessários requisitos, os materiais que:

- Sejam diferentes dos aprovados;

- Tenham sido rejeitados na receção qualitativa;

- Tenham sido rejeitados por não conformidades detetadas aquando da sua aplicação;

- Não hajam sido aplicados em conformidade com as especificações técnicas do contrato ou,

na falta destas, com as exigências oficiais aplicáveis e não possam ser utilizados de novo.

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Os materiais e elementos de construção rejeitados provisoriamente deverão ser perfeitamente

identificados e separados dos restantes de acordo com o prescrito na norma NP EN ISO 9001.

As demolições, remoção e substituição dos materiais, serão de conta do Empreiteiro desde que:

- Tenham sido por si fornecidos;

- Embora fornecidos pelo Dono de Obra não tenham sido aplicados em conformidade com as

especificações técnicas do contrato ou, na falta destas, com as exigências oficiais

aplicáveis e não possam ser utilizados de novo.

Será ainda da conta do Empreiteiro a demolição e remoção dos materiais de fornecimento do

Dono de Obra.

1.1.6 Depósito e armazenagem dos materiais

O Empreiteiro tem de possuir em depósito, no estaleiro/instalações provisórias, as quantidades de

materiais e elementos de construção, incluindo os fornecidos pelo Dono de obra, suficientes para

garantir o normal desenvolvimento dos trabalhos, de acordo com o respetivo plano de trabalhos,

sem prejuízo da oportuna realização das diligências de receção qualitativa e aprovação

necessárias.

Os materiais e elementos de construção têm de ser armazenados ou depositados por lotes

separados e devidamente identificados de acordo com o prescrito na norma NP EN ISO 9001,

com arrumação que garanta as condições adequadas de acesso e circulação.

Desde que a sua origem seja a mesma, a Fiscalização poderá autorizar que os materiais e

elementos de construção não se separem por lotes devendo, no entanto, fazer-se sempre a

separação por tipos.

O Empreiteiro assegurará a conservação dos materiais e elementos de construção durante o seu

armazenamento ou depósito.

Os materiais e elementos de construção deterioráveis pela ação dos agentes atmosféricos serão

obrigatoriamente depositados em armazéns fechados que ofereçam segurança a proteção contra

as intempéries, luz solar e humidade do solo.

Os materiais e elementos de construção existentes em armazém ou em depósito que se

encontrem deteriorados serão rejeitados e removidos para fora do local dos trabalhos.

Todos os materiais e equipamentos fornecidos pelo Dono de Obra ficam da inteira

responsabilidade do Empreiteiro após o seu levantamento das instalações do Dono de Obra.

Compete ao Empreiteiro organizar e garantir o transporte de materiais, bem como a respetiva

carga e descarga (incluindo o de propriedade do Dono de Obra).

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Salvo condições particulares, a decidir pela Fiscalização, todos os materiais a seguir indicados

poderão ser armazenados ao ar livre:

- pedras e elementos pétreos;

- elementos moldados de aglomerados hidráulicos, exceto elementos de gesso;

- materiais cerâmicos.

1.1.7 Depósito de materiais não destinados à obra

O Empreiteiro não poderá depositar no estaleiro/instalações provisórias, sem autorizarão da

Fiscalização materiais ou equipamentos que não se destinem à execução dos trabalhos.

1.1.8 Rejeição de materiais

Se o Empreiteiro não retirar do estaleiro/instalações provisórias no prazo de três dias, a contar da

data da notificação da rejeição, os materiais definitivamente reprovados ou rejeitados e os

materiais ou equipamentos que não respeitem a obra, poderá a Fiscalização fazê-los transportar

para onde mais lhe convenha, pagando o que necessário for a expensas do Empreiteiro.

1.2 Tubos e acessórios de PVC Rígido

1.2.1 Disposições gerais

Os tubos e acessórios de PVC rígido serão de boa qualidade, homogéneos, de bom acabamento,

sem fendas ou bolhas, e deverão satisfazer o prescrito na especificação E-293 do LNEC, no que

respeita às características e condições de receção.

O comprimento nominal dos tubos, dado pela distância entre as extremidades, que tenham ou

não campânula, deve ser de 3,00 m ou 6,00 m. Nos casos de tubos com campânula admitem-se

comprimentos inferiores a 3,00 m, desde que múltiplos de 0,5 m. Os desvios máximos

admissíveis do comprimento em relação ao valor nominal são de + 10 mm e - 5 mm para tubos de

até 1,0 m de comprimento superior.

Os tubos quando ensaiados segundo a especificação E-288 do LNEC não deverão apresentar a

variação de comprimento superior a 5% nem fissuras, cavidades ou bolhas.

A resistência ao choque dos tubos a 0º C efetuada de acordo com a especificação E-289 do

LNEC não deve conduzir à fissuração de mais de 5% dos provetes ensaiados.

1.2.2 Tubos e acessórios de PVC rígido para escoame nto com superfície livre

Os diâmetros exteriores máximos e mínimos admissíveis e as espessuras das paredes dos tubos

são os indicados na especificação E-293 do LNEC.

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Na drenagem doméstica preconiza-se, para diâmetros entre 160 mm e 630 mm, o PVC-U Série U

liso de acordo com EN-1401, com SN adequado, igual ou superior a 4 KN/m2.

A resistência dos tubos à acetona, ácido sulfúrico e pressão interior de longa duração e curta

duração, determinada de acordo com os ensaios referidos na especificação E-293 do LNEC, deve

conduzir às características aí referidas.

As uniões quando ensaiadas segundo a especificação E-277 do LNEC devem suportar, sem

perca de estanquidade, a pressão de 2 bar, durante 30 minutos.

1.3 Tubos e acessórios de PVC rígido e PVC - U

1.3.1 Disposições gerais

Os tubos de PVC rígido deverão ser utilizados exclusivamente com águas frias. Quando o fluído

atingir temperaturas de 40ºC ou superiores deverá ser utilizado o PVC – U ou o PVC com

orientação molecular. Estes materiais caraterizam-se por uma maior espessura de parede,

resistência a temperaturas até 90ºC e maior resistência a impactos.

Os materiais obedecerão às normas indicadas na presente especificação ou equivalentes.

- Os tubos e acessórios de PVC rígido serão de boa qualidade, homogéneos, de bom

acabamento, sem fendas ou bolhas, e deverão satisfazer o prescrito na NP 1329:1 no que

respeita às caraterísticas e condições de receção. Os tubos e acessórios de PVC-U

deverão satisfazer o prescrito na NP EN 1401-1:2010.

- O comprimento nominal dos tubos, dado pela distância entre as extremidades, que tenham

ou não campânula, deve ser de 3,00 m ou 6,00 m. Nos casos de tubos com campânula

admitem-se comprimentos inferiores a 3,00 m, desde que múltiplos de 0,5 m. Os desvios

máximos admissíveis do comprimento em relação ao valor nominal são de + 10 mm e - 5

mm para tubos de até 1,0 m de comprimento superior.

- Os tubos, quando ensaiados segundo a NP 11452, não deverão apresentar a variação de

comprimento superior a 5% nem fissuras, cavidades ou bolhas.

- A resistência ao choque dos tubos a 0º C, efetuada de acordo com a NP 1453 não deve

conduzir à fissuração de mais de 5% dos provetes ensaiados.

1.3.2 Tubos e acessórios de PVC rígido para escoame nto com superfície livre

- Os diâmetros exteriores máximos e mínimos admissíveis e as espessuras das paredes dos

tubos são os indicados na NP 1487.

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- A resistência dos tubos à acetona, ácido sulfúrico e pressão interior de longa duração e

curta duração, determinada de acordo com os ensaios referidos na especificação E-293

LNEC, deve conduzir às características aí referidas.

- As uniões, quando ensaiadas segundo a NP 1372, devem suportar sem perca de

estanquidade, a pressão de 2 bar durante 30 minutos.

1.4 Cimentos para betões e argamassas

1.4.1 Prescrições gerais

O ligante hidráulico componente dos betões e argamassas é o cimento "Portland" satisfazendo as

prescrições da NP EN206-1:2007 e das Normas Portuguesas NP EN 197.1 e NP EN 197.2.

O cimento deve ser de fabrico recente e acondicionado de forma adequada, protegido da

humidade.

O cimento pode ser fornecido a granel ou excecionalmente em sacos. O cimento fornecido a

granel deve ser devidamente armazenado em silos equipados com termómetros. O cimento

fornecido em sacos deve ser armazenado em local coberto, de acordo com a Norma Portuguesa

NP EN 197.2.

O cimento será arrumado por lotes, segundo a ordem de entrada no armazém, não sendo

admitido o emprego de cimento armazenado durante um período superior a três meses, que se

encontre mal acondicionado ou em que se tenha reconhecido a ação da humidade.

Se a Fiscalização tiver dúvidas quanto ao estado de conservação do cimento, em armazém ou

dos lotes fornecidos, poderá exigir a colheita de amostras para ensaios.

Se durante a receção ou na aplicação, o cimento se apresentar inadequado, nomeadamente

endurecido com grânulos, ou se as embalagens não se apresentarem nas devidas condições,

abertas ou com indícios de violação, esse cimento será rejeitado.

Não é admitido o emprego de cimentos de proveniências diferentes para o fabrico do betão a

utilizar na execução de um mesmo elemento da obra.

1.4.2 Escolha do tipo de cimento a empregar

O cimento tipo I é recomendável quando se trata de betonagem em tempo frio.

Os cimentos do tipo II recomendam-se quando se pretende maior ductilidade, menor calor de

hidratação, menor retração e menor fissuração.

Para betões em grandes massas, em ambientes pouco agressivos são preferíveis os cimentos do

tipo II, III e IV. Se a agressividade é elevada ou se os inertes forem siliciosos reativos com os

álcalis, é mais indicado o cimento tipo IV.

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Para reduzir a permeabilidade do betão recomenda-se o emprego de sílica de fumo.

1.4.3 Normas e especificações aplicáveis

- NP 952 - Cimento Portland normal. Determinação do teor em magnésio. Processo

complexométrico;

- NP EN 197.1 - Cimentos. Definições, composição, especificações e critérios de

conformidade;

- NP EN 197.2 - Cimentos. Avaliação de Conformidade;

- NP 4326 - Cimento branco. Composição, tipos, características e verificação da

conformidade;

- NP ENV 196.1 - Métodos de ensaio de cimentos. Determinação das resistências mecânicas;

- NP ENV 196.2 - Métodos de ensaio de cimentos. Análise química de cimentos;

- NP ENV 196.3 - Métodos de ensaio de cimentos. Determinação do tempo de presa e da

expansibilidade;

- NP ENV 196.5 - Métodos de ensaio de cimentos. Ensaio de pozolanicidade dos cimentos

pozolânicos;

- NP ENV 196.6 - Métodos de ensaio de cimentos. Determinação da finura;

- NP ENV 196.7 - Métodos de ensaio de cimentos. Métodos de colheita e preparação de

amostras de cimento;

- NP ENV 196.21 - Métodos de ensaio de cimentos. Determinação do teor em cloretos,

dióxido de carbono e álcalis nos cimentos;

- NP EN-206 - 1:2007 - Desempenho, Especificação, Produção e Conformidade;

- LNEC E 88 - Cimentos. Determinação do calor de hidratação.

1.5 Inertes para betões e argamassas

1.5.1 Prescrições gerais

Os inertes dos betões devem satisfazer as prescrições da NP EN206-1:2007 e da Especificação

do LNEC E373.

O Empreiteiro apresentará à aprovação da Fiscalização o plano de obtenção de inertes, lavagem

e seleção de agregados, proveniência, transporte e armazenagem, a fim de se verificar a

possibilidade de fornecimento das quantidades e dimensões exigidas e a garantia da produção

com características convenientes e constantes.

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A areia a empregar no fabrico dos betões e das argamassas deve, em especial, satisfazer as

seguintes condições:

- Ser limpa ou lavada, não conter quantidades prejudiciais de argila e de substâncias

orgânicas ou outras impurezas devendo ser peneirada se necessário;

- Ter grão anguloso áspero ao tato;

- Ser rija, de preferência siliciosa ou quartzosa.

O inerte grosso deve ser, de preferência, proveniente de pedra britada ou de seixo anguloso e

deve, em especial, satisfazer as seguintes condições:

- Ter resistência mecânica adequada ao betão a fabricar;

- Não conter, em quantidades prejudiciais, elementos que a isolem do ligante, como por

exemplo películas de argila;

- Não conter elementos achatados ou alongados em percentagem superior a 30%. Entende-

se por elementos achatados aqueles em que a relação espessura/largura é menor do que

0,5 e os alongados aqueles em que a relação comprimento/largura é superior a 1,5;

- A máxima dimensão do inerte grosso não deve exceder 1/5 da menor dimensão da peça a

betonar nem 1,3 vezes a espessura do recobrimento das armaduras e nas zonas com

armaduras não deverá exceder 3/4 da distância entre varões, ou entre bainhas de cabos de

pré-esforço.

A Fiscalização poderá mandar realizar os ensaios que julgar necessários, de acordo com a

especificação do LNEC E373 para a verificação das características dos inertes, as quais devem

obedecer às características indicadas na mesma especificação.

Os inertes deverem ser convenientemente armazenados no estaleiro, ao abrigo das intempéries

desde o início das operações de lavagem e seleção até ao seu emprego; preferencialmente em

silos com dispositivos de drenagem, concebidos de modo a permitirem uma retoma fácil dos

materiais e o esvaziamento para limpeza quando for julgado conveniente; separados por

categorias ou lotes e com os cuidados necessários para que não haja mistura entre si ou com

substâncias estranhas.

1.5.2 Normas e especificações aplicáveis

- NP 85 - Areias para argamassas e betões. Pesquisa da matéria orgânica pelo processo do

ácido tânico;

- NP 86 - Inertes para argamassas e betões. Determinação do teor em partículas muito finas

e matérias solúveis;

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- NP 581 - Inertes para argamassas e betões. Determinação das massas volúmicas e da

absorção de água das britas e godos;

- NP 953 - Inertes para argamassas e betões. Determinação do teor em partículas leves;

- NP 954 - Inertes para argamassas e betões. Determinação das massas volúmicas e da

absorção de água de areias;

- NP 955 - Inertes para argamassas e betões. Determinação da baridade;

- NP 956 - Inertes para argamassas e betões. Determinação dos teores em água total e em

água superficial;

- NP 957 - Inertes para argamassas e betões. Determinação do teor em água superficial de

areias;

- NP 1039 - Inertes para argamassas e betões. Determinação da resistência ao

esmagamento;

- NP 1040 - Pedras naturais. Determinação da tensão de rotura à compressão da rocha;

- NP 1379 - Inertes para argamassas e betões. Análise granulométrica;

- NP 1380 - Inertes para argamassas e betões. Determinação do teor de partículas friáveis;

- NP 1381 - Inertes para argamassas e betões. Ensaio de reatividade potencial com os álcalis

do ligante. Processo da barra de argamassa;

- NP 1382 - Inertes para argamassas e betões. Determinação do teor de álcalis solúveis.

Processo por espectrofotometria de chama;

- NP 2106 - Inertes para argamassas e betões. Determinação do teor em sulfatos;

- NP 2107 - Inertes para argamassas e betões. Determinação do teor em sulfuretos;

- NP EN 932 - Ensaios para determinação das propriedades gerais dos agregados;

- NP EN 933 - Ensaios para determinação das propriedades geométricas dos agregados

(Parte 1: Análise granulométrica; Parte 2: Determinação da distribuição granulométrica;

Parte 3: Determinação da forma das partículas; Parte 9: Análise dos finos);

- NPEN 1097.3 - Ensaios para determinação das propriedades mecânicas e físicas dos

agregados;

- NP EN-206 - 1:2007 - Desempenho, Especificação, Produção e Conformidade;

- LNEC E 159 - Agregados. Determinação da reatividade potencial;

- LNEC E 222 - Agregados. Determinação do teor de partículas moles;

- LNEC E 223 - Agregados. Determinação do índice volumétrico;

- LNEC E 237 - Agregados. Ensaio de desgaste na máquina de Los Angeles;

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- LNEC E 251 - Inertes para argamassas e betões. Ensaio de reatividade com os sulfatos em

presença de hidróxido de cálcio;

- LNEC E 253 - Inertes para argamassas e betões. Teor de halogéneos solúveis;

- LNEC E 355 - Inertes para argamassas e betões. Classes granolumétricas;

- LNEC E373 - Inertes para argamassas e betões. Características e verificação da

conformidade;

- LNEC E 415 - Inertes para argamassas e betões. Determinação da reatividade potencial

com os álcalis. Análise petrográfica.

1.6 Águas para Betões e Argamassas

1.6.1 Prescrições Gerais

A água a utilizar no fabrico de betões e argamassas deve satisfazer as condições prescritas na

NP EN 1008 e na Especificação LNEC E372.

Os métodos de ensaio para determinação daquelas características constam das Normas ou

especificações referidas na E374.

Não necessita de qualquer estudo a água proveniente da rede de distribuição ao público ou a que

já tenha sido aprovada em outras obras desde que cumprindo as condições previstas neste

caderno de encargos.

Não poderá ser utilizada água da qual se tenha conhecimento que, utilizada noutras obras, tenha

produzido eflorescências ou perturbação no processo de endurecimento dos betões e

argamassas com ela fabricados.

1.7 Adjuvantes para Betões e argamassas

1.7.1 Prescrições gerais

Os adjuvantes a utilizar no fabrico dos betões devem satisfazer às prescrições da NP EN206-

1:2007 e da Especificação do LNEC E374.

Os adjuvantes que haja necessidade de empregar devem ser aprovados pela Fiscalização que

indicará o número e natureza dos ensaios a efetuar quer sobre os adjuvantes quer sobre os

betões com eles fabricados. Os ensaios serão os indicados na Especificação LNEC E374 e

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realizados segundo as normas aí referidas. Deverão ser conservadas amostras dos betões

utilizados.

Compete ao Empreiteiro descrever pormenorizadamente o modo de emprego do adjuvante, a sua

dosagem e a precisão com que efetuará e garantirá a sua adição no decorrer dos trabalhos bem

como assegurar a qualidade do produto aprovado ao longo do tempo.

Não são admitidos adjuvantes dos quais não exista experiência de utilização em obras do tipo a

que estas Especificações Técnicas se referem.

Não é permitida a utilização de adjuvantes à base de cloreto de cálcio ou de outros cloretos.

Para impermeabilização das paredes enterradas e lajes de fundo utilizar-se-á no betão um aditivo

hidrófugo em pó do tipo PLASTOCRETE N ou equivalente, numa dosagem mínima de 5% do

peso de cimento.

Para efeito de pagamento, o adjuvante aprovado considera-se incluído no custo dos betões.

1.7.2 Normas e especificações aplicáveis

- NP 87 - Consistência do betão. Ensaio de abaixamento;

- NP 1386 - Betões. Determinação do teor de ar no betão fresco. Processo pneumático;

- NP EN 480.1 - Adjuvantes para betão, argamassa e caldas de cimento. Métodos de ensaio.

Parte 1: Betão de referência e argamassa de referência;

- NP EN 480.2 - Adjuvantes para betão, argamassa e caldas de cimento. Métodos de ensaio.

Parte 2: Determinação do tempo de presa;

- NP EN 480.5 - Adjuvantes para betão, argamassa e caldas de cimento. Métodos de ensaio.

Parte 5: Determinação da absorção capilar;

- NP EN 480.6 - Adjuvantes para betão, argamassa e caldas de cimento. Métodos de ensaio.

Parte 6: Análise por espectrofotometria de infravermelhos;

- NP EN 480.7 - Adjuvantes para betão, argamassa e caldas de cimento. Métodos de ensaio.

Parte 7: Determinação da massa volúmica de adjuvantes líquidos;

- NP EN 480.8 - Adjuvantes para betão, argamassa e caldas de cimento. Métodos de ensaio.

Parte 8: Determinação do teor de resíduo seco;

- NP EN 480.9 - Adjuvantes para betão, argamassa e caldas de cimento. Métodos de ensaio.

Parte 9: Determinação do PH;

- NP EN 480.10 - Adjuvantes para betão, argamassa e caldas de cimento. Métodos de ensaio

- Parte 10: Determinação do teor de cloretos;

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- NP EN 480.12 - Adjuvantes para betão, argamassa e caldas de cimento. Métodos de

ensaio. Parte 12: Determinação do teor de álcalis;

- NP EN 934.2 - Adjuvantes para betão, argamassa e caldas de cimento. Parte 2: Definições

e exigências;

- NP ENV 196.21 - Métodos de ensaio de cimentos. Determinação do teor em cloretos,

dióxido de carbono e álcalis nos cimentos;

- NP EN-206 - 1:2007 - Desempenho, Especificação, Produção e Conformidade;

- LNEC E 226 - Betão. Ensaio de compressão;

- LNEC E 374 - Adjuvantes para argamassas e betões. Características e verificação da

conformidade;

- LNEC E 387 - Betão. Caracterização de vazios pelo método microscópico;

- ISO 9812 - Betão fresco. Determinação da consistência. Ensaio de espalhamento.

1.8 Outros Materiais para Betões e Argamassas

1.8.1 Adições

As adições consideradas na NP EN 206-1:2007 são:

- Adições tipo I, quase inertes como o fíler calcário;

- Adições tipo II, com propriedades hidráulicas latentes, como a escória granulada de alto

forno moída, ou com propriedades pozolânicas, como as pozolanas em geral, a cinza

volante e a sílica de fumo.

Para efeito de pagamento, o adjuvante aprovado considera-se incluído no custo dos betões.

As propriedades e os requisitos a satisfazer constam dos seguintes documentos:

- NP EN 450 - Cinzas volantes para betão;

- NP 4220 - Pozolanas para betão;

- LNEC E375 - Escória granulada de alto forno moída para betões;

- LNEC E376 - Fíler calcário para betões;

- LNEC E377 - Sílica de fumo para betões.

1.8.2 Outras normas e especificações aplicáveis

- NP 1381 - Inertes para argamassas e betões. Ensaio de reatividade potencial com os álcalis

do ligante. Processo da barra de argamassa;

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- NP EN 197.1 - Cimentos. Definições, composição, especificações e critérios de

conformidade;

- NP EN 197.2 - Cimentos. Condições de Fornecimento e Receção;

- NP 2106 - Inertes para argamassas e betões. Determinação do teor em sulfatos;

- NP 2107 - Inertes para argamassas e betões. Determinação do teor em sulfuretos;

- NP ENV 196.1 - Métodos de ensaio de cimentos. Determinação das resistências mecânicas;

- NP ENV 196.2 - Métodos de ensaio de cimentos. Análise química de cimentos;

- NP ENV 196.3 - Métodos de ensaio de cimentos. Determinação do tempo de presa e da

expansibilidade;

- NP ENV 196.5 - Métodos de ensaio de cimentos. Ensaio de pozolanicidade dos cimentos

pozolânicos;

- NP ENV 196.6 - Métodos de ensaio de cimentos. Determinação da finura;

- NP ENV 196.7 - Métodos de ensaio de cimentos. Métodos de colheita e preparação de

amostras de cimento;

- NP ENV 196.21 - Métodos de ensaio de cimentos. Determinação do teor em cloretos,

dióxido de carbono e álcalis nos cimentos;

- NP EN-206 - 1:2007 - Desempenho, Especificação, Produção e Conformidade;

- NP ENV 451.1 - Métodos de ensaio de cinzas volantes. Parte 1: Determinação do teor de

óxido de cálcio livre;

- NP ENV 451.2 - Métodos de ensaio de cinzas volantes. Parte 2: Determinação da finura por

peneiração húmida;

- LNEC E 253 - Inertes para argamassas e betões. Teor de halogéneos solúveis;

- LNEC E 384 - Escória granulada de alto forno moída para betões. Determinação do teor de

material vítreo por difração de raios X;

- LNEC E 385 - Fíler calcário para betões. Determinação do valor do azul de metileno;

- LNEC E 386 - Fíler calcário para betões. Determinação do teor de carbono total.

1.9 Argamassas

1.9.1 Prescrições Gerais

As argamassas são obtidas com um aglomerante (gesso, cal, cimento ou pozolana), areia e água

e são utilizadas na execução de alvenarias, rebocos e acabamentos.

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O fabrico das argamassas será feito mecanicamente, ao abrigo do sol e da chuva, na ocasião do

seu emprego, não se admitindo a utilização daquelas que tenham começado a fazer presa, por

não terem sido utilizadas em tempo devido ou por qualquer outro motivo.

Poderá eventualmente aceitar-se que o fabrico seja manual, desde que a quantidade de

argamassa a empregar diariamente seja pequena.

A mistura dos materiais deve ser feita sempre sob controle da Fiscalização.

A composição e dosagens das argamassas a empregar, quando não se encontrarem previamente

especificados, serão as seguintes, fazendo-se notar que os traços estão expressos em volumes,

referindo-se a ligantes e areia.

1.9.2 Rebocos

Exteriores em Construção Civil

- cal hidráulica 1:5

- cal ordinária e cimento 1:1:5

Interiores em Construção Civil

- cal hidráulica 1:7

- cal ordinária e cimento 1:3:7

Estanques

- Cimento 1:2

De argamassas imersas frescas em águas agressivas

- Cimento 1:1,5

1.9.3 Assentamento de alvenaria

Blocos de betão

- Cimento 1:5

De pedra, em paredes em fundação e elevação

- Cimento 1:5

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De pedra, em muros de suporte

- Cimento 1:4

Refechamento de juntas

- Cimento 1:4

1.9.4 Assentamento de forro de cantaria, ladrilhos e azulejos

Forro de cantaria

- Cimento 1:2

Ladrilho hidráulico

- Cimento 1:8

Ladrilho cerâmico

- Cimento 1:6

Azulejos

- cal hidráulica 1:7

- cal ordinária e cimento. 1:2:8

1.9.5 Betonilha

- Cimento 1:3 a 1:5

1.10 Materiais para ligação entre Betões de Idade D iferente

1.10.1 Prescrições gerais

A seleção dos materiais a usar na ligação entre betões ou argamassas de idades diferentes deve

ter em conta que se deve procurar assegurar a colagem perfeita entre o betão existente e o novo.

Deve garantir-se que os materiais a aplicar possam assegurar uma resistência da junta de ligação

compatível com as trações que aí se vão instalar.

A resistência da ligação deverá garantir uma força de tração resistente de pelo menos 2 MPa no

ensaio de “pull off”, a realizar aos 28 dias.

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Os materiais a utilizar deverão ser propostos pelo Empreiteiro à Fiscalização acompanhados de

amostras e das respetivas especificações de fabrico e de comportamento e dos certificados de

garantia existentes.

1.11 Cofragens Perdidas

1.11.1 Disposições gerais

Os tubos e outros elementos de cofragem perdida a utilizar em vazamentos, embutidos e

furações dos elementos de betão, serão rígidos, absolutamente estanques e serão de chapa

metálica, fibra de vidro ou cartão prensado impermeabilizado com as espessuras necessárias

para resistirem às pressões do betão.

Poderão ser adotados outros materiais desde que comprovadamente satisfaçam o fim em vista e

após aprovados pelo Dono da Obra.

1.12 Manilhas de Betão

1.12.1 Disposições Gerais

As manilhas devem apresentar-se de acordo com as normas oficiais aplicáveis e satisfazer

particularmente as seguintes condições:

- Terem as dimensões especificadas no Projeto;

- Apresentarem superfícies com textura homogénea sem indícios de deterioração ou pontos

fracos;

- Na fratura deverão apresentar granulometria uniforme, textura homogénea e as armaduras

especificadas, se as houver;

- A absorção de água determinada segundo a NP EN 1916 não deve ser superior a 8 %.

- No ensaio de estanqueidade, com uma pressão interior de 1.5 bar aplicada durante um

quarto de hora, as manilhas não podem verter nem exsudar. A pressão de rotura não deve

ser inferior a 3 bar;

- Terem resistência à compressão diametral, segundo a NP EN 1916, igual ou superior à

requerida no Projeto, mas nunca inferior à resistência correspondente à Classe I das

normas da ex-JAE/ Brisa;

- Serem obrigatoriamente armadas quando o diâmetro for superior a 0,8 m;

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- Possuírem boa resistência à corrosão.

1.13 Aço para Armaduras ordinárias

1.13.1 Prescrições gerais

O aço a empregar em armaduras ordinárias será em varão redondo, nervurado e da classe

especificada nas peças desenhadas, satisfazendo as prescrições do REBAP.

A superfície dos varões deve apresentar-se isenta de zincagem, pintura, argila, óleo, ou de outros

elementos que prejudiquem a sua aderência ao betão.

Os ensaios a realizar serão de tração sobre provetes proporcionais longos e de dobragem,

efetuados de acordo com as normas em vigor, respetivamente a EN 10002 e a NP - 173 e ainda

os necessários para satisfazer o disposto nos artigos 154 a 157 e 174 do REBAP.

As armaduras devem possuir marcas indeléveis que permitam a sua fácil identificação em obra.

As emendas por soldadura que eventualmente se pretendam efetuar implicam o conhecimento da

aptidão dos aços ao tipo de soldadura, a qual deve ser verificada com base em ensaios

específicos de tração e de dobragem, satisfazendo as Normas Portuguesas aplicáveis e referidas

no REBAP. As soldaduras a maçarico não devem ser utilizadas.

1.13.2 Normas e especificações aplicáveis

- NP 332 - Aço laminado a quente. Varão para betão. Dimensões;

- NP 173 - Materiais metálicos. Ensaio de dobragem;

- EN 10002 - Materiais metálicos. Ensaio de tracção. Parte 1: Método de ensaio (a

temperatura ambiente);

- LNEC E 449 - Varões de aço A400 NR para armaduras de betão armado. Características,

ensaios e marcação;

- LNEC E 450 - Varões de aço A500 NR para armaduras de betão armado. Características,

ensaios e marcação;

- LNEC E 458 - Redes electrossoldadas para armaduras de betão armado. Características,

ensaios e marcação.

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1.14 Metais e Ligas Metálicas

1.14.1 Ferro forjado ou laminado

Tanto os ferros forjados como os laminados, serão de 1ª qualidade, bem fabricados, macios, não

quebradiços, maleáveis a quente e a frio e bem soldados.

1.14.2 Pregos, cavilhas e parafusos em geral

Os pregos, cavilhas, parafusos, etc., devem ser de ferro forte, de primeira qualidade, bem

fabricados e bem acabados.

As cavilhas dos vigamentos e armações de telhados serão de ferro ou aço.

As qualidades e dimensões serão fixadas nos projetos.

Para evitar qualquer calcinação, colagens ou corrosão de uniões mecânicas, todas as roscas e

parafusos e respetivas porcas deverão ser em aço inox ou tratadas com um material adequado

tipo "Balzona Molecular Anti Seize, Never-Seez" ou outro qualquer a propor pelo concorrente.

O encargo resultante deste tratamento deverá ser incluído no custo unitário das respetivas peças

constantes da lista de preços unitários.

1.14.3 Arames

Os arames a utilizar na fixação das telhas serão em aço inox.

1.14.4 Zinco

O zinco deve ser da melhor qualidade, homogéneo, puro, isento de qualquer liga e bem maleável.

As folhas de zinco terão as dimensões prescritas e serão bem planas, de espessura uniforme

(zinco 12), sem fendas ou rasgaduras.

1.15 Chapas de aço inoxidável

1.15.1 Disposições Gerais

As chapas de aço inoxidável que eventualmente haja necessidade de utilizar terão uma

resistência à rotura de, no mínimo, 588 MPa e obedecerão, em tudo que lhes for aplicável, à

Norma ASTM A 276A: 2000. A sua superfície de contato com as peças sobre as quais

eventualmente tenham de deslizar receberá o tratamento da classe C daquela norma. As classes

de aço a usar são as definidas no Projeto ou neste Caderno de Encargos.

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1.16 Cantoneiras e Barras Metálicas

1.16.1 Disposições gerais

As cantoneiras e barras metálicas especificadas no Projeto serão de aço com as dimensões e

formas indicadas nas peças desenhadas.

Estes elementos serão protegidos por galvanização de 50 µm, após decapagem química ou jacto

de areia, grau SA 3.

1.17 Ferragens

1.17.1 Disposições gerais

As ferragens serão de ferro de boa qualidade e sem defeitos, bem trabalhadas e acabadas e sem

indício de oxidação.

As espécies e dimensões das ferragens serão as previstas no Projeto.

As qualidades e dimensões serão fixadas no Projeto.

1.18 Serralharias

1.18.1 Disposições gerais

As serralharias a aplicar na obra (tampas metálicas, escadas, passadiços, estruturas de suporte,

tubos de ventilação, etc.), serão executadas com as formas e dimensões especificadas indicadas

nos desenhos do Projeto, ou outros, a fornecer pelo Empreiteiro e sujeitos à aprovação da

Fiscalização, e de acordo com o prescrito neste Caderno de Encargos.

Caso o Projeto ou o presente Caderno de Encargos sejam omissos no que respeita ao

acabamento de qualquer peça de serralharia, deverá ser adoptado um acabamento a aprovar

pela Fiscalização, considerando-se o seu custo incluído no preço da peça, sem pagamento de

trabalhos a mais.

Todas as peças de construção metálica em ferro fundido ou aço não inoxidável serão

integralmente protegidas contra a corrosão, interiormente e exteriormente, se for caso disso,

devendo todos os elementos de fixação ser executados em material que assegure grande

duração.

Prevê-se o seguinte esquema de proteções anticorrosivas exteriores:

- Preparação de todas as superfícies - decapagem por jacto abrasivo ao grau SA 21/2 (ISO

8501-1:1988);

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- Peças enterradas - três demãos duma tinta de coaltar-epoxy com uma espessura mínima de

125 µm, por camada seca, de fabricante reputado;

- Peças imersas ( desde que não seja em contato com água residual) - três demãos de uma

tinta coaltar-epoxy com uma espessura mínima de 125 µm, por camada seca, sendo a

intermédia de coaltar-epoxy de alumínio, de fabricante reputado;

- Peças a céu aberto ou no interior de edifícios (mesmo as que tradicionalmente vêm pintadas

da fábrica) - Uma demão de primário rico em zinco do tipo etilsilicato de zinco com uma

espessura, por camada seca, nunca inferior a 45 µm; mais duas demãos de tinta de

esmalte, com uma espessura, por camada seca, não inferior a 40 µm, todas de fabricante

reputado;

- Peças em contato com água residual - Uma demão de primário de epoxy e pó de zinco para

aço tipo “Friazinc R”, ou equivalente, com espessura seca mínima de 70 µm; mais três

demãos de combinação de epoxy e alcatrão tipo “Poxitar”, ou equivalente, com espessura

seca mínima de 150 µm por camada.

A galvanização das peças metálicas onde se aplique um esquema de proteção com este

procedimento, deverá ser a quente por imersão, aplicada sempre após a preparação de

superfícies referidas por decapagem por jacto abrasivo ao grau SA 2 1/2, em substituição de

algumas das demãos de primários, nomeadamente os de alto teor em zinco.

A camada deposta na galvanização a quente por imersão deve ter no mínimo 80 µm de

espessura, seguindo-se uma pintura com tinta de esmalte, sobre primário adequado, nas cores a

indicar pela Fiscalização.

1.19 Tintas para proteção anticorrosiva

1.19.1 Disposições gerais

As tintas, para proteção anticorrosiva, devem ser à base de resinas epoxi e/ou de alcatrão de

hulha, conforme as indicações do Projeto e do Caderno de Encargos, possuindo elevadas

resistências química e mecânica.

A tinta, o eventual primário, o diluente e demais produtos complementares, serão todos da

mesma origem e compatíveis e adequados entre si, de acordo com as especificações do

respetivo fabricante.

O Empreiteiro proporá à aprovação da Fiscalização a marca das tintas que deseja empregar,

acompanhando a proposta não só com os certificados de qualidade e dos ensaios, mas também

com os esquemas de pintura aconselhados pelo fabricante.

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A cor das tintas será também sujeita à aprovação da Fiscalização, obrigando-se o Empreiteiro a

apresentar amostras das cores previamente indicadas, para escolha posterior. Essas amostras

serão constituídas por pintura em chapa metálica com pelo menos 0,30x0,20 m.

Se a Fiscalização entender, serão executados ensaios complementares, por conta do Empreiteiro

e em laboratório oficial, para comprovação das qualidades da tinta, em especial ao

envelhecimento.

Deverá ser privilegiada a utilização de resinas epoxi de base aquosa ou tintas obedecendo ao

Regulamento CEE 880/92 e Decisão da Comissão 99/10/CE.

1.20 Pavimentação

1.20.1 Betume asfáltico

O betume asfáltico a utilizar nas misturas betuminosas a quente deve ser do tipo 60/70 e

obedecer à Especificação E-80-1960 do Laboratório Nacional de Engenharia Civil.

1.20.2 Emulsão Betuminosa

Nas regas de colagem dever-se-á utilizar uma emulsão catiónica rápida do tipo ECR-2,

obedecendo à Especificação LNEC E354-1984 ,à taxa de 0.5 kg/m², em betume residual.

Na impregnação betuminosa dos materiais de granulometria extensa será empregue uma

emulsão catiónica de rotura lenta ECL-1H, obedecendo à Especificação LNEC E354-1984, à taxa

de 1.0 kg/m².

1.20.3 Betume Fluidificado

O betume fluidificado deve ser do tipo MC-70, obedecer à respetiva norma e ser aplicado à taxa

de

1 kg/m².

1.20.4 "Filler" para Misturas Betuminosas

O "filler" a utilizar nas misturas betuminosas a quente deverá obedecer às seguintes prescrições:

- Ser constituído por pó calcário, cimento Portland ou cal hidráulica;

- Apresentar-se seco e isento de torrões provenientes de agregação das partículas ou outras

substâncias prejudiciais;

- Ter uma granulometria que satisfaça os seguintes valores:

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Percentagem de partículas passando no peneiro de 0.425 mm (n.º 40) ASTM 100%

Percentagem de partículas passando no peneiro de 0.180 mm (n.º 80) ASTM > 95%;

Percentagem de partículas passando no peneiro de 0.075 mm (n.º 200)

ASTM

>65%

1.20.5 Aditivos especiais para misturas betuminosas

Sempre que o empreiteiro julgue conveniente incorporar nas misturas betuminosas aditivos

especiais com vista a melhorar a adesividade betume-inerte deverá submeter à apreciação da

Fiscalização as características técnicas e o modo e utilização de tais produtos.

1.20.6 Materiais para sub-base

Os materiais a aplicar devem ser constituídos por saibros de boa qualidade, isentos de detritos,

matéria orgânica ou quaisquer outras substâncias nocivas, obedecendo às seguintes

características:

- Limite de liquidez máximo NP

- Índice de plasticidade máximo NP

- Equivalente de areia mínimo 25%

- CBR mínimo a 95 % de compactação relativa

- (AASHTO) Modificado 30%

- % máxima passada no peneiro n.º 200 12%

No caso de ser utilizado material de rio ou material pétreo, deve este ser durável e obedecer às

seguintes características:

- Limite de liquidez máximo NP

- Índice de plasticidade máximo NP

- Equivalente de areia mínimo 30%

- % máxima de desgaste na máquina de Los Angeles 35%

- A granulometria recomendável, do tipo contínuo, é a seguinte:

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Peneiros ASTM % acumulada do material que passa

75 mm (3”) 100

63 mm (2 1/2”) 90-100

4.75 mm (n.º 4) 35-70

2.00 mm(n.º 10) -

0.075 mm (n.º 200) 0-15

1.20.7 Materiais para base de granulometria extensa

Agregado: deve ser constituído pelo produto de britagem do material explorado em formações

homogéneas e ser isento de argilas, matéria orgânica ou quaisquer outras substâncias nocivas.

Deverá ainda obedecer às prescrições seguintes.

- Granulometria - A composição ponderal obedecerá aos valores a seguir indicados:

Peneiro ASTM % acumulada do material que

passa

50 mm (2”) 100

37.5 mm (1 1/2”) 85-95

19.0 mm (3/4”) 50-85

4.75 mm (n.º 4) 30-45

0.425 mm (n.º 40) 8-22

0.075 mm (n.º 200) 2-9

A curva granulométrica, dentro dos limites especificados, apresentará ainda uma forma regular.

Características especiais:

- Percentagem máxima de desgaste na máquina de Los Angeles 30%

- Limite de liquidez máximo NP

- Índice de plasticidade máximo NP

- Equivalente de areia mínimo 50%

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Perante autorização expressa da Fiscalização, poderá ser utilizado agregado com granulometria

diferente da indicada, mas sempre com uma dimensão máxima de 6 cm, desde que o processo

construtivo seja de primeira qualidade.

1.20.8 Material de preenchimento

O material a aplicar deve ser apenas de preenchimento e regularização superficial. Será

constituído por produtos de britagem ou por saibro obedecendo às características seguintes.

- Granulometria - De acordo com o quadro seguinte:

Peneiro ASTM % acumulada do material que passa

9.5 mm (3/8”) 100

4.75 mm (n.º 4) 85-100

0.075 mm (n.º 200) 5-12

- Limite de liquidez NP

- Índice de plasticidade máximo NP

- Equivalente de areia mínimo 25%

- % máxima passada no peneiro n.º 200 ASTM 12

1.20.9 Mistura dos agregados para camada de regular ização betuminosa

A mistura dos agregados para a camada de regularização betuminosa deve obedecer às

seguintes características:

- Granulometria - A granulometria da mistura deve estar de acordo com os valores

indicados no quadro:

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- Percentagem mínima do material britado 50%

- Percentagem máxima de desgaste na máquina de Los Angeles (na granulometria B)

30%

- Percentagem máxima de desgaste na máquina de Los Angeles no caso de granitos 40%

- Equivalente de areia mínimo da mistura de agregados sem a adição de "filler" 50%

- Percentagem de filler comercial assegurada na fração passada no peneiro n.º 200 ASTM

40%

- Índice de lamelação 30%

- Índice de alongamento 30%

1.20.10 Mistura Betuminosa Densa para Camada de Reg ularização

Os resultados dos ensaios sobre a mistura betuminosa, conduzidos pelo método Marshall, deve

estar de acordo com os valores indicados no quadro seguinte:

N.º de pancadas em cada extremo do

provete 50

Força de rotura (kg) >600

Grau de saturação betume(%) 75 - 85

Porosidade (%) 3 - 6

Deformação (mm) < 3.5

Peneiro ASTM % acumulada

25.0 mm (1”) 100

19.0 mm (3/4”) 85-100

12.5 mm (1/2”) 73-87

9.5 mm (3/8”) -

4.75 mm (n.º 4) 45-60

2.00 mm (n.º 10) 32-46

0.425 mm (n.º 40) 16-27

0.180 mm (n.º 80) 9-18

0.075 mm (n.º 200) 5-10

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1.20.11 Tolerâncias na composição da mistura betumi nosa densa

As tolerâncias admitidas na composição aprovada são:

Na percentagem de material que passa no peneiro de 0.075 mm (n.º

200) ASTM 1 %

Nas percentagens de material que passa nos peneiros ASTM de

0.180 mm (n.º 80) de 0.425 mm e de 2.00 mm (n.º 10) 3 %

Na percentagem de material que passa no peneiro de 4.75 mm (n.º

4) ASTM ou de malha mais larga 5 %

No teor em betume 0.3%

1.20.12 Mistura de agregados para Betão Betuminoso

Granulometria - A granulometria da mistura, com uma dimensão máxima de 14 mm, deve estar

de acordo com os valores indicados no quadro seguinte:

Peneiro ASTM % acumulada do material que

passa

16.0 mm (5/8 “) 100

12.5 mm (1/2 “) 80-95

9.5 mm (3/8 “) 70-90

4.75 mm (n.º 4) 50-70

2.00 mm (n.º 10) 32-46

0.425 mm (n.º 40) 16-27

0.180 mm (n.º 80) 9-18

0.075 mm (n.º 200) 6-10

- Percentagem mínima de material britado 90%

- Percentagem máxima de desgaste na máquina de Los Angeles (na granulometria B)

20%

- Percentagem máxima de desgaste na máquina de Los Angeles no caso dos granitos

26%

- (*) Ainda neste caso o desgaste poderá ir até 38% (Gran. B) com um valor

na gran. F menor que 22%, desde que a % acumulada do material que

passa no peneiro n.º 200 ASTM seja de 7 % e a força de rotura de 900 kg

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- Equivalente de areia mínimo de mistura de agregados sem a adição de filler 60%

- Coeficiente mínimo de polimento acelerado 0.55%

- Percentagem de filler comercial assegurada na fração passada no peneiro n.º 200 ASTM

60%

- Índice de lamelação 25%

- Índice de alongamento 25%

1.20.13 Betão Betuminoso

Os resultados dos ensaios sobre a mistura betuminosa, conduzidos pelo método Marshall, devem

estar de acordo com os valores indicados no quadro seguinte:

N.º de pancadas em cada extremo do

provete 50

Força de rotura (kg) >700

Grau de saturação em betume (%) 72-82

Porosidade (%) 4-6

Deformação (mm) <3.5

Força de rotura (kg) / Deformação (mm) >250

Tolerâncias na composição do Betão Betuminoso:

- Na percentagem de material que passa no peneiro de 0.075 mm (n.º 200) ASTM 1%

- Nas percentagens de material que passa nos peneiros ASTM de 0.180

mm (n.º 80), de 0.425 mm (n.º 40) e de 2.00 mm (n.º 10) 2%

- Na percentagem de material que passa no peneiro de 4.75 mm (n.º 4)

ASTM ou de malha mais larga 3%

- No teor em betume 0.3%

1.20.14 Materiais para os aterros provenientes de e scavações ou empréstimos

Os materiais a utilizar nos aterros serão solos que se obterão das escavações realizadas na obra,

ou de empréstimos escolhidos pelo Empreiteiro com prévio conhecimento e aprovação da

Fiscalização, e devem obedecer ao seguintes:

- os solos ou materiais a utilizar deverão ser isentos de ramos, folhas, troncos, raízes,

ervas, lixo ou quaisquer detritos orgânicos;

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- a dimensão máxima dos elementos dos solos aplicados será, em regra, inferior a 2/3

da espessura da camada uma vez compactada;

- o equivalente de areia dos solos de empréstimo deverá ser superior a 25 ou 30,

conforme seja aplicado nas camadas inferiores ou nos últimos 50 a 60 cm de

terraplenagem;

- o teor de humidade dos solos a aplicar nos aterros deve ser tal que permita atingir o

grau de compactação exigido, não podendo no entanto exceder em mais de 15% o

teor ótimo em humidade referido ao ensaio de compactação pesada.

Para a aplicação de materiais que não satisfaçam estas condições, será necessária a aprovação

prévia da Fiscalização.

A terra vegetal proveniente da decapagem, deverá ser separada da restante de modo a não

poder misturar-se com as terras que irão ser utilizadas na execução dos referidos aterros. São

propriedade do dono de obra e serão utilizadas ou depositadas conforme referido neste Caderno

de Encargos.

Os materiais a utilizar nos aterros devem ser constituídos por solos de boa qualidade, isentos de

detritos, matéria orgânica ou quaisquer outras substâncias nocivas, obedecendo às seguintes

características:

- Limite de liquidez máximo NP

- Índice de plasticidade máximo NP

- Equivalente de areia mínimo 25

- CBR mínimo a 95% de compactação relativa (AASHTO modificado) 30

- Percentagem máxima passada no peneiro N.º 200 ASTM 12

Na exploração das manchas de empréstimo deverá ser mantida uma certa distância em relação à

linha resultante da intersecção do talude de montante com o terreno natural.

No final da obra as áreas de empréstimo serão deixadas com rampas permanentemente estáveis

e com drenagem e tratamento superficial adequado para proteção contra a erosão. Sempre que

as manchas de empréstimo se localizem em áreas que não sejam propriedade do dono de obra

deverá o empreiteiro criar evidência documental da necessária autorização do proprietário junto

da fiscalização a qual será informada previamente do ou dos locais a utilizar.

Os ensaios comprovativos das características geotécnicas dos solos serão efetuados de acordo

com as especificações do LNEC, da ASTM, da AASHTO ou do LCPC.

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1.21 Tampas para câmaras enterradas e semi-enterrad as

1.21.1 Disposições Gerais

Serão usados vários tipos de tampas consoante as aplicações e as funções. Os tipos serão os

indicados no Projeto.

As tampas de betão serão feitas com o mesmo betão e armaduras dos tubos conforme os

desenhos .

As tampas em PRV, aço protegido, alumínio, para cobertura de vãos sem cargas, serão

construídas de forma a resistir uma sobrecarga mínima de 1,5 kN/m², ou a uma sobrecarga

concentrada mínima de 2 kN, conforme mais desfavorável.

As tampas de ferro fundido serão em ferro fundido dúctil, das classes indicadas no Projeto, ou, na

sua omissão, apropriadas de acordo com a norma NP EN 124.

As tampas das câmaras de visita e câmaras similares serão em geral de ferro fundido. Em zonas

especiais do Projeto, devidamente identificadas, poderão ser aplicadas tampas estanques do tipo

"Pametanche" da "Saint Gobain ", ou equivalente, ou ainda de tipo especial conforme as

exigências particulares do Projeto.

Todas as tampas, nomeadamente, as situadas em zonas públicas ou zonas privadas não

vedadas, deverão ter um fecho de segurança.

Todas as tampas deverão ser marcadas com a classe de resistência.

As tampas em ferro fundido serão personalizadas com o logotipo fundido na face aparente da

tampa. Com a consignação será facultado desenho da tampa pelo dono de obra.

Todas as demais tampas, independentemente do seu material, situadas em zonas públicas ou

zonas privadas não vedadas, deverão possuir a identificação semelhante à acima requerida; a

menos que se situem num órgão inequivocamente e claramente identificado situação a decidir

discricionariamente pela fiscalização.

O Empreiteiro obriga-se a executar nas tampas as inscrições propostas pelo Dono de Obra, sem

qualquer encargo adicional para o Dono de Obra, relativamente ao valor apresentado na sua

proposta de preço.

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1.22 Grelhas para Câmaras, Sumidouros e Caleiras de Drenagem

1.22.1 Disposições Gerais

As grelhas para as câmaras de visita e caleiras de drenagem serão em ferro fundido, aço ou

betão armado, conforme as indicações do Projeto. Deverão ser da classe adequada de acordo

com a NP EN 124, consoante o respetivo local de aplicação.

As grelhas transversais em estradas nacionais serão no mínimo da classe E 600, e ter fecho

adequado que impeça o saltamento.

1.23 Madeiras para Cofragens, Cimbres e Cavaletes

1.23.1 Disposições Gerais

As madeiras a empregar devem ser bem cerneiras, não ardidas nem cardidas, sem nós viciosos,

isentas de ataques de insetos ou fungos, fendas ou falhas que comprometam a sua resistência.

As madeiras devem ser de 1ª escolha, selecionadas por forma a que mesmo os pequenos

defeitos não ocorram com grande frequência nem em zonas das peças submetidas a maiores

tensões.

Devem ser de quina viva e bem desempenadas, permitindo-se, nos casos a aprovar pelo Dono da

Obra, o emprego de peças redondas em prumos ou escoras, desde que tal não comprometa a

segurança ou a perfeição do trabalho.

Os calços ou cunhas a aplicar devem ser de madeira dura.

Nos moldes devem ser aplicadas tábuas com secção adequada, de modo a evitar deformações

que comprometam a geometria dos elementos a executar. As tábuas a empregar devem ter

espessura não inferior a 2.5 cm, aplainadas e tiradas de linha com os entalhes a meia madeira.

Nas superfícies de betão à vista devem ser empregadas madeiras com o mesmo grau de

utilização, a fim de evitar a variação de coloração naquelas superfícies.

1.24 Tijolos e Tijoleiras

1.24.1 Disposições Gerais

Os tijolos e tijoleiras terão a forma e dimensões fixadas no Projeto ou neste Caderno de

Encargos.

Terão as faces desempenadas, sem fendas ou falhas e as arestas vivas. As dimensões serão

regulares e uniformes. A fratura deve mostrar grão fino e compacto, isento de manchas brancas

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e com cor bem uniforme. Serão bem cozidos, leves, duros, sonoros, consistentes e não

vitrificados. A pasta será homogénea e isenta de fragmentos calcários ou de quaisquer outros

corpos.

Quando imersos em água durante 24 horas, o volume de água absorvida não deve exceder 1/5

do volume próprio.

1.25 Materiais não especificados

1.25.1 Disposições Gerais

Todos os materiais não especificados e que tenham emprego na obra deverão satisfazer as

condições técnicas estabelecidas no Projeto, e ter as características definidas pelos regulamentos

que lhes dizem respeito.

Durante a execução dos trabalhos, a Fiscalização reserva-se o direito de verificar se aqueles

materiais satisfazem estas condições e rejeitar todos aqueles que não as satisfaçam, sendo

considerados como não fornecidos, mesmo que já tenham sido aplicados.

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2 TRABALHOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL

2.1 Piquetagem e Implantação dos Trabalhos

Compete ao Empreiteiro proceder, antes de iniciar qualquer trabalho, à piquetagem e à

implantação das obras, a suas expensas, incluindo o fornecimento do material necessário.

Na piquetagem serão utilizadas mestras de alvenaria ou estacas de madeira com 8 a 10 cm de

diâmetro na cabeça, cravadas pelo menos 50 cm. Estas mestras serão niveladas e numeradas,

sendo as cotas das suas cabeças ligadas a marcações de referência fixas.

A Fiscalização poderá impor a aplicação de outros tipos de marcas, nos casos em que as estacas

ou mestras de alvenaria se revelem, por qualquer motivo, inadequadas.

Competirá ao Empreiteiro proceder às eventuais adaptações e correções que considere

adequadas, para posterior aprovação da fiscalização, tendo em conta ocupações de subsolo que

não tenham sido identificadas no Projeto.

2.2 Trabalhos Preparatórios

Antes de dar início aos trabalhos de escavação e mesmo antes da implantação das obras, o

Empreiteiro terá de proceder ordenadamente, entre outras, às seguintes operações e trabalhos

preparatórios:

a) reconhecer e assinalar no terreno os marcos topográficos e outros pontos fixos,

devidamente cotados e coordenados, nos quais também se baseará para a

implantação correta das obras;

b) delimitar, com suficiente aproximação, as faixas de terreno ao longo das quais se

irão implantar as construções, as câmaras e as valas;

c) assegurar a manutenção de todas as serventias públicas e privadas, ainda que para

isso tenha que realizar obras expeditas, de utilização provisória;

d) desobstruir o terreno, na faixa destinada à escavação das valas, o que deverá ser

executado de modo a que o mesmo fique isento de vegetação lenhosa (árvores e

arbustos), conservando todavia, a vegetação herbácea, a remover com a

decapagem, devendo os produtos provenientes desta operação ser conduzidos a

local a indicar pela fiscalização;

e) decapar a terra vegetal nas áreas de terreno a escavar e a aterrar. A decapagem

abrangerá uma espessura mínima de 0,20 m. O produto da decapagem será

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aplicado imediatamente no recobrimento de taludes ou ainda armazenado em

montes com altura inferior a 1,5 m, em locais a indicar pela Fiscalização;

f) proceder às sondagens necessárias para localizar em planta e determinar o perfil de

condutas existentes. Estas sondagens deverão ser feitas com as devidas

precauções para não danificar essas infra-estruturas;

g) assinalar, na superfície do terreno, a presença de obstáculos subterrâneos

conhecidos, que venham a ser intersectados pelas valas, como cabos elétricos e

telefónicos, condutas de água e gás, coletores de esgoto, drenos, aquedutos,

oleodutos, galerias, muros, etc., cujas posições lhe serão indicadas por meio de

plantas a fornecer pela Fiscalização, que as obterá junto das respetivas entidades

competentes;

h) instalar e conservar nas melhores condições de visibilidade toda a sinalização, diurna

e noturna, adequada à segurança do trânsito, quer de viaturas, quer de peões, na

zona afetada pelos trabalhos, de acordo com as prescrições aplicáveis no Código da

Estrada;

i) providenciar, com a antecedência bastante, junto da Fiscalização, para que esta

promova, junto dos respetivos Serviços, a remoção de obstáculos públicos

superficiais, tais como postaletes de sinalização rodoviária, postes de iluminação,

publicitários ou de sustentação de linhas elétricas e de fios elétricos, cuja presença

ou estabilidade venham a ser afetadas ou ameaçadas pelas escavações.

Além dos meios de ação correntes a empregar nos trabalhos preparatórios, o Empreiteiro deverá

dispor previamente, nos locais da Empreitada ou nas imediações, de pessoal, equipamento,

máquinas, materiais e ferramentas em quantidades e em espécie, tais que as escavações e os

aterros se processem com eficiência e em bom ritmo. Designadamente disporá de:

a) aparelhos e acessórios de topografia para implantação de alinhamentos,

levantamento de perfis e verificação de nivelamentos;

b) equipamentos de bombagem e de rebaixamento de níveis freáticos.

O Empreiteiro deverá construir e manter ensecadeiras, canais, valas, drenos, poços de

bombagem e outros dispositivos temporários, para a necessária proteção contra as águas,

fornecendo todos os materiais necessários para esse efeito; fornecerá, instalará, manterá e porá

em funcionamento as bombas e outro equipamento necessário para remoção de água.

Quando já não forem necessários, as ensecadeiras ou outros meios temporários serão retirados

pelo Empreiteiro. Este será responsável pelos danos causados às fundações, estruturas ou

qualquer outra parte das obras, por cheias, água ou rotura de qualquer parte dos meios de

protecção, devendo reparar esses danos à sua custa.

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O Empreiteiro submeterá à Fiscalização os desenhos de construção das ensecadeiras e

dispositivos de drenagem preconizados.

O Empreiteiro encarregar-se-á de todo o caudal proveniente das linhas de água naturais

intersectadas, total ou parcialmente, pelos trabalhos abrangidos pelo presente caderno de

encargos. Deverá fornecer e manter todas as construções provisórias necessárias para desviar,

ou para de algum modo, assegurar que esses caudais não virão interferir com os trabalhos.

Quando as construções temporárias já não forem necessárias e antes da receção dos trabalhos,

o Empreiteiro retirará as construções provisórias e reporá o terreno nas condições iniciais

conforme for aprovado pela Fiscalização.

2.3 Demolições

1. Âmbito dos Trabalhos

1.1. A empreitada de demolição das construções existentes integrará as seguintes fases:

• Limpeza das áreas de intervenção e desmantelamento de elementos não estruturais;

• Demolição das construções;

• Limpeza e modelação final da área de intervenção.

1.2. A inventariação efetuada para as infra-estruturas a demolir encontra-se traduzida nas

fichas técnicas e nas peças desenhadas. É de referir que nesta empreitada, as

demolições terão de ocorrer até ao nível das fundações em todas as edificações, à

exceção dos edifícios de apoio indicados nas peças de Projeto. Os pavimentos do tipo

cerâmico e betuminoso serão demolidos, podendo ser aproveitados como material inerte.

Quanto aos muros de suporte existentes, prevê-se que sejam mantidos.

1.3. As operações de demolição serão executadas por firma especializada, devendo o

Empreiteiro apresentar para apreciação pela Fiscalização os métodos de demolição

preconizados, com descrição pormenorizada em peças escritas e desenhadas, de todas

as fases de execução, incluindo Plano de Trabalho, 30 dias antes do prazo previsto para

o início dos trabalhos respetivos.

1.4. O Empreiteiro ficará responsável por quaisquer danos em infra-estruturas existentes, por

ação própria ou por intervenção da empresa especializada sub-contratada.

1.5. Para efeitos de liquidação serão consideradas por valor global todas as operações

necessárias aos trabalhos de demolição, e eventuais paragens dos trabalhos, conforme

descrito nos termos deste Caderno de Encargos.

1.6. Os obstáculos imprevistos que impeçam a progressão normal dos trabalhos não serão

motivo para suspensão da obra, nem objeto de indemnizações ao Empreiteiro,

considerando-se que este se inteirou no local de todas as condicionantes.

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1.7. O estaleiro e o conjunto de equipamentos associados aos trabalhos de demolição terão

de ser localizados de forma a não impedir a normal circulação nas vias rodoviárias

contíguas.

1.8. Serão utilizados meios que garantam um desmantelamento ou derrube eficaz e

controlado da construção, sendo o Empreiteiro responsável pela execução das operações

intercalares de controlo e dos trabalhos acessórios que se impuserem, por forma a evitar

desmoronamentos incontrolados ou queda nefasta de componentes.

1.9. O Empreiteiro será responsável por todos os trabalhos complementares ao processo,

nomeadamente no que se refere à triagem e acondicionamento dos resíduos e o seu

encaminhamento para destino final adequado, de acordo com o disposto na legislação

nacional e europeia em vigor e devidamente enquadrado com os procedimentos deste

Projeto. Destaca-se também a sua responsabilidade em assegurar, com recurso a

empresa especializada, a remoção de materiais com características de perigosidade para

a saúde e o ambiente, de acordo com o disposto na Lista Europeia de Resíduos (LER).

1.10. Os materiais de demolição recuperáveis definidos no Projeto, bem como todos os

achados, são propriedade do Dono da Obra. Os produtos de demolição que não sejam

aplicáveis na obra e em relação aos quais não exista qualquer reserva legal, do Caderno

de Encargos ou do Dono da Obra, são propriedade do Empreiteiro e deverão ser

removidos do local da obra, antes de se proceder à modelação final do recinto.

1.11. O Empreiteiro deverá garantir as medidas de segurança necessárias para a execução

da empreitada, que figuram no Plano de Saúde e Segurança, assim como as exigidas por

Lei aplicável, nomeadamente, o recurso aos equipamentos de proteção Colectiva e

Individual.

2. Limpeza das Áreas de Intervenção e Desmantelamento de Elementos Não Estruturais

2.1. Antes de serem iniciados os trabalhos de demolição, o Dono da Obra terá que garantir a

desocupação do local da obra e a criação de uma zona de proteção envolvente, para

servir durante a execução dos trabalhos e entregar ao Empreiteiro os elementos

cartografados referentes ao traçado das infra-estruturas existentes no subsolo, quando

existam.

2.2. Deve ser assegurado que as redes técnicas existentes nos locais de intervenção se

encontram desactivadas, nomeadamente infra-estruturas de água, águas residuais,

eletricidade e gás. Deve-se, no entanto, garantir que existe pelo menos um ponto de

abastecimento de água em local estratégico, promovendo a desactivação de troços de

rede dispersos pelos recintos, que condicionem a movimentação de máquinas. No que se

refere à rede elétrica o procedimento deverá ser análogo, garantindo sempre a segurança

dos trabalhadores.

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2.3. O empreiteiro deverá assegurar a desmatação dos recintos e a remoção dos respetivos

resíduos remanescentes. Deverão ser preservadas as árvores existentes nas áreas de

intervenção, sendo que, no caso do Adjudicatário pretender remover alguma árvore em

particular (eventualmente com posterior replantação) deverá obter a respetiva autorização

junto do Dono da Obra.

2.4. A remoção dos resíduos urbanos ou equiparados e dos equipamentos fora de uso são

considerados parte integrante da empreitada de demolição, sendo considerada como um

dos trabalhos iniciais a efetuar.

2.5. Todo o recheio das edificações será desmontado e separado por material,

nomeadamente tubagens e acessórios, para posterior encaminhamento a operador de

valorização ou outro destino final adequado. Durante esse processo, prevê-se o

acompanhamento das atividades pelo Dono da Obra, que designará os eventuais

equipamentos que estejam em bom estado e passíveis de reutilização. Nestes casos, os

elementos desmontados serão posteriormente transportados pelo Dono da Obra.

2.6. Os materiais considerados valorizáveis serão desmantelados de forma cuidadosa

recorrendo a processos simples, para evitar misturas com outros materiais, uma vez que

este facto poderá pôr em risco utilizações futuras.

2.7. Os procedimentos de triagem e acondicionamento serão planeados pelo Empreiteiro,

devendo existir na obra contentores destinados à recolha distinta dos materiais. Os

diversos contentores serão armazenados dentro do perímetro do estaleiro em local a

designar, apenas acessíveis a pessoal autorizado, sendo posteriormente enviados para

destino final adequado.

2.8. Nesta fase, os materiais removidos e que serão passíveis de valorização são, entre

outros, o alumínio, os materiais ferrosos e plásticos, bem como quaisquer outros

materiais passíveis de sofrerem processos de reciclagem ou reutilização.

2.9. Deverão ainda ser desmantelados os materiais contaminantes, ou seja, os materiais que

apresentem características de perigosidade para a saúde e o ambiente, de acordo com o

disposto na Lista Europeia de Resíduos (LER). Na inventariação dos materiais existentes

detetaram-se alguns resíduos perigosos, com destaque para o fibrocimento (contendo

amianto). É também expectável que se encontrem outros materiais contendo substâncias

perigosas, tais como lâmpadas fluorescentes, as quais contêm mercúrio.

2.10. A remoção destes resíduos perigosos deverá ser efetuada recorrendo a técnicas

manuais, de forma cuidadosa, por empresa especializada, para evitar qualquer risco de

contaminação ambiental e do material inerte e reutilizável presente, bem como garantir a

saúde e segurança dos trabalhadores.

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2.11. Deve assegurar-se a retirada de elementos frágeis, tais como vidros, fasquiados,

estuques, portas, janelas, entre outros, e ser escorados os elementos da construção que

possam cair acidentalmente, pondo em risco os trabalhadores. Em geral, estes pontos

sensíveis são cornijas, caleiras, sacadas, varandas, abóbadas, arcos, etc. Estes

escoramentos devem efetuar-se, da base da construção para o topo, e deve utilizar-se a

menor quantidade de madeira possível (dado o seu carácter efémero). As construções

vizinhas também devem ser escoradas, no caso da sua estabilidade ficar comprometida.

2.12. O acesso a todos os locais da demolição deve ser garantido, devendo para tal ser

utilizadas, sempre que possível, as escadas existentes na construção (desde que em

condições de estabilidade e compatíveis com o uso) e só em caso contrário recorrer a

escadas construídas ou trazidas para o local com esse objectivo. As escadas existentes e

a utilizar podem ser reforçadas com cimbres, se necessário.

3. Demolição das Construções

3.1. O início dos trabalhos de demolição é condicionado pela prévia verificação e confirmação

do Dono da Obra, das marcações dos níveis de referência e de demolição, bem como

dos elementos a preservar.

3.2. Os trabalhos de desmantelamento, derrube ou desmonte, serão executados de acordo

com o plano de demolição, considerando-se incluídos os trabalhos de escoramento

provisório, necessários à boa execução da obra e para proteção das partes a preservar.

3.3. Nas peças escritas apresentam-se algumas considerações sobre as técnicas que se

julgam mais adequadas para esta empreitada, no entanto, cabe ao Adjudicatário

selecionar as técnicas de desmantelamento e demolição que lhe forem mais

convenientes dentro do respetivo campo de aplicação, por razões diversas (facilidade de

mobilizar os equipamentos, recursos humanos disponíveis, meio que rodeia as

instalações, tempo disponível para a execução do trabalho, entre outros).

3.4. É de referir, no entanto, que a utilização de métodos de demolição alternativos aos

apresentados não está vedada, mas a sua aplicação deverá ser convenientemente

submetida à apreciação do Dono de Obra. De salientar que os processos de desmonte e

remoção dos produtos deverão ser adequados aos níveis aceitáveis de alteração das

condições ambientais tendo em consideração o local concreto de execução da obra.

3.5. Os processos de demolição podem classificar-se, de uma forma geral, atendendo aos

princípios que os regem e ao tipo de máquinas que são utilizadas para a sua consecução.

Refira-se que existem dois métodos distintos para as ações de desmantelamento:

métodos primários de demolição e métodos complementares de demolição - explosivos.

Os primeiros englobam as técnicas utilizadas tanto na demolição como no

desmantelamento, enquanto que os segundos, são apenas utilizados em ações de

demolição.

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3.6. Na presente empreitada, não se prevê a necessidade de utilização de explosivos, no

entanto, é de salientar que o recurso a explosivos exige autorização prévia do Dono da

Obra, que a poderá condicionar à apresentação de garantias de execução por pessoal

especializado, competente e credenciado. Esta autorização não isenta o Empreiteiro da

sua responsabilidade total em quaisquer acidentes pessoais, ou danos causados na obra

ou nas propriedades vizinhas.

3.7. A demolição por processos simples é essencialmente efetuada recorrendo a

equipamentos manuais e de reduzida dimensão, designadamente alavanca manual,

martelo e escopro, marreta, picareta, pá, serra, pé-de-cabra, entre outros. No uso de

maçaricos deverão ser tomadas as precauções necessárias para se evitar a deflagração

de incêndio.

3.8. Estes processos são mais utilizados em atividades de desmantelamento, com remoção

elemento a elemento (por exemplo de revestimentos, equipamentos sanitários,

equipamentos elétricos, parapeitos, serralharias, clarabóias, entre outros), do que em

atividades de demolição em geral, uma vez que exigem bastante esforço físico e um

grande dispêndio de tempo por parte dos trabalhadores.

3.9. Quando se proceder às atividades de desmantelamento, os detritos deverão ser

gradualmente evacuados por meio de cordas, cabos, roldanas, guinchos, entre outros

(principalmente volumes pesados ou detritos volumosos), quando se tratar de zonas

vedadas à permanência ou à circulação do pessoal. Para o escoamento de detritos mais

leves recomenda-se o recurso a caleiras.

3.10. Devem ser sempre montadas calhas de descarga, de madeira ou metálicas,

completamente tapadas, para a remoção de tijolos ou de outros destroços soltos.

3.11. Para impedir que os materiais que descem pelas calhas atinjam uma velocidade

perigosa, as calhas devem ser construídas por secções que não ultrapassem a altura de

dois andares. Uma comporta ou tampa devidamente aferrolhada deve ser instalada na

saída inferior de cada calha de descarga, para fazer parar o fluxo do material. Os

operários não devem ser autorizados a retirar materiais das calhas sem o recurso a luvas

adequadas para o efeito.

3.12. Para a demolição de estruturas metálicas deve ser assegurada a estabilidade da

estrutura em todas as fases da sua demolição e a sua “desmontagem” em unidades

facilmente transportáveis.

3.13. Na demolição de peças betonadas devem ser tidas em atenção algumas regras,

nomeadamente que a demolição só deve ser levada a cabo depois de se serem

conhecidos os seus apoios e os trabalhos devem progredir na direcção paralela a esses

apoios, sempre que possível. Numa laje de quatro apoios haverá que tomar precauções

especiais e efetuar o trabalho prevendo a eventualidade de desabamentos prematuros.

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Tratando-se de betão pré-esforçado terá que haver um estudo prévio desenvolvido por

técnicos responsáveis. O corte de uma armadura neste tipo de betão poderá modificar

por completo as suas condições de estabilidade e de resistência.

3.14. Para a execução de quase todos os trabalhos de demolição pesada da Empreitada

considera-se mais adequado, como referido nas peças escritas deste Projeto, o recurso a

máquinas hidráulicas. Esta técnica utiliza como ferramentas diversos acessórios

existentes no mercado e que se aplicam na ponta das lanças das escavadoras

hidráulicas.

3.15. As primeiras máquinas a serem utilizadas deverão ter maior capacidade, produzindo

grandes blocos de material; as segundas terão menor dimensão e com função de

transformar os blocos de inertes em blocos mais pequenos, passíveis de poderem ser

movimentados e transportados com maior facilidade.

3.16. É de referir que quando se pretender demolir lajes de cobertura, deverá começar-se

pelas chaminés e condutores de ventilação, no caso de existirem, devendo os

trabalhadores apoiar-se e circular durante o trabalho, pelas vigas maiores, com maior

importância na estabilidade da estrutura.

3.17. Os elementos a demolir não devem ser abandonados em posição que torne possível o

seu derrubamento por ação de forças exteriores, ventos ou choques acidentais de vigas e

equipamentos.

3.18. As escadas devem ser as últimas peças a demolir em cada piso, uma vez que são

necessárias (oferecendo segurança) à circulação do pessoal. Na sua demolição devem

ter-se em conta algumas regras, nomeadamente:

• Uma escada encastrada deve demolir-se da ponta do balanço para o encastramento;

• Uma escada apoiada em patamares deve demolir-se do meio vão para os apoios;

• Uma escada apoiada lateralmente em vigas deve demolir-se do centro do vão para os

lados.

3.19. Os produtos de demolição devem ser imediatamente retirados dos edifícios, como já

foi referido anteriormente.

3.20. Os materiais resultantes das demolições efetuadas poderão ser utilizados como

material de aterro para modelação final dos terrenos, tendo para tal que cumprir a

legislação aplicável e todas as especificações estabelecidas pelo Laboratório Nacional de

Engenharia Civil, nomeadamente a E474 - 2006 (Guia para a utilização de resíduos de

construção e demolição em aterro e camada de leito para infra-estruturas de transporte).

No entanto, dados os condicionantes expectáveis para a mobilização e operação dos

equipamentos necessários para os processos de redução da dimensão e classificação do

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material obtido, bem como a realização dos ensaios necessários, o Empreiteiro poderá

optar por transportar os produtos demolição a depósito autorizado, à medida que vão

sendo originados. Caso opte pela mobilização dos referidos equipamentos, deverá ter em

consideração as acessibilidades e o espaço disponível para a sua instalação, bem como

a distância entre a instalação e as diferentes frentes de obra onde os agregados poderão

ser reaproveitados.

4. Limpeza e Modelação Final da Área de Intervenção

4.1. O Empreiteiro deverá proceder, após terminarem as demolições, a aterro e compactação

dos solos nas zonas que anteriormente eram ocupadas por fundações de edifícios ou

paredes enterradas de órgãos de tratamento e nivelamento do terreno.

4.2. Os recintos devem ser convertidos em áreas verdes, através da plantação de

revestimento vegetal, predominantemente rasteiro, de sequeiro.

5. Transporte de Produtos de Demolição

5.1. O Empreiteiro será responsável por todos os trabalhos de transporte a destino final

licenciado dos produtos de demolição, assumindo todos os encargos com indemnizações

e serviços, bem como a remoção dos produtos de demolição do local da obra. Será

também da sua responsabilidade o acondicionamento e armazenamento dos produtos a

recuperar.

5.2. O Empreiteiro deverá instalar os acessos provisórios necessários, dentro e fora do

estaleiro e promover o transporte em equipamento que melhor se adeqúe à natureza dos

produtos e materiais, tendo em consideração a natureza e distância do percurso a

efetuar. O transporte e descarga dos componentes a recuperar será executado

cuidadosamente, de forma a não lhes causar danos.

6. Remoção de Amianto

6.1. Como referido anteriormente, o Empreiteiro deverá desmantelar e remover os materiais

contaminantes que apresentem características de perigosidade para a saúde e o

ambiente. Na inventariação dos materiais existentes detetaram-se alguns resíduos

perigosos, com destaque para o fibrocimento (contendo amianto).

6.2. A execução de trabalhos que impliquem o risco de exposição ao amianto deverá ser

efetuada recorrendo a empresa devidamente habilitada/qualificada, para evitar qualquer

risco de contaminação ambiental e do material inerte e reutilizável presente, bem como

garantir a saúde e segurança dos trabalhadores. Estes deverão ter formação adequada e

de carácter contínuo.

6.3. Após a identificação dos materiais com amianto, terá que ser feita uma avaliação dos

riscos associados e notificada a Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT) sobre

os trabalhos a realizar, antes destes terem início e antes da apresentação do plano de

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trabalhos. Os trabalhadores deverão ser informados sobre a avaliação de riscos efetuada

nomeadamente, sobre o nível de concentração de fibras de amianto no ar, o tempo de

exposição e as medidas preventivas adotadas para reduzir a exposição. De igual modo,

deve ser monitorizada a concentração de amianto no ar, antes, durante e no final dos

trabalhos, por laboratório acreditado, efetuados exames de saúde específicos e mantido

actualizado o registo dos trabalhadores expostos. Os documentos respetivos deverão ser

conservados por um período mínimo de 40 anos após a exposição.

6.4. Sempre que se proceda a uma atividade na qual exista o risco de exposição ao amianto,

o plano de trabalhos a elaborar deverá identificar o tipo de amianto em presença, bem

como a natureza da operação a executar, descrevendo as técnicas que vão ser utilizadas.

De igual forma, terão que ser descritos os procedimentos de trabalho, as medições dos

níveis de concentração de amianto e medidas de proteção colectiva e individual a utilizar,

assim como as destinadas a outras pessoas que se encontrem no local dos trabalhos ou

na sua proximidade.

6.5. O plano de trabalhos terá que integrar ainda a identificação do estaleiro, dos

trabalhadores e do técnico responsável, a duração dos trabalhos, as medidas de

higienização e de emergência e a forma como será feito o transporte dos resíduos de

amianto e o seu destino final.

6.6. O amianto divide-se em duas categorias, o amianto friável, ou seja, aquele que é

suscetível de fazer libertar fibras sob o efeito de choque, vibrações ou da própria

circulação do ar, e o amianto não friável, que aprisiona as fibras de amianto.

6.7. Os métodos de trabalho a implementar são distintos consoante se esteja na presença de

material friável ou não friável. Os materiais de fibrocimento, quando se encontram em

boas condições de conservação, podem ser considerados materiais pouco friáveis e, por

conseguinte os trabalhos envolvidos podem ser entendidos como de baixo risco. Contudo,

estes materiais podem converter-se em materiais friáveis se forem manipulados através

de ações mecânicas fortes (como geralmente acontece nas obras de demolição) ou se o

seu estado de conservação se for deteriorando ao longo do tempo.

6.8. Assim, as medidas preventivas adequadas quando ocorrem trabalhos com risco de

exposição ao amianto não friável, consistem na utilização de materiais para vedar e

delimitar a zona de trabalho, de materiais de proteção contra a propagação da

contaminação e na realização de ensaios de fumo, para verificar a estanquicidade das

pequenas zonas confinadas.

6.9. No que concerne aos equipamentos de proteção individual (EPI) e para além dos "fatos-

macacos" (descartáveis ou laváveis) e das botas laváveis, terão que ser usados

equipamentos de proteção respiratória nomeadamente, as proteções descartáveis

recomendadas para o amianto ou meias-máscaras de rosca com ensaio de ajuste facial.

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6.10. Neste tipo de trabalhos é também obrigatória a utilização de um aspirador de tipo H,

ou seja, com filtros de partículas de alta eficiência (HEPA).

6.11. O método para estes trabalhos inclui ainda os equipamentos de supressão de poeiras,

de limpeza (todos os produtos deverão ser descartáveis), instalações sanitárias para a

descontaminação pessoal, um contentor adequado para os resíduos de amianto e a

armazenagem segura para as quantidades de resíduos em causa.

6.12. No desenvolvimento dos trabalhos deverá ser aplicado um aglutinante próprio para

amianto, para garantir a aglutinação da sujidade e do musgo e evitar a libertação de

fibras.

6.13. Os dispositivos de fixação das placas de fibrocimento têm que ser desmontados de

forma a não sofrerem cortes de ferramentas manuais ou de baixa rotação. Se, numa

situação limite, tiverem que ser feitos cortes, deverão ser usadas ferramentas que

produzam poucas fibras, em conjunto com a sua aspiração no local onde são produzidas.

6.14. Para a separação dos dispositivos de fixação do fibrocimento deverá optar-se por

ferramentas como o alicate para pernos. Quando se utilizar a rebarbadora elétrica, esta

nunca deverá tocar na superfície do fibrocimento pois provocará a libertação de fibras.

6.15. A desmontagem do fibrocimento das coberturas e das placas de empena terá que ser

efetuada no sentido contrário ao da sua aplicação. As placas têm que ser levantadas, não

podendo ser empurradas umas sobre as outras. Após a desmontagem dos materiais em

fibrocimento, as construções de suporte devem ser aspiradas com aspiradores de ultra

filtração e limpas com panos húmidos. Durante a desmontagem das placas no exterior é

necessário colocar uma película de plástico no pavimento ao longo da fachada do edifício.

6.16. Uma vez concluídos os trabalhos, as caleiras devem ser lavadas com água.

6.17. Finalmente, as placas ou telhas de fibrocimento devem ser envoltas em folhas de

polietileno e devidamente embaladas, para serem transportadas até aterro próprio, com o

respetivo guia de acompanhamento de resíduos.

2.4 Movimento de Terras

2.4.1 Escavações para Implantação de tubagem

A execução das escavações deve obedecer à legislação em vigor, nomeadamente no que se

refere à segurança do pessoal e ao uso de explosivos.

O modo de executar as escavações para abertura de valas fica ao critério do Adjudicatário, mas,

em regra, serão feitas mecanicamente, recorrendo-se ao emprego de escavadoras ou valadeiras,

equipadas com lanças e baldes dos tipos e dimensões mais adequadas às circunstâncias, tendo

em conta o prescrito no presente Caderno de Encargos quanto à boa execução dos trabalhos e à

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segurança do pessoal.

Não é todavia de excluir o recurso à escavação manual, quando o terreno for suficientemente

brando e a vala tiver dimensões muito reduzidas e, sobretudo, quando a escavação se aproximar

ou visar a pesquisa de tubagens, cabos e outros obstáculos subterrâneos, já aparentes ou ainda

ocultos, que corram o risco de ser atingidos e danificados pelo balde da escavadora.

O Empreiteiro efetuará todos os trabalhos necessários, quaisquer que sejam a natureza dos

terrenos e as condições que encontre no local, de forma a satisfazer o que se encontre

estabelecido neste Caderno de Encargos, no Projeto e nos restantes documentos contratuais, ou

que lhe seja ordenado pela Fiscalização. Para o efeito admite-se que o Empreiteiro, antes de

apresentar a sua proposta, se inteirou plenamente das condições locais, pelo que não serão

aceites quaisquer reclamações com base em eventuais dificuldades que decorram da falta de

conhecimento daquelas condições.

De igual modo, os erros ou omissões do Projeto ou do Caderno de Encargos, relativas ao tipo de

escavação, natureza do terreno e quantidades de trabalho, não poderão ser alegadas para a

interrupção dos trabalhos, devendo o Empreiteiro dispor dos meios de ação adequados.

As profundidades das escavações não serão superiores às necessárias para que as cotas das

fundações sejam as pretendidas e as suas fundações dos tipos especificados no Projeto. Se o

Empreiteiro levar as escavações a profundidades além das fixadas, será da sua conta tanto o

excesso de escavação como o aterro necessário para repor o fundo da vala à cota desejada,

devidamente compactado, em condições de garantir o bom assentamento das tubagens.

Sempre que possível as valas serão abertas com taludes verticais e a largura será a indicada no

Projeto.

Para efeitos de medição e consequente pagamento não serão tidas em consideração as sobre-

escavações e os consequentes excessos de aterros resultantes, quer de eventual dificuldade em

obter as formas previstas nas peças desenhadas, quer da sobre-largura das valas devida à

necessidade de entivação.

Se durante a escavação se verificar a entrada generalizada de água através das superfícies

laterais e do fundo da escavação, o Empreiteiro adotará os processos de construção e de

proteção apropriados e aprovados pela Fiscalização, procedendo, se necessário, ao

rebaixamento do nível freático.

Os trabalhos de escavação abaixo do nível freático serão executados a seco, para o que o

Empreiteiro deverá recorrer a processos apropriados e aprovados pela Fiscalização, tais como

drenagem, ensecadeiras, entivações, rebaixamento do nível freático por meio de poços,

congelação, cimentação, etc..

Quando a abertura da vala se fizer em rocha dura ou quando, do decurso das escavações,

houver necessidade de demolir alguma construção ou obstáculo mais resistente, o Adjudicatário

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recorrerá ao emprego de explosivos, devendo obter, com a necessária antecedência, as

respetivas autorizações legais à sua custa e proceder em conformidade com os preceitos que

regulamentam o manuseamento de detonadores e explosivos, reservando-se o Dono da Obra o

direito de não autorizar o seu uso. O emprego de explosivos e eventuais consequências em

acidentes pessoais, nas obras ou em propriedade alheia, serão da exclusiva responsabilidade do

Adjudicatário.

A frente da escavação da vala não deverá ir avançada em relação à de assentamento das

tubagens, de uma extensão superior à média diária de progressão dos trabalhos, salvo em casos

especiais, como tal reconhecidos pela Fiscalização.

À medida que a escavação for progredindo, o Adjudicatário providenciará pela manutenção das

serventias de peões e viaturas, colocando pontões ou passadiços nos locais mais adequados à

transposição das valas durante os trabalhos.

Para segurança de pessoas e veículos, onde as valas, os amontoados de produtos das

escavações ou as máquinas em manobras possam constituir real perigo, o Adjudicatário montará

vedações, protetores, corrimãos, setas, dísticos e sinais avisadores, que sejam bem claros e

visíveis, tanto de dia como de noite. Haverá que prevenir, por todos os meios, eventuais acidentes

pessoais e danos materiais na própria obra, na via pública e nas propriedades particulares, por

deficiente escoramento dos taludes ou qualquer outra negligência nas operações de movimento

de terras para abertura, aterro e compactação das valas, bem como por uso imprudente de

explosivos, particularmente no que respeita ao despoletamento e rebentamento de cargas.

Os produtos impróprios para o aterro e os sobrantes ou excedentes das escavações serão

carregados em camiões basculantes e transportados a depósito ou espalhados e regularizados a

"bulldozer" nas imediações da vala, conforme a Fiscalização o determinar e as circunstâncias o

aconselharem, sem prejuízo para terceiros.

Serão da responsabilidade do Empreiteiro a obtenção de autorizações bem como os encargos

inerentes à utilização das áreas que julguem necessárias para depósito provisório das zonas

escavadas.

Todos os trabalhos de demolição, escavação, movimentação de máquinas, deverão ser efetuados

de forma cuidada, a fim de evitar vibrações ou deslocamento de terras, que provoquem ou

venham a pôr em causa ruínas existentes, bem como materiais do foro arqueológico.

Os trabalhos devem ser conduzidos de jusante para montante por forma a assegurar o livre

escoamento das águas. Sempre que este procedimento não seja possível deverão ser tomadas

medidas para a eventual necessidade de drenagem das águas por bombagem.

Se durante a execução das escavações for necessário intersectar sistemas de drenagem

superficiais ou subterrâneas, sistemas de esgotos ou canalizações enterradas (água, gás,

eletricidade, etc.), maciços de fundação ou obras de qualquer natureza, competirá ao Empreiteiro

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a adoção de todas as disposições necessárias para manter em funcionamento e proteger os

referidos sistemas ou obras, ou ainda removê-los, restabelecendo o seu traçado, conforme o

indicado pela Fiscalização.

Quando a tubagem for implantada em caminhos, a faixa posta à disposição do Empreiteiro para a

execução das obras será a do caminho. O Empreiteiro deverá, nestes casos, assegurar o acesso

às propriedades que não disponham de caminhos alternativos. O troço com vala aberta,

interrompendo a passagem normal de viaturas, não deverá ultrapassar os 100 m.

Quando a tubagem for implantada nas estradas municipais ou nacionais, a largura da faixa

disponível será a compatível com a possibilidade de assegurar o trânsito duma via de circulação,

devendo a extensão do troço com vala não ultrapassar os 100 metros.

Haverá pontos singulares, onde a existência de condicionantes suscetíveis de serem identificadas

na visita ao local das obras, obriguem a reduzir os valores referidos. Incluem-se nestes casos:

a) os terrenos de fraca capacidade resistente e de nível freático elevado onde há necessidade de

abertura de vala em comprimentos curtos, de modo a evitar descompressões e entivações

adicionais;

b) as zonas urbanas em que as infra-estruturas no subsolo e razões de segurança impedem

grandes comprimentos de vala aberta.

2.4.2 Entivações e escoramentos

As valas serão entivadas e os taludes escorados nos troços em que a Fiscalização o impuser e

também naqueles em que, no critério do Adjudicatário, isso for recomendável. De um modo geral

entivar-se-ão as valas cujos taludes sejam desmoronáveis quer por deslizamento quer por

desagregação, pondo em risco de aluimento as construções vizinhas, os pavimentos ou as

instalações do subsolo que, pela abertura das valas, fiquem ameaçadas na sua estabilidade.

As peças de entivação e escoramento das escavações e construções existentes não serão

desmontadas até que a sua remoção não apresente qualquer perigo.

No caso de ter de abandonar peças de entivação nas escavações, o Adjudicatário deverá

submeter à aprovação da Fiscalização uma relação da situação, dimensões e quantidades de

peças abandonadas.

2.4.3 Extração de água

Quando, no decurso das escavações, ocorrer a presença de água nas valas, haverá que eliminá-

la ou rebaixar o seu nível para cotas inferiores às de trabalho, até se concluírem ou

interromperem as operações de assentamento e montagem das respetivas tubagens.

Consoante a quantidade e o regime de água existente no subsolo, assim se escolherão os meios

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para a extrair, os quais vão desde o simples balde manual, a usar somente nos casos de

pequenas infiltrações, até às bombas estanca-rios, acionadas por motores elétricos ou de

combustão.

Quando não for suficiente a baldeação manual da água nem a sua drenagem gravítica na zona

superficial circundante, instalar-se-á uma ou mais unidades de bombagem, cujos chupadores

deverão mergulhar em pequenos poços de aspiração cavados no fundo da vala. Para

rebaixamento local do nível freático no interior de valas abertas em solos porosos, em vez dos

chupadores correntes, poderão empregar-se agulhas aspiradoras, do tipo “Well-Point” ou outras,

acopladas a sistemas motrizes adequados.

A extração da água deverá fazer-se com o mínimo arrastamento de solos do fundo para o exterior

da vala, a fim de não desfalcar a base dos taludes da vala, a qual, nestas circunstâncias, deverá

ser sempre entivada. A condução da água do terreno aos chupadores deverá fazer-se ao longo

da vala, por meio de um estreito canal cavado junto ao pé do talude, colocando-se na entrada do

poço de aspiração uma malha que retenha os elementos com granulometria de maior dimensão,

sem dificultar a passagem da água para o chupador. A água retirada das valas deverá ser

afastada definitivamente do local de trabalho, lançando-a em reservatórios naturais ou linhas de

água, donde não venha a recircular, isto é, não torne a introduzir-se na vala por escorrência ou

por infiltração, nem vá estagnar-se ou, por qualquer forma, causar prejuízos a terceiros.

2.4.4 Aterro das valas e fundação das tubagens

Será atendido o disposto nas peças escritas e desenhadas do Projeto ou, em caso de omissão,

atender-se-á ao disposto na norma EN 1610 e respetivos anexos.

Os tipos de fundação e os materiais a empregar no enchimento das valas, são os constantes no

Projeto, nomeadamente nas peças desenhadas.

De modo geral, o leito de assentamento da tubagem será efetuado com brita, areia ou areão.

Em terrenos com nível freático elevado, preconiza-se o envolvimento da almofada de

assentamento e da camada de protecção à tubagem em geotêxtil.

Caso se verifique a existência de zonas em que o solo não reúne as características necessárias

para manter o assentamento adequado (terrnos lodosos), preconiza-se a colocação de uma

camada adicional de fundação sob a camada de assentamento, em enrocamento com diâmetro

entre 10 e 20 cm, envolvida num geotêxtil, com espessura indicada no desenho tipo.

Os locais e a extensão de aplicação destas camadas deverão ser previamente sujeitos à

aprovação da Fiscalização.

Sempre que haja necessidade de colocar geotêxtil na fundação da tubagem, o fundo da vala

deverá ser cuidadosamente limpo de modo a isentá-lo de quaisquer materiais que possam

danificar o geotêxtil.

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O aterro das valas só poderá iniciar-se na presença da Fiscalização ou com a sua expressa

autorização.

Depois da tubagem montada, colocam-se camadas de aterro em areia ou areão, realizando-se

assim o envolvimento e o recobrimento da tubagem até cerca de 30 centímetros acima do seu

extradorso. Acima dessa cota, o aterro deverá fazer-se com produtos da escavação da própria

vala, compactados em camadas não superiores a 0,20 m, desde que sejam isentos de detritos

orgânicos e corpos de maiores dimensões, que sejam prejudiciais à sua estabilidade e boa

consolidação. Sob pavimentos rodoviários, passeios e bermas, ou em terrenos com grande

percentagem de rocha ou argilosos, este último aterro deverá ser executado com "tout-venant"

não argiloso, devidamente compactado, de acordo com o definido nas peças desenhadas.

A compactação das diversas camadas de aterro far-se-á por meio de maços manuais ou

mecânicos, convindo que aqueles sejam em forma de cunha, quando destinados ao aperto lateral

de terras nas proximidades da tubagem, e em especial na sua semi-secção inferior. Nas camadas

superiores, poder-se-á admitir a utilização pratos ou cilindros vibradores.

As espessuras das camadas de aterro e o tipo de equipamentos de compactação a utilizar

deverão ser adequadas para se garantirem os níveis de compactação definidos no Projeto, sem

que a integridade estrutural da tubagem seja afetada.

Nos casos especiais de instalação de tubagem sob o pavimento de estradas, haverá condições

de compactação especiais, conforme definido nas peças desenhadas.

Quando não for suficiente a humidade própria do terreno, nem a água existente no subsolo,

regar-se-á cada uma das camadas de aterro na medida que, pela prática, se reconheça ser a

mais conveniente para obter a melhor compactação naquele tipo de terreno. O número de

pancadas dos maços ou o número de passagens dos pratos vibradores, cilindros ou outros

aparelhos de compressão será, em cada caso, o recomendado pela experiência como necessário

para obtenção dos níveis de compactação definidos no Projeto. Em caso de dúvida por parte do

Adjudicatário, a Fiscalização poderá fixar e alterar, para cada zona de aterro, em função da

natureza dos solos e do grau de consolidação a atingir, o peso do aparelho de compressão e o

número, a ordem e o sentido das passagens necessárias.

Os aterros de valas que venham a ficar sujeitos à passagem de tráfego rodoviário deverão

receber uma camada de desgaste provisório, com 10 a 15 centímetros de espessura, em saibro

ou em solos estabilizados mecanicamente, e ser submetidos ao trânsito antes de pavimentados

definitivamente, a fim de reduzir ao mínimo a eventualidade de futuras cedências, ressaltos ou

ondulações nos revestimentos definitivos das faixas de rodagem.

2.4.5 Movimento de terras para implantação de obras localizadas

A maneira de fazer as escavações e o transporte dos respetivos produtos fica ao critério do

Adjudicatário, devendo este observar as prescrições técnicas necessárias à boa execução dos

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trabalhos e à segurança do pessoal, em conformidade com o presente Caderno de Encargos.

O terreno natural adjacente à obra só poderá ser modificado mediante autorização da

Fiscalização dada por escrito.

A escavação necessária para a implantação da obra deve ser levada às cotas definidas pelo

Projeto.

Os caboucos para fundações da estrutura deverão ser escavados à mão ou com máquinas

apropriadas, por forma a conseguirem-se os perfis fixados no Projeto sem irregularidades,

considerando-os embora como aproximados e sujeitos a correções ou alterações por parte da

Fiscalização.

Quando o solo em escavação for argiloso, só se completará a escavação dos últimos 0,15 m

respetivos no próprio dia em que se executar a betonagem, para evitar que a superfície que

recebe a sapata sofra os efeitos dos agentes atmosféricos.

Remover-se-ão todos os materiais instáveis ou soltos ou quaisquer elementos prejudiciais à boa

execução das obras.

Os materiais que venham a utilizar-se posteriormente no enchimento das escavações executadas

serão colocados nos bordos das mesmas e a distância conveniente a fim de não originarem

pressões prejudiciais sobre as paredes do cabouco.

Os materiais não utilizáveis serão transportados para os locais previstos ou na sua falta os que a

Fiscalização indicar, de entre os propostos pelo Adjudicatário.

Não será atendida qualquer reclamação ou pedido de indemnização baseado no facto da

natureza do terreno ser diferente da suposta pelo Adjudicatário ao elaborar a sua proposta ou na

necessidade de esgotamento de água, seja qual for a proveniência desta. Se forem necessários

quaisquer escoramentos ou outros trabalhos acessórios para evitar desmoronamentos de terras,

serão todos de conta do Adjudicatário.

Se houver necessidade de empregar explosivos, o Adjudicatário deverá providenciar para se

obter a tempo as necessárias autorizações legais, de sua conta. No emprego de explosivos

deverão ser tomadas todas as precauções que o seu armazenamento e manuseamento impõem,

de acordo com o Decreto-Lei n.º 37925 de Agosto de 1950. O uso de explosivos e eventuais

consequências em acidentes pessoais, nas obras ou ainda em propriedade alheia são da

exclusiva responsabilidade do Adjudicatário.

Se durante a escavação se verificar a entrada generalizada de água através das superfícies

laterais e do fundo da escavação, o Adjudicatário adotará os processos de construção e de

proteção apropriados e aprovados pela Fiscalização, procedendo, se necessário, ao

rebaixamento do nível freático.

O Adjudicatário efetuará todos os trabalhos necessários, quaisquer que sejam a natureza dos

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terrenos e as condições que encontre no local, de forma a satisfazer o que se encontre

estabelecido no presente Caderno de Encargos, no Projeto e nos restantes documentos

contratuais, ou que lhe seja ordenado pela Fiscalização. Para o efeito admite-se que o

Adjudicatário, antes de apresentar a sua proposta, se inteirou plenamente das condições locais,

pelo que não serão aceites quaisquer reclamações com base em eventuais dificuldades que

decorram da falta de conhecimento daquelas condições.

Se durante a execução das escavações for necessário intersectar sistemas de drenagem

superficiais ou subterrâneos, sistemas de esgotos ou canalizações enterradas (água, gás,

eletricidade, etc.), maciços de fundação ou obras de qualquer natureza, competirá ao

Adjudicatário a adoção de todas as disposições necessárias para manter em funcionamento e

proteger os referidos sistemas ou obras, ou ainda removê-los, restabelecendo o seu traçado,

conforme o indicado pela Fiscalização.

As entivações que eventualmente sejam necessárias para a execução dos trabalhos da

Empreitada, deverão ser efetuadas com solidez e de forma a garantir a perfeita segurança do

pessoal.

Para efeitos de medição e consequente pagamento não serão tidas em consideração as sobre-

escavações resultantes de eventual dificuldade em obter as formas previstas nas peças

desenhadas.

2.5 Arranque e reposição de pavimentos

Salvo outra disposição indicada nas Cláusulas Especiais do presente Caderno de Encargos, far-

se-á o arranque e a remoção do pavimento como definido nos critérios de medição do Projeto.

Consoante a natureza do pavimento, assim a entidade que superintende na conservação dos

pavimentos levantados determinará o aproveitamento, ou não, dos produtos resultantes do

arranque. Se essa entidade determinar o aproveitamento de tais produtos na empreitada, para

recolocação no lugar do pavimento retirado, o Empreiteiro arrumá-los-á tanto quanto possível ao

longo da vala, do lado contrário ao que for destinado aos produtos da escavação, de modo a não

prejudicar o movimento das máquinas e do pessoal empenhados na montagem e ensaio da

tubagem.

Quando o pavimento for constituído por elementos desagregáveis, de macadame, cubos ou

paralelepípedos, as pedras serão limpas de detritos e agrupados em montículos dispostos ao

longo da vala ou do outro lado do arruamento, aguardando o momento de voltarem ao seu lugar,

para a restauração do pavimento. No caso de não serem recolocados, o Empreiteiro promoverá,

por sua conta, a carga e o transporte dos produtos arrancados para vazadouro apropriado,

aprovado pela Fiscalização.

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Igualmente serão removidos para locais onde não causem dano os sinais de trânsito, as lajes e

leitos de valetas, guarnições, guias de passeios, aquedutos, manilhas, sumidouros, etc., que a

Fiscalização mandará ou não aproveitar para recolocação como elementos complementares do

pavimento.

A reposição ou reconstrução dos pavimentos arrancados só se iniciará depois do aterro das valas

se encontrar bem compactado e consolidado, de acordo com o especificado no Projeto.

Os pavimentos a repor ou a reconstruir sê-lo-ão consoante o seu tipo, em conformidade com os

desenhos do Projeto e com as respetivas especificações técnicas aprovadas.

Nos casos de arranque de pavimentos em calçada, o Dono da Obra pode optar por mandar repor,

em sua substituição, pavimento betuminoso. Esta substituição não dá ao Empreiteiro direito a

trabalhos a mais.

Na execução ou reposição de pavimentos em calçada, as juntas das pedras, que não deverão

exceder 1,5 cm, serão refechadas com aguada de cimento e areia. A calçada será batida a maço

de madeira, na primeira vez a seco e nas seguintes depois de regada, até à sua perfeita

compactação.

Será encargo do Empreiteiro o fornecimento da pedra de calçada que estiver em falta, no caso de

reposição.

Além de repor ou reconstruir os pavimentos na extensão em que tiverem sido arrancados, o

Empreiteiro obriga-se a realizar a sua ligação perfeita com o pavimento remanescente, de modo

que entre ambos não se verifiquem irregularidades ou fendas, nem ressaltos ou assentamentos

diferenciais.

Se, no decurso dos trabalhos de instalação de tubagem, ou nos de aterro e compactação de

valas, houver destruição, danificação ou assentamento dos bordos do pavimento remanescente,

será de conta do Empreiteiro a respetiva reparação.

Serão igualmente repostos ou reconstituídos pelo Empreiteiro, nas devidas condições, os sinais

de trânsito, as lajes e leitos de valetas, guarnições, guias de passeios, aquedutos, manilhas,

tampas das caixas de operadores de infra-estruturas de serviços públicos e privados, sumidouros

e demais elementos complementares do pavimento.

O Empreiteiro ficará responsável pelos assentamentos, levantamentos, danos ou destruições que

a passagem do tráfego normal provocar, dentro do prazo de garantia da empreitada, nos

pavimentos repostos ou reconstruídos, obrigando-se às necessárias reparações.

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2.6 Colocação e assentamento de tubagem

2.6.1 Trabalhos Preparatórios

Ao iniciar a montagem das tubagens, o Adjudicatário deverá assegurar as seguintes condições:

a) vala aberta e drenada (se for caso disso), com largura e profundidade adequadas ao diâmetro

da tubagem e à natureza do terreno, leito regularizado e taludes estabilizados, tudo numa

extensão não inferior à média diária de progressão da montagem;

b) tubagens e acessórios de ligação, provenientes de lotes aprovados, empilhados ou alinhados

paralelamente ao traçado da tubagem, em quantidade pelo menos bastante para um dia de

montagem; e

c) montadores e mão de obra auxiliar, equipamento, materiais e ferramentas de espécie

adequada e em quantidade suficiente para que o assentamento, o nivelamento e os ensaios

das tubagens se possam realizar com eficiência e perfeição, sem interrupção e em bom ritmo.

2.6.2 Assentamento das tubagens

O assentamento das tubagens exige prévia autorização da Fiscalização, que só será dada depois

de se constatar que as cotas da respetiva trincheira ou das obras de arte são as estabelecidas.

Todas as reparações que venham posteriormente a tornar-se necessárias por virtude de

assentamentos nos aterros efetuados serão de conta do Adjudicatário.

Nas valas as tubagens deverão ficar uniformemente apoiadas no leito de assentamento, ao longo

de toda a geratriz inferior, exceto nas secções transversais correspondentes às juntas de ligação,

as quais ficarão a descoberto em todo o seu perímetro, até aprovação do ensaio de pressão

interna.

No caso de troços de tubagem com juntas travadas, os ensaios referidos só podem ser realizados

nesses troços com as valas aterradas até à cota final, embora com as juntas dos tubos a

descoberto.

O fundo da vala deverá ser sempre compactado a, pelo menos, 95% do Proctor Normal, podendo

a Fiscalização mandar executar à sua conta os ensaios de confirmação de compactação que

julgar convenientes.

2.6.3 Movimentação de tubos e sua colocação nas val as

Tanto no armazém como nos locais de aplicação os tubos podem ser arrumados por

empilhamento.

Os tubos devem ser transportados, do estaleiro ou armazém para os locais de aplicação, em

plataformas de reboque por tractor, em camiões ou noutros veículos providos de boa suspensão e

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equipados com dormentes, coxins ou dispositivos de fixação equivalentes, apropriados ao seu

perfeito acondicionamento durante a viagem.

A carga e a descarga dos tubos nos veículos de transporte e a sua colocação em obras deverão

fazer-se manual ou mecanicamente, consoante for menor ou maior o peso dos tubos e as

condições de assentamento. Em qualquer dos casos serão manuseados cuidadosamente, com o

auxílio de cordas, cintas ou correias de couro, ou ainda de garras suficientemente largas e

protegidas com revestimento macio, por forma a evitarem-se danos nos tubos ou no seu

revestimento, quando exista.

Os tubos devem ser inspecionados antes de serem assentes em obra. Se apresentarem fendas,

mossas, falhas e chochos ou outros defeitos, a Fiscalização poderá rejeitá-los e recusar a sua

reparação para futura aplicação.

No caso dos tubos de aço soldado com costura longitudinal, esta deverá ficar no terço superior da

tubagem, de modo descontínuo, isto é, em posições desencontradas entre tubos adjacentes,

alternando sucessivamente para um e outro lado da geratriz do extradorso.

Serão tomadas as precauções para se evitarem que entrem nos tubos terras, pedras, madeiras e

quaisquer outros corpos ou substâncias estranhas, procurando-se que o seu interior se mantenha

limpo durante o transporte, manuseamento, colocação e montagem. Na suspensão diária dos

trabalhos e sempre que se verifique uma interrupção no processo de assentamento da tubagem,

os topos livres daquela e dos acessórios já montados deverão ser tamponados e vedados, por

dispositivos a aprovar pela Fiscalização, a fim de impedir a entrada de sujidade, detritos, corpos

estranhos e água das valas.

Se, não obstante todos os cuidados, aparecerem na montagem tubos insuficientemente limpos no

seu interior, a Fiscalização determinará ao Adjudicatário que, antes de os aplicar, proceda à sua

lavagem ou mesmo desinfeção, conforme o referido neste Caderno de Encargos.

O assentamento será feito de jusante para montante e no caso dos tubos com campânula, com

esta para montante, devendo haver sempre o cuidado de lhes dar apoio em toda a extensão e de

garantir o seu perfeito alinhamento tanto no plano vertical como no horizontal.

Independentemente do tipo de enchimento para a vala especificado neste Caderno de Encargos,

o Empreiteiro assentará os tipos de tubos que utilizar com amarrações devidamente calculadas

contra a flutuação, sempre que hajam níveis freáticos elevados e que a natureza das tubagens

possa colocar em risco a sua estabilidade.

Os restantes requisitos a atender no correto assentamento dos tubos e boa execução das juntas

deverão obedecer à norma NP-893 ou às indicações do fabricante, consoante o tipo de material e

de juntas a aplicar.

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2.7 Colocação de bandas avisadoras de tubagem

Para a sinalização das tubagens enterradas em vala, deverá ser instalada ao longo delas uma

banda avisadora de polietileno na cor castanha ou azul, conforme se trate de tubagens de águas

residuais ou de água de abastecimento.

O fornecimento e a instalação indicados deverão ser realizados de acordo com as seguintes

condições:

a) a banda avisadora será instalada sobre toda a largura da tubagem, com o mínimo de 0,20 m, e

ao longo dela, conforme peças desenhadas;

b) a banda avisadora deverá ter inscrito, em todo o comprimento e em intervalos de dois em dois

metros, em cor branca e suficientemente legível, os seguintes dizeres:

• banda a colocar sobre as condutas adutoras:

ATENÇÃO - CONDUTA DE ÁGUA EM PRESSÃO

(DESIGNAÇÃO DO DONO DE OBRA)

• banda a colocar sobre tubagens de águas residuais:

ATENÇÃO - ESGOTOS

(DESIGNAÇÃO DO DONO DE OBRA)

• banda a colocar sobre as bainhas para enfiamento de cabos:

ATENÇÃO - SISTEMA DE TELEGESTÃO

(DESIGNAÇÃO DO DONO DE OBRA)

c) deverá ser apresentado, atempadamente, um protótipo deste material, para aprovação pelo

Dono da Obra.

2.8 Limpeza de Coletores

2.8.1 Disposições gerais

O equipamento a utilizar na desobstrução e limpeza de coletores deverá responder aos seguintes

requisitos mínimos: camião com chassi de 19 ton, de tração integral, com motor que debite 140 cv

a

1500 rpm, equipado com um tanque de 10 m³ e bombas de alta pressão com um débito de 275

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l/min a

200 bar.

2.9 Inspeção CCTV

2.9.1 Disposições gerais

A inspeção dos coletores deverá ser efetuada por um sistema completo de CCTV, com os

seguintes requisitos mínimos:

a) Requisitos do Equipamento de Inspecção

i. O sistema de observação deve ser equipado com uma câmara de vídeo, montada sobre

veículo, que opere em CCTV para efetuar filmagens acima da veia líquida;

ii. Os veículos devem ser equipados com circuito fechado de televisão e vídeo, a cores. As

câmaras de vídeo deverão ser auto-portantes e possuir cabeça giratória;

iii. Os veículos deverão ser dotados de um braço extensível, para fixação da câmara de

vídeo, por forma a permitir o funcionamento da câmara acima do nível do efluente;

iv. Os veículos deverão ter possibilidade de se deslocarem, no mínimo e em boas condições,

até uma distância de 250 m para pequenos diâmetros e 150 m para os maiores;

v. O sistema de transporte da câmara deve estar equipado com um contador que permita

determinar a distância percorrida. Este dado deve poder ser transmitido para o monitor e

gravado no vídeo. O contador deve ter uma precisão de ± 1% para um passo máximo de 1

cm. Deve ser igualmente incorporado um dispositivo que permita medir a inclinação do

coletor inspecionado;

vi. Todo o equipamento deverá possuir garantia de estanquidade para as condições de

funcionamento e o material utilizado deve ser adequado ao meio em que vai actuar (águas

residuais domésticas);

vii. As câmaras deverão ter sensibilidade à luz adequada com vista à obtenção de uma

imagem de boa qualidade, devendo ser equipadas com as cabeças de iluminação

adequadas para a gama de diâmetros existentes no sistema.

b) Unidade de Controle

i. A unidade de controlo deverá ser instalada num compartimento próprio dentro da viatura

de apoio, onde deve ser possível a visualização da imagem em tempo real.

ii. O comando dos veículos tractores será feita à distância, a partir da viatura de apoio.

iii. A partir da unidade de controlo deve ser possível comandar as seguintes funções:

- o avanço, recuo, direcção e velocidade do veículo de transporte;

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- o movimento da cabeça da câmara de vídeo (ângulo e velocidade de movimento);

- a qualidade da imagem captada pela câmara (brilho, contraste, cores);

- a focagem da câmara;

- a intensidade luminosa.

iv. Deverá ser possível efetuar a inserção de texto (alfanumérico) na imagem, nomeadamente

a data, a hora, a localização do coletor ou a sua designação, a inclinação do coletor, a

distância percorrida, o ângulo de rotação da cabeça e observações várias.

v. Deve ser possível ter o texto:

- a branco, sobre fundo escuro;

- a preto, sobre fundo claro.

vi. A posição do texto no ecrã não deve ser imutável, podendo o operador selecionar o

melhor enquadramento.

vii. A unidade de controlo deve estar equipada com um vídeo gravador suscetível de

reprodução preferencialmente em DVD.

viii. Deve ser previsto um sistema de fotografia da imagem do ecrã, para reprodução em

relatórios.

Sempre que as características ou estado de limpeza do coletor prejudiquem a qualidade da

filmagem deverá recorrer-se à desobstrução/limpeza dos coletores por hidropressão.

Se ao longo do troço inspecionado, a lente da câmara, por algum motivo, ficar com alguma

sujidade ou condensação que prejudique a qualidade e nitidez da imagem, o equipamento de

inspeção deverá retomar a um ponto em que seja possível a sua limpeza pelo operador. A

inspeção poderá então recomeçar no início do troço ou no ponto onde se deu a interrupção. No

último caso dever-se-á ter em atenção a determinação da distância percorrida, não se admitindo a

violação do ponto v dos Requisitos do Equipamento de Inspecção.

Deverá agir-se de forma semelhante se o sistema de iluminação perder a eficiência pelos

mesmos motivos.

No caso do nível do efluente se apresentar demasiado elevado, dificultando a filmagem de todo o

perímetro das tubagens, deverá fazer-se um desvio temporário de caudais por forma a garantir a

continuidade do escoamento sem que haja descargas poluentes para a rede pluvial/ linha de água

(no caso dos coletores de águas residuais domésticos).

Quando não for possível utilizar o equipamento de inspeção convencional (câmara de vídeo

instalada em tractor), nomeadamente na inspeção de coletores de diâmetros reduzidos (< 200

mm) deverá utilizar-se um equipamento alternativo composto por uma câmara de vídeo instalada

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na extremidade de um cabo semi-rígido que permita o empuxe da câmara ao longo dos

Coletores, utilizando a força manual.

O equipamento deve apresentar uma câmara de vídeo que opere em circuito fechado de televisão

e vídeo a cores.

2.10 Câmaras de visita e outras obras acessórias

As câmaras de visita e outras obras acessórias e complementares da rede serão do tipo,

dimensão e localização que for indicada no Projeto.

As câmaras de visita obedecerão, no que respeita aos materiais constituintes e modo de

execução, ao disposto nas Normas Portuguesas NP EN 124, NP 882 e EN 1917, e ao disposto

nos respetivos pormenores das peças desenhadas.

Em geral, o diâmetro interior das câmaras de visita com anéis pré-fabricados será de 1,0 m ou

1,25 m, consoante a sua profundidade seja inferior a 2,5 m, ou igual ou superior a 2,5 m,

respetivamente.

Para profundidades superiores a 5,0m o diâmetro interior das câmaras de visita com anéis pré-

fabricados será de 1,25 m.

As tampas a utilizar serão em ferro fundido dúctil, das classes indicadas no Projeto, ou, em caso

de omissão, as que resultarem da aplicação do disposto no anexo A da norma NP EN 124,

consoante a localização das respetivas caixas, depois de conhecido o parecer e obtida a

aprovação da fiscalização.

Todas as tampas deverão ser marcadas com a classe de resistência.

As tampas em ferro fundido são personalizadas com o logotipo fundido na face aparente da

tampa. Com a consignação será facultado desenho da tampa pelo dono de obra.

Nas zonas sujeitas a inundações deverão ser instaladas tampas estanques em ferro fundido, com

o logotipo e a simbologia indicada no Projeto.

As paredes laterais serão rebocadas interiormente com argamassa de 400 kg de cimento por m³

(traço em volume 1:3) e após regularização as paredes serão pintadas de acordo com

especificação.

Os anéis, cones e fundos pré-fabricados dispensarão o reboco se satisfizerem os ensaios de

estanquidade, não dispensando a pintura epoxídica.

O fundo em betão armado será rebocado com argamassa de 600 kg de cimento por m³ (traço em

volume 1:2), sendo a espessura do reboco de 2 cm e pintado de acordo com especificação.

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Os materiais constituintes e modo de execução dos degraus de acesso às câmaras de visita

serão o aço revestido a polietileno ou polipropileno, com características de acordo com a norma

EN 13101.

Nas câmaras com altura superior a 5 metros serão instalados patamares intermédios em perfil

compósito pultrudido e fixações em aço inox.

2.11 Sarjetas e sumidouros

As sarjetas terão, em geral, as características prescritas nas normas portuguesas NP 676 e

NP 677. As dimensões dos sumidouros serão as prescritas no DR 23/95, a menos que outra

opção seja indicada no Projeto.

2.12 Trabalhos em betão simples e armado

2.12.1 Condições Gerais

Os betões normais de ligantes hidráulicos a utilizar em trabalhos de betão simples, armado e pré-

esforçado, deverão satisfazer ao prescrito na Norma Portuguesa NP EN-206 - 1:2007

“Desempenho, Especificação, Produção e Conformidade”.

Os tipos, classes e qualidades dos diferentes betões a utilizar são os referidos no Projeto.

2.12.2 Componentes

Os materiais componentes dos betões de ligantes hidráulicos deverão satisfazer o especificado

neste Caderno de Encargos quanto a:

• Inertes naturais britados;

• Cais;

• Cimentos;

• Aditivos e adjuvantes para betões e argamassas hidráulicas;

• Água.

Os inertes a utilizar de acordo com determinada composição de betão deverão ainda ter um

módulo de finura que não se afaste mais do que 0,20 do módulo de finura dos inertes que

serviram de base ao estabelecimento da referida composição.

A determinação do módulo de finura dos inertes será efetuada segundo a definição estabelecida

no seguinte documento:

ASTM Designation Cl25-68. Terms relating to concrete and concrete aggregates.

O cimento a utilizar de acordo com determinada composição do betão não poderá apresentar

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características de qualidade sensivelmente inferiores às do lote de cimento que serviu de base ao

estabelecimento da referida composição.

2.12.3 Composição

O estudo da composição de cada betão deverá ser apresentado pelo Empreiteiro à aprovação da

Fiscalização, com pelo menos 30 dias de antecedência em relação à data de betonagem do

primeiro elemento da obra em que esse betão seja aplicado.

O Empreiteiro submeterá previamente à aprovação da Fiscalização o nome do laboratório que

pretende encarregar dos estudos de composição dos betões.

O Empreiteiro obriga-se a mandar efetuar, no mesmo laboratório que encarregar do estudo da

composição dos betões, os ensaios dos materiais que entram na sua composição, e ainda os da

resistência à compressão.

O Empreiteiro entregará à Fiscalização amostras dos mesmos inertes utilizados nos estudos dos

betões para se poder comprovar a manutenção das suas características.

O cimento utilizado será também ensaiado sistematicamente no mesmo laboratório, segundo um

plano a estabelecer, rejeitando-se todo aquele que não possua as características regulamentares

ou que não permita a obtenção das exigidas aos betões da obra.

Na composição dos betões deverá o Empreiteiro utilizar, de sua conta, os aditivos cuja

necessidade se justifique, no intuito de se obter boa trabalhabilidade com a menor relação

possível água-cimento. Terá particular atenção à escolha do tipo de aditivos no que diz respeito à

sua compatibilidade com o ligante hidráulico. O Empreiteiro deverá submeter à aprovação da

Fiscalização os aditivos que pretende utilizar.

Sempre que a Fiscalização o entender, serão realizados ensaios complementares no laboratório

oficial que a mesma designar.

Todos os encargos com o estudo e controle das características dos betões aqui especificamente

mencionados ou não, são da exclusiva conta do Empreiteiro e consideram-se incluídos nos

preços unitários respetivos.

2.12.4 Fabrico

O betão será feito por meios mecânicos, em central automática, obedecendo os materiais que

entram na sua composição às condições atrás indicadas, de acordo com as disposições legais

em vigor, e sendo cuidadosamente respeitados todos os artigos pertinentes da NP EN-206-1.

Os materiais inertes e o cimento serão doseados em peso, para todos os betões.

A central deverá ter os contadores de água e as balanças devidamente aferidas para que as

quantidades dos materiais introduzidos em cada amassadura sejam as que estiverem previstas

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na composição do betão respetivo.

A consistência das massas, a verificar por meio do cone de Abrams, e a quantidade de água

necessária serão determinadas nos ensaios prévios de modo a que se consiga trabalhabilidade

compatível com a resistência desejada, com as dimensões das peças a betonar e ainda com os

processos de vibração adotados para a colocação dos betões e será verificada à saída da

central.

A quantidade de água deverá ser corrigida de acordo com as variações de humidade dos inertes

para que a relação água-cimento seja a recomendada nos estudos de composição dos betões. A

humidade dos inertes deverá ser periodicamente determinada, quer com a entrada de novos lotes

de inertes, quer de cada vez que a alteração das condições atmosféricas o justifique, por forma a

que as correções anteriormente referidas possam ser realizadas atempadamente e com o maior

rigor.

As distâncias entre os locais de instalação da central e os de aplicação dos betões serão as

menores possíveis, devendo os meios de transporte, os percursos a utilizar e os tempos previstos

desde a sua confecção até à sua colocação ser submetidos à apreciação da Fiscalização. O

transporte do betão deverá ser feito por processos que não conduzam à segregação dos inertes.

Em zonas de atravessamentos de paredes por tubagens em que se apliquem betões de selagem

em 2ª fase, deverá ser introduzido nestes um aditivo impermeabilizante de tipo a aprovar pela

Fiscalização.

Em maciços de amarração de máquinas e equipamentos em que a retração nos chumbadores

seja indesejável utilizar-se-ão argamassas especiais do tipo a aprovar pela Fiscalização.

2.12.5 Verificação e Fiscalização

Durante as betonagens serão realizados ensaios de controle de aceitação dos betões. Esses

controles serão realizados sobre amostras constituídas, cada uma, pelo menos por seis cubos por

amassadura, ou por cada vinte m³ de betão, se as amassaduras ultrapassarem este valor. A juízo

da Fiscalização, e depois de para cada tipo de betão se comprovar a sua qualidade, em pelo

menos quatro betonagens independentes e sucessivas, pode o número de cubos de cada

amostra ser reduzido para três, voltando a ser de seis se entretanto se verificarem desvios

significativos na resistência dos betões. Em qualquer caso, em cada betonagem serão sempre

realizadas três amostras.

Os cubos serão feitos do betão das amassaduras destinadas a serem aplicadas em obra e

designadas pela Fiscalização.

Os cubos só poderão ser fabricados na presença da Fiscalização.

Os cubos serão executados, transportados, curados e conservados de acordo com a

especificação E255-1971 do LNEC e NP EN-206-1.

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Deverá ser organizado um registo compilador de todos os ensaios de cubos, a fim de, em

qualquer momento, se verificar o cumprimento das características estabelecidas.

Todos os cubos serão numerados na sequência normal dos números inteiros, começando em 1,

seja qual for o tipo de betão ensaiado.

No cubo será gravado não só o número de ordem como também o tipo, classe e qualidade do

betão a que ele diz respeito, a parte da obra a que se destina e a data do fabrico.

Do registo compilador deverão constar os seguintes elementos:

• Número do cubo;

• Data do fabrico;

• Data do ensaio;

• Idade;

• Tipo, classe e qualidade;

• Dosagem de ligante;

• Quantidade de água de amassadura;

• Local de emprego do betão donde foi retirada a massa para fabrico do cubo;

• Resistência obtida no ensaio;

• Média da resistência dos três cubos que formam o conjunto do ensaio;

• Resistência equivalente aos 28 dias de endurecimento, segundo a curva de resistência que for

estipulada pelo laboratório oficial que procedeu ao estudo, tendo em conta a composição

aprovada para o betão ou, na falta dessa curva, segundo as seguintes relações:

R 3/R28 = 0.45

R 7/R28 = 0.70

R 8/R28 = 0.73

R90/R28 = 1.15

• Peso do cubo;

• Observações.

Sempre que forem fabricados cubos, por cada série de seis, ou de três, será preenchido pela

Fiscalização um "verbete de ensaio", do qual constará o número dos cubos, a data do fabrico, a

marca do cimento, a dosagem, a granulometria, a água de amassadura, o modo de fabrico e

outras indicações que se considerem convenientes. O Empreiteiro receberá o duplicado deste

"verbete de ensaio".

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Com base no "verbete de ensaio", e para os cubos mandados ensaiar em laboratório oficial

depois de a Fiscalização ter fixado as datas em que esses cubos devem ser ensaiados, será

entregue ao Empreiteiro um ofício do Serviço Fiscalizador, que acompanhará os cubos na sua

entrega ao referido laboratório. Para o efeito, o Empreiteiro obriga-se a tomar as precauções

necessárias por forma a que seja observada a data prevista para o ensaio e a que os resultados

dos mesmos sejam comunicados imediata e directamente ao Serviço Fiscalizador.

Cada controle de aceitação será representado por três amostras. Sendo R1, R2 e R3 a

resistência das amostras, médias das resistências dos cubos de cada amostra, e sendo R1 a

menor de todas, considera-se o controle como positivo, conduzindo à aceitação do betão, quando

se verificarem ambas as condições:

Rm >= Rbk + 3,5 (N/mm²)

R1 >= Rbk - 3,5 (N/mm²)

em que:

RR R Rm = + +1 2 3

3

Nos ensaios de consistência, realizados com o cone de ABRAMS, admitem-se, para betões

colocados por bombagem, consistências até 15 cm e para os restantes consistências até 5 cm.

Serão conduzidos sistematicamente ensaios sobre cubos para determinar a resistência à

compressão aos 1, 3, 7 e 28 dias afim de se poderem planear e controlar devidamente às várias

sequências dos trabalhos (mudança dos cimbres e dos moldes, entradas em carga, subida de

cofragens trepantes ou deslizantes, etc.).

Para as diversas partes constituintes da obra, e com a frequência que a Fiscalização entender,

serão executadas amostras de pelo menos três cubos cada, os quais devem ser curados nas

condições tanto quanto possível próximas das condições reais, com a intenção de avaliar a

resistência inicial dos betões e verificar a eficiência dos processos de cura e proteção adotados .

Estes provetes serão fabricados simultaneamente com os provetes para cura em laboratório e

registados por forma a que entre eles se possa estabelecer a necessária relação.

Se a resistência dos provetes curados nas condições da obra for inferior a 85% da resistência

obtida para os provetes "gémeos" curados em laboratório serão revistos os processos de

colocação, proteção e cura do betão em obra.

Se a resistência dos provetes de laboratório for muito superior à exigida para a qualidade do

betão em causa, aos provetes curados em obra bastará apresentarem uma resistência superior

em 5 MPa à tensão de rotura exigida, mesmo que não atinjam os 85% da resistência dos

provetes curados em laboratório.

Os encargos e despesas provenientes dos estudos de composição, e dos ensaios de controle e

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de informação, consideram-se incluídos nos preços unitários do betão.

2.12.6 Receção

A receção do betão será efetuada, de acordo com o estabelecido neste Caderno de Encargos e

na NP EN206-1.

Se outras regras não forem indicadas neste Caderno de Encargos, a divisão em lotes será

estabelecida por acordo prévio entre o Dono da Obra e o Empreiteiro, podendo cada lote referir-

se a partes da construção, a toda a construção, a lotes de peças, a volumes de betão fabricado

ou a intervalos de tempo de fabricação. Em qualquer caso, um mesmo lote englobará sempre

betão com as mesmas características e fabricados segundo o mesmo boletim de fabrico.

2.12.7 Rejeições de betões

No caso de a Fiscalização determinar a rejeição imediata dos betões que não satisfaçam o

estipulado na NP EN-206-1, poderá ser estabelecido um acordo nas seguintes condições:

a) Proceder-se-á, por conta do Empreiteiro, à realização de ensaios normais de provetes

recolhidos em zonas que não afetem de maneira sensível a capacidade de resistência das

peças; se os resultados obtidos forem satisfatórios a juízo da Fiscalização, a parte da obra a

que digam respeito será aceite;

b) Se os resultados destes ensaios mostrarem, como os ensaios de controle, características do

betão inferiores às requeridas, considerar-se-ão dois casos:

• Se as características atingidas (em particular as de resistência aos esforços) se situarem

acima de 80% das exigidas proceder-se-á a ensaios de carga e de comportamento da obra,

por conta do Empreiteiro, os quais, se derem resultados satisfatórios na opinião da

Fiscalização, determinarão a aceitação da parte em dúvida;

• Se as características determinadas forem inferiores a 80% das exigidas, o Empreiteiro será

obrigado a demolir e a reconstruir as peças deficientes, à sua conta.

2.12.8 Ensaios de carga

Quando se verificar uma situação correspondente à definida anteriormente, relativa à rejeição de

betões, ou a execução não tiver sido realizada dentro das tolerâncias fixadas ou normalmente

admitidas, a Fiscalização poderá exigir do Empreiteiro a realização de ensaios de carga.

As despesas com a realização destes ensaios de carga, são da conta do Empreiteiro, não tendo o

mesmo direito receber qualquer indemnização.

As condições preconizadas para os ensaios de carga, duração dos ensaios, ciclos sucessivos de

carga e descarga e medições a efetuar, serão objeto de um programa pormenorizado o qual será

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estabelecido pela Fiscalização.

As sobrecargas a aplicar não deverão exceder as sobrecargas características adotadas no

Projeto.

Nos ensaios com cargas móveis, a velocidade da carga deverá ser, tanto quanto possível, a

velocidade prevista para a exploração.

Os ensaios serão considerados satisfatórios, no elemento ensaiado, quando se verificarem as

duas condições seguintes:

• As flechas medidas não devem exceder os valores calculados com base nos resultados obtidos

para os módulos de elasticidade dos betões;

• As flechas residuais devem ser suficientemente pequenas, tendo em conta a duração de

aplicação da carga, por forma a que o comportamento se possa considerar elástico. Esta

condição deverá ser satisfeita, quer a seguir ao primeiro carregamento, quer nos seguintes, se

os houver.

2.13 Trabalhos em betão simples e armado

2.13.1 Betonagem e desmoldagem

A betonagem deverá obedecer às normas estabelecidas no Regulamento de Estruturas de Betão

Armado e Pré-Esforçado, na NP EN-206-1:2007, e ao indicado nestas Condições Técnicas e no

Projeto.

O betão será empregue logo após o seu fabrico, apenas com as demoras inerentes à exploração

das instalações. O período decorrido entre o fabrico do betão e o fim da sua vibração não excederá

meia hora no tempo quente e uma hora no tempo frio, devendo estes tempos ser reduzidos se as

circunstâncias o aconselharem.

A compactação será feita por meios mecânicos: vibração de superfície, vibração dos moldes ou

pervibração.

A vibração será feita de maneira uniforme, até que a água de amassadura reflua à superfície, e por

forma a que o betão fique homogéneo. As características dos vibradores serão previamente

submetidas à apreciação da Fiscalização, devendo os vibradores para pervibração ser de frequência

elevada (9000 a 20000 ciclos por minuto).

Após a betonagem e a vibração, o betão será obrigatoriamente protegido contra as perdas de água

por evaporação e contra as temperaturas extremas. Para evitar as perdas de humidade, as

superfícies expostas deverão ser protegidas pelos meios que o Empreiteiro entender propor e a

Fiscalização aprovar. Entre esses meios figuram a utilização de telas impermeáveis e a de

compostos líquidos para a formação de membranas, também impermeáveis.

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Se a temperatura no local da obra for inferior a zero graus centígrados, ou se houver previsão de tal

vir a acontecer nos próximos cinco dias, a betonagem não será permitida. Para temperaturas entre

zero e cinco graus ou acima de trinta graus centígrados as betonagens só serão realizadas se a

Fiscalização o permitir e desde que sejam observadas as medidas indicadas na NP EN-206-1.

Para cumprimento do estipulado no parágrafo anterior o Empreiteiro obriga-se a ter no estaleiro um

termómetro devidamente aferido, devendo proceder ao registo das temperaturas no dia das

betonagens e nos cinco dias seguintes.

Cada elemento de construção deverá ser betonado de maneira contínua, ou seja, sem intervalos

maiores do que os das horas de descanso, inteiramente dependentes do seguimento das diversas

fases construtivas, procurando-se sempre a redução dos esforços de contração entre camadas de

betão com idades diferentes.

As juntas de betonagem só terão lugar nas secções onde a Fiscalização o permitir, de acordo com o

plano de betonagem aprovado. Antes de começar uma betonagem as superfícies de betão das

juntas serão tratadas convenientemente, de acordo com as indicações da Fiscalização, admitindo-

se, em princípio, o seguinte tratamento: deixar-se-ão, na superfície de interrupção, pequenas caixas

de endentamento e pedras salientes; se se notar presa de betão nas juntas, serão as superfícies

lavadas a jacto de ar e de água e retirada a "nata" que se mostre desagregada, a fim de se obter

uma boa superfície de aderência, sendo absolutamente vedado o emprego de escovas metálicas no

tratamento das superfícies de betonagem.

Toda a armadura da secção onde se situa a junta de betonagem deverá ter continuidade através

desta.

Nas juntas onde se sobreponham elementos em elevação a executar posteriormente deverão ser,

passadas 2 a 5 horas, limpas as áreas a ocupar por esses elementos superiores, tratando-se essas

zonas de forma análoga a atrás indicada.

Nas faces visíveis dos elementos em elevação as juntas só serão permitidas nas secções das juntas

de cofragem. Não serão toleradas escorrências ou diferenças de secção, pelo que as juntas de

cofragem terão de ser convenientemente vedadas e as cofragens cuidadosamente apertadas contra

as peças já betonadas.

Nas juntas de betonagem onde tal se mostre aconselhável será empregue uma "cola" ou

"argamassa" apropriada à base de resinas epoxi, ficando a decisão do seu emprego entregue ao

critério da Fiscalização.

Se uma interrupção de betonagem conduzir a uma junta mal orientada, o betão será demolido na

extensão necessária, por forma a conseguir-se uma junta convenientemente orientada; mas antes

de se recomeçar a betonagem, e se o betão anterior já tiver começado a fazer presa, a superfície da

junta deverá ser cuidadosamente tratada e limpa por forma a que não fiquem nela inertes com

possibilidades de se destacarem. A superfície assim tratada deverá ser molhada a fim de que o

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betão seja convenientemente humedecido, não se recomeçando a betonagem enquanto a água

escorrer ou estiver acumulada.

Todas as arestas das superfícies de betão serão obrigatoriamente chanfradas a 45 graus, tendo 1

ou 2 cm de cateto a secção triangular resultante do chanfro, quer este corresponda a um

enchimento, quer a um corte da peça chanfrada.

Exceto em casos, a desmoldagem dos fundos dos elementos estruturais só poderá ser realizada

quando o betão apresente uma resistência de, pelo menos, 2/3 do valor característico, e nunca

antes de 3 dias após a última colocação de betão.

Para efeitos de medição, os betões serão considerados pelo volume geométrico das peças

executadas.

2.14 Trabalhos em betão armado- moldes

2.14.1 Moldes

Os moldes terão de satisfazer ao especificado no Regulamento de Estruturas de Betão Armado e

Pré-Esforçado e nesta Especificação.

Os moldes serão metálicos ou de madeira. No caso de serem de madeira utilizar-se-á contraplacado

marítimo ou tábuas de pinho de largura constante, aplainadas, tiradas de linha e sambladas a meia

madeira, para não permitir a fuga da calda de cimento através das juntas e conferir às superfícies

de betão um acabamento perfeitamente regular. As tábuas deverão ter espessura uniforme, com o

mínimo de 2,5 cm, para evitar a utilização de cunhas ou calços, e os seus quadros não deverão ficar

mais afastados do que 50 cm. O contraplacado terá uma espessura e composição proposta pelo

Empreiteiro e aprovada pela Fiscalização, as quais serão função do número de aplicações, e das

cargas previstas para a sua utilização.

O Empreiteiro obriga-se a estudar a disposição a dar às tábuas dos moldes das superfícies vistas, e

a propô-la à Fiscalização, a qual se reserva o direito de introduzir as modificações que em seu

entender dêem à obra o aspeto estético julgado mais conveniente.

O estudo referido será executado de acordo com as especificações a indicar oportunamente, tendo-

se desde já em atenção que a disposição das tábuas, das juntas, das emendas, dos pregos, etc.,

deverá ser devidamente fixada para que as superfícies vistas da moldagem apresentem um aspeto

agradável.

A Fiscalização poderá exigir ao Empreiteiro a apresentação dos moldes a utilizar, incluindo a

verificação da sua segurança.

Os moldes para as diferentes partes da obra deverão ser montados com solidez e perfeição, por

forma a que fiquem rígidos durante a betonagem, e possam ser facilmente desmontados sem

pancadas nem vibrações. Não serão permitidas fixações dos moldes através de varões que fiquem

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incorporados na massa de betão, devendo utilizar-se para tal efeito dispositivos especiais que

permitam retirar os tirantes. Esses furos de passagem serão posteriormente cheios com argamassa

se a Fiscalização assim o entender.

Os limites de tolerância na implantação altimétrica e planimétrica dos moldes são os seguintes:

• três centímetros, em valor absoluto, medidos em relação à piquetagem geral;

• um centímetro, em valor relativo, medidos entre dois pontos quaisquer das cofragens das

diferentes partes contíguas dos elementos estruturais.

• dois centímetros, em valor relativo, medidos entre dois pontos quaisquer das cofragens de

elementos diferentes.

As tolerâncias referidas não prejudicarão as dimensões dos elementos em questão, que deverão

corresponder ao previsto no Projeto, dentro de tolerâncias específicas.

Os moldes deverão estar nivelados em todos os pontos com uma tolerância de mais ou menos um

centímetro, e as larguras, ou espessuras entre paredes contíguas dos moldes, não deverão

apresentar insuficiências superiores a cinco milímetros.

As superfícies dos moldes deverão ser pintadas ou protegidas, antes da colocação das armaduras,

com produto apropriado previamente aceite pela Fiscalização, para evitar a aderência do betão.

Antes de se iniciar a betonagem, todos os moldes deverão ser limpos de detritos e, se forem de

madeira, molhados com água durante várias horas, até fecharem as aberturas e fendas causadas

pela secagem da madeira.

Se as superfícies desmoldadas não ficarem perfeitas, poder-se-á admitir excecionalmente a sua

correção, desde que não haja perigo para a resistência (sendo o defeito facilmente suprimido por

reboco ou por outro processo que a Fiscalização determinar), mas, em qualquer dos casos, sempre

à custa do Empreiteiro e nas condições em que vierem a ser exigidas.

A reaplicação dos moldes será sempre precedida de parecer da Fiscalização, que poderá exigir do

Empreiteiro as reparações que forem tidas por convenientes.

No fim do emprego, os moldes serão pertença do Empreiteiro.

Os moldes para cofragens perdidas obedecerão em geral ao prescrito nos parágrafos anteriores,

devendo possuir rigidez que garanta a sua indeformabilidade e ser convenientemente fixos de forma

a evitar o deslocamento das suas posições durante a betonagem e vibração. Serão de materiais

imputrescíveis, garantindo-se que da sua decomposição não resultem substâncias nocivas para o

betão.

Caso sejam usados moldes metálicos em cofragens perdidas, deverão ser galvanizados a zinco por

imersão a quente, com a espessura mínima de 50µm.

Para efeitos de medição, o trabalho será avaliado por medição real das peças moldadas.

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2.15 Trabalhos em betão armado- cimbres, cavaletes, outras estruturas

provisórias

2.15.1 Cimbres, cavaletes e outras estruturas provi sórias

O Empreiteiro submeterá à prévia aprovação da Fiscalização os projetos das estruturas de

sustentação dos moldes necessários para construir a obra segundo os processos indicados nos

desenhos de construção ou previstos no Projeto.

Dá-se liberdade de escolha dos diversos tipos de cimbres e restantes estruturas provisórias,

devendo os mesmos ser metálicos e obrigando-se o Empreiteiro a apresentar à Fiscalização os

seus projetos, em triplicado, e mais uma cópia em transparente, projetos esses que consistirão na

verificação da segurança e no cálculo das deformações e ainda nos desenhos de construção, de

conjunto e de pormenor, em escalas convenientes e devidamente cotados.

Os cimbres, os cavaletes e as restantes estruturas provisórias serão calculados de acordo com o

Regulamento de Estruturas de Aço para Edifícios ou Eurocódigo nº 3, o Regulamento de Segurança

e Ações para Estruturas de Edifícios e Pontes e as especificações destas Condições Técnicas.

Todas as peças que forem de madeira, a utilizar eventualmente nas estruturas de suporte e nos

moldes, serão calculadas tendo em atenção que, para as combinações de ações a considerar,

tomadas com o seu valor característico, se não devem exceder as seguintes tensões:

Flexão 12 MPa

Compressão paralela às fibras 9 MPa

Compressão normal às fibras, quando sobre toda a largura 2,4 MPa

Compressão parcial normal às fibras 3,6 MPa

Corte 1,2 MPa

Admitem-se, para madeiras duras, tensões até 50% superiores às indicadas, quando devidamente

justificadas por ensaios. Nos cálculos deverão ser tidas em conta todas as combinações de ações

possíveis mais desfavoráveis, e no cálculo das diferentes peças ter-se-ão em atenção as

deformações máximas que podem condicionar o seu dimensionamento, mesmo que as tensões

correspondentes sejam admissíveis.

Nos projetos dos cimbres e cavaletes ter-se-á em particular atenção as contra-flechas a dar, a

facilidade de manobra no descimbramento e no avanço, e na montagem e desmontagem.

Os cimbres para construção dos cavaletes não deverão, quando em carga, sofrer deformações

superiores a um centímetro em qualquer ponto. Para medir os assentamentos e as deformações

dos mesmos serão colocadas marcas de nivelamento preciso e efetuados os nivelamentos,

trabalhos esses que serão realizados pelo Empreiteiro, à sua custa, e sob a orientação da

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Fiscalização.

Todos os materiais empregues nos cimbres, cavaletes e restantes estruturas auxiliares de

montagem serão pertença do Empreiteiro, uma vez finda a sua utilização.

Os moldes deverão estar nivelados em todos os pontos com uma tolerância de mais ou menos um

centímetro, e as larguras, ou espessuras entre paredes contíguas dos moldes, não deverão

apresentar insuficiências superiores a cinco milímetros.

As superfícies dos moldes deverão ser pintadas ou protegidas, antes da colocação das armaduras,

com produto apropriado previamente aceite pela Fiscalização, para evitar a aderência do betão.

Antes de se iniciar a betonagem, todos os moldes deverão ser limpos de detritos e, se forem de

madeira, molhados com água durante várias horas, até fecharem as aberturas e fendas causadas

pela secagem da madeira.

Se as superfícies desmoldadas não ficarem perfeitas, poder-se-á admitir excecionalmente a sua

correção, desde que não haja perigo para a resistência (sendo o defeito facilmente suprimido por

reboco ou por outro processo que a Fiscalização determinar), mas, em qualquer dos casos, sempre

à custa do Empreiteiro e nas condições em que vierem a ser exigidas.

A reaplicação dos moldes será sempre precedida de parecer da Fiscalização, que poderá exigir do

Empreiteiro as reparações que forem tidas por convenientes.

No fim do emprego, os moldes serão pertença do Empreiteiro.

Os moldes para cofragens perdidas obedecerão em geral ao prescrito nos parágrafos anteriores,

devendo possuir rigidez que garanta a sua indeformabilidade e ser convenientemente fixos de forma

a evitar o deslocamento das suas posições durante a betonagem e vibração. Serão de materiais

imputrescíveis, garantindo-se que da sua decomposição não resultem substâncias nocivas para o

betão.

Caso sejam usados moldes metálicos em cofragens perdidas, deverão ser galvanizados a zinco por

imersão a quente, com a espessura mínima de 50µm.

Para efeitos de medição, o trabalho será avaliado por medição real das peças moldadas.

2.16 Trabalhos em betão armado- Descimbramento

As operações de descimbramento de todas as peças betonadas serão realizadas com observância

do estipulado nestas Condições Técnicas, na NP EN-206-1:2007 e no Regulamento de Estruturas

de Betão Armado e Pré-Esforçado, e serão sempre precedidas de autorização expressa da

Fiscalização.

As juntas de retração e dilatação, bem como as articulações, serão libertadas de todos os

elementos dos moldes que possam impedir o seu funcionamento.

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Com exceção dos casos especiais referidos no Projeto ou no Caderno de Encargos, os

acabamentos das superfícies moldadas deverão satisfazer o especificado de seguida.

A classe de acabamento exigida a cada uma das superfícies de betão é a indicada nas peças

desenhadas. Na falta desta indicação, serão aplicadas as regras gerais definidas nesta

Especificação.

Para efeito da aplicação classificam-se em bruscas e suaves as irregularidades das superfícies de

betão. As saliências e rebarbas causadas pelo deslocamento ou má colocação dos elementos de

cofragem, por deficiências das suas ligações ou por quaisquer outros defeitos locais das cofragens,

são consideradas irregularidades bruscas e são medidas diretamente. As restantes irregularidades

são consideradas suaves e serão medidas por meio de uma cércea, que será uma régua reta, no

caso de superfícies planas, ou a sua equivalente, para as superfícies curvas. O comprimento desta

cércea será de um metro.

Consideram-se três classes de acabamento 1, 2 e 3, de acordo com o que se segue:

Acabamento 1:

Acabamento irregular, sem qualquer limite para as saliências. As depressões bruscas ou suaves,

serão inferiores a 2.5 cm;

Acabamento 2:

As irregularidades bruscas não devem exceder 0,5 cm e as suaves 1,0 cm;

Acabamento 3:

As irregularidades bruscas não devem exceder 0,3 cm e as suaves 0,5 cm. Apresentará cor e

textura uniformes e isento de manchas devidas a materiais estranhos ao betão.

Os diversos tipos de acabamento terão as seguintes aplicações, salvo indicação contrário:

Acabamento 1:

Superfícies em contato com o terreno ou com maciços de betão. Elementos de fundação, moldados

em obra;

Acabamento 2:

Superfícies que se destinam a revestimentos com argamassas ou materiais análogos ou que, não

tendo qualquer revestimento, ficarão permanentemente ocultas;

Acabamento 3:

Superfícies de betão aparente ou com revestimentos muito delgados.

Quando, após a desmoldagem do betão, se verificar que o acabamento obtido não satisfaz o

especificado, competirá ao Empreiteiro propor a técnica a utilizar na sua reparação, a qual terá de

ser aprovada pela Fiscalização.

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No acabamento 3, as reparações que haja que efetuar deverão garantir superfícies de cor e textura

uniformes.

2.17 Trabalhos em betão armado- Armaduras

2.17.1 Armaduras passivas

As armaduras, em aço A400NR, a empregar nos diferentes elementos de betão terão as secções

previstas no Projeto, e serão colocadas rigorosamente conforme os desenhos indicam, devendo ser

atadas de forma eficaz para que se não desloquem durante as diversas fases de execução da obra.

Utilizar-se-ão pequenos calços pré-fabricados, de argamassa ou de micro-betão, para manter as

armaduras afastadas dos moldes, calços esses dotados de arames de fixação. Os calços indicados

deverão ter a espessura indicado no Projeto para a camada de recobrimento aplicável.

Para apoio das malhas de armaduras colocados nas faces superiores das lajes serão usadas

“cadeiras” de apoio, que deverão estar afastados, no máximo, de 1,0m. No fabrico das “cadeiras”

será usado varão φ12. O custo dos calços e “cadeiras” referidos, e todos outros meios de fixação e

apoio das armaduras, está incluído no preço unitário.

As armaduras serão dobradas a frio com máquinas apropriadas, devendo seguir-se em tudo o

preceituado na legislação aplicável.

Permite-se o emprego de soldadura elétrica por contato de topo, ou com eléctrodos, sem redução,

para efeitos de cálculo, da secção útil, mas só depois de se comprovar a eficiência das máquinas e

a competência dos operários soldadores. Em todo o caso a soldadura deverá garantir uma

capacidade resistente superior a 90% da capacidade dos varões que ela unir, não sendo autorizada

a soldadura em zonas de dobragem, nem como ligação entre armaduras cruzadas.

Todos os encargos para controlo das características dos aços, especificamente mencionados, ou

não, nesta Especificação, são da exclusiva conta do Empreiteiro, e consideram-se incluídos nos

preços unitários respetivos.

Para efeitos de determinação do trabalho realizado, na medição das armaduras não se incluirá a

dobragem e montagem, as sobreposições, soldaduras, ou qualquer outro sistema de união, as

ataduras e os ganchos, os quais serão considerados já incluídos no preço unitário contratual. O

peso a considerar na medição das armaduras será calculado pela aplicação das tabelas de pesos

de varões de aço para betão armado aos comprimentos medidos nos desenhos de Projeto.

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2.18 Revestimento de peças de Betão armado

2.18.1 Revestimento em paramentos interiores de par edes:

As superfícies interiores, para as quais não esteja especificamente definido outro tipo de

acabamento, serão rebocadas com argamassa de 250 kg de cimento/m³, não podendo a

espessura deste reboco em parte alguma ser inferior a 1,0 cm. Sobre o reboco aplicar-se-á uma

pintura a tinta acrílica de cor a escolher pela fiscalização.

2.18.2 Pintura impermeabilizante nas paredes interi ores em contato com água:

As superfícies interiores de betão em contato com água residual ou do mar serão pintadas com

resina epoxídica do tipo “SIKAGARD 62N” da SIKA ou equivalente, de acordo com o seguinte

programa:

- Preparação prévia das superfícies com limpeza por hidropressão (200 bar) deixando o

estado final do suporte sem leitadas, chochos e grãos de baixa aderência.

- Eliminação da humidade, comprovando-se que a humidade relativa (H.R.) ambiente é igual

ou inferior a 85%, devendo mesmo assim verificar-se que a humidade do suporte é igual ou

inferior a 4%, valores estes conseguidos com o auxílio de ventilação e extração mecânica.

- Aplicação de uma primeira camada de resina epoxy do tipo “SIKAGARD 62N” da SIKA ou

equivalente, com uma espessura superior a 300 microns.

- Aplicação de uma segunda camada do produto já especificado, com uma espessura

superior a 300 microns, aplicada, no máximo, 48 horas após a primeira camada. A aplicação

será por pulverização (pistola airless) com retoques a pincel plano ou rolo de pelo de nylon.

As zonas de infiltração de água deverão ser tapadas com argamassas do tipo “KANASEC”

da BETTOR, ou produto compatível com o esquema e pinturas.

O fundo será rebocado com argamassa de 600 kg de cimento por m³ (traço em volume 1:2).

2.18.3 Revestimento em paramentos exteriores de par edes:

As superfícies exteriores serão pintadas após acabamentos com uma tinta betuminosa do tipo

“INERTOL F” da SIKA ou equivalente, aplicada em duas demãos cruzadas. As superfícies a pintar

deverão estar completamente secas, isentas de poeiras, gorduras e desmoldantes de qualquer

tipo e deverão ser reparados os chochos de betonagem. A metodologia a seguir será a de utilizar

o próprio produto, de acordo com as instruções de aplicação do fabricante.

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2.19 Terraplanagem

2.19.1 Limpeza e desmatação

As superfícies de terrenos a escavar ou a aterrar devem ser previamente limpas de pedra grossa,

detritos e vegetação lenhosa (arbustos e árvores) conservando todavia, a vegetação subarbustiva

e herbácea, a remover com a decapagem.

A limpeza ou desmatação deve ser feita exclusivamente nas áreas sujeitas a terraplenagem.

2.19.2 Decapagem da terra arável

As áreas de terrenos a escavar ou a aterrar devem ser previamente decapadas da terra arável,

geralmente numa camada não ultrapassando 20cm de espessura, e de terra vegetal com elevado

teor de matéria orgânica, que serão aplicadas imediatamente, ou armazenadas em locais

aprovados pela Fiscalização para aplicação ulterior.

2.19.3 Modelação do terreno

O adjudicatário deve proceder à modelação do terreno, que compreende a eliminação das

arestas, saliências e reentrâncias que resultam da intersecção de diversos planos definidos pelas

novas cotas de trabalho. Realiza-se no sentido de estabelecer a sua concordância mediante

superfícies regradas e harmónicas, em perfeita ligação com o terreno natural. A modelação terá

em conta o sistema de drenagem superficial dos terrenos marginais à plataforma da estrada.

2.19.4 Proteção da vegetação existente

Toda a vegetação arbustiva e arbórea da zona da estrada nas áreas não atingidas por

movimentos de terras, será protegida, de modo a não ser afetada com a localização de estaleiros,

depósitos de materiais, instalações de pessoal e outras ou com o movimento de máquinas e

viaturas. Compete ao adjudicatário tomar as disposições adequadas para o efeito,

designadamente instalando vedações e resguardos onde for conveniente ou necessário.

Da vegetação existente nas áreas a escavar ou a aterrar, a que for recuperável será

transplantada em oportunidade, e para locais a indicar no projeto ou pela Fiscalização.

2.20 Pavimentação

2.20.1 Fresagem

Os equipamentos devem ser do tipo, tamanho e quantidade que venham a ser necessários para a

execução satisfatória dos serviços. Os equipamentos requeridos são os descritos a seguir.

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a) Máquina fresadora

- Para a execução o serviço da fresagem, deve ser utilizada máquina fresadora capaz

de cortar camadas do pavimento na profundidade requerida pelo projeto;

- a fresadora deve ter dispositivo de regulação de espessura da camada do pavimento

a ser removida, comando hidrostático e possibilidade de fresar a frio na largura

necessária;

- deve ainda possuir dispositivo de elevação do material removido na pista;

- os dentes do tambor fresador devem poder ser trocados e permitir a extração e

montagem através de procedimentos simples e práticos, visando o controlo da largura

do corte.

b) Vassoura mecânica com caixa para recebimento do material, para promover a limpeza da superfície resultante da fresagem;

c) Equipamento para aplicação de jacto de ar comprimido, para auxiliar na limpeza da superfície resultante da fresagem;

d) Sistema para abastecimento de água do depósito da fresadora;

e) Camião basculante para transporte do material fresado;

f) Ferramentas manuais diversas.

A fresagem a frio do pavimento deve ser executada nas condições e sequência construtiva a

seguir descritas:

- delimitação das áreas a serem fresadas, com tinta, e definição da profundidade de fresagem,

de acordo com o projeto e eventuais ajustes de campo;

- quando o material fresado tiver como destino a reciclagem, previamente à fresagem, o

pavimento deve ser limpo e retirados os resíduos da superfície;

- corte das camadas betuminosas pela utilização de máquina fresadora;

- durante a fresagem deve ser mantido o jacto de água, para arrefecimento dos dentes da

fresadora;

- o material fresado deve ser imediatamente elevado para o veículo de recolha e disposto em

local apropriado, minimizando os impactos ambientais;

- limpeza da superfície logo após a execução da fresagem, preferencialmente com o uso de

vassouras mecânicas em relação a processos manuais, sendo recomendado, em ambos os

casos, a aplicação de jacto de ar comprimido;

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- tratamento da superfície resultante da fresagem em pontos fracos, onde permaneçam

buracos ou ocorram desagregações. Nesses casos, devem ser tomadas as medidas a seguir

descritas:

- ocorrência de buracos ou desagregação localizada: execução de reparação

localizada superficial;

- desagregação generalizada: remoção do material solto, por fresagem ou outro

processo apropriado, recomposição da camada granular subjacente (se necessário)

e/ou execução de camada adicional de betão betuminoso.

- o material removido na operação de corte e eventuais sobras de materiais

utilizados no preenchimento devem se depositados em local adequado.

2.20.2 Saneamento do leito do pavimento

Sempre que depois de estabelecido o leito do pavimento, se observe que este não se apresenta

convenientemente estabilizado devido à existência de manchas de maus solos que possam

comprometer a conservação do pavimento, deverão os mesmos ser removidos na extensão e

profundidade necessárias e substituídos por solos com características de sub-base,

suficientemente compactos de modo a não permitirem o armazenamento de águas e por forma a

ser dada continuidade à capacidade de suporte dos terrenos de fundação. A profundidade destes

saneamentos não deverá ser inferior a 40 cm e o seu custo encontra-se incluído no processo de

terraplenagem como escavação para depósito.

2.20.3 Camadas de base em material de granulometria extensa

Compacidade e Regularidade

A execução da base deve ser tal que sejam satisfeitas as seguintes características:

- Índice de vazios, cujo valor terá de ser pelo menos equivalente a uma baridade seca igual a

95% AASHTO modificado, mas nunca inferior a 15%;

- nos calcários, o índice de vazios máximo deverá ser de 13%;

- a camada deve apresentar-se perfeitamente estável e bem compactada;

- a superfície da camada deve ficar desempenada, homogénea, uniforme, isenta de fendas,

ondulações ou material solto, não podendo, em qualquer ponto apresentar diferenças

superiores a 1,5 cm em relação aos perfis longitudinal e transversal estabelecidos.

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No processo construtivo deve ser observado o seguinte:

- deve utilizar-se no espalhamento do agregado motoniveladoras ou outro equipamento similar,

de forma a que a superfície de cada camada se mantenha com a forma definitiva;

- o espalhamento deve ser feito regularmente e de forma a evitar-se a segregação dos

materiais não sendo de forma alguma permitidas bolsadas de material fino ou grosso. Será

feita, em princípio, a prévia humidificação dos agregados na central de produção, justamente

para que a segregação no transporte e no espalhamento seja reduzida. Se na operação de

compactação o agregado não tiver a humidade necessária (cerca de 4,5%) terá de proceder-

se a uma distribuição uniforme de água;

- se durante o espalhamento se formarem rodeiras, vincos ou qualquer outro tipo de marca

inconveniente que não possa facilmente ser eliminada por cilindramento, deve proceder-se à

escarificação e homogeneização da mistura e consequente regularização da superfície.

2.20.4 Espessura da Camada de Base

A espessura de cada camada será a indicada nas medições/memória descritiva com referência à

secção de espessura mínima ali representada. No caso de se obterem espessuras inferiores às

fixadas no projeto, não será permitida a construção de camadas delgadas, a fim de se obter a

espessura projetada. Em princípio, proceder-se-á à escarificação da camada. No entanto se a

Fiscalização julgar conveniente, poderá aceitar que a compensação de espessura seja realizada

pelo aumento de espessura da camada seguinte.

2.20.5 Misturas betuminosas a quente – disposições gerais para o seu estudo , fabrico ,

transporte e aplicação

Este sub-capítulo refere-se à execução de camadas de base, regularização e desgaste com

misturas betuminosas a quente, cujas características satisfazem ao estipulado neste Caderno de

Encargos.

2.20.6 Estudo da Composição

APRESENTAÇÃO DO ESTUDO

O Adjudicatário deverá submeter previamente à aprovação da Fiscalização o estudo de

composição da mistura betuminosa em função dos materiais disponíveis. Não poderão ser

executados quaisquer trabalhos de aplicação em obra sem que tal aprovação tenha sido, de

facto, ou tacitamente dada.

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O estudo a apresentar pelo Adjudicatário, relativamente à composição das misturas betuminosas

a quente a aplicar em obra incluirá, obrigatoriamente, os boletins relativos aos seguintes ensaios,

a realizar sob sua responsabilidade:

- Perda por desgaste na máquina de Los Angeles, para as granulometrias A e B,

relativamente aos agregados (devem apresentar-se ensaios por cada fonte de

abastecimento).

- Ensaio de adesividade para cada material componente, com exceção do filer.

- Caracterização do betume a empregar na mistura, incluindo a determinação do valor da

viscosidade e as temperaturas para as quais aquele valor varia entre 170 ± 20 cSt (gama

de temperatura de fabrico das misturas) e entre 280 ± 30 cSt (gama de temperatura de

compactação).

- Composição granulométrica de cada um dos materiais propostos.

- Determinação dos pesos específicos e absorção de água relativos a cada um dos

agregados.

- Determinação das massas volúmicas de filer e betume.

- Aplicação do método Marshall determinação da curva granulométrica da mistura de

agregados, preparação dos provetes, determinação de baridades da mistura compactada,

cálculo das baridades máximas teóricas (através do picnómetro de vácuo), da porosidade

e do valor VMA, determinação da força de rotura e deformação dos provetes, e ainda

traçado do conjunto de curvas características para seleção da percentagem ótima de

betume.

Excetuam-se os macadames betuminosos (Fuso B), as misturas betuminosas drenantes e as

misturas rugosas para camadas delgadas (microbetão rugoso).

A Fiscalização poderá exigir, em aditamento:

- Determinação dos índices de alongamento e de lamelação.

- Ensaio de polimento acelerado das gravilhas das misturas para as camadas de desgaste.

- A Fiscalização, após consulta à D.S.A.T., poderá ainda exigir a realização de outros ensaios

de caracterização mecânica (módulos de deformabilidade, resistência à fadiga, etc.) das

misturas em laboratório reconhecido.

CRITÉRIOS GERAIS A SEGUIR NO ESTUDO

- Os valores da baridade dos provetes preparados pelo método Marshall a tomar para efeitos

de definição das curvas características da mistura referentes à porosidade e ao VMA, não

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devem ser os determinados experimentalmente mas sim os valores corrigidos, lidos sobre

uma curva regular que se ajuste aos resultados laboratoriais.

- Só será permitida a utilização de agregados que respeitem os valores de absorção de água.

- No estudo pelo método Marshall deverão ser utilizados, no mínimo, cinco (5) percentagens

de betume, escalonadas de 0,5%, e três (3) provetes para cada uma dessas

percentagens.

- Por uma questão de uniformidade de critérios e facilidade de leitura, é obrigatório exprimir

todo o estudo em termos de percentagem de betume (e não de teor ); a não satisfação

desta condição poderá levar a Fiscalização a devolver o estudo apresentado ao

Adjudicatário para a sua retificação.

2.20.7 Transposição do estudo laboratorial para a c entral de fabrico de misturas

betuminosas

A aplicação em obra da mistura betuminosa será condicionada, não só à aprovação do estudo de

composição, mas também a uma ratificação da Fiscalização às condições de transposição

daquele estudo para a central de fabrico o que implica, nomeadamente, a concordância com o

sistema de crivos adotado, cabendo ao Adjudicatário apresentar os ensaios comprovativos da

precisão com que tal transposição foi realizada.

Nesses ensaios, é obrigatória a inclusão de:

- Granulometria das frações crivadas, recolhidas nos silos quentes e da correspondente

mistura de agregados, recolhida à saída do misturador, quando se trate de uma central de

produção descontínua;

- Conjunto de pesagens efetuadas para a calibração das tremonhas doseadoras dos

agregados, quando se trate de uma central de produção contínua.

- Uma vez aprovada determinada transposição para a central betuminosa a mesma não

poderá, em circunstância alguma, ser alterada sem o conhecimento da Fiscalização, à

apreciação da qual deverá ser submetida a proposta de alteração, devidamente justificada

com base num conjunto significativo de ensaios de controlo laboratorial.

- Com vista a viabilizar qualquer alteração às condições de transposição, deverá o

Adjudicatário, no âmbito do controlo laboratorial, elaborar mapas com os valores médios

acumulados, semanalmente e desde a última alteração introduzida na central; isto em

relação a todos os ensaios efetuados e independentemente do preenchimento diário dos

boletins de ensaio correspondentes.

- Em circunstância alguma se poderá alterar a transposição em vigor unicamente com base

nos resultados dos ensaios efetuados numa única jornada de trabalho.

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2.20.8 Preparação da superfície subjacente

CONDIÇÕES DA SUPERFÍCIE EXISTENTE

As misturas betuminosas não serão aplicadas sem que se verifique que a camada subjacente tem

a grau de compactação e a regularidade especificadas neste Caderno de Encargos, ou sem que

haja terminado a cura da impregnação betuminosa quando aplicadas sobre bases de

granulometria extensa estabilizadas mecanicamente ou da rega de colagem quando se trate da

ligação entre camadas betuminosas.

LIMPEZA

A superfície a recobrir deve apresentar-se isenta de sujidades, detritos e poeiras, que devem ser

retirados para local onde não seja possível voltarem a depositar-se sobre ela. A última operação

de limpeza, a realizar imediatamente antes da rega de colagem, consistirá na utilização de jatos

de ar comprimido para remover elementos finos eventualmente retidos naquela superfície.

REGA DE COLAGEM

Deverá ser realizada nas condições expressas no projeto e neste Caderno de Encargos; porém, a

taxa de rega poderá ser ajustada em conformidade com as particularidades de cada caso e com o

critério da Fiscalização sob condição de não se exceder a ordem dos 0,5 kg/m2. Em circunstância

alguma se poderá proceder à rega de colagem com uma emulsão diluída, pelo que a boa

dispersão do ligante dependerá somente do equipamento que deverá ser constituído por uma

cisterna com barra distribuidora e sistema de controlo semi-automático.

2.20.9 Fabrico, transporte e espalhamento das mistu ras betuminosas

CENTRAIS BETUMINOSAS

O fabrico de misturas betuminosas a quente será assegurado por centrais de produção do tipo

descontínuo ou contínuo (de tambor secador-misturador com os fluxos paralelos ou contra-

corrente, com ou sem misturador integrado no tambor).

FABRICO

O Adjudicatário deverá submeter previamente à aprovação da Fiscalização o estudo de

composição da mistura betuminosa em função dos materiais disponíveis. Não poderão ser

executados quaisquer trabalhos de aplicação em obra sem que tal aprovação tenha sido, de

facto, ou tacitamente dada.

Antes do início do processo de fabrico e durante o período de execução dos trabalhos, é

obrigatório o armazenamento dos materiais necessários à produção de 15 dias.

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Os agregados deverão ser arrumados em estaleiro, de modo a que não possam misturar-se as

frações granulométricas distintas e espalhados por camadas de espessura não superior a 0,5 m a

fim de se minimizar a segregação. A sua recolha deverá ser feita por desmonte frontal e, no caso

dos agregados terem sido depositados sobre o terreno natural, não será permitida de modo

algum a utilização dos 15 cm inferiores.

Os materiais finos (0-4 ou areia) devem estar obrigatoriamente cobertos.

As camas dos stocks deverão ser previamente aprovados pala Fiscalização e ter uma pendente

de forma a evitar acumulação de água.

Para o pré-doseamento dos diversos materiais agregados que entrem na composição da mistura,

com exceção do filer, deve o Adjudicatário dispor no estaleiro de tantas tremonhas quantos os

referidos materiais, o que significa estar excluído qualquer processo mais grosseiro de pré-

mistura, mesmo em relação apenas a uma parte dos componentes. Esta disposição não se

circunscreve só às centrais de produção contínua, aplicando-se também às de produção

descontínua.

- A temperatura dos agregados antes da mistura destes com o betume deve ser compatível com a temperatura da mistura, definida no estudo de formulação.

- O betume deve ser aquecido lenta e uniformemente, até à temperatura da mistura definida no estudo.

- Não deverão ser aplicadas em obra, as misturas que imediatamente após o fabrico, apresentem temperaturas superiores aos valores definidos nos respetivos estudos. Em tal caso, serão conduzidas, de imediato, a vazadouro e não serão consideradas para efeitos de medição.

- As misturas deverão ser fabricadas e transportadas por forma a que tenha lugar o seu rápido espalhamento. A sua temperatura nesta fase deverá estar compreendida na gama de valores definida no estudo e, se tal não vier a suceder mesmo que imediatamente após a atuação da pavimentadora, constituirá motivo para rejeição, devendo ser imediatamente removidas antes do seu total arrefecimento e conduzidas a vazadouro, não sendo, obviamente, consideradas para efeitos de medição.

TOLERÂNCIAS NO FABRICO

As tolerâncias admitidas em relação às características de dureza e à fórmula de trabalho

aprovada, são as seguintes, consoante a máxima dimensão (D) do agregado:

D ≤ 16 mm D >16mm

- Na % de material que passa no peneiro ASTM de 0,075 mm (nº 200) 1% 2%

- Na % de material que passa no peneiro ASTM 0,180 mm (nº 80) 2% 3%

- Na % de material que passa no peneiro ASTM de 2,00 mm (nº 10) 3% 4%

- Na % de material que passa no peneiro ASTM 4,75 mm (nº 4) ou malha mais larga

4% 5%

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- Na percentagem de betume 0,3% 0,3%

TRANSPORTE - EQUIPAMENTO

O Adjudicatário deverá dispor de uma frota de camiões dimensionada de acordo com as

distâncias de transporte entre a central de fabrico e a obra a realizar.

Todas as viaturas utilizadas, quer pertençam ou não ao Adjudicatário, deverão estar providas de:

- Caixa de receção com altura tal que não haja qualquer contacto com a tremonha da pavimentadora;

- Toldo plastificado capaz de evitar o arrefecimento das misturas.

CONDICIONALISMOS DO TRANSPORTE

- A mistura será transportada em viaturas basculantes de caixa aberta com fundo liso e

perfeitamente limpo.

- Caso as condições atmosféricas façam prever chuva ou em presença de temperaturas

ambientes relativamente baixas deverá recobrir-se, obrigatoriamente, o material

transportado, com uma lona que tape toda a caixa da viatura. Exceptuam-se as

misturas drenantes, rugosas e outras misturas espec iais, nomeadamente as

misturas de alto módulo, que devem ser sempre cober tas.

ESPALHAMENTO - EQUIPAMENTO

O equipamento de espalhamento deverá ser constituído por pavimentadoras de rastos

(preferencialmente) com mesas flutuantes de extensão hidráulica ou fixas, capazes de repartir

uniformemente as misturas betuminosas.

As pavimentadoras serão compostas por:

- Trator motriz

- Mesa pré-compactadora

- Sistema automático de nivelamento progressivo

O motor terá potência suficiente para garantir o bom funcionamento de todos os órgãos da

máquina.

O equipamento de espalhamento deve ser capaz de repartir uniformemente as misturas

betuminosas, sem produzir segregação e respeitando os alinhamentos, inclinações transversais e

espessuras projetadas e corrigir pequenas irregularidades.

A alimentação far-se-á sobre uma tremonha dimensionada de forma a permitir a descarga do

camião.

Deverá conter um mínimo de material a fim de garantir a presença constante na frente da mesa.

A ligação entre o trator e a mesa que apoia sobre o material a colocar, é feita por duas longarinas

articuladas.

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A altura das articulações das longarinas, de comando individual, poder-se-á fazer manualmente

ou através de um sistema de nivelamento automático.

A fixação das longarinas deverá permitir a regulação do ângulo de incidência, isto é, possibilitar a

modificação das espessuras de material a colocar.

O material é transportado para a parte traseira da máquina e aí, através de sem-fins, é distribuído

de uma forma uniforme. Quando forem montadas extensões mecânicas, estas deverão ser

acompanhadas das extensões dos respetivos sem-fins.

Estará dotada de um sistema que garanta a alimentação constante em toda a largura de trabalho,

de tal forma que haja sempre material a cobrir completamente os sem-fins de distribuição.

A mesa vibradora será do tipo fixo ou extensível e capaz de produzir de forma homogénea a toda

a largura de espalhamento, um grau de compactação mínimo de 90% quando referido ao ensaio

Marshall. A compactação será garantida por sistemas de apiloamento (tampes) e/ou vibração

para adaptação às condições de espalhamento mais adequadas ao tipo de mistura.

As mesas deverão estar munidas de cofragens laterais para garantir um bom acabamento e uma

adequada compactação dos bordos da camada.

Terão obrigatoriamente um sistema automático de nivelamento progressivo, para perfis

longitudinais e/ou transversais, constituído por sensores e por pêndulo.

PARTICULARIDADES DO PROCESSO DE ESPALHAMENTO

O espalhamento não deve ser precedido da aplicação manual de misturas betuminosas,

procedimento correntemente designado por ensaibramento.

- O espalhamento não deve ser preenchido da aplicação manual de misturas betuminosas, correntemente designado por ensaibramento.

- O espalhamento da mistura betuminosa deverá aguardar a rotura da emulsão aplicada em rega de colagem.

- O espalhamento deverá ser feito de maneira contínua e executado com tempo seco e de preferência com a temperatura ambiente superior a 10 °C.

- No caso de rampas acentuadas com extensão significativa o espalhamento deve realizar-se, preferencialmente, no sentido ascendente.

Com exceção da camada de desgaste, o espalhamento poderá prosseguir sob chuvisco ou chuva

fraca, sob condição de já se ter verificado a rotura da rega de colagem entretanto feita; porém,

esta rega deverá ser imediatamente interrompida até que cesse a precipitação.

O nivelamento das camadas de misturas betuminosas deverá ser garantido a partir da utilização

dos seguintes sistemas:

• Fio cotado apoiado em estacas com afastamento máximo de 6,25 metros para a primeira camada aplicada sobre materiais granulares;

• Fio cotado satisfazendo ao acima referido ou réguas com comprimento mínimo de 15 metros na aplicação de uma primeira camada de reforço sobre um pavimento existente - régua com 7 metros no caso de estrada da rede secundária;

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• Régua com comprimento mínimo de 15 metros (7 metros na rede secundária) na aplicação da segunda camada e seguintes, à exceção da camada de desgaste em IP’s e IC’s;

• Sistema manual de nivelamento com espessura constante na execução da camada de desgaste em IP’s e IC’s ou na aplicação de camadas finas em todo o tipo de estradas.

O fio a utilizar será unifilar, de 2 mm de diâmetro, comprimento inferior a 200 m e com uma

tensão na ordem dos 80 kg. O fio deverá ser compatível com as condições de apoio, de modo a

evitar ressaltos dos sensores.

As réguas de nivelamento de comprimento igual ou superior a 15 m são constituídas por três

corpos: um corpo apoiado em rodas que desliza no pavimento já executado; um caixilho central

de ligação à pavimentadora. Nele está montado o sensor. Um terceiro corpo colocado na frente

da máquina, o qual apoia no suporte da camada a colocar. A diferença entre a leitura frontal e a

traseira é a espessura a colocar.

Poderão ser utilizados outros sistemas de nivelamento, tais como ultra-sons, lazer, etc. desde que

previamente aprovados pela Fiscalização.

Sempre que as características da pavimentadora não permitam a execução da camada em toda a

largura da faixa de rodagem deverão ser utilizadas duas pavimentadoras em paralelo. Neste caso

recorrer-se-á aos sistemas de nivelamento acima referidos, complementando a segunda

pavimentadora com o apoio sobre a camada já executada.

Cuidados a ter no início dos trabalhos de espalhamento:

- O percurso deverá estar limpo de quaisquer obstáculos.

- O material não poderá transbordar da tremonha da máquina.

- Na troca de camiões, a tremonha não deverá ficar completamente vazia, excepto

quando houver paragens muito prolongadas.

- Verificar se todos os componentes do nivelamento estão em perfeitas condições de

funcionamento.

- Verificar se os suportes dos sensores estão convenientemente apertados.

- Verificar se os sensores estão montados fora da influência do tamper e se estão a

responder rapidamente às modificações de regulação.

- Verificar se o fio de apoio dos sensores está convenientemente tensionado e com

apoios suficientes para impedir a formação de flecha.

- Verificar a precisão da mira, quando se utiliza o laser.

- O arranque da máquina far-se-á após execução de junta transversal e o apoio da

mesa sobre calços de madeira.

- No final do trabalho a máquina deverá ficar completamente vazia, retirada do local

e convenientemente limpa.

- Quando a largura da mesa é aumentada com o acoplamento de extensões

mecânicas, deverá ser assegurada a sua rigidez, através da montagem de tirantes.

- Deverá ser assegurado o seu perfeito alinhamento, por forma a não criar vincos.

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- Sempre que se montem extensões mecânicas estas deverão ser acompanhadas

das respectivas extensões de sem-fins e deflectores.

2.20.10 Compactação

COMPACTAÇÃO – EQUIPAMENTO

Os cilindros a utilizar na compactação das misturas serão obrigatoriamente auto-propulsionáveis

e dos seguintes tipos:

- Rolo de rasto liso

- Pneus

- Combinados

Os cilindros disporão de sistema de rega adequado, e os cilindros de pneus serão equipados com

"saias de proteção”.

PARTICULARIDADES DO PROCESSO DE COMPACTAÇÃO

- As operações de compactação devem ser iniciadas quando a mistura atingir a

temperatura referida nos boletins de fornecimento de betumes e correspondentes a

viscosidades de 280+30 cSt assim que os cilindros possam circular sem deixarem

deformações exageradas na mistura e devem ser efetuadas enquanto a temperatura

no material betuminoso é superior à temperatura mínima de compactação

recomendada para cada tipo de betume e definidas no estudo de formulação.

- O cilindramento deve ser efetuado até terem desaparecido as marcas dos rolos da

superfície da camada e se ter atingido o grau de compactação de 97% referido à

baridade obtida sobre provetes Marshall moldados com a mistura produzida nesse

dia. Quando estes valores variarem +/- 0,05 t/m3 em relação à baridade do estudo

de formulação este terá que ser respeitado.

- O trem de compactação será definido no trecho experimental.

- A velocidade dos cilindros deverá ser contínua e regular para não provocar

desagregação das misturas.

- Os cilindros vibradores devem dispor de dispositivos automáticos de corte da

vibração, um certo tempo antes de chegar ao ponto de mudança de direção, início e

fim do troço.

- Alguns dispositivos existentes no pavimento, tais como caixas de visita, etc., podem

ficar danificados pela passagem dos rolos vibradores. Nestes casos é usual desligar

a vibração 0,50 m antes desses dispositivos e empregar nestes locais rolos estáticos

ou mesmo compactação manual.

- Nos troços construídos em sobrelevações, a compactação deve ser iniciada da

berma mais baixa, devendo-se reduzir a velocidade e a frequência de vibração do

cilindro vibrador, quando utilizado.

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- Os cilindros só deverão proceder a mudanças de direção quando se encontrem em

áreas já cilindradas com, pelo menos, duas passagens.

- Nas zonas com declive significativo, o cilindramento deve ser sempre realizado de

baixo para cima e dos bordos para o centro.

- Deverá ser dada especial atenção à compactação das juntas.

- O trânsito nunca deverá ser estabelecido sobre a mistura betuminosa nas 2 horas

posteriores ao fim do cilindramento, podendo, no entanto, aquele prazo ser

aumentado sempre que tal for possível.

2.20.11 Juntas de trabalho

É obrigatória a execução de juntas de trabalho transversais entre os troços executados em dias

consecutivos e, no caso de se proceder à aplicação por meias-faixas, de juntas longitudinais,

umas e outras de modo a assegurar a ligação perfeita das secções executadas em ocasiões

diferentes.

As juntas de trabalho serão executadas por serragem da camada já terminada, por forma a que o

seu bordo fique vertical.

Os topos, já cortados, do troço executado anteriormente, deverão ser limpos e pintados

levemente com emulsão, iniciando-se depois o espalhamento das misturas betuminosas do novo

troço. Igualmente deverão ser pintadas com emulsão todas as superfícies de contacto da mistura

com caixas de visita, lancis, etc..

Quando se execute uma sequência de várias camadas, deverá haver a preocupação de desfasar

as juntas de trabalho.

2.20.12 Equipamentos para a execução de camadas bet uminosas a quente

CONDIÇÕES GERAIS

O Adjudicatário deverá dispor e manter em boas condições de serviço o equipamento apropriado

para o trabalho, o qual será previamente submetido à apreciação da Fiscalização com entrega de

documentos comprovativos da última revisão.

O equipamento deverá, quando for caso disso, ser montado no local previamente aceite pela

Fiscalização com a suficiente antecipação sobre o início da obra, de modo a permitir uma

cuidadosa inspeção, calibragem dos dispositivos de medição, ajustamento de todas as peças e

execução de quaisquer trabalhos de conservação e/ou reparação, que se mostrem necessários

para a garantia do trabalho com qualidade satisfatória.

Com aquele objetivo, aquando da apresentação do Plano de Trabalhos, o Adjudicatário fornecerá

à Fiscalização um "dossier" técnico, que incluirá uma descrição tão detalhada quanto possível de:

- Localização da área de implantação da central e respectivo lay-out e plano de

stockagem de agregados;

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- Tipo e capacidade da central betuminosa, assim como componentes e dispositivos de

controlo da mesma;

- Meios de transporte, justificando o número de unidades;

- Tipos e capacidades dos equipamentos a utilizar no espalhamento e compactação das

misturas e justificação;

- Dimensionamento dos meios humanos, com indicação dos responsáveis técnicos

pelas unidades de fabrico e de transporte, espalhamento e compactação.

Em obras em que a medição das quantidades é feita em peso a Fiscalização poderá impor a

instalação de balanças com características apropriadas para a pesagem das viaturas de

transporte das misturas betuminosas, junto da central de fabrico, não tendo o Adjudicatário direito

a qualquer pagamento pela eventual implementação da referida medida, a menos que no projeto

esteja contemplada a instalação de tais dispositivos, a coberto de rubricas orçamentais

específicas.

2.20.13 Controlo de qualidade

O controlo de qualidade será realizado de acordo com o tipo e frequência de ensaios. DURANTE O FABRICO E APLICAÇÃO

Os valores obtidos para a granulometria dos inertes e percentagem em betume devem obedecer

às tolerâncias definidas anteriormente. APÓS A APLICAÇÃO

Espessura das camadas

Os valores medidos devem ser inferiores às espessuras de projecto em pelo menos 95% das

carotes extraídas. As restantes devem satisfazer as seguintes tolerâncias:

Camada de

desgaste

1ª camada

subjacente à camada

de desgaste

2ª camada e seguintes

subjacentes à camada

de desgaste

±0,5 cm ±1,0 cm ±2,0 cm

Grau de compactação e porosidade Os valores relativos ao grau de compactação e porosidade acima definidos deverão ser respeitados em 95% das carotes que entram na apreciação.

Regularidade

A superfície acabada deve ficar bem desempenada, com um perfil transversal correcto e livre de

depressões, alteamentos e vincos, não podendo, em qualquer ponto, apresentar diferenças

superiores a 1,5 cm em relação aos perfis logitudinal e transversal estabelecidos. A uniformidade

em perfil será verificada tanto longitudinalmente como transversalmente, através de uma régua

fixa ou móvel de 3 m devendo os valores medidos cumprirem os seguintes limites:

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Camada de

desgaste

1ª camada subjacente

à camada de desgaste

2ª camada e

seguintes

subjacentes à

camada de desgaste

Irregularidades

transversais

0,5 cm 0,8 cm 1,0 cm

Irregularidades

longitudinais

0,3 cm 0,5 cm 0,8 cm

Complementarmente devem ser respeitados os valores admissíveis para o IRI (Índice de Regularidade Internacional) definidos no quadro seguinte para a camada de desgaste.

Para a obtenção destes valores recomenda-se que sejam respeitados os valores referidos para a

1ª e 2ª camadas subjacentes à camada de desgaste.

Valores admissíveis de IRI (m/km), calculados por troços de 100 metros em pavimentos com

camadas de desgaste betuminosas

Percentagem da extensão da obra

Camada 50% 80% 100%

Camada de desgaste ≤ 1,5 ≤ 2,5 ≤ 3,0

1ª camada sob a camada

de desgaste ≤ 2,5 ≤ 3,5 ≤ 4,5

2ª camada e seguintes sob

a camada de desgaste ≤ 3,5 ≤ 5,0 ≤ 6,5

e a que correspondem as seguintes classificações:

Muito Bom excede largamente os parâmetros exigidos-

Bom cumpre os parâmetros exigidos exceção feita à percentagem da

extensão do traçado com valores inferiores a 3,0, que deverá ser

superior ou igual a 95%-

Razoável cumpre os parâmetros exigidos, execpção feita às percentagens de

extensão do traçado com valores inferiores a 1,5 e 3,0, onde se

admitem respectivamente as percentagens de 40 e 90-

Medíocre não cumpre as exigências anteriores (razoável), mas apresenta valores

de IRI de 1,5; 2,5 e 3,0 em percentagens do traçado superiores a 15,

60 e 85, respectivamente-

Mau não cumpre os parâmetros exigidos nas classificações anteriores-

Valores admissíveis de IRI (m/km), calculados por troços de 100 metros em pavimentos rígidos

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Percentagem da extensão da obra

Camada 50% 75% 90%

Camada de desgaste ≤ 2,0 ≤ 2,5 ≤ 3,0

e a que correspondem as seguintes classificações:

Bom cumpre os parâmetros exigidos-

Razoável não cumpre as exigências anteriores. Apresenta valores de IRI de 2,0;

2,5 e 3,0 em percentagens do traçado superiores a 15, 50 e 80,

respectivamente-

Mau não cumpre os parâmetros exigidos nas classificações anteriores-

Estes valores devem ser medidos em cada via de tráfego, ao longo das duas rodeiras (esquerda

e direita), e calculados os correspondentes IRI por troços de 100 m. O valor médio obtido nas

duas rodeiras por cada troço de 100 m será o representativo desse troço. A medição da irregularidade com vista à determinação do IRI deverá ser efectuada recorrendo a

métodos que forneçam o perfil longitudinal da superfície, tais como nivelamento topográfico de

precisão, o equipamento APL, ou os equipamentos que utilizam sensores tipo laser ou ultra-sons.

O intervalo de amostragem mínimo utilizado para o levantamento do perfil deverá ser da ordem

de 0,25 m.

Não deverão ser utilizados equipamentos que efectuem a medição da irregularidade com base na

resposta da suspensão de um veículo (designados por equipamentos tipo “resposta”), atendendo

às limitações que estes equipamentos apresentam. Considera-se, com efeito, desejável o

fornecimento dos resultados em termos de perfil longitudinal da superfície segundo o alinhamento

ensaiado, para além dos valores do IRI por troços de 100 m, de modo a poderem visualizar-se

quaisquer deficiências pontuais existentes na superfície, facilitando a sua localização e tendo em

vista a posterior correcção das mesmas quando se justifique.

Rugosidade superficial A superfície de camadas de desgaste deverá apresentar, uma profundidade mínima de textura superficial, caracterizada pelo ensaio para determinação de altura de areia (Aa), de acordo com o especificado seguidamente:

Tipo de mistura betuminosa Altura de areia (mm)

Betão betuminoso Aa > 0,6

Betão betuminoso drenante Aa > 1,2

Microbetão rugoso Aa > 1,0

Argamassa betuminosa Aa > 0,4

Mistura betuminosa de alto

módulo

Aa > 0,4

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Resistência à derrapagem

A resistência à derrapagem pode ser avaliada através de ensaios de medição do coeficiente de

atrito em contínuo. Quando feita com o aparelho SCRIM, aquele valor não deverá ser inferior a

0,40 quando as medições se façam a 50 km/h, ou a 0,20 para medições efectuadas a 120 km/h.

Em alternativa a resistência à derrapagem será avaliada através de ensaios para determinação

do coeficiente de atrito pontual, a efectuar com o pêndulo britânico.

Estes ensaios serão realizados de 500 em 500 m.

Após construção, a camada de desgaste deverá apresentar um coeficiente de atrito superior a

0,55 (unidades BPN), após a película de betume que envolve os agregados à superfície ser

removida pela passagem do tráfego.

2.20.14 Camada de base em macadame betuminoso

Estudo da composição Em princípio a solução apresentada pelo Adjudicatário para a composição da mistura de

agregados face aos materiais disponíveis, deve situar-se dentro da banda granulométrica acima

definida.

É obrigatória a apresentação de um estudo granulométrico com vista a definir-se a mistura a

utilizar em conformidade com o fuso granulométrico, bem como dos boletins respeitantes aos

seguintes ensaios, relativos a cada um dos inertes propostos:

- Percentagem de desgaste na máquina de "Los Angeles" ;

- Ensaios de adesividade ;

- Determinação das massas volúmicas e absorção de água.

Fabrico e aplicação da mistura TOLERÂNCIAS NO FABRICO

As tolerâncias admitidas em relação a composição aprovada são as seguintes:

- Na percentagem de material que passa no peneiro

ASTM de 0.075 mm (Nº 200) ........................... 2%

- Na percentagem de material que passa no peneiro

ASTM de 0.180 mm (Nº 80) ............................. 3%

- Nas percentagens de material que passa nos pe-

neiros ASTM de 0.425 mm (Nº 40), de 0.840 mm

(Nº 20) e de 2.00 mm (Nº 10) ............................ 4%

- Na percentagem de material que passa no peneiro

ASTM de 4.75 mm (Nº 4) ou de malha mais larga 5%

- Na percentagem de betume ................................ 0,3%

PARTICULARIDADES DO PROCESSO CONSTRUTIVO

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O processo de compactação e regularização deve ser tal que seja observado o seguinte:

- A superfície acabada deve ficar bem desempenada, com perfis longitudinal e transversal

tanto quanto possível correctos e livres de depressões, alteamentos e vincos.

- Na compactação deve ser utilizado em primeiro lugar um cilindro de jantes lisas,

vibrador, com peso por centímetro de geratriz vibrante superior a 30 Kgf. As primeiras

passagens serão estáticas, seguindo-se a operação com vibração. Concluída esta,

deverá actuar um cilindro de pneus enquanto a temperatura da mistura for superior a

60º C com o mínimo de 4 passagens completas; a pressão dos pneus será da ordem

dos 6 Kg/cm2 para um peso por roda não inferior a 6 Ton..

- Para espessuras superiores a 0,12 m, poderá ser necessário recorrer a espalhadoras

com alto poder de compactação; de qualquer modo, o equipamento a utilizar na

densificação da camada, deverá ser suficiente para se garantir as características fixadas

neste Caderno de Encargos.

- Será obrigatória a realização de um trecho experimental para se comprovar que o

equipamento de compactação garantirá, para a compactação "in situ", verificada sobre

um conjunto de 5 "carottes", valores médio e mínimo respectivamente de 92% e de

90% em relação à "baridade máxima teórica" e, ainda, um valor mínimo de 98%

relativamente à "baridade de referência", entendendo-se esta como o valor a partir do

qual não há acréscimo de baridade com novas passagens.

- Não serão permitidas mais do que 6 passagens de cilindro vibrador; assim, durante o

trecho experimental, deverão ser tentadas 4 (o Nº mais frequente) e 6 passagens a

vibrar, sendo as restantes, em número tal que deixe de produzir-se densificação da

camada, realizadas por um cilindro de pneus.

- Constitui técnica preferencial de cilindramento a aplicação em primeiro lugar do cilindro

de pneus e reservar a aplicação do cilindro de jante lisa em regime estático para a tarefa

de eliminar vincos residuais. A pressão de pneus no primeiro cilindro será ajustada às

fases de operação o que será determinado quando da execução do trecho experimental.

- Em face dos resultados do trecho experimental, a Fiscalização aprovará ou não o

equipamento de espalhamento e compactação, podnendo determinar a sua substituição

parcial ou total ou, ainda, algum ajustamento à composição do macadame betuminoso

sem, contudo, alterar as suas características mecânicas básicas.

A camada de base em macadame betuminoso não poderá permanecer sujeita ao tráfego de obra

durante um tempo significativo, face à sua baixa deformabilidade. Assim, deverá o Adjudicatário

promover as medidas possíveis para minimizar o tráfego de obra sobre aquela camada, que terá

de ser coberta tão cedo quanto for possível.

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2.20.15 Revestimento betuminoso

A execução da camada deve ser tal que sejam satisfeitas as seguintes características:

- taxa de aglutinante do betume do tipo 180/200 kg/m2

1ª camada - 1,3 kg/m2

2ª camada - 1,2 kg/m2

- taxa de agregado

1ª camada - 12/14 litros/m2

2ª camada - 10/12 litros/m2

- a distribuição do aglutinante não pode variar, longitudinalmente, mais do que 10%

- a distribuição do aglutinante, na largura efectiva, não pode variar mais do que 15% e

- a temperatura de espalhamento do aglutinante deve ser compreendida entre 150º e 180º

C.

Nas operações de espalhamento do aglutinante e do agregado, e no cilindramento, devem ser

observados os seguintes pontos:

- o espalhamento do betume não pode ser feito antes da cura de impregnação

betuminosa, caso esta exista, a superfície de aplicação deve encontrar-se seca. No

momento da aplicação do aglutinante a temperatura ambiente deve ser superior a 15º e

a temperatura do pavimento superior a 20º C ;

- o espalhamento do agregado deve ser efectuado logo a seguir ao do aglutinante e por

forma a obter-se uma superfície perfeitamente regularizada, sem falhas e sem

sobreposição dos elementos do agregado ;

- o cilindramento deve efectuar-se logo após o espalhamento do agregado, de preferência

com cilindros de pneus, a uma velocidade não superior a 8 Km/hora. Admite-se o

emprego de cilindros de rasto liso, com peso não superior a 8/10 t mas, neste caso a

velocidade não deve ser superior a 4 Km/hora. O cilindro deve prosseguir até que o

agregado esteja convenientemente estabilizado, cessando, no entanto, logo que se

comece a notar o esmagamento do agregado ;

- deve haver o máximo cuidado na execução das juntas de ligação do espalhamento, por

forma a não haver falha nem sobreposição do aglutinante ;

- qualquer excesso de gravilha deve ser retirado da superfície por forma a evitar a sua

projecção contra os veículos que cirulem na estrada ;

- quando a estrada tiver que ficar sujeita ao trânsito durante a operação de revestimento,

a velocidade máxima dos veículos deve ser limitado a 30 Km/hora, durante um período

julgado suficiente para ser assegurado o encastramento das gravilhas.

2.20.16 Assentamento de lancis

O lancil assentará sobre uma fundação de betão B20, de dimensões definidas no Projecto de Execução, apresentando em espelho acima do pavimento, também aí definido.

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O lancil, quer em alinhamento recto, quer em curvo, deverá ficar perfeitamento alinhado e

desempenado, tanto no seu espelho, como na sua face superior.

As juntas, que não exceder 0.3cm, serão preenchidas com argamassa fluida ao traço 1:2 de areia

fina.

2.20.17 Marcas rodoviárias

PRÉ-MARCAÇÃO

a) A pré-marcação, é obrigatória, não sendo permitido o início da marcação sem que a

mesma tenha sido aprovada pela Fiscalização

Sempre que seja possível apoiar mecanicamente a marcação de uma linha na pré-

marcação de outra que lhe seja paralela, a pré-marcação da primeira pode ser

dispensada (caso da marcação de guias apoiada na pré-marcação do eixo).

b) A pré-marcação pode ser executada pelos processos:

* Manual *

- Será executada por meio dum cordel esticado e ajustado ao desenvolvimento das

respectivas marcas, ao longo do qual, se executa a piquetagem por pontos, por

pequenos traços ou por linha fina contínua por meio de pincel, ou outro meio auxiliar

apropriado.

- Por pintura de referências ou contornos (quando há lugar à utilização de moldes).

* Mecânica *

- A pré-marcação mecânica deve ser antecedida de uma pré-marcação manual, sobre a

qual se apoia, utilizando a máquina de marcação munida de um braço com ponteiro de

pintura que, à direita ou à esquerda, executa a piquetagem.

c) A pré-marcação deve prever no pavimento a marcar a definição de:

* Nas linhas longitudinais *

- piquetagem

- indicação dos limites das zonas com diferentes relações traço-espaço

- indicação dos limites das zonas de linhas contínuas.

* Nas marcas diversas *

- pintura de referências para implantação dos moldes de execução.

PREPARAÇÃO DA SUPERFÍCIE A superfície que vai ser marcada deve apresentar-se seca, livre de sujidades, detritos ou poeiras.

O Adjudicatário será responsável pelo insucesso das pinturas causadas por deficiente preparação

da superfície.

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Se se tratar de um pavimento velho e polido é aconselhável o uso de uma substância adesiva

antes da marcação.

Marcação Experimental Para verificar a regularidade da largura das marcas longitudinais e do seu comprimento, a

homogeneidade de aplicação (velocidade de avanço, pressão de ar nos bicos, no compressor,

temperatura do material), é aconselhável a execução de uma marcação experimental.

Na impossibilidade de dispor de local fora da zona de trabalhos, para a execução da marcação

experimental, será a primeira fase dos trabalhos utilizada para esse fim.

Os resultados obtidos e as regulações correspondentes servirão de base ao trabalho de

marcação sequente.

A passagem à marcação definitiva dependerá do parecer da Fiscalização em face dos resultados

obtidos, quer em observação diurna quer nocturna (retroreflexão).

Marcação

a) Aprovação da pré-marcação

A marcação não poderá ser iniciada sem que a Fiscalização tenha aprovado a pré-marcação,

como já foi referido.

b) Processos de marcação

Para execução das marcas rodoviárias (marcação) devem ser utilizados, para aplicação de

material termoplástico, os seguintes processos:

* Manual (por moldagem) *

A utilizar na execução de:

- Marca transversais e barras em zonas mortas

- Setas (de seleção de desvio e outras

- Símbolos (sinais e outros)

- Inscrições (números e letras)

- Salvo indicação expressa em contrário, as marcas rodoviárias serão executadas em,

sobre-espessura, por colagem gravítica e espalhamento manual, com emprego de

moldes.

A utilização do sistema de pré-aquecimento da superfície a marcar dependerá de

autorização da Fiscalização, mas por princípio, não deverá ser permitida.

A temperatura de aplicação do material termoplástico deve estar compreendida entre

165º e 190º C e o tempo de secagem (ausência de pegajosidade com resistência à

passagem de veículos) não deve ultrapassar os 2 a 3 minutos e as caldeiras de

aquecimento do mesmo devem estar munidas de dispositivo de agitação mecânica para

evitar a segregação dos diversos constituintes.

A espessura seca do material termoplástico aplicado deve apresentar um valor entre 2,5

e 3mm.

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PÁG.101/136

* Mecânica *

A utilizar na execução de:

- Marcas longitudinais

- Guias

- Deve ser concretizado com o emprego de máquinas móveis, com dispositivos manuais e

automáticos de aplicação do material termoplástico pulverizado (spray) e de projecção

simultânea, sobre a superfície do material, de esferas de vidro.

A espessura seca do material aplicado deve apresentar um valor uniforme não inferior a

1,5mm.

A temperatura de aplicação deve situar-se entre os 200 e 220º C e o tempo de

secagem não deve ultrapassar os 40 segundos, para as espessuras previstas.

A taxa de pérolas projectadas deve estar compreendida entre 400 e 500 grs/m2.

c) Aprovação das Marcas

As marcas que não se apresentem nas condições exigidas (geométricas, de constituição ou de

eficiência), serão rejeitadas e como tal removidas, podendo contudo ser repetida a execução, se

houver, da parte do Adjudicatário, a garantia de rectificação conveniente e como tal aceite pela

Fiscalização.

A remoção deve ser efectuada no prazo de três dias a contar da data da notificação da rejeição,

pelo que, o Adjudicatário, se o não fizer nesse prazo, ficará sujeito ao encargo da remoção

mandada efectuar pela Fiscalização.

ELIMINAÇÃO DE MARCAS

a) Na eventualidade de se ter de apagar marcas rodoviárias pré-existentes com o fim de

executar uma nova marcação, o processo de eliminação a utilizar será escolhido de

entre os seguintes:

- decapagem por projecção de abrasivo sob pressão; este abrasivo não deverá ser

areia, excepto quando a decapagem seja feita em presença de água.

- decapagem mecânica, utilizando decapadores mecânicos ou máquinas de percussão

próprias; no caso de as marcas a eliminar serem de material termoplástico, obtém-se

melhores resultados em tempo frio, tanto neste processo como o anterior.

- queima, utilizando maçaricos a gás butano. Este processo é aconselhável somente

com a maior precaução e sob orientação directa da Fiscalização.

b) Quando aplicado qualquer dos processos descritos no número anterior devem ser

tomadas as seguintes precauções:

- quando a circulação se mantém, deverá a zona restrita dos trabalhos ser

convenientemente isolada, a fim de que a circulação de peões e veículos não seja

afectada pelos materiais ou agentes envolvidos na obra.

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- após a decapagem, deverá ter-se o cuidado de remover quer os detritos do material

termo-plástico, quer dos abrasivos utilizados.

- não será permitida, em caso algum a utilização de processos de recobrimento como

método de eliminaçao de marcas.

2.21 TRABALHOS NÃO ESPECIFICADOS

Todos os trabalhos não especificados neste Caderno de Encargos, que forem necessários para o

cumprimento da presente empreitada, serão executados com perfeição e solidez, tendo em vista

os regulamentos, normas e demais legislação em vigor, as indicações do projecto e as instruções

da Fiscalização.

2.22 Execução de Telas Finais

2.22.1 Considerações Gerais

As telas finais são constituídas por desenhos em CAD das infra-estruturas com todos os

pormenores, devendo ser acompanhadas de fotografias, vídeo, um levantamento local ou

cartografia vectorial actualizada.

Os desenhos CAD devem ser feitos à escala 1/1 em metros e numa versão AutoCad 2000 ou

superior.

A folha utilizada para impressão deverá, preferencialmente, ter formato A1, admitindo-se que

possa, em casos devidamente justificados, atingir o formato A0. A folha deverá ter marcações de

limite de desenho, de corte e de dobragem. No canto inferior esquerdo deverá ter uma legenda

que identifique inequivocamente o desenho, onde apareça referenciado o nome do Dono de

Obra, do Empreiteiro, o título da obra, o número de ordem, as escalas utilizadas e a data de

execução.

Os layer’s a utilizar e respetiva formatação (cor, espessura, tipo de linha) estão discriminados nas

tabelas de layer’s do Anexo A, variando consoante a infra-estrutura.

2.22.2 Referências Geográficas

Os levantamentos topográficos e a geo-referenciação dos elementos devem ser efetuados com

base nas seguintes especificações:

- Datum 73;

- Elipsóide de Hayford;

- Datum Altimétrico Nacional - Marégrafo de Cascais;

- Sistema de coordenadas rectangulares;

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- Projecção de Gauss;

- Equidistância das curvas de nível 1 m na escala 1:1000;

- Ligação à rede geodésica Nacional.

2.22.3 Coletor e Condutas

As telas finais deverão conter toda a informação que se descreve nos pontos seguintes.

Cartografia de base/levantamento local

A apresentação do traçado do coletor/conduta em planta, com apoio cartográfico ou topográfico é

essencial, tendo em vista a integração desta informação no SIG. O levantamento topográfico

deverá seguir, na forma e conteúdo, uma estrutura (níveis, cores, espessuras, tipos de traço,

simbologia e estilos de letra) igual à adoptada na cartografia de base, no caso desta ter sido

fornecida, ou caso contrário deverá seguir os layer’s definidos no Anexo A.

A cartografia deverá ser entregue em ficheiros de referência externa, como cartografia vectorial

do município, caso exista e esteja actualizada. Em caso contrário, deverá ser feito um

levantamento topográfico de uma faixa de 10 m ao longo do coletor/conduta, para permitir a

localização.

Na cartografia/levantamento topográfico deve também constar uma malha de pontos

coordenados, com afastamento entre si não superior a 100 m, e um símbolo com a indicação da

orientação do Norte.

Traçado do coletor/conduta geo-referenciado

Na tela final, o traçado do coletor/conduta deverá ser definido com base no levantamento

topográfico de implantação do respetivo eixo.

Associadas ao traçado do coletor/conduta, deverão ainda ser registadas as seguintes

informações:

- identificação das características físicas da tubagem (material, diâmetro - DN e classe de Pressão Nominal - PN), assinaladas ao longo do traçado;

- marcação numerada dos perfis, na planta, para referência no traçado do perfil longitudinal do coletor/conduta;

- identificação dos troços singulares, como por exemplo troços com proteção em betão armado, e de secções de transição de características físicas da tubagem;

- identificação da localização das caixas de visita, representando a tampa e os limites da caixa e indicando as coordenadas da tampa da caixa.

- identificação de caixas de outras entidades (ex. EDP, Gás, Telefones, etc.)

- Travessia com outras redes de serviços;

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Por travessia de outras redes de serviços, entende-se o registo das infra-estruturas existentes

ou detetadas no subsolo aquando da abertura de vala para assentamento da tubagem.

Deverá proceder-se à marcação, sobre o traçado em planta, dos locais onde existirem

travessias de outras infra-estruturas (condutas, Coletores, cabos, etc.), se possível

identificando a rede de serviços a que pertencem (água, esgotos, pluviais, telefone,

eletricidade, gás, etc.). Em perfil estas travessias também devem aparecer representadas,

indicando-se a profundidade a que ocorrem.

No caso das condutas e Coletores, deve registar-se ainda o respetivo diâmetro e material; no

caso dos cabos, deve indicar-se o número e tipo.

- Indicação da bainha de telegestão e respetivas caixas.

Nos casos de empreitadas em que se opte por aproveitar a abertura da vala para a instalação

de cabos próprios de transmissão de dados, as telas finais deverão incluir referências à

correspondente infra-estrutura. Em termos genéricos, uma rede de cabos de transmissão de

dados é constituída por dois tipos de órgãos, as caixas de telegestão e a bainha de

enfiamento.

Assim, relativamente às caixas, do ponto de vista gráfico, interessa registar o seu

posicionamento rigoroso, através das coordenadas M e P do eixo das tampas e o tipo de

caixa, diferenciando o símbolo da sua representação gráfica consoante se tratem de caixas de

passagem, de junção ou de folga.

Relativamente às bainhas de enfiamento de cabos, do ponto de vista gráfico interessa registar

o correspondente traçado, na medida em que poderá não acompanhar o traçado da conduta.

Do ponto de vista alfanumérico, para cada ocorrência de caixa de rede de transmissão de

dados e das bainhas de enfiamento de cabos, deverá ser preenchida a ficha de

características constante da base de dados a fornecer.

A representação deste tipo de infra-estruturas deve incorporar o desenho do levantamento da

conduta;

- No caso das condutas, devem ser identificados os nós nos quais são aplicados acessórios

(curvas, tês, cones, reduções, etc.).

Perfil Longitudinal do terreno e do coletor/conduta

Para além da representação do perfil longitudinal do coletor/conduta e do terreno sob a forma

gráfica, pretende-se que os dados de traçado sejam também fornecidos em forma de tabela e em

suporte informático, por exemplo Excel.

Os dados a incluir na tabela deverão ser, no mínimo, os seguintes:

- coordenadas M e P;

- cotas do terreno;

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- cotas do coletor/conduta (soleira);

- cotas de trabalho;

- distâncias entre perfis;

- distâncias à origem.

Além dos dados indicados de apresentação sob a forma tabelar, os ficheiros gráficos dos perfis

longitudinais deverão ainda incluir o registo das seguintes informações:

- material, diâmetro (mm), classe de pressão nominal (PN) da conduta e marca;

- inclinação dos troços (m/m);

- localização dos órgãos constituintes;

- identificação de pontos singulares;

- identificação dos troços singulares;

- identificação das variações de tipo de assentamento (vala, aqueduto, ponte, viaduto, etc.).

2.22.4 Caixas de Visita

Para cada caixa de visita deverá, na parte aplicável, ser preenchida uma ficha com a informação

patente no Anexo B deste documento. Esta ficha será produzida a partir de um ficheiro em

formato Excel, a fornecer atempadamente pelo Dono de Obra.

Para as caixas de visita especiais serão preparados desenhos que devem conter uma planta

pormenorizada da caixa e um ou mais cortes que permitam a visualização de todas as entidades

existentes. Tanto a planta como os cortes devem estar dimensionados. Deve ainda conter uma

planta de localização à escala 1/500 e outra 1/100. Na primeira, a tampa da caixa fica

representada apenas por um ponto, enquanto na última aparecem os limites da caixa e a

tubagem.

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3 ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS RELATIVAS ÀS INSTALAÇÕES

ELÉTRICAS

3.1 PRESCRIÇÕES GERAIS

3.1.1 Âmbito dos trabalhos

O âmbito dos trabalhos, se referentes a Instalações Eléctricas, Automação e Infra-Estruturas de

Telecomunicações, compreende o fornecimento, montagem, interligações e ensaios de todos os

respectivos equipamentos, materiais e acessórios necessários às instalações definidas nas

Memórias Descritivas e Peças Desenhadas dos Projectos a que dizem respeito, de acordo com

as especificações técnicas aplicáveis do presente Caderno de Encargos.

Se for caso disso, compete ao adjudicatário promover previamente, os contactos de coordenação

com o distribuidor de energia eléctrica e com o operador de telecomunicações indicados pelo

Dono da Obra, com vista à correcta ligação às respectivas redes de acordo com os

condicionalismos existentes, bem como certificar-se atempadamente da compatibilidade dos

equipamentos a instalar com as referidas redes e informar o Dono da Obra das diligências

efectuadas.

Os preços indicados pelo adjudicatário entendem-se para uma instalação completa, ligada e

pronta a funcionar, incluindo todos os materiais e acessórios necessários, bem como todos os

trabalhos auxiliares necessários, qualquer que seja a sua natureza, ainda que não estejam

expressa e detalhadamente descritos no Projecto ou neste Caderno de Encargos.

Sempre que se verifique existir contradição entre o especificado nas peças escritas ou

desenhadas do Projecto e as Especificações Técnicas, prevalecerá o especificado no Projecto,

salvo decisão em contrário do Dono da Obra.

3.1.2 Natureza e qualidade dos materiais

Todo o equipamento e material a fornecer deverá ser garantido pelo Adjudicatário no que diz

respeito a:

• Marcas e modelos em correspondência com os da proposta aprovada;

• Ser conforme as Especificações Técnicas;

• Ser novo e da melhor qualidade na sua respectiva espécie;

• Ser isento de erros, vícios ou defeitos de concepção e de projecto;

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• Ser isento de erros, vícios ou defeitos de fabricação e de matéria prima;

• Ter as dimensões e capacidades suficientes, bem como ser constituída por materiais

adequados às condições de serviço especificadas, sob todos os aspectos;

• Oferecer um funcionamento plenamente satisfatório.

Os concorrentes deverão explicitar detalhadamente nas suas propostas as características mais

significativas dos equipamentos e materiais a fornecer e montar (marca, tipo, origem,

características técnicas e funcionais, potências, capacidades, consumos, materiais constituintes,

normas de fabrico e de ensaio, dimensões, pesos, etc.).

As características de cada um dos equipamentos propostos devem ser resumidas numa ficha de

características própria, acompanhada dos elementos técnicos de fábrica que os identifiquem.

Qualquer omissão nos desenhos ou especificações do presente projecto, não exime o

Adjudicatário da responsabilidade pelo perfeito funcionamento do equipamento.

As tolerâncias são as definidas nas normas nacionais ou na sua ausência as normas da CEE.

Os materiais e equipamentos para os quais já existem especificações oficiais deverão satisfazer

inteiramente as normas que nelas são fixadas.

Os materiais e equipamentos de origem estrangeira, deverão satisfazer igualmente às normas do

país de origem e as da CEE.

Todos os materiais ou equipamentos, nacionais ou estrangeiros deverão exibir a marca de

fabrico, ser de origem garantida e certificado de conformidade com as normas da CEE.

Sempre que em qualquer das peças que regulam a Empreitada se indicar determinado tipo de

material ou equipamento, com referência a marcas ou a modelos comerciais, compreende-se que

tal indicação não significa que seja excluída a selecção entre diferentes materiais ou

equipamentos desse tipo, seja qual for a sua marca ou designação comercial, desde que ela se

faça entre materiais ou equipamentos de qualidade não inferior à indicada que tenham as

mesmas certificações e cumpram as mesmas normas e que satisfaçam os objectivos do Projecto.

A categoria de todos os materiais e equipamentos a montar na obra estará sujeita à aceitação da

Fiscalização, só podendo ser instalados após prévia aprovação desta. Quando se justificar, o

Adjudicatário apresentará, no início da obra, amostras dos materiais ou equipamentos a aplicar,

as quais poderão ficar como padrão, na posse da Fiscalização, durante a realização dos

trabalhos. As amostras deverão vir acompanhadas de certificados de origem e de análises ou

ensaios, quando tal for exigido.

A Fiscalização poderá retirar os materiais e equipamentos instalados que não sejam idênticos às

amostras fornecidas, ou que sendo, tenham por acidente ou falta de cuidado, sofrido alterações

de características, obrigando-se o Adjudicatário a substitui-los.

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3.1.3 Execução dos trabalhos

O Adjudicatário deverá submeter previamente à aprovação da Fiscalização a pormenorização dos

trabalhos a realizar, e informá-la dos contactos havidos com os concessionários da energia.

Todos os trabalhos e licenciamentos das instalações, serão executados de acordo com as

indicações da Fiscalização e dos concessionários de energia eléctrica, de comunicações e com a

regulamentação em vigor, nomeadamente nas partes aplicáveis:

• Regulamento de Segurança de Subestações e Postos de Transformação e Seccionamento;

• Decreto n.º 42 895 de 31/03/60, alterado pela Portaria n.º 303/76 de 26 de Abril;

• Decreto-lei n.º 517/80 de 31 de Outubro;

• Decreto-lei n.º 229/2006 de 31 de Outubro;

• Decreto-lei n.º 101/2007 de 02 de Abril;

• Decreto-regulamentar n.º 31/83 de 18 de Abril;

• Normas da Empresa Distribuidora de Energia Eléctrica;

• Decreto-Lei n.º 259/2002 de 23 de Novembro. Projecto tipo do Posto de Transformação em

Cabina Alta CA1 e CA2 (na parte aplicável);

• Projecto tipo dos Postos de Transformação Aéreos Rurais dos Tipos A e AS (na parte

aplicável);

• Regras técnicas de instalações eléctricas de baixa tensão - RTIEBT (Portaria n.º 949 -

A/2006);

• Manual ITED;

• Manual ITUR;

• O presente caderno de encargos e eventuais anexos;

• Condições Administrativas anexas;

• Normas portuguesas em geral com incidência nas seguintes:

- Portinholas para ramais de chegada de redes de distribuição (NP-1270);

- Quadros de colunas para instalações colectivas de Edifícios (NP-1272);

- Lâmpadas fluorescentes tubulares (NP-1518);

- Aparelhos para instalações eléctricas. Tipos de protecção assegurada pelos invólucros (NP-

999);

- Classificação e codificação dos condutores e cabos isolados (NP-889);

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- Condutores e cabos isolados (NP-917);

- Condutores isolados a policloreto de vinil, do tipo V (NP-918);

- Cabos com isolamento e bainha de policloreto de vinil, do tipo VV (NP-919);

- Cabos armados com isolamento e bainha de policloreto de vinil, dos tipos VAV, VRV, VMV,

V1MV (NP-920);

- Condutores isolados a policloreto de vinil tipo FV (NP-923);

- Cabos com isolamento de borracha e bainha de policloropropeno, do tipo FBN (NP-958);

- Cabos com isolamento e bainha interior de borracha, do tipo FBBN (NP-959);

- Tubos e condutas. Características gerais e ensaios (NP-1071);

- Tubos e acessórios de secção recta circular, rígidos de policloreto de vinil, do tipo

VD (NP-1072);

- Aparelhos de ligação para canalizações eléctricas (NP-1260).

Toda a instalação deverá ser executada em princípio de acordo com o respectivo projecto,

seguindo as canalizações o traçado indicado nas peças desenhadas. Contudo, sempre que se

veja vantagem para uma melhor execução dos trabalhos, poder-se-ão considerar alterações,

principalmente na localização das caixas e aparelhagem, mas sempre de acordo com a

Fiscalização.

O Adjudicatário obriga-se a mandar "riscar" os traçados das instalações eléctricas, bem como a

posicionar os quadros, caixas e aparelhagem de manobra. Só depois de aprovados pela

Fiscalização da obra e das concessionárias, se poderá proceder à respectiva abertura de roços,

valas, bem como a colocação das tubagens, caixas, cabos, etc. O tapamento dos roços e valas,

só poderá ser efectuado quando aprovados pelas fiscalizações interessadas.

Os trabalhos de construção civil complementares dos trabalhos eléctricos tais como abertura e

tapamento de roços, abertura e tapamento de valas, travessias de cabos, etc., encontram-se

incluídos nos preços unitários salvo se esse custo for considerado separadamente e como tal

indicado numa das posições no Mapa das Quantidades de Trabalho da empreitada.

É da responsabilidade do adjudicatário a iniciativa de todas as acções que seja necessário

implementar para que a instalação seja atempadamente entregue, pronta a funcionar de acordo

com as normas e regulamentos em vigor e completamente ligada às redes públicas de energia

eléctrica e de comunicações, correndo todas as despesas processuais por sua conta, incluídas

nos preços unitários da proposta. Assim, fazem parte da empreitada os licenciamentos das

Instalações para a obtenção do fornecimento de energia eléctrica e da ligação à respectiva rede

pública, nos termos do DL n.º 101/2007 de 2 de Abril e do D.L. n.º 517/80 de 31 de Outubro, e da

ligação, se for caso disso, às redes dos operadores de infra-estruturas de comunicações nos

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termos dos manuais ITED e ITUR, incluindo, quando necessário a elaboração e organização dos

respectivos projectos de licenciamento.

3.1.4 Equipamento de manutenção

Deverão ser fornecidas todas as ferramentas especiais destinadas à manutenção dos diversos

equipamentos e recomendadas pelos respectivos fabricantes. Os custos relativos ao

fornecimento das ferramentas consideram-se incluídos no custo dos equipamentos.

Preparação do equipamento para testes em marcha.

Após montagem, o Adjudicatário preparará todos os equipamentos para ensaios, verificações e

testes em marcha. A montagem de todo o equipamento, em ordem de marcha será da total

responsabilidade do Empreiteiro.

Se as características especificadas não forem conseguidas, o Adjudicatário deverá executar por

sua conta, todas as alterações necessárias para as obter.

3.1.5 Protecção anticorrosiva e pinturas

Todos os equipamentos e tubagens a instalar deverão dispor de tratamento anticorrosivo

adequado e de qualidade, independentemente de eventuais omissões do Caderno de Encargos.

As pinturas de acabamento serão de cor a escolher pela Fiscalização, utilizando-se o código de

cores das normas portuguesas NP 182 e NP 552, atendendo-se ao preconizado nas peças de

projecto.

Após a conclusão da montagem global de todos os equipamentos, dever-se-á retocar, onde

necessário, toda a protecção anticorrosiva.

3.1.6 Peças de reserva

Para os equipamentos e instalações eléctricas e automação será fornecida, juntamente com a

proposta, uma lista detalhada das peças de reserva que devam existir na instalação, para 2 anos

de funcionamento, se outro prazo não for indicado no Projecto ou no Caderno de Encargos.

O fornecimento das peças de reserva fará parte da empreitada, quando tal conste explicitamente

no Projecto ou no Caderno de Encargos.

Nos casos em que o fornecimento das peças de reserva faz parte da empreitada, os respectivos

custos serão incluídos nos preços unitários dos equipamentos a que respeitam, salvo se esse

custo for considerado separadamente e como tal indicado numa das posições no Mapa das

Quantidades de Trabalho da empreitada.

As peças de reserva deverão ser intermutáveis e fornecidas convenientemente referenciadas e

protegidas para o transporte e armazenagem de longa duração.

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3.1.7 Referenciação e etiquetas

A referenciação e a etiquetagem do equipamento metalo e electromecânico e das instalações

eléctricas a fornecer pelo Empreiteiro, deve respeitar as seguintes disposições:

• As etiquetas a aplicar no equipamento metalo e electromecânico e instalações eléctricas,

levarão as referências que o Dono da Obra indicará ao Empreiteiro durante a execução da obra,

após ter recebido daquele as listas e esquemas enumerando as diversas partes do equipamento.

• As etiquetas serão em chapa de alumínio anodizado ou termolacado, com a espessura

mínima de 0,5 mm, fundo em cor natural do alumínio e referências impressas a preto pelo

processo de fotoanodização ou gravadas, com dimensões mínimas de 100 mm x 65 mm, caso as

dimensões dos equipamentos as permitam.

• A redacção de todas as etiquetas postas no equipamento será feita em português, devendo

as etiquetas receber prévia aprovação do Dono da Obra, tanto em dimensões como em

legibilidade dos caracteres aí impressos.

3.2 TESTES E INSPECÇÕES (EQUIPAMENTO E SISTEMA DE

CONTROLE - ICA)

1. Os testes de aceitação deverão ser feitos em conjunção com os testes dos pontos a

controlar.

2. Os testes devem ser delimitados por fases, sendo os testes aplicáveis ao “Hardware” e

“Software” fornecidos pelo Empreiteiro.

2.1. Fase de testes

• Hardware - Inspecção visual;

Testes funcionais.

• Software - Testes dos métodos de incremento;

Testes integrados.

2.2. Sistemas operativos

• Hardware - Inspecção visual

Conformidade com os desenhos aprovados;

Qualidade de acabamento de fabricação;

Equipamento;

Montagem do equipamento;

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Etiquetagem e codificação com anéis pintados a codificar os circuitos;

Escolher e efectuar os testes em terminais;

Dimensionamento do cableamento;

Ligações à terra e limitações.

• Hardware - Testes funcionais

Níveis de tensão e potência nas alimentações;

Todos os sinais de entrada dos terminais dos campos de medida, entradas, registos e informação

base;

Todos os sinais de saída a partir do “Byte”/Palavra aos terminais dos campos de medida;

Estados “On-Off” de montagem das entradas digitais;

Calibração e linearização de 5 pontos (mínimo) de escala dos sinais de entrada e saída

analógicos seleccionados;

Modos de programação das operações;

Interface (Hardware) de diagnostico pelo operador e modos de operação;

Diagnósticos de Hardware;

Portas de comunicação - série; paralela;

Modos operativos das impressoras;

Comunicações locais - (se aplicável) ligação a outros sistemas no mesmo local.

• Testes parciais de “Software”

Inspecção dos indicadores estáticos;

Testes de inspecção dinâmica dos indicadores;

Testes módulo a módulo;

Testes de interligação dos métodos e sistemas;

Testes de cada tipo de ocorrência de alarme;

Testes de emissão para a impressora;

Testes de comunicação série.

• Testes integrados de “Software”

Arranque a frio do sistema;

Arranque do sistema a quente;

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Simulação completa das operações automáticas;

Simulação completa dos comandos a distância;

Rearme após falha de patamar.

Sistemas de testes

Utilização de memória;

Sistema de respostas;

Sistema de tolerância e recuperação de avaria.

2.3. Cada um destes testes será controlado pelo instalador, e pelo responsável de Engenharia

da parte adjudicante, ou seus responsáveis devidamente credenciados.

2.4. A Fiscalização do Dono da Obra deverá receber, com prioridade, a informação sobre todos

os testes, para posteriores comentários ou informações prévias no arranque da instalação.

2.5. Testes de recepção no local

• Generalidades

Os testes de recepção no local, farão parte da Recepção Provisória da Instalação, e deverão

incluir sem limitações o seguinte:

Testes I/O, de e para o instrumento de campo (simulando se necessário) de forma a satisfazer

em pleno, os ensaios de cablagem e calibração;

Conexões e ensaios somente das entradas dos monitores;

Controlo de entradas e saídas, nas ligações “loop-by-loop”, ciclo de leitura por ciclo de leitura;

Controlo automático dos sistemas programados;

Queda (falha) do modo operatório;

Acessório de todas as linhas de comunicação.

Após os ensaios e desde que estes satisfaçam completamente, os ensaios seguintes deverão ser

preparados para operarem em modo automático durante 4 semanas (28 dias � 24 horas). No

caso de avaria nos instrumentos, sensores, equipamento de comunicação ou nos sistemas de

controlo durante este período, a falha ou defeito deverá ser diagnosticada e rectificada e um novo

período de ensaios com igual duração (28 dias � 24 horas) será recomeçada. Este procedimento

manter-se-á sempre por períodos de tempo idênticos aos preconizados anteriormente, sempre

que detectadas falhas ou avarias, não as havendo o equipamento e sistemas de ligações

considerar-se-á em condições de ser recebido.

• ICA - controlo do sistema, do equipamento e das transmissões

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Os testes de ensaio de recepção em obra, serão feitos em conjugação com os sistemas a

comandar a distância, de forma que os ensaios formem um conjunto integrado, complementando

os procedimentos dos ensaios da Recepção Provisória.

O Empreiteiro promoverá ainda os seguintes testes na presença do Dono da Obra, e

designadamente da Fiscalização e do seu corpo técnico de Engenharia, a fim de demonstrar o

correcto funcionamento:

� Todo o equipamento de controlo;

� Todos os painéis de controlo e quadros sinópticos;

� Instrumentos e sua calibração nos pontos:

0%

25%

50%

100%

dos mostradores com a utilização de métodos normalizados, e por comparação com instrumentos

“Standard” ou outros meios aprovados pela comissão de recepção por parte do Dono da Obra;

� Todos os interruptores de pressão (emergência), interruptores de teste de lâmpadas

sinalizadoras indicadoras de estado de funcionamento dos equipamentos, deverão demonstrar o

seu correcto funcionamento;

� Todos os alarmes e interruptores acústicos serão testados pela operação directa, no

instante da colocação em funcionamento dos equipamentos respectivos;

� As protecções dos sistemas de interligação serão demonstrados por simulação de cada

condição, sendo verificado o correcto funcionamento de cada circuito;

� Os sinais de entrada e de saída serão testados, e comprovada a informação correcta nos

indicadores dos equipamentos;

� Linhas de comunicação e sistemas de tempos de resposta;

� Mostrador com última informação por linha;

� Armazenamento de dados, e processos de restituição;

� Operação do sistema em conjugação com equipamentos exteriores. O sistema completo, e

em operação, será demonstrado na presença do corpo técnico do adjudicatário.

A formação do pessoal operador e cursos de familiarização com os sistemas operativos serão

obrigatoriamente administrados, sendo fornecidas instruções ao pessoal de operação, em diálogo

com o equipamento, demonstrando os métodos de operação, e todos os módulos que constituem

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o “Software”. O treino no local, bem como os cursos abrangerão ainda o pessoal técnico da

manutenção de acordo com as exigências descritas neste documento.

• Cablagens

Os cabos quer em percursos enterrados quer em percursos sob pavimento flutuante, serão

testados de acordo com as normas IEC, quer no que concerne a resistência de isolamento,

continuidade de circuitos de transmissão, e circuitos de terra, na presença do adjudicatário, antes

do enchimento das valas. Todas as juntas executadas durante a instalação dos cabos e que

tenham sido deficientemente executadas, resultando em anomalias (deficiências) quando

testadas, serão refeitas, procedendo a novos ensaios, como acima descritos e serão executados

tantas vezes, quantas as exigidas pela Fiscalização sempre a expensas do Empreiteiro.

2.6. Instalação e recepção

• Generalidades

O Empreiteiro disponibilizará o pessoal especializado necessário para a instalação e actos de

recepção do equipamento da sua empreitada e extensões respectivas;

O Empreiteiro providenciará sempre a supervisão do seu próprio pessoal, e do pessoal dos sub-

empreiteiros;

O Empreiteiro assegurará sempre que o seu pessoal ou dos seus sub-empreiteiros cumpra as

regras gerais aplicáveis no trabalho por parte da Entidade Adjudicatária, bem como as regras

aplicáveis, para além das atrás referidas;

O Empreiteiro assegurará que o seu pessoal esteja equipado com as ferramentas necessárias, e

equipamentos de ensaio aprovado para a instalação e ensaios de recepção do equipamento;

O Empreiteiro planeará o seu trabalho de acordo com os requisitos de Engenharia, em

concordância com o Dono da Obra, de forma a coordenar as actividades com outros trabalhos em

curso de outros empreiteiros no mesmo local.

• Instalação

O equipamento deverá ser instalado de acordo com os desenhos aprovados, e documentação

técnica proposta, instruções dos fabricantes, e em conformidade com a direcção técnica do Dono

da Obra.

O Empreiteiro actuará de forma que a progressão dos trabalhos, de todas as instalações

aprovadas, seja prevista e relatada à direcção técnica em programação diária e escrita.

• Recepção

Os actos de recepção podem ser interrompidos dentro das seguintes actividades de:

Instalação de sinalização se em desacordo com a lista aprovada;

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Sistema de potência accionada;

Testes de recepção em cada local;

Nos testes finais.

Os itens I e II acima são actividades instantâneas, podendo ser retomados tão breve quanto

possível, se as instalações estiverem completamente em condições.

Os testes de recepção local já foram descritos anteriormente.

3.3 INSTALAÇÃO DE CABOS

Os condutores isolados e os cabos eléctricos a utilizar na presente empreitada, deverão obedecer

às normas nacionais em vigor, nomeadamente NP 2361, NP 2365 e CEI-502.

Para designação dos condutores e cabos isolados de energia será seguido o referido no quadro

seguinte em conformidade com a NP 2361.

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O tipo de canalização eléctrica a utilizar, depende das condições específicas de cada local e da

função dos circuitos de utilização indicada nos esquemas do projecto. Contudo, como condições

gerais considerar-se-á que em nenhuma canalização poderão ser utilizadas almas condutoras

cuja secção/diâmetro seja inferior às seguintes:

a 2,5 mm², para circuitos de tomadas de corrente gerais, de força motriz e de aquecimento;

a 1,5 mm², para circuitos de iluminação;

a 0,5 mm², nas instalações de sinalização.

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Todos os condutores da instalação obedecerão à mesma norma de identificação das almas

condutoras, de acordo com as seguintes cores do respectivo isolamento:

Para correntes fortes

CONDUTORES CORES

1. de protecção Verde/amarelo

2. Neutro Azul-claro

3. Fase L1 Preto

4. Fase L2 Castanho (ou preto)

5. Fase L3 Castanho

Para os cabos monocondutores, a partir de secções nominais superiores a 70 mm2, permitir-se-á

que o isolamento dos condutores activos seja da mesma cor. Contudo, a identificação com as

cores regulamentares, será feita nas extremidades dos cabos.

Os condutores para sinalização, comunicação e comando, serão codificados e terão as cores

normalizadas de maneira a não se confundirem com os de correntes fortes.

As conexões entre as almas condutoras, ou emendas, só poderão ser executadas em caixas

dimensionadas para tal, e nunca dentro da tubagem de protecção respectiva. Não são admitidas

emendas nos condutores dos circuitos dos sistemas de detecção de incêndios.

Nas canalizações ocultas empregar-se-á condutores isolados rígidos, enfiados em tubos, não

podendo ter características inferiores às das classificadas sob o código 301.100 (tipo H05V-U /

H07V-U / H07V-R-canalizações eléctricas) e 101.100 (tipo TV-canalizações de

telecomunicações).

Para ligação das luminárias suspensas por pendurais, às caixas de derivação correspondentes,

será utilizado cabo H07RN-F instalado nas condições definidas pelo RTIEBT.

Numa canalização eléctrica não poderá, em regra, existir mais de um condutor da mesma fase

protegido por disjuntores diferentes. Nas canalizações de telecomunicações será permitida, na

mesma canalização a existência de mais de um condutor da mesma polaridade.

Todos os circuitos eléctricos são previstos com condutor de protecção, para interligar todas as

"massas" ao potencial da terra de protecção.

A secção do condutor de protecção será igual e do mesmo tipo do condutor neutro, quando fizer

parte integrante do cabo eléctrico considerado. Nos casos em que tal não suceda, o condutor de

protecção, será necessariamente do tipo H07V-R e com a secção igual à do condutor de neutro

mas não inferior a 16 mm2. O isolamento dos condutores de protecção terá uma dupla coloração

verde-amarela.

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Nas zonas técnicas as canalizações eléctricas serão efectuadas normalmente à vista ainda que

protegidas por tubo IRL 3221 (VD) ou ICA 3421 (ERM) nas travessias de paredes e tectos. No

interior das luminárias utilizar-se-ão condutores isolados sob o código 301.102 e/ou 211.02.

Em geral utilizar-se-á fio H07V-U / H07V-R enfiado em tubo IRL 3221 (VD) ou ICA 3421 (ERM),

cabos do tipo H1VV (VV), A05XV (XV), H1VZ4V-R (VAV) e H07RN-F (FBBN) para os circuitos

eléctricos de energia e cabos tipo H1VV (VV), H1VY3V (VHV) e LiYCY, para os circuitos de

comando e sinalização e cabo PTS (CR1-C1-SH) para a detecção de incêndios. Todos os cabos

terão as cores regulamentares e/ou terão os condutores identificados de acordo com os

respectivos códigos e serão protegidos por tubos IRL 3221 (VD) ou ICA 3421 (ERM), e PEAD,

quando necessário.

Deverão ser evitadas emendas no percurso dos circuitos.

A instalação dos cabos em braçadeiras obedecerá ao previsto no RTIEBT. Os cabos e tubos

instalados em esteira, serão distanciados pelo menos 2 cm das paredes ou rebordos de caleiras

ou prateleiras e uma distância equivalente ao seu diâmetro (De) entre si. Os cabos H1VV (VV)

empregues no exterior serão do código 305.200.

Nas zonas de maior densidade de canalizações eléctricas instaladas à vista e/ou quando estas

transitem suspensas na face inferior da laje de cobertura serão instalados em esteira, em

caminhos de cabos constituídos por prateleiras em material plástico não propagador de chama,

ou metálicas com protecção anticorrosão, leves e perfuradas, dimensionadas de modo a suportar

canalizações eléctrica de acordo com o RTIEBT, com reserva de espaço de 30%. Serão

galvanizadas a quente e construídas em chapa perfurada de 1,5 mm2 ou do tipo escada e os

apoios serão distanciados no máximo 1,5 m. A pintura de acabamento será a escolher pela

Arquitectura. O padrão de qualidade será não inferior ao equipamento da UNEX, ou “Sendzimir

da AEMSA, do Grupo Schneider Electric”, ou equivalente.

Caso seja necessário serão utilizadas duas ou mais calhas instaladas lado a lado ou uma por

cima da outra, ou na vertical, conforme o local e o número de cabos. As uniões serão efectuadas

a uma distância igual ou inferior a 1/5 do respectivo vão. Estas prateleiras serão fixadas às

paredes ou suspensas dos tectos, por meio de suportes do mesmo material, de molde a permitir a

fácil e expedita manutenção das canalizações. As prateleiras devem ser convenientemente

ligadas equipotencialmente à terra de protecção.

Quando aplicada a calha plástica será fechada com tampa e terá o número de vias (canais)

necessárias, com separação em toda a sua extensão. Será em material plástico não propagador

de chama e livre de halogéneo de cor idêntica à preconizada para o quadro eléctrico. Os cabos

serão adequadamente cintados por braçadeiras de fivelas. Como padrão de qualidade indicam-se

as calhas da “UNEX”, ou equivalente.

Os cabos de alimentação e respectivas protecções dos equipamentos cuja potências sejam

diferentes das previstas no projecto e/ou, que não fazem parte da presente empreitada, serão

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redimensionados em função dos equipamentos adjudicados de acordo com os métodos

recomendados para o cálculo das intensidades admissíveis das RTIEBT, devendo o Adjudicatário

coordenar este aspecto com os restantes empreiteiros em questão e submeter à aprovação da

Fiscalização as soluções adoptadas.

Ainda que se indiquem nas peças desenhadas os calibres e número de condutores nos cabos de

sinalização e comando, o Adjudicatário deverá assegurar que o equipamento por ele proposto

funciona correcta e eficazmente com tais cabos ou propor em alternativa um aumento dos

calibres e/ou número de condutores indicados.

Os cabos para instalação enterrada não deverão ter características inferiores às dos classificados

sob o código 30.210 para "correntes fortes" ou 107.210 para "correntes fracas". Todos os

circuitos a estabelecer serão constituídos por troços inteiros, não sendo permitidas emendas

intermediárias.

Os cabos de BT instalados em vala ficarão a uma profundidade mínima de 70 cm entre duas

camadas de areia de 15 cm cada, cobertos em toda a sua extensão por "dalles" de cimento ou

tijoleira. Sobre os "dalles" será colocada uma camada de terra cirandada, com espessura não

inferior a 15 cm. As tijoleiras deverão ser dispostas de tal modo que entre cada duas contíguas

não fiquem interstícios que possam permitir a entrada de qualquer ferramenta contundente. Sobre

a camada de terra cirandada deverá colocar-se uma segunda camada, isenta de pedras cuja

presença possa vir a danificar o isolamento do cabo.

Os cabodutos de fibras ópticas serão constituídos por tritubo, enterrado em vala, com caixas de

visita permanente, com a tipologia indicada nos respectivos desenhos.

Na travessia das zonas pavimentadas e arruamento os cabos serão protegidos individualmente

por tubo de PEAD ou MC-M DN 110mm, devendo sempre instalar-se pelo menos duas passagens

de reserva, que ficarão disponíveis. Admite-se em alternativa blocos de betão perfurado D = 100

mm.

As valas terão a largura necessária ao estabelecimento dos cabos em esteira com uma distância

mínima entre os eixos de dois cabos vizinhos bem com entre eixos dos cabos extremos e as

paredes da vala de 0,10 m do mínimo. Todavia a menor largura admitida para as valas será de

0,40 metros, correspondentes à instalação até três cabos no máximo. O preenchimento das valas

e sua compactação deverá efectuar-se de modo a não dar lugar a assentamentos.

O Adjudicatário obriga-se a fazer a reposição dos pavimentos nas condições existentes à data da

abertura da vala, bem como remover as terras sobrantes. Antes da execução o Empreiteiro

submeterá à aprovação da Fiscalização os traçados previstos.

Para facilitar a chegada dos cabos de comunicação e de sinalização a partir da rede exterior

serão previstas caixas de visita subterrâneas com as seguintes dimensões gerais 0,65 x 0,65 x

0,65 m, em alvenaria simples, esboçada, rebocada e queimada interiormente à colher. A tampa

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será igualmente executada, em betão armado, ou chapa xadrez. Estas caixas serão ligadas ao

interior dos edifícios respectivos por tubos IRL 3221 (VD) ou ICA 3421 (ERM) de diâmetro

adequado.

Igualmente, para facilitar as entradas e saídas de cabos de energia do edifício, serão instaladas

caixas idênticas às descritas no ponto anterior com as dimensões necessárias mas nunca

inferiores a 0,65x0,65x0,65 m.

Em caso algum deverão coexistir nas mesmas caixas de visita, cabos de potência com cabos de

tensão reduzida, sem que sejam salvaguardadas as distâncias regulamentares.

Sempre que a densidade/secção de cabos o justifique, serão instaladas contiguamente tantas

caixas de visita quantas as necessárias.

3.4 INSTALAÇÃO DE CABOS ELÉCTRICOS DE BT E IP NO EX TERIOR

1. No exterior os cabos de BT serão instalados em vala, devidamente sinalizados, balizados e

protegidos nas travessias e em zonas rodoviárias. Não serão admitidos cabos sem bainha de fita

de aço, enterrados directamente no solo.

2. Os cabos sem bainha de fita de aço, serão protegidos em toda a sua extensão por tubo

PEAD.

3. A tipologia da vala para os cabos de IP obedecerá ao prescrito nas partes aplicáveis para as

“valas tipo da EDP” e será conforme se indica no desenho de pormenor anexo.

4. Os cabos de BT/IP instalados em vala ficarão a uma profundidade mínima de 70 cm entre

duas camadas de areia de 10 cm cada, cobertos em toda a sua extensão por lajetas de betão

armado 15 x 30 cm. Sobre as lajetas será colocada uma camada de terra cirandada, com

espessura não inferior a 10 cm e sobre esta, uma fita de sinalização em toda a extensão do cabo.

Sobre a fita será colocada uma camada, de 20 cm, de terra limpa, que será bem compactada e

sobre a qual assentará uma rede de sinalização em toda a longitude. Seguir-se-á uma camada de

terra limpa compactada sobre a qual assentará o pavimento. As lajetas deverão ser dispostas de

tal modo que entre cada duas contíguas não fiquem interstícios que possam permitir a entrada de

qualquer ferramenta contundente. Sobre a camada de terra cirandada deverá colocar-se uma

segunda camada, isenta de pedras cuja presença possa vir a danificar o isolamento do cabo.

5. As valas terão a largura necessária ao estabelecimento dos cabos em esteira com uma

distância mínima entre os eixos de dois cabos vizinhos bem com entre eixos dos cabos extremos

e as paredes da vala de 0,10 m do mínimo. Todavia a menor largura admitida para as valas será

de 0,40 metros, correspondentes à instalação até três cabos no máximo. O preenchimento das

valas e sua compactação deverá efectuar-se de modo a não dar lugar a assentamentos.

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6. O Adjudicatário obriga-se a fazer a reposição dos pavimentos nas condições existentes à

data da abertura da vala, bem como remover as terras sobrantes. Antes da execução o

Empreiteiro submeterá à aprovação da Fiscalização os traçados previstos, que deverão ser

previamente coordenados com os restantes caminhos de cabos das outras infra-estruturas a

executar ou já existentes.

3.5 TUBAGEM DE PROTECÇÃO DAS CANALIZAÇÕES ELÉCTRICA S

1. Os tubos de protecção integrantes das canalizações eléctricas, ocultas e à vista, a instalar,

assim como dos acessórios, deverão obedecer às normas nacionais em vigor. Não serão de

qualidade inferior aos IRL 3221 (VD) ou ICA 3421 (ERM) da Legrand ou equivalente.

2. Os tubos a utilizar serão de cloreto de polivinilo rígido, de características não inferiores às

dos classificados sob o código 5.101.100. Os diâmetros nominais serão os indicados no projecto,

não havendo tubos inferiores D = 16 mm e 1,2 mm de espessura.

3. Os tubos quando não ocultos ou embebidos, ficarão fixados às superfícies de apoio por

meio de braçadeiras apropriadas, colocadas a distâncias não superiores a 0,80 m.

4. Em tubagem de diâmetro nominal exterior não superior ao IRL 3221 (VD) 25, as curvas

poderão ser feitas com o próprio tubo, executado a frio, mas de modo a não danificá-las nem a,

provocar-lhe a redução do respectivo diâmetro. De preferência, dever-se-á utilizar curvas pré-

fabricadas do mesmo material do tubo. O raio de curvatura mínimo dos tubos não deverá ser

inferior a dez vezes o diâmetro exterior do tubo.

5. Os tubos serão instalados de maneira a constituírem uma rede contínua de caixa, a caixa

na qual os condutores possam em qualquer altura sem grande esforço, (e sem necessidade de

guias) serem enfiados e desenfiados, sem prejuízo para o respectivo isolamento.

6. As ligações dos tubos entre si e destes às caixas, deverão ser executadas com os

acessórios adequados do mesmo tipo de material (com entrada e batentes, boquilhas roscadas,

com ou sem porca), e devidamente colados (Plasticola ou cola diluente Solverit), não devendo

haver rebarbas que possam prejudicar o isolamento dos condutores. Não será permitida a

abocardagem dos tubos.

7. Será previsto o emprego de caixas de derivação e de passagem em quantidade suficiente,

para se garantir o enfiamento fácil da tubagem. Normalmente não deverá existir mais de duas

curvas em cada troço, nem comprimentos rectos superiores a 10 m.

8. No estabelecimento de canalizações eléctricas na proximidade com outras canalizações, e

nos espaços ocos, dever-se-á ter em conta o preconizado no RTIEBT.

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3.6 PROTECÇÕES MECÂNICAS E LIGAÇÕES DE CABOS

1. Condutas

1.1. Condutas para travessias de via pública

1.1.1. As travessias de via pública, serão construídas de duas formas distintas, consoante as

características dos tubos a utilizar e o material envolvente dos mesmos.

1.1.2. Genericamente as travessias de via pública para canalizações eléctricas subterrâneas ou

Telesserviços, serão construídas com tubos de PVC ou PEAD assentes no fundo duma vala

aberta perpendicularmente à via e com uma profundidade tal que os tubos da camada superior

garantam a profundidade mínima regulamentar para o atravessamento da via por cabos de BT ou

MT (1º e 2º classes de tensão) ou Telesserviços, mas nunca inferior a 0,80m.

1.1.3. Os tubos, na quantidade definida no projecto (quantidade e tipo a confirmar com a

Fiscalização durante a fase de abertura da vala), serão dispostos numa única ou várias camadas,

consoante a disponibilidade do terreno e a prática local de execução, evitando-se sempre, tanto

quanto possível, a proximidade das mesmas com outras infra-estruturas subterrâneas existentes

ou projectadas.

1.1.4. Os tubos, que vierem a constituir reserva para posterior utilização, deverão ser

cuidadosamente tamponados nos extremos com tampões apropriados ou improvisados feitos de

desperdício de plástico ou papel e argamassa fraca.

1.1.5. A sinalização dos tubos será garantida através de rede de sinalização aplicada a 0. 30m a

partir do nível do pavimento em conjunção com fita de sinalização aplicada sobre a última camada

de areia de envolvimento dos tubos.

2. Protecção e sinalização das canalizações subterrâneas

2.1. Em conformidade com os regulamentos de segurança em vigor todos os cabos enterrados

directamente no solo, deverão ser sinalizados. Os cabos que não disponham de armadura, serão

protegidos suplementarmente por meio de dispositivos adequados, estrategicamente localizados

no solo.

3. Sinalização de cabos subterrâneos

3.1. A sinalização será feita através do posicionamento de lajetas de betão armado ou lousas

colocadas sobre os cabos a 0,10 m de distância destes e ainda, colocando rede plástica

longitudinalmente sobre os cabos a uma profundidade aproximada de 0,30 m e fita de sinalização

nas mesmas condições de instalação conforme desenhos ilustrando os diversos perfis tipo de

valas e posicionamento nas mesmas, dos cabos subterrâneos.

4. Protecção mecânica dos cabos

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4.1. A protecção mecânica dos cabos enterrados directamente no solo, será assegurada

conforme exigido regulamentarmente, posicionando na vala e sobre os cabos e a uma distância

destes de 0,1 m, lajetas de betão armado ou material com índice de protecção equivalente,

dispostas transversalmente.

5. Corte e selagem de cabos

5.1. Sempre que decorra das obrigações contratuais duma tarefa, a necessidade de

manuseamento e corte de um cabo deverá o Adjudicatário proceder à imediata selagem das

pontas, de forma a garantir a não introdução de humidade, considerando-se que os encargos com

o fornecimento e aplicação dos materiais requeridos para a selagem, estão integrados no preço

da tarefa que deu origem ao corte de cabo.

5.2. A selagem dos cabos será feita em princípio com recurso à aplicação de capacetes

termorretrácteis com adesivo térmico na face interior. Os capacetes deverão ter a dimensão

tecnicamente adequada ao diâmetro exterior do cabo a selar e apresentar exteriormente inscrição

do nome do fabricante.

5.3. A técnica de aplicação respeitará as recomendações dos fabricantes dos capacetes e do

cabo.

5.4. Quando o cabo tiver bainha de chumbo, poderá a selagem ser realizada com recurso a

soldadura.

6. Terminações, uniões e derivações em cabos de BT

6.1. Na execução de terminações e uniões, deverão ser tomados cuidados especiais

relativamente à higiene e limpeza dos equipamentos, ferramentas e mesmo do local de trabalho.

6.2. Deverão ainda ser rigorosamente seguidas as prescrições dos fabricantes e as normas e

recomendações da EDP quando aplicáveis, nomeadamente na preparação e fixação dos cabos e

na cravação de uniões e terminais.

7. Execução de trabalhos

7.1. Tanto quanto possível evitar-se-á a execução destes trabalhos em dias e horas de grande

humidade atmosférica ou elevadas temperaturas.

7.2. No caso da execução ser ao ar livre deverão ser tomadas as medidas necessárias no

sentido de evitar a existência de poeiras ou grandes humidades.

8. Termorretrácteis

8.1. Em terminações de material termorretráctil será utilizado, de preferência maçarico a gás

propano.

8.2. Os bicos a utilizar serão próprios para o efeito e a regulação da chama será tal que não

altere as características do material.

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9. Ligadores

9.1. Na aplicação dos ligadores de união e terminais deverão ser rigorosamente cumpridas as

prescrições dos fabricantes desses materiais.

9.2. Em princípio serão utilizados ligadores terminais e de união fabricados segundo a Norma

Francesa

HN-681S190 pelo que a cravação será executada por punção respeitando a sequência indicada

pelo fabricante quer se trate de uniões ou terminais. No caso de cabos sectoriais deverá ser

efectuado arredondamento prévio com as matrizes de arredondamento adequadas.

9.3. As ferramentas de cravação serão as indicadas para o efeito e devem apresentar-se em

óptimo estado de conservação e limpeza. Deverão, em qualquer caso garantir a pressão de

cravação exigida na citada norma.

10. Ligação à terra

10.1. Nas terminações, a ligação da bainha á terra far-se-á utilizando trança de cobre flexível de

16mm² de secção e de acordo com as instruções do fabricante e tipo de cabo.

10.2. A continuidade eléctrica entre a bainha e a trança será garantida através de uma

braçadeira, com parafuso apertado ao binário adequado.

10.3. Na ligação ao barramento do circuito de terra de protecção ou de serviço, utilizar-se-ão

terminais de cravar de cobre estanhado com a secção adequada.

11. Continuidade eléctrica

11.1. Nas uniões, deverá ser dada continuidade às bainhas dos cabos segundo os métodos

adoptados por cada fabricante mas ficando sempre garantida uma boa continuidade eléctrica.

12. Esforços dinâmicos

12.1. Na fixação das terminações deverá haver um cuidado especial no que concerne aos vãos

de fixação do cabo e terminações de modo a que os cabos, ao serem sujeitos a esforços

dinâmicos anormais, não possam vir a provocar o desaperto dos ligadores terminais ou alterações

dos equipamentos de ligação desses cabos.

13. Ligações de cabos

13.1. Em qualquer ligação de cabo de BT a um equipamento deverá ser cuidadosamente limpa a

superfície de contacto e, sempre que for julgado conveniente, serão utilizadas massas de

contacto de qualidade reconhecida pela Fiscalização.

13.2. Os parafusos a utilizar deverão ser do tipo indicado para cada situação (material de

composição, dimensões, passo da rosca, dimensões e tipos de anilhas, etc.) e apertados com o

binário de aperto adequado.

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13.3. Os ligadores de BT a utilizar serão de aperto independente ou de aperto simultâneo. Em

qualquer dos casos deverão ser rigorosamente cumpridas as instruções de montagem dos

fabricantes, as boas regras da arte e as instruções da Fiscalização e do concessionário da rede

pública se for caso disso. Deverá haver sempre um especial cuidado na limpeza das zonas de

contacto e na boa utilização das ferramentas, nomeadamente das chaves dinamométricas.

3.7 PROTECÇÃO DE PESSOAS

1. Sistemas de protecção de pessoas

1.1. A protecção das pessoas contra contactos directos considerar-se-á assegurada pelo

cumprimento de todas as disposições de segurança prescritas no RTIEBT.

1.2. A protecção das pessoas contra contactos indirectos será assegurada pela ligação de todas

as massas metálicas à terra de protecção.

2. Terras

2.1. O regime de neutro praticado na rede de BT é o regime TT.

2.2. Em cada quadro eléctrico, existirá um barramento de terra, o qual será ligado ao ligador da

caixa de medição de terras, devendo estar de acordo com no RTIEBT. Associado a cada quadro

eléctrico existirá um eléctrodo de terra de protecção.

2.3. Cada uma das colunas dos aparelhos de iluminação será devidamente ligada à terra de

protecção por meio de eléctrodo individual do tipo vareta ou piquet, executado de acordo com o

no RTIEBT.

2.4. Estes eléctrodos serão estabelecidos rigorosamente de acordo com o descrito a esse

respeito nos Regulamentos de Segurança de Subestações e Postos de Transformação e de

Seccionamento e no RTIEBT.

2.5. Os eléctrodos serão executados, utilizando conjuntos de três varetas de aço recobertas a

cobre por via electrolítica com um mínimo D = 15 mm e 2 m de comprimento, enterrado

verticalmente à profundidade regulamentar não inferior a 0,80 m envolvido em carvão vegetal e

munido do respectivo tubo de rega provido de tampão. Serão implantados tantos conjuntos

quanto o necessário para se obter uma resistência de terra inferior a 10 ohms medidos no Verão.

A união amovível destinada à medição das características de terra será instalada em caixa em

chapa de aço com tampa aparafusada e acabamento idêntico ao do quadro eléctrico. O ligador

amovível deve ser constituído por uma barra de cobre com a secção mínima de 50 mm², fixada

em dois pernos.

2.6. Os condutores de terra e de protecção não deverão ter emendas no seu percurso, e as

interligações necessárias serão sempre execu¬tadas por apertos mecânicos, sem soldadura, de

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superfície bem dimensionada. Estes salvaguardarão uma perfeita continuidade, e uma

minimização de resistência de contacto, nos sistemas das terras. Deverá ter-se em especial

consideração o exposto no RTIEBT.

2.7. Em relação às armaduras de iluminação e face ao seu tipo, optou-se por considerar a

ligação à terra de cada uma delas por meio de condutor de terra que é parte integrante das

canalizações que as alimentam.

3. Protecção contra contactos indirectos

3.1. Complementando a ligação à terra de protecção, em cada quadro eléctrico, os circuitos que

alimentam equipamentos eléctricos ao alcance directo das pessoas serão protegidas em

pequenos grupos, por aparelhos diferenciais de média sensibilidade.

4. Protecção contra contactos directos

4.1. A instalação será executada de acordo com o prescrito a este respeito no RTIEBT.

3.8 MEDIDOR DE CAUDAL DE SENSOR COMBINADO RADAR,

DOPPLER, ULTRASSÓNICO E PRESSÃO

Deverá ser próprio para medição de caudal no interior de tubagens circulares ou galerias com

soleira em meia cana.

Deverá garantir a medição para escoamentos em superfície livre ou em carga no local de

instalação.

O sensor combinado será instalado no interior de câmaras de visita, sendo colocado na soleira da

tubagem ou de galeria na chegada à câmara de visita por meio de fixações em aço inoxidável.

A alimentação e comunicação entre o sensor e a restante eletrónica será feita através de cabos

elétricos.

Características gerais do equipamento:

- Principio de Medida: Medição da velocidade do escoamento através do princípio de CW-

Doppler;

- Gama de medida: -6 / +6 m/s;

- Sensor de Nível: Piezoresistivo de pressão (elemento de compensação de pressão

incluído);

- Gama de medida: 0 a 350cm;

- Tensões nominais de funcionamento de 24 V DC ou 120/230 VAC

- Classe de proteção: IP68

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Os sensores serão instalados com abraçadeira de montagem em Aço Inoxidável (AISI 316) -

flexível para tubagens circulares DN 250.

O sensor deverá ser ligado a um transmissor e efectuará a medição da velocidade do

escoamento através do princípio CW-Doppler. O transmissor deverá ter integrado sistema de

alimentação elétrica com painel fotovoltaico com potência de 10 W, devendo igualmente estar

munido de 2 baterias recarregáveis. O transmissor e painel terão revestimentos em alumínio e

vidro blindado e terão protecção IP 68.

O transmissor deverá ter incorporado datalloger com transmissor GPRS, sendo que o protocolo

de comunicações deverá ser em ModBus ou DNP3. O fornecedor do equipamento de medição de

caudal, deverá disponibilizar os endereços do caudal instantâneo, dos volumes, dos alarmes, e de

todos os outros dados que a instalação disponibilizar, de modo a que os mesmos sejam tratados

e disponibilizados ao dono de obra.

O painel solar, deverá ser colocados sobre suporte vertical, de forma a melhorar a sua exposição

solar e assegurar a sua proteção contra actos de vandalismo.

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ANEXOS

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ANEXO A

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ANEXO B

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