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Ficha VIII. - CAMINHO DE PERFEIÇÃO- I Caminho 22-25: “Começa a tratar da oração” II. Convicção fundamental: a oração é sobretudo relação pessoal. Pistas de leitura. Depois de começar a tratar de oração pelas atitudes fundamentais, centra-se agora na convicção básica: a oração é sempre e sobretudo relação pessoal (“tratar de amizade”: V 8, 5); portanto, não é lógico pôr em confronto os diferentes tipos de oração, como faziam os “letrados”, mas sim que os diferente tipos ou métodos hão-de tender a essa mesma relação e podem inclusive complementar-se para isso. -Que tipos de oração nomeia e define, pelo menos brevemente, nestes capítulos? -Que relação existe entre eles? Em qual se centra, porquê e quais as suas exigências fundamentais? Para reflectir, rever a vida, interceder, agradecer, contemplar… 1. “Não é razão que, por Ele ser bom, sejamos nós descomedidos” (22,4): revê, agradece… 2. “Porque, cá nesta terra, não se têm em conta as pessoas para lhes dar honras, por muito que as mereçam, mas sim suas fazendas…” (22, 4-5): de novo, revê, intercede, agradece… 3.Ao mesmo tempo que a Santa insiste na convicção fundamental, também reitera e concretiza aquela determinação-chave, segundo os capítulos anteriores: além do propósito firme de perseverar no caminho da oração (cap. 23, título), tem de se ser fiel a um tempo concreto e autenticamente dedicado a ela (23, 2). Portanto, revê…sem perder de vista, evidentemente, o parágrafo 23, 3). 4. A propósito dessa necessária determinação, insiste em três razões interessantes a favor: - Razão de amor (23,1-3): “a quem tanto nos tem dado e continuamente dá”, vamos tirar- lhe esse pouquinho tempo dedicado à oração? - De estratégia defensiva ascética (23,4): o demónio não se atreve com os determinados, mas sim muito com os inconstantes. - De eficácia psicológica (23,5-6): como quem sabe que a batalha é de vida ou morte, que luta sem pensar na rendição (5a). E aqui, melhor, pois já foi dito que há sempre prémio (5b), como garante o Evangelho (6). - Tens ou conheces experiências que te confirmem estas razões, particularmente as duas últimas? … 5.Embora a oração vocal possa parecer a forma menos interiorizada e interiorizante da oração, há pessoas e situações para as quais ela é imprescindível: entendimentos desenfreados (19,2); pessoas atemorizadas pelo ambiente (24,1); situações de bloqueio

Caminho 22 25

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Caminho 22 25 - S. Teresa

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  • Ficha VIII. - CAMINHO DE PERFEIO- I Caminho 22-25: Comea a tratar da orao II. Convico fundamental: a orao sobretudo relao pessoal. Pistas de leitura. Depois de comear a tratar de orao pelas atitudes fundamentais, centra-se agora na convico bsica: a orao sempre e sobretudo relao pessoal (tratar de amizade: V 8, 5); portanto, no lgico pr em confronto os diferentes tipos de orao, como faziam os letrados, mas sim que os diferente tipos ou mtodos ho-de tender a essa mesma relao e podem inclusive complementar-se para isso. -Que tipos de orao nomeia e define, pelo menos brevemente, nestes captulos? -Que relao existe entre eles? Em qual se centra, porqu e quais as suas exigncias fundamentais? Para reflectir, rever a vida, interceder, agradecer, contemplar 1. No razo que, por Ele ser bom, sejamos ns descomedidos (22,4): rev, agradece 2. Porque, c nesta terra, no se tm em conta as pessoas para lhes dar honras, por muito que as meream, mas sim suas fazendas (22, 4-5): de novo, rev, intercede, agradece 3.Ao mesmo tempo que a Santa insiste na convico fundamental, tambm reitera e concretiza aquela determinao-chave, segundo os captulos anteriores: alm do propsito firme de perseverar no caminho da orao (cap. 23, ttulo), tem de se ser fiel a um tempo concreto e autenticamente dedicado a ela (23, 2). Portanto, revsem perder de vista, evidentemente, o pargrafo 23, 3). 4. A propsito dessa necessria determinao, insiste em trs razes interessantes a favor: - Razo de amor (23,1-3): a quem tanto nos tem dado e continuamente d, vamos tirar-lhe esse pouquinho tempo dedicado orao? - De estratgia defensiva asctica (23,4): o demnio no se atreve com os determinados, mas sim muito com os inconstantes. - De eficcia psicolgica (23,5-6): como quem sabe que a batalha de vida ou morte, que luta sem pensar na rendio (5a). E aqui, melhor, pois j foi dito que h sempre prmio (5b), como garante o Evangelho (6). - Tens ou conheces experincias que te confirmem estas razes, particularmente as duas ltimas? 5.Embora a orao vocal possa parecer a forma menos interiorizada e interiorizante da orao, h pessoas e situaes para as quais ela imprescindvel: entendimentos desenfreados (19,2); pessoas atemorizadas pelo ambiente (24,1); situaes de bloqueio

  • (24,4-5); e aqueles que Deus quer (por ex., 18,3; 19,2). Qual a tua opinio? Tens experincia de algum destes casos? Pudeste ajudar algum de um modo similar? Rev, ora 6. A esta altura do tema, certamente est mais claro que a orao , antes de mais, ateno ao Outro, relao com Ele. Portanto, no se pode reduzir a repetir palavras mecanicamente; a isso contribui a soledade que a orao exige sempre (24,4): no s apartamento, mas sobretudo recolhimento, estar concentrados no Amigo: Este tipo de soledade (.) ser possvel e exercitvel em plena reza de grupo [tambm e especialmente na liturgia], na medida em que a ateno aos outros no interfira nem obnubile o primado da ateno a Ele2. Reflecte, rev, ora 7. No obstante o anterior, h quem diz no poder rezar seno vocalmente, como desculpa para se poupar ao esforo, ao hbito de se recolher (24,6). Uma vez mais, rev, ora 8. No cap. 25, a Santa Madre define claramente os trs tipos de orao dos que tem vindo a tratar em todo este conjunto, e tambm a sua relao, a possibilidade de passar de um a outro: tens experincia de alguma coisa assim?