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CAMPANHA DE SOBREVIVÊNCIA À SEPSE Não retarde o atendimento à espera de vaga em UTI. TEMPO É VIDA!

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CAMPANHA DESOBREVIVÊNCIAÀ SEPSE

Não retarde o atendimento à espera de vaga em UTI.

TEMPO É VIDA!

APRESENTAÇÃO

Em novembro de 2012, o Hospital Alberto Rassi – HGG assinou termo de adesão ao projeto Controlando a infecção, sobrevivendo à sepse, desenvolvido pelo Ministério da Saúde em parceria com o Hospital Albert Einstein. O objetivo é combater essa doença grave, responsável por números alarmantes.

A sepse é uma das doenças fatais mais comuns em todo o mundo. Estima-se que de 20 a 30 milhões de pacientes sejam atingidos anualmente e que, por hora, mil pessoas morram. São 8 milhões de vidas perdidas a cada ano. Nos países em desenvolvimento, a sepse responde por 60 a 80% das mortes na infância. São mais de 6 milhões de neonatos e crianças e 100 mil parturientes afetados anualmente.

ESSA REALIDADE ESTÁ PRÓXIMA DE NÓS! A mortalidade por sepse no Brasil é de 50 a 60%. A sepse é a maior causa de morte neste

hospital. A cada hora de atraso na administração do

antibiótico a mortalidade do paciente aumenta em 7%.

Por isso, o Hospital Alberto Rassi – HGG participa da CAMPANHA DE SOBREVIVÊNCIA À SEPSE.

Tenha sempre este manual com você. Apoie e compartilhe esta causa!

TEMPO É VIDA!

TRATAMENTO CORRETO = DETECÇÃO PRECOCE

CAMPANHA DESOBREVIVÊNCIA

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Não retarde o atendimento à espera de vaga em UTI

SEPSE = Infecção + SRIS(pelo menos 2 dos critérios/sinais)

SEPSE GRAVE = Sepse + Disfunção orgânica(pelo menos de 1 órgão)

CHOQUE SÉPTICO = Hipotensão persistente,não responsiva a volume (refratária)

Atendimento ao paciente comsepse grave/choque séptico

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SEPSE GRAVE DEVE SER SUSPEITADA EMTODOS OS PACIENTES COM QUADRO INFECCIOSO

A equipe multidisciplinar deve estar atenta a presença de sinais de resposta inflamatória sistêmica, que definem a presença de sepse:

•T central > 38,3ºC ou < 36ºC• FR > 20 rpm ou PaCO <32mmHg

²• FC > 90 bpm• Leucócitos totais > 12.000/mm³ ou < 4.000ou presença de >10% de formas jovens

A PRESENÇA DE DISFUNÇÃO ORGÂNICA DEFINE O DIAGNÓSTICO DE SEPSE GRAVE. FIQUE ATENTO PARA:

• hipotensão (PAS<90, PAM<65 ou queda de 40mmHg na PA basal)

• diurese < 0,5ml/Kg/h ou elevação abrupta da creatinina

• necessidade de suplementação de oxigênio (PaO /FiO < 250)² ²

• coagulopatia: plaquetopenia < 100.000/mm³ ou redução de 50%em relação ao valor registrado nos últimos 3 dias ou INR > 1,5

• acidose metabólica inexplicável: déficit de bases ≤ 5,0 mEq/Le lactato > 1,5 vezes o valor normal

• rebaixamento do nível de consciência, agitação ou delirium

• aumento significativo de bilirrubinas (> 2 vezes o valor de referência)

A ausência dos critérios de SIRS não exclui o diagnóstico de sepse grave. Alguns pacientes, principalmente idosos e imunossuprimidos, não apresentam esses sinais. Assim, na presença de uma dessas disfunções, sem outra explicação plausível, pense em sepse e inicie as medidas preconizadas.

LEMBRE-SE

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ABORDAGEM INICIAL DA ENFERMAGEM

Nos locais onde o laboratório é responsável pela coleta, o funcionário deve estar no setor preparado para a coleta dos exames do protocolo em 15 minutos

ANOTE O HORÁRIO EM QUE REALIZOU O PROCEDIMENTO ACIMA

ATENDIMENTO AO PACIENTE COM SEPSE GRAVE/CHOQUE SÉPTICO

Pelo menos 2 critérios de SRIS

Pelo menos 1 disfunção orgânica

Infecção

PERANTE SUSPEITA CLÍNICA DE SEPSE GRAVE, SEGUIR OS SEGUINTES PASSOS

PASSO 1obrigatório em todos os casos

Coletar lactato + hemoculturas + culturas de sítios pertinentes

utilize ROTINA especíica para o protocolo sepse

acione o proissional responsável pela coleta*

PASSO 2obrigatório em todos os casos

Iniciar antibioticoterapia

empírica em 1 hora

consulte o guia da CCIH para a escolha do antimicrobiano

prescreva o antibiótico com horário

notifique a enfermeira responsável pelo leito para administração imediata

PASSO 3Se lactato > 2 x o valor normal ou hipotensãoOTIMIZAÇÃO

HEMODINÂMICACaso seja comprovado posteriormente não se tratar de

sepse, sempre poderemos suspender a antibioticoterapia

Tempo ideal máximo para resultado do lactato = 30 min

*Colha Kit sepse – hemocultura, gasometria arterial/lactato, hemograma, creatinina, bilirrubinas, coagulograma.

Enfermeira

Provável Sepse grave

Providencia acesso venoso periférico calibroso

Chama o médico referência

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PACOTE DE MANEJO. DEVE SER FINALIZADO NAS PRIMEIRAS 24 HORAS:

INSTITUTO LATINO AMERICANO DE SEPSE Telefone: (11) 3721-6709

Rua Pedro de Toledo, 980 – cj 94 – São Paulo – SP

Apoio

CAMPANHA DE SOBREVIVÊNCIA A SEPSE

PROTOCOLO DE SEPSE GRAVE E CHOQUE SÉPTICO

CORTICOSTERÓIDES

CONTROLE GLICÊMICO

VENTILAÇÃO PROTETORA

PROTEINA C ATIVADA

FAÇA NOSSO CURSO DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA.

• Somente nos pacientes que necessitam de altas doses de vasopressor• Administrado em baixas doses (hidrocortisona 50mg EV a cada 6 h)• Não utilizar na ausência de choque (exceto se o doente já fazia uso prévio)

• Manter níveis de glicemia entre 80 e 180 mg/dl• Iniciar o controle glicêmico com a infusão endovenosa de insulina em pacientes com instabilidade hemodinâmica

• Manter pressão de platô inspiratório ≤ 30 cmH2O • Ventilar com volume corrente 6 a 8 ml/kg• É tolerável hipercapnia (hipercapnia permisiva)

• Medicação não padronizada

Para informações adicionais acesse nosso site: www.sepsisnet.org

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Anotações: