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CANAIS PARA FUNDIDOS DE FERRO PROPRIEDADES MECâNICAS FUNDIDO VERMICULAR O APERTO NO SUPRIMENTO ANO XVII | Julho de 2014 | Edição 170 | www.abifa.org.br

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CANAIS PARA FUNDIDOS DE FERROPROPRIEDADES MECâNICAS FUNDIDO VERMICULARO APERTO NO SUPRIMENTO

ANO

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eDITORIAL

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revista de julho aborda como tema de pauta a produção de ferro fundido e suas princi-pais matérias-primas: ferro gusa e sucata ferrosa. Em

volume e valor os fundidos de ferro são os que mais se destacam no segmento de fundição e de forma análoga os insumos utilizados são motivos de frequentes abordagens.

Como fazíamos nos anos ante-riores, promovemos pelo menos uma reunião por ano nos es-tados em que temos escri-tórios regionais para uma aproximação maior com nossos associados mais distantes da sede em São Paulo.

No mês de julho a vez foi de Minas Ge-rais, onde realizamos a nossa reunião plená-ria mensal em Itaúna, que foi precedida de uma apresentação sobre a carac-terização e competitividade da Indústria de Minas Gerais. A presença foi considerável e foi uma oportunidade para melhor divulgar as atividades da Regional de MG e avaliar o de-sempenho da indústria de fundição em Minas Gerais.

Ainda naquele dia, pela manhã estivemos em reunião com os produtores de ferro gusa, na sede do Sindifer, entidade de classe que os representa. Nesta reunião, foi colocada a situação atual e expectativas desse segmento da indústria e toda a problemática que estão enfrentando com o novo código fl orestal, no abastecimento de carvão vegetal, fonte de energia na produção do ferro gusa.

A distribuição desta revista coincide com o pós Copa do Mundo de Futebol e a volta gradativa à realidade. A pro-dução no mês de junho teve uma queda de quase 20% em relação a junho do ano passado, mas não dá para atribuir tal insucesso apenas aos feriados por conta dos jogos da Copa do Mundo. Tivemos uma retração nos últimos me-ses em função de uma conjunção de fatores internos e

externos. Porém, no âmbito interno esperamos medidas mais drásticas que terão que acontecer no pós-eleição. Temos uma infl ação represada com vários preços públicos a serem ajustados. O nosso custo interno junto com uma pesada burocracia, logística defasada, câmbio, impostos, entre outros, são fatores que afetam a competitividade da indústria instalada no Brasil favorecendo nossos competi-

dores em qualquer lugar do mundo.Na ABIFA continuamos enfatizando a questão da competitividade até pela

própria sobrevivência do nosso Setor. Na primeira parte da

próxima reunião plenária em agosto, teremos mais uma

apresentação desse tema buscando esclarecer e incentivar as ações que venham a reverter o curso desta disputa que por enquanto estamos perdendo.

Boa leitura a todos!

Remo De SimonePresidente da ABIFA/SIFESP

A“O nosso custo interno junto

com uma pesada burocracia,

logística defasada, câmbio, impostos,

entre outros, são fatores que afetam a

competitividade da indústria instalada no

Brasil favorecendo nossos competidores

em qualquer lugar do mundo.”

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editorial

Notas e Informações

Comissão do Aço / Apresentação da Metso

Presidente da ABIFA e do IPT se encontram para reunião

Gestão empresarial

De Amigo para Amigo

Competitividade

Jurídico

Matéria especial

Fernando Gurgel, da Fundição Cearense Durametal

entretenimento

Cultura

eventos

Palestra

Plenária Maio

Plenária Junho

entrevista

Marco Polo - Instituto do Aço

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Edição 170Julho de 2014

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Perfil do Associado

65 anos da Lepe

Regionais da ABIFA

Minas Gerais

Paraná / Sta. Catarina

Rio Grande do Sul

Comunicados ABIFA/SIFeSP

CONAF

FeNAF

Apex-Brasil

Técnicos

ABNT/CB-59

Cadernos Técnicos

Agenda

Cursos

Comissões

Índices Setoriais

Lista Anunciantes

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eXPeDIeNTe| J

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Diretor da Revista

Coordenação Geral / Editor

Diretora de Arte

Assistente de Arte

Assistente de Comunicação

Coordenador Técnico

Tradução

Colaboradores

Capa

Fotos e Imagens

Gerência Comercial

Representantes

RegionalMinas Gerais

RegionalParaná / Sta. Catarina

Regional Rio Grande do Sul

Conselho Editorial

REVISTA DA ABIFA

Valdir Santoro

Jurandir Sanches CarmelioMTB - 63.420

Thais Moro

Bruno Henrique NunesGabriela Maciel

Cristina Marques de Brito

Weber Büll Gutierres

Roberto SeabraTranxlate

Leidiane FonsecaLylian Fernanda CamargoPatrícia QueirozThais OliveiraThaís Pina

Bruno Henrique Nunes (desenvolvimento)Jurandir Sanches Carmelio (criação)

Cristina Marques de BritoRafaela SantanegraStockschng (banco de imagens)

Eduardo [email protected]@abifa.org.brTel.: (11) 3549-3344 São PauloDorival Pompê[email protected].: (11) 9 8135-9962

Paulo J. F. [email protected].: (11) 9 8273-8789

Rita [email protected].: (11) 9 8491-0049

Walter [email protected].: (11) 9 8817-6996

Samuel Gomes [email protected].: (37) 3249-1788 (37) 9121-0336

Rangel Carlos [email protected][email protected].: (47) 3461-3340 (47) 3461-3368

Grasiele [email protected].: (51) 3590-7738 (51) 9389-6160

Adalberto B. S. Santos, Aldo Freschet, Amândio Pires, Antônio Diogo F. Pinto, Augusto Koch Junior, Ayrton Filleti, Ênio Heinen, Fernando Lee Tavares, Hugo Berti, Ricardo Fuoco, Weber Büll Gutierres, Wilson Guesser.

Av. Paulista, 1.274 – 20ºe 21º andarCEP 01310-925Tel.: (55 11) 3549-3344 Fax: (55 11) 3549-3355 [email protected]

Av. Aluísio Pires Condeixa, 2.5502º andar - SaguaçuCEP 89221-750 – Joinville – SCTel./Fax: (55 47) [email protected]

Rua Capitão Vicente, 129 – 3o andarEd. CDE – CEP 35680-056Itaúna – MGTel.: (55 37) [email protected]

Rua José Bonifácio, 204 sala 03CEP 93010-180 São Leopoldo – RSTel./Fax: (55 51) 3590 - [email protected]

L2 Propaganda, Comunicação e DesignRua João Moura, 350 – cj. 2CEP 05412-001 – São Paulo – SPTel.: (55 11) 2528-4951www.L2propaganda.com.br

VOX

ACF Alfonso Bovero

Giesserei - AlemanhaFoundry Trade Journal - InglaterraFoundryman - ÍndiaMoldeo Y Fundicion - MéxicoEl Fundidor - ArgentinaModern Casting - EUAFundição - Portugal

[email protected]@[email protected]@[email protected]@[email protected]@abifa.org.br

8 mil exemplaresPapel Couché Fosco 90gPapel Couché Fosco 170g

WFO - World Foundry Organization

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE FUNDIÇÃO

ABIFA

Regional Paraná / Sta. Catarina

Regional Minas Gerais

Regional Rio Grande do Sul

Arte e Produção

Impressão

Distribuição

Parceria – Intercâmbio

Fale ConoscoestatísticaFinanceiroImprensa

PublicidadeRecursos Humanos

RevistaSecretário executivo

Técnico

TiragemMioloCapa

Filiada a

• Anuário - Guia de Fundições• Revista da ABIFA • Dicionário de Fundição e Tratamento Térmico (Português - Inglês)• Dicionário de Usinagem e Tratamento Térmico (Português - Inglês)• Dicionário de Fundição Português-Alemão• Coletânea de Trabalhos Técnicos 2014

Publicações

A Revista da ABIFA é uma publicação mensal da ABIFA – Associação Brasileira de Fundição – dirigida à toda cadeia produtiva do setor, às indústrias de fundição, seus fornecedores de produtos, serviços e clientes.Os artigos assinados são de respon sabilidade de seus autores e não necessariamente refletem as opiniões da revista. Não é permitida a reprodução total ou parcial das matérias sem expressa autorização da ABIFA.

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TUPy é úNICA BRASILEIRA A RECEBER PRêMIO GLOBAL DO GRUPO VOLkSwAGEN

A Tupy, maior fabricante de blocos e cabeçotes de motor em ferro, foi a única empresa brasileira a receber o prêmio Volkswagen Group Award deste ano. O troféu foi entregue em cerimônia com mais de 250 convidados de 28 países na fábrica da Porsche, em Leipzig, na Alemanha, e reconheceu os melhores fornecedores globais de todas as empresas do Grupo Volkswagen.

A premiação homenageou os fornecedores globais que atenderam às expectativas de desenvolvimento de produtos, capacidade de inovação, qualidade e eficácia no atendimento às suas diversas plantas. Os executivos do grupo alemão exaltaram a sinergia com sua cadeia de fornecimento como fator primordial na busca por novas tecnologias e inovações.

Sobre o Volkswagen Award, Fernando Cestari de Rizzo, vice-presidente da Unidade de Negócios Automotivos da Tupy ressaltou: “Este reconhecimento reforça nossa

parceria e demonstra nosso compromisso com a excelência em produto, entrega e atendimento a um dos nossos principais clientes”. A Tupy possui um longo histórico de relacionamento com a Volkswagen, que foi um dos primeiros clientes da empresa no segmento automotivo.

Atualmente, uma ampla gama de componentes fundidos, equipa os veículos produzidos pelas empresas do grupo alemão, que reconhece na Tupy um parceiro frequente para seus projetos mais desafiadores. Blocos e cabeçotes de motor, além de outras peças de engenharia da Tupy, fornecidas das plantas do Brasil e México, estão presentes em veículos de passeio das marcas Audi, Porsche e Volkswagen, bem como caminhões e ônibus da VW, MAN e Scania em todo o mundo.

fonte: Assessoria de Imprensa Tupy.

Na última reunião da Comissão do Aço, realizada no mês de maio em Piracicaba, além dos assuntos pertinentes e discutidos em todo encontro deste segmento, foi feita uma palestra/apresentação por Washington Luiz, Gerente de Suporte do Produto da Metso Mineração e Construção, onde foram abordados temas de interesse das empresas fundidoras de aço e ligadas aos seus mercados.

Foram apresentados comparativos entre o Brasil e o

exterior, destacando a qualidade e a produtividade.A Comissão do Aço realiza encontros mensais e/ou

bimestrais, sempre focando temas de interesse do setor, através de debates, apresentações e palestras. Participem, dessa forma terão na íntegra os trabalhos desenvolvidos pelo grupo.

O cadastro pode ser feito na sede da ABIFA com Jurandir Carmelio, através do telefone: (11) 3549-3344 ou email: [email protected].

COMISSÃO DO AÇO - APRESENTAÇÃO DA METSO

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PRESIDENTE DA ABIFA E DO IPT SE ENCONTRAM PARA REUNIÃO DE COOPERAÇÃO

Acompanhado pelo Diretor Técnico, Antônio Diogo e pelo Gerente Técnico, Weber Büll Gutierres, o Presidente da ABIFA, Remo De Simone, reuniu-se com o Presidente do IPT, Fernando Landgraf, para tratar de possíveis temas de cooperação entre a entidade e o instituto. O encontro aconteceu em 13 de maio, nas dependências do IPT.

Inicialmente, Remo De Simone fez uma apresentação geral sobre o setor de fundição, abordando um breve histórico, a situação atual, suas perspectivas e ressaltou que o motivo principal deste encontro foi no sentido de verificar como o IPT poderia contribuir na inovação e competitividade do setor brasileiro de fundição.

Por seu lado, Fernando Landgraf agradeceu a iniciativa e a presença da ABIFA nessa reunião, destacando que esse encontro era apenas o começo de um trabalho em conjunto.

Em seguida fez uma apresentação institucional, destacando o que é o IPT, seus investimentos em modernização nos últimos cinco anos, o orçamento anual e seus recursos humanos, as atividades técnicas e seus mercados de atuação.

No segmento de energia foi dado destaque a um projeto que vem sendo desenvolvido pelo IPT, para a obtenção de silício grau solar (99,999%), destinado a fabricação de células fotovoltaicas, para a geração de energia elétrica quando expostas a luz natural. Essa fonte energética vem aumentando a razão de mais de 20% ao ano no mercado internacional.

Na parte de desenvolvimento, o destaque foi referente ao laboratório de estruturas leves que foi inaugurado no dia 16 de maio, em São José dos Campos (SP). O novo laboratório realizará pesquisas voltadas ao desenvolvimento de estruturas, componentes e peças em aplicações industriais com menor peso e custo, porém mais resistentes.

Qualquer segmento industrial que demande estruturas leves poderá ser atendido. O foco inicial do laboratório é o aeronáutico, mas outros setores poderão ser atendidos como o automobilístico com seus monoblocos de motores.

Esse empreendimento é uma parceria que envolve os governos federal, estadual e municipal, e o total investido chega a R$ 46,7 milhões.

Especificamente no setor de fundição, Landgraf informou que atualmente o IPT está mais voltado para os cilindros de laminação e aços de desgaste em geral, devido à saída de alguns pesquisadores.

Antônio Diogo aproveitou a oportunidade para convidar o IPT, através de seus pesquisadores, a participar do Comitê Técnico do CONAF 2015 e também reativar a parte dos cursos em fundição.

Encerrando a reunião, ficou decidido que as duas partes analisariam pontos que poderão trabalhar em conjunto, para a inovação e desenvolvimento do setor no Brasil e que, para dar continuidade a esse processo, uma nova reunião será marcada na sede da ABIFA, quando na oportunidade também deverão estar presentes os técnicos de fundição do IPT.

Em resumo, será tratado outros programas que o IPT pode ajudar a ABIFA e suas empresas associadas, quais as necessidades prioritárias do setor e, assim, elaborada uma grade com as ações a serem desenvolvidas.

Por último, Landgraf concordou em conceder uma entrevista para a Revista da ABIFA e também irá publicar um trabalho seu sobre dados históricos da fundição em São Paulo, contemplando o uso de fundidos no dia a dia da cidade e também contando a história do desenvolvimento de algumas empresas e seus fundadores no estado de São Paulo.

Fernando Landgraf, presidente do IPT.

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GeSTãO eMPReSARIALDE AMIGO PARA AMIGO

REUNIÕES E REUNIÕES

ertamente o leitor já teve necessidade de contatar alguém através de uma ligação telefônica urgente, seja por problemas de qualidade, necessidade de

entregas, oferta de um novo produto, etc. e ouviu a triste resposta da telefonista ou da secretária “ele está em reunião”. Dói, não é mesmo? Quando esta resposta se repete com muita frequência, vinda da mesma fonte, cria-se a impressão de que o pessoal diretivo da empresa está permanentemente em reunião, deixando ao acaso as ocorrências da fábrica.

Pior do que isso é o caso lembrado em um livro da série Asterix e Obelix, ambos na busca de contato pessoal com o chefe de uma fábrica de escudos. À informação de que o mesmo estava ocupado, Obelix com sua delicadeza peculiar arromba a porta do escritório e ambos encontram o chefe com os pés em cima da mesa, dormindo tranquilamente. Os sonhos de Obelix sobre o significado do trabalho são impagáveis.

Acontecimentos desse tipo afetam a credibilidade da

empresa. Esta não é colocada em risco quando a pessoa procurada retorna a ligação imediatamente após a reunião. Por isso, cabe uma ordem expressa da direção para que assim aconteça. O segundo exemplo citado, mesmo não sendo comprovado, pode gerar desconfiança da parte de quem liga, no caso de as desculpas serem muito frequentes.

Como as reuniões são valiosas ferramentas de administração, pretende-se caracterizar alguns aspectos importantes para o seu sucesso. Há diferentes tipos de reunião. O enfoque inicial será dirigido à reunião mais frequente, na qual se buscam decisões de interesse da empresa, com a participação ativa de todos os presentes. Nesta participação reside o imenso valor de uma reunião bem dirigida. O sucesso está em juntar os variados conhecimentos e experiências de cada um dos participantes e transformá-los em um resultado muito superior à soma deles individualmente. Aí está o grande desafio a ser enfrentado: buscar resultados que cubram com sobras os custos envolvidos, neste caso a reunião se justifica.

A condição primordial é a existência de um líder, me-

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recedor desse nome, o coordenador da reunião. Ele deve determinar as providências para garantir que o local e todos os meios para a realização do evento estejam disponíveis em seu início, com hora marcada também para terminar a reunião. Há empresas em que a pontualidade deixa a de-sejar, uma característica de nossa cultura brasileira. São vultosos os custos com o desperdício do tempo de espera de todos os participantes. Por isso, exigem-se providências para mudar tal mau hábito. O que foi feito por um diretor de empresa ao chavear a porta de entrada da sala na hora marcada para o início da reunião, deixando de fora todos os gerentes retardatários. O problema foi definitivamente resolvi-do, nunca mais houve atrasos.

Cabe ao coordenador elaborar a pauta da reunião e dar conhecimento da mesma por escrito, em tempo hábil, a todos os participantes, quando da convocação. Assim todos poderão vir preparados para uma participação ativa. É desejável que, após a saudação aos presentes no início da reunião, ele defina de forma clara os objetivos a serem atingidos.

O coordenador também deve escolher os participantes para que estes reúnam as melhores condições de trazer contribuições efetivas. Isso implica em convocar um número limitado de pessoas que tenham experiência e interesse nos assuntos a serem abordados ou em parte deles. O livro ‘A Lei de Parkinson’, de C. Northcote Parkinson, cujo original foi editado em 1957, descreve situações administrativas concretas, de forma jocosa e inteligente. Em seu quarto capítulo, sob o título Diretores e Conselhos ou Coeficiente de Ineficiência, o autor analisa em detalhe o número de membros que deve ter um Conselho, ou seja, quantas pessoas devem participar de uma reunião, com chances de ser bem sucedida. Destacam-se dois dados importantes sobre o número de participantes: (1) o número ideal seria 8 e (2) o ponto de ineficácia é alcançado a partir de 20 membros. Esse dado relevante nos leva a questionamentos sobre a eficácia do Gabinete de Ministros do atual governo federal, composto por 39 membros, mais a presidente. Está mais com jeito de encontro festivo do que de reunião produtiva.

Limitando-se desta forma o número de participantes,

criam-se condições para uma contribuição efetiva de cada um dos membros. Esta contribuição precisa ser buscada pelo coordenador, que deve criar um clima de oportunidades para a participação de todos, mesmo aqueles mais tímidos e quietos. Deve também manter o controle para que os mais tagarelas não tomem conta da reunião e evitar discussões paralelas ou participações que se desviem do assunto em pauta. Há um curso antigo do SENAI, realmente fora de série, sob o nome Liderança de Reuniões, em que são fornecidas dicas importantes ao coordenador da reunião para que ele tenha o domínio da mesma. É condição necessária para que no final se chegue aos resultados desejados e que todos os participantes sintam que valeu a pena.

A boa administração prescreve a necessidade de implantação das providências decididas em reunião, nos prazos propostos, e o controle dos resultados. Para garantir que não haja dúvidas a respeito, recomenda-se registrar as decisões em ata. Uma cópia deve ser enviada a cada um dos participantes e a quem mais estiver envolvido.

Exige-se dos membros de uma reunião que venham dispostos a participar, contribuindo com suas opiniões, suas experiências e conhecimentos. Isso implica em possuir uma boa dose de desprendimento e um sentido de “jogador de equipe”.

Um segundo tipo de reunião é a informativa, mais conhecida sob o nome de curso ou treinamento. Atualmente é muito comum ouvirem-se queixas de dirigentes de fundições brasileiras sobre a falta de profissionais competentes. Na verdade esta é uma das condições que precisam ser melhoradas para colocar a produtividade de nossas fundições em níveis compatíveis, no que diz respeito aos gastos com mão de obra e materiais. Precisa ser feito e implantado um plano para treinar e manter os bons profissionais.

Na ABIFA/RS procuram-se soluções para o problema. Parodiando um hoje aposentado Engenheiro de Fundição, conhecemos a ‘problemática, mas falta a solucionática’. Diante da situação difícil em que se encontra a indústria, é importante aplicar os parcos recursos disponíveis e buscar o maior rendimento possível. Isso é óbvio, precisamos pra-ticá-lo e não há plano para tal. Cada fundidor deveria per-

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guntar-se de que forma ele poderia ajudar a resolver um problema coletivo em vez de esperar que outros o façam.

A tentativa de uma fundição tirar da outra seus profis-sionais mais competentes sempre vai existir, mas não de-veria impedir a participação em um esforço coletivo para salvar nossa indústria como um todo. Se continuarmos a agir da forma atual, tudo continuará igual, nada mudará. Continuaremos a queixar-nos dos problemas, sem pelo menos tentar uma solução.

No último ano foram realizados alguns cursos organizados pela ABIFA/RS, procurou-se abordar temas onde as fundições têm seus maiores problemas, incentivando especialmente a troca de experiências entre os participantes, condição fundamental para um desenvolvimento técnico sustentável. Buscamos o objetivo abordado acima: reunir os conhecimentos e as experiências dos participantes para conseguir um acervo muito maior do que a soma dos mesmos, individualmente. A troca de informações é uma das características da indústria de fundição dos EUA, responsável direta pela enorme capacidade técnica da mesma. De certa forma esta metodologia já é usada no Brasil pela Regional da ABIFA/SC e deveria constar nos planos da ABIFA nacional expandi-la às outras regionais. Os cursos no RGS foram ministrados pelos melhores especialistas nos assuntos abordados e certamente contribuíram para enriquecer os conhecimentos dos participantes na difícil e empolgante arte de fundição.

Precisamos fazer mais e melhor. Para isso sentimos a necessidade de um planejamento global dinâmico, tendo em vista que as condições mudam, à medida que o tempo passa, e

“Cabe ao coordenador

elaborar a pauta da reunião

e dar conhecimento da mesma

por escrito, em tempo hábil, a

todos os participantes, quando da

convocação. Assim todos poderão

vir preparados para uma

participação ativa”

são sentidos os resultados de nossas providências. Imaginamos que a cada ano as fundições

poderiam responder a um questionário sobre a situação momentânea e sugerir ações, inclusive assuntos a abordar em cursos de treinamento.

Estamos buscando o primeiro passo para a organização de uma reunião. Precisamos saber o assunto a ser abordado, em

função das necessidades mais prementes da indústria. Pode-se recomendar o tipo de

participante, mas a escolha sempre caberá à empresa. Devido à sua posição estratégica,

lembra-se a importância do chefe de primeiro nível em questões técnicas de produção e administração.

Ele normalmente é um funcionário que se destacou e foi promovido. Na maioria dos casos seu treinamento fica na imaginação daqueles que o promoveram e esqueceram que ele só foi um bom executor. Temos que prepará-lo para que saiba administrar, no molde oferecido pelos cursos TWI do SENAI, amplamente testados com grande sucesso.

Inicialmente destacou-se um ponto negativo das reuniões, quando muito frequentes. Para evitar sua proliferação indiscriminada e evitar que sejam usadas para esconder a incompetência de quem não tem coragem de tomar uma decisão, apresentamos algumas sugestões visando torná-las mais eficientes. Fica por conta de cada um aceitar as dicas e acrescentar a elas suas próprias experiências. Espera-se que esta contribuição possa tornar as reuniões limitadas em número, de curta duração e eficazes.

GeSTãO eMPReSARIALDE AMIGO PARA AMIGO

Enio Heinen é engenheiro metalúrgico for-mado na uFrgs, com curso de especialização em Fundição na rWth de Aachen-Alemanha, Foi professor de Fundição na uFrgs duran-te 28 anos e de metalurgia Física na ETT - Escola Técnica Tupy - Sociesc, trabalhou em diversas fundições brasileiras. Atualmente é consultor técnico em Fundição. E-mail: [email protected]

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GeSTãO eMPReSARIALCOMPETITIVIDADE

INVESTIMENTO PRODUTIVOE COMPETITIVIDADE

s deficiências sistêmicas do país, medidas apenas parcialmente pelo “custo Brasil”, fazem com que produzir aqui seja mais caro do que na grande maioria dos

países que são nossos concorrentes. Por outro lado, nossa moeda, ainda valorizada por uma taxa de câmbio fora do ponto de equilíbrio, favorece a importação e desestimula as exportações, tornando cada vez mais difícil a competição da indústria brasileira, tanto nos mercados externos, quanto no interno.

Esta falta de competitividade, que o país impõe à produção nacional, desestimula os investimentos produtivos e é a principal causa da baixa formação de capital fixo brasileiro, que mede a relação entre investimentos e o PIB, e que, nas últimas décadas, se manteve sistematicamente abaixo da média da América Latina, em cerca de dois pontos percentuais e, abaixo da média mundial em mais de quatro pontos, na relação investimentos sobre o PIB.

O baixo nível dos investimentos produtivos no Brasil faz com que nosso estoque de máquinas e equipamentos

seja inferior ao necessário para garantir um crescimento sustentado, e por não ser renovado adequadamente, leva a um envelhecimento progressivo de nosso parque industrial, daí resultando que nossos equipamentos têm uma idade média superior a dezesseis anos, praticamente o dobro da dos países desenvolvidos ou em forte desenvolvimento.

O resultado é uma conjunção de baixo crescimento econômico, como de fato o Brasil vem apresentando nos últimos anos, com uma perda progressiva de competitividade da indústria brasileira. Pelas razões expostas, a indústria não tem reagido a estímulos pontuais, o que acaba se refletindo em desindustrialização precoce, confirmada pela perda de peso da manufatura no PIB, pelos resultados da balança comercial e pelo crescente déficit em conta corrente.

No próximo ano o novo governo, seja ele quem for, irá necessariamente promover ajustes em diversas áreas, como na política fiscal, nas concessões públicas e nas reformas sempre anunciadas e sempre adiadas, para baixar a inflação e tentar retomar o crescimento. Este crescimento, entretanto, somente irá ocorrer se, além disto, o novo

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governo atacar o “custo Brasil”, para reduzi-lo de forma contínua e sistemática, e se ajustar progressivamente a taxa de câmbio para um nível que permita à indústria competir.

Ao criar as condições mínimas necessárias para a indústria voltar a crescer será necessário que o novo governo entenda que o principal instrumento para aumentar, no curto prazo, a produtividade do trabalhador brasileiro, responsável a médio e longo prazo pela competitividade da indústria e pelo crescimento do País, é o estoque de recursos produtivos diretos e indiretos (bens de capital e infraestrutura), disponíveis por pessoa ocupada.

O gráfico, anexo, mostra que, na prática, a produtividade do trabalho depende de três fatores, ou seja, do estoque de capital produtivo por trabalhador; do capital humano, representado pelo nível de educação de sua mão de obra; e da produtividade total de fatores que, de forma simplificada, é explicada pelas condições do ambiente produtivo ou seja pela qualidade de nossas instituições.

Sem diminuir a importância da escolaridade, ou da necessidade de termos maior qualidade em nosso conjunto de leis e mais eficiência em nossas instituições como fatores que influenciam a produtividade do trabalho, o fato é que o peso maior, com cerca de 60% do total, é de responsabilidade do estoque líquido de capital físico, ou seja, da quantidade e da qualidade dos recursos produtivos e de infraestrutura disponíveis por trabalhador brasileiro.

Ao criar as condições ne-cessárias para crescer, o pró-

ximo governo, portanto, deverá simultaneamente implementar um

programa que estimule e incentive a substituição de máquinas antigas por

novas, com duas consequências importan-tes para o país: haverá um forte aumento do es-

toque de capital fixo pela troca de equipamentos sem valor residual por bens com valores atualizados, bem como um sensível crescimento de produtividade e de inovação em função da introdução de novas tecnologias associadas aos novos bens de capital.

Os principais benefícios deste tipo de programa serão obviamente um maior crescimento sustentado do PIB, e um aumento da competitividade da indústria brasileira como um todo, permitindo ao produto nacional competir tanto no mercado externo como no interno. Além das vantagens, decorrentes de ganhos de produtividade e de escala, há ainda um efeito colateral digno de nota neste momento em que o Brasil convive com algumas ameaças, presentes e futuras, a seu fornecimento de energia elétrica por causa da escassez de chuva, principalmente no sudeste.

Levando em conta que a indústria responde por cerca de 40% do consumo total de eletricidade no país, a substituição de quase um terço de seu parque de máquinas por equipamentos novos, mais produtivos e com maior eficiência energética, vai permitir, além de reduzir custos de produção e diminuir a emissão de gases estufa, fazer uma sensível economia de eletricidade, nos dando tempo para reduzir nossa excessiva dependência dos humores de São Pedro.

Mario Bernardini é engenheiro Metalúrgico, faz parte do Conselho Superior de economia da FIeSP, Assessor econômico da Presidência e Diretor de Competitividade, economia e estatística (DCee) da ABIMAQ.e-mail: [email protected]

“ O baixo nível dos investimentos produtivos no

Brasil faz com que nosso estoque de máquinas e equipamentos seja

inferior ao necessário para garantir um crescimento sustentado, e por não ser renovado adequadamente, leva a um

envelhecimento progressivo de nosso parque industrial...”

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GeSTãO eMPReSARIALJURÍDICO

LEI ANTICORRUPÇÃO: NOVO PANORAMA PARA ATUAÇÃO éTICA DAS EMPRESAS

A especialista Cristiane Tomaz, do Molina, Tomaz Sociedade de Advogados, comenta a nova Lei Anticorrupção Brasileira, apontando as penalidades administrativas e judiciais para o setor empresarial.

Em sintonia com as legislações internacionais de combate aos atos de corrupção praticados no âmbito empresarial, como a norte-americana FCPA – Foreign Corrupt Practices Act em vigor desde 1977 e a UK Bribery Act do Reino Unido do ano de 2010, desde agosto de 2013 o Brasil possui sua lei anticorrupção.

“De inegável importância, o projeto da lei anticorrupção foi proposto no ano de 2010 e, como decorrência das manifestações populares ocorridas no Brasil em junho de 2013, sua tramitação ganhou novo engajamento, ocorrendo a promulgação da Lei n. 12.846 pela Presidente da República em 01 de agosto de 2013, em vigor desde 29 de janeiro de 2014 e, suas disposições trazem consequências significativas para o setor empresarial no Brasil e aos investidores estrangeiros que pretendam aqui se instalar”, esclarece.

Entre os atos enquadrados pela lei anticorrupção como lesivos à administração pública nacional ou estrangeira, destacamos os seguintes: atentar contra o patrimônio público nacional ou estrangeiro; violar os princípios da administração pública (art. 37 da Constituição Federal); oferecer ou dar vantagem indevida a agente público; fraudar licitações; e dificultar a atividade de fiscalização e investigação dos órgãos públicos.

A lei anticorrupção brasileira prevê a aplicação de penalidades na esfera administrativa e judicial. Na esfera administrativa a pessoa jurídica considerada responsável, se submete as penas de multa no valor de 0,1% (um décimo por cento) a 20% (vinte por cento) do faturamento bruto (excluído os tributos) do último exercício anterior ao da instauração do processo administrativo. Se não for possível determinar o faturamento bruto da empresa, a penalidade poderá variar de R$ 6.000,00 (seis mil reais) a R$ 60.000.000,00 (sessenta milhões de reais).

Na esfera judicial, a pessoa jurídica considerada poderá

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sofrer sanções como: perda das vantagens obtidas com os atos ilegais; suspensão ou interdição parcial das atividades; dissolução compulsória da pessoa jurídica; e, proibição de receber incentivos, subsídios, subvenções, doações ou empréstimos do poder público, pelo período de um a cinco anos.

“A Lei Anticorrupção se revela um importante instrumento de combate à corrupção que pretende atacar um mal que atravanca o desenvolvimento econômico do país e contamina as instituições jurídicas”, comenta a especialista, “competindo às empresas, a implantação de programas de compliance, que assegurem a condução das atividades empresarias por meio de elevados padrões éticos internos e externos no relacionamento com o poder público”, finaliza.

SOBRE O MOLINA, TOMAz SOCIEDADE DE ADVOGADOS

O Molina, Tomaz Sociedade de Advogados presta serviços de consultoria e assessoria jurídica para empresas nacionais e internacionais de diversos setores da economia, visando a prevenção de demandas e a obtenção dos melhores resultados para o negócio de seus clientes.

Molina, Tomaz Sociedade de AdvogadosE-mail: [email protected]: www.molinatomaz.com.br

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FERNANDO GURGEL, DA FUNDIÇÃO CEARENSE DURAMENTAL PARA A REVISTA DA ABIFA

ntrevistamos o executivo, Fernando Cirino Gurgel, que nasceu em Fortaleza, descendente de família cearense, com larga tradição no setor industrial. Formou-se em Ciências Econômicas

pela Universidade Federal do Ceará-UFC. Fez cursos de extensão profissional e atualização voltados para área de sua atuação, no país e no exterior.

Como empresário é Diretor Presidente da DURAMETAL S/A, localizada no Distrito Industrial de Maracanaú, cuja produção atende aos mercados interno e externo.

Foi Presidente da FIEC, no período de 92 a 99, Diretor Tesoureiro da Confederação Nacional da Indústria, de 1995 a 2002, Vice-Presidente da Confederação Nacional da Indústria, de 2002 a 2006, Membro do seu Conselho como Delegado Representante Efetivo da FIEC e Membro Efetivo da Comissão de Apoio Técnico Administrativo – CATA do Departamento Nacional do SENAI em Brasília. Presidiu o CIC – Centro Industrial do Ceará, no biênio 1987/89, e o SIMEC - Sindicato das Indústrias Metal Mecânica, no período de 1980/ 84.

É autor do livro “Avanço Solidário o reflexo do espírito da parceria”, publicado em 1999, obra em que faz a prestação de contas do trabalho eficaz empreendido na FIEC.

Atualmente é vice-presidente da Associação Brasileira de Fundição – ABIFA – 2013/2016. É membro do Conselho Superior do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores – SINDIPEÇAS/ABIPEÇAS – 2013 / 2016. Delegado Representante da Fiec junto a Confederação Nacional da Indústria – 2010 / 2014. E membro do Fórum de Líderes Empresariais em São Paulo.

Fernando Gurgel iniciou sua carreira na Fundição Cearense aos 18 anos. Em seguida comprou a Metaneide e depois entrou no setor de siderurgia, através da Siderúrgica União S/A, no Rio Grande do Norte, e continuando neste segmento foi para a Cosima (Companhia Siderúrgica do Maranhão) – do setor de gusa.

Em 1995, a Metaneide se tornou a atual Durametal, fundição com capacidade para 8 mil toneladas mês, focada na produção de autopeças, tambores de freio, cubos de roda e discos de freio, que atua até hoje.

EPor Cristina Marques de Brito

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ABIFA – A localização da empresa Durametal é um empecilho na venda para outras regiões mais distantes, como a sudeste, por exemplo?

Gurgel - Eu diria o seguinte, começamos e ampliamos aqui e o que era uma dificuldade no passado, hoje se tornou uma vantagem, pois temos ao nosso lado o *Porto do Pecém, que é um Porto estratégico, que está mais próximo da Costa Leste dos Estados Unidos, e da Europa, ideal para exportação, como também é utilizado para a cabotagem no mercado interno.

Estamos com o Porto ao lado, e atendemos toda a Costa brasileira, incluindo o MERCOSUL e a Europa, isso nos ajuda muito não só com relação ao suprimento de matéria-prima, como no escoamento de nossos produtos. E o que no passado era desvantagem hoje se tornou uma vantagem em relação aos competidores.

*O Porto do Pecém é um terminal portuário da costa do Nordeste brasileiro localizado no estado do Ceará, dentro da Região Metropolitana de Fortaleza, no município de São Gonçalo do Amarante. Para navegação através de carta náutica, se utiliza a carta nº 705, de 28 de setembro de 2002, elaborada pela Diretoria de Hidrografia e Navegação (DHN), da Marinha do Brasil. A condição geográfica de Pecém, com o menor tempo de trânsito entre o Brasil, os Estados Unidos e a Europa, média de sete dias para chegar ao destino, funciona como um dos atrativos para conquistar os armadores e impulsionar as exportações brasileiras. O Complexo Portuário do Pecém tem como objetivo viabilizar a operação de

atividades portuárias e industriais integradas, imprescindíveis ao desenvolvimento de um complexo com características de Porto Industrial. Constituído de dois piers marítimos, sendo um para insumos e produtos siderúrgicos e carga geral e outro para granéis líquidos, em especial óleo cru e derivados de petróleo. fonte: Wikipédia

ABIFA – Como enxerga o segmento de ferro fundido

hoje? Qual a situação da indústria?Gurgel - A indústria brasileira vem sofrendo em função

da Legislação Ambiental, que tem sido muito rigorosa; da Legislação Trabalhista que é altamente protecionista, eles têm uma visão equivocada sobre a indústria. Não tem ficado claro, o que os governantes querem. O país quer se desenvolver? O país acha que a indústria é uma prioridade? Isso não tem ficado claro para nós, como empresários da indústria deste país, então isso tem sido um complicador muito grande.

A sinalização não está sendo dada, sentimos claramente que existe um plano de poder muito bem estabelecido, mas um plano de desenvolvimento mesmo, pra valer, nós estamos sentindo falta.

As medidas tomadas são medidas pontuais, e se esquecem o global, que é fazer com que a gente seja realmente competitivo a nível nacional e a nível global. O Brasil é um país que tem um potencial muito grande, mas infelizmente nós estamos perdendo terreno, em relação a vários competidores, a indústria brasileira vem sofrendo de uma forma muito significativa.

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ABIFA – Quais suas perspectivas para o segundo semestre? E para 2015?

Gurgel - A meu ver, 2014 é um ano perdido, um ano que já está prejudicado. E em relação a 2015, é uma interrogação, mas estou torcendo para que a situação não se agrave ainda mais. A economia vem se degradando a passos largos.

ABIFA – Na questão do mercado externo a localização da Duramental, no Ceará é vantajosa? Explique.

Gurgel - Como falei no início, a única coisa que nos afeta no plano do mercado externo é a questão cambial, utilizar o câmbio como âncora para segurar a inflação a meu ver é um mecanismo que está custando muito caro ao exportador brasileiro, tanto que no início da década passada o câmbio era praticamente igual ao que é praticado hoje.

Além disso, ainda temos os problemas de energia elétrica, de mão de obra, de frete, de insumos e uma série de outras coisas, e que isso não foi compensado, então o Brasil perdeu a competitividade no mercado externo. É fundamental que, o uso da âncora cambial seja compensado de alguma outra forma, porque simplesmente está liquidando o setor exportador brasileiro de manufaturados.

Deve-se ter um tratamento diferente, se o país quiser continuar a exportar o manufaturado. Por enquanto, o Brasil está se salvando devido as commodities de alimentos, como: grãos, a parte de minérios, a parte de proteínas, mas o produto com valor agregado mesmo e o manufaturado vêm perdendo muito espaço no mercado internacional. Eu vejo isso como uma coisa equivocada por parte de nossos governantes.

ABIFA – Onde está concentrada maior parte de suas vendas, no mercado local ou em outras regiões?

Gurgel - Nós já chegamos a exportar 60% da nossa produção, hoje estamos exportando 20% apenas. E as nossas vendas estão concentradas para o mercado interno brasileiro, atendendo montadoras e mercado de reposição.

ABIFA – Desde quando participa da ABIFA, inclusive como membro da diretoria? Qual a importância da entidade para a indústria de fundição?

Gurgel - Participo na ABIFA, desde a década de 80,

quando a entidade ainda nem tinha sede própria. A importância de participar efetivamente de uma

entidade é fundamental a meu ver, principalmente numa economia desorganizada como a nossa. Temos que nos juntar e defender os nossos interesses de forma coletiva, para que possamos ter alguma chance de sobrevivência.

“Se nos unirmos

haverá maior chance de

conseguirmos sair da situação

que a indústria se encontra, é menos

complicado do que separadamente.

É uma situação que preocupa,

mas para tudo há uma solução.

Pensando juntos encontraremos

uma saída.”

BREVE HISTóRICO DA FUNDIÇÃO CEARENSE,A METANEIDE E A DURAMETAL

Tudo começou em 1855, quando João Gurgel Nogueira comprou a Fundição Cearense - uma das pioneiras do setor no Brasil - que fabricava peças e máquinas para lavoura. A empresa foi administrada por várias gerações da Família Gurgel. Em 1977, foi adquirida a Metaneide, já nas mãos de Fernando Gurgel, que acreditava na necessidade de mudanças, e decidiu investir na empresa de autopeças que fabricava tambores de freio. A partir daí, a empresa focou no ramo, expandindo e inaugurando em 1996, no município de Maracanaú (Região Metropolitana de Fortaleza), a Durametal, como forma de consolidar e ampliar a posição de vanguarda no mercado em que atua. Seus produtos são fabricados em equipamentos automatizados, projetados com concepção industrial de última geração, para plantas industriais modernas. Os tambores de freio, discos de freio e cubos de roda Durametal atendem os segmentos de mercado doméstico de reposição, montadoras e mercado internacional.

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OURO ENCRAVADO EM SABARÁ

eNTReTeNIMeNTOCULTURA

o transcorrer dos séculos XVIII, principalmente, e XIX, época conhecida no Brasil como a do Ciclo do Ouro, foram criadas pelo Governo Real, as Casas de Intendência, que nada mais

eram do que fundições que recolhiam o ouro garimpado, pesavam-no e depois o “quintavam”, ou seja, retiravam uma quinta parte à Coroa para, finalmente, ser fundido em barras marcadas com o selo real.

Em uma dessas casas, segundo registros, funciona hoje o Museu do Ouro da cidade de Sabará, Minas Gerais. Segundo o Histórico que consta em seu site, há informação de que o edifício da Intendência e Casa de Fundição de Sabará tenha sido construído por volta de 1720. Trata-se de um sobrado de adobe e taipa, caiado de branco e com esquadrias e pilares pintados de azul. No nível térreo, onde o ouro era fundido e armazenado, o piso é revestido de seixos rolados

de rio, seguindo uma antiga tradição portuguesa de origem mediterrânea e árabe. No pavimento superior, residiam o intendente e sua família. O teto do salão nobre é decorado com uma interessante pintura alegórica representando os quatro continentes. A Intendência de Sabará funcionou de 1735 a 1833; depois de extinto o órgão, o edifício foi vendido em hasta pública e transformado em colégio. Em 1940, pertencia à Companhia Siderúrgica Belgo-Mineira, que o doou ao governo federal. No ano seguinte, o SPHAN restaurou o edifício para nele instalar o Museu do Ouro, inaugurado em 1945.

Ali era cunhado e quintado o ouro extraído da região, antiga Comarca do Rio das Velhas. Nele morava o Intendente, que era o homem de confiança do Rei, responsável pelo controle do ouro e, claro, por sua tributação.

Fazem parte de seu acervo peças que ilustram a história e a cultura mineira nas mais diversas áreas da arte. São instrumentos da Casa de Intendência e Fundição, móveis,

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Marcelo Conti sócio da SOLUçãO Gestão de Negócios e Cultura Ltda.www.solucao-gnc.com.br e-mail: [email protected]

fonte: www.museudoouro.wordpress.com

prataria, armas, arte sacra, e objetos ligados à mineração da época. Há também arcas, cofres para a guarda do ouro, maquetes que mostram a evolução dos processos de extração e, o mais curioso, a mais antiga prensa usada em uma Casa de Fundição, em 1670, utilizada para marcar as barras com o selo português. No pátio há um engenho de triturar minério de ouro, projetado para substituir o braço escravo.

“O Museu do Ouro foi inaugurado em 1946, com a missão de registrar, preservar, divulgar, e expor a história do período que compreende a descoberta e a atividade de mineração do ouro em Minas Gerais”, observa seu Presidente.

“Hoje, é procurado para ações e processos de cunho sócio cultural, com atividades, enfoques e interpretações que se apresentam como essenciais para a identificação, o fortalecimento de vínculos e o estreitamento de relações entre o

museu, sua comunidade, e o público visitante.”A história nos tem sido contada assim: mais do que com

palavras, com as marcas e registros tangíveis que o tempo nos legou. E que, como ouro não perde brilho e nem valor.

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eveNTOSPALESTRA

COMO AUMENTAR A PRODUTIVIDADEDA PORTA PARA DENTRO

engº Carlos eduardo vasto

omo de praxe, antecedendo a reunião plenária de maio, o engenheiro, Carlos Eduardo Vasto, fez uma apresentação sobre competitividade, mas ao contrário do que costumamos ver, a

palestra foi focada em soluções que podemos obter dentro da empresa, tornando-as mais competitiva. Entre os tópicos da palestra destacamos:

• Demanda Automotiva por Qualidade e Preços;• Comparativo do Custo da Mão de Obra e Insumos –

Brasileiro e Europeu; • Quais as diferenças entre produtividade de fundições

brasileiras e estrangeiras;• Proposta de aumento de produtividade. Carlos Eduardo Vasto é Engenheiro Metalúrgico pelo

Mackenzie em São Paulo, Engenheiro de Fundição pela Faculdade de Duisburg, na Alemanha, Pós-graduado em Administração e Negócios na OEKREAL de Zúrique – Suíça.

“...como a análise é para dentro das empresas, não se pode olhar o cenário e problemas macroeconômicos. E o objetivo é trazer ideias e soluções a curto e médio prazo.” Carlos abriu a palestra observando a disparidade entre a indústria de fundição e a automotiva.

Algumas das causas da perda de competitividade:

• Proteção do mercado com tarifas de importação, causando certo conforto em curto prazo, porém com sérias consequências a médio e longo prazo;

• Aumento do número de fundições, quando deveria ter ocorrido a consolidação de empresas com ganho de escala diluindo custos fixos;

• Falta de investimento em modernização e verticalização / integração das linhas de produção. A maioria das fundições continua com descontinuidade do processo após a desmoldagem;

• Falta de investimento em automação, desde a macharia até expedição (embalagem);

• Falta de investimento em melhoria e otimização de processo, como por exemplo, redução / eliminação de rebarba, incorporação de atividades operacionais como usinagem / pintura / tratamento térmico entre outros processos;

• Falta de mão de obra qualificada para execução de projetos de integração de linhas de produção e para melhorias de processos de manufatura.

Ele destaca que o grande problema da fundição nacional é o número de funcionários, que aumenta e a produtividade cai. O mercado automotivo está sendo suprido pelas importações, pois não somos competitivos. Multinacional

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de fundições, o Brasil não tem, pois o mercado é fechado e o empresário tem medo, não atraindo grandes fomentadores ao setor. O número de fundições está aumentando, quando na verdade deveria ter um processo de consolidação de empresas para obter ganho de escala diluindo preços fixos. Falta de investimento em inovação e modernização, verticalização das linhas de produção, retraindo a mão de obra. Falta investimento em melhoria dos processos.

A China hoje é 40% mais produtiva que o Brasil. No passado as empresas chinesas investiram em aumento de capacidade, ganho de escala para empresas. O número de funcionários caiu e a produção aumentou.

• O Brasil tem melhor custo, só perde para a China. (custo de mão de obra e de insumos)

Propostas para aumento da produtividade do setor, como entidade:

O engenheiro destaca alguns pontos que a ABIFA poderia trabalhar para contribuir para a melhoria da competitividade do setor de fundição, como entidade.

• Formar um grupo de trabalho específico ao aumento de competitividade, composto por empresários dispostos a mudanças, por técnicos capacitados e por economistas;

• Deve buscar junto ao governo linhas de financiamento para empresas que apresentem um plano de negócios que visa aumentar a produtividade e a competitividade, que ocasionará em curto prazo uma “redução de mão de obra não qualificada”, mas manterão a médio e longo prazo as empresas competitivas e com perspectiva de exportação e maior geração de empregos;

• Buscar linhas de financiamento para importação de equipamentos sem tributação que inviabilize o “pay back” do investimento em curto prazo;

• Criar junto ao governo linhas de financiamento com percentual de fundo perdido para projetos que reduzam emissão de gases, que tragam novos produtos que complementem o inovar auto e que aumentem as exportações.

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eveNTOSPLENÁRIA MAIO

O início da Reunião Plenária das Diretorias da ABIFA e SIFESP foi com a aprovação da ata do último encontro. Em seguida, os resultados da indústria de fundição, referentes ao mês de abril foram apresentados e comentados pelo secretário-executivo, Roberto João de Deus.

João de Deus relembrou que a Plenária do mês de JULHO será realizada em Itaúna, Minas Gerais, no dia 29 de julho (terça-feira) no período da tarde. Enquanto pela manhã, estão tentando um possível encontro entre a ABIFA e o SINDIFER - Sindicato das Indústrias de Ferro-Gusa de Minas Gerais, com seu presidente, Fausto Varela.

O presidente da ABIFA parabenizou o diretor-presidente da Intercast S/A, de Itaúna, Cássio Moreira Machado, que foi homenageado pela Fiemg, com a Comenda do Mérito Industrial 2014, pela atuação em prol do desenvolvimento da indústria em Minas Gerais. “Meus parabéns Cássio, saiba que é um orgulho também para o setor de fundição, sem falsa demagogia”, disse o presidente da ABIFA.

Antes dos assuntos em pauta, Remo De Simone comentou sobre sua visita a Metal China. “Há quatro anos estivemos na China e ficamos espantados na época com

a capacidade produtiva da China, com relação ao peso unitário de peças grandes, com custo muito baixo. Voltamos agora e além da feira, visitamos algumas fundições. Há quatro anos, uma fundição do porte da Itafunge produzia em média 60 a 72 toneladas homem ano, esse ano eles passaram para 94 toneladas. Isso se deu com incentivos enormes para investimentos, qualquer fundição que queira investir visando a produtividade, tem total apoio do seu governo, tanto em financiamento e equipamento quanto em insumos. Isso que deveríamos ter aqui no Brasil”, disse.

MERCADOA produção total de fundidos fechou 3,4% menor no

acumulado de 2014 até abril na comparação com igual período de 2013, conforme apresentado pelo secretário-executivo. Referente ao mês de março, o resultado não foi diferente, com redução de 2,8%, aquém da esperada, e abaixo de abril de 2013, com 12,7% negativo.

Na produção por metal, o alumínio caiu consideravel-mente com 10,4%, de março para abril. Já o metal zinco, subiu 31,6%, apesar de não ser muito representativo para o

REUNIÃO PLENÁRIA MAIO

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setor. O metal aço cresceu 1,1%, apenas.

ExPORTAÇÃOA exportação no acumulado de 2014 até abril com o

mesmo período do ano anterior, cresceu 2,2%. De março a abril houve queda de 5,7%.

COMISSÕESPela Comissão de Aço falou seu coordenador, Pedro

Cruz (Femaq). “Tanto o setor de mineração, britagem quanto o mercado ferroviário estão bastante aquecidos. Estes mercados estão sustentando o segmento de aço. E gostaríamos de avisar, que assim como nas plenárias, a cada encontro estamos levando uma pessoa diferente para explanar sobre algum tema. O último presente na Comissão foi Washington Luiz da empresa Metso, que nos informou que o mercado de mineração e britagem tende a crescer cada vez mais, animando o setor. Já para os que atuam no setor automotivo a situação não é fácil. Mas o setor de aço como um todo, vem se mantendo e com tendência de crescimento.

Edmilson Barbosa Ferreira, da empresa Wetzel, falou sobre o alumínio. “Com relação ao setor de alumínio tivemos

a chance no ENFOCAL de nos reunirmos com os fornecedores e o que temos visto em termos de produção foi uma queda de 10% e, comparando o quadrimestre, esta queda é de 13%. Os estoques estão acumulados, a produção teve queda, empresas de grande porte estão entrando em férias coletivas, ocasionando assim a queda na

carteira, redução de quadro de funcionários e algumas empresas que estão começando a ter

problemas financeiros. E infelizmente, pelo o que escutamos, o segundo semestre não será muito

diferente, não há tendência de melhora no setor de alumínio, esse ano não está sendo fácil”, finaliza.Pela Comissão de Ferro, Horácio Paiva da Rocha, da

Intercast a representou. “No último encontro da comissão foi comentado a baixa de demanda, os primeiros três meses vieram razoáveis, abril ainda mais ou menos compatível com a situação do mercado, já o mês de maio veio uma queda significativa, de 15 a 30% no mercado. As empresas estão com paralisações e férias coletivas. E daqui para frente às dificuldades serão maiores”, concluiu.

O coordenador da Comissão de Suprimentos, Celso Bellotto, falou: “Na parte de suprimentos, principalmente de ferro silício, estamos sofrendo, e o impacto tem sido de forma negativa. Na questão da sucata, a situação de abastecimento era crítica até pelo fato de geração, mas isso já tem se revertido com estabilidade de preços, os volumes de produção das fundições e siderúrgicas estão caindo”.

CONAF/FENAFSobre o 17º Congresso ABIFA de Fundição – Conaf já

está na fase de divulgação das chamadas de trabalhos técnicos sob o tema: “INOVAÇÕES E TENDÊNCIAS DO SETOR DE FUNDIÇÃO NO BRASIL E NO MUNDO”.

Durante a última reunião em abril, foi realizado o pré-lançamento da feira e já estão com 32% da área reservada, aguardando mais adesões. E assim se deu por encerrada a reunião de maio.

“Na china a industria tem total apoio

do seu governo, tanto em financiamento e

equipamento quanto em insumos. Isso que

deveríamos ter aqui no Brasil.”

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eveNTOSPLENÁRIA JUNHO

REUNIÃO PLENÁRIA JUNHO

O presidente da ABIFA e SIFESP, Remo De Simone iniciou o encontro mensal explanando sobre sua participação na Metef + Foundeq & Alumotive Inovation Internacional Aluminium, feira e congresso, realizada em Verona na Itália, entre 11 e 13 de junho.

Remo comentou sobre a redução de seis galpões para três e aumento dos espaços entre os estandes de 3 metros para aproximadamente 5 metros, o que caracteriza diminuição de participantes, a presença de visitantes caiu violentamente e ressaltou que o custo por metro quadrado da feira é 32% mais caro do que a FENAF.

Sobre o Congresso, este ano foi aberto ao público, sem taxas para participação. Neste congresso, cada país presente realizou uma breve apresentação sobre suas necessidades e potencialidades.

CENÁRIO ITALIANOSobre o cenário industrial e político da Itália, o presidente

garantiu que é preocupante e o medo de perderem mercado para os chineses é tanto quanto o nosso. Mas ao mesmo tempo observou que os italianos vem se destacando no

magnésio. E como nós eles estão ajustando suas empresas ao momento atual.

Remo nesta visita observou: “...Notei que a ABIFA deve evoluir na participação em feiras estrangeiras. Visitei 67 estandes e 18 não conheciam o nosso evento CONAF/FENAF, e a missão é fazer com que seja reconhecido em todo o mundo. Enfim, eu achei que deveríamos rever a nossa presença no exterior e melhorá-la tecnicamente, devemos fazer um trabalho mais dirigido, tecnologicamente”, disse.

A ata de maio foi aprovada sem maiores restrições pela diretoria presente.

CONAF/FENAFSegundo o diretor técnico de São Paulo, Antonio Diogo

Pinto, já estão imprimindo a chamada de trabalho para o Conaf, começaram a fazer contato no exterior para tentar trazer trabalhos de fora para serem apresentados em nosso congresso.

Sobre a Fenaf, a ocupação vem aumentando, este mês está atípico devido aos eventos esportivos, mas mesmo assim teve um pequeno incremento.

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NEGOCIAÇÕES TRABALHISTASO mês de setembro é o mês de negociação com a CUT,

e desta vez eles preferiram não fazer a tradicional passeata pela Avenida Paulista, foi feita uma reunião na FIESP e lá entregaram a pauta para cada segmento. Na parte econômica, colocaram apenas o item 40 horas semanais e as cláusulas sociais serão mantidas até o próximo ano.

Em paralelo, a Comissão de RH da ABIFA está fazendo uma pauta do que gostaríamos de modificar nas cláusulas sociais para discussão com a CUT no momento apropriado. No dia 26 de junho, concluirão o trabalho.

Apex-BrasilWeber Büll Gutierres, gerente técnico da ABIFA também

participou da Metef + Foundeq & Alumotive Inovation Internacional Aluminium e fez uma prospecção com o objetivo de num futuro próximo levar empresas do Projeto Apex-Brasil para expor nesta feira. Aproveitaram para fazer contatos e tentar trazer trabalhos de fora para serem apresentados aqui no Brasil, em nosso Congresso.

Agradecimento ao diretor, Juan Miguel AlberroO presidente da ABIFA/SIFESP, Remo De Simone, leu

uma carta de agradecimento enviada pelo diretor, Juan Miguel Alberro, que está se desligando da empresa Fagor Ederlan, e inclusive está voltando para a Espanha, agrade-cendo toda a consideração que recebeu da ABIFA, inclusive participando da diretoria 2013-2016. Pois agora pretende

passar o resto de sua vida na Espanha, como aposentado e não quer mais participar de atividades industriais. “É uma pessoa de grande consideração, que sempre nos acolheu muito bem, e quando foi convidado, avisou que talvez não participasse até o fim, devido ao seu mandato se encerrar antes do que o nosso. Nosso muito obrigado ao Sr. Alberro”, falou Remo.

ENCONTRO DOS FUNDIDORESDO PARANÁ

Roberto João de Deus relembrou que nos dias 04 e 05 de julho, será realizado o “Encontro dos Fundidores do Paraná”, que na sexta-feira são apresentadas palestras técnicas e no sábado um churrasco de comemoração.

Após os temas pautados, a plenária foi aberta a debates sobre o mercado em geral.

Remo De Simone Roberto João de Deus

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ABIFA - Faça um breve histórico sobre o Instituto do Aço Brasil e seus objetivos.

Marco Polo - O Instituto Aço Brasil, como entidade de classe representante das produtoras de aço no país, assume para si a missão e os princípios das empresas. A missão das empresas produtoras de aço brasileiras é prover, com eficácia, o abastecimento interno de produtos siderúrgicos e participar, de forma permanente, do comércio mundial de aço, contribuindo para o desenvolvimento sustentável e o bem estar social do País.

No cumprimento dessas atribuições, o Instituto realiza:• Estudos e pesquisas relacionados à produção,

equipamentos e tecnologia, matérias-primas e energia, tendências de mercado, novas aplicações do aço e relações industriais;

• Coleta dados, prepara e divulga estatísticas;• Colabora na normalização de produtos;• Desenvolve programas e políticas definidos pelo setor;• Atua como representante setorial junto a órgãos e

entidades públicas e privadas no país e no exterior;• Realiza atividades de relações públicas e mantém

contato com entidades afins no exterior.

MARCO POLO – INSTITUTO DO AÇOO presidente executivo do Instituto Aço Brasil, Marco Polo de Mello Lopes, conversou

conosco sobre a Siderurgia, suas perspectivas e o próprio Instituto Aço Brasil.

ABIFA - Fale sobre sua carreira profissional e formação.Marco Polo - Economista pela Faculdade de Ciências

Econômicas, Contábeis e Administrativas da Universidade Católica de Petrópolis – UCP. Secretário Adjunto de Economia e Mercado do Instituto Brasileiro de Siderurgia - IBS, de onde saiu para estruturar a Associação das Siderúrgicas Privadas - ASP, criada em 1978, onde exerceu a função de Diretor Executivo até 1993. Vice-Presidente Executivo do IBS, para onde retornou em 1993, após a quase conclusão do processo de privatização do setor, para fazer a fusão entre a ASP e o Instituto. Presidente Executivo do Instituto Aço Brasil, nomeado em 23 de março de 2010. Foi Coordenador Executivo da Ação Empresarial Integrada - AEI, instituída em 1990 e com forte trabalho relacionado a Lei nº 8630, dos Portos. Foi reconstituída em novembro de 1993, para a Revisão Constitucional e descontinuada em 2013.

ABIFA - Qual a relação entre o Instituto Aço Brasil e a ABIFA?

Marco Polo - O Aço Brasil atua como representante setorial junto a órgãos e entidades públicas no País e no exterior. Nesse sentido, tem interesse na constante troca de

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informações e parcerias com entidades como a ABIFA.

ABIFA - Como enxerga o segmento neste momento?Marco Polo - O mundo apresenta um excedente de oferta

de aço em torno de 600 milhões de toneladas. Neste sentido a solução dos problemas da indústria brasileira do aço está no Brasil. A manutenção das assimetrias tributárias e o câmbio valorizado continuam a impedir que a indústria brasileira do aço volte a evidenciar sua alta competitividade estrutural. As assimetrias precisam ser corrigidas. Além disso, o mercado interno precisa crescer.

ABIFA - E as perspectivas para 2015?Marco Polo - Ainda não temos as perspectivas para

2015, mas para o ano de 2014 o esforço do setor está voltado a ações destinadas a preservar a participação da produção nacional de produtos siderúrgicos no mercado doméstico. As vendas de produtos siderúrgicos ao mercado interno deverão atingir 23,7 milhões de toneladas em 2014, alta provável de 4,1% em relação a 2013. O consumo aparente de produtos siderúrgicos deverá alcançar o patamar provável de 27,2 milhões de toneladas, 3,0% acima do que pode ser apresentado no fechamento de 2013 (números divulgados em coletiva de imprensa de 28/04, que estão sendo revistos). Para isso, as assimetrias tributárias precisam ser corrigidas e o mercado interno precisa crescer. Nos dias 12 e 13 de agosto será realizado o 25º Congresso Brasileiro do Aço, em São Paulo e, na oportunidade, será discutido, além de outros assuntos, os Desafios da Indústria do Aço.

ABIFA - Qual a importância do Instituto do Aço Brasil na intermediação entre as siderúrgicas e o governo?

Marco Polo - O Instituto Aço Brasil congrega e representa as empresas brasileiras produtoras de aço, defende seus interesses e promove seu desenvolvimento. Atua como representante setorial junto ao governo, órgãos e entidades públicas e privadas no País e no exterior.

ABIFA - Como está se comportando a importação de aço no Brasil frente à concorrência internacional, principalmente asiática?

Marco Polo - O excedente de capacidade mundial, o acesso a mercado/defesa comercial e as assimetrias que levam o País a ser caro fazem com que o Brasil continue importando aço. Em maio o volume de importações foi de 416 mil toneladas (US$ 390 milhões) totalizando, desse modo, 1,7 milhão de toneladas de produtos siderúrgicos importados no ano, alta de 15,0% em relação ao mesmo período de 2013.

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65 ANOS DE LEPE

A Lepe comemorou 65 anos no dia 19 de julho, empresa consolidada no segmento de ferro fundido cinzento e usinagem. Atualmente a Lepe

está no segmento de peças técnicas de pequenas e médias séries, atendendo ao mercado automotivo de linha pesada, ou seja, caminhões, tratores, ônibus e subfornecedores, tais como fabricantes de motores e transmissões.

Mas vamos voltar no tempo e contar um pouquinho da trajetória desta grande empresa.

Em meados de 1949, surgiu a Lepe, criada por Augusto Koch em sociedade com Arthur Schimiela para atender a Epel (primeira indústria de eletrodomésticos da América do Sul), empresa na qual Augusto havia trabalhado. Koch era um dos sócios desta indústria, que consumia peças de borracha, baquelites e plástico, daí partiu a ideia de criar a Lepe.

Inicialmente a Lepe foi criada com o objetivo de fabricar peças de borracha, baquelite e plástico. Alguns anos depois, começaram a produzir fundidos de ferro cinzento, mas com o tempo foram sendo desativadas a produção de plástico, borracha e baquelite, esta a última linha a ser desativada,

mais ou menos em 1980, a partir daí a empresa se focou exclusivamente em produzir fundidos e usinados.

Na década de 60, a Lepe foi uma das pioneiras no Brasil no desenvolvimento das ligas em nodular. Em 1966, montaram outro empreendimento, a Indústria Paulista de Virabrequins – INPAVI, empresa fabricante de virabrequins para motores, voltada para o mercado de reposição, pois nesta época houve uma “explosão” do mercado automotivo brasileiro.

Esta empresa tinha como sócios os proprietários da Lepe e da Temegra (empresa que na época fabricava acessórios gráficos e era cliente de fundidos da Lepe).

Em 1969 fizeram uma fusão entre as três empresas, mantendo o nome “Lepe Indústria e Comércio Ltda”. Nesta nova formação a sociedade passou a ser controlada pelas famílias Koch e Viviani, em novo arranjo de cotas proporcionais ao capital de cada família.

Hoje os sócios da Lepe são os três filhos de Augusto Koch (Antonio Carlos Koch, Augusto Koch Junior e Luiz Carlos Koch); mais Rubens Ichiro Kawakami e Wilson De Francisco Jr., genros de Ronald Viviani, que por sua vez era filho de Florio Oswaldo Viviani, sócio da Temegra.

Quando transferiram a Lepe para Guarulhos, esta

APor Cristina Marques de Brito

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começou a colher os frutos do seu trabalho. Mas em 1972, começou a mudança para o endereço de Guarulhos, mutação realizada de forma gradativa, sendo a fábrica de virabrequins a última a chegar ao atual parque fabril.

Hoje a Lepe está centrada exclusivamente em fundir peças de ferro, em suas várias ligas e fazer a usinagem das mesmas, entregando as peças usinadas ou conjuntos montados aos seus clientes.

A atuação dos diretores da Lepe, está dividida basicamente em cinco áreas, a diretoria financeira e administrativa, que está sob comando de Antonio Carlos Koch, a diretoria de Fundição com Augusto Koch Junior; a diretoria de Usinagem com Rubens Ichiro Kawakami; a diretoria de Suprimentos com Luiz Carlos Koch e a diretoria de Vendas com Wilson de Francisco Junior.

DESAFIOSOs desafios desta família foram inúmeros, segundo eles

cada golpe do governo era uma dificuldade que atravessaram com louvor, sem nunca terem deixando de honrar com seus compromissos. “Mas o que mais traumatizou foi o Plano Collor (do ex-presidente Fernando Collor de Mello), que bloqueou as contas bancárias das pessoas físicas e jurídicas na época”, afirmou Antonio Carlos.

“Quando fundamos a Lepe, a dificuldade era enorme, meu pai não tinha muito capital e inclusive chegamos a morar na mesma área do escritório da fábrica. Tínhamos um sobrado, mas tivemos que vender para pagar o investimento que o nosso pai havia feito para a compra do empreendimento. Morávamos de um lado e o escritório era do outro lado. Mas continuamos nossa luta e superamos todos os desafios e estamos aqui hoje tentando enfrentar os atuais e esperando os próximos”, diz Luiz Carlos.

Antonio Carlos Koch iniciou suas atividades na empresa do pai, ainda com 13 anos de idade, por volta de 1959 (naquela época, menores de idade podiam trabalhar com carteira assinada). Já na fase do Luiz Carlos foi diferente, as leis haviam mudado e seu primeiro registro só pôde ser com 18 anos, mas ajudava o pai como podia, como aconteceu com Augusto Koch Junior.

“Nós vivíamos aquilo, não tinha

como optar por outra profissão, como dissemos

nossa casa era dentro da fábrica. Para economizar, aos finais de semana, descíamos para a praia, carregávamos o caminhão de areia e subíamos para usá-la na fundição. Com isso, acabamos tomando gosto pelo negócio naturalmente”, garantiu o irmão mais velho.

SOCIEDADEOs irmãos garantem: “Nossa parceria com o Rubens

e o Wilson é muito boa, começaram trabalhando como funcionários e depois de alguns anos, com o falecimento do Ronald e do Oswaldo, assumiram como sócios. Poderíamos dizer que a sociedade entre as duas famílias é muito produtiva, sendo as divergências do dia a dia, resolvidas democraticamente.”

PERSPECTIVASA Lepe está numa fase de descentralizar sua usinagem,

ela está saindo do atual parque fabril para outro, localizado na mesma rua.

Foi adquirido um terreno e construído um prédio totalmente novo, para abrigar o setor de usinagem e na área hoje por ela ocupada, será construída uma nova linha de fundição. “Acreditamos que em mais ou menos dois meses, já estaremos instalados no novo parque fabril. Estamos terminando as instalações, com essa mudança teremos mais espaço para ampliar a unidade de fundição, um projeto moderno que nos permitirá produzir com mais qualidade e competitividade. Quando a usinagem sair daqui, vamos começar a fazer as adaptações do prédio, para no momento em que sentirmos ser o mais adequado,

“Nós vivíamos aquilo,

não tinha como optar por

outra profissão, como dissemos

nossa casa era dentro da fábrica.

Aos finais de semana, para economi-

zar descíamos para a praia, carre-

gávamos o caminhão de areia e

subíamos para usá-la na fun-

dição...”

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dar início a compra dos equipamentos, a prioridade não é ter simplesmente um acréscimo de produção, queremos é ganhar competitividade, mantendo a nossa qualidade, atestada pelos nossos clientes e pelas certificadoras ISO/TS 16949 e ISO 14001”, afirmou Luiz Koch.

Os irmãos Koch disseram que a estrutura do prédio está pronta, faltando apenas algumas adaptações. Visitaram diversas plantas de fundição e fornecedores na Europa, USA, Japão e China, analisando equipamentos para a futura planta de fundição.

“Hoje somos uma empresa sólida, ultrapassamos a fase de dependência dos bancos, e isto é o resultado de uma política interna nossa, que muitas vezes é extremamente rígida. A nossa filosofia é sempre manter os pés no chão, nunca damos um passo maior do que a nossa perna. Talvez este seja o segredo para o sucesso”, diz Antonio Carlos.

Por incrível que pareça, a Lepe sempre investiu na empresa em época de crise. “Nós acreditamos naquilo que fazemos, o setor de fundição pode ter dificuldades, como todos outros setores, mas os mais capacitados sobreviverão, não acreditamos que um setor possa morrer por inteiro. As dificuldades existem, mas nós sabemos fazer o que fazemos, nascemos dentro da fundição, vivemos isso e a intenção é passar para as próximas gerações o que sabemos fazer”.

LEPE E A ABIFASegundo os irmãos, a relação entre a ABIFA e a Lepe vem

de muitos anos, garantiram que sempre foram engajados

em entidades que representam as empresas. “É uma característica da nossa família, o foco do Antonio Carlos sempre foi o CIESP, já eu, o Augusto e o Wilson sempre fomos mais ligados a ABIFA”, falou Luiz Carlos.

A parceria perdura por mais de 30 anos, desde a época em que a ABIFA/SIFESP funcionava na Rua 13 de maio, na Bela Vista, a Lepe já participava das associações.

Antonio diz: “É muito importante manter este relacionamento, pois um setor é muito mais forte do que uma empresa, em prol dos nossos interesses. A forma de atuação associativa ganha mais peso, independente de ter concorrentes ao seu lado. As ações realizadas por entidades são mais fortes e têm mais peso, politicamente. Você consegue alcançar melhores resultados”, diz.

Antonio Carlos Koch deixou um recado aos amigos empresários. “Conheço um lema argentino muito sábio, ‘Não existe nação sem indústria’, no Brasil parece que estamos na contramão deste lema, mas continuamos nosso trabalho, porque acreditamos em nosso negócio, acreditamos no que sabemos fazer”, finalizou.

CURIOSIDADE:Epel ao contrário forma a palavra Lepe, dando

origem ao atual nome da empresa, e diferente do que muitos acham, o nome da Lepe não é uma composição de

nomes e nem tem um significado específico.

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SINDIMEI PROMOVE SEMINÁRIO SOBRE ADF

Foi realizado no dia 29 de maio em Itaúna-MG, o “Seminário sobre reúso de Areia Descartada de Fundição - ADF”, promovido pelo Sindicato Intermunicipal das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e do Material Elétrico de Itaúna – SINDIMEI.

O presidente da entidade, Hyrguer Aloísio Costa, discorreu sobre as ações do SINDIMEI e sobre o Depósito de Resíduos Industriais “Tarcísio Cardoso de Sousa”, localizado na área rural de Itaúna, inaugurado em 27 de junho de 2009. Atualmente, 54 empresas da região fazem uso do depósito de resíduos, descartando cerca de 3.000 toneladas de areia de fundição por mês.

O evento teve em sua programação a participação da Sanear Consultoria Ambiental, representada por seus dirigentes, Varlei Marra e Cléber Aparecido Silva. As diretrizes que norteiam o funcionamento do depósito foram apresentadas, sendo constatado que o depósito do SINDIMEI está totalmente adequado às normas vigentes.

Foi apresentado também um estudo, patrocinado pelo SINDIMEI, sobre a reutilização das areias descartadas de fundição - ADF. O palestrante Varlei Marra discorreu acerca de suas experiências e visitas realizadas representando a entidade. Nelas, ficou evidenciado que, na cidade de

Jaboticabal, já se utiliza ADF em cobertura de aterro sanitário. O mesmo ocorre em Limeira/SP. Os dois exemplos foram demonstrados através de fotos. As areias descartadas de fundição também são utilizadas em massa asfáltica, o que já ocorreu em Santo André (SP). Outro exemplo é a utilização de ADF em um trecho de asfalto da BR-381, em Extrema/MG.

Mais exemplos foram divulgados pelos palestrantes da Sanear. Em Caxias do Sul/RS, há dois anos utiliza-se ADF em massa asfáltica. Um condomínio empresarial da cidade gaúcha usou ADF nas obras de asfaltamento. Revelaram que conheceram in loco uma Central de Beneficiamento de Asfalto que utiliza ADF.

Os representantes da Sanear também participaram de eventos, tendo como foco a regulamentação para a reutilização das ADF. Citaram o Seminário sobre reúso da areia de fundição realizado na Fundação Municipal de Meio Ambiente - Fundema em Santa Catarina; CNI-Brasília, em março último; participação de evento na Assembleia Legislativa de Minas Gerais. E em maio, mais uma vez em Brasília, evento realizado na CNI. Comentaram que a participação na CNI tem como objetivo elaborar proposta para apresentar, ao Conama e desta forma regulamentar, em todo Brasil, o reúso da ADF em diversas aplicações. A próxima

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ação prevista no cronograma de trabalho para o SINDIMEI é a elaboração do projeto da Central de Beneficiamento de Areia Descartada de Fundição.

A palestra seguinte foi proferida por Schirlene Chegatti, de Santa Catarina, especialista em gestão ambiental da empresa Schulz S/A, representando nesta ocasião o Sindipeças, Schirlene falou sobre a utilização de areias descartadas de fundição no sul do país. As possibilidades de regulamentação foram tratadas neste encontro, incluindo a revisão da Resolução Consema do estado de Santa Catarina.

Como exemplo do exterior citou os EUA. Neste país são geradas aproximadamente 10 milhões de toneladas de ADF por ano. A meta no país é reaproveitar cerca de 50% desta areia até 2015. Também revelou que no Rio Grande do Sul a areia hoje é insumo para a construção de estradas pavimentadas com asfalto. A fábrica de pavers existente em Joinville/SC atende todos os critérios ambientais e de qualidade, assim como as aplicações na fabricação de tijolos cerâmicos, no assentamento de tubulações e na construção de estradas, como o projeto piloto realizado em Extrema/MG.

Acrescentou que através de testes realizados na agricultura, foi constatado que a concentração de metais na ADF não causa dano no cultivo de alface e cenoura. Essas informações foram confirmadas na tese de doutorado da Dra. Schirlene Chegatti, que analisou todo o ciclo da ADF, desde a geração até a disposição final, comprovando que é possível utilizar a ADF sem riscos à saúde humana e ao meio ambiente.

No caso da revisão da Resolução que regulamenta o uso de ADF no estado de Santa Catarina, foram feitos testes para definição de ecotoxidade da areia usada. O principal, frisou a palestrante Chegatti, é quebrar o mito, pois, garante, que o setor investiu na pesquisa da areia de fundição e constatou-se que ela pode ser usada para muitas outras aplicações.

Por fim, Karine Dias palestrou sobre “a atuação do Estado de Minas Gerais no incentivo à reutilização de ADF". Ela é gerente de Resíduos Sólidos Industriais e da Mineração da Feam (Fundação Estadual do Meio Ambiente). Karine falou do trabalho desenvolvido na Feam que visa a execução das políticas do estado para a reutilização de resíduos. A palestrante destacou a expressiva participação do Estado de Minas Gerais na fabricação de fundidos, sendo responsável por 28,5% da produção nacional. Abordou os requisitos contidos na Deliberação Normativa Copam em Minas Gerais número 196, publicada em 08 de abril de 2014, que dispõe sobre a utilização da areia descartada de fundição na produção de artefatos de concreto sem função estrutural. Mencionou também sobre um projeto de lei, em tramitação na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, que propõe a utilização de areia descartada de fundição em obras públicas de conservação e construção de estradas estaduais e na manutenção de aterros sanitários.

PARTICIPAÇÕES DE DESTAQUEJosé Ribeiro de Queiroz, proprietário da empresa

Omielam Industrial e Comercial Ltda, que se colocou

como um dos sobreviventes das fundições no município, falou sobre o sistema cold box. Quis saber se o Sindimei pretende fazer a separação dos resíduos e qual seria o custo da reciclagem da ADF.

O empresário Cássio Machado, da Intercast S/A, ex-presidente e atual diretor do SINDIMEI e vice-presidente da ABIFA, salientou que o grande problema das fundições é a areia verde. Lembrou que um gasoduto vai passar próximo ao depósito de resíduos industriais, o que pode facilitar a instalação de uma Central de Beneficiamento para a recuperação da areia pelo SINDIMEI.

Raphael Pimenta Guimarães, da empresa Fumil, solicitou informações aos representantes da FEAM sobre laboratórios credenciados na região.

Larissa Faria, da empresa Furaje, comentou que iniciou um trabalho para a fabricação de tijolos com ADF. A questão legal e as fiscalizações são as grandes preocupações. Schirlene respondeu que todos estão sujeitos à lei, e que neste caso específico, compete ao Inmetro fiscalizar.

Túlio Pereira de Sá – Analista Ambiental da FIEMG Regional Centro Oeste, esteve representando o Afonso Gonzaga - presidente da FIEMG – Regional Centro Oeste, presidente do SIFUMG – Sindicato da Indústria da Fundição no Estado de Minas Gerais e também vice-presidente da ABIFA.

No encerramento, foi destacado pelo presidente Hyrguer Aloísio Costa, que o Sindicato Intermunicipal das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e do Material Elétrico de Itaúna - SINDIMEI, vem tratando o assunto desde 2002. A entidade, defendendo os legítimos interesses de seus associados, não foge às suas responsabilidades e vem trabalhando e investindo esforços, com o fundamental apoio dos parceiros, para que a areia descartada de fundição possa de fato ser legalmente reutilizada em outras aplicações, completa Hyrguer.

VISITAS NO DEPóSITO DE RESíDUOSIntegrantes do Ministério Público de Minas Gerais e da

Fundação Estadual do Meio Ambiente, acompanhados pelos respectivos palestrantes Schirlene, Karine e Varlei, além do Samuel Mariano – Gerente da regional ABIFA Minas Gerais foram conhecer o Depósito de Resíduos Industriais “Tarcísio Cardoso de Sousa”. Maurício Fernandes da Fero Ambiental, empresa que faz a gestão técnica-ambiental do empreendimento, e o gerente do SINDIMEI, Erivelton Santos, explicaram todo o processo de armazenamento da ADF em plataformas de descartes.

A Schirlene Chegati também conheceu o Parque Socioambiental Sindimei, atualmente entregue aos cuidados do município de Itaúna e visitou as dependências do Senai/Cetef - Centro Tecnológico de Fundição Marcelino Corradi.

A realização do “Seminário sobre reúso de Areia Descartada de Fundição - ADF” foi uma iniciativa do SINDIMEI - Sindicato Intermunicipal das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e do Material Elétrico de Itaúna, com o fundamental apoio das entidades parceiras ACE Itaúna, CDL Itaúna, Sicoob Centro-Oeste, Aconita e ABIFA através de sua regional em Itaúna.

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ErrataNa edição 168 de maio de 2014, na seção regional Minas Gerais foi publicado a respectiva matéria: “Uso de areia de fundição

traz benefícios, mas obstáculos têm de ser superados” na qual abordou a reunião realizada dia 15/04/2014 na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, em foto destaque o Rogério Silva Júnior – CEO da Teksid Brasil/MERCOSUL e NAFTA e 2º vice presidente da ABIFA, faltou dizer também que o executivo é vice-presidente do SIFUMG - Sindicato da Indústria da Fundição no Estado de Minas Gerais e que nesta ocasião estava representando, o Afonso Gonzaga – Presidente do SIFUMG.

Empresário Cássio Moreira Machado da Intercast foi um dos homenageados.

No dia 15 de maio no Expominas, em Belo Horizonte, a FIEMG reconheceu e homenageou a atuação do “Industrial do Ano”, Antônio José Vieira, presidente da Higident do Brasil, do ex-governador Antônio Anastasia, que recebeu o Grande Colar do Mérito Industrial, e de 15 empreendedores do estado, agraciados com a medalha do Mérito Industrial. O evento foi marcado pela posse da nova diretoria da Federação e por cobranças para que Minas Gerais receba a atenção e investimentos do Governo Federal.

O diretor-presidente da Intercast S/A, de Itaúna, Cássio Moreira Machado, também foi homenageado pela FIEMG, com a Comenda do Mérito Industrial 2014, pela atuação em prol do desenvolvimento da indústria em Minas Gerais. Além do empresário itaunense, outros 14 empresários de diferentes regiões do Estado também foram homenageados.

DIA DA INDúSTRIA O Dia da Indústria foi instituído pelo presidente Juscelino

Kubitschek, em 1957, através do Decreto nº 40.983, tendo sido fixado o dia 25 de maio pelo Decreto nº 43.769, de 21 de maio de 1958. No mesmo ano, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) criou a Medalha do Mérito Industrial para homenagear industriais de destaque na cena nacional. A medalha nº 1 foi entregue ao Presidente JK, pelo industrial Lídio Lunardi, presidente, na época da CNI e da FIEMG.

DIA DA INDúSTRIA é CELEBRADOPELA FIEMG FEDERAÇÃO DAS

INDúSTRIAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS

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FIEMG – COMEMORA SEUS80 ANOS EM GRANDE ESTILO

Um espetáculo exclusivo da Orquestra de Câmara Sesiminas ao lado da banda Skank, realizado no dia 10 de maio, no Centro de Convenções de Nova Serrana, encerrou as comemorações pelos 80 anos da FIEMG – Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais. Cerca de 5 mil convidados, representando a comunidade industrial da Região, prestigiaram a mistura musical entre o clássico e o pop rock.

Para o presidente da FIEMG Regional Centro-Oeste, presidente do SIFUMG – Sindicato da Indústria da Fundição

no Estado de Minas Gerais e também vice-presidente da ABIFA, Afonso Gonzaga, a comemoração é uma forma de agradecer a todos os profissionais da Indústria do Centro-Oeste Mineiro. “Sempre trabalhamos em prol do desenvolvimento da indústria, buscando o fortalecimento do setor através de ações e parcerias que promovam o aumento da competitividade, levando ao desenvolvimento econômico e social do Estado e agora queremos festejar com todos os envolvidos”, afirmou o executivo.

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ReGIONAIS DA ABIFAPARANÁ / STA. CATARINA

wEG - ORDEM DO MéRITO INDUSTRIAL

No dia 27 de junho, os empresários Avelino Bragagnolo (Avelino Bragagnolo S/A), Gerd Edgar Baumer (Weg), Hylário Zen (empresa Zen), João Carlos Brega (Whirlpool) e Vitor Mário Zanetti (in memoriam) foram agraciados com a Ordem do Mérito Industrial de Santa Catarina. A outorga foi concedida pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), e é o mais alto Reconhecimento do setor no Estado.

Os industriais receberam o reconhecimento durante solenidade, em Florianópolis, no encerramento da Jornada Inovação e Competitividade da Indústria Catarinense. No mesmo dia, o industrial Frank Bollmann, da Tuper, de São Bento do Sul, recebeu a Ordem do Mérito Industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI), a mais alta comenda do setor no Brasil.

Criada em 2000, a Ordem do Mérito Industrial de Santa Catarina reconhece, por ano, até cinco personalidades

ou organizações que tenham contribuído para o desenvolvimento da indústria catarinense.

BREVE HISTóRICO DO GERD EDGAR BAUMER

Atuou no Banco do Brasil, na Weg e nos Conselhos de Administração das Indústrias Marisol, Oxford, Tigre e Brasil Foods. Atualmente integra o Conselho da WPA Participações e Serviços.

Além da bem sucedida carreira de executivo, dedicou-se às causas sociais. Fundou o corpo de bombeiros de Jaraguá do Sul e a Apae no município, esteve à frente da criação da Rede Feminina de Combate ao Câncer e atuou na criação da Associação Lar das Flores, instituição que atende idosos.

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SUL METAL & MINERAÇÃO 2014

De 06 à 09/05, realizou-se em Criciúma-SC, a SUL METAL & MINERAÇÃO 2014 - IV Feira Nacional para Indústria Metal Mecânica e II Feira Nacional de Equipamentos e Tecnologia para Construção.

A IV edição da Sul Metal & Mineração, com 15.500 m² de área de expansão, reuniu 300 empresas de todo o país, fornecedores dos setores metal mecânico, mineração e construção civil.

A feira é uma iniciativa do Sindicato Metal Mecânico do Caravágio (Simec), do Sindicato da Indústria Metal Mecânica (Sindimetal) e do Sindicato da Indústria da Extração do Carvão do Estado de Santa Catarina (Siecesc).

Dentre os expositores, destacamos a presença das fundições da região sul do estado de SC: Mademil; MESL-Metalúrgica Spillere; Sical-Siderúrgica Catarinense;

Fundição Nobre; MDS-Metalúrgica DS e Usipe. A ABIFA participou com estande nesta feira, sendo

representada pelo seu diretor adjunto e das regionais, Alcides Nicácio do Valle, e de seu gerente regional sul-PR/SC, Rangel Carlos Eisenhut.

Rangel Carlos EisenhutGerente Regional-ABIFA PR/SC(47) 3461-3340/9181.7590

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CONFIANÇA DO INDUSTRIALGAúCHO é A MENOR EM CINCO ANOS

O Índice de Confi ança do Empresário Industrial do RS (ICEI-RS) atingiu 46,7 pontos em maio, o valor mais baixo em cinco anos, quando o setor sofria os desdobramentos da crise mundial de 2008 e iniciava um ciclo recessivo. A queda em relação a abril foi de 2,5 pontos. “O otimismo que caracteriza o empresário gaúcho está se exaurindo à medida que a economia e o setor produtivo colecionam resultados erráticos e as expectativas passam a refl etir projeções de maiores difi culdades à frente”, avaliou o presidente da FIERGS, Heitor José Müller. Elaborado mensalmente pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul, o levantamento varia numa escala de 0 a 100 pontos. Quanto mais os valores estiverem acima de 50 denotam maior otimismo e quanto mais abaixo, pessimismo.

O indicador de Condições Atuais retraiu 2,0 pontos e totalizou 41,0 em maio. O sentimento de piora predomina com maior intensidade em relação à economia brasileira (34,6 pontos), que não ultrapassa a linha dos 50 pontos desde

fevereiro de 2011. Para 61,2% das indústrias, a situação piorou. A percepção para o cenário no Rio Grande do Sul não foi muito diferente: 36,5 pontos. “A falta de confi ança é uma trava para os investimentos e para o desempenho do setor industrial”, alertou Müller.

O componente de Expectativas do ICEI-RS para os próximos seis meses desacelerou 2,7 pontos e somou 49,6 pontos, o menor valor de toda a série histórica mensal. O recuo foi sustentado pelo pessimismo com as perspectivas para as economias brasileira (41,3) e gaúcha (42,9). A proporção de empresários céticos com o cenário econômico do País chegou a 44,7%. Apenas 13,3% estão confi antes. Os demais afi rmaram que nada deverá mudar nos próximos seis meses em relação às difi culdades já existentes. Esse resultado infl uenciou na visão sobre o desempenho futuro das empresas, que, apesar de ter permanecido no campo positivo (53,8 pontos), caiu 3,4 pontos e obteve o pior comportamento desde 2005, quando a série era trimestral.

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JORNAL DO COMéRCIO ENTREGAPRêMIO E DESTACA O DIA DA INDúSTRIA

O prêmio Destaques do Ano, oferecido pelo Jornal do Comércio à entidades, personalidades e empresas de importante atuação no desenvolvimento gaúcho e brasileiro em 2013, foi entregue nessa sexta-feira (23), na sede da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul, lembrando também o Dia da Indústria e os 81 anos do veículo de comunicação. “Essa premiação já faz parte do calendário das grandes comemorações da sociedade gaúcha”, afirmou o presidente do Sistema FIERGS, Heitor José Müller, salientando que FIERGS e o CIERGS também se unem ao Jornal do Comércio para homenagear aqueles que trabalham pelo fortalecimento econômico e social.

Em seu discurso, o presidente da FIERGS fez uma menção especial ao Empresário do Ano, André Gerdau Johannpeter. “Além de suas qualidades de industrial, hoje premiadas, tem dedicado parte de seu tempo ao Conselho de Economia da FIERGS, fato que muito envaidece a entidade”, disse Müller. Johannpeter falou dos desafios

de produzir no Brasil. “Temos avançado, mas ainda é necessário enfrentar os problemas de infraestrutura, juros altos, burocracia, leis trabalhistas antigas. Para sobreviver é preciso buscar a sustentabilidade econômica, social e ambiental”, defendeu.

O governador Tarso Genro defendeu a união entre o Executivo, Legislativo e as empresas para a “construção de um futuro promissor”. Segundo ele, “vivemos hoje uma situação mundial de extremo desafio, que exige uma máxima capacidade para construir consensos”.

A 28ª edição do prêmio Destaques do Ano entregou 16 distinções. O diretor-presidente do Jornal do Comércio, Mércio Tumelero, lembrou a trajetória da publicação, que ao longo de oito décadas acompanha e defende o trabalho da iniciativa privada e o empreendedorismo como propulsores do desenvolvimento econômico e social.

fonte: Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul

fonte: Federação das indústrias do Estado do Rio Grande do Sul

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A desorganização do setor elétrico mandará uma fatura dolorosa para a competitividade da indústria brasileira nos próximos meses. Levantamento inédito obtido pelo Valor demonstra que, até o fim de 2015, o Brasil deve passar do 11º para o 4º lugar no incômodo ranking de países com as tarifas industriais de energia mais caras do planeta.

Caso se confirmem os reajustes esperados, as contas de luz na porta das fábricas vão ficar 43% acima do patamar verificado antes da polêmica MP 579, medida provisória

que a presidente Dilma Rousseff editou em setembro de 2012 justamente para derrubar os custos da eletricidade e melhorar a competitividade das empresas.

Atualmente, paga-se em média R$ 310,7 por megawatt-hora no país, segundo dados compilados pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) em estudo que será divulgado nos próximos dias. Esse valor deve aumentar para R$ 342,7 até dezembro de 2014, caso se mantenha a tendência de reajuste médio de 17,1% das tarifas industriais no mercado regulado, que já afetou 22 das 63 distribuidoras de energia neste ano. Empresas como Eletropaulo (SP), Light (RJ), Celesc (SC) e Copel (PR)... ainda não tiveram seus reajustes aplicados.

Com isso, a Firjan prevê que todo o desconto propiciado pela MP 579 terá sido eliminado no segundo semestre. Quando assinou a medida provisória, Dilma disse que a redução das tarifas de energia era “um dos pontos importantes da nova etapa do nosso modelo de desenvolvimento” e afirmou que seu governo estava “mudando as bases competitivas” do país, lembrando aspectos como juros em “níveis civilizados” e a inflação “sob controle”.

TARIFA INDUSTRIAL DEVE SUBIRPARA QUARTA MAIOR DO MUNDO

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Com esse pacote, a tarifa média paga pela indústria caiu de R$ 332,2 para R$ 263. O ga-nho será totalmente corroído até o fim deste ano, mas o estrago maior virá em 2015, quan-do começa a devolução, pelos consumidores, dos aportes do Tesouro Nacional e do em-préstimo de R$ 11,2 bilhões da Câmara de Co-mercialização de Energia Elétrica (CCEE) para evitar a insolvência financeira das distribuidoras e aliviar os aumentos recentes das contas de luz.

Para o ano que vem, a estimativa da Firjan é de novos reajustes da ordem de 17% e um adicional das chamadas “bandeiras tarifárias”, que começam a vigorar em janeiro. Por esse sistema, o impacto do acionamento das usinas térmicas será sentido imediatamente, em caso de hidrologia desfavorável. Isso levará o valor do megawatt-hora para R$ 420,2 até o fim de 2015, segundo a fede-ração, o que seria suficiente para o país ultrapassar as tarifas médias da indústria em outros sete países: Japão, México, Portugal, El Salvador, Turquia, República Tcheca e Colômbia. Os industriais brasileiros vão continuar pagan-do menos apenas do que seus colegas em Cingapura, na Itália e na Índia.

“É um verdadeiro desastre”, diz o gerente de competitividade industrial e investimentos da Firjan, Cristiano Prado. Para ele, a alta dos preços da energia vai se refletir em mais pressão sobre as margens da indústria e dificuldades adicionais para as exportações.

Prado avalia que uma solução de emergência para atenuar o problema é mexer nos impostos e tributos do setor, principalmente no ICMS e PIS/Cofins. “Eles representam quase 50% do valor das tarifas. No curto prazo, o que se pode e se deve fazer é trabalhar sobre a carga tributária. Ou atacamos esse ponto, para não deixar o paciente morrer na UTI, ou a indústria viverá um drama de competitividade no ano que vem.”

Empresas com demanda superior a 3 MW podem com-prar energia diretamente no mercado livre, escolhendo seus fornecedores, e têm normalmente contratos de lon-ga duração com as geradoras. Uma série de grandes con-tratos no polo industrial da Bahia, por exemplo, chega ao

fim em 31 de dezembro. O Valor apurou que eles foram as-sinados entre companhias de setores como petroquímico e metal-mecânico com a Chesf, subsidiária da Eletrobras, por valores próximos de R$ 110 por megawatt-hora.

Há uma preocupação crescente das indústrias com as perspectivas de renovação. Com a disparada de preços no mercado de curto prazo, geradoras estão oferecendo no-vos contratos de três a cinco anos que começam em R$ 300 por megawatt-hora e vão caindo ao longo do tempo, chegando ao patamar de R$ 200 no fim do período. Por isso, as negociações estão travadas e espera-se que a vol-ta das chuvas possa diminuir um pouco esses preços.

A alta dos custos da energia para a indústria no Brasil tem contrastado com medidas adotadas por outros países. A França, por exemplo, resolveu destinar 25% da eletricidade produzida por suas usinas nucleares - com investimentos já amortizados - ao setor industrial, com preços diferenciados. O Estado de Nova York, nos Estados Unidos, também tem um programa específico de redução de custo do insumo que visa manter e criar empregos. O “ReCharge NY”, criado em 2011, destinou 910 MW de energia de baixo custo para empresas da região sendo metade desta quantia proveniente de hidrelétricas amortizadas.

“Eles representam quase

50% do valor das tarifas.

No curto prazo, o que se pode e se

deve fazer é trabalhar sobre a carga

tributária. Ou atacamos esse ponto,

para não deixar o paciente morrer na

UTI, ou a indústria viverá um drama

de competitividade

no ano que vem.”

fonte: Valor Econômico - Daniel Rittner

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PROJETE SUA EMPRESA NA METALURGIA

Participando da Metalurgia 2014, você tem acesso a todo o mercado nacional em seu momento de recuperação. Esta é a oportunidade do ano para expor seus produtos e serviços, mostrar suas qualidades, ampliar sua carteira de clientes e realizar grandes negócios.

O aumento na demanda, tanto em volume quanto em qualidade, pelo qual o setor está passando, força as empresas a adquirirem novos equipamentos e buscar novos serviços e negócios. Estas questões reforçam o público da feira como um forte comprador em potencial, pois é constituído em sua maioria por profissionais

com poder de decisão de compra, ou que influenciam diretamente sobre ela.

A Feira e Congresso Internacional de Tecnologia para Fundição, Forjaria, Alumínio e Serviços é a maior feira do segmento realizada no Brasil. Ocorre sempre em anos pares e, em 2014, será realizada de 16 a 19 de setembro de 2014.

Leia na íntegra: http://www.metalurgia.com.br/?page=informacoes

Endereço: Rua José Bonifácio 204 Sala 3CEP 93010180 - São Leopoldo - RSFone/Fax: (+55 51) 35907738 | E-mail: [email protected]: Grasiele Bendel

A ABIFA RS tem como objetivo representar os interesses dos associados e, através do canal de informação e relacionamento, ampliar a presença e o apoio às empresas do Rio Grande do Sul.

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VISITA AO IPT (INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLóGICAS)

Acompanhado pelo Diretor Técnico, Antônio Diogo e pelo Gerente Técnico, Weber Büll Gutierres, o Presidente da ABIFA, Remo De Simone, reuniu-se com o Presidente do IPT, Fernando Landgraf, para tratar de possíveis temas de cooperação entre a entidade e o instituto. O encontro aconteceu em 13 de maio, nas dependências do IPT.

Inicialmente, Remo De Simone fez uma apresentação geral sobre o setor de fundição abordando um breve histórico, a situação atual, suas perspectivas e ressaltou que o motivo principal deste encontro foi no sentido de verificar como o IPT poderia contribuir na inovação e competitividade do setor brasileiro de fundição. (leia nota na íntegra nesta edição)

16/05

COMISSÃO DE FERROFoi consenso entre os participantes a queda do nível de

produção de suas empresas, algumas já reduziram sua jornada de trabalho, outras dando férias coletivas, tudo isso para evitar demissões de seus colaboradores.

O quadro para os próximos meses é de muitas incertezas, já que grande parte dos consumidores de fundidos, a exemplo das fundições, anunciaram paralisações.

21/05

COMISSÃO DE AÇO Foi discutido em reunião que os setores de britagem,

ferroviário e de mineração estão numa situação de

estabilidade, já no segmento sucroalcooleiro as notícias não são positivas, pois grande parte das usinas estão sendo vendidas e muitas peças estão sendo importadas da China e Índia, entre outros países.

As empresas estão com a carteira cheia até o mês de julho, mas depois disso não têm previsão de melhoria, acreditam num período de incertezas.

As despesas com a mão de obra têm aumentado e o faturamento líquido tem caído, em alguns setores da cadeia de aço.

Nesta reunião, Washington Luiz, Gerente de Suporte do Produto da Metso Mineração e Construção – Brasil, fez uma apresentação sobre a Metso abordando temas de interesse do seguimento.

O próximo encontro da Comissão ficou agendado para ser realizado no dia 23 de julho, após os jogos da Copa do Mundo.

27/05

COMISSÃO DE SUPRIMENTOSCelso Bellotto, presidente da Comissão de Suprimentos,

abriu o encontro explanando sobre a situação macroeconômica do país.

As perspectivas para o mercado são de muitas incertezas, segundo Bellotto, tanto para o segmento de fundidos quanto para a indústria automobilística, que inclusive em alguns casos, as empresas consumidoras de fundidos já confirmaram a paralisação entre os jogos da Copa do Mundo de Futebol.

Sobre os insumos, o estoque de sucata aumentou, consequência da menor procura. O presidente da Comissão disse que os fornecedores de insumos estão preocupados com a inadimplência alta dos últimos meses.

Outros assuntos como histórico de reajuste de insumos e a

MAIO E JUNHO 2014

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questão energética foram temas de discussão.

PALESTRA: COMO AUMENTAR A PRODUTIVIDADE DA PORTA PARA DENTRO

Como de praxe, antecedendo a reunião plenária de maio, o engenheiro, Carlos Eduardo Vasto, fez uma apresentação sobre competitividade, mas ao contrário do que costumamos ver, a palestra foi focada em soluções que podemos obter dentro da empresa, tornando-a mais competitiva (leia matéria na íntegra nesta edição).

REUNIÃO PLENÁRIA MAIOO início da Reunião Plenária das Diretorias da ABIFA e

SIFESP foi com a aprovação da ata do último encontro. Em seguida, os resultados da indústria de fundição, referente ao mês de abril foram apresentado e comentado pelo secretário-executivo, Roberto João de Deus.

João de Deus relembrou que a Plenária do mês de JULHO será realizada em Itaúna, Minas Gerais, no dia 29 de julho (terça-feira) no período da tarde. Enquanto pela manhã, estão tentando um possível encontro entre a ABIFA e o SINDIFER - Sindicato das

Indústrias de Ferro-Gusa de Minas Gerais, com seu presidente, Fausto Varela (leia matéria na íntegra nesta edição).

24/06

REUNIÃO PLENÁRIA JUNHOO presidente da ABIFA e SIFESP, Remo De Simone iniciou

o encontro mensal explanando sobre sua participação na Metef + Foundeq & Alumotive Inovation Internacional Aluminium, feira e congresso, realizada em Verona na Itália, entre 11 e 13 de junho.

Remo comentou sobre a redução de seis galpões para três e o aumento dos espaços entre os estandes de 3 metros para aproximadamente 5 metros, o que caracteriza diminuição de participantes, a presença de visitantes caiu violentamente e ressaltou que o custo por metro quadrado da feira é 32% mais caro do que a FENAF.

Sobre o Congresso, este ano foi aberto ao público, sem taxas para participação. Neste congresso cada país presente, realizou uma breve apresentação sobre suas necessidades e potencialidades (leia matéria na íntegra nesta edição).

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CHAMADA DE TRABALHOS

17º CONGRESSO ABIFA DE FUNDIÇÃO - CONAF 2015DE 28 DE SETEMBRO A 1º OUTUBRO DE 2015

ExPO CENTER NORTE - SÃO PAULO /SP

O Comitê Técnico do CONAF 2015 convida os profissionais técnicos e demais representantes do setor a apresentarem seus Resumos de Trabalhos para o 17º CONGRESSO ABIFA DE FUNDIÇÃO.

Evento realizado em parceria com a ABM – Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais e Mineração e a ABAL – Associação Brasileira do Alumínio.

Tema Central“INOVAÇÕES E TENDêNCIAS DO SETOR DE FUNDIÇÃO NO BRASIL E NO MUNDO”

INSCRIÇÕES ABERTAS PARA ENVIO DOS RESUMOS PARA O CONAF 2015.

DATA LIMITE ENVIO DE RESUMOS: 30 DE NOVEMBRO DE 2014

Temas a serem considerados:• Fundição de Ferro, Aço e Não Ferrosos• Mercado de Fundidos • Energia• Tecnologia da Informação• Sustentabilidade / Resíduos• Gestão de Processos• Estudos de Casos• Recursos Humanos / Materiais de Segurança

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Metodologia: até 620 caracteresResultados Esperados ou Alcançados: até 620 caracteresObservação: Deve ser considerada Fonte Arial 12 – Formato Word

Devem ser informados: nome(s) completo(s) do(s) autor(es), email(s), nome do apresentador, telefone do apresentador e de cada um dos autores dos trabalhos e assinalado um nome para contato.

Weber Büll Gutierres - Ger. Té[email protected]: 11-3549-3344

Lylian Fernanda Camargo - Dep. Té[email protected]

Telefone: 11-3549-3369

16ª Feira Latino-Americana de Fundição da ABIFA - FENAF 2015Informações: Riccarda Bernardini - [email protected]

Evento Paralelo:

Organização: apoio:

ENVIO DOS RESUMOS

ENVIO DAS íNTEGRAS

INFORMAÇÕES COM:

Deverão ser enviados através dos emails: [email protected] e [email protected]ítulo: até 150 caracteresObjetivo: até 460 caracteres

A forma de envio das íntegras será informada quando da comunicação do aceite dos trabalhos. As contribuições técnicas deverão ser inéditas quanto a sua publicação no Brasil e uma vez aprovadas pelo Comitê Técnico, terão seus direitos de publicação cedidos a ABIFA.

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FENAF 2015 – 16ª Feira Latino-Americana de Fundição.Data: 28 de setembro a 01 de outubro de 2015.Local: Pavilhões Verde e Branco - Expo Center Norte, SP Organização e Realização: Associação Brasileira de Fundição – ABIFA.Tel.: (11) 3549-3344 / (11) 99192-4342

Reserva de área:Technical FairsGetulio Correa Tel.: (11) 3963-0144/ (11) 7883-6709E-mail: [email protected] pelo site www.fenaf.com.br

Entre 24 e 30 de abril aconteceu, na sede da ABIFA/SP, o lançamento oficial da FENAF 2015 – 16ª Feira Latino-Americana de Fundição. Inovando, este ano o lançamento ocorreu simultaneamente na Regional de Joinville. Todos os expositores das edições anteriores foram convidados a renovar a participação de suas empresas no próximo evento de 2015.

O lançamento foi muito bem recebido pelos expositores, que compareceram aos dois endereços realizando as reservas de seus espaços.

Desde o mês de maio em diante, todas as empresas da cadeia produtiva do setor de fundição terão a oportunidade de participar da FENAF 2015, o maior evento internacional do nosso segmento na América Latina. O alto nível de nossas empresas, capacidade, desenvolvimento, tecnologia e produtos serão mostrados lado a lado às empresas estrangeiras de países reconhecidamente de ponta no setor, dentre os quais: EUA, Itália, Espanha, Alemanha, entre outros.

Não fique de fora deste show internacional. Participe! Junte-se às demais empresas que já aderiram à FENAF 2015.

LANÇADA FENAF 2015!

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Apex-BrasilApex-Brasil

No âmbito do Projeto Foundry Brazil, as empresas Caterpillar (EUA) e KDAC (EUA e Coréia do Sul) assistiram ao jogo Brasil X México em Fortaleza e realizaram encontros técnicos com empresários brasileiros durante suas estadias no Brasil.

As próximas ações do Projeto serão a participação de fundições na Feira Automechanika Frankfurt 2014 – 16 a 20 de setembro e Innotrans Berlim – de 23 a 26 de setembro.

Weber Büll Gutierres

CONVêNIO ABIFA / Apex-Brasil

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ABNT/CB – 59 COMITê BRASILEIRO DE FUNDIÇÃOO FÓRUM De NORMALIZAçãO DO SeTOR DA FUNDIçãO

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TéCNICOSABNT/CB-59

A Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, entidade civil sem fi ns lucrativos, é a organização responsável pelo gerenciamento da normalização no Brasil. A ABNT possui vários comitês que atuam em áreas específi cas.

O Comitê Brasileiro de Fundição – ABNT/CB-59 é o responsável pela elaboração das normas técnicas para o setor da Fundição.

Este Comitê é composto por profi ssionais e especialistas em fundição e está estruturado em Sub-Comitês, Comissões de Estudo (CE) e Grupos de Trabalho (GT).

Instalado em 2007, o CB-59 tem como objetivo prover o setor de normas técnicas atualizadas, proporcionando a indústria e a sociedade brasileira qualidade e segurança.

Foi criado devido a necessidade de um organismo de normalização exclusivo para o setor, até então no âmbito do CB-01 Mineração e Metalurgia (em recesso), e está sob responsabilidade da ABIFA que é a Sede e a Secretaria deste Comitê.

O âmbito de atuação do ABNT/CB-59 é a normalização no campo da fundição de ferro, aço, não ferrosos, insumos, matérias-primas e resíduos.

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TéCNICOSABNT/CB-59

ATIVIDADES DAS COMISSÕES DE ESTUDOS INSTALADAS

COMISSÃO DE ESTUDO RESíDUOS DE FUNDIÇÃO - CE 59:001.01

Esta comissão fi nalizou o estudo do projeto 59:001.01-003 Areia descartada de fundição – Diretrizes para aplicações geotécnicas confi nadas e construção civil.

Este projeto passou em Consulta Nacional e as observações recebidas estão sendo analisadas.

Esta Norma terá como objetivo estabelecer diretrizes gerais no formato de Guia para padrões de referência das areias descartadas de fundição em aplicações gerais e servir como complemento à Norma ABNT NBR 15702 – Areia descartada de fundição – Diretrizes para aplicação em asfalto e em aterro sanitário.

Normas publicadas desta Comissão de Estudo:ABNT NBR 15702 Areia descartada de fundição –

Diretrizes para aplicação em asfalto e em aterro sanitárioABNT NBR 15984 Areia descartada de fundição – Central

de processamento, armazenamento e destinação (CPAD)

COMISSÃO DE ESTUDO DE MATéRIAS-PRIMAS PARA FUNDIÇÃO - CE 59:005.01

Esta comissão está estudando a normalização das matérias-primas para fundição tais como: bentonita, resina, tintas, massa refratária, ferroliga e carburantes, bem como as especifi cações químicas e físicas, ensaios físicos e químicos, distribuição granulométrica e terminologia.

A próxima reunião desta Comissão será 7 de Agosto de 2014 em Joinville-SC.

COMISSÃO DE ESTUDO DE FERRO FUNDIDO “CONExÕES” CE 59:003.02

Esta comissão está revisando as seguintes Normas ABNT NBR:• ABNT NBR 6925:1995 Conexão de ferro fundido maleável

classes 150 e 300, com rosca NPT para tubulação.

• ABNT NBR 6943:2000 Conexões de ferro fundido maleável com rosca ABNT NBR NM – ISO 7-1 para tubulações.Normas que serão revisadas dentro desta comissão de

estudo:• ABNT NBR 6914:1981 - Ferro fundido maleável de

núcleo branco – Especifi cação;• ABNT NBR 6590:1981 - Ferro fundido maleável de

núcleo preto – Especifi cação.A próxima reunião desta Comissão será 23 de Julho de

2014 na Sede da ABIFA em São Paulo.

COMO PARTICIPAR DAS COMISSÕES DE ESTUDO

A composição das comissões de estudo é aberta a todos os interessados, não se restringindo aos profi ssionais convidados pelo comitê. Os interessados em participar das comissões de estudo devem entrar em contato com a secretaria do ABNT/CB-59 Fundição, indicando a comissão de estudo de seu interesse, informando se é um produtor, consumidor ou agente neutro na discussão do tema envolvido.

As empresas ou entidades que estejam também interessadas na elaboração de novas normas devem apresentar uma solicitação formal à secretaria do ABNT/CB-59, indicando em detalhes o objeto e o escopo da normalização pretendida, com uma breve justificativa de sua necessidade.

Para mais informações entre em contato com ABNT/CB-59 por email: [email protected] ou pelo telefone (11) 3549-3369 com Lylian Fernanda Camargo.

SAIBA COMO APOIAR O ABNT/CB-59 Venha participar do desenvolvimento normativo

brasileiro do setor da fundição como colaborador do CB-59. Para mais informações: [email protected]

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Cadernos Técnicos

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Os elementos terras raras não têm apenas um nome atraente, ao menos para as manufaturas com base nos EUA. Os 17 elementos classificados como tal estão tão escassos no país que os pesquisadores começaram a explorar por eles em locais extraterrestres. De acordo com o Instituto de Ciências da Lua da NASA (Agência Espacial Americana), os metais podem existir em abundância na superfície da lua, e o Instituto está analisando a possibilidade de ir buscá-los.

Enquanto a maioria das fundições ainda não está olhando para a lua, os seus Balanços Patrimoniais têm sido afetados pelos elementos terras raras. Por anos, a existência dos materiais no ferro nodular, com as pré-misturas de ferro silício magnésio em baixos teores (de 1 a 3%) e nos inoculantes de ferro cinzento, corria essencialmente sem qualquer problema. Mas agora, com o crescimento da demanda e o suprimento permanecendo estável, o preço desses produtos tem subido seguidamente e as fundições estão atentas.

“Até esse momento, ainda não tivemos nenhum problema com as entregas das ligas de ferro silício magnésio, mas os nossos fornecedores continuam falando conosco sobre a situação dos terras raras e dizendo que problemas de

suprimento podem ocorrer”, disse Larry Helm, gerente de controle de qualidade da Seneca Foundry Inc., de Webster City, Iowa. “Na medida em que o suprimento fica mais apertado, algo mais grave pode ocorrer.”

Os elementos terras raras não são os únicos aditivos da fusão que estão com preços crescentes. Os produtos de tratamento do ferro, como o carbeto de silício e outros que adicionam carbono também têm sido vítimas da escalada da demanda e o fornecimento estagnado.

“A China tem muitos desses recursos”, disse Eugene Muratore, metalurgista de fundição sênior da Rio Tinto Iron and Titanium America, de Chicago. “Os chineses perceberam que eles têm uma posição de destaque no mercado e eles estão movendo o preço para cima.”

DEFININDO OS TERRAS RARASOs fundidores estão

familiarizados, às vezes vagamente, com os benefícios dos metais terras raras desde o nascimento do ferro nodular na Segunda Guerra Mundial. Perto desse tempo foi descoberto que o magnésio poderia ser usado para transformar os flocos de grafita de ferro cinzento em nodular, e se descobriu que os terras raras poderiam fazer o mesmo. Entretanto, o magnésio foi selecionado como o elemento de tratamento mais efetivo.

Entretanto, os terras raras não foram abandonados, pois os materiais eram usados na fusão do ferro nodular para mitigar os elementos residuais. E esses metais ainda hoje são usados e encontrados diretamente nos aditivos do ferro silício magnésio para ferro nodular disponível na maioria dos principais fornecedores da indústria, bem como nas ligas de inoculação do ferro cinzento.

A tabela periódica contém 17 elementos que são classificados como terras raras: os 15 lantanídeos (isto é, o lantânio e os 14 elementos que o sucedem em número atômico), o escândio e o ítrio. De acordo com Fred Linebarger, diretor de tecnologia da empresa fornecedora de materiais de fusão Miller and Co. LLC, de Rosemont, Illinois, a estrutura atômica de cada um desses elementos é similar, tornando parecidas as suas propriedades químicas. Linebarger disse que os elementos também são encontrados nos mesmos minérios da crosta terrestre.

“Uma vez que eles retiram o minério do solo, é difícil separá-los”, ele disse. “Eles vêm todos juntos e isso significa que é difícil comprar apenas o lantânio puro, por exemplo.”

Os elementos lantânio, cério, praseodímio e neodímio são os terras raras mais críticos para a indústria de fundição. Junto com outros poucos

O aperto no suprimento dos aditivos da fusão.

Título Original do Artigo: “Melt Additives Supply Tightening”.Autor: Shea Gibbs, Modern Casting.Publicado: MODERN CASTING, Agosto de 2011, pg. 26-30.Reprodução autorizada: AFS – American Foundry Society.Tradução: Roberto Seabra da Costa [email protected]

Os elementos terras raras e diversos outros materiais estão com escassez de suprimento,

com os custos aumentando constantemente. Pode vir a faltar?

Nota do editor: Esse artigo é o segundo de uma série sobre tendências nas matérias-primas da indústria de fundição. O primeiro artigo, “Escassez de Areia: Mito ou Realidade”, apareceu na Revista Modern Casting de Julho de 2011.

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entretanto, os materiais são vendidos de tal forma que a separação individual entre eles muitas vezes não é clara.

CONDIÇÕES RAREFEITAS DE MERCADO

O mercado para metais terras raras tem lançado um duplo golpe nos fundidores. Não apenas existe uma estimativa de que 95% do material é encontrado dentro das fronteiras chinesas, mas diversas aplicações finais para esses materiais estão crescendo muito rapidamente, incluindo as baterias usadas em veículos híbridos e elétricos, e os mercados emergentes estão consumindo terras raras com mais rapidez do que a China pode abastecer esses produtos.

“Muitos terras raras são usados em muitos produtos, dos eletrônicos aos compostos de polimento de lentes”, disse Linebarger. “A mudança de mercado foi tão rápida e com tal extensão que os custos dos metais estão mais altos de uma ordem de magnitude e em alguns casos custam 20 vezes o preço anterior.”

Porque os terras raras constituem apenas uma fração do tratamento do ferro que os fundidores compram, isso não se traduz em aumentos exorbitantes nos preços na fundição. Helm disse que os custos de sua empresa aumentaram por volta de 20% esse ano. Robert Peaslee, presidente da Manitowoc Grey Iron Foundry, de Manitowoc, Wisconsin, relata que sua empresa constatou um aumento de custos de 88% no ferro silício magnésio nos últimos três anos, e isso não esgota o problema.

“Nós costumávamos ter preços razoáveis e estáveis por seis meses a um ano. Agora, os nossos fornecedores renovam os preços trimestralmente”, disse Peaslee. “O ferro silício tem sido reajustado mensalmente. Eles não garantem o preço. Se você ligar para alguém agora e solicitar um contrato de longo termo, tudo que você ouve é

uma risada.”Afortunadamente, a maioria

dos fundidores ainda não relatou uma falta real de disponibilidade de materiais contendo os elementos terras raras. Mas, ao menos uma fundição na Pensilvânia relata que não foi capaz de comprar alguns inoculantes contendo os elementos terras raras, devido à faltas ou descontinuidades de produção das manufaturas. E Peaslee disse que os seus pedidos de aumento de fornecimento têm sido recusados.

Linebarger disse que a Miller and Co. atualmente não tem nenhum problema de disponibilidade com os produtos, mas isso pode mudar.

“Se a China continuar a usar mais do que eles podem produzir pode ter uma potencial falta para os países estrangeiros a qualquer preço”, ele disse.

Linebarger disse que é difícil avaliar quais sejam as disponibilidades precisas dos elementos terras raras na China e como evoluirão futuramente devido ao segredo governamental e comercial. Diversas minas de extração de terras raras se relata que foram fechadas devido às práticas ambientais inseguras.

“Algumas pessoas pensam que eles estão acumulando esses materiais de maneira que possam aumentar os preços”, disse Linebarger. “Mas esse assunto de suprimento não é tão crítico se alguém na retaguarda pode lhe enviar o produto.”

O horizonte do mercado também fica obscurecido pela natureza dos elementos terras raras. Embora Linebarger diga que a demanda pelos metais é generalizada, a sua disponibilidade individual pode variar.

“As pessoas olham os elementos terras raras como uma entidade, mas a demanda pode ser grande pelo térbio, por exemplo, e não tão alta para alguns outros”, ele disse.

ADITIVOS ADICIONAIS

A maior parte dos elementos terras raras está sendo minerada na China, mas se sabe que em muitos locais no Oeste dos EUA existem esses materiais e podem se tornar recursos vitais.

Os elementos terras raras são usados principalmente no tratamento do ferro nodular. Os materiais também são usados na inoculação do ferro cinzento.

terras raras esporadicamente usados, eles têm três papéis no tratamento do ferro nodular:• Eles neutralizam os efeitos

dos elementos deletérios ou residuais.

• Eles nucleiam.• Eles nodularizam.• De acordo com Linebarger, o cério

é o mais predominantemente usado, seguido do lantânio;

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Lantânio, cério, praseodímio e neodímio são os elementos terras raras mais críticos para a indústria de fundição

Quando se examina a história da disponibilidade das matérias-primas na indústria de fundição, uma palavra continua surge: China. De acordo com Muratore, a demanda de mercado para o carbeto de silício e outros recarburantes (ou fontes de carbono) não é exceção.

Muratore disse que os materiais são encontrados em abundância na China e apenas esporadicamente nos EUA, e o país agora é um consumidor importante dos aditivos em uma variedade de aplicações, onde ele era recentemente somente um participante menor.

“Quando você está fazendo fundidos de ferro, você quase sempre está comprando recarburantes”, ele disse. “E tudo, desde a faixa mais alta, do material totalmente grafítico até a faixa mais baixa, como a moinha de coque, está com alta demanda.” Como resultado disso, os preços estão sendo levados para cima.

Atualmente, apenas uma fonte de carbeto de silício, que eleva os níveis do silício nos banhos metálicos, além do carbono e induz a desoxidação e aumenta a velocidade das corridas, está operando nos EUA. E embora um dado número de fornecedores não chineses atuem no mercado, o gigante asiático mantém uma forte

medida de controle sobre o material.“Outras fontes sempre estiveram

presentes, mas elas não podiam competir com a China”, disse Sudhir Gupta, vice-presidente de marketing de produto da Miller and Co. “E porque ainda hoje não existe um super fornecimento da parte de outros produtores, a China determina o preço global.”

Ainda existe um suprimento adequado de carbeto de silício mundialmente, de acordo com um número de fornecedores da indústria. Mas, como tantos outros materiais, a demanda pelo carbeto de silício está crescendo em outros mercados (por exemplo, abrasivos, lubrificantes, células solares e processamento de bolachas de silício), e os preços podem disparar em qualquer lugar de 10 a 20% durante um dado período de tempo.

“Pode haver uma falta no futuro, mas ainda não conseguimos ver isso acontecer”, disse Gupta. “O preço será a questão. Não se trata de uma situação de oferta e demanda normal onde você comprá-lo a qualquer tempo.”

ENCONTRANDO NOVOS MATERIAISPorque o quadro do suprimento

de matérias-primas pode depender de tantos fatores externos, muitos fundidores podem se sentir paralisados pelos preços crescentes.

“Olhando-se em perspectiva, as

fundições são um componente muito pequeno”, disse Peaslee. “Nós temos uma influência nula no preço dessas commodities. Eles são comandados por outras indústrias que os utilizam muito mais, e nós só temos que nos sentar, sorrir e aguentar isso.”

Mas o que pode ser feito no caso de uma escassez real de suprimentos?

Para dar conta de uma rápida perda de suprimento dos elementos terras raras algumas pesquisas têm sido feitas para encontrar materiais alternativos que pudessem fazer o mesmo papel nos banhos metálicos das fundições, mas o recurso mais realista ainda é encontrar novas fontes para esses mesmos materiais. Além da exploração lunar da NASA, relatórios têm publicado que depósitos ricos em terras raras podem ser encontrados no fundo dos oceanos, e muitas empresas americanas dizem que estão perto de contribuir com esses suprimentos.

De acordo com uma carta atribuída ao seu CEO, a empresa de mineração Molycorp, de Greenwood Village, Colorado, planeja reabrir uma mina que ela fechou há muitos anos devido a preocupações ambientais.

“Os EUA têm um dos maiores e mais ricos depósitos de terras raras na instalação da Molycorp Minerals em Montain Pass, California”, o CEO Mark Smith escreve em sua carta. “Em Mountain Pass, nós estamos

Essa estrutura de entrada de ar e caixa de engrenagens para acessó-rios motores aeroespaciais foi fun-dida na liga de magnésio zE41, uma liga especial que contém os elemen-tos terras raras.

Além do tratamento do ba-nho metálico, os metais terras raras encontraram um uso em outra área da fundição de me-tais – como um elemento de liga em fundidos de magnésio. De acordo com o departamento técnico da Sociedade Americana de Fundição, de Schaumburg, Illinois, as ligas de magnésio mais padrões têm uma baixa

resistência em altas tempera-turas. Por exemplo, em algu-mas aplicações automotivas, os fundidos de magnésio vão apre-sentar deformação por fluência, significando que o metal pode se d eslocar com o aumento da temperatura. Os terras raras elevam a resistência nas altas temperaturas e combatem o efeito dessa deformação.

FUNDIÇÃO DIRETA COM TERRAS RARAS

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Os elementos terras raras são compreendidos pelos 15 lantanídeos (começando pelo lantânio, La, acima), escândio e ítrio.

primas”, disse Salmon.Peaslee permanece cético.“Existe muita coisa que o governo

pode fazer”, ele disse. “É um mundo de livre mercado. As pessoas podem comprar e comercializar da forma que desejarem. Ninguém vai dizer nada, porque nós dependemos muito uns dos outros.”

Pesquisa OnlineVisite www.metalprices.com para ver os preços atuais dos metais terras raras.

produzindo alguns elementos verdes, e estamos planejando reativar a instalação para produção plena seguindo uma extensiva modernização e um projeto de expansão.” A Molycorp não atendeu aos pedidos de maiores comentários.

A Colorado Rare Earths Inc., de Lonoke, Arkansas, outra empresa que declinou comentar o estado do mercado doméstico de terras raras, também está ativamente a procura de fontes domésticas para esses materiais. A empresa chama a si mesma de “empresa de aquisição de reclamações minerais”, mas diz que tem garantido diversas propriedades e que “depois de um planejado aumento de capital ... irá se tornar uma empresa de mineração de desenvolvimento e exploração.”

Pelo menos uma instalação de fundição (uma manufatura de ferro em Wisconsin) começou a reduzir a quantidade de cério e de lantânio usados em seu tratamento de ligas. Para compensar a redução, a empresa tem tido que comprar materiais de sucata metálica de melhor qualidade, que são mais caros do que os metais usados anteriormente.

No que se refere ao carbeto de silício, poucas alternativas são disponíveis, de acordo com Gupta.

“Todos os produtores de ferro precisam do silício e carbono de uma forma ou de outra”, ele disse. “É simplesmente o caso de verificar o que funciona melhor para cada fundição. O carbeto de silício também tem muitos benefícios metalúrgicos, que é uma das razões pelas quais as fundições o utilizam. A menos que exista uma enorme discrepância no preço, eu penso que ainda é o melhor produto.”

Com o preço do material crescendo de forma estável (Peaslee relatou um aumento de 75% desde 2008), esse dia pode chegar. Enquanto isso, outra possibilidade de alívio pode existir: a legislação. De acordo com Stephanie Salmon, uma empregada

do escritório de Washington da Associação Americana de Fundição, de Schaumburg, Illinois, a Lei sobre Estratégia Nacional e Minerais Críticos de 2011 no Parlamento e a Lei sobre Minerais Críticos de 2011 no Senado vão solicitar à Agência de Pesquisa Geológica Americana que estabeleça uma lista dos minerais críticos para a economia americana e o estabelecimento de políticas que assegurem que a nação seja possível de atender às suas necessidades minerais.

“Nós demos o primeiro passo em termos de uma vitória nas matérias-

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SIGA AS REGRASA maior diferença entre

o ferro e as outras ligas é a expansão do ferro durante a precipitação da grafita na solidificação. Essa diferença significa que os fundidos de ferro podem se tornar auto alimentados depois do início da expansão na maioria das situações, de maneira que nenhuma alimentação adicional é necessária. Apropriadamente, um sistema de alimentação para fundidos de ferro deveria fornecer metal apenas para a contração da liga líquida e solidificação do ferro antes da expansão. Uma vez que a expansão comece, um sistema de alimentação bem desenhado deveria conter a pressão de maneira que o fundido se auto alimente durante o restante da solidificação. Esse princípio está em contraste direto com

outras ligas, tal como o aço, onde não existe expansão e o metal alimentado deve ser fornecido durante a maior parte ou toda a solidificação.

Outra diferença importante entre o ferro e outras ligas tem a ver com o mecanismo envolvido com os canais. As ligas de ferro (principalmente o ferro nodular) não formam prontamente uma casca sólida durante a solidificação. Para os massalotes alimentarem efetivamente, a pressão atmosférica precisa ser capaz de colapsar essa fraca pele plástica, quando a pressão interna cai. Depois que o massalote perfura essa pele, a pressão interna é então equalizada dentro de uma zona de alimentação (a área dentro do fundido onde o metal líquido pode fluir de um ponto a outro em resposta

às pressões de expansão). Apenas um massalote deve ser usado para cada zona de alimentação. Se múltiplos massalotes forem colocados na mesma zona, um massalote começará a alimentar e os outros não. Muitas vezes serão vistas porosidades nos pontos de contato dos massalotes que não alimentam.

A necessidade do ferro de um único massalote dentro de uma única zona de alimentação é a regra de projeto que é violada mais frequentemente. Quando se encontra porosidade em um ponto de contato de massalote, a tendência de muitos engenheiros é a de adicionar mais massalotes e esse é exatamente o enfoque errado a tomar e irá piorar a situação.

O braço de controle de ferro nodular, mostrado na Figura

Projetando ótimos sistemas de canais para fundidos de ferro.

Título Original do Artigo: “Designing Optimal Gating Systems for Iron Castings”.Autor: Larry Smiley e David Schmidt, da Finite Solutions Inc., de Hamilton, Ohio.Publicado: MODERN CASTING, Outubro de 2013, pg. 34-37.Reprodução autorizada: AFS – American Foundry Society.Tradução: Roberto Seabra da Costa [email protected]

As simulações por computador e um entendimento das características específicas da fundição de ferro podem reduzir o tempo e

os custos relacionados com fundidos defeituosos.

Um sistema de alimentação projetado adequadamente para fundidos de ferro (ambos cinzento e nodular) requer um entendimento de como essas ligas diferem das outras, tal como o aço. Se essas diferenças não são consideradas, os sistemas de alimentação podem ser menos do que adequados e a qualidade do fundido será prejudicada. Em muitos casos, os massalotes desenhados essencialmente para os fundidos de aço levam a defeitos de produção quando aplicados para o ferro. Tais desentendimentos conduzem a sugestão de soluções que muitas vezes pioram a situação.

A compreensão das propriedades de projeto específicas do ferro, quando aplicada em conjunto com um software de simulação, pode reduzir as taxas de refugo e resultar em fundidos de qualidade. Adicionalmente, rodando simulações em computador antes da produção inicial, pode ajudar a evitar semanas e meses de fundidos defeituosos em meros minutos.

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1a, é um exemplo de um fundido de ferro com um sistema de alimentação incorretamente projetado. A instalação de fundição originalmente enfocou o projeto do massalote para esse fundido de ferro com a colocação de dois massalotes simétricos, mostrados na

Figura 1b. Esse enfoque era compreensível, porque os massalotes estavam fixados nas seções mais pesadas do fundido. Durante a produção inicial, a porosidade ocorreu em um ponto de contato de um massalote em uma base consistente, como mostrado na

Figura 2. A porosidade não ficava sempre no mesmo contato, mas na maioria dos fundidos, um contato mostrou evidência de porosidade, enquanto o outro não mostrava. Em resultado disso, a instalação de fundição não podia produzir um fundido de qualidade com esse projeto de modelo.

PROJETO COM DADOSPara projetar corretamente

sistemas de alimentação para fundidos de ferro, é necessário determinar a localização e o tamanho das zonas de alimentação dos fundidos. Entender o módulo de transferência (MTR), um cálculo relacionado com o fluxo de metal dentro do fundido, pode ajudar a determinar se um fundido tem uma ou mais zonas de alimentação.

Se o metal não pode fluir de um local para o outro, cada zona de alimentação pode requerer o seu próprio massalote (mas não mais do que um). O módulo do fundido (MC) representa a razão entre o volume e a área superficial nas várias áreas do fundido. O módulo é usado para estimar a ordem de solidificação, pois permite que o engenheiro estime o progresso da solidificação em um fundido. Em fundidos de ferro, o módulo é usado para estimar quando a expansão vai começar e é expresso por uma

Figuras 1a e 1b. O braço de controle de ferro nodular originalmente foi projetado com dois massalotes.

Figura 2. A porosidade em um dos massalotes era comum.

Figura 3. Engenheiros primeiro rodaram uma simulação de solidificação sem os canais ou massalotes.

Figura 4. O fundido tem duas áreas de altos valores de módulo, mas existe apenas uma zona de alimentação.

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014 porcentagem da solidificação

completa.Programas de software mo-

dernos podem simular a solidi-ficação em poucos minutos e os dados resultantes então podem ser convertidos em valores de módulo dos fundidos. Um fun-dido com um módulo grande (fundido de seções pesadas) irá começar a se expandir mais cedo e sofrerá mais expansão

do que um fundido com um mó-dulo baixo (fundido de seções leves). O ponto onde a expansão começa é referido como ponto do tempo de contração.

Conhecer o ponto do tempo de contração permite o cálculo do valor de um módulo equivalente que corresponde ao módulo no qual a contração do ferro termina e começa a expansão. Esse valor de módulo

é conhecido como MTR, porque ele define as áreas do fundido onde a transferência de metal líquido é possível. A fórmula de cálculo de MTR é:

MTR = √(ST/100) * MCFazendo o gráfico de MTR

em uma simulação de fundição, pode ser determinado quando o fundido todo é uma zona simples de alimentação (o módulo de transferência é

Figura (a) e (b).

Um conector de rolamento circular de 463 Lb (210 kg) ofe-rece outro exemplo das compli-cações com alimentadores em fundidos de ferro. Ele foi pro-jetado usando um sistema de cinco massalotes, mas depois da usinagem, muitos fundidos apresentaram áreas de porosi-dade.

Em consequência desses fundidos defeituosos, os enge-nheiros adicionaram um sex-to massalote ao projeto, como mostrado na Figura A. Conforme foi discutido no caso do braço de controle, essa solução aparente é o enfoque típico para proble-mas com fundidos de aço, mas

é uma forma incorreta de lidar com os sistemas de alimenta-ção em fundidos de ferro. Como resultado disso, o problema pio-rou e esse fundido se transfor-mou no maior custo de refugo da instalação de fundição.

As áreas defeituosas foram descobertas nos locais dos massalotes no topo do fundido, um sinal que dizia que o problema estava relacionado com massalotes que não alimentavam. Durante a análise adicional, incluindo uma simulação que calculou o módulo de transferência (MTR), se tornou claro que o fundido representava uma única zona

PROJETE COM O FERRO EM MENTE

de alimentação, significando que apenas um massalote seria necessário. O projeto revisado, mostrado na Figura B, remediou o defeito e resultou em um fundido de qualidade.

Figura 6. O modelo revisado apresenta um massalote simples ligado com o centro do braço de controle.

Figuras 5a e 5b. Não havia porosidade no contato do massalote ou em qualquer ponto do fundido.

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contínuo através do fundido) ou quando contém múltiplas zonas (o módulo de transferência é descontínuo). O número de zonas de alimentação então determina o número necessário de massalotes, usando um alimentador por zona de alimentação.

O valor do módulo de trans-ferência pode ser entendido como representando o valor do módulo do fundido abaixo do qual a alimentação dos massa-lotes não é mais efetiva e o fer-ro se torna auto alimentado de-vido à expansão. A pressão de expansão precisa ser controla-da, isso significa que se assu-mido que o molde seja rígido o suficiente, todos os contatos com o fundido (contatos de ca-nal de entrada e de massalotes) devem estar sólidos o suficien-te para assegurar que a pres-são de expansão esteja contida dentro do fundido depois do início da expansão da grafita. Isso também significa que o módulo do pescoço de contato do massalote deve ser igual ao módulo de transferência para assegurar que a alimentação da contração do líquido seja ca-paz de ocorrer e também que a pressão de expansão seja con-tida dentro do fundido, devido ao resfriamento do contato do massalote no ponto de solidifi-cação correto.

Para resolver esse problema no exemplo do braço de controle de ferro nodular, o fundido foi analisado para determinar as necessidades de alimentação. Primeiro, uma simulação da solidificação do fundido sem canais e massalotes foi feita. Os resultados dessa simulação são mostrados no gráfico do tempo de solidificação (em

minutos) na Figura 3.Os dados da simulação

foram convertidos em dados de módulo, de maneira que os cálculos de alimentação pudessem ser feitos. É tentador concluir que o projeto original de massalotes era correto, porque as duas áreas de altos valores de módulo no fundido estavam bem próximas aos contatos de alimentação no projeto original.

Entretanto, é necessário analisar mais profundamente esse fundido para determinar o tempo de contração e MTR para entender o local e tamanho da(s) zona(s) de alimentação. A análise das características do ferro indica que o valor de MTR é de 0,254 pol. (6,45 mm). Fa-zendo-se o gráfico deste valor dentro do fundido será indicada a localização da(s) zona(s) de alimentação, como é mostrado na Figura 4.

Todo o fundido é apenas uma zona de alimentação. As áreas de módulos mais altos estão conectadas por uma seção, na qual o módulo está acima do valor do módulo de transferência, isso permite o transporte de líquido para fazer a alimentação através do fundido. Somente um massalote deve ser usado para evitar a possibilidade de porosidade em uma zona não alimentada.

SOLUCIONANDO DEFEITOSA simulação por computador

nesse caso levou 16 minutos para ser feita, e depois de calcular o tempo de contração e o módulo de transferência o gráfico foi criado em 5 minutos. Depois de por volta de 20 minutos de análise, o projeto correto do massalote

foi determinado. Se isso tivesse sido feito antes que o modelo original fosse produzido, muitos meses de trabalho com fundidos defeituosos poderiam ter sido evitados. Os custos associados foram muito maiores do que seria o investimento em um software de simulação e treinamento para fazer essa análise.

O modelo foi revisado para trabalhar com um único massalote, como mostrado nas Figuras 5a e 5b. O massalote nesse caso não está conectado com uma área de módulo alto. Na fundição de ferro, a localização do massalote não é tão crucial como na fundição de aço, devido aos efeitos da pressão de expansão através do fundido depois que a precipitação da grafita começa.

Não foi constatada nenhuma porosidade na área de contato do fundido com o massalote simples, como é mostrado na Figura 6, ou em qualquer outro ponto do fundido. Uma análise simples e rápida do fundido produziu o projeto correto de alimentação que resultou em um fundido sadio. A simulação por computador oferece aos engenheiros uma ferramenta efetiva de projeto para desenhar um processo de produção, dessa forma evitando os custos potenciais envolvidos com os fundidos defeituosos.

Esse artigo é baseado em um trabalho (13 – 1261) dos Anais do Congresso da Associação Americana de Fundição (AFS) de 2013.

@ Recurso OnlineEncontre o trabalho original em: www.moderncasting.com

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A predição do tempo de vida de peças com auxílio do computador assume um com-portamento homogêneo dos materiais. As variações na mi-croestrutura relacionadas com a produção não são conside-radas, de maneira que os pro-jetistas tendem a desenhar os componentes conservadora-mente para compensar essas incertezas. Um grupo de pes-quisa da Magma Foundry Tech-nologies, de Schaumburg, Illi-nois, e da Audi AG, Ingolstadt, Alemanha, foi formado para in-tegrar a simulação de processo dentro da predição de tempo de vida auxiliada por computador para atingir um desenho mais preciso das peças.

As condições não uniformes de resfriamento dentro de um fundido resultam em microes-truturas localmente diferentes, o que resulta em propriedades mecânicas locais diferentes. Isso tem um impacto signifi-cativo no comportamento das peças nas suas condições de aplicação de carga e seus tem-pos de vida. O Ferro Fundido

de Grafita Compacta (CGI) tem duas variáveis relevantes para sua resistência na microestru-tura: a forma e o tamanho das partículas de grafita, o fator ferrita / perlita e sua distribui-ção na matriz. O grupo de pes-quisa sentiu que era necessário entender e descrever matema-ticamente o processo metalúr-gico durante a solidificação e transformação eutetóide para simular o desenvolvimento da microestrutura. Os modelos disponíveis de simulação des-crevendo a solidificação foram expandidos e um novo mode-lo para a distribuição ferrita / perlita foi desenvolvido. Os modelos foram validados em experiências com fundidos e os cárters de CGI do Audi 3.01 V6. O trabalho, “Predição da Microestrutura e Propriedades Mecânicas Locais para um Cár-ter em CGI”, de Christof Heis-ser e J.C. Sturm, da Magma; N. Zenker, da Audi e E. Fritsche, da fundição Eisenwerke Bruehl, compara e discute a distribui-ção da microestrutura medida e calculada e seu impacto na

durabilidade dos fundidos.

1. BASE DE CONHECIMENTOO atual método tecnológi-

co de projeto de cárter é o uso de métodos de engenharia au-xiliados por computador, que assumem um comportamento homogêneo. Para integrar a simulação do processo com a predição de tempo de vida au-xiliada por computador, uma correlação quantitativa entre as microestruturas dependentes do processo e a durabilidade local precisa ser determinada e incluída na ferramenta de si-mulação de processo. Ao mes-mo tempo, programas de predi-ção de tempo de vida precisam ser capacitados para conside-rar os valores locais de durabi-lidade. O primeiro enfoque dos pesquisadores foi baseado em parâmetros da microestrutura do CGI que fossem relevantes para a durabilidade, tais como a forma e tamanho da grafita e a relação perlita / ferrita, para o cárter do Audi 3.01 V6.

As propriedades mecânicas e as microestruturas do ferro

Revelando as propriedades mecânicas locais do ferro fundido vermicular.

Título Original do Artigo: “Revealing Local Mechanical Properties in CGI”.Autor: Relatório do Staff da Modern Casting.Publicado: MODERN CASTING, Julho de 2013, pg. 36-39.Reprodução autorizada: AFS – American Foundry Society.Tradução: Roberto Seabra da Costa [email protected]

O ajuste fino dos modelos de predição para dar conta de variações na microestrutura poderia ajudar a desvendar o pleno

potencial dos materiais fundidos.

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Figura 1. A geometria do fundido em degraus e a localização das amostras estão desenhadas.Localização das amostras, Plano de Corte e Vista em Corte

Figura 2. A análise de imagem foi usada para avaliar a nodularidade.

A simulação do processo de fundição pode ser usada para prever a microestrutura local?

A sequência da última pesquisa é tão fácil como 1 – 2 – 3.

“Predição da Microestrutura e Propriedades Mecânicas Locais para um Cárter em CGI”, de Christof Heis-ser, da Magma Foundry Technolo-gies, de Schaumburg, Illinois, EUA; N. Zenker, da Audi AG, de Ingolstadt,

QUESTÃO

RESUMINDO TUDO

Alemanha; E. Fritsche, da fundição Eisenwerke Bruehl GmbH, de Bruehl, Alemanha e J.C. Sturm, da Magma Giessereitchnologie GmbH, de Aa-chen, Alemanha.

1. Base de Conhecimento: A pre-dição do tempo de vida auxiliada por computador assume o comportamento homogêneo do material. As variações na microestrutura relacionadas com a produção não são consideradas. O grupo de pesquisa trabalhou para inte-grar o processo de simulação dentro da predição de tempo de vida auxiliada por computador para atingir um design da peça mais preciso.

2. Procedimento: Amostras de

fundidos em degrau e de cárters fo-ram usadas em numerosas rodadas de testes de fadiga. Usando os méto-dos matemáticos de análise de variân-cia e regressão, os pesquisadores de-senvolveram uma correlação entre as microestruturas locais e a sua dura-bilidade usando dados experimentais.

3. Resultados e Conclusões: Uma análise de variância e de re-gressão sob a consideração da mor-fologia da grafita e o fator ferrita / perlita locais, mostrou uma boa cor-relação entre os valores de durabili-dade medidos e previstos. Um mo-delo prevendo o fator ferrita / perlita foi desenvolvido e validado.

fundido são, em alto grau, de-terminadas pela metalurgia. Para prever a microestrutura, os seguintes parâmetros físicos e químicos precisam ser consi-derados:• A inoculação da grafita sob

a consideração da potência dos inoculantes e do equilí-brio de fase;

• O modo, distribuição e mor-fologia da grafita;

• O crescimento da austenita• O comportamento de se-

gregação dos elementos de liga;

• A transição da austenita na fase sólida;

• A dependência da relação ferrita / perlita com as con-dições de segregação e dis-tâncias de difusão;

• A movimentação da zona de condensação na areia do molde.Mesmo que os fenômenos

de solidificação já sejam con-siderados na simulação do CGI, o grupo precisava desenvolver um modelo para a distribui-ção ferrita / perlita. A criação da ferrita e da perlita é deter-minada pela distribuição da grafita estabelecida durante a solidificação e transformação eutetóide. A solidificação do

CGI conduz a dois tipos de célu-las eutéticas: as células de fer-ro nodular e as células de CGI. Ambas crescem de acordo com mecanismos únicos. Além da composição química e da ino-culação, o resfriamento deter-mina se mais esferulitas (nódu-los ou células de ferro nodular) ou a grafita compacta estarão presentes no final.

Os pesquisadores fir-maram o objetivo de recriar as distribuições típicas das micro-estruturas em barras de tração para descobrir uma correlação representativa entre os valo-res de microestrutura e fadiga.

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Fundidos em degraus também foram vazados. A geometria dos fundidos em degraus e os lo-cais das amostras dos testes de fadiga são mostrados na Figura 1. As corridas vazadas foram condicionadas com dois trata-mentos específicos de magné-sio. Os valores resultantes de nodularidade representam as distribuições típicas de nodu-laridade encontradas nas áreas

críticas dos blocos de motores. As várias espessuras de parede do fundido em degraus possibi-litam uma variação adicional da relação ferrita / perlita.

O experimento de fadiga incluiu tensão e compressão, bem como cargas de flexão al-ternadas. Porque as ferramen-tas de análise de predição de tempo de vida usam os concei-tos de tensão e de alongamento

para calcular os valores de fa-diga, os pesquisadores condu-ziram experimentos regulados por tensão e alongamento.

As superfícies fraturadas foram avaliadas depois da fa-lha da amostra de fadiga, e a estrutura local foi determinada usando análise automática de imagem (Figura 2). Os pesqui-sadores analisaram o número, forma e tamanho das partículas de grafita, o fator ferrita / per-lita e as composições químicas.

2. PROCEDIMENTOO modelo de predição da mi-

croestrutura foi validado atra-vés da comparação das distri-buições das microestruturas preditas e medidas usando ter-mopares virtuais e reais. As mi-croestruturas foram avaliadas pelas duas variantes do fundi-do em degraus com conteúdos de magnésio final de 0,015% e 0,018%, bem como em locais

Figura 3. Mostra as nodularidades medidas e simuladas para o fundido em degraus e locais selecionados do bloco de motor. As barras em I representam as amplitudes de variação das medições.

Figura 6. As áreas das maiores aplicações de carga no bloco do motor estão indicadas. Encontrando áreas altamente carregadas

Figura 4. Os pesquisadores usaram uma bancada de teste de impulso de dois eixos no fundido do cárter.

Figura 7. Nas áreas altamente carregadas, a distribuição de nodularidade prevista (à esquerda) era de aproximadamente 20% e a fração de perlita era maior do que 90%. Fração de Perlita, Nível de Carga, Número de Ciclos.

Figura 5. Perfis de alongamento foram comparados aos sinais locais de alongamento medidos para fazer um ajuste fino dos modelos. Melhoria do modelo através dos sinais de alongamento.

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selecionados do bloco de mo-tor. Os locais dentro do cárter cobriram áreas de diferentes espessuras de parede e taxas de resfriamento para fornecer amostras com microestruturas significativamente diferentes. O magnésio elevado proporcionou um aumento significativo na no-dularidade medida e simulada nos degraus do fundido em de-graus. As mesmas altas nodu-laridades se apresentaram nas áreas de rápido resfriamento do bloco de motor versus os segmentos de apoio de paredes mais grossas. Geralmente, as nodularidades medidas e pre-ditas se igualavam bem dentro da amplitude medida (Figura 3).

As amostras dos fundidos em degraus e do cárter foram usadas em inúmeras rodadas de testes de fadiga. Usando os métodos matemáticos de análi-se de variância e de regressão, os pesquisadores desenvolve-ram uma correlação entre a microestrutura local e sua du-rabilidade usando os dados ex-perimentais. As partes essen-ciais da função de correlação são a forma e a quantidade das grafitas, bem como a fração de perlita. Nenhum outro fator dominante de microestrutura foi encontrado, de modo que a combinação correta de parâ-metros é necessária para atin-gir as propriedades mecânicas desejadas. A precisão do mode-lo foi determinada em 83%.

3. RESULTADOS E CONCLU-SÕES

A aplicação essencial das cargas mecânicas de um cár-ter é causada pelas pressões aparentes durante a ignição. Elas são conduzidas através dos pistões e das bielas ao vi-rabrequim, rolamentos e capas de rolamentos, dentro das fu-

rações e finalmente dentro do cárter.

A durabilidade de um mo-tor é testada através de ciclos extensivos de durabilidade em bancadas de testes dinâmicos de motores. A durabilidade um cárter é avaliada em uma ban-cada simplificada de teste de impulso de dois eixos (Figura 4).

O teste de impulso de dois eixos deriva duas forças des-crevendo elipses dos resulta-dos de simulação, que foram dimensionadas para considerar os desvios estatísticos devidos à usinagem, montagem e car-gas de aplicação. Para melhor ajustar os modelos, os perfis de alongamento calculados fo-ram comparados com os sinais medidos dos alongamentos nos locais (Figura 5).

Os cálculos de resistência foram derivados das tensões e alongamentos locais baseados nos vetores das forças dos rola-mentos descrevendo as elipses. Conceitos locais foram então usados para avaliar o efeito do dano e estimar o tempo de vida (durabilidade). Os limites acei-táveis para as cargas aplicadas foram derivados das rodadas cíclicas com as amostras. As áreas altamente carregadas no bloco de motor 3.01 V6 foram encontradas com o uso desses métodos (Figura 6).

O tempo de vida estimado e calculado incluiu as avaliações das microestruturas nas áreas críticas. A nodularidade pre-vista foi de 20% e a fração de perlita foi maior do que 90% (Figura 7).

Devido à alta fração de per-lita, a curva superior S-N (tam-bém conhecida como curva de Whöelher) pode ser usada para a predição do tempo de vida. Isso mostra uma durabilidade

aproximada de mais de 20 MPa, do que normalmente é usado no projeto com CGI. Isso levou à duplicação do número de ci-clos até a falha e explicou por-que nenhuma trinca apareceu na bancada de teste, a despeito do uso de baixos fatores de se-gurança.

A partir dos experimentos, os pesquisadores concluíram que a durabilidade local do CGI mostra uma forte dependência com a microestrutura local. Uma análise de variância e de regressão sob a consideração da morfologia da grafita local e do fator ferrita / perlita mos-trou uma boa correlação entre os valores de durabilidade me-didos e previstos.

A aplicação dos resultados da simulação do processo de fundição no projeto do layout de durabilidade do motor con-duziu à duplicação dos ciclos até a falha, comparado com os layouts previstos pelos mé-todos convencionais. Isso se igualou com os resultados ex-perimentais. De acordo com os autores do trabalho, a integra-ção da simulação do processo na durabilidade do layout de componentes fundidos é uma tecnologia chave para o proje-to bem sucedido de peças mais leves.

Esse artigo é baseado em um trabalho (13 – 1360) apre-sentado no Congresso de Fun-dição da AFS de 2013.

@ Recurso OnlineEncontre o trabalho original em: www.moderncasting.com

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Estudo da aplicação de diferentes massalotes com luvas térmicas para alimentação de ferro fundido nodular em relação à eficiência e custo de produção1

Geicimar Ismael de Sousa Gonçalves2

Luciana Stuewe3

RESUMOCom o objetivo de avaliar a influência do formato e material de massalotes com luvas térmicas no rendimento

metálico e custo de produção para alimentação de ferro fundido nodular produzido na Sifco Metals, foi realizado um experimento através da fundição de uma placa com oito corpos de prova cúbicos de 150x150x150mm. Os materiais das luvas avaliados foram: isolante, exotérmico e super exotérmico. As geometrias avaliadas foram: luva cilíndrica convencional, luva domada, luva esférica e massalote sem luva O cálculo teórico de módulos foi realizado para definir o tamanho das luvas e massalotes a serem aplicados. A simulação da fundição da placa foi realizada e os resultados de módulo térmico e previsão de rechupes (porosity) avaliados. Posteriormente os resultados de simulação foram comparados com os resultados práticos. De acordo com os resultados, o menor custo de produção foi obtido através do uso de luvas domada e esférica com materiais super exotérmicos. Estas luvas apresentaram um custo total de produção 70% menor em relação ao custo de produção do massalote sem luva. Os resultados simulação foram confiáveis e reproduziram os resultados de rechupes nos massalotes e nos corpos de prova cortados.

Palavras chave: luvas térmicas, sistemas de alimentação, rechupe, rendimento metálico, simulação de fundição.

ABSTRACTWith the objective to evaluate the influence of the thermal sleeve´s shape and material in the metallic yield and

production cost for casting ductile iron in Sifco Metals, an experiment was realized casting a plate with eight cubic test pieces (150x150x150mm). The material evaluated was: insulation, exothermic and super exothermic. The geometry evaluated was cylindrical, insert, spheric and riser without sleeve. The theorical module calculations were realized with the conventional methods to define the sleeves and risers dimensions. The foundry process simulation was performed and the results of feedmod and porosity was evaluated, and lately compared with practical results. In accordance with the results the low production cost was achieved by the sleeves domada and spheric, both using super exothermic material. These sleeves presented cost production 70% lower than the riser without sleeve. The results of simulation was reliable and reproduced the shrinkage results presented in the final cast parts.

key words: Thermal sleeves, feeding systems, shrinkage defects, metallic yield, foundry simulation.

1Artigo submetido ao 16º Congresso de Fundição - ABIFA - CONAF 20132Engenheiro de Processos do departamento de Engenharia na Sifco Metals S.A.Unidade Matozinhos3Mestre em Engenharia de Materiais, Gerente Técnico na Magma Engenharia do Brasil

1 INTRODUÇÃO1.1 Solidificação dos ferros fundidos – variações volumétricas.

Os ferros fundidos nodulares solidificam-se basicamente em dois processos consecutivos, solidificação da fase primária e solidificação eutética. Durante os processos de solidificação ocorre a formação de fases metálicas e de grafita com morfologia nodular.

A formação das fases metálicas é acompanhada de variações volumétricas em três fases distintas, conforme observa-se na figura 01. A primeira fase ocorre a contração

da transformação da fase líquida em sólida e a contração da formação das fases metálicas primárias. Esta contração é conhecida como contração primária e, é responsável pelos defeitos de rechupe primário. Esta contração deve ser alimentada pelos massalotes (01). Os rechupes primários normalmente apresentam-se como superfícies lisas (02), conforme mostra a figura 02a.

O próximo estágio ocorre a formação da grafita e uma expansão interna. Esta característica confere aos ferros fundidos, propriedades de auto-alimentação e a necessidade do

uso de menores massalotes. Após a expansão volumétrica da formação da grafita, as regiões intercelulares se solidificam com nova contração, chamada de contração secundária (01). Os rechupes resultantes desta contração são chamados de rechupes secundários e apresentam-se normalmente como várias porosidades rugosas (02), conforme mostra a figura 02b.

1.2 – Técnicas de Alimentação de Ferros Fundidos

No caso de ferros fundidos nodulares, a técnica de alimentação

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Figura 01. Relação entre as variações volumétricas e temperatura (01).

recomenda é utilizar massalotes para alimentar a contração primária inicial. ocorrendo logo depois a solidificação da ligação entre massalote e peça, no início da expansão da grafita (antes do final da solidificação da peça) (04).

Os Massalotes utilizados para compensar a contração primária são reservatórios de metal líquido disponíveis para fornecer o metal durante a solidificação. Sua dimensão e volume são calculados a partir do módulo das regiões de maior massa dos fundidos. Os cálculos são bem conhecidos e podem ser encontrados na literatura (05). Uma forma mais precisa para calcular seu volume é através de simulação numérica, onde não somente a geometria, mas todos os fatores envolvidos na solidificação são levados em consideração, como

Figura 02 – a) Rechupe primário no massalote de ferro fundido nocular e b) rechupe secundário na peça próximo ao pescoço do massalote(03).

2.a

2.b

composição química da liga, perda de calor durante o enchimento e propriedades da areia. A figura 03 mostra um exemplo do resultado de simulação do módulo térmico (feedmod) em peça de ferro fundido.

A simulação também é capaz de mostrar a eficiência dos massalotes na alimentação dos rechupes primários e secundários, através do resultado de porosity. O porosity leva em consideração parâmetros fortemente influentes na formação de rechupes nos ferros fundidos, como por exemplo: a composição química de todos elementos, inoculação, a expansão grafítica e a dureza de molde. Portanto, não basta apenas avaliar a eficiência de alimentação nos ferros fundidos com base no módulo térmico, é necessário também avaliar a previsão do rechupe na simulação.

A figura 04 mostra a comparação entre o resultado de previsão de rechupe na simulação e os rechupes ocorridos na prática.

Os massalotes moldados direta-mente na areia normalmente apre-sentam baixo rendimento metálico, pois apresentam normalmente gran-

Figura 03 – Resultado de simulação mostrando módulo térmico da peça em ferro fundido nodular. O módulo térmico promove informação sobre o a melhor posição e o tamanho dos massalotes (05).

Figura 04 – Comparação entre resultados de previsão de porosidade (porosity) e resultados práticos de rechupe em ferro fundido nodular (03).

de volume, devido a apresentarem as mesmas condições de solidificação que o produto a ser alimentado.

Uma solução para aumentar o rendimento metálico e a eficiência dos massalotes é o uso de luvas térmicas, as quais aumentam o tempo de solidificação do metal, permitindo a redução do volume do reservatório.

1.2.1. Luvas Térmicas:As luvas térmicas são comumente

utilizadas na alimentação de ferros fundidos, conforme observa-se na figura 05.

As luvas térmicas permitem que o metal dentro do massalote se mantenha líquido por mais tempo. Como o metal se mantém líquido por mais tempo, o reservatório pode ser reduzido, reduzindo a quantidade total de metal fundido que deverá retornar para fundição, aumentando desta forma o rendimento metálico.

O material das luvas pode ser isolante, exotérmico ou super exotérmico. O material isolante reduz o tempo de solidificação impedindo a perda de calor do metal para areia. De

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outro modo, os materiais exotérmicos promovem uma reação exotérmica no contato com o metal líquido liberando calor e aumentando ainda mais o tempo de solidificação do metal líquido.

Além de aumentarem o rendimento metálico as luvas apresentam ainda outros benefícios como: maior produtividade (mais fundidos produzidos por quilo de material fundido), baixo custo, redução de consumo de areia e ligante, facilidade de corte e limpeza e redução de perda de fusão de materiais ligados de elevado custo.

O mercado apresenta uma grande variedade de modelos, formatos e diferentes tipos de materiais. Consequentemente, surgiu a necessidade de estudar internamente

5.a

6.a 6.b

5.b

Figura 05 – a) luvas térmicas de diversos tamanhos e formatos. b) luvas sobre a peça já fundida.

Figura 07 - (a) – Massalote 1

Figura 07 - (b) – Massalote 2Figura 06 – a) Modelamento dos corpos para simulação e b) modelamento mostrando os números dos massalotes variados.

Figura 08 – Luvas utilizadas no experimento

quais são os melhores formatos e materiais das luvas, capaz de gerar o maior rendimento metálico e menor custo de produção, para alimentação de ferro fundido nodular produzido na Sifco Metals S.A.

2. MATERIAL E MéTODOSPara atingir o objetivo proposto

foi desenvolvida uma placa com oito corpos de prova cúbicos iguais de 150x150x150 mm, com módulo térmico de 2,5 cm, conforme mostra a figura 06.

Sobre sete corpos de prova foram aplicadas diferentes luvas térmicas, e o oitavo com massalote cego moldado diretamente na areia, conforme mostra a figura 06 b.

A tabela 01 mostra a variação do material e formato das luvas de cada

massalote. As dimensões e volumes dos

massalotes foram calculados através da teoria de cálculos de módulos (Anexo A) e posteriormente simulados, a figura 07 mostra as dimensões de cada luva e a figura 08 as luvas utilizadas no experimento.

Os corpos de prova foram primeiramente simulados, com software Magmasoft®, para verificar o módulo térmico e tendência à formação de rechupe. Posteriormente a placa foi moldada em areia cura frio. Na prática foi adicionado um corpo de prova sem massalote, conforme mostram as figuras 09 e 10 e o molde vazado com ferro fundido nodular. O metal foi fundido em forno a indução vazado com 1390°C (+/-5.C). A inoculação foi realizada com FeSi75 com 0,5% de inoculante na panela e 0,1% no jato de transferência do forno para panela.

Todos os corpos de prova e massalotes foram cortados no centro para avaliação do rechupe no massalote e na peça, com objetivo de comparar com os resultados da simulação.

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES:3.1 – Resultados da simulação:Para o set up da simulação

foi utilizada a análise química do metal vazado, obtida através de

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Figura 07 - (c) – Massalote 3 Figura 07 - (e) – Massalote 5 Figura 07 - (g) – Massalote 7

Figura 07 - (d) – Massalote 4 Figura 07 - (f) – Massalote 6 Figura 07 - (h) – Massalote 8

Massalote 1 Massalote 2 Massalote 3 Massalote 4 Massalote 5 Massalote 6 Massalote 7 Massalote 8

Dimensões12x15 =

Ø115 x 135 mm

10x13 = Ø96

x 118 mm

9x12 = Ø87 x

111 mm

80d = Ø80 x

115 mm

Ø105 = esfera 110 x

99 mm

8x11 = Ø80 x

208 mm

9x12 = Ø87 x

111 mmSem luva

Material da Luva Isolante ExotérmicaSuper

Exotérmica

Super

Exotérmica

Super

Exotérmica

Super

Exotérmica

Super

ExotérmicaSem luva

tipo de

estranguladorwilly willy willy willy willy willy Cônico willy

%

Estrangulamento50% 50% 50% 50% 50% 50% 50% 50%

Módulo do

massalote (luva)2,87 cm 2,63 cm 2,72 cm 2,60 cm 2,74 cm 2,72 cm 2,72 cm 3,0 cm

Módulo da peça 2,50 cm 2,50 cm 2,50 cm 2,50 cm 2,50 cm 2,50 cm 2,50 cm 2,50 cm

Peso do

massalote9,69 kg 5,98 kg 4,66 kg 3,53 kg 3,96 kg 7,76 kg 5,01 kg 18,24 kg

Volume do

massalote (luva)

1.404,83

cm³867,32 cm³ 674,82 cm³ 511,03 cm³ 574,03 cm³

1.125,23

cm³674,82 cm³

2.891,41

cm³

Volume

massalote

necessário

428,49 cm³ 428,49 cm³ 428,49 cm³ 428,49 cm³ 428,49 cm³ 428,49 cm³ 428,49 cm³ 642,74 cm³

rendimento

metalúrgico71,20% 80,00% 83,70% 87,20% 85,80% 75,50% 82,70% 56,76%

Tabela 01 : Variação do material e formato das luvas de cada massalote.

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espectrômetro de emissão ótica, os resultados da análise encontram-se na tabela 02:

A temperatura utilizada foi a temperatura medida no vazamento de 1390ºC e o tempo de injeção foi 23s

Para o set up de inoculação fo-ram utilizados os parâmetros do software como:• Inoculação: good;• Eficiência da inoculação: 50%;• Precipitação de grafita: 8;• Stable Mold.

Observa-se nas figuras 11 a-i, o resultado de módulo térmico (feedmod) de cada corpo de prova.

Observa-se em todos os corpos de provas (1 – 7) com luva térmica, que o maior módulo está dentro do massalote, indicando que a alimentação será eficiente para compensar o rechupe primário. No entanto, o massalote 08 sem luva, apresenta o maior módulo térmico próximo ao pescoço de ligação.

Se o material estudado fosse aço, teríamos certamente um rechupe no local, porém devido às características de auto-alimentação dos ferros fundidos, conforme descrito no ítem 1.2 da revisão da literatura , deve-se avaliar adicionalmente o parâmetro da simulação, chamado de porosity.

Na figura 12 observa-se o resultado de porosity para o corpo de prova sem massalote. A figura 12 a mostra a tendência ao rechupe primário no topo de corpo de prova e a figura 12b, mostra o corte do corpo de prova e a ausência de rechupes secundários internos. Portanto, o massalote deverá alimentar a contração primária do corpo de prova.

A figura 13 mostra a previsão de rechupe nos massalotes 1,2 e 3.

Observa-se na figura 13, o resultado de porosity nos massalotes com as luvas variando os materiais isolante, exotérmico e super exotérmico. Todos os massalotes mostram a contração no topo e,

todos foram capazes de alimentar a contração primária da peça. A luva super exotérmica conseguiu alimentar a peça com volume de metal 52% menor em relação à luva isolante e 33% menor que a luva exotérmica, mostrando a maior eficiência do material super exotérmico.

Observa-se também na figura 13 a tendência de formar um rechupe secundário próximo da ligação peça/massalote. Na luva isolante, figura 13 (a), a intensidade é alta, mostrando 100% em relação à escala. Esta intensidade mostra que certamente aparecerá na prática um rechupe. No entanto, as luvas exotérmicas e super exotérmica apresentaram uma tendência muito pequena de aparecer um rechupe próximo à ligação.

A figura 14 mostra que todos os outros massalotes com luvas de diferentes geometrias apresentaram contração no topo do massalote

Figura 09 – Corpos de prova e luvas na placa

Figura 10 – Molde areia cura firo, oito corpos de prova com massalote e um sem massalote

9.b

10.b

9.a

10.a

C Si Mn S Cr Cu Mg P Sn Mo

3,68 2,169 0,202 0,01 0,028 0,1595 0,0515 0,042 0,01 0,0063

Tabela 02: resultados de composição química do material fundido, utilizada no set up da simulação:

Figura 11 - (a) Módulo térmico do corpo de prova 2,5 cm

Figura 11 - (b) – Massalote 1

Figura 11 – Resultados do módulo térmico (feedmod) obtido através da simulação numérica

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e foram capazes de compensar a contração da peça. A tendência ao rechupe secundário próximo à ligação peça-massalote se mostrou muito pequena em todos os casos.

As luvas super exotérmica domada e cilíndrica, figuras 14 (a) e (b) apresentaram um boa eficiência de alimentação, e apresentam os maiores rendimentos metálicos. Com este resultado obtido na simulação, seria possível inclusive simular com volumes menores dos massalotes para aumentar ainda mais o rendimento metálico.

Comparando a variação dos ataques Willy e Cônico aplicados nos massalotes 03, figura 13 (c) e massalote 07, figura 14 (d), ambos utilizando a mesma luva cilíndrica super exotérmica, não foi observado nenhuma alteração na tendência ao rechupe, ou facilidade de corte.

A figura 15 mostra o resultado

do porosity no massalote sem luva, observa-se que houve também a contração do massalote e o mesmo foi capaz de alimentar a peça. No entanto, existe uma pequena tendência de aparecer um rechupe na peça. Como esta baixa tendência é baixa, o rechupe não aparecerá na prática, no entanto, alterações de processo, como variações de composição química, inoculação, dureza de molde e variação da área de ligação massalote/peça, podem aumentar a tendência no porosity e o rechupe aparecer nesta região indicada. Desta forma dependendo do requisito da peça é necessário verificar os limites máximos e mínimos de processo para verificar se esta tendência ao rechupe poderá aumentar e gerar um defeito no produto.

3.1 Resultados das peças fundidas e

comparação com a simulação:As figuras 16 (a) e 17 (a-b)

mostram os resultados do corpo de prova fundido sem massalote. Observa-se que houve somente a contração primária no topo do corpo de prova. Não foi constatado nenhum rechupe no interior do corpo de prova, evidenciado pela figura 17 (b), onde foi aplicado líquidos penetrantes para avaliar a existência de rechupes secundários.

A figura 18 mostra a comparação do resultado da simulação do massalote 1 com o corte do corpo de prova fundido. Observa-se que, houve tanto na prática como na simulação, a contração na parte superior do massalote e o rechupe dentro do massalote. Isto comprova, conforme descrito no resultado anterior, quando o resultado de porosity é alto em relação á escala, a tendência é

12.a

Figura 11 - (d) – Massalote 3

Figura 12 – a) contração primária no topo do corpo de prova sem massalote. b) corte no centro do massalote mostrando a ausência do rechupe

Figura 11 - (g) – Massalote 6

Figura 11 - (e) – Massalote 4

Figura 11 - (h) – Massalote 7

Figura 11 - (c) – Massalote 2

Figura 11 - (f) – Massalote 5

Figura 11 - (i) – Massalote 8

12.b

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Figura 13 – Resultados de simulação para previsão de porosidade (porosity). a) Massalote 1 – luva isolante, b) Massalote 2 – luva exotérmica. c) Massalote 3 – luva super exotérmica.

Figura 14 - Resultados de simulação para previsão de porosidade (porosity). a) Massalote 4 – luva domanda super exotérmica. b) Massalote 5 – luva esférica material super exotérmico. c) Massalote 6 – luva lateral super exotérmica. d) Massalote 7 – luva cilíndrica super exotérmica com macho estrangulador cônico.

14.a

14.c

14.b

14.d

diferente em relação ao mostrado na simulação, isto ocorre devido á simulação não considerar a formação de uma primeira casca sólida, alterando assim, muitas vezes o formato do rechupe primário no topo do massalote.

As figuras 20 (a) - (d) mostram as comparações entre simulação e o corte dos corpos de prova fundidos para todos os formatos de luva super exotérmicas. Observa-se em todos os casos a simulação correlacionou com os resultados observados na prática.

A figura 21 mostra a comparação dos resultados de rechupe para o corpo com massalote sem luva. Observa-se a correlação de resultados, onde houve a contração superior do massalote e uma baixa tendência do rechupe secundário na peça, a qual não apareceu na prática, porém como já citado neste caso cuidados com variações de processo podem aumentar a tendência e gerar um rechupe na peça.

3.2 Análise comparativa do custo de produção para cada luva:

A tabela 03 apresenta o cálculo comparativo do custo de produção de cada massalote, considerando o custo da luva e o custo da produção do metal base do massalote. O custo de produção do metal base considerado é R$ 1,65/Kg.

Através da tabela 03 observa-se que, o menor custo de produção foi obtido com as luvas de material super exotérmico. O custo da luva, com material super exotérmico, é menor em relação aos materiais exotérmicos e isolantes, pela possibilidade do uso de luvas de menores tamanhos, uma vez que conferem um maior rendimento metálico. Através dos resultados do experimento, observa-se que os massalotes com luvas super exotérmicas poderiam ser ainda menores.

Em relação à geometria as luvas do tipo domadas e esféricas, ambas produzidas em material super exotérmico, conferem o maior rendimento e menor custo de produção.

O massalote sem luva apresentou o maior custo de produção, mostrando a baixa eficiência para o

no topo do massalote. Como a ten-dência do porosity para o rechupe no interior do corpo de prova é bai-xa, não houve o rechupe na prática.

A figura 19 (a), mostra uma contração primária no topo do massalote com um aspecto

alta e certamente ocorrerá o rechupe.As figuras 19 (a) e (b) apresen-

tam a comparação dos resultados de simulação com os corpos de prova fundidos, para os massalotes 2 e 3. Observa-se que, tanto na simulação como na prática houve o a contração

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Figura 18 – Massalote 1 (luva cilíndrica isolante), comparação do resultado de simulação (porosity) com o corpo de prova fundido.

16.a 16.b

Figura 15 - Resultados de simulação para previsão de porosidade (porosity). Massalote cego, moldado diretamente na areia sem uso de luvas térmicas.

Figura 16 – (a) Topo da peça fundida sem massalote, indicando a contração primária. (b) Resultado de simulação (porosity),mostrando a tendência de contração primária no topo da peça.

Figura 17 – (a) Corte da peça fundida sem massalote, indicando a contração primária. (b) Resultado da análise de líquidos penetrantes na face de corte, evidenciando a ausência de rechupes secundários. (c) Resultado de simulação (porosity),mostrando a tendência de contração primária no topo da peça.

17.c17.b17.a

processo de fundição.

4. CONCLUSÃOAtravés dos resultados obtidos foi

possível concluir:• Todos os massalotes foram

calculados adequadamente para alimentar a contração primária das peças, conforme mostram os resultados de simulação e resultados práticos após fundição.

• A peça fundida sem massalote apresentou apenas rechupe primário, conforme mostrou a simulação e os resultados práticos.

• Para previsão de rechupe em fer-ro fundido, não basta a análise do módulo térmico na simulação, devido a sua característica de auto-alimentação. Para isto deve-se utilizar o parâmetro de poro-sity, que leva em consideração parâmetros de inoculação,

composição química e rigidez do molde.

• Quando a tendência do porosity é baixa em relação à escala, o

rechupe tende a não aparecer na prática, porém é um indicativo que existe uma tendência, e, variações de processo, principalmente

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19.b19.a

Figura 19 – Comparação do resultado de simulação (porosity) com o corpo de prova fundido. (a) Massalote 2 (luva cilíndrica exotérmica). (b) Massalote 3 (luva cilíndrica super exotérmica).

Figura 20 – Comparação do resultado de simulação (porosity) com o corpo de prova fundido. (a) Massalote 4 - luva domada super exotérmica. (b) Massalote 5 -luva esférica super exotérmica. c) Massalote 6 – luva lateral super exotérmica. d) Massalote 7 – luva cilíndrica super exotérmica com macho estrangulador cônico.

20.b

20.d

20.a

20.c

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Figura 21 – Comparação do resultado de simulação (porosity) com o corpo de prova fundido com massalote sem luva térmica.

a inoculação, podem alterar a eficiência do sistema de alimentação.

• O menor custo de produção obtido foi com o material super exotérmico, devido ao seu melhor rendimento.

• O maior custo de produção foi obtido com a utilização do massalote sem luva.

• Mantendo a relação da seção de ligação de 50% do Ø massalote para todos os massalotes deste trabalho, temos para as luvas com material super exotérmico uma menor seção de ligação, com isto uma maior facilidade de quebra do massalote e um menor tempo de rebarbação.

• As geometrias de luva domada e esférica apresentaram os melhores rendimentos metálicos. Porém, o tipo de luva a ser utilizado será em função do tipo da peça, da região a ser alimentada, o tipo de linha de produção, o tipo de moldação, tipo de areia etc.

REFERêNCIAS1. KARSAY, S.I. Gating and risering

gray and ductile irons – Part I. Foundry. p.41-43, Agosto 1972.

2. FUOCO, R.; CORRÊA, E.R.;

Tabela 03: Comparativo do custo de produção de cada massalote.

CAVALCANTI A.H. Caracterização de porosidades em ferros fundidos cinzentos e nodulares. In CONAF - 2007 - Congresso de Fundição. p.1-23, São Paulo: 2007.

3. Catálogos Magmasoft®4. UBEDA, V.; ISLER, C.; FUOCO,

R. Ferros fundidos – intergração entre simulação e técnicas de alimentação. In CONAF 2011 – Congresso de Fundição. p. 38-58, São Paulo:2011

5. SENAI / DR MG, Determinação de Sistemas de Canais e Massalotes v6 p 1-59, Itaúna: 1987.

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CURSOS

COMBUSTÃO INDUSTRIAL

Data: 11 a 15 de agosto de 2014

Local: IPT

Endereço: Av. Prof. Almeida Prado, 532 - Cid. Universitária

Cep: 05508-901

Horário: 08h30 às 18h00

realização: Instituto de Pesquisas Tecnológicas

AÇOS PARA APLICAÇÃO EM DUTOS DE

TRANSPORTE DE GÁS E PETROLéO

Data: 01 de agosto de 2014

Local: INT - Instituto Nacional de Tecnologia

Endereço: Av. Venezuela, 82 - Rio de Janeiro - RJ

Cep: 20081-312

Horário: 08h00 às 17h00

realização: Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais

e Mineração – ABM

OFICINA DE CILINDROS: GESTÃO E

PROCESSOS - LAMINADOS PLANOS

Data: 05 a 07 de agosto de 2014

Local: SENAI/FIEMG

Endereço: Av.Pedro Linhares Gomes, 5.431, Bl A, 1º Andar

Ipatinga - MG

Cep: 35160-900

Horário: 08h00 às 17h00

realização: Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais

e Mineração – ABM

SIDERURGIA PARA NÃO SIDERURGISTAS

2º EDIÇÃO

Data: 11 a 15 de agosto de 2014

Local: Vitória - ES

Horário: 08h00 às 17h00

realização: Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais

e Mineração – ABM

ADMINISTRAÇÃO DE CONTRATOS DE

OBRAS E SERVIÇOS

Data: 12 a 14 de agosto de 2014

Local: SENAI/FIEMG

Endereço: Av.Pedro Linhares Gomes, 5.431, Bl A, 1º Andar

Ipatinga - MG

Cep: 35160-900

Horário: 08h00 às 17h00

realização: Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais

e Mineração – ABM

FORNOS DE REAQUECIMENTO

Data: 18 a 21 de agosto de 2014

Local: SENAI/FIEMG

Endereço: Av.Pedro Linhares Gomes, 5.431, Bl A, 1º Andar

Ipatinga - MG

Cep: 35160-900

Horário: 08h00 às 17h00

realização: Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais

e Mineração – ABM

TRATAMENTOS TéRMICOS E TERMOQUíMICOS

DOS AÇOS - 2º EDIÇÃO

Data: 18 a 19 de agosto de 2014

Local: CREA MINAS

Endereço: Av. Álvares Cabral, 1600 -St. Agostinho

Belo Horizonte - MG

Horário: 08h00 às 17h00

realização: Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais

e Mineração – ABM

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TRATAMENTOS TéRMICOS E TERMOQUíMICOS

DOS AÇOS - 2º EDIÇÃO

Data: 18 a 19 de agosto de 2014

Local: CREA MINAS

Endereço: Av. Álvares Cabral, 1600 -St. Agostinho

Belo Horizonte - MG

Horário: 08h00 às 17h00

realização: Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais

e Mineração – ABM

APLICAÇÃO DE REDES NEURAIS EM

METALURGIA E SIDERURGIA

Data: 19 a 21 de agosto de 2014

Local: Sede da ABM

Endereço: Rua Antonio Comparato, 218 - Campo Belo - SP

Horário: 08h30 às 17h30

realização: Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais

e Mineração – ABM

Organização: Gerência de Desenvolvimento da ABM

FOSFATIzAÇÃO DE METAIS FERROSOS

Data: 20 a 21 de agosto de 2014

Local: Sede da ABM

Endereço: Rua Antonio Comparato, 218 - Campo Belo - SP

Horário: 08h30 às 17h30

realização: Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais

e Mineração – ABM

LAMINAÇÃO DE ALUMíNIO E SUAS LIGAS

Data: 25 a 28 de agosto de 2014

Local: Sede da ABM

Endereço: Rua Antonio Comparato, 218 - Campo Belo - SP

Horário: 08h30 às 17h30

realização: Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais

e Mineração – ABM

FUNDIÇÃO DO COBRE E SUAS LIGAS

Data: 28 a 29 de agosto de 2014

Local: INT - Instituto Nacional de Tecnologia

Endereço: Av. Venezuela, 82 - Rio de Janeiro - RJ

Cep: 20081-312

Horário: 08h00 às 17h00

realização: Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais

e Mineração – ABM

PRODUTIVIDADE COM FORNOS DE INDUÇÃO

Data: 08 de agosto de 2014

Local: ABIFA Regional RS

Endereço: Rua José Bonifácio, 204 - Centro de São Leopoldo

Inscrições: [email protected] / (+55 51) 3590-7738

FEIRAS

METALMECâNICA - CORTE E CONFORMAÇÃO

Data: 22 a 25 de julho de 2014

Local: Chapecó - SC

METERING BILLING/CRM

LATIN AMéRICA FEATURED

Data: 12 a 14 de agosto de 2014

Local: São Paulo - SP

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COMISSÕES

Ferro: Realizada na sexta-feira mais próxima ao dia 15 de cada mês, às 09h30min - Sede da ABIFA-SPAlumínio: Realizada na 3ª terça-feira do mês às 09h30min - Sede da ABIFA-SPSuprimentos: Realizada na última quinta-feira de cada mês às 09h30min, sede da ABIFA-SPInformações:Jurandir CarmelioE-mail: [email protected]

REUNIÃO PLENÁRIA

COMISSÃO DE RELAÇÕES TRABALHISTAS E SINDICAIS

Ferro alumínio Suprimentos

15/08 19/08 26/08

COMISSÕES COMERCIAIS

Informações: Jurandir Carmelio

E-mail: [email protected]

Informações: Leidiane Braz

E-mail: [email protected]

Informações: Roberto João de Deus

E-mail: [email protected]

reunião Plenária

26/08

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21/08

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ÍNDICeS SeTORIAIS| J

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DESEMPENHO DO SETOR DE FUNDIÇÃO MAIO/2014

PERíODO MAI/14 ABR/14 MAI/13 A/B % A/C % JAN-MAI/14 JAN-MAI/13 D/E %

METAL (A) (B) (C) (D) (E)

1- FERRO TOTAL 203.498 200.170 232.686 1,7 (12,5) 980.045 1.048.103 (6,5)

2- AÇO TOTAL 23.630 22.530 20.976 4,9 12,7 110.105 93.116 18,2

3- NÃO FERROSOS 18.664 18.517 24.087 0,8 (22,5) 97.814 111.847 (12,5)

3.1 - COBRE 1.883 1.880 1.335 0,2 41,0 8.983 6.335 41,8

3.2 - zINCO 120 233 290 (48,5) (58,6) 827 1.468 (43,7)

3.3 - ALUMíNIO 16.240 15.999 22.124 1,5 (26,6) 85.974 102.299 (16,0)

3.4 - MAGNéSIO 421 405 338 4,0 24,6 2.030 1.745 16,3

4 - TOTAL GERAL 245.792 241.217 277.749 1,9 (11,5) 1.187.964 1.253.066 (5,2)

5 - PRODUÇÃO POR DIA

ton/dia 11.704 12.061 13.226 (3,0) (11,5) 11.534 12.049 (4,3)

PRODUÇÃO BRASILEIRA DE FUNDIDOS - T (TONELADA)

I - PRODUçãO De FUNDIDOS (t)

MILHARES

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INPF- íNDICE NACIONAL DE PREÇOS DE FUNDIDOS

METAIS

PERíODOSFERRO

AÇO

CARBONO

AÇO

LIGADO

AÇO

INOxIDÁVEL

zINCO SOB

PRESSÃO

ALUMíNIO

S/PRESSÃO

ALUMíNIO

P/GRAVIDADE

JUNHO/13 (0,11) 0,24 0,28 (1,14) 1,83 2,75 2,17

JULHO/13 (0,41) 0,24 0,38 0,08 0,87 1,05 1,02

AGOSTO/13 0,12 0,09 0,07 0,05 0,06 0,09 0,06

SETEMBRO/13 0,33 0,34 0,68 0,09 1,60 1,11 (0,32)

OUTUBRO/13 0,76 1,10 1,01 0,46 (0,36) (0,22) (0,13)

NOVEMBRO/13 1,09 1,27 1,57 2,28 1,98 2,57 2,70

DEZEMBRO/13 0,33 0,21 0,10 (0,11) 2,27 (0,34) 0,14

JANEIRO/14 0,77 0,94 0,87 1,15 2,61 1,82 0,95

FEVEREIRO/14 0,80 1,43 1,11 0,83 0,53 0,79 0,25

MARÇO/14 0,23 0,96 1,00 0,88 1,37 2,42 1,12

ABRIL/14 1,55 0,99 0,73 0,84 1,19 (0,10) 0,24

MAIO/14 0,11 0,34 0,64 0,73 0,20 0,16 (0,10)

Acumulado 12 mês 5,70 8,45 8,76 6,28 15,05 12,72 8,35

Acumulado 2014 3,50 4,74 4,43 4,51 6,02 5,17 2,48

dados em %

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LISTA ANUNCIANTeS| J

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ASk | PÁG. 4ª CAPA(19) [email protected]

BENTOMAR | PÁG. 09(11) [email protected]

COMIL | PÁG. 05(11) [email protected]

CORONA CADINHOS | PÁG. 3ª CAPA(11) [email protected]

ECIL | PÁG. 27(15) 3244-8075 / [email protected]

EUROAIR | PÁG. 87(54) [email protected]

EUROMAC | PÁG. 47(47) [email protected]

FOSECO | PÁG. 07(11) [email protected]

FUNDIÇÃO JUPTER | PÁG. 25(19) [email protected]

GEVITEC | PÁG. 17(47) [email protected]

kUTTNER | PÁG. 21(31) 3398-7233www.kuttner.com.br

LAEMPE | PÁG. 39www.laempe.com

MAGMA | PÁG. 2ª CAPA(11) [email protected]

MARBOw RESINAS | PÁG. 11(11) [email protected]

MECALTEC | PÁG. 53(47) [email protected]

MENEGOTTI | PÁG. 55(47) [email protected]

METAL CHECk | PÁG. 59(11) [email protected]

MINERAÇÃO DARCy | PÁG. 29(16) [email protected]

MINERAÇÃO DESCALVADO | PÁG. 43(19) [email protected]

MINERAÇÃO JUNDU | PÁG. 61(19) [email protected]

OMEGA INGLATERRA | PÁG. 89+44 (0) 1733 [email protected]

ROMÃO GOGOLLA | PÁG. 35(19) [email protected]

SERVTHERM | PÁG. 93(11) [email protected]

SII GROUP | PÁG. 97(19) 3535-6763www.siigroup.com.br

SINTO BRASIL | PÁG. 13(11) [email protected]

SQ | PÁG. 45(11) 2507-8569www.sqdobrasil.com.br

STOLLBER | PÁG. [email protected]

TECBRAF | PÁG. 49(11) 4035-8888www.tecbraf.com.br

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