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1 Canção do Exílio Gonçalves Dias Minha terra tem palmeiras, Onde Canta o Sabiá; As aves, que aqui gorjeiam, Não gorjeiam como lá. Nosso céu tem mais estrelas, Nossas várzeas têm mais flores, Nossos bosques têm mais vida, Nossa vida mais amores. Em cismar, sozinho, à noite, Mais prazer encontro eu lá; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá. Minha terra tem primores, Que tais não encontro eu cá; Em cismar - sozinho, à noite Mais prazer encontro eu lá; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá. Não permita Deus que eu morra, Sem que eu volte para lá; Sem que desfrute os primores Que não encontro por cá; Sem qu'inda aviste as palmeiras, Onde canta o Sabiá.

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Canção do Exílio

Gonçalves Dias

Minha terra tem palmeiras, Onde Canta o Sabiá; As aves, que aqui gorjeiam, Não gorjeiam como lá. Nosso céu tem mais estrelas, Nossas várzeas têm mais flores, Nossos bosques têm mais vida, Nossa vida mais amores. Em cismar, sozinho, à noite, Mais prazer encontro eu lá; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá. Minha terra tem primores, Que tais não encontro eu cá; Em cismar - sozinho, à noite Mais prazer encontro eu lá; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá. Não permita Deus que eu morra, Sem que eu volte para lá; Sem que desfrute os primores Que não encontro por cá; Sem qu'inda aviste as palmeiras, Onde canta o Sabiá.

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SUMÁRIO

I – IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE ESCOLAR Pág. 04

1 – Quadro de identificação dos funcionários Pág. 05

2 – Quadro de organização das modalidades Pág. 07

3 – Histórico da Unidade escolar Pág. 08

4 – Biografia do Patrono Pág. 10

II – CONCEPÇÃO PEDAGOGICA Pág. 11

III – ANALISE E REFLEXÃO DAS AVALIAÇÕES

REALIZADAS PELA EQUIPE ESCOLAR NO ANO

DE 2016

Pág. 14

IV – CARACTERIZAÇÃO E PLANO DE AÇAO

PARA OS SEGMENTOS DE ATUAÇÃO DA

ESCOLA

Pág. 15

1- Caracterização da Comunidade

Pág. 15

2 – Comunidade Escolar Pág. 15

2.1 – Caracterização Pág. 15 2.2 – Plano de Ação para Comunidade Escolar Pág. 16 2.3 – Avaliação Pág. 17

3 – Equipe Escolar

Pág. 17

3.1 – Professores

Pág. 17

3.1.1 – Caracterização Pág. 17 3.1.2 – Plano de Formação do Professor Pág. 19 3.1.3 – Avaliação do Plano de Formação Pág. 21 3.2 – Auxiliares em Educação

Pág. 21 3.2.1 – Caracterização Pág. 21 3.2.2 – Plano de Formação das Auxiliares Pág. 22 3.2.3 – Avaliação do Plano de Formação Pág. 22 3.3 – Funcionários

Pág. 23

3.3.1 – Caracterização Pág. 23 3.3.2 – Plano de Formação dos Funcionários Pág. 23 3.3.3 – Avaliação do Plano de Formação Pág. 24

4 – Conselho de Escola

Pág. 24

4.1 – Caracterização Pág. 24 4.2 – Plano de Ação do Conselho de Escola Pág. 25 4.3 – Avaliação do Plano de Formação Pág. 26

5 – Associação de Pais e Mestres

Pág. 26

5.1 – Caracterização Pág. 26 5.2 – Plano de Ação Associação de Pais e Mestres Pág. 27 5.3 – Avaliação Pág. 28

V – ORGANIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO PEDAGÓGICO

Pág. 28

1 – Objetivos Pág. 28

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2 – Levantamento dos Objetivos e Conteúdos

por Área de Conhecimento

Pág. 29

Língua Portuguesa Pág. 30

Matemática Pág. 34

Ciência e Educação Ambiental Pág. 37

Corpo e Movimento Pág. 42

Artes Visuais e Musica Pág. 44

3 – Rotina

Adaptação

Brincar

Pág. 50

Pág. 50

Pág. 52

Organização da Rotina Pág. 53

Hora da Roda Pág. 53

Hora da Leitura Pág. 55

Ateliê de Artes Pág. 56

Brinquedoteca Pág. 59

Biblioteca Pág. 60

Circuito de Corpo e Movimento Pág. 60

Parque e Tanque de Areia Pág. 61

Lanche Self-service Pág. 62

Higiene Pessoal Pág. 64

Atividade Diversificada Pág. 65

Encontro com amigos Pág. 70

Hinos Pág. 71

Atividade Intersalas Pág. 71

4 – Avaliação das Aprendizagens dos Alunos Pág. 73

4.1 – Educação Infantil Pág. 73

5 – Acompanhamento dos Instrumentos

Metodológicos

Pág. 75

6 – Ações Suplementares Pág. 76

6.1 – Atendimento Educacional Especializado Pág. 76

VI – CALENDÁRIO ESCOLAR HOMOLOGADO Pág. 77

VII – REFERÊNCIAS Pág. 78

VIII – ANEXOS Pág. 78

Percurso Criador - Considerações Pág. 78

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l. IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE ESCOLAR

EMEB "GONÇALVES DIAS" RUA GRÃ-BRETANHA nº 250 Bairro do Taboão – São Bernardo do Campo – SP Cep: 09667-030 / Fone: 0xx(11) 4178-3576

E-mail: goncalves.dias@ saobernardo.sp.gov.br CIE: 50866

Diretora Escolar: Luciana C.C. Gross Matricula: 25.224-6 Formação:

Licenciatura Plena em Pedagogia.

Habilitação em Administração Escolar. Pós Graduação em Gestão Escolar e Arte

Educação

Coordenadora Pedagógica: Simone Correia de Sousa Mariano Matricula: 23808-4 Formação:

Licenciatura Plena em Pedagogia com habilitação em Administração Escolar

Pós-graduação em Psicopedagogia

EOT – Equipe de Orientação Técnica: Orientadora Pedagógica: Edileusa A. S. Mammana Matrícula: 22.382-9 Formação: Pedagogia com habilitação em Orientação Educacional, Supervisão de Ensino, Pós Graduação em Gestão Pública. Fonoaudióloga: Marcia Azevedo de Sousa Matumoto Matrícula: 23464-0 Formação: Graduação em Fonoaudiologia pela UNIFESP, Mestre em Linguística e Doutora em Letras pela FFLCH/USP. Psicólogo: Edison de Queiroz Junior Matrícula: 28556-0 Formação: Psicólogo, especialista em Atendimento Educacional Especializado e Mestre em Educação (área de concentração - educação especial) Terapeuta Ocupacional: Claudia Silvestre. Matrícula: 25.420-6 Formação: Terapeuta Ocupacional e Psicólogia.

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Modalidade de Ensino: Educação Infantil nível ll a V Horário de funcionamento: das 8h00 às 12h00, para o período da manhã e das 13h00 às 17h00 para o período da tarde. Horário de atendimento da secretaria: 8h00 às 17h00.

1. Quadro de Identificação dos Funcionários

ANDRESSA ANDREZA CINTHIA DANIELE EDIANE EDILENE EDINALVA

ELIANE GLAUCIA IARA IVANI IVONETE JULIANA LUCIANA

LUCILENE MARCIA MARIA OLIVEIRA MARILENA MICHELE MIRIAM NELY

RENATA ROSEMEIRE SIMONE THAIS VALERIA

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Nome Matrícula Cargo

Função Horário de trabalho Período de férias

Andressa Vidal dos Santos 38334-0 Oficial de Escola 8h00 às 17h00 Janeiro 2017

Andreza Alessandra S. T. D. Jesus 79.127-6 Estagiária de Pedagogia 13h00 às 17h00

Cinthia Biguzzi Santeri Ramos 22573-2 Professora Efetiva 7h00 às 12h00 Janeiro 2017

Daniele Aparecida Rodrigues Gerizani 27189-8 Professora Efetiva 7h00 às 12h00 Janeiro 2017

Ediane Mendes Salomão ERJ Auxiliar Cozinha Jr. 06:59 às 16:48 Janeiro 2017

Edilene Magalhaes Martins 33055-9 Professora Efetiva 7h00 às 12h00 Janeiro 2017

Edinalva Neves Fraga 61727-6 Auxiliar de limpeza 9h00 às 18h00 Janeiro 2017

Eliane Cordeiro de Lima 32152-8 Oficial de escola 8h00 às 17h00 Janeiro 2017

Glaucia Carvalho Rodrigues 35.389-6 Auxiliar em Educação 08h00 às 17h00 Janeiro 2017

Iara de Almeida 61959-5 Auxiliar de limpeza 06h15 às 15h15 Janeiro 2017

Ivani Pereira Conde 31165-6 Professora Efetiva 13h00 às 18h00 Janeiro 2017

Ivonete da Silva Beles ERJ Cozinheira 7h00 às 16h48 Janeiro 2017

Juliana Rodrigues Santos 37848-6 Professora Efetiva 13h00 às 18h00 Janeiro 2017

Luciana Casali da Cruz Gross 25224-6 Diretora 7h às 11h30 – 13h30 às 18h Janeiro 2017

Lucilene Alves Botelho 61353-1 Auxiliar de limpeza 06h15 às 15h15 Dezembro 2017

Marcia Cristina Datilio Morgado 33369-6 Professora Efetiva 13h00 às 18h00 Janeiro 2017

Maria Jose dos Santos Oliveira 36518-4 Professora Efetiva 13h00 às 18h00 Janeiro 2017

Marilena dos Santos Pereira 30975-8 Professora Efetiva 13h00 às 18h00 Janeiro 2017

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Michele Ferreira Santos 61188-0 Professora Substituta 06h45 às 12h00 Janeiro 2017

Miriam Vitor dos Santos Soares 34462-9 Professora Efetiva 7h00 às 12h00 Janeiro 2017

Nely Maria de Brito Silva do Nascimento 19410-9 Auxiliar de limpeza 9h00 às 18h00 Janeiro 2017

Renata G. Gaudêncio de Arruda 37.778-1 Professora Efetiva 7h00 às 12h00 Janeiro 2017

Rosemeire da Silva Xisto 42.079-4 Professora Efetiva 13h00 às 18h00 Janeiro 2017

Simone Correia de Sousa Mariano 23808-4 Coordenadora Pedagógica 8h00 às 17h00 e HTPC Janeiro 2017

Thais Rodrigues E. Calo 37834-7 Professora Efetiva 13h00 às 18h00 Janeiro 2017

Valéria Regina Roncato 35384-6 Professora Efetiva 08h00 às 12h00 Janeiro 2017

2. Quadro de Organização das Modalidades

Período Agrupa mento

Turma Professora Auxiliar/Estagiaria

Total de alunos

por turma

Total de alunos

por período

Manhã

Infantil III A Daniele Aparecida Rodrigues Gerizani

25

149

Infantil III B Valéria Regina Roncato 26

Infantil IV A Edilene Magalhaes Glaucia Carvalho Rodrigues 24

Infantil IV B Renata G. Gaudêncio de Arruda 26

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Infantil V A Cinthia Biguzzi Santeri Ramos 24

Infantil V B Miriam Vitor dos Santos Soares 24

Tarde

Infantil II A Maria José dos Santos Oliveira Glaucia Carvalho Rodrigues 23

156

Infantil III C Marilena dos Santos Pereira 28

Infantil IV C Juliana Rodrigues Santos Andreza Alessandra S. T. D.

Jesus 24

Infantil IV D Thais Rodrigues E. Calo 25

Infantil V C Marcia Cristina Datilio Morgado 28

Infantil V D Ivani Pereira Conde 28

3. Histórico da unidade escolar

A EMEB Gonçalves Dias foi a primeira escola do bairro do Taboão, na década de 1960, sendo que há muitas gerações atendemos a comunidade. Muitos avós e pais matriculam seus filhos na mesma escola que estudaram. Isso cria um vínculo de muito carinho pela escola.

Inicialmente seu funcionamento era de 1ª a 4ª séries do Ensino Fundamental, e situava-se à Avenida Taboão, numa casa cedida pelos fundadores do bairro. O PPE (Projeto Pedagógico Educacional) de 1998 descreve a escola como “uma casa adaptada, que possui uma construção na parte de cima que dá a infraestrutura física de uma escola. Ela possui 3 salas de aula (...)”

Posteriormente o Ensino Fundamental foi transferido para a Escola Estadual Jorge Rahme. A escola passou a atender apenas a Educação Infantil. Na administração do prefeito Tito Costa, a escola deixou de chamar-se Grupo Escolar Taboão sendo nomeada como EMEI Gonçalves Dias.

Em agosto de 1999 a escola mudou-se para o novo prédio situado à Rua Grã-Bretanha, nº 250. A mudança foi feita pelos funcionários e professoras da escola e os mobiliários foram trazidos pela SU. Somente em 2002 houve compra de novo mobiliário, pois o anterior já estava velho e inadequado para as crianças. A verba destinada foi suficiente apenas para 4 salas, as outras 2 foram equipadas nos anos seguintes.

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A festa de inauguração da nova EMEI Gonçalves Dias foi realizada em 28 de agosto de 1999. Em decorrência de mudanças administrativas, a partir de dezembro do mesmo ano a escola passou a intitular-se EMEB Gonçalves Dias. Este prédio veio contemplar os anseios da comunidade de ter uma escola com estrutura pertinente para a Educação Infantil.

O atual prédio da Escola Municipal de Educação Básica “Gonçalves Dias”, conta com seis salas de aulas, distribuída da seguinte maneira: três de cada lado do pátio interno. Ao final desse pátio funcionam dois banheiros para crianças, um de meninas e outro de meninos e que foram adaptados em julho de 2008 à acessibilidade. No ano de 2014 foi concluída uma reforma de ampliação do prédio e começamos a utilizar dois espaços novos: Biblioteca Escolar Interativa e Ateliê de Artes. Também contamos com um depósito, lavanderia, estacionamento e pátio para recreação com tanque de areia. Quanto ao parque, ainda havia a necessidade de implantação de Brinquedos para o mesmo, pois havia somente um tanque de areia para recreação. Fazia-se necessária ainda construção de cobertura para o tanque de areia, pois não há nenhuma árvore ou sombra neste espaço e as crianças ficavam muito expostas ao sol. A Prefeitura solicitou que a escola cedesse uma parte de seu terreno, onde era antigamente o parque, para construção da Base Comunitária da Guarda Municipal, por isso nosso parque ainda necessitava de grandes investimentos e reformas. Em 2015, a escola pode efetuar a compra de um parque de madeira, feito com toras, com escorregador, ponte, balanços e rampas para as crianças brincarem. Ainda cobrimos o tanque de areia com um sombreiro.

Em cada sala de aula possuímos um conjunto de quatro armários embutidos para uso de professor e alunos, um quadro verde, cinco painéis e um lavatório com duas torneiras. No pátio interno, ao lado do banheiro masculino existe um acesso à sala dos professores, depósito de materiais pedagógicos, banheiro dos professores, sala para guardar brinquedos e motocas, um pequeno corredor que dá acesso à sala de reuniões, diretoria e secretaria da escola.

Ao lado do banheiro infantil feminino existe um corredor que dá acesso ao banheiro dos funcionários, depósito de materiais de limpeza, refeitório e Brinquedoteca. Após a reforma de 2004, a secretaria ficou isolada do refeitório, possibilitando uma qualidade melhor no atendimento aos pais. O refeitório, também após a reforma de 2004, ficou separado por paredes de alvenaria, o que possibilita um ambiente mais aconchegante e organizado. Temos uma cozinha e um depósito de alimentos. Na área externa temos laterais com espaço de brincadeiras livres e horta, onde foi colocado em 2002 um lavatório com cinco torneiras. Do outro lado temos uma área livre maior, lavatório com cinco torneiras, todas as salas tem ligação direta com estes espaços. Ao redor da escola temos área verde bem arborizada, com flores e árvores frutíferas. Em 2008, mais precisamente no 1º semestre houve uma reforma no pátio interno que possibilitou a acessibilidade, eliminando todos os degraus. Todo o piso das salas de aula e do pátio interno foi substituído de modo a atender as seguintes características:

Anti derrapante;

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Térmico;

Fácil limpeza;

Durabilidade Foi alargado o corredor externo do lado esquerdo da entrada da escola e cercado com aramado para evitar quedas de alunos.

4. Biografia de Gonçalves Dias.

Gonçalves Dias (1823-1864) foi poeta e teatrólogo brasileiro. É lembrado como o grande poeta indianista da geração romântica. Deu romantismo ao tema índio e uma feição nacional à sua literatura. É lembrado como um dos melhores poetas líricos da literatura brasileira. É Patrono da cadeira nº 15 da Academia Brasileira de Letras, sendo relevante também para o teatro brasileiro, tendo escrito quatro peças. Teve também atuação importante como jornalista.

Antônio Gonçalves Dias (1823-1864) nasceu nos arredores de Caxias, no Maranhão, no dia 10 de agosto de 1823. Era filho de uma união não oficializada entre um comerciante português com uma mestiça, e estudou inicialmente por um ano com o professor José Joaquim de Abreu, quando começou a trabalhar como caixeiro e a tratar da escrituração da loja de seu pai, que veio a falecer em 1837.

Iniciou seus estudos de latim, francês e filosofia em 1835 quando foi matriculado em uma escola particular.

Foi estudar na Europa, em Portugal, onde em 1838 terminou os estudos secundários e ingressou na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra (1840), retornando em 1845, após bacharelar-se. Mas antes de retornar, ainda em Coimbra, participou dos grupos medievistas da Gazeta Literária e de O Trovador, compartilhando das ideias românticas de Almeida Garrett, Alexandre Herculano e António Feliciano de Castilho. Por se achar tanto tempo fora de sua pátria inspira-se para escrever a Canção do Exílio.

Gonçalves Dias volta ao Maranhão em 1845, depois de formado em Direito. Ocupa vários cargos no governo imperial e realiza diversas viagens à Europa. Vai para o Rio de Janeiro em 1846 e em 1847 publica o livro "Primeiros Cantos", que recebe elogios de Alexandre Herculano, poeta romântico português. Ao apresentar o livro, Gonçalves Dias confessa: "Dei o nome Primeiros Cantos às poesias que agora publico, porque espero que não sejam as últimas". Em 1848 publica o livro "Segundos Cantos".

Em 1849, é nomeado professor de Latim e História do Brasil no Colégio Pedro II. Durante esse período escreve para várias publicações, entre elas, o Jornal do Comércio, a Gazeta Mercantil e para o Correio da Tarde. Fundou a Revista Literária Guanabara.

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Gonçalves Dias publica em 1851 o livro "Últimos Cantos". Regressa ao Maranhão, e conhece Ana Amélia Ferreira do Vale, por quem se apaixona. Gonçalves Dias pediu Ana Amélia em casamento em 1852, mas a família dela, em virtude da ascendência mestiça do escritor, refutou veementemente o pedido. No mesmo ano retornou ao Rio de Janeiro, onde casou-se com Olímpia da Costa. Logo depois foi nomeado oficial da Secretaria dos Negócios Estrangeiros. Passou os quatro anos seguintes na Europa realizando pesquisas em prol da educação nacional. Voltando ao Brasil foi convidado a participar da Comissão Científica de Exploração, pela qual viajou por quase todo o norte do país. Gonçalves Dias exerceu o cargo de oficial da Secretaria de Negócios Estrangeiros, foi várias vezes à Europa e em 1854, em Portugal, encontra-se com Ana Amélia, já casada. Esse encontro inspira o poeta a escrever o poema "Ainda Uma Vez — Adeus!".

Em 1862, Antônio Gonçalves Dias vai à Europa para tratamento de saúde. Sem resultados embarca de volta no dia 10 de setembro de 1864. No dia 3 de novembro o navio francês Ville de Boulogne em que estava, naufraga perto do Farol de Itacolomi, na costa do Maranhão, onde o poeta falece.

A sua obra enquadra-se no Romantismo, pois, a semelhança do que fizeram os seus correligionários europeus, procurou formar um sentimento nacionalista ao incorporar assuntos, povos e paisagens brasileiras na literatura nacional. Ao lado de José de Alencar, desenvolveu o Indianismo. Pela sua importância na história da literatura brasileira, podemos dizer que Gonçalves Dias incorporou uma ideia de Brasil à literatura nacional. Entrelaça a poesia sobre a natureza e a poesia saudosista. O poeta maranhense, em seus versos, lembra-se da infância, dos amores idos e vindos. "Canção do Exílio" é um clássico de nossa literatura.

II. CONCEPÇÃO PEDAGÓGICA

O presente documento teve por base os Projetos Políticos Pedagógicos (PPP) anteriores, complementado pelo estudo dos Referenciais Curriculares Nacionais, Proposta Curricular de São Bernardo e Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Infantil, considerando ainda, a avaliação realizada pela comunidade e sua importância para escola.

De acordo com as orientações, encaminhamentos e avaliação da Orientadora Pedagógica, contando com a participação de toda a equipe de professores e funcionários, que se reuniram em diferentes momentos para elaboração do plano anual, organiza-se este PPP tendo-o como instrumento norteador e organizativo das ações, concepções e possibilidades pedagógicas desta unidade escolar.

Proposta pedagógica ou PPP é o plano orientador das ações da instituição e define as metas que se pretende para a aprendizagem e o desenvolvimento das crianças que nela são educadas e cuidadas. É elaborado num processo coletivo, com a participação da direção, dos professores e da comunidade escolar. (DCNEI, p. 13, 2010).

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A partir das reflexões construímos nossa proposta pedagógica pautada na garantia dos princípios fundamentais: AUTONOMIA, RESPEITO À DIVERSIDADE, SOCIABILIDADE, SOLIDARIEDADE e QUALIDADE; proporcionando à criança recursos e condições para convivência, conhecimento, igualdade e ampliação dos saberes, permitindo o direito ao brincar, interagir e obter diferentes experiências.

Nossa concepção de criança baseia-se em um sujeito social, histórico que está inserido em uma família e sociedade das quais recebe influências e com as quais interage. Sendo um ser único com uma história de vida e características próprias, tendo seu jeito próprio de ser e pensar, deve ser respeitado como tal.

Nas formações a respeito de como caracterizar quem são as crianças, ou seja, quais as características, interesses e necessidades do grupo, a gestão investiu no sentido dos professores não só considerarem as intencionalidades pedagógicas relativas ao currículo, mas também de acolher os interesses e saberes prévios das crianças para compor o plano de trabalho relativo ao ano letivo.

Entendemos que a educação é um processo que favorece a autonomia e a construção de conhecimentos e o desenvolvimento de competências e habilidades individuais, potencializando o desenvolvimento das capacidades corporais, emocionais, estéticas, afetivas, éticas e sociais.

A escola, neste contexto, deve ser considerada como um espaço pautado nos princípios éticos, políticos e estéticos de acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil (p. 16). Entendemos que este espaço deve acolher a criança que já possui conhecimentos prévios, respeitando as diferenças e promovendo a interação, proporcionando situações de aprendizagem.

O professor atua como mediador, coordenando, incentivando, aprendendo, elaborando conceitos, criando vínculos afetivos com a criança e com a comunidade, levando em consideração a realidade, dificuldades e experiências de cada um. O professor deve ser autor de sua prática, organizando atividades desafiadoras, ampliando saberes, observando e respeitando as especificidades de cada criança.

Cada funcionário da unidade, ao participar das decisões e ao ser informado dos acontecimentos pedagógicos, sente-se participante do processo ensino aprendizagem, conscientizando-se de seu papel educativo. Esses mesmos funcionários são partícipes das situações educativas, interagindo com as crianças em diferentes contextos escolares, superando a função de apenas limpar e organizar espaços.

A educação é um processo que transcende os muros da escola, pois se apoia nos conhecimentos construídos pela comunidade e, ao mesmo tempo, transforma tais conhecimentos.

A equipe escolar tem criado meios para ouvir as necessidades da comunidade e diante dos apontamentos, tem atuado no acolhimento e discussão dos aspectos que referem aos princípios de escola pública, ou seja, laicidade, gratuidade e inclusão de forma que os conhecimentos sejam construídos em parceria. Nesse mesmo sentido tem discutido e refletido juntos sobre os objetivos que tem em comum, compartilhando responsabilidades, orientando e incentivando a criança no processo de sua formação social, educacional e ética.

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Baseado nestas concepções, nosso PPP está organizado de forma a atender as crianças em suas necessidades específicas como indivíduo inserido nesta instituição educacional. Durante o ano de 2015 a Equipe de Gestão esteve voltada para momentos de maior escuta de toda a comunidade escolar: Pais de alunos, crianças, professores e funcionários. Isto porque vimos que havia muitas demandas a serem realizadas e para elencar prioridades, decidimos pensar numa “Escola dos Sonhos”. Nossa ideia era elencar expectativas de todos os segmentos sobre como seria uma escola ideal e criar estratégias para tornar esses sonhos reais. Com os pais houve esta maior integração quando diariamente a equipe de gestão ia até o portão e conversava com os pais e esta aproximação foi se dando aos poucos e se ampliando também nas reuniões da APM e Conselho de Escola. Na primeira Reunião com Pais também perguntamos o que estes esperavam da escola para o ano, suas expectativas e anseios quanto às aprendizagens e qualidade da escola e com estas devolutivas montamos uma lista dos sonhos dos pais. Ainda, em reuniões pedagógicas e em conversas com os funcionários também houve momentos de escuta e participação nas tomadas de decisões tanto da rotina da escola como nas decisões de uso dos recursos financeiros. E por último, mas não menos importante, conversamos e ouvimos os grupos de crianças sobre como deveria ser a escola dos sonhos: o que não poderia faltar de jeito nenhum nesta escola, na EMEB GONÇALVES DIAS para que esta fosse a melhor escola para nossas crianças. E das conversas com os pequenos saíram muitas coisas interessantes, umas impossíveis de se realizarem como roda gigante, piscina, etc... mas outras muito pertinentes e possíveis como: ter brinquedos no parque como escorregador e balanços (visto que nossa escola não possuía), uma quadra, brinquedoteca e pedidos específicos de brinquedos. Aos poucos, com a ajuda dos pais da APM e Conselho de Escola fomos elencando as prioridades e trabalhando em prol de realizar todos os desejos possíveis: a compra do parque de madeira (Playground), cobertura do tanque de areia (pois as crianças sofriam com o calor intenso) e nossa ‘menina dos olhos’ que é uma linda brinquedoteca. A escola possuía uma sala que chamávamos de sala Multi-uso, pois este espaço se destinava a diversos usos (jogos, brinquedos, sala de tv) além de um espaço para brincadeira simbólica. Na escuta que fizemos com as crianças, elas foram dizendo como queriam que este novo espaço se transformasse, como os cantos de mercadinho, pista de carrinhos e lava rápido, casinha, fantasias, cabelereiro, etc... Todo o projeto foi pensado de forma a contemplar todos esses cantos num só lugar e depois de muito estudo e trabalho, conseguimos realizar este sonho, a Brinquedoteca ficou linda! O dia da inauguração foi uma alegria para as crianças e os pais. Então passamos aos combinados para o uso da mesma e as professoras iniciaram o trabalho com o um trecho do filme Toy Story, onde crianças de uma mesma creche se comportam de maneiras diferentes no momento do brincar: A sala Lagarta (das crianças menores) e a sala Borboleta (dos que já sabem como usar os brinquedos, como cuidar bem deles). Isso gerou uma discussão muito rica e cheia de aprendizagens significativas, pois possibilitou comparações de procedimentos e análise pessoal de como cada um poderia agir para que este espaço fosse bem utilizado e preservado. E assim, com estes momentos de escuta atenta dos os anseios de toda a comunidade escolar é que estamos cada vez mais melhorando e aprimorando o trabalho desenvolvido aqui.

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III. Análise e reflexão das avaliações realizadas pela comunidade e equipe escolar no ano de 2016.

Entendemos a avaliação como um processo contínuo, dinâmico e complexo que contribui para a reflexão e revisão das ações educativas, que ocorre durante todo o ano, em vários momentos e de diversas formas.

Em nossa escola oportunizamos diferentes momentos para avaliação, através de instrumentos variados, destacando os avanços conquistados e os aspectos que precisam ser melhorados. Organizamos esses momentos de avaliação, propiciando a participação de todos os envolvidos, para que reflitam na importância do seu papel frente ao trabalho de qualidade que oferecemos à comunidade.

As avaliações realizadas pela comunidade escolar nos mostram que muitas demandas elencadas são atendidas e sanadas, e novos desafios vão sendo indicados para o ano letivo que se inicia. Estamos num processo onde a Escola dos Sonhos possa se tornar cada vez mais real, considerando os apontamentos feitos por todos os segmentos nesta avaliação.

Nas avaliações de 2015, um dos desafios apontados pelo grupo de professores e funcionários desta Unidade Escolar que vinha demonstrando avanços, mas que ainda necessitava ser aprimorado era aumentar a participação por parte dos pais, em momentos da rotina e planejamento, envolvendo-os no processo de aprendizagem, para que eles tivessem mais elementos para refletir e atuar. Desafio também era incentivar e manter a participação já efetivada de pais nos órgãos colegiados, como Conselho de Escola e APM, evidenciando a participação e corresponsabilidade nas tomadas de decisões. O grupo ainda apontava que se fazia necessário dar ênfase à comunicação entre todos os segmentos da escola, pois muitas vezes o que era decidido em HTPC demorava a chegar aos demais funcionários, necessitando este item ser aprimorado pela equipe gestora. Decidimos que é possível avaliar assuntos que dependam da decisão coletiva e outros que possam ser decididos por cada segmento. Foi indicado usar o painel do pátio (que é um local onde todos circulam) para divulgar as informações e as pessoas criarem o habito de buscar esta informação. Também ficou acordado o uso do painel em frente à escola para divulgar algumas ações realizadas com as crianças, tanto para informar a comunidade quanto para “dar mais vida” àquele espaço. Mas sabemos que garantir a participação de todos na tomada de decisão é um dos grandes desafios de qualquer instituição.

Na avaliação de 2016, comprovamos que a participação dos pais foi ampliada e se faz de maneira efetiva tanto na rotina da escola quanto nas atividades pedagógicas. As professoras indicam que este fato se deve a primeira reunião, que objetiva acolher e ‘resgatar’ os pais, mostrando nossos objetivos enquanto educação infantil, os projetos pedagógicos de cada turma, as etapas onde se conta com a participação das famílias. Também aproveitam a reunião para mostrar as conquistas realizadas através da APM e Conselho de Escola, criando nos pais uma visão positiva da atuação destes órgãos, incentivando-os a também participarem, o que nos deu bons resultados nestes anos de 2016 e 2017.

Para HTPC, foi apontada a necessidade de retomarmos algumas concepções pedagógicas e ter maior aprofundamento de alguns momentos da rotina, que necessitam ser revistos e ampliados com o grupo que é titular da escola e também com os que ingressam a cada ano. Assim, em 2016, após estudos realizados, criamos alguns textos coletivamente, que compõem os anexos deste PPP, validando a prática pedagógica aqui realizada. Também se faz necessário iniciar estudos sobre Campos de Experiência, conforme Base Nacional Comum Curricular.

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IV. CARACTERIZAÇÃO E PLANO DE AÇÃO PARA OS SEGMENTOS DE ATUAÇÃO DA ESCOLA

1. Caracterização da Comunidade A EMEB Gonçalves Dias está localizada no bairro Taboão, em um dos extremos da cidade, fazendo divisa com os

municípios de Diadema e São Paulo. Inicialmente ocupado por trabalhadores das indústrias automobilísticas principalmente, vem desenvolvendo seu potencial para o comércio e serviços. A população que hoje ocupa a região é formada por trabalhadores do setor terciário.

O bairro oferece boa infraestrutura, as casas possuem serviços de água, esgoto e telefonia; o comércio local está bem desenvolvido e conta com mercados, rede bancária, etc.; há posto de saúde, escolas públicas e particulares e transporte coletivo; o fluxo de automóveis é grande e as vias estão todas pavimentadas.

Em abril de 2011 foi inaugurada a Base Comunitária do Taboão, a qual está instalada no local ocupado pelo antigo parque da EMEB Gonçalves Dias.

2. Comunidade Escolar

2.1 Caracterização

Atualmente nossa escola atende as crianças de 2 a 5 anos de idade, seguindo as normas e princípios estabelecidos pela Secretaria de Educação do Município de São Bernardo do Campo, bem como os documentos indicados e elaborados pelo MEC (Ministério Da Educação). Atendemos 12 turmas, sendo 6 em cada período.

As crianças são provenientes de famílias residentes no próprio bairro. Há muitos pais e mães trabalhadores e que, por este motivo, compartilham os cuidados das crianças com os avós e empregados domésticos. Mesmo assim, procuram participar da vida escolar dos filhos dos quais alguns deles também estudaram nesta mesma escola.

Com o intuito de qualificar essa participação, manteremos durante o ano de 2017 discussões que consolidem a parceria entre a escola e as famílias. Isto se dará nas de Reunião de Pais, trazendo na pauta considerações que favorecerão a reflexão sobre o papel da escola atual e os princípios de escola publica (laicidade, gratuidade e inclusão), sendo uma prática da escola sempre enviar aos pais uma pauta comentada da Reunião de Pais para que tomem conhecimento e relembrem os combinados. Ainda com o intuito de aproximar os pais do trabalho pedagógico, as professoras se organizarão de maneira que os pais tenham acesso às situações de aprendizagens vividas no cotidiano escolar, por meio de informativos via agenda, convites para visitação de atividades expostas nas salas ou em outros espaços escolares, em fotos, nos Projetos Pedagógicos, etc.

As reuniões pedagógicas têm servido de espaço de reflexão relevante para a atualização e sistematização do PPP, considerando conceitos que precisam ser retomados para que possamos avançar em nossas concepções e entender as

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mudanças ocorridas na sociedade e na escola nos últimos anos. Nossa intenção é trazer as mudanças como assunto de formação entre escola e comunidade. Sendo assim, cabe observar o entorno da escola e as pessoas que fazem parte dela como parceiros do trabalho pedagógico aqui desenvolvido.

2.2 Plano de Ação para Comunidade Escolar

Justificativa Objetivos Gerais e específicos

Ações Propostas (Metodologia)

Responsáveis Prazo/ Periodicidade

Para atingir um grau de excelência na educação, construímos ao longo dos anos, um trabalho democrático que visa a efetiva participação da comunidade: principal ator desse processo.

Democratizar a escola significa empreender o respeito às diferenças, acolhimento aberto para formar pais críticos e participativos, entendendo o processo que a escola desenvolve, valorizando este trabalho e fazendo-se coparticipante e corresponsável desta construção.

Garantir a participação de todos os envolvidos de forma igualitária, potencializando a parceria entre a escola e as famílias e entre os diferentes segmentos dos funcionários da escola; Estimular a participação dos pais na vida escolar das crianças, de modo que haja entendimento e direcionamento das orientações dadas tanto pela família quanto pela escola; Promover momentos em que os pais possam participar efetivamente da vida da escola; Participar aos familiares o projeto pedagógico desenvolvido pela Unidade Escolar, buscando o entendimento dos mesmos quanto ao trabalho desenvolvido; Socializar com os pais através das reuniões com pais e outros eventos os trabalhos desenvolvidos pelos alunos; Promover momentos culturais onde a comunidade participe tanto da organização quanto da execução;

Levantamento das necessidades e das possibilidades de atuação nos âmbitos familiar e escolar; Envolver as famílias e funcionários nas tomadas de decisões da escola; Debates, dinâmicas, exploração de material escrito e audiovisual que esclareça a comunidade acerca da Proposta Pedagógica desenvolvida no município, bem como do Projeto Politico Pedagógico da escola. Validação dos encaminhamentos

Todos os segmentos da Unidade Escolar: Gestão, professores e funcionários de apoio.

Durante todo o ano letivo

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Incentivar a participação e buscar parceria junto ao Conselho de Escola e APM na construção do PPP de 2016 e nas tomadas de decisões; Promover debates e discussões para levantamento de encaminhamentos para problemas e dificuldades encontradas no dia-a-dia da escola.

2.3 Avaliação

Avaliar anualmente ou quando se fizer necessário, com cada segmento, a execução, o andamento e a conclusão do plano.

3. Equipe Escolar

3.1 Professores 3.1.1 Caracterização

O corpo docente da EMEB Gonçalves Dias é constituído por 14 professoras, sendo uma substituta volante (período da

manhã), uma professoras titular sem sala (período tarde), que, segundo nova resolução, também tem saído da escola para substituições. Entre as professoras efetivas há 3 professoras com carga de 40 horas semanais e as outras 11 professoras com carga de 30 horas semanais.

A equipe docente da escola pode ser caracterizada como parcialmente estável, no sentido de que mais da metade dos professores permanecem na unidade há vários anos. Recebemos algumas professoras novas que se sentiram acolhidas e identificaram-se com o grupo e com os princípios aqui garantidos, comprometendo-se com a qualidade do trabalho.

É um grupo bastante comprometido e assíduo, desenvolvem um trabalho de responsabilidade e qualidade com a aprendizagem dos alunos, incentivando e estimulando-os. Realizam propostas de atividades pensando na diversidade e inclusão dos mesmos. São profissionais que dão seu melhor para que as necessidades básicas de cada criança sejam atendidas e haja um aprendizado de qualidade. É uma equipe composta por profissionais experientes, contudo, necessidades formativas são inerentes à ação docente e com isso apresentamos o quadro de docentes e a seguir, o plano de formação proposto para esse grupo.

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Nome Situação funcional

Escolaridade Tempo na

PMSBC Tempo na

escola Observação Ensino

Médio Graduação Pós-Graduação

Cinthia Biguzzi Santeri Ramos Profª efetiva Magistério PEC 24 anos 22 anos

Daniele Apª Rodrigues Gerizani Profª efetiva Magistério Pedagogia Filosofia

Ed. Infantil 16 anos 6 anos

Edilene Magalhaes Martins Profª efetiva Pedagogia 9 anos 6 anos Profª na Rede mun. São Paulo

Ivani Pereira Conde Profª efetiva Magistério Pedagogia Ed. Inclusiva 12 anos 1 ano Profª na Rede mun. São Paulo

Juliana Rodrigues Santos Profª efetiva Pedagogia 4 anos 1 ano

Marcia Cristina Datilio Morgado Profª efetiva Magistério Pedagogia 9 anos 6 anos

Maria Jose dos Santos Oliveira Profª efetiva Pedagogia Ed. Especial 5 anos 1 ano

Marilena dos Santos Pereira Profª efetiva Pedagogia 12 anos 1 ano

Michele Ferreira Santos Profª substituta

Ed. Física/ Pedagogia

9 anos 1 ano

Miriam Vitor dos Santos Soares Profª efetiva Magistério Letras 7 anos 6 anos Profª na Rede mun. São Paulo

Renata G. Gaudêncio de Arruda Profª efetiva Magistério Pedagogia 5 anos 2 meses

Rosemeire da Silva Xisto Profª efetiva Magistério Pedagogia 1 ano 2 meses

Thais Rodrigues Eltscheminov Profª Efetiva Pedagogia 4 anos 4 meses

Valéria Regina Roncato Profª efetiva Magistério Pedagogia Matemática

6 anos 3 anos Profª na Rede Estadual

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3.1.2 Plano de Formação para os Professores

O trabalho de formação nos Horários de Trabalho Pedagógico Coletivo (HTPC’s) vem acontecendo desde 1999. No começo eram muitas dúvidas a respeito deste espaço que sempre foi uma reivindicação dos professores da rede de São Bernardo do Campo. É um momento privilegiado de formação continuada com o grupo de professores da unidade escolar, visando o aperfeiçoamento coletivo e individual. A ideia da organização deste espaço demorou um pouco para ocorrer. O processo foi acontecendo à medida que fomos tendo clareza sobre a formação de professores objetivando:

Conhecer melhor o professor (seu processo histórico, profissional e de formação); Conhecer como se dá o conhecimento deste profissional; Considerar os conhecimentos prévios dos professores; Estabelecer relações de respeito mútuo e construção de vínculos;

As avaliações sobre o PLANO DE FORMAÇÃO nos fizeram refletir muito se os nossos objetivos com os professores estavam acontecendo e sobre a importância de considerar todo este processo.

Desde 2001 ocorre no HTPC a ideia de trazer diversos textos, que chamamos de nutrição cultural, tais como textos reflexivos, de autoestima, poesias, poemas, musicas, e etc., para socialização. Nosso combinado se pauta num rodízio para que todos possam participar e contribuir com uma nutrição diferente para compartilhar com as colegas. Em 2013, devido aos estudos sobre Brincar, o tema da nutrição foi “brincadeiras da minha infância”, onde o grupo todo participava/brincava da proposta trazida por cada professora, o que refletia nas práticas pedagógicas, pois muitas brincadeiras posteriormente foram ensinadas às crianças. Agora, iniciamos o ano com a proposta de aprender os jogos que se encontram nos armários da escola e ensina-los ao grupo no HTPC, dando sugestões de adaptações possíveis para serem utilizados por todas as faixas etárias que atendemos, ampliando o repertorio das professoras e instrumentalizando-as tanto para usa-los com as crianças quanto para conhecer o acervo da escola.

Os conteúdos estudados em HTPC’s são escolhidos de acordo com as necessidades formativas da escola, sistematizando o trabalho em sala de aula, planejando as ações, promovendo a reflexão das práticas e confrontando com as teorias.

Esses encontros ocorrem com os professores às terças-feiras das 18h40 às 21h40. O primeiro HTPC do mês é destinado ao planejamento, que costuma ser realizado em agrupamentos por faixa etária.

O HTP (Horário de Trabalho Pedagógico) faz cumprir 1/3 da carga horária do professor em atividades sem interação com aluno. Foi sendo implantado aos poucos por adesão espontânea para os professores que queriam ampliar sua carga de 24 para 30 horas semanais e em 2015 passou a ser obrigatório para todos os professores municipais. Na nossa escola este horário é utilizado para planejamento, registro, preparação de materiais, estudos, atendimento aos pais, atendimento aos especialistas e outras atividades de cunho pedagógico, sendo algumas realizadas individualmente e outras em pequenos grupos, conforme a necessidade do grupo ou da natureza da atividade. Três vezes por semana os HTP’s são livres e os outros dois são

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acompanhados pela coordenadora pedagógica. As professoras do período da manhã realizam o HTP das 7h às 8h, as professoras do período da tarde realizam o HTP das 17h às 18h. As professoras de 40 horas são do período da tarde e cumprem uma parte de seu HTP no período da manhã.

PLANO DE FORMAÇÃO EM HTPC – 2017

“Campos de Experiência”

Introdução:

“(...) os objetivos e conteúdos aqui listados mostram-se gerais: por isso é necessário que os educadores façam o detalhamento nos projetos pedagógicos educacionais das escolas e nos seus planejamentos, levando em conta as características de cada criança e de cada grupo.”

(Proposta Curricular Ed. Infantil caderno 2 – 2007 p.51) Diante disso, em HTPC, estudaremos a Base Nacional Comum Curricular da Educação infantil, o nosso PPP, a Proposta

Curricular do Município, outros documentos sobre este assunto e autores correlatos considerando a formação com Monica Pinazza sobre Campos de Experiência, aprofundando os estudos e buscando o aprimoramento das práticas de ensino.

Assim nosso intuito é confrontar as formas de ensino propostas para a Educação Infantil que contemplem de maneira mais satisfatória aspectos/momentos da rotina escolar e criando práticas pedagógicas bem fundamentadas e qualificadas, que tornem reais as expectativas elencadas quanto à boa qualidade do ensino oferecido, investir nas experiências planejadas e ofertadas às crianças, criar oportunidades de socialização das crianças entre as diferentes faixas etárias, manter um ambiente tranquilo, lúdico e feliz para todos.

Justificativa:

A equipe escolar discutiu que é necessário entender as novas formas de se pensar a educação de crianças pequenas propostas na Base Nacional Comum Curricular, comparando em que convergem e divergem do que já vem sendo feito na nossa escola. Os estudos sobre Campos de Experiência vão nortear nosso fazer pedagógico, trazendo reflexões acerca das práticas pedagógicas aqui realizadas, garantindo às crianças seu desenvolvimento integral através de aprendizagens significativas.

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Objetivos:

Estudar e refletir sobre propostas de trabalho pedagógico de acordo com os Campos de experiência propostos na BNCC,

que propiciem intervenções adequadas ao desenvolvimento infantil;

Refletir sobre a prática pedagógica e também sobre as próprias ações, que comprometem ou qualificam o trabalho

pedagógico, para adequá-las aos nossos princípios (vide PPP) e garantir uma escola de qualidade aos nossos alunos;

Avaliar, refletir e transformar as propostas oferecidas às crianças para garantir intencionalidade e qualidade nas

aprendizagens;

Validar através da pratica cotidiana, este novo olhar sobre a Educação Infantil e os estudos já realizados nos anos

anteriores (Brincar, Artes, momentos da rotina – atividade diversificada, percurso criador).

Ações:

Estudar partes da proposta curricular, RCN’s, PPP 2015 e socializar as formações com Monica Pinazza com foco nos campos de experiência, conforme BNCC;

Estudar capítulos/trechos de livros de acordo com cada campo de experiência elencado; Compartilhar as propostas e práticas de trabalho de cada professora através de depoimentos, fotos e outros meios como

forma de refletirmos sobre teoria e prática; Partir dessa reflexão para validar os estudos e acrescentar nova escrita ao PPP 2017; Socializar práticas e instrumentos do professor para melhoria dos mesmos e relatório individual de aprendizagens; Acompanhamento dos projetos pedagógicos desenvolvidos por cada turma.

Avaliação: A avaliação se dará por meio de acompanhamento individual, conversas nos HTPC’s ou HTP’s, observação das propostas desenvolvidas com as turmas, bem como através dos instrumentos dos professores (planejamento, registro).

3.2.1 Auxiliares de Educação

3.2.2 Caracterização

Acreditamos que, em virtude da auxiliar não participar do HTPC, dispomos de poucos momentos formativos com a mesma,

fazendo-se necessário um acompanhamento da funcionária dentro da rotina escolar, visando qualificar as parcerias que a auxiliar

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realiza com as professoras.

Justificativa

Temos como prioridade assegurar uma formação que garanta a qualidade do trabalho e atenda as necessidades dos alunos através de ações e reflexões sobre a prática inclusiva.

Nome Situação funcional

Escolaridade Tempo na PMSBC

Tempo na escola

Observação Ensino Médio

Graduação Pós-

Graduação

Glaucia Carvalho Rodrigues Efetiva X 8 anos 2 ano

3.2.3 Plano de Formação para os Auxiliares

Objetivos Gerais e específicos Ações Propostas (Metodologia) Responsáveis Cronograma

Ampliar e aperfeiçoar a atuação da profissional junto às crianças e ao trabalho pedagógico;

Investir na formação subsidiando a auxiliar na prática do trabalho;

Acompanhamento do processo ensino aprendizagem através dos objetivos traçados no PPP.

Reuniões pontuais com a auxiliar, atendimentos individualizados e participação nas reuniões pedagógicas.

Direção e coordenação

Reuniões pedagógicas

Reuniões pontuais com a auxiliar

3.2.4 Avalição do Plano de Formação

A avaliação ocorrerá por meio de observação da participação e interesse, no desenvolvimento da prática.

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3.3 Funcionários

3.3.1 Caracterização A escola conta atualmente com quatro funcionários de apoio. Uma delas chegou em 2015 e as outras estão há muitos anos aqui nesta Unidade e possuem um sentimento de propriedade e carinho com a mesma, muito do resgate histórico que é feito proveem delas. Contamos com duas oficiais de escola, uma responsável pela secretaria da escola e outra pela Biblioteca Escolar. Na cozinha contamos com duas cozinheiras.

3.3.2 PLANO DE FORMAÇÃO PARA OS FUNCIONÁRIOS

“Importante na escola não é só estudar, não é só trabalhar, É também criar laços de amizade,

É criar ambiente de camaradagem, É conviver, é se “amarrar nela”!

Numa escola assim vai ser fácil estudar, trabalhar, crescer, Fazer amigos, educar-se, ser feliz.”

(Paulo Freire) Justificativa

Nossa escola promove o envolvimento e participação dos funcionários com as crianças em vários momentos da rotina. A vários anos as funcionárias da equipe de apoio são referência para cada uma das turmas em sala de aula. A funcionária acolhe as crianças sempre que a professora precisa se ausentar, por exemplo: ir ao banheiro, em situações de cuidado e/ou quando precisam de ajuda, as crianças buscam pelo apoio de um adulto. Para que a escola se torne um lugar ainda mais agradável de se conviver e trabalhar, temos que considerar as relações que se estabelecem entre alunos, funcionários, familiares e equipes de gestão. Nosso desafio é envolver todos os funcionários como formadores, acreditando com isso, na transformação dos espaços e na melhoria das relações humanas e do crescimento pessoal e profissional.

As cozinheiras ficam diretamente em contato com os alunos durante o self-service, na reposição de itens do lanche, intervindo junto às crianças nas questões dos cuidados, quantidade, desperdício, lanches coletivos, etc.

O oficial é constantemente procurado pelas crianças na busca de material e/ou “recados” das professoras. A oficial responsável pela biblioteca escolar é referência para as crianças quando o assunto são livros, empréstimos e

pesquisa.

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A todo o momento, os funcionários fazem intervenções, acolhem, socorrem, orientam as crianças. Cada funcionário traz seus conhecimentos, concepções e práticas. A escola dos sonhos visa respeitar essa singularidade e ao mesmo tempo desenvolver um trabalho coletivo que fortaleça cada vez mais as aprendizagens das crianças. Para tanto, organizamos um plano de ação que insira a equipe de funcionários quanto ao trabalho pedagógico num nível de informação e formação na compreensão de procedimentos e propostas. Assim, ocorre a participação efetiva dessa equipe na elaboração, reflexão e reelaboração do PPP em algumas instâncias como: período de adaptação, cuidados, parque, escovação, acolhimento, uso do banheiro, self-service (vide Rotina), atividades diárias, etapas dos projetos pedagógicos. Objetivo:

Entender, refletir e validar os princípios do PPP, a função social da escola, o papel de cada profissional (em questão) que nela atua e as intervenções e colaboração junto à equipe escolar como um todo para garantir a qualidade do trabalho na Unidade Escolar. Etapas previstas:

1 Encontros em reunião pedagógica, garantindo espaços para a participação efetiva em discussões dos vários assuntos tratados;

2 Participar da leitura, reflexão e reescrita do PPP, conforme discussão nas reuniões pedagógicas; 3 Encontros individuais ou por segmento sempre que necessário (assuntos informativos e formativos).

Avaliação

A avaliação se dará por meio de acompanhamento individual, conversas e registros realizados nas reuniões pedagógicas, observação das praticas de cada um no cotidiano da escola.

4. Conselho de Escola

4.1. Caracterização A gestão democrática é construída no dia a dia pelos que, direta ou indiretamente, vivenciam a educação. Ela exige

participação de todos por intermédio da existência de colegiados. O Conselho de Escola é o organismo de gestão escolar,

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composto por representantes dos diversos segmentos da comunidade escolar que participam e colaboram com o trabalho da unidade escolar, visando a qualidade do atendimento às crianças pequenas e o exercício da cidadania. Cabe a equipe de gestão manter um canal de comunicação, viabilizando a participação de todos, socializando as discussões das reuniões nos horários de trabalho coletivo e na disponibilização das atas.

CONSELHO DE ESCOLA

Nome Segmento Titular/suplente

Luciana Casali da Cruz Gross Diretora Escolar Titular

Eliane Cordeiro de Lima Funcionaria Titular

Sandra Aparecida Marzari Rodrigues Mãe Titular

Adriana dos Santos Moreira Mãe Titular

Edilene Magalhães Professora Titular

Vanessa Unger da Silva Mãe Suplente

Camila Finocchi Custódio de Siqueira Mãe Suplente

Valéria Regina Roncato Docente Suplente

Neusa Maria da Costa Colaboradora Titular

4.2. Plano de Ação do Conselho de Escola Justificativa

O fortalecimento dos Conselhos Escolares é condição fundamental para garantir o processo de participação de todos os segmentos envolvidos na comunidade escolar. Para tanto é necessário qualificar novas formas de participação, onde todos se sintam responsáveis pelo processo de tomada de decisões e participem na execução das mesmas.

Objetivos Gerais e específicos Ações Propostas (Metodologia) Responsáveis Cronograma

Favorecer e ampliar a participação da comunidade escolar nas tomadas de decisões, contribuindo para a construção de uma escola de qualidade, que atenda as reais

Convocar reuniões periódicas para que se discutam e resolvam questões da escola;

Promover as reuniões em horários que favoreçam a participação dos

Equipe de Gestão e órgãos colegiados.

Reuniões mensais.

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necessidades dos alunos; Incentivar e ampliar a participação dos

pais e funcionários, corresponsabilizando a comunidade escolar nas tomadas de decisões, dando voz a todos os envolvidos, desde o acesso, implementação e execução de cada ação;

Decidir, em parceria com a equipe de gestão, quais serão as prioridades e como deverão ser aplicados os recursos e ainda buscar soluções para problemas de natureza administrativa e pedagógica;

Implementar e executar o Plano de Trabalho, visando sempre a melhoria da qualidade do ensino e do prédio escolar;

Atuar de forma efetiva junto à APM, ajudando a criar cada vez mais uma “escola de qualidade“.

pais, professores e alunos; Organizar a circulação de

informações e decisões do Conselho de Escola através de bilhetes, cartazes e do nosso Jornal Informativo (periódico), que esta sendo realizado desde o ano passado, com frequência semestral, para socializar com os pais as decisões do Conselho e APM;

Dar continuidade a uma formação efetiva para esta participação democrática. Ampliando a participação da comunidade nesta unidade escolar.

4.3. Avaliação do Plano de Ação do Conselho de Escola Será feita uma auto avaliação dos trabalhos ao final das reuniões.

5. Associação de Pais e Mestres

5.1 Caracterização

A Associação de Pais e Mestres da EMEB Gonçalves Dias atua juntamente com o Conselho de Escola, tendo por finalidade colaborar no aprimoramento do processo educacional, na assistência ao escolar e na integração família-escola-comunidade. Tem

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clareza de seus papéis e da participação no colegiado. Possuem conhecimento sobre seus direitos e deveres, solicitando que as ações da APM primem por essa transparência e zelo na valorização da escola e na autonomia para a gestão democrática. Enfim é um grupo participativo, envolvido e engajado na causa de uma educação de qualidade. Membros da APM

Nome Segmento Função Titular/

Suplente

Luciana Casali da Cruz Gross Diretora Presidente - Conselho Deliberativo Titular

Juliana Rodrigues Santos Professora Primeira Secretária - Conselho Deliberativo Titular

Jade Maria Teixeira Favarão Mãe Segunda Secretária - Conselho Deliberativo Titular

Josenilda dos Santos Silva Mãe - Conselho Deliberativo Titular

Joice de Oliveira Pereira Coutinho Mãe - Conselho Deliberativo Titular

Vanessa Unger da Silva Mãe Diretora Executiva Titular

Lessandra Corteze Mãe Vice Diretora Executiva Suplente

Sandra Maria Machado da Silva Mãe Primeira Tesoureira Titular

Adriana dos Santos Moreira Mãe Segunda Tesoureira Suplente

Cinthia Biguzzi Santeri Ramos Professora Primeira Secretaria Titular

Márcia Cristina Datilio Morgado Professora Segunda Secretaria Suplente

Cintia Marques da Silva Mãe Presidente – Conselho Fiscal Titular

Camila Finocchi Custodio de Siqueira Mãe Membro – Conselho Fiscal Titular

Edilene Magalhães Professora Membro – Conselho Fiscal Titular

5.2 Plano de Ação da Associação de Pais e Mestres Justificativa Dada a importância dessa Associação, considerando suas funções e finalidades, incentivar e garantir a participação mais efetiva da comunidade escolar nas decisões relativas à organização e funcionamento escolar nos aspectos administrativos,

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pedagógicos e financeiros.

Objetivos Gerais e específicos Ações Propostas (Metodologia) Responsáveis Cronograma

Incentivar a participação democrática a fim de garantir maior transparência no uso do dinheiro público;

Formar uma APM cada vez mais participativa e consciente da sua importância;

Participar na gestão escolar no que diz respeito às deliberações sobre questões de natureza pedagógica e estrutural

Reuniões periódicas com os membros e com os que se sentirem a vontade para participar, a fim de deliberar sobre as necessidades dos educandos e as que surgirem para manutenção do prédio escolar;

Análise das prioridades elencadas nas reuniões ordinárias; Trabalhar em conjunto com a equipe da escola para alcançar os objetivos com a melhor qualidade possível e o melhor custo benefício.

Equipe Escolar, APM e funcionários.

Reuniões mensais

5.3 Avaliação Será feita uma auto avaliação ao final dos trabalhos. V. ORGANIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO PEDAGÓGICO

1. Objetivos da educação

Lei 9.394, de 20/12/1996 – Lei de Diretrizes e Bases. Lei 11.274 de 06/02/2006 que altera a LDB com os artigos:

- Art. 3º que altera a redação do art. 32 da Seção III Do Ensino Fundamental; - Art. 5º que estabelece: “Os Municípios, Os Estados e o Distrito Federal, terão prazo até 2010 para implementar a obrigatoriedade para o Ensino Fundamental disposto no art. 3º desta lei e a abrangência da pré-escola de que trata o art. 2º desta lei.”

Objetivo da Educação Básica LDB: Título V - Dos Níveis e das Modalidades de Educação e Ensino

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Capítulo II Seção I Das Disposições Gerais “Art. 22º. A Educação básica tem por finalidades desenvolver o educando, assegurando-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores.”

Seção II Da Educação Infantil “Art. 29º. A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade (ou zero a cinco, na medida em que as crianças de seis anos ingressem no Ensino Fundamental), em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade.

O trabalho nesta unidade escolar tem como objetivo desenvolver as capacidades de:

Construir uma imagem positiva sobre si, com confiança, atuando de forma cada vez mais autônoma frente às situações cotidianas;

Construir e ampliar relações sociais aprendendo a articular seus interesses pontos de vista com os demais, respeitando as diferenças e desenvolvendo atitudes cooperativas;

Valorizar e desenvolver atitudes de preservação do meio reconhecendo-se como integrante dependente e agente transformador do mesmo;

Construir e apropriar-se do conhecimento organizado nas diferentes linguagens (corporal, musical, plástica, oral e escrita) utilizando-as para expressar suas ideias, sentimentos necessidades e desejos, ampliando suas redes de significações, enriquecendo cada vez mais sua capacidade comunicativa;

Aprender a buscar informações de forma autônoma e prazerosa exercitando sua curiosidade frente ao objeto de conhecimento;

Brincar ampliando suas capacidades expressivas e simbólicas, reelaborando significados sobre o mundo, sobre contextos e as relações entre os seres humanos.

2. Levantamento dos Objetivos e Conteúdos por Área de Conhecimento Áreas de Conhecimento e Temas – Educação Infantil

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LÍNGUA PORTUGUESA

Justificativa: O trabalho com a linguagem visa desenvolver a formação do sujeito, sua inserção no meio social e cultural, assegurando o exercício da sua cidadania.

OBJETIVOS: Interagir e expressar desejos, necessidades sentimentos por meio da linguagem oral e corporal (gestos e expressões

faciais); Ampliar gradativamente suas possibilidades de comunicação e expressão interessando-se por conhecer vários gêneros

orais e escritos e participando de diversas situações de intercâmbios sociais, nas quais possam contar suas vivências, ouvir as de outras pessoas e responder perguntas;

Familiarizar-se com a escrita por meio de manuseio de livros, revistas e outros portadores de textos e da vivência de diversas situações, nas quais seu uso se faça necessário;

Apreciar diferentes textos de leituras feitos pelo professor; Representar a escrita de palavras e texto, ainda que não de forma convencional; Compreender a composição do nome, sabendo identificá-lo nas diversas situações do cotidiano; Escolher os livros para ler e apreciar.

CONTEÚDOS DO FALAR E ESCUTAR ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Linguagem oral

Linguagem não verbal, Perguntas e respostas, de acordo com os diversos

contextos de que participa; Situações que envolvem a necessidade de

explicar e argumentar suas ideias e pontos de vista;

Escutar a criança, dar atenção ao que ela fala e atribuir sentido, reconhecendo que quer dizer algo;

Interpretar as expressões faciais (choros, risos, movimentos, balbucios) e atribuir significados às diferentes formas de expressão.

Responder ou comentar, de forma coerente, aquilo que a criança disse, para que ocorra uma interlocução real, não tomando a fala do ponto de vista normativo, julgando-a se está certa ou errada. Se não se entende ou não se dá importância que foi dito, a resposta oferecida pode ser incoerente com aquilo que a criança disse, podendo confundi-la. A resposta coerente estabelece uma ponte entre a fala do adulto e a da criança;

Reconhecer o esforço da criança em compreender o que ouve (palavras, enunciadas, textos) a partir do contexto comunicativo;

Integrar a fala da criança na prática pedagógica, ressignificando-a;

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Relato de experiências vividas e narração de fatos. Reconto de histórias conhecidas. Conhecimentos e reprodução oral de jogos

verbais, como trava-línguas, parlendas, adivinhas, quadrinhas, poemas e canções.

Organizar situações de participação, nas quais as crianças possam buscar materiais, pedir informações ou fazer solicitações a outros professores ou crianças, elaborar avisos, pedidos ou recados a outras classes ou setores da instituição, etc.

Organizar situações específicas que propiciem que as crianças conversem como a RODA DE CONVERSA. Podem-se organizar rodas de conversa, nas quais alguns assuntos sejam discutidos intencionalmente, ou conversar sobre assuntos diversos, como a discussão sobre um filme visto na TV, um conhecimento recente com umas das crianças, etc.;

Na roda de conversa pode-se: contar fatos às crianças, descrever ações e promover uma aproximação com aspectos mais formais da linguagem, por meio de situações como LER e CONTAR, HISTÓRIAS, CANTAR ou ENTOAR CANÇÕES, DECLAMAR POEMAS, DIZER PARLENDAS, TEXTOS DE BRINCADEIRAS INFANTIS, etc.

Ampliar o universo cultural das crianças, através do contato com a diversidade de textos e manifestações culturais como: músicas, poemas, histórias, diferentes situações comunicativas, etc.

Através da NARRATIVA abrimos as portas para o mundo da literatura. Proporcionar oportunidades onde a criança narre por meio de jogos de contar e onde as crianças tenham oportunidades de ouvirem histórias;

Uma atividade interessante é a elaboração de entrevistas onde, além de possibilitar que ressalte a transmissão oral como uma fonte de informação, propiciem também às crianças pensarem no assunto que desejam conhecer, nas pessoas que possam ter as informações e nas perguntas que deverão fazer;

Outra atividade interessante são as APRESENTAÇÕES ORAIS ao vivo, de TEXTOS MEMORIZADOS, onde as crianças possam reproduzir os mais diversos gêneros como: HISTÓRIAS, POESIAS, PARLENDAS, etc. em situações que envolvam público (seu grupo, outras crianças da escola, os pais, etc.) como SARAU de poesias, recital de parlendas, etc.;

Outra possibilidade é a preparação de áudio ou vídeo para a gravação de poesias, músicas e histórias.

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CONTEÚDOS DA PRÁTICA DE LEITURA ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Situações em que os adultos leem textos de diferentes gêneros, como contos, poemas, notícias de jornal, informativos, parlendas, trava-línguas, etc.

Leitura não convencional. Roda de conversa com trocas entre os alunos; O professor poderá organizar as seguintes

situações de leituras para que as próprias crianças leiam, como:

1. Situações onde as crianças estabeleçam uma relação entre o que é falado e o que está escrito (pseudoleitura). Para tais atividades, as crianças deverão saber sobre o texto de cor. Neste caso os textos mais adequados são:

- as quadrinhas; - as parlendas; - as canções que focalizam sonoridade da

linguagem (ritmos, rimas, repetições, etc). 2. Situações em que as crianças precisam descobrir

o sentido do texto, apoiando-se nos mais diversos elementos, como: as figuras, a diagramação, que conhecimentos prévios sobre os assuntos, etc. Neste caso os textos mais adequados são:

- as embalagens comerciais; - os folhetos de propaganda; - as histórias em quadrinhos, etc. A leitura de histórias (roda da leitura ou da história)

é um momento que a criança pode conhecer a forma de viver,

Reconhecimento do próprio nome dentro do conjunto de nomes do grupo, nas situações sem que isso se fizer necessário.

Observação e manuseio de materiais impressos,

Proporcionar às crianças o ACESSO, por meio de leitura do professor a diversos tipos de materiais escritos. As poesias, as parlendas, as trava-línguas, os jogos de palavras, memorizados e repetidos, possibilitam crianças atentarem não só aos conteúdos, mas também à forma, aos aspectos sonoros da linguagem, como ritmo e rimas, além das questões culturais e afetivas envolvidas;

O professor ao realizar, com frequência, leituras de um mesmo gênero literário, está propiciando às crianças, oportunidades para que conheçam as características próprias de cada gênero;

Para enriquecer as estratégias de leitura, o professor poderá: - Comentar previamente o assunto do qual trata o texto; - Fazer com que as crianças levantem hipóteses sobre o tema a partir do título; - Oferecer situações que situem a leitura; - Criar um certo suspense, quando for o caso; - Lembrar de outros textos conhecidos, a partir do texto lido; - pensar, agir e o universo de valores, costumes e comportamentos de outras culturas situados em outros tempos e lugares que não o seu; O reconto de histórias é outra atividade que pode ser desenvolvida pelas crianças. O professor lê a história, as crianças escutam, observam as gravuras e, frequentemente, depois de algumas leituras, já conseguem recontar a história, utilizando algumas expressões e palavras na voz do professor. No aspecto figural (forma e direção das letras) atividades com nome

próprio são essenciais para ajudar as crianças a perceber semelhanças e diferenças entre os nomes, como quantidade e disposição das letras e sua relação com os sons. Com base nesse modelo estável, elas conseguem estabelecer comparações para tentar ler outras palavras. Portanto atividade diárias como chamada, escrita do nome, reconhecimento são importantes para auxiliar as crianças tanto na aquisição da escrita quanto na reflexão sobre o sistema alfabético

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como livros, revistas, histórias em quadrinhos, etc., previamente APRESENTADOS AO GRUPO;

Valorização da leitura como fonte de prazer e entretenimento.

Participação em situações cotidianas nas quais se faz uso da leitura.

CONTEÚDOS DAS PRÁTICAS DE ESCRITA ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Participação em situações cotidianas, nas quais

se faz necessário o uso da escrita; Escrita do próprio nome em situações em que isso

é necessário; Produção de textos individuais e/ou coletivos

ditados oralmente ao professor para diversos fins; Prática de escrita de próprio punho, utilizando o

conhecimento de que dispõe, no momento, sobre o sistema de escrita em língua portuguesa.

Manuseio de materiais impressos, como livros, revistas, histórias em quadrinhos, etc.

O professor poderá chamar a atenção sobre a ESTRUTURA do texto, negociar significados e propor a substituição do uso excessivo de "e", "aí", "daí" por conectivos mais adequados à linguagem escrita e de expressões que marcam temporalidades, casualidades, etc., como "de repente", "um dia", "muitos anos depois", etc.

Saber o próprio nome fornecerá às crianças um repertório básico de letras, que lhes servirá de fonte de informação, para produzir outras escritas. Práticas que contribuição:

- Marcar os pertences das crianças; - Marcar os objetos pessoais; - Marcar as produções das crianças com seus nomes; - Fazer coleções dos nomes das crianças de um mesmo grupo (registrada em placar ou tiras de papel) para estar afixada em lugar visível na sala; As situações de escrita apresentam outros desafios aos pequenos,

como a grafia das letras, uma por uma, até construir a palavra completa. Essa fase começa com a cópia do modelo com o nome, que fornece informações sobre a forma convencional das letras e a direcionalidade da escrita.

Propor às crianças que reescrevam notícias da atualidade, que saíram no jornal que lhes interessou, ou uma lenda, uma história, etc.

Quando a criança recebe um convite para escrever (mesmo não sabendo fazê-lo de forma convencional) estas estão diante de uma verdadeira situação-problema, na qual o professor poderá observar o desenvolvimento do seu processo de aprendizagem;

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Assim as crianças podem saber de cor os textos que serão escritos, como por exemplo, uma parlenda, uma poesia ou uma letra de música. Nestas atividades, as crianças precisam pensar sobre quantas e quais letras colocar para escrever o texto, usar o conhecimento disponível sobre o sistema de escrita, buscar material escrito que possa ajudar a decidir como grafar, etc. Daí a importância de uma prática educativa, que aceita e valoriza as diferenças individuais e fomenta a troca de experiências e conhecimentos entre as crianças;

É importante que o professor escolha as crianças que possam se informar mutuamente; favoreça os intercâmbios, pontue as dificuldades de entendimento e ajude a percepção de detalhes do texto.

MATEMÁTICA Justificativa: O trabalho com a matemática contribui para a formação de cidadãos autônomos, capazes de pensar por

conta própria, sabendo resolver problemas.

OBJETIVOS:

Reconhecer a função social dos números, as operações numéricas, as contagens orais e as noções espaciais como

ferramentas necessárias no seu cotidiano; Comunicar ideias matemáticas, hipóteses, processos utilizados e resultados encontrados em situações-problema,

relativas a quantidades, espaço físico e medida, utilizando a linguagem oral e linguagem matemática; Ter confiança em suas próprias estratégias e na sua capacidade para lidar com situações matemáticas novas, utilizando

seus conhecimentos prévios.

1º BLOCO DE CONTEÚDO: NÚMEROS E SISTEMA DE NUMERAÇÃO

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Contagem oral nas brincadeiras e em situações nas quais as crianças reconheçam sua necessidade;

Os números estão presentes no cotidiano e serve para memorizar quantidades, para identificar algo, antecipar resultados, contar, numerar, medir e operar.

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Noções simples de cálculo mental como ferramenta para resolver problemas;

Quantidade, utilizando a linguagem oral, a

notação numérica e/ou registros não convencionais;

Posição de um objeto ou número numa série,

explicitando a noção de sucessor e antecessor; Identificação de números nos diferentes contextos

em que se encontram; Comparação de escritas numéricas, identificando

algumas regularidades.

CONTAGEM Contar é uma estratégia fundamental para estabelecer o valor cardinal

de conjuntos de objetos; As crianças poderão realizar a contagem por exemplos, com uma

sucessão de palavras, no controle do tempo para iniciar uma brincadeira por repetição ou com o propósito de observar a regularidade da sucessão;

Exemplos de situações que envolvam recitação: - Jogos de esconder ou de pega, nas quais um dos participantes deve contar, enquanto esperam os outros se posicionarem; - Brincadeiras e cantigas que incluam diferentes formas de contagem; - A galinha do vizinho; - Um, dois, feijão com arroz; Propor problemas relativos à contagem de diversas formas. NOTAÇÃO E ESCRITA NUMÉRICA Pesquisar com as crianças os diferentes lugares em que os números se

encontram, investigar como são organizados e para que servem; COMPARAR números e ORDENÁ-LOS: idades, alturas, associar

quantidades de balas a uma lista de preços, jogar batalhas, etc.; PRODUZIR e INTERPRETAR números: preços, idades, datas,

medidas, preencher cheques e identificá-los, anotar elementos de uma coleção, jogar bingo, comparar produções numéricas (653-60053-600503), intercambiar mensagens, etc;

BUSCAR REGULARIDADES, explorar quadros numéricos e sequências, observar em que parecem ou diferem os números de um dado intervalo, analisar resultados obtidos em certas operações, etc.

OPERAÇÕES Resolver operações de modo pessoal e confrontar procedimentos; Anotar de que maneira resolveram um problema ou operação, etc.

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2º BLOCO DE CONTEÚDO: GRANDEZAS E MEDIDAS

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Diferentes procedimentos para comparar

grandezas; Noções de medida de comprimento, peso, volume

e tempo, pela utilização de unidades convencionais e não convencionais;

Marcação do tempo por meio de calendários; Experiências com dinheiro em brincadeiras ou em

situações de interesse das crianças.

Manipular e explorar objetos e brinquedos para descobrir suas propriedades, características e possibilidades associativas: empilhar, rolar, transvazar e encaixar.

O professor deve partir das práticas cotidianas (onde crianças têm tamanhos, volumes, temperaturas diferentes, etc.) para propor situações-problema em que a criança possa ampliar, aprofundar e construir novos sentidos para seus conhecimentos;

As atividades de culinária, por exemplo, possibilitam em rico trabalho, envolvendo diferentes unidades de medida, como o tempo de cozimentos e a quantidade dos ingredientes: litro, quilograma, colher, xícara, pitada, etc;

A ação de medir inclui: a observação e comparação sensorial e perceptiva entre objetos; o reconhecimento da utilização de objetos intermediários como fita métrica balança, régua, etc., para quantificar a grandeza comprimento extensão, área, peso, massa, etc.;

Para iniciar o processo, as crianças podem ser solicitadas a fazer uso de unidades de medida não convencionais, como passos, pedaços de bastante ou palitos, situações nas quais necessitem comparar distâncias, tamanhos e medidas as suas alturas, o comprimento da sala, etc.;

O uso de calendários e a observação das suas características e regularidades (sete dias por semana a quantidade de dias de cada mês, etc.), permitem marcar o tempo que falta para alguma festa, prever a data de um passeio, localizar as datas de aniversário das crianças, as fases da lua;

Realizar vendinhas com cédulas e moedas, para fazer trocas, comparar valores, fazer operações, resolver problemas e visualizar características da representação dos números naturais e decimais.

3º BLOCO DE CONTEÚDO: ESPAÇO E FORMA

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Manipulação e exploração de objetos e brinquedos, em situações organizadas de forma a existirem quantidades individuais suficientes para

É possível realizar um trabalho com as formas geométricas por meio da observação de obras de arte, de artesanato (cestas, rendas de rede), de construções de arquitetura, pisos, mosaicos, vitrais de igrejas ou ainda

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que cada aluno possa descobrir as características e propriedades principais e suas possibilidades associativas: empilhar, rolar, transvazar, encaixar, etc.

Posição de si, de pessoas e objetos, utilizando os jogos, as brincadeiras e diversas situações;

Propriedades geométricas de objetos e figuras,

como formas, tipos de contornos, bidimensionalidade, tridimensionalidade, faces planas, lados retos, etc;

Pequenos percursos e trajetos, observando

pontos de referência, assim como identificar os mesmos para situarem-se e deslocarem-se no espaço.

Localizar-se espacialmente.

em formas encontradas na natureza, etc. (ASSIM TRABALHAMOS AS RELAÇÕES ESPACIAIS CONTIDAS NOS OBJETOS).

Para trabalharmos as RELAÇÕES ESPACIAIS ENTRE OS OBJETOS vamos desenvolver noções de orientação, como proximidade, interioridade e direcionalidade;

As relações espaciais nos deslocamentos podem ser trabalhadas a partir da observação dos pontos de referência que as crianças adotam, a sua noção de distância, de tempo, etc., propondo:

- Que as crianças descrevam suas experiências de deslocamento de casa à escola; - Jogos em que as crianças precisem movimentar-se ou movimentarem um objeto no espaço; Propor situações que privilegiem a representação para que as crianças

possam expressar suas ideias e registrar informações, através do: - Desenho de objetos de diferentes ângulos de visão, como visto de cima, de baixo, de lado; Propor representações tridimensionais, como construções com blocos

de madeira, de maquetes, painéis, etc.; Para realizarem suas construções, as crianças podem utilizar os mais

diversos materiais: areia, argila, pedras, folhas e pequenos troncos de árvores;

O trabalho com o espaço pode ser feito, também, a partir de situações que permitam o uso de figuras, desenhos, fotos e certos tipos de mapas, para a descrição e representação de caminhos, itinerários, lugares, localizações, etc.

CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO AMBIENTAL Justificativa: As observações, interações e vivencias com o meio ambiente, buscam despertar no aluno o interesse e

cuidados em preservar os seres vivos e o meio que o cerca.

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OBJETIVO:

Interessar-se e demonstrar curiosidade pelo mundo social e natural, formulando PERGUNTAS, IMAGINANDO SOLUÇÕES para compreendê-lo, manifestando opiniões próprias sobre os acontecimentos, buscando informações e confrontando ideias;

Estabelecer relações entre o modo vida do seu grupo social com os outros grupos; Estabelecer relações com o MEIO AMBIENTE e as formas de vida que ali estabelecem, valorizando sua importância para

a PRESERVAÇÃO DAS ESPÉCIES e para QUALIDADE DE VIDA HUMANA. Vivenciar alguns procedimentos de pesquisa, observando e levantando hipóteses

PROCEDIMENTOS

Os procedimentos indispensáveis para a aprendizagem das crianças no eixo natureza e sociedade e que se aplicam aos 5 blocos de conteúdos, são eles: Formulação de perguntas; Participação ativa na resolução de problemas; Estabelecimento de relações simples na comparação de dados; Confronto de suas ideias com as de outras crianças; Conhecer a si mesma e o outro;( partes do corpo) Formulação coletiva e individual de conclusões e explicações sobre o tema em questão; Utilização, com ajuda do professor, de diferentes fontes para buscar informações como OBJETOS, FOTOGRAFIAS,

DOCUMENTÁRIOS, RELATOS DE PESSOAS, LIVROS, MAPAS, etc.; Utilização da OBSERVAÇÃO DIRETA e com uso de instrumentos, como BINÓCULOS, LUPAS, MICROSCÓPIO, etc, para

obtenção de dados e informações; Registros das informações, utilizando diferentes formas; - DESENHOS; - TEXTOS ORAIS DITADOS AO PROFESSOR; - COMUNICAÇÃO ORAL REGISTRADA EM GRAVADOR, etc.

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1º BLOCO DE CONTEÚDO: ORGANIZAÇÃO DOS GRUPOS E SEU MODO DE SER

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Atividades que envolvam HISTÓRIAS, BRINCADEIRAS

e CANÇÕES sobre as tradições culturais de sua comunidade e de outras;

Conhecimento do MODO DE SER, VIVER e

TRABALHAR de alguns grupos sociais do presente e do passado;

Identificação de alguns papéis sociais existentes em

seus grupos de convívio; Conhecimento do próprio corpo por meio de jogos e

brincadeiras;

Construção de sua identidade

O trabalho com estes conteúdos deve incluir o RESPEITO as diferenças existentes entre os COSTUMES, VALORES e HÁBITOS nas diversas famílias e grupos, e o conhecimento de semelhanças;

Deve-se ter sempre a preocupação de não expor as crianças a constrangimentos e não incentivar a discriminação;

O professor deve eleger temas que possibilitem o conhecimento de HÁBITOS e COSTUMES socioculturais diversos, quanto à articulação com aqueles que as crianças conhecem, como:

- Tipos de alimentação; - Vestimentas; - Músicas; - Jogos brincadeiras; - Brinquedos; - Atividades de trabalho e lazer, etc. Dar oportunidades para que as crianças aprendam a INDAGAR e a

reconhecer de mudanças e permanências nos costumes.

2º BLOCO DE CONTEÚDO: OS LUGARES E SUAS PAISAGENS

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Observação de paisagem local (RIOS, VEGETAÇÃO, CONSTRUÇÕES, FLORESTAS, CAMPOS, DUNAS, AÇUDES, MAR, MONTANHAS, etc.);

Valorização de atitudes de manutenção e preservação dos espaços coletivos e do meio ambiente.

As crianças podem ser convidadas a reconhecer os componentes da paisagem por meio de algumas questões colocadas pelo professor, realizadas em função do tema que está sendo trabalhado:

- Que animais convivem conosco? - Existem animais e plantas que só podem perceber em determinadas épocas do ano? - Quais os sons que marcam este lugar? Temas relacionados ao RELEVO, ao CLIMA, a PRESENÇA DA ÁGUA NOS RIOS,

LAGOS ou MAR, as CONSTRUÇÕES AO TRABALHO, aos MEIOS DE TRANSPORTES E DE COMUNICAÇÃO, À VIDA NO CAMPO e na CIDADE podem ser abordados com as crianças em função do significado que podem ter para elas e

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das intenções pedagógicas definidas pelo professor; É fundamental, que as crianças possam estabelecer relações entre os temas

TRATADOS e o SEU COTIDIANO, vinculando aspectos sociais e naturais: - Como será a vida das crianças que moram na praia, perto de um rio ou florestas? - Como é viver em uma cidade muito grande ou muito pequena? - Será que todas as crianças utilizam os mesmos meios de transportes que utilizamos? - Será que eles brincam das mesmas brincadeiras? - Quais serão os alimentos preferidos delas? Outro aspecto que pode ser trabalhado está relacionado com as mudanças que

ocorram na paisagem local: variação do dia e da noite, a sucessão das estações do ano, a passagem dos meses e dos anos, a época de festas, etc.;

O professor poderá recorrer a diferentes encaminhamentos como: conversar com as crianças, utilizando como suporte fotografias, cartões postais e outros tipos de imagens que retratem as paisagens variadas. Poderá trabalhar com TEXTOS INFORMATIVOS e LITERÁRIOS, MÚSICA, DOCUMENTÁRIOS e FILMES que façam referências a outras paisagens;

Outro recurso a ser utilizado é a CONVERSA COM PESSOAS DA COMUNIDADE que testemunharam as transformações pelas quais a paisagem do lugar já passou;

O contato com representações, como as plantas de rua, os mapas, globos terrestres e outros tipos de representação, como os desenhos feitos pelos adultos para indicar percursos (chamados croquis), poderá ocorrer com a mediação do professor.

3º BLOCO DE CONTEÚDO: OBJETOS E PROCESSOS DE TRANSFORMAÇÃO

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Participação em atividades que envolvam processos

de confecção de objetos; Conhecimento das características dos objetos: duro,

mole, flexível, doce, salgado, azedo, sólido, gasoso, líquido;

CUIDADOS no uso dos objetos do cotidiano,

É necessário criar situações de aprendizagem, nas quais seja possível observar e perceber as características e propriedades dos objetos que não são tão evidentes;

O professor poderá dirigir uma atividade para a confecção de objetos variados, como brinquedos feitos de madeira, tecido, papel e outros tipos de materiais, alguns jogos, etc.;

O professor poderá oferecer às crianças diferentes tipos de materiais (pedaços de madeira, tecidos, cordas, embalagens, etc.) e propor alguns problemas como:

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relacionados a seguranças e prevenção de acidentes, e à sua conservação.

- Construir uma ponte de modo que ela não caia; - Montar uma cabana. Descobrir se um barco feito de pedaços de madeira ou de papel flutua; As crianças poderão ser convidadas a conhecer diferentes objetos e

modos de usá-los, por meio de fontes escritas ilustrações ou de entrevistas com pessoas da comunidade;

O professor deverá também ter um trabalho constante e permanente com as atitudes de cuidado, necessários para lidar com os diferentes objetos, de forma a evitar o desperdício, conservá-los e prevenir acidentes.

4º BLOCO DE CONTEÚDO: OS SERES VIVOS

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Estabelecimentos de algumas relações entre diferentes espécies de seres vivos, suas características e suas necessidades vitais;

Conhecimento das espécies da fauna e da flora; Percepção dos cuidados necessários à preservação

da vida e do ambiente; Percepção dos cuidados com o corpo, à prevenção

de acidentes e à saúde de forma geral, assim como às atitudes relacionadas à saúde e ao bem – estar individual.

O professor poderá criar situações para que percebam os animais domésticos:

- Quais são esses animais? - Onde vivem? - Existem épocas que eles desaparecem? - E nas ruas, que tipos de animais se encontram? - Eles podem ser vistos de noite e de dia? As formigas, caracóis, tatus-bola, borboletas, lagartas, etc., podem ser

observadas no jardim da escola, pesquisada em livros ou mantida temporariamente na sala. Atividades de observação e registro podem integrar a rotina diária;

Oferecer oportunidades para que as crianças possam expor o que sabem sobre os animais que tem em casa, como cachorros, gatos etc.;

O cultivo de plantas também pode ser realizado por meio da manutenção de pequenos vasos na sala ou do cultivo de uma horta no espaço externo da escola. As crianças poderão observar o crescimento das hortaliças e vegetais, além de aproveitá-los nas refeições;

É possível realizar um trabalho por meio do qual as crianças possam conhecer o seu corpo, e o que acontece com que ele em determinadas situações, como quando correm bastante, quando ficam muitas horas sem comer, etc.;

Ao conhecer o funcionamento do corpo, as crianças poderão aprender

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também a cuidar de si e evitar acidentes e manter a saúde; - Que cuidados ter para não se machucar durante uma brincadeira? - Por que é importante tomar água após um esforço físico prolongado?

5º BLOCO DE CONTEÚDO: OS FENÔMENOS DA NATUREZA

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Observação das características da natureza e as

formas de vidas dos grupos sociais que ali vivem; Participação em diferentes atividades envolvendo

a observação e a pesquisa sobre a ação da luz, calor, som, força e movimento.

As atividades relacionadas com os fenômenos da natureza podem ser trabalhadas por meio da observação direta quando ocorrem na região onde se situa a escola, como as chuvas, a seca, a presença de um arco-íris, etc., ou por forma de fotografias, vídeos, ilustrações, jornais e revistas, etc.;

Sair com as crianças na rua para observar um fenômeno natural para que elas reflitam sobre como ocorre:

Também se pode trazer para conhecimento das crianças livros, fotos e ilustrações de diversos fenômenos ocorridos em outras regiões como a neve, os furacões, os vulcões, etc.;

Atividades que permitam a OBSERVAÇÃO dos efeitos de luz e movimento; Atividades como os jogos que envolvam luz e sombra, permitirão as

crianças refletirem sobre as diversas fontes de luz possíveis, desde a natural ou aquela proveniente do fogo até as artificiais originais por lanternas ou abajures.

CORPO E MOVIMENTO Justificativa: O corpo é o primeiro objeto d interação com o mundo. A área do corpo e movimento confere uma amplitude que

vai além dos jogos, brincadeiras e práticas de cultura corporal. O conhecimento do próprio corpo se dá através das vivências pessoais que o aluno tem na interação com o outro e com a realidade. Nesse processo, o aluno constrói valores e conhecimento de si e do mundo.

OBJETIVO: Ampliar as possibilidades expressivas do próprio movimento, utilizando gestos diversos e ritmo corporal nas brincadeiras,

danças, jogos e demais situações de interação; Explorar diferentes dinâmicas do movimento, como força, velocidade, resistência e flexibilidade, conhecendo

gradativamente os limites e as potencialidades do corpo;

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Aperfeiçoar os recursos de deslocamento e ajustar as habilidades motoras para utilização em jogos, brincadeiras, danças e demais situações;

Utilizar os movimentos de preensão, encaixe, lançamento, etc., para ampliar as possibilidades de manuseio dos diferentes materiais e objetos;

CONTEÚDOS DE EXPRESSIVIDADE ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Utilização expressiva intencional do movimento nas situações cotidianas e em suas brincadeiras;

Percepção de estruturas rítmicas para

expressar-se corporalmente por meio da dança, brincadeira e de outros movimentos;

Valorização e ampliação das possibilidades

estéticas do movimento pelo conhecimento e utilização de diferentes modalidades de dança;

Percepção das sensações, limites,

potencialidades, sinais vitais e integridade do próprio corpo.

Conhecimento e ampliação do

conhecimento e respeito pelas culturas corporais, considerando a cultura local, nas diversas épocas da história e por diferentes grupos sociais, por meio do resgate de jogos, brincadeiras e danças.

Um conjunto de maquiagem, fantasias diversas, roupas velhas de adultos, sapatos, bijuterias e acessórios são ótimos materiais para o faz-de-conta nesta faixa etária. Para isso, o espelho se faz necessário, pois contribui para afirmação da imagem em brincadeiras simbólicas;

Propor alguns jogos e brincadeiras envolvendo a INTERAÇÃO, a IMITAÇÃO e o RECONHECIMENTO DO CORPO como "Siga o Mestre e seu 'Lobo'";

Propor atividades que as crianças, de forma sistemática observem partes do corpo ou de seus amigos, usando-as como modelo para, moldar, pintar ou desenhar;

Pode-se pesquisar também obras de arte em que as partes do corpo foram retratadas ou esculpidas (é importante lembrar que nesse tipo de trabalho não há necessidades de se estabelecer uma hierarquia prévia entra as partes do corpo que serão trabalhados

Podemos trabalhar com as crianças o: - Reconhecimento dos sinais vitais e de suas alterações como a: RESPIRAÇÃO, os BATIMENTOS CARDÍACOS, assim como as SENSAÇÕES DE PRAZER.

Representar com as crianças experiências observadas e vividas do movimento como:

- Derreter como um sorvete; - Flutuar como um floco de algodão; -Balançar como as folhas de uma árvore; - Correr como um rio; - Voar como uma gaivota; - Cair como um raio A roda aperfeiçoa a percepção de um ritmo comum e a noção de conjunto. Elas

acrescentam ao movimento um sentido socializado e estético. Há muitas brincadeiras de roda como:

- O coco de roda alagoano;

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- O bumba-meu-boi maranhense; - A catira paulista; - As quadrinhas; - O frevo pernambucano; - A chula rio-grandense; - As cirandas.

CONTEÚDOS INSTRUMENTAIS ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Participação em brincadeiras e jogos que

envolvam correr, subir, descer, escorregar, pendurar-se, movimentar-se, dançar etc., para ampliar gradualmente o conhecimento e controle sobre o corpo e movimento;

Utilização dos recursos de deslocamento e

das habilidades de força, velocidade, resistência e flexibilidade nos jogos e brincadeiras dos quais participa;

Valorização de suas conquistas corporais; Manipulação de materiais, objetos e

brinquedos diversos para aperfeiçoamento das suas habilidades manuais.

Possibilitar diferentes movimentos que aparecem em atividades como LUTAR, DANÇAR, SUBIR e DESCER de árvores ou obstáculos, JOGAR BOLA, rodar bambolê, etc.;

Na brincadeira de pular corda, propõe às crianças uma PESQUISA corporal intensa, tanto em relação às diferentes qualidades de movimento, como também em relação à percepção espaço temporal. A corda pode ser utilizada em outras brincadeiras como:

- Ser amarrada no galho de uma árvore (possibilita à criança pendurar-se e balançar-se); - Ao ser esticada em diversas alturas, permite que as crianças se arrastem, etc.; Os primeiros JOGOS DE REGRAS são valiosos para o desenvolvimento de

capacidades CORPORAIS DE EQUILÍBRIO e COORDENAÇÃO. O professor quem ajudará as crianças a combinarem e cumprirem as regras, desenvolvendo atitudes de respeito e cooperação tão necessárias, mais tarde, no desenvolvimento das habilidades desportivas;

São muitos os jogos existentes na região do Brasil que podem ser utilizados para esse fim; cabe ao professor levantar juntos com as crianças, familiares e comunidade aqueles mais significativos.

ARTES VISUAIS E MÚSICA Justificativa: Por meio da arte e da música os alunos exercitam a representação do mundo em que vivem, expressam seus

sentimentos, ideias e por consequência constroem novos conhecimentos e conceitos.

OBJETIVO: Interessar-se pelas próprias produções, pelas de outros alunos e pelas diversas manifestações: REGIONAIS/ NACIONAIS OU

INTERNACIONAIS com as quais entrem em contato, e assim possam ampliar seu conhecimento de mundo e da cultura;

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Produzir trabalhos de arte utilizando: - A linguagem de desenho; - A linguagem de pintura; - A linguagem da colagem; - A linguagem da produção;

Desenvolver o GOSTO, o CUIDADO, o RESPEITO pelo processo de PRODUÇÃO e CRIAÇÃO. CONTEÚDOS: FAZER ARTÍSTICOS ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Criação de desenhos, pinturas, colagens, modelagens a partir do seu próprio repertório e da utilização da LINGUAGEM das artes visuais: PONTO, LINHA, FORMA, COR, ESPAÇO, TEXTURA, etc.;

Exploração e utilização de ALGUNS

PROCEDIMENTOS necessários para DESENHAR, PINTAR E MODELAR;

Exploração e manipulação das possibilidades

oferecidas pelos diversos materiais, instrumentos e suportes necessários para o fazer artístico;

Exploração dos espaços bidimensionais e

tridimensionais na realização de seus projetos artísticos;

Respeito e cuidado com as produções individuais e

em grupo.

Valorização de suas próprias produções, dos outros alunos e da produção da arte em geral.

Para criar suas produções é preciso que o professor ofereça OPORTUNIDADES DIVERSAS para que as crianças familiarizem com alguns PROCEDIMENTOS ligados aos materiais utilizados, aos diversos suportes para que possam refletir sobre os resultados obtidos;

Procedimentos para uso de diversos materiais como: cola, tesoura, tintas (tipos: guache, aquarela, nanquim, óleo, acrílica, etc.), canetinhas, carvão, giz de cera, giz pastel, lápis de cor, borracha, pincéis areia, terra, anilinas, etc.;

Procedimentos para uso de diversos suportes como: papéis (tamanho: grande, pequeno, formas, etc.), tipos de papéis (canson, cartolina, laminado, camurça, etc.) e outros tipos: lixa, tela, parede;

Organizar o trabalho de forma a oferecer possibilidades de uso, contato exploração de materiais (caixas, latinhas, papéis, papelões, tecidos, plásticos, etc.) como na oficina de percurso;

Permitir que a criança desenhe livremente (sem intervenção direta), explorando os diversos materiais: LÁPIS PRETO, LÁSPIS DE COR, LÁPIS DE CERA, CANETAS, CARVÃO, GIZ, PENAS, GRAVETOS e utilizando suportes diferentes tamanhos e texturas como papéis, cartolina, lixas, chão, areia, terra, etc.;

Organizar OFICINAS DE PROPOSTAS onde: 1. O professor poderá SELECIONAR O TEMA e dispor às crianças

livremente vários tipos de materiais. 2. O professor poderá selecionar os MATERIAIS e dispor para as

crianças a escola de um tema livre. Fazer intervenções que contribuam para o desenvolvimento do desenho

da criança tais como:

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- Partir das produções já feitas pelas crianças sugerindo-lhes, por exemplo, que copiem seus próprios desenhos em escalas maiores ou menores; - Outra possibilidade é utilizar papéis que já contenham algum tipo de intervenção como um RISMO, um RECORTE, uma COLAGEM DE PARTE DE UMA FIGURA, etc., para que a criança desenhe a partir disso; - Propor às crianças que façam desenhos a partir OBSERVAÇÃO das mais diversas SITUAÇÕES, CENAS, PESSOAS E OBJETOS; - O professor conhecendo bem o grupo, poderá apresentar sugestões auxiliar as crianças a desenvolverem as propostas pelas quais optaram, indicando materiais mais adequados a cada uma (oficina de percurso) - As criações tridimensionais devem ser feitas em etapas, pois exigem diversas ações como COLAGEM, PINTURA E MODELAGEM, etc.; - GUARDAR, ORGANIZAR a sala (e/ou atelier) e DOCUMENTAR as produções deve ser ações que possam ajudar cada criança na percepção do seu processo evolutivo e do desenrolar das etapas de trabalho (essa tarefa pode ser organizada em conjunto com o grupo); - A EXPOSIÇÃO de TRABALHOS realizados é uma forma de

proporcionar a leitura dos objetos feitos pelas crianças e a valorização de suas produções.

CONTEÚDOS DA APRECIAÇÃO EM ARTES VISUAIS

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Conhecimento da diversidade de produções artísticas como:

- Desenhos - Pinturas - Esculturas - Construções - Fotografias - Colagens

Ao trabalhar com Leitura de Imagens é importante elaborar perguntas que instiguem a OBSERVAÇÃO, a DESCOBERTO e o INTERESSE das crianças como:

- O que você mais gostou? - Como o artista conseguiu estas cores? - Que instrumentos e meio ele usou? - O que você acha que foi mais difícil de fazer? O professor poderá criar espaços para a construção de uma

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- Ilustrações - Cinema Apreciação de SUAS produções e dos outros, por

meio da observação e leitura de alguns elementos da LINGUAGEM PLÁSTICA;

Observação dos elementos constituintes da linguagem visual:

- Ponto - Linha - Forma - Cor - Volume - Contrastes - Luz - Texturas Leitura de obras de arte a partir da observação,

narração, descrição e interpretação de imagens e objetos

Apreciação das Artes Visuais e estabelecimento de correlação com as experiências pessoais.

observação mais apurada, instigando a descrição daquilo que está sendo observado;

É interessante o professor fornecer dados sobre a vida do autor, suas obras e outras características. Observe que, as INFORMAÇÕES sejam SIMPLIFICADAS ou APROFUNDADAS conforme a curiosidade e as possibilidades do grupo;

É necessário que o professor escolha um determinado contexto para que certa imagem possa ser apresentada, permitindo, inclusive que os trabalhos em Artes Visuais aconteçam também em atividades interdisciplinares, que são muito pertinentes nas relações de ensino e aprendizagem;

A partir da visualização de certas imagens, o professor poderá trabalhar com essas personagens por meio de jogos simbólicos, fazendo pequenas dramatizações dentro do próprio espaço que a sala oferece, aproveitando os objetos presentes;

As crianças poderão OBSERVAR imagens figurativas FIXAS ou em MOVIMENTO e produções abstratas. Assim o professor está criando possibilidade para que as crianças desenvolvam relações entre as representações visuais e suas vivências pessoais ou grupais.

OBJETIVO DE MÚSICA:

Explorar e identificar elementos da música para se expressar, interagir com os outros e ampliar seu conhecimento do mundo;

Perceber e expressar sensações, sentimentos e pensamentos, por meio de improvisações, composições e interpretações musicais.

CONTEÚDOS DO FAZER MUSICAL ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Reconhecimento e utilização expressiva, em contextos musicais das diferentes características geradas pelo silêncio e pelos sons:

O fazer musical requer ATITUDES de concentração e envolvimento com as atividades propostas;

Deve-se distinguir entre barulho (que é uma interferência desorganizada que incomoda) e a música (que é uma

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Reconhecimento e utilização das variações de velocidade

e densidade na organização e realização de algumas produções musicais;

Participação em jogos e brincadeiras que envolvam a

dança e/ou a improvisação; Repertório de canções para desenvolver memória musical. Exploração das diversas possibilidades de sons

interferência internacional que organiza o som e silêncio); Trabalhar todos os conteúdos em situações EXPRESSIVAS e

SIGNIFICATIVAS para as crianças, tendo o cuidado fundamental de não tomá-los como fins em si mesmos;

Ouvir e classificar os sons quanto à altura, valendo-se das vozes dos animais, dos objetos e maquinar, dos instrumentos musicais, COMPRANDO, ESTABELECENDO RELAÇÕES e principalmente, lidando com essas informações em contextos de realizações musicais pode ACRESCENTAR, ENRIQUECER e TRANSPFORMAR a experiência musical das crianças;

A princípio todos os instrumentos musicais podem ser utilizados no trabalho com as crianças (valorizando os que estão presentes nas diferentes regiões) como aqueles construídos pelas próprias crianças.

Podem ser trabalhadas algumas noções técnicas como meio de obter qualidade sonora. Assim tocar um tambor de diferentes maneiras, variando força, modo de ação como tocar com diferentes baquetas, com as mãos, dedos, etc., EXPRERIMENTANDO e OUVINDO seus resultados é um caminho importante para o desenvolvimento da técnica aliada à percepção da qualidade dos sons produzidos;

O gesto e o movimento corporal estão intimamente ligados e conectados ao trabalho musical;

Produzir sons com o próprio corpo e com materiais de uso cotidiano.

Nos jogos de improvisação temáticos, as crianças podem improvisar personagens (com timbres diferentes) situações para explorar diferentes qualidades sonoras:

- Quando as crianças tocam com suavidade para não acordar alguém que dorme; - Produzem impulsos sonoros curtos para produzir pingos de chuvas; - Realizam um ritmo de golpe para sonorizar o trote dos cavalos; Os jogos de improvisação também podem ser realizados com

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materiais variados, como os instrumentos confeccionados pelas crianças, os materiais disponíveis que produzem sons do corpo, a voz, etc.;

Deverão ser propostos também jogos de improvisação que estimulem a memória auditiva e musical, assim como a percepção da direção do som no espaço;

O professor pode estimular a criação de pequenas canções, em geral estruturadas, tendo por base a experiência musical que as crianças vêm acumulando. Trabalhar com rimas é interessante e envolvente onde as crianças podem criar pequenas canções fazendo rimas com seus próprios nomes e dos colegas, com nome de frutas, cores, etc.;

Outra atividade interessante é a SONORIZAÇÃO DE HISTÓRIAS. Os contos de fadas, a produção literária infantil, assim como as criações do grupo são ótimos materiais para o desenvolvimento dessa atividade. O professor e as crianças poderão juntos, definir quais personagens ou situações deverá ser sonorizado.

CONTEÚDOS DO FAZER MUSICAL ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Escuta de obras musicais de diversos gêneros, estilos,

épocas e culturas, da produção musical brasileira e de outros povos e países;

Apropriar-se de informações sobre as obras ouvidas e sobre seus compositores para iniciar seus conhecimentos sobre a produção musical.

A apreciação musical poderá propiciar o enriquecimento e ampliação do conhecimento de diversos aspectos referentes à produção musical:

- Os instrumentos utilizados; - Tipos que profissionais que atuam e o conjunto que formam (ORQUESTRAS, BANDA, etc.); - Gêneros musicais; - Estilos. O contato com uma obra musical complementado com algumas

informações relativas ao: - Contexto histórico; - A época; - Seu compositor, intérpretes, etc.

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Há que se tomar cuidado para não limitar o contato das crianças com o repertório dito "infantil" que é muitas vezes, estereotipado e, não raro, o mais inadequado;

Oferecer a oportunidade de ouvir música com texto. Poderão ser apresentadas partes de composições ou peças breves, danças, repertório da música chamada descritiva, assim como aquelas que foram criadas visando à apreciação musical infantil;

Cabe ao professor resgatar a música tradicional popular e aproximar as crianças dos valores musicais de sua cultura.

ORGANIZAÇÃO DE EVENTOS E ESTUDO DO MEIO

As turmas estão envolvidas em variadas propostas didáticas e os estudos do meio estão sendo pensados de forma que todas possam privilegiar algum aspecto do estudo que está sendo feito: ida ao teatro, ao cinema, participar de contação de historias, parques, exposições de artes.

3. ROTINA / ORGANIZAÇÃO DO TEMPO / ESPAÇO

ADAPTAÇÃO: Acolhimento e Período de Adaptação dos Alunos:

“Uma criança em período de adaptação tem suas energias voltadas para a elaboração da separação dividindo-se

entre o deslumbramento perante o novo e o medo provocado por ele.” Danini

Considerar a adaptação sobre o aspecto de acolher, aconchegar, procurar oferecer bem-estar, conforto físico e emocional,

amparar, amplia significativamente o papel e a responsabilidade da instituição de educação neste processo. A forma do acolhimento deve garantir a qualidade do período de adaptação. Temos contado com a efetiva participação e envolvimento dos funcionários.

Nossa ação tem sido voltada para o acolhimento das crianças e das famílias. Garantimos a permanência dos pais ou de um responsável na escola sempre que isso se faça necessário e seja significativo para a criança.

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Ninguém duvida da importância que tem o acolhimento das crianças ao chegarem à escola. Tão importante quanto ele é o cuidado que a escola tem com as famílias. É comum que os pais alimentam uma expectativa de que seus filhos sejam cuidados, na instituição de educação, mas na maioria das vezes, sabem pouco sobre as relações e o cotidiano nesse ambiente coletivo.

A desinformação aumenta as duvidas, gera ansiedade e insegurança, que acabam sendo transferidas aos filhos. Esta atmosfera tensa dificulta a entrada dos primeiros dias de adaptação das crianças e o trabalho dos educadores que mediam a passagem de casa para a instituição educativa.

Para cuidar desta relação tão delicada, planejamos um acolhimento aos pais buscando formas de compartilhar os cuidados e a educação das crianças. Esses cuidados se dão da seguinte forma:

A primeira reunião de pais é pensada de forma que só os recados mais importantes sejam dados, assim a professora pode aproveitar este primeiro contato com pais e alunos numa atividade lúdica que envolva a todos; Nos primeiros dias os pais levam seus filhos até a sala de aula. Depois as professoras recebem as crianças no portão da escola. Aqueles alunos que necessitam, entram acompanhados por familiares, que podem permanecer na sala de aula por algum tempo;

Todas as salas ficam preparadas com brinquedos para receber os alunos no período de entrada (atividade diversificada);

Crianças que são matriculadas posteriormente a este período também fazem um horário reduzido nos primeiros dias e podem ou não ser acompanhadas por um familiar se houver necessidade;

Na adaptação há meio período de aula e as professoras aproveitam o horário sem os alunos para se aproximarem mais dos pais através do preenchimento de uma ficha de entrevista, onde são solicitadas informações sobre a criança e a família, como forma de conhecer preferencias, cuidados, restrições e outras informações relevantes.

A escola atende turmas de Infantil II há alguns anos. O aumento no número de crianças bem pequenas na escola, que nunca frequentaram a mesma, que pela primeira vez vivenciam a separação dos pais, refletiu neste processo de adaptação, pois o choro de alguns contagiava outros e muitos pais passaram um longo período acompanhando seus filhos. As professoras destas turmas tem ido ao portão recebê-los, pois alguns alunos ainda demostram resistência em se separar dos pais neste momento. Esta turma conta com uma auxiliar em educação.

Consideramos que o sucesso deste período de adaptação se deu por diversos motivos, como segue relato de uma de nossas professoras:

“A adaptação foi bem tranquila e acredito que isto se deva a diversos fatores: entrevista individualizada para eu conhecer

melhor os pais e as características das crianças, oportunidade dos pais conhecerem a mim e a auxiliar, aumento gradativo do numero de horas para as crianças se acostumarem com o espaço e as demais crianças e adultos, permitir a presença de um familiar favorecendo a segurança e a tranquilidade por parte das crianças. Além, é claro, da reunião de pais que deu uma visão geral do papel da escola oferecendo um parâmetro aos pais a respeito do que temos a oferecer e como eles podem ser parceiros neste processo.”

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BRINCAR Justificativa: O brincar propicia ao aluno, em situações de interação social ou sozinha; ampliar suas capacidades de

apropriação dos conceitos, dos códigos sociais e das diferentes linguagens, por meio da expressão e comunicação de sentimentos e ideias, da experimentação, da reflexão, da elaboração de perguntas e respostas, da construção de objetos e brinquedos, etc.

OBJETIVO:

Perceber o brincar como forma relevante para o desenvolvimento e aprendizagem da criança; Desenvolver diferentes habilidades, comunicação e expressão, desenvolvimento pessoal e social, desenvolvimento

das operações intelectuais; Ver o espaço do brincar como um espaço de experimentação, de apropriação, de confrontação com a cultura, espaço

de decisão, criação e do imprevisível, das interações, ludicidade.

CONTEÚDOS DO BRINCAR ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Brincadeiras simbólicas;

Brincadeiras de construção;

Brincadeiras tradicionais;

Brincadeiras espontâneas.

Brincadeiras dirigidas.

Deve-se integrar a aluno com a cultura, apresentando tudo que a espécie humana foi construindo ao longo da História;

O contato com essa interação proporcionará a ampliação de diferentes formas de exploração e criação de novos sentidos, criando-se novas relações com o meio, além disso, há a possibilidade de conhecer as regras e valores da comunidade a qual está inserida, bem como fazer novas interpretações dos mesmos;

Mesmo que a escola tenha espaços definidos para as brincadeiras, é indispensável que esses espaços sejam constantemente avaliados e reorganizados em função das necessidades das crianças e dos objetivos do educador, a fim de torná-lo mais instigante e provocante;

O construir, transformar, destruir, permite uma exploração mais rica das propriedades e características dos objetos, assim como de seus usos culturais;

Produções merecem ser apreciadas, registradas e compartilhadas com a turma, a equipe escolar e com a família, elas são ótimos instrumentos de avaliação das aprendizagens;

O resgate de brincadeiras permite reconhecer crenças, valores, costumes, mitos, rituais que asseguram sua permanência na memória coletiva.

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ORGANIZAÇÃO DA ROTINA Entendemos a rotina enquanto organização do tempo e do espaço na qual a prática pedagógica se desenvolve.

Como organização espaço temporal das atividades pedagógicas, e considerando-se o seu caráter dinâmico, a rotina deve ser planejada e avaliada constantemente, e modificada sempre que necessário for, no decorrer do ano. Assim, torna-se possível a efetivação de um processo educacional de qualidade. Atualmente nossa rotina está organizada da seguinte maneira:

ATIVIDADES PERMANENTES PERIODICIDADE

Lanche Self-service Diariamente

Hora da Leitura Diariamente

Roda da Conversa Diariamente

Higiene Pessoal Diariamente

Corpo em Movimento Diariamente

Atividade Diversificada Diariamente

Encontro com os amigos 1 vez por semana

Hino 1 vez por semana

Parque Diariamente

Ateliê de Artes 1 vez por semana

Brinquedoteca 1 vez por semana

Circuito 1vez por semana

Atividade Intersalas Mensalmente

HORA DA RODA

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PRINCÍPIOS QUE NORTEIAM ESTA ATIVIDADE OBJETIVOS

Considerar a criança como interlocutora; Respeito à fala e comunicação; Autonomia na expressividade e comunicação; Respeito mútuo;

Através do uso da linguagem objetivamos: Estruturar sequencia de ideias; Construir conhecimentos a respeito de si e do outro; Ampliar o vocabulário; Interagir e expressar desejos, necessidades e sentimentos; Ampliar a capacidade de argumentação, narração de fatos e

interlocução. Construir conhecimento a respeito do mundo que o cerca.

A hora da roda é uma atividade importantíssima para a faixa etária que atendemos na Educação Infantil. “É na roda que se exercitam as capacidades e os valores como escuta atenta, atenção, a concentração, a tolerância, a socialização do pensamento, o respeito pelo outro (...). É um momento da rotina em que a aprendizagem ocorre no coletivo, o conhecimento circula e é compartilhado de maneira lúdica.” A roda acontece diariamente e cada professor planeja os contextos de suas rodas para que os assuntos não se tornem monólogos.

As rodas também contribuem para construção da identidade do grupo, que se reúnem, trocam ideias, gostos, preferencias, assim passam a se conhecer e criarem vínculos. Algumas rodas abordam fatos do cotidiano como alegrias vividas, situações difíceis, momentos de "bate papo" onde as crianças contam o que viram, falam sobre seus sentimentos e opiniões. Outras rodas buscam recursos que visem tratar de assuntos mais específicos como:

Roda da música, da poesia, etc.; Roda de conversa; Roda da ciência; Roda da novidade; Dos combinados;

Os professores geralmente organizam o momento da conversa em roda, algumas vezes pelo pequeno espaço físico da sala, fazem outros combinados como: ficar todos juntos ou fazer a roda em espaços maiores como: o abacateiro, o quintal, o pátio externo, pátio interno, etc. O educador, nessas ocasiões, intervém, acrescentando novos elementos aos comentários das crianças, ampliando seu olhar para determinados detalhes que ainda não observaram, ampliando, organizando e sistematizando conceitos.

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É um principio de trabalho que as consignas sejam dadas coletivamente e, nesse sentido, a roda é um dos principais momentos dentro da rotina da Educação Infantil. É um momento da rotina em que a aprendizagem ocorre no coletivo, o conhecimento circula e é compartilhado de maneira lúdica.

HORA DA LEITURA

PRINCÍPIOS QUE NORTEIAM ESTA ATIVIDADE OBJETIVOS

Garantia de acesso aos recursos disponíveis, desenvolvendo sua capacidade de comunicação e expressão com o mundo da leitura e outros.

Desenvolver o gosto pela leitura; Apropriar-se dos diversos gêneros literários; Perceber as diferenças entre a linguagem oral e a linguagem

escrita; Ampliar os recursos da oralidade; Ampliar o repertório literário; Desenvolver escuta atenta, concentração, tolerância; Socialização do pensamento.

É por meio da leitura que a criança interage e constrói o seu conhecimento.

Garantir este momento diário de leitura realizado pelo professor para os alunos ouvirem, faz parte da nossa rotina. Além de desenvolver o hábito e o gosto pela leitura, objetivamos oferecer uma diversidade dos gêneros literários:

Contos / narrativas/ crônicas; Jornal / gibis/ histórias em quadrinhos/revistas; Poemas; Parlendas, trava-línguas, etc.; Histórias infantis; Livros de um mesmo autor;

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Livros de uma mesma coleção; Biografias.

Atualmente além da hora da leitura ser garantida diariamente dentro do horário de cada turma, existem os lugares que podemos disponibilizar para diversificar este momento como: a roda fora das salas, duas turmas juntas etc. Algumas professoras lançam mão de algum objeto para se fantasiar e realizar a leitura daquele dia com ele, por exemplo, no conto do chapeuzinho vermelho usar um capuz vermelho. A imaginação sempre está presente por trás dos olhinhos atentos das crianças ao ouvirem a exclamação da leitura realizada pelo professor na voz do lobo mau: "- É pra te comerrrrr!!! disse o Lobo para Chapeuzinho Vermelho”. Incorporamos a este horário alguns cuidados como:

Plaquinha na porta sinalizando que é a Hora da Historia, para que não haja interrupções neste momento; Trabalhar o livro enquanto documento: capa, autor, ilustrador, editora, paginação, etc.;

ATELIÊ DE ARTES

PRINCÍPIOS QUE NORTEAM ESTA ATIVIDADE OBJETIVOS

Autonomia em expressar seu olhar através da linguagem e da arte;

Respeito mútuo à construção da produção do outro; Respeito à diversidade; Liberdade de expressão.

Desenvolver o gosto, cuidado e o respeito pelo processo de produção e criação;

Apropriar-se do uso de procedimentos específicos para o uso de determinados materiais e técnicas diversas.

Na escola, as artes visuais são consideradas uma forma de linguagem. Desde pequenas as crianças podem e devem

apreciar e fazer, refletindo sobre a Arte. Estes são três eixos que devemos considerar:

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Fazer arte: oferecer as crianças o contato com os mais variados materiais artísticos (meios, suportes e instrumentos). Compreende o processo de produção e também o produto. O processo de fazer arte é individual, cada aluno o faz a partir de suas experiências (vide anexo sobre Percurso Criador). Apreciar arte: como formas de apreciação destacamos olhar a própria produção de maneira significativa. Olhar a produção dos colegas buscando informações sobre o processo de criação. Contemplar a produção artística de diferentes povos e épocas além de conhecer sobre o trabalho de artistas. Refletir sobre arte: as crianças refletem sobre a arte quando pensam sobre seu fazer, sobre o que outras crianças fazem e também sobre o que os adultos fazem.

Nenhum eixo é hierarquicamente mais importante do que o outro. O ateliê de artes era um espaço adaptado que funcionava no pátio da escola. Desde 2014 contamos com um Ateliê de Artes, que foi construído especificamente para este fim, mas ainda sem o mobiliário adequado, então levamos para lá o que tínhamos no pátio para que cada turma tenha garantido a sua ida pelo menos uma vez por semana, em horário dentro da rotina. Conseguimos priorizar o tempo de forma que o aluno possa realizar a sua atividade, apreciá-la e com tempo para a organização do espaço. No ateliê de artes os alunos participam de atividades propostas pelos professores a partir dos trabalhos desenvolvidos na área de artes com a sua turma. É objetivo desse trabalho que os alunos utilizem com autonomia o espaço, conheçam os procedimentos de uso dos materiais e sua organização. Também temos organizado este espaço de forma fixa, sem desmontar cavaletes e bancadas, proporcionando a funcionalidade dos instrumentos de trabalho para os alunos e sua autonomia na escolha destes. Cada turma se responsabiliza pela organização do espaço ao sair com a turma, bem como pelas atividades deixadas no local. Além do Ateliê, as crianças podem desenhar e pintar na parede de azulejos, que foi gentilmente feita por um pai de aluno.

Texto coletivo sobre ARTES criado a partir de discussões em HTPC

No estudo de Artes realizado em 2016, aprendemos que a Arte é intrínseca ao ser humano e como peculiaridade deve se olhada com atenção na Educação para que sua abordagem respeite não só os elementos próprios de cada linguagem bem como o fazer criador que é único para cada criança.

Por este motivo o professor precisa estudar muito sobre este assunto oportunizando situações e diversificando as atividades e materiais, para que as propostas possam ampliar e aprimorar os saberes das crianças e desenvolver suas habilidades, proporcionando diversas possibilidades das mesmas se mostrarem “artistas”.

Os estudos também nos fizeram entender que releitura é diferente de cópia e devemos repensar estas propostas, buscando conhecer mais sobre o assunto.

Enfim, o ensino de artes é essencial para as crianças na conquista da autonomia da criação já que existem diversos caminhos de expressa-la e que não existe uma verdade estável.

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Sendo assim, a criança tem direto ao acesso aos mais diversos elementos artísticos, bem como as produções culturais, nas diferentes linguagens produzidas historicamente e também as possibilidades de criação, reflexão sobre a estética e a permanência da arte no mundo a partir das criações individuais e coletivas.

Para tanto, o professor deve proporcionar à criança:

Vivências de diversas possibilidades; Exploração de materiais; Apreciar as produções artísticas sejam elas próprias, da turma, de artistas; Conhecer diversos ritmos e musicas.

Com isto, garantimos que a criança tenha liberdade de criação e expressão.

O professor deve conhecer e pesquisar sobre artes buscando aprimorar cada vez mais as propostas oferecidas aos alunos. Ele deve ser curioso no âmbito artístico, frequentador das linguagens artísticas desenvolvendo em si a contemplação, o gosto e a criação em artes.

É de fundamental importância que o professor observe os interesses e escute os alunos levando em conta os conhecimentos prévios. Deste modo o planejamento das atividades deve vislumbrar o acesso e a criação artística dos alunos incentivando a contemplação e a fruição.

O professor deve planejar atividades variadas que estimulem as crianças a se desenvolverem nesse campo de conhecimento buscando sempre novas estratégias e oferecendo diferentes recursos para o desenvolvimento do fazer artístico.

Faz-se necessária a sistematização para mediar e proporcionar o progresso dos alunos no que diz respeito às aprendizagens na área de artes

O papel do professor é ampliar o acesso, e consequentemente ampliar o repertorio das linguagens artísticas, estimular a criatividade e a observação, oferecer diversos materiais e recursos. Ao longo de todo o processo o professor deve estar sempre atento ao caminho do aluno e avaliando sua própria prática.

Então, o ensino de artes tem que possibilitar que as linguagens artísticas façam parte do cotidiano escolar. Desenvolvendo as habilidades artísticas da criança em suas diversas áreas, através da apreciação e exploração de obras sejam de artistas renomados ou de alunos da unidade incentivando o processo criativo e reflexivo.

Disponibilizar aos alunos diversos tipos de materiais a fim de estimular e ampliar seu repertório, para tal, o professor deve agir como mediador no processo criativo, desde a elaboração de projetos e sequenciadas até a execução e avaliação dos produtos finais, proporcionando ao aluno um maior desenvolvimento criativo.

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BRINQUEDOTECA

PRINCÍPIOS QUE NORTEIAM ESTA ATIVIDADE OBJETIVOS

O direito das crianças brincarem, como forma de EXPRESSÃO, PENSAMENTO, INTERAÇÃO e CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE, da AUTONOMIA.

Aproximar a criança das diversidades culturais; tomando conhecimento de diversas produções e culturas diferentes.

Ampliar a autonomia; Ampliar do pensamento simbólico; Ampliar a oralidade.

A Brinquedoteca foi montada no ano de 2015 e constitui-se a “menina dos olhos” de toda a equipe escolar e comunidade,

pois foi um projeto que envolveu toda a comunidade escolar, tanto na escuta dos anseios e desejos, como na tomada de decisões e execução da mesma. Todos participaram ativamente na implantação deste novo espaço. Tudo começou quando a equipe gestora decidiu ouvir toda a comunidade escolar sobre o que seria ideal termos neste espaço. Para que pudéssemos contemplar os desejos das crianças como: lugar para brincar que tivesse bonecas, berços, cozinha, mercado, carrinhos e pistas, fantasias, máscaras e outros adereços, salão de cabelereiro, etc., foi necessária a participação dos pais e mães da APM e em conformidade com nossos estudos sobre a Importância do Brincar. Todos os cantos foram pensados com uma intencionalidade educativa mesmo em se tratando de um ambiente lúdico, pois validamos que na brincadeira estruturada o aluno constrói seus conhecimentos a respeito do mundo real. O brincar se constitui em momento precioso para avaliar o que está sendo significativo para os alunos. É interessante observar, numa situação de brincadeira, que eles se reportam ao aprendizado nos diferentes contextos e também são alimentados por outras atividades que acontecem na escola.

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BIBLIOTECA

PRINCÍPIOS QUE NORTEIAM ESTA ATIVIDADE 1.1.1 OBJETIVOS

Autonomia e respeito; Oferta de diversos portadores e gêneros literários.

Estimular o hábito e o gosto pela leitura; Desenvolver uma postura de aluno leitor.

Atualmente, temos o espaço da Biblioteca Interativa em nossa escola, com a concepção de uso integrado entre os

diversos ambientes que compõem a BEI. Lá também os empréstimos são feitos semanalmente por todas as turmas. Contamos com uma funcionária (Oficial de escola), específica para atender as crianças, professores e funcionários que utilizam o espaço. Os livros que as crianças manuseiam ficavam dentro de um carrinho que cada professora levava para a sua sala. Com este novo espaço, todos os livros da escola estão disponíveis lá. Alguns dos livros, CDs, fitas de vídeo e DVDs foram catalogados pelo sistema da Biblioteca Interativa da REBI. Socializamos esta catalogação e organização com todo o grupo de professores. Para os outros, enquanto não há esta catalogação, a escola criou um registro próprio.

CIRCUITO DE CORPO E MOVIMENTO

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PRINCÍPIOS QUE NORTEIAM ESTA ATIVIDADE OBJETIVOS

Autonomia do movimento; Conhecimento do próprio corpo em relação a si e aos outros; Educação com o corpo inteiro sem separar o cognitivo, do físico,

social e emocional.

Ampliar as possibilidades e desafios dos movimentos; Explorar todos os sentidos que colaboram para que o

movimento ocorra.

O circuito é uma atividade permanente que consiste em disponibilizar objetos que apresentem desafios para que os alunos

ultrapassem obstáculos e explorem as potencialidades de movimento do próprio corpo. Os objetos são dispostos de maneira que o aluno possa ressignificá-los no momento da execução através da expressão

subjetiva do movimento: medo, alegria, fantasia, superação, frustração. O circuito oferece atividades que proporcionam interação, cooperação, socialização e aprendizagem, sendo o aluno

convidado a participar e criar suas próprias vivências. A atividade acontece semanalmente, às quintas–feiras, no pátio interno, sendo organizado e planejado em duplas de

professores por período, utilizando os seguintes materiais: banco sueco, colchonetes, bambolês, cordas, elásticos, boliche, basquete, futebol, centopeia, escadas, bolas, blocos de espuma, tapetes de EVA, cama elástica, entre outros. “O professor precisa observar o que a criança quer naquele momento, para poder garantir sua liberdade expressiva. Precisa oferecer repertorio diferenciado e colocar limites, oferecendo momentos de brincadeira em que trabalha o plano baixo (arrastar-se...); médio (andar de quatro, engatinhar...) e alto (correr, saltar...)” (Rotina na Educação Infantil, Validação SBC 2001, pag 26)

A criança tem uma necessidade motora e oferecer formas através do trabalho lúdico para esta necessidade é função do professor. Nossa preocupação quanto a esta atividade é que não aconteçam momentos de espera, organizando os materiais de maneira a propiciar desafios e autonomia de forma segura.

PARQUE E TANQUE DE AREIA

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PRINCÍPIOS QUE NORTEIAM ESTA PRÁTICA OBJETIVOS

Autonomia; Socialização e interação; Coordenação de vários segmentos motores;

Ampliar as possibilidades expressivas do próprio movimento; Explorar diferentes qualidades e dinâmicas do movimento; Controlar gradualmente o próprio movimento; Utilizar-se de diversos movimentos; Apropriar-se progressivamente da imagem global de seu corpo;

O tanque de areia e o parque foram desativados pela prefeitura no final de 2010, sendo o terreno cedido para construção

da base comunitária da GCM e ficamos aguardando a construção de um novo parque na área que foi incorporada ao terreno da escola, com previsão de inicio da obra para maio de 2011. No inicio de 2014 as obras foram concluídas e podemos inserir estes espaços à rotina escolar, com ganhos significativos para os alunos, tanto na aprendizagem quanto nas interações.

Em 2015 a APM da escola adquiriu um Playground de madeira, feito de toras, com balanços, rampas para subir na ponte, teia de aranha e escorregador. Também com recursos do Convênio com a Prefeitura, a APM e direção da escola conseguiu cobrir o tanque de areia, propiciando sombra às crianças.

LANCHE SELF-SERVICE

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PRINCÍPIOS QUE NORTEIAM ESTA ATIVIDADE OBJETIVOS

Autonomia; Cooperação e interação;

Servir-se sozinho, podendo realizar escolhas e resolver problemas com autonomia;

Conhecer o espaço, bem como os materiais e alimentos que são disponibilizados para alimentação;

Cultivar uma relação de respeito e cooperação com o outro; Desenvolver noções de quantidade e preferencias; Desenvolver competências e habilidades motoras

“Sabor e saber tem a mesma raiz latina ‘sapere’. Saborear é, portanto, algo como explorar, conhecer, saber. O ato de

alimentar-se, além de atender uma necessidade física básica, deve proporcionar bem-estar, ser um ato prazeroso.” (Rotina na ed. Infantil, Validação SBC 2001,pag 35)

O lanche self-service deu início em nossa escola em 1995 com o seguinte sistema: no centro das mesas as crianças tinham bandejas com pão para escolherem o recheio e o líquido ainda era servido pela merenda. Com o passar de cada ano fomos refletindo e avaliando o self-service, bem como os objetivos atingidos. A partir daí fomos encaminhando propostas e mudanças. Hoje, organizamos o self-service da seguinte maneira:

Mesas e cadeirinhas (um conjunto de 8 mesas); Caixa organizadora de pães; Diferentes recipientes para acondicionar alimentos; Jarras Guichê baixo para as crianças pegarem guardanapos, copos, pratos, talheres e outros;

Estes materiais são disponibilizados para as crianças se servirem com o máximo de autonomia. Em nosso plano de formação, destinamos momentos para refletir com o grupo sobre a funcionalidade e sobre a intencionalidade destes espaços. Procuramos garantir que todos (grupo docente e equipe de apoio) participem destas discussões e contribuam para elas. Desta forma acreditamos que estamos contribuindo para construir um espaço de alimentação que oportunize aprendizagens e trocas.

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HIGIENE PESSOAL

PRINCÍPIOS QUE NORTEIAM ESTA ATIVIDADE OBJETIVOS

Autonomia; Cooperação; Interação; Cuidados pessoais;

Aprender procedimentos de higiene pessoal (escovação, uso do banheiro, lavagem das mãos);

Construir hábitos de higiene pessoal; Utilizar os seus materiais com autonomia e cuidado; Cuidar de si mesma, gradativamente; Utilizar-se dos espaços de higiene (lavatórios, sanitários, etc.)

de forma adequada.

Os momentos de higiene também são organizados conforme a rotina de cada sala de aula, visando os cuidados pessoais,

autonomia, cooperação e interação. A escovação é um momento diário. Cada professor organiza de uma maneira: em roda escovando todos juntos para bochechar depois; ou aos poucos no lavatório; com brincadeiras e músicas, etc. Acreditamos que estes momentos são oportunidades educativas onde o professor planeja ensinar os procedimentos do uso e do material; cultivando a importância destes hábitos saudáveis para o corpo e para a mente.

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ATIVIDADE DIVERSIFICADA

PRINCÍPIOS QUE NORTEIAM ESTA ATIVIDADE OBJETIVOS

Autonomia; Cooperação; Socialização.

Escolha dos espaços para desenvolver seus trabalhos e atividades;

Participação em atividades diferentes;

A atividade diversificada é uma atividade permanente, planejada pelo professor sendo um momento privilegiado onde a criança pode exercer sua autonomia no momento em que pode escolher do que brincar, com quem brincar e onde brincar. O professor possui papel importante nesta atividade como observador, mediador e parceiro mais experiente, fazendo as intervenções necessárias para atingir seus objetivos. Atualmente cada professor organiza a atividade em sua sala com os materiais disponíveis: jogos, brinquedos, papéis, tintas, livros, gibis, materiais de sucata, massinha etc. Essas atividades podem ocorrer em outros locais da sala que não as mesas.

De acordo com os estudos feitos em HTPC, pudemos verificar que existem muitas formas de propor a Atividade Diversificada: por áreas de conhecimento, elencando um tema, modificando o espaço, etc., visando atender aos reais interesses da criança. Mas ficou claro que em todas elas os objetivos do professor estão presentes, sua intenção pedagógica está vinculada com as propostas oferecidas às crianças:

Atividade Diversificada – texto coletivo escrito após estudos em HTPC

De acordo com as propostas montadas pelos subgrupos pudemos verificar que existem muitas formas de propor a Atividade Diversificada: por áreas de conhecimento, elencando um tema, modificando o espaço, etc., visando atender aos reais interesses da criança. Mas ficou claro que em todas elas os objetivos do professor estão presentes, sua intenção pedagógica está vinculada com as propostas oferecidas às crianças. Partindo deste principio também é possível perceber quando há a falta de planejamento para esta atividade.

Discutimos sobre oferecer brinquedos às crianças como parte do acolhimento no horário de entrada e vimos que não há motivos que sustentem esta prática, pois há outras ações que podem ser realizadas neste momento, como nos contou as professoras Marcia e Valeria (recolher agendas, conversas entre colegas, rotina na lousa, calendário, chamada etc.). Por outro lado, algumas professoras se angustiam porque muitas crianças demoram a chegar e acaba ‘perdendo’ boa parte da Diversificada oferecida no inicio da aula. A professora Edilene contou-nos que quando isso acontece, ela comenta com os pais que neste dia a criança só participou do momento de guardar os brinquedos. De certa forma, não há como negar que estas crianças aproveitam menos do que poderiam, mas não se pode sacrificar 30 minutos de uma atividade em que a grande maioria das crianças já está

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presente. Sendo assim, o grupo apontou a vantagem de iniciar o dia com a atividade diversificada, pois se pode receber as crianças com a sala já organizada em cantos/propostas estruturadas.

Falamos sobre esta organização previa da professora em seu HTP separando numa caixa organizadora os brinquedos e materiais que utilizará durante a semana, cabendo a ela junto com seus alunos, avaliar o que será necessário trocar e o que deverá permanecer por um determinado período. É relevante considerar os espaços que podem ser usados dentro e fora da sala de aula (mesa invertida, tatame, tnt no chão, almofadas, parede, tendas, cabaninhas, labirinto de cadeiras).

Nas avaliações do HTPC destacamos as formas de participação das crianças no planejamento e avaliação desta atividade: Como a criança pode participar do planejamento e da avaliação desta atividade? O que fazer com os indicativos dados pelas crianças e pela observação da professora?

“Creio que antes das escolhas das crianças, seja importante a professora montar a Diversificada, dando um repertorio de possibilidades para que possam escolher as propostas que querem realizar.

Podem-se fazer rodas de conversa e listas do que desejam para a diversificada. A avaliação pode ser depois da brincadeira, numa conversa sobre o que fizeram, se gostaram, o que querem mudar.” “É importante sempre registrar as falas das crianças.”

“É interessante fazer a socialização da brincadeira com os demais colegas, isso traz grande aprendizado e permite ao professor entender um pouco mais sobre como eles se organizam.”

“A observação atenta nos dá indicativos de como proceder com determinada criança, como auxilia-la numa eventual dificuldade, além de analisar o desenvolvimento da criança e do nosso trabalho.”

“Utilizar a roda de conversa para fazer avaliação junto com as crianças. Como os pequenos precisam do objeto concreto sugiro que se leve para a roda o objeto ou a foto de cada canto para votação (cola, carrinho, guache, boneca, jogos). É importante também o olhar do professor para o interesse das crianças para planejar e propor novos desafios.”

“No Infantil V eu costumava elencar com os alunos quais brinquedos ou outros materiais eles gostariam que colocássemos na próxima semana. Escolhiam na sexta-feira, separávamos juntos e eles mesmos pegavam e guardavam as caixas. Quando eu queria acrescentar algo intencionalmente, abordava tal escolha na roda de conversa. Isto acontecia a cada 15 dias, nas outras 2 semanas eu planejava os materiais de acordo com as minhas observações”.

“No Infantil III eu escolhia os materiais e pedia aos alunos que escolhessem o brinquedo de uma das mesas. Este ano eu ainda não trabalhei com as escolhas dos alunos. Estou preparando os cantos intencionalmente de acordo com objetivos específicos: interação entre crianças, autonomia nas escolhas, intervenção nos modos de brincar, exploração das possibilidades de uso dos materiais e brinquedos, entre outros. Por enquanto a participação dos alunos está vinculada às preferencias e necessidades que eu observo. A avaliação ocorre com frequência, através da problematização dos conflitos, dos modos de brincar, do manuseio adequado de materiais...”.

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“Eu faço questionamentos: O que vocês gostariam de aprender sobre jogos? Sobre olimpíadas? Artes? Musica? Assim vou recheando a Diversificada com os interesses das crianças. Observando os cantos posso favorecer as interações e vejo quem pode servir como parceiro mais experiente para os colegas em determinado momento.”

Diante das discussões e conclusões a que chegamos é possível dizer que nossa equipe está empenhada em qualificar sua prática docente e os estudos sobre Atividade Diversificada nos fazem repensar a maneira de propor este momento na rotina das crianças, dando ênfase aos objetivos que pretendemos alcançar, mas também considerando os interesses das crianças. Mãos à obra!

Sugestões de Atividade Diversificada por tema

Jogos matemáticos (Cassino):

o Percurso;

o Dado;

o Baralho;

o Dominó;

o Fecha a caixa;

o Jogo da arvore;

o Bingo;

o Mandarim;

o Boliche.

Jogos de mesa:

o Quebra-cabeça;

o Jogo da velha;

o Jogo da forca;

o Mancala;

o Pega varetas;

o Dominó de cores;

o Sequencia logica;

o Cinco marias;

o Genius;

o Hora do rush;

o Cara a cara;

o Tapa certo;

o Jogo da memoria.

Brincadeira Simbólica:

o Escritório;

o Medico;

o Salão de beleza;

o Restaurante;

o Escolinha;

o Oficina mecânica;

o Mercadinho;

o Príncipes e princesas;

o Pizzaria;

o Navio pirata

o Cenários para dinossauros,

fazendinha, miniaturas;

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Projeto pedagógico:

o Criar diversas atividades que abordem os temas do projeto, como numa Diversificação do Ensino.

Faça você mesmo:

o Construção com sucata;

o Bonecas de papel;

o Mascaras;

o Escultura;

o Massinha;

o Capucheta;

o Dobradura.

Sugestões de Atividade Diversificada por área de conhecimento

Artes:

o Cantinho do desenho (papeis variados, lápis de cor, canetinha, esferográfica, giz e cera);

o Cantinho da pintura (aquarela, a dedo, pincel);

o Cantinho do recorte e colagem (tesoura, cola, folhas de revista);

o Cantinho da musica (ouvir, criar cenário, personagens, dançar);

o Fantoche / dedoche;

o Teatro.

Leitura e escrita:

o Livros de vários temas;

o Gibis;

o Revistas;

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o Jornais;

o Folhas e cadernos para escrita;

o Material impresso em varias fontes (rótulos, receitas, diário, listas);

o Jogo da forca;

o Bingo de nome;

o Listas sugeridas pela professora (compras, material da mochila, brinquedos preferidos, personagens, alimentos, cores).

Ciências / Natureza e Sociedade:

o Pode ser recheado com matérias instigantes sobre assuntos de natureza e sociedade que estão sendo estudados, ou

então, que digam respeito à curiosidade infantil;

o Fichário com coleções de cartões-postais de diferentes países e regiões brasileiras;

o Guias turísticos;

o Revistas de viagens;

o Livros sobre animais;

o Paisagens;

o Globo terrestre;

o Lupas e outros materiais de pesquisa podem estar à disposição nestes momentos.

Sugerimos ainda a leitura dos textos: “Cantos de Atividades Diversificadas” (IBM em parceria com Instituto Avisa Lá) “Muitos mundos numa única sala” (http://avisala.org.br/index.php/assunto/tempo-didadico/muitos-mundos-numa-unica-sala/)

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ENCONTRO COM OS AMIGOS

PRINCÍPIOS QUE NORTEIAM ESTA ATIVIDADE OBJETIVOS

Autonomia; Cooperação; Socialização

Favorecer o contato das crianças com diferentes linguagens e o progressivo domínio por elas de vários gêneros e formas de expressão: gestual, verbal, plástica, dramática e musical;

Promover o relacionamento e a interação das crianças com diversificadas manifestações de musica, artes plásticas e gráficas, cinema, fotografia, dança, teatro, poesia e literatura;

Ampliar a confiança e a participação das crianças nas atividades individuais e coletivas.

Os “Encontros com os Amigos” são momentos coletivos, que acontecem todas as sextas feiras, nas quais todos os alunos se encontram e junto com os professores e toda a equipe escolar compartilham uma determinada atividade planejada.

Os professores, em duplas, planejam os momentos coletivos com socialização dos trabalhos desenvolvidos pelas turmas, assuntos pertinentes a atualidades, peças de teatro, leituras de histórias, mágicas, rodas cantadas, danças, brincadeiras entre outros ou apresentações das próprias professoras como contação de historias ou vídeos. São momentos que oportunizam a troca e a socialização de maneira que todos possam participar através da expressão e da comunicação.

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HINOS

PRINCÍPIOS QUE NORTEIAM ESTA ATIVIDADE OBJETIVOS

Patriotismo Proporcionar um clima democrático e pluralista; Desenvolver uma postura adequada às convenções

sociais às quais demanda o ato.

A execução dos hinos nacional e municipal é realizada às sextas-feiras, no inicio de cada período letivo, enquanto as respectivas bandeiras são expostas por alguns alunos.

ATIVIDADE INTERSALAS

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PRINCÍPIOS QUE NORTEIAM ESTA ATIVIDADE OBJETIVOS

Socialização Interação Autonomia

Propiciar aos alunos momentos de interação e troca de experiências com faixas etárias diferentes;

Ampliar a autonomia, possibilitando as diferentes escolhas. Percebemos na nossa avaliação final, que ao longo do ano letivo de 2011, os alunos não tiveram muitos momentos de interação com os alunos de outras turmas dentro da própria escola. Pensamos juntos e pesquisamos como pôr em prática a socialização e interação das crianças. Então entendemos que a atividade intersalas seria uma estratégia na rotina onde os alunos interagiriam melhor, pois as crianças escolhem quais as atividades desejam realizar e com quem desejam realizá-las, onde, como e por quanto tempo. Pensamos nas atividades diversificadas e brincadeiras simbólicas como ponto de partida, atividades com as quais estão mais familiarizados. Nasceu assim nossa primeira atividade intersalas, sendo readequada sempre que observamos a necessidade, para um melhor aproveitamento. Em 2015, após retomarmos o percurso da escola e discutirmos com o novo grupo de professoras, decidimos que mensalmente nossa escola se mobiliza para realizar a Intersalas. A mesma é planejada pelas professoras e coordenadora pedagógica. Ela é entendida e estruturada como atividades diversificadas nos diferentes espaços da escola, objetivando socialização, interação, tomada de decisão e autogestão do comportamento. Ao término, todas as crianças colaboram com a arrumação dos espaços. O material necessário é separado anteriormente, formando kit’s para que as professoras possam montar as salas enquanto duas professoras responsáveis pela entrada coletiva recebem as crianças com musicas e brincadeiras no pátio interno. Desde 2013, após formação em Reunião Pedagógica, podemos contar com a equipe de apoio para auxiliar durante a realização da atividade com as crianças. Neste dia o lanche das três primeiras turmas poderá ser servido nas salas e os demais farão seu horário normal no refeitório. Em 2016 a equipe de gestão teve a ideia de propor ao grupo de professoras que se faça “Intersalas temáticas”, por exemplo, com a história da Branca de Neve onde poderíamos montar uma sala como floresta, outra sala como casa dos anões, outra como castelo, etc...

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4. Avaliação das Aprendizagens Dos Alunos

4.1. Educação Infantil

Os estudos em HTPC nos remetem a muitos assuntos, dentre os quais os instrumentos metodológicos do professor como parte da documentação escolar. Assim, iniciamos nossa discussão sobre a avaliação na educação infantil e a importância da Observação, Planejamento, Registro, Reflexão de todo o processo de aprendizagem e desenvolvimento dos alunos, considerando ainda os relatórios individuais e da turma. Utilizamo-nos do texto abaixo par anortear nossa discussão, que certamente terá continuidade:

A AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

“Professor nenhum é dono de sua prática se não tem em mãos, a reflexão sobre a mesma. Não existe ato de reflexão, que não nos leve a constatações, dúvidas e descobertas e, portanto, que

não nos leve a transformar algo em nós, nos outros e no mundo” Madalena Freire

Avaliar na educação infantil tem como objetivo único acompanhar o desenvolvimento da criança, esta avaliação não poderá

ser realizada como forma de medir conhecimentos, mas como ponto de partida para novas descobertas, servirá como diagnóstico das necessidades dos alunos, ao mesmo tempo em que será usada pela educadora como uma forma de nortear a sua prática, esta avaliação também deve fornecer aos pais, um relato da evolução das aprendizagens da criança. A avaliação será feita com base no acompanhamento, observação e registro do educador em relação ao desenvolvimento e progressos de seus alunos. Não deve possuir caráter rotulador ou quantitativo, deve sim, servir como fonte de reflexão e análise, para que possamos perceber até onde chegamos e o que ainda precisamos buscar.

Para o aluno a avaliação é apenas um modo de conhecê-lo melhor, suas habilidades e suas deficiências, para a educadora ela deve ser uma forma de percepção de sua prática e deve apontar modos de aprimorá-la, ao avaliar não devemos nos deter nesta ou naquela área, mas em todas as competências dos nossos pequenos. Para os pais ela é uma forma de acompanhamento dos progressos e das dificuldades apresentadas pelos pequenos, para que possam, junto com a escola e professora, buscar caminhos que favoreçam o desabrochar e o crescimento integral de seus filhos. É bom lembrar que, não existe uma forma padrão de avaliar o grupo, cada criança deve ser avaliada de forma individual, de acordo com suas competências, evoluções e

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dificuldades, cada aluno é parâmetro de si mesmo, por isso, quando estamos avaliando temos que nos livrar das comparações e dar ênfase aos progressos individuais.

Jussara Hoffmann afirma que, “A avaliação em educação infantil precisa resgatar urgentemente o sentido essencial de acompanhamento do desenvolvimento infantil, de reflexão permanente sobre as crianças em seu cotidiano como elo da continuidade da ação pedagógica. O conhecimento de uma criança é construído lentamente, pela sua própria ação e por suas próprias ideias que se desenvolvem numa direção: para maior coerência, maior riqueza e maior precisão. Portanto, mediar a ação educativa, significa para o educador a abertura de entendimento a essas permanentes possibilidades, consciente de que as suas expectativas podem não corresponder às formas peculiares e próprias da criança responder às situações.” É comum ao professor padronizar os itens que serão avaliados e rotular alunos que não conseguem corresponder os objetivos propostos ou que não respondem de forma esperada as atividades sugeridas.

Qualquer parecer descritivo deve ter por de trás, um relatório que concentre as anotações referentes ao acompanhamento de cada criança, no contexto individual e nas suas relações com o meio. Vygotsky valorizava a linguagem escrita porque afirmava que ela era mais reflexiva do que a oral. Sendo a escrita uma representação da fala, ela exige uma reorganização do pensamento, uma maior reflexão e conexão entre as ideias defendidas. Portanto, os relatórios de avaliação representam a análise e a reconstituição da situação vivida pela criança na interação com o professor. Eles representam, ao mesmo tempo, reflexo, reflexão e abertura de novos possíveis. DICA: 1 - Tenha sempre em mãos, um caderno que funcionará como "anedotário", não conte apenas com suas lembranças, pois nos esquecemos de detalhes. 2- Leia, entenda e reflita sobre as fases do desenvolvimento da linguagem, da fala, da escrita, do desenho, etc., pois para avaliar é preciso entender como estes processos funcionam e como a criança elabora seu pensamento, do contrário, podemos fazer uma análise equivocada. Pergunte-se sempre:

O que os alunos estão aprendendo com esta atividade que eu estou propondo? Posso fazer de outro jeito? Posso brincar ou

trazer de maneira lúdica antes de registrar?

Criança só sabe o que o professor ensina? Quando eu os ouço?

O que faço com os resultados daquilo que observo/registro/avalio?

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O que está dando certo? O que deve ser acrescentado ou modificado?

O meu fazer aparece nos registros? Que intervenções foram feitas durante o processo?

“Não se pode admitir um professor, que ao assumir uma turma de crianças numa instituição, não conheça nada do que se passou com elas no anterior ou não constitua o histórico delas para o próximo professor.”

Jussara Hoffmann

5. Acompanhamento dos Instrumentos Metodológicos

Acompanhamento Individual dos Educadores

Justificativa:

As intervenções e formações individuais têm como observáveis os instrumentos metodológicos do professor e também a observação nos momentos da rotina. Assim como o HTPC garante a formação coletiva, é preciso garantir momentos individuais onde é possível a intervenção pontual.

Desta forma, esses encontros devem priorizar necessidades formativas acontecendo em maior ou menor número para cada professor.

Nos encontros individuais, nosso foco estará nas propostas, intencionalidade e qualidade das mesmas, garantindo que os princípios da escola “que queremos” levem o professor a pensar “o que eu quero que meu aluno aprenda com as atividades que proponho”. Objetivos:

1. Intervir junto ao professor considerando os objetivos propostos em seus projetos e planejamento para pensar em atividades significativas e com intencionalidade para os alunos;

2. Intensificar o acompanhamento e as intervenções individuais em relação aos alunos a partir dos instrumentos metodológicos dos professores, propostas de atividades e notícias trazidas pelos mesmos;

3. Garantir o respeito à diversidade e a forma com que cada aluno aprende.

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Orientações / Cuidados: Organizar agenda com dia, hora e pauta para o atendimento individual, combinando com as professoras substitutas

evitando as faltas que dificultariam o encontro acontecer; Ter rigor em cumprir os dias e hora combinados; Considerar os saberes e concepções dos professores na orientação e intervenção das ações formativas individuais; Manter registros dos encontros e sempre garantir devolutivas, encaminhamentos e resgate das intervenções.

6. Ações Suplementares

6.1. AEE: O Atendimento Educacional Especializado (AEE) é um dos recursos de apoio para eliminação de barreiras, tendo como objetivo

fortalecer o processo de inclusão. “Um serviço da Educação Especial desenvolvido na rede regular de ensino que tem como função complementar ou

suplementar a formação do aluno por meio da disponibilização de serviços, recursos de acessibilidade e estratégias que eliminem as barreiras para sua plena participação na sociedade e desenvolvimento de sua aprendizagem. Recursos de

acessibilidade na educação são aqueles que asseguram condições de acesso ao currículo dos alunos com deficiência ou mobilidade reduzida, promovendo a utilização dos materiais didáticos e pedagógicos, dos espaços, dos mobiliários e

equipamentos, dos sistemas de comunicação e informação, dos transportes e dos demais serviços” (Resolução CNE/CEB nº 04/2009)

Em todas as etapas e modalidades da educação básica, ou seja, da educação infantil a educação de jovens e adultos, o

Atendimento Educacional Especializado (AEE) deve ser organizado para apoiar o desenvolvimento dos alunos, constituindo oferta obrigatória dos sistemas de ensino. Sendo sua atuação no turno inverso ao da classe comum, na própria escola ou centro especializado que realize esse serviço educacional. Na Educação Infantil o AEE é colaborativo.

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V. Calendário Escolar Homologado

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VII. Referências

Atendimento Educacional Especializado:/ Instrumentos Metodológicos do AEE - Secretaria de Educação de São Bernardo do Campo 2013. http://www.e-biografias.net/goncalves_dias/ http://pt.wikipedia.org/wiki/Gon%C3%A7alves_Dias HOFFMANN, Jussara. Avaliar para promover: as setas do caminho. Porto Alegre: Mediação, 2001. Proposta curricular:/Secretaria de Educação e Cultura. Departamento de ações Educacionais. – São Bernardo do Campo: SEC, 2007. v.2

Rotina na Educação Infantil: /Secretaria de Educação e Cultura. Departamento de ações Educacionais. – São Bernardo do Campo 2001

VIII. Anexos

Discussão sobre o PERCURSO CRIADOR proposto às professoras em HTPC

No HTPC do dia 16 de agosto realizamos a proposta de Percurso Criador no ateliê. Havia materiais variados dispostos numa mesa: tintas, pinceis, papeis, cola, tesoura, fita adesiva, purpurina, cola colorida, recortes de tecidos, folhas e galhinhos de árvore, etc.

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Algumas pessoas iniciaram a atividade prontamente, outras demoraram mais, mas todas se envolveram e criaram algo: tocha olímpica, caleidoscópio, mosaico, palco, pinturas, bonecas de papel... usaram técnicas variadas, inter-relacionando conhecimentos.

No momento da apresentação muitas coisas foram discutidas:

Lembranças de brincadeiras da infância vieram à tona, quando se criavam brinquedos com o material disponível, por

exemplo, máscara feita com saco de papel, carimbos com folhas de árvore;

Esta é uma atividade que permite várias tentativas, sem medo de “certo e errado”, pois é um trabalho individual, sem

depender dos colegas ou de uma comanda dirigida;

Poder falar sobre o que se criou dá mais importância para quem fez e para quem observa, dando a este novas ideias;

É uma atividade que exige repertorio anterior, já conhecer procedimentos de uso dos materiais e algumas técnicas favorece

que a pessoa se organize, escolhendo materiais mais adequados ao que pretende fazer;

Ter parceiros e tempo para experimentação favorecem esta atividade;

O material disponível interfere no resultado;

É uma atividade que desafia o professor em oferecer propostas diferentes;

Exige um tempo mais longo para ser realizada com sucesso, mas é preciso estar atenta ao envolvimento da turma para

decidir se é preciso mais ou menos tempo;

Pode-se retomar a mesma construção outras vezes, não sendo necessário finalizar num único dia;

É uma atividade que necessita de organização anterior do espaço e dos materiais. No dia da atividade, as crianças podem

participar da organização dispondo os materiais da forma que for mais adequada para seu uso;

Uma sugestão é chamar algumas mães para preparar materiais anteriormente (lápis apontados, papeis recortados em

vários formatos, bisnagas com tintas, pinceis lavados, etc)

É possível contar com a ajuda das mães na realização da atividade, auxiliando professoras e crianças;

Sugestões de materiais para aquisição: sucatas, miçangas, rolon com tinta, macarrão, botões, etc.