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EDITORIAL

Erly Domingues de Syllos1º Vice-diretor doCiesp/Sorocaba

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A instalação do Parque Tec-nológico tem desper tado nas lideranças regionais a atenção para o fato de que, por sua especificida-de, parques tecnológicos

exigem maior integração entre os setores produtivo e acadêmico, pois uma de suas finalidades é a aplicação do conhecimento científico e tecnoló-gico no desenvolvimento de produtos e serviços de natureza inovadora. Ou seja, a pesquisa e suas aplicações prá-ticas precisam caminhar juntas.

Inovação, e isso já é consenso, está na base da economia moderna: cada vez mais, o desenvolvimento eco-nômico de uma cidade, uma região ou um país estará condicionado à capacidade de gerar conhecimento, que por sua vez vai gerar r iqueza. Isso resulta em produtos de avançada tecnologia, empregos qualificados e melhor remunerados, qualidade de vida...

Por essa razão, uma das platafor-mas da diretoria do Ciesp/Sorocaba é a de promover maior aproximação entre a academia e o setor produtivo. É o que retrata a repor tagem de capa desta edição, apresentando algumas das ações que estão sendo feitas pela Regional no sentido de promover tal integração, como a palestra de Marco Antonio Zago, presidente do CNPq, uma das principais agências de fomento à pesquisa acadêmica no país. Outros exemplos de projetos

Palavras do presidente

do Ciesp emItapetiningaestimulam otrabalho da

Regional

desenvolvidos conjuntamente por empresas e instituições de ensino são apresentados na repor tagem.

Nesta edição, mostramos tam-bém repor tagens que reafirmam os princípios defendidos pela atual gestão, como a propagação do asso-ciativismo. Exemplo disso foi a ativa par ticipação da regional no encontro preparatório à 1ª Conferência Nacio-nal de Segurança que acontece em agosto em Brasília. Até uma proposta sobre a importância de se levar em consideração o setor industr ial na elaboração de projetos públicos de serviços emergenciais foi tirada dessa reunião como uma sugestão da região de Sorocaba à conferência.

A promoção de um encontro em Itapet ininga, que contou com a presença do presidente do sistema Fiesp/Ciesp/Sesi/Senai, Paulo Skaf, também mostra que estamos se-guindo fielmente ao que a diretor ia t raçou para esta gestão. “O que está acontecendo aqui hoje é um exemplo para todo o país. Para que toda uma região possa se desenvol-ver, cada cidade deve oferecer o que tem de melhor, com os municípios se ajudando mutuamente”, disse ele, durante o encontro.

Suas palavras nos enchem de or-gulho. E nos estimulam a continuar t rabalhando para que inovação, associativismo e descentralização continuem na ordem do dia.

Boa leitura.

ESTÍMULOPARA PROSSEGUIR

A Revista do Ciesp é uma publicação bimestral da Diretoria Regional do Ciesp/Sorocaba, produzida pela A2 Comunicação. Coordenação editorial e edição J.C. GonçalvesReportagensGuilherme Profeta, Fabiana Yoko, Ana Claudia Fagundes e Erika SilvaEdição de ArteDaniel GuedesFotosRenata RochaProdução EditorialLúcia CostaAtendimento ComercialEva Marius A2 Comunicação

Diretor Executivo Alex RuivoDiretora de RedaçãoCristina MagnaniGerente AdministrativoJosé Carlos da Costa

NESTA EDIÇÃO

20

Rápidas ..................................................................... 08 Investimento ................................................................ 11Artigo Devanildo Damião .................................................. 12Painel Meio Ambiente ................................................14 Painel NJE ................................................................ 16Em Ação ...................................................................... 17Gestão ................................................................... 26Regional ................................................................. 28Segurança ............................................................... 33 Ciesp Acontece ....................................................... 34 Novos Associados .................................................... 36Cursos ..................................................................... 38 Convênios ................................................................ 42

CAPA

Sorocaba

Av. Eng. Carlos Reinaldo Mendes, 3260Alto da Boa Vista - Cep 18013-280Sorocaba/SP - Fone: (15) 4009-2900www.ciespsorocaba.com.br

DiretorAntonio Roberto Beldi

Vice-diretoresErly Domingues de SyllosMário Kajuhico Tanigawa

Presidente do ConselhoNelson Tadeu Cancellara

Conselheiros TitularesUbiratan ZachettiJosé Ricardo L. de CarvalhoRomeu Massoneto JuniorJoão Ney Prado Colagrossi FilhoChristiano E. BurmeisterPaulo Fernando MoreiraJose Norberto L. da SilvaMiriam de O. G. ZacareliAlcebíades AlvarengaFrancisco CarnelósWilson Medina Brício JuniorOvidio Corrêa Jr.Dimas Francisco ZanonMauro Carneiro CunhaManoel B. Rivas NetoWilson de Souza AlvesPaulo Firmino A. Simões DiasMario Issao TenguanNelson Guarnieri de LaraLuis PagliatoMarco Antonio Vieira de CamposValter TrettelDurval de Moraes CaramanteRoberto Carlos de LimaMauro CorrêaAntonio Fernando PereiraAlexandre A. GonçalvesAdilson Ferreira

Conselheiros SuplentesEcidir SilvestreSergio Moacyr RegusaJosé Robélio BeloteValdir PaezaniÉrica Bergamini ErnMarcos MorenoMario Ernesto MassagliaAlvino de Souza NetoJosé Puertas ErnandesCassiano de Oliveira BrandãoAlex Roberto Leme MaiaHilário VassolerZuleno Elias PaulinoMoisés Pacheco Alcoléa

Diretora de ArteCamila JanaínaRevisãoBárbara Luz

Praça Nova York, 60 - Jardim AméricaCEP 18046-775 - Sorocaba - SPFone: (15) 3229 9090

TIRAGEM AUDITADA PELA 5 MIL EXEMPLARES

INOVAÇÃO NA CABEÇACiesp/Sorocaba desenvolve ações para aproximar os setores

produtivo e acadêmico, POIS INOVAÇÃO É PALAVRA CHAVE NAECONOMIA MODERNA, o que exige pesquisa e tecnologia

30GERALDO ALCKMINENTREVISTA

Tudo o que é feito com participação da sociedade tem resultados positivos, diz o secretário de Desen-volvimento. Ele começou por Sorocaba uma série de encontros regionais e diz que Ciesp é ótimo parceiro para formulação de políticas públicas para o desenvol-vimento

08 REVISTA DO CIESP / JUN-JUL

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QUIRINO: conhecimento adquirido ajuda na capacitação

QUANTAS pessoas passam o dia exe-cutando diversas tarefas e ao final do expediente têm a sensação de que o resultado foi improdutivo? Ser viciado em trabalho (workaholic) é de fato, sinônimo de mais produtividade no am-biente corporativo? Essas são perguntas cada vez mais comuns em ambientes de trabalho. Atualmente, os profissionais se dividem em várias tarefas e vivem sem tempo devido a esse acúmulo de funções. Nessa ânsia de resolver e executar tudo ao mesmo tempo, certos valores são es-quecidos principalmente quando assunto

é a saúde. “A qualidade de vida fica em segundo plano, e daí quando se perce-be não há mais tempo para lazer, para a família, enfim, para o lado pessoal.

E o desem-penho nas atividades

laborais dei-xa a desejar”, diz

a psicóloga e consul-tora de empresas Fatima

Rizzo. Para ela, o brasileiro não tem a cultura de se planejar

Comitê Ergonômico é tendência nas empresas, diz especialista

SAÚDE OCUPACIONAL

A PREOCUPAÇÃO das empresas com a Ergonomia, ciência relacionada ao entendimento das interações entre o tra-balhador e o ambiente de trabalho, vem aumentando a cada dia. Para informar e esclarecer os associados sobre o assunto, o Departamento de Medicina e Seguran-ça do Trabalho promoveu em junho (9) uma palestra com a especialista Évelin Moreno, que ressaltou a importância

empresas é responsável pela diminuição do número de acidentes de trabalho e por evitar lesões causadas por esfor-ços repetitivos ou traumas no sistema músculo-esquelético - Ler/Dort. (ver mais em Em Ação).

Em duas horas de exposição, os asso-ciados do Ciesp tiveram a oportunidade de entender a importância da implanta-ção de um comitê ergonômico (Coergo), formado por um grupo de trabalhadores de diversos setores da empresa que par ticipam ativamente do processo de formação da cultura ergonômica. “O Coergo tem o objetivo de reduzir ou eliminar as causas de desconforto e lesões. É imprescindível a inserção desse conhecimento ergonômico para a realidade empresarial para a melhora da qualidade de vida no ambiente laboral”, afirma Évelin, observando que essa é uma tendência no setor industrial.

Para o técnico em segurança do trabalho Helder Romão Quirino, um dos assistentes da palestra, o conhecimento adquirido é uma ferramenta não apenas para aprimo-rar suas atribuições. “Esse aprendizado ajuda na minha capacitação. Mas também ajuda a empresa em uma melhora da qualidade e, consequentemente, em um aumento da nossa produtividade”.

RECURSOS HUMANOS

Qualidade de vida é importanteaté para melhorar produtividade

para desempenhar suas funções. “Nos-sa rotina de trabalho é igual a de um bombeiro. Sempre estamos apagando incêndios”, afirma.

Esse foi o tema abordado por Rizzo no curso “Planejamento e Organização: Desenvolvimento Pessoal e Profissio-nal” promovido pelo Ciesp/Sorocaba em junho (15 a 18). A especialista mostrou aos participantes que o uso consciente e inteligente do próprio tempo resulta na otimização dos pro-cessos de trabalho, em mais eficácia e em mudanças de paradigmas para a conquista da qualidade de vida e de uma maior satisfação pessoal e profissional. “Para que a vida pessoal e a profissional se equiparem, é necessário que haja planejamento”, argumentou ela

A mensagem foi captada pelos participantes. Uma delas, Sílvia Ca-valcante Lapa Lobo, que se considera uma dessas “bombeiras”, afirmou que o curso chegou em ótima hora: “Busco uma liderança positiva para com os meus subordinados, por isso quero conseguir conciliar vida pessoal e profissional sem que uma tome o lugar da outra”.

do Ciesp/Sorocaba em trazer o tema para seus associados.”É uma troca de experiências interessante, além disso, os profissionais podem sanar dúvidas e renovar seu conhecimento”,

Segundo Evelin Moreno, que entre outros títulos é mestre em Enferma-gem pela Unicamp e pós graduada em Ergonomia pela Universidade Gama Filho - UGF, a prática da ergonomia nas

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09REVISTA DO CIESP / JUN-JUL

O CENTRO das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) lançou em junho (9) sua TV Interativa - primeiro canal de comunicação via satélite do setor produtivo paulista, interligando as 43 diretorias Regionais, Municipais e Distritais da entidade no estado.

A TV Interativa é um mecanismo que a entidade passa a incorporar à sua política de comunicação, com o objetivo de adicionar novas tecnologias que possam auxiliar a interlocução da indústria paulista. O canal será importante para dinamizar o levantamento de pleitos regionais pelo setor produtivo, que consequentemente ganhará mais força para se relacionar com agentes do poder público.

Cada diretoria do Ciesp receberá o sinal transmitido via satélite da sede da entidade em São Paulo, por meio de um pequeno estúdio montado com antenas parabólicas e computadores instalados.

Para o 2º vice-diretor do Ciesp Sorocaba, Mário Tanigawa, a TV Intera-tiva fortalecerá o associativismo. “Dessa maneira, o associado terá mais proximidade com as discussões feitas, na sede da entidade, em prol do setor industrial”.

Na primeira transmissão, o presidente da Fiesp/Ciesp Paulo Skaf abordou a queda 0,8% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no primeiro trimestre. E afirmou: “O que a indústria precisa é de crédito, juros baixos e desonerações, pois a crise atinge os setores da indústria de maneiras diferentes”.

EM REUNIÃO da Comissão Municipal do Emprego de Sorocaba, realizada na sede da regional do Sinduscon - Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo -, na qual o Ciesp/Sorocaba tem assento, ocorreu a indicação de novos membros para o Comitê de Crédito do Banco do Povo Paulista. A função desse comitê, após analisar o processo realizado por agentes financeiros, é referendar ou não a concessão de crédito. Por sugestão de Luís Alberto Firmino, secretário das Relações de Trabalho de Sorocaba, e aprovação da Co-missão Municipal do Emprego, os membros indicados são João Edson Bonel Ferraz, secretário executivo da Comissão, e, como suplente, Edson André Martins Sa-linas, do Posto de Atendimento do Trabalhador (PAT).

O fundo conhecido como Banco do Povo, cujo nome oficial é Fundo de Investimento de Crédito Produtivo Popular do Estado de São Paulo, é executado pela Se-cretaria do Emprego e Relações do Trabalho em parceria com prefeituras municipais e tem como objetivo gerar emprego e renda através de concessão de microcrédito para o desenvolvimento de pequenos empreendimentos, sendo uma ferramenta eficaz quando funciona plena-mente, o que ainda não ocorre em Sorocaba.

Na mesma reunião, começou a ser realizado o recebi-mento de respostas a um questionário sobre qualificação profissional, através do qual o Ciesp/Sorocaba também apresentou as necessidades dos associados para que seja possível realizar um levantamento das demandas munici-pais nesse quesito.

Comitê de Créditodo Banco do Povo tem novos nomes

COMISSÃO DE EMPREGO

Ciesp inaugura TV InterativaCOMUNICAÇÃO

MEMBROS da Comissão Municipal do Emprego de Sorocaba reunidos na sede da regional do Sinduscon

O SINAL DA TV será transmitido via satélite da sede do Ciesp em São Paulo

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PREFEITOS dos 34 municípios que compõem o CBH-SMT - Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio Tietê e Médio Sorocaba - assinaram convênio com a Secretaria de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo para a elaboração de diagnósticos que irão possibilitar a elaboração de Planos Municipais de Saneamento. “Estamos planejando e executando aquilo que está nos anseios da população pelos próximos 30 anos” disse a secretária de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo, Dilma Pena. Segundo ela, cada prefeitura vai ter em mãos um importante instrumento de plane-jamento para prestar serviços e dar segurança hídrica à população.

O prefeito Vitor Lippi, presidente do Comitê - ao qual o Ciesp/Sorocaba tem assento - agradeceu: “Estamos recebendo o Plano Municipal de Saneamento gratuitamente e de forma integrada, pois são questões que ultrapassam as nossas fronteiras.” O convênio foi assinado na reunião realizada em Itu em maio (7).

COMITÊ DE BACIAS

Municípios terão diagnósticopara planos de saneamento

09REVISTA DO CIESP / JUN-JUL

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RÁPIDAS

O CIESP/SOROCABA comemorou o Dia Internacional do Meio Ambiente de maneira inédita. O Diretor Adjunto Estadual de Meio Ambiente do Ciesp e Coordenador do Depto de Meio Ambiente da D.R. Sorocaba, Paulo Mendonça, defendeu sua dissertação de mestrado diante de estudante e empresários. “A defesa de mestrado fora da universidade é acontecimento inédito. Decidimos realizá-la na casa da indústria, pois o conteúdo da tese tem ligação com o segmento industrial”, afirma Mendonça.

“O papel da comunicação na mudança da cultura ambiental das indústrias de Sorocaba”, tema do sua pesquisa no curso de mestrado de Comunicação e Cultura da Uniso, tra-ça um paralelo sobre a importância e a influência da comunicação local na mudança desse tipo de cultura.

Defesa de mestrado é feitana sede da Diretoria Regional

MEIO AMBIENTE

EM JUNHO, o Ciesp/Sorocaba trouxe à sede o administrador financeiro, eco-nomista e publicitário Marcelo Martino-vich para a palestra “A importância do atendimento e fidelização do cliente em épocas de crise”. Com o objetivo de pro-porcionar a reflexão a respeito da relação entre empresa e cliente, o palestrante traçou os aspectos mercadológicos desta época de tantas incertezas, concluindo que a reconstrução cultural que se faz necessária na atualidade exige também uma alteração da percepção.

Isso porque o mercado que antes era comprador, agora é vendedor; a moeda que antes era estável, agora é instável; o f luxo de caixa antes positivo, agora é negativo e por aí vai. “Neste contexto, é preciso transformar estresse em energia para mudar, e mudar rápido, pois hoje o período de transição é muito curto”, afir-mou o palestrante. Assim, a criatividade é indispensável. Para exemplificar, Martino-vich citou a criação do post-it, do Windows e do walkman, todos produtos inovadores em suas respectivas épocas.

Para relacionar-se com o cliente de hoje, cabe ao profissional - principalmen-te aquele que trabalha na área de Recur-sos Humanos ou vendas - compreender a importância de aprofundar a relação, conquistando o cliente pela mente, pelo bolso e pelo coração. Como afirma Marti-novich, a tendência das empresas no início dos negócios é empenhar-se na questão da lateralidade (a base de clientes). Porém, a profundidade chega a ser ainda mais importante. “É a diferença entre vender mais e melhor”, define.

Se for feita a opção por vender melhor, isso requer antecipação e um grande poder de negociação, que engloba planejamento, relacionamento, acordo e também a preocupação com o pós-venda. Investir em promoções e patro-

xe à eco-tino-

“Observa-se que já houve melhora signi-ficativa para as questões ambientais, em especial nas certificações ambientais, porém a conquista da sustentabilidade só é possível por meio de um processo de construção dessa cultura e práticas ambientais mais responsáveis”, analisa Mendonça.

O coordenador expôs com indicado-res específicos o cenário comparativo da cidade de Sorocaba entre os anos de 2005 e 2009. Segundo a pesquisa, nestes quatro anos, aumentou em 13% o número de ações relacionadas com a gestão ambiental nas indústrias soro-cabanas. Outro dado que mostra essa mudança de cultura é de que cerca de 84% das indústrias demonstraram a im-portância da comunicação na alteração do modo de pensar e de guiar as estra-tégias de conduta perante às questões ambientais.

cínios, marketing, par ticipação em eventos e comu-nicação também contribui.

Conquistar os clientes é forma desuperar a crise

FIDELIZAÇÃO

MENDONÇA faz a defesa diante da banca, composta pelo orien-tador, Paulo Celso da Silva (Centro), e pelos professores Manuel Enrique Gamero Guandique (dir.), da Unesp/Sorocaba, e Nobel Penteado de Freitas (esq.), da Uniso

duta perante às questões

PALESTRA DEMARTINOVICH atraiu grande

público no auditório do

Ciesp/Sorocaba

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INVESTIMENTO

11REVISTA DO CIESP / JUN-JUL

LIPPI E BIAGI brindam protocolo de inten-ções

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PUHLMANN, PRESIDENTE MUNDIAL DO GRUPO EDSCHA: “Felizes por estarmos aqui”

Empresas locais, notadamente aquelas associadas ao Ciesp/So-rocaba, desenvolvem ações que sinalizam para um movimento oposto ao cenário econômico:

elas estão investindo em ampliação, lan-çando produtos e desenvolvendo projetos que devem resultar em aquecimento da economia.

Na última quarta-feira de junho (24), foi assinado, no gabinete do prefeito Vitor Lippi, protocolo de intenções com a Sorocaba Refrescos, que investe R$ 26 milhões para produzir, nacionalmente, a linha de sucos Del Valle Frut, da Coca-Cola. Segundo o diretor presidente da empresa, Cristiano Biagi, os investi-mentos foram feitos em equipamentos para fabricação de pets e na adaptação da linha de produção já existente. A previsão é produzir um milhão de litros/ mês e gerar 70 empregos. Para o prefeito Vitor Lippi, essa ampliação é bastante favorável à cidade: “Os investimentos serão importantes para a geração de empregos e movimentação da economia local”. Segundo a Assessoria de Impren-sa da prefeitura, foi o terceiro protocolo de intenções assinado no ano, o que representará investimentos de R$ 123,5 milhões e criação de 11.410 empregos, sendo 3.540 diretos.

Por sua vez, Case, Metso e JCB estive-ram apresentando lançamentos no maior evento de máquinas e equipamentos da

Ao invés de desacelerar, associadas anunciam ampliações, lançamentos de novosprodutos, presença em evento internacional. E prefeitura assina protocolos de intenção que vão gerar mais de 11 MIL EMPREGOS

Hora de expandir

América Latina, a M&T Expo 2009 - 7ª Feira Internacional de Equipamentos para Construção e 5ª Feira Internacio-nal de Equipamentos para Mineração. A Case, que nos últimos três anos quase dobrou sua linha de produtos, passando de 12 para 22 itens, apresentou lançamentos de empilhadeiras, escavadeiras hidráulicas, retroescavadeira e pá carregadeira. A Met-so lançou conjuntos móveis sobre esteiras. E a JCB, fabricante de retroescavadeiras e manipuladores telescópicos, apresentou uma nova retroescavadeira hidráulica.

E tanto Metso como Case confirmam que continuarão a fazer os investimen-tos planejados na cidade. A Metso está investindo R$ 22 milhões nas melhorias dos sistemas interno e de infraestrutura. A Case investe R$ 1 bilhão na construção de seu CD - Centro de Distribuição - que

será centralizado em Sorocaba.

O GRUPO EDSCHA, produtor de sistemas de acionamento de dobradiças, alavanca de freios, pedais e capotas móveis, investiu R$ 7 milhões em uma área de estamparia e no novo centro de armazenamento, o que possibilitará nacionalizar o pro-cesso de estampagem de componen-tes. A inauguração trouxe ao Brasil o presidente mundial do grupo, Manfred Puhlmann. “Esse investimento foi feito no lugar certo. Nós estamos felizes por estar aqui”, declarou. “E aqui, neste momento, estamos fazendo o contrário do que está sendo feito na Europa e nos Estados Unidos. Nós estamos investin-do e investir num momento de crise é uma mensagem muito positiva”. Para o presidente da Edscha do Brasil, Roberto Carlos de Lima, a ampliação representa novos negócios e novos postos de traba-lho para a “cidade que acolheu a empresa de braços abertos”.

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12 REVISTA DO CIESP / JUN-JUL

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Pode-se afirmar que os Par-ques Tecnológicos foram cria-dos para a transformação de conhecimento em r iqueza. Parece simples, mas não é, considerando que para atingir

seus objetivos devem oferecer um conjunto diversificado de instrumentos, processos e projetos que envolvem os agentes re-lacionados ao processo de inovação de base tecnológica, que são as empresas (inovadoras), as instituições científicas e tecnológicas, e as políticas públicas de promoção das atividades inovadoras.

Nesse sentido, parques tecnológicos são ambientes de inovação, ou seja, áreas que agregam condições diferenciadas para o desenvolvimento de produtos e processos produtivos de natureza inovadora, apre-sentando, ao menos, três características básicas que os qualifica e os distingue:

• Disponibilidade de recursos para o de-senvolvimento de produtos e/ou processo de natureza inovadora, a partir da aplica-ção de conhecimento de natureza científica e tecnológica, o que é expresso por infra-estrutura (de instalações, equipamentos e serviços tecnológicos) e recursos humanos de natureza científica e tecnológica;

• Disponibilidade de formas, instrumen-tos e serviços diversificados que constitu-am um ambiente de inovação empresarial diferenciado, representado pelos processos facilitadores de interação entre os agentes do processo de inovação, da difusão do co-nhecimento e das informações relevantes para tais atividades;

• Capacidade e potencial para influen-ciar a dinâmica econômica de sua área de inf luência, representada pelo potencial de atração de investimentos derivados dos processos tecnológicos; geração de produto, renda e emprego qualificados; desenvolv imento da cultura e ações empreendedoras, entre outros efeitos de animação local.

As experiências pioneiras de organiza-ção de Parques Tecnológicos ocorreram nos Estados Unidos, no final da 2ª Guerra, visando à promoção do desenvolvimento de produtos e processos intensivos em tec-nologia a partir da interação de empresas e centros de pesquisa das universidades. Entre elas, destacou-se o chamado “Vale do Silício”, que tem como origem as ações empreendidas pela Universidade de Stan-

ford, para o desenvolvimento da atividade econômica local, na década de 50.

A par tir dos anos 80, o movimento de parques ganhou impulso, quando se evidenciaram as limitações em relação à eficácia das políticas econômicas tradi-cionais, assim como ao momento em que a inovação se consolidou como forma dominante de competição entre os paí-ses desenvolvidos. Diante disso, ocorreu um amplo processo de reestruturação econômica, que se manifestou através da reforma do Estado e do esforço para o desenvolvimento de novas estruturas de desenvolvimento econômico, ancorado na inovação tecnológica.

Desse modo, considerados como uma alternat iva viável para promoção do desenvolvimento econômico baseados em processos inovativos, novos parques tecnológicos foram organizados, princi-palmente, na Europa.

Devido a isso, surgiu uma série de expe-riências bastante diversificadas no que se refere aos formatos e características dos parques, em razão do processo de adequa-ção às diferentes dinâmicas econômicas e tecnológicas existentes nos diferentes espaços.

Atualmente os projetos de parques tec-nológicos mais avançados (3ª geração) são instrumentos de políticas públicas e são considerados como dínamos do desenvol-vimento tecnológico e econômico.

O Município de Sorocaba, por meio da atuação do seu Prefeito e equipe executiva destaca-se nesse cenário, servindo inclu-sive de referência para outros municípios. O planejamento de um sistema local de inovação, que envolve processos de articu-lação em vários níveis e a disponibilização pelo poder público local de instrumentos efetivos de operação como o Pólo de Desenvolvimento e Inovação – PODI é um diferencial importante, que inclusive ajudou a seduzir algumas empresas para se instalarem em Sorocaba.

O percurso trilhado até aqui, com os diversos estudos desenvolvidos, como tese de doutorado, equipe de especialistas com experiências em outros parques e sistemas de inovação, eventos, visitas técnicas, pro-jetos, pavimentou um caminho seguro para o alcance do desenvolvimento sustentável da cidade.

O caminho está aberto.....

O ParqueTecnológicoestá criandoum cenário

auspicioso para odesenvolvimento

de Sorocaba

O CAMINHO ESTÁ ABERTO

Devanildo DamiãoAssessor Técnico do Pólo de Desenvolvimento e Inovação de Sorocaba - PODI -pesquisador do NúcleoPolítica e Gestão Tecnológica da USP e especialista emGestão de Projetos, Gestão doConhecimento, Gestão da qualidade e Gestão daInovação.

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Em evento da XI Semana Fiesp/Ciesp de Meio Ambiente, reali-zado em junho (4) em São Pau-lo, um grupo de associados do Ciesp Sorocaba pôde conferir as discussões de empresários

e representantes do governo paulista sobre o cumprimento de agendas ambientais e a importância de pautar suas ações pelo desenvolvimento sustentável.

Para o presidente Fiesp/Ciesp, Paulo Skaf, é possível crescer de forma equilibrada, a exemplo do que ocorreu no município de Cubatão. Nos últimos 20 anos, US$ 1 bilhão foi investido no pólo industrial para reduzir a poluição do ar em 99%, e a produção aumentou 20% no período.

“Todo empresário sabe que cuidar do meio ambiente é um bônus. Pensar que as práticas ambientalmente responsáveis são ônus é um erro”, afirmou Skaf.

Na segunda parte do evento, durante a mesa redonda “O Estado de São Paulo que queremos - desafios e oportunidades

Na XI SEMANA FIESP/CIESP DE MEIO AMBIENTE, onde foram tiradas propostas para as ações ambientais do governo paulista, regional Sorocaba apresentou sugestões

Sugestões para melhorarsócio-ambientais da indústria” os diretores, gerentes e coordenadores das Diretorias Regionais de Sorocaba, Campinas, Bauru, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, São José dos Campos, Cubatão e São Paulo expuseram os eventos macrorregionais ocorridos desde o mês de abril.

FORAM APONTADOS os gargalos políticos, econômicos, educacionais e demais proble-mas que dificultam o setor industrial optar pela sustentabilidade. O Diretor Adjunto Estadual de Meio Ambiente do Ciesp e Coor-denador do Depto de Meio Ambiente do Ciesp/Sorocaba, Paulo Mendonça falou sobre a falta de informações acerca da existência de linhas de crédito e incentivos fiscais ligados à área ambiental e de sustentabilidade. Uma saída sugerida pelo coordenador seria a realização de um evento onde seriam apresentados os agentes financiadores, públicos e privados, e as condições de suas linhas de crédito de financiamento.

Ao final, o documento O Estado de São

Paulo que queremos (ver box) resumiu todas as carências regionais e reuniu diversas sugestões em prol do meio ambiente, a se-rem enviadas ao governo do Estado. “Se o governo quer que o setor industrial cresça, ele precisa ajudar o segmento a resolver essas questões”, disse Mendonça.

PAULO MENDONÇA (primeiro plano) do Departamento de Meio Am-biente do Ciesp Sorocaba também participou do evento

SKAF Pensar que as práticas ambientalmente responsáveis são ônus é um erro

PAINEL - MEIO AMBIENTE

14 REVISTA DO CIESP / JUN-JUL

Reportagem Fabiana Yoko

O documento tirado no encontro, aponta a falta de regulamenta-ção clara sobre o licenciamento

ambiental como uma das causas de atraso nos empreendimentos, aumen-to de custos das empresas e menores taxas de retorno, o que acaba gerando insegurança nos investidores. E o se-cretário-adjunto de Desenvolvimento do Estado de São Paulo, Luciano Almeida, anunciou que o governo paulista debate a adoção de uma política de incentivos fiscais para boas práticas ambientais, em vez de simplesmente utilizar as punições para quem descumpre a legislação.

Empresários pedem clareza na legislação

PAINEL - NJE

16 REVISTA DO CIESP / JUN-JUL

HAPPY BUSINESS contou com mais de 100 participantes

Enquanto muitas pessoas resol-vem não tomar nenhum tipo de atitude até que a crise passe e lamentam o momento atual, outras sentem que essa é a hora de criar relacionamentos,

aumentar a rede de contatos e até mesmo concretizar negócios.

Foi com esse espírito de motivação e inovação que o Núcleo de Jovens Empre-endedores (NJE) do Ciesp Sorocaba promo-veu a terceira edição do Happy Business.

Reportagem Erika Silva(PressOffice Comunicação Integrada)

O evento descontraído para a realização de negócios entre amigos aconteceu no restaurante Chácara Santa Victória, em Sorocaba, em maio (28).

Segundo o coordenador do NJE Soroca-ba, Rodrigo Dantas Figueiredo, a idéia do Happy Business é oferecer um local para se falar de negócios, porém com ambiente des-contraído. “É uma excelente oportunidade de conhecer pessoas que podem depois tornar-se futuros clientes ou fornecedores”.

EM ALGUNS MOMENTOS o 3º Happy Bu-siness até parecia mesmo com um happy hour qualquer, com boa comida, bebida, alegria, amigos reunidos e muito bate papo, mas na verdade o evento significou muito mais que isso. “Esse já é um evento tradicional em Sorocaba e as pessoas não o freqüentam apenas por curiosidade. Os aproximadamente 100 participantes, todos com perfil empreendedor, que prestigiaram a 3ª edição do Happy Business estavam em busca principalmente de conquistar novas parcerias”, afirmou o diretor estadual do NJE, Arnaldo Scapol.

E oportunidades para que isso acon-tecesse não faltaram. A organização do evento disponibilizou no local um espaço para que os participantes pudessem co-locar seus cartões de visita e os folders de seus produtos e serviços. “A situação atual exige criatividade e comportamen-to diferenciado. O Happy Business é um bom exemplo disso, pois as pessoas que freqüentam esse encontro são persisten-tes e buscam alternativas constantes”, disse Figueiredo.

O 3o Happy Business foi uma realização do Ciesp/Sorocaba, por meio do NJE, em parceria com a Assespro (Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da In-formação, Software e Internet). O evento teve o patrocínio de Direct Engenharia em Gestão de Seguros e Benefícios, advocacia Camargo Silva, Dias de Sou-

O diretor titular do Ciesp/Soro-caba, Antônio Roberto Beldi, e o 2º vice-diretor do Ciesp/

Sorocaba, Mário Tanigawa, também estiveram presentes na 3ª edição do Happy Business.

Durante o evento, Beldi destacou que é de ações como as promovidas pelo NJE que os empresários precisam. “Temos hoje um problema que precisa-mos enfrentar e isso se faz unindo forças e lideranças empreendedoras. Vamos mostrar que, assim como superamos há alguns anos o “apagão”, tenho certeza de que o Brasil vai sair na frente quando a crise atual passar”, falou.

Já Tanigawa lembrou que o NJE formou várias lideranças em So-rocaba e, inclusive, alguns de seus representantes já ocuparam o cargo de diretor titular da regional local do Ciesp. É o exemplo do Arnaldo Scapol, que começou liderando o NJE Regional e hoje representa o departamento em nível estadual. O ex-diretor titular do Ciesp Sorocaba, Daniel de Jesus Leite, também começou no Ciesp à frente do NJE. “Ao realizar eventos como o Happy Business, que não é voltado apenas aos jovens, mas também a todos que possuem perfil empreendedor, o Ciesp/ Sorocaba procura incentivar o associati-vismo, pois sabemos que unidos sempre teremos resultados melhores” afirmou Tanigawa.

Atitude contra a criseTerceira edição do HAPPY BUSINESS mostrou que é preciso criatividade e atitude para vencer a crise

za, concessionária Citröen-Notre Dame e Combina Soluções em Tecnologia; e contou com o apoio de Idéias Mil Empreendedores Associados, Restaurante Chácara Santa Victória e Verbo Comunicação.

NJE tem sidoceleiro de lideranças

TANIGAWA E FIGUEIREDO: NJE já formou muitas lideranças

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17REVISTA DO CIESP / JUN-JUL

EM AÇÃO

Recepção a novos associadose responsabilidade tributária,os temas do mês

OS DEPARTAMENTOS do Ciesp/Sorocaba ganham mais força, com a inclusão de novos representantes. Eles so-mam esforços com coordenadores, conselheiros atuais e com a Diretoria Regional, no trabalho de incentivar o as-sociativismo na solução de problemas comuns, fomentar a integração regional e promover, com ações, propos-tas e debates, o desenvolvimento da região, princípios estes que fazem parte das metas da atual gestão.

Os novos integrantes dos departamentos são: a se-cretária municipal do Meio Ambiente, Jussara Carva-lho (como conselheira para o Departamento de Meio Ambiente); o diretor geral do SAAE, Geraldo Caiuby e o secretário municipal de Transportes, Jair Sanches Molina (conselheiros do Departamento de Infraestru-tura); Priscila Rabano Budemberg, do Sebrae/SP, Julio César de Souza Martins, do SESI, João Henrique de Freitas Alves, do SENAC e o presidente do Sindicato dos Contabilistas, Amadio Mariano (conselheiros do Departamento de Responsabilidade Social). O Departamento Jurídico foi reforçado com o ingresso dos advogados Jaime Rodrigues de Almeida Neto, do escritório Almeida Neto e Campanati Advogados, e Marcio Roberto de Castilho Leme, da Dental Morelli.

Novos nomes reforçam a Diretoria Regional

DEPARTAMENTOS

NA REUNIÃO plenária de junho, os novos associados do Ciesp/Sorocaba foram homenageados, recebendo um diploma e palavras de boas vindas da diretoria. O crescimento regional da base associativa da entidade representativa do setor empre-sarial foi um dos pontos destacados: mais de meia centena de empresas já se filiaram na atual gestão.

Durante a plenária, a advogada Susy Gomes Hoffman, diretora jur ídica do Ciesp e diretora jurídica adjunta da Fiesp, ministrou a palestra “Responsabilidade tributária dos sócios e administradores”. Ela explicou que são três as pessoas que podem vir a responder pelos tributos de uma sociedade: o sócio, o administrador e o procurador. O sócio e a sociedade têm, em condições normais, personali-dades distintas, as quais são protegidas de forma que os patr imônios não se confundam.

No caso de haver um problema, todos os sócios respondem solidar iamente pela integralização. A responsabilidade pessoal ocorre em casos específicos em que há ilicitude. O administrador, sócio ou não, deve sempre agir nos limites de seus poderes com cuidado e diligência, não sendo responsável pelas obrigações que contrair em nome da sociedade, desde que dentro dos atos regulares de gestão. Assim, uma falta de pagamentos, por exemplo, não responsabiliza o admi-nistrador a não ser que decorra de erros seus e não do risco natural do negócio. O procurador, tal qual o administrador, não é responsável pelos atos praticados nos termos de seu mandato, mas é obrigado pessoalmente se agir em seu nome.

Devido à complexidade do tema, são várias as classificações de responsabilidade tributária e as questões acerca do plane-jamento da reestruturação de patrimônio. Aos interessados, o material de apoio da

PLENÁRIA

palestra encontra-se disponível no site do Ciesp/Sorocaba - www.ciespsorocaba.com.br

Por fim, a palestrante deixou um recado: “Empresário, olhe para a sua empresa e veja se a sua esfera tributária está condizente com os riscos que você está assumindo.” Ela lembrou também que este é um momento propício para a reorgani-zação societária devido ao parce-lamento especial de até 180 meses sem necessidade de garantias (Lei 11.941/09) para os acertos de dívidas com a Receita Federal, Procuradoria, INSS e FGTS, que são obrigatórios nas operações societárias.

Na plenária, também foram apre-sentados os resultados da Pesquisa do Nível de Emprego Regional Industrial (Neri). Houve na regional Sorocaba uma variação positiva, de 0,66%, o que representa cerca de 600 postos de trabalho a mais. Mas o 1o vice-diretor Erly Domingues de Syllos lembra que ainda não é o momento de achar que a crise acabou. Até mes-mo porque a média de contratações ainda continua negativa (-5,56%).

Vestuário, Confecção e Aces-sórios foi o setor que mais con-tratou, com 3,20%. Metalurgia (1,71%) e Produtos de Minerais não Metálicos (1,39%) ficaram logo em seguida. O setor de Pro-dutos Alimentícios, por sua vez, teve uma redução de 1,43% e, jun-to a Veículos Automotores, Car-rocerias e Autopeças (-0,22%), completou a base da lista.

A regional de Sorocaba, com esses resultados, ocupou a sexta posição no ranking das 37 regionais de São Paulo, que participam da coleta de dados para pesquisa.

DIPLOMAÇÃO dos novos associados do Ciesp/Sorocaba

DIRETORIA e Suzy Hoffman, diretora jurídica do Ciesp, durante a plenária de junho

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EM AÇÃO

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MEDICINA E SEGURANÇA DO TRABALHO

A LER (Lesão por Esforço Repetitivo), ou o DORT (Distúrbio Osteomuscular Rela-cionado ao Trabalho), que é o termo mais atual e correto para a doença, é um mal que já foi chamado de a última grande doença do século XX. Foi sobre esse tópico que o palestrante Cláudio Antonalia, coordenador médico da Divisão de Saúde Ocupacional da Intermédica-Sorocaba, discorreu na sede do Ciesp/Sorocaba durante evento organizado pelo Departamento de Segurança e Medicina do Trabalho em maio (12).

O DORT pode ser causado por mais do que atividades repetitivas: força excessiva, posturas incorretas e compressão mecâni-ca (deixar o braço apoiado numa quina, por exemplo) também são causas possíveis, além de fatores contributivos como vibra-ção, baixa temperatura e postura estática do corpo. Tensão ou desprazer no trabalho também contribuem e, numa época de cri-se na qual a propensão ao estresse é maior, são atributos ocupacionais que merecem atenção. O fato é que, por ser uma doença profissional de grande ocorrência, o DORT exige muita eficiência na prevenção.

A aplicação da ergonomia, ciência que estuda a relação entre homem/máquina e visa a segurança e o conforto ocupacio-

Prevenção éforma de reduzirLER/DORT nas empresas

nal, é um fator importante para evitar as doenças ocupacionais (leia mais em Rápidas) diz ele. Mas precisa ser considerada em um contesto mais amplo. “O profissional de RH, que leva sugestões à alta gerência, é um ele-mento importante, que deve ter participação ativa na empresa. Também é importante que o RH tenha contatos externos com hospitais, sindicatos, INSS, assistentes sociais, etc”, opina Cláudio. Além disso, a equipe multidisciplinar - que engloba os profissionais de RH, técnicos, engenheiros, supervisores, entre outros - deve estar em harmonia e ter claro o objetivo, que é a prevenção de acidentes e doenças.

Ruy Jaegger Júnior, coordenador do Departamento de Segurança e Medicina do Trabalho, acrescenta que a conscientização também tem papel fundamental. “Um en-genheiro, médico, técnico de segurança ou qualquer profissional da área não tem o dom de por si só evitar o acidente ou a doença dando ordens ou punindo. Não funciona!” Para ele, prover a informação é a melhor forma de colher resultados.

5º SEMPAT - O Ciesp/Sorocaba teve partici-pação efetiva na organização da 5ª Semana Municipal de Prevenção de Acidentes do Trabalho - Sempat - realizada durante a pri-meira semana de maio (1 a 7). O evento anual, realizado com objetivo de marcar a passagem do Dia do Trabalho com discussões e refle-xão sobre questões relacionadas à saúde e à segurança do trabalhador, é organizado com participação de vários setores da sociedade. E o Departamento de Medicina e Segurança do Trabalho esteve representado por Ruy Jaegger Junior e Joel de Souza. No encerramento da Se-mana, dois representantes do Ciesp/Sorocaba também foram empossados como membros da CIST- Comissão Intersetorial de Saúde do Trabalhador-, o próprio Joel de Sousa e Andréa Valio, do Depatamemto Jurídico.

NUMA PARCERIA entre o Ciesp/Sorocaba e a Sociedade Brasileira de Desen-volvimento Empreendedor (SBDE), o Núcleo de Jovens Empreendedores (NJE) realizou a ex ibição do filme October Sky (Céu de Outubro), com o intuito de desper tar, de uma forma diferente, a ref lexão sobre o empre-endedorismo.

Baseado nas exper iências rea is do engenheiro aeroespacial Homer Hickam (publicadas em seu livro au-tobiográfico intitulado Rocket Boys), o filme conta a história de um jovem fadado a viver numa pequena cidade do interior dos Estados Unidos que so-brevivia graças à extração de carvão. Motivado pelo lançamento do satélite soviético Sputinik na década de 50, Ho-mer embarcou numa auspiciosa e árdua empreitada para construir e lançar fo-guetes amadores, conseguindo assim um lugar numa feira nacional de Ciên-cias e uma bolsa numa faculdade. Du-rante a projeção, é possível reconhecer atributos decisivos para o empreende-dorismo, como iniciativa, persistência, eficiência, estabelecimento de metas, exigência de qualidade, busca de infor-mações, planejamento, monitoramento sistemático, entre outros. A ref lexão a respeito desses tópicos é justamente o que propõem o NJE e os irmãos Mauro e Marcos Pedro Lopes, da SBDE.

“Há um mundo que está acabando e um mundo que está começando, e nós es t amos jus t amente nessa intersecção”, afirma Mauro. Nessa situação, que no filme é representada pela cidade moribunda que definha conforme a extração carvoeira chega ao fim, Mauro afirma que a diferença está na atitude do empreendedor e nos valores que serão levados de um mundo ao outro. “Não vão ter futuro as empresas que não tiverem valores e não conseguirem ter um time que jogue junto a ela”, completou Marcos. Assim, alguns desafios são impostos àquele que assume o papel de líder: equilíbrio, estratégia, metas, construção de cenários e foco.

Um fimepara refletir sobreempreendedorismo

NJE

CLÁUDIO ANTONALIA,ministrou a palestra sobre LER/DORT

O EVENTO organizado

pelo Depar-tamento de Segurança

e Medi-cina do

Trabalho, recebeu

um grande público

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19REVISTA DO CIESP / JUN-JUL

ZAGO A universidade cria o conhecimento, mas

quem desenvolve e apli-ca é o setor produtivo

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PARA O 1O VICE-DIRETOR do Ciesp/Soroca-ba Erly Domingues de Syllos, o Ciesp é porta-voz das reivindicações do empresariado e, por isso, também deve mostrar-lhes o caminho. Foi justamente essa a proposta do Workshop da Micro e Pequena Indústria, que brindou o Dia da Indústria com muita informação para um setor expressivo no quadro associativo da entidade: conforme dados apresentados no workshop, 96% das cerca de 9500 empresas associadas ao Ciesp são Micro (16%), Peque-nas (60%) ou Médias Empresas (20%). “O que nós estamos fazendo para colaborar com as micro e pequenas empresas é no sentido de que elas estejam preparadas para enfrentar não só a crise financeira, mas a crise da competitividade que ainda está por vir”. A necessidade de se antecipar à concorrência acirrada com países emergentes como China e Índia, também foi enfatizada pelo 2o Vice- Diretor do Ciesp/Sorocaba, Mario Tanigawa.

INOVAÇÃO. Essa é a palavra de ordem na economia moderna e atento a esse fato o de-partamento de Infra Estrutura e Tecnologia promoveu uma palestra com o presidente do CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvi-mento Científico e Tecnológico -, agência do Ministério de Ciência e Tecnologia voltada ao fomento da pesquisa. Um dos principais órgãos do País na concessão de recursos para institui-ções de ensino e pesquisadores, o órgão tem incentivado maior integração entre a academia e o setor produtivo, o que também tem sido um dos principais focos da diretoria do Ciesp/Soro-caba nesta gestão (ver reportagem de capa). A proximidade de instalação de um Parque Tecnológico é ainda outro fator que motivou a realização da palestra, uma vez que com ele a convivência entre empresas e instituições de ensino tende a ser maior.

Conhecimento geradesenvolvimento

INFRA ESTRUTURA E TECNOLOGIA

Regional realiza encontro paramicro e pequena indústria

WOKSHOP

Por tudo isso, o evento realizado em maio (25) foi um recurso a mais para aumentar a vantagem das empresas associadas ao Ciesp/Sorocaba em vários aspectos. O evento começou abordando o “licenciamento am-biental para as micro e pequenas empresas”, assunto que o palestrante Sérgio Ojima, gerente da Diretoria de Meio Ambiente do Ciesp, admite considerar “espinhoso”, sendo que, para ele, o principal desafio ainda é simplificar os procedimentos para a obtenção de licença ambiental. Outros assuntos que entraram em pauta na sequência são alguns que estão sendo amplamente discutidos: “Instrumentos para Tecnologia e Inovação”, com o técnico da Diretoria de Tecnologia, Romeu Grandinetti Filho, e a “Introdução da Responsabilidade Social na Empresa”, com Vitor Gonçalo Seravalli, diretor da Diretoria de Responsabilidade Social (ambos do Ciesp).

Visando impulsionar ainda mais as em-presas de Sorocaba para o mundo, o tema seguinte foi “Ferramentas para Acessar o Mercado Internacional”, com palestras de Talles Guedes, técnico da Diretoria de Rela-

ções Internacionais em Comércio Exterior do Ciesp; Hideki Kawakami, do Núcleo de Atendimento Tecnológico à MPE do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e Marize de Almeida Kozlowski, assistente de Comércio Exterior da Diretoria Regional São Paulo In-terior dos Correios. Além do Progex (Progra-ma de Apoio Tecnológico à Exportação, que visa a adaptação de produtos para atender exigências do mercado externo), uma outra possibilidade de destaque apresentada nesse contexto foi o sistema Exporta Fácil (dos Correios), que facilita a exportação para os donos das empresas menores.

Por fim, o diretor adjunto da Diretoria Jurídica Fiesp/Ciesp, Fábio Correa Meyer, abordou “Os Impactos da Legislação Traba-lhista nas Micro e Pequenas Empresas”. Para ele, o que diferencia as dificuldades de uma empresa grande e uma pequena não são os problemas em si, mas a falta de preparação para lidar com eles. “Por esse motivo, talvez as empresas pequenas tenham mais proble-mas com a fiscalização, justamente por falta de informação”, opinou.

INFORMAÇÃO Dia da Indústria foi comemorado com Workshop

Para uma platéia formada principalmente por empresários e professores, Marco Anto-nio Zago, o presidente da agência, fez uma palestra com o tema “Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento e, entre outros temas, falou da importância dessa aproxima-ção. Segundo dados apresentados no evento, o Brasil tem um investimento intermediário de 1% do PIB em Ciência e Tecnologia. Em termos numéricos, 1% não é um valor tão discrepante de países que apresentam me-lhor resultado. “A diferença está na origem do investimento. Enquanto no Brasil 80% dele é provido pelas universidades, nos países desenvolvidos o investimento oriundo do setor produtivo chega a 70%”.

“A universidade cria o conhecimento, mas quem desenvolve e aplica é o setor produ-tivo, então nós precisamos fazer com que haja um trânsito fácil entre os dois setores”, sintetiza Zago. E complementa: “75% dos doutorados da América Latina - incluindo o México - ocorrem no Brasil, o que é um número impressionante, mas é preciso três vezes mais se quisermos alcançar maior interação.” Nesse aspecto, o CNPq contribui

com a concessão de bolsas, além do RHAE-Inovação (programa de desenvolvimento de Recursos Humanos para Atividades Estraté-gicas em apoio à inovação tecnológica), que paga o pesquisador para manter-se no setor produtivo e, segundo o palestrante, está sendo utilizado na região (Campinas e São Carlos, por exemplo). Em Sorocaba, porém, a utilização do programa deixa a desejar.

“Em resumo, a distribuição da Ciência e Tecnologia é heterogênea e se concentra no Sudeste. Há áreas de desenvolvimento acadêmico importantes no interior, nas quais se inclui Sorocaba. Eu estou convencido de que o de-senvolvimento acadêmico vai ficar muito mais forte, mas isso depende de vocês”, enfatizou ele, referindo-se à classe em-presarial.

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REPORTAGEM DE CAPAREPORTAGEM DE CAPA

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UNIR

As inst ituições de ensino superior do País estão acor-dando para a necessidade e a importância de protegerem suas pesquisas e investirem em inovação: entre 2000 e

2004, elas depositaram 784 pedidos de patentes no Inpi - Instituto Nacional da Propriedade Industrial - de acordo com um dos poucos estudos sobre o assunto, divulgado em 2007. Elaborado por técni-cos da autarquia responsável por registros de marcas e patentes e pela proteção da propriedade industrial no Brasil, o traba-lho demonstra ter havido um aumento de 120% em relação ao registrado durante a década de 90.

Já uma pesquisa mais recente, desenvol-vida pela empresa Prospectiva Consultoria, confirma uma tendência nesse campo, demonstrando que das 2.292 solicitações apresentadas ao Inpi entre 2001 e 2008 pelas dez maiores instituições de ensino e empresas nacionais, 60% vieram da aca-demia. Porém, não é pela contraposição entre uma e outra que se deve avaliar os esforços de uma nação em investir em pes-quisa e inovação. Mas pela soma de ambas: instituições de ensino e o setor produtivo têm que se aproximar mais, pois quem vai ganhar com isso é o País, concordam lideranças empresariais e acadêmicos.

21REVISTA DO CIESP / JUN-JUL 21REVISTA DO CIESP / JUN-JUL

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(*) Da Redação

PARA INOVARIncentivada pela regional do Ciesp/Sorocaba, a aproximação

entre o SETOR PRODUTIVO E INSTITUIÇÕES DE ENSINO começa a dar resultados. E essa integração é fundamental para que a região se

desenvolva economicamente como centro de inovação

Pois já é consenso que as molas mestras da economia moderna estão na criação e uso de conhecimento científico e tecnológico.

Em Sorocaba, essa aproximação vem acontecendo de forma gradativa e a grande esperança é a de que o Parque Tecnológico em implantação na cidade aproxime de vez esses setores, uma vez que uma das finalida-des dos parques é exatamente a de promover tal interação (leia mais em Artigo, p. 12).

O Secretario de Desenvolvimento Eco-nômico de Sorocaba, José Dias Batista Fer-rari, voltou de um encontro promovido pela International Association of Science Parks, na Carolina do Norte (EUA), convencido que parques tecnológicos são pertinentes ao momento vivido pela cidade. Um dos cerca de mil delegados mundiais partici-pantes do evento, ele diz que pôde discutir questões importantes, como tendências, modelos de futuro e fatores de sucesso de tais empreendimentos. “A viagem foi produtiva e rendeu informações que serão úteis para a implantação do Parque Tecno-lógico de Sorocaba”, diz.

“Em vários de nossos departamentos, contamos com alunos de universidades e faculdades. Nos convênios que estamos fazendo - com a Cetesb, o BNDES e a Caixa Econômica Federal, por exemplo - temos pedido para que estagiários sejam indicados. Portanto, estamos formando

uma equipe de estagiários, vindos das universidades, para atender aos departa-mentos. Temos também participado das Quartas Tecnológicas, evento promovido pela prefeitura através do Pólo de Desen-volvimento e da Secretaria de Desenvolvi-mento Econômico, que congrega indústrias e universidades para discutirem temas de interesse comum, principalmente voltados ao desenvolvimento da região de Soroca-ba”, afirma Tanigawa. . Com o PODI - Pólo de Desenvolvimento e Inovação -, por sinal, o Ciesp está colaborando na elaboração do mapeamento de instituições de ensino e necessidades de mão de obra do setor produtivo, para saber se há sintonia entre formação profissional e necessidades das empresas. “O Ciesp pode ser a porta de entrada para esse relacionamento estreito”,

complementa o 1o vice-diretor Erly Domin-gues de Syllos.

COM EFEITO, o Ciesp/Sorocaba tem, literalmente, aberto portas para o es-treitamento das relações entre o setor industrial e a academia: por iniciativa do seu Departamento de Tecnologia e Infra Estrutura, Marco Antonio Zago, presidente do CNPq (Conselho Nacional de Desenvol-vimento Científico e Tecnológico), um dos principais órgãos de fomento à pesquisa no País, esteve na sede da regional para falar sobre a integração entre academia e setor produtivo. E ao referir-se ao tra-balho do Ciesp/Sorocaba nesse sentido, foi taxativo: “É por aí que nós temos que começar a ganhar competitividade”, disse a uma platéia formada sobretudo

JOSÉ DIAS BATISTA FERRARI, Secretario de Desen-volvimento Econômico de Soroca-ba

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REPORTAGEM DE CAPA

por empresários e professores (leia Em Ação). Recentemente, o Diretor Adjunto Estadual de Meio Ambiente do Ciesp e Coordenador do Depar tamento do Meio Ambiente do Ciesp local, Paulo Mendonça, escolheu a sede da regio-nal para defender sua disser tação de mestrado, tendo por tema o papel da comunicação na mudança da cultura ambiental das indústrias de Sorocaba (veja em Rápidas).

O TRABALHO da Regional do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo é reconhecido nos meios acadêmicos. Embora considere ainda incipiente a interação entre empresas e universi-dades - “Sorocaba não tem uma cul-tura universitária for te e a sociedade sorocabana ainda não desper tou para a potencialidade da parcer ia com o meio acadêmico” - o professor da Universidade Federal de São Carlos (Ufscar), Miguel Angel Aires Borrás, doutor em Engenharia da Produção, por exemplo, diz que a implantação do Parque Tecnológico pode acelerar essa interação, mas há necessidade de um trabalho paralelo para mudar a mentalidade regional sobre as questões acadêmicas. E nesse ponto, a entidade representativa do setor industrial tem estado presente.

“A relação da Ufscar com o Ciesp/Sorocaba é muito boa”, diz Borrás. “Já houve, inclusive, uma pesquisa realizada com o apoio do Ciesp para determinar o perfil ideal que o profis-sional da Engenharia de Produção de-ver ia ter para trabalhar nas empresas da região. A ideia era levantar essas informações para saber se o curso estava muito fora das necessidades das empresas e o resultado, do ponto de vista prático, foi muito bom. Do ponto de v ist a acadêmico, foi in-teressante também, porque acabou gerando trabalhos apresentados em congressos nacionais e internacio-nais”.

São demonstrações do quanto a regio-nal do Ciesp/Sorocaba vem trabalhando na promoção dessa interação entre teoria

Da teoria àprática

Mais de 33 mil pedidos de patente foram depositados no Inpi entre 1999 e 2003, se-gundo o último levantamento do instituto, divulgado em 2006. Entre os 50 maiores depositantes, 30% foram instituições de ensino e pesquisa, como Unicamp e Usp, ou órgãos de fomento à pesquisa, a exem-plo do CNPq e Fapesp - Fundo de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo. Os demais vieram do setor privado e uma empresa sorocabana, a Splice do Brasil, aparece nessa relação: nesse período, ela fez 18 solicitações de registro de patente, sendo a 47ª do país. Na base do INPI, mais de 2 milhões de pedidos de registro estão cadastrados e outras empresas da região, além de instituições de ensino locais, cer-tamente também comparecem. Contudo, a divulgação desses processos é complexa até mesmo pelas exigências legais para se patentear alguma invenção: as solicitações de depósito devem permanecer em sigilo

e prática. “A aproximação com o meio acadêmico vem mesmo crescendo na gestão da atual diretoria. Pois estamos cer tos de que isso deverá significar novos horizontes de competitividade industrial”, diz o 2o vice-diretor Mario Tanigawa.

BORRÁS Implantação de Parque Tecnoló-gico vai acelerar integração

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por 18 meses e os requisitantes têm, depois disso, mais três anos para solicitar o exame do seu pedido. Em todo esse tempo, e até que a outorga saia definitivamente, é preciso manter discrição.

Contudo, não é necessário esperar o decurso de prazo para constatar a aproxi-mação que está havendo, na região, entre instituições de ensino e empresas. A Uni-versidade Paulista (Unesp), por exemplo, desenvolve vários projetos de pesquisa na área de Ciência e Tecnologia de Materiais com a participação de empresas locais. Na Ufscar, como já citado pelo professor Miguel Angel Aires Borrás, foi realizada, com apoio do Ciesp, uma pesquisa para determinar o perfil ideal do profissional de Engenharia de Produção. A Faculdade

de Engenharia de Sorocaba (Facens) está desenvolvendo, com tecnologia totalmente brasileira e em associação com empresas locais, uma prótese de mão mecânica e, juntamente com o Sebrae, trabalha em um projeto para levar tecnologia à pequenas empresas fabricantes de artefatos de cimen-to. Essa aproximação, que permite disponi-bilizar ao mercado o conhecimento gerado nos meios acadêmicos, também fica visível em ações com o setor público: a Universidade de Sorocaba (Uniso) mantém um centro de referência que tem a finalidade de auxiliar profissionais da saúde no uso de antibióticos e possibilitou que o Estado identificasse um sistema de fraudes na prescrição de medica-mentos distribuídos pelo governo.

Conforme o professor da Unesp, Sandro

geração, a universidade pode e deve gerar conhecimento também. Então dá para acoplar essa vocação às necessidades das empresas. É isso que nós estamos tentando fazer”, afirma. Atualmente, Sandro está ligado a quatro projetos de pesquisa na área da Ciência e Tecnologia de Materiais, que têm a participação de empresas como a Eletropaulo e a Petroquímica Braskem, além das unidades sorocabanas da Tecsis e da Ina (grupo Schaeffler).

E seus orientandos estão cientes da im-portância dessa integração. Carlim Miguel Toubia, funcionário da Tecsis há quase três anos, é pesquisador em um dos projetos co-ordenados por Mancini. Através da pirólise, decomposição química pelo calor, sem a presença de oxigênio, dos resíduos prove-nientes da produção de pás para aerogera-dores, ele pretende obter óleo para queima e produção de vidro de alta pureza. Seria um benefício para a empresa e, segundo ele, também para a universidade. “Ambas as instituições têm capacidades distintas, e o trabalho coordenado em parceria pode trazer resultados mais eficazes e em prazos mais curtos. Todo mundo ganha!”, enfatiza. Antídio de Oliveira Santos Neto, ao iniciar seu mestrado na Unesp também com orientação de Mancini, já era funcionário efetivo da Schaeffler na área de Engenharia do Produto. “Naquele momento, estáva-mos criando um setor muito importante, Pesquisa e Desenvolvimento de Produtos - Indústria Geral, cuja responsabilidade é buscar inovações em aplicações de pro-dutos e processos”, conta, informando que, dentre todas as unidades do grupo Schaeffler, presente em 80 países, apenas quatro possuem essa área: EUA, China, Alemanha e Brasil. Como isso demanda muita pesquisa, diz Neto, a parceria com a Unesp foi uma grande oportunidade: “Os custos de uma pesquisa inviabilizariam muitos projetos se fossem arcados apenas pela indústria”.

O professor Marcos Carneiro, vice-diretor da Facens e doutor em Engenharia Elétrica, também concorda que os custos para investimentos em pesquisa são obstá-culo para as indústrias e diz que as áreas de desenvolvimento de tecnologia das multi-nacionais geralmente se concentram

Mancini, doutor em Ciência e Engenharia dos Materiais, sem dúvida, essa demanda das universidades em relação às empresas vai crescer. Isso devi-do às três coisas que, acredita, a academia é capaz de prover: conhecimento, equi-pamento e diploma. “A vocação da uni-versidade é gerar re-cursos humanos de qualidade e, nessa >

TOUBIA Empresa e universidade têm capacidades distintas

MANCINI Demanda das universidades em relação às empresas vai crescer

NETO Parceria com a Unesp foi uma grande oportunidade

24 REVISTA DO CIESP / JUN-JUL

REPORTAGEM DE CAPA

nos países onde ficam as matrizes dessas empresas. “Na minha opinião, a solução é dar suporte para a pequena e média empresa, que é nacional, de sorocabanos, atuando em gestão e tecnologia, que é engenharia. Este é o caminho para ganhar a guerra. Chegar com gestão e tecnologia na pequena e media empresa é chegar onde está a maioria dos brasileiros, onde está a maior parte dos trabalhadores”, pontua.

Na prática, os projetos da Facens levam isso em consideração. A faculdade partici-pa, juntamente com o Sebrae, do SEBRAtec de Consultoria Tecnológica, programa criado para ajudar os empreendedores a encontrar alternativas para solucionar seus problemas técnicos e tecnológicos.

E na região de Sorocaba, esse programa vem sendo desenvolvido com produtoras de artefatos de cimento, como blocos, pi-sos e tubos, que estão se beneficiando da participação de acadêmicos na melhoria de suas práticas. “São 24 empresas de Sorocaba e região”, detalha a professora Karina Leonetti Lopes, coordenadora do Laboratório de Ensaios de Materiais da faculdade. “Foi aproximadamente um ano para reunir o grupo e já estamos há três meses montando um planejamento participativo para o setor”. A Facens e o Sebrae, explica Lopes, desenvolveram um outro parceiro tecnológico, a Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), para a integração desses fabricantes e o desenvolvimento de ações em tecnologia, mercado, gestão e governança.

Outro exemplo de projeto da Facens que incentiva a integração entre empresas e resulta na utilização prática do conheci-mento gerado na academia é a prótese mecânica desenvolvida pelo Núcleo de Desenvolvimento de Protótipos para Pes-soas com Deficiência. Trata-se de uma mão mecânica, que vem sendo desenvolvida por uma equipe multidisciplinar, formada por 12 pessoas e com o envolvimento de alunos dos cursos de Engenharia Mecânica, Elétrica e da Computação, coordenado pelo professor da faculdade, Arthur Vieira Neto Junior e pelo especialista em prótese, Sergio Koshin Kamia. A mão, que dispõe de dois sensores que captam sinais do músculo e permitem ao usuário segurar objetos e até mesmo digitar no teclado do computador, estão sendo testadas por um rapaz morador em Londrina, PR, que há dez anos teve os dois braços amputados em razão de um acidente de trabalho, no qual recebeu uma descarga de 13.800 volts. E seu desenvolvimento contou com a participação de empresas de diversas áreas e portes, como Sistek, de sistemas tecno-lógicos, e Arteterror Produtos Artísticos.

O aproveitamento prático do conheci-mento gerado pelas instituições de ensino de Sorocaba não se restringem ao campo produtivo ou ao setor privado. Com base em uma pesquisa do Programa de Ciências Farmacêuticas da Uniso, a Secretaria de Saúde do Estado passou a investigar o

que chamou de “máfia dos medicamentos contra o câncer”, um esquema de fraudes na prescrição de medicamentos sem emba-samento clínico e em ações judiciais contra o Estado, que resultaram em prejuízos estimados em R$ 63 milhões aos cofres públicos. A mesma universidade mantém na cidade uma das 30 unidades do Centro de Controle de Referência e Informação sobre Antibióticos (Cria) existentes no país. Segundo sua coordenadora, professora Maria Inês de Toledo, doutora em Fármacos e Medicamentos, o centro tem por objetivo disponibilizar informações sobre antibióti-cos a profissionais da área, permitindo-lhes inclusive o monitoramento das prescrições de antibióticos feitas no sistema público de saúde. É um serviço que beneficia não apenas os usuários dos medicamentos, mas toda a sociedade, “uma vez que o uso irregular desses medicamentos acarreta a propagação de organismos resistentes aos antibióticos”.

CARNEIRO Levar soluções para pequena e média empresa

TOLEDO Informações sobre antibióticos a profissionais da área farmacêutica

NO LABORATÓRIO da Facens, testes de prótese

25REVISTA DO CIESP / JUN-JUL

Institutos depesquisa já são realidades locais

Empresas e instituições de ensino já con-tam com novos parceiros nesse processo de aproximação entre o setor produtivo e as academias, algo inimaginável uma década atrás na região. Nos últimos anos, institutos de pesquisa ligados à indústria ou à academia começam a aparecer com projetos que movimentam as duas áreas e trazem resultados práticos na aplicação do conhecimento obtido com pesquisas científicas. Desde 2001, a Flextronics mantém, na cidade, o Flextronics Instituto de Tecnologia (FIT), um instituto de desen-volvimento de pesquisa e tecnologia cujo objetivo é gerar soluções em negócios e tecnologias aos clientes. Em parceria com a Facens, desenvolveu um no-break micro-processado, com características especiais para o mercado brasileiro, produto que foi sucesso de vendas no mercado.

Mas o principal parceiro do FIT na cidade é outro instituto de pesquisa: o Instituto de Pesquisas e Estudos Avançados Sorocabano (IPEAS), dirigido a pesquisas para produtos tecnológicos voltados à manufatura. Fundado há sete anos, ele funciona no mesmo espaço da Facens e abriga grande parte do corpo docente e discente da faculdade. O FIT desenvolveu, com colaboração do IPEAS e em parceria com a HP, o laboratório de Identificador por Rádio Freqüência (IRFD), único no país e um dos nove no mundo. A rádio freqüência é uma tecnologia que substitui o código de barras e começa a ser utilizada em larga escala.

O FIT tem, no momento, 200 projetos sendo desenvolvidos, alguns conjuntamen-

te com o IPEAS, mas apenas quatro com a participação de empresas da região. O IPE-AS tem oito projetos em desenvolvimento, dos quais apenas dois contam com parti-cipação de empresas locais. Por isso, os institutos ainda ressentem a falta de maior aproximação entre os setores acadêmico e produtivo. “O Brasil forma doutores que ficam dentro das universidades. Não en-contramos doutores dentro de empresas. A empresa mantém a Universidade distante. Para desenvolvimento de tecnologia, isto não deveria acontecer. A aproximação é importante”, diz Odail Silveira, gerente do IPEAS. Para Marcos Caramelo, gestor do FIT, ainda é tímida a participação das empresas nos projetos. “Temos um depar-tamento comercial para atender as empre-sas que analisam as propostas e inclusive orientam as empresas sobre como captar verbas. Há linhas de crédito do BNDES para isso, por exemplo”, diz ele.

Portanto, apesar do que já foi feito, há muito ainda por fazer para que essa integração definitivamente aconteça. A Fapesp, principal órgão de fomento à pes-quisa do Estado, dispõe até de uma linha especial para financiar projetos que envol-vam instituições de ensino e empresas, o Programa de Apoio à Pesquisa em Parceria para Inovação Tecnológica (PITE). Mas, se-gundo a assessoria de imprensa do órgão, dos mais de 100 projetos em andamento, não há um sequer envolvendo empresas e instituições de ensino da região.

Em contrapartida, empresas locais já buscam, nos órgãos financiadores, suporte para projetos de inovação: a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), órgão ligado ao Ministério de Ciência e Tecnologia e que dispõe de linhas para empresas interessa-das no desenvolvimento e colocação de produtos inovadores no mercado, acaba

de selecionar três empresas instaladas na incubadora tecnológica local para a segun-da fase do Programa Primeira Empresa Inovadora: Agrofory Agricola, FazSoft Engenharia e G. Todesco Tecnologia. Elas foram credenciadas para desenvolver trei-namentos técnicos junto à incubadora da Universidade do Vale do Paraiba (Univap), em São José dos Campos.

(*) Repor tagem deGuilherme Profeta e Lúcia Costa,

fotos de Renata Rocha e tex to final de J.C.Gonçalves

CARAMELO Participação de empresas regionais ainda é tímida

SILVEIRA Aproximação entre empresa e Universidade é importante

FIT tem 200 projetos em desenvolvimento

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ANTONIO BELDI diretor do Ciesp/Sorocaba apresenta proposta do setor durante o encontro

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Sorocaba foi o ponto de partida para o “Desenvolve São Pau-lo”, encontros regionais que estão sendo promovidos pela Secretaria de Desenvolvimen-to com objetivo de definir os

projetos que vão estar entre as prioridades das ações a serem desenvolvidas a cur-to, médio e longo prazos pelo governo paulista. “Nossa tarefa é potencializar as vocações econômicas regionais para aumentar a geração de emprego e renda no município”, disse o secretário estadual de Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, na abertura do encontro, que reuniu mais de 300 pessoas, representando 48 municí-pios, no Espaço Kadoff em maio (22).

Foram apresentados programas e ações da secretaria e projetos públicos e privados que estão sendo desenvolvidos na região. E as lideranças regionais também apre-sentaram propostas. O diretor titular do Ciesp/Sorocaba, Antonio Roberto Beldi, sugeriu algumas ações: a qualificação da mão-de-obra; a promoção de convênios entre estado e município, tendo o setor produtivo como parceiro na indicação de necessidades, e o estreitamento das relações institucionais. O 1o vice-diretor Erly Domingues de Syllus apresentou a solicitação de redução de 18% para 12% também na alíquota do ICMS das empresas ligadas ao setor de eletrometalmecânica, importantes para a economia local, benefi-ciando-as, assim, com incentivos concedidos a outros setores.

O PREFEITO Vitor Lippi, por sua vez, soli-citou recursos de R$ 60 milhões, neces-sários para o prolongamento da Avenida

Cidade foi escolhida para sediar o primeiro dos encontros que a SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO está promovendo em todo Estado com objetivo de definirprioridades a partir das demandas regionais

Itavuvu, principal via de ligação com o Parque Tecnológico de Sorocaba,uma obra que Alckmin considerou prioritária, sina-lizando que o Estado deverá liberá-la já segundo semestre. O secretario também afirma reconhecer a importância desse parque (leia em Entrevista).

Quanto às políticas públicas, as demandas regionais foram organizadas e divididas em sub-grupos de desenvolvimento - cada um com suas necessidades específicas. O secretário de Desenvolvimento Econômico de Sorocaba, José Batista Ferrari, apresen-tou as principais, que foram: aporte para o Parque Tecnológico em Sorocaba (ou seja, infraestrutura e urbanização), roteiro turístico sustentável regional e integrado, melhoria no sistema viário nas cidades carentes nesse quesito, desenvolvimento de pólos pertinentes às necessidades de cada região (confecção, tecnológico de biotec-

nologia e moveleiro, por exemplo).

NO ENCONTRO, o secretário estadual de Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, garantiu que o programa de investimen-to do Estado, com valor previsto de R$ 20,6 bilhões, será mantido em 2009. E afir-mou que as micro e pequenas empresas, que representam quase 70% dos empregos no Brasil, receberão medidas especiais de apoio e fomento, que incluem facilitação de acesso ao crédito. Dentre as medidas, disse ele, também podem ser esperadas a equa-lização da taxa de juros em financiamentos concedidos a micro e pequenas empresas por meio do programa Microempresa Com-petitiva e o início das operações do banco Nossa Caixa Desenvolvimento. Medidas de expansão de crédito e geração de emprego e empreendedorismo também foram anun-ciadas por Alckmin.

Secretaria inicia por Sorocabaencontros para o desenvolvimento

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MESA composta por Walter Vicioni (Sesi/Senai), Saturnino Sérgio da Silva, Vice-Presidente da Fiesp, Roberto Ramalho, Prefeito de Itapetininga, Paulo Skaf (Fiesp/Ciesp), Antonio Roberto Beldi (Ciesp/Sorocaba) e o Deputado Estadual Edson Giriboni

Prefeitos, vereadores, depu-tados e lideranças empresa-riais de cerca de 15 cidades da região compareceram ao encontro organizado pela Diretoria Regional do Ciesp/

Sorocaba, que abrange 47 municípios, com objetivo de aproximar as lideranças das vizinhas para fortalecer o desenvolvimento regional. O presidente da Fiesp, do Ciesp, do sistema Sesi/Senai e do IRS, Paulo Skaf, esteve presente e anunciou investimentos de R$ 55 milhões em educação nas escolas técnicas da região (ler matéria p. 29)

De acordo com o diretor titular do Ciesp/Sorocaba, Antonio Roberto Beldi, trata-se de uma proposta de descentra-lização já estabelecida pela entidade desde o ano passado. “Atuamos numa região muito grande e distante geo-graficamente, que vai de Sorocaba até praticamente a divisa com o Paraná. Por isso decidimos dividir nossa atuação em seis sub-regionais, onde precisamos de lideranças representativas para de-senvolver o setor produtivo, de acordo com as características e potenciais de cada município. Por isso é importante realizar eventos itinerantes como este,

Reportagem Ana Claudia Fagundes(PressOffice Comunicação Integrada)

para que possamos ouvir a demanda de cada região e, assim, trabalhar de forma conjunta”, explica Beldi.

Paulo Skaf disse que a Fiesp e o Ciesp apoiam a iniciativa de reunir os municípios vizinhos para discutir melhorias na região, principalmente para equacionar o alto de-senvolvimento econômico de uma cidade em detrimento à outra. “Isso gera um fluxo migratório de cidades menores para os grandes centros, o que não é interessante economicamente. O que está acontecendo aqui hoje é um exemplo para todo o país. Para que toda uma região possa se desen-volver, cada cidade deve oferecer o que tem de melhor, com os municípios se ajudando mutuamente e, para isso toda a estrutura da Fiesp, do Ciesp, do Sesi e do Senai está à disposição”.

O PREFEITO DE SOROCABA, Vitor Lippi, afirmou que a cidade irá sediar uma Frente de Desenvolvimento Regional. Segundo ele, apesar de ainda ser um projeto embrionário, encontros informais entre líderes de algumas cidades já foram re-alizados. “Sorocaba já tem experiência na implantação de um planejamento estratégico, que visa um crescimento or-denado, e colocamos esse conhecimento

à disposição dos municípios menores”.Antonio Beldi ressaltou a importância

da iniciativa. “Como exemplo, podemos citar o caso da Toyota, que irá se instalar em Sorocaba, mas que irá gerar emprego e movimentação econômica para outras cidades vizinhas, principalmente Itu, Votorantim, Porto Feliz e Tatuí. Mas, para isso, esses municípios têm de estar prepa-rados, com fornecedores e mão-de-obra qualificados para atender à demanda que a multinacional irá gerar”.

Para o prefeito de Itapetininga, Roberto Ramalho, a oportunidade também foi im-portante para discutir demandas gerais do setor produtivo e estabelecer novos rumos para os municípios. “Na crise, temos muitos assuntos a discutir, principalmente a refor-ma tributária, e a Fiesp demonstrou, mais uma vez, que investir em educação é es-sencial para sairmos fortalecidos e prepa-rados quando a crise passar, com foco nos municípios, onde os cidadãos efetivamente vivem, trabalham e estudam. Na região Sudoeste, particularmente, nosso desafio é vencer os indicadores sócio-econômicos e, para isso, as parcerias estabelecidas com Sesi e Senai são de extrema importância para melhorar o nível educacional e profis-sional da população”.

Fortalecimento regionalCiesp/Sorocaba inicia por Itapetininga, com a pre-sença de PAULO SKAF,projeto de descentraliza-ção para ampliar arepresentatividaderegional e fortalecer o desenvolvimentoeconômico de cidades vizinhas

DESCENTRALIZAÇÃO

29REVISTA DO CIESP / JUN-JUL

O Teatro do Sesi “Professora Jovina Leonel da Silva”, em Itapetininga, foi inaugurado em agosto de 2007, pelo presidente da Fiesp, do Ciesp,

do sistema Sesi/Senai e do IRS, Paulo Skaf. Naquela ocasião, o lançamento do espaço

Visita de Paulo Skaf foi marcada por anúncios de investimentos em educação, por debates de temas econômicos e pelo lançamento da ORQUESTRA BACHIANA JOVEM

com capacidade para 252 pessoas, onde foram investidos R$ 4 milhões, contou com a apresentação de um concerto da Bachiana Chamber Orchestra, sob regência do maestro João Carlos Martins. Em junho último (25), os dois voltaram a se encontrar. Desta vez, para apresentarem novas propostas.

O presidente da Fiesp/Ciesp participou de três encontros num único dia. O primeiro foi com pais, alunos e professores da escola do Sesi de Itapetininga. Depois, tratou de assuntos relacionados ao desenvolvimento econômico com prefeitos, vereadores, deputados e líderes empresariais de cerca de 15 municípios da região. Para terminar, recebeu novamente o maestro João Carlos Martins, desta vez para lançar, em primeira-mão para todo o Estado, a Orquestra Bachiana Jovem.

COM PAIS, alunos e professores dos Ensinos Fundamental e Médio do Sesi de Itapetininga, o foco do encontro foi a qualidade na educação. Para uma platéia de quase 300 pessoas, Skaf anunciou

Educação, economia e arte

Entre os objetivos do Serviço So-cial da Indústria (Sesi) estão os

de reforçar os conceitos de cidadania pela democratização do acesso à cul-tura. Para cumprir esta missão, neste ano o Sesi/SP ganhou um reforço: a Orquestra Bachiana Jovem.

Formada por 40 jovens talentosos de diferentes classes sociais, alunos do curso de música de conceituadas faculdades e universidades de São Paulo, a orquestra de gênero sinfô-nico emocionou a platéia, durante a estréia feita em Itapetininga para todo o Estado.

Obras de renomados composito-res, como italiano Pietro Mascagni, os alemães Johann Sebastian Bach e Johannes Brahms, o russo Pyotr Ilyich Tchaikovsky, o argentino Astor Piazzolla, o francês radicado em Bue-nos Aires, Carlos Gardel e o brasileiro Adoniran Barbosa foram interpretadas pelos instrumentistas, sob a regência do maestro João Carlos Martins. Mú-sico brasileiro renomado nacional e internacionalmente, Martins dedicou a vida à musica clássica e teve a vida registrada em dois documentários europeus, inclusive vencedores de festivais internacionais.

Aprendizado pela arte

ITAPETININGA

investimentos da ordem de R$ 55 milhões nos próximos 12 meses nas escolas da região, incluindo o Senai, que oferece o Ensino Técnico. Criação de novas vagas, Ensino Fundamental em período integral, implantação do Ensino Médio articulado com cursos técnicos, investimentos em es-portes e a construção e reforma de escolas foram os assuntos debatidos.

Skaf também ouviu reivindicações. Pro-meteu inserir algumas no planejamento do Sesi e resolveu outras na hora, como a isenção da mensalidade de R$ 150 para um grupo de alunos do Ensino Médio de Ita-petininga, que precisam viajar diariamente para Sorocaba para frequentar o curso téc-nico articulado de Mecatrônica, no Senai. “Essa é uma taxa que estabelecemos para o Ensino Médio, implantado em 2007, mas os pais que comprovam não ter condições financeiras são isentos. E como aqui os pais desses alunos já têm de arcar com a despesa fixa da viagem de uma cidade para outra, essa é uma medida justa”.

Segundo Skaf, desde que assumiu como presidente da Fiesp, em outubro de 2007, encontros itinerantes para ouvir o público que estuda ou trabalha nas escolas do Sesi fazem parte de um plano estratégi-co. “Nossa meta é oferecer educação de qualidade e completa para os filhos dos industriários, o que inclui ensino em tempo integral, alimentação e oferta de esportes para os alunos. Já os estudantes do Ensino Médio, que estão se preparando para o mercado de trabalho, é muito importante que possam fazer um curso técnico articulado, que ensina e prepara o aluno para exercer uma atividade profissional” disse Skaf.

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Nascido em Pindamonhan-gaba, interior paulista, ex-deputado, ex-governador e atualmente secretário de Desenvolvimento do go-verno José Serra, o médico

Geraldo José Rodrigues Alckmin Filho, 56 anos, afirma que os encontros regio-nais têm por objetivo compreender as necessidades locais, identificar e ordenar demandas para definir projetos que estarão entre as prioridades da Secretaria a curto, médio e longo prazos. Nesta entrevista, ele faz um balanço do encontro realizado em Sorocaba e diz que o resultado foi positivo. Alckmin ressalta ainda a participação da Regional do Ciesp, acentua que o Parque Tecnológico será um fator de pesquisa e inovação tecnológica e afirma que o ensino técnico e tecnológico é o melhor caminho para gerar novos empregos e oferecer mão-de-obra qualificada ao setor produtivo.

Dentre os programas e ações da Secretaria de Desenvolvimento, o senhor poderia citar os principais projetos para a região de Sorocaba? A Secretaria de Desenvolvimento trabalha para promover o crescimento econômico sustentável e a inovação tecnológica no Estado, com políticas públicas voltadas à geração de empregos e ao aumento da competitividade do setor produtivo. O foco principal da nossa gestão é estimular a economia e a atração de investimentos para reduzir os impactos da crise finan-ceira, além de investir na expansão dos ensinos técnico e tecnológico e na área de pesquisa, ciência, tecnologia e inovação. Nesse sentido, apoiamos a construção do Parque Tecnológico de Sorocaba, que será

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tificar e ordenar as demandas para definir projetos que estarão entre as prioridades da Secretaria de Desenvolvimento a curto, médio e longo prazos. A economia local é o principal eixo gerador de emprego e riqueza. Os municípios se organizaram e estão formando os arranjos produtivos de acordo com suas vocações regionais. Como exemplo, São Roque e região buscam na organização de um Arranjo Produtivo Local aprimorar a produção de vinho. Também há iniciativas para produção de hortaliças em Ibiúna e Piedade, além de outros projetos que poderão beneficiar-se das ações da Secretaria.

Como o senhor vê a participação da Regio-nal do Ciesp nesse projeto? A cooperação do setor produtivo nos encontros regionais é fundamental para facilitar a identificação de novas oportunidades. O Ciesp/Sorocaba possui mais de 300 empresas associadas em 47 municípios da região. Por isso, a en-tidade é uma ótima parceira para o fortale-cimento da indústria regional, contribuindo para formulação de políticas públicas.

Os técnicos da Secretaria já começaram a receber as demandas locais? O senhor poderia antecipar algumas ações que vêm sendo planejadas? Já recebemos muitas de-

mandas, que são bastante relevantes para o desenvolvimento regional, como o pleito do Parque Tecnológico de Biotecnologia, em Botucatu, e o Parque Tecnológico de Sorocaba, além de várias demandas de incubadoras, projetos turísticos e outras iniciativas importantes que estão sendo analisadas pelos técnicos da Secretaria.

As Escolas Técnicas (Etecs) e Faculdades de Tecnologia (Fatecs) sempre foram alvo de sua dedicação, inclusive quando o senhor era governador do Estado. Poderia aqui contar quais são as novidades previstas para a expansão do ensino profissional na região? Aumentar a rede de ensino técnico e tec-nológico é o melhor caminho para gerar novos empregos e oferecer mão-de-obra qualificada ao setor produtivo. O índice de empregabilidade é altíssimo e atinge 77% dos jovens formados pelas Etecs. Nas Fatecs é ainda maior, chega a 93%. Ou seja, nove em cada dez estudantes conseguem emprego um ano após concluir o curso. A boa aceitação desse profissional deve-se aos cursos estrategicamente direcionados à demanda de mão-de-obra da economia local. Na região de Sorocaba, existem atualmente 18 Etecs, seis classes descen-tralizadas e seis Fatecs. E esse número irá aumentar: em 2010 teremos Etecs em Itapetininga, Apiaí, Itararé e Mairinque. Além da construção de novos prédios, o Centro Paula Souza, em convênio com a Secretaria Estadual da Educação, abriu 470 vagas para cursos técnicos em escolas da rede estadual, em cinco municípios da região, neste segundo semestre de 2009. Para o ano que vem, estão previstas mais 140 novas vagas, em escolas de Capão Bonito e Itapeva.

um ambiente de inovação com empresas e instituições de ensino e pesquisa. Além disso, na região de Sorocaba estão loca-lizados três Arranjos Produtivos Locais (APLs). Dois de cerâmica vermelha, nas cidades de Itu e Tatuí, e um de confecções infantis, em Cerquilho e Tietê. Eles fazem parte de um programa da Secretaria, financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), para aprimorar ainda mais a qualidade dos produtos em suas regiões. Temos também o plano de expansão do Centro Paula Souza - que é quem administra as Escolas Técnicas e as Faculdades de Tecnologia - e as ações do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), que são órgãos vincula-dos à pasta.

Sorocaba sediou o primeiro de uma série de Encontros para o Desenvolvimento Regio-nal - Desenvolve São Paulo, realizados pela Secretaria de Desenvolvimento, com apoio da Fiesp, do Ciesp e das prefeituras municipais. Qual sua impressão da receptividade da sociedade civil para este grande programa? Tudo o que é feito com a participação da sociedade sempre tem uma receptividade positiva. Os encontros têm como objetivo compreender as necessidades locais, iden-

Tudo o que é feito com participação da sociedade tem resultados positivos, diz o secretário de Desen-

volvimento, GERALDO ALCKMIN. Ele começou por Sorocaba uma série de encontros regionais e diz que

Ciesp é ótimo parceiro para formulação de políticas públicas para o desenvolvimento

Parceria para o desenvolvimento

ENTREVISTA

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empresas e incentivar a ampliação das iniciativas já existentes, com uma equipe preparada para receber o investidor e promover a articulação entre os setores públicos e privados, negociando condições em busca das melhores oportunidades. A agência também tem o papel de apoiar os municípios no atendimento ao investidor, além de estabelecer intercâmbios com organismos de fomento.

Com a venda da Nossa Caixa ao Banco do Brasil, o Governo do Estado criou uma agência de fomento, chamada Nossa Caixa Desenvolvimento. Como será a sua atuação? A Nossa Caixa Desenvolvimento nasceu com um dos maiores patrimônios entre as 14 agências de fomento existentes no país: R$ 1 bilhão. Desse total, R$ 200 milhões já estão disponíveis e os R$ 800 milhões restantes serão aportados pelo Tesouro paulista à medida em que os negócios crescerem. Os recursos serão usados para oferecer linhas de crédito a pequenos e médios empresários. O crédito vai financiar investimentos, como compra de máquina, ampliação de fábrica e de serviços - esti-mulando a geração de novos empregos. Poderão pedir o financiamento empresas de pequeno e médio porte, com fatura-mento anual entre R$ 240 mil e R$ 100 milhões. A Nossa Caixa Desenvolvimento não conta com rede de agências, por isso, o interessado pode procurar entidades representativas conveniadas, como Fiesp, Sebrae, Fecomercio, Faesp, Abimaq e as-sociações comerciais.

Em Sorocaba, existe um projeto para a construção de um Parque Tecnológico. A Secretaria de Desenvolvimento e a Prefeitura de Sorocaba assinaram um convênio para a realização de estudos técnicos. Como será esse novo empreendimento? O Parque Tec-nológico de Sorocaba será um grande em-preendimento e quero destacar o trabalho do prefeito Vitor Lippi. O parque já possui credenciamento provisório no sistema paulista e agora está sendo formatado o plano diretor. A região oferece inúmeras oportunidades para novos investimentos nas áreas de tecnologia, indústria auto-mobilística e metal-mecânica, pois conta com boas condições de infraestrutura, educação, serviços, disponibilidade de áreas e capacitação humana.

Em sua opinião, qual a importância dos Parques Tecnológicos para o desenvolvimento econômico do Estado de SP? São Paulo é referência mundial em pesquisa e inovação tecnológica. As três universidades públicas paulistas estão entre as melhores do mun-do e os nossos institutos de pesquisa têm reconhecimento internacional. Por isso, dis-pomos de um projeto para dotar o Estado de uma rede de parques tecnológicos. O Sistema Paulista de Parques Tecnológicos (SPTec) incentiva empresas a se instalar em Parques Tecnológicos, com a possibilidade de utilização de créditos acumulados de ICMS e desoneração em caso de aquisi-ção de ativos permanentes. Ao todo, já contabilizamos sete parques com creden-ciamento provisório no sistema e outras nove tratativas em andamento. E mais: lançamos em junho um novo edital do Fundo Estadual de Ciência e Tecnologia (Funcet), com linhas de financiamento para projetos de inovação tecnológica de empresas industriais e agrícolas, com juros de 6% ao ano. O limite é de R$ 200 mil por empresa e o prazo de carência: 24 meses. Recentemente, também foi aprovada a Lei Paulista de Inovação, que estabelece instrumentos para estimular a inovação tecnológica, incentivando pesquisadores, instituições de pesquisa e empresas. Além disso, estão sendo inves-tidos neste ano R$ 96 milhões no Instituto de Pesquisas Tecnológicas, o IPT. Desse total, R$ 57 milhões são do orçamento

estadual e R$ 27 milhões foram contrata-dos junto ao BNDES para o laboratório de estruturas leves de São José dos Campos. O valor será aplicado em modernização, treinamento e expansão da capacidade laboratorial.

Micro e Pequenas Empresas. Uma das medidas anunciadas para combater a crise foi o lançamento de linhas de crédito para pequenos empreendedores. Quais outras medidas também estão em andamento? Os micros e pequenos empresários são prioridade. Eles terão acesso facilitado aos serviços do Fundo de Aval Estadual, já que o Governo irá dar a garantia necessária para financiar novos investimentos. Outra ação importante do Governo do Estado é destinar compras de até R$ 80 mil para micros e pequenos empreendedores. No campo dos investimentos privados, foi feita a desoneração de 119 setores estratégicos, permitindo o diferimento do ICMS na aquisição de bens de capital. O foco será nos setores que geram mais empregos no Estado.

De que maneira o Estado está trabalhando para formalizar os micro e pequenos empre-sários que ainda estão na informalidade? Entraram em vigor, no dia 1º de julho, as medidas de apoio à formalização do Microempreendedor Individual (MEI) no Estado. São Paulo lidera uma mobilização dos governos estadual, municipal e federal para garantir a adesão de seus 3,2 milhões de microempreendedores que encontram-se em situação informal. A iniciativa tem como meta legalizar 10% deles até 2010. O interessado pode formalizar o seu negócio pagando, no máximo, R$ 57,15 de tributos por mês. A partir daí, ele terá direito aos benefícios previdenciários, como aposenta-doria, auxílio-doença, licença-maternidade, auxílio-acidente, entre outros.

No setor privado, como o governo vem incentivando novos investimentos neste mo-mento de crise? O governador José Serra criou a agência Investe São Paulo, que está se estruturando para consolidar o Estado como um dos principais destinos de investimentos da América Latina. A agência vai facilitar a instalação de novas

As trêsuniversidades

públicas paulistas estão entre asmelhores do

mundo

SEGURANÇA

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Um dos 31 municípios que deve-rão ter representantes durante a 1ª Conseg - Conferência Nacio-nal de Segurança Pública - que acontecerá no final de agosto

em Brasília, Sorocaba sediou em maio (29 e 30) a etapa regional dos encontros prepa-ratórios à reunião nacional. E a regional do Ciesp/Sorocaba foi uma das organizadoras do evento. “Desde o início estamos parti-cipando das reuniões e buscando envolver todos os nossos associados, pois o trabalho tem de ser de todos. E o Ciesp está, mais uma vez, contribuindo”, afirma Erly Do-mingues de Syllos, 1o vice-diretor regional, que participou do encontro (ler boxe).

A participação de diferentes segmentos da sociedade na 1ª Conferência Nacional de Segurança Pública, diz o secretário de Segurança Pública de Sorocaba, Domingos Abreu Vasconcelos Neto, é a forma mais democrática para discutir ideias, intenções e ações comunitárias acerca do tema segu-rança. “A classe indus-trial, representada pela regional do Ciesp, não ficou de fora dessas discussões”.

Reportagem de Guilherme Profeta

Indústria deve ser levada em conta para serviços de emergênciaNa definição deparâmetros para serviços públicos emergenciais,setor industrial deve serconsiderado. A propostafoi tirada na etapa regional de preparação àCONFERÊNCIA NACIONAL, organizada com participação do Ciesp/Sorocaba

Segundo o secretário, as indústrias são as molas impulsionadoras do desenvolvimento dos municípios. E isso deve ser considerado na formulação de políticas públicas na área da segurança. Tanto que uma das propostas a serem apresentadas em Brasília, dentre as sugestões tiradas no encontro regional para serem discutidas nos sete eixos temáticos no qual se estruturará a Conferência Nacional (ver quadro), leva em conta esse fato. “Foi sugerido que o desenvolvimento industrial de cada município seja considerado na definição dos parâmetros técnicos para a instalação de serviços de emergência”.

ABREU afirma que nas ações práticas, o mu-nicípio também tem isso em consideração. “Existem estudos para que as empresas possam participar do sistema de monito-ramento por vídeo que está sendo plane-jado em âmbito municipal. Além disso, o Gabinete de Gestão Integrada Municipal (GGIM), em execução desde maio, sempre define o processo produtivo industrial como um de seus princípios”. Cerca de 800 pessoas, representando

79 municípios, estiveram presentes nesta etapa regional, na qual foram

discutidos os sete eixos temáticos a serem debatidos também conferência nacional. O 1o vice-diretor do Ciesp, Erly Domingues de Syllos, foi um dos expositores do Eixo Temático I e defendeu a representatividade de membros da sociedade em associações, conselhos e sindicatos de classes de forma a conferir mais equidade ao sistema de segurança. “O principal de tudo é o asso-ciativismo, que é uma palavra um pouco difícil de se colocar em prática no Brasil”.

As etapas regionais têm objetivo de discutir políticas públicas de segurança e eleger os representantes locais e regionais para a etapa estadual. O advogado Anto-nio Francisco Mascarenhas foi indicado como o representante regional para a 1ª Conseg e levará as propostas apresentadas em Sorocaba, como a de investimentos nas áreas sociais, saúde, educação e lazer nos bairros onde o índice de violência é elevado e a criação de um Conselho Nacio-nal Antiviolência Audiovisual.

ENCONTRO reuniu cerca de 800 pessoas durante dois dias para discutir segurança

Regional propaga importância do associativismo

ABREUParticipação da indústria

no debate foi importante

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CIESP ACONTECE

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Almoço dos novosassociados com Paulo SkafPROMOVER maior integração entre atuais e novos associados foi um dos objetivos do encontro que o presidente da Fiesp e do Ciesp realizou em São Paulo em maio (27). Uma comitiva com cerca de 20 pessoas da Regional de Sorocaba partici-pou do evento. Confira algumas cenas do almoço.

(em pé) Antonio Batista Jr., Mário Tanigawa, 2o Vice-Diretor Ciesp/Sorocaba e Eva Marius. (sentados) Roberto Carreo, Élvio Lorieri, Valdir Paezani e Maria Cristina Rodrigues

(em pé) Eva Marius, Mário Tanigawa. (sentados) Regina Carvajal Marcondes, Rogério Bertanha Bonilha e Ramiro Gabriotti Wey

(em pé) Carla Acquaviva e Mário Tanigawa.(sentados) Amauri Japonese, Carlos Zaranello, ÉrikaBergamini Ern, Rosana Rodrigues e Eva Marius

(em pé) Eva Marius, Fabiana Alves de Assis e Mário Taniga-wa. (sentados) Leonardo Fernandes Basílio, Clóvis do Carmo França, João Lopes, Mírian Zacareli e Luiz Franco do Amaral Trigo

Paulo Skaf presidente Fiesp/Ciesp eJoão Lopes, Diretor de Operações da ZF do Brasil, convidada especial para este

encontro, por ser a mais antiga empresa associada do Ciesp/Sorocaba

AS HOMENAGENS pelos 80 anos do Ciesp, completados em 2008, con-tinuam. Em solenidade histórica realizada no parlamento paulista, a entidade estendeu o reconhecimento da ocasião aos seus mais antigos associados, homenageando 43 empresas. Representando o Ciesp/So-rocaba, a empresa reconhecida pelo maior tempo de filiação foi a ZF do Brasil, associada à entidade desde setembro de 1936.A presidência da ZF do Brasil foi representada pelo Sr. João Lopes, Diretor de Operações da empresa.

Deputado Gilson de Souza, Erly Domingues de Syllos, 1o Vice Diretor Ciesp/Sorocaba, João Lopes, Diretor de Operações da ZF do Brasil, Deputado Conte Lopes e Rafael Cervone Neto, 1o Vice Presidente do Ciesp

ZF recebe homenagemna Assembléia Legislativa

35REVISTA DO CIESP / JUN-JUL

Cidadão sorocabanoO CONSELHEIRO DO CIESP/SOROCABA, Ovídio Corrêa Jr. recebeu em junho (17) o títu-lo de Cidadão Sorocabano. A iniciativa partiu do vereador Francisco Moko Yabiku, que destacou o trabalho do conselheiro pelo desenvolvimento de Sorocaba.

Plenário da Cãmara durante a homenagem (esq.). O homenageado entre sua esposa e sua mãe Vera Butkevic Corrêa

Vereador Francisco Moko Yabiku, o homenageado Ovídio Corrêa Jr. e sua esposa Joelma Silva Corrêa

no Santa VictoriaA INICIATIVA do Núcleo de Jovens Empresários do Ciesp/Sorocaba de promover um descontraído encontro para fomentar novos negócios e estreitar relacionamentos, o “Happy Business” tem tido cada vez mais sucesso. Veja, nas fotos, alguns momentos da última edição, realizada em maio (28).

Andrea Valio, Depto Jurídico do Ciesp/Sorocaba, Ricardo Valio e Marcelo Duarte

Arnaldo Scapol, Diretor Estadual do NJE, Eduardo Fabri, Sergio Arruda Costa, Coordenadores Adjuntos do NJE do Ciesp/Sorocaba, Antonio Roberto Beldi, Diretor Titular do Ciesp/Sorocaba, Rodrigo Figueiredo, Coordenador Titular do NJE do Ciesp/Sorocaba e Mário Tanigawa, 2o Vice-Diretor do Ciesp/Sorocaba

Ada Santos, Rosana Rodrigues e Carmen Moura Mestre, Equipe Ciesp/Sorocaba

Marcelo Kouguem (NJE Salto de Pirapora), Sergio Arruda Costa, Rodrigo Figueiredo, Eliane Figueiredo (NJE Soroca-ba) e Arnaldo Scapol, Diretor Estadual do NJE Ciesp

Prefeito de Sorocaba Vitor Lippi, Secretário de Desenvolvimento do Estado de São Paulo Geraldo Alckmin e Diretor Titular do Ciesp/Sorocaba Antonio Beldi

Geraldo Alckmin, Vitor Lippi, 1o Vice-Diretor do Ciesp/Sorocaba Erly Domingues de Syllos, Antonio Beldi e 2o Vice-Diretor do Ciesp/Soro-caba Mário Tanigawa

Vice-Prefeito de Sorocaba José Aílton Ribeiro entregando o brasão da cidade a Geraldo Alckmin

Desenvolve SP atrai lideranças de toda regiãoO DESENVOLVE SÃO PAULO, encontro promovi-do pela Secretaria de Desenvolvimento, reuniu em Sorocaba lideranças empresariais e políticas de 48 municípios. Durante o evento, o secretário Geraldo Alkmin esteve com a Diretoria Regional do Ciesp/Sorocaba e conheceu projetos que es-tão sendo implementados para o desenvolvimen-to da cidade, como o Parque Tecnológico.

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Mário Tanigawa, 2o Vice-Diretor do Ciesp/Sorocaba e Rodrigo Figueiredo, Coordenador Titular do NJE do Ciesp/Sorocaba

Rodrigo Bley, Diretor Adjunto Estadual do Depto Jurídico do Ciesp e João C. Esquerdo, Diretor de Agricultura e Desenvolvimento Econômico da Prefeitura de Porto Feliz

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36 REVISTA DO CIESP / JUN-JUL

NOVOS ASSOCIADOS

CBR Indústria Brasileira de RefrigerantesValdir Vallis (15) 3322.5104www.dolly.com.brCom uma marca 100% nacional, a Dolly é pioneira no mercado de refrigerantes dietéticos do Brasil. Uma empresa com a missão de oferecer o melhor aos seus clientes, a começar pela escolha da matéria-prima adquirida pelos me-lhores fornecedores do mercado.Toda a produção conta com tecnologia de ponta, tanto na área industrial como no controle de qualidade.

DSEED Desenvolv.e Qualidade LtdaLuanda(15) 3233-9204www.dseed.com.brNascida no projeto incubadora de novas tecnologias, criado pela USP e com uma historia de mais de 11 anos, a Dseed presta serviços técnicos es-

pecializados de alta qualidade e eficiência na área de engenharia, com ênfase nas ati-vidades de controle da qualidade, inspeção, diligenciamento, compras e treinamento.

Engenharia Aguero LtdaEvandes Aguero(15) 3221 9220(15) 9706 4950(15) 3388 [email protected] no segmento de projetos e detalha-mento de dispositivos e ferramentais para usinagem, em 2D ou 3D.

Union RubberRenata P. MarumMarco Antonio Marum(15) 3492.1571 e 9131.1415 www.unionrubber.com.brNo mercado nacional desde 1992, é fabri-cante de artefato de borracha e vedações. A Union Rubber produz peças em silicone, EPDM, Nitrlica, Viton e costumizados con-forme amostra ou desenho.

Informatec SistemasAlexandre Pereira (15) 3233-3030www.grupoinformatec.com.brCom mais de 14 anos de atividades, o Grupo Informatec tem como princi-pal atividade a prestação de serviços através de duas unidades de negó-cios: Sistemas (Desenvolvimento de Software de Gestão Integrada – Agiw) e Serviços (tercerização de Adminis-tração de Pessoal).

Jabil do Brasil IndustriaEletrônica Ltda Luara Gonzalez(15) 2103-5800 www.jabil.comA empresa fornece serviços de design eletrônico, produção e gerenciamento de produto. Serviços de desenho, produção e cadeia de suprimento para EMS e consumidores industriais.Serviços de pos-venda (garantia e reparo).

CIESPé+

Empresas de todos os setores e portes ingressaram no quadro associativo do Ciesp/Sorocaba, ampliando ainda mais a representatividade da Diretoria Regional

Com novos associados, Ciesp amplia representatividade

TANIGAWA E SKAF no almoço dehomenagem aos novos associados

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Essa é uma casa de todos. Uma ent idade que representa os empresários do estado de São Paulo. Por isso peço para que

todos par t icipem, debatam”. Com essas palavras, o presidente da Fiesp/Ciesp, Paulo Skaf, recebeu um grupo de 150 empresários, 90 dos quais novos integrantes do quadro associativo da en-tidade, para um almoço na sede do Ciesp/Fiesp, em São Paulo. Uma comitiva com cerca de 20 empresários da regional Soro-caba, sobretudo novos associados, esteve presente, acompanhada do 2o vice-diretor, Mario Tanigawa, e da coordenadora, Eva Marius (ver Ciesp Acontece).

No almoço, uma confraternização en-tre as regionais e de recepção aos novos

Novos associados recebidos porSkaf em encontro em São Paulo

associados, a crise econômica foi o prato de abertura. “Na crise é que devemos estar mais unidos. Nossa missão é muito grande, temos uma responsabilidade muito séria”, afirmou Skaf, destacando o trabalho que a entidade da indústria vem fazendo em prol da educação e da formação de mão de obra.

Para Skaf, presidente Fiesp/Ciesp, é impossível prever se o pior já passou. “A média mundial de crescimento este ano ficará em torno de 2 e 2,5%, isso por causa da China e da Índia, que puxam a taxa para cima”, disse. Mas, apesar das dificuldades, o empresariado está mais otimista e a hora é de investir: “Toda crise tem oportunidades, e esta é a oportuni-dade de comprar empresas de primeiro

mundo. Além disso, é importante investir em inovação, tecnologia, educação... Porque assim, quando a crise passar, o Brasil vai estar reposicionado.”

38 REVISTA DO CIESP / JUN-JUL

CURSOS

CIESPé+

NR 10Data e horário: 20, 21 e 22 de julho das 18h00 às 22h00Objetivo: apresentar aos participantes o conteúdo da NR-10, detalhar a sistemática de adequação à Norma e as implicações da falta desta.Público Alvo: profissionais da área de engenharia, segurança/manutenção e demais profissionais envolvidos na administração de pessoas.Quem ministra: Daniel GaidukasInvestimento:Associados: R$ 161,00Não associados: R$ 235,00

ORATÓRIAData e horário: 27, 28, 29 e 30 de julho das 18h00 às 22h00Objetivo: apresentar ferramentas impor-tantes para se falar com técnica, naturalidade, desembaraço e eficiência. O conteúdo abordado será aproveitado no dia a dia. Público Alvo: empresários, líderes, gestores e pro-fissionais que trabalham com comunicação.Quem ministra: João EliasInvestimento:Associados: R$ 214,00Não associados: R$ 314,00

COMO REDUZIR CUSTOS NA INDÚSTRIAData e horário: 3, 4, 5 e 6 de agosto das 18h00 às 22h00Objetivo: propiciar aos par t icipantes ferramentas e sugestões práticas para a redução de custos e efetiva melhora do

desempenho da indústria. Público Alvo: todos os colaboradores fabris e administrativos da empresa. Quem ministra: Fábio TozziniInvestimento:Associados: R$ 214,00Não associados: R$ 314,00

SOLUÇÕES PARA VENDER MAISData e horário: 10, 11, 12 e 13 de agosto das 18h00 às 22h00Objetivo: estabelecer parâmetros para uma correta ação de diagnóst ico de desempenho comercial em empresas e organizações, com exemplos de empre-sas de pequeno, médio e grande por te, áreas de ser viços, indústr ia, varejo e instituições. Público Alvo: empresários, gerentes e su-pervisores de vendas.Quem ministra: Gianmarco Bisaglia Investimento: Associados: R$ 214,00Não Associados: R$314,00

PPCP - PROGRAMAÇÃO, PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO Data e horário: 24, 25, 26 e 27 agosto das 18h00 às 22h00Objetivo: capacitar os profissionais da área de administração industrial, em técnicas de programação e controle do processo produ-tivo, voltadas para a produtividade.Público Alvo: profissionais da área de produção, do PCP e da administração industrial.

Os cursos programados para os próximos meses abordam temas dos mais variados, como re-dução dos custos na indústria, soluções para vender mais, oratória e atualização com a reforma ortográfica, entre outros. CONFIRA A PROGRAMAÇÃO e inscreva-se, pois as vagas são limitadas

De soluções para vender mais a redução de custos

Quem ministra: Antônio Castilho Martins Investimento:Associados: R$ 214,00 Não associados: R$ 314,00

GERENCIAMENTO FISCAL E FINANCEIROData e horário: 15, 16, 17 e 18 de setembro das 18h00 às 22h00Objetivo: proporcionar ao par ticipante a competência de conhecer a contabilidade para fins gerenciais e controles da admi-nistração financeira para sua gestão.Público Alvo: voltado para todos os empre-sários e colaboradores envolvidos com o processo de gestão de recursos financeiros e contábeis.Quem ministra: Luiz Antônio FurtadoInvestimento:Associados: R$ 214,00Não associados: R$ 314,00

LOGÍSTICA INDUSTRIALData e horário: 21, 22, 23 e 24 de setembro das 18h00 às 22h00Objetivo: proporcionar ao profissional da logística e ao administrador da organiza-ção, a identificação da perspectiva de me-lhorias na logística dentro de um contexto globalizado. Público Alvo: empresários, gerentes, super-visores e profissionais ligados à logística. Quem ministra: Antônio Carlos de Campos Investimento:Associados: R$ 214,00Não associados: R$ 314,00

DESCONTO ESPECIAL DE 10% PARA EMPRESAS QUE INSCREVEREM 4 PARTICIPANTES E DE 15% PARA INSCRIÇÕES DE 5 OU MAIS PARTICIPANTES.

Mais informações sobre os cursos podem ser obtidas pelo e-mail: [email protected] ou no telefone (15) 4009.2900com Rosana ou Mislene - End: Avenida Engenheiro Carlos Reinaldo Mendes, 3260 - Alto da Boa Vista - Sorocaba.

OS PARTICIPANTES DE TODOS OS CURSOS RECEBERÃO MATERIAL DIDÁTICO, CERTIFICADO E COFFEE-BREAK

42 REVISTA DO CIESP / JUN-JUL

CONVÊNIOS

CIESPé+

Para mais informações, entre em contato com o Ciesp/Sorocaba

pelo fone (15) 4009-2900 ou na Central de Atendimento em São

Paulo pelo fone (11) 3549.3232 - [email protected]

Parceria entre o Ciesp e o Con-sórcio Nacional de Licitação - ConLicitação - facilita o acesso a informações sobre opor tu-

nidades de negócios oferecidas pelo governo do estado de São Paulo. O convênio visa promover principalmente a par ticipação do micro, pequeno e médio empresário na Bolsa de Com-pras Eletrônica, criada em 2009 para

ASSOCIADOS DO CIESP podem consultar avisos de negócios governamentais em página de internet exclusiva do ConLicitação

atender diferenciadamente as MPMEs nas aquisições públicas de produtos e serviços. As compras estatais reservam 25% ao segmento.

Associados do Ciesp podem consul-tar, via internet, aviso de licitações nas modalidades e os interessados em pro-cessos licitatórios de âmbito nacional, têm desconto de 50% na contratação da assessoria prestada pelo ConLici-

Oportunidades em licitaçõespara micro e pequena empresa

tação. Neste caso, o assinante recebe boletins personalizados com avisos de concorrências públicas, podendo usufruir de consultoria jurídica espe-cializada. Para treinamentos e cursos, o abatimento é de 20%. Já os seminários promovidos pelo Centro de Estudos sobre Licitações e Contratos (Celc) têm 10% de desconto.

Saiba mais em www.ciesp.com.br

EMPRESAS re-cebem orienta-ção para criar prog rama de estágio quali-ficado Parceria entre Ciesp e CIEE beneficia principalmente micro e pequenas empresas, que receberão assessoria técnica para contratar estudantes e pagarão taxa fixa pelo ser viço O Centro das Indústr ias do Estado de São Paulo (Ciesp) e o Centro de Integração Empresa Escola (CIEE) mantêm um Acordo de Cooperação Técnica para quali-ficar as empresas em programas de estágio.

A parceria beneficia, principalmen-te, micro e pequenas empresas paulis-tas ao oferecer assessoria técnica sobre as regras jurídicas que regulamentam a contratação de estudantes.

As dez mil empresas associadas às 43 Diretorias Regionais, Municipais e Distritais (DRMDs) do Ciesp em todo o estado de São Paulo poderão contar com orientação para desenvolverem programas de estágio qualificados, cujo foco é propiciar ao estudante o efetivo

AQUISIÇÃO d e veículos com des-contos que variam de acordo com o modelo escolhido. Esta parceria é válida para toda a rede autorizada de concessionárias Chevrolet no Estado de São Paulo.

Convênios em destaque no Ciesp/SorocabaA PARCERIA entre o Centro das Indúst r ias do Estado de São Paulo e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econô-mico e Social já instalou 11 Postos de Informações CIESP/BNDES em Dire-torias Regionais da Entidade paulista. Em cada um deles há um profissional do Ciesp treinado por técnicos do banco de fomento, que esclarecem as dúvidas das empresas associadas sobre os tipos de linhas de crédito disponíveis. Pelo acordo, os associados Ciesp rece-bem orientação na identificação das categorias e processos a que podem concorrer, assim como o trâmite ne-cessário para obter empréstimos junto ao setor financeiro.

aprendizado em sua área de formação.O Ciesp irá disponibilizar espaço para

que técnicos do CIEE realizem palestras e agendem reuniões com as empresas associadas. O objetivo é disseminar a cul-tura do estágio entre o empresariado.

Todas as associadas ao Ciesp pagarão valor fixo de R$ 50,00 por estagiário contratado através do CIEE. A contri-buição administrativa é uma das fontes de arrecadação da entidade filantrópica sem fins lucrativos, que oferece cursos e seminários de orientação profissional em suas unidades em todo país.

A parceria será divulgada nas institui-ções de ensino para atingir estudantes dos ensinos médio, técnico e superior. As informações também serão trabalhadas junto às empresas.