Capacidade Entre o Fato e o Direito(1) - Simone Eberle - p. 1-101

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    SUMRIO

    PREFCIO............................................................................................ 9

    INTRODUO........... ................................................... ................ ....... 15

    CAPTULO 1 - PESSOA ESUJEITO DE DIREITO........................... 17

    1 Consideraesprvias.......................................................................

    172 Proposies acercado conceitojurdico de pessoa ........................... 183 Conceitojurdico depessoa........................... ................. ................. .. 21

    3.1 Pessoa: sinnimo de sujeito de direito?...................................... 213.2 Um ensaiode compreenso do conceito desujeito de

    direitos como elemento estrutural da relaojurdica ..... ........ .. . 263.3 Surgimento e formao do conceitojurdico depessoa.............. 293.4 Classes depessoas...................................................................... 323.5 Percepes valorativas emtorno do conceito

    jurdico depessoa........... ............................................................ 35

    CAPTULO 2 - PERSONALIDADEE CAPACIDADE DEDIREITO: NOVAS FACES DE ANTIGOS CONCEITOS.............. 41

    l Personalidade: conceitoe distines fundamentais............... ............ 412 Capacidade de direito: em busca da autonomia conceituai ..... ... ... .... 453 Personalidade e capacidade dedireito: apangio

    privativo daspessoas? ................ ......... ..................................... ......... 513.1 Que entespodem ser reputados atpicos?................................... 53

    3 .1.1 Massa falida, esplio e heranajacente e vacante............. 543.1.2Sociedade irregular........................ ................. ................ ... 663.1.3 Condomnio edilcio...................... ................. ................. .. 77

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    4 O desvelamento da personalidade .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4.1 Algu ns reflexos substanciais da presente concepo .. . . . . . . . . . . . . . . . .

    4.1.1 Sobre o princpio da tipicidade das pessoas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4.1.2 Sobre a distino entre pessoa e sujeito de direitos .......... .

    5 Personalidade e capacidade de direito: conceitos de igualdade? ... . . . .5.1 Mes ma capacidad e de direito dentro da

    mesma classe de pessoas? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

    5 .1.1 Mensurao entre pessoas naturais .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5.1.2 Mensurao entre pessoas jurdicas .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5.1.3 Mensurao entre entes atpicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5.1.4 Concluses . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

    5.2 Capacidade de direito: delineamento e comparaoentre as diversas classes de pessoas .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5.2. l Limitaes capacidade de direito das pessoas

    jurdicas em razo de seu substrato ontolgico . . . . . . . . . . . . . . . . . .5.2.2 Limitaes legais capacidade de direito

    das pessoas jurdicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5.2.3 O objeto social como fator de limitao da

    capacidade de ..direito das pessoas jurdicas .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

    C A P T U L O 3 - C A P A C I D A D E D E F A T Ol Capa cida de de fato: caracterizao e disci ii . ::::::::::::::::::::::::::::::::2 Incapacidade de direito e de fato: critrios distintivos .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3 Incapacidade legal e natural: compatibilizao .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 Gradao da capacidade de fato . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

    4.1 O papel da vontade nos fatos jurdicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4.2 C pacidade de fato e implementao dos fatos jurdicos .. . . . . . . . . .

    5 Capacidade de fato das pessoas jurdicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6 Capacida de de fato dos entes atpicos .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7 Capacidade de fato em Direito Privado

    7.1 Capacidade de fato sob o prisma d Di; i d T; b;jh;:::::::::::7.2 Capa cida de de fato sob o prisma do Direito

    Comercial/Empresarial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7.2.1 Panorama sob a gide do Cdigo Comercial de 1850e do Cdigo Civil de 1916 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

    7.2.2 Panorama sob a gide do Cdigo Civ il de 2002 . . . . . . . . . . . . . . . .

    C O N C L U S O .......................................................................................

    R E F E R N C I A S B I B L I G R F I C A S ...................................................

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    PREFCIO

    1. Simone Eberle abalana-se a apresentar uma monografia quetem por tt11lo "A Capacidade entre o Fato e o Direito".

    Antes de mais, seja-nos pennitido exprimir o gosto que se retirada leitura desta dissertao.

    Est bem escrita. Manifesta a aptido da autora para se exprimircom conciso e clareza.

    No que respeita ao contedo, desenvolve lgica e metodicamenteuma linha de pesquisa. As ideias vo-se desenvolvendo coerentemen-te, sem desequilbrios nem desviospor aspectos laterais que desafiema capacidade de apreenso do leitor.

    No receia abordar os temas mais variados. No esconde pro-blemas. Afronta-os e toma posio.

    , em muitos aspectos, exemplar como estrutura e apresentaoduma pesquisa cientfica.

    2. O tema , dissemos,A Capacidade entre o Fato e o Direito.

    Se fosse apenas este o objecto da dissertao, eraj muito positi-vo. O tema da capacidade necessita de profunda reviso. A publicaodo Cdigo Civil de 2002 deu a essa tarefa carcter de urgncia, peloconflito, ao menos aparente, de previses de origem histrica e ideo-lgica diversa.

    Desde logo h que procurar os antecedentes destas em diplomasde diferentes contedo e antiguidade.

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    vram a suao agavada com a mudana da le cv A autor norcua pante a dversdad d ramos do Dirto Prvado qu esomplcados. als uma caractrstca da obra: esta nrdscpnar,o que aro muo dc d consegur com xto A autoa aontaum tma d Tora Gral do Drto Cvl mas no esta m avanarplo Drto das Cosas, Dro das Sucesses Drto do TrabahoDrto Comrcal (ou o que rsta de) quasquer outos scores em

    qu o tema s repercutaO dgo Cv de 202 tv o condo d zer sar o Dro v d um sado d certa ltargia, susctando plo contro um movmnto d ntusasmo na revso dos mas ndamntas SmoneEbel ntegra-s nss movmento Merce ser fctada pela manrcomo logo nos sou apesntar um mapa actualado e coerne dumsctor qu est na porta de ntada da Teora eral do Dreto v

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    Prof D. Js de Olivea Ascent

    Lisboa, Setmbr 204

    INTRODUO

    ndubtv qu a capacdade consia um dos tmas de captalmponca para a Teora ral do Dieio Essa a azo pea quavem sendo la consantmnt revsiada por numeosos jursas no

    s no campo do Drto Prvado como tambm do Pblco.Reacionandose estamn aos concos de pessoa d pr

    sonalidad a capacdad comumcne abordada quando do studodaquees dos emas alvez por vr-s assocada a uras to relevants e baslars para o Dreto no tnha a capacdade galgado oposto que le e deto rstando m tano obscucda no qu conce ata deerminao d sua o conctua e e seu campo dndncia

    No dvdas d qu as lnas estrutuas da capacdad j seencontram dlneadas mas oso conecer qu cas d suasnances ou at msmo aluns d sus aspccos baslars no am

    anda obeto d ncuss mas dedas por part dos dotrnadorsAssm que o conco d capacdad d dieto contnua a raganas sombras da noo d prsonaidad sm gozar d conedo prpo espcco segundo o ntndmnto e mos dournadoresambm a capacdade d to no a esta rgra. Embora masqnemene sudada o qu ais dundou no conhcmentomas apmorado d sua ssncia a capacdad de o, por otro lado

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    rol de quem, judcamene possui esse stu. Ese um pobema deDireito positivo cua soluo depeende-se da smples consua aosexos egais vgenes.

    No se deve tambm oma po sendo udco d pessoa a eaessncia dos sees aos uas o Do econhece ou concede pesonadade Conme pecedenemene sanado o Deio ocupaseapenas de uma das aces desse nmeno poldco ue a pessoa

    conme se ve poseomente po vezes o egsado concede essestatus a mesmo a enes ue aos olhos das cncas socas no socompeendidos como pessoas Face eseeza do conceo udcode pessoa cabe no eoa do Dieo mas a ous eas do conhe 'cimeno humano desvenda o se ue epesena o supoe co necessio ao econhecmeno ou concesso da pesonadade:

    "assim, o sdo essncal do indivduo humano prtence proprament iosoa no que espeita aos gupos umanos ou entes coetvos oestudo destes compete ocologia, que dever pimiro estudar loso-ficamente em qu consste a ealdad das coetividades stabeecerseus dversos tipos (comunidad assocaes copoas soceda-

    des ec.) e, depos anaisar empricamen os os em ue s man-festam tas entes coletvos os inedientes ue os compem, as relaesesticas e dinmicas destes a conexo d tais nmenos com os de-mais ftos socais d oda espcie (relas processos ec.) com oscontedos culras scias de toda espcie (laes, pocessos c.)com os contedos clturas (elgosos, morais cientficos, econmicoscncos jrdicos c.) e com o meio sco.

    namene a denio dica de pessoa aha anda ao coescolhdo como oenado do econhecmeno ou da ouoga d pesonaldade peo odenameno se (lmo pameo elaconase avdade legislava sendo diado o po mpevos da odem naua co

    mo sucede em eao pessoa naual o po aes de convenncas e poca no ue concee aos demais sees pesoncadoso se conndem poano os uesonamenos lsados po

    Recasns Sches. Assm se o ue se almea conhece o conceoudco de pessoa ndagaes aceca de quem sam esses enes ou

    RCASNS SCHS. Ttado... , 26

    20

    ua sea a sua rlidd mjurdic ou mesmo d u crro sval o lgsado paa o concmno ou concsso dss u dvem se ponamene asadas e assm se pocede dvdas no esam d gand pa dos uvocos sob a maa dsspasdeneandose com mas eado o vedadeo campo m u o conceo udco d pssoa dv s nvsgado

    3 CONCEITO JURDICO DE PESSOA

    3.1 Pessoa: sinimo de sujeito de direto?

    Dsspadas anas o pnns dgsss u ccundam oconceo udco de pessoa namen se ange o mono m use peende desvendo A compedade das ueses anes rmadaspac aa o sudoso o Do u uma no mnos nncadasposa apsnas

    Uma me passagem de olhos sob a eaua udca aceca do

    ema sucene pom paa fs essa epecava To ala ndagao acaba po v-s soluconada po um nsco passe d mgca numa mula mamca po va la ua s poclama se a pes-

    o nnmo d uo d dr. s a u chgamos a uma concsa u no o nvl snna ponuncada d 1a nomuo dda pela maoa dos dounados8

    C VILAQUA C. Cdigo Cvl ds Estd Und d Bl. V 1 9 R J v F Av, 95, 80 CARVALHO SAN-TOS JM Cdg Cl Blero /1terpretdo V. , 8. . R

    S P: B 1958 . 229 RECASNS SCES. rtd... . .24 GARCA MA YNZ !rdcc.. ., . 271; GOMES O trodu

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    costituio de uma esrutua jurdica superior capaz de garair ess

    autoomia" 35

    3.4 Cl de po

    Ao rcohecer a codio de pssoa ao homem o gisador averdade, atesta que ess homm o co cetra das ates do Di

    reito

    . A prso

    aidad essa circustcia reva-se istumeto

    dirto de eivao peicao dos ittos humaosodo tambm a persoicao de tes que o os prprios

    hms pode coduzir satiso das cssidades humaas O aribuirse a codio de pssoa a outras reaidades prech idiretamte as expectativas do homem viabiiza seus prtos prmit acocretizao de seus idais

    Quer pea aiidad da aura humaa qur peo stimtogrgrio qu sempr povou s reacioametos sociais o to que

    m sempre os projetos e idais humaos ram xcusivamete idividuais. Movidos peo afeto ou pea ecssidad d apoio e de segu

    raao

    u msmo

    pa avidez po

    r ucro

    s ho

    ms smpr esaiarammas d covivcia comuitria cojuado sros rcursosa busca d objtivs comus

    om ta reqcia os s coimados pos homs superam assuas ras que os agrupametos humaos mostram-s como umaraidade iasve o s os primrdios da histria mas pricipamet os tempos auais. E mdida em que s nam tais ru

    pos percebese que ievitve proporcioamete reduzse aida

    mais campo d ao do idivduo que desped seus esrs isoadamte Grard oru idaa a propsito se o tve avao das

    pessoas moais o deucia dsd j um provve probma turo

    reprsetado pea coexistcia pacca tr as pessoas sicas e osdemais ets persocados ocuido suas specuaes justi

    cado seus temores iroicamet peruta: "Qu dort dans la our

    Mo1tparae?36 etamete o so as pessoas arais que a

    35 REALE. Lies. , cit., . 225.36 Droit. c, p 154

    2

    grandiosatourMontpaase, quesedesaa napaisagem deParis, um conomeradodscritrios emprsaa1s.

    ofto quo insinto reriodo homemreprcsnta, semuvda uma realidadeques impe a quaquerobservadorcauto Naosepoenear, portanto,orandeinteresse socia que pa_raredor desses grupos: os associados, os beneciados peos presmo de umandao scredos, osemprados desssentes,os cdadaos Per

    cebe-se,assim, queemtoo dessescntroscatalisadores desfrosravitamobjetivos ddirentesordens, mas que aramcomo caractersticacomumOto d constitureminteresses atenesao ho-meme,como tais, dignos dettelajurdica

    Para Oresuardode tais intersses, poderao lesador teropta-do entreinmeos e divrsos recursos Frrara demonstra qu,nopassado emsistemaspositivos que no o itaiano, outrossttutos framutiizadospara representarcoetividads oucentros decomunode interesses Attulo dexemplo, relembraa uadopatemilaq, embora ocupass uma posio de supremaca em reaao aosmembosdo po rmado ao suredo, comsua .ura sseurav

    a

    hes, todavia, inmeras vantaens. Frrara mencona, ada, o

    o

    instittosquseprestama tutelarinteresses comunso tust, noDretoinls, eacomunhozr gesammtenHa1d,nodiritoalemo

    37 Percebse, pois, que "sob o aspcto prtico, a pesonadade e

    mmtodo paraconseuirceras vantagnsque pdemada ser obtidas apr@imativamente por outras vias. E ero que_entretoas,ersonaidadc armamais evouda eprta,masnaoe aunca

    Diante, potanto, dasuperioridad tcnica dapersonalidade, optou Oeisador porpermitir que ssas reaidades alssemao postode pessoa, comvistas a lhes dispensar um teamas abranete

    eacurada. Emergia, assim, umanovacatgoadepessoa: pessoa JU-

    dicaSer pessoa deixa t de costituir um aribut excusivo do

    homem cosiderado em si msmo e passa a estederse as aupa

    mtos rmados por meio da iiciativa humaa para a csecuo de

    7 Cf Toa c . 363-.38 FAA Teoi 36

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    urdcas. No etato cremos que essa crcustca o eleva o egsador ao posto de rbt excusvo da ca escoa ca possve,represeada peo coceder-se a persoadade ao omem Etedemos que o presete ema somete resa bem equacado se a suadscuss reete um equbro etre de um ado jurdcdade e deour? as resde que defuem a persofcao sse o parece; deMano mho Bgote Coro:

    "A e,sse propsit impe-se evitar quer a tenao da euivocidade insens_vel ao ue tem de comum as pessoas singuares e coetivas quer 0desh.ze no. excesso abstacionista e frmaista da univocidade incapade dscernr o que sob o tuo comum da personaidade eiste de sin-gulr na pronala nguar (reevese o jogo de paavras) direta era1camente fndada [. ] na personaidade ontogica do ser umanoP t pr!nalt:r, m etdo rte e por nauea propr fquno, pessa Judca o d1vduo umano; secundaramente e a sm,podem so amm ouas eadades 4.

    o que a exsca corprea e psquca do ee o ecessaamte 1mrescdve aquso do statu de pessoa Da porque

    tambem_ sociedades assocaes udaes etc so repuadas pessos o obsae caream de subsacadade No etao se aexstec1cocreta da pessoa o cosderada pe egsador comorqus1.to a ccesso de persoadade a agremaes scas e a patmoos marcados por uma desao a da o se pode ferrqueesse substrao ogco seja rreevae em matra de persofcaao Rcaado um poscoameo idealisa, que ecaa a persoadade Juca como mero emeo cuura margem de quaquer

    udameto atura e meafsco Mro mo Bgote Cro fasea cocepo realsta em toro da persoadade da pessa aura

    egudo essa verete de pesame o o pessoa por mperat.vo decoes a um s tempo de seu subsao otogco e de suadgidade maee Desare essas crcustcas coduzem ao reco

    4 oncp.o Rlist d Persod Juc Estuo do Nascito Revista

    Bs,le' de Dreto Cmpdo Rio d Jao, 17 2 sm 999 p. 263.

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    cmeto de qu o ser mem e sr pessoa s eadades dsscvs

    O reconecimento da prsonadade jurdica a todos os seres manos . m imperaivo dimanane da pessoa pore esta compora em simesma x naura a dimenso da subjetiidade udica or oras paavas 'o conceito jurdico de pessoa est contido no conceito onogico sendo toda essoa natura rosamente sueito de reaes de s

    tia45Assm o ser omem partar da cdo umaa restrgsesvemete o arbtr do egsadr Se o qeer gsatvo atasbremaera o que ccere persoca dos etes cevsutrado dtamet at mesm a descsrao dssa msma prsadade o msm o sucde em rao pssa aura Omm pr sa substacadad por sua dgdad mate 11n-pese ao gsador com uma readad rretve qu dmadarecoecmeto admte gao

    ssa assmtra ere traamet cerdo pessa atra odspesado pssoa urdca stcase como batemete dcadgar de Gdo da Matta Macad em rao da prpra ateaurdca dsta tma 4. mbora tato omem qato ees coetvsseam omeados pessoas pe ordeamo que se tr m coaqe dfeene motvs peram para q ambos qato suetos dedrets e d obrgas seam igualmene meads pessas

    Para ase d tema Matta Macad emprega cmo mtodo aaaoga escarecdo que sta em esquema spad m acquesMata comporta trs mdadades m um pmro mmto temse a camada analoga de abuo o de elao q se vercaquado um coceo em s msmo uvco apcadose com omsmo ome e cm esmo std a vrs sus Com xemp dessa modadad Matta Macad cta adev o qu podeqacar cma o orgasm deotado as das crcscas

    5 BIGOT CHOO opo p 9 f oo Ago sso Ao sodde d s da

    Facudad d Dt da Unsdd Fd d Ma G Bo Hozon ov s o. 9psm.

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    CAPTULO 2

    PERSONAIDAD E CAPACIDADE

    DE DIITO: NOVAS FACESDE ANTIGOS CONCEITOS

    1 PERSONALIDADE: CONEITOE DISINES FUNDAMENAS

    Os sers qu possam atuar como sujeios de dirto ao srmaonado plo lgsador, toam-s ors de propuso da vdaudica mdda que os comandos lgas lhs so xcusivamnndereados. Uma vz escolhdos tais ns so rtrados d sua condo de mros spcadors conduzidos ao paco sobr o qua uma

    '

    multplicidad d papis jdcos intpada na sstura da tramadas as jurdicas

    Essa performance, contudo apnas se fiva poru prviamn no momnto d sua elo tas srs ram anda dotados duma aptdo bsca ssnca que os caractza como pssoas: apossibldad d atuarm como psonagns da cna jurdca gurando atva ou assvamnt nos pos da lao judca.

    A ssa susctibldad dus onom d psonaidad dnidapo Clovis Bvlaqua como "a tid rconhcda pa odemjurdi

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    ca a agu, paraxecrdiritoseconrirobrigas"[ &original]54. semg0noAtravsdoconceitodeClovisBevilaqua p bl.d d , erce e-s queapersona a enaosstuanopanoda fti .d d dade, iso no concder-se a dctmindsc;asno_dapencalipodemounos etivr,confrmsa resen es prrogatvas qupcco, o suporte tico previment ounaonocasos-cmoapoadesncadearcnse .. . . 'ponad plo ordenamnto

    personalidadsonoesquqsucenc1asJurdi:a

    s.Dssmodo, pssoassentamnaosobr .massoboconcretizvl. oconcrtzado,Emora personaidadesja rcssuose su centro de irrad1a p poso_fndamentaldosdireiao, a naoe m s qulidaeessencial qutoa l u eto, mas ua pssv aohomou d t .nesoguaremrlas urd. . a e eradosra,contudo deua qad dcasc

    lomoSUe1tosdedirctos Nos' 1 a qua quer mas d " daental do ho e uapos1afnme prante a ordem d nereconhece"56. Ju ca , queesa xpressa

    5Cd

    ,go.I.p. 180Mrcalgum

    rc aoco .aldade distintaque dacapacdad f cedeBcvaqa,poisaprsoc compredida como a aptd at. c_oc vradae dev 1 aopararlqwnd1re . caao para exrc-los I osnaopopamnta vo-sTambm compedndo a prso d dno. I Diri da Prnalit iao c0 ma quaa: DE CUPS Adiadwg DcchoCvi PateGe T c 1950 p. 15; ENNCCERUSNNCCERUS,Ldwig;KPP h:o/Bas Prez ?oc os Alguc vl T. , V 1, Baceloa: Boch 3' F MarttadodeDeecCi-SANTOS.C..,cit. p245F'E, p )como_ um stado:CARVALHOb d ' \A.Te c 3378 a pesso mana SLyA PER : , p. ;comoum

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    No pode, pois, a psonaldad jrdica conndir-s com a social, assm como s vi q o sntido vga da palavra pessoa no

    pode ser meramente transportado para os domnios do Deito a. p raqe s atJa a acepao Jdica daqe trmoEss_a ?istno, emoa ndamnta, no scint, contdo,

    pradlutar, cm prcsao, opr da psonalidad no campo doDre1to Isso s da

    plo to d psonaidad astas estritamn

    t otro concto da mais alta sgncaopara a Teoa Gral doDreto: a capacdade. Co, efito a conexo nt esss conceitos d ta monta queCa10 Mao daSiaPeriraasvera que "d nada vaeria apsonaidad se a capacdadJud1ca qu se ajusta assim ao contedo da

    ?ersonaha'na mesma e ctamddaem qu a utiizao do diitotega a1d1a dseralgum titular de6 N- d ao s po e negar portanto que s "encaix nte tas noes acabapor toas utuamntecon?1c10ants quanto aos rspctivos contdos de modoqua prson_ahdad soment s desvea m sua intirza medida emque,pnass, dfca-s o conceitod capacidad.

    Dant dssa ccunstncia podsia pensar qu O prsenttraalo descr da prpra advertnciaque agoa consgna por trofcdo no 111c10 dopsnt captuo o conceto de psonalidadtes :smo deaentar o esdo da capacidade. Assim s fz todava, no por descudo aess impotant aerta mas po razes metodoog1cas, d_ modo a qu s vabilizasseuma abordagm nical dotma. A_dma1s,confrme sepodr apura depos, o conceito d Covs BIlauatanscto no inciodess tpicoenconta-smpritac?nsonnc1cconguao queoprximo itemacrca dacapacdade11pnm1ra apesonalidade.

    60 Institue. , Y.1, cit p.

    44

    2 CAPACIDADE DE DRETO: EM BUSCA

    DA AUTONOMA CONCETUAL

    A ordm rdica no conced pssoa to s a personaidad,mas,paaeamnt a ssa qaidade essncia, dotoa de capacidadepara a aquisio dos direitos para o s exerccio seapo si msmo,sapor rpresntao o mediant assistncia de otrm

    Ass

    im

    , se ac

    apac

    ida

    d repr

    snta

    o gn

    ro, pods

    e dzr qedas so as sas spcis a capacidade de direito o de gozo o simpsmnt judica, acionada aquiio dos diritos obrigaes capacdad de fato o de execcio corata efetivao sesmesmos ditos e obrigaes Po oa, ocpanosmos da pmraspcie, visto q a segnda ser anaisada, mais dedamne, ao corrr do prximo capto

    Habitamnte, a dorina dne a capacidad de direito como a"apido orinda da prsonaidad, paa adqii os diritos na vida civi6'

    Se, po m ado ss concito sngeo, por otro, camente no dos mais escarecdors, caso s considee qe grandeparte dos donadores apica idntica denio prsonaidade Com eito, stapososos tradicionais concitos de capacidad d dieito personaidade, no s eprcb qaqr direna de cnho sbstancia entre ees

    mportaria essa vricao a tstar a exstncia de ma dpicidad d nomencaas q, em vedad, desinam ma nca mesmaqaidade da pessoa Orando Gomes parce entendr q sim, nsinando qe capacdade de dieito tem a mesma signicao de personaidad, com a sconfnindo62.

    1 SILVAPERERA. Inst1 V 1cp62

    Cfntroduo. , ci p 66. Nessemsmocndo posconam-s osegun

    ts

    douriados: CLOYSBEVILQUA.Cdigo.. c.,p8;CRVALHOSA

    N-

    TOS.dio..., citp.230ONESDEMRDATratad.. Ylc.p5

    4

    EECCERUSDrechoci,p325DECPIS.IDirill ci. p5; BET

    O

    InnoBno ItroduoaoDireto.Soo ems 989p62

    45

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    Conudo, shouvesse idntidade conciua nr prsonalidade

    capaidade diito, erse-iaquadmiir que ssa ltima cagora

    xist po meo capichodadoutrna , s assim ofss, melhoqu

    fsse banida, visto qunm mesmo paa ns didticosrevelasua t-

    idad.

    No assim, pom: osdos concitoscoexisem, poqu e-

    ivamene contempam diernes situas judicas.as, se distnas, po qu, nto, a prsistn conso fada

    por vasa cone doutrinia ente essas nos? os de lvrascenso acuadamn esarec qu a mprecso deiva do to dque ano psonaldade quano capacidad d dieio aduzem susce-ibilidade atraa63

    m dvida, assist ao ao juisa potgus, ao apona comocaractesica comum a essa nos o estado d ponialidade m queambas se enconram. , como vsto, a pesonalidad , nas lapidarespaavas d onu, um ado d voao4 o mesmo sucd com aapacidade judica, pos "o cto d uma pessoa ter uma aga capaci-dade no implica que ena civamene muios drios ou obrigaes na sua tiulaidade. o fcto de ser plnamn capa no s s-

    gu que s tna fciva

    mentea

    guma

    popridade, que s enha

    mecbido direitos po sucesso, assim por dian. H apna a poten-cialidade de os recebr 65.

    ssm, po constium iguamene categorias abstraas, capaci-dade e pesonaldade aproximams. al crunsna, contudo, nopode evar a qu um concito sja tomado por outro, vsto qu ntes h derenas substanciais

    nquano a pesonalidad dsigna a suscetibdade de ser tiularde diritos e de se sujeto a obgas consdeada m si msma, acapacidade ud_ica epesenta a medid dssa apido o passo que apersonalidad eminenemnt qualitaiva, a capacidad de direitoc

    onsiste numa

    pcspec

    va qu

    an

    tia

    tiva desse atrbuo6

    .

    oque sus-tna aelui63 Cf. Direito Civil - TeoriaGel. V 1 2 e, Coimb: ComraEdtora 2000 p

    143. C Doit , . 164. ASCESO. Deto . 1434. C ASCESO. Dreto .14446

    o 'd o a me

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    Especua-se porm se a massa flida sbjetiva isto , a massados credors no possiria essestatus. Tal dvida se prope por "umatendncia natural do esprito hmano [que nos lva] a prsonicarpelo processo da nifcao qe simpifca e fcilita a xplicao dceos fnmenos tudo o que s aprsenta como m todo aparentemente s move dandonos a idia d vida d ser existindo por simsmo8

    No obstante a comundade de credores aprsent este aspectonitro fra reconhcer contdo q a la no s atribi qalqertiaridade. Os direitos que aparntment lh so concedidos (v.garts 129 caput e 130 Lei n 1 I 1 d 922005) so em verdadediritos de cada m dos credores considrados individalmente oqe assevra Waldmar Ferreira: stablcse sem dvda a coetividade dests [dos credores Mas dntro da cada qual xercita o

    seu direito dfnde oseu intress no qu no molst a coletividade Cada crdor peitia na massa o que lhe seja deido" sem grino original Portanto o conto d credores no m si um cntro autnomo de direitos m reao aos credores, d modo qe no

    chga a ocpar o posto de seito de dritosAssim quer em sua fc objetiva qer na sbjtiva a massa f

    lida na confgurao q ordinariamnt he dispnsa a Le n 1 d 922005 no dev ser considrada pessoa

    dntico raciocnio pod ser mpregado na anlis da natureza jurdica do splio e da herana jacente e vacante Tratemos nicalmente daqua primira gra

    O splio o herana consoante sedimentado entendimnto dadotrina o patrimnio qu por ocasio da mort de um indivduotransmitese aos ss herdeios legtimos e tstamentrios

    Em Roma para que tal transmsso se ftivasse m se tratando

    e herdiro necssrio bastava a morte do de cujus;j cm rao aosdemais herdios es apnas recepcionavam ess patrimnio seabrta a scesso manistassem tambm sua aceitao heranaEm no havendo pois aquela primira categoria d hrdeiros drante

    89 MIRANDA VAL VERDE. Comentrios. , ci, . 2360 iuie V 5 it p 156

    56

    apso tempora entr a delatio e a aditio, a hrana rstava jacentesem titlar eftivo Tal crcunstnca aliada dia present m textosdo Dgesto das nstittas d que o esplo era a exprsso msma dapessoa do flecido contribi para qe srgissm teorias m prol daexstncia d prsonalidade jrdica da heana antes da aditio

    Entr ns at o advnto do Alvar de 9 d novmbro de 1754secundado peo Assento de 16 de fvreiro de 176 aplicava-se o

    sistema romano ssctador como se viu d debats substanciaisqanto natra jurdica da hrana na hiptes de jacncia A partr condo daqeles diplomas legais a acitao deixou de ser oftor condicionant da aqiso hereditria para tornarse simplesconfao da transmsso da herana j operada m fvor dos hrderos no momento da abrtura da sucsso Frmavas pois entrns o droi de saisne, pelo qua s transmitem j no momento damort do scedndo o domnio a posse d sua hrana aos susherdeiros legtimos e tstamentrios Esse princpio posteriormenacohido no at. 1572 do Cdigo Civil d 1916 rearmado no art174 do novo Cdigo proclama portanto que o patrimnio transmi

    tido motis causa em nnhum momento prmanece aclo91 ants dobito tinha por tituar o de cujus sobrevindo aqle momento tomamhe o ugar os hrdeiros

    Adotando pois o princpio da saisne nesta matria o CdgoCivi afsta qualqer ndagao acerca da nateza jurdica da hrana qe contina a ser concebda como m patrimnio ants ou dpoisda morte contribuindo ste evento apnas para a mudana d ttuardade dessa unversaidade de dreito

    Tambm s hranas jacente e vacante no se conced outra natrea judca Jacnte ou vacante sja como r contnuam a constituir espcis do gnero herana, qu, como tal no pssoa mas

    uvesalidadeNo raro contdo sustntas a prsonalidade das heranas ja

    cnte vacante baseandos na indeterminao de sus tituares Nocoh porm ess argumento pois como viso em ambos os casos

    Cf SV PERERA Caio Mrio da Iiuie de Dito Civil V 6 Rio deJanio: Foens 174 23

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    IdnticaadvernciafitaporPontesdMiranda:"a confuso est em s exigr a sr

    ' . .subjetvodarelaoudicamaral N'_part r dreto, ser sue

    S 1 -

    . aosevuapensoq 1aaaoJdcaprocessL] s ue em

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    3.12Sociedade irregulr

    .Poriglar oufto, ntende-seas qu1varnoegstoque lhsejapeculiar .

    1edad que nao f arou mrss seus atos constitutios IJCv das Pssoas udicasSob a oca tradiciona, tais sociedad dades rguas que t d s contpomse as socie, , en o cumpdo aq . .rem personaidadeurd r ' ues rqus1tos gais, adqui ca, Onoe precetua O ar 45 C ecebese

    pois que a .

    .

    , od C

    ' a trof e tes e as eguares repou n as socdads rguasa no ato d trem d .em su registro pcuiar. Emboa . s1 o as_ sctas ou noea acarreta distines xp . sgea essa ront, o fto queressas aques e tum ado e outo d suas mag A

    n s que se ncontram dns. ss1m que as s prcamam pessoas as socidad coqueamntc apetnt (a 5 Cd Ci ) C es sctas cm seu rcg1stro pcrb eamente se d da v!, o lgisador de 2002 n ' o nessa cna inatrdio, pretriu as cnsa, m um convn1nte descaso com a

    u irula para rnomas:scaas socedads e ftotpos f ram encerados no Subttu I socedad em comum. TaisEspcia doCdigo Civi d 2002

    ob

    ' Ttuo I do Liv , da Parte"D , ati

    ado com O

    socedde nopeocada" sugestio nom d Nno nopnhamos esse . ALHO DE MENON ot\t lssas lies de JOS XVIER CR-s as d , e DEMR FERRETR" so1 ades rregulares e s de que eedem ds-[ aqueas soedades que f0 d a o pmo deles reguaes sods s l d am uate eo t o ades legs da osto re t empo sm o mprmeoe?ds de o so as qe se eo . _e pubdade ao passo qe asov'eos que s inquinam denulidde Cf CARVm1nads com o decreto de morte porver Trado , AHO D MENDOF e u Cmrcl Bsilo V 3 A Jos ares Basos 933 p - Our vro 2 cd Ro de aeroFERRETRA Pra ese dourdo s/0d a oepo de WADEMmedda em que a orgazao d

    a

    pme

    e a e rregula e de o dsguemse c

    o

    ntrao que no , odava levado ao \:';t

    a

    -edsposapor escito emmde po sua ve ossa a el e pbo do omro soedade eso C FERRETRA Wdq

    M qe seu ;se o sequer redudV 3 d ' ema rs 1 d 0 e Ro de Je o Paul e Dru Comcl.tante o bhodaquels queas engendrm

    re1s atos: 95, p 26-7.Noobs-oramguada re os de d as dsoe emolas o mas ouadoes e-o1mas as omelars soedade que m sua maor epuam s- gl edf

    Conudo, confe j se z consiar acrca da massa lida, do es-io, da heana jacent da acante, no a apicao elo legislador deum dcteinado ttulo u ossibilita a tansao d uma ralidade emoutra. Paa que s outorgue a condio de essoa excusivament ulassociedads que fzeam rgistar seus aos constitutivos prmeiro h que secar se socidad iguar no s aribui qualqur tiulardade ou seno od ea obigars, ois se al tivr ocoido, tambm a partilhardauea naureza jurdica Vejamos, ois rimeiramnte, que ratamento aei mercantil disensaa s sociedads igulares Cdigo Comercia de 850, m su at 304, admitia, sem de-ndncia da apresntao do instrumento robatrio da sociedade, asaes u teceiros pudessem contra a intentar A for desses tr-ciros, o Cdigo prmitia, ainda, qu s atestass a existncia da so-cidad po meio de todos os gneros de rova admitidos em comrcio atras de pesuns fndadas, derendidas de alguma das cir-cunstncias eencadas no seu art 305 ogo, na sistmtica daquea eimrcantil, a sociedade cuo contrato no tivess sido reduzido porscrito oderia fgurar no lo passivo de uma dmanda judicial, em-bora no lh fss fcultado acionar sus prrios scios ou trceirosPosteriomente, coub ao Cdigo Cii de 196 adotar idntica sis-temtica, rpetindo, em seu at. 20, 2, a idia cnal da rgra j estatuda no Cdigo Comrcial mbora sse disositivo egal estivesse emconsonncia com a discilina dispensada a esta matria pla ei espcial,deese aui abrir um parntes sobr o to d que o advento do CdigoCivi antou almas dvidas acerca da naturea urdica das socidadescoma no inscritas no Rcgisto do Comrcio

    Com ito, no obstant o 1, do a. 6Cd. Ci. d 96 sscao uanto eistncia ou no de personalidade nas sociedades civis, o

    2 desse mesmo atigo rescrvia nigmaticament qu "as sociedadesmercantis continuaro a regerse o cstatudo nas eis comerciais.Acontec, porm que as eis comerciais, sendo silentes uanto idia dpersonifcao, suscitaam dvidas quanto aicabiidade ou no do at 8, Cd Civ de 9 s socidades comrciais.Pronunciandos sobr essa questo, Carvalho de Mndona ace-nava que os egisadores de 850, no tendo a conceo das pessoasurdicas, como auamente estabelce a doutrina, no podiam assim

    67

    cil n

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    considera as sociedades ecomcio" 14 Ademai, acrescentava ete

    outrinadoque nenhum artigodo Cigo Comecial haviarconhci-

    do personalidade ocidades de comrcio, parecendo, alis, quemuios a consavam5Sobssa tica, qusionava-e, poca, qual seiaa naturezaju

    rdica as ociedads iregulares mecantis. Segno Carvalho e

    Mendona as ociedadescomciais irrgulars- ito , aquela que

    ncionam em o cumprimn de rmaidades d consituio, regitro pbicidade seriam, a exemplo das sociedades egulars,pesoas 106. O fto e no eem essas sociedades cumpio as solenidade lgais qe hes ram precrias, acartar-hsiam soment aimpoio de ma sri de eries mediane as quais a li pocuraiadifcltar a sua eistncia, ais como: ) os scios, aina que oclos,respondem iimiada e solidaiamene paa com erceios 2) a socidae no vale ent os cio ou contra erceios; 3) sociedade estvdada a matrcula; 4) os scios achams imposibilitads d conibi com imvei para a mao do capial socia, porqu, sendoncessia a ranscio, esa no s aliza sem apesenao d contrato egalizado 5

    ) a sociedad no poe insceve a fma o azosocia, incorndo nas inibies da rsanes; e 6 nenhm sciom o dieio de, individamen, reqrr a fncia da ocidad 107.Tais inibis, condo, no seriam aptas a obscuce as caacesticas que, seguno Carvah e Mendona, presents nas socidadesirregulaes, denoaiam a xistncia de personalida a su vor4 Tratdo.., V 3, ct. p. 80.os C CARVALHO DE MNDON Tad V3 ci p 80-.16 Cf. Tata . V. 3 ct p. 8990.17 Cf. CARVLHO D MNDONA. d. V. 3 ct. p 1336. Devem er

    ta alguma ealva quant tre arada r CARVALHO DMNDONA A tercera ente ela n ma ubte ce atga derga dnttut da macula para ent cmercat ndvdua cltv. Quant ltma n ctada, vale advertr que cet durnade j a cttavam a gde d Decrt-L 766/45 m vrtud d u art. 8 I Cf SMPOD ACRDA, J. C Mnul de Die Faimt. 4 d R de aner: Feta Bat, 999 p. 68 A prpt cnae at. 97 da Le n .02005. Quat vegadua da egunda tr cnfa- CARVAHOD MNDOA. tad.. ct p 34

    68

    cil e eee n e e ueen u o e ( e 1e ee eu e . ' nen e t o eee,o eae, ujeo on1en een Z, e to o n e, ee eo, ee1 o ." . o 1 1e on . fm o itre dotnaoAssm acocnano, sntenca, por ue eo e u

    e

    ue

    e

    e

    e

    u

    u . t e

    . E

    e

    . e ue e , e e ee e ein-

    1e . d 109e e, e, . en e n e eJUe no Boges . ehao por ao unap1Inco poconamnto o1 6 C Cv e 96, conavaqe, ante do teo o 2 o at cnta a pesonaa uc asa pocua d aguntos po o es comcas e no no Cogosoceaes comc1as sonte na t d qe sto imbas as esCv\0. Peqrino, enao, o spl o ssm conc1a comecas, a e Ju 1e nt e I

    e

    , e

    e

    e

    .e eue e

    , eu

    . e 1 .e u u ' e ue e t u et e e ee e ee ue e e nee u eete nu irg/,C1t " o R oe u n da pos osnh entendmento ppugna _ . .Va essata qu a 1 a ta cta repcussao s-cebe cmcasta acbou r; gada e po vpenca Na apeaao cve n d bna e usta d Sao6 c aa v tao unnme a am . dca da socda comecaPauo ecoheceus a psnaa Uf apenas agmas sts e qe esta so e

    ega

    ao agmeno

    o

    de sa pesonaa, nvo-

    a apacae e no a to

    a pvaemSf

    ,osTrtado. V. 3 c. p 89. V. 3 ct p 909 CARVO D MDOA

    d R d a r

    e, 9 s e 0 C Cs D m

    p 61 ... c p 8.

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    c a

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    l sjam atrbudos, mas pa satsfo de um procdmnto statudo em . A psonadad daqul qu tna atnddo sondadelgal do g.stro subentende-se dsse fto mesmo no da ccunstna _d t :do outogado st ou aqul dto. O s pssoa, nssa1pots, nao s fz acompana de quaqu frnca a um o taxatvo ttula?ads ptadas qula socdad Isso s d poqu a

    fnaodo g1sto nao e conf psonadade s socdades, mas

    ants dilatar a sua capacidade de direito. . S o at. 45, caput, Cd Cv

    , ao vsa sob o "nco da xstnc1 lgaldas pssoas judcas d deto pvado, no s atm nad1scnaao ds sus dtos poqu slntment sntnca qu acac1dade de dito dsss nts coletvos composta po uma gamavaada tona d d1r1tos cuja sstmatzao rputa dspns;l. raas, p1s, d uma capacdade de dto gnca, cujo contudo crcnscto pelos lmts ngatvos que a taa ou que:1

    1

    sJm mpostos pa sua ppa natuza ou po su objto socalDa pou m sndo gula a socdad, a afo d sua pso

    nahdad nao s pde dreta e necessariamente expita pvso

    gal dsuas ttulaads, j que, em tes, pla obdnca ao ato g1stal sao lasabhtadas aquso de todos os dtos contaode todas as obgaos que no s fm ntrdtas Atua,pos, o gsto no sob a psonfcao das socdads,pom, ma xatamt, no alagamnto da capacdad d dto que

    at a socdd dta enquanto gula Assm, s ants da nscao no Regsto, o contdo da capacdad d deto da socdada dmacado p lmts postivs psntados pa atbuoeresa e especca d ttuadads, aps aquele ato, passa ssecntudo a nconta su trmo apnas nas sts negatias qu al taa 122 M'g d 1 as, pois, uma capacdade judca restrita

    paa uma mas ampla, d cartergenricPr ltno, conta a concepo d qu tambm as socdads defto sJam pessoas, podsa objta qu a ga estatuda no at 45,

    12 Conme se_ve adiante, esta afmao resa melho escleci no tem 5 o

    presente Capitulo. R

    .

    ep -se aqu a a vetenca eposita na noa anteo.

    76

    caput,Cd. Civ. aostabelcrummomnto exatomque ocoa

    psonicao resguadamaispontamnta sguanajudica,alm

    dvlapelos intssesdercioscomosquaisasocidadvenhaa

    tavalasjurdicas

    Talafrmaonodnsv,poisapcepodapsonalida-

    datravs da siuaosubtivaaibuda aumnte, stando deniti

    vamnt associada a um ato obtivo do lgislado, qual sea, a x

    pssa outorga d diitos /ou atibuio d dvs, igualmnt s

    rvla um citio sucintmnt sguro na detminao d quess possuamacondiodpssoa. Alis, ama

    qu oeconhci

    mnto da psonalidad judica das sociedades igulas viia em

    pruzodtciosfchaosolhosprpia gnsdos diitos

    devresatibudossocidaddo Foi justamentm dfsados

    intrsses d trciros qu o legisador inicialmnte lh confriu a

    capacidaddsepaenaaoprocssual

    Admais, a dspito d todas ssas vantagns, h ainda qu se

    considraquapnasasistemticaaqui poposalogaconjugaha

    monicamntagagral statudanoat 45, Cd.Civ osdemais

    dispositivos legaisconstants noat. 927daqulmsmoestatutono

    inciso VIdoa. 1doCPC, mostando-s, ainda, maisconsntneaaosatuaiscontornosdprsonalidadecapacidad

    33 Condomnio edifcioncpalment no prodo psguea, a socdad vo a dpa

    a-s com um poblma qu at nto no ava vdncado sua agudza a cs abtaconal Ocasonada pela confunca de dvesosmotvos, como o xodo al paa os cntos ubanos os levadoscustos dtno maas necssos ao sogumno d novasconstus, povocou ela o surgmnto de uma nova tcnca d ed

    cao, psnada plo condomno dlco23

    23 Empeg-e neste ico esigo aotaa peo novo Cigo Civ pr esg

    na ta ealae No obtante a veae e omencltas asnaas po Caio

    Mo Sva Pereia m Condomio e ico1poras. 0. e o e Janeo: Fo

    rene 999 p. 67-9 a comiso eaooa o Cgo Civil e 00 opo pel expeo conomno lo, po julga que este " m conomno ue se consttu

    77

    T l i d d i d b

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    Tal inovao no passou ao argo da percepo do gisado brasileio, que, j m 1928, atavs do Decro n 548, ao d heconir a disciplina urdica, posriormne ateada po crto-in 5.234, de 8 d vio de 943 e pea Li n 285, de 5 de nho de948, pa ei n f59 , d 16 de dzmbro d 1964 modicassubsqns aamen consbstanciada nos ars .33 a l .358

    Essa spcie d condomnio desde muio cedo videncio sascaracrsicas pcliaes, disanciando-se do condomnio dio radiciona Embora a doutrina o soubss sinla, jamais chgo a umacordo sobr qua sia a naza rdica do condomnio dicio:ora, uavam-n o rssugimno da popiedad uprciia dosomanos, oa uma spci de srvido. Ouras vzes, ne s vismbrava uma socidad d condminos, ou, cm oposo extrmo, mama nivrsaidad de bns Ao ado de to divsas conceps ainhouse, ainda, uma vrnt que ntndia sr essa spci e condomnio pessoa urdica

    No i bm recpcionada esa ia se pea doutrina, no obstan, como advte J amain Coa de Oivira, tna ssa avrsosado da decin coocao do probma a de s qacionamno

    124

    A ess propsio, rata es dornado q a discssom oo da ipotica prsonaidad judica do condomnio cdiciorsou pudicada po r sido xaminada sob o no da iaridad dodirio d popridade. Com io, mitos vismbraam o condomniocomo pessoa por ne rconecrm o vrdadi iar dos diritos rais"suposamne pncnts aos conminos25

    Na vdad, a prpia i n 4591/64 amais aorizo a ntendimnto, viso q sob sua ica no a o condomnio dicio iard dirito d propriedad sa sob os aparamntos, sa sobre aspas comns, ilaridad esta deida aos condminos individamnt considrados. A exatido dssa prmissa , ainda, rpeida cm

    ojtivamen,comorsuldo doaod dico" Cf. REALE Migl Exps-o de Motivos do Superiso da ComissoResoe Elabordr do Cdigoii.: Novo Cdig Cil. Basla: Sca Espc d Edioao Pbicas[s.d.) p. 53.

    12 Cf A Dupla. , cit. p. 6.12 C CORRA DE OVER A Dpla. c p .

    78

    rma simps peo art 1331, capu, do Cd Civ ogo, c sisemica da ei, vam-s is as bass sobe as quais se assnavaa orinia veren pr-personaidade do condomnio dicio ivssa ipse s basado em ouras pemissas qe adiane sero xpostas e cramne ia provado s acro.

    Com eio, mboa ao condomnio dicio no s oore o direio de propdad sobe as nidades aunomas ou sobr as reas co

    mns o to q a ei n

    4.59 /64, m s ar. 63, 3

    , deere-he, mdiant dciso nnim d assembia gra, prncia na aqisio deapaamno d condmino q ta inadimpido o paamno _de trspaceas do po da conso, ded qe obsvado o prao assaadonaqu dispositivo a e sea a consruo do imve opada po regime d adminisao (a. 58, ei n 4591/4) 2 Esabeecus, assim, a possibiidade d qu o condom0, prsns as circnsncias cncadas no a 63, 3, s oass roprietro d nidade aunoma S a etra da ei era caa, no i. I,contdo, prontamen apicada Os ociais do Rsro mob.aoiniciamnt ecsaam-s a anscrev m nom do condom0 oimve adqirido por mio da addicao, ao argmeno d q ocondomnio, no possindo subjetividade, no podria ser proprierio Propritios, ao nndr dos ociais, seriam cada ? dos e0dminos, d modo q m su nome, no no do condom0, devraoperar-s a ranscrio. . . .a concepo, porm, po si s, evidnciava sa mpracabidade mpraicve, poq s ovidava qu a variabiidad contnuadouadro ga de condminos demandaria ma consan aaizaodo ro de itaes da nidad anoma mpraticv, ainda, sse enendimento porque acabaria por inviabiiza a aienao posrior danidade noma, qe somnt s perria mdiane anncia d o-

    o to do r. 3 3 i n 459/64 no rogado pa ntada m vgo doCdigo Cv d 00 q passu a discplina apns o T!l I q rn o condomnio rsado psvdo o lo vo as opors, noqual s sa o dispoiivo m comnto. dmais, anda qu o ido arigo -s ma prerogativa matral do condomnio dv-s conhec q o tndo ocorido sa rogao xpssa num do dispstvos do Cplo V doLivro d Par Espci cott- a igc

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    S j t ( essoa naural) ou em ouro (enes api-

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    Sejaemumextremo(pessoanaural),_ouemouro (enes api-

    cos) vslumbram-se personaldade e capacidad de d'rct: se1 Porano que esses concos no podem consituir deas a- aro, , .

    movveis e acabadas, como habitualmen apregoa a douna, mas

    pr-cessos emconsuo, que ta plenitud da pessoahum_ana comomvel prmordal. Desse modo, a pessoa natural enquano imageme

    semehana do Crador, ouorgam-se mlplas e ncontves prerrogativas jurdcas; num domno mas esreo, pessoa jurdca, reco

    nece-s uma varada gama de dros e deveres que sejam enreanto, compaviscom a sua naureza com a li e comseu objeo; em uma esfraainda mais restrita, aosentes atpicos nquanto pesso-as decapacidadede direitoreduzda, concede-se ogozo d ummnimo d poderessufcentes a elev-los, em ceras suaes aoposto desujeto de drtos 13

    4.4 Agn x bi n

    4.1.1 Sobre o pinciodatipicidadedas pessoas

    J LamartineCorrad Oiveira em suaclssicao"A Dupla

    Crs da Pssoa Jurdca"advrte que modeamnte a concepodpessoa jurdicaestariaenfentando a quebra dedoisparadigmas essen-cas: o de sua tipicidade e o d sfmo.

    Cenrando nossaano no primeiro qu sem dvida, o as-pco que ora nosinteressa i ele nomeado pelo auor decrse dosistema. Segundo J. Lamartine Cora d Oliveirao fo de o conceitode pssoa jurdica estar gradualmene sstendendoarealidadesradi-cionalmenteconsideradascomo xcludas do mbitode incidnciadas

    31 No obstane pne nrza jurdic odo n ios, com dpeend agmo trazd col ee ralh -e a omel m t no m es qvmete s, pna p eaquean dole adad d rt dcm- e dq qaae eoma essa. Comfecom dam lenado pc dediriod s no ge, ma tr. fla de umadomnao qj ti m qe tradz fme id "a dpaad dca ou rdda" con- a mpgr ae eeac cm es aq cda.

    84

    normas regradras das pssoas jurdcas rxamente conduzra uptura da tpcdade que at ento as envolvera. Mgrarsea pos deum sstema nueru clauu para nueru aperu na dtrmnaodas pssoas jurdcas132.

    Em que pese o brlho do emnene doutrnador no s podrampotar al souo para ese trabalho m prmero lugar, dversamente d J. amartn Corra de Olvera no comprndmos qu osnes atpcos uma vez reconhcda sua personadade, ntegrem acategora d pssoas jurdcas 133: que so pssoas no h dvdas maspessoas de um tercero gnero qu s destacam das naturas e dasjurdcas peo teor de sua capacdade de dreo regrada no em parmetros genrcos, como sucede com aqueas mas m molds rstrose excepconas

    Mas ssa ressalva por s s no apa a negar valdad s concluses de J amatn Corra d Olvra vso qu a personcaodesses entes esejam eles nsertos ou no entre as pessoas urdcas,redunda de quaquer modo, no alargamento do espectro de seres quegozam do tatu de pessoa O que se deve questonar se essa amplao rprsnta fvamnt uma qubra do prncpo da tpcdad daspessoas

    Conrm vso, J Lamartn Corra d Olvra parc ntndrque sm mas h que se ter em mente que seu posconamento rmassore a poso ontolgconsttuconal adtada por aquele auorConceendo a pessoa urdca como realdade anagca ao ser humano preexstente ao recoecmento de sua personaldade pelo stado13 J amartne Coa de Olvera no podera extrar ouras conseqncas da condo de pessoa que vslumra no condomno porundades autnomas na socedade rregular e no estgo de pr-vdadas socedades

    2 f A Dupla.. , c 83 Em vre em lvro A Dpla Crise d Peo Jrdc J Le Co

    Oea ape vub roald o no r nid a m, n iedd egur s p-v soti C A Da

    01-574 C RA D VIRA A 1

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    il b

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    sse, contdo, no o ponto de vsa pailhado por ese raba-ho. Ao ongo do prmero capto, demonsrous qu o coc1o dpessoa no s depreende necssaramn da radad _ontol?gca doser a que se usta podendo derivar am1 de um ato qvoco dolegslador. Logo excpconandos a hpotese da pcssa nara, oreconhecmento do counto de seres dotados de prsonaldade resuada detda anlse do Dreto postvo, na busca de uma parcular disci-plina udca Assm sendo deerminar se o princpo da tipicidadevgoa ou no m matria de pessoas jurdicas e ents atpcos probema a sr analsado excusvament no mbito jurdico Sendo as-sm, rets a questo: o reconhcimnto dos nts atpicos comopessoas importa na quera do sstema de numerus ausus tradicio-nament apicado nesta sara

    primira vista, no gurndo esses sres no ro de pssoasapresntado nos arts. 2 4 44 do Cdigo ivil, poderseia ter aimpresso de qu a sua insero na catgoria das pessoas conduiriainvitavlmente aberra do sisma. Essa conudo, uma saprcepo dos ftos derivada, sobrtudo da habitual conso sabelcida entr tipcdae e enumerao135

    A enumerao de ipos, como sabido, pode sr exempicaivaou taxativa. No pmro caso o sistma empregado sr o d numerusaertus, que "mpca, em rgra, a ivre escolha dos modos legaisam do reconhecmnto da ra criativa da prxis dos ngcios 136.Instalase pois vasto campo de xrccio da autonomia da vonade,podendo o indivduo tanto valers dos ipos legais prxados quantocria novas spcs negocias qu tenham ou no por substrato ashiptess enumradas na le

    Acontece porm, que raes de sguana judica podm toardso aos indvduos a dealiao de novas fguras em detinadasmatrias d modo que so ees rmetidos apenas ao uso dos tipos

    egas adrde ados peo lgislador ln casu terse um sistema d135 Cf. ASCENO Dito . , c, p 224.136 CHATEAUBRIAND FILHO, indemburgo. Entre A1o0ia e o Cotole:

    86

    NumsClas e ApmDreitoPvado. BeHoriznt: acue eD-to,Uve Fr eMsGrs 193. (Ds d-reito), p. 4.

    numerus ausus qu costumeiramente se f acompanhard um oenumerativo em que se enceam as hptses que consttuem, porexemplo, detenada catgoria de direitos A numrao aejaexplicitar quas seam as hipteses egais d incidncia de determa-do estatuto sem qu neessaramente enuncieas odas ou que rep-sent uma sttura fxa ou mutve 7 o que coamnt scace Hindemburgo hateauiand Fio:

    oo o numers clausus oz o z o zo o o o o oo f o o o oo oo zo o oo o o o o o o o U oro o o oo o oo 8 _

    Conjugandose ssa lio o teor dos arts. 2, 4 e 44 do dCiv. s concuses alcanadas nesse rabalho acrca da prsonaidaddos entes apicos, prcbs qu sss dispositivos legais no arro-am todos os seres que parcipam dessa especal condio udca A

    enumerao no esgota de modo algum, odas as hipteses axavasde pessoas pois o lgislador a par das istas por si ngndradas prmiou ouros sers com ssa qualidad.

    Essa circunstncia no nga conudo a vigncia do princpio datipicidade no que tang dtrminao das pssoas: apnas dmonstraque a existnca m ei de uma enumerao ainda que reac0 ada aum sistma d numerus ausus no constitui bice a que o legsladorcona idntica siuao jurdica a ouras guras Assim tamm seexpressa Jos de Oliveira Ascenso ao anaisar o ema da ipcidadedas pssoas udicas

    io o

    i o o o o o

    7 C CEOLT n Cao Satos Co1doo: Um Novo Tpo d Pssoa Jur-ca. Blo Hrzt 1999 Mograa aprsnaa sia irt v Cmd - ude Dito Ursia F e Ms Gas, . 56

    Ete Auonoma p

    87

    d d O d

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    , no condr picdade eenumeao OctodeNo Enecessao . t cdadetaxativadepessoasco

    lect1vasnaoequvaleave-haver uma 1p _ .

    - deque aleiestabeeceu umaenumeraaotaxatva.

    caao 1 H' N-0 cabe lei qalifcarmas 1sc1pa. apessoacoecva sempre

    q:e a le estabelecer um egime que impliquea pesonazao. Maspoco interessaquealeotenha decarado, ou noenha ditonada. O

    ue vinculativoo queest efectivamente regado

    E h

    M h h -, r h - .O 1er clasu M "1l9.

    Irretocveis as paavras do ilustre prossor lusitano e, ainda quevrsem apenas sobre a tipicidad das pssoas cotivas, podm serpnamnte transplantadas para um plano mais amplo, concernnt spessoas cm gra

    A o coaconada demonstra que no que s cogitar o rom-

    pimnto do princpo da tipicidade das pssoas pla admisso dosntes atpicos nsta categoria: a dtminao dos sers qu a s insiram continua a ser prerrogativa excusiva do egisador, no podendosr fta atravs de atos negociais dos indivduos Sja na expressanomao das pessoas arts 2, 4 e 44 do Cd. Civ. , sja na atri-buio dessa condio a ntes ants dela privados como nas iptses anaisadas , sempre e indispensavelmente uma atuao positi-va por pae do lgislador cm rlao aos demais entes personifcadosque no o omem antmse, pois, ntgro o sistema de numerusclausus nesta matria

    4.12 Sob dto t po jto d dto

    Por timo, revlas conveninte, ainda, traar algumas conside-ras acerca da distino antes etivada no item 32 do primeirocaptulo ntre seto d drito e pessoa de sua compatibilizaocom as concluses ora alcanadas.

    139 Direito.. ,

    88

    Confrm visto, os entes atpicos ao titularizarm direitos e sta-rem sitos a obrigaes mrgem da objetividade m que estavamncrrados, para tornarmssueis e ireis das rclas urdcasd que ls seja dado participar Acontce, porm, que esse mesmoto assinala a condio de essa dsss ents Assim, se os entesatpicos postamse no ao lado das pessoas, mas ants ntre eas seinserem, acontcndo o mesmo a todos os sres a qu o ordnamnto

    jurdico vna a outorgar a aptido aquisio de direitos e obrigaes, no seriam os concitos de sujeito d dirito e de pessoa neces-sariament snnmos, desautorizandose a difena antriormentrmada?

    ara esclarecer ssa questo, primeiramnt ncssio ter emmente que t d esss concitos srm cincienes no importaque eJam somos De fto, soment s pessoas dado car 0s d suito d diretos, circunstncia qu por si s j vea qupessoa no sea sito d dirtos, no obstante seja a nica cnia-a a asswi al si.

    Rpitase aqui a advrtncia antes consignada o seito d di

    reito, o vnculo de atributividad e o obeto de dirito integram a estuua da reao urdica, constituindo, por essa rao, categoriasabstratas, de contdo varivel; as pessoas, ao contrrio, insremse naio concreta da rlao urdica A anis dos ementos presentesno pano estrutural da rlao jurdica no permit individula oudetcctar a sua ral congurao Neste campo, tms apnas umtipomodelo, de modo que a real e concreta fio da reao urdi-ca prmanc oculta

    Aaisada, entretanto, a relao no mbito fticourdico, rvea

    la sus espccos deincametos , por via de conseqncia, a suadntidade nst plano m que se idnticam as pessoas, os bns eos ft

    _os que eftivamente compm a trad rlaciona o sueito seesecca como_uma pessoa natural, jurdica ou um nt atpico; 0beto se corporca m uma obrigao d dar, fzer ou no zer ouem um bem propriamente dito o vnculo de atributividad se denecomo um fto jurdico, um atofto, um ato jurdico sic sensu ouum negcio jurdico

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    xcpcionar quais diritos devres podriam sr aqui:ios Q d d did

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    soas ouexcpcionar quais diritosdevrespodriamsr aqui:iosnaordmcivi, eprocamaumprincpio d igualdad, q e rg1?0plo txtoconstitucional,msuart. 5, caput, catgoa ddJr1tondamenal.

    Contudo,hquscomprenderqutantootxto constitucional

    quano o ordnro vsumbram no uma guadad absraa, mas aevao da sonoma material, que prssup, por cro, o rconh

    cmeno d qu os homns, na radade, so dsguas Ru arbosa, apropso, j assevrava m xo clssco que a rgr da _iguadadno conss seno m qunhoar dsgualmen aos dsguas, na mdda m qu s dsguaam"42 e qu raar com dsguadad aguas, ou a dsguas com guadad, sra dsgualdad agran, no gualdad ral"43 Comparhando ssa lnha d pnsamno, Joo Bapsa V1lleaadver qu a nroduo do prncpo da gualdad prssup a garana dos espaos da drna, d modo qu a dno da guadade oua dmarcao da drna consum uma nca msma opra0t44. Logo, a evao do prncpo da gualdd dmanda :'uana escua do legsador para bazar, com dscernimeno e pdenca,os ms da drna45.

    S dvrsa ss a xgs acca do prncpo da gualdad,sndo a suscbldad d dros obrgas uma quadade muoabsraa vaga qu odos os homns possuem, odos os homns sram urdcamn iguais; odos gozaram [sc], denro dssa frmulaquase sm condo, dos msmos dreos e obrgas A socdadsra uma smps coeo d ns jurdcos, desmpenhando odosnla O mesmo pap"46 No so prcsos maores argumnos paraevdncar o carr nasoso d al assro a prpra ordem dosos qu se ncumb d al ar

    142 Orao s M.Nova ed, Rio d Janeo: Casa d Ru Barbosa 956, p. 3 Ora . , c., p. 3

    . Cf Sor a Igaldad de Ditos te Homem Mh : TEIXIRA Sav0

    d Fedo Diets d Fam e d Mno 3 ed, Bo ozo D Rey,993p 8

    VILA Sobe c t p 5 CBR D MONCDA L. , ci, p 58-9

    92

    Que ors nuncam, no, na drmnao dssa medidaexata d dreos obrgaes qu ocam a cada ndvduo? Cabral dMoncada sobrva o estado das pessoas como or da mas ala rvnca na deno dssa medda, caracrando-o como a suaoou poso (status no qur dzr oura cosa), qu lhs modca acapacdad m gral, zndo arburlhs um condo de drosmas drmnado, maor ou mnor, com rlao a ssa msma ca

    pacdad"4

    7. sado represena, assm, uma ca poso urdcaqu, consundo o prssuposo d arbuo de suas jurdcas,drmna, rexamn, a capacdad 148

    Duas crcunsncas nluencam sobrmanra na caracrzaodo sado a poso m qu o ndvduo s acha para com a socedadpolcamen organzada e para com a mla 49 Tas relas correspondram, respcvamn, aostatus civitatis aostatus fami/iaca auao, modrnamn, adsrngrs-a modcao da capacdade de dro ou dmnuo da capacdade d xrcco

    Mas, como bem rembra os de lvra Ascnso, os sadosno dvm sr lmados a ssas duas cagoras, pos h vras pos

    s pcas, qu suam sujeos na socdad e que so ormavamn prvsas para odos as sc] qu s nconrarem naqulas conds5. ambm rlmbrando essas poss, Cabral d Mneadanoma-as condies de puo fato adverndo qu no obsan lasnuam mas dreamn sobr a capacdad d o, no dxamambm d ncdr sobr o condo da capacdad d dreo. Enressas conds numra a dade, o sexo, cras enermdads osesados ransros d prvao da razo15 1.

    Norbro obbo assnala qu ssa pluraldad d sados reeo prpro dsnvolvmeno omado plos dreos do homm no psgurra A parr desse momno hsrco, o homm dxou de sr

    consdrado como ene gnrco absrao, para sr ncarado na esp-7 , t, p 59 Cf ASCNSO. Dr .. , ct p 89 C. CBR D MONCADA Les , ci, p 596

    Det ct p. 9 C e. ct, p 6. ORANDO GOMS cama a ssas ccstcas d

    ad ndvul: cf dfo .. c p 68

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    cifcidade e concrtude d suas diversas maneiras d sr 152 Tal ps Essa dfnio, alis, s vm a afmar aquee que o mais ba

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    cifcidade e concrtude d suas diversas maneiras d sr Tal pspctiva pomovu a muliplicao de estados. atravs do reconhcimnto lgislativo dssas spcifcidads ndividuais 3

    Assim sndo sr nacional ou stangeiro homem ou mulher casado ou sotero so crcunstncas juridicamente rlvantes qu ndi

    viduaizam a capacidad do homem, dando-lhe contoos mais ntidos spcfcos. Contudo, h qu se ter em conta qu sss tos noatuam xclusivamnte sobre o contdo da capacidad de dito masaftam ainda a capacidad d fto dterminando a extnso da possibilidad d ao autnoma dos indivduos confrm mais adiant svr

    Dtnhamonos por oa, nos refexos da atuao dssas causasmodicadoras do estado sob a capacidade de dirito Todas essascircunstncas ua v putadas jurdicamnt lvants pelo ordenamnto, podm vir a moldar a capacidad d diito do homm mdida m que ele se ncaix ou no nfattisecie rmada

    Na anlise dss tma, pimiramente h que se atntar paa umto qu no rao fg prcpo do estudioso Emboa comumnto stado infua na determinao dos concrtos limites da capacidade,

    isso nem sempre se vrifca. a vdad da possvel inadequaoentr a prviso normativa o conceto estado do indivduo, podmsurgir causas decitates da caacidad de direito ou no S sgirm star-s- diant das chamadas icaacidades eseciais de gozo;

    s no, ts a auscia de legitimao, que em vrdad, no inuisobr os limits da capacidade judca

    Com efito, distintas so essas duas guas, no obstant a ftad gitimao tenha permancido ocuta aos olhos dos doutinadorspor ongo perodo de tmpo, confndida qu a com a incapacidadde gozo Modamnt condo a doutina f acpo nt ambasreconhecendo a incapacidad spcial d goo como uma limtao

    ressa esecca aquisio de determinado dirito ou obrigaoplo indivduo, dcornt d su stado ou d outas condis

    152 Cf Diretos do Homm Soceade ln: __. A Era dos Direitos (L' det) Ta Caos Neson Couho Ro de Jeo Cp, 99, p68

    3 C BOBBIO Deos do, c p 68-9

    94

    Essa dfnio, alis, s vm a afmar aquee que o mais basia impotante pincpio sobre a capacidade de direito das pssoasnaturas: a capacidad smpr a ga a incapacidad a exceoTa gra mais qu um nuncado rpsnta o pic da vouo poqu passou o insituto da capacdad. Assim, no qu conc s pssoas naturais "no h mais spao paa uma incapacidad d goonum sentido gral (. ] s a vda soca xig qu s prive a crtosindivduos do gozo d certos diritos tal no pode ocoe sno em

    cicunstncias limitativamnt dtrminadas, de tal sot qu dsapacidas qu sjam, a plnitud do goo dos diritos s staura4

    A lgitimao por outro lado tm contoos muito especcos, para sua confgurao nvolve "sab s uma pssoa, em fce deuma deteriada rlao jurdica, tem capacdad para estabelca,num ou noutro sentido sem gif no orgna 55. Desse modo, a capacidad dpnd d uma qualidade, qur dir d um modo d srdo sujeito em si, enquanto qu a legitimo rsulta d uma osiosua, sto d um modo d sr su em relao com os demais" 156

    omemos aguns exemplos para elucidar a dirnaEmboa tanto Joo quanto Pdro, plnamnt capazs sejam

    pssoas naturais igualandos idalmnt m prrogativas concdidas po ordnamnto jurdico s st timo casado, no legiti-mado para doar art 550, Cd Civ) para seu cmpce em adutroou msmo tstar at. 1801 III, Cd Cv.) m vor d sua concubina, precisamente em no de seu estado fmiliar

    Logo, Pdro vius tohido apnas na possibilidad d zer donativos por ato iter vivos sua pacra d adutrio ou po atoost mortem sua concubina sndo capaz, ntrtanto, pa doa m vor d outraspssoas qu no a amsia o portanto, ncapaz para a spci drlao jurdica proposta visto qu a hipts vrsa sobr ausncia delgitimao Assim no obstante a poibio imposta a do sua capa

    cidad d dirito sob ss prsma igualas de oo pois em ambos seaprsnta a idonidad para atos gnricos d alinao

    4 SERPA OES Mgu Maa de Cuo Diio Civl. V 6 ed Rio de ao Fas Basos 988 p 68-9

    SRA OS Cso , c p 6. SRA OS Co , c p 6

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    Po outo lado sendo Pedo casado a?m o podeconrir ss s es e re de

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    Po outolado, sendoPedo casado, a?m o p novasn ciasenquantonodissolvesuaprimeraao( l._571,Cd.p .

    1 . fl

    assim dramnesobeo ab1tod suaCiv) Seuesadoc1v1 , , d A. .d d . d'zendolheumsegundocasamntoenquanto av1gen-capac1 a e er 1. J ' (rt 152 V Cd. Civ). Acapacdad d oao,ene-iadopme1ro . ,

    1 -

    - rstringda nsse aspeco, pois, sendo le so tc1ro, naotano, nao se ve A encotbics legais,aomnos desse to,aosu marmo110.

    Pedro,considado cmsi msmoenoem relaao a outcm, tev

    _

    dmnudasu capacidade jurdica,j queodeito de casasf1-.lhc rtidocomo utodo at qu no maisprduro vnculo maronal ante-ra

    /do. Vsa a ipese, sem dvida, sobre incapacdade ec1 gozo .Conclui-se, potanto, qu do stado dcorem tanto 1oeses usnca d lgitimidad coo causas de ncapacidade cspc1l d.dreto.As prmeras, como se viu, no atingm a capacidade de d1e1to, v qum m mia uma elao jurdica cm concro, no atando a ap1dao doindivduo a tomar pa em ouras sias judicas de mesa ndole assegundas, po sua v, reerindo-s a uma caria io de stuaes,inediem-na po complto ao ndvduo, duindolhe a capacdade dedirto que cm moldes abstratos lh ra atbuda 57

    _

    Po mio dssas asseivas, vericas qu as pessoas s1cas naogozam, em moldes concros, de uma mesma capcidad d ?ireio, dadaa possibilidade de existncia d causas de incapacdad spcal de goo

    A muitos podeia parcr inqua tal diversidad sta, porm, umaflsa impesso, pois, sm que se presee o espao para a desiualdade:no h como se propugnar pela ral e eiva ialdad O que se deve epocede a um juo axiolgico das causas dciants da cpacdade dedeio paa arir se a sua xistncia colabora ou no paa a mplemenao da isonomia material o que elemba Cacluti

    "is s s s s s is, ,

    e

    i

    l [ ) s s as s s t s_ rs ss s a d is sas as ras s s sei st tar s s es _ed; s zs s s , r os11

    s1 Cf. ASCENSO. Direto . , ci., p 147

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    ss s es e re de s s ss s s, se s es s rss z; as stus sd, sss ss, si,, a es, s as s idd 158.Isto poso, adian passamos a perquiir se dnica a cpacida

    de de diito conce

    dda a todas as pssoas jurdicas5.12 Msuo t ssos jus

    Se so suis as difrenas ene a capacidad de direito dos homns decorentes, paradoxalmente, do intento de iguallos, enre aspssoas judicas las so de maior monta e oiinamse da prpria stuura desses enes, que substancialmente diversa em cada um deles

    jusamente para coresponder s drenes xpecaivas umanas.Emboa exisa um egim comum a todas as pessoas jurdicas, a

    nalidade para a qual i consituda cada uma d suas espcies dialhes uma direne esra d atao jurdica. Assim, ninm susten

    aria sr idntico ol de titulaidades subjeivas concedido ao Esadoquel aibudo s pessoas jurdicas de dieito privado.Ademais, h que s ter m conta qu tambm entre as pessoas ju

    rdicas o sado pode auar como eemento deinador da capacidadede direito bvo que, nesse caso, no h que se la em a fa-milia, pois esse estado, pela natureza dos direios que he so coeatos, eacionase excusivamente pessoa natral Outra, condo, a situao no que conce aoa civia

    Doadas que so d nacionaidade59 - no senido strito de estaremsubodinadas a uma ordem jurdica dteinaa16 - as pessoas jdicasde dieito pivado sto submeidas a eventuais esties em sua capa

    cidad de dreito em decorn

    cia de seua ciiai A ttlo dee

    xem-58 Ta ., p 1.9 Vde, adnte, o 1660 CSILVAPEREIRA Istius. ,V.1, ci., p.206; SERICK RolAprienc

    yRealdd n las Socdades Mecanils [Rechtsf und Rali jurirPrnen).Tad. JoPuigBtau Bclon:Ari,958 p 7-9.

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    que a capacidade na exceo. Nesse caso ao analisar os textos lgais nria de obras intectuais s pessoas jurdicas l63 O stato aua d

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    qu a capac a a c ca a a a a ga o intrprete dev adotar uma lgica compressiva em relao capacidad d direito dos entes atpicos que sa norteada sobretudo plosns objetivados pelo lgisador quando da personicao Vseportanto que a capacidade de dirito dos nts atpicos por ra dasrazes apontadas m muito dista do modelo de capacidade de direitorelacionado s pessoas naturais s jurdicas.

    Mas mesmo qu ao homem e a certos entes se reconhea a aptido aquisio genrica d direitos, no se pod da xtrair que apessoa natura e a pessoa jurdica possuam capacidades de direito didntico teor No obstante ambas sejam igualmente pessoas seussubstratos ontogicos no so de todo irrlvantes para o Direito poisinuenciam sobremaneira na extnso e contedo dos poderes conados a cada uma dessas pessoas. Assim sendo armar homogneas acapacidade de direito da pssoa natural e da pessoa jurdica consistmesmo m dsprezar as mais cominhas direnas entre ambas

    Se por um lado um tsmo armar diversas a capacidade dedireito dos entes atpicos aquela atinente s dmais pessoas nemsempr ca claro que essa ausncia d identidade tambm persiste emmeio a essas timas Sem dvida muitos so os pontos qu as aproximam

    O campo em qu mais se aviinam a capacidade da pessoa natural e a capacidad da pessoa jurdica o dos direitos patrimoniais 162

    As pessoas jurdicas podem sr proprietrias de bens mvis eimveis sendo que pela atuao d seus rgos podem tambm adquirir a poss de bens -lhes prmitida ainda a titularidade de bensincorpres derivados da criao industria (arts caput ; 94pargra nico e 8 caput, Lei n 979 de 459) e da atividadeinteectua (art pargra nico ei n 9 de 998). No casoda criao industrial a titularidad poder ser originria ou derivadasendo que na inteectual usualment ser derivada ( art caput, ein 9 0/98) Antnio Chaves assinala entretanto que desde a ei n

    5988 d 473 j se prnunciava a extnso da tituaridade origi

    t2 Cf. FERRARA Teoria.. , ci, p 836; CUHA GONLVS uz da tdo

    e Do Cvl. V J T So Paulo: Max Lond 1956 p 980.

    00

    nria de obras intectuais s pessoas jurdicas O stato aua dtutla dos direitos autorais i n 9098 suaga tal perspeciva aopossibilitar qu a par da pessoa natual possam tambm as pessoas

    jurdicas gurar como organizara de obra coletiva (art 5 V heditora (art. 5 X produtora de proamas ou de obras audioisuais(art 5 XI Nesse sentido o pargra nico do at da ei n

    9098 expcito ao prescrever que "a poteo concedida ao autor

    podr aplicarse s pssoas jurdicas nos casos previstos nesta ei Namesma linha o art 4 da ei n 909 de 998 der ao mpregador contratante de sios sem ressalva quanto classe em que eepossa star includo ou ao rgo plico os direitos relativos ao program de computador dsenvolvido nas condies ai espcicadas

    As pssoas jurdicas cultase ainda o gozo de quas todos osdiritos reais exceo dos direitos de uso e de habitao qu lhsso estruturamnte incompatvis na medida em que se prestam asuprir ncessidades pessoais e miiares do beneciado conrmebem videnciam os arts 4 cut 44 do Cd Civ Quanto aousufto pod ser constitudo cm vor de pssoa urdica caso cmqu perdurar no mximo at "30 (trinta anos da data em que se comeou a xercer (art 40 injne Cd Civ).

    _ Em relao ao direito sucessrio as pessoas jurdicas conquantonao possam testar podem ser nomeadas herdeiras ou egatrias (art99 Cd Civ) No campo da sucsso egtima porm nopodem hrdar savo a xceo consignada no at 844 do Cd Civem vor dos Municpios do Distrito Fdera e da Unio.

    Por m as pessoas jurdicas podem gurar ativa ou passivament nas relaes obrigacionais no mbito civil sejam as contratuais ou deituais

    No se pense contudo que neste ponto se cxaurem os direitosdas pssoas jurdicas: a par do direito moral de autor a elas tocamoutros direitos d ndole extapatrimonia

    Cf Crr da Ob ec1/. So ao r 995 00-4 C FRRAR ei. , p 8306 CUHA GNAVS ao c

    p. 978-80.

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