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RESUMO EXECUTIVO

Capibaribe B5 POS VERIF V24 250711 - apac.pe.gov.br · Marcelo Leal Marcos Antonio Barbosa Equipe Técnica Alessandra Maciel Alessandra Firmo Antonin Mazoyer Bruno Marcionilo

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RESUMO EXECUTIVO

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PLANO HIDROAMBIENTAL DABACIA HIDROGRÁFICA DO RIO

CAPIBARIBE

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Governador do Estado de PernambucoEduardo Hen rique Accioly Campos

Secretário de Recursos HídricosJoão Bosco de Almeida

Secretário Executivo de Recursos Hídricos José Almir Cirilo

Gerente do ContratoMarcelo Cauás AsforaDiretor Presidente - APAC

PROÁGUA Nacional José Mázio Cezário BezerraCoordenador da UEGP/PE

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P963p Projetec - BRLi

Plano Hidroambiental da bacia Hidrográfi ca do rio Capibaribe: Resumo Executivo / Projetos Técnicos. Recife, 2010. 98p. : i. 1. Bacia Hidrográfi ca. 2. Plano Hidroambiental. 3. Rio Capibaribe – Plano Hidroambiental. I. Título.

CDU 556.51

NORMALIZAÇÃO E FICHA CATALOGRÁFICA

Secretaria de Recursos Hídricos do Estado de PernambucoAv. Cruz Cabugá, 1111 – Santo Amaro, Recife-PE CEP: 50.040-000

Endereço eletrônico: http://www.srh.pe.gov.brCorreio eletrônico: [email protected]

PABX. (81) 3184 2500

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© Secretaria de Recursos Hídricos- SRH

FICHA TÉCNICA

SECRETARIA DE RECURSOS HÍDRICOS

Coordenadora GeralTerezinha Matilde de Menezes Uchôa

Coordenador TécnicoAntônio Ferreira de Oliveira Neto

Equipe TécnicaAdriana Paula Ferreira E. da Hora

Andrea Lira CartaxoAnna Paula Alves Maia

Antonio Lins Rolim JuniorClenio de Oliveira Torres

Clenio de Oliveira Torres FilhoFabianny Joanny Bezerra C. da Silva

Gileno Feitosa BarbosaJosé Liberato de Oliveira

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Equipe de ApoioAuridan Marinho CoutinhoCoordenadora Adjunta da UEGP/PE – PROÁGUA Nacional

Joana AurelianoAnalista da CPRH

José Roberto Gonçalves de AzevedoGerente de Planos e Sistema de Informações - APAC

Manoel Sylvio Carneiro Campello NettoConsultor - SRH

Maria Lúcia Ferreira da Costa LimaAssessora de Mobilização - APAC

Marisa Simões Lapenda FigueiroaDiretora de Gestão de Recursos Hídricos - APAC

Suzana Maria Gico Lima MontenegroDiretora de Regulação e Monitoramento - APAC

Normalização e Ficha Catalográfi caRosimeri Gomes Couto

Todos os direitos reservadosÉ permitida a reprodução de dados e de informações contidas nesta publicação, desde que citada a fonte.

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PROJETEC - BRLi PARCEIROS INSTITUCIONAIS

Comitê da Bacia Hidrográfi ca do Rio Capibaribe Ricardo Augusto Pessôa BragaPresidente do COBH Capibaribe

Membros da Câmara Técnica do COBH CapibaribeRicardo Augusto Pessôa Braga – UFPEDiogo Falcão Pereira de Mendonça - Prefeitura de PaudalhoLuciana Maria da Silva – Centro Escola MangueFátima Moreira – Sociedade Nordestina de EcologiaAlberto Pestrelo - COMPESAAugusto Lima Guimarães - Colônia Z1 PinaPedro Pereira de Arruda – Sindicato Rural de VertentesAluísio Maranhão – Rotary CaxangáMaria José de Souza Cordão – CPRH

Colaboradores do COBH CapibaribeFredi Maia – Federação das Indústrias de PernambucoAlexandre Ramos – Centro Escola MangueCarlos Eduardo Menezes – IFPEMaria Angélica Alves – Terra LumensJulien Ineichen - Quero nadar no Capibaribe

Tatiana GrilloTatyane RodriguesWalter Lucena

DesignerBenoit R. F. Peeters

ColaboradoresAlfredo Ribeiro NetoCarloz VazCristiane RibeiroDaniela de Souza KyrillosLúcio dos Santos

EstagiáriosCristina OliveiraMarcelo LealMarcos Antonio Barbosa

Equipe TécnicaAlessandra MacielAlessandra FirmoAntonin MazoyerBruno MarcioniloBruno VoronCamila SolanoCatherine AbibonCecília LinsCláudia Leite Teixeira CasiuchEduarda MottaFernandha BatistaGilles RocquelainGustavo Grillo TeixeiraGustavo SobralIsabelle MeunierJaílton CarvalhoJoão CavalcantiJohana do Carmo MoucoLeonardo FontesMarcela GuerraMaria Elizabeth DomingosPatrícia Regina Oliveira da SilvaRoberto SalomãoSandra FerrazSandro FigueiraSérgio CatundaSimone Rosa da Silva

Diretor ResponsávelJoão Joaquim Guimarães Recena

Coordenação GeralAndré Luiz da Silva Leitão

Equipe ChaveFernando Antônio de Barros Correia Rui Santos Margareth Grillo Teixeira Edilton Carneiro Feitosa Gabriel Tenório Katter

Coordenação AdjuntaRoberta de Melo Guedes AlcoforadoMarcelo Casiuch

Coordenadora TécnicaMargareth Mascarenhas Alheiros

Gerente da QualidadeIvan Ulisses Carneiro de Arcanjo

Assessoria de CoordenaçãoNise de Fátima Coutinho Souto

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Rochas graníticas afl orando no rio Capibaribe (Paudalho).

Sempre pensara em ir a caminho do mar. Para os bichos e rios nascer já é caminhar. Eu não sei o que os rios têm de homem do mar; sei que se sente o mesmo e exigente chamar.

Eu já nasci descendo a serra que se diz do Jacarará, entre caraibeiras de que só sei por ouvir contar (pois, também como gente, não consigo me lembrar dessas primeiras léguas de meu caminhar).

O Rio – João Cabral de Melo Neto (1953)

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O Resumo Executivo do Plano Hidroambiental da bacia hidrográfi ca do rio Capibaribe é um documento síntese,

de fácil entendimento, contendo os principais resultados obtidos pelos estudos hidroambientais desenvolvidos, mostrando uma visão geral da Bacia.

O Plano Hidroambiental (PHA) é fruto do contrato Nº 004/2009 fi rmado entre o Governo de Pernambuco, através da Secretaria de Recursos Hídricos (SRH-PE), e o Consórcio Projetec – Projetos Técnicos Ltda e BRL Ingénierie, com recursos do PROÁgua Nacional / Banco Mundial.

O PHA envolve um Diagnóstico - contendo estudos hidrológicos, ambientais e socioeconômicos - e analisou cenários em termos tendenciais e sustentáveis, a fi m de propor Planos de Investimentos para a Bacia. Além disso, sistematizou para disponibilizar no sítio da SRH-PE, os referidos produtos formulados para livre acesso pela população interessada.

Dada a abrangência e foco deste estudo, presume-se que o mesmo venha a ser um instrumento de grande importância para a gestão dos recursos hídricos do Estado de Pernambuco, especialmente para o desempenho das funções legalmente previstas, do Comitê da Bacia Hidrográfi ca do rio Cabibaribe (COBH Capibaribe).

APRESENTAÇÃO

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11Açude Poço Fundo - Santa Cruz do Capibaribe

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CONTEXTUALIZAÇÃO 15 DIAGNÓSTICO HIDROAMBIENTAL 19

Recursos Hídricos 22Caracterização FísicaAspectos ClimáticosPotencialidades e DisponibilidadesUsos e Confl itos da ÁguaDemandasBalanço Hídrico Considerações sobre as Mudanças Climáticas Globais e Desastres AssociadosInstrumentos da Política de Recursos Hídricos

O Ambiente Natural 36Geologia, Relevo e SolosCobertura VegetalEcossistemas AquáticosQualidade da Água do Rio Capibaribe e dos Principais Reservatórios Resíduos Sólidos Uso e Ocupação do Solo

Socioeconomia 48Dinâmica Social e EconômicaCondições de VidaPlanos e Programas Análise da Matriz Institucional e da Legislação

SU

RIO

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ANÁLISE DE CENÁRIOS 67

Cenário Tendencial 68Análise Hídrica (MAGRE)Análise dos Elementos Ambientais, Econômicos e Sociais

Cenário Sustentável 70Análise Hídrica (MAGRE)Análise dos Elementos Ambientais, Econômicos e Sociais

Recomendações para um cenário sustentável 71Na Área HídricaNa Área AmbientalNa Área SocialNa Área Econômica

PLANOS DE INVESTIMENTOS 73

SISTEMATIZAÇÃO DA BASE DE DADOS 91 REFERÊNCIAS 93 ANEXO 95

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CONTEXTUALIZAÇÃO

O Plano Estadual de Recursos Hídricos (PERH/PE) foi elaborado pela SECTMA em 1998 para atender a exigência da Lei 11.426/97 que defi niu a Política e o Sistema Estadual de Recursos Hídricos, tornando obrigatória a elaboração do referido Plano e dos

Planos de Bacias Hidrográfi cas. No PERH foram tratados os aspectos climáticos e hidrológicos, com ênfase nos recursos hídricos superfi ciais e subterrâneos, balanço hídrico, poluição das águas, horizontes e cenários do planejamento hídrico, além de diretrizes, programas e ações.

Abordando especifi camente a bacia hidrográfi ca do rio Capibaribe, estudos mais recentes foram elaborados para o planejamento e gestão dos recursos hídricos, como o Plano Diretor de Recursos Hídricos da Bacia do Rio Capibaribe – PDRH, em 2002 e o Plano de Aproveitamento dos Recursos Hídricos da RMR, Zona da Mata e Agreste Pernambucano – PARH, em 2005.

O PDRH Capibaribe apresentou um diagnóstico da Bacia, contendo algumas informações ambientais e de uso do solo; estudos da demanda de água e balanço dos recursos hídricos (cenário atual, cenário tendencial e cenário desejável); e avaliação das enchentes e seu impacto nas áreas urbanas. O Programa de Ações para a Bacia consta de um amplo elenco de ações propostas para saneamento, irrigação, monitoramento e controle dos recursos hídricos, uso e proteção das águas subterrâneas, obras e serviços e conservação ambiental.

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A Lei Federal N° 9.433/97 e a Lei Estadual N° 12.984/05, defi nem como competência dos Comitês de Bacia Hidrográfi ca a aprovação dos respectivos Planos de Bacia, bem como o acompanhamento de sua execução. Após a instalação do COBH Capibaribe, em março de 2007, a SRH-PE envidou esforços para cumprir tal dispositivo legal, porém não houve a formalização da aprovação do plano, pelo comitê, embora tenham sido realizados eventos de mobilização social com os atores locais através de audiência pública, no início do seu processo de elaboração.

O PARH compreende todas as bacias hidrográfi cas de Pernambuco que drenam para o Oceano Atlântico, incluindo-se a do rio Capibaribe. Foram desenvolvidos estudos hidroclimatológicos, de demanda hídrica, da operação integrada de reservatórios e do balanço hídrico, além das cheias do rio Capibaribe, incluindo a simulação hidrológica dos comportamentos das bacias de contribuição dos reservatórios de Jucazinho e Carpina.

O PARH não indicou obras hidráulicas para o suprimento de água da bacia hidrográfi ca do rio Capibaribe, mas propôs alterações (retifi cações) na calha do rio, na cidade do Recife, para melhorar a sua capacidade de escoamento, embora reconhecendo que o mar

Localização da bacia hidrográfi ca do rio Capibaribe

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funciona como barreira hidráulica para a drenagem da planície do Recife. Apesar do PARH ter sido apresentado aos Comitês de Bacia existentes durante a sua elaboração, não foi submetido à aprovação formal pelos mesmos.

A partir dessa base de conhecimentos e de muitos outros estudos similares consultados, o Plano Hidroambiental da Bacia Hidrográfi ca do Rio Capibaribe foi desenvolvido com a participação permanente da Câmara Técnica do COBH Capibaribe. Desse modo, o PHA pode assumir o papel de instrumento de gestão para a bacia hidrográfi ca do rio Capibaribe, se confi gurando como um Plano de Recursos Hídricos atual e abrangente.

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DIAGNÓSTICO HIDROAMBIENTAL

Para atender aos propósitos do Diagnóstico Hidroambiental foram estabelecidos, em seguidas discussões técnicas com a equipe de consultores especialistas, os procedimentos a serem adotados para o desenvolvimento dos trabalhos, defi nindo-se um roteiro

metodológico geral e a inserção de metodologias específi cas sempre que os temas tratados exigissem. Nesses estudos foi considerada a regionalização da Bacia em quatro Unidades de Análise (UA1, UA2, UA3, e UA4), adotada no PDRH.

Simultaneamente foram, realizadas reuniões com setores organizados da bacia hidrográfi ca do rio Capibaribe, como o CONDEMA de Santa Cruz do Capibaribe (em 05/11/2009), reunindo municípios do Alto Capibaribe e o Fórum do Tapacurá (em 24/11/2009), e os municípios do Médio e Baixo Capibaribe, para apreensão de aspectos das realidades locais, indisponíveis nos documentos pesquisados.

O roteiro metodológico geral para o Diagnóstico Hidroambiental compreendeu:

• Levantamento Bibliográfi co e Cartográfi co junto à SRH-PE e outros órgãos públicos do Estado de Pernambuco, além de trabalhos científi cos e pesquisas produzidas no âmbito acadêmico e técnico;

• Preparação da base cartográfi ca georreferenciada e dos mapas temáticos necessários para fundamentar os estudos específi cos nas escalas 1:100.000 e 1:250.000, a depender do tipo de informação analisada;

RPPN Pedra do Cachorro (São Caetano)

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• Obtenção e tratamento de imagens de satélites para apoiar os estudos temáticos e para a produção do mapa de uso e ocupação do solo;

• Reuniões com o contratante para o acompanhamento do processo de produção do Diagnóstico, discussão das metodologias e dos resultados parciais obtidos, entre outros encaminhamentos necessários;

• Reuniões com o COBH – Capibaribe e especialmente com a sua Câmara Técnica, bem como reuniões com outros setores organizados da sociedade civil, para a discussão do PHA e apreensão de informações a fi m de introduzir no Diagnóstico, aspectos da realidade atual, não disponíveis nos documentos consultados;

• Visitas de campo e sobrevoo para a atualização de informações (com tomada de fotos), especialmente quanto a novas fontes poluidoras, uso do solo, potencial paisagístico e também a coleta de informações produzidas no município, em especial os Planos Diretores Municipais e projetos de caráter local com rebatimento nos recursos hídricos;

• Realização da 1ª Ofi cina para submeter o Diagnóstico Hidroambiental Preliminar ao COBH e à sociedade civil, organizada em geral, no sentido de agregar aos estudos, a contribuição de quem vivencia e conhece os problemas e as potencialidades locais.

UA 1UA 2

UA 4UUAAUUUA

UAUA 11 4UA 4A 2A 2

Unidades de análise na bacia hidrográfi ca do rio Capibaribe

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Espacialmente, os estudos abrangeram toda a bacia hidrográfi ca do rio Capibaribe, com ênfase nas áreas urbanas para as questões ligadas à poluição dos mananciais e nas áreas rurais para as questões relacionadas aos sistemas produtivos, abastecimento e saneamento.

Para a abrangência temporal, procurou-se retratar a situação atual da Bacia, nas suas diferentes potencialidades e fragilidades, tanto no que se refere ao uso das suas águas, como sobre a ocupação do seu solo e os fenômenos socioeconômicos que expressam o ritmo com que seus recursos naturais vêm sendo apropriados.

Tendo em vista o volume de informações, o Diagnóstico Hidroambiental foi organizado em três Tomos, cujos conteúdos serão apresentados a seguir: Tomo I – Recursos Hídricos; Tomo II – O Ambiente Natural; Tomo III – Socioeconomia e Legislação.

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RECURSOS HÍDRICOS

Caracterização Física

A bacia hidrográfi ca do rio Capibaribe abrange uma área de 7.454,88 km2 e está localizada na porção nordeste do Estado de Pernambuco. Sua rede hídrica tem como constituintes principais, pela margem direita, o riacho Aldeia Velha, riacho Tabocas,

riacho Carapotós, rio Cachoeira, riacho das Éguas, riacho Caçatuba, riacho Grota do Fernando, rio Cotunguba, riacho Goitá, rio Tapacurá e muitos outros de menor porte e, pela margem esquerda, o riacho Jundiá, riacho do Pará, riacho Tapera, riacho do Arroz, riacho da Topada, riacho Caiaí, rio Camaragibe ou Besouro, além de outros cursos d’água de pequeno porte.

Pela sua abrangência regional (Agreste, Mata e Litoral) a bacia hidrográfi ca do rio Capibaribe exibe um ambiente complexo no qual se evidenciam contrastes climáticos, de relevo, de solos e de cobertura vegetal, além dos socioeconômicos, que exigem um modelo de gestão hídrica e ambiental que atenda às suas peculiaridades sub-regionais e locais.

Desde sua nascente, entre os municípios de Poção e Jataúba, à sua foz, no Recife, o rio corta 42 municípios, dos quais 15 estão totalmente inseridos na Bacia e 26 possuem sua sede na mesma (Pernambuco, 2006).

Municípios que integram a bacia hidrográfi ca do rio Capibaribe

MunicípioÁrea na Bacia (%) Município

Área na

Bacia (%)Município

Área na

Bacia (%)

Belo Jardim 5,50 Gravatá 3,22 Salgadinho 1,12

Bezerros 2,97 Jataúba* 9,57 Sanharó 0,08

Bom Jardim 0,73 João Alfredo 0,72 Santa Cruz do Capibaribe* 4,55

Brejo da Madre de Deus* 10,19 Lagoa do Carro 0,52 Santa Maria do Cambucá* 1,18

Camaragibe* 0,46 Lagoa do Itaenga* 0,76 São Caetano 0,17

Carpina* 4,02 Limoeiro* 1,85 São Lourenço da Mata* 2,82

* Municípios com sede urbana na Bacia

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MunicípioÁrea na Bacia (%) Município

Área na

Bacia (%)Município

Área na

Bacia (%)

Caruaru 7,13 Moreno 0,21 Surubim* 3,44

Casinhas* 1,41 Passira* 4,57 Tacaimbó 0,35

Chã de Alegria* 0,66 Paudalho* 3,57 Taquaritinga do Norte* 5,96

Chã Grande 0,18 Pesqueira 0,05 Toritama* 0,41

Cumaru* 3,99 Poção 0,23 Tracunhaém 0,14

Feira Nova* 1,42 Pombos* 2,04 Vertente do Lério* 0,94

Frei Miguelinho* 2,93 Recife* 0,92 Vertentes* 2,62

Glória do Goitá* 3,11 Riacho das Almas* 4,11 Vitória de Santo Antão* 2,71

* Municípios com sede urbana na Bacia

Aspectos Climáticos

Como um instrumento de trabalho para dar suporte à avaliação da disponibilidade de recursos hídricos na bacia hidrográfi ca do rio Capibaribe, o presente diagnóstico estabeleceu uma base de dados observados e gerados para as seguintes variáveis, em termos de suas mensais médias:

• precipitações;

• temperaturas mensais médias, máximas e mínimas;

• umidade relativa;

• evapotranspiração potencial de Hargreaves.

A seguir, serão detalhadas as variáveis que possuem grande representatividade na análise dos estudos hídricos da Bacia.

Municípios que integram a bacia hidrográfi ca do rio Capibaribe (continuação)

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Precipitações mensais

Com relação às Precipitações Mensais, é possível observar, para a bacia hidrográfi ca do rio Capibaribe uma alta variabilidade da precipitação à qual a Bacia está submetida, com valores que vão de 600 a 2400 mm ao ano. Tal variabilidade espacial de chuvas confi rma a infl uência dos dois principais sistemas atmosféricos que ocorrem na região estudada: Zona de Convergência Intertropical e Ondas de Leste.

Os totais anuais precipitados apresentaram uma média de 1133,59 mm, com o aumento da precipitação na medida em que os postos se aproximam do litoral.

Evapotranspiração potencial de Hargreaves

Parâmetro relativamente fácil de inferir a partir de informações de latitude, temperatura e umidade relativa.

Dentro da UA1, a evapotranspiração potencial varia de 1700 a 1850 mm, no sentido de norte para sul. Com o mesmo sentido de crescimento da evapotranspiração potencial, a UA2 apresenta uma variação de 1600 a 1900 mm. Quanto à UA3, observa-se uma diminuição da evapotranspiração na medida em que se aproxima da barragem do Carpina, ao nordeste da área, atingindo um valor em torno de 1580 mm. Por fi m, o comportamento desta variável climatológica dentro da UA4 apresenta valores maiores na região Sudoeste, em torno de 1700 mm, com uma diminuição em direção ao litoral, onde o valor cai para 1500 mm.

Potencialidades e Disponibilidades

Águas superfi ciais

A potencialidade do recurso hídrico de uma bacia hidrográfi ca está relacionada com o aproveitamento integral de sua água, sendo esse recurso a vazão média de um longo período de tempo.

As disponibilidades dos recursos hídricos são conceituadas, como aquelas que, para uma determinada situação de infraestrutura hidráulica, corresponda a uma utilização possível da água com uma dada garantia de fornecimento.

Foram defi nidas as disponibilidades virtuais e as disponibilidades efetivas por unidade de análise. A disponibilidade virtual é uma avaliação dos recursos hídricos utilizáveis, parcela máxima dos recursos potenciais, que se pode utilizar devido a restrições físicas e econômicas. A disponibilidade efetiva será a disponibilidade existente no momento.

Para obtenção das potencialidades e disponibilidades dos recursos hídricos da Bacia, os dados pluviométricos foram atualizados a partir do banco de informações do Atlas Nordeste e do LAMEPE, utilizando como modelo de simulação hidrológica o MODHAC.

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25Isoietas anuais médias

Isolinhas anuais médias de evapotranspiração potencial de Hargreaves (mm)

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Após a calibração e validação do MODHAC, realizaram-se as simulações para geração de vazão nas UAs para o período de jan/1933 a dez/2009, chegando-se aos seguintes resultados:

Dados de potencialidade, vazões médias e específi cas para simulação do modelo

Unidade de Análise EstaçãoVazão média

(m3/s)

Vazão específi ca

(L/s/km2)

Potencialidade

(106m3⁄ano)

UA1 Toritama 3,42 1,38 107,81

UA2 Limoeiro 1,71 1,00 54,07

UA3 Limoeiro 4,43 2,39 139,83

UA4 São Lourenço da Mata 13,74 9,79 433,39

Para determinação da disponibilidade efetiva, foi necessário, inicialmente, obter informações da infraestrutura hidráulica existente, por meio de diversas fontes, tais como: SRH/PE, CPRM, FAO, ANA, PERH/PE, Atlas Nordeste e COMPESA. Tais informações referem-se a dados como: séries de postos pluviométricos e fl uviométricos, dados de evaporação e fi chas técnicas dos reservatórios.

As séries de postos pluviométricos utilizadas para calcular as vazões regularizadas com garantia de 90% são oriundas de duas fontes: para o período de 1933 a 2001 foram utilizadas as estações contidas no Atlas Nordeste, e para o período de 2002 a 2009 foram extraídas as informações dos postos fornecidos pelo LAMEPE.

Com tais informações, as disponibilidades foram estimadas na simulação de operação dos reservatórios, para a garantia de 90, 95 e 100% do tempo.

Vazões regularizadas dos reservatórios para 90, 95 e 100% de garantia

Reservatório UAInteranuais e Anuais* (L/s) Interanuais e Anuais* (106m3/ano)

90% 95% 100% 90% 95% 100%

Carpina 3 2.740 2.340 1.446 86,4 73,8 45,6

Engenho Gercino Pontes/Tabocas 1 270 223 122 8,52 7,02 3,84

Goitá 4 2.055 1.788 1.084 64,8 56,4 34,2

Jucazinho 2 2.968 2.511 1.941 93,6 79,2 61,2

Machados 1 127* 97* 46* 4,02* 3,06* 1,44*

Poço Fundo 1 289 209 57 9,12 6,6 1,8

Tapacurá 4 2.264 1.998 1.332 71,4 63 42

* Reservatórios anuais

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Reservatório UAInteranuais e Anuais* (L/s) Interanuais e Anuais* (106m3/ano)

90% 95% 100% 90% 95% 100%

Várzea do Una 4 314 272 198 9,9 8,58 6,24

Cursaí 4 384* 310* 186* 12,12* 9,78* 5,88*

Oitis 1 63* 49* 20* 1,98* 1,56* 0,62*

Jataúba 1 13* 10* 3* 0,42* 0,32* 0,11*

Total 11.488 9.809 6.435 362,28 309,32 202,93

* Reservatórios anuais

Resumo das disponibilidades virtuais e efetivas por unidade de análise (106m³/ano)

Unidade de

Análise

Disponibilidade

Virtual*

Disponibilidade Efetiva

(90% de garantia)

Interanuais Anuais SOMA

UA1 86,25 17,64 6,42 24,06

UA2 43,26 93,6 - 93,6

UA3 111,86 86,4 - 86,4

UA4 346,71 146,1 12,12 158,2

Total 588,08 343,74 18,54 362,28

*80% da potencialidade

Águas subterrâneas

Para as águas subterrâneas, os dados para as regiões da Mata e do Agreste foram atualizados a partir de informações de poços cadastrados e disponibilizados pelo IPA, e no caso da região metropolitana, também de dados do projeto Hidrorec II.

A caracterização dos poços assim como a avaliação das reservas, potencialidades, disponibilidades e recursos explotáveis foram efetuadas por Unidade de Análise – UA, conforme consta do Plano Diretor do rio Capibaribe. A UA4 foi subdividida nesse estudo em UA4a e UA4b para separar os municípios onde predomina o aquífero fi ssural (cristalino), na UA4a, do município do Recife onde predomina o aquífero intersticial ou poroso (sedimentar) na UA4b.

Em resumo, estão apresentados, a seguir, os parâmetros quantitativos dos diversos aquíferos nas unidades administrativas da bacia hidrográfi ca do rio Capibaribe.

Vazões regularizadas dos reservatórios para 90, 95 e 100% de garantia (continuação)

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Resumo das potencialidades e disponibilidades dos aquiferos (106m3/ano)

UA Tipo de Aqüifero PotencialidadeDisponibilidade

Instalada

Disponibilidade

Efetiva

UA1Aluvial 4,45 0,11 0,02

Fissural 2,62 1,73 0,29

UA2Aluvial 3,11 s/i* s/i*

Fissural 1,72 1,42 0,24

UA3Aluvial 3,35 0,08 0,01

Fissural 2,56 5,49 0,92

UA4

Intersticial 66,51 39,59 39,45

Aluvial 2,33 s/i* s/i*

Fissural 2,98 1,16 0,19

*s/i - sem informação

Usos e Confl itos da Água

Os mais expressivos usos ocorrem nos reservatórios, em toda a Bacia e, no próprio rio Capibaribe, apenas no seu baixo curso, que é perene. Os défi cits hídricos limitam a expansão da agricultura irrigada na região, com destaque para as grandes demandas para irrigação de cana-de-açúcar das usinas Petribú e São José, nos municípios de Carpina, Lagoa de Itaenga, Paudalho, Chã de Alegria, Tracunhaém e São Lourenço da Mata, já que a prioridade de uso é para o abastecimento humano.

Usos dos principais reservatórios

Reservatório Bacia Hidrográfi ca (km²) Capacidade (x1000) m³ Principais usos

Poço Fundo 854 27.750 Abastecimento e irrigação

Jucazinho 3.918 327.035 Abastecimento, controle de enchentes e piscicultura

Carpina 1.828 270.000 Controle de enchentes, abastecimento e pesca

Goitá 450 52.000 Controle de enchentes

Tapacurá 360 94.200 Abastecimento e controle de enchentes

Fonte: COMPESA (2010)

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Os principais confl itos pelo uso da água registrados na Bacia foram verifi cados no açude Carpina, sendo utilizado para controle de cheias, para abastecimento público e pesca. Como o controle de cheias é um uso que requer que a bacia hidráulica armazene o mínimo volume possível, confl ita com os demais usos que pretendem armazenar o volume máximo possível para assegurar as demandas necessárias para o período de estiagem.

Também há registros de confl itos pelo uso da água no município de Vitória de Santo Antão, em épocas de escassez, quando as captações dos irrigantes do riacho Natuba interferem em captação situada a jusante para o abastecimento público pela COMPESA.

Demandas

Uma série de fatores vem contribuindo para o aumento das demandas hídricas, com destaque para o crescimento da população, o grau de urbanização e da produção de alimentos e mercadorias. Nesse contexto, os estudos de demanda visam conhecer as necessidades de água atuais e futuras e, juntamente com o conhecimento das potencialidades e disponibilidades hídricas possibilitam realizar o balanço dos recursos hídricos da Bacia.

Demandas totais (m³/ano)

UA Ano DestinoAbastecimento

HumanoIndústria Pecuária Irrigação Total

UA1 2010

Demanda 7.902.517 491.319 1.344.469 12.082.329 21.820.634

Consumo 6.566.100 98.264 1.344.469 8.457.630 16.466.463

Retorno 1.336.417 393.055 0 3.624.699 5.354.171

UA2 2010

Demanda 8.632.021 2.394.466 1.204.615 5.978.585 18.209.687

Consumo 7.369.209 478.893 1.204.615 4.185.010 13.237.727

Retorno 1.262.812 1.915.573 0 1.793.576 4.971.961

UA3 2010

Demanda 14.329.351 3.006.876 1.741.760 16.290.345 35.368.332

Consumo 12.102.207 601.375 1.741.760 11.403.242 25.848.584

Retorno 2.227.144 2.405.501 0 4.887.104 9.519.749

UA4 2010

Demanda 109.658.071 32.290.163 1.420.837 20.706.208 164.075.279

Consumo 88.112.489 6.458.033 1.420.837 14.494.346 110.485.705

Retorno 21.545.582 25.832.130 0 6.211.863 53.589.575

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Balanço Hídrico

O balanço hídrico é um instrumento de trabalho que estuda a relação de comparação entre as disponibilidades e as demandas de água em uma determinada bacia hidrográfi ca, UA (unidade de análise) ou região. Através dele pode-se concluir se os recursos disponíveis existentes atendem à demanda e avaliar as conveniências e possibilidades de transferências de água entre unidades de planejamento.

Disponibilidades de águas superfi ciais por Unidade de Análise

Unidade de AnálisePotencialidade

(106m3)

Disponibilidade

Virtual (106m3)

Disponibilidade

Efetiva

(106m3)

Explorável Adicional

(106m3/ano)

UA1 107,81 86,25 24,06 62,19

UA2 54,07 43,26 93,60 -50,34

UA3 139,83 111,86 86,40 25,46

UA4 433,39 346,71 158,22 188,49

Total 735,10 588,08 362,28 225,80

Disponibilidades de águas subterrâneas por Unidade de Análise

Unidade de AnálisePotencialidade

(hm³/ano)

Disponibilidade

Efetiva

(hm³/ano)

Explorável Adicional

(hm³/ano)

UA1 7,07 0,31 6,76

UA2 4,83 0,24 4,59

UA3 5,91 0,93 4,98

UA4 71,82 39,64 32,18

Total 89,63 41,12 48,51

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Total das Disponibilidades efetivas atuais

Unidade de Análise

Disponibilidades Efetivas Atuais

Superfi cial

(106m3/ano)

Subterrânea

(106m3/ano)

Total

(106m3/ano)

UA1 24,06 0,31 24,37

UA2 93,60 0,24 93,84

UA3 86,40 0,93 87,33

UA4 158,22 39,64 197,86

Total 362,28 41,12 403,4

Os resultados apresentados para os saldos do balanço hídrico indicaram valores positivos quando analisados na totalidade da Bacia, sendo este comportamento semelhante ao encontrado no estudo do PERH/PE (1998).

A UA1 foi a que apresentou os menores valores de saldo. Apesar disso, o resultado em termos acumulado das unidades de análises 1 e 2 (a montante de Jucazinho) apresenta situações de saldo positivo altos, em função do superávit provocado pelo grande volume do reservatório de Jucazinho. O balanço hídrico à jusante de Jucazinho apresentou valores positivos, em função dos volumes dos reservatórios interanuais (Carpina, Tapacurá, Goitá e Várzea do Una ) existentes na UA3 e UA4.

Balanço hídrico para o cenário atual (2010).

Unidade de

análise

Disponibilidade

Efetiva total

(106m3/ano)

Demanda total

(106m3/ano)

Demanda

ecológica

(106m3/ano)

Retorno

(106m3/ano)

Saldos hídricos (106m³/ano)

S1 S2 S3 S4

UA1 24,37 21,82 2,44 5,35 2,55 0,11 5,23 2,79

UA2 93,84 18,21 9,38 4,97 75,63 66,25 78,12 68,73

UA3 87,33 35,37 8,73 9,52 51,96 43,23 56,72 47,99

UA4 197,86 164,08 19,79 53,59 33,78 14,00 60,58 40,79

Total 403,40 239,47 40,34 73,44 163,93 123,59 200,64 160,30

• S1 = Disponibilidade efetiva - demanda consuntiva• S2 = Disponibilidade efetiva - demanda consuntiva - demanda ecológica = S1 - demanda ecológica• S3 = Disponibilidade efetiva - demanda consuntiva + 50% Retorno = S1 + 50% retorno

• S4 = Disponibilidade efetiva - demanda consuntiva - demanda ecológica + 50% retorno = S2 + 50% retorno

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Considerações sobre as Mudanças Climáticas Globais e Desastres Associados

As consequências drásticas das mudanças climáticas globais já são reconhecidas há décadas e as anomalias climáticas vêm se acentuando com o tempo, deixando registros indeléveis em muitos municípios de Pernambuco, seja em decorrência de secas prolongadas ou de inundações de ampla abrangência, como também de outros fenômenos hidrometeorológicos e geológicos de menor alcance geográfi co.

Desastres naturais mais frequentes por municípios

Municípios Tipos de Desastres

Recife inundação, deslizamento, erosão hídrica e erosão costeira

Camaragibe deslizamento e erosão hídrica

São Lourenço da Mata deslizamento e inundação

Moreno inundação

Vitória de Santo Antão inundação

Pombos inundação

Paudalho inundação

Limoeiro (PE-50) inundação

Surubim (acesso Jucazinho) inundação

Salgadinho inundação

Toritama inundação

Santa Cruz do Capibaribe inundação

Em Pernambuco, são os processos hidrometeorológicos, além dos deslizamentos, os que trazem maiores perdas econômicas e sociais.

Secas e enchentes em Pernambuco

SéculoSecas

(anos com registro)

Enchentes

(anos com registro)

XVII 1603 – 1606 – 1614/1615 – 1652 – 1692 1632 – 1638

XVIII 1709 – 1711 – 1720/1721 – 1723/1724 1736/1737 – 1744/1746 – 1748 – 1754 – 1760 – 1772 – 1776/1777 – 1782 – 1784 – 1790/1794 sem registro

XIX 1804 – 1808/1810 – 1816/1817 – 1824/1825 – 1830/1833 – 1844/1845 – 1877/1879 – 1888/1889 – 1891 – 1898

1824 – 1842 – 1854 – 1862 – 1869 1870 – 1884 – 1894 – 1897 – 1899

XX 1902/1903 – 1907/1908 – 1910 – 1914/1915 – 1919 – 1932/1933 – 1945 – 1951 – 1953

– 1956/1958 – 1966 –1970 – 1979/1980 – 1981/1983 – 1984 – 1986/1987 – 1991/1993 – 1997/1998

1914 – 1920 – 1924 – 1960 – 1961 – 1965 – 1966 – 1970 – 1975 – 1977 – 1978

XXI 2001 2000 – 2004 – 2005 – 2010

Fonte: Portal Pernambuco de A a Z; Marengo (2007)

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Enchentes em Pernambuco

Enchentes Catastrófi cas 1842 1854 1869 1897 1924 1965 1966 1970 1975

Enchentes Excepcionais 1894 1899 1914

Fonte: modifi cado de PDRH (2002)

E, embora não se disponham de monitoramentos de longo prazo para desastres na bacia do Capibaribe, os registros de secas e enchentes recorrentes ao longo da história de Pernambuco, podem expressar o aumento dessas ocorrências na Bacia.

Os principais reservatórios da bacia do rio Capibaribe: Jucazinho, Carpina, Tapacurá, Goitá e Poço Fundo, representam juntos, cerca de 94,7% de toda a água acumulada na Bacia. À exceção de Poço Fundo, os demais reservatórios têm a função de controle de enchentes, o que exige uma operação cuidadosa, já que quase todos também se prestam ao abastecimento de água dos núcleos urbanos.

As recentes chuvas de junho de 2010, causaram sérios danos em várias cidades do Estado, várias delas na bacia do Capibaribe. Esse evento foi resultado de uma precipitação de 6 dias (14 a 19 de junho de 2010), resultando em uma altura precipitada de 347,7mm. Vale ressaltar que essa medição foi advinda de posto pluviométrico operado pelo LAMEPE, situado no minicípio de Recife.

No total para o Estado, foram registrados: 33 municípios em situação de emergência (Agrestina, Altinho, Amaraji, Belém de Maria, Bezerros, Bom Conselho, Bonito, Cabo de Santo Agostinho, Camaragibe, Catende, Chã Grande, Escada, Gameleira, Gravatá, Ipojuca, Jaboatão dos Guararapes, Joaquim Nabuco, Maraial, Moreno, Nazaré da Mata, Palmeirina, Pombos, Primavera, Quipapá, Ribeirão, São Joaquim do Monte, Sirinhaém, Tamandaré, Vicência, Xexéu, Cachoeirinha, Caetés e Jurema) e 11 em estado de calamidade Pública (Água Preta, Barra de Guabiraba, Barreiros, Correntes, Cortês, Jaqueira, Palmares, São Benedito do Sul, Catende, Maraial e Primavera). Neste contexto, foram registradas 12.638 pessoas desabrigadas e 7.991 desalojadas.

Em casos como esse, cita-se a operação de barragens de contenção de cheias, como é o caso da barragem de Carpina, operada pela SRH-PE onde se pode dispor da abertura de suas comportas para manter um nível seguro das águas na barragem.

Por fi m, também merecem destaque os sismos, que resultam de processos geológicos de origem tectônica, causados pela dissipação de energia sísmica em feixes de falhas do Lineamento Pernambuco, com poucas perdas materiais. A frequência com que vêm ocorrendo eventos sísmicos de intensidades entre 2 e 4 graus na Escala Richter, tem deixado a população assustada e as defesas civis atentas, razão pela qual uma rede de sismógrafos vem sendo progressivamente ampliada na região, especialmente nos municípios de Caruaru, São Caetano e Alagoinha.

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Instrumentos da Política de Recursos Hídricos

Está previsto pela Política Nacional de Recursos Hídricos (Lei Nº 9.433/97) um conjunto de instrumentos de gestão, que foram analisados em detalhe no Diagnóstico Hidroambiental, para a bacia hidrográfi ca do rio Capibaribe.

Os planos de recursos hídricos, o enquadramento dos corpos de água em classes de uso, a outorga de direito de uso, a cobrança pelo uso, o sistema de informações, a fi scalização do uso e o monitoramento dos recursos hídricos, foram os instrumentos analisados para a Bacia.

Como se observou, o COBH Capibaribe não dispõe ainda de Plano de Recursos Hídricos aprovado, de forma que a aplicação dos demais instrumentos fi ca fortemente prejudicada, tendo em vista as difi culdades inerentes à aplicação de ações de regulação e controle pelo COBH e órgãos de governo responsáveis. Os dados registrados sobre outorgas são subdimensionados, tendo em vista seu alcance incipiente no território da Bacia; a cobrança pela água ainda não foi instituída; o enquadramento dos corpos d’água não ganhou ainda a expressão desejada pela falta de mobilização social para essa defi nição; a fi scalização e o monitoramento deve-se atualmente à ação conjunta da APAC/SRH e CPRH, que não consegue cobrir o espectro desejado para a Bacia.

Ações concretas devem ser tomadas nessa direção. Por essa razão, o PHA propôs vários Planos de Investimentos que, em sendo implantados, propiciarão as condições básicas para o pleno funcionamento do sistema de recursos hídricos na bacia hidrográfi ca do rio Capibaribe, podendo espelhar iniciativas semelhantes para outras bacias hidrográfi cas do Estado.

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O AMBIENTE NATURAL

Geologia, Relevo e Solos

Sistema de InformaçõesCadastro de Usuários

Quantidade e Qualidade da Água

Plano de Bacia Outorga

Enquadradamento

Investimentos na Bacia

Cobrança

Diretrizes

Prioridades

Recursos

Niveis de Qualidade

Destinações de usoPlano de intervenção

Programa de Investimentos

Relações entre os instrumentos de gestão

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O território da bacia hidrográfi ca do rio Capibaribe é predominantemente cristalino, com ocorrência de unidades sedimentares restritas ao seu baixo curso. Esse embasamento cristalino limita-se em subsuperfície com a Bacia Sedimentar Pernambuco-

Paraíba no município do Recife, onde a mesma apresenta-se bastante estreita e tendo como unidade basal, a Formação Beberibe, representada por um depósito fl uvial de alto potencial hidrogeológico (aquífero Beberibe). No baixo rio Capibaribe, próximo à Região Metropolitana do Recife, ocorre a Formação Barreiras, representada por coberturas sedimentares dispersas, que cobrem indistintamente o embasamento cristalino e a bacia sedimentar. Já nas baixadas da planície costeira, ocorrem os sedimentos quaternários, sendo os mais recentes representados por depósitos estuarinos e marinhos.

Quanto a estrutura do relevo, a bacia hidrográfi ca do rio Capibaribe apresenta compartimentos morfoestruturais associados ao Planalto da Borborema, destacando-se maciços rochosos no alto e médio curso e, no baixo curso, tabuleiros e a planície costeira.

Unidades geológicas na bacia hidrográfi ca do rio Capibaribe

Período Unidades Características Litológicas

Quaternário

Sedimentos Recentes manguezais, aluviões, praias, recifes de arenito

Terraços Holocênicos areias de praia com fragmentos de conchas

Terraços Pleistocênicos areias de praia com nível espódico na base

Terciário Formação Barreiras areias com intercalações argilosas e siltosos e cores fortes

Cretáceo Superior Formação Beberibe areia creme, grossa, com intercalações de silte

Precambriano

Suites Magmáticas granitos e granitóides

Complexo Belém do São Francisco ortognaisses, calcários e quartzitos

Complexo Surubim gnaisses bandados e micaxistos

Complexo Vertentes/ Metaplutônicas ortognaisses

Complexo Gnáissico-Migmatítico gnaisses e migmatitos

Fonte: modifi cado de CPRM (2001)

No que se refere à dinâmica do relevo, merecem destaque os processos de erosão e assoreamento, em decorrência das declividades elevadas, dos solos não coesivos e da vegetação mais rarefeita. Na Zona da Mata e Região Metropolitana, ganham destaque os movimentos de massa, em especial os deslizamentos.

No que diz respeito à caracterização dos solos dominantes na Bacia, podemos observar a seguinte distribuição:

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Solos dominantes na bacia hidrográfi ca do rio Capibaribe

Classifi cação Área (km²) %

Argissolos 2.031,74 27,26

Cambissolo 12,62 0,17

Espodossolo 30,85 0,41

Gleissolo 120,62 1,62

Latossolo 242,19 3,25

Luvissolo 648,48 8,70

Neossolo 1.730,97 23,23

Planossolo 2.359,74 31,67

Vertissolo 182,37 2,45

Total 2542,11 100

Essa diversidade de solos na Bacia, com predominância dos Planossolos (32%), Argissolos (27%) e Neossolos (23%) determina, ao lado de outras variáveis, as condições de aptidão agrícola na Bacia. A aptidão favorável à lavoura (37%), ocorre ao longo de toda a Bacia, mas com variações. Áreas favoráveis a pastagens plantadas (32%), ocorrem principalmente nas UA2 e UA3. Já as áreas aptas à silvicultura e pastagem natural, ocorrem ao norte da UA4 e noroeste da UA1 (16%). Por fi m, são observadas as áreas sem aptidão para uso agrícola (15%) na Bacia, as quais caracterizam-se pela elevada susceptibilidade à erosão, com relevo movimentado (em geral montanhoso ou

Geologia da bacia hidrográfi ca do rio Capibaribe

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escarpado). Ressalta-se que os valores percentuais das classes de aptidão agrícola das terras da bacia do rio Capibaribe foram obtidos a partir das informações das unidades de mapeamento apresentadas no levantamento de baixa e média intensidade dos solos do estado de Pernambuco, na escala de 1:100.000.

A mineração, na bacia hidrográfi ca do rio Capibaribe, restringe-se a apenas 112 jazimentos de substâncias minerais, conforme o CPRM (GEOBANK). Os recursos observados são: água mineral, água termal, areia, argila, berílio, calcário, cálcio, feldspato, ferro, granito, quartzo, rocha ornamental, sienito e titânio, sendo que granito, rocha ornamental, argila, mármore e água mineral representam 85 jazimentos, correspondentes a 75,89% dos recursos presentes na Bacia.

Para a exploração dos bens minerais, existem 258 processos minerários registrados no Sistema de Informações Geográfi cas da Mineração-SIGMINE do Departamento Nacional da Produção Mineral – DNPM. Esses processos encontram-se em diferentes fases, sendo, 112 autorizações de pesquisa, 49 requerimentos de pesquisa, trinta (30) licenciamentos, vinte e dois (22) requerimentos de licenciamento, vinte e um (21) disponibilidades, dezoito (18) concessões de lavra, cinco (05) requerimentos de lavra e um (01)

Hipsometria da bacia hidrográfi ca do rio Capibaribe

Legenda : elevação (m)

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requerimento de registro de extração, perfazendo uma extensão de 145.529,54ha. Os bens minerais mais requeridos são calcário, areia e granito com 45, 44 e 39 processos respectivamente.

Cobertura Vegetal

Apesar da original riqueza e diversidade de espécies nos biomas do Nordeste brasileiro, é fato a elevada degradação pelas intervenções humanas. Isso se repete nos ambientes naturais em Pernambuco e na bacia hidrográfi ca do rio Capibaribe, onde o rio percorre áreas urbanas e rurais.

Mineração da bacia hidrográfi ca do rio Capibaribe

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A bacia hidrográfi ca do rio Capibaribe, das nascentes dos rios que a compõem até a sua foz, em Recife, percorre paisagens incluídas nos biomas Caatinga e Mata Atlântica, onde se observa uma grande variedade de solos e relevo, resultando em elevada diversidade de ambientes. No entanto, o modo de ocupação da terra, dominado pela monocultura da cana-de-açúcar na Zona de Mata, pela pecuária e, anteriormente, pela cultura do algodão, no Agreste, determinou o surgimento de paisagens fortemente antropizadas. Nessa região o cenário de interferência humana na área de Caatinga (savana estépica) original, mostra paisagens compostas por árvores esparsas em meio ao capim-panasco (Aristida setifolia) e o carrapicho de ovelha (Tragus berteronianus).

Ao longo das UA1 e UA2 são raras as áreas de Caatinga razoavelmente conservadas, dominando grandes extensões de áreas antropizadas, nas quais as fi tofi sionomias originais foram quase completamente substituídas por pastagens e ou campos antrópicos com Aristida setifolia (capim-panasco) e Tragus berteronianus (carrapicho-de-ovelha) e raras árvores esparsas. Nas áreas com cobertura de caatinga arbustiva-arbórea encontram-se Cordia leucocephala (moleque duro), Aspidosperma pyrifolium (pereiro), Caesalpinia pyramidalis (catingueira) e Jatropha ribifolia (pinhão) como as espécies mais frequentes.

Os brejos de altitudes ou brejos interioranos são importantes elementos da paisagem da bacia hidrográfi ca do rio Capibaribe, com particularidades climáticas resultantes da altitude e do posicionamento do relevo que infl uem na precipitação e

temperatura, destacando-se os brejos de Jataúba, Brejo da Madre Deus e Taquaritinga do Norte. Em Brejo da Madre Deus, as matas serranas foram substituídas por cultivos, restando pequenos fragmentos no Brejo do Bituri, considerados pontos importantes de diversidade por possuirem ainda outras espécies não registradas em outros brejos pernambucanos, evidenciando assim a importância da conservação desses fragmentos.

Nas áreas de domínio das fl orestas estacionais, ainda no Agreste, pouco se percebe das formações originais, intensamente desmatadas para dar lugar a pastagens e aos plantios de algodão, mandioca e agave. Nas pastagens ou campos antrópicos que hoje dominam a região, poucas árvores mantêm-se no meio do pasto ou ao longo das cercas entre propriedades e espécies como Erythrina velutina (mulungu) e Enterolobium contortisiliqum (tamboril) são testemunhas da fl ora original.

Na região da Mata, fragmentos fl orestais necessitam de ações concretas para sua conservação, com importantes implicações para a preservação de espécies ameaçadas e para a qualidade geral do meio ambiente.

De forma geral, na UA4, envolvendo os municípios de São Lourenço da Mata e Vitória de Santo Antão, os remanescentes mais expressivos são a Mata da Buchada, as Matas do Toró, do Camucim, do Oiteiro do Pedro, do Tapacurá e do Engenho Tapacurá, todas localizadas em São Lourenço da Mata, e as Matas do Ronda e Lagoa d’Anta, localizadas em Pombos1.

1 - reservas localizadas em áreas enquadradas na categoria M1 defi nida pela Lei

Estadual 9.860/86.

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Outros fragmentos de formações fl orestais da Mata Atlântica, remanescentes de fl orestas ombrófi las e estacionais, podem ser encontrados, com fi sionomia e estrutura de vegetação secundária, em áreas pertencentes a usinas, em São Lourenço da Mata, muitas vezes nas proximidades de rios e riachos.

Quanto aos manguezais do estuário do Capibaribe, há muito deram espaço aos aterros da cidade de Recife, restando estreitas faixas em áreas inteiramente urbanizadas, em parte resultado de replantios realizados com propósitos conservacionistas, onde se encontram principalmente Laguncularia racemosa e Avicennia spp.

As áreas de preservação permanente (APP) dos rios e riachos que drenam a bacia hidrográfi ca do rio Capibaribe apresentam-se em elevado grau de degradação, quase sempre desmatadas ou compostas por espécies exóticas, algumas com caráter invasor como Prosopis julifl ora (algaroba). No Agreste, são comuns as pastagens estenderem-se até as margens dos cursos d’água e reservatórios, com a presença eventual de árvores isoladas. Na Zona da Mata, quando não recobertas por cana-de-açúcar ou vegetação de sítio e roçados da pequena agricultura, as áreas de preservação permanente apresentam-se como estreitas faixas descontínuas com espécies pioneiras como Cecropia sp (embaúba) e Mimosa bimucronata (espinheiro) e exóticas como Syzigium cumini (azeitona-roxa). Na várzea do Capibaribe, além de vegetação secundária e com várias espécies exóticas, ressalta-se a presença de espécies de mangue, com grande potencial regenerativo.

As unidades de conservação (UC) reúnem, hoje, menos de

0,1% da área da Bacia, com um único Parque Estadual situado no seu último trecho: Parque Estadual Dois Irmãos, em Recife, protegendo um remanescente importante da Mata Atlântica; e três RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural): Pedra do Cachorro, em São Caetano, Karawa-tá, em Gravatá e Fazenda Bituri, em Brejo da Madre Deus. Além dessas, a Estação Ecológica do Tapacurá - incluindo os fragmentos Mata do Toró, Mata do Camucim, Mata do Engenho Tapacurá e Mata de Tapacurá (São Lourenço da Mata), todas formações fl orestais estacionais integrantes da Mata Atlântica pernambucana- têm restrições de uso impostas por lei, aguardando categorização e implantação como Unidades de Conservação da Natureza.

Unidades de conservação na bacia hidrográfi ca do rio Capibaribe

Categorização Denominação Município

Parque Estadual Dois Irmãos Recife

Reserva Particular do Patrimônio

Natural - RPPN

Pedra do Cachorro São Caetano

Karawa-tá Gravatá

Fazenda Bituri Brejo da Madre de Deus

Ecossistemas Aquáticos

No que diz respeito à biodiversidade aquática, a bacia do rio Capibaribe apresenta predominância de organismos planctônicos e bentônicos, peixes e macrófi tas. E, assim como nos ambientes terrestres da Bacia, o quadro de intervenção antrópica tem causado sérios danos à biota, sendo principalmente advinda da

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degradação de entorno de rios e riachos, com retirada de vegetação ciliar; lançamento de efl uentes e esgotos domésticos, e deposição inadequada de resíduos sólidos, além de outros como resultado, um problema bastante comum nesses ambientes: a eutrofi zação, que se traduz pelo aumento de nutrientes à água, notadamente o fósforo e o nitrogênio advindos de práticas agrícolas e atividades industriais, fazendo com que haja a proliferação excessiva de algas - fi toplancton e macrófi tas - trazendo sérios efeitos como a redução da disponibilidade de oxigênio na água.

Além de seu uso como bioindicadores, à medida que são sensíveis às alterações ambientais, o fi toplancton e as macrófi tas constituem as bases dos ecossistemas aquáticos necessitando assim de maiores estudos para conhecimento de suas comunidades. Atualmente, para a Bacia, destacam-se macrófi tas como a Salvinia auriculata e Eichornia crasipes, sendo esta última a mais representativa nos ambientes impactados. Quanto ao fi toplâncton, observa-se a maior predominância de espécies da divisão Chlorophyta, não deixando de se destacar também a ocorrência de cianobactérias, populares pelos seus potenciais efeitos tóxicos.

São também bons bioindicadores ambientais, o zooplâncton, baseado na sensibilidade das espécies às condições adversas, havendo para a Bacia, predominância de rotiferas.

No que se refere à macrofauna bentônica, os moluscos destacam-se pela diversidade e riqueza de espécies, embora poucos sejam os trabalhos publicados para a Bacia.

Quanto aos peixes (ictiofauna), a abundância de espécies é claramente maior em direção à foz, provavelmente, devido à

interferência do mar, melhorando a qualidade ambiental do habitat. Apesar de ser fortemente afetado pelas ações antrópicas, o Rio Capibaribe apresenta uma considerável diversidade de peixes se comparada a outros rios costeiros do Brasil. Entretanto, essa diversidade se dá em decorrência da predominância de espécies indicadoras de ambientes degradados, como Poecilia vivipara (Lins et al., 2007).

Qualidade da Água do Rio Capibaribe e dos Principais

Reservatórios

O rio Capibaribe, que tem o monitoramento da qualidade de suas águas realizado pela CPRH, apresenta-se poluído em todas as Unidades de Análise, devido, principalmente, às elevadas concentrações de amônia, fósforo e coliformes termotolerantes. As concentrações de OD iguais a zero e a elevada DBO5,20, observada a jusante dos centros urbanos e indústrias, evidenciam o lançamento de esgotos domésticos e efl uentes industriais acima da capacidade de autodepuração do rio. O rio encontra-se eutrofi zado, variando de eutrófi co a hipereutrófi co, com exceção da estação CB-60, a jusante da cidade de Paudalho, que apresenta estado mesotrófi co e moderadamente poluída.

Os reservatórios de Jucazinho, Tapacurá e Poço Fundo apresentam uma água com valores admissíveis de OD, DBO e coliformes termotolerantes para a maioria dos dados observados. Porém, todos apresentaram concentrações de fósforo superiores ao limite estabelecido pela legislação ambiental. Os reservatórios de Jucazinho e Tapacurá apresentam estado supereutrófi co com

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Estação de monitoramento

Sede de município

Reservatório

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elevadas concentrações de cianobactérias.

O reservatório de Jucazinho também apresenta elevados teores de sais, sendo sua água classifi cada como salobra. Para fi ns de abastecimento público essa água precisa ser misturada às águas provenientes de outras fontes de abastecimento.

Em relação ao Índice de Qualidade da Água (IQA), o reservatório de Poço Fundo apresenta uma ótima qualidade, enquanto Jucazinho e Tapacurá uma boa qualidade.

Estações de monitoramento do rio Capibaribe

Resíduos Sólidos

A geração total de resíduos sólidos na bacia hidrográfi ca do rio Capibaribe é de aproximadamente 1.521 toneladas/dia, considerando as parcelas da geração de resíduos provenientes das populações urbanas e rurais de cada município. O município de Caruaru (cuja sede

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fi ca fora da Bacia) é responsável pela geração de 222 toneladas/dia (14,62% dos resíduos gerados na Bacia) seguido dos municípios de São Lourenço da Mata e Santa Cruz do Capibaribe com 117 toneladas/dia, cada, e Vitória de Santo Antão com 110 toneladas/dia.

A destinação fi nal dos resíduos produzidos nos municípios pertencentes à bacia hidrográfi ca do rio Capibaribe caracteriza-se basicamente por 22 lixões a céu aberto, 02 (dois) aterros sanitários (Toritama e Santa Cruz do Capibaribe) e 01 aterro controlado em Vitória de Santo Antão.

Os aterros sanitários de Pesqueira, Belo Jardim e Caruaru (todos com sede fora da Bacia) fazem parte dos projetos coordenados pela Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente (SECTMA) que foram aprovados pelo Programa Nacional do Meio Ambiente (PNMA-II) e contam com recursos do Banco Mundial, do Governo Federal, do Estado e dos municípios envolvidos. A Política Estadual de Resíduos Sólidos e o ICMS Socioambiental, aprovados pela Assembléia Legislativa do Estado, garantiram a pontuação máxima para que o Estado fi zesse parte desse programa, tomado como referência pelo Promata (Programa de Apoio ao Desenvolvimento Sustentável da Zona da Mata de Pernambuco) para a recuperação de nascentes e destinação fi nal de resíduos sólidos. Além disso, em parceria com a Universidade Federal de Pernambuco, foi realizado o Diagnóstico Estadual de Resíduos Sólidos, que embasou o projeto pernambucano já executado em cinco cidades.

Um Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos (PGIRS) foi elaborado para cada município com a fi nalidade de equacionar a destinação inadequada e a inexistência de tratamento dos resíduos sólidos. Contudo, a gestão de resíduos sólidos urbanos na bacia do rio Capibaribe ainda se encontra em condições precárias, com percentual elevado de lixões, apesar de iniciativas governamentais para o equacionamento dessa questão. Daí a importância do diagnóstico realizado em todo o Estado, que possibilitou a elaboração de planos e ações que viabilizaram a implantação de áreas adequadas para destinação fi nal dos resíduos gerados, minimizando os impactos provocados. No entanto, as ações implementadas abrangem apenas 12% dos municípios que compõem a Bacia. Agora, com a recente aprovação da Política Nacional de Resíduos Sólidos, o governo federal destinou quase R$ 2 bilhões para a implementação da Gestão Integrada dos Resíduos Sólidos, em parceria com estados e municípios.

Desta forma, foi recomendado ao PHA um Planos de Investimentos voltado para a recuperação de áreas degradadas por resíduos sólidos, que inclui a atualização dos dados, a recuperação das áreas degradadas por lixões e a construção de 22 aterros sanitários na área da Bacia.

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Uso e Ocupação do Solo

A descrição do uso e ocupação do solo é de suma importância para o planejamento da gestão de uma bacia como a do rio Capibaribe, onde atividades diversas em sintonia ou em confl itos, afetam a disponibilidade e o consumo da água no seu território.

Na classe de vegetação arbórea, foram inclusos os remanescentes fl orestais da Mata Atlântica, englobando inclusive as Matas Serranas e as áreas de caatinga arbórea. No entanto, muitas dessas áreas têm sido devastadas para dar lugar a cana-de-açúcar, policultura e pastagens.

Quanto à vegetação arbustiva-arbórea, estas são representadas na Bacia por formações secundárias, sejam elas de aspecto mais denso, correspondendo em grande parte às manchas de cobertura vegetal observadas ao longo de margens de rios e demais corpos d’água e vegetação de encostas; como mais esparso, incluindo áreas de regeneração com predominância de árvores jovens em meio a estratos arbustivos.

No entanto, o que se pode observar dentre os referidos padrões, é a maior predominância da vegetação arbustiva. Dentro deste contexto, são referidas as áreas antropizadas de caatinga do sertão, com ampla ocorrência de pastagens como Aristida setifolia (capim-panasco) e Tragus berteronianus (carrapicho-de-ovelha) em meio a algumas árvores e arbustos esparsos. Já no domínio da Mata Atlântica (Litoral e Zona da Mata) o que se pode ver é essa vegetação arbustiva representada pelas chamadas “capoeirinhas”, compostas predominantemente por espécies pioneiras arbustivas e vegetação secundária meio à sítios e roçados em pequena propriedades rurais ou fazendas.

Por fi m, o que se vê é que grande parte da vegetação tem dado lugar à policultura, pastagem, pecuária e áreas de solo exposto, situações essas inclusas como “campos antrópicos”.

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Uso e ocupação do solo na bacia hidrográfi ca do rio Capibaribe

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Participação das classes de uso e ocupação do solo na bacia hidrográfi ca do rio Capibaribe

Classes Classes do Manual* Classes de uso e ocupação do solo Área (km2) %

1 Áreas de vegetação natural

Vegetação arbórea 1.033,32 13,22

Vegetação arbustiva arbórea densa 86,12 1,13

Vegetação arbustiva arbórea aberta 1.478,70 19,48

Vegetação arbustiva 1.706,25 22,48

Não mapeável - -

2 Áreas antrópicas agrícolasCampos Antrópicos 2.585,01 34,35

Cana-de-açúcar 337,45 4,45

3 Áreas antrópicas não agrícolas Áreas urbanas 237,95 3,14

4 Água (Corpos d’Água Continentais) Reservatórios e rios 34,28 0,45 *IBGE, 2006

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SOCIOECONOMIA

Dinâmica Social e Econômica

A evolução da população urbana dos municípios da região hidrográfi ca do Capibaribe no período 1991/2000

apresentou taxas anuais de crescimento positivas para todas as regiões de desenvolvimento (RDs) inseridas na área da Bacia, atingindo valores médios a altos nos municípios da RD do Agreste Central (mais de 4% a.a.) e da RD Agreste Setentrional (cerca de 3% a.a.), e valores considerados baixos nos municípios das RD Mata Norte, Mata Sul e Metropolitana (menor que 2% a.a).

Do ponto de vista econômico, o bom desempenho das principais cadeias e arranjos produtivos nos últimos anos ratifi ca o signifi cativo desenvolvimento econômico dos municípios do agreste pernambucano, nomeadamente aqueles inseridos no polo de confecção do Agreste, sendo também relevante a pecuária bovina e suína e a avicultura. Na Zona da Mata pernambucana (Mata Norte e Mata Sul) e região metropolitana do Recife, os principais setores responsáveis por esse dinamismo são, respectivamente, o setor sucroalcooleiro e as atividades vinculadas ao setor de serviços e da indústria de transformação, sendo estes dois últimos capitaneados pelo Complexo Industrial Portuário de Suape (CIPS). Por sua vez, o dinamismo dos territórios estudados e analisados segundo o grau de urbanização e a taxa de crescimento anual do PIB constituíram uma inferência importante para a construção dos cenários de desenvolvimento

no âmbito da Bacia. O grau de urbanização mostra forte contraste entre o litoral e o interior, com diferenças regionais desfavoráveis no Alto e Médio Capibaribe; quanto ao dinamismo econômico, o PIB per capita de Caruaru (R$6.222,00) é o segundo mais alto de Pernambuco (o primeiro é o da capital, Recife), sendo mais de três vezes o de Cumaru (R$1.924,00), o município a apresentar o valor mais baixo na região da Bacia, e um dos mais baixos do Estado.

Condições de Vida

Considerando a variação do Índice de Desenvolvimento Humano municipal (IDH-M) ao longo de toda a região da Bacia, pode-se perceber uma clara relação entre o desempenho desse indicador e o perfi l da situação dos municípios estudados – ou seja, se predominantemente rurais ou urbanos e se inseridos em territórios dinâmicos ou estagnados.

Dos 42 municípios inseridos na região da Bacia e estudados neste diagnóstico, apenas cinco apresentavam em 2000 um IDH-M próximo ou superior a 0,700, sendo eles:

• os municípios metropolitanos inseridos na área da Bacia: Recife (0,797), Camaragibe (0,747), São Lourenço da Mata (0,707) e Moreno (0,693);

• o principal município polo da RD Mata Norte inserido na Bacia: Carpina (0,724);

• o principal município polo do Agreste Pernambucano,em especial da RD Agreste Central: Caruaru (0,713).

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No mesmo período, entre os municípios com IDH-M acima da média da Bacia (0,637) já podem ser observados em destaque os municípios do Agreste Pernambucano integrantes do Polo de Confecções – Toritama (0,670) e Santa Cruz do Capibaribe (0,699). Assim, seguindo a tendência observada na grande maioria dos municípios da região no intervalo 1991 a 2000, observa-se o crescimento positivo do IDH-M desses municípios impulsionado, sobretudo, pelo índice IDH-E (Educação).

Em termos culturais, tratando do patrimônio histórico, o município que apresenta o maior número de bens tombados na bacia do Capibaribe é o Recife, com 37 bens culturais tombados e 11 com processo de tombamento em tramitação pelo IPHAN e 24 tombados pela FUNDARPE. Além do município de Recife, outros quinze municípios na região da bacia do Capibaribe detêm importantes bens culturais, com destaque para a Estrada de Ferro Recife/Gravatá, dotada com pontes e túneis, os conjuntos arquitetônicos dos núcleos urbanos de Brejo da Madre de Deus e São Lourenço da Mata, a igreja e o povoado de Nossa Senhora da Luz em São Lourenço da Mata, o Parque Nilo Coelho de Esculturas Monumentais em Brejo da Madre de Deus, o sítio histórico do Monte das Tabocas em Vitória de Santo Antão e a Vila Operária do Cotonifício Camaragibe, no município homônimo. Ressalta-se, no entanto, que dentre os bens culturais existentes nos municípios do interior do estado no âmbito da bacia hidrográfi ca do rio Capibaribe, a maioria encontra-se apenas identifi cada através de cadastros

A região da bacia do Capibaribe não conta com áreas de reservas indígenas no seu território. Contudo, cabe ressaltar que a reserva indígena Xucuru, embora integre o território do município de Pesqueira, não está posicionada na porção do território desse município inserida na área da bacia hidrográfi ca do rio Capibaribe. Por outro lado há comunidades Quilombolas certifi cadas pela Fundação Cultural Palmares, enquanto entidade pública federal vinculada ao Ministério da Cultura responsável pela identifi cação dos remanescentes das comunidades dos quilombos, pelo reconhecimento, delimitação e demarcação das terras por eles ocupadas conferindo a correspondente titulação, de 05 (cinco) comunidades: Chão dos Negros e Cacimbinha (Passira), Guaribas (Bezerros), Conte (Salgadinho) e Negros do Osso (Pesqueira).

Por fi m, foi considerada a relação da população com o rio, observando-se que o ambiente natural e urbano dos municípios polo da Bacia vem deixando muito a desejar quanto a um local qualitativamente e ambientalmente diversifi cado e saudável para a sua população. O processo de resgate dessa relação para reversão desse quadro de degradação, no entendimento e percepção dos atores locais participantes das reuniões e ofi cinas realizadas no âmbito deste diagnóstico, passa, necessariamente, pelo aprofundamento e discussão sobre os instrumentos de planejamento e gestão hoje existentes e pela necessidade de criação ou efetivo fortalecimento do Capital Social em todo o território da bacia hidrográfi ca do rio Capibaribe.

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Daí, tanto quanto a implementação de obras físicas estratégicas, esse é considerado um dos maiores desafi os a ser enfrentado e vencido nos próximos anos como forma de promover a efetiva sustentabilidade da Bacia como um todo. Para cumprir esse papel foi sugerida a construção de um Planos de Investimentos focado no resgate histórico e cultural do rio pela população da Bacia.

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...Sou viajante calado, para ouvir histórias bom, a quem podeis falar sem que eu tente me interpor; junto de quem podeis pensar alto, falar só. Sempre em qualquer viagem o rio é o companheiro melhor....

O Rio – João Cabral de Melo Neto (1953)

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RD Agreste Central

Belo Jardim 645 68.698 50.392 18.306 73,35 70.963 0,52 0,625 20,19% 51,3 70,35 64,54 51,90 18,02% Dinâmico

Bezerros 487 57.371 44.566 12.805 77,68 56.629 0,516 0,619 19,96% 53,3 68,33 63,01 53,24 8,44% Estagnado

Brejo da Madre de

Deus759 38.109 24.713 13.396 64,85 40.265 0,495 0,579 16,97% 33,2 70,35 54,31 61,01 11,41% Estagnado

Caruaru 933 253.634 217.407 36.227 85,72 289.086 0,651 0,713 9,52% 66,8 34,81 84,26 35,52 14,80% Dinâmico

Gravatá 510 67.273 55.563 11.710 82,59 71.570 0,561 0,654 16,58% 55,4 47,66 77,41 45,49 12,64% Dinâmico

Jataúba 715 14.653 6.628 8.025 45,23 14.813 0,484 0,583 20,45% 22,9 56,11 68,12 65,61 11,85% Dinâmico

Pesqueira 1009 57.721 40.991 16.730 71,02 61.337 0,542 0,636 17,34% 37 65,97 53,29 47,64 12,09% Dinâmico

Poção 201 11.178 6.359 4.819 56,89 11.135 0,483 0,571 18,22% 11,4 34,81 76,85 63,63 12,98% Dinâmico

Riacho das Almas 315 18.142 6.123 12.019 33,75 18.269 0,487 0,609 25,05% 19,2 69,08 68,04 58,90 14,02% Dinâmico

Sanharó 253 15.879 7.613 8.266 47,94 17.627 0,514 0,618 20,23% 19,7 84,55 55,72 53,32 12,36% Dinâmico

São Caetano 378 33.426 22.499 10.927 67,31 34.769 0,474 0,58 22,36% 33 29,78 89,45 56,24 11,60% Dinâmico

Tacaimbó 230 12.929 5.927 7.002 45,84 12.095 0,45 0,598 32,89% 30,5 73,07 55,72 60,96 10,00% Estagnado

RD Agreste Setentrional

Bom Jardim 220 37.013 13.033 23.980 35,21 39.023 0,531 0,618 16,38% 8,9 47,96 61,95 57,62 9,24% Estagnado

Casinhas 118 13.345 1.425 11.920 10,68 14.103 0,49 0,588 20,00% 0,1 34,81 84,26 62,25 12,07% Dinâmico

Cumaru 298 27.489 6.798 20.691 24,73 16.388 0,497 0,575 15,69% 3,7 71,52 57,18 55,80 5,88% Estagnado

Feira Nova 106 18.857 12.156 6.701 64,46 19.276 0,509 0,606 19,06% 4,5 60,78 59,28 56,97 11,23% Estagnado

Frei Miguelinho 219 12.978 2.364 10.614 18,22 14.067 0,507 0,61 20,32% - 65,9 60,93 60,90 13,02% Dinâmico

João Alfredo 137 27.023 10.296 16.727 38,1 28.488 0,519 0,61 17,53% 17,9 49,98 57,55 64,43 12,77% Dinâmico

Limoeiro 268 56.322 42.412 13.910 75,3 55.560 0,586 0,688 17,41% 19 51,51 55,91 40,84 8,82% Estagnado

Passira 341 29.132 12.326 16.806 42,31 27.910 0,501 0,625 24,75% 1,8 37,44 73,46 57,67 11,74% Dinâmico

Salgadinho 85 7.139 2.251 4.888 31,53 7.770 0,48 0,602 25,42% 2,2 34,81 76,85 61,95 11,67% Dinâmico

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RD Agreste Setentrional

Santa Cruz do

Capibaribe340 59.048 57.226 1.822 96,91 73.680 0,635 0,699 10,08% 59,8 47,96 60,38 42,05 14,60% Dinâmico

Santa Maria do Cambucá

88 11.739 2.261 9.478 19,26 12.348 0,46 0,566 23,04% 2,9 29,78 89,45 64,67 13,79% Dinâmico

Surubim 257 50.331 33.145 17.186 65,85 53.934 0,557 0,641 15,08% 41 58,53 59,24 49,73 12,78% Dinâmico

Taquaritinga do Norte 470 19.757 12.022 7.735 60,85 21.447 0,587 0,688 17,21% 14,8 40,97 74,45 46,07 9,86% Estagnado

Toritama 30 21.800 20.127 1.673 92,33 29.897 0,643 0,67 4,20% 68,4 72,74 54,11 51,17 18,68% Dinâmico

Vertente do Lério 72 8.536 1.508 7.028 17,67 7.500 0,467 0,563 20,56% 0,2 34,81 77,24 67,49 8,25% Estagnado

Vertentes 195 14.957 6.303 8.654 42,14 17.021 0,525 0,616 17,33% 5,8 64,7 67,49 55,39 13,32% Dinâmico

RD Mata Norte

Carpina 144 63.811 61.006 2.805 95,6 65.390 0,619 0,724 16,96% 2,9 34,96 77,01 37,64 9,01% Estagnado

Chã de Alegria 49 11.102 8.082 3.020 72,8 11.636 0,509 0,629 23,58% 8,8 44,18 63,48 52,54 7,92% Estagnado

Glória do Goitá 232 27.554 12.542 15.012 45,52 27.397 0,522 0,636 21,84% 28,5 38,94 60,78 53,75 11,07% Estagnado

Lagoa do Carro 71 13.110 8.087 5.023 61,69 14.380 0,524 0,654 24,81% 1,8 55,39 69,56 46,17 12,07% Dinâmico

Lagoa do Itaenga 57 20.172 15.345 4.827 76,07 19.987 0,507 0,638 25,84% 3,1 46,01 65,66 50,82 10,46% Estagnado

Paudalho 275 45.138 34.432 10.706 76,28 45.777 0,565 0,67 18,58% 7,8 41,48 71,34 45,27 10,90% Estagnado

Tracunhaém 118 12.394 9.442 2.952 76,18 12.734 0,543 0,636 17,13% 3 47,85 64,74 51,39 8,09% Estagnado

RD Mata Sul

Chã Grande 75 18.407 11.736 6.671 63,76 17.563 0,486 0,612 25,93% 20,6 62,1 58,56 58,05 14,50% Dinâmico

Pombos 244 23.351 13.979 9.372 59,86 21.810 0,516 0,641 24,22% 36,1 48 62,61 57,33 11,46% Estagnado

Vitória de Santo

Antão339 117.609 99.342 18.267 84,47 121.233 0,577 0,663 14,90% 60,2 51,15 72,46 42,94 13,76% Dinâmico

Principais indicadores socioeconômicos da Bacia (continuação)

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RD Metropolitana

Camaragibe 52 128.702 128.702 - 100 136.381 0,681 0,747 9,69% 16,5 34,81 84,26 28,15 8,87% Estagnado

Moreno 192 49.205 38.294 10.911 77,83 52.830 0,618 0,693 12,14% 17,9 34,81 76,85 37,99 12,58% Dinâmico

Recife 217 1.422.905 1.422.905 - 100 1.533.580 0,74 0,797 7,70% 49,8 29,78 89,45 18,91 10,40% Estagnado

São Lourenço da Mata

265 90.402 83.543 6.859 92,41 95.304 0,614 0,707 15,15% 24,5 34,81 77,24 34,76 5,99% Estagnado

Principais indicadores socioeconômicos da Bacia (continuação)

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Planos e Programas

Neste item destacam-se as ações, os planos e programas relacionados diretamente com a conservação integrada da bacia hidrográfi ca do rio Capibaribe como um todo que, por sua natureza e abrangência, poderão acarretar no aumento ou na redução do défi cit de atendimento dos serviços de abastecimento de água, especialmente da rede de cidades ao longo da Bacia, como também de esgotamento sanitário.

No âmbito local foram identifi cadas ações voltadas para a área de saneamento nos municípios de Belo Jardim, Bezerros, Caruaru, Pesqueira, Pombos e Riacho das Almas, com recursos da Fundação Nacional de Saúde – FUNASA em convênio com as prefeituras municipais. No âmbito regional, foram identifi cados como mais relevantes os seguintes planos:

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Plano

Plano Estratégico de Recursos Hídricos e Saneamento (2008)

Responsável

Governo do Estado de Pernambuco, através da Secretaria de Recursos Hídricos e Energéticos

Descrição

O Plano visa oferecer os serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário a fi m de proporcionar estes direitos básicos em todos os municípios do estado. Desta forma, busca distribuir o recurso hídrico advindo, inclusive, do Projeto da Transposição do rio São Francisco, responsável pelo abastecimento seguro para 113 municípios (2,9 milhões de pessoas em 2025) do Sertão (bacias do Brígida, Terra Nova, Pajeú e Moxotó) e do Agreste, através da disponibilidade hídrica proporcionada diretamente pelos Eixos Norte e Leste, pelos seus ramais (Ramal de Entre Montes e Ramal do Agreste), Açudes Entre Montes e Poço da Cruz e pelos leitos de rios perenizados, em associação com uma rede de adutoras que será conectada aos canais do Projeto de Integração.

O montante destinado para os municípios total ou parcialmente inseridos na bacia hidrográfi ca do rio Capibaribe totaliza em R$ 3.066.892.360,00 e é voltado à implantação dos serviços de esgotamento sanitário.

Plano

Projeto de Sustentabilidade Hídrica de Pernambuco – PSH (2010)

Responsável

Governo do Estado de Pernambuco, em parte fi nanciado pelo Banco Mundial (BIRD) com execução através da Secretaria de Recursos Hídricos e COMPESA.

Descrição

O Projeto de Sustentabilidade Hídrica de Pernambuco – PSH tem por objetivo ampliar o acesso à água, em qualidade e quantidade adequadas, e ao saneamento básico de forma sustentável no Estado de Pernambuco. Neste contexto, foi dada prioridade a investimentos que contribuam para a sustentabilidade hídrica na bacia do rio Capibaribe e Região Metropolitana do Recife (40% da população do Estado).

Componente 1: Gerenciamento do Setor Hídrico e Desenvolvimento Institucional (US$ 32 milhões)

Componente 2: Melhoria da Efi ciência no Fornecimento de Suprimento Hídrico e Serviços de Saneamento (US$ 63 milhões)

Componente 3: Suprimento Hídrico e Expansão do Serviço de Saneamento (US$ 91 milhões)

O Projeto será implementado de 2010 a 2014, sob a coordenaçãogeral da SRH. A SRH será responsável especifi camente pela implementação do Componente 1 e a COMPESA pelos componentes 2 e 3.

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Complexo Turístico Cultural Recife Olinda (2003)

Responsável

Governo do Estado de Pernambuco, Prefeitura da Cidade do Recife e Prefeitura Municipal de Olinda (O Projeto apresenta ainda como parceiros estratégicos diversos órgãos do Governo Federal como o Ministério das Cidades, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN e a Secretaria do Patrimônio da União – SPU, além de organizações privadas).

Descrição

O Plano do Complexo Turístico Recife Olinda tem como objetivo central valorizar e dar visibilidade internacional ao patrimônio cultural material e imaterial das duas cidades, transformando esse espaço, por sua importância e dimensão cultural e excelente localização geográfi ca, num grande polo de atração e irradiação do turismo cultural em relação à região Nordeste e ao País.

Para alcançar esse objetivo, o Projeto busca potencializar e qualifi car as atividades econômicas, turísticas e culturais do território, promover a atração de novos moradores, usuários e empreendimentos de forma sustentável, através de uma atuação integrada entre os diversos níveis de governo e de investimentos (público e privado), além de incorporar e promover a melhoria de todas as áreas pobres existentes nesse território.

Entre as diversas intervenções previstas atualmente em processo de elaboração, merece destaque a reestruturação da área ocupada pela antiga Rede Ferroviária Federal - REFESA localizada no Cais José Estelita, bairro de São José, no Recife. Ao todo são mais de 100 mil m² de área que receberão investimentos ao longo dos próximos 10 anos, na melhoria da infraestrutura urbana e na implantação de novos empreendimentos imobiliários.

Plano

Pernambuco Conhece Pernambuco (2008)

Responsável

Governo do Estado de Pernambuco, através da Secretaria de Turismo, EMPETUR e da FUNDARPE.

Descrição

Tem o objetivo de levar os pernambucanos a viajar pela própria terra, explorando toda a diversidade de climas, paisagens e culturas que existem no Estado. Para que as cidades polo possam receber os turistas cada vez melhor, a Setur preparou uma série de atividades, como ofi cinas, palestras e visitas técnicas com atrações culturais.

Para dar visibilidade ao Pernambuco Conhece Pernambuco, a Setur criou uma campanha publicitária especialmente para o programa. Até o fi nal do ano seis grandes eventos serão realizados em todas as microrregiões do Estado. Outros quatro eventos, durante o primeiro semestre de 2009, completam a programação.

Entre as Rotas defi nidas com repercussão sobre a bacia hidrográfi ca do rio Capibaribe, destacam-se:

• Rota Luiz Gonzaga – Agreste Pernambucano, margeando a BR-232

• Rota Engenhos e Maracatus – RD Mata Norte

• Rota Moda e Confecção

• Rota da Crença e Arte

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Plano

Programa de Ação Estadual de Pernambuco para o Combate à Desertifi cação e Mitigação aos Efeitos da Seca – PAE-PE (2000)

Responsável

Governo do Estado de Pernambuco, através da Secretaria Estadual de Ciência Tecnologia e Meio Ambiente – SECTMA, em parceria com o Ministério do Meio Ambiente – MMA, a Agência de Cooperação Alemã – GTZ, o Instituto Interamericano de Cooperação para Agricultura – IICA, a Associação Municipalista de Pernambuco – Amupe, a Fundação Joaquim Nabuco – Fundaj e a Articulação do Semiarido – ASA-PE

Descrição

A Política Estadual de Combate à Desertifi cação e Mitigação dos Efeitos da Seca, instituída pela Lei 14.091/2010 tem por objetivo garantir às populações locais condições de vida digna para convivência com o semiárido, promovendo o desenvolvimento socioambiental sustentável e a manutenção da integridade dos ecossistemas característicos desta região.

A referida Lei elege como instrumentos da Política Estadual: o Programa de Ação Estadual de Pernambuco para o Combate à Desertifi cação e Mitigação dos Efeitos da Seca – PAE-PE; o Fundo Estadual de Combate à Desertifi cação e Mitigação dos Efeitos da Seca; o Cadastro Estadual das Áreas Suscetíveis à Desertifi cação; o Sistema Estadual de Informação sobre a prevenção e combate à desertifi cação e mitigação dos efeitos da seca; o Diagnóstico e zoneamento das áreas susceptíveis e afetadas pela desertifi cação; o Monitoramento e Fiscalização socioambiental das areas suscetíveis à desertifi cação; subsídios e incentivos fi scais e fi nanceiros para elaboração e implantação de pesquisas, projetos e ações voltados ao combate à desertifi cação e mitigação dos efeitos da seca e à convivência socioambiental sustentável com o semiárido; além de incentivos fi scais e fi nanceiros para a criação

e implementação de Unidades de Conservação voltadas à proteção do Bioma Caatinga.

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Política Estadual de Resíduos Sólidos (2006)

Responsável

Secretaria de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente - SECTMA.

Descrição

O passo inicial consistiu na elaboração de um diagnóstico, que contou com o apoio do Ministério do Meio Ambiente. O resultado demonstra a precariedade dos serviços de limpeza pública, um número considerável de lixões, com muitas famílias que lá habitam, a existência de apenas seis aterros controlados e poucos aterros industriais. Esse diagnóstico foi apresentado em dois seminários que contaram com o patrocínio da Fundação Konrad Adenauer. Em seguida, foram realizadas consultas temáticas a diversos grupos entre julho e setembro de 2000, relativas aos aspectos sociais; de educação ambiental; e dos resíduos de saúde, de limpeza urbana e também relativas aos aspectos industriais.

O resultado desse processo foi consolidado em um documento preliminar: Política de Resíduos Sólidos Propostas e Diretrizes, discutido em um “workshop”, também sob o patrocínio da Fundação Konrad Adenauer, em outubro de 2000.

A Política de Resíduos Sólidos do Estado de Pernambuco expressa o compromisso com um desenvolvimento sustentável dos assentamentos humanos: perder de vista a questão ambiental nela estão incorporados aspectos sócio-econômicos resultantes dos padrões de produção e consumo numa sociedade desigual. Para mudar esses padrões, a Política prevê que ações integradas devem se voltar para o atendimento às necessidades dos pobres e à redução do desperdício.

Plano

Programa Parceiras Público-Privadas de Pernambuco (2006)

Responsável

Secretaria de Planejamento e Gestão (SEPLAG)

Descrição

O Programa Estadual de Parcerias Público-Privadas foi iniciado a partir da publicação da Lei Estadual Nº 12.765 em janeiro de 2005, em consonância com a Lei Nº11.079 de 30 de dezembro de 2004, que instituiu normas gerais para licitação e contratação de parcerias público-privadas no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

Posteriormente, foi sancionada a Lei Estadual Nº12.976, de 28 de dezembro de 2005, que instituiu o Fundo Estadual Garantidor das Parcerias Público-Privadas trazendo outras providências, tais como nova redação aos artigos 4º, 12, e 19 da Lei Nº 12.765 e a criação, na estrutura da Secretaria de Planejamento, a Unidade Operacional de Coordenação de Parcerias Público-Privadas – Unidade PPP.

A seguir, em janeiro de 2006, foi publicado o Decreto Nº 28.844 que instalou o Comitê Gestor do Programa Estadual, o CGPE.

O Programa Estadual de Parcerias Público-Privadas - PEPPP encontra-se, atualmente em execução, em fase de análise dos projetos prioritários existentes e defi nição de novos projetos a serem incluídos nesta relação de prioridade.

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Projeto Cidade da Copa 2014 (2009)

Responsável

Governo do Estado de Pernambuco em parceria com Empreendedores Privados (constitui-se de uma operação do Programa Parceiras Público-Privadas de Pernambuco - PEPPP)

Descrição

A Cidade da Copa constitui um complexo imobiliário composto de uma moderna Arena Esportiva para cerca de 45.000 pessoas, em conformidade com as especifi cações da Federação Internacional de Futebol (FIFA), um empreendimento habitacional de aproximadamente nove mil novas habitações, além de uma completa rede de infraestrutura urbana, incluindo a implantação de um trecho de VLTs (Veículos Leves sobre Trilhos) para se fazer o traslado entre o ponto de metrô projetado (Estação Cosme e Damião) e a Arena. É prevista ainda a duplicação do trecho da BR-408 entre Recife e São Lourenço da Mata, além da implantação de equipamentos de infraestrutura turística, de comércio e de serviços, entre outros.

Estima-se que durante a fase de operação, a Arena venha a receber um público de 35 a 40 mil pessoas, gerando-se aproximadamente 150 m3 de resíduos por partida. Considerando a magnitude desse empreendimento, foi proposta a implantação de um Sistema de Gestão Integrada dos Resíduos Sólidos com vistas a minimizar os problemas relativos aos resíduos de diferentes naturezas, de forma a induzir uma melhoria na qualidade de vida da população. Pela primeira vez na história, um ousado e inovador programa de redução de impactos foi considerado na elaboração de projetos para uma Copa do Mundo – o Green Goal.

Plano

Programa de Difusão de Inovações para a Competitividade dos Arranjos Produtivos Locais de Pernambuco (PROAPL-2009)

Responsável

SECTMA, através do ITEP

Descrição

O objetivo do Programa é aumentar a competitividade das empresas que integram os Arranjos Produtivos Locais do Estado de Pernambuco (APLs), através do desenvolvimento de um modelo ambiental e socialmente sustentável de articulação público-privada estadual. Esse Programa promove ações para capitalizar as economias de aglomeração territorial e setorial, superar falhas de mercado que persistem na área de desenvolvimento empresarial e de internacionalização, e fomentar uma maior capacidade de inovação.

O programa é composto por quatro (4) componentes, assim defi nidos:

Componente 1 - Desenvolvimento de Modelo Público-Privado de Apoio à Melhoria da Competitividade de APLs

Componente 2 - Implementação de Planos de Melhoria da Competitividade de APLs

Componente 3 - Implementação de Aplicações Estratégicas de Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC) para APLs

Componente 4 - Sistema de Acompanhamento e Avaliação e de Identifi cação e Divulgação das Lições Aprendidas do Programa

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Projeto Capibaribe Melhor (2005)

Responsável

Prefeitura Da Cidade Do Recife (Financiado parcialmente com recursos de operação de crédito externo contratada junto ao Banco Mundial)

Descrição

O Projeto Capibaribe Melhor tem como objetivo geral proporcionar condições para a dinamização urbana e sócioeconômica dos habitantes do trecho da bacia hidrográfi ca do rio Capibaribe, situado à jusante da BR-101 até a Avenida Agamenon Magalhães. O Projeto, a ser desenvolvido ao longo de cinco anos, envolve recursos da ordem de US$ 46,8 milhões. Os eixos de ação do Projeto compreendem:

• Componente 1 – Urbanização Integrada do Território

• Componente 2 – Desenvolvimento Social e Econômico do Território

• Componente 3 - Desenvolvimento Institucional

A área de abrangência do Projeto é limitada a leste pela avenida Agamenon Magalhães, a oeste pela BR-101, a norte pela avenida Norte e ao sul pela avenida Caxangá. Essa área abriga, aproximadamente, 56.300 famílias, totalizando uma população de cerca de 225 mil habitantes, distribuídas em 36 bairros, sendo que 116 mil habitantes moram à margem direita do rio e 109 mil moram à margem esquerda.

O Projeto foi classifi cado na categoria “A” pelo Banco Mundial, em atendimento às suas políticas de salvaguardas (OP 4.01). Assim sendo, na fase de preparação do Projeto, foi elaborado um Relatório de Avaliação Ambiental (RAA), com a fi nalidade de

identifi car seus impactos ambientais potenciais, propor medidas mitigadoras e compensatórias dos impactos negativos e de maximização dos positivos. Também foi proposto um Plano de Gestão Ambiental no qual todas estas medidas foram previstas como parte do Projeto.

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Análise da Matriz Institucional e da Legislação

No âmbito federal, a Constituição de 1988 e a Lei n. 9.433 de 1997 instituiram a Política Nacional de Recursos Hídricos e o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos. A Lei nº. 6.938 de 1981, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente e sobre o Sistema Nacional do Meio Ambiente, viabilizou o arcabouço legal para o estabelecimento de sistemas estaduais de gestão ambiental e de recursos hídricos.

O arranjo institucional atual da Gestão dos Recursos Hídricos de Pernambuco está regulamentado pela Lei n° 12.984 de 30 de dezembro de 2005 que dispõe sobre o Sistema Integrado de Gerenciamento dos Recursos Hídricos – SIGRH/PE. Este Sistema é constituído pelos órgãos, a seguir relacionados com atribuições e composição defi nidas em leis e regulamentos como segue: Conselho Estadual de Recursos Hídricos, Comitês de Bacia Hidrográfi ca, Órgão Gestor de Recursos Hídricos do Estado, Órgãos Executores, Organizações Civis de Recursos Hídricos e Agências de Bacia.

• O Conselho Estadual de Recursos Hídricos – CERH é o órgão superior deliberativo e consultivo do Sistema de Gerenciamento de Recursos Hídricos do Estado também responsável pela formulação da Política de Estadual de Recursos Hídricos.

• Os Comitês de Bacia Hidrográfi ca – COBH, órgãos colegiados consultivos e de deliberação, com área de atuação na respectiva(s) bacia(s) hidrográfi cas(s).

• O Órgão Gestor de Recursos Hídricos do Estado – A Secretaria de Recursos Hídricos e Energéticos do Estado de Pernambuco foi criada em 2007, e teve nova

denominação e competências inseridas através da Lei 13.968 de 2009. Atualmente compete-lhe formular e executar as políticas de recursos hídricos, de saneamento e de energia do Estado de Pernambuco, dentre outras atribuições. Na condição de órgão gestor da Política Estadual de Recursos Hídricos cabe-lhe dentre outras atribuições, promover o uso racional da água e o desenvolvimento sustentável; coordenar a elaboração do Plano Estadual de Recursos Hídricos; expedir outorga de direito de uso dos recursos hídricos.

• Os Órgãos executores do SIGRH/PE, de acordo com a lei, são as instituições do poder público federal, estadual e municipal, cujas competências se relacionam com recursos hídricos.

• As Organizações Civis de Recursos Hídricos que podem atuar nesta condição de membros do SIGRH: consórcios e associações intermunicipais de bacias hidrográfi cas; associações locais ou setoriais de usuários de recursos hídricos; organizações técnicas e de ensino e pesquisa com atuação na área de recursos hídricos; e organizações afi ns reconhecidas pelo CERH; organizações não governamentais com atuação na área de meio ambiente e recursos hídricos.

• A Agência de Bacia que tem a sua criação condicionada à existência de sustentabilidade fi nanceira e autorização pelo CERH, visa exercer a função de secretaria executiva de um ou mais Comitês de Bacia Hidrográfi ca. Em Pernambuco não há Agência de Bacia constituída, na forma da Lei n° 12.984/2005.

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Sistemas Nacional e Estadual de Gerenciamento dos Recursos Hídricos Fonte: www.mma.gov.br

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ANÁLISE DE CENÁRIOS

A análise de cenários foi uma etapa imprescidível para o PHA dada a abrangência temporal do Plano – até 2025 e o interesse em propiciar a sustentabilidade futura da Bacia. Esta análise teve como base o Diagnóstico Hidroambiental e o Modelo de

Aproveitamento e Gestão dos Recursos Hídricos – MAGRE, desenvolvido pela BRLi, além das reuniões com a Câmara Técnica do COBH e a realização da Segunda Ofi cina, com a participação da comunidade da Bacia.

Partindo-se do pressuposto de que a utilidade e credibilidade dos cenários estão condicionadas à pertinência, coerência, verossimilhança e transparência, foram analisados elementos representativos, para a construção de indicadores consistentes, que pudessem refl etir os cortes temporais em 2015 e 2025. Foram então considerados para a construção dos cenários, quatro abordagens: hídrica, ambiental, econômica e social.

O Cenário Tendencial considerou as variáveis determinantes, para expressar linhas de movimento da dinâmica ambiental, social e econômica, que na ausência de forças ativas em sentido contrário, tendem a prevalecer num futuro próximo.

Diferentemente do Tendencial, o Cenário Sustentável vai além de projeções de indicadores técnicos ou econômicos; exige uma apreciação qualitativa dos dados do diagnóstico e uma visão de longo prazo para reestruturação e reordenamento do crescimento com o uso responsável dos recursos naturais, para propiciar o desenvolvimento sustentável da bacia hidrográfi ca do rio Capibaribe.

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Neste trabalho, foram consideradas quatro incertezas críticas e duas hipóteses extremas para a elaboração dos cenários, uma para cada dimensão de análises: hídrica, ambiental, econômica e social. A hipótese A está relacionada com a manutenção das atuais tendências, sendo, portanto, fruto de um olhar pessimista sobre a realidade. Já a hipótese B traz situações de resolução positiva em relação às incertezas críticas.

Abordagem Indicadores Signifi cado para Cenários

Hídrica Balanço hídrico Disponibilidade de água x défi cit hídrico

Ambiental Expansão agrícola Redução da vegetação nativa

Ambiental Qualidade de água Poluição da água

Economica PIB Crescimento da demanda produtiva

Social Dinâmica microrregional demográfi ca Demanda por abastecimento de água

Social Índice FIRJAN de desenvolvimento municipal Qualidade de vida

INCERTEZAS CRÍTICAS HIPÓTESE A HIPÓTESE B

Gestão dos Recursos Hídricos Sem controle ou regularização para a indús-tria e para a irrigação

Com controle ou regularização para a indústria e para a irrigação

Gestão AmbientalBaixa e inefi ciente fi scalização, como pouca adoção por parte das empresas de práticas ambientalmente sustentáveis

Ações de fi scalização serão intensifi cadas, levan-do as empresas e empreendedores a adotar práticas ambientalmente sustentáveis

Políticas de Estímulo ao Crescimento Econômico

Escassas políticas de atração e desenvolvim-ento da região

Políticas planejadas e estruturadas para atração de novos investimentos

Políticas Sociais Pouco abrangentes e limitadas Abrangentes e transformadoras

CENÁRIO TENDENCIAL

Análise Hídrica (MAGRE)

A extrapolação da situação atual, incluídas as novas adutoras previstas dentro da bacia hidrográfi ca do rio Capibaribe, teria como resultado a persistência do défi cit na alta parte da Bacia. Para fazer desaparecer esses défi cits precisa-se do aporte da transposição do São Francisco. A parte baixa da Bacia também apresenta défi cits para abastecimento público. O défi cit poderia baixar até 0% com uma mudança na operação atual do sistema Tapacurá.

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As demandas de irrigação e indústria apresentam um défi cit geralmente importante durante os anos secos, mas uma otimização da gestão dos reservatórios maiores permitiria diminuí-lo de maneira signifi cativa, para isso, precisaria de um sistema que permitisse controlar aquelas demandas e adaptar a gestão das barragens de maneira dinâmica.

A inclusão das vazões ecológicas nos balanços recursos/demandas tem um impacto de 22% em 2025 sobre o trecho a jusante de Tapacurá (humano UA4-2). Por outro lado, o défi cit da demanda industrial UA4 sobe de 7% em 2015. Enfi m, a demanda humana UA4-3 (Recife) não sofre com a inclusão dessas vazões.

Análise dos Elementos Ambientais, Econômicos e Sociais

Neste caso, como não há mudanças signifi cativas nas políticas sociais, ambientais e econômicas, as variáveis seguem suas tendências históricas com: crescimento do PIB em toda a Bacia; aumento da taxa de crescimento populacional em toda a Bacia; índice FIRJAN2 de desenvolvimento indicando em 2025, classifi cação moderada para as três Macrozonas; aumento da área plantada nas Macrozonas 2 e 3; e crescimento da carga remanescente de poluentes.

2 ÍNDICE FIRJAN - metodologia para medir o desenvolvimento econômico, desenvolvida pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro.

Distribuição das Macrozonas do MAGRE

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CENÁRIO SUSTENTÁVEL

Análise Hídrica (MAGRE)

Para a Macrozona 1, será necessário regularizar volumes para satisfazer a demanda em irrigação e indústria de maneira parcial (com racionamento da mesma, para assegurar o abastecimento humano de maneira ótima) até a chegada d’água do São Francisco. Depois será possível baixar a taxa de racionamento.

Já na Macrozona 2, as demandas de irrigação e indústria serão sufi cientes através da conexão da barragem do Jucazinho que disponibilizará um volume regularizado adequado, levando-se em conta que será necessário racionar, um mínimo, tais demandas para obter uma garantia máxima do abastecimento humano.

Por fi m, um cenário sustentável será possível na Macrozona 3 com a regularização das barragens presentes nesta área, para minimizar os défi cits de irrigação e indústria. Caso tal regularização provoque impacto negativo sobre a garantia da satisfação do abastecimento humano, será necessário racionar, um mínimo, a demanda em irrigação e indústria para obter uma garantia máxima do abastecimento humano.

Ainda sobre a Macrozona 3, a vazão ecológica provoca défi cit em algumas demandas. Desse modo, serão necessários estudos mais detalhados sobre o assunto e um monitoramento dos cursos de água que proporcionem um balanço adequado entre a utilização da água e manutenção de sua estrutura natural, permitindo assim, o seu uso continuado e a preservação do equilíbrio ecológico.

Análise dos Elementos Ambientais, Econômicos e

Sociais

Neste cenário, a Macrozona 1 continua tendo a maior taxa de crescimento do PIB e PIB per capita, sendo mais intenso que no Tendencial. Na cena de 2015 a 2025 a taxa média anual chega próximo dos 20%, acima do cenário Tendencial que era de 15%. O mesmo ocorre com as demais macrozonas. Nestes cenários, as políticas de adensamento produtivo surtem efeito, fazendo com que aumente a integração entre os diversos municípios e também desenvolvendo a pequena produção sustentável.

Com relação ao crescimento populacional, a Macrozona 1 continua com as maiores taxas de crescimento. Contudo, dadas as políticas sociais, investimentos em infraestrutura urbana e a própria elevação da renda, esse crescimento mais intenso da população, não levará ao aumento das pressões sociais. Os serviços urbanos acompanharam em boa medida o crescimento da demanda nos municípios. Mas, esse cenário só terá essa confi guração com a implementação de um conjunto de políticas e serviços públicos analisados mais à frente.

O índice FIRJAN, neste cenário, mostra melhoras signifi cativas, pois será verifi cada uma melhoria no padrão de desenvolvimento em todas as macrozonas.

As questões ambientais são melhor equalizadas, por meio da ampliação dos empreendimentos rurais ligados à agricultura familiar, por meio dos estímulos das reservas particulares com ações de recuperação de áreas desmatadas e através de práticas da agropecuária mais efi cientes.

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RECOMENDAÇÕES PARA UM

CENÁRIO SUSTENTÁVEL

Na Área Hídrica

Devem-se avaliar e equalizar os projetos de saneamento, juntamente com o crescimento populacional e a capacidade de absorção dos reservatórios. Essa gestão deve ter o máximo de participação coletiva tendo em vista a importância desse recurso natural.

A sustentabilidade fi nanceira do sistema também tem que ser verifi cada dada a crescente demanda por infraestrutura e oferta de água e tratamento de esgoto. Sendo assim, deve-se estudar soluções viáveis para a cobrança.

Além disso, em vista da complexidade do sistema e dos riscos inerentes, faz-se necessária a implantação de um sistema efi ciente de monitoramento, assim como planos de contingência, pois a integração dos diversos mananciais aumenta o risco sistêmico.

Na Área Ambiental

Os riscos ambientais são elevados, portanto a proteção legal de áreas remanescentes é fundamental, como por exemplo, a criação de unidades de conservação.

Ressalta-se, ainda, a necessidade de elaboração de planos de conservação para o entorno de reservatórios, recuperação de áreas degradadas por lixões e implantação de áreas verdes

marginais aos rios.

Por fi m, remete-se à necessidade de implementação de políticas públicas capazes de incentivar e prover práticas conservacionistas dos ambientes naturais, assim como propiciar o resgate histórico e cultural dessas áreas, visando a uma maior valoração.

Na Área Social

É fundamental garantir as condições de habitabilidade das populações, principalmente nas comunidades rurais, onde se deve analisar alternativas para o esgotamento sanitário dessas localidades. Partindo dessa premissa, ressalta-se a extrema necessidade de universalização do atendimento dos serviços de saneamento básico às populações rurais.

Do ponto de vista da inclusão social, o atendimento à agricultura familiar é um elemento importante para garantir uma melhoria da qualidade de vida de boa parte da população.

Na Área Econômica

Do ponto de vista econômico, é fundamental o planejamento atrelado a estratégias de sustentabilidade. É necessário atração de empreendimentos, mas associar o processo de encadeamento produtivo à pequena produção da região é um elemento importante. Neste sentindo é imprescindível uma visão integrada de toda a Bacia e complementariedade de suas atividades econômicas. Para tanto, um passo importante constitui no estímulo ao empreendedorismo local a partir do apoio a pequenos negócios urbanos nas áreas do comércio e serviços.

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PLANOS DE INVESTIMENTOS

Os Planos de Investimento compreendem um conjunto de ações propostas e dimensionadas em termos de execução e custo, para implementação na bacia hidrográfi ca do rio Capibaribe, com vistas a reduzir o passivo ambiental e propiciar a sua sustentabilidade.

Foram formulados como respostas aos diferentes problemas e potencialidades identifi cados no Diagnóstico Hidroambiental, o qual forneceu as bases para o estabelecimento dos Cenários Tendenciais e Sustentáveis para 2015 e 2025 e apontou as intervenções e reformulações necessárias ao desenvolvimento sustentável da Bacia.

A proposição desses Planos para a bacia hidrográfi ca do rio Capibaribe considerou inicialmente o conhecimento coletivo, expresso por técnicos, especialistas e pelos participantes das reuniões e ofi cinas de mobilização social: a bacia hidrográfi ca do rio Capibaribe sofreu impactos de diferentes naturezas e causas, deixando um passivo ambiental exigindo ações concretas de mitigação e recuperação.

De posse do Diagnóstico Hidroambiental foi possível estimar e espacializar grande parte desses problemas ambientais que afetaram a cobertura vegetal remanescente, as águas superfi ciais e subterrâneas, os solos, as populações urbanas e rurais, bem como as potencialidades oferecidas pela Bacia para o desenvolvimento socioeconômico.

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Problemas Diretrizes e estratégias Ações relevantes para a Bacia

Extensão insufi ciente de áreas protegidas, comprometendo os recursos hídricos

Ampliação da área sob regime de proteção integral: criação e implantação de novas Unidades de Con-servação de Proteção Integral em terras públicas; incentivos para a criação de unidades de conservação em terras particulares; categorização das Reservas Ecológicas da RMR e implantação como Unidade de Conservação

Programa de incentivo à criação de RPPN.Categorização e implantação de mosaico de Unidades de Conser-vação no Complexo Tapacurá.Criação e implantação de Unidade de Conservação de Proteção Integral na Caatinga, nas cabeceiras do rio Capibaribe.Consolidação e ampliação do Sistema Estadual de Unidades de Conservação, com regularização fundiária e estabelecimento de sistema de gestão (CPRH/SECTMA).

Uso inadequado das margens de corpos de água, com consequente contaminação por agrotóxicos e efl uentes domésticos e industriais, de-posição de lixo e assoreamen-to dos rios e reservatórios.

Adequação ambiental das propriedades rurais: demarcação e averbação de áreas de reserva legal, demarcação e diagnósticos

Ações conjuntas do MP-PE, SECTMA, CPRH e Prefeituras Municipais para aperfeiçoar e descentralizar o sistema de fi scalização e controle; parcerias desses atores para divulgação das normas ambientais e capacitação de gestores. Fortalecimento dos municípios para a gestão ambiental.Fortalecimento e ampliação das ações do CIPOMA.Melhoria no sistema de atendimento ao público, agilização de processos, fi scalização e cadastro do órgão estadual de meio ambiente (ampliação de quadro funcional, aperfeiçoamento de processos, informatização, descentralização, controle social)

Adequação ambiental dos reservatórios de água: disciplinamento do uso do entorno; elaboração de projetos de restauração ambiental; educação ambiental e controle das atividades do entorno de reservatórios.

Elaboração de Planos de Ocupação e Uso dos Reservatórios Artifi -ciais para abastecimento público. Elaboração de planos de gestão de reservatórios, enfatizando a restauração ambiental da faixa de área de preservação permanen-te e as estratégias de educação ambiental e participação social (COMPESA, SRHE, CPRH, DNOCS)

Restauração ambiental das áreas de preservação permanente (APP).

Ampliação da assistência técnica e extensão rural (ATER) realizada pelo Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) associada à recuperação de APP, com doação de mudas e acompanhamento técnico. Programa Produtor de Água em bacia(s) piloto(s) e outros progra-mas de Pagamento por Serviços Ambientais.Recursos do FEHIDRO para a restauração ambiental de APP. Divulgação de resultados de experiências exitosas e de estudos técnico-científi cos (fortalecimento da base de conhecimentos quanto à recuperação e conservação da vegetação natural ciliar).

Síntese dos planos de investimentos na bacia hidrográfi ca do rio CapibaribeProcesso para identifi cação das ações propostas para a Bacia

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Problemas Diretrizes e estratégias Ações relevantes para a Bacia

Uso inadequado das margens de corpos de água, com consequente contaminação por agrotóxicos e efl uentes domésticos e industriais, de-posição de lixo e assoreamen-to dos rios e reservatórios.

Ordenamento do uso do solo urbano

Análise, revisão e adequação de Planos Diretores Municipais.Fortalecimento da gestão municipal (poder público, conselhos e sociedade) para o planejamento urbanístico e ordenamento do território.Criação de parques urbanos às margens dos rios, com vistas a am-pliar as áreas verdes municipais e evitar ocupações inadequadas.Resgate da importância histórica e cultural do rio Capibaribe

Remoção de focos de poluição e degradação ambien-tal às margens de rios.

Programas de saneamento ambiental em áreas urbanas e rurais (SRH, SECID, SECTMA).Retirada de lixões e outros depósitos irregulares de resíduos sólidos às margens de rios.Zoneamento e controle da atividade mineradora às margens e no leito dos rios (CPRH, DNPM).Uso racional da água e em indústrias formais e informais com reuso de efl uentes industriais e das ETEs para fi ns agrícolas.

Erosão e contaminação do solo e da água por práticas agrícolas ambientalmente impróprias

Promoção de práticas agrícolas ambientalmente ade-quadas: sistemas agrofl orestais, produção orgânica e agroecológica, adoção de práticas conservacionistas de solo, melhoria de índices de produtividade, redu-ção do uso de agrotóxicos, recuperação de pastagens degradadas.

Ampliação da assistência técnica e extensão rural realizada pelo IPA, com amplo alcance entre os agricultores e pautada nos princí-pios de sustentabilidade.Identifi cação e adoção de alternativas de Pagamentos por Serviços Ambientais (Produtor de Água), entre outros (p.ex: estudos sobre oportunidade do REDD).Incentivo a programas de certifi cação ambiental (produtos orgâ-nicos, “selos verdes”, economia solidária) e apoio a comercialização (feiras, comunidades virtuais, etc).Ampliação e melhoria da efetividade da fi scalização ambiental (CPRH, CIPOMA) para redução de desmatamento.Divulgação e capacitação para agricultura e pecuária sustentável. Apoio às organizações não governamentais que desenvolvem projetos nesse sentido.

Carência de sistemassimplifi cados para abaste-cimento e saneamento das comunidades rurais difusas

Garantia de acesso à água e a condições sanitárias adequadas, através de modelos simplifi cados e efi cazes, que atendam aos critérios de saúde pública e meio ambiente

Estimativa do universo da população rural difusa, sem atendimen-to de água e esgoto.Adoção de modelos simplifi cados de abastecimento e saneamen-to, em uso pelo PRORURAL, PROMATA, IPA e em desenvolvimento pela (SRH/COMPESA).Ações educativas para o uso consciente da água e para práticas sanitárias.Implantação de soluções de abastecimento e esgotamentosanitá-rio na área rural.

Processo para identifi cação das ações propostas para a Bacia (continuação)

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Problemas Diretrizes e estratégias Ações relevantes para a Bacia

Carência de investimentos para universalização do abas-tecimento de água nas áreas urbanas e rurais dos 42 mu-nicípios

Garantia de acesso à água às sedes distritais, povoados e localidades.Produção de informações sobre comunidades das áreas rurais, incluindo bases cartográfi cas georrefe-renciadas.

Garantir a efetivação dos projetos negociados e em andamento e aqueles ainda não inseridos pelo PSH-PE.

Carência de investimentos para universalização do esgo-tamento sanitário nas áreas urbanas dos 42 municípios

Garantia de esgotamento sanitário e tratamento de esgotos das sedes distritais, povoados e localidades.Produção de informações sobre comunidades das áreas rurais, incluindo bases cartográfi cas georrefe-renciadas.Aplicação de prática de reuso de esgotos domésticos.

Garantir a efetivação dos projetos negociados e em andamento e aqueles ainda não inseridos pelo PSH-PE.

Carência de investimentos em drenagem nas áreas urbanas dos 42 municípios

Atualização ou elaboração dos Planos de Drenagem urbana dos 42 municípios da Bacia.Consideração dos efeitos de eventos extremos e subi-da do nível do mar, nos projetos de saneamento.

Desenvolver ações conjuntas envolvendo o Estado e os municípios para implantação e melhoria da micro e macrodrenagem urbana.

Calha do rio e principais afl uentes com barramentos e tomadas d’água irregulares e gargalos ao longo do rio devido à ocupação das margens, lançamento de entulhos e pontes/pontilhões subdimensionados.

Regularização da calha do rio, prioritariamente nas proximidades dos centros urbanos, com vistas à redução de enchentes;Instrumentos de gestão adequados e efi cazes para o controle de enchentes;

Ações de gestão dos recursos hídricos exercidos pelo COBH e de-mais responsáveis, através de ferramentas aplicáveis à fi scalização e disciplinamento da apropriação da água. Ações estruturais de desobstrução, desassoreamento, derrocamen-to da calha nos trechos mais comprometidos e regularização dos barramentos e passagens molhadas no rio e em seus principais afl uentes.Instrumentos de gestão e monitoramento em tempo real, para subsidiar planos de contingência e outras ações de redução de danos de enchentes.

Instrumentos de gestão insufi cientemente adequados para o controle de práticas de uso e manejo dos recursos hídricos

Aplicação dos condicionantes estabelecidos na legis-lação dos recursos hídricos em PE, em especial dos instrumentos de gestão previsto na Política Estadual de Recursos Hídricos (Lei N° 12.984/05)

Ações para a implantação ou otimização dos instrumentos de gestão dos recursos hídricos, com base em cadastros confi áveis e bancos de dados atualizados:• enquadramento dos corpos de água,

• outorga de direito de uso de recursos hídricos;

• cobrança pelo uso de recursos hídricos;

• sistema de informações de recursos hídricos,

• fi scalização do uso de recursos hídricos

• monitoramento dos recursos hídricos.

Processo para identifi cação das ações propostas para a Bacia (continuação)

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Problemas Diretrizes e estratégias Ações relevantes para a Bacia

Conhecimento insufi ciente dos condicionantes climáticos e hídricos para o uso de da-dos confi áveis na modelagem e dimensionamento das disponibilidades hídricas da Bacia.

Construção e aplicação de modelos adequados às condições climáticas e hídricas da bacia e sub-bacias do Capibaribe, nas diferentes regiões fi siográfi cas;

Implantação de pesquisa para estudo do comportamento de bacias representativas em microbacias nas zonas fi siográfi cas Agreste e Mata.

Fragilidade institucional do COBH Capibaribe, para as-sumir o seu papel efetivo na gestão dos recursos hídricos da Bacia.

Garantia de infraestrutura física, suporte técnico e administrativo e capacitação, para o desempenho de suas funções legais.

Fortalecimento do COBH Capibaribe

Dessa análise, puderam ser fi nalmente propostos pelo grupo de consultores temáticos, os Planos de Investimentos para a bacia hidrográfi ca do rio Capibaribe, também submetidos à análise do COBH, através de uma Ofi cina de Trabalho (terceira Ofi cina do PHA) e de discussão com a sua Câmara Técnica. Os Planos foram agrupados em três Eixos Temáticos: socioambiental, gestão dos recursos hídricos e infraestrutura hídrica, distribuídos no território da Bacia, de modo a ampliar a abrangência dos mesmos e o acesso aos seus resultados.

Processo para identifi cação das ações propostas para a Bacia (continuação)

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Planos de Investimentos por Eixos Temáticos

Eixo Temático Escopo Planos de Investimentos Propostos

Eixo ISocioambiental

Agrega as ações relacionadas à recomposição do equilíbrio do am-biente, atuando sobre a qualidade da cobertura vegetal, a proteção dos solos e ao resgate da importância do rio Capibaribe no contexto da Bacia e do Estado

• Implantação de parques urbanos municipais na bacia hidrográfi ca do rio Capibaribe “janelas para o rio”

• Elaboração de planos de conservação e uso de entorno de reservatórios na bacia hidrográfi ca do rio Capibaribe

• Apoio a criação de unidades de conservação na bacia hidrográfi ca do rio Capibaribe

• Programa de incentivo a criação de reservas particulares do patrimônio natural na bacia hidrográfi ca do rio Capibaribe “rppn amiga da água”

• Programa produtor de água na bacia hidrográfi ca do rio Capibaribe

• Recuperação de áreas degradadas por lixões em margens de rios ou áreas estratégicas da bacia hidrográfi ca do rio Capibaribe

• Plano de resgate histórico, cultural e sentimental do rio Capibaribe

Eixo IIInfraestrutura hídrica

Tem como foco o saneamento am-biental voltado para a melhoria das condições de vida nas áreas rurais difusas, com alternativas simplifi ca-das para o abastecimento de água e esgotamento, além de ações de revi-talização da calha do rio Capibaribe, para controle de enchentes

• Uso de alternativas simplifi cadas para o abastecimento da população difusa na bacia hidrográfi ca do rio Capibaribe

• Uso de alternativas simplifi cadas para o esgotamento sanitário das comunidades difusas da bacia hidrográfi ca do rio Capibaribe

• Recuperação de trechos críticos da calha do rio Capibaribe para atenuação de enchentes

Eixo III Gestão de recursos

hídricos

Ações voltadas para o aperfeiço-amento do Sistema Estadual de Recursos Hídricos, disponibilizando ferramentas para a gestão e controle dos recursos hídricos da Bacia, além do fortalecimento do COBH e dos municípios para a gestão hidroam-biental

• Programas de uso racional das águas em indústrias formais e informais na bacia hidrográfi ca do rio Capibaribe

• Elaboração de cadastro de usuários de recursos hídricos na bacia do rio capibaribe e estruturação em banco de dados

• Plano de monitoramento hidroambiental do rio Capibaribe

• Sistema informatizado de acompanhamento e controle de outorgas na bacia hidrográfi ca do rio Capibaribe

• Implementação da proposta de referência de enquadramento dos corpos hídricos para a bacia hidrográfi ca do rio Capibaribe

• Implementação de sistema de monitoramento em tempo real em áreas inundáveis na bacia hidrográ-fi ca do rio Capibaribe

• Plano de contingência para inundações na bacia do rio Capibaribe

• Estudos para cobrança pelo uso dos recursos hídricos na bacia hidrográfi ca do rio Capibaribe

• Fortalecimento do comitê da bacia hidrográfi ca do rio Capibaribe

• Implementação de “bacias representativas” nas diferentes zonas fi siográfi cas da bacia do rio Capiba-ribe

• Monitoramento do impacto dos investimentos em saneamento básico, sobre os reservatórios de Jucazinho, Tapacurá e Carpina

• Programa de apoio aos municípios da bacia hidrográfi ca do rio Capibaribe para a gestão hidroambi-ental

• Reuso de esgoto doméstico tratado no aproveitamento hidroagrícola na bacia hidrográfi ca do rio Capibaribe

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Cada Plano de Investimento aborda diversifi cados aspectos acerca da ação proposta, contendo os elementos básicos para a formulação de uma Carta Consulta ou um Termo de Referência, a depender da abordagem dada ao tema.

Apesar do seu formato compacto, cada Plano é sufi cientemente abrangente para atender aos principais agentes fi nanceiros. Foram estruturados em um formulário padrão que contém cinco conjuntos de informações: Introdução, Caracterização, Estimativa de Custos, Fontes de Financiamento e Legislação Aplicável. Este Produto foi organizado como um conjunto formado pelo Relatório do Planos de Investimentos, acompanhado de 23 cadernos contendo os Planos individualmente formatados,de modo a permitirem seu uso direto para eventuais consultas e negociações com órgãos fi nanciadores.

A seguir são apresentados um Quadro Geral contendo a síntese de todos os Planos de Investimentos propostos e um Cronograma de Implantação, respeitando a precedência entre os Planos, para a otimização dos resultados.

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Síntese dos Planos de Investimentos na

Eixo

TemáticoPlanos de Investimentos Municípios Envolvidos Objetivo Geral

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Implantação de parques urbanos municipais na bacia hidrográfi ca do rio Capibaribe “janelas para o rio”.

Santa Cruz do Capibaribe, Taquaritinga do Norte, Toritama, Limoeiro, Passira, Camaragibe, Carpina, Paudalho, Pombos, Recife, São Lourenço da Mata e Vitória de Santo Antão.

Implantar áreas verdes urbanas marginais aos rios Capibaribe e Tapacurá e riachos da Bica, Caçatuba e Gameleira

Elaboração de Planos de Conservação e Uso de Entorno de Reservatórios na bacia do rio Capibaribe.

São Lourenço da Mata, Paudalho, Caruaru, Surubim, Cuma-ru, Taquaritinga do Norte, Santa Cruz do Capibaribe e Brejo da Madre Deus.

Regularizar, mapear e elaborar Plano de controle e monitoramento para o entorno de reservatórios

Apoio à criação de unidades de conservação na bacia do rio Capibaribe .

Jataúba, Brejo da Madre Deus, São Lourenço da Mata e Vitória de Santo Antão.

Categorizar duas Reservas Ecológicas da RMR como UCs e conservar áreas de vegetação natural no Alto Capibaribe.

Programa de Incentivo à Criação de Reservas particulares do Patrimônio Natural na bacia do rio Capibaribe “RPPN Amiga da Água”.

A defi nir, em função da demanda. Incentivar a criação e implementação de RPPN na bacia do rio Capibaribe.

Programa Produtor de Água na bacia do rio Capibaribe (Recuperação de Áreas Degradadas por Desmatamento, Mineração e Erosão; Res-tauração de Matas Ciliares e Nascentes) .

A defi nir, em função da demanda. Incentivar as práticas de conservação do solo e da cobertura vegetal e de recu-peração de áreas degradadas.

Recuperação de áreas degradadas por lixões em margens de rios ou áreas estratégicas da bacia hidrográfi ca do rio Capibaribe.

Brejo da Madre de Deus, Camaragibe, Carpina, Casinhas, Chã de Alegria, Cumaru, Feira Nova, Frei Miguelinho, Glória do Goitá, Jataúba, Lagoa do Itaenga, Limoeiro, Passira, Paudalho, Pombos, Riacho das Almas, Santa Maria do Cambucá, São Lourenço da Mata, Surubim, Taquaritinga do Norte, Vertente do Lério, Vertentes, Vitória de Santo Antão e Salgadinho.

Recuperar áreas degradadas por lixões em margens de rios ou áreas estraté-gicas da bacia do rio Capibaribe e propor ações para tratamento e destinação fi nal dos resíduos sólidos.

Plano de resgate histórico, cultural e sentimen-tal do rio Capibaribe. Todos da Bacia. Aumentar o conhecimento dos aspectos históricos e culturais sobre o rio

Capibaribe.

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bacia hidrográfi ca do rio Capibaribe

MetasPeríodo de

Implantação Órgãos Responsáveis Fontes de Financiamento Custos (R$)

Implantar doze parques urbanos, situados em áreas marginais aos trechos urbanos dos rios Capibaribe e Tapacurá e riachos da Bica, Caçatuba e Gameleira, cada um com área em torno de 3,0ha.

3 anos SRH/PE e Prefeituras ANA; Governo Federal – PAC; Ministério das Cidades. 12.786.978,38

Elaborar, discutir e aprovar Planos de Conservação e Uso de Entorno para onze reservatórios da bacia do rio Capibaribe.

1 ano. SRH/PE e Prefeituras. ANA, COMPESA e FEHIDRO. 2.671.571,24

Concluir relatório de estudos e consultas públicas preliminares; Elaborar mapa de localização das Unidades de Conservação propostas e regularização da área no registro de imóveis; Elaboração e apro-vação de Planos de Manejo, incluindo zoneamento e programas, com defi nição de responsabilidades e atividades.

2 anos. SRH/PE, CPRH.

Recursos da compensação ambiental, FEHIDRO e Recursos do BAN-CO DO NORDESTE (Programa de Financiamento à Regularização e Recuperação de Áreas de Reserva Legal e de reservação Permanente Degradadas “PRÓ-RECUPERAÇÂO AMBIENTAL”).

3.326.029,48

Criar 5 RPPN Amigas da Água criadas, em funciona-mento de acordo com respectivos Planos de manejo de negócios.

Variável, a partir do pri-meiro Edital (1 ano).

SRH/PE, COBH – Capibaribe. FEHIDRO, Fundo de Interesses Difusos, FEMA e recursos internacio-nais. 200.000,00

Implementar Programa Produtor de Água em duas sub-bacias do Capibaribe. 10 anos. SRH/PE, ANA, COBH – Capibaribe e

outras entidades.

FEHIDRO; Recursos do BNDES para investimentos na área de Sanea-mento Ambiental e Recursos Hídricos e ANA - Agência Nacional de Águas.

7.000.000,00

Recuperar 24 áreas ocupadas por lixões e construir aterros de pequeno porte ou consorciados para os municípios.

8 anos. CPRH, SECTMA, SRH/PE, Prefeituras, SECID.

MMA; SRH/PE; PNRS; PAC; FNMA; MCIDADES; PMSS; PROSANEAR; PRSU; FUNASA; BNDES; CEF; BNB,FEMA, PROMATA e SECTMA. 41.942.541,55

Construção do sentimento de “pertencimento” da população em relação ao rio Capibaribe. 3 anos. SRH/PE, FUNDARPE e Ag. Condepe

Fidem , e COBH -Capibaribe.Lei de Incentivo à Cultura Federal e Estadual; Fundo Estadual de Recursos Hídricos e Fundo Estadual de Meio Ambiente. 2.131.163,97

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Eixo

TemáticoPlanos de Investimentos Municípios Envolvidos Objetivo Geral

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Uso de alternativas simplifi cadas para o abas-tecimento da população difusa e atendimento da agricultura familiar na bacia hidrográfi ca do rio Capibaribe.

Inclui todas as áreas rurais com ocupação difusa – exceto a RMR.

Universalizar o atendimento dos serviços de saneamento básico, às populações dispersas no meio rural da Bacia , assim como, proporcionar a oferta permanen-te de água de qualidade.

Uso de alternativas simplifi cadas para o esgo-tamento sanitário das comunidades difusas da bacia hidrográfi ca do rio Capibaribe.

Inclui todas as áreas rurais com ocupação difusa – exceto a RMR.

Universalizar o atendimento dos serviços de saneamento básico, às popula-ções dispersas no meio rural da Bacia, com investimento para implantação de sistemas de esgotamento sanitário de alcance individual (familiar) e associativo (comunitário).

Recuperação de trechos críticos da calha do rio Capibaribe para atenuação de enchentes. A serem defi nidos em Projeto. Minimizar os riscos de enchentes na Bacia e melhorar as condições da calha e

das margens do rio Capibaribe.

Ges

tão

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ecur

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Híd

ricos

Implementação de “bacias representativas” nas diferentes zonas fi siográfi cas da bacia hidrográfi ca do rio Capibaribe.

A defi nir em Projeto.Defi nir o comportamento hidrológico em bacias representativas de zonas fi sio-gráfi cas distintas e extrapolar o conhecimento obtido na Bacia representativa para zonas homogêneas.

Implementação de sistema de monitoramento em tempo real em áreas inundáveis na bacia hidrográfi ca do rio Capibaribe.

A defi nir em Projeto. Minimizar os riscos de cheias na Bacia e implantar sistema de alerta de cheias em tempo real.

Plano de contingência para inundações na bacia hidrográfi ca do rio Capibaribe.

Santa Cruz do Capibaribe, Toritama, Surubim, Salgadinho, Limoeiro, Vitória de Santo Antão, Paudalho, São Lourenço da Mata e Recife.

Elaborar o Plano de Contingência de Inundações da bacia do rio Capibaribe e fortalecer institucionalmente o sistema estadual e municipal de Defesa Civil.

Plano de monitoramento hidroambiental do rio Capibaribe. Todos da Bacia.

Reestruturar o sistema de monitoramento da qualidade das águas superfi ciais do rio Capibaribe e estruturar sistema de monitoramento das águas subterrâne-as na bacia hidrográfi ca do rio Capibaribe.

Elaboração de cadastro de usuários de recursos hídricos na bacia do rio Capibaribe e estruturação em banco de dados.

Todos da Bacia. Elaborar o cadastro de usuários de recursos hídricos existentes na Bacia; e dis-ponibilizar as informações em banco de dados compatível com o – CNARH.

Estudos para cobrança pelo uso dos recursos hídricos na bacia hidrográfi ca do rio Capiba-ribe.

Todos da Bacia. Subsidiar a implementação da cobrança pelo uso da água na bacia hidrográfi ca do rio Capibaribe em águas de domínio do Estado de Pernambuco.

Implementação da proposta de referência de enquadramento dos corpos hídricos para a bacia hidrográfi ca do rio Capibaribe.

Todos da Bacia. Aprovação de proposta de enquadramento dos corpos hídricos pelo Comitê da Bacia e defi nição das etapas para implementação do enquadramento.

Síntese dos Planos de Investimentos na

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MetasPeríodo de

Implantação Órgãos Responsáveis Fontes de Financiamento Custos (R$)

Universalizar o abastecimento de comunidades difusas na área rural da bacia hidrográfi ca do rio Capibaribe até 2025.

15 anos.MDA/MDS/MMA, SRH/PE, COMPESA, SEDAR, PRORURAL, IPA, PROMATA, CMDR, COBH - Capibaribe; CDS.

SRH/PE, Recursos do BNDES; Recursos do BANCO MUNDIAL; MI - Ministério da Integração Nacional; MDA - Ministério do Desen-volvimento Agrário; MAPA - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

83.990.320,00

Implementar os modelos simplifi cados de esgota-mento sanitário de comunidades difusas na área rural da bacia hidrográfi ca do rio Capibaribe..

8 anos.MDA/MDS/MMA, SRH/PE, COM-PESA ,SEDAR, PRORURAL, IPA, PROMATA,CMDR, COBH; CDS.

SRH/PE, COMPESA, Recursos do; Recursos do BANCO MUNDIAL; ANA - Agência Nacional de Água; MI - Ministério da Integração Nacional e MDA - Ministério do Desenvolvimento Agrário e MAPA - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

74.383.080,00

Desassorear e aplicar soluções técnicas nos pontos críticos da calha do rio, para redução do risco de cheias na bacia hidrográfi ca do rio Capibaribe..

1 ano.MDA/MDS/MMA; SRH; SECTMA;CODECIPE;CPRH;COMPESA); CMDR; CDS.

Ministério das Cidades (Drenagem Urbana); SRH/PE; Governo Federal – PAC, Recursos do BNDES; Recursos do BANCO MUNDIAL; MCidades - Ministério das Cidades e MI - Ministério da Integração Nacional

1.110.288,01

Implantar duas bacias representativas e dar início à operação das redes de monitoramento. 3 anos. SRH/PE-PE e Universidades. SRH/PE. 952.321,35

Instalar estações de monitoramento instaladas e em operação 1 ano e meio. SRH/PE, APAC, LAMEPE e CODECIPE. SRH/PE, ANA - Agência Nacional de Águas e MI - Ministério da

Integração Nacional. 1.407.870,44

Elaborar um Plano de Contingência Modelo; capa-citar 120 agentes municipais e estaduais de Defesa Civil

1 anoCOBH Capibaribe, SRH/PE, AGÊNCIA CONDEPE FIDEM, COMPESA, CODECI-PE, COMDECs,

MCIDADES - SPU; MI - Secretaria Nacional de Defesa Civil; SRH/PE 835.210,66

Defi nir novas estações de monitoramento e respec-tivos parâmetros; e coletas periódicamente os dados para avaliação de resultados.

1 ano e meio. SRH/PE, CPRH. SRH/PE, FEHIDRO; ANA - Agência Nacional de Águas e Recursos do BANCO MUNDIAL. 1.271.656,87

Cadastrar 1000 usuários de maior consumo de água na Bacia. 1 ano SRH/PE, CPRH e Usuários de Recursos

Hídricos FEHIDRO e ANA - Agência Nacional de Águas. 965.128,67

Regulamentar a Política Estadual para cobrança pelo uso da água e defi nição do COBH, pelos preços públicos a serem cobrados pelo uso da água.

1 ano e meio. SRH/PE, Usuários de recursos hídricos,COBH -Capibaribe,CERH. ANA - Agência Nacional de Águas e FEHIDRO. 1.044.949,63

Parâmetros de qualidade da água dos corpos hídricos em conformidade com as classes dos corpos hídricos previstas, para os respectivos prazos estabelecidos.

1 ano. SRH/PE, CPRH,COBH -Capibaribe. SRH/PE e Recursos do BANCO MUNDIAL para o Setor de Água no Brasil. 839.503,38

bacia hidrográfi ca do rio Capibaribe (continuação)

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Eixo

TemáticoPlanos de Investimentos Municípios Envolvidos Objetivo Geral

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Híd

ricos

Sistema informatizado de acompanhamento e controle de outorgas na bacia hidrográfi ca do rio Capibaribe.

Todos da Bacia.Desenvolver e implementar o sistema para consulta aos processos de outorga de uso da água e disponibilização das informações relativas às outorgas emiti-das via web.

Programas de uso racional das águas em indústrias formais e informais na bacia hidro-gráfi ca do rio Capibaribe.

Belo Jardim, Bezerros, Brejo da Madre de Deus, Caruaru, Gra-vatá, Jataúba, Pesqueira, Poção, Riacho das Almas, Sanharó, São Caetano, Tacaimbó.

Estruturar um programa de uso racional das águas em indústrias formais e infor-mais (inclusive casas de farinha, matadouros e curtumes) visando uma redução no consumo de água potável e incentivando o reuso de água.

Fortalecimento do Comitê da bacia hidrográfi -ca do rio Capibaribe. Todos da Bacia.

O Comitê da Bacia Hidrográfi ca do Capibaribe cumprindo plenamente as suas atribuições legais e estatutárias e acompanhando a implementação do Plano Hidroambiental do Capibaribe.

Monitoramento do impacto dos investimentos em saneamento básico, sobre os reservatórios de Jucazinho, Tapacurá e Carpina.

Todos da Bacia. Estudar o impacto dos investimentos em saneamento básico dos referidos municípios sobre os reservatórios de Jucazinho, Tapacurá e Carpina.

Programa de apoio aos municípios da bacia do rio Capibaribe para a gestão hidroambiental . Todos da Bacia.

Atualizar e buscar sintonias no arcabouço legal municipal referente à questão hidroambiental; implantar ou fortalecer a infraestrutura para a gestão hidro-ambiental municipal; melhorar os instrumentos legais para a distribuição dos recursos do ICMS socioambiental; e estimular a criação da rede estadual de COBHs e Conselhos de Meio Ambiente.

Reuso de esgoto doméstico tratado no apro-veitamento hidroagrícola na bacia hidrográfi ca do rio Capibaribe.

A serem defi nidos.Aumentar a disponibilidade de oferta de água no meio rural da bacia hidrográfi -ca do rio Capibaribe, com investimentos para implantação de sistemas de reúso de esgoto doméstico tratado para fi ns hidroagrícola de alcance associativo.

Síntese dos Planos de Investimentos na

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MetasPeríodo de

Implantação Órgãos Responsáveis Fontes de Financiamento Custos (R$)

Disponibilizar para consulta via web todas as informa-ções relativas às outorgas. 1 ano. SRH/PE; COBH – Capibaribe. SRH/PE, FEHIDRO; ANA - Agência Nacional de Águas. 980.630,21

Reduzir o consumo de água potável entre os usuários, ampliação do emprego de técnicas de reuso da água na bacia hidrográfi ca do rio Capibaribe. e reduzir o lan-çamento de efl uentes industriais nos corpos hídricos.

1 ano. SRH/PE, CPRH e usuários de recursos hídricos.

FEHIDRO, SRH, PAC, MI-Cidades, Recursos do BNDES para investi-mentos na área de Saneamento Ambiental e Recursos Hídricos. 742.391,48

Viabilizar a reestruturação do Comitê, incluindo uma secretaria permanente e estabelecer estratégias de comunicação e acompanhamento à execução do PHA.

3 anos.COBH -Capibaribe, APAC, FEHIDRO, CRH e entidades governamentais e não-governamentais.

FEHIDRO; Agência Nacional de Águas e Recursos do Banco Mundial. 824.438,09

Quantifi car a redução da poluição e avaliar a melhoria da qualidade da água nos reservatórios de Jucazinho, Tapacurá e Carpina.

1 ano. SRH/PE, COMPESA e CPRH. SRH/PE, Recursos do BNDES para investimentos na área de Saneamento Ambiental e Recursos Hídricos e Recursos do BANCO MUNDIAL para o Setor de Água no Brasil.

721.192,18

Atualizar o arcabouço legal municipal referente à questão hidroambiental (Plano diretor, código de meio ambiente, etc); de modo a promover a necessária e adequada sintonia entre esses instrumentos; Implantar ou fortalecer a infraestrutura para a gestão hidroam-biental municipal e melhorar a ação municipal no planejamento e controle hidroambiental.

3 anos.SRH, COBH - Capibaribe, SECTMA, CPRH, UFPE, UFRPE, Conselhos Munici-pais de Meio Ambiente, IFPE.

Ministério das Cidades; SRH; Governo Federal – PAC e Recursos do BNDES para investimentos na área de Saneamento Ambiental e Recursos Hídricos.

2.040.749,95

Implementar unidades piloto de reuso de esgoto do-méstico tratado para aproveitamento agrícola através de técnicas de irrigação.

De acordo com a disponibili-dade de área e de solos no município.

MDA, MDS, MMA, SRH, COMPESA, SEDAR, PRORURAL, SARA, IPA, SEDAR, PROMATA, CMDR, COBH Capibaribe, CDS.

SRH/PE, COMPESA. 5.126.223,20

CUSTO TOTAL*: R$ 247.294.238,72

* O Custo Total Real pode ser superior ao valor indicado, tendo em vista que alguns Planos de Investimentos não podem ser previamente orçados, por dependerem de Projetos Especiais a serem contratados.

Distribuição dos custos de investimentos por eixos temáticosEixos de Investimento Custos (R$)

Socioambiental 70.058.284,61

Infraestrutura Hídrica 159.483.688,01

Gestão dos Recursos Hídricos 17.752.266,10

TOTAL 247.294.238,72

bacia hidrográfi ca do rio Capibaribe (continuação)

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Nº Nome da tarefa Duração

1 PLANOS DE INVESTIMENTOS 180 meses1.1 EIXO I DO PHA - SOCIOAMBIENTAL 120 meses

1.1.1 PROGRAMA PRODUTOR DE ÁGUA NA BACIA DO RIO CAPIBARIBE 120 meses

1.1.2 APOIO À CRIAÇÃO DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO NA BACIA DO RIO CAPIBARIBE 24 meses

1.1.3 ELABORAÇÃO DE PLANOS DE CONSERVAÇÃO E USO DE ENTORNO DE RESERVATÓRIOSNA BACIA DO RIO CAPIBARIBE

12 meses

1.1.4 PROGRAMA DE INCENTIVO À CRIAÇÃO DE RESERVAS PARTICULARES DO PATRIMÔNIONATURAL NA BACIA DO RIO CAPIBARIBE “RPPN AMIGA DA ÁGUA”

12 meses

1.1.5 PLANO DE RESGATE HISTÓRICO, CULTURAL E SENTIMENTAL DO RIO CAPIBARIBE 36 meses

1.1.6 IMPLANTAÇÃO DE PARQUES URBANOS MUNICIPAIS NA BACIA DO RIO CAPIBARIBE“JANELAS PARA O RIO”

36 meses

1.1.7 RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS POR LIXÕES EM MARGENS DE RIOS OU ÁREASESTRATÉGICAS DA BACIA DO RIO CAPIBARIBE

48 meses

2.2 EIXO II DO PHA - INFRAESTRUTURA HÍDRICA 180 meses2.2.1 USO DE ALTERNATIVAS SIMPLIFICADAS PARA O ESGOTAMENTO SANITÁRIO DAS

COMUNIDADES DIFUSAS DA BACIA DO RIO CAPIBARIBE96 meses

2.2.2 USO DE ALTERNATIVAS SIMPLIFICADAS PARA O ABASTECIMENTO DA POPULAÇÃODIFUSA NA BACIA DO RIO CAPIBARIBE

180 meses

3.2.1 RECUPERAÇÃO DE TRECHOS CRÍTICOS DA CALHA DO RIO CAPIBARIBE PARAATENUAÇÃO DE ENCHENTES

12 meses

3.3 EIXO III DO PHA - SOCIOAMBIENTAL 180 meses3.3.1 IMPLEMENTAÇÃO DE SISTEMA DE MONITORAMENTO EM TEMPO REAL EM ÁREAS

INUNDÁVEIS NA BACIA DO RIO CAPIBARIBE18 meses

3.3.2 PLANO DE CONTINGÊNCIA PARA INUNDAÇÕES NA BACIA DO RIO CAPIBARIBE 12 meses

3.3.3 ELABORAÇÃO DE CADASTRO DE USUÁRIOS DE RECURSOS HÍDRICOS NA BACIA DO RIOCAPIBARIBE E ESTRUTURAÇÃO EM BANCO DE DADOS

12 meses

3.3.4 SISTEMA INFORMATIZADO DE ACOMPANHAMENTO E CONTROLE DE OUTORGAS NABACIA DO RIO CAPIBARIBE

12 meses

3.3.5 PLANO DE MONITORAMENTO HIDROAMBIENTAL DO RIO CAPIBARIBE 18 meses

3.3.6 ESTUDOS PARA COBRANÇA PELO USO DOS RECURSOS HÍDRICOS NA BACIA DO RIOCAPIBARIBE

18 meses

3.3.7 PROGRAMAS DE USO RACIONAL DAS ÁGUAS EM INDÚSTRIAS FORMAIS E INFORMAIS NABACIA DO RIO CAPIBARIBE

12 meses

3.3.8 MONITORAMENTO DO IMPACTO DOS INVESTIMENTOS EM SANEAMENTO BÁSICO, SOBREOS RESERVATÓRIOS DE JUCAZINHO, TAPACURÁ E CARPINA

12 meses

3.3.9 IMPLEMENTAÇÃO DA PROPOSTA DE DE REFERÊNCIA ENQUADRAMENTO DOS CORPOSHÍDRICOS PARA A BACIA DO RIO CAPIBARIBE

12 meses

3.3.19 REUSO DE ESGOTO DOMÉSTICO TRATADO NO APROVEITAMENTO HIDROAGRÍCOLA NABACIA DO RIO CAPIBARIBE

168 meses

3.3.11 FORTALECIMENTO DO COMITÊ DA BACIA DO RIO CAPIBARIBE 36 meses

3.3.12 IMPLEMENTAÇÃO DE “BACIAS REPRESENTATIVAS” NAS DIFERENTES ZONASFISIOGRÁFICAS DA BACIA DO RIO CAPIBARIBE

36 meses

3.3.13 PROGRAMA DE APOIO AOS MUNICÍPIOS DA BACIA DO RIO CAPIBARIBE PARA A GESTÃOHIDROAMBIENTAL

36 meses

S1 S2 S1 S2 S1 S2 S1 S2 S1 S2 S1 S2 S1 S2 S1 S2 S1 S2 S1 S2 S1 S2 S1 S2 S1 S2 S1 S2 S1 S22011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025

Cronograma físico dos Planos de Investimentos.

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Proposta de referência para o enquadramento dos corpos d’água da Bacia

O enquadramento é a defi nição das metas de qualidade da água a serem alcançadas nos corpos de água de uma bacia hidrográfi ca. A Resolucao Conama 357/05 estabelece classes para esse enquadramento.

Baseado nisso, apresentou-se uma proposta de referência para o enquadramento dos corpos hidricos, em conformidade com os usos preponderantes existentes. Ressalta-se a participacao efetiva do COBH Capibaribe na defi nicao dos usos pretendidos para a água, o que possibilitou a elaboração da referida proposta.

A proposta de referência deve ser encaminhada à CPRH e ao Conselho de Recursos Hidricos para ser então aprovada. A partir daí serão defi nidos os investimentos necessários para atingir os objetivos de qualidade da água desejados.

Após a aprovação do enquadramento, os corpos de água enquadrados passarão a ter um conjunto de parâmetros de monitoramento que serão referência para o alcance ou manutenção da qualidade da água requerida para os mesmos, visando assegurar às águas, qualidade compatível com os usos mais exigentes a que forem destinadas.

A proposta de referência é, a seguir, representada por Diagrama Unifi lar.

Recomendações para o PHA Capibaribe

O Plano Hidroambiental (PHA) é um dos instrumentos de gestão de maior alcance já elaborados para a bacia hidrográfi ca do rio Capibaribe. O conjunto de Planos de Investimentos poderá devolver à Bacia a sua capacidade de uso do grande potencial de desenvolvimento econômico e social, em bases ambientalmente sustentadas.

É importante que os Planos sejam analisados de forma integrada, executados de forma sincrônica para obter uma maior sinergia nos seus resultados. Devem também ser acompanhados desde sua contratação, até a produção dos resultados decorrentes de sua implantação. Para tanto é sugerido um Programa de Monitoramento do Desempenho e de Resultados do PHA Capibaribe.

Este Programa deve coordenar e gerenciar a execução das atividades dos Planos de Investimentos em suas diversas fases: controle de qualidade e normatização dos procedimentos; suporte às atividades da administração, incluindo licitações, contratos, licenciamentos, tarefas de acompanhamento e controle do cronograma físico fi nanceiro, bem como o monitoramento dos seus resultados na bacia hidrográfi ca do rio Capibaribe.

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DIAGRAMA UNIFILAR - RIO CAPIBARIBE

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Classe 1

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ReservatórioEspecial

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Distrito / Povoado

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Área Industrial Usina

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SIST

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SISTEMATIZAÇÃO DA BASE DE DADOS

Durante a elaboração do PHA foi coletada e utilizada uma grande quantidade de dados e informações sobre a bacia hidrográfi ca do rio Capibaribe, informações sobre climatologia, pontos de monitoramento hidroclimatológicos e de qualidade de água, dados

para o balanço hídrico, saneamento, atividades produtivas, população, outorgas e infraestrutura hídrica. Esses conjuntos de dados foram processados para obtenção de parâmetros organizados por unidade de análise.

Com o objetivo de organizar e disponibilizar essas informações foi construida uma base informacional, cuja composição do banco de dados tomou como indexadores os limites dos municípios, limites de bacias e os pontos de obtenção das informações. Todos esses dados foram associados a uma base cartográfi ca através de ferramentas de geoprocessamento.

Por fi m, foi elaborado um website (http://www.sirh.srh.pe.gov.br/hidroambiental/bacia_capibaribe/index.php/abertura), para que de forma fácil e dinâmica, seja possível navegar por todo o trabalho e ter uma visão global de todas as etapas de elaboração do PHA.

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REFE

RÊN

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S

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REFERÊNCIAS

IBGE. Manual técnico de uso da terra. Rio de Janeiro: IBGE, 2006. (Manuais Técnicos em Geociências, 7).

LINS, M. L. A.; CAMPOS, S. S.; TEIXEIRA, S. F. 2007. A ictiofauna da margem do baixo rio Capibaribe, Recife, Pernambuco. In: VIII CONGRESSO DE ECOLOGIA DO BRASIL, Caxambu, 2007. Anais..., Caxambu: Sociedade de Ecologia do Brasil, 2007. p. 1-2.

MARENGO, J. A. Mudanças climáticas e seus efeitos sobre a Biodiversidade: Caracterização do clima atual e defi nição das alterações climáticas para o Território brasileiro ao longo do Século XXI. Series Biodiversidade No. 26, MMA, 2007.

MME/CPRM Geologia e recursos minerais do estado de Pernambuco. Relatório Técnico. 214p. 2001

PERNAMBUCO. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente. Plano de Aproveitamento dos Recursos Hídricos da RMR, Zona da Mata e Agreste Pernambucano. Recife, 2005.

PERNAMBUCO. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente. Plano Estadual de Recursos Hídricos – Documento Síntese. Recife, 1999. 215 p.

PERNAMBUCO. Secretaria de Recursos Hídricos. Plano Diretor de Recursos Hídricos da Bacia Hidrográfi ca do rio Capibaribe. Recife, 2002.

PERNAMBUCO. Atlas de Bacias Hidrográfi cas de Pernambuco. SECTMA. Coord. Silva, S.R. Recife, 2006, 104p.

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Planície costeira, apresentando terraço mari-nho (construído) em contraste com os baixos estuarinos (mangues)

Cabeceiras do Capibaribe exibindo relevo movimentado e os divisores de águas

Manguezais no estuário do rio Capibaribe (Recife)

Sedimentos da Formação Barreiras (Camaragibe)Solo residual em rocha cristalina (Moreno)Afl oramento de rocha cristalina (Toritama)

Geologia, relevo e solos

ANEXO FOTOGRÁFICO

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Algaroba dominando as margens desmata-das de rios e reservatórios da UA1

Borda de fragmento fl orestal em meio, com destaque para a área recém colhida de cana-de-açúcar (Paudalho)

Raros trechos de vegetação arbórea ciliar integrados por espécies características da fl o-resta ombrófi la de terras baixas e por espécies exóticas introduzidas

Estreita faixa de vegetação ciliar em Limoei-ro, em contraste com a vegetação xerófi la, ao fundo

Pastos e vegetação secundária arbustiva espontânea e plantios de bananeira, às mar-gens do Capibaribe (São Lourenço da Mata)

RPPN Pedra do Cachorro (São Caetano)

Biodiversidade Terrestre

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Biodiversidade Aquática

Exemplar de Nymphaea sp. em Salgadinho Exemplar de Salvinia sp. em Salgadinho Eichornia crassipes no trecho do rio Capibaribe no município de Paudalho

Barragem de Jucazinho, município de Surubim

Exemplar de Oreochromis niloticus encontrado no município de Toritama

Vista do açude Tapacurá, localizado nomunicípio de São Lourenço da Mata

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