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CAPITÃES DA AREIA JORGE AMADO - 1937

CAPITÃES DA AREIA - alingualambe.weebly.com fileA obra retrata um grupo de meninos, conhecidos como Capitães da Areia, que por questão de sobrevivência, realizam furtos (às vezes,

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CAPITÃES DA AREIA

JORGE AMADO - 1937

O AUTOR: JORGE AMADO

Baiano, apaixonado pela Bahia.

Formou-se em direito pela UFRJ e foi quando entrou em contato com o comunismo.

Foi o escritor brasileiro mais traduzido, sendo superado somente por Paulo Coelho.

Vários de seus romances foram televisionados, destacando o autor.

Considerações

Uma das mais importantes obras, mas ainda não havia sido televisionada, nem ido para as telas do cinema.

Se enquadra na fase de “romances proletários” do autor. Imprimindo nas obras uma visão crítica dos problemas sociais do capitalismo.

Sexta obra do autor. Publicada em 1937, quando o autor tinha 25 anos e esperança. A maturidade, unida à esperança, apontam saídas para as personagens, seja pela fé, pela inteligência, pelas artes.

O autor dormiu algumas noites no trapiche, para produzir o romance.

A obra retrata um grupo de meninos, conhecidos como Capitães da Areia, que por questão de sobrevivência, realizam furtos (às vezes, roubos).

O início da obra é uma notícia sobre um furto, realizado pelos meninos, na casa de um homem rico, na cidade alta. Eles não desejam ser violentos, mas, quando atacados pelo jardineiro (também oprimido), reagem em defesa.

Jovens que roubam a alta classe, de maneira engenhosa e genial, dividindo os frutos dos furtos com os outros companheiros. Tirar dos ricos e dar aos pobres.

Uma obra, sem dúvidas, polêmica. Colocando em conflito diversos pontos de vista sobre os meninos de rua que vivem do crime.

Imprensa acumulando materiais para acusação, igreja agindo com descaso (exceto José Pedro).

Duas visões sobre a obra

Primeiro texto: impressões do autor, 40 anos depois da publicação.

Segundo texto: notas do governo sobre a obra. >

O cenário:

O TRAPICHE

“A narrativa se desenrola no Trapiche (hoje Solar do Unhão e o Museu de Arte Moderna); no Terreiro de Jesus (na época era lugar de destaque comercial de Salvador); onde os meninos circulavam na esperança de conseguirem dinheiro e comida devido ao trânsito de pessoas que trabalhavam lá e passavam por lá; no Corredor da Vitória área nobre de Salvador, local visado pelo pelo grupo porque lá habitavam as pessoas da alta sociedade baiana, como o comendador mencionado no início da narrativa...”

Religiões:

Sincretismo (amor fraternal, fusão de doutrinas).

Padre José Pedro

Mãe de Santo Don'Aninha (personagem “real”)

Os capitães superando a intolerância religiosa, resgatando a imagem Ogum.

OMOLU

“ Omolu mandou a doença para atacar os ricos. mas, estes com acesso a vacina, escapam porque o que pode saber um 'deus-dos-pobres' sobre a vacina... ”

Pedro Bala

15 anos, um corte no rosto, conhecedor de todos os cantos da cidade. Líder dos capitães porque era justo.

Sua sina é lutar por justiça, assim como seu pai.

Por que “bala”?

Inteligente, com dom artístico, o único que sabia ler e quem planejava as ações dos capitães.

Sensível, calmo.

Autodidata

Foi para o RJ tornar-se pintor.

PROFESSOR

GATO (E DALVA)

Gato, o mais elegante dos capitães, com ambição de malandro.

Tem um caso com Dalva, mulher da noite, com quem foge para tentar ganhar a vida em Ilhéus.

“ porque malandro é o gato... ”

SEM PERNAS

Pequeno, coxo, agressivo e individualista.

Utilizava de sua deficiência para entrar nas casas das família que seriam roubadas.

Odiava a polícia.

Teve um final trágico.

JOÃO GRANDE E PIRULITO

João Grande era grande, forte, negro e burro. De um bom coração, defensor dos pequenos do grupo. Sempre ao lado de Bala. Tinha afinidade com o candomblé.

Pirulito: magro, alto, dos olhos fundos. Tinha vocação religiosa e seguira padre José Pedro.

Boa Vida

Assim como Gato, tinha vocação para malandro. Sabia tocar violão e era compositor. Sua vida foi assim, após passar pelos capitães: malandro, que se arrastava pelos morros compondo sambas.

Volta Seca

Afilhado de Lampião, quis tornar-se cangaceiro. Era alimentado pelo ódio da polícia e pelo sonho de ser cangaceiro.

DORA

A única mulher do grupo, mãe e amiga. Namorada de Pedro Bala.

Ninguém empregava filha de bexiguento, então juntou-se aos capitães e cativou a todos.

Uma menina ou mulher de 13 anos? Dois pontos de vista sobre meninas de 13 anos.

CARYBÉ, CAYMMI, AMADO.